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Newsletter #23 Junho 2014 Nesta edição: -Novo RJUE é aprovado em Conselho de Ministros -CML continua apoio à rea- bilitação com Re9 -Jovens casais cada vez mais interessados em Lisboa -Lei do Arrendamento vai sofrer ajustamentos Novo RJUE é aprovado em Conselho de Ministros O Governo já aprovou o novo RJUE - Regime Jurídico da Urba- nização e Edificação, que irá simplificar os processos de cons- trução e edificação urbana. O novo diploma «garante processos simples, rápidos e trans- parentes, indispensáveis à competitividade económica e à segurança dos investimentos». É um passo para garantir «um território mais sustentável, com uma ocupação baseada no planeamento responsável e na reabilitação urbana e estabele- ce seis inovações, que acreditamos venham a reduzir os actuais constrangimentos em matéria de licenciamento». O diploma trará um novo regime de comunicação prévia; redução do âmbito da apreciação no licenciamento; diminui- ção dos prazos das consultas externas; inclusão do interessado nas conferências decisórias; novo conceito de reconstrução e inclusão de prazo nos alvarás de loteamento. O novo RJUE vai permitir a promotores, investidores ou parti- culares, darem início às obras no prazo de oito dias, depois de apresentarem o pedido na C. Municipal, ao incluir a nova figu- ra da comunicação prévia, aplicável às operações urbanísticas que se encontrem já enquadradas no plano de pormenor, alvará de loteamento ou informação prévia, no âmbito da qual se dispensa a apreciação técnica dos projetos pelos municí- pios. Esclareceu ainda que «o Estado passa a permitir aos particula- res a possibilidade de opção quanto ao procedimento que melhor adequa à operação urbanística que quer promover, ao contrário do que acontecia anteriormente». Entre outras novidades do RJUE agora aprovado, encontra-se a redução do âmbito da apreciação nos licenciamentos, relati- vamente aos interiores dos edifícios, promovendo a responsa- bilização dos técnicos autores do projeto, e dando a oportuni- dade aos municípios para concentrarem a sua apreciação na defesa dos interesses públicos, reflectidos nos planos de orde- namento e na fiscalização sucessiva. Por outro lado, os prazos para as entidades da administração central se pronunciarem serão diminuídos para um prazo úni- co de 20 dias, ao contrário do período máximo de 40 dias antes estipulado. Adicionalmente, os promotores serão integrados no processo de decisão, passando estes a ter a possibilidade de participar nas conferências decisórias em caso de pareceres negativos das entidades consultadas. Será também definido um novo conceito das operações de reconstrução, que clarifica o seu regime de controlo e consti- tui um incentivo à reabilitação urbana, promovendo a revitali- zação económica, social e cultural, e a coesão territorial . CML continua apoio à reabilitação com Re9 (Vida Imobiliária) Re9 é o novo programa de apoio à reabilitação urbana, lança- do no início de Junho pela Câmara Municipal de Lisboa. O RE9, comporta vários benefícios fiscais para os moradores que pretendam fazer obras em casa, além de acordos com a Ordem dos Arquitetos, Ordem dos Engenheiros, Banco Mon- tepio, Associação Empresarial de Portugal, a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, para o financiamento necessário. O objetivo, é trazer mais habitantes para o centro da cidade e reduzir a quantidade de edifícios devolutos. O papel da autarquia será desempenhado essencialmente através da agilização de processos de licencia- mento. Este pretende ser um «mecanismo sólido para fazer a reabili- tação da cidade», afirmou António Costa, presidente da CML. Irá ser criado um portal onde os proprietários poderão ter acesso a informações sobre os incentivos fiscais existentes, obter apoio técnico de arquitetos e engenheiros, aceder a uma linha de financiamento bancário, contratar empresas de construção e adquirir cabazes de materiais a preços acessí- veis. Este programa poderá ser uma boa solução para quem pretender reabilitar apenas uma habitação, e saber como poderá melhorar as condições de eficiência energética do edifício, ou ainda a resistência estrutural do mesmo. Para o autarca, o próximo quadro comunitário de apoio é «uma oportunidade única» para a reabilitação urbana da cidade, nomeadamente aproveitando propostas que visem a melhoria da eficiência energética dos edifícios, e o reforço da resistência aos riscos a que estão sujeitos, sendo que «estão criadas condições para que possamos mobilizar verbas robus- tas», disse no seu discurso.

Regen urb newsletter #23

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Newsletter #23 Junho 2014

Nesta edição: -Novo RJUE é aprovado em Conselho de Ministros -CML continua apoio à rea-bilitação com Re9 -Jovens casais cada vez mais interessados em Lisboa -Lei do Arrendamento vai sofrer ajustamentos

Novo RJUE é aprovado em Conselho de Ministros

O Governo já aprovou o novo RJUE - Regime Jurídico da Urba-nização e Edificação, que irá simplificar os processos de cons-trução e edificação urbana.

O novo diploma «garante processos simples, rápidos e trans-parentes, indispensáveis à competitividade económica e à segurança dos investimentos». É um passo para garantir «um território mais sustentável, com uma ocupação baseada no planeamento responsável e na reabilitação urbana e estabele-ce seis inovações, que acreditamos venham a reduzir os actuais constrangimentos em matéria de licenciamento». O diploma trará um novo regime de comunicação prévia; redução do âmbito da apreciação no licenciamento; diminui-ção dos prazos das consultas externas; inclusão do interessado nas conferências decisórias; novo conceito de reconstrução e inclusão de prazo nos alvarás de loteamento.

O novo RJUE vai permitir a promotores, investidores ou parti-culares, darem início às obras no prazo de oito dias, depois de apresentarem o pedido na C. Municipal, ao incluir a nova figu-ra da comunicação prévia, aplicável às operações urbanísticas que se encontrem já enquadradas no plano de pormenor, alvará de loteamento ou informação prévia, no âmbito da qual se dispensa a apreciação técnica dos projetos pelos municí-pios.

Esclareceu ainda que «o Estado passa a permitir aos particula-res a possibilidade de opção quanto ao procedimento que melhor adequa à operação urbanística que quer promover, ao contrário do que acontecia anteriormente».

Entre outras novidades do RJUE agora aprovado, encontra-se a redução do âmbito da apreciação nos licenciamentos, relati-vamente aos interiores dos edifícios, promovendo a responsa-bilização dos técnicos autores do projeto, e dando a oportuni-dade aos municípios para concentrarem a sua apreciação na defesa dos interesses públicos, reflectidos nos planos de orde-namento e na fiscalização sucessiva.

Por outro lado, os prazos para as entidades da administração central se pronunciarem serão diminuídos para um prazo úni-co de 20 dias, ao contrário do período máximo de 40 dias antes estipulado.

Adicionalmente, os promotores serão integrados no processo de decisão, passando estes a ter a possibilidade de participar nas conferências decisórias em caso de pareceres negativos das entidades consultadas.

Será também definido um novo conceito das operações de reconstrução, que clarifica o seu regime de controlo e consti-tui um incentivo à reabilitação urbana, promovendo a revitali-zação económica, social e cultural, e a coesão territorial.

CML continua apoio à reabilitação com Re9 (Vida Imobiliária)

Re9 é o novo programa de apoio à reabilitação urbana, lança-do no início de Junho pela Câmara Municipal de Lisboa. O RE9, comporta vários benefícios fiscais para os moradores que pretendam fazer obras em casa, além de acordos com a Ordem dos Arquitetos, Ordem dos Engenheiros, Banco Mon-tepio, Associação Empresarial de Portugal, a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, para o financiamento necessário. O objetivo, é trazer mais habitantes para o centro da cidade e reduzir a quantidade de edifícios devolutos. O papel da autarquia será desempenhado essencialmente através da agilização de processos de licencia-mento. Este pretende ser um «mecanismo sólido para fazer a reabili-tação da cidade», afirmou António Costa, presidente da CML. Irá ser criado um portal onde os proprietários poderão ter acesso a informações sobre os incentivos fiscais existentes, obter apoio técnico de arquitetos e engenheiros, aceder a uma linha de financiamento bancário, contratar empresas de construção e adquirir cabazes de materiais a preços acessí-veis. Este programa poderá ser uma boa solução para quem pretender reabilitar apenas uma habitação, e saber como poderá melhorar as condições de eficiência energética do edifício, ou ainda a resistência estrutural do mesmo. Para o autarca, o próximo quadro comunitário de apoio é «uma oportunidade única» para a reabilitação urbana da cidade, nomeadamente aproveitando propostas que visem a melhoria da eficiência energética dos edifícios, e o reforço da resistência aos riscos a que estão sujeitos, sendo que «estão criadas condições para que possamos mobilizar verbas robus-tas», disse no seu discurso.

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Lei do Arrendamento vai sofrer ajustamentos

Depois do ministro da tutela, Jorge Moreira da Silva, ter reafir-mado que o Governo apresentaria as propostas de alteração da Lei do Arrendamento até 30 de junho, os respetivos ajusta-mentos já se encontram em processo legislativo.

Depois de receber o 3º relatório da Comissão de Monitoriza-ção da Reforma do Arrendamento Urbano, o ministro referiu que «atingiu-se um nível de informação que habilita o Gover-no, com uma reforma que já está no terreno há um ano e meio e com os contributos que foram dados para esta comis-são, a propor ainda durante este semestre uma atualização a esta reforma». Os ditos ajustamentos não deverão «pôr em causa os grandes princípios dessa reforma».

A situação dos inquilinos após o fim do período transitório de 5 anos, durante o qual há tetos máximos para atualização dos valores das rendas e o apuramento da carência económica são algumas das preocupações apontadas pela comissão. Está também em vista o prolongamento do prazo de pré-aviso de denúncia do contrato para realização de obras profundas, que atualmente é de 6 meses.

Jovens casais cada vez mais interessados em Lisboa Cada vez mais jovens casais estão a abandonar as áreas metropolitanas para viver em Lisboa, nomeadamente em casas reabilitadas. Um relatório da agência BBZ estudou o potencial do mercado de reabilitação urbana e os residentes da Grande Lisboa, bem como as suas principais motivações para realizar obras nas futuras habitações. O estudo foi apresentado numa sessão que contou com a presença do presidente da Câmara de Lis-boa, António Costa, e o vereador do urbanismo da autarquia, Manuel Salgado. Numa entrevista à agência Lusa, Vítor Tito, diretor geral da agência BBZ, responsável pelo estudo, afirma que na capital «aquilo a que estamos a assistir é a um regresso dos jovens casais», que começam a «valorizar o facto de poderem viver perto de onde trabalham». A preocupação com os custos também pesa nestas decisões pois, hoje em dia, viver, por exemplo, na margem sul do Tejo, tornou-se bastante mais caro devido a despesas de desloca-ções. O responsável pelo estudo considera que «a rede de transportes públicos não é solução». E a preferência por Lisboa não é sustentada pela procura de casas novas, mas sim pela reabilitação de imóveis antigos. Muitos jovens casais compram casas de 50.000 ou 60.000 euros, que depois renovam.