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© Fábio Vianna. 2015. Todos os Direitos Reservados.
Reprodução permitida desde que citada a fonte.
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Fábio Vianna ([email protected])
CEO & Founder, Viewsion (viewsion.cc)
© Fábio Vianna. 2015. Todos os Direitos Reservados.
Reprodução permitida desde que citada a fonte.
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Para começo de conversa: o que é infovis?
Infovis é uma abreviação de Information Visualization, ou seja, Visualização da
Informação.
Uma vez que o Excel é usado por praticamente todas as empresas - mais de
92% segundo pesquisa da FGV
(http://eaesp.fgvsp.br/sites/eaesp.fgvsp.br/files/pesqti-gvcia2014ppt.pdf) é
de se supor que ele também seja usado para se visualizar informações.
Existem centenas (se bobear, milhares) de formas de se apresentar uma
informação.
Imagine que queiramos demonstrar exatamente a informação de que 92% das
empresas usam o Excel como planilha eletrônica. Ora, acabei de mostrar uma
delas: escrevendo.
Poderia fazer um gráfico de pizza, um gráfico de barras, uma ilustração de
92% de um computador, montar um quadro com 10 círculos coloridos e pintar
9 deles, etc.
Enquanto profissionais de empresas, muitos apresentam informações
numéricas de algum tipo, e para se chegar a este número a ferramenta usada é
o Excel.
Desta forma, o caminho natural é usar esta mesma ferramenta para se mostrar
a informação final.
Então você faz as contas, importa os dados e finalmente monta no próprio
Excel seu relatório/dashboard, que é a peça final da Visualização. São os
componentes deste Relatório que serão visualizados para a tomada de
decisões.
© Fábio Vianna. 2015. Todos os Direitos Reservados.
Reprodução permitida desde que citada a fonte.
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Saiba o que é MEIO e o que é FIM
Claro que nem todos usarão o Excel, talvez você use algum sistema de BI, pode
acontecer. Mas mesmo assim precisa conhecer infovis, porque o Excel é
apenas o MEIO que usamos para mostrar as informações.
Nos meus mais de 17 anos ministrando treinamentos para profissionais das
mais variadas empresas tenho notado que falta a muitos a real percepção de
que o Excel NÃO é fim. Ele é apenas uma ferramenta para te fazer chegar a
algum lugar.
Se é MEIO, não podemos ficar presos a ele e devemos nos preocupar mais com
o FIM. E se ele for algo como ‘ajudar alguém a tomar decisão (ou decisões)
através da leitura de informações predominantemente numéricas’ então não
adianta apenas saber manipular a ferramenta.
É preciso saber o conceito do que se quer fazer para que, ao se manipular a
ferramenta, você saiba o que está fazendo.
Se alguém vai tomar uma ou mais decisões olhando meu relatório / dashboard
(ou o nome que você quiser dar) então será que saber usar procv, tabela
dinâmica, somases, será suficiente?
Se não sabe a resposta, você aceitaria ser operado por alguém que soubesse
apenas segurar um bisturi e fazer o movimento de corte?
Será que saber usar calculadora HP te faz conhecer matemática financeira?
Hum... (sei matemática financeira, mas não lembro mais como usar HP, só
Excel).
© Fábio Vianna. 2015. Todos os Direitos Reservados.
Reprodução permitida desde que citada a fonte.
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“Curso de Dashboard”. Será mesmo?
Tenho visto muitos, mas muitos cursos (sic) se aproveitando de uma palavra
bonita, pomposa: CURSO DE DASHBOARDS NO EXCEL.
Quando eu criei este curso aqui no Brasil, em 2008, muitos sequer sabiam
escrever isto...
Lembra que comentei há pouco sobre conceito e ferramenta?
Os tais “Curso de Dashboards” que tenho visto não ensinam conceito. Só te
ensinam a usar a ferramenta (ainda quer ser operado pelo conhecedor de
bisturis?).
A visualização de informação não é ensinada.
Porque o curso NÃO É DE DASHBOARD. É de Excel.
Esse curso até mostra algumas ferramentas que podem ser usadas para se
fazer Dashboards (e nem todas!). Mas não te ensina a fazer um, simplesmente
porque não existe o interesse de se ensinar o conceito (um exemplo é a regra
do ‘sete mais ou menos dois’, relacionado à memória de curto prazo e que foi
descoberta na década de 60 e que só é apresentada em meu curso).
Fico me perguntando o porquê disso, porque tenho alunos que fizeram esses
cursos (sic), não gostaram e foram atrás do meu. Eles me comentam que o que
mostro não tem nada a ver com o que viram, que é tudo diferente, e me
questionam como é que duas coisas com o mesmo nome podem ser tão
distintas.
Um dos motivos eu sei: para se ensinar visualização você precisa ter feito
muitas. E precisa ter estudado muito. A outra dá para de$confiar...
Tenho estudado isto desde antes de lançar meu 1º curso, lá em 2008. E ainda
hoje vejo novidades, porque Infovis tem a ver com cognição, e cognição tem a
ver com cérebro. Como somente agora estamos começando a entender melhor
o funcionamento dele, sempre há algo de novo aparecendo.
Um exemplo: ouvimos histórias desde criança e histórias são contadas desde
séculos atrás. Mas somente há poucos anos ‘descobriu-se’ e ‘fundamentou-se’
a técnica para que este método possa ser usado para se transmitir informação
– e vender (a Coca-Cola tem um vice-presidente de storytelling que é como isso
se chama).
© Fábio Vianna. 2015. Todos os Direitos Reservados.
Reprodução permitida desde que citada a fonte.
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Então você precisa pesquisar o que é novo, depois ver se dá para fazer no
Excel, em seguida tenta fazer no Excel, depois vê se funciona em algum cliente
e só depois de tudo isso começa a aplicar em um curso e ensinar as demais
pessoas.
Não dá para aceitar que alguém vai te ensinar a fazer um gráfico 3D com 5
cores diferentes. Seria pedir para um advogado ensinar a operar um cérebro.
Mesmo que o curso custe 200 reais, porque além de perder tempo você vai
aprender errado.
© Fábio Vianna. 2015. Todos os Direitos Reservados.
Reprodução permitida desde que citada a fonte.
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Voltando aos porquês
Voltando aos ‘porquês’, como hoje muitos profissionais procuram saber
exatamente o que significa Dashboard, acabam caindo nos cursos de Excel
‘mascarados’, e saem de lá achando que o que aprenderam é Visualização de
Informação e que sabem fazer Dashboards.
Então, se você:
Não sabe que gráfico usar;
Não sabe quando fazer gráfico e quando fazer uma tabela;
Não sabe quando usar semáforos;
Não sabe o que é e nem como usar heat maps;
Não sabe que cores usar;
Não sabe porque TEM QUE ser em uma página;
Não sabe porque TEM QUE ser em formato paisagem;
Não sabe porque não se usa gráfico 3D;
Não sabe como distribuir uma informação em um Dashboard;
Não sabe aplicar os 5W2H antes de fazer um Dashboard,
Então esta é a prova de que conhecer infovis é importante, porque ela
responde a essas questões.
Como me disse um aluno quando me passou um feedback sobre o curso
“agora na empresa todos sabem que eu sou a pessoa que faz relatório que
todo mundo entende”.
Uma coisa garanto: é mais simples do que aparenta ser. Só precisamos voltar
ao bom e velho “menos é mais”.
© Fábio Vianna. 2015. Todos os Direitos Reservados.
Reprodução permitida desde que citada a fonte.
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Check list para saber se vão te ensinar infovis
Da próxima vez que for procurar um curso de Dashboard ou Relatórios
Gerenciais siga este check list:
Veja se o temário tem referência a conceitos (não é garantia, já vi
temário dizendo ensinar A e quando me mostraram a planilha que
criaram, tinham ensinado B – que era o contrário do A);
Descubra o nome do instrutor (tem lugares onde não informam o nome
do instrutor porque usam o professor disponível, como se fosse
possível um tema especializado deste ser apresentado pelo ‘da vez’);
Peça o CV do instrutor e veja se ele tem experiência consistente (tem
professor de informática e até de filosofia dando aula de Dashboards –
conhecer word, powerpoint, windows, linux, excel, .net, etc, não me
parece ser algo ‘especializado’);
Pegue uma, duas frases do temário e cole no Google. Veja se o temário
não foi copiado de outro curso (digo isso porque já copiaram curso
meu...);
Na dúvida, peça um printscreen da tela que ele ensina a fazer no curso e
veja se está mais para alegoria de Carnaval do que Dashboard. Veja se
não tem nele nenhum velocímetro, gráfico de pizza com mais de 2
fatias e/ou gráficos 3D.
Com esse check list básico você evitará surpresas e a compra de gato por
lebre.
Seu tempo é valioso demais, sua carreira não pode ser posta em risco por
aprender alguma coisa que seja tecnicamente incorreta. E nem falo do valor
financeiro do investimento.