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x ANNO DOMIWG-O, 3*7 DB FEVEREIRO OE 1910 N.° 4.51 S E M A N A R I O R E P U B L I C A N O I N D E P E N D E N T E Assigssaíjara ú Anno. 1S000 reis: semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. & Para fóra: Anno. i$200; semestre, 600; avulso. 20 réis. para o Brazil: Anno. 2S000 réis imoeda forte.j. REDACTOR E DIRSCTOR —José Augusto Saloio I REDACÇÁO . ADM IN ISTRAÇÃO I TTPOttÁPjUA (Coinposèção e impressão) 126, 2.0 — R U Á DIREITA — 126, 2.0 ALDEGALLKGA n íí 0 Piililica^ôes Annuncios— i.a publicação. 40 réis a linha, nas seguintes, 20 réis. Annuncios na 4.3 pagina, contracto especial. Os auto- graphos náo se restituem quer sejam au não publicados. PROPRIETÁRIO- -José Augusto Saloio D’UM COMBATENTE Dirigimo-nos á Camara Municipal de Aldegallega. Na evolução que o nos so espirito tem feito, somos cada vez mais contrario a tudo o que reveste um ca rácter de auctoridade, si nónimo de absolutismo. Queremos a liberdade em toda a extensão da pa lavra. Liberdade, que não licença. E’ pensamento nosso tambem que a liberdade póde-a o povo muito bem gosar nomeando represen tantes seus para a resolu ção de problemas que, por qualquer circumstancia, não estão ao seu alcance. E assim se tem visto que nestes últimos annos da malfadada politica portu gueza, a nação, impondo- se, adquiriu uma noção mais exacta do fim da as sociação chamada Estado, e, ao mesmo tempo, pelos seus ligitimos representan tes, começou a fruir os pri meiros indícios duma vida nova, mais bella em tudo que a primeira. Aldegallega foi por mui to tempo um feudo da mo narchia. Para tudo chega va o dinheiro dos seus m u nícipes. E, embora não te- nhâmos jámais annclinação para a politica pessoal, não podemos deixar de dizer aqui, para vergonha sua, que, os proprios responsá veis de toda a malvadez que se praticou para com o povo, eram aquelles que primeiro deveriam reparar na crueldade dos seus a- ctos para com quem tão humildemente os servia. Sim, as vereações trans actas, não sendo verdadei ros representantes do po vo, porque elle nunca os elegeu, abusaram como tal, arrastando esta laboriosa terra á condição duma ro ça. Não fazemos affirmações no ar. Pelo que respeita á parte material, elucida-nos com toda a clareza o be nemérito auctor dos meros & Fados. Pelo que toca á parte intellectual, respondemos nós. agora, com uma ca mara eleita á sua feição, presidida por um cérebro bem conformado— que nos perdoe S. Ex.a se ofende mos a sua modéstia— é que Aldegallega irá recebendo a noção claia de democra cia. ■Confirmam estas nossas palavras a administração que aqui se tem feito des de a posse da actual verea ção. Mas, se alguma dúvida persistisse ainda no espiri to de alguem que seja sin ceramente liberal, apontar- lhe-iamos o modo devéras encantador como foi trata da a palpitante questão dos padeiros. A situação em que a Camara se collocou é digna de ser elogiada pelo povo e é mais um pas so para a liberdade das gentes. Municipalisando a indus tria da panificação, a actual vereação não faz mais do que afastar o povo das fau ces d’aquella'burguez'a que só entende que a liberdade está nas suas algibeiras. Quando as enchem, tu do está bem. Logo que tentem tirar-lhe uma moe da de mínimo valor, tudo está mal e a sua vingança recae atroz sobre o des graçado que precisa. Á ’vante, pois. Que o po vo não deixe passar em claro as exigencias do rico. Do rico materialmente, se vê. Não queremos com isto lançar o povo numa guerra atroz contra os que têem. Aquelle que allia á sua riqueza material, uma ri queza intellectual, isto é, aquelle a quem o brilho do ouro não seduz a pontos de perder a noção do fim para que vive, esse é tão digno de consideração co mo nós. Os escriptos para o po vo são sempre de reconhe cida difficuldade. E’ assim, infelizmente. Por isso, que remos declarar aqui que os nossos artigos, longe de atacarem alguem, não são nunca eivados de raiva contra pessoas mas contra situações. Reconhecemos perfeita mente que os maus são maus porque os en contraram. N’um meio de bons o mau não poderia viver e, por isso, deixal-o- ia em paz. Pois façâmo-nos bons, uns aos outros, que para isso é que cá estamos. E, querendo nós fazer bons, não poderiamos en sinar coisas más. i te, a Ma falda Angélica Dias,, necessaria, á factura dum solteira, residente nesta vil-:orçamento supplementar. SESSÃO DE CAMARA Resumo das deliberações tomadas em 14 defevereiro de 1910: Da Administração um officio n.° 76 de 4 do cor rente, rogando á camara que, em virtude deste an no se effectuar nos mezes de fevereiro corrente e março proximo a fiscalisa ção dos suinos abatidos n’esta villa por dois veteri nários enviados por ordem do ministro de obras públi cas, commercio e industria, dê as ordens precisas para que seja preparada uma casa com bastante clarida de, onde os mesmos pos sam fazer as analyses nas amostras que tirarem, casa que deve conter uma ou duas mezas e algumas ca deiras, rogando mais para que algum dos zeladores munieipaes possa acompa nhar os referidos veteriná rios. A camara, não. tendo casa disponível onde se possam affectuaras referi das analyses e não poden do dispensar nenhum dos zeladores actualmente exis tentes no concelho, delibe rou officiar neste sentido. Foi deferido um re querimento de A. L. Salga do <& Irmãos, fornecedores de carnes verdes, pedindo licença para abrirem um talho na Praça Serpa Pin to, nesta villa e com as carnes aos preços seguin tes: Vacca, 320 réis cada kilogramma; chibato ou carneiro, 260 réis. Foi concedido um sub sidio mensal de i$ 5 oo réis pelo tempo dum anno a comecar no i.° do corren- ia, para sua filha Guilher- mina. Pelo sr. presidente foi dito ter recebido uma re clamação do arrematante do imposto municipal nos vinhos, na freguezia de Sa rilhos Grandes, sobre a necessidade da nomeação dum almudador, para evi tar os abusos que successi- vamente se praticam e que consideravelmente o preju dicam e que achando intei ramente justa a referida reclamação, por isso que á camara compete garantir por todas as fórmas ao seu alcance dos interesses dos arrematantes dos seus im postos, propunha que fosse nomeado interinamente, para o exercicio do referi do cargo, o sr. António Tavares da Rocha, sem remuneração alguma paga pelo cofre do munieipio e apenas com as retribuições que lhe forem dadas pelos interessados. Propoz, igual mente, que a camara pro mova com urgência e pe los meios legaes, dotação orçamental do referido car go de almudador, Pelo sr. presidente foi tambem proposto que, em virtude do augmento. de preço do pão, imposto pe lo syndicato de industriaes de padaria, recentemente organisado n ’esta villa, syndicato que-assenta so bre as bases d’um regula mento, por muitos títulos prejudicial aos interesses públicos, a camara organi- se desde já uma nova pos tura que regularise a in dustria de panificação e venda, em moldes mais consentâneos com as ne cessidades actuaes e com mais sólidas garantias para os interesses do consumi dor e que ao mesmo tem po estude as bases em que deva efíicaz e cfficialmente intervir no assumpto, nos limites das attr ibuições que lhe são conferidas pelo C ó digo Administrativo e que, para tornar effectiva qual quer resolução que venha a ser tomada e que de re cursos orçamentaes care ça, se proceda na occasião Foi presente e exami nado o balancete da sema na finda, accusando um saldo de 1:835^407 réis, sendo d’este munieipio réis 294,^375 e i: 54i$>o 32 réis da viação. Foram presentes e approvadas as despezas constantes das folhas dos diversos empregados, a- mas, e folhas do pessoal da limpeza e illuminação blica nas duas semanas fin das em 5 e 12 do corrente e os mandados de paga mento n.os 26. a 36. na im portancia total de 4 ;j 5853 i réis. Encerrada a sessão ás, 2,3o horas da tarde.. A . Procurador nesta co marca e acreditado pela lon ga prática de dois mezes de Limoeiro por abuso de con fiança. R. Agostinho Fortes, Aldegallega .. IFelxe pôdre Informam-nos de que um dia, d’estes se vendeu chicharro em mau estado e d’um nosso amigo sabemos que mandára deitar fóra. tres d.’aqueljes peixes. Ao, sr. sub-delegado d.e saude- e a quem mais competir lembrá mos se olhe coro um pouco. mais. de attenção para a saude de nós... todos, que não póde nem. deve estar na vontade de gananciosos sem. escrúpulos, . ----- ---- ~ ............... ...» Na passada terça, feira os, fi-- Ihinhos do nosso amigo e corre ligionário, sc. Manuel Ferreira. Giraldes, estando a brincar com um pau que haviam mettido na, lume, 0 mais novo deu com elle no olho esquerdo, do mais vellio, suppondo-se que ficasse cégo^ d’aquel!e olho.. Mostrado,, na, quarta feira a um especialista, em Lisbôa, este socegou a fami lia, aííirroand.o a. criança não. fir car céga, . ------- ---ro— ----------- -- . Sioisbo de criação lia madrugada de quarta feira passada os, gatunos assaltaram a quintal d.o sr. Antonio. Tavares Baiisa, na esteada do. Vau, e roubaram uma. porção de galli- ohas e coelhos, no, valor superior a 20$000 réis. 0 facto foi .participado, na ad ministração do concelho» Queixam-se-nos de que tanto nos talhas coroo no paço se falta escandalosamente no peso. A qs srs. zeladores municipais lembrámos a attenção que mere ce este fado.

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Page 1: réis. Pagamento adeantado. ú REDACÇÁO. ADMINISTRAÇÃO I

x ANNODOMIWG-O, 3*7 DB FEVEREIRO OE 1910 N.° 4.51

S E M A N A R I O R E P U B L I C A N O I N D E P E N D E N T E

Assigssaíjara úAnno. 1S000 reis: semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. & Para fóra: Anno. i$200; semestre, 600; avulso. 20 réis. para o Brazil: Anno. 2S000 réis imoeda forte.j.

REDACTOR E D I R S C T O R—José Augusto Saloio I

REDACÇÁO. ADMINISTRAÇÃO I TTPOttÁPjUA(Co inposèção e im p re ssão )

1 2 6 , 2 . 0 — R U Á D I R E I T A — 1 2 6 , 2 . 0A L D E G A L L K G A

níí0

Piililica^ôesAnnuncios— i.a publicação. 40 réis a linha, nas seguintes,

20 réis. Annuncios na 4.3 pagina, contracto especial. Os auto-

graphos náo se restituem quer sejam au não publicados.

P R OPR IE T ÁRI O - -José Augusto Saloio

D ’UM C OM BA TE N TE

D i r i g i m o - n o s á C a m a r a M u n i c i p a l d e A l d e g a l l e g a .

N a e v o l u ç ã o q u e o n o s ­so e s p i r i t o t e m feito , s o m o s c a d a v e z m a i s c o n t r a r i o a t u d o o q u e r e v e s t e u m c a ­r á c t e r d e a u c t o r i d a d e , si­n ó n i m o d e a b s o l u t i s m o .

Q u e r e m o s a l i b e r d a d e e m t o d a a e x t e n s ã o d a p a ­l a v r a . L i b e r d a d e , q u e n ã o l i c e n ç a .

E ’ p e n s a m e n t o n o s s o t a m b e m q u e a l i b e r d a d e p ó d e - a o p o v o m u i t o b e m g o s a r n o m e a n d o r e p r e s e n ­t a n t e s s e u s p a r a a r e s o l u ­ç ã o d e p r o b l e m a s q u e , p o r q u a l q u e r c i r c u m s t a n c i a , n ã o e s t ã o a o s e u a l c a n c e . E a s s i m s e t e m v i s t o q u e n e s t e s ú l t i m o s a n n o s d a m a l f a d a d a p o l i t i c a p o r t u ­g u e z a , a n a ç ã o , i m p o n d o - se , a d q u i r i u u m a n o ç ã o m a i s e x a c t a d o f i m d a a s ­s o c i a ç ã o c h a m a d a E s t a d o , e , a o m e s m o t e m p o , p e l o s s e u s l i g i t i m o s r e p r e s e n t a n ­tes, c o m e ç o u a f ru ir o s p r i ­m e i r o s i n d í c i o s d u m a v i d a n o v a , m a i s b e l l a e m t u d o q u e a p r i m e i r a .

A l d e g a l l e g a foi p o r m u i ­to t e m p o u m f e u d o d a m o ­n a r c h i a . P a r a t u d o c h e g a ­v a o d i n h e i r o d o s s e u s m u ­n í c i p e s . E , e m b o r a n ã o te- n h â m o s j á m a i s a n n c l i n a ç ã o

p a r a a p o l i t i c a p e s s o a l , n ã o p o d e m o s d e i x a r d e d i z e r a q u i , p a r a v e r g o n h a s u a , q u e , o s p r o p r i o s r e s p o n s á ­v e i s d e t o d a a m a l v a d e z q u e s e p r a t i c o u p a r a c o m o p o v o , e r a m a q u e l l e s q u e p r i m e i r o d e v e r i a m r e p a r a r n a c r u e l d a d e d o s s e u s a- c t o s p a r a c o m q u e m t ã o h u m i l d e m e n t e o s s e r v i a .

S i m , a s v e r e a ç õ e s t r a n s ­a c t a s , n ã o s e n d o v e r d a d e i ­r o s r e p r e s e n t a n t e s d o p o ­v o , p o r q u e elle n u n c a o s e l e g e u , a b u s a r a m c o m o tal, a r r a s t a n d o e s t a l a b o r i o s a t e r r a á c o n d i ç ã o d u m a r o ­ça .

N ã o f a z e m o s a f f i r m a ç õ e s n o a r . P e l o q u e r e s p e i t a á

p a r t e m a t e r i a l , e l u c i d a - n o s c o m t o d a a c l a r e z a o b e ­

n e m é r i t o a u c t o r d o s Nú­

meros & Fados. P e l o q u e t o c a á p a r t e i n t e l l e c t u a l , r e s p o n d e m o s n ó s .

S ó a g o r a , c o m u m a c a ­m a r a e le it a á s u a f e i ç ã o , p r e s i d i d a p o r u m c é r e b r o b e m c o n f o r m a d o — q u e n o s p e r d o e S . E x . a s e o f e n d e ­m o s a s u a m o d é s t i a — é q u e A l d e g a l l e g a irá r e c e b e n d o a n o ç ã o c l a i a d e d e m o c r a ­cia .

■ C o n f i r m a m e s t a s n o s s a s p a l a v r a s a a d m i n i s t r a ç ã o q u e a q u i s e t e m fe i t o d e s ­d e a p o s s e d a a c t u a l v e r e a ­ç ã o .

M a s , s e a l g u m a d ú v i d a p e r s i s t i s s e a i n d a n o e s p i r i ­to d e a l g u e m q u e s e j a s i n ­c e r a m e n t e l i b e r a l , a p o n t a r - l h e - i a m o s o m o d o d e v é r a s e n c a n t a d o r c o m o foi t r a t a ­d a a p a l p i t a n t e q u e s t ã o d o s p a d e i r o s . A s i t u a ç ã o e m q u e a C a m a r a s e c o l l o c o u é d i g n a d e s e r e l o g i a d a p e l o p o v o e é m a i s u m p a s ­s o p a r a a l i b e r d a d e d a s g e n t e s .

M u n i c i p a l i s a n d o a i n d u s ­tria d a p a n i f i c a ç ã o , a a c t u a l v e r e a ç ã o n ã o f a z m a i s d o q u e a f a s t a r o p o v o d a s f a u ­c e s d ’a q u e l l a ' b u r g u e z ' a q u e s ó e n t e n d e q u e a l i b e r d a d e e s t á n a s s u a s a l g i b e i r a s .

Q u a n d o a s e n c h e m , t u ­d o e s t á b e m . L o g o q u e t e n t e m tirar-lhe u m a m o e ­d a d e m í n i m o v a l o r , t u d o e s t á m a l e a s u a v i n g a n ç a r e c a e a t r o z s o b r e o d e s ­g r a ç a d o q u e p r e c i s a .

Á ’v a n t e , p o i s . Q u e o p o ­v o n ã o d e i x e p a s s a r e m c l a r o a s e x i g e n c i a s d o r i c o . D o r i c o m a t e r i a l m e n t e , já s e v ê . N ã o q u e r e m o s c o m i sto l a n ç a r o p o v o n u m a g u e r r a a t r o z c o n t r a o s q u e

t ê e m .A q u e l l e q u e allia á s u a

r i q u e z a m a t e r i a l , u m a ri­q u e z a i n t e l l e c t u a l , i s t o é , a q u e l l e a q u e m o b r i l h o d o o u r o n ã o s e d u z a p o n t o s d e p e r d e r a n o ç ã o d o f i m p a r a q u e v i v e , e s s e é t ã o d i g n o d e c o n s i d e r a ç ã o c o ­

m o n ó s .O s e s c r i p t o s p a r a o p o ­

v o s ã o s e m p r e d e r e c o n h e ­c i d a d i f f i c u l d a d e . E ’ a s s i m , i n f e l i z m e n t e . P o r i s so , q u e ­

r e m o s d e c l a r a r a q u i q u e o s n o s s o s a r t i g o s , l o n g e d e a t a c a r e m a l g u e m , n ã o s ã o

n u n c a e i v a d o s d e r a i v a

c o n t r a p e s s o a s m a s c o n t r a

s i t u a ç õ e s .R e c o n h e c e m o s p e r f e i t a ­

m e n t e q u e o s m a u s s ã o m a u s p o r q u e já c á o s e n ­c o n t r a r a m . N ’ u m m e i o d e b o n s o m a u n ã o p o d e r i a v i v e r e , p o r i s s o , d e ix a l- o - ia e m p a z .

P o i s f a ç â m o - n o s b o n s , u n s a o s o u t r o s , q u e p a r a i s so é q u e c á e s t a m o s .

E , q u e r e n d o n ó s f a z e r b o n s , n ã o p o d e r i a m o s e n ­s i n a r c o i s a s m á s .

i te , a M a f a l d a A n g é l i c a D i a s , , n e c e s s a r i a , á f a c t u r a d u m s o l t e i r a , r e s i d e n t e n e s t a vil-: o r ç a m e n t o s u p p l e m e n t a r .

S E S S Ã O D E C A M A R A

Resumo das deliberações tomadas em 14 de fevereiro de 1 9 1 0 :

D a A d m i n i s t r a ç ã o u m o f f i c i o n . ° 7 6 d e 4 d o c o r ­r e n t e , r o g a n d o á c a m a r a q u e , e m v i r t u d e d e s t e a n n o s e e f f e c t u a r n o s m e z e s d e f e v e r e i r o c o r r e n t e e m a r ç o p r o x i m o a f i s cal i sa ­ç ã o d o s s u i n o s a b a t i d o s n ’e s t a villa p o r d o i s v e t e r i ­n á r i o s e n v i a d o s p o r o r d e m d o m i n i s t r o d e o b r a s p ú b l i ­c a s , c o m m e r c i o e i n d u s t r i a , d ê a s o r d e n s p r e c i s a s p a r a q u e s e j a p r e p a r a d a u m a c a s a c o m b a s t a n t e c l a r i d a ­d e , o n d e o s m e s m o s p o s ­s a m f a z e r a s a n a l y s e s n a s a m o s t r a s q u e t i r a r e m , c a s a q u e d e v e c o n t e r u m a o u d u a s m e z a s e a l g u m a s c a ­d e i r a s , r o g a n d o m a i s p a r a q u e a l g u m d o s z e l a d o r e s m u n i e i p a e s p o s s a a c o m p a ­n h a r o s r e f e r i d o s v e t e r i n á ­r ios .

A c a m a r a , n ã o . t e n d o c a s a d i s p o n í v e l o n d e s e p o s s a m a f f e c t u a r a s r e f e r i ­d a s a n a l y s e s e n ã o p o d e n ­d o d i s p e n s a r n e n h u m d o s

z e l a d o r e s a c t u a l m e n t e e x i s ­t e n t e s n o c o n c e l h o , d e l i b e ­r o u o f f i c i a r n e s t e s e n t i d o .

— F o i d e f e r i d o u m r e ­q u e r i m e n t o d e A . L . S a l g a ­d o <& I r m ã o s , f o r n e c e d o r e s d e c a r n e s v e r d e s , p e d i n d o l i c e n ç a p a r a a b r i r e m u m t a l h o n a P r a ç a S e r p a P i n ­t o , n e s t a villa e c o m a s c a r n e s a o s p r e ç o s s e g u i n ­t e s : V a c c a , 320 réis c a d a k i l o g r a m m a ; c h i b a t o o u c a r n e i r o , 2 6 0 réis.

— F o i c o n c e d i d o u m s u b ­s i d i o m e n s a l d e i $ 5o o réis p e l o t e m p o d u m a n n o a

c o m e c a r n o i . ° d o c o r r e n -

ia, p a r a s u a f i lha G u i l h e r - m i n a .

— P e l o sr. p r e s i d e n t e foi d i t o t e r r e c e b i d o u m a r e ­c l a m a ç ã o d o a r r e m a t a n t e d o i m p o s t o m u n i c i p a l n o s v i n h o s , n a f r e g u e z i a d e S a ­r i l h o s G r a n d e s , s o b r e a n e c e s s i d a d e d a n o m e a ç ã o d u m a l m u d a d o r , p a r a e v i ­t a r o s a b u s o s q u e s u c c e s s i - v a m e n t e se p r a t i c a m e q u e c o n s i d e r a v e l m e n t e o p r e j u ­d i c a m e q u e a c h a n d o in t e i ­r a m e n t e j u s t a a r e f e r i d a r e c l a m a ç ã o , p o r i sso q u e á c a m a r a c o m p e t e g a r a n t i r p o r t o d a s a s f ó r m a s a o s e u a l c a n c e d o s i n t e r e s s e s d o s a r r e m a t a n t e s d o s s e u s i m ­p o s t o s , p r o p u n h a q u e f o s s e n o m e a d o i n t e r i n a m e n t e , p a r a o e x e r c i c i o d o r e f e r i ­d o c a r g o , o sr . A n t ó n i o T a v a r e s d a R o c h a , s e m r e m u n e r a ç ã o a l g u m a p a g a p e l o c o f r e d o m u n i e i p i o e a p e n a s c o m a s r e t r i b u i ç õ e s q u e l h e f o r e m d a d a s p e l o s i n t e r e s s a d o s . P r o p o z , i g u a l ­m e n t e , q u e a c a m a r a p r o ­m o v a c o m u r g ê n c i a e p e ­los m e i o s l e g a e s , d o t a ç ã o o r ç a m e n t a l d o r e f e r i d o c a r ­g o d e a l m u d a d o r ,

— P e l o sr . p r e s i d e n t e foi t a m b e m p r o p o s t o q u e , e m v i r t u d e d o a u g m e n t o . d e p r e ç o d o p ã o , i m p o s t o p e ­lo s y n d i c a t o d e i n d u s t r i a e s d e p a d a r i a , r e c e n t e m e n t e o r g a n i s a d o n ’e s t a villa, s y n d i c a t o q u e - a s s e n t a s o ­b r e a s b a s e s d ’u m r e g u l a ­m e n t o , p o r m u i t o s títulos p r e j u d i c i a l a o s i n t e r e s s e s p ú b l i c o s , a c a m a r a o r g a n i - s e d e s d e já u m a n o v a p o s ­t u r a q u e r e g u l a r i s e a i n ­d u s t r i a d e p a n i f i c a ç ã o e v e n d a , e m m o l d e s m a i s c o n s e n t â n e o s c o m a s n e ­c e s s i d a d e s a c t u a e s e c o m m a i s s ó l i d a s g a r a n t i a s p a r a o s i n t e r e s s e s d o c o n s u m i ­d o r e q u e a o m e s m o t e m ­p o e s t u d e a s b a s e s e m q u e d e v a e f í i c a z e c f f i c i a l m e n t e i n t e r v i r n o a s s u m p t o , n o s l i m i t e s d a s attr i b u i ç õ e s q u e l h e s ã o c o n f e r i d a s p e l o C ó ­d i g o A d m i n i s t r a t i v o e q u e , p a r a t o r n a r e f f e c t i v a q u a l ­q u e r r e s o l u ç ã o q u e v e n h a a se r t o m a d a e q u e d e r e ­c u r s o s o r ç a m e n t a e s c a r e ­ç a , s e p r o c e d a n a o c c a s i ã o

F o i p r e s e n t e e e x a m i ­n a d o o b a l a n c e t e d a s e m a ­n a f i n d a , a c c u s a n d o u m s a l d o d e 1 : 8 3 5 ^ 4 0 7 ré is , s e n d o d ’e s t e m u n i e i p i o ré is 2 9 4 , ^ 3 7 5 e i : 54i$>o32 ré is d a v i a ç ã o .

— F o r a m p r e s e n t e s e a p p r o v a d a s a s d e s p e z a s c o n s t a n t e s d a s f o l h a s d o s d i v e r s o s e m p r e g a d o s , a- m a s , e f o l h a s d o p e s s o a l d a l i m p e z a e i l l u m i n a ç ã o p ú ­b l i c a n a s d u a s s e m a n a s f i n ­d a s e m 5 e 1 2 d o c o r r e n t e e o s m a n d a d o s d e p a g a ­m e n t o n . os 2 6 . a 36. n a i m ­p o r t a n c i a t o t a l d e 4; j5853 i réis .

E n c e r r a d a a s e s s ã o ás , 2 , 3 o h o r a s d a t a r d e . .

A.Procurador nesta co­

marca e acreditado pela lon­ga prática de dois mezes de Limoeiro por abuso de con­fiança. R. Agostinho Fortes, — Aldegallega..

IFelxe pôdreInformam-nos de que um dia,

d’estes se vendeu chicharro em mau estado e d’um nosso amigo sabemos que mandára deitar fóra. tres d.’aqueljes peixes.

Ao, sr. sub-delegado d.e saude- e a quem mais competir lembrá­mos se olhe coro um pouco. mais. de attenção para a saude de nós... todos, que não póde nem. deve estar na vontade de gananciosossem. escrúpulos,

. ----- ---- ~ ............... ...»

Na passada terça, feira os, fi-- Ihinhos do nosso amigo e corre­ligionário, sc. Manuel Ferreira. Giraldes, estando a brincar com um pau que haviam mettido na, lume, 0 mais novo deu com elle no olho esquerdo, do mais vellio, suppondo-se que ficasse cégo d’aquel!e olho.. Mostrado,, na, quarta feira a um especialista, em Lisbôa, este socegou a fami­lia, aííirroand.o a. criança não. fir car céga,

.------- ---ro— ------------- .

Sioisbo de criaçãolia madrugada de quarta feira

passada os, gatunos assaltaram a quintal d.o sr. Antonio. Tavares Baiisa, na esteada do. Vau, e roubaram uma. porção de galli- ohas e coelhos, no, valor superior a 20$000 réis.

0 facto foi .participado, na ad­ministração do concelho»

Queixam-se-nos de que tanto nos talhas coroo no paço se falta escandalosamente no peso.

A qs srs. zeladores municipais lembrámos a attenção que mere­ce este fado.

Page 2: réis. Pagamento adeantado. ú REDACÇÁO. ADMINISTRAÇÃO I

2 O DOMINGO

M L E R l â á M i l lVai ahi um desacato.Desnorteadas as pinhas.(Eu calado como um rato)Contra os homens diis farinhas, P'ra venderem pão barato...

Em face da situação Que arranjaram os padeiros,O povo quer ter razão.Pois quasi sempre os primeiros Constroem o seu casão...

A quesião é muito s-éria,F. tenho certo receio,Que o povo nesta léria,Fique quebrado p’lo meio,Sem farinha, pão e féria.

Mas não quero, eu já vos digo,A vocês oh! farfnbeiros,Oue cevada seja trigo.Ou que os crueis moleiros Façam farinha... commigo.

E ’ como a crise do vinho.(Que cada vez 'stá mais torta)Esta do pão baratinho;Mas cá por mim náo m"impórta, Ha p'ra ahi tanto «pãosinho»...

João S i i .verk ).-f—---- ----— ---—-----------

B*a'e®tpliação ? . . .O ultimo número do «orgão

moralista A Comarca» que se publica em Aldegallega para ver­gonha dos aldegallenses, insere duas cartas traia do sr. José

, Fernandes Iiepas e outra do sr. Manuel de Jesus Callado. Os si- gnatarios das epístolas apenas ti­veram em mira elevar as «bellas» qualidades de carácter do pro­prietário do referido «orgão» — «in quem depositam toda a confi­ança—e deixarem-nos, a nós, por mentirosos. Nâo nos inoommóda a do primeiro. A do segundo, a <lo sr. Manuel de Jesus Callado. «ssa, sim. 0 sr. Callado, reser­vava, naturalmente, uma má vontade contra nós, e, aprovei- tou-se, de dizermos nos «Rumo­res» de «O Domingo» de 30 de janeiro ultimo, na intenção uni­camente de o servirmos:— «.. .que o sr. Manuel SanfAnna estava Ha forja para ser roubado pelo Minhocas»—para nos vir offender com a publicação da sua carta. O sr. Callado precipitou-se; não quiz comprehender o que escrevêra­mos e d’ahi veio para nós so­nhando fazer vêr ao mundo in­teiro que o «Minhocas» é um ho­mem sério, de boas contas e in­capaz de desviar cinco réis a al­guem. Perdôe-nos, mas foi pou­co escrupuloso, sr. Callado. Nun­ca se empresta, assim, o nome a um gatuno. E fazei o, é desmere cer a confiança de gente séria. Que importa que o senhor ainda não fosse roubado por esselara- pio se ainda o póde vir a ser? Pois não publicou «O Domingo» um documento mostrando catego­ricamente que elle fôra condem nado no tribunal da Boa-Hora em dois mezes de prisão, pena que cumpriu nas cadeias do Limoei­ro pelo crime de furto? Se isto ainda é pouco diga-me que nome merece um procurador que rece­be dos clientes dinheiro para pre­paros e depois fica com elle não tratando da sua obrigação?

O sr. Callado, publicando aquella carta, buscou offender- nos e.. . offendeu-se.

Lamentámos. ------ -o»— <* ■ ---

Tomou na passada sexta feira posse o novo professor do Centro Eleitoral Escolar Republicano Dr. Celestino d’Almeida, sr. Ma­nuel de Medeiros, de quem nos têem feito as melhores referen­cias.

.----— — V.» — — *»*■ ------

“ O O e in o c ra ta .,Este nosso denodado collega

de Aveiro acaba de entrar no seu 3.° anno de publicação, pelo que muito o felicitamos, desejan­do que conte muitos mais e com bastantes prosperidades.

ISmnoresQue se attribue a um dos re­

generadores d’aqui, que tambem prestou a sua adhesão ao grupe­lho henriquista no dia 2, em Se­túbal, alguns dos nossos «Rumo­res» de domingo passado.

=Que esses regeneradores —ou coisa qne o valha—não fi­zeram a contagem mas concor ciaram com o numero que os «Rumores» deram.

=Que os fiscais dos impostos deram ao rabo, e sobretudo o seu chefe, com os «Rumores» de do­mingo passado.

=Que se attribue a informa­ção a um d’estes fiscais pelo fa­cto de querer dar um espectácu­lo no theatro e a empreza não lhe ceder a casa.

— Que o «Saramago» diz es­tarmos zangados com elle por não nos dar a fazer os prospe­ctos para os espectáculos do aniinatógrapho.

=Que este pândego, thalassa dos quatro costados e intriguis- ta bem conhecido, já uma vez deu informações para o «orgão» a nosso respeito.

=Que o conluio na rua das Taypas ha de dar-lhe que enten­der.

=Que se gaba deixar lhe dia­riamente a sua casa de penhores para cima de 2j?O00 réis.

=.Que não admira visto ter coragem para levar 85 °{0 aos desgraçados que alli precisam ir.

=Que brevemente apparecerá outra casa de penhores em Alde­gallega com o nome de casa d’a- délo, que emprestará dinheiro com diminuto juro.

=Que o «Minhocas-ladrão» se desgosta todo quando os «Rumo­res» dizem do que constam os seus «artigos» no «orgão» antes d’este sahir á publicidade.

=Que é tão estúpido e tão bruto que não sabe que se os «Ru­mores batem certo é porque se lhe conhece a musica dos «Trin­ta pães»: Hoje chamar coisas fei­as aos vereadores, domingo que vem ao nosso director, e assim por deante.

=Qne n’este vai-vem muito tem, com o «seu orgão», illustra­do os seus leitores e ajudado o concelho.

=Que a maneira «acertada» como vem defendendo os padei­ros mostra bem o seu talento.

=Que os melhoramentos que se estão fazendo se devem aos «cabeçasde farelo», de que tam­bem faz parte o bem conhecido gatuno «Minhocas PhysicO-mór Mineiro».

=Que álém de gatuno, é tam­bem incendiario, pois que foi o auctor de um fogo que ha um anno se deu em Sarilhos Gran­des e que a companhia de segu­ros pagou, merecendo, por con­sequencia, tambem o nome de Leandro.

— Que ainda este anno muita o-ente se ha de rir da cara dos protectores do «Minhocas Physi- co-mór Mineiro Leandro» que não hesitam dar-lhe entrada em casa e mostrar-lhe a escriptura- cão.

—Que o sr. José Cândido Ro­drigues d’Annunciação não gos­tou nada que os rapazitos, no domingo passado, andassem fa­zendo paródia a «sua» procissão.

— Qnp este devoto do sr. dos Passos não quer que a pliylarmó- nica 1.° de Dezembro vá tocar á procissão.

=Que duvida muito que a procissão lhe deixe este anno pa­ra um fato.

=Que o sr. Campos Henri­ques collocará brevemente como administrador n’este concelho um dos individuos que d aqui foi a Setúbal á reunião do dia 2.

Crsspo IitstriictiTO e Re- ca*caíivo «los ISíaaprega- «los sao CoBBBSíaei-cí© dc Aldegallega.

Conforme nociámos reuniu na pretérita quinta feira a assem- bléia geral d’este grupo a fim de serem apresentados e discutidos os estatutos, e proceder-se á elei­ção dos membros que hão de formar a meza de assembléia ge­ral.

A assembléia, que estava re­gularmente concorrida, approvou os estatutos após uma pequena discussão.

Em seguida foi eleita a meza de assembléia que recaiu nos se­guintes socios: presidente, José dos Santos; secretários: Joaquim Antonio Moreira é João de Aze­vedo Baptista.

Foi encerrada a sessão ás 10 horas e meia da noite.

Retirou-se hontem para Avei­ro, onde ficará n’uma das fregue- zias, o prior d’esta villa rev. Jo­sé Maria Alberto Soares.

Este padre soube, durante a sua estada n’esta villa, collocar-se no seu logar merecendo sempre o respeito e estima de todos os seus parochianos.

--- ----------€5s*sap© I t i s i a l Baltha-

2 ssí* Maaiaaell VaBeaiíe Na elegante sala d’esta flores­

cente associação e perante nume­rosa assistência realizou no dia 2J: do corrente uma palestra o nosso amigo e correligionário, sr. Alvaro Valente, cujo thema foi: «Camillo e a sua obra».

O orador, cuja palavra facil e vibrante muito agradou, desen­volveu eloquentemente a sua bel­la palestra, mostrando conhecer toda a obra e grandeza de espi­rito, do inolvidável e chorado es- criptor, que tanto enriqueceu as letras portuguezas, como o seu trabalho insano e incomparavel.

Alvaro Valente, foi muito fe­licitado, manifestações a que gostosamente nos associámos.

© cessío «1a saa«mia8*cleiaO Presidente da Republica

dos Estados Unidos Norte-Ame- ricanos vence annualmente125:000 francos, ou sejam:............................ Rs. 25:000rS000

E ’ eleito por 4 annos.

O Presidente da Republica Franceza vence annualmente60:000 francos ou sejam:............................... Rs. 12:000,>000

E ’ eleito por 7 annos.

O Presidente da Republica Helvetica (Suissa) tem o venci xnento annual de 13:500 francos ou sejam:.. Rs. 2:700,5000!...

E ’ eleito annualmente.

Em Portugal o luxo inteira­mente supérfluo, d’um rei e fa­milia, custa o seguinte, «até vêr»: D. Manuel—1 conto de réis por

dia!D. Amelia d’Orleans (mãe a’a

quelle) 60 contos por anno!D. Affonso (tio do rei) 16 contos

por anno!D. Maria Pia (viuva de D. Luiz)

60 contos por anno!Total—S O I coatos!

Se mais houvera!. . .

Accresce a isto, o goso, o rendimento dos «bens da corôa» (casa real) bem como os dos «bens particulares» do rei, e ain­da o da «Casa de Bragança».

-----------— ---o»---------

Em sessão de camara de se­gunda feira passada foi, pelo pre­sidente, apresentada uma postu­ra que regule os trabalhos de pa­nificação e condições de venda,! que foi approvada. Logo que se- : ja superiormente approvada será posta em vigor.

A a T e haas*B'o !...O «orgão moralista», na sanha

de defender os industriaes de padaria d’esta villa, cegou na carreira e apparece-nos com es­ta:

«Poz-se em execução o levanta­mento do preço do pão e o povo conhecedor da razão, tomou-a como de justiça; bem sabe elle que na Moi­ta aonde o imposto camarario é de 25o réis em «arroba» de farinha se está vendendo o pão a 90 réis; no Barreiro que é o imposto 3oo réis em «arroba», tambem se vende a 90 réis; em Setúbal que 0 imposto é de 3oo réis em «arroba», tambem se vende a 90 réis o kilo; em Aldegallega que paga 525 réis «uma sacca» de farinha, querem os moralistas que se venda o pão a 85 e 80 réis o kilo—«impossi vel».

’ Impossivel dizemos nós, que haja um burro que zurre tantos disparates em tão pouco tempo. E quando dizemos burro referi­mo-nos ao proprietário do «or­gão», pois que padeiro algum traria a público coisa tão dispa­ratada.

O povo tomou como de justiça 0 levantamento do preço do pão que, no dizer do asno, n’esta vil­la é onde se deve vender mais barato, pois que, quando os pa­deiros da Moita pagam de impos­to por cinco arrobas (uma sacca) 1-5250 réis e os do Barreiro e Setúbal 1$500, em Aldegallega, pagando-se apenas 525 por cada sacca, deve-se poder vender ma­is barato!

Arre burro!...-------------►í«<=32£>=í-'-------------

l»ão pelos asitigos preçosN’um dos proximos dias come­

çará a venda de pão, n’esta villa, pelos preços que vigoravam antes do Conluio que determinou 0 encarecimento d’este género.

O local onde se ha de affectuar a venda e 0 dia em que ella ha de principiar, serão oportuna e largamente annunciados.

__Ko proximo número publica­remos 0 officio que os industriaes de padaria enviaram á camara e a resposta que esta deu.

____________ to»— -- -------- —

Ceaaíro Biscolaa* ItepaabSi- casio

Na Aldeia de Paio Pires inau­gura-se hoje este nucleo de pio- paganda democrática e de edu­cação cívica.

Será um acto revestido de to do 0 brilhantismo em que toma­rão parte os srs. dr. Bernardino Machado, dr. Euzebio Leão, Feio Terenas e Ferreira Pache-

e0- . . . • -1Aos nossos correhgionanos de

Paio Pires enviámos as mais ca­lorosas saudações.

____________ _— — ------------*A direcção da sociedade 1.° de

Dezembro acaba de fechar con­trato com a empreza do theatro da Trindade, de Lisbôa, a fim de realisar alli 0 beneficio em favor do cofre da referida sociedade, que se realisará no dia 1 (quinta feira) do proximo mez de abril.

Os bilhetes pódem ser pedidos a qualquer dos directores do dia 7 de março em diante.

________— ----«fealganaeaato

Em audien:ia geral responderam no tribunal d’esta comarca no dia 22, os gatunos José Paulino e Antonio Pinto de Figueiredo, naturais de Al- piarça, concelho de Santarém, por haverem roubado, por meio de ar­rombamento, a Manuel Raposo, do sit o do Affonsoeiro, a 2 kilómetros d’esta villa. a quantia de 134S000 réis. Ao processo foram juntos mais cri mes de igual natureza e o de se eva­direm das prisões, pelo que forajn condemnados em 8 annos de prisão maior cellular, ou na alternativa de 12 para a África.

E it e s criminosos vieram do Limo- eiro no dia 21 e voltaram no vapor das 9.40 da manhã de 23 acompanha­dos de 4 soldados e um cabo de in­fantaria 16.

Yeròaòes amargas

No dia 21 do corrente, 0 Pro- vedor da Santa Casa da Miseri- cordia, mandou-me chamar j pharmacia, pelo criado da mes­ma, para coadjuvar 0 escriptura­rio no balanço a que se está procedendo. Quando cheguei esta­vam lá 0 Provedor, sr. Manuel José Salgeiro; 0 pharmaceutico nomeado, sr. Domingos Rodri­gues Madeira; e 0 pharmaceutico demitido, Armando Augusto Cé­sar Nifo. Depois de cumprimen­tar os dois primeiros senhores 'e quando ia cumprimentar 0 Nifo, foi dito por este que se despre­zava de me apertar a mão».

Claro está que tratando-se de um «maluco em convalescença», 0 indifferentismo seria a melhor resposta, mas para que elle ou alguns dos seus conselheiros, não julguem que a minha dignida­de se resente ou que me sinto véxádo por essas asnaticas pala­vras, apresso-me a declarar que: «me honra e orgulha muito essa determinação» porque me inhi- be de hoje para 0 futuro de cumprimentar um canalha, 0 que até aqui fazia bem contra a minha vontade para não faltar ás regras da boa educação.

Nunca procedi mal fosse para quem fosse e muito menos para 0 desequilibrado Barba-azul. Se alguns favores lhe fiz substituin- clo-o a seu pedido na pharmacia e ganhando por elle e para elle 0 ordenado emquanto 0 hypócrita andava em passeio, na caça ou na batota, esses favores já me foram pagos com um coice. E’ bem certo 0 dictado: «A bestaque tem ruins manhas, tarde ou nunca as perde».

Agora vou tratar de liquidar tambem a minha conta com 0 mentecapto pagando-lho os favo­res que lhe devo e que são os seguintes:

Ter defraudado a Santa Casa da Misericórdia e lesado os inte­resses da mesma como consta da acta da demissão, praticando faltas e abusos com os quais «eu fui prejudicado com augmen­to de serviço e perda de interes­ses». E como não posso retri­buir 0 coice do burro, vergastan­do-lhe 0 lombo com 0 chicote — por causada SociedadaProtectora com séde em Lisbôa—lembrarei aquelle dito de Esopo: «Indicainstincto brutal bater em um ani­mal». Assim satisfarei 0 meu dé­bito publicando p a r a a semana, a quantia com que 0 Nifo se«ade- antou» burlando a Meza e 0 Pro­vedor; os presentes que fez á custa da Santa Casa; e as garra­fas de Agna de Vidágo que elle e os amigos beberam a custa da mesma Santa Casa.

Depois veremos que honra e proveito não cabem no sacco, e que a minha insignificante e hu­milde pessoa se considera muito honrada por não ter qne apertar a mão a cavalheiros d’este jaez.

Sou pobre mas honrado. Canha, 22— 2— 1910.

J osé M a r t in s dos R e is .

----- ----‘•O Raio.,

E ’ como sempre, magnifico, 0 número de sexta feira, d’este en­graçado semanario.

........... ■«» ■ —Ao paablico

Todos os que desejarem com­prar fazendas boas e por pouco dinheiro devem procurar a loja que resolveu limitar os seus ga­nhos a pequenas percentagens, devido á época ser de tão pouca massa.

E aonde é essa loja?E ’ na Praça Agrícola e Largo

da Igreja e denomina-se LOJA DO POVO.

Page 3: réis. Pagamento adeantado. ú REDACÇÁO. ADMINISTRAÇÃO I

O D O M I N G O

^ coiífereaicia d o D r .

Hlagalliâcs U n i a e as

arr u a ç a s d o s c o m ilõ e s .

A M o it a e m p é d e

G U E R R A ! — © d ia 1 3

d e F e v e r e ir o ffesíejado

pelo s T H A L A S S A S .

V I

C A R T A D A M O ITA

Se me sobra hoje o assumpto tambem é certo que me escasseia o tempo. Ha, talvez, um mez que escrevi a minha ultima carta publicada no intemerato jornal— «0 Domingo»—em que ora vou publicar a qual, pelo momentâneo e especial assumpto de que se occupa, vai prehencher o logar que naturalmente eu tinha indi­cado a outras cartas que, pela ordem chronológica dos aconte­cimentos a que se reportavam, deveriam ser publicadas antes. Todavia, em virtude do meu muito que fazer, vêjo-me coagido a tratar do assumpto de que ora me vou occupar, porque estando elle sobremaneira ventilado na imprensa democrática lisbonense, não o está de modo tal que dis­pense ser ainda tratado n’um jor­nal de província fiel aos princi- pios republicanos, em que tem medrado a olhos vistos debaixo do duplo ponto de vista litterario1 e politico.

Convém advertir, para não abusar da paciência do leitor, que estas palavras não são ditas com o íim, aliás justificável, de fazer este introito de carta um tudo nada extenso. Porque a is­to me moveu o facto imperdoá­vel do meu silencio de 30 dias, quando, mais de que nunca, eu devera dizer da minha justiça sobre assumptos vários que n’es- te interregno de tempo, me têem vindo desafiar a penna quêda porque a tal se hão opposto ines­peradamente obstáculos deprove- niencia particular.

Conseguintemente, entremos no assumpto capital d’esta carta.

## *

Foi no domingo, 13 de Feve­reiro. Convidado pela Direcção do «Centro Escolar Democrático Dr. Bernardino Machado», d’es­ta villa, veio fazer uma confe­rencia politica o prestigioso tri­buno Dr. Magalhães Lima, con­ferencia que se effectuou com o mór brilhantismo na séde d’este mesmo Centro.

Não é meu intento dar um ex­tracto, se bem que fosse imperfei­to, da monumental oração do Grão Mestre da Maçonaria Por­tugueza.

Outra a minha intenção; outro o meu fim.

D’esse discurso já os leitores conhecem, pelos extractos que d’elle fizeram os jornaes, o neces sario para bem aquilatarem scien- te e conscientemente do seu va­lor.

Eu só quero falar; eu só quero tratar da maneira miseravelmen te abrupta e desleal como esses palermas, que se intitulam mo narchicos, e a quem damos por condescendencia o título verda deiramente honroso de «nossos adversarios», tentaram amesquí nhar a manifestação que carinho sa e enthusiasticamente fizemos a Magalhães Lima, quando este grande patriota acabava de sahir do «Centro» para se dirigir Estação do Caminho de Ferro.

Ah! senhores! que de nojo me faz tudo isto.

Cuidaram aquelles pedaços de asno que metteram uma lança em Africa com soltarem uns vivas chochos e sem pilhéria, vivas soltos de gargantas esfaimadas, de creaturas pendantescas em

cujos cérebros não ha uma idéia aproveitável, onde tudo é miséria, miséria apenas, enrodilhada n’u- ma sêde immensa de ser grande, poderoso, omnipotente.

Acreditem-no ou não, o certo é isto. Estes monarchicos da Moita contentavam-se muito bem.

A questão estava em dar-se- lhes uma parcella do que tanto e tanto ambicionam—o Poder.

Mandar! Mandar!. . .Ser grande! ser cacique, nem

que fosse uma hora apenas!D ’ahi o seu desgosto; d’ahi a

sua pseudo resistencia traduzida por uma malcreada, soez lingua­gem que elles usam impavida- mente e impunemente, o que ain­da é mais.

Mas—porque não dizel-o?—os individuos que na Moita trazem o titulo mui pouco recommendavel de «thalassa» ligado a si mesmos, estes individuos comprehenderam já que tudo quanto venham a di­zer, e. hajam dito, não nos dará senão a certeza absoluta e inso- phismavel da sua decadencia mental.

Tarde piaram, coitados!A ’ conferencia, a que assisti­

ram, a dentro da espaçosa sala do «Centro», algumas centenas de pessoas, não concorreram (consoante o affirma o critério dos monarchicos moitenses) mais de pessoas!. . .

O critério monarchico! Sempre que se trata de reuniões republi­canas vêem, quasi invariavelmen­te, o auditorio das mesmas atra­vez de uns «óculos» foscos, os quaes—innocentes óculos!—não deixam , vêr senão homens «de aspecto miserável e despresivel», envergando fatos «já no fio» e usando «bonets» de «rufia»...

E ’ sempre assim. São óculos de augmentar «campos ferrei­ras ». . .

Individualidades desconhecidas de complexão insólita, foi por

isto que elles sonharam que, cor rendo os republicanos n’aquelle dia de immarcessivel gloria para a causa da Republica, poderiam elevar-se ás cumeádas da fama e tornarem-se, por isso, não direi tieroes, mas homens conhecidos.

Assim, um rufia emérito de vieila, que, noite alta, sái d’um antro embalsamado de podridão moral, e consegue apanhar, ao dobrar uma esquina, um retarda- tario que se dirige despreoccupa- damente para casa, e a quem prega uma navalhada traiçoeira, assim tambem consegue ser co­nhecido este rufia. Assim tambem ganha fama de Miserável!. . . e ha múltiplas fórmas de ser co­nhecido . ..

Se não fôra a prudência de os nossos correligionários, elles—os «invulneráveis» monarchicos—se riam corridos, não como o foram assim, dando-se-lhes uma sarai­vada de vivas, mas corridos por uma saraivada de «substancia» differente. . . De soccos, por exemplo.

Ah! e não seriam tão malcrea- dos para a outra vez.

Depois, facto curiosissimo, são elles que ainda agora gritam que os republicanos foram corridos.

Querem vêr aonde chega a ló­gica d’estes fanfarrões?

Elles (monarchicos) necessitam apenas de 4 dos seus valentões para correrem, em qualquer con­ferencia, os repi b'icanos d’esta villa—dizem elles para ahi.

Pois bem!Com os seus 4 valentões, sa­

bendo que a direcção do Centro Republicano doesta localidade tem tanto medo dos seus cacetes que, pouco depois de effectuada a conferencia d’esse grande tri-

Íbuno e inconfundivel diplomata Dr. Magalhães Lima, logo an-

nunciou nos jornaes outra confe­rencia para o dia 6 de março proximo, elles—os valentões—já annunciaram tambem uma força da Guarda Municipal para esse dia.

Patenteiaranr, pois, por esta fórma o que na realidade são— uma cohorte montezinha de «es­tupores» a que se não póde dar nenhuma util applicação; e, não obstante, servem para provocar a desordem confiantes em «quatro valientes» que ninguém conhece.

#* #

Acabemos com isto, que não se deve gastar muita cêra com ruins defuntos.

O leitor sabe o necessário para fazer o seu juizo, que deve ser severo em extremo.

O caso resume-se em duas pa­lavras: Os republicanos da Moita promovem uma conferencia que decorre animadíssima. Sáeni de­pois da séde do Centro a acom­panhar o orador; poucos passos andados recebem uma provocação dos monarchicos a que respon­dem energicamente, como era devido.

Mettidos os monarchicos na ordem, persegue o cortejo até ao caminho de ferro, onde o orador segue para Lisbôa; e nada mais.

Agora falam e conclamam, promovem processos a correligio­nários nossos, processos que hão de ter uma resposta digna.

Falta-me apenas explicar uma coisa. Os «contra-manifestantes» monarchicos eram quasi todos «cabos» que, munidos de cacetes, cuidavam de zelar—ai de nós!— pela ordem!

São me consta que haja ne­nhum regulamento que faculte a uma auctoridade policial o poder de manifestar-se por este ou por aquelle partido, sobretudo em occasiões em que é necessário muita prudência e muitíssima to- lerancia.

Ora adeus! A gastar cêra . .Ficam convidados todos os

monarchicos, e mais os quatro competentes valentões da Moita, a assistirem á conf rencia que o «Centro Escolar Democrático Dr. Bernardino Machado» promove no dia 6 de março, em que deve falar o illustre patrono d’este Centro. Ouviram?Olhem! Tragam tambem as panellas velhas de

se não serviram da outra ouviram?

G a l iía L u c i n s .

Mercado ssaeansalEspera-se que seja muito con­

corrido, no proximo domingo, o mercado que n’esta villa se rea- lisa no primeiro domingo de to­dos os mezes.

CSregorlo C*SSCom fábrica de distillação na

travessa do Lagar da Cera (na Pontinha) offerece á sua numero­sa clientella, álém de aguarden­te bagaceira muita bôa de que sempre tem grande quantidade para venda, finissima aguardente de prova (30°) para melhoramen­to dos vinhos, assim como aguar­dente anisada muito melhor que a chamada de Evora. Os preços são sempre inferiores aos de qualquer parte e as qualidades muito superiores.

Ha tambem para vender grai- nha de uva pelo preço de 12 0 réis cada 20 litros..

ANNUNCIOS

I PALHA

autos de policia correcio- nal que o Ministério Publi­co moveu contra o dito executado, e em que este foi-eondemnado por sen­tença deste Juizo, de 22 de novembro ultimo, ou no­mear bens á penhora para seu integral pagamento, bem como das custas e sellos prováveis da respe­ctiva execução até final, sob pena de revelia.

Aldegallega, 2 1 de feve­reiro de 1910 .Verifiquei a exactidão:

O JUIZ DE DIREITO

A . M a rça l.O ESCRIVÃO

P e d r o Jo s é B a n d e ira .

VBNDE-SB

453Manuel Luiz Dias, repre­

sentante da firma J. Gomes & C . a, com armazém de fa­rinha de tremoço e palha enfardada na rua Manuel José Nepomuceno, vende estes artigos em pequenas e grandes quantidades, por preços relativamente módi­cos.

Aos .revendedores offe­rece commissão ou percen­tagens.

""^GARÍÊTAVende-se uma, em bom

uso. N’esta redaccão se diz.

CASAVende-se uma na rua de

Oliveira, 48 e 5o, desta villa. Trata-se com Fran­cisco Caetano. — Aldegal- ega.

quevez,

Msiií© c©2BvegBÍe2íáe

Todas as pessoas mais ou me­nos querem sempre comprar mais barato do que realmente póde ser, e d’ahi vão atraz de pompo­

sos reclamos que a serem verda­deiros representariam fortunas distribuídas pelo público; mas nada d’isso!.. . O barato apre­goado são artigos sempre já ava­riados e por conseguinte de mui­to pouca dura não merecendo muitas vezes, 0 trabalho de fa­zer uma saia ou um casaco. Pois comprar artigos deteriorados re­presenta deitar 0 dinheiro fóra

Para isso evitar procurem uma loja que, não fazendo milagres,

vende artigos em bom estado por pouco mais que os que não prestam.

Para 0 público se certificar da verdade vá á LO JA DO POVO —Praça Agrícola e Largo da Igreja.

------ - O O Í O O ----- -

a A V o s d o P r o fe s s o r *

Acaba de completar um anno de existencia este nosso distincto collega de Angra do Heroismo quinzenario pedagógico orgão da Associação do Professorado Pri mario Terceirense.

Ao illustre collega appetece mos longa e próspera vida.

ANNUNCIOPor este Juizo de Direi­

to, e cartorio do escrivão baixo assignado, correm

éditos de 3o dias, a contar da segunda e ultima publi­cação do presente annun­cio, citando o executado José Francisco Pedro sol­teiro, padeiro, ausente em Darte incerta, para no pra­so de 10 dias, posterior ao dos éditos, pagar no car­torio do mesmo escrivão a quantia de 4 2 $ 2 5 i réis, proveniente de custas, sel­os e multa contados nos

Uma morada de casas baixas com quintal e pôço, sitas na rua do Quartel , desta villa, com o número de policia 43, foreira em 6$6oo réis annuaes a Fran­cisco José Nepomuceno Serrano, pertencentes as ditas casas a José Maria Iça Sobrinho. Quem pre­tender trate com Antonio Caetano da Silva Oliveira, morador na rua da Graça , n.° 24, desta mesma villa.

PURGUEIRÀe farinha de tremoço. Quem precisar póde dirigir os seus pedidos a João Martins Gomes— Moita.

Carimbos de met; 1 e de borracha, tintas para marcar roupa nu­meradores e datado­res, prensas de ala vanca e de sôco com sellos em branco para repartições públicas, companhias, etc., mar­

cas a fogo para caixas, sinetes para tin­ta e para lacre, monognimmas em re­logios e para carteiras só na Relojoa­ria Garantida de Avelino M. Contra­mestre—Rua Direita, 7—Aldegallega.

VENDE-SECaleche, arreios e caval-

los.— Dr. Cruz.

PALHAS

Deterioradas, para ca­mas, vende, enfardada e por wagons, M. Peres G o ­mes— Rua dos Infantes, 35 — Evora.

de

COIUIEEIRO E SELLEIRO— — I D E = —

JOSÉ M A R IA IÇA JUNIOR & IRM ÃON’esta officina se executa todo e qualquer traba­

lho com a maxima rapidez e perfeição.

PREÇOS MÓDICOS

R. DO FORNO, ISALDEGALLEGA

Page 4: réis. Pagamento adeantado. ú REDACÇÁO. ADMINISTRAÇÃO I

4 O D O M I N G O

B I B L IO T H E C A DE E D U C A C Ã O M O D E R N A , ARTE DE BOMBEIE3'

S O C I A L I S M O E A N A R Q U I S M O , ,Traducção de R ib e iro de Carvalho

A «Bibliotheca de- Educação Moderna», que iniciou a sua publicação com o livro A EGREJA E A LlBERDADE, de Emilio Bossi, o famoso au­ctor do «Christo nuncá existiu», acaba de pôr á venda um novo livro, nota- bilissimo tambem, intitulado SOCIALISMO E ANARQUISMO, devido á. penna do grande pensador Hamon.

E' um estudo, completo e claro, ácerca d’estas duas doutrinas sociaes. Poderiamos dar-lhe os seguintes sub-titulos, porque todos estes assumptos sáo tratados no livro:

«O que é o socialismo» —A sua origem, os seus diversos systemas e dou­trinas—O que querem os socialistas—A sociedade futura—A suppressão da miséria - A substituição dos exércitos e dos regimens penitenciários— O ca­samento sem auctorização paterna e sem a intervenção da Egreja ou do Es tado —O amor livre-Como se póde pôr em prática o socialismo- 0 socia­lismo e a religião—A marcha incessante para a revolução—A união de todos os revolucionários—-A propriedade e o trabalho—A constituição da familia e do ensino - O que é o Gollectivismo — O que é o Communismo—O que se­rá a sociedade no dia seguinte ao da Revolução Social—O socialismo catho- lico é uma burla—Os progressos do syndicalismo.

«O que é o Anarquismo»—A sua origem e os seus diversos systemaç— O que querem os anarquistas — Op n oes dos seus m iores esçnptores— A li­berdade integral, aspiração dos verdadeiros revolucionários-O internacio- nalismo ou união de todos os povos—A evolução da idéia de patria—Os mártyres do Anarquismo —Os socialistas anarquistas portuguezes—A Anar­quia é o complementa do Socialismo.

Como se vê. o SOCIALISMO E ANARQUISMO, segundo volume da «Bibliotheca de Educação Moderna», é uma obra que estuda e esclarece aquellas duas doutrinas, tornando-se indispensável a todas as pessoas que desejam instruir-se e que se interessam pelas modernas questões sociaes.

Preço do volume: brochado, 200 réis. Magnificamente encadernado em percalms. Soo réis.

A’ venda em todas as livrarias. Remettese, tambem-, pelo correio, para todas as terras da provinda, Africa e Brazil. Pedidos á LIVRARIA IN I ER NACIONAL, Calçada do Sacramento, ao Chiado, 44—Lisbôa.

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Este importante estabelecimento, sem dúvida o mais bem sortido de Aldegallega, é o que melhores vantagens offerece ao público, e isso prova-o o nume­roso público que o visita e que constantemente alli faz as suas compras, pois quem desejar bom e barato de­ve procurar esta casa que tem sempre um sortido de Fazendas e Mercearias ao alcance de todos.

Encontram-se flanellas desde 6o réis o metro até ás de mais completa novidade em lã e algodão.

Castelletas de pura lã desde n o réis o metro até ás mais lindas fazendas de lã, ultima novidade, para a presente estação.

Riscados desde 8o réis; dos largos, para camisa de homem, a 1 10 e 120 réis até ao mais fino e mais mo­derno zefir.

Casimiras para fato de homem desde 45o, 5oo 700 e 75o réis 0 metro até ás melhores casimiras da ultima moda.

Bellos chailes de inverno desde 400 réis até aos da ultima novidade e bom gosto.

Meltons para casacos e capas de senhora a 65o, i$ooo e i$ 20 0 réis.

Malhas para senhora e crianças por preços redu­zidos.

Lindíssimos cobertores de lã, enfeitos d’esde 10 réis o metro até aos de mais fino gosto e de primeira qua­lidade em lã e seda, e bem assim as bellas pechinchas que só n’esta casa se encontram, taes como chitas de 60 e 70 réis o metro, cotins, desde 100 e 120 réis que eram de maiores preços.

Retalhos de casimiras por menos de metade do seu valor, flanellas em retalhos baratíssimas e muitos ou­tros artigos que se torna impossível enumerar.

Visitai, pois, o C O M M E R C I O P O P U L A R de Emy­gdio Pires e certificar-vos-heis da veracidade do que fica exposto.

I N S T R U C C Ã O„Ji PRATICA COIIlíCLU MOJ DOlll

(P OR TO )P r im e iro estabelecimento no seu género em P o rtu g a l

Na nova séde dos CURSOS dirigidos pelo professor

AMAnSTDIO HOLTREMANobserva se á risca o mesmo sistema de ensino e regulamento interno d'a quella Escola Modelar. Casa Higiénica, mensalidades módicas e classes sepa radas.

R u a d o Cornle , 6 9 - l .° - A i d e g a ! ! e g a

N. B.=Está aberta a matrícula para as aulas de Desenho Industriai e Ginastica Sueca.

Ju lio A lex a n d re da S ilva

Antigo commandante de Bombeiros Voluntários e Presidente da Federação dos Bombeiros Portugue­zes.

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Pedidos a M anuel Lucas T o rres , rua do Diario de Noticias, 93— Lisbôa.

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I D E I A S E S E N T I ­M E N T O S p o r Cesario Tavares com uma carta de A lfred o M esquita.

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João Chagast v o lu in e , ©©$> ré is fop«-

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