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© 2013 Fundação Raízen fundação - fundacaoraizen.org.brE1bulas_Final.pdf · representa o elo solidário entre a empresa e a co-munidade, oferecendo qualificação profissional,

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fundação© 2013 Fundação Raízen

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

5o volume, 2013

Fundação RaízenNúcleos:Dois Córregos, Igaraçu do Tietê, Jataí, Jaú, Projeto Música e Cidadania/Maracaí, Piracicaba, Valparaíso

Projeto gráfico e capaRenato Ferrante

Ilustração da capaAlunos da Fundação Raízen

Textos e ilustraçõesAlunos da Fundação Raízen

Produção editorialTrês Gatos Editorawww.tresgatoseditora.com.br

RevisãoBeatriz Elias Vicentini

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Depende de Nós - Fábulas - Fundação RaízenUm livro produzido pelos alunos da Fundação Raízen Ilustrações de alunos da Fundação Raízen

ISBN 978-85-65657-03-7

I. Literatura infanto juvenilII. TítuloCDD - 028

Índice para catálogo sistemático:1. Literatura infanto juvenil 028.52. Literatura juvenil 028.5

Com uma trajetória marcada por grandes inves-timentos e sólidas parcerias, a Fundação Raízen representa o elo solidário entre a empresa e a co-munidade, oferecendo qualificação profissional, educação e projetos de cidadania.

Criada há mais de 10 anos, já beneficiou mais de 3.500 alunos e mais de 506 mil pessoas com ações na comunidade. Conta atualmente com seis núcleos, sendo cinco no Estado de São Paulo – Piracicaba, Jaú, Dois Córregos, Igaraçu do Tietê, Valparaíso – e um em Goiás – na cidade de Jataí. Também desenvolve em Maracaí, SP, o projeto Música e Cidadania, que busca integrar os jovens por meio da música.

Um grande diferencial é o Núcleo Móvel de Formação que, devido à sua mobilidade, leva para as comunidades onde a empresa está pre-sente e aos funcionários da Raízen capacitação profissional.

A Fundação Raízen possui uma história rica em ações e resultados positivos. São mais de 10 anos atuando e transformando as comunidades onde a empresa está presente.

Atuando e Transformando as comunidades

©

Fontes Mistas

www.fsc.org Cert no. SW-COC-002186 1996 Forest Stewardship Council

Grupo de produto proveniente de florestas bem manejadas e outras fontes controladas

Impresso em papel certificado FSC

sumárioNÚCLEO IGARAÇU DO TIETÊ

O falso bilhete de loteria .................................. 6O violonista noturno ........................................ 10

NÚCLEO DOIS CÓRREGOS

Animais em cena ............................................. 16

As surpresas da vida ....................................... 20

NÚCLEO JATAÍ

A baleia e seu filhote ........................................ 26O macaco rabugento ....................................... 30

NÚCLEO PIRACICABA

As diferenças .................................................. 34Recanto dos animais ....................................... 40

NÚCLEO JAÚ

O sapo desprezado.......................................... 46Perseu e seus amigos ..................................... 50

NÚCLEO VALPARAÍSO

O dragão e o burro ......................................... 56O rato e o elefante .......................................... 62

NÚCLEO MARACAÍ

A árvore da fortuna ......................................... 66Max e seus amigos ......................................... 68

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NÚCLEO IGARAÇU DO TIETÊ Autores Alan Gabriel de Almeida (13 anos)Camila Carolaine Viana de Souza (12 anos)Laura Ribeiro Soares (13 anos)Richard Giovani Ovidio (13 anos)Talita Vital dos Santos (14 anos)

Um rato chamado Pompeu, que estava passando necessidade em sua humilde toca, saiu à procura de comida. No caminho de sua jornada en-controu um rato que parecia estar com muita fome.

Pompeu foi logo se aproximando e dizendo:– Como é seu nome, amigo?O rato, desanimado, disse:– Teddy, senhor! E o seu?– Pompeu. Vejo que está com fome.– Sim, estou morrendo de fome! - respondeu Teddy, tristonho.– Também estou com fome. Vamos juntos à procura de comida? – perguntou

Pompeu.– Sim, vamos lá.Então foram os dois ratos procurar comida. Eles estavam caminhando até que

sentiram um cheiro delicioso e foram ver o que era.Chegando lá encontraram um lindo e delicioso queijo. Pompeu disse:– Teddy, vamos levar esse queijo para minha casa e lá repartimos?

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– Claro, vamos sim! - respondeu Teddy.Pompeu foi à procura de algo para beber, enquanto Teddy ficou em casa des-

cansando. Quando Pompeu chegou à sua toca com duas tampinhas de garrafas cheias de água, percebeu que não havia mais queijo e foi logo perguntando a Teddy desesperado:

– Teddy, onde está o nosso queijo?Teddy estava deitado na cama todo folgado. Quando viu Pompeu fingiu que

estava chorando e falou:– Foi horrível, entraram aqui e roubaram nosso queijo!Pompeu ficou desesperado e saiu correndo para ver se encontrava os “ladrões”.

Mas não tinha ladrão nenhum, Teddy havia comido todo o queijo sozinho.Pompeu chegou muito desanimado em sua casa, ficou a noite inteira acorda-

do pensando quem seriam os ladrões.Dias depois, Teddy resolveu enganá-lo novamente, pegou um bilhete de lote-

ria que havia encontrado na beira do rio e gritou todo contente:– Pompeu! Pompeu! Amigo, ganhamos na loteria!Pompeu muito alegre falou:– Meu amigo, que alegria. Fique aqui em casa enquanto vou à cidade pegar

o dinheiro!Na cidade ele encontrou uma ratazana. Pompeu não sabia ler e já estava

desconfiado daquele bilhete. Ele perguntou à ratazana que estava sentada debaixo do banco da praça da igreja:

– Senhora, o que está escrito aqui nesse papel?

Ela respondeu:– Senhor, esse bi-

lhete de loteria é do ano passado!

Pompeu ficou muito triste e ao mesmo tem-po com raiva de Teddy. Ele foi embora para

sua toca. Quando lá chegou, foi acertar as contas com Teddy e pediu para ele sair de sua casa.

Teddy não tinha para onde ir, ficou muito assustado e tristonho. Desesperado, se jogou aos pés de Pompeu pedindo perdão pela brincadeira de mau gosto que havia feito.

Pompeu, não acreditando mais no falso amigo, pediu que ele pegasse suas coisas e fosse embora.

Teddy ficou muito triste, pois não tinha para onde ir. A partir daquele dia, Teddy aprendeu uma lição valiosa, que levaria para o resto de sua vida e prometeu a si mesmo que nunca tentaria enganar as pessoas.

Moral da História: “Devemos valorizar as pessoas que nos acolhem nos momentos difíceis.”

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NÚCLEO IGARAÇU DO TIETÊ Autores André Marcelo Pontes (15 anos)Bianca Fantinatti (15 anos)Gabriela Diniz da Silva (16 anos)Lucas Pereira dos Santos (15 anos)Renan de Souza Rodrigues (14 anos)

Era uma vez um ani-mal um tanto quan-to diferente, que

possuía um bico de pato, um corpo de castor, botava ovos, se alimentava de leite e em virtude de suas características um pouco diferentes, era excluído por outros animais. Não tinha amigos e mantinha-se isolado em uma lagoa.

Poucos sabiam que durante a noite aquele mesmo Ornitorrinco estranho tocava harmoniosamente seu simples violão. Até que, numa noite, um Bem-te-vi que voava pela região ouve a música e encantado com a bela melodia segue em direção do som, para descobrir quem a tocava.

Chegando próximo ao local foi diminuindo seu bater de asas para não ser descoberto, mas sem querer esbarra em uma árvore, derruba um galho e o animal misterioso logo percebe que tinha companhia.

Envergonhado, o Ornitorrinco para de tocar e se esconde dentro da toca. O Bem-te-vi ainda curi-oso adentra o lar do tal bicho, e lá chegando se depara com um animal- zinho diferente tentando esconder sua aparência.

– Saia daqui e não olhe para mim!

E o Bem-te-vi respon-de um pouco assustado:

– Calma... Apenas quero conversar. Me perdi de meu grupo e estou sozinho. Deixe-me passar apenas dois dias aqui, prometo que depois irei embora.

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– Tudo bem então, mas saiba que aqui existem regras e você deverá cum-pri-las, como por exemplo: evite ficar me encarando, não toque em nada, não quebre nada e não coma demais.

O Bem-te-vi assustou-se, porém mesmo submetido a regras severas, de-cidiu ficar.

Os dias foram passando, os dois estavam mais amigos e o Ornitorrinco acabou perdendo a vergonha do Bem-te-vi e o convidou para ficar o tempo que fosse necessário, pois sabia que se o expulsasse o amigo não teria para onde ir.

Os dois começaram a cantar e a tocar todas as noites para passar o tempo e se divertir um pouco.

Até que, certa manhã, o Bem-te-vi aparece com a ideia de levar o Ornitorrinco à cidade para interagir com outros animais e melhorar sua comunicação. Porém, a reação não foi muito animadora, ele discordou e acabou brigando com seu bom e único amigo.

Após o desentendimento, cada um seguiu seu caminho e o Ornitorrinco chateado acabou perambulando pela floresta por horas e horas. Cansado, decidiu se sentar em uma pedra e logo o arrependimento toma conta de sua mente. Então, um tatu que caminhava pelas redondezas o observa e pergunta:

– Quem é você, coisa?– Onde está sua educação? Mal me conhece e já está me insultando - inda-

gou o Ornitorrinco.– Não lhe interessa, você não é digno de minha atenção - retrucou o Tatu.– Saia daqui, miserável! – exclama.– Ha, ha, ha, coisa - desdenha o Tatu. – Que tipo de animal você é? – ridiculariza e foge.O Ornitorrinco triste, simplesmente encosta a cabeça sobre as mãos e

chora.– Por que todos são assim comigo?E, no mesmo instante, um bater de asas chama sua atenção e o seu velho

amigo Bem-te-vi surge em sua frente.– Segui você durante toda a viagem.– Mas...– Nunca o abandonei, sou seu amigo.

– Desculpe-me se fui rude, deveria ter te escutado.– É verdade, me desculpe, também errei, tive muita pressa.– Mas passado é passado. Agora rumo à cidade.– Então tudo bem, vamos em frente!Contentes, Ornitorrinco e Bem-te-vi seguem para a cidade e lá chegando,

por um feliz acaso do destino, um concurso de música estava em pleno anda-mento e ainda era possível efetuar a inscrição.

Certo tempo depois é chegada a hora da apresentação. O Ornitorrinco sente confiança e sobe ao palco corajoso.

Todavia, após ter subido ao tablado, a plateia acaba vaiando-o por conta de um julgamento antecipado. Muito constrangido, toma a atitude de descer, mas o Bem-te-vi não permite e encara o público exclamando:

– Vocês o conhecem? Sabem de suas intenções? Ao menos já o viram? Não! Então não julguem, pois um livro não pode ser julgado pela capa, deve-mos lê-lo. Deixe que ele mostre a vocês o que sabe fazer.

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Neste momento, toda a multidão fica em silêncio e o Ornitorrinco começa a tocar.

Sua música impressiona a todos. Os mesmos que o vaiaram, acabaram aplaudindo e ele, vendo que os animais não o desprezavam mais, perde sua timidez e se torna o centro das atenções do concurso, mantendo–se assim pelo resto da noite.

Graças ao Bem-te-vi, o Ornitorrinco perde sua timidez. Desta maneira, os dois permanecem unidos pelas jornadas seguintes.

Moral da história: “Não julgue quem você não conhece.”

NÚCLEO DOIS CÓRREGOS Autores Giovana Bonafé (13 anos)Thainá Monalisa de Oliveira (15 anos)Andresa Cristina de Oliveira (14 anos)Milena Cidóia Amorim (15 anos)Stefani Regina Terra (14 anos)Alexssander Joshua P. de Oliveira (14 anos)

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Animais em cena

Em uma manhã de setembro, Dona Sardinha se casou com Dr. Tubarão. Logo em seguida, o casal teve um filho e Sr. Tubarão desapareceu. O filhote do casal se chamava Salmão e foi criado sem a presença do pai.

A mãe do peixe fazia tudo para que a alimentação não faltasse na casa deles, mas mesmo com todo o esforço dela, não foi possível que o filho estudasse, pois ele também precisava trabalhar para ajudar a pagar todas as despesas da casa. Salmão tinha um amigo que era muito rico e esse animal caçoava dos amigos pobres e que não tinham oportunidade de melhorar de vida. Salmão cresceu e começou a trabalhar no porto de Santos como barqueiro.

Certo dia, Salmão foi fazer um transporte e embarcou vários animais. Como o trajeto era longo, os tripulantes começaram a conversar com ele. De repente surgiu uma pergunta do Sr. Gavião:

– Você sabe ler e escrever?Salmão respondeu:– Não.Todos caçoaram dele.Do nada surgiu uma outra pergunta e essa vinha da Sra. Raposa: – Você sabe efetuar uma adição?O Salmão respondeu:– Não.Todos caçoaram dele mais uma vez e Salmão fingiu nem ligar para as risadas.Um Galo resolveu fazer mais uma pergunta para Salmão.– Você sabe interpretar um texto?O Salmão respondeu:– Não, eu não sei.Todos deram risada do pobre coitado, surgindo assim um bombardeio de

perguntas para ele. O Sr. Papagaio perguntou:– Você sabe o que são os três poderes?Salmão respondeu: – Não.Todos os tripulantes zombaram dele e o Sr. Papagaio complementou:– Coitado desse peixe, ele não sabe nada!Os animais não paravam de fazer chacotas a respeito do Salmão.

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E as perguntas não paravam, quando de repente um senhor chamado Porco, que era muito rico e famoso, disse:

– Você sabe o nome de um quadro famoso?

O Salmão responde chateado:– Não, eu não sei.O Sr. Porco, rindo, falou provocando:– Não sabe nada. Pobre coitado!Todos novamente riram do animal.O Sr. Camaleão perguntou:– Você sabe o que é Ministério da

Saúde?– Não, eu não sei, eu não tive a

oportunidade de estudar - responde o Salmão timidamente.

Todos, mais uma vez, deram risada.O Sr. Leão perguntou ao Salmão:– Você sabe quanto é dois mais

dois? Sem deixar o peixe responder e com

um ar irônico o Leão disse:– Já sei, também não sabe! Você é

esperto, né?!O Salmão permaneceu quieto e mui-

to pensativo. O mar estava muito agitado e de

repente veio uma onda e virou o barco. Todos gritam angustiados pedindo so-corro, dizendo ao Salmão:

– O que vamos fazer? - gritam todos desesperados.

O peixe respondeu com outra pergunta:

– Vocês sabem nadar?Todos os tripulantes responderam em um coro:– Nãaaaaao!Nesse momento, Salmão, o peixe simples e de quem todos zombaram, disse:– Então, não adianta vocês saberem tudo e menosprezar os outros. Eu sou

humilde sim e não tenho estudo algum, mas cada um de nós tem uma função e também qualidades. Eu sei nadar e vocês não, por isso vocês poderiam perder a vida.

No acidente, Salmão sobreviveu e conseguiu salvar a vida de todos, já que era o único que conseguia nadar. Continuou trabalhando no mar, fazendo seu trabalho de forma honesta e digna, assim como sua pobre mãe, Dona Sardinha havia o ensinado.

Moral: “Nunca menospreze os outros, um dia você pode precisar deles.”

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NÚCLEO DOIS CÓRREGOS AutoresGeovana Dias Roque (13 anos)Jackeline Fernanda Pires (13 anos)Natalia Alexsandra da Silva (13 anos)Spartacus Mateus de Abreu (13 anos)Thamirys V. dos Santos Lopes (13 anos)

As surpresas da vida

Era uma vez uma linda tigresa chamada Cristal. Ela era a tigresa mais rica e bonita da pequena vila de Dourado. Tinha os cabelos louros, longos e lisos, olhos verdes e os lábios vermelhos como uma maçã. Todos os ani-

mais da região se encantavam com ela e por isso recebia flores quase todos os dias, assim como declarações de amor.

Um belo dia chegou a Dourado outra tigresa chamada Sol. A família de Sol havia se mudado para o lugarejo porque o pai dela arrumou um emprego como cuidador de animais na Fazenda da tigresa Cristal. Ela era muito hu-milde, demonstrava muita timidez e por esse motivo vestia-se de maneira que ninguém percebesse sua aparência.

A notícia da chegada de uma nova felina naquele local fez despertar o in-teresse dos animais. Muitos resolveram fazer uma visita à casa de Sol. Como ela era tímida, toda vez que ela avistava alguém cobria o corpo e o rosto. Os animais vendo aquela cena saíram espalhando que a tigresa era feia e por isso se escondia. Toda a cidade começou a chamá-la de feiosinha.

Certo dia apareceu um ani-mal muitíssimo rico e podero-so em Dourado que estava à procura de uma jovem animal para casar-se e ter filhotes. Ele se chamava Tigrão e ao chegar na cidade saiu visitan-do todas as casas onde havia animais solteiras.

Tigrão era muito educado e bonito, porém muito ar-rogante e queria encontrar uma jovem fêmea bonita e rica. Sol, ao ver o príncipe se aproximar de sua casa, apaixonou-se perdidamente pelo animal porque ficou encantada com tamanha beleza.

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Chegando na casa de Sol, Tigrão pediu para que ela mostrasse o rosto para ele. A jovem animal, muito envergonhada, não mostrou e um amigo, que estava junto com Tigrão na casa da moça, sussurrou:

– Essa tigresa é muito feia e por isso não mostra o rosto, além de não ter bens algum.

Tigrão na mesma hora resolveu ir embora, dispensando a companhia de Sol.

Anos depois, Cristal casou-se com Tigrão e teve um filho que se chamava Tamandupá. Ele era muito bonito, alto e verdadeiro. Sol também teve uma fi-lha, que se chamava Raposa e, mais uma vez, a história de amor aconteceu: Raposa se apaixonou por Tamandupá.

Certo dia, Tamandupá estava andando no bosque e resolveu procurar uma companheira para namorar. Ele procurou por todas as fêmeas do vilarejo e seus amigos resolveram organizar um baile para conhecer as fêmeas da cidade. Raposa ficou sabendo do festejo, mas não compareceu, porque não havia sido convidada. A jovem fêmea ficou a noite toda chorando.

Naquela semana, Raposa foi à casa de Tigrão e Cristal para pedir um em-prego. Sem saber que aquela casa era do moço pelo qual ela era apaixonada, a jovem perguntou para o guarda, o Sr. Caramujo:

– Caramujo, posso perguntar uma coisa? E o Caramujo respondeu:– Sim, claro.Então a pobre animal perguntou:– Terá na casa algum emprego?Ele respondeu:– Sim, estão precisando de uma empregada. Aproveite a oportunidade,

pois tão logo vão anunciar essa vaga.A Raposa entrou e conseguiu o trabalho. No mesmo dia, a jovem ficou encarregada por limpar o quarto de Tamandupá.

Chegando lá, o animal estava se arrumando e a Raposa não percebeu sua presença. Foi limpando o quarto e de repente esbarrou nele.

Ela ficou muito envergonhada por estar ali na casa de seu amado, que se encantou com sua beleza e rapidamente lhe perguntou:

– Como você se chama? O que faz aqui?

Ela respondeu:– Me chamo Raposa, comecei a trabalhar aqui hoje.Ele, maravilhado com tanta beleza resolveu conhecê-la melhor e para isso

a convidou para um jantar.Raposa, muito tímida, não aceitou e disse não ter a roupa adequada para

comparecer ao encontro. O macho imediatamente teve uma outra ideia e perguntou-lhe:

– Você quer passear no jardim comigo?Ela respondeu:– Sim, claro, adoraria.

Então, Tamandupá se animou com o passeio e naquela mesma tarde levou a jovem fêmea para apreciar a paisagem do campo.

Anoiteceu e a Raposa foi embora. O Taman-dupá ficou tão encantado que adormeceu no es-tábulo, entre os fardos de feno e palha.

No outro dia pela manhã, a Raposa chegou à mansão para mais um dia de trabalho e encon-trou o Tamandupá dormindo junto aos outros animais.

Naquele momento, ele tomou a maior de-cisão de sua vida pedindo a mão de Raposa em casamento. Ao saber da escolha feita pelo filho, os pais tentaram impedir o casamento de todo jeito, mas foi em vão.

O Tamandupá se casou com a Raposa e o casal teve uma linda filha chamada Ursulina e foram felizes para sempre.

Moral: “O dinheiro pode comprar muitas coisas,

mas não o amor e a felicidade.”

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NÚCLEO JATAÍ Autores:Hudson Fernandes de Almeida (15 anos)Josiel Rodrigues da Silva (15 anos)Matheus José da Silva (13 anos)Sara Assis de Melo (15 anos)

A baleiae seufilhote

Vivia no fundo do mar uma baleia. Ela era respeitada, pois tinha um instinto grande de proteger todos que ali viviam.

Porém, mesmo com tantos amigos a baleia an-dava triste, sentindo-se solitária, pois sonhava em ser mãe, e até então não havia conseguido.

Mas, para sua alegria este momento chegou e ela teve um belo filhote, que foi crescendo forte e saudável. Ela estava feliz, porque há muito tempo esperava ansiosa pela chegada de um filho. Sua felicidade contagiava a todos e o fundo do mar ficava ainda mais belo.

Ilustradora:Sara Assis de Melo (15 anos)

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Seu filhote, assim como a mãe era querido por todos e conhecia cada pe-dacinho do oceano. Era admirado por ser destemido e muito curioso. Porém, com o passar do tempo, o filhote entende que o fundo do mar tem seus perigos e que mesmo com tantas amizades havia ali seus inimigos naturais, como o tubarão, que lutava pelo espaço e pela comida.

Ele então começa a se preocupar e percebe sua mãe com a idade avança-da. E pensa:

– Minha mãe está muito velha, coitadinha! E se por acaso precisar me prote-ger? Ela não vai conseguir.

Esta preocupação fez o pequeno filhote de baleia mudar seu comporta-mento. Ficou mais triste, mais calado. Não se aventurava tanto e seus colegas começaram a estranhar a mudança. Mas, alguém ficou mais preocupado ainda: sua mãe. E ela então resolveu ter uma conver-sa com ele.

O filhote evita falar sobre o assunto, pois não queria ver sua mãe triste. Mas, logo entendeu que além de sua mãe ela era também sua melhor amiga e lembrou-se da lição que aprendeu desde pequenininho: não es-conder nada dos pais, pois eles sempre estão prontos a ajudar.

Foi então que resolveu lhe fazer uma pergunta:

– Mãe, por que temos que envelhecer? Depois que ficamos velhos perdemos nossas forças. Os outros não respeitam os mais velhos. Parece que eles não têm mais valor algum!

A mãe percebeu então o motivo de tanta mudança. Entendeu que mesmo amando tanto seu filhote, era o momento de lhe passar segurança, pois ele estava tentando enfrentar o medo do desconhecido e do perigo.

E sua mãe com muita sabedoria responde:– Filho, porque não me pediu ajuda antes?

Não é feio ter medo! Mesmo porque a vida nos apresenta muitos perigos mesmo. Sozinhos,

muitas vezes não conseguimos vencê-los. E foi logo tranquilizando-o:

– Eu posso estar mais velha, mas juntamente com a idade fui adquirindo experiência de vida, e

sei como te defender. Não usando a força, mas sim com a esperteza.

Assim o filhote perce-beu que força não é tudo,

e que na maioria das vezes o conhe- cimento conta muito mais. Mais do que

nunca sentiu muito orgulho da mãe e en-tendeu porque os outros a respeitavam tanto.A partir daquele dia, mãe e filho puderam

viver muito felizes, aproveitar todas as belezas que o fundo do mar oferece e juntos, com a sabedoria da mãe e a juventude do filho enfrentaram todos os desafios que a vida oferece.

Moral da história“A velhice não representa invalidez, mas

sim sabedoria. Por isso, os pais são sempre os melhores conselheiros.”

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O macacorabugento

NÚCLEO JATAÍ AutoresDouglas de Oliveira (15 anos)Eduardo C. dos Santos Júnior (16 anos)Emily Silva de Souza (15 anos)Hellen Bruna Oliveira de Jesus (16 anos)Naiara Monteiro Passos Oliveira (16 anos)

IlustradorDouglas de Oliveira (15 anos)

Havia na floresta um macaco bem velhinho, que

vivia em uma casa na árvore. Ele estava bem rabugento, e por isso implicava com todos os animais da vizinhança.

Quando passava a tartaruga, o macaco im-plicava com sua paciên-cia e seus passos len-tos. A cascavel o irritava com seu chocalho baru- lhento ao atravessar seu caminho, se defendendo de seus predadores. A bela arara azul o es-

tressava com seus gritos ao dar bom dia às formiguinhas que moravam embaixo da casa do macaco.

Todavia, o que mais o irritava era o elefante, que por ser grande, esbarrava na árvore em que o macaco residia.

Certo dia, o macaco can-sado de ser “incomodado” pelo elefante desceu de sua árvore e disse:

– Escolha outro caminho. Todos os dias você esbarra na minha casa.

O elefante, muito constrangido, respondeu:– Desculpe-me, não tenho culpa de ser grande. Mas,

prometo nunca mais passar por aqui. Sentirei falta deste caminho e das amizades que fiz. Por onde passo eu observo se todos estão bem ou se estão precisando de ajuda, porém como não faço diferença para você, se-guirei por outro caminho.

O macaco logo respondeu:– Pode ir! Ninguém sentirá sua falta, principalmente eu!Dias depois, com o tempo muito seco, teve início na flo-

resta, um incêndio, que em poucos minutos atingiu a casa do Sr. Macaco.

Um pássaro que passava pelo local, vendo tal cena, buscou ajuda com os animais que por ali passavam:

– Dona Cascavel, a senhora pode ajudar o Senhor Macaco? A casa dele está pegando fogo.

Desdenhosamente a cobra responde:– Eu não, ele sempre implica com o barulho do meu

chocalho. Ele que se ajeite sozinho!O pássaro faz a mesma pergunta aos outros animais, e

a resposta é negativa. Ninguém o ajudaria e faltava apenas um animal: a tartaruga, o seu último fio de esperança.

– Dona Tartaruga, pode ajudar o Senhor Macaco, pois a casa dele está em chamas.

Assim como os outros animais, a resposta da tartaruga foi NÃO! E com isso deixou o passarinho desesperado.

Sobrevoando o local o pássaro avista o ele-fante, que por sua vez estava bebendo água no rio e rapidamente faz a pergunta:

– Senhor Elefante, sei que o macaco foi rabugento contigo, mas ele está desespera-do, a sua casa está pegando fogo. O senhor pode ajudá-lo? É minha última esperança, pois ninguém quis ajudá-lo. Além disso, temo que toda a floresta seja incendiada.

O elefante não pensa duas vezes. Corre até o rio, enche a tromba de água e vai até a casa do macaco, que estava desesperado vendo sua casa em chamas. Em poucos segundos o ele-fante esvazia sua tromba e o fogo é controlado.

O macaco envergonhado diz ao elefante:– Desculpe-me, não deveria ter sido tão

grosseiro com você. E eu que disse que nunca sentiria sua falta, agora reconheço que quando precisei o senhor foi o único que me ajudou, mesmo depois de tudo que te falei, e até da proibição de passar ao lado da minha casa. Não fosse sua ajuda, estaria agora sem casa!

Daquele dia em diante o senhor macaco reconheceu que era muito rabugento e re-solveu mudar. Tornou-se amigo de todos os animais da floresta.

Moral da história:“A paciência e a amizade devem ser

praticadas todos os dias, pois todos podem precisar da ajuda do próximo”.

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NÚCLEO PIRACICABA AutoresJosiel Malaquias de Almeida (15 anos)Mariana Almeida (16 anos)William Lopes Alfredo (14 anos)

IlustradoresBryan Felipe de Jesus (15 anos)Carolaine Rafaela da Cunha (16 anos)Gabriela Oriani (16 anos)Luana Gonzaga dos Santos (15 anos)Mariana de Oliveira (16 anos)Maynan Caroline de Lazari (15 anos)

Em uma floresta não muito distante, morava Lola, uma linda elefanta que vivia triste por ser diferente, pois ela era gordinha e tinha orelhas grandes.

Na sala de aula, a professora Tarta pede para seus alunos escreverem uma redação sobre: O que é mais importante em seu corpo?

Lola pensou, pensou e nada de conseguir achar uma resposta. Então ela perguntou para sua amiga Girafa:

– Rafa, sobre o que você irá escrever?– Bom, vou falar do meu pescoço!– Seu pescoço?– Sim, meu pescoço é muito importante para eu poder me alimentar. Como

não tenho patas que possam agarrar as folhas, o meu pescoço me ajuda a pegar as folhas dos topos das árvores.

– Hum! Entendi!– E então, sobre o que você vai escrever?– Vou falar do meu pescoço também!– Mas você nem tem pescoço, quer dizer, tem, mas não serve para nada!– Ele serve para... para.... Enfim, não sei para que ele serve!Envergonhada, ela volta a tentar escrever sua redação, mas não

consegue.– Zeca!!!– O que foi Lola? Respondeu

seu amigo macaco.– Não consigo escrever minha

redação.– Como não consegue? É

muito fácil! Disse Zeca.– Sobre o que você está fa-

lando? Perguntou Lola.– Sobre o meu rabo e meus

braços.– Mas por quê?– Eles ajudam a me pendurar

de galho em galho, a me loco-mover de um lugar para o outro.

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Por que você não fala do seu rabo?– Mas eu não consigo subir em uma árvore com a ajuda do meu rabo, e

minhas mãos, quer dizer, nem tenho mãos...– Você não tem nada no seu corpo que seja importante pra você?- quis saber

Zeca.– Acho que não tenho! – Como não tem? Todo mundo tem algo importante no corpo!– Eu não tenho! Lola começa a chorar.– Calma, Lola, você vai encontrar a solução para o seu problema!– Eu não sirvo pra nada Zeca! Choramingou Lola.– Já sei! Vamos conversar com alguém mais experiente! Aconselhou Zeca.– Obrigada! Mas quero ir pra casa. Tchau!– Tudo bem então, Lola!Ela foi para casa toda triste. Nem ao menos falou com sua mãe, foi direto para

o quarto chorar.A mãe de Lola, percebendo algo estranho, foi falar com a filha para saber o

que havia acontecido.– Querida, o que aconteceu?– Não aconteceu nada mãe! Respondeu limpando as lágrimas.– Olha pra mim, querida, o que está acontecendo? – Nada mãe, eu estou bem!– Eu te conheço Srta. Lola! Insistiu a mãe.– Eu não sirvo pra nada mãe!– Como assim, filha?– Todos os meus amigos têm algo de importante no seu corpo e eu não tenho

nada. Não consigo subir em uma árvore com a ajuda do meu rabo, não sei pegar as folhas das árvores com a ajuda do meu pescoço. Por que não sou como os meus amigos?

– Não é porque você não é como os seus amigos, que você não é especial.– Sou? Perguntou espantada.– Sim, querida, ninguém é igual a ninguém, somos todos diferentes.– Mas por que somos diferentes? Quis saber Lola.– Boa pergunta. Imagine se todo mundo fosse igual. Como seria chato sair na

rua e ver várias pessoas como você. Não acha que seria chato?

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– Sim, mas sou tão diferente dos demais que acabo não servindo pra nada!– Querida, não é assim. Você serve pra muita coisa, meu anjo! Não é porque

você não pula de um galho para o outro ou porque não é tão alta quanto sua amiga Rafa que você não serve pra nada. Você tem um grande valor querida, apenas basta lapidá-lo!

– Sério?– Sim, você é muito especial e tenho certeza que todos acham o mesmo!

Concluiu a orgulhosa mãe.– Obrigada mamãe, EU TE AMO! Disse Lola abraçando a mãe.– Agora vou fazer a minha lição!Lola pegou seu caderno, uma caneta e começou a escrever a sua redação.

Lola tinha tanto a escrever.No outro dia, já na escola a professora Tarta pediu para que a elefantinha Lola

lesse a sua redação para a classe toda ouvir. Todos ficaram em silêncio, prestando atenção em cada palavra que Lola dizia. No final todos aplaudiram e Lola obteve nota máxima.

Moral da história: “Não existe nenhum quebra-cabeça que se complete com peças iguais, por isso nossas diferenças se completam com as dos demais.”

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NÚCLEO PIRACICABA Autores e ilustradoresAmanda Gabriela Francisco (14 anos)Daniel Freire (14 anos)Gabriela Correa (13 anos)Jéssica Malagueta Zaia (14 anos)Jonas Pereira de Almeida (14 anos)Letícia Silva Machado (14 anos)

Em uma cidade chamada Petrópolis, existia um zoológico chamado ‘‘Recanto dos Animais”, onde viviam várias espécies. A maioria tinha boa convivência um com outro. Às vezes aconteciam desavenças, porém a

briga constante era entre a Águia e a Anta. A Águia vivia dizendo que a Anta tinha cheiro ruim, que o próprio nome dela

dizia o quanto ela era sonsa.A situação ocorria há um bom tempo. A Anta cada vez mais se sentia mal e

com a autoestima baixa.O Urubu, que vivia lá há mais tempo, sempre acompanhou os insultos que

eram feitos a Anta.Um dia, vendo a Anta chorando, aconselhou-a: – Não abaixe a cabeça para quem te faz sofrer, pelo contrário, mostre o seu

potencial.– Mas como uma simples Anta, como eu, seria capaz de demonstrar algum

potencial?– As estrelas são simples, mas no céu brilham como ninguém. Serás capaz de

brilhar também.– Mas nem uma simples estrela eu sou.– Todos somos capazes, basta tentar.– Mas como saberei quando tentar?– Saberás, quando for o momento. O Urubu calou-se e recolheu-se em sua toca

escura. A Anta não parava de pensar no que o Urubu havia aconselhado, mas não conseguia achar a maneira de colocar em prática o con-selho recebido.

Vários dias se passaram depois da conversa entre a Anta e o Urubu.

A Águia continuava com os insultos contra a Anta:

– Seu bicho feio, sonso e fedido!Os outros animais do zoológico riam, deixan-

do a Anta ainda mais constrangida e mal.

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O velho e sábio Urubu só observava a cena, sabendo que a Anta conseguiria demonstrar seu potencial.

Um dia, a Anta estava quieta no seu canto e a Águia começou a insultá-la:– Oi, Anta feia e ridícula!– Isso é que o senhor acha, não é mesmo?– O que eu tenho certeza, você quis dizer.– Sabe, Sr. Águia, uma vez um sábio Urubu me disse que todos temos poten-

cial para alguma coisa.– Nem todos. Você não tem nenhum!Depois de muito pensar, a Anta descobriu qual era seu potencial e propôs à Águia:– Que tal eu demonstrar meu potencial? Em uma competição de soletrando...– Mesmo sabendo que você vai perder, vamos fazer essa tal competição de

soletrando.Passaram-se os dias, e chegou o dia da competição. Cada animal estava em

sua jaula, só espiando.O Urubu fez questão de ser o jurado.Logo a competição começou e a primeira palavra que a Águia teria que sole-

trar foi encalacrar.– E-N-C-A-L-A-C-R-A-R Logo em seguida a Anta teve que soletrar enclausurar. – E-N-C-L-A-U-S-U-R-A-R A disputa estava acirrada, quando o Urubu decidiu: – Quem conseguir soletrar a seguinte palavra e dizer seu significado ganha.

A palavra é bullying.A Águia quis dar uma de esperta e começou:– B-U-L-Y-N-G.– Errado. Fale você agora Anta.– B-U-L-L-Y-I-N-G.– Significado? - perguntou o Urubu.A Águia disse que não sabia o significado. A Anta por sua vez começou a falar:– O senhor, mais do que ninguém, deveria saber o significado, pois pratica

comigo. Bullying significa, ou melhor, é quando uma pessoa ofende a outra com palavras ou até mesmo bate, deixando a pessoa com sérios problemas psi-cológicos ou emocionais.

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– Sendo assim, a vitória é de quem teve um potencial de inteligência maior, ou seja, a ANTA! - disse o Urubu satisfeito.

A Águia, a partir daquele dia, reconheceu o potencial da Anta e aprendeu que o que fazia era errado.

Hoje, da boca da Águia, só saem palavras bonitas para a Anta.O zoológico voltou a ser calmo e todos os animais vivem em harmonia.

Moral da história: “Cada espécie que Deus colocou no mundo tem seu dom especial.

Quando alguém lhe disser um defeito que você tem, responda assim: - Meus defeitos e minhas qualidades não importam. O que importa

mesmo é que sou único.”

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O sapodesprezado

NÚCLEO JAÚ AutoresAdriel S Machado (10 anos), Danieli C. Rodrigues (10 anos) Emilly F. de Luna Silva (9 anos) Érik M. C. Rodrigues (7 anos) Flávio C. de Souza (10 anos)Henrique R. da Silva (10 anos)

Júlia S. de Souza (8 anos)Kamilly V. S. Garcia (10 anos)Maria E. Magalhães (10 anos)Matheus H. da S.Barros (8 anos)Matheus H.S Zanata (9 anos)Sérgio G. M.de Souza (10 anos)Wendillys C. M. Caetano (8 anos)

IlustradoresLuiz Felipe Facco (10 anos)Gabrielle A. Rocha (9 anos)

Um belo dia de sol, um sapo-boi passeava tranquilo perto de uma

lagoa. No meio do caminho encontrou uma linda sapinha e logo pensou em fazer amizade com ela.

Quando chegou perto, a sapinha pulou de medo e disse:

– Aí que bicho feio! Como você é diferente, grande e estranho!

O sapo-boi ficou muito triste com essas palavras que ou-viu e foi para casa chorando. Queria muito fazer uma nova amiga, mas aquela sapinha o desprezou.

Mas o sapo-boi não desistiu na primeira tentativa, resolveu levar flores para a sapinha, para tentar conversar com ela. A sapinha mais uma vez o desprezou: jogou fora as flores com toda sua indiferença, desprezando mais uma vez o pobre sapo-boi.

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Ele voltou para a casa chorando, muito triste.O pai da sapinha, vendo aquela cena, perguntou:– Quem era aquele sapo? A filha respondeu:– Não era ninguém pai, era só um sapo patético.O pai respondeu com os olhos tristes:– Ninguém é patético minha filha, você não pode desprezar ninguém por ser

diferente, pois precisamos uns dos outros.Depois de um bom tempo, a mãe da sapinha ficou muito doente, ela poderia

até morrer. Precisava urgente de sangue, mas não poderia ser qualquer sangue, tinha que ser sangue de sapo-boi.

A notícia se espalhou por todo o brejo e o sapinho desprezado ficou saben-do. Como ele tinha um coração bom, pediu para sua família de sapo-boi doar sangue para ela.

A família não pensou duas vezes e quis aju-dar. Doaram um pouco de sangue e ajudaram a salvar a vida da mãe da sapinha arrogante.

A sapinha agradeceu o sapo-boi e pediu descul-pas por suas atitudes, afi-nal ele tinha salvado a vida da mãe dela. Ela aprendeu a lição e os dois, a partir daquele momento, viraram grande amigos.

Eles brincavam e se divertiam de montão, foram para a lagoa nadar e comeram frutinhas.

Moral da História: “Nunca despreze o próximo, pois você pode precisar dele.”

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Perseu eseus amigos

NÚCLEO JAÚ AutoresAna Beatriz Colavitta (10 anos)Cícero M. dos Santos (10 anos)Gabriel F. de Oliveira (10 anos)Gabrielle Anjos Rocha (9 anos)Kamily F. M. da Silva (10 anos)Larissa G. B. Santos (9 anos)Marisa da Silva Borim (10 anos)

Mirela M. Barreto (9 anos)Natã Urbano Barros (9 anos)Patrícia S. Malheiro (10 anos)Rafael S. Marangoni (9 anos)Thiago F. Vicente (10 anos)Wellington F. S. Cabral (9 anos)

IlustradoresCícero M. dos Santos (10 anos)Gabrielle A. Rocha (9 anos)

Perseu era um pintinho muito mal-educado. Vivia aprontando na escola,

desrespeitava os pais, brigava com os colegas e falava palavras feias. Nenhum dos pintinhos do galinheiro queria se aproximar dele por causa de seus atos feios. Com o passar do tempo, ele percebeu que estava cada vez mais sozinho e que não tinha amigos.

Ele aprontava muitas traves-suras. Chegou mais cedo na escola do galinheiro, colocou um balde de água em cima da porta da sala de aula e, quando os pintinhos abriram a porta, tomaram um grande banho de água fria, o que deixou os pintinhos chateados.

Todos os pintinhos resolveram de uma vez por todas ignorar Perseu, pois ninguém gostava de suas travessuras.

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O Prof. Alicio, uma coruja bem esperta e observadora, perce-beu que o aluno não se dava bem com os colegas e que cada vez mais estava triste e sozinho. Alicio resolveu dar uma aula diferente: ensinar bons modos e as palavrinhas mágicas para os pintinhos.

Perseu, que estava triste por ficar sozinho, percebeu que se continuasse com essas traves-suras iria viver sem amigos. Resolveu pedir desculpas a todos da sala e jurou que nunca mais iria fazer essas travessuras. Os pintinhos aceitaram suas descul-pas e começaram a se aproximar mais dele. Com o tempo, se tor-naram colegas e Perseu apren-deu que verdadeiros amigos a gente conquista com amor e carinho.

Moral da história: “Com carinho, conquista-

mos amigos.”

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NÚCLEO VALPARAÍSO Autores e ilustradoresJoão Guilherme Teixeira Pinto (13 anos) Mariana Lopes da Silva (13 anos)Mariana Rodrigues B. Zacharini (13 anos)Radasa Raiane Batista da Silva (12 anos)Ruan Felicissimo da Silva (12 anos)

Era uma vez um Burro que morava em uma floresta encantada, onde havia

árvores do bem e árvores do mal. As árvores do mal eram carnívoras e se alimentavam dos animais da floresta.

Um dia, o Burro resolveu se vingar das árvores por elas terem comido toda sua família.

Então ele pensou: “Preciso achar um companheiro para deter todo o mal desta floresta.” E foi para lugares distantes em busca de um aliado. Passou pelo fogo, pelo gelo e por muitas nevascas. Por fim, achou um castelo sombrio onde havia mui-tos barulhos estranhos. Entrou e encontrou um Dragão malvado, que estava com muita mágoa e pensava em fazer o mal.

O Burro perguntou para o Dragão se teria como ajudá-lo.

– Não vou ajudar porque não saio do castelo - disse o Dragão.

O Burro então diz:– Por que tanta maldade nesse

seu coração? Eu preciso que me ajude a salvar essa floresta cheia de vida.

– Já tentei ajudar muitos ani- mais e não consegui - disse o Dragão.

– Mas comigo você pode conseguir - disse o Burro.

Então o Dragão resolveu ajudar o Burro e os dois conse-guiram deter as árvores do mal e o reino voltou a ser como era antes, todo cheio de harmonia e alegria.

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O Dragão, muito emociona-do, disse ao Burro:

– Sei que já não tenho idade para ficar tão dependente, mas eu mudei com a sua ajuda.

O Burro então disse:– Vamos morar na floresta

encantada?O Dragão pensou na propos-

ta e respondeu:– Nunca morei fora do caste-

lo, mas depois da nossa aven-tura, percebi que posso mudar e fazer novos amigos.

Assim, eles foram morar jun-tos e conseguiram ajudar mui-tos animais na floresta.

Moral da história: “Uma ajuda pode mudar

uma vida.”

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NÚCLEO VALPARAÍSO Autores Davi Henrique Felix Candido (16 anos)Daniel Gonçalves Martins (16 anos)João Vitor Dias Macedo (15 anos)Lenon Vinícius Curuti Costa (14 anos)

IlustradoresLuis Felipe Alberto de Souza (15 anos) Valdir Pereira Júnior (16 anos)Robert Henrique Ramos (14 anos)

Era uma tarde na floresta na qual só andavam animais com imaginações sinistras. Um ele-

fante chamado Smurf, que se achava o melhor da turma pelo seu tamanho, vivia zoando os animais pequenos como o rato, o coelho e o tatu.

O rato Chico era o animal que mais sofria com as brincadeiras sem graça de Smurf, já que era o menor da turma.

Certa vez, caminhando pela flo-resta, o elefante pisou numa plan-ta cheia de espinhos e começou a chorar de dor.

O ratinho, que passava por ali naquele momento, decidiu ajudar, mesmo se lembrando de todas as crueldades que Smurf já tinha feito.

Sem ter que fazer muito esforço, Chico tirou os delicados espinhos das patas do elefante, que voltou a caminhar normalmente.

Depois disso, o elefante percebeu que tamanho e força não são es-senciais, importante mesmo é a boa vontade e a coragem de ajudar ao próximo.

Moral da história: “Tamanho não é documen-

to, mas a solidariedade faz a diferença.”

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NÚCLEO MARACAÍProjeto Música e Cidadania

Autores e ilustradoresSadraque Daniel A. Camargo (13 anos)Kauã Victor C. S. Soares Nogueira (9 anos)Letícia Passos Menezes (8 anos)Gabriela Baccas (11 anos)Polliana de Oliveira Neves (9 anos)

Era uma vez um boi fazendeiro, o Frederico, que, andando pela floresta, que ficava perto de sua fazenda, viu notas de dinheiro espalhadas pelo chão. Curioso, foi seguindo até que encontrou uma árvore cheia de dinheiro e

moedas. Muito feliz, pegou um pouco do dinheiro e levou para casa. Depois de come-

morar, foi todo radiante para a loja do Sr. Joaquim, onde comprou muitos objetos, roupas, sapatos e até um carro.

Quando estava voltando para a sua fazenda, encontrou vários animais pedindo ajuda. Frederico resolveu levá-los até a árvore e assim todos ficaram muito felizes. Só que aconteceu que os animais faziam todo dia uma enorme fila para pegar mais dinheiro da árvore. Começaram então a brigar com o fazendeiro, porque to-dos os animais da cidade queriam ficar ricos. Até que descobriram que o dinheiro era falso, mas não fez muita diferença para eles.

O tempo foi passando, até que um dia Frederico ficou sabendo que os animais queriam arrancar a ár-vore. Ele foi mais rápido e arrancou a árvore com raiz e tudo, esconden-do-a em sua garagem.

A árvore foi murchan-do, murchando e não dava mais dinheiro.

Depois de alguns dias, Frederico triste, enterrou a árvore.

No dia seguinte chega-ram à sua fazenda muitos policiais que vieram para prendê-lo, por causa do dinheiro falso.

Moral da história: “Quem tudo quer

nada tem.”

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Max eseus amigos Max era um

cachorro hu-milde, que vivia

no subúrbio com seus amigos. Certo dia, um grupo de cães ferozes aproximou-se de seus colegas querendo briga pela posse do lugar.

Houve uma grande correria e muito conflito entre os dois grupos, até que Max, percebendo que a situação estava tensa e fora de controle, disse em voz alta:

NÚCLEO MARACAÍProjeto Música e Cidadania

Autores (Núcleo Piracicaba)Antonio Carlos Batista da Silva (13 anos)Leonardo Rafael da C. Sousa (14 anos)Murilo Henrique Rizigo (13 anos)Vinícius da Conceição Ferraz (12 anos)

Ilustradores (Núcleo Maracaí)Bianca Stefani de Goes Santos (16 anos)Giovanna Andrade de Berson (12 anos)

– O que está acontecendo aqui? Vocês não sabem o que é respeito?

– Não! – respondeu um buldogue cinza, que parecia ser o líder do bando.

– Respeito é resolver as coisas com tranquilidade, é não ter violência. Respeito é amar o próximo!

O grupo dos cães ferozes conscien-tizou-se sobre o que Max havia falado e rapidamente pediu desculpas sobre o acontecido.

Depois de algum tempo o buldogue cinza pediu:

– Por favor, deixe-nos morar com vocês, também não temos moradia.

Max aceitou o pedido de desculpas e deixou o bando morar com eles.

Moral da história: “Ao invés de brigar, o melhor é

conversar.”

Impresso por Log & Printem novembro de 2013Fonte: Helvética Neue

Papel: couche fosco 90 g

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