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revista Ano 4 nº 16 julho a setembro de 2015 eficiência Alta Do campo ao posto, soluções integradas e inovação colocam a produtividade da Raízen em outro patamar

Alta - Raízen... · diferenciados, confeitaria e parmegiana, considerado o carro-chefe da casa. Voo de cruzeiro A Raízen participou, entre os dias 11 e 13 de agosto, da Labace,

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r e v i s t a

Ano 4 nº 16 julho a setembro de 2015

eficiênciaAltaDo campo ao posto, soluções integradas e inovação colocam a produtividade da Raízen em outro patamar

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Revista Raízen

Editorial 3

Produzir mais e melhor

Giro Rápido Conquista em dose duplaCelebração da segurança

4 6Páginas Roxas

Celeiro de talentos

ComercialTempo precioso

10

31Indicadores

Incentivo à excelência

22Sustentabilidade

Nova história para a cana

28Responsabilidade social

Plantando sementes

Etanol, Açúcar e BioenergiaLonge do fogo

8

Índice

Raízes do BrasilMais de um século

de história

26

Capa Em busca da produtividade

Revista Raízen

Em meio a um cenário econômico incerto para os próximos anos, um tema retorna à pauta das grandes empresas do Brasil: a baixa produtividade do país. Vista por empresários como elemento crítico da economia brasileira, ela é o tema central da matéria de capa desta edição da Revista Raízen. Desde o campo até o posto de serviços, inovação e integração são as palavras-chave que orientam as soluções encontradas pela Raízen para fazer mais e melhor a cada dia.

Revolucionário no varejo de combustíveis, o pagamento automatizado por meio do Sem Parar foi aprovado pelo público e pelos revendedores da marca Shell. Um dos destaques desta edição, o sucesso e os planos de expansão da ferramenta são abordados na seção Comercial.

Para reforçar a presença da Raízen no Centro-Oeste, a empresa reativou seu terminal em Campo Grande (MS). Com um investimento de R$ 20 milhões, a iniciativa vai ajudar a escoar o excedente de etanol produzido na região para o resto do país, além de facilitar a distribuição de gasolina e diesel no estado sul-mato-grossense. Essa edição traz um informativo especial sobre a inauguração.

Boa leitura!

O Editor

19Negócios

Relacionamento valiosoSalto tecnológico

14ExpedienteGerência de Comunicação Corporativa: Regina Maia

Coordenador de Comunicação Corporativa:Marcelo Coelho Xavier

Jornalista Responsável:Carina Andion Angulo (MTb/RJ 31804)

Coordenação:Lorine de Freitas

Produção Editorial: Cajá Comunicação Redação: Jorge Lourenço e Gabriela VasconcellosDesign Gráfico: Felipe Nogueira

Fotografia: Arquivo Raízen/Gustavo Morita/Lila Batista/Marcos Issa/Túlio Vidal/Paulo Altafin

Impressão: Edigráfica

E-mail de contato: [email protected]

Tiragem: 5.500 exemplares

As declarações expressas neste documento são efetuadas pela Raízen na qualidade de licenciada da marca Shell e não refletem necessariamente a opinião da Shell Brands International.

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4 Giro Rápido

Revista Raízen

A melhor opção nas estradasA primeira unidade do Bem Aqui, rede de restaurantes para postos de rodovia da marca Shell, foi inaugurada em julho no Embu das Artes, em São Paulo. Situado no Km 277 da Rodovia Régis Bittencourt, o estabelecimento funcionará 24 horas por dia – exceto aos domingos – em um espaço de 750 m².

A rede é uma joint-venture da Raízen com a Sapore, empresa com ampla experiência no ramo de restaurantes corporativos. O Bem Aqui foi desenvolvido para estimular pausas revigorantes e tornar-se um espaço de referência para refeições em família e com amigos.

O menu, assinado pela chef Ana Paula Dulin, oferece refeições (café da manhã, almoço e jantar), café gourmet, sanduíches, padaria com venda de pães diferenciados, confeitaria e parmegiana, considerado o carro-chefe da casa.

Voo de cruzeiroA Raízen participou, entre os dias 11 e 13 de agosto, da Labace, maior evento de aviação executiva da América Latina. A empresa apresentou aos visitantes o plano de expansão da rede de abastecimento da marca Shell e reforçou o programa de relacionamento Shell AeroClass, destinado a pilotos de aeronaves executivas.

A Raízen também aproveitou a oportunidade para apresentar seus novos pontos de abastecimento para aviação em Flores (AM), Julio Cesar (BA) e Itaituba (PA). A estratégia da empresa para estes locais está alinhada com o Programa de Aviação Regional da Secretaria de Aviação Civil (SAC/PR), que prevê ampliar o número de aeroportos com voos regulares para 270 localidades em parceria com a iniciativa privada.

Com um tablet gigante instalado em seu espaço, a Raízen também apresentou aos visitantes o aplicativo do Shell AeroClass, programa de relacionamento que permite aos pilotos cadastrados agendar abastecimentos em qualquer um dos 59 aeroportos brasileiros nos quais a marca Shell está presente. Para promover o aplicativo, pilotos que efetuaram operações por meio do software entre agosto e setembro concorreram a uma viagem para Maranello, na Itália.

Segurança recordeA Raízen tem um recorde para comemorar no ano-safra 2015/2016. No mês de julho, ela alcançou a marca de Zero Acidente durante o período de safra em todas as suas operações – um resultado inédito em sua história e extremamente significativo, dada a dimensão da empresa.

O recorde é fruto da consolidação de uma cultura de segurança e do comprometimento de cada funcionário em intervir nas situações de risco, além da atenção aos detalhes no dia a dia das atividades de trabalho.

Revista Raízen

A Raízen par tic ipou em setembro da 15ª Conferência Internacional Datagro, realizada em São Paulo. O evento reuniu os principais l íderes e representantes de toda cadeia do setor sucroenergético internacional para debater a estratégia do setor e ques tões do me rcado. A l ém das discussões, a organização do evento também estimula a troca de conhecimento e novas tecnologias entre os participantes.

O vice-presidente de Etanol, Açúcar e Bioenergia da empresa, Pedro Mizutani, participou de discussão sobre a competitividade do etanol frente à gasolina. O etanol de segunda geração, cuja unidade produtora foi recentemente inaugurada pela Raízen, foi um dos temas abordados pelo executivo.

Datagro debate competitividade do etanol

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Revista Raízen

6 Páginas Roxas

Contratar um jovem talento recém-formado ou um estagiário são formas de desenvolver mão de obra altamente qualificada e já imersa na cultura da empresa?

O período de estágio é muito importante para o desenvolvimento dos estudantes, pois é a oportunidade de vivenciar na prática o que é aprendido em sala de aula. É um momento fundamental para a escolha de carreira e entendimento do ambiente organizacional. As duas experiências somadas são imprescindíveis para que esse jovem comece a se preparar para o mercado de trabalho ainda na universidade. Acreditamos que o estágio é o momento oportuno para despertar talentos e aptidões, e assumir responsabilidades, além de ter a chance de adquirir novos conhecimentos, técnicos e comportamentais, por meio das experiências do dia a dia e contato com outros estudantes e com os profissionais da companhia.

Para o jovem recém-formado, que já fez sua opção de carreira, acreditamos que nosso ambiente desafiador e dinâmico pode alavancar seu desenvolvimento, e assim formar lideres em potencial. Na Raízen, ambos participam do dia a dia de uma grande empresa e isso nos permite formar funcionários plenamente integrados à empresa.

Toda a cultura da empresa é pautada pelas atitudes da Raízen, como pensar grande, fazer mais e melhor a cada dia e ter paixão por tudo o que faz. É por pessoas com este perfil que a empresa busca?

Sem dúvida, buscamos jovens que tenham disposição, potencial de realização e energia para crescer com os nossos desafios diários. Procuramos pessoas que queiram contribuir e participar da construção da Raízen não somente para o presente como também para o futuro. Em um mercado altamente competitivo, estas atitudes-chave fundamentam nossa atuação e traduzem nossos valores em forma de ação.

A Raízen é uma das cinco maiores empresas do Brasil em faturamento e está presente em diferentes segmentos. A dimensão destes negócios é uma forma de atrair novos talentos?

Isso é importante, mas é não suficiente. Sermos uma das maiores empresas do Brasil somado à nossa diversidade de negócios são fatores que contribuem significativamente. Porém, é o nosso ambiente dinâmico, a forma como lidamos com os desafios diários, como nos superamos e nos reinventamos a cada dia, traduzidas nas nossas atitudes, que precisamos explorar cada vez mais para garantir a atração das pessoas certas e que se identifiquem com a nossa proposta de valor. Sem dúvida é motivo de orgulho fazer parte de uma empresa que é a maior produtora individual de açúcar e etanol do mundo, além de ser a maior produtora de energia elétrica a partir do bagaço da cana-de-açúcar. Uma empresa que, como licenciada da marca Shell no Brasil, tem a segunda maior rede de postos de serviços do país. Esta grandeza também se reflete no escopo dos nossos projetos.

e Logística – tanto para estagiários quanto para jovens recém-formados. Diante disso, nosso foco está em apoiar as áreas do negócio a fortalecer seu pipeline de talentos e assim manter a Raízen competitiva em termos de pessoas para enfrentar os desafios do dia a dia e também do futuro. Trabalhamos os programas e iniciativas de atratividades para cada um desses públicos, e também desenvolvemos ações especializadas para cada área, especialmente nos estados em que as vagas serão disponibilizadas. Também reforçamos o contato por meio da divulgação na imprensa, em sites e em blogs especializados em oportunidades de carreira para jovens profissionais.

Nosso objetivo não é apenas divulgar as vagas, mas reforçar a imagem da Raízen como um empregador diferenciado para jovens de talento que buscam carreiras desafiadoras em nossos segmentos de atuação.

O forte investimento em tecnologia e inovação também é um fator a mais para atrair este público?

A Raízen é uma empresa inovadora em vários sentidos e isso chama a atenção. Iniciamos a produção de etanol a partir dos subprodutos da cana-de-açúcar, o etanol de segunda geração, e inovamos no varejo com a introdução do Sem Parar, meio de pagamento automatizado que dá mais agilidade aos serviços prestados. Estes são apenas alguns exemplos de investimento em tecnologia que trouxeram soluções diferenciadas, colocando a empresa em posição de destaque. Trabalhar na Raízen permitirá a estes jovens talentos participar da constante busca por soluções inovadoras que têm o potencial de impactar todo o mercado.

A nova geração de profissionais é muito peculiar, busca rápido crescimento e oportunidades de trabalho que agreguem valor tanto para ele quanto para a empresa. De que forma a Raízen lida com esta realidade?

Apostamos em uma relação de troca, pessoas certas nos lugares certos. Acreditamos no nosso ambiente estimulante e dinâmico como um diferencial competitivo, e nos concentramos em garantir que estamos proporcionando oportunidades de desenvolvimento desafiadoras para nossos talentos em cada uma das fases de carreira. Para isso precisamos contar com a nossa liderança, que através da nossa visão de carreira e desenvolvimento direciona as ações necessárias, alinha as expectativas tanto da empresa como do profissional e acompanha a evolução no dia a dia. As oportunidades de crescimento são consequência do desempenho, que está apoiado na nossa visão de meritocracia e reconhecimento, pautada em valores morais e éticos bem definidos. Uma cultura meritocrática que proporciona velocidade de progressão na carreira com base no desempenho excepcional.

Revista Raízen

Celeiro de talentos

Em um cenário de alta competitividade, atrair jovens talentos alinhados com a cultura e os valores de uma companhia é um dos principais desafios do recrutamento de pessoas nos dias de hoje. Com ações como o DNA Raízen, voltado para profissionais recém-formados, e o Programa de Estágio, a empresa é um solo fértil para o crescimento profissional. Nesta edição do Páginas Roxas, a gerente de Desenvolvimento Organizacional, Beatriz Collesi Perico, conta como a Raízen se posiciona para este público e qual é sua proposta de valor.

“Acreditamos no nosso ambiente estimulante e dinâmico como um diferencial competitivo, e nos

concentramos em garantir que estamos proporcionando oportunidades de desenvolvimento

desafiadoras para nossos talentos em cada uma das fases de carreira.”

Beatriz Collesi PericoGerente de Desenvolvimento Organizacional da Raízen

Jovens profissionais que decidam trabalhar aqui encontrarão um ambiente envolvido com as principais questões do mercado em que atua e estarão em uma empresa que tem dimensão para revolucioná-lo. A Raízen quer ser protagonista da sua história e as pessoas que também almejem isso e que queiram fazer a diferença estarão no lugar certo.

De que forma a Raízen trabalha para posicionar-se diante destes jovens profissionais? Existem iniciativas voltadas especificamente para este público?

Estamos falando de oportunidade de trabalho para áreas bem variadas, como Engenharia, Comercial, Recursos Humanos, Agroindústria, Finanças

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8 Etanol, Açúcar e Bioenergia

fogoLonge do

Só nos dois primeiros meses de 2015, o Brasil teve mais de 6,9 mil incêndios florestais e queimadas, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O resultado é o pior desde que o país começou a registar este tipo de incidente, em 1999. Atenta a este cenário e disposta a proteger seus ativos, a Raízen é pioneira no combate a incêndios não controlados em terras administradas pela empresa para reduzir os riscos de acidentes com fogo de origem desconhecida.

A maneira como estes incidentes podem ocorrer são as mais diversas: os balões característicos das festas de São João, o hábito de queimar o lixo ou até um cigarro jogado fora ainda aceso. Somadas ao clima seco, estas atitudes de risco podem ter consequências desastrosas. Um exemplo recente aconteceu no Chile, em

Outra razão pela qual este trabalho é importante para a Raízen é o uso de palha nas plantações. Subproduto da cana-de-açúcar, ela é fundamental para o cultivo do vegetal. Quando mantida no canavial, a palha combate a erosão, ajuda na manutenção da umidade do solo e no controle de ervas daninhas, o que protege a plantação. Uma pesquisa recente da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista (Unesp) também apontou que o uso do subproduto no canavial contribuiu significativamente para reduzir a emissão de carbono do solo para a atmosfera.

Tudo isso qualificava a palha como um elemento altamente sustentável no cultivo de cana-de-açúcar. O contraponto é que, apesar destes benefícios, ela é inflamável. Daí a necessidade de reforçar

ainda mais o combate a incêndios. “Para a empresa, o fogo nos canaviais pode ser devastador. Nós perdemos açúcar e a palha, demoramos mais tempo para colher e, em alguns casos, podemos perder plantações inteiras”, diz o diretor de Produção Agrícola.

Combate internoEm paralelo às ações da empresa, a Associação Brasileira do Agronegócio da Região de Ribeirão Preto (ABAG/RP) lançou, em julho, a Campanha Inst i tucional de Conscientização, Prevenção e Combate aos Incêndios. A ação é apoiada pela Raízen e tem por objetivo conscientizar a população sobre atitudes de risco e minimizar o número de incêndios não controlados na região.

Com o lema “Incêndio é diferente de queima controlada”, a campanha contará com anúncios em rádio, televisão e jornal, assim como outdoors, busdoors e placas em lavouras. Também serão distribuídas 120 mil cartilhas a estudantes em 93 escolas.

“Hoje, as pessoas não sabem a consequência que algumas destas atitudes podem ter. Às vezes é um cigarro ou até uma vela que acendem. A campanha é um marco no setor agrícola e começamos em Ribeirão Preto porque essa região tem forte atividade agrícola perto de centros urbanos, o que potencializa os riscos de queimada”, explica o diretor de Produção Agrícola da Raízen. “De acordo com os resultados da campanha, estudamos levá-la para outras regiões que precisem deste tipo de conscientização”.

2013. Na província de Melipilla, um incêndio florestal de grandes proporções se espalhou por 2,8 mil hectares e mobilizou o país. Posteriormente, as autoridades descobriram que ele começou com uma simples guimba de cigarro.

“Nosso monitoramento inclui equipes que vigiam as plantações e torres de observação nas unidades produtoras. Hoje, contamos com 1,7 mil funcionários destinados à prevenção e ao combate de incêndios, além de 190 caminhões-pipa com canhões d’água”, aponta o diretor de Produção Agrícola da Raízen, Antônio Fernando Pinto de Lima. “O segredo é combatê-los logo no início, antes que se alastrem. Na unidade de Gasa, em Andradina (SP), por exemplo, inovamos com o uso de câmeras de alta definição para identificar princípios de fogo”.

“Hoje, as pessoas não sabem a consequência que um cigarro ou até uma vela acesa podem ter. A campanha é um marco no

setor agrícola.”

Antônio Fernando Pinto de LimaDiretor de Produção Agrícola

Revista Raízen Revista Raízen

Fogo zeroA Raízen é integrante do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético, que tem como uma de suas exigências a eliminação do uso de fogo na colheita de cana em áreas mecanizáveis. Inicialmente, a legislação do estado de São Paulo exigia a extinção desta atividade até 2021. No entanto, a Raízen, ao lado de outros signatários do protocolo, antecipou esse prazo e, desde 2014, não utiliza mais a queima como método despalhador da cana de açúcar.

A empresa também participa em diversas regiões do Programa de Auxílio Mútuo em Emergências (PAME), que é um termo de cooperação celebrado entre usinas produtoras de Etanol e Açúcar. Ele prevê que, caso ocorra um incêndio na área de uma das integrantes, as demais participantes do PAME podem ser acionadas para ajudá-la no combate às chamas.

Pioneira no combate a incêndios não controlados, Raízen monitora canaviais 24 horas por dia

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Tempo preciosoAgilidade e facilidade do programa Sem Parar conquistam clientes e revendedores e alavancam planos de expansão

10 Comercial

A rapidez no atendimento é uma virtude cobiçada tanto por consumidores quanto pelas marcas. Isso já uma realidade nos postos Shell associados ao Sem Parar, l íder no segmento de pedágios e estacionamentos.

A solução, resultado da parceria entre Raízen e Sem Parar, supre uma demanda apresentada por pesquisa realizada em 2014. De acordo com 42% dos entrevistados, o tempo necessário para realizar o pagamento nos postos é um elemento crítico para a satisfação do cliente.

Outro estudo, divulgado pelo Datafolha em maio de 2015, corrobora os bons resultados desse trabalho. Segundo o levantamento, a rede Shell tem a preferência dos paulistanos quando o assunto é posto de serviços e o Sem Parar também foi eleito o melhor meio de pagamento automático.

A Raízen também percebeu o diferencial da cobrança eletrônica nos postos que já aderiram ao Sem Parar. A facilidade de pagar atraiu novos consumidores, que se fidelizaram à rede, dando maiores rendimentos aos revendedores e à marca. A menor permanência também aumentou o fluxo de veículos nos estabelecimentos, em especial nos horários de pico.

“A solução tem sido efetiva para todos os envolvidos neste projeto: ambas as marcas estão mais valorizadas aos olhos do mercado e dos consumidores. Este reconhec imento reaf i rma a inovação deste método na nossa área de atuação ao romper com o modelo tradicional e proporciona uma experiência diferenciada”, pontua a gerente de Meios de Pagamento, Juana Castro.

Qualidade comprovadaA ampla aceitação deste novo meio de pagamento e o aprimoramento da estabilidade da solução pavimentou um plano de expansão. Até o fim de agosto, 493 postos já tinham o Sem Parar instalados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. A ação também terá impacto direto no número de consumidores cadastrados. A expectativa é de que a atual base de clientes cresça até duas vezes até o fim de 2015.

“Um dado que fundamenta as nossas próx imas ações é a a l ta taxa de reincidência nesse produto: um de cada três clientes uti l iza o produto mais de quatro vezes por mês. Por

ser um meio de pagamento exclusivo da nossa rede, o uso do sistema tem impacto direto na fidelização à Shell”, explica Juana Castro.

Os benefícios e a consequente satisfação de clientes e donos de postos têm sido expostos em comentários positivos para a Raízen e a Serviços e Tecnologia de Pagamento (STP) - empresa que comercializa o pagamento eletrônico. Depoimentos colhidos pela empresa mostram a receptividade e a confiança no Sem Parar. Clientes afirmaram dar preferência para os postos com o Sem Parar e demonstraram fidelidade à marca: “Depois que surgiu o Sem Parar nos postos Shell, abasteço apenas nos estabelecimentos em que o meio de pagamento está presente”, afirma um dos relatos.

O feedback dos revendedores também confirma que a procura dos clientes tem sido muito grande. “Eles apontam que a novidade é a mais revolucionária do segmento nos últimos anos e que responde aos principais anseios do cliente, que são a rapidez e a facilidade no abastecimento. Para eles, é como se o próprio carro estivesse fazendo o pagamento”, explica a gerente de Meios de Pagamento.

Revista Raízen

Participe do Sem PararPara quem já é usuário do Sem Parar e quer utilizar o meio de pagamento nos postos da rede Shell, basta realizar a ativação por meio do app do Sem Parar ou do site (abasteceusaiu.com.br).

Quem não é usuário pode se registrar no site do programa ou pelo telefone 0800 015 0252. Depois de receber o tag eletrônico, basta seguir os mesmos passos do parágrafo anterior.

Para mais informações sobre o meio de pagamento, acesse o site da Raízen, abra a aba de Produtos e Serviços e clique em Facilidades de pagamento.

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Revista Raízen

Raízen aposta em inovação e treinamento para superar o desafio da produção brasileira

Pense em um jogo de futebol inusitado. De um lado, os 11 jogadores e o técnico preparam-se para aquele que será o jogo de suas vidas. Do outro lado do campo, apenas três atletas. Um deles alternando entre as funções de jogador e técnico.

E, para a surpresa geral, eles jogam de igual para igual.

A cena pode parecer surreal e dificilmente vai acontecer fora do campo imaginário. Mas, em alguns setores da economia brasileira, ela é parte do cotidiano. Com baixo investimento em tecnologia, falta de profissionais qualificados e legislação obtusa, o Brasil leva uma goleada quando o assunto é produtividade.

Segundo dados do Conference Board, organização que reúne empresas de 60 países, um trabalhador americano rende, em média, quatro vezes mais do que um brasileiro. O trabalho de um sul-coreano, por exemplo, equivale ao de dois. Central no debate econômico do país, especialmente em tempos de crescimento desacelerado e alta inflação, a produtividade tornou-se a bola da vez em grandes empresas. E a Raízen tem dado atenção especial ao tema em todas as áreas do negócio.

Desatando o nóNos últimos dez anos, a economia brasileira cresceu embalada pela onda das commodities e tornou-se a sétima maior do planeta. A renda média da população aumentou, a classe C cresceu e o país

alcançou outro patamar de grandeza. No entanto, um aspecto permaneceu praticamente inalterado: a produtividade.

De acordo com um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre 2002 e 2012, a produtividade brasileira cresceu apenas 0,6% por ano – o pior resultado entre os países avaliados pelo estudo. Esse aspecto, somado ao baixo índice de desemprego, deixa apenas uma solução às empresas que querem crescer: aumentar a produtividade dos seus funcionários.

Segundo o professor e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Pedro Ferreira, o Brasil carece de reformas microeconômicas para resolver o baixo índice de produtividade, especialmente quando o assunto é capital humano e cultura organizacional. O estudo de sua autoria aponta que o Brasil seria 40% mais produtivo se tivesse a mesma escolaridade da Coreia do Sul, por exemplo. O desenvolvimento do capital humano, segundo o pesquisador, é o elemento central para levar o país a outro patamar produtivo.

“Uma pessoa com menos educação aprende mais devagar, logo torna-se menos produtiva. Indiretamente, a falta de educação também impede que essa parcela da população tenha acesso a profissões que exigem grau maior de educação”, explica Pedro Ferreira. “Isso também impede o pleno desenvolvimento de setores que exigem alta qualificação no Brasil, como o design ou a tecnologia da informação”.

Ciente desse problema, a Raízen trabalha para aumentar a sua produtividade em diferentes esferas do negócio. Seja em um posto de serviços da marca Shell, em um terminal de distribuição ou nas unidades produtoras, o compromisso com a eficiência é fundamental para a empresa desde a sua fundação, em 2011.

A Área de Desenvolvimento Humano e Organizacional (DHO), responsável por def inir a estratégia de gestão de pessoas para mais de 30 mil funcionários em todo o país, é peça central nesta empreitada. Diretor de Recursos Humanos e par te desta

Revista Raízen

12 Capa

Em busca da produtividade

estrutura, Luís Carlos Veguin explica que a produtividade deve ser analisada sob duas perspectivas: a organizacional e a operacional.

“No lado organizacional, trabalhamos para reduzir o número de níveis entre a instrução, parâmetro e a execução propriamente dita. Quanto mais níveis houver entre estas duas ações, maior interferência ocorrerá e a possibilidade de imperfeições é maior. A simplificação desta hierarquia é essencial para a eficiência organizacional”, pontua Veguin.

Já no lado operacional, a busca por produtividade passa por três ver tentes: o reestudo dos processos e da estrutura; a mecanização

e automação de operações por meio da tecnologia; e, por fim, a qualificação da mão de obra, da qual a área não abre mão de estar envolvida.

Para alcançar os melhores resultados, o diretor explica que o departamento de Recursos Humanos age sempre em sinergia com as áreas de negócio. A partir do

conhecimento operacional, estratégias são delineadas para aprimorar a produtividade dos funcionários. De

acordo com o Veguin, essa busca torna-se ainda mais relevante para

empresas de mão de obra intensiva e produtores de commodities.

“Por sua natureza, nossos produtos não são reajustados pela inflação, mas sofrem uma forte influência do mercado. Diante de um cenário de aumento de custos no Brasil e redução global nos preços de determinados

itens, como o açúcar, a busca por produtividade e competitividade torna-se vital para a empresa”.

Um exemplo de sucesso em produtividade é a qualif icação da mão de obra, no caso operadores de colhedora através do simulador de operações de colheita. Desenvolvido para facilitar o treinamento de operadores, ele reduziu drasticamente a curva de aprendizado necessária para alcançar um alto nível de desempenho.

Quando o aprendizado se dá ut i l izando exclus ivamente a máquina no campo, o funcionário leva cinco anos para adquirir a performance ideal. Ao utilizar o simulador como forma de treinamento, esse tempo pode cair até pela metade, ficando em torno de dois anos e meio. Este é um exemplo da sinergia entre as áreas de operação e RH na busca de maior produtividade e resultados para a organização.

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14 Capa

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Cana de qualidadeA área de Etanol, Açúcar e Bioenergia (EAB) da Raízen é responsável por todo o processo agroindustrial da empresa, desde as plantações de cana-de-açúcar até a conversão em etanol e açúcar. E uma das peculiaridades deste negócio é como a qualidade e os cuidados nas operações agrícolas estão diretamente ligados à produtividade. Com o objetivo de criar uma cultura de preservação do canavial, a empresa desenvolveu o programa Nossa Raiz, que cria procedimentos operacionais e incentiva os funcionários a proteger a plantação. Estudos indicam que danos causados às fileiras de cultura podem implicar em perdas de até 10 toneladas por hectare, algo que impacta os custos de produção de um canavial. E esses danos podem ser causados de diversas formas: pelo tráfego de máquinas agrícolas com distância entre rodas desajustada, falta de disciplina do operador ou ainda pela passagem de outro veículo que faça parte do apoio às operações. Portanto, todos que passam pela lavoura podem contribuir com o sucesso do Nossa Raiz.

“Não estamos falando apenas do dano à soqueira de cana, mas também ao solo. A cana, como qualquer outra cultura, precisa ter condições de densidade do solo que permitam o pleno desenvolvimento de suas raízes. Trafegar pela linha de cultura

também deixa o solo compactado, o que dificulta a infiltração de água, a absorção de nutrientes e a passagem de ar”, explica o diretor de Produção Agrícola da Raízen, Antônio Fernandes Pinto de Lima. Ele ressalta que a mudança comportamental e o comprometimento de toda a equipe trarão ganhos de produtividade para o canavial da Raízen e que a conscientização dos funcionários parte do seguinte questionamento: você passa por cima das plantas do seu jardim? “A cana é o centro do nosso negócio, por isso precisamos protegê-la da melhor maneira possível. Além de deixar a plantação mais produtiva, a campanha visa a aumentar a sua longevidade, o que proporcionará a redução dos nossos custos de produção”.

Eficiência industrialNas unidades produtoras, onde a cana-de-açúcar é convertida em açúcar, etanol e bioenergia, o grande aliado da produtividade é o Programa RIT91. Trata-se de um novo modelo de gestão dos processos industriais cujo objetivo é a busca pela excelência para alcançar maiores resultados. O nome é uma referência a um indicador interno da Raízen

Infraestrutura mais produtivaQuando o assunto é logística, a produt iv idade esbar ra em outro grande problema do Brasil: a falta de infraestrutura. De acordo com o Relatório de Competitividade Global, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, o país está em 114º lugar no ranking internacional do quesito. A desaceleração econômica e a inflação crescente contribuem para formar um cenário em que as empresas precisam tomar iniciativas próprias para superar as adversidades.

“Vivemos um momento na indústria que exige criatividade por conta dos custos inflacionários. Os custos-base de infraestrutura estão crescendo mui to mais do que o p lane jado, especia lmente energia e létr ica. É a lgo que nos impacta mui to, já que dependemos diretamente de equipamentos e bombas elétr icas. Por isso, estamos invest indo em geradores e outros s istemas que ajudaram a segurar esse aumento de custo”, explica o diretor de Operações de Logística, Distribuição e Trading (LD&T), Luiz Renato Gobbo.

Como o tempo é um elemento crítico para otimizar a produtiv idade de uma tarefa, algumas das inovações desenvo l v idas pe la á rea v i sam justamente a reduzi-lo. Uma destas inovações é o braço articulado para descarga de vagões-tanque, que está sendo testado e aprimorado no Terminal de Paulínia. Hoje, o processo da descarga de vagão-tanque é feito com mangotes conectados na parte inferior do vagão – algo que consome tempo e esforço do operador.

De acordo com o gerente de Operações Márcio Carneiro, o braço articulado economiza em cerca de 60% o tempo de engate e desengate no vagão. “O equipamento é mais rápido e mais seguro, além de oferecer uma condição ergonômica muito mais favorável ao operador”, avalia Carneiro.

que mede a eficiência da produção: quanto mais próximo de 91, maior é a eficiência da unidade.

Amplo, o RIT91 engloba e integra as áreas operacional e gerencial. Nas unidades e áreas de produção, as lideranças e multiplicadores reforçam com os funcionários as alavancas de eficiência em cada etapa da produção, o impacto delas para o negócio e como evitar perdas potenciais. Entre os líderes, além de engajar as equipes, o trabalho é também focado em padronizar e aprimorar processos internos. Para isso, a Raízen desenvolveu um sistema de informações unificado capaz de avaliar e comparar o desempenho das unidades produtoras entre si, além de identificar boas práticas que podem ser replicadas.

“Na área industrial, sempre tivemos vários dados de operação que ajudavam as unidades produtoras individualmente. Estruturá-los e unificá-los vai nos permitir comparar melhor cada unidade, além de identificar benchmarks e oportunidades em nossos processos”, explica o diretor de Produção Industrial Corporativo, Eduardo Calichman. “O RIT91 é fundamental para isso e também vai nos ajudar a mostrar aos funcionários de nossas operações na indústria, com visibilidade e clareza, de que forma eles podem ajudar a empresa a alcançar os resultados desejados”.

“A nossa abordagem é única na indústria. Testamos a técnica em Paulínia e nosso objetivo é, a partir de setembro, ter o pacote replicável para levá-lo para outros terminais”, complementa o gerente do Grupo de Suporte de Operações (GSO), Leonardo Campelo.

Também associado ao ganho de tempo em operações nos terminais, o autoatendimento dos motoristas de caminhão agilizou os procedimentos necessários para efetuar processos de carga e descarga. Para facilitar o procedimento e evitar congestionamentos dos terminais, a Raízen desenvolveu um sistema que elimina a interface do motorista com o elemento humano, o que reduziu em 30% o tempo de atendimento.

“A plataforma de autoatendimento é intuitiva e semelhante ao check-in automático dos aeroportos, por exemplo, no qual o cliente opta por um atendimento mais ágil. Os documentos e procedimentos necessários foram todos adaptados”, conta Luiz Renato Gobbo.

“Conseguimos atender às demandas fiscais e da Agência Nacional do Petróleo (ANP) de maneira muito eficiente”.

Hoje os próprios motoristas de caminhão aprovam e divulgam a novidade para a categoria. “Ele percebe que o tempo de espera é bem menor e que as filas reduziram consideravelmente. Quando visita um terminal diferente e que não utiliza este modelo, o motorista fala para os companheiros a vantagem do autoatendimento. É uma reação muito positiva”, relata Márcio Carneiro.

“Trata-se de uma iniciativa conjunta de Operações e TI que, a partir do piloto de Paulínia, já está disponível em outras 13 instalações e com planos de implementação no restante dos terminais ao longo dos próximos meses”, reforça Leonardo Campelo.

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Revista Raízen Revista Raízen

Gestão na palma da mãoDetentora da marca Shell no Brasil, a Raízen conta com mais de 5 mil postos de serviços no país. Geridos por revendedores, estes estabelecimentos são acompanhados de perto por gerentes de território, profissionais treinados pela empresa para fazer a gestão do desempenho da rede de postos e ajudar estes parceiros de negócios a extrair o máximo de seus pontos de venda. E, desde o começo do ano-safra 2015/2016, estes funcionários contam com um importante aliado: o Raio-X Raízen.

Agilidade e disponibilidadePara aumentar a produtividade dos terminais de distribuição de combustível, a Raízen também está ampliando o horário de funcionamento e estabelecendo a operação 24/7 – 24 horas e sete dias por semana – sempre atenta às legislações sindicais de cada estado. Outro grande aliado é o Projeto Bolt, desenvolvido pelo grupo de logística, cujo principal objetivo é tornar os processos internos mais rápidos e reduzir o gate-to-gate, que é o tempo que o caminhão permanece dentro do terminal

“A modernização e renovação do parque de equipamentos também

é um grandediferencial da Raízen.”

Luiz Renato Gobbo

Diretor de Operações LD&T da Raízen

do começo ao fim do procedimento de carga e descarga.

“O Bolt faz parte de uma série de iniciativas de melhoria contínua no terminal. Isso envolve o agendamento de descargas, o que evita ter caminhões parados no pátio”, exemplifica Gobbo. “A modernização e renovação do parque de equipamentos também é um grande diferencial. Estamos substituindo os medidores convencionais por medidores de turbina, entre outros investimentos, que ajudam a reduzir o tempo de carregamento de um caminhão em 30%”, aponta o diretor de Operações de LD&T.

Trata-se de um aplicativo desenvolvido pela Raízen que permite ao gerente de território um diagnóstico rápido e eficiente da sua carteira de revendedores. O programa mostra, entre outras informações, um acompanhamento dos principais indicativos de cada posto. Isso ajuda a identificar possíveis problemas de produtividade no varejo de combustíveis e traçar planos de ação para contorná-los o quanto antes.

“O uso de tablets é uma tendência natural que nos ajuda a ter mais agilidade e produtividade. O laptop é útil, mas ele não é tão portátil ou prático. Com o Raio-X Raízen, o gerente de território pode dividir

16 Capa

O braço articulado desenvolvido no Terminal de Paulínia agilizou o processo de carga e descarga dos vagões

estes dados com o dono do posto de maneira bem mais prática”, aponta o diretor de Trade Marketing da Raízen, Gustavo Blattner. “Distribuímos os dispositivos para toda a nossa equipe de vendas no fim de 2014 e os preparamos para utilizar o aplicativo com um objetivo bem definido: aprimorar e uniformizar a atuação do gerente com os revendedores”.

Com uma interface objetiva e que facilita a navegação do usuário, o Raio-X Raízen também ajuda o gerente de território a planejar as visitas da sua carteira de postos e compila o histórico de informações de cada estabelecimento. Isso significa que ele tem o controle dos seus últimos encontros com clientes, o desempenho das vendas de cada posto e a comparação com os resultados do ano anterior.

“Ao mesmo tempo em que o aplicativo fortalece o controle do gerente de território sobre o posto, ele também padroniza esse conjunto de informações para o resto da empresa”, reforça Blattner. “Essas informações também podem ser extremamente importantes para o revendedor. Ele pode, por exemplo, verificar o posicionamento de preços dos postos de serviços na área de influência, possibilitando avaliar a sua competitividade”.

Pronta respostaOutra facilidade do Raio-X Raízen é uma compilação de estratégias para responder a di ferentes situações enfrentadas pelo posto. Seja a queda de vendas de determinado produto ou o baixo resultado em indicadores de segurança e excelência operacional, há uma série de soluções eficientes testadas pela Raízen. A partir do aplicativo, o gerente de território pode encaminhar o relatório com este plano de resposta diretamente para o e-mail do revendedor, agilizando a reação em questões que podem comprometer o negócio.

“Um gerente de território tem, em média, 30 postos em sua carteira de clientes. Com este compilado de estratégias em mãos, ele consegue atendê-los de forma mais rápida e eficiente”, aponta o diretor de Trade Marketing. “Os departamentos responsáveis por cada área de negócio desenvolveram soluções testadas e com alto índice de sucesso para diferentes tipos de problema. A partir delas, levamos aos postos estratégias comprovadas que os ajudam a aprimorar suas vendas”.

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Atendimento eficiente, setor altamente competitivo, demanda crescente, equilíbrio entre custos e alto nível de qualidade no atendimento. Neste contexto, a Raízen trabalha para usar ao máximo seus ativos disponíveis. Como em uma companhia aérea, a empresa precisa se organizar para que o avião viaje com lotação máxima e faça o maior número de voos – sempre obedecendo à legislação e dentro dos padrões de segurança.

Na logística de entrega de combustíveis para clientes, a área responsável enfrenta o dilema de aumentar a produtividade da frota contratada em um cenário de restrição de circulação de veículos nas principais regiões metropolitanas.

Para solucionar esta equação, a Raízen contou com a integração das áreas de LD&T, Comercial e Centro de Serviços Compartilhados (CSC), que elaboraram ações como o programa de ampliação de horário nos terminais, linearização da entrega de produto e descarga desassistida, tudo isso aliado a um processo robusto de disciplina na alocação e dimensionamento da frota.

De acordo com o Gerente de Otimização & Performance da empresa, Marlos Nascimento, o resultado das ações foi expressivo. “Tivemos um aumento de 26% na produtividade média desde a formação da Raízen ao mesmo tempo em que reduzimos a frota em mais de 100 caminhões. Isso

reflete em menores custos e também na satisfação de nossos clientes”, aponta Marlos.

Para o gerente de Transportes da Raízen, Eduardo Lucena, a otimização destes ativos acontece aliada a ganhos em segurança. A partir do agendamento de carregamentos nos terminais de distribuição e das descargas desassistidas – que acontecem no período da madrugada –, a empresa reduziu a exposição de veículos em horários críticos e minimizou imprevistos comuns nos grandes centros, como o trânsito.

“Hoje, os centros urbanos estão com suas mobilidades inviabil izadas. A descarga desassistida permite que o número de cargas durante o dia reduza bastante, migrando as entregas para o período noturno”, pontua Lucena. “Engajamos as transportadoras que trabalham conosco a partir da premissa de que o aumento de produtividade faria com que remunerássemos melhor os ativos deles. Foi algo positivo para os dois lados”.

O quadro abaixo mostra como a empresa pode fazer mais e melhor com menos caminhões, aprimorando o atendimento aos clientes com menos custos e segurança. Desde 2011, a Raízen aumentou em 15% o volume transportado ao mesmo tempo em que reduziu a frota em 20%, o que demonstra seu compromisso com a eficiência.

Aumento de eficiência em nível de serviço

Revista Raízen

18 Capa

Evolução de frota da Raízen

Volume transportado (em bilhões de litros)

A planta de etanol de segunda geração da Raízen foi inaugurada oficialmente no dia 22 de julho, em evento que contou com a presença da presidenta Dilma Rousseff e do governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin. A cerimônia ocorreu em Piracicaba (SP).

Em operação desde novembro de 2014, a unidade tem capacidade para produzir 42 milhões de litros de biocombustíveis e potencial para aumentar em até 50% a produção de etanol da empresa. Além da importância para o negócio, a nova tecnologia também está alinhada com o compromisso de crescer de maneira sustentável. O investimento total na planta foi de R$ 237 milhões.

“Acreditamos que o etanol de segunda geração tem grande potencial para alavancar a produtividade de todo o setor. O biocombustível servirá de referência em sustentabilidade e energia renovável para outros países”, apontou o presidente da Raízen, Vasco Dias.

Salto tecnológicoCom a presença da presidenta Dilma Rousseff e do governador Geraldo Alckmin, Raízen inaugura planta de etanol de segunda geração

Destaque no evento, a presidente Dilma Rousseff tirou fotos com funcionários e participou de cerimônia com demais autoridades. Em discurso, Dilma afirmou que a inauguração da nova planta é um salto em direção ao futuro: “Queria parabenizar a Raízen por estar na vanguarda deste processo”.

O governador de São Paulo, por sua vez, comparou a unidade da Raízen à importância do Proálcool, programa que impulsionou o uso de etanol no Brasil nos anos 70. “Na década de 1970, depois da crise do petróleo, nós tivemos o Proálcool. E, 40 anos depois, agora tempos outro momento histórico do ponto de vista estratégico para o país e do ponto de vista da inovação: o etanol de segunda geração”.

O presidente do Conselho de Administração da Raízen, Rubens Ometto Silveira Mello, revela a placa de inauguração da unidade

2011 2012 2013 2014

9,2

8

8,6 8,6

420 caminhões

523 caminhões

480 caminhões 465

caminhões

Revista Raízen

Evolução de frota e volume transportado

Negócios 19

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Revista RaízenRevista Raízen

20 Negócios

Relacionamento valioso

Manter um bom relacionamento com fornecedores de matér ia-pr ima é fundamental para qualquer empresa – especialmente as que trabalham com commodities. As variações entre procura e oferta, condições climáticas e decisões políticas podem impactar não só o mercado, mas também a relação entre comprador e fornecedor. Ciente disso, a Raízen trabalha para estreitar seu relacionamento com parceiros de negócios e desenvolve iniciativas para fidelizá-los de forma que ambas as partes sejam beneficiadas.

A cana-de-açúcar, central para as atividades da empresa, encaixa-se nesta realidade. A crise enfrentada pelo setor nos últimos anos e a recente

InovaçãoRumo ao seu terceiro ano, o Cultivar teve resposta positiva dos fornecedores, especialmente por conta do seu caráter inovador. A chance de comprar equipamentos agrícolas em escala a partir do programa fez com que alguns deles desmobilizassem suas estruturas internas de compra. Outro fator avaliado é o pilar de crédito, desenvolvido justamente em um momento de retração no segmento. Além disso, as ações de treinamento e capacitação contribuem para aumentar a produtividade dos fornecedores e a elevar a qualidade da cana vendida para a Raízen.

Este projeto é um exemplo das sinergias que foram identificadas entre as operações

“Vejo o Cultivar como um programa extremamente bem estruturado e com imenso potencial de desenvolvimento

de fornecedores de cana. De fato, é um projeto que abraça todas as

necessidades do parceiro produtor por meio de capacitação, serviços, crédito e reconhecimento de desempenho.”

Mirto Sgavioli Neto

Grupo AMC

“O Cultivar tem nos ajudado a ser mais competitivos,

disseminando conhecimento entre os participantes. A própria Raízen

oferece palestras e cursos técnicos sobre o cultivo de cana-de-açúcar e incentiva a profissionalização.”

Azael Pizzolato

Agrorcm Sitta

de custos operacionais na compra de insumos a preços competitivos, treinamentos especializados para o agronegócio e linhas de crédito.

“A cana é uma commodity cuja oferta está estritamente ligada aos ciclos de preços dos produtos-fim, condições climáticas e a situação econômica do país. A partir destes e de outros fatores, a relação de forças no mercado muda de tempos em tempos”, explica Carlos Martins, diretor de Fornecedores de Cana e Parcerias Agrícolas. “Com o Cultivar, estamos construindo um diferencial que atrai o fornecedor a partir dos benefícios oferecidos e nos garante o suprimento de matéria-prima de qualidade a um preço competitivo”.

de downstream (o varejo de combustíveis) e o upstream (produção de etanol, açúcar e bioenergia) pois, de acordo com Carlos Martins, o relacionamento da Raízen com os revendedores da marca Shell foi o que inspirou o projeto.

“A proposta de valor que a Raízen oferece aos seus revendedores, tendo a marca Shell como principal pilar, nos inspirou a construir algo semelhante com nossos parceiros produtores de cana”, conta o diretor de Fornecedores de Cana e Parcerias Agrícolas. “Precisamos de formas criativas para superar a atual crise econômica do Brasil. Por meio do Programa Cultivar estamos contribuindo para aumentar a produtividade e a sustentabilidade dos nossos parceiros”.

redução do crédito para o agronegócio, por exemplo, podem gerar redução da ofer ta de cana nas próximas safras. Neste cenário, é esperado que os preços dos produtos acabados melhorem, e que a demanda por cana-de-açúcar aumente, o que pode gerar desabastecimento ou aumentos nos preços da matéria-prima. Como este que este é o ciclo natural do mercado de commodities, é fundamental que a empresa se prepare adequadamente para garantir oferta de matéria-prima nos ciclos de alta de preços.

Exemplos disso não faltam. Nos anos 70, o conturbado contexto político do Oriente Médio escalou até o embargo dos países produtores de petróleo, aumentando

Para garantir o suprimento de matéria-prima a custos competitivos, a Raízen trabalha para melhorar sua proposta de valor aos seus parceiros produtores de cana

em 300% o valor do barril à época. Outro caso semelhante é o que vem acontecendo na China. A desaceleração do gigante asiático tem derrubado o preço internacional das commodities. Entre agosto de 2011 e agosto de 2015, a tonelada métrica do ferro caiu de U$ 177,45 para U$ 55 – menos de um terço do valor daquele ano.

A partir de um relacionamento mais estreito com os fornecedores de cana, a Raízen consegue negociar preços mais competitivos ao mesmo tempo em que apresenta uma proposta de valor sólida a estes empresários do agronegócio. Foi com esse objetivo em mente que a empresa criou o programa Cultivar, que fideliza o fornecedor a partir de redução

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Caminho sustentávelDesde o plantio até chegar às prateleiras dos supermercados, os produtos que usam derivados da cana-de-açúcar como matéria-prima passam por processos que incluem uma série de preocupações com a sustentabilidade das atividades nos diferentes elos da cadeia. Confira algumas delas:

A cana-de-açúcar faz parte da história do Brasil. Desde as primeiras mudas trazidas pelos portugueses até os dias atuais, são quase 500 anos de diferentes ciclos. Hoje, o país é o maior produtor mundial de açúcar e reconhecido internacionalmente por sua eficiência. Agora, a Raízen e empresas parceiras querem contar uma nova história e mostrar a inovação e a sustentabilidade presentes nos diferentes elos desta cadeia produtiva. Esse é o objetivo da campanha “Cana-de-açúcar: a cultura da inovação”, lançada no dia 22 de setembro.

Mesmo que o Brasil tenha se tornado referência no setor sucroenergético, a população ainda associa a produção da cana-de-açúcar a algo antiquado, aos antigos engenhos do período colonial e ao desmatamento. De acordo com a gerente de

Desenvolvimento Sustentável da Raízen, Marina Carlini, a intenção é reverter essa percepção.

“A contribuição da Raízen nesta campanha é mostrar as conquistas inovadoras de todo o processo produtivo da cana e desassociar a imagem do passado. Queremos reconstruir a imagem do setor sucroenergético e apresentar a realidade atual pautada no alto comprometimento com a sustentabilidade”, explica Carlini.

A campanha tem por objetivo central mostrar ao consumidor final essa nova realidade e conscientizar, especialmente, os formadores de opinião sobre os investimentos cada vez mais robustos em inovação tecnológica e sustentabilidade desta cadeia. Além da Raízen, a campanha engloba outros quatro atores: a ONG Solidaridad, que é a articuladora da

22 Sustentabilidade

Revista Raízen Revista Raízen

Nova história para a canaCom foco em inovação, Raízen e parceiros lançam a campanha “Cana-de-açúcar: a cultura da inovação” e divulgam as ações de sustentabilidade na cadeia produtiva da commodity

2 - Na unidade produtoraNas unidades produtoras da Raízen, toda a eletricidade utilizada provém da cogeração de energia do bagaço resultante da moagem da cana. Além disso, a empresa possui uma unidade de etanol de segunda geração, tecnologia que permite produzir mais biocombustível com a mesma área plantada. Até o momento, 12 unidades da empresa são certificadas Bonsucro, selo que atesta o mais alto nível de sustentabilidade no processo industrial.

campanha; a Associação dos Fornecedores de Cana de Guariba (Socicana); a Braskem, indústria que transforma o etanol em plástico verde; e a Tetra Pak, que utiliza o plástico verde em suas embalagens (saiba mais sobre a participação de cada ator no programa).

Um novo cicloO consumidor, ao comprar um produto feito a partir do plástico verde no supermercado, não imagina toda a história daquele item – desde o produtor rural, passando por uma unidade produtora da Raízen e pelos processos da Braskem e da Tetra Pak. Também não imagina que, em toda essa cadeia, existe uma preocupação com a sustentabilidade. Por

isso, todos os atores da campanha concordam: é importante comunicar o que está sendo feito.

O superintendente da Socicana, José Guilherme Nogueira, ressalta que as práticas do passado ficaram para trás, ainda que as pessoas desconheçam o atual procedimento. “Existe um desconhecimento grande. Muitos pensam, por exemplo, que a colheita ainda é feita com queimada. Ignoram toda a transformação que o setor viveu nos últimos 20 anos. No nosso caso, é fundamental modificar a imagem dos produtores perante a sociedade. A conscientização é importante para promover a valorização da cana”, afirma.

E essas mudanças não ocorreram apenas na produção rural. A Braskem, indústria do setor químico, passou a produzir

1 - No campoNos canaviais, os agricultores filiados à Socicana adotam as melhores práticas sustentáveis, como não utilizar queimadas para colheitas, usar racionalmente a água e manter a palhada no solo, por exemplo.

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O que é o plástico verde?O polietileno verde é um plástico produzido a partir do etanol de cana-de-açúcar, uma matéria-prima renovável, ao passo que os polietilenos tradicionais utilizam matérias-primas de fonte fóssil, como petróleo ou gás natural. Por esta razão, o plástico verde captura e fixa gás carbônico da atmosfera durante a sua produção, colaborando para a redução da emissão dos gases causadores do efeito estufa. O selo I’m green identifica os produtos da Braskem que utilizam esta inovação.

o plástico verde, produto sustentável que não contribui para o aquecimento global (saiba mais sobre seus benefícios no box). O mesmo ocorre com a Tetra Pak, que passou a utilizar este plástico em substituição aos polímeros derivados de petróleo, iniciativa que está alinhada com a estratégia global da empresa, que visa a aumentar o conteúdo renovável de suas embalagens.

“O grande ponto do projeto é a integração de todos os atores em torno de um objetivo comum”, comemora a responsável pelo Marketing de Químicos Renováveis da Braskem, Karla Censi.

5 - Um produto muito mais sustentávelQuando a embalagem chega ao consumidor, ele tem em mãos um produto que agrega alta qualidade e tecnologia de ponta aplicada em sustentabilidade.

3 - A produção do plásticoA Braskem usa o etanol da Raízen para desenvolver um produto completamente inovador: o plástico verde. Diferente do plástico convencional, ele não utiliza combustíveis fósseis para sua fabricação, e sim o etanol. Além de ter uma matéria-prima renovável, mesmo quando queimado, o polietileno verde é praticamente neutro em relação ao CO². Isso permite que estes plásticos, quando descartados, possam ser incinerados para geração de energia.

4- A embalagem mais renovávelFazer uma embalagem cartonada integralmente renovável é um grande desafio, já que envolve questões de segurança alimentar. Até o momento, nenhuma empresa conseguiu desenvolvê-la. Hoje, a Tetra Pak produz embalagens 75% renováveis – e o plástico verde da Braskem é um dos elementos mais importantes de sua composição. Ele é utilizado nas tampas das embalagens, substituindo o plástico de origem fóssil.

24 Responsabilidade Social

Revista Raízen

“Existe uma relação de interdependência. Sem os produtores, a Raízen não teria a força que tem, e vice-versa. Sem o etanol, não produziríamos o plástico verde, e a Tetra Pak não o utilizaria. Todos nós temos um papel a cumprir nessa cadeia”, completa.

A gerente de Desenvolv imento Sustentável da Raízen afirma que a participação no projeto é fundamental para a empresa: “Nós enxergamos como uma oportunidade de contar nossa contínua busca pelo desenvolvimento sustentável na produção do etanol, juntamente com parceiros que têm

a sustentabi l idade como um dos temas pr incipais dentro de suas organizações”, explica.

Os participantes lembram que, apesar de fundamental para apresentar o tema aos formadores de opinião, a campanha não ficará restrita ao marketing. A ideia é reforçar e multiplicar as ações de sustentabilidade aplicadas na cadeia de produção.

“Manter padrões sustentáveis no processo produtivo é um tema de interesse geral, tanto do público quanto da sociedade. A conscientização é um passo importante, mas nós da Tetra

Revista Raízen

“Queremos reconstruir a imagem do setor sucroenergético

e apresentar a realidade atual pautada no alto

comprometimento com a sustentabilidade.”

Marina Carlini

Gerente de Desenvolvimento Sustentável da Raízen

Pak estamos traçando planos com a Braskem para ampliar nossas ações e fomentar a sustentabilidade nessa cadeia”, reforça a gerente de Meio Ambiente da Tetra Pak, Valéria Michel.

O projetoA campanha “Cana-de-açúcar: a cul tura da inovação” fo i in ic iada em 2010 pela ONG internacional Solidaridad, como parte do programa Farmer Support Program (FSP), que tem duas principais áreas de trabalho: ajudar os produtores rurais a melhorar

a sustentabilidade de seus plantios e contr ibu i r no desenvo lv imento de mercados que comprem esses produtos mais sustentáveis.

“Já desenvolvemos no Brasil e em outros países projetos com foco em sustentabilidade e inovação no meio agrícola. Com essa campanha, nosso objetivo é juntar diferentes elos e trazer para a mesa de discussão desde o fornecedor de cana até o fabricante dos produtos que tenham contato com o consumidor f inal”, explica a gerente-geral da Solidaridad no país, Fátima Cardoso.

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Em funcionamento desde 1884, unidade produtora da Raízen em Rafard é peça fundamental da origem da cidade

Mais de um século de história

26 Raízes do Brasil

Estratégica para a Raízen na região de Piracicaba, a unidade produtora de Rafard tem uma história que se confunde com a da própria cidade. Fundada em 1884, ela foi construída antes da emancipação do município, quando ele ainda era parte de Capivari. Na ocasião, o então imperador Dom Pedro II planejava construir novos engenhos de açúcar no estado de São Paulo e coube ao empresário Henrique Raffard levar o plano adiante. Ao longo de 130 anos, o engenho evoluiu e tornou-se o principal empreendimento da cidade, batizada com o nome do empreendedor responsável pela construção.

Hoje, a unidade produtora de Rafard é bem diferente de um engenho do século XIX. Com equipamentos de última geração, ela emprega pouco mais de mil funcionários e mói 2,3 milhões de toneladas de cana por ano-safra. Deste total são produzidas por ano 190 mil toneladas de açúcar e 67 milhões de litros de etanol. A instalação também gera 130 mil megawatts/hora anuais, suprindo sua própria demanda de energia elétrica.

Como a economia local tem muito foco no agronegócio, a unidade produtora de Rafard é abastecida por produtores de cana-de-açúcar do próprio município e das cidades vizinhas – historicamente ligadas ao mercado sucroenergético. Por esta relevância, a Raízen inaugurou na unidade, em agosto, uma sala de atendimento do programa Cultivar para receber os fornecedores da matéria-prima.

Com pouco mais de 8 mil habitantes, Rafard é uma das cidades mais jovens da região. Nos anos 50, o distrito lutava pela independência, que viria apenas na década seguinte. Emancipada em 1965, ela nasceu como um povoado chamado Vila Henrique Raffard e eventualmente foi elevada ao status de distrito de Capivari.

Cidadã ilustreUma das principais atrações de Rafard é a casa onde morou a artista Tarsila do Amaral, um dos ícones do movimento modernista brasileiro. Trata-se de um dos casarões da Fazenda São Bernardo, que eram ocupados por diretores de cargos importantes no engenho que deu origem à unidade produtora da Raízen.

A própria cidade reflete os primeiros passos da sua cidadã mais ilustre na arte. Com muitas obras que retratavam cenários do interior, ela teve como principal inspiração o local onde viveu durante sua infância e juventude. E Rafard mantém essa memória viva de várias maneiras. Em diversos pontos da cidade, painéis com reproduções das obras de Tarsila do Amaral, como o Abaporu, celebram a trajetória da artista.

Ela produz 190 mil toneladas de açúcar e

67 milhões de litros de etanol

A unidade produtora de Rafard mói

2,3 milhões de toneladas de cana por ano

Revista Raízen Revista Raízen

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Nove entre cada dez empresas brasileiras apresentam dificuldades em preencher seu quadro funcional. É o que diz a pesquisa Carência de Profissionais no Brasil, realizada pela Fundação Dom Cabral em 2014. O estudo ainda aponta a escassez de mão de obra qualificada como a principal razão para o problema, e as funções técnicas e operacionais como as de qualificação mais precárias. Essa deficiência leva as organizações a buscar soluções por conta própria, como a Raízen, que desenvolve programas de formação profissional em diversas áreas.

Um exemplo de destaque é o Programa de Formação de Operadores de Colhedora. Criado em 2011, para adaptar-se à mecanização da colheita, ele forma trabalhadores rurais e funcionários de outros processos que tenham interesse na operação de colheita mecanizada da Raízen. A iniciativa conta com equipamentos de última geração, como um simulador de colhedora que otimizou a formação de mão de obra a partir de uma abordagem realista e dinâmica, acelerando e garantindo a aprendizagem na operação com segurança dos funcionários. Desde o início do programa, mais de mil trabalhadores rurais foram capacitados.

Voltado à área industrial, um projeto semelhante é o Programa de Capacitação Industrial (PCI), fruto de uma parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Durante a entressafra – parada da produção entre os meses de dezembro e abril – os funcionários das unidades de produção são preparados para fazer a manutenção do parque industrial, diminuindo, assim, a necessidade de contratação de mão de obra terceira. Para a coordenadora de Formação e Desenvolvimento Profissional da Raízen, Simone Vieira, estes programas não só beneficiam a empresa, mas também transformam a vida de seus participantes.

“Além de ser interessante para a Raízen, o funcionário aprende um novo ofício e, em geral, alcança outro patamar em sua vida profissional. É um ganho que fica com ele para toda a vida e impacta a condição da sua própria família”, explica Simone Vieira. “A escolha dos cursos leva em consideração o interesse e aptidão de cada funcionário e sua disponibilidade”.

Para contornar a escassez de mão de obra qualificada no Brasil, Raízen investe em programas de desenvolvimento profissional e projetos socioeducativos

“No Brasil, o problema (da mão de obra) tem origem na própria

estrutura educacional. O ensino tradicional não prepara as pessoas para o mercado de trabalho.”

Rogério Leme

Diretor da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH)

A base do problemaO estudo da Fundação Dom Cabral sinaliza a deficiência na formação básica dos brasileiros como a principal causa da baixa qualificação da mão de obra. O diretor da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Rogério Leme, concorda: “No Brasil, o problema tem origem na própria estrutura educacional. O ensino tradicional não prepara as pessoas para o mercado de trabalho”, afirma. “Treinamento e capacitação são etapas do processo, mas faz-se necessária uma mudança significativa”, completa.

De acordo com a Gerente de Responsabilidade Social e Formação Profissional da Raízen, Lucia Teles, a educação é um ponto chave – especialmente por conta do analfabetismo funcional. Desta forma, ela diz que o tempo de estudo não é determinante, mas sim a qualidade. “A questão não são os poucos anos de estudo. O que vivemos na Raízen é que as pessoas estudam por bastante tempo. A dificuldade está na interpretação e na compreensão. Sentimos isso ao aplicar treinamentos, de acordo com a complexidade do tema. Ou seja, o problema é a qualidade do ensino ao qual essas pessoas têm acesso”, explica.

sementes

28 Responsabilidade Social

Plantando

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Indicadores 31

O Você Conquista é o sonho de consumo dos revendedores da rede Shell. Desde 2010, o programa leva os melhores donos de postos do Brasil para viagens espetaculares ao redor do mundo. Com atrações exclusivas e surpresas todos os anos, a campanha é o topo do pódio da revenda de combustíveis.

Com atrações exclusivasEm 2013, os revendedores receberam prêmios das mãos da lenda do boxe Mike Tyson

Incentivo à excelência

Seis anos inesquecíveis

Barcelona

Dubai

Grécia

Paris

Roma

2010

2011

2012

Las Vegas

2013

2014

2015

Em 2015,

bateram a meta do Você Conquista

492 postos

Entre 2010 e 2014,

viajaram o mundo pelo programa

3710 pessoas

E foram necessários 32 voos para levar todos os participantes para Barcelona

O suficiente para dar

em torno da Terra3 voltas

No total, foram quase

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Nesse sentido, mais do que realizar capacitações pontuais, a Raízen se preocupa em oferecer educação de base e de forma contínua para fazer a diferença a longo prazo. A Fundação Raízen exerce esse papel ao contribuir com a formação educacional de crianças e com a profissionalização de jovens nas comunidades em que está inserida.

Segundo Lucia Teles, o diferencial está na garantia da qualidade do ensino, pois os programas são monitorados constantemente. A atuação se dá em três áreas: infantil, para crianças de quatro meses a dez anos; socioeducativa, que fornece uma formação complementar para crianças e jovens de 11 a 17 anos; e profissionalizante, cujo público alvo é composto por pessoas de 18 a 30 anos. Além do impacto positivo nas comunidades, a ação também gera benefícios para a própria Raízen.

“O retorno desse investimento se dá de duas formas: na preparação da base da educação que as crianças recebem, que vai gerar mão de obra qualificada no futuro nessas regiões; e, no caso dos cursos profissionalizantes, o retorno é mais imediato.

Geralmente, conseguimos trazer esses jovens para atuar dentro da empresa, e suprir nossas demandas”, diz a gerente de Responsabilidade Social. Todos os anos, aproximadamente 600 jovens formam-se em cursos profissionalizantes da Fundação. “São muitos formados, então não conseguimos absorver todos os jovens. Mas, capacitados e qualificados, eles encontram lugar no mercado de trabalho”.

O diretor da ABRH ainda elenca outro benefício deste tipo de investimento: a retenção de talentos. Isso porque os trabalhos sociais desenvolvidos tornam a empresa referência nestas cidades. Nesse sentido, o impacto é tanto em termos de imagem positiva, quanto em oportunidades de crescimento geradas.

“Em alguns casos, as pessoas são mais atraídas pelo relacionamento com a empresa do que pela oferta de salários e benefícios. Assim, quando o funcionário percebe a importância da companhia para o crescimento de sua comunidade, ele sente orgulho de fazer parte daquilo e, desse modo, a empresa consegue reter talentos”, ressalta.

Fundação Raízen

Revista Raízen

Page 17: Alta - Raízen... · diferenciados, confeitaria e parmegiana, considerado o carro-chefe da casa. Voo de cruzeiro A Raízen participou, entre os dias 11 e 13 de agosto, da Labace,