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Casulo

Caderno Técnico - Olga

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Casulo

Os estudantes de arquitetura do primeiro período da Universidade Federal de Minas Gerais do primeiro semestre de 2014 foram convidados a fazer uma intervenção na cidade mineira de Catas Altas. Teriam que escolher um local que tivesse potencial para interferirem na malha funcional da cidade. O grupo do qual fazia parte escolheu a Passarela do bairro Vista Alegre, que chamávamos de ponte vermelha. A ponte liga o bairro mais pobre de Catas Altas ao resto da cidade, as pessoas têm, portanto, que passar sobre ela várias vezes ao dia, uma vez que a maioria estuda ou trabalha no centro da cidade. O objeitvo principal foi, portanto, fazer com que a ponte fosse mais que um local de travessia, de forma que os moradores permanecessem nela por mais tempo. O medo também teve grande importância na decisão de uma intervenção ideal, já que as pessoas que passam por lá relataram a falta de iluminação do local como sendo algo que os intimida ao fazer a travessia, principalmente pelas dimensões da ponte, que é muito baixa e estreita.

Apresentação

Ideias

Inicialmente, o grupo teve várias ideias de acordo com nossa rede de implicações, algo que iluminasse mais o local, para que, assim, o medo fosse deixado de lado e, dessa forma, as pessoas parassem por mais tempo na ponte, gerando uma contemplação em tor-no, não só da passarela, mas do rio também. Para isso, chegamos a conclusão de que deveríamos colocar lu-zes ao longo do caminho, mas como? A projeção no rio foi, portanto, a primeira coisa a ser decidida, uma vez que faria com que os que passassem dessem mais atenção a ele e, ao mesmo tempo, quisessem observá-lo por mais tempo. Além disso, pensamos em colo-car no centro da ponte, LEDs azuis, que dariam certo ar de tranquilidade e contraporiam-se a cor vermelha do local.

Maquete para visualizar a colocação das luzes

Maquete da ponte vermelha

Evolução

Apesar de decidido o que queríamos causar com a intervenção e como, aprimoramos nossas ideias para que, de fato, fossem uma solução adequada às ques-tões levantadas por nós depois da primeira visita a Catas Altas.Para resguardar a estética do projeto, as luzes dos LEDs não poderiam ficar pontuais, sendo assim, pensamos em colocar plásticos por dentro e por fora da ponte e uma maquina de fumaça, dessa forma, as luzes não incomodariam as pessoas que passassem pelo local e criariam um ambiente agradável.Para que a projeção caracterizasse mais o local, pen-samos em projetar texturas e fazer com que ela con-templasse todo o horizonte, desde o rio até as árvores e pedras a sua volta. Fazendo com que o projeto en-volvesse e interagisse mais com as pessoas, optamos por colocar um áudio que consistia em um som de água, que imitava o rio. Além disso, uma parte dos LEDs que colocaríamos só acenderia quando passas-sem por eles, gerando maior surpresa nas pessoas.

Materiais

- 11 jogos de leds de 10 metros-plástico sarja de 36 metros por 1,40-3 extensões de 30, 20 e 18 metros-1 estabilizador-Adaptadores-Máquina de fumaça-Projetor-2 caixas de som pequenas-4 lasers-Fitas adesivas-Pen drive com as imagens do power point-Arames, cordas e cabos de aço-Para o circuito: 4 potenciômetros, 4 relés, 4 LDRs, 4 resistores, fios

Desenvolvimento

Para a realização do que chamamos de Casulo, co-meçamos com a colocação do plástico sarja exter-namente e, em seguida, pregamos nele, com as fitas adesivas, os leds, de forma que não ficassem com um formato específico como se seguisse uma trajetória, ligando-os no estabilizador, que era ligado em casas vizinhas através das extensões. O processo seguia com o projetor, para o qual fizemos uma base com uma tábua, arames e espuma para que ficasse bem protegido. Ele era colocado na ponte, onde seria o meio do rio, por meio de cordas e um cabo de aço.

Após a colocação dos pláticos externos e do proje-tor, começamos com a montagem do circuito e dos lasers. Os LDRs foram colocados no corrimão mais baixo da ponte, assim como os lasers, os quais deve-riam ser mantidos acesos o tempo todo e na direção dos LDRs. Para a máquina de fumaça não fizemos estrutura, apenas a amarramos com cordas e a co-locamos para fora da ponte por meio de um corte no plástico.Ao colocar o plástico interno, fizemos pequenos orifícios para a passagem das luzes dos lasers e da fumaça. Prendemos com fitas adesivas dos lados e com barbantes encima, que iam de um lado ao outro do plástico. Já as caixinhas de som, colocamos enci-ma da estrutura da ponte com mais fitas adesivas, e deixamos tocando o som de água corrente.

Intervenção finalizada

Pessoas passando na ponte com máquina de fumaça e projeção funcionando

Ana Luisa LacerdaAnna Beatriz AmaranteJúlia LaenderKamilla SthefanyLarissa MenezesOlga FarnêzuPlínio PiruvaniThaíssa CysneVinícius Bicalho