4
jy ANNO domingo , 31 DE JA.INTEIRO DE 1904 V 0 r ? ? l\. ios> SEMANARIO NOTICIOSO, LITTERÀRIO E AGRÍCOLA Assignatura p Anno, iSooo réis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. S para o Brazil, anno, 2$5oo réis Imoeda fortej. ' A Avulso, no dia da publicação, 20 réis. ~ EDITOR — José Augusto Saloio N , ADMLMSTRAÍiO E TYPOGRAPIIIA. i.° — RUA DIREITA - 19, A L U E G A L L E G A | Publicações «- íl Annuncios— 1.» publicação, 40 réis a linha, nas seguintes, 20 réis. Annuncios na 4.“ pagina, contracto especial. Os auto- rf graphos não se restituem quer sejam ou náo publicados. PROPRIETÁRIO — José Augusto Saloio E X PE D IE N T E Rogamos aos nossos estimáveis assignantes a Qneza de nos participa reni qualquer falta na re niessa fio jonsitl, para de prompto providenciar iiios. Acceitam-sc com grati dão quaesquer noticias que sejam dc interesse publico. A GUERRA Continuam a espalhar~se os boatos de guerra entre a Russia e o Japão. Mais uma vez se pretende esta belecer á força de armas o direito do mais forte. A guerra nos tempos em que vivemos é já um anachronismo. Para honra e dignidade da especie hu mana, devia banir-se essa palavra dos codigos das nações. Discutam-se as questões internacionaes por meio da diplomacia e deixem fi car em paz os armamen tos, que devem conside rar-se inúteis na época actual. Se todos os homens ti vessem a comprehensão exacta da elevada missão que teem a desempenhar neste mundo, se não hou vesse em toda a parte a ambição desmedida, a in veja, a ignóbil intriga, essa hydra horrivel que a todos amedronta ha muito teria cortadas de todo as suas medonhas cabeças. Pois que? Hão de os ho mens andar sempre a guer rear-se, a derramar o san gue nos campos da bata lha, a ser miseráveis servos dos caprichos dos autocra- tas, sem se lembrarem de que tambem teem vonta de própria, de que não nasceram para ser uns miseráveis assassinos, mas sim para auxiliarem, para se tornarem uteis aos seus irmãos? Porque não se re voltam contra essa mons truosidade inaudita que to dos devem reprovar? São como os tigres a quem o cheiro do sangue torna mais crueis? São hyenas ou sentem palpitar no pei to um coração onde não devem abrigar-se os odios nem as malquerenças? Por quanto tempo per manecerá a humanidade neste odioso estado que tanto a approxima das fe ras? Quando comprehen derá o que tem a fazer no mundo? Quando repellirá para sempre do seu seio, esmagando-as violenta mente, as viboras envene nadas que lhe querem su gar o sangue e arrancar a vida ? Talvez nunca. Quem sabe? Os apostolos da paz são escarnecidos, conside rados como utopistas, e a guerra vae continuando a levantar o seu collo enor me, semeando por toda a parte por onde passa o luto e a devastação. Guerra d guerra! gritou o grande escriptor francez Emiie de Girardin, e nós secundal-o-hemos nesse brado vehemente. Guerra á guerra! JOAQUIM DOS ANJOS. Guanos de peixe Temos sido consultados por alguns lavradores, nos sos amigos e assignantes, ácerca da Nova Empreza de Adubos Artificiaes que, ia tempos a esta parte vem azendo repetidos annun cios no nosso jornal, com respeito aos seus guanos de peixe. Como resposta a essas consultas, que aproveite aos cavalheiros que se nos dirigiram, e a todos aquelles a quem o assum pto possa interessar, cum pre-nos dizer que a referi da empreza é formada por importantes industriaes e abastados lavradores do nosso conhecimento, que tomaram a peito moralisar commercio dos adubos artificiaes. Pelo seu systema de ven das, a exemplo do que se pratica nos paizes mais adeantados, os lavradores ficam seguros de que não serão victimas de fraudes e que adquirem adubos por um preço equitativo e proporcional ao seu poder fertilisante. O typo normal dos gua nos de peixe, cuja amostra temos em nosso poder, exhibe um produeto secco bem pulverisado e muito assimilavel, accusando as analyses feitas no labora- torio da estação chimico- agricola de Lisboa, riquis simas dosagens em ele mentos nobres. Julgamos, pois, que os agricultores, relacionando- se com a Nova Empreza, teem tudo a ganhar, sob o ponto de vista da fertilisa- ção economica e proveito sa dos seus terrenos. lloubo Queixou-se na adminis tração do concelho Hen- > rique Caetano, solteiro, ferrador, residente nesta villa, de que no dia 20 do corrente, pelas 10 horas e meia da noite, na accasião em que ia para sua casa, encontrou a porta arrom bada e, passando busca, deu pela falta de 62^000 réis, sendo uma nota de 2o$oooreis, tres de io$ooo réis e vinte e quatro de 5oo réis, suspeitando de que foi auctor do referido rou- 30 um individuo de nome Manuel d’Almeida, tambem érrador e.que trabalhava :m sua companhia. Este in dividuo desappareceu na noite do arrombamento. AGRICULTURA Alimentarão vegetal das gallinhas E’ um facto de vulgaris- sima observação, que as gallinhas gostam muito de verdura e principalmente da herva nova. Ora é pre ciso notar que isto tem grande importancia para a nutrição e saude destas » aves. Podemos, é certo, for necer-lhes verdura na ca poeira, como ordinaria mente se faz dando-lhes couves, alfaces e outros productos hortenses. Mas nem as aves comem essa verdura com tanto prazer como o que lhes propor ciona a pastagem no pro prio sitio em que as hervas crescem, nem lhes é tão util. Ora, como em geral não convém deixar as gallinhas em plena liberdade, e mes mo ellas aproveitariam essa liberdade nos campos em detrimento das sementei ras, deve o creador de gal linhas servir-se do meio que vamos expôr para for necer pasto verde ás suas aves durante uma grande parte do anno, se jun:o da capoeira dispozer de ter reno proporcionado, p.ira o effeito que temos em vista, ao numero de ani mais que a povoam. Mis como se procede: Suppondo que se possue um pedaço de terreno an- nexo á capoeira, e em com- municação com ella, divi de-se esse terreno em tres talhões de 5 a 6 metros quadrados cada um. Cava- se o primeiro talhão e se- meia-se neile aveia pré- /iamente passada por leite de vacca, o que ajuda po derosamente a rapida ger minação da semente. Para obstar a que as g.illinhas estraguem a sementeira, faz-se-lhe uma vedação co mo mais convier. Rede de arame é bom, mas caro; uma canniçada é pouco duradouro, mas barato. D, manhã e á tarde rega- se esse talhão semeado e ao fim de quinze dias te mos um taboleiro de ver dura bastante para alimen tai- durante alguns dias uma duzia de gallinhas.' Cultivando do mesmo modo e successivamente, com intervallos de oito a quinze dias, os dois ta- hões immediatos, as galli nhas têm sempre onde pas tar. E' bem simples: Emquan to que o primeiro talhão ou taboleiro está em con sumo, o immediato está em germinação e o tercei ro semeado. Quando acaba o mantimento no primeiro, as gallinhas passam ao se- ^undo, e o primeiro é de novo cultivado; da mesma fórma do segundo para o terceiro, numa verdadeira rotação. Escusado será dizer que os talhões são separados de modo que as gallinhas não possam communicar de um para outro, senão quando isto convém. E’ evidente que a super fície dos taboleiros deverá ser augmentada, segundo o numero de gallinhas, as sim como deve calcular-se bem o tempo de consumo de cada taboleiro, para que a cultura se faça regular e successivamente, de tal sorte que ao exgottar-se a herva de um já 0 immedia to esteja em condições de dar pasto ás aves. 'Este systema, alliado ao aproveitamento de todos os restos de cosinha, crea- ção de vermes, como já temos indicado, cultura do girasol, para utilisação das sementes, onde essa plan ta não tolha outras cultu ras, diminue notavelmente a despeza na alimentação das aves, e concorre para o seu desenvolvimento, producção e estado de saude. Samouco Realisa-se na noite de 2 do proximo mez de feve reiro uma récita por ama dores daquella localidade ensaiados pela distincta actriz Filomena Jacobett, subindo á scena a engra çada comedia 0 Medico Mania desempenhada pelos seguintes individuos: José Luiz Rodello, José Póvoas, Francisco Fontes, Estevam Villacova, Jacinto Lopes e pela ensaiadora, Filomena Jacobett. Além desta co media a mesma actriz des empenhará o interessante monologo 0 Riso e as cançonetas Espiga e Um batalhão no convénio. José Raul Caetano Almeida fará o monologo intitulado 0 Charuto e o distincto ama dor dramatico Joaquim Bertolo, O Suicidio, mo nologo com que abrirá es te interessante espectáculo. Deve ser uma noite de geral animação. Nós lá ire mos.

, ADMLMSTRAÍiO E TYPOGRAPIIIA. - mun-montijo.pt · Avulso, no dia da publicação, 20 réis. ~ EDITOR—José Augusto Saloio N, ADMLMSTRAÍiO E TYPOGRAPIIIA. i.° — RUA DIREITA

Embed Size (px)

Citation preview

jy AN N Odomingo, 31 DE JA.INTEIRO DE 1904 V 0 r ? ?l \ . i o s >

S E M A N A R I O N O T I C I O S O , L I T T E R À R I O E A G R Í C O L A

Assignatura pAnno, iSooo réis; sem estre, 5oo réis. Pagamento adeantado. Spara o B razil, anno, 2$5oo réis Imoeda fortej. ' AAvulso, no dia da publicação, 20 réis. ~

EDITOR— José Augusto Saloio N

, A D M L M S T R A Í i O E TYPOGRAPI II A.i.° — RUA DIREITA - 19,

A L U E G A L L E G A

| P u b licaçõ es «-í l A n n u n cio s— 1.» publicação, 40 réis a linha, nas seguintes,

20 réis. A nnuncios na 4.“ pagina, contracto especial. Os auto- rf graphos não se restituem q uer sejam ou náo publicados.

PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio

E X P E D I E N T E

Rogamos aos nossos estimáveis assignantes a Qneza de nos participa reni qualquer falta na re niessa fio jonsitl, para de prompto providenciar iiios.

Acceitam-sc com grati­dão quaesquer noticias que sejam dc interesse publico.

A GUERRAContinuam a espalhar~se

os boatos de guerra entre a Russia e o Japão. Mais uma vez se pretende esta­belecer á força de armas o direito do mais forte.

A guerra nos tempos em que vivemos é já um anachronismo. Para honra e dignidade da especie hu­mana, devia banir-se essa palavra dos codigos das nações.

Discutam-se as questões internacionaes por meio da diplomacia e deixem fi­car em paz os armamen­tos, que devem conside­rar-se inúteis na época actual.

Se todos os homens ti­vessem a comprehensão exacta da elevada missão que teem a desempenhar neste mundo, se não hou­vesse em toda a parte a ambição desmedida, a in­veja, a ignóbil intriga, essa hydra horrivel que a todos amedronta ha muito teria cortadas de todo as suas medonhas cabeças.

Pois que? Hão de os ho­mens andar sempre a guer­rear-se, a derramar o san­gue nos campos da bata­lha, a ser miseráveis servos dos caprichos dos autocra- tas, sem se lembrarem de que tambem teem vonta­de própria, de que não nasceram para ser uns miseráveis assassinos, mas sim para auxiliarem, para se tornarem uteis aos seus irmãos? Porque não se re­voltam contra essa mons­truosidade inaudita que to­dos devem reprovar? São como os tigres a quem o

cheiro do sangue torna mais crueis? São hyenas ou sentem palpitar no pei­to um coração onde não devem abrigar-se os odios nem as malquerenças?

Por quanto tempo per­manecerá a humanidade neste odioso estado que tanto a approxima das fe­ras? Quando comprehen derá o que tem a fazer no mundo? Quando repellirá para sempre do seu seio, esmagando-as violenta­mente, as viboras envene­nadas que lhe querem su gar o sangue e arrancar a vida ?

Talvez nunca. Quem sabe? Os apostolos da paz são escarnecidos, conside­rados como utopistas, e a guerra vae continuando a levantar o seu collo enor­me, semeando por toda a parte por onde passa o luto e a devastação.

Guerra d guerra! gritou o grande escriptor francez Emiie de Girardin, e nós secundal-o-hemos nesse brado vehemente.

Guerra á guerra!JO A Q U IM DOS A N JO S.

G uanos de peixe

Temos sido consultados por alguns lavradores, nos­sos amigos e assignantes, ácerca da Nova Empreza de Adubos Artificiaes que, ia tempos a esta parte vem azendo repetidos annun­

cios no nosso jornal, com respeito aos seus guanos de peixe.

Como resposta a essas consultas, que aproveite aos cavalheiros que se nos dirigiram, e a todos aquelles a quem o assum­pto possa interessar, cum­pre-nos dizer que a referi­da empreza é formada por importantes industriaes e abastados lavradores do nosso conhecimento, que tomaram a peito moralisar

commercio dos adubos artificiaes.

Pelo seu systema de ven­das, a exemplo do que se pratica nos paizes mais adeantados, os lavradores ficam seguros de que não serão victimas de fraudes

e que adquirem adubos por um preço equitativo e proporcional ao seu poder fertilisante.

O typo normal dos gua­nos de peixe, cuja amostra temos em nosso poder, exhibe um produeto secco bem pulverisado e muito assimilavel, accusando as analyses feitas no labora- torio da estação chimico- agricola de Lisboa, riquis simas dosagens em ele­mentos nobres.

Julgamos, pois, que os agricultores, relacionando- se com a Nova Empreza, teem tudo a ganhar, sob o ponto de vista da fertilisa- ção economica e proveito­sa dos seus terrenos.

llouboQueixou-se na adminis­

tração do concelho Hen->rique Caetano, solteiro, ferrador, residente nesta villa, de que no dia 20 do corrente, pelas 10 horas e meia da noite, na accasião em que ia para sua casa, encontrou a porta arrom­bada e, passando busca, deu pela falta de 62^000 réis, sendo uma nota de 2o$oooreis, tres de io$ooo réis e vinte e quatro de 5oo réis, suspeitando de que foi auctor do referido rou-30 um individuo de nome Manuel d’Almeida, tambem érrador e.que trabalhava :m sua companhia. Este in­dividuo desappareceu na noite do arrombamento.

A G R I C U L T U R AA lim en ta rão vegetal das

g a llin h as

E’ um facto de vulgaris- sima observação, que as gallinhas gostam muito de verdura e principalmente da herva nova. Ora é pre­ciso notar que isto tem grande importancia para a nutrição e saude destas »aves.

Podemos, é certo, for­necer-lhes verdura na ca­poeira, como ordinaria­mente se faz dando-lhes couves, alfaces e outros productos hortenses. Mas

nem as aves comem essa verdura com tanto prazer como o que lhes propor­ciona a pastagem no pro­prio sitio em que as hervas crescem, nem lhes é tão util.

Ora, como em geral não convém deixar as gallinhas em plena liberdade, e mes­mo ellas aproveitariam essa liberdade nos campos em detrimento das sementei­ras, deve o creador de gal­linhas servir-se do meio que vamos expôr para for­necer pasto verde ás suas aves durante uma grande parte do anno, se jun:o da capoeira dispozer de ter­reno proporcionado, p.ira o effeito que temos em vista, ao numero de ani­mais que a povoam.

Mis como se procede:Suppondo que se possue

um pedaço de terreno an- nexo á capoeira, e em com- municação com ella, divi­de-se esse terreno em tres talhões de 5 a 6 metros quadrados cada um. Cava- se o primeiro talhão e se- meia-se neile aveia pré- /iamente passada por leite de vacca, o que ajuda po­derosamente a rapida ger­minação da semente. Para obstar a que as g.illinhas estraguem a sementeira, faz-se-lhe uma vedação co­mo mais convier. Rede de arame é bom, mas caro; uma canniçada é pouco duradouro, mas barato. D , manhã e á tarde rega- se esse talhão semeado e ao fim de quinze dias te­mos um taboleiro de ver­dura bastante para alimen­tai- durante alguns dias uma duzia de gallinhas.'

Cultivando do mesmo modo e successivamente, com intervallos de oito a quinze dias, os dois ta- hões immediatos, as galli­

nhas têm sempre onde pas­tar.

E' bem simples: Emquan­to que o primeiro talhão ou taboleiro está em con­sumo, o immediato está em germinação e o tercei­ro semeado. Quando acaba o mantimento no primeiro, as gallinhas passam ao se- ^undo, e o primeiro é de novo cultivado; da mesma

fórma do segundo para o terceiro, numa verdadeira rotação.

Escusado será dizer que os talhões são separados de modo que as gallinhas não possam communicar de um para outro, senão quando isto convém.

E’ evidente que a super­fície dos taboleiros deverá ser augmentada, segundo o numero de gallinhas, as­sim como deve calcular-se bem o tempo de consumo de cada taboleiro, para que a cultura se faça regular e successivamente, de tal sorte que ao exgottar-se a herva de um já 0 immedia­to esteja em condições de dar pasto ás aves.

'Este systema, alliado ao aproveitamento de todos os restos de cosinha, crea- ção de vermes, como já temos indicado, cultura do girasol, para utilisação das sementes, onde essa plan­ta não tolha outras cultu­ras, diminue notavelmente a despeza na alimentação das aves, e concorre para o seu desenvolvimento, producção e estado de saude.

SamoucoRealisa-se na noite de 2

do proximo mez de feve­reiro uma récita por ama­dores daquella localidade ensaiados pela distincta actriz Filomena Jacobett, subindo á scena a engra­çada comedia 0 Medico Mania desempenhada pelos seguintes individuos: José Luiz Rodello, José Póvoas, Francisco Fontes, Estevam Villacova, Jacinto Lopes e pela ensaiadora, Filomena Jacobett. Além desta co­media a mesma actriz des­empenhará o interessante monologo 0 Riso e as cançonetas Espiga e Um batalhão no convénio. José Raul Caetano Almeida fará o monologo intitulado 0 Charuto e o distincto ama­dor dramatico Joaquim Bertolo, O Suicidio, mo­nologo com que abrirá es­te interessante espectáculo.

Deve ser uma noite de geral animação. Nós lá ire­mos.

O D O M I N G O

A nnivcrsarios

Completou mais um an- niversario natalicio, no dia 27 do corrente a sr.a D. An- na Rita Gouveia, esposa do nosso amigo, sr. Antonio Luiz Gouveia, conceituado negociante d’esta villa.

Os nossos parabéns..— Tambem no dia 2 do

proximo mez de fevereiro passa o anniversario nata­licio da sr.a D. Marianna Ri­ta dos Santos, esposa do nosso amigo, sr. Domingos Simões dos Santos, honra­do industrial desta villa.

Antecipadamente lhe en­viamos os nossos parabéns.

‘‘R e v is ta de L isboa.,

Acabamos de receber a visita d'esta excellente pu­blicação lisbonensé, orgão da Academia Litteraria.

O fasciculo que temos insere os retratos de alguns dos melhores escriptores portuguezes, acompanha­dos de notas biographicas e muitos e interessantes ar­tigos.

Agradecemos e em troca enviaremos o nosso mo­desto hebdomadario.

I^asíasosa

Falleceu na noite de 2.3 do corrente pelas 7 horas, Rita Carolina da Veiga Ver­dades, de 52 annos de eda­de, casada e natural desta villa.

— No dia 26, Antonio Gouveia, de 7 ) annos de edade, natural d esta villa.

— Tambem no mesmo dia pelas 6 horas da ma­nhã, Christiano Augusto Resina, casado, serralheiro, de 3 i annos de edade, na­tural d’esta villa.

i | 9ici\a$

Queixou-se ao regedor desta villa, sr. José Rodri­gues Pinto, Marianna Ro­drigues Mangalavada, na­tural desta villa, de que no dia 25 do corrente pelas 6 horas da tarde fôra aggre-

dida com sôccos e bofeta­das por seu irmão Jacintho Mangalavada, trabalhador, tambem natural e residen­te nesta villa. Queixou-se mais de que a ameaçara de lhe dar com uma en­xada.

-— Na administração do concelho tambem se quei­xou no dia 27 do corrente a menor de 14 annos de edade Alexandrina da Con­ceição, filha de Eduardo Nunes, já fallecido, e de Guilhermina Julia da Silva, natural de São João do Monte, concelho de Villa Franca de Xira, residente nesta villa em casa do sr. Francisco Netto Feliciano, onde está a servir, que quando vae a casa de sua mãe, que actualmente vive em mancebia com um in­dividuo de nome João Pe­louro, estes a maltratam com pancadas incitando-a a metter-se na prostituição.

“ Passateanpo .,

Acabamos de receber o n.° 75, 2.0 do 4." anno, da encantadora Revista, edita­da pelos Grandes Arma­zéns Grandella, da capital. Como de costume vem in­teressantíssimo, repleto de gravuras e com um sum- mario magnifico;

Todos os assignantes do Passatempo ficam com di­reito a receber por meio da próxima loteria de Santo Antonio, a quantia de cem mil réis em dinheiro. Além deste premio, a empreza ainda estabelece outros, constante de quadros a oleo, luvas, etc.

Todos os compradores do Passatempo que viagem em caminho de feito, ficam com o direito em caso de sinistro, ao seguinte:

Por ferimentos a 5óo rs. diários, durante quinze dias. Por morte, a receberem seus herdeiros o subsidio de 200 réis diários durante6 mezes.

Para conseguir isto bas­ta levar comsigo o ultimo numero publicado do Pas­satempo.

c o f r e : © e p é r o l a s

O P O V OO povo, eterna creança Que tudo vê côr de rosa,E borboleta vaidosa Que corre a buscar a lw{.Ouve, e conhece depois,Se d’alma lhe abrem as feridas, Que são palavras mentidas Essa illusão que o sedu

E ' sempre alegre o seu ar,E na miséria não pensa;Mas se uma cruel offensa Vae feril-o no coração,Sacode os membros; desperta Do seu adorado sonho E solta um grito medonho Como 0 rugir do leão.

Embora os grandes da terra Lhe chamem pobre e mesquinho, 0 povo, mesmo sósinho,Pode os grilhões abater;Pode mostrar que tem força,E que se entranha na liça Com esse ardor da justiça Que fa \ luctar e vencer !

JO A Q U IM D O S A N JO S.

P E N S A M E M T O SA poesia é a expressão da virtude. Uma bella alma e

um bello talento poético são quasi sempre inseparaveis. A poesia vem apenas da alma, e tanto se póde manifes­tar por uma boa acção como por um bello verso.—- Vi­ctor Hugo.

— O reconhecimento é similhante a esse licor do Ori­ente de que tanto falam os viajantes, que só se conserva em vasos d ’ouro; perfuma as grandes almas e a~eda-se nas pequenas.— J. Sandeau.

— A historia do mundo é a recopilação das loucu­ras dos homens.

A N E C D O T A S

Lia tempo, um empregado sollicitava com muito empenho de certo m 'nistro, para que este o nomeasse addido a uma commissão que ia estudar as reformas d ’um ramo de serviço no extrangeiro. Agastado o mi­nistro com tantos pedidos, disse-lhe um dia:

— Ora, meu amigo: sabe o que lhe digo? Já estou farto de 0 aturar. . . Vá. .. passeiar.

— Ora é exactamente para isso mesmo que eu lhe es­lava pedindo aquelle logar, respondeu o pretendente.

O ministro riu-se e despachou-o.__IMAMKOM__

N'um restauranl entra um individuo com ar mar­cial, physionomia guerreira e bigodes encrespados.

O creado approxima-se d'elle e di\-lhe cortesmente:— O que manda v. ex.a?— Um esquadrão de cavaílaria, respondeu o individuo.

L IT T E R A T U R AUm N ata l cm

Noite escura, illuminan- do-se espaço a espaço, co­mo por encanto, de unia brecha luminosa que re- chassava. profundamente os céos, a que respondia immediatamente o soni horrendo e forte de um trovão que extremecia a terra.

O vento do norte tra­zia um frio cortante que açoitava os rostos, como vergalhos pesadíssimos, que fazia gretar dolorosa­mente a carne, ao passo que, arrastava o redemoi­nhar phantastico das arvo­res que partia, das telhas que levantava, rolando pe­los ares, como pratos que se quebram do alto d’uma grande cantoneira.

Era em vespera da noi­te do natal.

Mergulhava Braga, mo- notona, triste, nas trévas, como num mar deserto, de gente que implora a sal­vação. Lugubres as torres gigantescas com os seus templos miravam de alto na postura de phantasmas, parecendo querer fulminar de temor mais que os pro- prios raios que se desenca­deavam rutilando no es­paço.

Davam onze horas na torre da Sé e milhares de almas, em aspecto sincera­mente devotas prepara­vam-se para assistir ao Santo Sacrifício da Missa.

Já errava nas ruas pela escuridão um e outro vul­to que se agasalhava tiri­ta n t e, ora roçando-se pela luz mortiça e escassa de petroleo agonisante ás fur- tadellas, ora á luz baça e cadavérica d’um morrão de cera a alumiar uns san­tos de mau desenho e mal pintados, encaixados nas paredes, formando um ni­cho com resguardos, a mais das vezes de ferro. E um cofre engatilhado pede dinheiro para um santo... ou para as almas!

Mas quanta fome!

64 FOLHETIM

T ra d u cção de J. DO S A N JO S

D E P O I S bT p E C C A D OU r r o $cgma«lo

1

«Pode, pois, até certo ponto, estar descançada. O seu pae está confiado a pessoas amigas; tem uma religiosa ao pé d’elle emquanto estiver doen­te.

«T en h o pena, minha senhora, de não ter podido fazer coisa m elhor, mas espero que com prehenda que não me poupei a e;forço.; para real isar os seus desejos. Tod os os dias até el lo se curar de todo, terá noticias do seu p;:e pelo meu interm e iiario.

«Com a maior consideração e res­peito, tenho a honra de me assignar

«R 1B A L L IE R , tabellião.»

Depois de ler esta carta, a Magdale­na deixou-a cahir na cama. T rem ia de raiva e tinha nos olhos lagrimas de vergonha. O lhou para a s r.a Telem a­co, mas esta. emquanto a Mag.’alena lia a carta, pegara n u m jo rra i, rasgá- ra-lhe a cinta e estava agora absorvi­da na leitura. De repente a Magdale­na viu-a fazer-se p rlli.la e cahir n u m a cadeira, d ndo um grito, ao mesmo tempo que o jornal lhe cahia das mãos.

— Que é isso, que tens tu? e clamou a Magdalena, saltando fóra da cama e em brul ndo-se n u m penteador.

— N'este jornal vem uma noticia terrivel! m urm urou a senhora T e le ­maco.

A Magdalena baixou-se e apanhou a folha de papel que estava aberta so­bre o tapete.

— Não, não, não leias! exclamou a sr. T elem aco, corren do para ella.

Mas a rapariga não a ouviu e per­corren do o jornal até que parou nas seguintes linhas:

«Na occasião de entrar no prélo o nosso jo rn a l, soubem os um aconteci­mento doloroso que vae p ro d uzir a mais viva sensação.

«O general d ’A . . . , commándárite de uma brigada em Paris, acaba de se suicidar na sua casa da rua de V aren nes. Pudem os colher porm enores de esta irrem ediável desgraça e damol-os com a maior reserva, porque não ti­vemos tempo d - lhes verificar a exa­ctidão. O general entrou em casa ás sete horas; juntou sósinho; d e p o i;r e ­

tirou-se para o seu quarto, para es­crever um is cartas que mandou im ­mediatamente para o correio p o r uma ordenança. A 's dez horas ouviu se de repente uma detonação. O criado co r­reu logo para o quarto do amo e en- controu-o estendido no leito, todo vestido, com o craneo despedaçado, tendo a nda na mão o revolver com que acabava de se matar.

«Este suicidio é inexplicável pa’-a todas as pessoas que estavam em re­lações com o general. Não se lhe co­nheci nenhum a causa para graves preoccupações. Ainda novo, com uma carreira brilhante, tendo no seu acti- \o os mais gloriosos serviços, bem visto ptlos chefes, náo tinha nada que invejar no presente e podia esperar tudo do futuro. Um dos amigos do general encarreg u se de le\ ar a tris­te nova á esposa e á filha que passam

a estação calmosa no campo, nos ar­

redores de Paris.

— E parece-te que se trata do Leo­nel? m urm urou a Magdalena com a voz estrangulada pelo terror.

— O desespero de te perder! res­pondeu a s r.a Telem aco.

— E ’ impossível! disse a Magdalena, agarrando-se a uma subita esperança; tenho aqui justamente uma carta d’el- le.

Pegou na carta, em cujo sobrescfl- pto reconhecera a letra do amante, e abriu-a.

Logo ás prim eiras linhas fez-se lí­vida e cahiu de joelhos no tapete, di­zendo:

— E ’ elle! é bem certo ser elle! po­bre Leonel!

(Continuaj.

O DOMINGO 3Quanta falta de abrigo e

ale°ria erra por esses can­tos de fatídica miséria en­volvendo o céo com o fer­vor das suas preces onde nã0 vê esperanças, e a ter- ra num olhar . splenético onde não vê ninguém!

Uma rapariga descalça, de lenço, mostrando a mais do tornozelo, com saia cur­ta que se escurecia já des­botada do uso e das no- doas, emergia por entre as trévas da noite tempestuo­sa, a costear a cadeia civil, de maneira indolente; e procurava esganiçar-se pa­ra algum dos homens que sahiam das tabernas e dos cafés; mas ninguém tenta­va nella porque não aviam, ou porque não a queriam.

Porém ella ia muitas ve­zes ao mesmo sitio e pos- tára-se em frente das Ar­cadas, depois de andar co­mo de penitencia, á roda duma Ermida.

Assim, por ultimo, já cançada de uma quietação immovel, sahiu dalli olhan­do ainda para traze corria pela rua das Aguas, por ahi abaixo, batendo os pés nas lageas, soando que nem palmadas; depoismet- teu-se pela rua da Ponte sempre no mesmo prolon­gamento, passou a um pas­so regular devido á má calçada, internando-se por fim á tomar a esquerda, para um agrupamento de pequenas casas terreas, parecendo um cói, conheci­do pelo nome de ilha, ou de «Bairro Democrático» Voltou ainda á esquerda, percorreu os olhos por tres portas, examinando-as de passagem, e parou de um semblante triste com olhar de la grimas; depois n’um modo indeciso, como se a forçassem, empurrou man­samente a porta e appa- receu no limiar da casa.

Era um cubiculo em quadrado, de tecto baixo, com uma porta ao fundo— negro e triste, horro­roso, dunp.ressões dilace- rantes que arrepiava de medo e de commiseração, como a fome arraigada a todos os vicios maus, que morava nella, em um exercicio de devassidão para a alma e para o cor-p o . r

Um cantaro de barro, pequeno, de bôca larga, similhante a um pote, jazia á um canto vertendo pou­co a pouco a agua pelas rachaduras, arremendadas com tiras de panno bran­co e pez de sapateiro, pa­recendo um ébrio já cheio de pontos, prestes de todo a cahir. Uma tosca meza de pinho, tremia carun­chosa sob o peso de um alr

guidar de barro preto, em que se aíufillhava uma saia e avental em espuma de sabão, como de barreia, para desencardir d’um su­jo já coçado. Jornaes, revis­tas, com mulheres nuas, e santos em papeis ennodoa- dos, e mais imagens, agru­pavam-se ao redor a forrar as paredes, tapando os bu­racos. No chão uma mar­mita de lata, redonda, de soldado, fazia sahir de ra­bo para fóra tres colheres de pau; e do canto esquer­do em frente á porta da rua, para resguardo, pen­dia uma larga tira de ris­cado, em fórma de cortina, segura a prégos, não ha­vendo côr que a definisse.

Ao centro, na coròa da casa, um rapazinho de cer­ca cie oito annos, enfezado, de. tez macilenta, olhos amortecidos, com algodão em rama nos ouvidos a tor- eerce de amarello, pingan­do humor, atiçava o lume de uma acha grossa, pezan- do-lhe a cabeça ás pende- dellas e os olhos quebran­tados.

{Continuai.b r a z m a c h a d o .

R. G,Agradeço reconhecida a

offerta que me fizeste no dia dos meus annos. E’ bo­nito e regula muito bem. Posso gabar-me de que re­logio como o meu só po­derá ter quem for á Relo­joaria Garantida de Aveli­no Marques, na rua do Po- ç o , i .

C i r c o

Com uma boa casa rea- iisou-se no domingo passa­do um excellente espectá­culo composto de alguns dos melhores trabalhos da companhia. Tem esta com­panhia artistas de valor bem dignos de admiração comoo >o podem ser os tres irmãos Paternas nos soberbos tra­balhos de equilíbrio de ca­beça com cabeça. Adriano Rey, no trapézio, nada mais se pode exigir.Manuel Ama­do apresenta em liberdade dois animaes muito bem adextrados, um cavallo pe­queno e um burro, este ul­timo dá provas de ser um animal muito intelligente e honras ao seu mestre pela extraordinarissima paciên­cia que será preciso para conseguir que um animal daquelles se equilibre so­bre quatro garrafas; pena é que o sr. Amado não se ja mais loquaz, tendo para esses trabalhos uma labia estudada, o que dá sem pre realce ao trabalho e

prende mais a attenção do espectador.

Como o tempo estives­se péssimo não houve es­pectáculo na quinta feira nem hontem.

O espectáculo de hoje consta de trabalhos acroba- ticos por Manuel Amado e Pepito Paterna intitulado Os dois gumosos, A escada aérea por Adriano Rey, equilibrios pela sr.a Blanca Ortiz, O duplo-trape^io por Pepito e Faz-tudo, entradas cómicas pelos clowns Ar­thur Bimbo e Faz-tudo, O burro sabio e equilibrista apresentado em liberdade por Manuel Amado e ter­minará este interessante es­pectáculo com uma panto­mima mimica, intitulada Um baile de mascaras.

K’ de esperar uma en­chente.

LENÇOS DE M A L H Ápor metade do seu valor e mais fazendas da pre­sente estação com grandes abatimentos. Grande Ar­mazém do Commercio, Praça Serpa Pinto.

para assistirem á dita arre- ! matacão e ahi usarem dos>jseus direitos sob pena de revelia.

Aldegallega do Ribatejo, 14 de Janeiro de 1904.

Verifiq u ei a exactidão.

O JU IZ D E D IR E IT O ,

Oliveira Guimarães. O E S C R IV Á O

José Maria de Mendonça.

Uma meza elastica de 2 taboas em bom estado, 3 vãos de caixilhos para ja­nella e dois vãos de taboi- nhas.

N’esta redaccão se diz.

ANHOÍ ^CI OS

_A.3srxvruisrcio

|(j AIjUIj UnL/UliUíl

A N N U N C I O

OOMAl í CA DE ALDEGALLEGA

( g . a i Bas?.i3Ieaçã<í)

Por este Juizo de Direito, cartorio do i.° officio e in­ventario orphanologico por obito de Anna Libania e no qual é inventariante Au­gusto da Silva Couto, vae á praça á porta do tribunal de esta comarca, no dia 7 do proximo mez de Fevereiro, pelo meio dia, a fim de ser arrematado por preço supe­rior ao da sua avaliação que é de 202$000 réis o seguin­te dominio util.

O dominio util dum pra­so foreiro em 68400 réis annuaes, sem laudemio, aos herdeiros de Manuel José Nepomuceno, que se com­põe de casas abarracadas, quintal e abegoaria, sitas na rua do Quartel de esta villa.

Pelo presente são cita­dos os Crédores incertos

( g . 11 í 3 gsI s>í à c ís ç S s s )

Por este Juizo de Direito, cartorio do i.° officio e inventario por obito .de Domingos Fernandes Al­caide, no qual é inventa­riante Maria da Conceição, de esta villa, vae á praça á porta do Tribuna! de esta comarca, no dia 7 do pro­ximo mez de Fevereiro, pe­lo meio dia, afim de ser arrematado por preço su­perior ao da sua avaliação que é de 877 >660 réis a se­guinte propriedade:

Um moinho de 'vento com um cerrado e duas moradas de casas, situado na praia da freguezia de

Alcochete, foreiro em 120 réis annuaes com laudemio de quarentena á Camara de Alcochete, e uma pensão de uma missa annual.

Pelo presente são citados quaesquer crédores incer­tos para assistirem á praça querendo.

A contribuição de regis­tro é paga por inteiro pe­lo arrematante.

Aldegallega do Ribatejo,14 de Janeiro de 1904.V erifiq uei a exactidão.

O JU IZ D E D IR E IT O ,

Oliveira Guimarães.O E S C R IV Á O

José Maria de Mendonça.

TEI X EI R A DE PA S CO AES

S E M P R E

Um volume de 3s 5 pagi­nas, edição luxuosa

Soo réis.

J E S U S E P A NPreço 400 réis

Pedidos á Livraria Editora de José Figueirinhas Ju­nior— Rua das Olivei­ras, 75 — Porto.

O produeto d'este livro re­vertera a favor duma Assistência a creanças doentes que se vae fun­dar em Amarante.

A .O P R O F E S S O R Y D O

DE INSTRUCCÂO P R I M A R I A.-1 L I VRARI A D E M . GOMES

Livreiro de SS Magestades e Altezas continua forne­cendo aos Srs. Professores

T O D O S ( S N O y O S I M O S E « P I E Wcom o desconto habitual e sem despezas de porteEnvia-se o Catálogo com o preço de todos os livros

ômcialmente approvados P A R A IN S T R U C Ç Ã O P R I M A R I A

e de todos os impressos conforme o decreto de 12 de marco de iqo3 bem como nota detalhada dos

preços'de TODO O MATERIAL ESCOLAR a quem o requisitar á

L IV R A R IA E D IT O R A D E M . G O M E SC H IA D O . 6 1- L IS B O A

Almanach das Aldeias para 1904O Almanach das Aldeias para igoq. encerra varia­

dos e interessantes artigos inéditos sobre todos os ra­mos de agricultura, e muitos assumptos uteis na vida pratica. E nm livro utilíssimo a toda a gente, mas prin­cipalmente aos agricultores.

Collaboram neste almanach os redactores da Gabe­la das Aldeias snrs. Carlos de Sousa Pimentel, Eduardo Sequeira, João Ignacio T. de Menezes Pimentel, Dr. Julio A. Henriques e M. Rodrigues de Moraes.

E’ este almanach UM VERDADEIRO GUIA DO AGRICULTOR e contém matéria que a toda a gente aproveita. Fórma um volume de 176 paginas, illustrada com 3j. gravuras, na maior parte expressamente feitas para esta edição, e custa i 5o réis, franco de porte. E’

‘remettido immediatamente pelo correio a quem envi- ‘ar a resnectiva importancia á administração da Gaveta das Aldeias, rua do Sá da Bandeira n.° i q 5 , i .°— Porto.

4 O DOMINGO

ImMwmmCOMMERCIO DO POVOTendo continuado a augmentar o movimento desta

já bem conhecida casa commercial pela seriedade de transacções e já tambem pela modicidade de preços porque são vendidos todos os artigos, vem de novo recommendar ao publico em geral que nesta casa se en­contra um esplendido sortido de fazendas tanto em fan­queiro como em modas, retrozeiro, mercador, chape­laria, sapataria, rouparia, etc., etc., prompto a satisfazer os mais exigentes e

AO A L C A N C E D E T O D A S A S B O L S A S

Devido á sahida do antigo socio d’esta casa, o ill.m0 sr. João Bento Maria, motivada pelo cansaço das lides commerciaes, os actuaes proprietários resolveram am~ plear mais o actual commercio da casa dotando-a com uns melhoramentos que se tornam indispensáveis a melhorar e a augmentar as várias secções que já existem. Tomam, pois, a liberdade de convidar os seus estimá­veis freguezes e amigos, a que, quando qualquer com­pra tenham de fazer, se inteirem primeiro das qualida­des, sortido e preços porque são vendidos os artigos, porque decerto acharão vantagosos.

A divisa d’esta casa é sempre ganhar pouco para ven­der muito e vender a todos pelos mesmos preços, pois que todos os preços são fixos.

Vitiiírin. po is . o Cosia sei «*!•<;•: o d# P o v o ------------ -— k j e o : -----------------

NUNES DE C A R V A L H O & SILVARita Direita, 88 e go — — Rua do Conde, 2 a 6

Aldegallega do R ib s t r jo

ESTEVÃO JO S E DOS REIS— * C O M *—

O F F IC IN A D E C A L D E IR E IR O D E C O B R Eiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiu

Encarrega-se de todos os trabalhos concernentes á sua arte.

R U A D E JO SE M A R L I DOS S A N TO S ALDEGALLEGA

ít£LQ JftAÍUA í* ARANTÍI) AD E —

IfrWOIS CVende e concerta Ioda a qua-

_ lidade de relogios por preçosmodicos. Tambem concerta cai­xas de musica, objectos de ouro, prata e tudo que pertença d arte de gravador e galvanisador.

G A R A N T E M - S E OS CO N C ER T O S

1, Ilisa do P o ço , l-A iiiE O rM i142

MERCEARIA RELOGIO[S U C C E S S O R E S !

Franco & FigueiraOs proprietários d’este novo estabelecimento parti­

cipam aos seus amigos e ao publico em geral, que teem á venda um bom e variado sortido de artigos de mer­cearia, especialidade em chá e café, confeitaria, papela­ria, louças pó de pedra. Encarregam-se de mandar vir serviços completos de louça das principaes fabricas do paiz, para o que teem á disposição do publico um bom mostruário. Pe.roleo, sabão e perfumarias.

Únicos depositários dos afamados Licores da Fabri­ca Seculo X X , variado sortido em vinhos do Porto das melhores marcas, conservas de peixe e de fruetas, mas­sas, bacalhau de differentes qualidades, arroz nacional e extrangeiro, bolachas, chocolates, etc., etc.

PRACA SERPA PINTO —ALDEGALLEGA

G R A N D E A R M A Z É M-* i)E *-

& Comp.a

Farinha, semea, arroz na­cional, alimpadura, fava, milho, cevada, aveia, sul­phato e enxofre.

Todos estes generos se vendem por preços muito em conta tanto para o con­sumidor como para o re­vendedor. l '52

U n a do Caes — ALDEGALLEGA

CA IIVÀO DE KOKEDas Companhias Reuni­

das Gaz e Electricidade, de Lisboa, a 5 0 0 réis ca­da sacca de 45 kilos

—. 146

L arg o da C aldeira— . A L D E G A L L E G A *—

5

O

«O

•O

<3

O

-a ts« O

s :

.s £3̂ SÓ

r ^

OS DRAMAS DA CORTE

(C hronica do reinado de L u iz X V )

Romance historico por E. LADOUCETTE

Os amores trágicos de Manon Les- raut com o < eiebre cavalleiro de G rieu x, formam o entreçho d‘este rom ance, rigorosam ente historico, a que Ladoucette im prim iu um cunho de originalidade devéras encantador.

A córte de L u iz x v, com todos os seus esplendores e misérias, é escri- pta magistralmente pelo auetor d '0 Bastardo da Rainha nae paginas do seu novo liv ro , destinado sem d uvi­da a alcançar entre nós exito egual aquelle com que foi recebido em Pa ris, onde se contavam p o r milhares os exem plares vendidos.

A edição portugueza do popular e com m ovente rom ance, será feita em fasciculos semanaes de 16 paginas, Je grande form ato, illustrados com soberbas gravuras de pagina, e cons­tará apenas de 2 volumes.

SO ré is o faseiesslo!©<> ré is o tom o

2 valiosos brindes a todos os assignantes

Pedidos á Bibliotheca Popular, E m ­presa E ditora , 162, Rua da Rosa. 162

Lisboa.

SALCHICHARIA MERCA3MTII,D E

GAMÍ£L m iíISIS t I M «

Neste estabelecimento encontra o publico, sempre que queira, a excellente carne de porco fresca e salga­da, assim como:

CHISPE, CABECA E TOUCINHO1 >

Acceio e sm e ra d o ! —♦— P r e ç o s lim itados!

5 7-B, Largo da Praça Serpa Pinto, 5 7-B

ALDEGALLEGA *§0

J O S É D A R O C H A B A R B O S ACoem offícliia de C o r re e iro e S e l le i ro

18, RU A DO F O R N O , 18A L I» 1<] « A L 5„ 12 « A

G m

Nacionaes e exoticosI M L Y S E i AiI«OB,5’TA fflHVrU «A U A W T I» AS

Guano n.° azote phosp. potassa preço por kilo1 3.04 °[0 7.470 °[o 0,47 °|o 26 réis2 3,54 °|o 4-04 °|o 0,49 «[0 20 réis6 5,6o °[o 12,24 °[o o,5«5 °|0 34 réis9 5 ,('4 °[o 12,56 °|o o ,5o °[° 34 réis

SULPHATO DE POTASSIUMCom 5o °[0 de potassa a 80 réis o kilo

Estes guanos podem ser mais ou menos potassados conforme a requisição dos lavradores.

Estão em elaboração outros guanos que depois de moídos e analysados serão annunciados

Recebem-se as saccas em bom estado

F a b r ic a e d e p o s ito s da ]%ova L m p re z a de Adu­bos Artifficiaes em A ldegallega do R ib a te jo ato a lto da l l a r r o s a .

E S C R IP T O R IO S : em Lisboa, Largo de S. Paulo, 12, i.°; em Aldegallega, Rua Conde Paço Vieira, 24.

íCil DO DIARIO DE NOTICIASA GUERRA ANGrLO-BOER

Impressões do Transvaal

Interessantíssim a narração das luetas entre inglezes e b oers, «illustrada» com numerosas zinc o-gravuras de «hom ens celebres» do T ransvaal e do O range. incidentes notáveis, «cercos e batalhas mais cruen ta; da

G U E R R A A N G LO -B O ER Por um funccionario da Cruz Vermelha ao serviço

do Transvaal.Fasciculos semanaes de 16 paginas.............. 3o réisTomo de 5 fasciculos.................................. i 5o »

A G U E R R A A N G L O B O E R é a obra de mais palpitante actualidade.N ’ella são descri; tas, «por uma testemunha presencial», as differentes

phases e acontecim entos emocionantes da terrivel guerra que t e m espantado o mundo inteiro.

A G U E R R A A N G L O -E O E R faz passar ante os o l h o s do l e i t o r todas as «grandes batalhas, combates» e «escaramuças» d‘esta prolongada e acérrima lueta entre inglezes, tra svaalianos e oranginos, verdadeiros prodigios de heroism o e tenacidade, em que são egualmente adm iravéis a coragem e de­dicação p,.triotica de vencidos e vencedores.

Ós incidentes variadíssim os d’esta contenda e itre a poderosa Inglater ra e as duas pequ nas republicas sul-africanas, decorrem atravez de verda­deiras peripecias, p o r tal maneira dramaticas e pittorescas, que dão á G U E R ­R A A N G L O -B O E R . conjunctamente com o irre sistíve l attractivo d u m a nar­rativa h storica dos nossos d as, o en< anto da leitura romantisada.

A Bibliotheca do DIARIO DE NOTICIASapresentando ao p u biico esta obra em «esmerada edição,» e p o r u iíi preço di­m inuto, julga prestar um serviço aos num erosos leitores que ao mesmo tempo desejam delei;ar-se e ad q u irir perfeito conhecim ento dos successos que mais interessam o m undo culto na actualidade.

Pedidos d Emprega do D IA R IO D E N O lIC IA S Rua do Diario de Noticias, 110 — LISBOA

Agente em Aldegallega— A. Mendes Pinheiro Junior.