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ACLS - Advanced Cardiovascular Life Support Material desenvolvido e organizado pela equipe do Portal IDEA. Fontes: Internet, livros, apostilas, artigos e vídeos. www.portalidea.com.br

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ACLS - Advanced Cardiovascular Life Support

Material desenvolvido e organizado pela equipe do Portal IDEA.Fontes: Internet, livros, apostilas, artigos e vídeos.

www.portalidea.com.br

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O que é ACLS?

O curso de “ACLS – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia” é destinado a profissionaisda área da saúde que participam do tratamento de pacientes vítimas de paradacardiorrespiratória (PCR) ou que apresentam emergências cardiovasculares, comoarritmias, infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral. O treinamento ébaseado na simulação de situações reais em estações práticas, nas quais os profissionaispodem aprofundar suas competências tanto como líderes quanto como membros de umaequipe de atendimento de emergência de alto desempenho. Ao final do curso, o alunoestará apto a reconhecer as diferentes situações de emergência que antecedem uma PCR,podendo oferecer tratamento precoce e adequado a cada uma destas situações,proporcionando ao paciente a melhor chance possível de sobrevida, com adequado statusneurológico em longo prazo.

Suporte básico de vida

(SBV) é o conjunto de medidas e procedimentos técnicos que objetivam o suporte de vida à vítima. O SBV évital até a chegada do SIV (Suporte intermediário de vida - transporte até o hospital). O objetivo principal énão agravar lesões já existentes ou gerar novas lesões (iatrogenias). Um rápido SBV proporciona até 60%de chance de sobrevivência.

O Suporte básico de vida é um dos elos da "Cadeia de Sobrevivência". Há que salientar também que noSBV (Suporte Básico da Vida) tem diferença entre bebés, crianças e adultos pois nos bebés usam-se doisdedos para se fazer a compressão, nas crianças usa-se uma mão para se fazer a compressão. Assemelhanças são os processos de insuflação que tem o mesmo procedimento.

O suporte avançado de vida (SAV) ou a reanimação cardio-respiratória (RCR) assistida (RCRA) consistemna ressuscitação com uso de equipamento adicional ao usado no suporte básico ou CAB (Compressão,ventilação e vias aéreas), podem ser aplicadas técnicas de uso exclusivo do médico ou pessoal treinado eamparado pela lei. “obtenção das vias aéreas e ventilação, obtenção de via intravenosa, e administração demedicamentos, cuidados pós-ressuscitação, intubação, cricotireoidotomia, alinhamento ou traçãode fraturas, redução de luxações, drenagem de tórax e outras que sejam necessárias e invasivas”.

Protocolos para atendimento dos tipos de paragem cardio-respiratória (PCR):

Dentre as modalidades de parada cardíaca temos: fibrilação ventricular e taquicardiaventricular sem pulso; assistolia; e a atividade elétrica sem pulso (dissociação eletromecânica).

As medidas terapêuticas ou farmacológicas, utilizadas na PCR tem sido classificadas, de acordo com assuas evidências científicas comprovadas em:

•classe I - efetivamente útil;•classe II - aceitável de eficácia incerta e pode ser controverso;•classe IIa - aceitável, provavelmente útil;•classe IIb - aceitável, possivelmente útil (provavelmente não é danoso);•classe III - não indicado (sem base científica que a suporte, pode ser prejudicial).

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Cadeia de Sobrevivência

À luz do conhecimento médico atual, considera-se que há três atitudes que modificam o resultado no

socorro à vítima de paragem cardiorrespiratória (PCR):

1.Pedir ajuda, acionando de imediato o Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM);

2.Iniciar de imediato manobras de Suporte Básico de Vida (SBV);

3.Aceder à desfibrilhação tão precocemente quanto possível mas apenas quando indicado.

Estes procedimentos sucedem-se de uma forma encadeada e constituem uma cadeia de atitudes em que

cada elo articula o procedimento anterior com o seguinte. Surge assim o conceito de Cadeia de

Sobrevivência, composta por quatro elos ou ações, em que o funcionamento adequado de cada elo e a

articulação eficaz entre os vários elos é vital para que o resultado final seja uma vida salva.

Os quatro elos da cadeia de sobrevivência são:

1.Acesso precoce ao Sistema Integrado de Emergência Médica – 112

2.Início precoce de (SBV) Suporte Básico de Vida

3.Desfibrilhação precoce

4.Suporte Avançado de Vida (SAV) precoce

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Acesso Precoce

O rápido acesso ao SIEM assegura o início da Cadeia de Sobrevivência. Cada minuto sem se chamar o

socorro reduz a possibilidade de sobrevivência da vítima. Para o funcionamento adequado deste elo é

fundamental que quem presencia uma determinada ocorrência seja capaz de reconhecer a gravidade da

situação e saiba ativar o sistema, ligando adequadamente 112 (para poder informar o quê, onde, como e

quem).

A incapacidade de adotar estes procedimentos significa falta de formação. A consciência de que estes

procedimentos podem salvar vidas humanas deve ser incorporada o mais cedo possível na vida de cada

cidadão.

SBV Precoce

Para que uma vítima em perigo de vida tenha maior hipótese de sobrevivência é fundamental que sejam

iniciadas, de imediato e no local onde ocorreu a situação, manobras de SBV. Isto só se consegue se quem

presencia a situação tiver a capacidade de iniciar o SBV.

O SBV permite ganhar tempo, mantendo alguma circulação e alguma ventilação na vítima, até à chegada

de socorro mais diferenciado para instituir os procedimentos de SAV.

Desfibrilhação Precoce

A maioria das PCR no adulto ocorrem devido a uma perturbação do ritmo cardíaco a que se chama

Fibrilhação Ventricular (FV). Esta perturbação do ritmo cardíaco caracteriza-se por uma atividade elétrica

caótica de todo o coração, em que não há contração do músculo cardíaco e, como tal, não é bombeado

sangue para o organismo. O único tratamento eficaz para esta arritmia é a desfibrilhação que consiste na

aplicação de um choque elétrico, externamente a nível do tórax da vítima, para que a passagem da corrente

elétrica pelo coração pare a atividade caótica que este apresenta. A desfibrilhação eficaz é determinante na

sobrevivência de uma PCR.

Também este elo da cadeia deve ser o mais precoce possível. A probabilidade de conseguir tratar a FV com

sucesso depende do fator tempo. A desfibrilhação logo no 1º minuto em que se instala a FV pode ter uma

taxa de sucesso próxima dos 100%, mas ao fim de 8-10 minutos a probabilidade de sucesso é quase nula.

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SAV Precoce

Este elo da cadeia de sobrevivência é uma “mais-valia”. Nem sempre a desfibrilhação é eficaz, por si só,

para recuperar a vítima. Outras vezes a desfibrilhação pode não ser sequer indicada. O SAV permite

conseguir uma ventilação mais eficaz (através da entubação endotraqueal) e uma circulação também mais

eficaz (através da administração de fármacos). Idealmente, o SAV deverá ser iniciado ainda na fase pré-

hospitalar e continuado no hospital, permitindo a estabilização das vítimas recuperadas de PCR.

Integram também este elo os cuidados pós-reanimação, que têm o objectivo de preservar as funções do

cérebro e coração.

A Cadeia de Sobrevivência representa, simbolicamente, o conjunto de procedimentos que permitem salvar

vítimas de paragem cardiorrespiratória. Para que o resultado final possa ser, efetivamente, uma vida salva,

cada um dos elos da cadeia é vital e todos devem ter a mesma força. Todos os elos da cadeia são

igualmente importantes: de nada serve ter o melhor SAV se quem presencia a PCR não souber ligar 112.

RCP de Alta Qualidade

A ênfase no Suporte Básico de Vida (BLS – Basic Life Suport) nas Diretrizes 2015 continua na qualidade damassagem cardíaca. Portanto, uma RCP de qualidade significa comprimir o tórax na frequência eprofundidade adequadas, permitir o retorno do tórax a cada compressão, minimizar interrupções nascompressões e evitar ventilação excessiva. As novas recomendações ficaram descritas assim:

•Houve modificação nas compressões torácicas, que agora devem ser feitas em uma frequência de100 a 120 /min;•Também foi mudada a profundidade da compressão torácica em um adulto médio, que deve ser emtorno de 5cm, evitando ultrapassar 6cm;•Para garantir o retorno do tórax após cada compressão o socorrista não deve apoiar-se no tórax entreas compressões;•A meta em termos de minimizar as interrupções é garantir que as compressões torácicas ocorram emao menos 60% do tempo da RCP. Isso significa evitar interromper as compressões por mais de 10segundos;•Para minimizar ventilações excessivas, uma vez colocada a via aérea avançada, a proporção deventilações foi simplificada para 10 respirações por minuto (uma ventilação a cada seis segundos).

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Os destaques das novas diretrizes em pediatria são:

•O algoritmo foi modificado para que o socorrista ative o Serviço Médico de Emergência sem sair dolado da vítima (usando celular). Essa deve ser a primeira atitude em uma PCR presenciada, para sódepois iniciar a RCP. Se a PCR não tiver sido presenciada, deve-se aplicar 2 minutos de RCP, para sódepois pedir ajuda e providenciar um DEA;•Foi confirmada a sequência de atendimento C – A – B (circulation – airway – breathing) para RCP empediatria para dar ênfase na massagem cardíaca inicialmente (Classe IIb, Nível C-EO);•Houve modificação nas compressões torácicas, que agora devem ser feitas em uma frequência de100 a 120 /min (assim como em adultos) (Classe IIa, Nível C-EO);•Recomenda-se que profundidade da compressão torácica em uma criança seja de 5cm e em bebês(exceto recém-nascidos) seja de 4cm. Para adolescentes seguir a mesma recomendação de RCP emadultos (Classe IIa, Nível C-LD);•Para crianças a RCP deve ser feita com massagem cardíaca e ventilações, diferentemente nosadultos, onde não há essa ênfase. A proporção é de 30:2 (compressões: ventilação) se houver apenas1 socorrista. Caso haja dois ou mais socorristas, a proporção passa a ser de 15:2 (massagem:ventilação);•A nova recomendação é para utilizar o DEA assim que ele estiver disponível, o que significainterromper as compressões torácicas para que o DEA verifique o ritmo e dê o choque se necessário.

Suporte Avançado de Vida em Pediatria

Já nas recomendações para o suporte avançado para crianças, o que vemos não é uma mudança derecomendações, mas sim um refinamento do que já existia, e um acréscimo de recomendações paraas situações que precedem uma parada, e condutas para o durante e após a RCP:

•Ao tratar crianças com doenças febris em ambientes limitados para recursos de cuidados intensivos, ouso de cristaloides isotônicos de forma restritiva melhora a sobrevida (Classe IIb, Nível B-R). Mas éaconselhável administrar 20 mL/kg de volume em casos de sepse grave e choque séptico;•A rotina de se usar atropina como pré-medicação para intubação orotraqueal para prevenir arritmias écontroversa (Classe IIb, Nível C-LD). Além disso, não há evidências do que seria a dose mínima a serusada;•Se a PCR ocorrer em uma criança usando medida invasiva de pressão arterial, utilizar estemonitoramento durante a RCP para verificar a adequação da mesma (Classe IIb, Nível C-EO);•Se houver disponibilidade, use ETCO2 para monitorar a qualidade da RCP, mas não há valores alvoestabelecidos em pediatria (Classe IIB, Nível C-LD);•A desfibrilação em crianças deve ser feita com dose inicial de 2-4 J/kg (energia monofásica oubifásica) (Classe IIa, Nível C-LD), mas para facilitar o aprendizado a dose ensinada pode ser de 2 J/kg(Classe IIb, Nível C-LD). Se houver refratariedade ao primeiro choque, aumentar a energia para 4 J/kg(Classe IIa, Nível C-LD), e em doses subsequentes manter 4 J/kg ou subir até um máximo de 10 J/kg(Classe IIb, Nível C-LD);•É aceitável usar amiodarona ou lidocaína para PCR em FV/TVSP em crianças que forem refratárias àdesfibrilação (Classe IIb, Nível C-LD);•A epinefrina continua sendo recomendada como vasopressor a ser utilizado durante a RCP (ClasseIIa, Nível C-LD);•RCP extracorpórea pode ser considerada em PCR intra-hospitalar de crianças cardiopatas (Classe IIb,Nível C-LD);•Após retorno à circulação espontânea, deve ser feito controle de temperatura, evitando febre nacriança ou bebê (Classe I, Nível B-NR). Para crianças comatosas manter a temperatura entre 36oC e

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37,5oC por 5 dias, ou dois dias de hipotermia (32oC a 34oC), seguidos de três dias de normotermia(Classe IIa, Nível B-R);

•Após retorno à circulação espontânea, devem ser usados vasopressores em infusão contínua paramanter a pressão arterial da criança acima do 5º percentil para a idade (Classe I, Nível C-LD);•Após retorno à circulação espontânea, o objetivo de saturação de oxigênio é de 94 a 99%, evitando-sefortemente que ocorra hipoxemia (Classe IIb, Nível B-NR), e limitando a ocorrência de hipercapnia(Classe IIb, Nível C-LD).

2010 BLS MUDANÇAS ORIENTAÇÃO

Estes seguir representam um resumo das alterações 2010: • Anteriormente, os passos iniciais foram vias aéreas, respiração, compressões, ou ABC. A literatura indicaque a partir compressões no início do processo vai aumentar as taxas de sobrevivência. Portanto, as etapasforam alterados para compressões, via aérea, respiração, ou CAB. Este destina-se a incentivar a RCPprecoce e evitar transeuntes interpretação respiração agonia como sinais de vida e retenção CPR. • “Olha, ouvir e sentir” para a respiração não é mais recomendado. Em vez de avaliar a respiração dapessoa, comece a RCP se a pessoa não estiver respirando (ou só é ofegante), não tem pulso (ou se nãotiver certeza), ou não responde. Não realize uma avaliação inicial da respiração. A meta é a entregaantecipada de compressões torácicas a pessoas com parada cardíaca. • RCP de alta qualidade consiste no seguinte: - Manter a taxa de compressão de 100 a 120 batimentos porminuto para todas as pessoas. - Mantenha profundidade de compressão entre 2 a 2,4 polegadas paraadultos e crianças, e cerca de 1,5 polegadas para crianças. - Permitir retorno do tórax completa após cadacompressão. - Minimizar as interrupções no CPR, exceto para usar um AED ou para alterar posiçõessalvador. - Não mais de ventilar .

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INDICAÇÕES DE OXIGÊNIO E VENTILAÇÃO

Após a abertura da via aérea temos basicamente 2 opções de assistência ventilatória e oxigênio, que sesubdividem:

1. Paciente ventila espontaneamente

2. a. Sem esforço com SaO2p > 92% = Manter vias aéreas abertas.

3. b. Com esforço e SaO2p < 92% = Manter vias aéreas abertas e iniciar suplementação de oxigênio(cateteres e mascaras de O2 – ventilação não invasiva). Neste caso o paciente deverá possuirestabilidade hemodinâmica, ausência de indicação de TOT (Proteção das VAS ou toaleterespiratória) e ausência de trauma de face.

4. c. Com esforço e SaO2p < 92% (ou 90% na gasometria arterial), mesmo após suplementação deoxigênio = via aérea invasiva (TOT ou ML) + prótese respiratória com sedação e analgesia. 2.Paciente não ventila espontaneamente (apnéia) ou agônico = iniciar ventilação controlada (bocaa-boca/mascara), providenciar via aérea invasiva e avaliar circulação. Sinais clínicos de insuficiênciarespiratória ou desconforto respiratório

5. • Dispnéia, taquipnéia, bradipnéia ou apnéia.

6. • Cianose central. • Utilização de musculatura acessória e retrações de musculatura respiratória.

7. • Respiração ruidosa ou sibilos.

8. • Sudorese e angústia.

9. • Expansão irregular do tórax.

Suportes avançados à vida

São manobras médicas invasivas (procedimentos cirúrgicos, administração de medicamentos, etc)destinada à estabilização clínica de um paciente. Podem ser realizadas no Atendimento Pré Hospitalar(APH) ou no atendimento hospitalar.

O suporte avançado de vida (SAV) ou a reanimação cardio-respiratória (RCR) assistida (RCRA) consistemna ressuscitação com uso de equipamento adicional ao usado no suporte básico ou CAB (Compressão,ventilação e vias aéreas), podem ser aplicadas técnicas de uso exclusivo do médico ou pessoal treinado eamparado pela lei. “obtenção das vias aéreas e ventilação, obtenção de via intravenosa, e administração demedicamentos, cuidados pós-ressuscitação, intubação, cricotireoidotomia, alinhamento ou traçãode fraturas, redução de luxações, drenagem de tórax e outras que sejam necessárias e invasivas”.

Protocolos para atendimento dos tipos de paragem cardio-respiratória (PCR):

Dentre as modalidades de parada cardíaca temos: fibrilação ventricular e taquicardiaventricular sem pulso; assistolia; e a atividade elétrica sem pulso (dissociação eletromecânica).

As medidas terapêuticas ou farmacológicas, utilizadas na PCR tem sido classificadas, de acordo com assuas evidências científicas comprovadas em:

•classe I - efetivamente útil;•classe II - aceitável de eficácia incerta e pode ser controverso;•classe IIa - aceitável, provavelmente útil;

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•classe IIb - aceitável, possivelmente útil (provavelmente não é danoso);•classe III - não indicado (sem base científica que a suporte, pode ser prejudicial).

Componentes do Sistema Cardiovascular

Os principais componentes do sistema circulatório são: coração, vasos sanguíneos, sangue, vasos linfáticose linfa.

Coração

O coração é um órgão muscular oco que se localiza no meio do peito, sob o osso esterno, ligeiramentedeslocado para a esquerda. Em uma pessoa adulta, tem o tamanho aproximado de um punho fechado epesa cerca de 400 gramas.

O coração humano, como o dos demais mamíferos, apresenta quatro cavidades: duas superiores,denominadas átrios e duas inferiores, denominadas ventrículos. O átrio direito comunica-se com o ventrículodireito através da válvula tricúspide. O átrio esquerdo, por sua vez, comunica-se com o ventrículo esquerdoatravés da válvula bicúspide ou mitral. A função das válvulas (ou valvas) cardíacas é garantir que o sanguesiga uma única direção, sempre dos átrios para os ventrículos.

Os ventrículos são as câmaras ejetoras ou verdadeiras bombas do coração (a diferença de função entreátrios e ventrículos é revelada nas paredes musculares ventriculares, que são muito mais volumosas).Quando os ventrículos contraem, o sangue é propelido do coração para a circulação. O ventrículo direitobombeia sangue para o tronco pulmonar, o qual leva o sangue para os pulmões, onde ocorrem as trocasgasosas. O ventrículo esquerdo ejeta sangue na parte ascendente da aorta, a maior artéria do corpo.

Coração: vista anterior

O ventrículo direito forma a maior parte da superfície anterior do coração.

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Coração: vista posterior

O ventrículo esquerdo predomina na superfície ínfero-posterior do coração e forma o ápice do coração.

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Coração: vista interior

Figura na próxima página: Secção frontal mostrando o interior das câmaras e das valvas cardíacas. Logoabaixo colocar Marcando internamente as paredes das câmaras ventriculares, há feixes irregulares demúsculo chamados de trábeculas córneas (“barras transversais de carne”). Ainda outros feixes de músculose projetam na cavidade ventricular, os musculos papilares, em forma de cone, os quais desempenhamum papel na função valvar.

As câmaras cardíacas contraem-se e dilatam-se alternadamente 70 vezes por minuto, em média. Oprocesso de contração de cada câmara do miocárdio (músculo cardíaco) denomina-se sístole. Orelaxamento, que acontece entre uma sístole e a seguinte, é a diástole.

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A atividade elétrica do coração

Nódulo sinoatrial (SA) ou marcapasso ou nó sino-atrial: região especial do coração, que controla afrequência cardíaca. Localiza-se perto da junção entre o átrio direito e a veia cava superior e é constituídopor um aglomerado de células musculares especializadas. A frequência rítmica dessa fibras musculares éde aproximadamente 72 contrações por minuto, enquanto o músculo atrial se contrai cerca de 60 vezes porminuto e o músculo ventricular, cerca de 20 vezes por minuto. Devido ao fato do nódulo sinoatrial possuiruma frequência rítmica mais rápida em relação às outras partes do coração, os impulsos originados deleespalham-se para os átrios e ventrículos, estimulando essas áreas tão rapidamente, de modo que o ritmodo nódulo SA torna-se o ritmo de todo o coração; por isso é chamado marcapasso

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Sistema de Purkinje ou fascículo átrio-ventricular: embora o impulso cardíaco possa percorrerperfeitamente todas as fibras musculares cardíacas, o coração possui um sistema especial de conduçãodenominado sistema de Purkinje ou fascículo átrio-ventricular, composto de fibras musculares cardíacasespecializadas, ou fibras de Purkinje (Feixe de Hiss ou miócitos átrio-ventriculares), que transmitem osimpulsos com uma velocidade aproximadamente 6 vezes maior do que o músculo cardíaco normal, cerca de2 m por segundo, em contraste com 0,3 m por segundo no músculo cardíaco.

Controle Nervoso do Coração

Embora o coração possua seus próprios sistemas intrínsecos de controle e possa continuar a operar, semquaisquer influências nervosas, a eficácia da ação cardíaca pode ser muito modificada pelos impulsosreguladores do sistema nervoso central. O sistema nervoso é conectado com o coração através de doisgrupos diferentes de nervos do sistema nervoso autônomo: parassimpáticos e simpáticos. A estimulaçãodos nervos parassimpáticos causa os seguintes efeitos sobre o coração: (1) diminuição da frequência dosbatimentos cardíacos; (2) diminuição da força de contração do músculo atrial; (3) diminuição na velocidadede condução dos impulsos através do nódulo AV (átrio-ventricular) , aumentando o período de retardo entrea contração atrial e a ventricular; e (4) diminuição do fluxo sanguíneo através dos vasos coronários quemantêm a nutrição do próprio músculo cardíaco.

Todos esses efeitos podem ser resumidos, dizendo-se que a estimulação parassimpática diminui todas asatividades do coração. Usualmente, a função cardíaca é reduzida pelo parassimpático durante o período derepouso, juntamente com o restante do corpo. Isso talvez ajude a preservar os recursos do coração, poisdurante os períodos de repouso, indubitavelmente há um menor desgaste do órgão.

A estimulação dos nervos simpáticos apresenta efeitos exatamente opostos sobre o coração: (1) aumentoda frequência cardíaca, (2) aumento da força de contração, e (3) aumento do fluxo sanguíneo através dosvasos coronários visando a suprir o aumento da nutrição do músculo cardíaco. Esses efeitos podem serresumidos, dizendo-se que a estimulação simpática aumenta a atividade cardíaca como bomba, algumasvezes aumentando a capacidade de bombear sangue em até 100 por cento. Esse efeito é necessárioquando um indivíduo é submetido a situações de estresse, tais como exercício, doença, calor excessivo, ououtras condições que exigem um rápido fluxo sanguíneo através do sistema circulatório. Por conseguinte,os efeitos simpáticos sobre o coração constituem o mecanismo de auxílio utilizado numa emergência,tornando mais forte o batimento cardíaco quando necessário.

Os neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso simpático secretam principalmente noradrenalina, razãopela qual são denominados neurônios adrenérgicos. A estimulação simpática do cérebro também promovea secreção de adrenalina pelas glândulas adrenais ou supra-renais. A adrenalina é responsável pelataquicardia (batimento cardíaco acelerado), aumento da pressão arterial e da frequência respiratória,aumento da secreção do suor, da glicose sanguínea e da atividade mental, além da constrição dos vasossanguíneos da pele.

O neurotransmissor secretado pelos neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso parassimpático é aacetilcolina, razão pela qual são denominados colinérgicos, geralmente com efeitos antagônicos aosneurônios adrenérgicos. Dessa forma, a estimulação parassimpática do cérebro promove bradicardia(redução dos batimentos cardíacos), diminuição da pressão arterial e da frequência respiratória,relaxamento muscular e outros efeitos antagônicos aos da adrenalina.

Em geral, a estimulação do hipotálamo posterior aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca,enquanto que a estimulação da área pré-óptica, na porção anterior do hipotálamo, acarreta efeitos opostos,determinando notável diminuição da frequência cardíaca e da pressão arterial. Esses efeitos sãotransmitidos através dos centros de controle cardiovascular da porção inferior do tronco cerebral, e daípassam a ser transmitidos através do sistema nervoso autônomo.

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Confira o que altera a frequência cardíaca:

Idade: à medida que você vai ficando mais velho, há uma tendência de redução da frequênciacardíaca regular durante os mesmos esforços que você faz hoje.

Condição física: para uma mesma intensidade de exercício, a frequência de um esportista émenor do que em pessoas sedentárias, o que implica uma recuperação mais rápida.

Posição: quando você está deitado, a força da gravidade afeta a circulação dosangue, favorecendo o retorno venoso e, consequentemente, a diminuição dafrequência cardíaca no estado de repouso.

Temperatura ambiente: calor e frio provocam vasodilatação evasoconstrição, respectivamente. Em outras palavras, a frequência aumenta quando você estáem um ambiente quente e diminui sob temperaturas frias.

Altitude: com o aumento da altitude, a pressão barométrica diminui, assim como a pressão parcial dooxigênio. Isso quer dizer que sua frequência cardíaca será maior para obter mais oxigênio para suascélulas. Por isso que corridas de montanha podem ser mais exaustivas, mesmo se o seu esforço for igualao de um treino do dia a dia.

Dica da redação: use sempre um relógio esportivo para monitorar seus batimentos durante uma atividadefísica, principalmente as que trabalham o sistema cardiorrespiratório, como corrida, spinning, escada, entreoutros. Dessa forma, você poderá acompanhar sua frequência cardíaca e mantê-la em uma zona detreinamento de acordo com o seu condicionamento.

Sexo: o tamanho do coração da mulher é menor por conta de sua estrutura. No caso do sistemacardiorrespiratório, as cavidades cardíacas são menores, o que resulta em menor quantidade de sanguee menor volume sistólico (quantidade de sangue que o coração libera toda vez que se contrai). Isso significaque o coração feminino trabalha mais, resultando em um aumento da frequência cardíaca.

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Fontes: Wikipedia / ISBP / Ministério da Saude / segurança do paciente