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A PAZ VEM DE DENTRO DE TI PRÓPRIO, NÃO A PROCURES Á TUA VOLTA. Buda

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Esta publicação destina-se a qualquer público curioso, e que se interesse por conhecer novas culturas e religiões. A publicação é de natureza informativa, pretende dar a conhecer a Religião Budista. Não pretende persuadir, nem incutir esta religião aos leitores, mas sim dar a conhecer essencialmente as ideologias inerentes a esta religião, com o intuito de revelar outras formas de ver o mundo, a sociedade, as relações humanas e estimular o lado espiritual de cada um.A Fanzine é composta por uma introdução histórica para uma pequena contextualização, e estende-se pelos temas e filo- sofias Budistas terminado com mensagens e frases dos grandes pensadores budistas da história.A publicação tem um formato A5, impressa em papel reciclado.

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A pAz vem de dentro de ti próprio, não A procures á tuA voltA.

Buda

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A PALAVRA BUDISMO

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COSMOLOGIA

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NIRVANA

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INSIGht

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teOLOGIA DO BUDISMO

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PeNSAMeNtOS

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FANZINE SEMESTRAL . PROJECTO DE DESIGN EDITORIAL II DIANA BOTELHO 4515

#1BUDISMO

WAY.OF.LIFE

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B U D A

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No ano 560 antes de Cristo um bebê nasceu numa família real no norte da Índia. Ele cresceu rodeado pela riqueza e pelo luxo mas acabou se dando conta de que o conforto e a segurança mundanas não asseguram a felicidade. Profundamente comovi-do pelo sofrimento que viu ao seu redor, ele decidiu tentar encontrar o caminho para a felicidade humana. Com 29 anos de idade ele abandonou a vida de príncipe e saiu em busca da solução para os problemas humanos. Ele estudou e praticou com mestres distintos mas nenhum deles na ver-dade sabia a causa do sofrimento humano e como superá-lo.

A palavra Budismo é derivada da pa-lavra ‘bodhi’ que significa ‘despertar’, portanto o Budismo é a filosofia do despertar ou iluminação. Essa filoso-fia teve origem na experiência de um homem chamado Siddhata Gotama, conhecido como o Buda, que realizou a iluminação por si próprio com 36 anos de idade. O Budismo existe faz 2.500 anos e tem cerca de 300 mi-lhões de adeptos no mundo todo. Até meados do séc. XIX o Budismo era um filosofia com predominância na Ásia mas desde então se expandiu para todo o mundo.

A palavra filosofia provém de duas palavras, ‘filo’ que significa ‘amor’ e ‘sofia’ que significa ‘sabedoria’. Então filosofia é o amor pela sabedoria ou amor e sabedoria, ambos significados descrevem o Budismo com perfeição. O Budismo ensina que devemos ten-tar desenvolver todo o potencial da nossa capacidade mental de modo que possamos alcançar o claro en-tendimento da realidade. O Budismo também prega o desenvolvimento do amor e bondade de modo que possa-mos expressar verdadeira amizade por todos os seres.

Por fim, depois de seis anos de estudos e experimentos com to-dos os tipos de práticas ascéti-cas e meditativas, ele realizou o fim da ignorância e compreendeu a origem e a cessação do sofri-mento. A partir dessa data ele passou a ser o Buda, o Iluminado. Ele viveu por mais 45 anos duran-te os quais viajou pelo norte da Índia e ensinou a todos que qui-sessem ouvir aquilo que ele ha-via descoberto. A sua paciência e compaixão eram legendárias e milhares de pessoas se torna-ram seus discípulos. Com oitenta anos ele faleceu.

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O SEGREDO DA SAúDE MENTAL E CORPORAL,ESTá EM

NãO SE LAMENTAR PELO PASSADO, NãO SE PREOCUPAR

COM O FUTURO, NEM SE ADIANTAR AOS PROBLEMAS,

MAS vIvER SABIA E SERIAMENTE O PRESENTE.

Buda

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O monge desta imagem chamado Thích Quang Đoc foi imortalizado pela foto tirada por Malcon Browne enquanto dava fim a sua vida em protesto contra a perseguição que budistas vinham sofrendo no Sul do Vietnã,Thích Quang Đoc ateou fogo em seu próprio corpo em uma das estradas de Saigon e morreu sem demonstrar nenhum tipo de dor fí-sica, seu corpo foi cremado porém seu coração permaneceu intacto, sendo depois considerado pelos

budistas como um Bodhisattva, um termo do budismo que designa seres de sabedoria elevada, que seguem uma prática espiritual que visa a re-mover obstáculos e beneficiar todos os demais seres. Mais tarde Malcon Browne ganhou um prêmio Pulitzer, prêmio outorgado a pessoas que rea-lizam trabalhos de excelência na área do jornalismo, literatura e música, a foto também ficou conhecida por es-tampar o primeiro CD da banda ame-ricana Rage Against The Machine.

Thích Quang Doc durante a auto-imolação. Press Malcolm Browne.

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COSMOLOGIA

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Cosmologia budista é a descrição do formato e da evolução do Uni-verso de acordo com a tradição canônica e comentarial do budis-mo. A cosmologia budista consi-dera que o Universo é compos-to por vários sistemas mundiais, sendo que cada um desses possui um ciclo de nascimento, desen-volvimento e declínio que dura bilhões de anos. Num sistema mundial existem seis reinos, que por sua vez incluem vários níveis, num total de trinta e um.

O reino dos infernos situa-se na parte inferior. A concepção do in-ferno budista é diferente da con-cepção cristã, na medida em que o inferno não é um lugar de perma-nência eterna nem o renascimen-to nesse local é o resultado de um castigo divino; os seres que habi-tam no inferno libertam-se dele as-sim que o mau carma que os con-duziu ali se esgota. Por outro lado, o budismo considera que existem não apenas infernos quentes, mas também infernos frios.

O reino seguinte é o dos reino dos Asura (termo traduzido como "Titãs" ou dos antideuses). Os seus habi-tantes ali nasceram em resultado de acções positivas realizadas com um sentimento de inveja e competição e vivem em guerra constante com os deuses.O quinto reino é o reino dos seres humanos. É considerado como um reino de nascimento desejável, mas ao mesmo tempo difícil. O últi-mo reino é o reino dos devas (deuses) e é composto Nos níveis mais próxi-mos do reino humano, vivem seres

que, devido à prática de boas ações, levam uma ação harmoniosa. Os ní-veis situados entre o vigésimo ter-ceiro e o vigésimo sétimo são deno-minados como “Residências Puras”, sendo habitadas por seres que se encontram perto de atingir a ilumina-ção e não voltarão a renascer como humanos. Segundo o ensinamen-to budista, há um ciclo de mortes e renascimentos para os seres vivos chamado Moksha. Esse ciclo pode e deve ser transcendido por meio da prática do Nobre Caminho Óctuplo.

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PROJETISTAS FAZEM CANAIS, ARqUEIROS AIRAM FLECHAS,

ARTíFICES MODELAM A MADEIRA E O BARRO,

O HOMEM SáBIO MODELA-SE A SI MESMO.

Buda

qUANTO MAIS EvITAREM qUALqUER ACOMODAçãO, MAIS NITIDAMENTE CONSEGUIRãO DISTINGUIR ENTRE é CERTO E O ERRADO. NãO SOU EU qUEM DIZ ISTO, ESTE é O DESEJO, O ESPíRITODE NITIREN DAISHONIN.Daisaku Ikeda

Acima do reino dos infernos pelo lado esquerdo, encontra-se o reino animal, o único dos vários reinos per-ceptível aos humanos e onde vivem as várias espécies. Acima do reino dos infernos pelo lado direito, encon-tra-se o mundo dos espíritos ávidos ou fantasmas (preta). Os seres que nele vivem sentem constantemente sede ou fome, sem nunca terem es-sas necessidades saciadas. A arte budista representa os habitantes desse reino como tendo um estôma-go do tamanho de uma montanha e uma boca minúscula.

Algumas fontes, principalmente ad-vindas da Teosofia, atribuem a esses renascimentos características simi-lares às da reencarnação e a palavra reencarnação é inclusive usada com frequência para se referir aos renas-cimentos. No entanto, é geralmen-te aceito pelos instrutores budistas atuais que, em vista das doutrinas budistas de anatta (não-eu) e anic-ca (impermanência), reencarnação é um conceito considerado por mui-tos como incompatível com o ensina-mento budista.

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A FELICIDADE NãO ESTá EM vIvER, MAS EM SABER vIvER.

NãO vIvE MAIS O qUE MAIS vIvE, MAS O qUE MELHOR vIvE.

Mahatma Gandhi

À parte da cosmologia e mitolo-gia tradicional de renascimento do corpo físico também pode-se com-preender este ensinamento como o ciclo de morte e renascimento da consciência de uma mesma pes-soa. Momentos de distração, anseios e emoções destrutivas são momen-tos em que a consciência morre para despertar em seguida em momentos de atenção, compreensão e lucidez. Nesta visão os agregados impuros, skandhas, são levados a diante para o momento seguinte em que a cons-ciência toma uma nova forma.

Cada momento é a experiência de um estado mental específico: um pensa-mento, uma memória, uma sensação, uma percepção. Um estado mental nas-ce, existe e, sendo impermanente, ces-sa dando lugar ao próximo estado men-tal que surgir. Assim a consciência de um ser sentiente pode ser entendida como uma série contínua de nascimen-tos e mortes destes estados mentais. Esta explicação do renascimento como um ciclo de consciência é consisten-te com os demais conceitos budistas, como anicca (impermanência), dukkha (insafistatoriedade), anatta (ausência de identidade) e é possivel entender o con-ceito de karma como um elo de causa e consquências destes estados mentais.

Mahatma Gandhi, Jahanabad,28 de março de 1947.

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N I R v A N A

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Só com a experiência da cessação de todo o pensamento volitivo é que uma negação poderá ser en-tendida, sem a busca de uma res-posta para um problema que será sempre no interesse de um “eu”. Primeiro, o aspecto ético.impli Primeiro, o aspecto ético.implica a destruição de todas as impurezas mentais, (asava), a remoção defi-nitiva de todos os obstáculos, (ni-varana), e a libertação de todos os grilhões, (samyojana). Em vista de todas essas remoções, nirvana é chamado libertação, (vimutti). Nib-bana não pode ser mirado como um ideal positivo, pois “o fim do mundo não pode ser conhecido, visto ou al-cançado viajando” (se esforçando). Segundo, o aspecto mental, que é a culminação de uma evolução no processo de entendimento.

Nivana, a libertação última de toda delusão, possui muitos aspectos e com freqüência é mal compreendi-do; algumas vezes tido por aniqui-lação, outras, por felicidade supre-ma, raramente como a cessação da ignorância através do insight, e ainda mais raramente como o fim de todo o esforço, como a solução de um problema através da disso-lução do mesmo. Não é através do pensamento que o insight faz surgir o despertar do entendimen-to, se a mente finita, com as suas limitações de pensamento, pudesse compreender nibbana, então nibba-na também seria limitado e finito, relativo e condicionado. Não seria nibbana. O insight ocorre através da compreensão de que todos os pro-blemas e conflitos surgem de um mal-entendido quanto à origem de toda ação, o “eu”.

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É o desenvolvimento gradual através dos quatro estágios da iluminação. Finalmente, o aspecto filosófico e me-tafísico, que proporciona ao conceito de nirvana certo caráter positivo, muito embora a maioria dos seus sinônimos seja negativa. Nesse sentido, nirvana é visto como o imortal, (amata), o incon-dicionado, (asankhata), o summum bo-num, (parama sukha). É o absoluto por não haver relatividade, não havendo assim, distinção entre “eu” e “não-eu,” nenhuma oposição e nenhum conflito. Como tal, é não-fabricado, não-cau-sado, não-criado, não-condicionado. Apesar de inconcebível, ele pode ser experimentado, não através do esforço e prática, mas com o entendimento, ex-perimentando e vivendo de acordo com a verdade. Uma vez que a verdade seja vista, não mais ocorrerá nenhuma aluci-nação, porque as fontes, que produzem esses mal-entendidos, que são o desejo e a fabricação do eu, foram esgotadas. Nirvana não é o resultado de um obje-tivo alcançado, visto que isso seria a

realização de um “eu” finito e faria de nirvana algo limitado, uma propriedade, uma condição, um efeito, sujeito ao es-forço e à cessação. A libertação absolu-ta é a imagem do objetivo que a mente estabeleceu. E então, o pensamento começa a fazer experimentos! Primeiro com a renúncia, afastando-se de todos os embaraços do mundo. Depois em isolamento e com mais concentração, disciplinando a mente e eliminando as distrações mentais a partir do nosso in-terior. Mais adiante, o caminho da prá-tica poderá nos conduzir aos elevados níveis dos jhanas imateriais. Mas ainda há o pensamento; há a lembrança dos estados de absorção e do êxtase; há o afã de permanecer nesse isolamento. E isso significa que ainda há o “eu” que-rendo ser/existir, querendo permanecer, querendo experimentar. É o “eu” que deseja saber, adquirir conhecimento. Quando o conhecimento não ajuda, mas, ao invés disso, se transforma num obs-táculo para o entendimento, que outro método poderá conduzir ao objetivo?

As religiões reveladas classificaram essa questão como impossível e sem encontrar uma resposta perceberam a necessidade de introduzir um fator externo: a graça divina. Não é atra-vés do esforço humano que pode haver a salvação, mas unicamente através da graça divina. Porém, a adição de conceitos não irá tampou-co proporcionar uma solução para o problema. O problema encontra--se na volição dos pensamentos e a solução só será alcançada com a cessação da volição, na cessação dos pensamentos. a memória perde o seu valor, visto que ela não se en-contra no presente. Para ver o pro-blema no presente não pode haver uma dependência do passado. Mas sem o passado não há pensamento no presente. Se o pensamento for o reflexo de uma experiência, que passa a fazer parte do passado as-sim que ocorre um pensamento a seu respeito, então, no presente há apenas a experiência em si, sem

um pensamento a seu respeito. No presente há apenas a experiência, enquanto que o pensamento se refe-re a uma experiência que não existe mais. Quando não há o pensamen-to a respeito de algo, tão pouco há um pensador. Há apenas a ação sem reação. Experienciar não é co-nhecer, pois no conhecimento há o conhecedor que armazena o seu co-nhecimento, ao experienciar não há um pensamento a respeito de uma experiência e por conseguinte não há um experienciador que conhece. O pensamento é a última defesa do “eu” por meio das reações, do es-forço, da busca por resultados, por meio das tentativas de realização e do ser/existir. Experienciar não é concentrar-se num objeto escolhido, e sim concentrar-se naquilo que é. E o que é? O que acontece na experi-ência? A beleza das montanhas não está nas montanhas ou nos efeitos da luz, mas na reação da mente.

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A CAUSA DA DERROTA, NãO ESTá NOS OBSTáCULOS,

OU NO RIGOR DAS CIRCUNSTâNCIAS, ESTá NA FALTA DE DETERMINAçãO E DESISTêNCIA DA PRóPRIA PESSOA.

Buda

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A dor causada por uma palavra ofensiva não está na palavra, nem na pessoa que ofende, mas na rea-ção dentro da mente. A beleza pode ter desaparecido com o anoitecer, as palavras ofensivas terão sido carrega-das pelo vento, porém a reação está aqui e agora dentro de mim. Sem ter de alcançar algo, há a libertação do pensamento. Essa extinção é chama-da nirvana, que é quando o conflito, (dukkha), proveniente da resistência contra a impermanência, (anicca), é visto e entendido como vazio, porque não há um eu, (anatta), para resistir. No presente há apenas a experiência, enquanto que o pensamento se refere a uma experiência que não existe mais. No presente há apenas a experiência, enquanto que o pensamento se refere a uma experiência que não existe mais. O pensamento é a última defesa do “eu” por meio das reações, do esforço, da busca por resultados, por meio das tentativas de realização e do ser/existir.

E O que acontece na experiência? A beleza das montanhas não está nas montanhas ou nos efeitos da luz, mas na reação da mente. A dor causada por uma palavra ofensiva não está na pa-lavra, nem na pessoa que ofende, mas na reação dentro da mente. A beleza pode ter desaparecido com o anoite-cer, as palavras ofensivas terão sido carregadas pelo vento, porém a reação está aqui e agora dentro de mim. Sem ter de alcançar algo, há a libertação do pensamento. Essa extinção é chama-da nirvana, que é quando o conflito, (dukkha), proveniente da resistência contra a impermanência, (anicca), é vis-to e entendido como vazio, porque não há um eu, (anatta), para resistir. Nesse momento não há memória e não há desejo, não há passado nem futuro. É o momento em que o pensamento pára, ou seja, os pensamentos condicionados pelo passado, pela memória e tradição e os pensamentos condicionados pelo futuro, pela antecipação e pelo desejo.

PORTANTO, Há PERMANêNCIA NA LIBERTAçãO DA DELUSãO. E ISSO RESULTA EM: FELICIDADE SUPREMA, (PARAMASUkHA). O CAMINHO SE REvELA DESIMPEDIDO PARA SER CAMINHADO, EM-BORA ELE NãO CONDUZA A UM OBJETIvO, POIS ELE MESMO é A LIBERDADE E O OBJETIvO. E TãO POUCO Há UM CAMINHADOR, UM PROPóSITO, UM SUJEITO OU UM OBJETO, Só O qUE PER-MANECE é A LIBERDADE PARA CAMINHAR, A LIBERDADE PARA vIvER, A LIBERDADE DE SER LIvRE, AGORA!

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Mahatma Gandhi, Juhu Beach, Bombaim, maio / junho de 1944.

I N S I G H T

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O caminho para o entendimento é um caminho de insight momento a momento, mas não com o objetivo de compreensão. O insight tem de ver aquilo que está presente e aquilo que não está presente, e porque isso é assim. Ver sem discri-minação; sem volição; sem seleção e sem intenção. Aquilo que está presente não evoca reação, o ideal cessa de provocar o desejo e com a ausência de reação e projeção, de memória e desejo, não há nem

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passado e tampouco futuro, não há ser/existir e tampouco não ser/existir. Meras palavras? Elas com certeza não têm significado ne-nhum fora da experiência.

A negação total proporciona a li-bertação dos conceitos, que é a libertação do ser/existir, do renas-cimento, da continuidade do infeliz conceito de um eu, da distorção do pensamento que se opõe, do caos e da aversão.

POR MAIS qUE NA BATALHA SE vENçA A UM OU MAIS INIMIGOS, A vITóRIA SOBRE A SI MESMO é A MAIOR DE TODAS AS vITóRIAS.

Buda

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Posição ética: existem cinco preceitos a serem seguidos no Budismo:

PROIBIçãO DE MATARPROIBIçãO DE ROUBARPROIBIçãO DE TER RElAçõES SEXUAIS IlÍCITASPROIBIçãO DO FAlSO TESTEMUNHOPROIBIçãO DO USO DE DROGAS E ÁlCOOl

A DIVINDADE: não existe nenhum Deus absoluto ou pessoal. A existência do mal e do sofri-mento é uma refutação da crença em Deus. Os que querem ser iluminados, ne-cessitam seguir seus próprios caminhos espirituais e transcendentais.

ANTROPOlOGIA: o homem não tem nenhum valor e sua existência é temporária.

SAlVAçãO: as forças do universo procurarão meios para que todos os homens se-jam iluminados (salvos).

A AlMA DO HOMEM: a reencarnação é um ciclo doloroso, por-que a vida se caracteriza em transições. Todas as criaturas são ficções.

O CAMINHO: o impedimento para a iluminação é a ig-norância. Deve-se combater a ignorância lendo e estudando.

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DAlAI lAMA

O M

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Este é um estado onde quem dor-me não deseja nada nem passa por nenhum sonho. A curva do meio 3 (que se localiza entre o sono profundo e o estado de vi-gília) significa o estado de sonho. Neste estado a consciência do in-divíduo é voltado para o interior e o sonhador contempla uma visão encantadora do mundo atrás das pálpebras dos olhos. Estes são os três estados da consciência de um individuo, já que o pensamento místico Indiano acredita que a realidade manifestada inteira se origina desta consciência, portan-to estas três curvas representam o fenômeno físico. O ponto significa o quarto estado da consciência, conhecido em Sânscrito como tu-riya. Neste estado a consciência não parece nem extrínsica nem intrínsica, nem os dois juntos. Significa o voltar para a quietu-de de toda existencia relativa e diferenciada. Este estado quieto

Apropriadamente, o símbolo do OM consiste de três curvas (curvas 1, 2 e 3), um semicírculo (curva 4) e um ponto. A curva maior 1 simboli-za o estado de vigília, neste estado a consciência é voltada para o in-terior através dos portões dos sen-tidos. O tamanho grande significa que este é o estado mais comum (‘maioria’) da consciência humana. A curva de cima 2 mostra o estado de sono profundo ou estado de in-consciência.

total, pacífico e bem-aventurado é o alvo absoluto de toda atividade espiritual. Este estado Absoluto (não-relativo) ilumina os outros três estados Finalmente, o semi círculo simboliza Maya e separa o ponto das outras três curvas. Deste modo, é a ilusão de maya que nos previne da realização dos mais altos estados de bem--aventurança. O semi-círculo é aberto no topo e não toca o pon-to. Isto significa que este estado mais alto não é afetado por maya. Maya só afeta o fenômeno mani-festado. Este efeito é quem previ-ne o investigador de alcançar seu alvo final, a realização do Um, do onisciente, do não-manifesto, do princípio Absoluto. Desta manei-ra, a forma de OM representa tan-to o não-manifesto e o manifesto, o númeno e o fenômeno. Como um som sagrado também, a pronúncia das três sílabas AUM é aberto para uma rica análise lógica.

NãO vIvA NO PASSADO, NãO SONHE COM O FUTURO,

CONCENTRE A MENTE NO MOMENTO PRESENTE.

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Não acredite em algo simplesmeNte porque ouviu. Não acredite em algo simplesmeNte

porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmeNte porque esta escrito em

seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. mas

depois de muita aNálise e observação, se você vê que algo coNcorda com a razão, e que coNduz ao bem e beNeficio de todos, aceite-o e viva-o.

buda

A cAusA dA derrotA, não está nos obstáculos,

ou no rigor dAs circunstânciAs, está nA fAltA de determinAção e desistênciA

dA própriA pessoA.”buda

O hOmem que busca a fama, a riqueza e casOs amOrOsOs

é cOmO uma criança que lambe mel na lâmina de uma faca.

aO lamber e prOvar a dOçura dO mel, a criança cOrre O riscO de ter a língua ferida.

é cOmO O tOlO que carrega uma tOcha cOntra O ventO fOrte;

cOrre O riscO de ter O rOstO e as mãOs queimadOs.

buda

A mensAgem de BudA é clArA “se você reAlmente quer pAz nA terrA, crie pAz em seu corAção, em seu ser.

esse é o lugAr certo pArA começAr e então espAlhAr, irrAdiAr pAz e Amor”.

o homem sABe disso. porém, permAnece ApegAdo Ao mundo mAteriAl, vivendo de

Acordo com A expectAtivA dos outros. insiste em se encontrAr BuscAndo do lAdo de forA.

como isso é possível? A respostA urgente pArA seus questionAmen-

tos só pode vir de umA conexão profundA com A terrA, com o seu eu divino. e quAndo perceBer que suA existênciA humAnA é Ape-

nAs mAis umA experiênciA do espírito, ABrirá os olhos, dA AlmA. permitA-se curAr, se Auto conhecendo. em hArmoniA primeiro consigo

mesmo, depois com o todo. você será uno com ele. desperte!

Buda

O leite frescO demOra em cOalhar; assim, Os maus atOs nem sempre

trazem resultadOs imediatOs. esses atOs sãO cOmO brasas Ocultas

nas cinzas e que, latentes, cOntinuam a arder a

té causar grandes labaredasbuda

Qual é o objetivo da vida? NeNhuma outra perguNta

traz à toNa respostas tão variadas. NeNhuma outra Questão é tão difícil de res-poNder clarameNte No Nível fuNdameNtal.

em aNálise fiNal, o propósito da vida está Na felicidade.

eNtão Qual o propósito da fé? é atiNgir o estado de buda Na vida preseNte, ou seja, coNcretizar uma coNdição de vida

de iNdestrutível felicidadedaisaku ikeda

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Só há um tempo em que é fundamental deSpertar.

eSSe tempo é agora.Buda