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Novembro 2004 | Relatório de Estabilidade Financeira | 37 2 Supervisão do Sistema Financeiro Nacional 2.1 Visão geral Para efeito de apresentação, o SFN foi dividido em consolidado bancário I, consolidado bancário II, consolidado bancário III e consolidado não-bancário. Os consolidados bancários I, II e III contemplam as instituição bancárias, cujos ativos representavam 99,1% do total do SFN, ou seja, evolução de 0,2 p.p. em relação ao semestre anterior. Não obstante, a redução na quantidade de instituições – de 1.571, em dezembro de 2003, para 1.561, em junho de 2004 – observou-se que o patrimônio líquido e os depósitos vêm se concentrando nesse grupo, indicando que o sistema, gradativamente, firma-se como essencialmente bancário. As 108 instituições que compõem o consolidado bancário I 1 respondiam por 84,9% dos ativos, por 80,3% do patrimônio líquido e por 93,9% dos depósitos, permanecendo estáveis esses percentuais em relação ao semestre anterior. Por outro lado, a participação dessas instituições no lucro líquido do sistema aumentou de 66,5%, em dezembro de 2003, para 81,1% em junho de 2004, em detrimento da participação das instituições do consolidado bancário II, que é composto, essencialmente, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As 1.424 cooperativas de crédito, que compõe o consolidado bancário III, representaram 75,4% das instituições financeiras existentes no final do primeiro semestre de 2004 e detinham, juntamente com as demais instituições consideradas não- bancárias, cerca de 2,1% dos ativos do SFN. Os ativos do setor cresceram devido à ampliação da carteira de crédito – que continuou sendo a maior aplicação – e da carteira de câmbio. Por outro lado, as 1/ Vide Conceitos e Metodologia nas páginas 55 a 59. Distribuição por segmentos – SFN Junho de 2004 R$ bilhões Discriminação Patrimônio % Lucro % Depósito % líquido líquido total Total do SFN 137 12 532 Bancário 132 96,5 11 98,3 529 99,5 Consolidado bancário I 110 80,3 9 81,1 499 93,9 bancário II 19 13,6 2 14,9 21 4,0 bancário III 4 2,7 0 2,4 8 1,5 Não-bancário 5 3,5 0 1,7 2 0,4 Distribuição por segmentos – SFN Junho de 2004 Discriminação Quantidade % Ativo total % de Instituições (Em R$ bilhões) Total do SFN 1 888 1 437 Bancário 1 561 82,7 1 424 99,1 Consolidado bancário I 108 5,7 1 220 84,9 bancário II 29 1,5 186 12,9 bancário III 1 424 75,4 18 1,2 Não-bancário 327 17,3 14 0,9

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Para efeito de apresentação, o SFN foi divididoem consolidado bancário I, consolidado bancário II,consolidado bancário III e consolidado não-bancário.

Os consolidados bancários I, II e III contemplamas instituição bancárias, cujos ativos representavam 99,1%do total do SFN, ou seja, evolução de 0,2 p.p. em relação aosemestre anterior. Não obstante, a redução na quantidadede instituições – de 1.571, em dezembro de 2003, para 1.561,em junho de 2004 – observou-se que o patrimônio líquido eos depósitos vêm se concentrando nesse grupo, indicandoque o sistema, gradativamente, firma-se comoessencialmente bancário.

As 108 instituições que compõem o consolidadobancário I1 respondiam por 84,9% dos ativos, por 80,3% dopatrimônio líquido e por 93,9% dos depósitos, permanecendoestáveis esses percentuais em relação ao semestre anterior.Por outro lado, a participação dessas instituições no lucrolíquido do sistema aumentou de 66,5%, em dezembro de2003, para 81,1% em junho de 2004, em detrimento daparticipação das instituições do consolidado bancário II, queé composto, essencialmente, pelo Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As 1.424cooperativas de crédito, que compõe o consolidado bancárioIII, representaram 75,4% das instituições financeirasexistentes no final do primeiro semestre de 2004 e detinham,juntamente com as demais instituições consideradas não-bancárias, cerca de 2,1% dos ativos do SFN.

Os ativos do setor cresceram devido à ampliaçãoda carteira de crédito – que continuou sendo a maioraplicação – e da carteira de câmbio. Por outro lado, as

1/ Vide Conceitos e Metodologia nas páginas 55 a 59.

Distribuição por segmentos – SFN

Junho de 2004

R$ bilhões

Discriminação Patrimônio % Lucro % Depósito %

líquido líquido total

Total do SFN 137 12 532

Bancário 132 96,5 11 98,3 529 99,5

Consolidado

bancário I 110 80,3 9 81,1 499 93,9

bancário II 19 13,6 2 14,9 21 4,0

bancário III 4 2,7 0 2,4 8 1,5

Não-bancário 5 3,5 0 1,7 2 0,4

Distribuição por segmentos – SFN

Junho de 2004

Discriminação Quantidade % Ativo total %

de Instituições (Em R$ bilhões)

Total do SFN 1 888 1 437

Bancário 1 561 82,7 1 424 99,1

Consolidado

bancário I 108 5,7 1 220 84,9

bancário II 29 1,5 186 12,9

bancário III 1 424 75,4 18 1,2

Não-bancário 327 17,3 14 0,9

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aplicações em títulos e valores mobiliários e instrumentosderivativos cresceram 2,7% ante crescimento de 9,8%,verificado no segundo semestre de 2003, indicando que osbancos priorizaram as aplicações em operações de crédito.

Os cinqüenta maiores bancos responderam por97,9% dos ativos totais. Entre esses, os bancos privadosnacionais detinham a maioria dos ativos. Os bancospúblicos foram os que mais perderam em termos derepresentatividade no setor, 1,6 p.p., mas continuaramsendo os responsáveis pelas maiores aplicações em títulose valores mobiliários, 52,4%. Grande parte desses títulosé decorrente da recapitalização dos bancos federais e dosaneamento dos bancos estaduais ocorridos no passadorecente. A carteira de títulos e valores mobiliáriospermaneceu estável no período e era composta, pelaordem de representatividade, por títulos para negociação,por títulos mantidos até o vencimento e por disponíveispara venda.

A carteira de crédito, inclusive a de subsidiáriase dependências no exterior, cresceu 7%, nominalmente,em decorrência dos empréstimos e financiamentosconcedidos tanto a pessoas físicas quanto a pessoasjurídicas no Brasil, observado no primeiro semestre de2004. Esse fato é reflexo da melhoria nas condiçõesrelacionadas à oferta de crédito, principalmente damanutenção da trajetória decrescente das taxas de jurosativas. O crescimento no segmento pessoas físicas foisustentado pelas operações de crédito pessoal, em especialas relativas a créditos consignados em folha de pagamento,cujas contratações, envolvendo menor risco, contribuírampara as reduções dos custos e da taxa de inadimplência dacarteira de crédito das instituições financeiras. Tambémcontribuíram o direcionamento obrigatório ao microcréditoe a queda na taxa de juros fixada pelo Copom, quefavoreceu a migração de recursos de tesouraria para ocrédito. Os bancos privados nacionais participaram com45,7% do total das operações de crédito concedidas pelasinstituições bancárias. O nível de concentração naconcessão de crédito permaneceu estável entre os dezmaiores conglomerados e instituições financeiraspertencentes ao consolidado bancário I, em torno de 80,7%.

Do total de registros da Central de Risco deCrédito, 83,6% se referem a operações concedidas àspessoas físicas e 16,4%, às pessoas jurídicas. Por sua vez,as pessoas jurídicas responderam por 61,6% dos valores.As operações concentraram-se nas faixas de R$5 mil aR$100 mil (29,5%) e de R$1 milhão a R$50 milhões (27,2%).

Principais aplicações – SFNVariação no semestre

-5,0

-0,8

3,4

7,6

11,8

16,0

Dez 2.001

Jun 2.002

Dez

Jun 2.003

Dez

Jun 2.004

%

Operações de crédito concedidas no país

Títulos e valores mobiliários e instrumentos derivativos

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Em termos de setores econômicos, as operações foramdirecionadas, principalmente, para o setor de produção edistribuição de energia elétrica; para o setor detelecomunicações e para o setor de fabricação de automóveis,camionetas e utilitários. Em termos de classificação dasoperações, houve elevação da participação do nível AA eredução da representatividade dos créditos classificados entreos níveis A a C e E a H. Todavia, dos créditos existentes emdezembro de 2003, 57,9% mantiveram-se no mesmo nívelde risco no final de junho de 2004. Adicionalmente, 6,4%dos créditos diminuíram seus riscos, enquanto que 12,1%sofreram deterioração. De modo geral, houve uma levedeterioração na qualidade das operações de crédito, ou seja,as instituições observaram que, no final do primeiro semestrede 2004, a provisão média seria de 6,6% sobre o total doscréditos e não de 5,5%, como havia sido definida no iníciodo semestre.

A inadimplência – calculada pelo conceitoamplo, considerando-se vencidas integralmente asoperações de crédito que apresentavam parcelas comatraso de pagamento de mais de quinze dias – reduziu-se1,2 p.p., atingindo 5,7% em junho de 2004. Em vista disso,a relação entre o montante de provisão constituída e ototal de operações de crédito decresceu em 0,7 p.p.,terminando o semestre em 6,9%. Entretanto, o montantede provisão mínima exigida pela legislação em vigorexcedia em 14,9%.

As instituições do consolidado bancário Idetinham 94,1% dos depósitos – principal forma decaptação do SFN – sendo que os bancos públicos eramos maiores captadores nessa modalidade, 47,4%. Os dezmaiores bancos diminuíram a representatividade nosdepósitos de 86,3%, em dezembro de 2003, para 81,6%em junho de 2004.

O patrimônio líquido do SFN cresceu 5,9% e tevecomo causa principal a retenção de lucros e o aporte decapital. Em recursos próprios, a representatividade dosbancos estrangeiros aumentou 0,6 p.p., enquanto a dosbancos privados nacionais reduziu-se. Por outro lado, olucro líquido no valor de R$11,6 bilhões sofreu retração de7,4% em relação ao semestre anterior devido, principalmente,à redução de 59,1% no lucro líquido do BNDES. As receitasde prestação de serviços aumentaram 4,7%.

As despesas administrativas diminuíram 2,3% epassaram a equivaler a 65,1% da soma do resultado deintermediação financeira e das receitas de prestação de

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serviços contribuindo para a redução do custo operacional.Os bancos públicos apresentaram o maior custo operacional,com tendência crescente. Os índices de retorno sobre oativo e sobre o patrimônio líquido alcançaram 1,5% e 17,1%.O segmento de bancos públicos foi o que apresentou menorproporção entre o lucro líquido e o ativo, 1,1%.

O índice de Basiléia no SFN era de 7,4 p.p. acimado limite mínimo exigido pelas normas vigentes no Brasil(11%). O segmento de bancos públicos foi o que apresentouaumento quando comparado à situação de dezembro de2003. O Patrimônio de Referência (PR) atingiu R$162,3bilhões com expansão de 5,8% em relação ao semestreanterior. O Patrimônio Líquido Exigido (PLE) de R$97,2bilhões foi 8,9% maior no semestre em virtude de aumentosignificativo na exigência de capital para risco de juros-prée para risco de câmbio. A concentração nos componentesdo PR e do PLE manteve-se estável no primeiro semestrede 2004. Com relação ao Capital de Nível II, 86,7% do totalera detido por cinco instituições. Outras cinco instituiçõesdetinham 73,4% do total do PLE. Uma instituição bancária– em processo de retirada do mercado – apresentava PRinferior ao PLE.

Apresentando o menor valor nos últimos dois anose com tendência de queda, o índice de imobilização do SFNde 26,9% foi inferior ao limite de 50% do PR estabelecidopelas normas em vigor. Entretanto, entre as instituiçõesavaliadas, restavam 9% desenquadradas nesse limite, sendoa maioria cooperativas. A maior redução no índice – de26,1% para 23,6% – ocorreu no segmento de bancos públicosdevido ao processo de transferência de controle societáriode um banco pertencente a esse segmento para o segmentode bancos privados nacionais.

A exposição líquida na cesta de moedas sofreuqueda em torno de 40%, decorrente do comportamento dasposições em dólar – a moeda de maior representatividadeda cesta, 88,8% em média – principalmente devido à reduçãoda parcela de capital integrante do patrimônio líquido deuma instituição estrangeira de grande porte que deixou deutilizá-la como exposição cambial vendida. A taxa de câmbioapresentou cotações entre a mínima de R$2,80/dólar e amáxima de R$3,20/dólar. A exposição líquida em dólarapresentou-se sempre comprada no período, com média deUS$2,9 bilhões, valor abaixo da média dos semestresanteriores e esteve concentrada nas cinco instituições commaiores exposições, 73,7%. Por outro lado, houve aumentoda representatividade das posições em euro.

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Cerca de 134 instituições, representando 97,2% doPLE do SFN, foram selecionadas para o teste de estressecujos cenários consistiram no deslocamento paralelo da curvade juros futura em 7,4 p.p. e aumento da taxa de câmbio emR$0,518/dólar, para os testes de alta e -2,9 p.p. e R$0,406/dólar, para os de baixa, respectivamente. Os resultadosindicaram estabilidade nas simulações de baixa das taxas dejuros e de câmbio. Nas simulações de alta do risco de crédito,das taxas de juros e das taxas de câmbio observou-se ligeiratendência de aumento no número de instituições que poderiamapresentar desenquadramento do índice de Basiléia, semconfigurar, entretanto um quadro de crise.

Outras informações sobre as contas patrimoniais,as contas de receitas e de despesas e a análise maisdetalhada da evolução da carteira de crédito, da carteira detítulos e valores mobiliários e dos limites operacionais decapital mínimo, de imobilização e de exposição cambial doSFN serão contempladas a seguir. Adicionalmente, serãodemonstrados os resultados dos testes de estresse de taxade juros, de câmbio e do risco de crédito e os eventuaisdesenquadramentos dos limites de Basiléia, em situaçõeshipotéticas de oscilações nos riscos diversos a que estãoexpostas as instituições do SFN.

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No primeiro semestre de 2004, os ativos do SFN,no valor de R$1.437 bilhões, mantiveram a tendência decrescimento iniciada no segundo semestre de 2003,apresentando evolução nominal de 7,8% em relação adezembro do ano anterior. A expansão dos ativos refletiu,principalmente, a ampliação das carteiras de câmbio e decrédito, em decorrência da recuperação do nível da atividadeeconômica, do aumento das exportações e da maiorvolatilidade da taxa de câmbio no período.

Os ativos do consolidado bancário I somaramR$1.219 bilhões. Quando considerada a distribuição por tipode controle acionário, desse total, 37,9% eram detidos pelosbancos públicos, 40,6%, pelos bancos privados nacionais, e21,5%, pelos bancos estrangeiros. As participações dessessegmentos pouco se modificaram em relação às observadasem dezembro de 2003, não obstante a ampliação darepresentatividade dos bancos estrangeiros, com expansãonominal de seus ativos totais da ordem de 15%, e a reduçãoda participação dos bancos públicos.

Ativos – SFN

R$ bilhões

1 000

1 090

1 180

1 270

1 360

1 450

Dez2002

Jun2003

Dez Jun2004

- 4

- 1

2

5

8

11

%

Ativos Taxa de crescimento

AtivosConsolidado bancário I por controle acionário

14

20

26

32

38

44

Dez2002

Jun2003

Dez Jun2004

%

Bancos públicos Bancos privados nacionais Bancos estrangeiros

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A participação dos bancos privados nacionaispermaneceu estável, com um aumento de 0,3 p.p., apesarda evolução de 8,4% em seus ativos, influenciada pelaexpansão da carteira de câmbio ativa e da carteira de crédito.O aumento de 1,3 p.p. na proporção detida pelos bancosestrangeiros deveu-se, basicamente, ao crescimentoverificado na carteira de câmbio ativa, nos títulos livres ederivativos e nos empréstimos e financiamentos. A evoluçãonominal dos ativos dos bancos públicos, de 3,2% nosemestre, refletiu a ampliação dos saldos de empréstimos efinanciamentos, muito embora não tenha impedido a quedade 1,6 p.p. da sua representatividade dentro do consolidadobancário I.

Em 30 de junho de 2004, os ativos dos 10, 20 e 50maiores bancos responderam, respectivamente, por 77,9%,90,6% e 97,9% dos ativos totais do consolidado bancário I.Observou-se ligeira redução no percentual derepresentatividade dos dez maiores bancos, apesar daaquisição de instituições financeiras por esse grupo ao longodo primeiro semestre. A faixa que agrega os vinte maioresbancos manteve sua participação relativamente estável emvirtude do crescimento dos ativos dos bancos situados entrea 11ª e a 20ª posições.

As principais aplicações que compunham o ativototal do SFN continuaram sendo representadas pela carteirade crédito, com 33,7%, seguida pelos títulos e valoresmobiliários e instrumentos derivativos, com 26,4%.

Com efeito, as instituições componentes doconsolidado bancário I possuíam, em junho de 2004, oequivalente a R$360 bilhões em títulos e valores mobiliáriose instrumentos derivativos, ou seja, 94,7% do total do SFN,distribuídos entre bancos públicos, 52,4%; bancos privadosnacionais, 27,6%; e bancos estrangeiros, 20%. A elevadaposição detida pelos bancos públicos nessa modalidade deaplicação de recursos ainda é resultado dos recentesprocessos de saneamento e da capitalização das instituiçõese conglomerados financeiros.

A carteira de títulos e valores mobiliários do SFN,individualmente analisada, era de R$355 bilhões e cresceuapenas 1,1% no semestre. Já o estoque de TVM doconsolidado bancário I somava R$336 bilhões, em junho de2004, e manteve-se relativamente estável, com crescimentode apenas 0,2% no período. A expansão da carteira doconsolidado bancário I concentrou-se nos títulos disponíveispara venda, que evoluíram 12,2%, e foi parcialmentecompensada pela retração de 5,3% nos títulos para

Principais aplicações – SFNJunho de 2004

13,6%

33,7%

21,5%

4,8%

26,4%

Disponibilidades + aplicações interfinanceiras de liquidezTVM + instrumentos financeiros derivativosOperações de créditoDemais ativosAtivo permanente

Títulos e valores mobiliários Consolidado bancário I

0

20

40

60

80

100

Dez2002

Jun2003

Dez Jun2004

%

Para negociação Disponíveis para venda Mantidos até o vencimento

TVM e instrumentos financeiros derivativosConsolidado bancário I por controle acionário

10

20

30

40

50

60

Dez2002

Jun2003

Dez

Jun2004

%

Bancos públicos Bancos privados nacionais Bancos estrangeiros

Ativos – Consolidado bancário I

Maiores bancos

%

Discriminação 2002 2003 2004

Dez Jun Dez Jun

10 maiores 76,0 77,6 79,5 77,9

20 maiores 89,7 89,9 90,4 90,6

50 maiores 97,3 97,4 97,5 97,9

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negociação e de 2,8% nos mantidos até o vencimento.Todavia, a estrutura de classificação da carteira de TVMpermaneceu inalterada em relação à observada no segundosemestre de 2003. Prevaleceu, no consolidado bancário I, amaior representatividade dos títulos para negociação, queequivaleram a 36,6% da carteira de TVM, enquanto aquelesmantidos até o vencimento representaram 33,9% e osdisponíveis para venda, 29,5%.

Quando examinada pelos segmentos de bancossegregados por tipo de controle, a estrutura de classificaçãoda carteira de TVM apresentava distintas configurações.Enquanto os bancos públicos permaneceram com suasaplicações concentradas nos títulos mantidos até ovencimento, 46,4%, os bancos privados nacionaismantiveram a maior parte das suas aplicações em títulospara negociação, 53,4%, e os bancos estrangeirosdirecionaram seus recursos principalmente para os títulosdisponíveis para venda, 45,6%.

A carteira de crédito do SFN, no valor de R$484bilhões2, apresentou crescimento de 7% no primeirosemestre. Essa evolução, em parte, decorreu dodirecionamento dos novos recursos captados no mercado erepercute, também, a queda na taxa básica de juros fixadapelo Copom, que favoreceu a migração de recursos datesouraria para o crédito. De acordo com o contido no"Relatório de Inflação" de junho de 2004, essa expansãoteria ocorrido tanto no segmento de pessoas físicas quantono de pessoas jurídicas. As operações com pessoas físicasforam impulsionadas especialmente pelo direcionamentoobrigatório ao microcrédito e pelas operações deempréstimos consignados em folha de pagamento. Asoperações voltadas às exportações, principalmente asvinculadas ao ramo agroindustrial, sustentaram, por sua vez,a expansão das operações com pessoas jurídicas.

Os empréstimos e títulos descontados e osfinanciamentos foram as principais modalidades de créditono SFN e representaram, respectivamente, 37,5% e 35,6%do total da carteira.

As operações de crédito registradas pelasinstituições integrantes do consolidado bancário I somaramR$397 bilhões, ou seja, 82% da carteira de crédito do SFN.

Operações de crédito – SFN

R$ bilhões

390

410

430

450

470

490

Dez2002

Jun2003

Dez Jun2004

0

2

4

6

8

10%

Operações de crédito Taxa de crescimento

Operações de crédito – SFN Junho de 2004

10,6%16,3%

35,6%37,5%

Empréstimos e títulos descontados

Financiamentos

Financiamentos rurais e agroindustriais

Demais financiamentos

Operações de crédito Consolidado bancário I por controle acionário

10

18

26

34

42

50

Dez2002

Jun2003

Dez Jun2004

%

Bancos públicos Bancos privados nacionais Bancos estrangeiros

2/ Refere-se à aglutinação dos saldos contábeis registrados nos conglomerados financeiros e instituições independentes e, portanto, também

contempla as informações sobre a carteira de crédito classificada das subsidiárias e dependências no exterior, de instituições que integram

conglomerados financeiros brasileiros. Ressalta-se que o montante informado diz respeito à carteira de crédito bruta, ou seja, não

descontada a provisão para crédito de liquidação duvidosa da ordem de R$33 bilhões, informada no grupamento demais ativos do gráfico

"Principais aplicações – SFN".

Títulos e valores mobiliários

Consolidado bancário I

%

Discriminação1/ Para Disponíveis Mantidos até

negociação para venda o vencimento

Bancos

públicos 29,2 24,4 46,4

privados nacionais 53,4 29,5 17,1

estrangeiros 34,3 45,6 20,1

1/ Por controle acionário.

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Desse total, os bancos públicos detinham 32,1%; os bancosprivados nacionais, 45,9%; e os bancos estrangeiros, 22%.Permaneceu praticamente inalterada a proporcionalidadeverificada no semestre anterior.

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Os passivos do SFN apresentaram 8% decrescimento no semestre e totalizaram R$1.300 bilhões nofinal de junho de 2004, representando 90,5% das origensde recursos. Os depósitos somaram R$530 bilhões; ascaptações no mercado aberto, R$195 bilhões; asobrigações por empréstimos e repasses, R$193 bilhões;e os demais passivos e resultados de exercícios futuros,R$382 bilhões.

Os depósitos permaneceram como a principalforma de captação do SFN e apresentaram crescimentode 7,9% no período, atingindo 40,8% do passivo exigível.Esse crescimento deveu-se à expansão de R$27,1 bilhõesdos depósitos a prazo e de R$5,4 bilhões dos depósitos depoupança. As instituições integrantes do consolidadobancário I detinham 94,1% dos depósitos do SFN, sendo47,4% nos bancos públicos, 36,3% nos bancos privadosnacionais e 16,3% nos bancos estrangeiros, mantendo amesma estrutura de participação demonstrada emdezembro de 2003.

Entre as instituições que compõem o consolidadobancário I, os 10, 20 e 50 maiores bancos acumularam,respectivamente, em junho de 2004, 81,6%, 93,2% e 98,5%dos depósitos totais do segmento, contribuindo para amanutenção da concentração registrada em dezembro de2003. Todavia, assim como nos ativos, houve redução nopercentual de representatividade dos dez maiores bancos eexpansão na faixa seguinte, uma vez que os bancos situadosentre a 11ª e a 20ª posições tiveram maior crescimentopercentual dos depósitos.

O crescimento de 8,3% verificado nas obrigaçõespor empréstimos e repasses, que passaram a representar14,8% dos recursos de terceiros no primeiro semestre de2004, foi causado principalmente pela elevação de R$8,9bilhões nos empréstimos no exterior, seguida pela dosrepasses de instituições oficiais no país, que cresceramR$4,5 bilhões.

O segundo item mais expressivo do passivo exigívelno SFN, com 29,4%, equivalente a R$382 bilhões, era

Principais captações – SFNJunho de 2004

15,0%14,8%

29,4%40,8%

Depósitos

Captações mercado aberto

Obrigações por empréstimos e repasses

Demais obrigações e resultados de exercícios futuros

Passivos – SFN

R$ bilhões

1.000

1.060

1.120

1.180

1.240

1.300

Dez2002

Jun2003

Dez Jun2004

- 4

- 1

2

5

8

11

%

Passivo exigível Taxa de crescimento

Depósitos – SFN

R$ bilhões

400

428

456

484

512

540

Dez2002

Jun2003

Dez Jun2004

-1

2

5

8

11

14

%

Depósitos Taxa de crescimento

DepósitosConsolidado bancário I por controle acionário

10

18

26

34

42

50

Dez2002

Jun2003

Dez Jun2004

%

Bancos públicos Bancos privados nacionais Bancos estrangeiros

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representado pelas demais obrigações, cujo crescimento foide 14,6% no período. A composição desse grupo estavaconcentrada em outras obrigações, 74,3%, com destaquepara a carteira de câmbio.

No primeiro semestre de 2004, as captações nomercado aberto, correspondentes a 15% do passivo,diminuíram 3,1%. Eram representadas, fundamentalmente,por obrigações por operações compromissadas constituídaspara o financiamento da carteira própria de títulos dasinstituições financeiras, cuja retração de R$16,7 bilhões foiparcialmente compensada pelo crescimento de R$12,4bilhões nas operações de financiamento da carteira deterceiros (brokerage).

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A retenção de lucros e o aporte de capital por partedas instituições contribuíram para que o patrimônio líquidodo SFN crescesse 5,9% no primeiro semestre de 2004.

O patrimônio líquido das instituições integrantes doconsolidado bancário I, R$110 bilhões em junho de 2004,cresceu 5,4% no período e correspondia a 80,3% dosrecursos próprios do SFN, distribuídos entre bancos privadosnacionais, com 47,2%; bancos estrangeiros, com 29,4%; ebancos públicos, com 23,4%. A representatividade dasparticipações dos bancos estrangeiros aumentou 0,6 p.p.enquanto que a dos bancos privados nacionais decresceuna mesma proporção.

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O lucro líquido do SFN totalizou R$12 bilhões nofinal de junho de 2004 e era constituído, basicamente, pelosresultados de intermediação financeira e pelas receitas deserviços. A retração de 7,4% em relação a dezembro de2003 decorreu, fundamentalmente, da redução de 59,1% nolucro líquido do BNDES.

Apesar do crescimento de 7,6% nas rendas deoperações de crédito, do aumento de 27,3% no resultadocom operações de câmbio e da retração de 15,6% dasdespesas de captação, o resultado de intermediaçãofinanceira, que alcançou R$36 bilhões, foi 4,1% inferior ao

Patrimônio líquido Consolidado bancário I por controle acionário

10

18

26

34

42

50

Dez2002

Jun2003

Dez Jun2004

%

Bancos públicos Bancos privados nacionais Bancos estrangeiros

Lucro líquido – SFN

R$ bilhões

3

5

7

9

11

13

Dez2002

Jun2003

Dez Jun2004

-50

-20

10

40

70

100

%

Lucro líquido Taxa de crescimento

Patrimônio líquido – SFN

R$ bilhões

100

108

116

124

132

140

Dez2002

Jun2003

Dez Jun2004

3,0

4,2

5,4

6,6

7,8

9,0

%

Patrimônio líquido Taxa de crescimento

Depósitos – Consolidado bancário I

Maiores bancos

%

Discriminação 2002 2003 2004

Dez Jun Dez Jun

10 maiores 78,4 85,4 86,3 81,6

20 maiores 87,5 92,9 93,5 93,2

50 maiores 92,4 98,1 98,2 98,5

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apurado no período antecedente, influenciado pela reduçãode 18,2% das rendas de títulos e valores mobiliários.

A parcela mais representativa das receitas associadasà intermediação financeira, que totalizaram R$106 bilhões,originou-se de operações de crédito, com 58,8% do total. Osretornos anualizados dessas operações atingiram 25,4% noprimeiro semestre de 2004, contra 25,8% no segundo semestrede 2003. Já as operações com títulos e valores mobiliárioscontribuíram com 34% das receitas de intermediação financeira.

As despesas de captação, no valor de R$40 bilhões,consumiram 37,5% das receitas de intermediação financeirae as despesas de obrigações por empréstimos e repasses,no valor de R$18 bilhões, 17%.

As receitas de prestação de serviços do SFNaumentaram 4,7%. Dessas receitas, 69,3% eramrepresentativas de rendas de eventos diretamenterelacionados com a cobrança de tarifas originárias dasrelações das instituições com seus clientes: 8,1% pelo serviçode cobrança e 61,2% por outros serviços. As rendas deprestação de serviços que não guardavam relação diretacom a cobrança de tarifas corresponderam a 28,1% do totale eram compostas por: administração de fundos deinvestimento, 15,1%; administração de fundos e programas,6,6%; e demais serviços, 6,4%. As rendas por garantiasprestadas equivaleram a 2,6% das receitas de serviços. Ototal das rendas com serviços representou 47% das despesasadministrativas no primeiro semestre de 2004, enquanto nosegundo semestre de 2003 correspondeu a 43,8%.

As despesas administrativas diminuíram 2,3% noprimeiro semestre de 2004. Do total dessas despesas, 48,1%referiram-se às despesas com pessoal e o restante às demaisdespesas administrativas.

O lucro líquido do consolidado bancário I, R$9 bilhões,correspondeu a 81,1% do SFN e apresentou uma expansãode 13% em relação ao último semestre. Esse crescimentofoi influenciado pelo aumento das receitas de serviços e doresultado de participação em coligadas e controladas,concomitante com a diminuição das despesas administrativase das outras despesas operacionais. O resultado distribuiu-seentre bancos privados nacionais, 54,7%; bancos públicos,27,1%; e bancos estrangeiros, 18,2%.

No primeiro semestre de 2004, o resultado daintermediação financeira das instituições integrantes doconsolidado bancário I correspondeu a 91,3% do total do SFN

Resultado da intermediação financeiraTaxa de crescimento R$ bilhões

25

28

31

34

37

40

Dez2002

Jun2003

Dez Jun2004

-25

-11

3

17

31

45%

Resultado intermediação financeira Taxa de crescimento

Despesas administrativas e receitas de prestação de serviços

11

16

21

26

31

36

Dez2002

Jun2003

Dez Jun2004

R$ bilhões

Despesas administrativas Receitas de prestação de serviços

Lucro líquido Consolidado bancário I por controle acionário

1

2

3

4

5

6

Dez2002

Jun2003

Dez Jun2004

R$ bilhões

Bancos públicos Bancos privados nacionaisBancos estrangeiros

Resultado da intermediação financeiraConsolidado bancário I por controle acionário

12

18

24

30

36

42

Dez2002

Jun2003

Dez Jun2004

%

Banco públicos Bancos privados nacionais Bancos estrangeiros

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e distribuiu-se nos bancos privados nacionais, 39,1%; nosbancos públicos, 35,3%; e nos bancos estrangeiros, 25,6%.Em comparação com o segundo semestre de 2003, o resultadoda intermediação financeira diminuiu 2%. A segmentação portipo de controle nos bancos estrangeiros ampliou-se em 5,1p.p., enquanto nos bancos públicos e nos bancos privadosnacionais retraiu-se em 3,5 p.p. e 1,6 p.p., respectivamente.

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O custo operacional, obtido pela divisão dasdespesas administrativas (incluídas as despesas de pessoal)pela soma do resultado de intermediação financeira comas receitas de prestação de serviços, manteve a tendênciade queda apresentada em dezembro de 2003. Apesar daretração no resultado de intermediação financeira, asreceitas de prestação de serviços cresceram e as despesasadministrativas diminuíram, acarretando uma redução de0,8% nesse indicador. No primeiro semestre de 2004, ototal de despesas administrativas equivaleu a 65,1% dasoma do resultado da intermediação financeira e dasreceitas de prestação de serviços, comparativamente a65,6%, no semestre antecedente.

Em junho de 2004, os bancos públicosapresentaram o maior custo operacional e mantiveram atendência crescente observada no último semestre, comelevação de 3,4 p.p. Os bancos privados nacionais e osbancos estrangeiros apresentaram redução de 2 p.p. e10,1 p.p., respectivamente.

O índice que evidencia a proporção entre o lucrolíquido e o patrimônio líquido alcançou 17,1%,comparativamente a 16% no segundo semestre de 2003,em função do crescimento mais que proporcional do primeiroem relação ao segundo. O índice que reflete a relação entreo lucro líquido e os ativos permaneceu em 1,5%.

Entre os bancos públicos, os índices de retornosobre o ativo e sobre o patrimônio líquido alcançaram1,1% e 19,9%, respectivamente, ante 1,3% e 23,5%, emdezembro de 2003. Esse desempenho esteve associadoà redução do lucro líquido desses bancos em 11,2%,comparativamente ao semestre anterior, e àsconcomitantes elevações no ativo total, 3,2%, e nopatrimônio líquido, 5,2%.

Custo operacionalConsolidado bancário I por controle acionário

50

58

66

74

82

90

Dez2002

Jun2003

Dez Jun2004

%

Bancos públicos Bancos privados nacionais

Bancos estrangeiros

Taxa de retorno1/

Consolidado bancário I

%

Discriminação 2002 2003 2004

Dez Jun Dez Jun

Bancos

públicos

Retorno sobre o

Patrimônio Líquido 12,3 22,2 23,5 19,9

Ativo 0,6 1,2 1,3 1,1

privados nacionais

Retorno sobre o

Patrimônio Líquido 20,2 19,7 16,0 19,8

Ativo 2,0 2,2 1,7 2,1

estrangeiros

Retorno sobre o

Patrimônio Líquido 28,4 8,5 10,1 10,6

Ativo 3,4 1,1 1,4 1,3

Consolidado bancário I

Retorno sobre o

Patrimônio Líquido 21,4 16,7 16,0 17,1

Ativo 1,8 1,6 1,5 1,5

1/ Taxas anualizadas.

Custo operacional – SFN

%

0

20

40

60

80

100

Dez2002

Jun2003

Dez Jun2004

-15

-10

-5

0

5

10

Custo operacional Taxa de crescimento

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Os bancos privados nacionais apresentaramcrescimento nos índices de retorno sobre o ativo e sobre opatrimônio líquido no primeiro semestre de 2004,determinado pela expansão de 32,6% do lucro líquido emrelação ao período anterior. Dessa forma, o retorno sobreo ativo situou-se em 2,1% e o retorno sobre o patrimôniolíquido, em 19,8%, comparativamente a 1,7% e 16%, emdezembro de 2003, respectivamente.

Quanto aos bancos estrangeiros, a variação dosíndices foi compatível com os aumentos registrados no lucrolíquido, 8,9%; no patrimônio líquido, 3,3%; e nos ativos,15%. Nesse sentido, em junho de 2004, o retorno sobre oativo alcançou 1,3% e o retorno sobre o patrimônio líquido,10,6%, ante, na mesma ordem, 1,4% e 10,1%, no segundosemestre de 2003.

Para os cinqüenta maiores bancos, o retorno sobreos ativos, que era de 1,4%, em dezembro de 2003, aumentoupara 1,5% em junho de 2004. Em relação ao patrimônio líquido,os percentuais foram de 16,1% e 17,4%, respectivamente.

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Este tópico contempla o resultado da análise daadequação das instituições e dos segmentos que compõem oSFN ao índice de Basiléia. Contempla, ainda, o comportamentodos componentes do limite, ou seja, o PR e o PLE.

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O índice de Basiléia do SFN era de 18,4% em junhode 2004, ou seja, 7,4 p.p. acima do limite mínimo exigidopelas normas vigentes no Brasil (11%). Nos 24 mesesanteriores, o índice apresentou oscilações entre 14,7% e19,1%, o maior registrado desde o início de seuacompanhamento. A partir de julho de 2002, quando foi omenor do período, sua tendência foi crescente até fevereirode 2004, mantendo-se relativamente estável a partir daí.Apesar dessa tendência, houve, em alguns meses, pequenosdecréscimos no índice, o que de forma alguma comprometeua adequação do SFN ao limite.

A melhora no cenário econômico brasileiroverificada no segundo semestre de 2003 prosseguiu noprimeiro semestre de 2004. A diminuição das taxas de

Retorno sobre o ativo – Consolidado bancário I1/

Maiores bancos

%

Discriminação 2002 2003 2004

Dez Jun Dez Jun

10 maiores 1,9 1,7 1,3 1,6

20 maiores 2,0 1,6 1,4 1,5

50 maiores 1,8 1,6 1,4 1,5

1/ Taxas anualizadas.

Retorno sobre o PL – Consolidado bancário I1/

Maiores bancos

%

Discriminação 2002 2003 2004

Dez Jun Dez Jun

10 maiores 25,4 20,3 15,7 18,8

20 maiores 25,1 18,5 15,8 18,0

50 maiores 22,2 17,5 16,1 17,4

1/ Taxas anualizadas.

Índice de BasiléiaSFN

14,0

15,2

16,4

17,6

18,8

20,0

Jun2002

Set Dez Mar2003

Jun Set Dez Mar2004

Jun

%

Evolução do PR e do PLE1/ do SFNR$ milhões

Discriminação 2003 2004 Variação

Dez Jun semestral

Valor % Valor % %

PR 153 337 100,0 162 289 100,0 5,8

Nível I 127 290 83,0 133 595 82,3 5,0

Nível II 26 047 17,0 28 693 17,7 10,2

PLE 89 236 100,0 97 183 100,0 8,9

Ativos 79 834 89,5 84 490 86,9 5,8

Juros-pré 2 560 2,9 4 501 4,6 75,8

Câmbio 4 370 4,9 5 659 5,8 29,5

Swap 2 472 2,8 2 532 2,6 2,5

1/ O PLE representa o valor mínimo exigido para o PR.

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inadimplência e a maior participação dos empréstimosconsignados em folha de pagamento contribuíram para aformação de um ambiente favorável à expansãoconsistente, embora nominal, do crédito bancário. Aliadoa isso, houve melhora significativa das contas externasbrasileiras, o que ajudou a minimizar os efeitos dasturbulências externas, em especial, a expectativa de umaalta brusca dos juros nos Estados Unidos da América(EUA) e a alta do preço do petróleo.

O PR atingiu R$162,3 bilhões em junho de 2004,expansão de 5,8% em relação ao semestre anterior. Entreos seus componentes, registrou-se aumento tanto no Capitalde Nível I como no Capital de Nível II. Este teve umacréscimo de 10,2% e aquele, de 5%. Com isso, aparticipação do Capital de Nível II no PR cresceu 0,7 p.p.,atingindo 17,7%, o que confirma a tendência verificada nosegundo semestre de 2003.

O PLE cresceu 8,9% no semestre, totalizandoR$97,2 bilhões. Houve aumento em todos os seuscomponentes. Em termos percentuais, os aumentos foramde: 75,8% na exigência de capital para risco de juros-pré,29,5% para risco de câmbio, 5,8% para os ativos ponderadospelo risco e, por último, 2,5% para o risco de swap. Emdezembro de 2003, o PLE havia diminuído quando comparadoa junho de 2003.

O aumento no APR foi ditado, principalmente, pelosativos ponderados a 100%, que, por sua vez, tiveram narubrica Financiamentos sua maior elevação, mesmoresultado do semestre anterior.

A exposição cambial do SFN aumentou quandocomparada a dezembro de 2003. Desse fato acarretou oaumento na exigência de capital para risco cambial. Mesmonão tendo influenciado esse acréscimo, cabe destacar amudança ocorrida na forma de cálculo da exposição cambial.Com a edição da Circular 3.229, de 25 de março de 2004,houve a introdução do conceito de “cesta de moedas”, que écomposta por moedas que apresentam alta correlação entresi, quais sejam: dólar dos Estados Unidos, euro, libra esterlina,iene, franco suíço e ouro. As normas facultam às instituiçõesfinanceiras, para efeito de cálculo de sua exposição,considerarem as moedas da cesta como se fossem únicas.

A exigência de capital para risco de juros-prétambém teve aumento significativo, conseqüência doaumento da volatilidade das taxas de juros prefixados nofinal do semestre, principalmente em maio de 2004.

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Para efeito da análise da concentração doscomponentes do PR e do PLE no SFN, as instituições foramordenadas de forma decrescente conforme os valoresregistrados em cada um dos componentes do PR (Capitalde Nível I e Capital de Nível II) e do PLE (exigência decapital para ativos ponderados pelo risco, para taxas de jurosprefixados e para swap). Posteriormente, as participaçõesforam acumuladas e segregadas entre as 5, 10, 20 e 50instituições que registraram os maiores valores em cadaum dos componentes.

Em junho de 2004, a concentração nos componentesevidenciou que não houve diferença significativa em relaçãoao semestre anterior, cabendo destacar que:

a) no PR, o Capital Nível II permaneceu sendo omais concentrado – cinco instituições detinham86,7% do total, ou 1,3 p.p. superior ao verificadoem dezembro de 2003;

b) no PLE, a exigência de capital para risco cambialfoi o componente mais concentrado, apesar dadiminuição de 9,6 p.p. em relação a dezembro de2003 – cinco instituições possuíam 73,4% do total.

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O índice de Basiléia do consolidado bancário I,responsável por 81,2% do total do PLE do SFN, apuradoem junho de 2004, alcançou 17,9%, 1 p.p. abaixo doverificado em dezembro de 2003. O decréscimo de seuíndice de Basiléia não influenciou significativamente o índicedo SFN porque foi compensado pelo aumento ocorrido nosconsolidados bancários II e III. Tanto o segmento de bancosprivados nacionais quanto o de bancos estrangeiros foramresponsáveis por esse decréscimo. Já o segmento de bancospúblicos teve aumento quando comparado à situação dedezembro de 2003.

Os bancos públicos apresentaram aumento tanto noPR quanto no PLE, de 5,1% e 4,2%, respectivamente, secomparado aos dados de dezembro de 2003. No PLE, houveelevação na exigência de capital para ativos ponderados pelorisco, para juros-pré e para swap; a exigência para risco decâmbio ficou estável. No PR, houve acréscimo de 3,8% noCapital de Nível I e de 10,3% no Capital de Nível II. O reflexono índice de Basiléia foi o acréscimo de 0,1 p.p.

PLE nos segmentos – Composição

Junho de 2004

R$ milhões

Discriminação Total Ativos Juros- Câmbio Swap

pré

Total do SFN 97 183 84 490 4 501 5 659 2 532

Bancário

Consolidado

bancário I 78 913 68 047 4 233 4 207 2 428

Bancos

públicos 20 530 19 043 1 228 9 249

privados

nacionais 38 321 32 825 1 254 3 329 913

estrangeiros 20 063 16 179 1 750 868 1 266

bancário II 15 911 14 282 108 1 425 96

bancário III 1 155 1 092 64 0 0

Não-bancário 1 204 1 070 97 28 9

PR nos segmentos – Composição

Junho de 2004

R$ milhões

Discriminação Qtde PR IB1/

Total Nível I Nível II

Total do SFN 1 790 162 289 133 595 28 693 18,4

Bancário

Consolidado

bancário I 108 128 650 107 462 21 187 17,9

Bancos

públicos 13 30 867 24 763 6 104 16,5

privados

nacionais 58 63 737 50 866 12 871 18,3

estrangeiros 37 34 045 31 833 2 212 18,7

bancário II 30 25 876 18 473 7 403 17,9

bancário III 1 399 3 676 3 618 58 35,9

Não-bancário 253 4 087 4 043 44 54,4

1/ Índice de Basiléia.

PR e PLE – Concentração1/

Junho de 2004

%

Discriminação Quantidade de instituições financeiras

5 10 20 50

PR 53,6 70,1 83,4 91,4

Nível I 47,2 65,6 80,8 90,2

Nível II 86,7 94,2 97,7 99,7

PLE 57,4 75,3 87,8 94,9

Ativos 59,2 76,2 88,1 95,1

Juros-pré 58,5 73,3 86,0 95,2

Câmbio 73,4 92,0 97,2 99,9

Swap 64,7 82,3 96,1 99,8

1/ Participação do grupo de instituições no total do SFN por tipo de concentração.

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Nos bancos privados, houve crescimento de 5,5% noPR e de 13,8% no PLE, fazendo com que o índice de Basiléiaalcançasse 18,4%, representando um decréscimo de 1,5 p.pquando comparado a dezembro de 2003. No PR, o CapitalNível I teve acréscimo de 4,9% e o Capital Nível II, de 9,1%.No PLE também houve aumento em todos os componentes.

Em junho de 2004, havia uma instituição bancáriaque apresentava PR inferior ao PLE, com representatividademuito pequena quando comparada com o SFN. Além disso,essa mesma instituição está em processo de retirada domercado financeiro.

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Entre as datas-base de dezembro de 2003 e de junhode 2004, o PLE do consolidado bancário II cresceu 0,4%,enquanto que no PR esse crescimento foi mais acentuado,atingindo 10,1%, o que provocou o incremento do índice deBasiléia de 16,3% para 17,9%, mantendo a tendênciaverificada no semestre anterior.

Para essa análise, o PLE do consolidado bancárioII representou 16,4% do PLE do SFN. Nesse consolidado,não havia instituições desenquadradas.

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O PLE do consolidado bancário III, composto pelascooperativas de crédito, representava, em junho de 2004,1,2% do PLE do SFN, contra 1,3% em dezembro de 2003.De um total de 1.399 cooperativas, oitenta estavamdesenquadradas, contra 86 em dezembro de 2003, seguindouma tendência dos últimos semestres. O somatório do PLEdas cooperativas desenquadradas representava 0,02% doPLE do SFN.

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Em junho de 2004, o PLE do consolidado não-bancário representava 1,2% do total do SFN. Havia trêsinstituições desenquadradas. Todavia, o PLE dessasinstituições representava uma parcela insignificante quandocomparado ao PLE do SFN.

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Em junho de 2004, o índice de imobilização doSFN de 26,9% foi o menor dos últimos dois anos. Naqueladata-base, o Ativo Permanente e o Patrimônio deReferência Ajustado (PRA) do SFN foram de R$43,3bilhões e de R$161,1 bilhões, respectivamente. Omontante de recursos aplicados no Ativo Permanentepermaneceu inferior ao limite de 50% do PR estabelecidopela Resolução 2.669/99.

Em junho de 2004, das 1.790 instituições do SFNavaliadas, 154 (9%) estavam desenquadradas nesse limite.A maioria das instituições desenquadradas pertence aosegmento bancário III (cooperativas).

O Ativo Permanente e o PRA apresentaramcrescimento de 3,9% e 6%, respectivamente, no período dedezembro de 2003 a junho de 2004. O crescimento do PRAdo SFN em nível superior ao do Ativo Permanente reflete oaumento do Patrimônio Líquido do segmento bancário noprimeiro semestre de 2004.

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O índice de imobilização calculado de junho de 2002a junho de 2004 confirma sua tendência de queda, mantendo-se, no último ano, entre 30% e 25%.

Entre o período de julho de 2003 e junho de 2004, oíndice de imobilização reduziu-se de 29,8% para 26,9%.Enquanto o Ativo Permanente cresceu 3,2%, de R$41,9bilhões para R$43,3 bilhões, o PRA elevou-se em 14,5%,de R$140,7 bilhões para R$161,1 bilhões.

No primeiro semestre de 2004, a redução doíndice foi de 0,6 p.p., reflexo principalmente do aumentode 10,2% ocorrido no Capital Nível II e de 1,5% noCapital de Nível I.

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Do total do Ativo Permanente do SFN em 30 de junhode 2004, o consolidado bancário I era detentor de 86,2%.

Nesse segmento, o Ativo Permanente, no valor deR$37,4 bilhões, dividido pelo PRA, no valor de R$127,9bilhões, resultou o índice de imobilização de 29,2%.

Índice de imobilizaçãoSFN

25,0

28,8

32,6

36,4

40,2

44,0

Jun2002

Set Dez Mar2003

Jun Set Dez Mar2004

Jun

%

PRA e Ativo Permanente

Sistema bancário

Discriminação Quantidade Patrimônio Ativo Índice

de Referência Permanente1/ de

instituições Ajustado1/ imobilização2/

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun

Total do SFN 1 813 1 790 152 161 42 43 27,5 26,9

Bancário

Consolidado

bancário I 109 108 121 128 36 37 30,0 29,2

Bancos

públicos 14 13 29 31 8 7 26,1 23,6

privados

nacionais 57 58 59 63 21 23 35,7 36,2

estrangeiros 38 37 33 34 8 7 23,2 21,2

bancário II 33 30 23 26 5 5 19,4 19,9

bancário III 1 413 1 399 3 4 1 1 17,9 18,3

Não-bancário 258 253 4 4 0 0 4,3 4,4

1/ R$ bilhões.

2/ O limite máximo permitido é de 50%.

PRA e Ativo PermanenteSFN

40

66

92

118

144

170

Jun2002

Set Dez Mar2003

Jun Set Dez Mar2004

Jun

R$ bilhões

PRA Ativo Permanente

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O segmento de bancos públicos apresentou a maiorredução no índice em relação a dezembro de 2003, de 26,1%para 23,6% em junho de 2004. Essa ocorrência deu-se emfunção do crescimento no PRA (R$7 bilhões) e daestabilização do valor do Ativo Permanente. Essa reduçãodeveu-se também ao processo de transferência de controlesocietário de uma instituição desse segmento para osegmento de bancos privados nacionais.

No segmento de bancos privados nacionais, nomesmo período, o índice cresceu de 35,7% para 36,2% emdecorrência do aumento de 8,8% no Ativo Permanente epelo menor incremento de 7,4% no PRA (R$4,4 bilhões).

Em junho de 2004, quatro instituições do consolidadobancário I, sendo uma pública estadual, uma privada nacionale duas estrangeiras, apresentaram índices de imobilizaçãosuperiores ao limite normativo. O Ativo Permanente dessasIFs totalizava R$536,4 milhões, ou 1,4% do consolidado. Aredução necessária para o enquadramento dessasinstituições ao limite estabelecido seria equivalente a R$168,9milhões, ou 0,5% dessa rubrica do SFN.

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Esse segmento apresentou índice de imobilizaçãode 19,9%, com Ativo Permanente de R$5,1 bilhões,representativo de 11,8% do total do SFN, enquanto o seuPRA era de R$25,8 bilhões. Entre as trinta instituiçõesavaliadas na data-base, duas encontravam-sedesenquadradas. O Ativo Permanente dessas instituiçõesdesenquadradas somava R$9,6 milhões, representando 0,2%do consolidado, sendo necessária uma redução R$2,2milhões para o enquadramento.

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O Ativo Permanente das cooperativas de créditoera de R$672,8 milhões, representando 1,6% do total doSFN, enquanto que o PRA era de R$3,6 bilhões, resultandoem um índice de imobilização de 18,3%. Entre as 1.399instituições, o índice de imobilização não era atendido, emjunho de 2004, por 138 instituições, sendo que 58 destasapresentavam o PRA negativo. Esse segmento continuousendo o que apresenta a maior participação, 89,6% do totalde desenquadramentos do SFN.

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O sistema não-bancário3, que apresentou índice deimobilização de 4,4%, era composto na data-base por 253instituições, com PRA de R$3,7 bilhões e Ativo Permanentede R$159,4 milhões (0,4% do Ativo Permanente do SFN).Nesse universo, dez instituições encontravam-sedesenquadradas. Sua representatividade em relação ao AtivoPermanente do consolidado era de 1,4%.

3/ Vide Conceitos e Metodologia nas páginas 55 a 59.

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Conceitos

a) Cosif: plano contábil das instituições do SFN.

b) Sistema Financeiro Nacional: para a finalidade, restrito às instituições autorizadas a funcionar pelo BancoCentral do Brasil – exceto administradoras de consórcios – agrupadas ou não em conglomerados.

c) Sistema bancário: compreende os conglomerados bancários e as instituições bancárias independentes, naforma abaixo definida.

d) Sistema não-bancário: compreende as Sociedades de Arrendamento Mercantil, as Sociedades Corretorasde Títulos e Valores Mobiliários, as Sociedades de Crédito Financiamento e Investimento, os conglomeradosfinanceiros, as Sociedades de Crédito Imobiliário e as Associações de Poupança e Empréstimo, as SociedadeDistribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários e as Companhias Hipotecárias.

e) Instituições bancárias independentes I: instituições financeiras do tipo banco comercial, banco múltiplocom carteira comercial ou caixa econômica que não integrem conglomerado, remetendo os documentos4010 (Balancetes) e 4016 (Balanços) do Cosif.

f) Instituições bancárias independentes II: instituições financeiras do tipo banco múltiplo sem carteira comercial,banco de investimento e banco de desenvolvimento, que não integrem conglomerado.

g) Instituições não-bancárias independentes: demais instituições financeiras, exceto aquelas qualificadascomo instituições bancárias independentes I ou II e cooperativas de crédito.

h) Conglomerado bancário: conjunto de instituições financeiras que consolidam seus demonstrativos financeiros,utilizando os documentos 4040 (Balancetes consolidados) e 4046 (Balanços consolidados) do Cosif.

i) Conglomerado bancário I: conglomerado em cuja composição se verifica pelo menos uma instituição do tipobanco comercial ou banco múltiplo com carteira comercial.

j) Conglomerado bancário II: conglomerado em cuja composição não se verificam instituições do tipo bancocomercial e banco múltiplo com carteira comercial, mas que conta com pelo menos uma instituição do tipobanco múltiplo sem carteira comercial, banco de investimento e banco de desenvolvimento.

l) Conglomerado não-bancário: conglomerado de instituições financeiras que não se enquadra nos conceitos deconglomerado bancário I ou II.

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m) Consolidado do SFN: corresponde à agregação de todos os documentos considerados. Não deve ser confundidoou comparado com outras estatísticas publicadas pelo Banco Central do Brasil, as quais consideram asinformações de cada instituição nos diversos segmentos do SFN.

n) Consolidado bancário I: aglutinado das posições contábeis das instituições bancárias do tipo conglomeradobancário I e instituições bancárias independentes I.

o) Consolidado bancário II: aglutinado das posições contábeis das instituições bancárias do tipo conglomeradobancário II e instituições bancárias independentes II.

p) Consolidado bancário III: aglutinado das posições contábeis das cooperativas de crédito.

q) Consolidado não-bancário: aglutinado das posições contábeis dos conglomerados não-bancários e instituiçõesfinanceiras não-bancárias independentes.

r) Tipo de controle: identifica a origem do controle de capital dos conglomerados bancários ou das instituiçõesbancárias independentes. Subdivide-se na seguinte segmentação de bancos:

1. públicos;2. privados nacionais;3. estrangeiros.

s) Patrimônio de Referência (PR): definido para fins de apuração dos limites operacionais como o somatório doPatrimônio Líquido e das contas patrimoniais assim discriminadas:

1. Capital Nível I – Resultado aritmético dos saldos das rubricas contábeis: Patrimônio Líquido, Contas deResultado Credoras, Contas de Resultado Devedoras. Para apuração final, devem ser excluídas, ainda, asReservas de Reavaliação, as Reservas para Contingências e as Reservas Especiais de Lucros Relativas aDividendos Obrigatórios não Distribuídos, deduzidos os valores referentes a Ações Prefernciais nãoCumulativas e a Ações Preferenciais Resgatáveis;

2. Capital Nível II – Resultado aritmético dos saldos das rubricas contábeis: Reservas de Reavaliação; Reservaspara Contingências; Reservas Especiais de Lucros Relativas a Dividendos Obrigatórios não Distribuídos;Ações Preferenciais não Cumulativas; Ações Preferenciais Resgatáveis; Dívidas Subordinadas Elegíveis aCapital e Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida, estando limitado, entre outros, ao montante do Nível I.

t) Patrimônio de Referência Ajustado (PRA): definido como sendo o PR utilizado para fins de cálculo do Índicede Imobilização, conforme letra l, subitem I.

u) Patrimônio Líquido Exigido (PLE): calculado em função dos riscos de crédito e de mercado (cambial e jurosprefixados) e de operações de swap conforme descrito no item “c” da metodologia. Representa o valormínimo exigido para o PR, com o objetivo de suportar os riscos existentes na estruturapatrimonial.

v) Índice de Basiléia: conceito definido pelo Comitê de Basiléia, que recomenda a relação mínima de 8% entreo PR e o total dos ativos ponderados pelo risco, conforme regulamentação em vigor. No Brasil, a relaçãomínima exigida, a partir de dezembro de 2002, é de: 11% para as cooperativas centrais e cooperativassingulares filiadas a cooperativas centrais, 15% para as demais cooperativas,30% para agências defomento e 11% para as demais instituições financeiras.

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Metodologias

a) As análises são desenvolvidas com base em dados contábeis remetidos mensalmente pelas instituições aoBanco Central do Brasil. Quando o demonstrantivo financeiro relativo à data-base sob análise não estavadisponível, utilizou-se o imediatamente anterior.

b) Os Índices de Basiléia e de Imobilização têm por base os dados contábeis de conglomerados ou instituiçõesfinanceiras, sendo considerados os demonstrativos de conglomerados bancários e financeiros, quando estessão optantes por apuração consolidada. Para os conglomerados não optantes, os índices são calculados paracada instituição como se fossem independentes.

c) O PLE é calculado utilizando-se os dados registrados pelas instituições financeiras em contas patrimoniais ede compensação referentes a requerimentos de capital para Ativos Ponderados pelo Risco, Risco de Créditode Swap, Risco de exposição cambial e Taxa de Juros. De maneira simplificada, a fórmula do PLE édescrita como segue:

PLE = F · (Ativos Ponderados pelo Risco) + Risco de Crédito de Swap + Risco de exposição cambial +Risco de taxa de juros.

Fator F = fator aplicável aos ativos ponderados pelo risco, estipulado em 0,11 para as cooperativas centraise cooperativas singulares filiadas a cooperativas centrais; 0,15 para as demais cooperativas; 0,30 paraagências de fomento; e 0,11 para as demais instituições financeiras.

d) Ativos Ponderados pelo Risco = total das rubricas do Ativo Circulante e do Realizável a Longo Prazomultiplicado pelos fatores de risco correspondentes + Ativo Permanente multiplicado pelo fator de riscocorrespondente + Coobrigações e Riscos em Garantias Prestadas multiplicados pelos fatores de riscocorrespondentes.

e) Requerimento de Capital para Risco de Crédito de Swap =

F’ = fator aplicável ao risco de crédito das operações de swap, igual a 0,20 (vinte centésimos);n1 = número de operações de swap inscritas na conta 3.0.6.10.60-4 do Cosif;RCD i = risco de crédito da i-ésima operação de swap inscrita na conta 3.0.6.10.60-4 do Cosif, consistentena ponderação do valor de referência da operação no momento da respectiva contratação (VNi) pelo fatorde risco potencial correspondente, considerado seu prazo a decorrer.

f) Requerimento de Capital para Risco de Taxa de câmbio = , onde:

F’’ = fator aplicável às operações com ouro e com ativos e passivos referenciados em variação cambial,incluídas as realizadas nos mercados de derivativos, igual a 0,5;

n2 = número de posições líquidas em cada moeda e em ouro;

= somatório dos valores absolutos das posições líquidas em cada moeda e em ouro;

k = 0,05 (cinco centésimos) para / PR menor ou igual a 0,05 (cinco centésimos);

k = 0 para / PR maior que 0,05 (cinco centésimos);

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g) Requerimento de Capital para Risco de Taxa de Juro = , onde:

n3 = número de parcelas representativas do valor de PLE para a cobertura do risco de mercado de taxa dejuros em determinada moeda/base de remuneração;ECi = Parcela representativa do valor de PLE para a cobertura de risco de mercado de taxa de juros emdeterminada moeda/base de remuneração.

h) Índice de Basiléia = .

i) Os valores apresentados nos textos e nas tabelas estão arredondados, contudo suas variações percentuaisrefletem os números originais, considerando todas as casas decimais.

j) O Limite de Imobilização indica o percentual de comprometimento do PRA em relação ao Ativo Permanente.O limite máximo permitido é de 50%.

l) Para obtenção do Índice de Imobilização, utiliza-se a seguinte fórmula:

Índice de Imobilização =

I. para cálculo do PRA:

Capital de Nível I(+) Capital de Nível II(-) Títulos Patrimoniais de Bolsas de Valores(-) Títulos Patrimoniais de Bolsas de Mercadorias e de Futuros(-) Títulos Patrimoniais da Cetip(-) Ações e Cotas de Empresas de Liquidação e Custódia Vinculadas a Bolsas(-) (-) Provisão para Perdas em Ações e Cotas de Empresas de Liquidação e Custódia Vinculadas a

Bolsas(-) (-) Provisão para Perdas em Títulos Patrimoniais*(-) Títulos Patrimoniais – Outros*(-) Ágios na Aquisição de Títulos Patrimoniais*(=) PRA;

II. para cálculo do Ativo Permanente:

Permanente(-) Imobilizado de Arrendamento(-) Perdas em Arrendamento a Amortizar(-) (-) Amortização Acumulada do Diferido – Perdas em Arrendamento a Amortizar(-) Títulos Patrimoniais de Bolsas de Valores(-) Títulos Patrimoniais de Bolsas de Mercadorias e de Futuros(-) Títulos Patrimoniais da Cetip(-) Ações e Cotas de Empresas de Liquidação e Custódia Vinculada a Bolsas

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(-) (-) Provisão para Perdas em Ações e Cotas de Empresas de Liquidação e Custódia Vinculada aBolsas

(-) (-) Provisão para Perdas em Títulos Patrimoniais*(-) Títulos Patrimoniais – Outros*(-) Ágios na Aquisição de Títulos Patrimoniais*(=) Ativo Permanente para Índice de Imobilização.

Todas as referências ao Ativo Permanente neste trabalho dizem respeito ao Ativo Permanente paraÍndice de Imobilização.

* Como a “Provisão para Perdas em Títulos Patrimoniais” refere-se a todas as rubricas de títulos patrimoniais, bem como de ágios,

determinou-se que só será considerada nos cálculos do PRA e do Ativo Permanente – Imobilizado quando seu valor absoluto ultrapassar

a soma das rubricas “Títulos Patrimoniais – Outros” e “Ágios na Aquisição de Títulos Patrimoniais”. Nesses casos, o valor da provisão

a ser considerado fica limitado ao montante que ultrapassar o somatório do saldo de “Títulos Patrimoniais – Outros” com o saldo de

“Ágios na Aquisição de Títulos Patrimoniais”.

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No final do primeiro semestre de 2004, o sistemabancário4 detinha 98,5% das operações de crédito registradasno SFN e o sistema não-bancário, 1,5%. Na segmentaçãodo sistema bancário, o consolidado bancário I mostrou-secomo o mais representativo, com 82,8% do estoque decrédito desse conjunto.

O volume de operações de crédito do sistemafinanceiro5 totalizou R$456 bilhões no final do primeirosemestre de 2004, com evolução de 6,6% em relação aosaldo apurado no semestre anterior. As operações de créditodo consolidado bancário I cresceram um pouco maisacentuadamente, 8,2% no semestre, respondendo peloacréscimo de R$28 bilhões no montante de crédito no SFN.No consolidado bancário II, houve redução de 1,6%,equivalente a R$1,1 bilhão. Nesse mesmo período, o totaldas operações de crédito no consolidado bancário IIIaumentou 10,7%, equivalente a um acréscimo de R$679milhões, e no sistema não-bancário elevou-se em 7,7%, ouR$489 milhões. Adicionalmente, deve ser ressaltado o efeitoda desvalorização do real frente ao dólar – de 7,6% nosemestre – sobre o saldo das operações referenciadas emmoeda estrangeira. Em junho de 2004, esse saldo eraequivalente a 22,2% das operações com recursos livres que,por sua vez, representaram 56,8% do total.

Sob a ótica do tipo de controle acionário, aparticipação dos bancos privados nacionais atingiu 45,7%do total das operações de crédito registradas no consolidadobancário I em junho de 2004, seguida pela dos bancospúblicos, com 31,6%, e de bancos estrangeiros, com 22,7%.Não se verificou variação substancial dessas participaçõesem relação à data-base de dezembro de 2003 (45,3%,32,2% e 22,5% respectivamente).

O saldo de operações de crédito concedidas poragências e subsidiárias no exterior de instituições bancáriassediadas no Brasil alcançou R$41,3 bilhões6 no final de junhode 2004, o que representa 9,1% do total consolidado dos

Maiores conglomerados/instituições financeiras

Participação no crédito do consolidado bancário I

%

Discriminação 2003 2004

Dez Jun

10 maiores 81,1 80,7

20 maiores 92,0 92,2

50 maiores 98,3 98,5

Operações de créditoConsolidado bancário I por controle acionário

50

80

110

140

170

200

Dez2002

Jun2003

Dez2003

Jun2004

R$ bilhões

Bancos públicos Bancos privados nacionais

Bancos estrangeiros

4/ Conforme definido no boxe Conceitos e Metodologias (Conceitos – a).

5/ Conforme definido no boxe Conceitos e Metodologias (Metodologia – b). A partir dessa edição estão sendo acrescentados os valores das

operações de crédito contratadas pelas cooperativas de crédito e os valores referentes a intermediários financeiros, estes regularmente

definidos como empresas do setor público ou privado que executam atividades de intermediação financeira.

6/ Esse valor não desconsidera as eliminações de operações de crédito realizadas no Brasil e no exterior entre instituições financeiras

pertencentes ao mesmo conglomerado financeiro.

Operações de crédito – País e exterior

Junho de 2004

R$ milhões

Discriminação Operações Operações Eliminações1/ Operações

concedidas concedidas de crédito

no país no exterior consolidada

Total do SFN 455 996 41 297 -12 966 484 327

Bancário 449 136 41 297 -12 966 477 467

Consolidado

bancário I 369 104 41 297 -12 966 397 435

Bancos

públicos 116 702 15 793 -4 780 127 714

privados

nacionais 168 616 22 213 -7 629 183 200

estrangeiros 83 786 3 292 - 557 86 521

bancário II 73 040 0 0 73 040

bancário III 6 992 0 0 6 992

Não-bancário 6 860 0 0 6 860

1/ Eliminações de operações de crédito realizadas no país e no exterior entre

instituções financeiras pertencentes ao mesmo conglomerado financeiro.

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créditos concedidos pelas instituições financeiras no país eno exterior, percentual muito próximo do observado nosegundo semestre de 2003 (9,5%).

O nível de concentração de operações de créditono conjunto de dez maiores conglomerados e instituiçõesfinanceiras pertencentes ao consolidado bancário I sofreuuma redução de 0,4 p.p. no semestre, reduzindo de 81,1%,em dezembro de 2003, para 80,7%, em junho de 2004. Dototal desse grupo, os bancos privados nacionaisresponderam por 43,8%, os bancos públicos por 33,6% eos bancos estrangeiros por 22,6%. Na faixa de cinqüentamaiores conglomerados e instituições financeiras, aconcentração manteve-se praticamente inalterada, comaumento de apenas 0,2 p.p, de 98,3% para 98,5%, nasmesmas bases de comparação.

As pessoas físicas tiveram aumento na suaparticipação no total dos registros no Sistema da Central deRisco de Crédito (SCR) de 82,9%, em dezembro de 2003,para 83,6%, em junho de 2004, e responderam por 38,4%do valor das operações, ante os 37,5% no semestre anterior.As pessoas jurídicas, por sua vez, responderam por 16,4%dos registros e 61,6% dos valores.

Em junho de 2004, o consolidado bancário I, principalagregado do sistema bancário, concentrava suas operaçõesde crédito nas faixas de valores de R$5 mil a R$100 mil(29,5%), com destaque para os bancos públicos; e de R$1milhão a R$50 milhões (27,2%), sobressaindo os bancosprivados nacionais e estrangeiros. Na mesma data-base, nosegmento consolidado bancário II, em que o BNDESrespondeu por mais de 80% dos créditos, destacaram-se asdívidas na faixa acima de R$50 milhões (60,3%). Por outrolado, no consolidado bancário III, composto exclusivamentepor cooperativas, as operações de créditos concentradasna faixa de R$5 mil a R$100 mil representaram 60,6% dototal do grupo. Adicionalmente, no sistema não-bancário,no qual predominam as agências de fomento e as empresasde arrendamento mercantil, destacaram-se as dívidas nafaixa de valores de R$1 milhão a 50 milhões.

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Os créditos baixados como prejuízo no SFNpassaram de R$ 80,7 bilhões para R$ 87,4 bilhões no primeirosemestre de 2004, o que representa um aumento de 8,3%.A relação entre o total da carteira de crédito no SFN e oscréditos baixados como prejuízo permaneceu no patamar

Operações de crédito por faixa de valor

%

Faixas (R$) Consolidado Não-

bancário I bancário II bancário III bancário

2003 2004 2003 2004 2003 2004 2003 2004

Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun

Até 5

mil 15,3 15,3 7,5 9,6 17,5 16,7 14,9 16,7

De 5 a 100

mil 29,0 29,5 6,9 7,5 61,7 60,6 21,0 19,7

De 100 mil a

1 milhão 13,1 12,9 5,7 6,6 17,3 19,0 24,2 23,6

De 1 a 50

milhões 28,3 27,2 15,9 16,0 3,5 3,7 32,3 30,4

Acima de 50

milhões 14,3 15,1 64,0 60,3 0,0 0,0 7,6 9,6

Operações de crédito

Participação de pessoas físicas e jurídicas

%

Discriminação 2003 2004

Dez Jun

Registros Carteira Registros Carteiraativa ativa

Total 100,0 100,0 100,0 100,0

Pessoa física 82,9 37,5 83,6 38,4

Bancário

Consolidado

bancário I 76,2 34,2 77,1 34,9

Bancos

públicos 34,0 15,2 35,3 15,1

privados

nacionais 25,5 11,6 25,6 12,2

estrangeiros 16,7 7,4 16,2 7,5

bancário II 3,2 1,5 3,2 1,7

bancário III 2,8 1,3 2,7 1,3

Não-bancário 0,7 0,5 0,7 0,6

Pessoa jurídica 17,1 62,5 16,4 61,6

Bancário

Consolidado

bancário I 16,3 46,9 15,6 46,2

Bancos

públicos 7,1 10,9 7,0 10,4

privados

nacionais 6,3 24,9 5,9 24,6

estrangeiros 2,9 11,0 2,7 11,2

bancário II 0,4 14,6 0,4 14,4

bancário III 0,2 0,2 0,2 0,2

Não-bancário 0,1 0,7 0,1 0,8

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Créditos baixados como prejuízo e coobrigações

R$ milhões

Discriminação Coobrigações Créditos baixados

como prejuízo

2003 2004 2003 2004

Dez Jun Dez Jun

Total do SFN 41 631 45 746 80 714 87 386

Bancário

Consolidado

bancário I 40 729 44 536 74 117 78 323

Bancos

públicos 6 209 8 826 32 612 33 720

privados

nacionais 19 591 20 602 25 549 27 082

estrangeiros 14 929 15 108 15 956 17 521

bancário II 383 636 5 186 7 550

bancário III 494 562 413 403

Não-bancário 25 12 998 1 110

Participação1/ 10,0 10,1 19,3 19,3

1/ De coobrigações e créditos baixados sobre o total da carteira do SFN.

Operações de crédito por faixa de valor

Consolidado bancário I por controle acionário

%

Faixas (R$) Público Privado

nacional estrangeiro

2003 2004 2003 2004 2003 2004

Dez Jun Dez Jun Dez Jun

Até 5 mil 15,1 15,9 15,1 14,6 16,0 16,0

De 5 a 100 mil 41,3 42,3 21,4 22,2 26,5 26,5

De 100 mil a

1 milhão 16,3 15,8 12,4 12,4 10,1 9,8

De 1 a 50

milhões 16,9 16,4 33,2 31,8 34,6 32,9

Acima de 50

milhões 10,4 9,7 17,9 19,0 12,8 14,8

próximo ao de 19%, nesse período. O segmento consolidadobancário I respondeu por 63% da variação total de R$6,7bilhões, seguido pelo consolidado bancário II, com 35,4%,com destaque para o aumento no BNDES, que, sozinho,respondeu por 36% do acréscimo no saldo de créditosbaixados como prejuízo no SFN.

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O volume de coobrigações também cresceu noprimeiro semestre de 2004, com aumento de 9,9% do valornominal e de 0,1 p.p. na participação frente à carteira decrédito do SFN. O consoliddo bancário I, e em especial osbancos públicos, foi o que mais contribuiu para esseaumento, com 93% do acréscimo.

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Os cem maiores devedores foram selecionados7 emfunção de dívidas registradas em carteira ativa, sem deduziras provisões efetuadas. Em junho de 2004, tais valores,constituídos exclusivamente por pessoas jurídicas,representaram 17,6% da carteira ativa relativa a todos osdevedores do SFN.

O total das operações de crédito dos cem maioresdevedores no SFN aumentou 5,1% no semestre e atingiuR$80,1 bilhões em junho de 2004. A provisão média8 paraesses devedores reduziu-se em 2,8 p.p, de 5,9% para 3,1%,no mesmo período. Essa queda decorreu primordialmentedo comportamento do consolidado bancário II, que detinha32,6% desses devedores em junho de 2004, e reduziu aprovisão média para esses devedores de 11% para 5,7%nas mesmas datas comparadas.

Houve redução de apenas 0,4 p.p. na concentraçãodo endividamento desses devedores, de 18%, em dezembrode 2003, para 17,6% em junho de 2004.

A provisão média apresentou a maior variaçãoascendente no grupo compreendido entre o 11º e o 20º maiordevedor (de 0,6% para 4,4%) e a maior variaçãodescendente no grupo compreendido entre o 1º e o 10º maior

7/ A seleção dos cem maiores devedores é efetuada em cada data-base, ou seja, os devedores podem não ser os mesmos. Vide tabela na página 66.

8/ A provisão média é definida como o resultado da multiplicação do percentual mínimo de provisão associado a cada classificação,

conforme definido pela Res. 2.682/99, pelo valor da respectiva carteira ativa, dividido pela soma das carteiras ativas (não são consideradas

as coobrigações, nem os créditos baixados como prejuízo para o cálculo).

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Maiores devedores

Por segmentos de bancos – 100 maiores devedores

R$ bilhões

Segmentos 2003 2004

Dez Jun

Carteira1/ Dívida2/ Prov3/ Carteira1/ Dívida2/ Prov3/

100 maiores 76,1 89,1 5,9 80,0 93,3 3,1

Bancário

Consolidado

bancário I 43,6 56,5 2,2 47,1 60,1 1,2

Bancos

públicos 9,5 9,9 1,8 9,7 10,0 1,6

privados

nacionais 23,4 30,0 1,6 25,6 32,4 0,9

estrangeiros 10,7 16,7 3,7 11,8 17,7 1,4

bancário II 32,1 32,2 11,0 32,6 32,7 5,7

bancário III 0 0 0 0 0 0

Não-bancário 0,4 0,4 2,1 0,4 0,4 1,4

1/ Carteira ativa

2/ Responsabilidade total.

3/ Provisão média %.

devedor (de 13% para 0,6%). Essa queda brusca foidecorrente de reestruturação de dívida e de baixa de créditospara prejuízo de operações do BNDES com empresas deenergia elétrica. A provisão média dos cem maioresdevedores (3,1%) foi inferior à provisão média registradapara o total do SFN (6,9%).

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No final de junho de 2004, o setor de produção edistribuição de energia elétrica, o setor detelecomunicações e o setor de fabricação de automóveis,camionetas e utilitários detinham 23,3%, 11,7% e 8,1%,respectivamente, da carteira de crédito dos cem maioresdevedores. Em dezembro de 2003, esses setoresrepresentavam 20,9%, 12,3% e 8,8%, respectivamente.

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A análise da distribuição dos créditos no SFN, emface do nível de risco, evidenciou elevação da participaçãodos níveis AA ao longo do primeiro semestre de 2004, tendoaumentado de 28,6% para 33,1%, e diminuição do risco Aem 6,5 p.p, de 35% para 28,5%. A representatividade doscréditos classificados entre os níveis A a C reduziu-se em3,6 p.p, de 59,6% para 56%, enquanto a dos créditosclassificados nos níveis E a H retrocederam em 0,9 p.p., de7,3% para 6,4%, nas mesmas bases de comparação.

A provisão mínima a ser constituída pelas instituiçõesfinanceiras participantes do SFN, calculada de acordo comos parâmetros estabelecidos pela Resolução 2.682/99,decresceu de 6,7%, em dezembro de 2003, para 6% emjunho de 2004, refletindo as variações ocorridas nadistribuição dos níveis de risco no período.

Em relação às operações de crédito concedidas poragências no exterior, a distribuição dos créditos, em junhode 2004, manteve-se estável comparada ao semestreanterior, com participação de 62,7% no nível AA, 35,6%nos níveis A a C e 1,2% nos níveis E a H, ante 66,8%,30,7% e 2,2%, respectivamente, em dezembro de 2003. Aprovisão mínima para essas operações reduziu-se de 1,4%para 1,2% no mesmo período.

Classificação dos créditos – SFN

%

Nível de risco 2002 2003 2004

Dez Jun Dez Jun

AA 28,0 26,4 28,6 33,1

A 33,1 32,9 35,0 28,5

B 15,9 17,0 15,4 17,3

C 10,0 10,2 9,2 10,2

D 4,5 4,9 4,4 4,4

E 3,2 1,9 1,6 1,3

F 1,0 1,1 0,9 1,2

G 0,8 1,5 0,7 0,6

H 3,5 4,2 4,1 3,3

Total 100,0 100,0 100,0 100,0

Maiores devedores

R$ bilhões

Devedores 2003 2004

Dez Jun

Carteira1/ Dívida2/ Média3/ Carteira1/ Dívida2/ Média3/

100 maiores 76,2 89,4 5,9 80,1 93,3 3,1

1º - 10º maior 19,3 22,1 13,0 21,2 22,1 0,6

11º - 20º maior 11,8 14,7 0,6 11,9 14,6 4,4

21º - 50º maior 23,4 26,7 4,8 24,1 28,7 4,7

51º - 100º maior 21,8 25,9 3,5 22,9 27,8 2,9

Todos 427,4 539,6 7,6 456,0 586,3 6,9

1/ Carteira ativa.

2/ Responsabilidade total.

3/ Provisão média %.

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A Matriz de Migração de Classificação de Crédito evidencia as movimentações ocorridas nasclassificações dos créditos identificados – devedores cujas responsabilidades sejam superiores a R$5 mil –informados ao Sistema da Central de Risco de Crédito (SCR) e possibilita a análise da variação no nível derisco das operações no período de seis meses, a consistência das classificações das operações de crédito dasinstituições financeiras e, conseqüentemente, seus respectivos modelos internos de classificação.

A Matriz de Migração de Classificação de Crédito é constituída por valor migrado, levando-se emconta o valor da operação. Assim, os percentuais apresentados em cada nível de risco, na horizontal, representamo valor que migrou de um nível de risco para outro. Os percentuais negritados, apresentados na diagonal,representam os valores remanescentes nos respectivos níveis de risco originais.

A análise da matriz de migração de classificação de créditos apontou que, dos créditos existentes emdezembro de 2003, 57,9% mantiveram-se no mesmo nível de risco no final do primeiro semestre de 2004.Somando-se a esse percentual as reduções no período, de 21,8%, obtêm-se 79,7% dos créditos identificados,um pouco acima dos 77,1% verificados no Relatório do semestre anterior. Adicionalmente, 6,4% dos créditosdiminuíram seu risco, enquanto 12,1% sofreram deterioração e 1,9% foi lançado para prejuízo.

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Matriz de Migração de Classificação de Crédito

Em percentual

Risco 2004 Total R$ milhões

Jun Carteira

ativa

AA A B C D E F G H Prejuízo Reduções 1/Dez/2003

2003 Dez AA 70,3 4,5 2,2 0,6 0,3 0,3 0,1 0,0 0,0 0 21,6 30,9 108 572

A 4,2 55,2 9,5 3,5 0,9 0,3 0,3 0,2 0,3 0 25,7 33,3 117 134

B 4,3 9,1 53,8 6,6 3,1 0,6 0,4 0,3 0,5 0 21,3 16,8 59 173

C 1,7 4,2 11,0 52,9 4,9 1,6 1,1 0,6 1,9 0 19,9 8,9 31 283

D 1,1 3,9 5,0 6,6 50,8 3,5 1,8 2,1 6,7 0,2 18,4 3,8 13 289

E 2,0 3,0 1,3 3,3 3,0 31,1 22,6 2,0 17,6 0,8 13,3 1,6 5 587

F 0,8 1,3 1,1 2,3 3,4 3,1 30,9 3,5 32,4 2,4 18,8 0,8 2 791

G 0,5 0,9 0,5 1,3 1,3 2,3 5,3 35,8 36,7 4,6 10,6 0,7 2 541

H 0,5 1,5 0,3 0,5 0,6 0,3 0,4 1,4 34,4 56,0 4,0 3,2 11 204

Total 24,1 21,9 14,1 7,5 3,4 1,1 1,0 0,6 2,6 1,9 21,8 100,0

R$ Carteira

milhões ativa 84.721 77.127 49.579 26.367 11.797 3.956 3.509 2.221 8.893 6.642 76.761 351.574 2/

Jun/2004

1/ Representadas pelas liquidações de operações e cessões de crédito.

2/ Esse total contempla somente as operações de crédito identificadas, cujos devedores apresentam responsabilidade total superior a R$5 mil.

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Os créditos cujas classificações apresentaram maiores deteriorações, em termos relativos, concentraram-se nos níveis E, F e G, registrando-se a migração para níveis de maior risco, inclusive prejuízo, respectivamente,de 42,9%, 38,3% e 41,4%. Esse comportamento é normalmente esperado para esses níveis de risco. Alémdisso, 56% dos créditos classificados no nível de risco H em dezembro de 2003 foram baixados para prejuízoem junho de 2004.

Já em termos nominais, os créditos classificados nos níveis AA e A foram os que sofreram as maioresmigrações no período. No nível AA, 8,1% dos créditos foram rebaixados, principalmente para os níveis A e B.No que se refere ao nível A, 15% dos créditos migraram para níveis de maior risco, principalmente para osníveis B e C.

De modo geral, as movimentações apontadas pela matriz de migração de classificação de créditoevidenciaram uma leve deterioração na qualidade das operações de crédito, com destaque para a diferença de1,1 p.p entre a provisão média de 5,5%, definida em dezembro de 2003, e a ocorrida de 6,6% em junho de 2004.

Discrepância de provisionamento

%

Período Provisão Discrepância

inicial final

2002 2003

Dez Jun

2003

Jun Dez

2003 2004

Dez Jun

5,5 7,3 1,8

6,3 7,6 1,3

5,5 6,6 1,1

Movimentações nas classificações – SFNDe dezembro de 2003 a junho de 2004

R$ milhões

Nível Mantidos no nível Movimentados para níveis Total

Remanes- Reduções Total Acima Abaixo Prejuízo

centes

AA 76 336 23 486 99 822 - 8 713 36 108 572

A 64 626 30 045 94 671 4 947 17 502 14 117 134

B 31 809 12 577 44 386 7 957 6 826 5 59 173

C 16 533 6 226 22 759 5 296 3 162 65 31 283

D 6 751 2 439 9 190 2 192 1 885 23 13 289

E 1 737 743 2 480 709 2 355 43 5 587

F 862 524 1 386 337 1 000 68 2 791

G 910 269 1 179 311 933 118 2 541

H 3 855 451 4 306 628 - 6.270 11 204

Total 203 419 76 761 280 180 22 376 42 375 6.642 351 574

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O volume de inadimplência no SFN – considerando-se, nesse conceito, vencidas integralmente as operações decrédito que apresentam parcelas vencidas há mais de quinzedias – reduziu-se em 11,6% no primeiro semestre de 2004,de R$29,2 bilhões para R$25,8 bilhões. Esse fato, conjugadocom o aumento das operações de crédito no mesmo período,de 6,6%, resultou na queda de 1,2 p.p. na taxa deinadimplência, de 6,9%, verificada em dezembro de 2003,para 5,7% em junho de 2004. O segmento consolidadobancário II respondeu por 70,6% dessa queda, equivalentea R$2,4 bilhões, com destaque para o BNDES, responsávelpor esse valor.

Considerando-se os valores efetivamente vencidosno SFN, a inadimplência totalizou R$13 bilhões no primeirosemestre de 2004, volume praticamente idêntico aoregistrado no segundo semestre de 2003, de R$ 12,9 bilhões.Nesse conceito, a taxa de inadimplência reduziu-se em 0,3p.p, de 3,2% para 2,9% nas mesmas datas comparadas. Nasegmentação do sistema bancário, a variação maissignificativa ocorreu no consolidado bancário II, que reduziuo seu indicador de inadimplência de 1% para 0,4%.

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A exemplo do ocorrido com a inadimplência noprimeiro semestre de 2004, mas, em menor grau, o montantede provisão constituída no SFN reduziu-se em 2,7%, deR$32,1 bilhões, em dezembro de 2003, para R$31,2 bilhõesem junho de 2004. O segmento consolidado bancário II,influenciado pela redução de provisão no BNDES, de R$5,3bilhões para R$3,7 bilhões, foi o grande responsável pelodecréscimo do volume de provisão do SFN. A relação entreo montante de provisão constituída e o total das operaçõesde crédito no SFN decresceu em 0,7 p.p., de 7,6%, emdezembro de 2003 para 6,9%, em junho de 2004.

Igualmente ao ocorrido nos semestres anteriores, ainadimplência e a provisão constituída tiveram comportamentossemelhantes no primeiro semestre de 2004, embora, comintensidade diferente, com decréscimo maior na primeira emrelação à segunda, 11,6% e 2,7% em valores absolutos e 1,2p.p. e 0,7 p.p. em termos comparativos, respectivamente.

Inadimplência/operações de créditoConsolidado bancário I por controle acionário

5

6

7

8

9

10

Dez2002

Jun2003

Dez Jun2004

%

Bancos públicos Bancos privados nacionais

Bancos estrangeiros

Maiores devedores – Setores econômicos

100 maiores devedores – Junho de 2004

R$ bilhões

Discriminação Carteira1/ Dívida2/ Prov3/

Total – 100 maiores devedores 80,1 93,3 3,1

Total – 20 maiores setores 71,6 82,8 2,7

Produção e distribuição de energia

elétrica 18,7 20,2 1,5

Telecomunicações 9,4 11,1 0,3

Fabricação de automóveis, camionetas

e utilitários 6,5 7,6 0,6

Administração pública, defesa e

seguridade social 5,6 5,6 17,6

Produção de ferro-gusa e de ferroligas 4,0 5,9 0,5

Fabricação de celulose, papel e produtos

de papel 4,0 5,6 0,1

Abate e preparação de produtos de

carne e de pescado 3,2 3,6 0,5

Comércio varejista não especializado 2,7 3,1 0,1

Fabricação de produtos químicos orgânicos 2,4 2,5 0,4

Metalurgia de metais não-ferrosos 2,4 2,4 0,3

Transporte terrestre 1,8 1,9 28,9

Intermediação financeira, exclusive

seguros e previdência privada 1,6 1,6 0,1

Comércio varejista de outros produtos 1,5 1,5 0,4

Construção, montagem e reparação

de aeronaves 1,3 1,8 0,2

Siderurgia 1,3 1,4 0,1

Fabricação de produtos do fumo 1,2 1,2 0,3

Fabricação de produtos derivados

do petróleo 1,2 1,4 0,4

Fabricação de caminhões e ônibus 1,1 1,2 0,2

Atividades anexas e auxiliares do

transporte e agências de viagem 1,1 1,1 0,4

Extração de minerais metálicos 0,9 1,9 0,1

Demais 8,5 10,5 6,5

1/ Carteira ativa.

2/ Responsabilidade total.

3/ Provisão média em %.

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Valores vencidos versus inadimplência1/

%

Discriminação 2003 2004

Dez Jun

Valores Inadimplência Valores Inadimplência

vencidos vencidos

Total do SFN 3,2 6,9 2,9 5,7

Bancário

Consolidado

bancário I 3,6 7,1 3,3 6,2

Bancos

públicos 3,3 7,0 3,0 5,6

privados

nacionais 3,3 7,4 3,0 6,7

estrangeiros 4,4 6,6 4,2 6,3

bancário II 1,0 5,6 0,4 2,2

bancário III 3,0 3,6 2,9 3,5

Não-bancário 6,9 13,0 7,8 13,6

1/ Comparação entre o percentual de inadimplência e o percentual de valores

vencidos sobre o total das operações de crédito.

Provisão/operações de créditoConsolidado bancário I por controle acionário

3,0

4,8

6,6

8,4

10,2

12,0

Dez2002

Jun2003

Dez Jun2004

%

Bancos públicos Bancos privados nacionais

Bancos estrangeiros

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A relação entre a provisão constituída e a provisãomínima com base na classificação das operações de créditoindicou que, no final do primeiro semestre de 2004, omontante da provisão constituída no SFN excedia em 14,9%a provisão mínima exigida. Essa relação cresceu 2,6 p.p.no semestre, com destaque para o segmento consolidado I,e, em especial, para os bancos privados nacionais, nos quaisa provisão constituída superou a mínima exigida em 27,9%.

Provisão constituída/provisão mínima1/

%

Discriminação 2002 2003 2004

Dez Jun Dez Jun

Total do SFN 110,8 111,2 112,3 114,9

Bancário

Consolidado

bancário I 113,4 114,6 115,7 117,9

Bancos

públicos 109,7 109,8 110,5 114,5

privados

nacionais 121,1 122,6 125,6 127,9

estrangeiros 105,9 107,6 106,9 105,7

bancário II 100,2 100,2 100,3 100,5

bancário III 106,8 111,1 110,1 113,3

Não-bancário 99,9 99,4 98,5 98,4

1/ Conforme classificação dos créditos.

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Operações de Crédito

Conceitos

a) Sistema bancário: compreende as instituições bancárias independentes e os conglomerados bancários,desdobrado nas categorias consolidado bancário I, consolidado bancário II e consolidado bancário III, naforma definida nos itens "e" a "j" e "n" a "q" das páginas 55 e 56 deste Relatório.

b) Sistema não-bancário: formado pelas empresas de arrendamento mercantil, sociedades de crédito,financiamento e investimento, entre outras, não pertencentes a conglomerados financeiros cujo líder sejainstituição bancária.

c) Provisão mínima: provisão calculada segundo os parâmetros mínimos definidos pela Resolução 2.682, de 22de dezembro de 1999.

d) Inadimplência: consideram-se vencidas integralmente as operações de crédito que apresentam pelo menosuma parcela vencida há mais de quinze dias.

e) Provisão constituída: é o estoque de provisão constante nos balancetes das instituições financeiras.

Metodologias

a) Os montantes das operações de crédito do SFN foram apurados com base nos documentos (balancetes eCentral de Risco de Crédito), aglutinados segundo as instituições integrantes e, também, com base nosdocumentos das instituições financeiras independentes.

b) O volume de crédito efetivamente concedido pelo Sistema Financeiro Nacional aos agentes econômicos noBrasil não inclui os montantes concedidos pelas agências e subsidiárias de bancos brasileiros sediados noexteiror. Exclui também as operações de crédito contratadas pelas sociedades de crédito aomicroempreendedor e cooperativas de crédito, e os valores referentes a repasses efetuados a intermediáriosfinanceiros, estes últimos regularmente definidos como empresas do setor público ou privado que executamatividades de intermediação financeira.

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A exposição cambial, segundo as normas em vigor,é definida como o total das posições em ativos e em passivos,inclusive derivativos, referenciados em variação cambial eouro, assumidos pelas instituições financeiras e suascontroladas diretas e indiretas. O cálculo dessa exposição éobtido por meio do somatório, em módulo, das exposiçõeslíquidas em cada moeda.

A Circular 3.229, de 25 de março de 2004, editadaem substituição à Circular 3.217, de 19 de dezembro de2003, alterou a forma de cálculo da exposição cambial e aCarta-Circular 3.122, de 27 de fevereiro de 2004, alterou aforma de remessa das informações dessa exposição porparte das instituições financeiras. Assim, este Relatórioapresenta algumas alterações em relação aos anteriores,com o objetivo de adaptá-lo às mudanças das informaçõesprestadas pelas instituições.

A principal alteração constitui-se na introdução,neste relatório, do conceito de “cesta de moedas” com aseguinte composição: dólar dos Estados Unidos, euro, libraesterlina, iene, franco suíço e ouro. Segundo aregulamentação em vigor, é facultado às instituiçõesfinanceiras, para efeito de cálculo de sua exposição,compensar as posições opostas nessas seis moedas,considerando-as como se fosse única. Enquanto os Relatóriosdos semestres anteriores foram elaborados tomando-secomo base a exposição em dólar e em ouro, no presenteRelatório, o cálculo foi desenvolvido considerando-se acitada cesta de moedas.

A exposição líquida em cada moeda é definida pormeio da seguinte fórmula: exposição líquida = (posiçõescompradas) - (posições vendidas – PLA-Vendido). OPLA-Vendido corresponde à parcela de capital estrangeirointegrante do PR que as instituições podem considerar comoposição vendida. Esse valor é subtraído para demonstrar areal exposição das instituições.

Ressalta-se, contudo, que no presente documento,a exposição líquida na cesta de moedas das instituições quecompõem o SFN é apresentada excluindo-se os valoresrelativos ao BNDES. Os valores da exposição sãoapresentados de maneira agregada e agrupados porsegmento, considerando o período de 22 de dezembro de2003 a 31 de agosto de 2004.

O ponto relevante desse período foi a queda daexposição líquida na cesta de moedas em mais de 40%,

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determinada pelo comportamento das posições em dólar,sua moeda de maior representação, principalmente devidoàs instituições do segmento de bancos nacionais. Além disso,destaca-se, também, o aumento da representação dasposições em euro na cesta de moedas, e o aumento dosvalores referentes às exposições líquidas das instituiçõesque se apresentaram vendidas em relação às que seapresentaram compradas, situação provocada, também,pelas instituições do segmento de bancos nacionais.

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A exposição líquida na cesta de moedas, cotadaem reais, apresentou-se sempre comprada, em média R$9,9bilhões, tendo decrescido de R$14,4 bilhões, em 22 dedezembro de 2003, para R$8,2 bilhões, em 31 de agosto de2004, queda de 42,7%, com a ocorrência do menor valorem 27 de maio de 2004, R$7,2 bilhões. Ressalte-se que aexposição líquida em dólar representou, em média, 88,8%da exposição líquida na cesta de moedas no período.

A mesma exposição, cotada em dólares, apresentoumédia de US$3,3 bilhões, decrescendo de US$4,9 paraUS$2,8 bilhões do início ao final do período, com o mínimode US$2,3 bilhões.

A taxa de câmbio, por sua vez, apresentou cotações,no início e no final do período, de R$2,92/dólar e R$2,93/dólar, respectivamente, tendo atingido a menor cotação,R$2,80/dólar, em 13 de janeiro de 2004 e a maior, R$3,20/dólar, em 21 de maio de 2004.

Enquanto a exposição líquida das instituições quese apresentaram compradas reduziu-se de US$5,2 paraUS$4,2 bilhões no período, queda de 20,1%, a exposiçãodaquelas que se apresentaram vendidas aumentou deUS$310 milhões para US$1,3 bilhão ou 343,6%. Essecomportamento foi determinado principalmente pelasinstituições dos segmentos de bancos privados nacionais.Em valores absolutos, essas variações foram praticamenteiguais, em torno de US$1 bilhão, ou seja, a redução daexposição líquida na cesta foi igualitariamente impactadapelas variações das exposições líquidas das instituições queestiveram compradas e daquelas que estiveram vendidas.

Exposição líquida

0

3

6

9

12

15

22.12 2003

26.1 2004

26.2 26.3 4.5 2.6 2.7 2.8 31.8

Bilhões

R$ US$

Cotação do dólar

2,8

2,9

3,0

3,1

3,2

3,3

22.12 2003

26.1 2004

26.2 26.3 4.5 2.6 2.7 2.8 31.8

R$/US$

Exposição líquida – Compradas e vendidas na cesta

-2,0

-0,4

1,2

2,8

4,4

6,0

22.12 2003

26.1 2004

26.2 26.3 4.5 2.6 2.7 2.8 31.8

US$ Bilhões

Vendidos Comprados

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Os volumes das posições comprada e vendida nacesta de moedas apresentaram redução de 22 de dezembrode 2003 a 31 de agosto de 2004, de US$183,4 para US$149,5bilhões e de US$178,4 para US$146,7 bilhões, representandoqueda de 18,4% e de 17,7%, com valores médios de US$161,8e de US$158,5 bilhões, respectivamente. Em termos absolutos,a redução das posições compradas superou a redução dasposições vendidas em US$2,1 bilhões.

A exposição líquida representou, em média, 2,1%do volume da posição comprada na cesta de moedas,reduzindo-se de 2,7% a 1,9%, de 19 de dezembro de 2003 a31 de agosto de 2004, em função do decréscimo maissignificativo da posição comprada em relação à vendida.

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Como já mencionado, a exposição líquida em dólarfoi de maior representação na cesta, 88,8% em média, fatoque determinou o comportamento da exposição líquida dacesta. Seus valores totais para o SFN apresentaram-sesempre comprados no período, com média de US$2,9 bilhões,reduzindo-se de US$4,6 a US$2,4 bilhões, no período de 22de dezembro de 2003 a 31 de agosto de 2004, queda de46,4%. O menor valor, US$1,9 bilhão, ocorreu em 27 demaio de 2004, mesma data em que se verificou o menorvalor da exposição líquida da cesta.

O total da exposição líquida em euro do SFN tambémapresentou-se sempre comprado, US$345,6 milhões emmédia ou 10,4% da cesta de moedas. Embora tenhaapresentado variação positiva de apenas 1% do início aofinal do período, ocorreram oscilações, tendo sido observadoo menor valor, US$187 milhões, em 5 de maio de 2004 e omaior valor, US$510,5 milhões, em 24 de junho de 2004.

A exposição líquida na cesta, quase em suatotalidade, compunha-se pelo dólar e pelo euro, 99,5% emmédia, tendo ocorrido redução de 6,7% da participação emdólar e elevação de 77% em euro.

Por outro lado, as exposições líquidas médias emlibra, US$7,9; em iene, US$6,7; em ouro, US$5,5 milhões(compradas), e em franco, US$2 milhões (vendida),somadas, totalizaram apenas 0,5% da cesta de moedas.Entre essas quatro moedas, embora apenas o franco tenha

Volume das posições na cesta

140

150

160

170

180

190

22.12 2003

26.1 2004

26.2 26.3 4.5 2.6 2.7 2.8 31.8

US$ bilhões

Compradas Vendidas

Composição da cesta – Exposições líquidas

-10

12

34

56

78

100

22.12 2003

26.1 2004

26.2 26.3 4.5 2.6 2.7 2.8 31.8

Dolar Euro Libra Iene Ouro Franco

%

Exposição líquida – Moedas da cesta

-1,0

0,2

1,4

2,6

3,8

5,0

22.12 2003

26.1 2004

26.2 26.3 4.5 2.6 2.7 2.8 31.8

US$ bilhões

Dolar Euro Libra Iene Franco Ouro

Composição da cesta

%

Moedas Médio Acumulado Máximo Mínimo Início Final Variação

Dólar 89,1 89,1 94,2 83,7 93,1 87,2 - 6,7

Euro 10,4 99,5 16,1 6,0 6,2 11,0 77,0

Libra 0,2 99,8 1,0 - 0,5 0,3 1,0 229,3

Ouro 0,2 100,0 0,4 0,0 0,0 0,3 586,4

Iene 0,1 100,1 2,3 - 6,4 0,3 0,4 31,3

Franco - 0,1 100,0 0,2 - 0,8 0,1 0,0 - 135,2

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apresentado exposição líquida média vendida ao final, apenaso ouro não apresentou exposição vendida em algum dia noperíodo.

Das instituições que apresentaram exposição líquidacomprada e vendida em dólar e em euro, houve reduçãodas posições compradas e elevação das posições vendidasem dólar. No que se refere ao euro, ocorreu elevação dasexposições das instituições compradas em euro e relativaestabilidade nas exposições das instituições vendidas.

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A exposição líquida média das moedas nãointegrantes da cesta era de US$64,3 milhões, representando,em média, 1,9% da exposição líquida da cesta.

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No período de 22 de dezembro de 2003 a 31 deagosto de 2004, o segmento de bancos estrangeirosapresentou a maior exposição líquida na cesta de moedas,com volume médio de US$3,5 bilhões. No mesmo período,essa exposição reduziu-se de US$3,8 para US$3,4 bilhões.O segmento de bancos privados nacionais detinha a segundamaior exposição líquida média na cesta, porém negativa emUS$248,6 milhões. A exposição líquida das instituições dosegmento de bancos privados estrangeiros atingiu patamaresmais elevados do que os demais segmentos, devido ànecessidade de contratar hedge para cobertura de seu PLA-Vendido. O segmento de bancos públicos apresentouexposição líquida média de US$61,3 milhões e o não-bancário de US$1,7 milhão.

Embora a exposição líquida do segmento de bancosestrangeiros tenha apresentado redução, sua participaçãono total da exposição líquida na cesta do SFN apresentouacréscimo, evoluindo de 78,7%, em 22 de dezembro de 2003,para 123,1%, em 31 de agosto de 2004. Isso significa que aexposição líquida na cesta do SFN reduziu-se em maiorproporção do que a exposição líquida do segmento de bancosestrangeiros. A principal causa foi a redução da exposiçãolíquida do segmento de bancos privados nacionais de US$1bilhão comprada para US$864,3 milhões vendida, no períodode 22 de dezembro de 2003 a 31 de agosto de 2004, ou de21,5% para -30,6%.

Exposição líquida – Compradas e vendidas em dólar e euro

-3

-1

1

3

5

7

22.12 2003

26.1 2004

26.2 26.3 4.5 2.6 2.7 2.8 31.8

US$ bilhões

Dolar compradas Dolar vendidas

Euro compradas Euro vendidas

Segmento estrangeiro

-1,00

0,04

1,08

2,12

3,16

4,20

22.12 2003

26.1 2004

26.2 26.3 4.5 2.6 2.7 2.8 31.8

US$ bilhões

Exposição líquida Exposição cambial PLA Vendido

Exposição líquida por segmento

-1,20

-0,12

0,96

2,04

3,12

4,20

22.12 2003

26.1 2004

26.2 26.3 4.5 2.6 2.7 2.8 31.8

US$ bilhões

Público Privado nacional Estrangeiro

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A redução da exposição líquida do segmento debancos estrangeiros foi ocasionada pelo PLA-Vendido, quereduziu-se de US$3,6 para US$2,8 bilhões no período, médiade US$3,3 bilhões, causada, em parte por uma instituiçãode grande porte que deixou de utilizar parte de seu PLAcomo exposição cambial vendida, influenciando na reduçãodos volumes de posição comprada necessários à contrataçãode hegde cambial. Enquanto essa redução da exposiçãolíquida das instituições do segmento estrangeiro representou44,4% da redução da exposição líquida das instituições doSFN que se apresentaram compradas, essa mesma queda,para as instituições do segmento de bancos nacionais,representou 70,4% da redução verificada para o SFN. Aindapara os bancos do segmento estrangeiro, observadas asnormas em vigor aplicáveis, que determinam a consideraçãodo PLA-Vendido como posição vendida, a exposição cambialapresentou volume médio de US$216,3 milhões e tendênciacrescente no período, devido ao decréscimo do PLA-Vendido em maior proporção do que o decréscimo daexposição líquida na cesta de moedas.

Embora a exposição líquida do segmento de bancosprivados nacionais tenha decrescido no período, seu PLA-Vendido apresentou certa estabilidade, com volume médiode US$696,1 milhões. O decréscimo deveu-se tanto àredução das exposições líquidas das instituições que seapresentaram compradas, quanto ao aumento das exposiçõeslíquidas das que se apresentaram vendidas, ocorrendo estaúltima em maior proporção – US$1,1 bilhão contra US$744,6milhões. Assim, o aumento da exposição líquida dasinstituições do SFN que estiveram vendidas no período tevecomo origem principal as instituições do segmento de bancosprivados nacionais.

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Os segmentos de bancos estrangeiros, de bancosprivados nacionais e de bancos públicos apresentaramredução no volume de suas posições compradas evendidas no período de 22 de dezembro de 2003 a 31 deagosto de 2004. O segmento não-bancário não apresentouposições significativas.

Os volumes médios foram de US$75,9, de US$52,4e de US$33 bilhões na posição comprada, e de US$72,4, deUS$52,6 e de US$33 bilhões na posição vendida dosegmento de bancos estrangeiros, de bancos privadosnacionais e de bancos públicos, respectivamente.

Exposição líquida – Vendidas por segmento

-1 500

-1 200

- 900

- 600

- 300

0

200322.12

200426.1 26.2 26.3 4.5 2.6 2.7 2.8 31.8

US$ milhões

Privado Nacional Estrangeiro Público

Segmento nacional

-1,8

-1,2

-0,6

0,0

0,6

1,2

22.12 2003

26.1 2004

26.2 26.3 4.5 2.6 2.7 2.8 31.8

US$ bilhões

Exposição líquida Exposição cambial PLA Vendido

Exposição líquida – Compradas por segmento

0

1

2

3

4

5

22.12 2003

26.1 2004

26.2 26.3 4.5 2.6 2.7 2.8 31.8

US$ bilhões

Público Privado nacional Estrangeiro

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O maior decréscimo em termos de volume, entre22 de dezembro de 2003 e 31 de agosto de 2004, foiverificado no segmento de bancos estrangeiros, cujo volumede posições compradas reduziu-se de US$88,5 bilhões paraUS$68,9 bilhões, queda de 22%, e o volume de posiçõesvendidas reduziu-se de US$84,6 bilhões para US$65,5bilhões, queda de 22,5%.

O segmento de bancos estrangeiros foi responsávelpor 57,1% da redução verificada no volume de posiçõescompradas do SFN, o segmento de bancos públicos por 27,4%e o segmento de bancos privados nacionais por 14,8%.

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Em 22 de dezembro de 2003, 129 instituiçõesprestaram informações ao Banco Central do Brasil acercade suas exposições cambiais, conforme determina aregulamentação em vigor. Dessas instituições, 44 pertenciamao segmento de bancos estrangeiros, 41 ao segmento debancos privados nacionais, 34 ao segmento não-bancário e10 ao segmento de bancos públicos. Em 31 de agosto de2004, essas informações foram prestadas por 120instituições, cuja distribuição nos segmentos citadosanteriormente foi de 38, 40, 32 e 10, respectivamente.

A concentração do volume de posições compradasna cesta das instituições do SFN manteve-se constante aolongo do período. Cinco instituições concentraram, em média,54,2% do total. Tal percentual foi de 78,2%, de 94,4% e de97,6%, quando consideradas, respectivamente, as 10, 20 e30 instituições com as maiores posições.

Houve maior concentração e maior oscilação nasinstituições que apresentaram exposição líquida comprada,quando observados todos os dias do período. Considerando-se as datas de início e final de período, o valor apresentou-se relativamente estável. No final do período, os percentuaismédios foram de 73,7%, de 86,3%, de 95,5% e de 98,6%para as 5, 10, 20 e 30 instituições com as maioresexposições, respectivamente. A maior concentração foiverificada em 17 de maio de 2004, ocasião em que as cincoinstituições com maiores exposições detinham 78,9% dototal.

As instituições com exposição líquida vendidaestiveram ainda mais concentradas. Seus percentuaismédios foram, respectivamente, 89,1%, 96,1%, 98,5% e99,5% para as 5, 10, 15 e 20 instituições que apresentaramas maiores exposições.

Volume das posições dos segmentos

20

34

48

62

76

90

22.122003

26.12004

26.2 26.3 4.5 2.6 2.7 2.8 31.8

US$ bilhões

Estrangeiro comprada Estrangeiro vendida

Privado nacional comprada Privado nacional vendida

Público comprada Público vendida

Concentração das instituições por volume de posições compradas

45

56

67

78

89

100

22.122003

26.12004

26.2 26.3 4.5 2.6 2.7 2.8 31.8

5 IF's 10 IF's 20 IF's 30 IF's 50 IF's

%

Instituições informantes de exposição cambial

Distribuição por segmento

Discriminação 2003 2004

Dez Ago

Total 129 120

Bancário

Consolidado

bancário I

Bancos

públicos 10 10

privados nacionais 41 40

estrangeiros 44 38

Não-bancário 34 32

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A soma da exposição líquida das instituições que seapresentaram vendidas representou, em média, 20,8% dasoma da exposição líquida das instituições que seapresentaram compradas. Esse percentual elevou-se de5,9%, em 22 de dezembro de 2003, para 32,7%, em 31 deagosto de 2004. O número de instituições com exposiçãolíquida vendida que forneceu informações ao Banco Centralaumentou de 13,7% para 21,6% no período.

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Os cenários de estresse são simulações para avaliara adequação de capital ao limite de Basiléia numadeterminada data. Sua finalidade é medir a capacidade de oPR das instituições bancárias integrantes do SFN suportarvariações no PLE provocadas por grandes oscilações norisco de crédito, nas taxas de câmbio e de juros prefixados.O PLE é utilizado como uma medida de risco do sistema,dado que no seu cálculo são levados em consideração osriscos e suas proporções. Dessa forma, a necessidade decapitalização das instituições desenquadradas representariao quanto do risco não estaria coberto por capital próprio.

Esses cenários não foram aplicados a todas asinstituições, em face da não-obrigatoriedade de remessa deinformações inferiores aos valores mínimos fixados peloBanco Central, em função da relevância do risco para ainstituição e para o sistema, ou por não possuírem carteirade crédito.

Para efeito da análise, foram construídos quatrocenários de estresse, considerando as oscilações nas taxasde juros prefixadas e de câmbio e o rebaixamento naclassificação de risco das operações de crédito, isolados ousimultaneamente, utilizando-se, como base, os dados do finalde junho de 2004.

Para cada cenário, com base nos dados contábeis, daexposição cambial e da exposição a taxas de juros prefixadas,foram calculados os resultados e os respectivos efeitostributários e recalculados o PR, o PLE e o índice de Basiléia.

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Foram selecionadas para aplicação dos cenários deestresse 134 instituições bancárias, exceto cooperativas, quepossuíam informações em pelo menos um dos fatoresanalisados, representando 97,2% do PLE do SFN. Dessas,

Concentração das instituições com exposição líquida comprada

65

72

79

86

93

100

22.122003

26.12004

26.2 26.3 4.5 2.6 2.7 2.8 31.8

5 IF's 10 IF's 20 IF's 30 IF's 50 IF's

%

Análise das instituições com exposição líquida vendida

0

8

16

24

32

40

22.122003

26.12004

26.2 26.3 4.5 2.6 2.7 2.8 31.8

$ Vendido Número de instituições

%

Concentração da instituições com exposição líquida vendida

70

76

82

88

94

100

22.122003

26.12004

26.2 26.3 4.5 2.6 2.7 2.8 31.8

5 FI's 10 FI's 15 FI's 20 FI's 25 FI's

%

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91 instituições apresentaram informações para o risco demercado (juros e/ou câmbio) e 116 para risco de crédito.Cabe destacar que uma instituição não foi incorporada àanálise por estar em processo de saída do mercadofinanceiro. O PLE dessa instituição era equivalente a0,002% do PLE do universo analisado.

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A simulação de cenário de estresse de risco decrédito tem como objetivo mensurar o impacto dadeterioração das carteiras de crédito das instituiçõesfinanceiras sobre os níveis de adequação de capital.

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O cenário escolhido foi o maior resultado entrecálculos baseados em dois modelos de risco, o Valor emRisco (VaR) (modelo paramétrico) e o modelo híbrido(modelo não-paramétrico).

Os cenários de alta consistiram em deslocamentoparalelo da curva de juros futura em 7,4 p.p., e no aumentoda taxa de câmbio em R$0,518/US$, de R$3,1075/US$ paraR$3,6255/US$.

Os cenários de baixa consideraram o deslocamentoparalelo da curva de juros futura em -2,9 p.p. e o decréscimoda taxa de câmbio em R$0,406/US$, variando de R$3,1075/US$ para R$2,7015/US$.

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As 134 instituições selecionadas possuíam, emjunho de 2004, PR de R$153,8 bilhões e PLE de R$94,5bilhões, respectivamente 94,8% do PR e 97,2% do PLE doSFN, com índice de Basiléia de 17,9%.

Cenários de estresse

Quantidade de instituições financeiras e conglomerados

Discriminação Câmbio ou juros-pré Crédito

A1/ B2/ A1/ B2/

Consolidado

bancario I 78 29 96 11

Bancos

públicos 10 3 13 0

privados 68 26 83 11

nacionais 38 19 53 4

estrangeiros 30 7 30 7

bancário II 14 14 21 7

Total 91 43 116 18

1/ Número de instituições incluídas no teste de estresse.

2/ Número de instituições não incluídas no teste de estresse.

Estresse – Situação inicialEm junho de 2004

Discriminação Faixas de Índice de Basiléia

Inferior a 11 Superior a 11 Total

Consolidado

bancario I

Bancos

públicos

Quantidade de IF - 13 13

Índice de Basiléia (%) - 16,5 16,5

privados nacionais

Quantidade de IF - 57 57

Índice de Basiléia (%) - 18,3 18,3

estrangeiros

Quantidade de IF - 36 36

Índice de Basiléia (%) - 18,7 18,7

Bancario II

Quantidade de IF - 28 28

Índice de Basiléia (%) - 17,8 17,8

Total

Quantidade de IF - 134 134

Índice de Basiléia (%) - 17,9 17,9

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O aumento do risco de crédito reduziria o índice deBasiléia para 15,3%, em função da contração do PR paraR$131,4 bilhões. O segmento de bancos públicos sofreria omaior impacto, reduzindo o PR em 28,3% e baixando o índicede Basiléia de 16,5% para 11,8%. Nesse cenário, quatorzeinstituições do consolidado bancário I (4 públicas, 2estrangeiras e 8 nacionais) necessitariam de aporte decapital de 1,3% do PLE do universo analisado; quatroinstituições do consolidado bancário II necessitariam deaporte equivalente a 2,7% do PLE do universo analisado. Asoma do PLE dessas dezoito instituições representa 22,9%do PLE do universo analisado, após a simulação. Aquantidade de instituições desenquadradas foi maior quandocomparada a dezembro de 2003. Aquela simulação acusouo desenquadramento de dezessete instituições.

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O índice de Basiléia seria reduzido para 14,2%, oPR totalizaria R$150,5 bilhões e o PLE, R$116,2 bilhões.No consolidado bancário I, as instituições privadas nacionaisseriam, em números relativos, as mais afetadas. Elasapresentariam redução de 4,1 p.p. no índice de Basiléia, eonze delas extrapolariam o limite. Nesse cenário, trezeinstituições do consolidado bancário I (11 privadas nacionaise 2 estrangeiras) e uma do consolidado bancário IInecessitariam de aporte de capital na ordem de 0,8% doPLE do universo analisado. A soma do PLE dessas quatorzeinstituições representa 2,9% do PLE do universo analisado,após a simulação.

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O índice de Basiléia seria reduzido para 12,1%, opior resultado. O PR e o PLE totalizariam R$128 bilhões eR$116,3 bilhões, respectivamente. O maior impacto ocorreriaentre os bancos do consolidado bancário II, que teriam oPR reduzido em 13,7% e o PLE aumentado em 47,6%,resultando no índice de Basiléia de 10,4%. Nesse cenário,28 instituições do consolidado bancário I (4 públicas, 20privadas nacionais e 4 estrangeiras) e cinco do consolidadobancário II estariam desenquadradas, com necessidade de

Estresse de créditoAumento do risco de crédito

Discriminação Faixas de Índice de Basiléia

Inferior a 11 Superior a 11 A1/ Total

Consolidado

bancario I

Bancos

públicos

Quantidade de IF 4 9 - 13

Índice de Basiléia (%) 10,4 24,7 - 11,8

privados nacionais

Quantidade de IF 8 45 4 57

Índice de Basiléia (%) 9,9 16,6 14,7 16,3

estrangeiros

Quantidade de IF 2 27 7 36

Índice de Basiléia (%) 9,2 16,5 45,2 16,9

bancário II

Quantidade de IF 4 17 7 28

Índice de Basiléia (%) 6,8 15,8 29,5 15,3

Total

Quantidade de IF 18 98 18 134

Índice de Basiléia (%) 10,2 16,7 25,5 15,3

1/ Números de instituições não incluídas no teste de estresse.

Estresse de alta de juros e câmbio

Discriminação Faixas de Índice de Basiléia

Inferior a 11 Superior a 11 A1/ Total

Consolidado

bancario I

Bancos

públicos

Quantidade de IF - 10 3 13

Índice de Basiléia (%) - 15,9 33,9 16,0

privados nacionais

Quantidade de IF 11 27 19 57

Índice de Basiléia (%) 8,2 14,1 34,0 14,2

estrangeiros

Quantidade de IF 2 27 7 36

Índice de Basiléia (%) 7,2 14,4 17,7 15,0

bancário II

Quantidade de IF 1 13 14 28

Índice de Basiléia (%) 9,1 11,7 22,4 12,0

Total

Quantidade de IF 14 77 43 134

Índice de Basiléia (%) 8,1 14,0 20,7 14,2

1/ Números de instituições não incluídas no teste de estresse.

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capitalização de 5,2% do PLE do universo analisado. A somado PLE dessas 33 instituições representava 37,3% do PLEdo universo analisado, após a simulação.

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Em comparação aos demais cenários apresentados,neste seria verificada a menor redução no índice de Basiléia.O PR alcançaria R$155,4 bilhões (aumento de 1%). Já oPLE, R$96,1 bilhões (aumento de 1,7%). Com isso, o índicede Basiléia seria reduzido para 17,8%, apenas 0,1 p.p. Noconsolidado bancário I, somente os bancos públicos seriambeneficiados, apresentando índice de Basiléia de 16,6%; osbancos privados nacionais e estrangeiros apresentariampequena piora no índice: 18,1% e 18,5%, respectivamente.No consolidado bancário II, o índice permaneceriainalterado, em 17,8%. Nesse cenário, não haveria instituiçõesdesenquadradas, quando comparadas com a situação inicial.

Estresse de baixa de juros e câmbio

Discriminação Faixas de Índice de Basiléia

Inferior a 11Superior a 11 A1/ Total

Consolidado

bancario I

Bancos

públicos

Quantidade de IF - 10 3 13

Índice de Basiléia (%) - 16,5 33,9 16,6

privados nacionais

Quantidade de IF - 38 19 57

Índice de Basiléia (%) - 17,7 34,0 18,1

estrangeiros

Quantidade de IF - 29 7 36

Índice de Basiléia (%) - 18,7 17,7 18,5

bancário II

Quantidade de IF - 14 14 28

Índice de Basiléia (%) - 17,5 22,4 17,8

Total

Quantidade de IF - 91 43 134

Índice de Basiléia (%) - 17,6 20,7 17,8

1/ Números de instituições não incluídas no teste de estresse.

Estresse de alta de juros, câmbio e crédito

Discriminação Faixas de Índice de Basiléia

Inferior a 11 Superior a 11 A1/ Total

Consolidado

bancario I

Bancos

públicos

Quantidade de IF 4 6 3 13

Índice de Basiléia (%) 8,4 12,3 31,6 11,4

privados nacionais

Quantidade de IF 20 18 19 57

Índice de Basiléia (%) 9,3 12,7 31,0 12,6

estrangeiros

Quantidade de IF 4 25 7 36

Índice de Basiléia (%) 9,2 15,4 16,8 13,5

bancário II

Quantidade de IF 5 9 14 28

Índice de Basiléia (%) 9,8 23,9 17,0 10,4

Total

Quantidade de IF 33 58 43 134

Índice de Basiléia (%) 9,5 13,1 18,9 12,1

1/ Números de instituições não incluídas no teste de estresse.

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Cenários de estresse

Para efeito do estresse de risco de crédito, realiza-se o rebaixamento de dois níveis nas classificaçõespara todos os clientes da instituição financeira, a partir dos dados do balancete – carteira classificada. Da novaclassificação, obtém-se como resultado uma nova necessidade de provisão. Desse resultado, subtrai-se a provisãoreal, para se verificar o aumento de provisão necessário. Em seguida, calcula-se o efeito do aumento de provisãosobre o Patrimônio Líquido Exigível (PLE) e sobre Patrimônio de Referência (PR) e, conseqüentemente, apura-se o impacto sobre o índice de Basiléia.

Para a identificação dos parâmetros a serem utilizados nos cenários de estresse de risco de mercado(taxa de juros prefixada e cambial), utilizamos o maior valor obtido da aplicação de dois modelos: VaR e Híbrido.Com relação ao VaR, utilizou-se, basicamente, a metodologia do RiskMetrics, que trabalha com a hipótese decomportamento normal para o logaritmo dos retornos das variáveis em análise. Já o modelo híbrido utiliza dadoshistóricos, mas não traça hipóteses quanto à distribuição dos retornos das variáveis analisadas, e faz uso datécnica de alisamentos exponenciais – combinando assim algumas características do VaR, do RiskMetrics – edos métodos de simulação histórica.

Para esses dois modelos, utilizou-se o nível de confiança de 99,6% (equivalente a um erro a cada ano), eum período de manutenção de posições de dez dias úteis. Quanto à técnica de alisamento exponencial, que visa darpesos maiores às observações mais recentes, foram utilizados diversos fatores de decaimento entre 0,9 e 1, quebasicamente geram pesos iguais para todos os dias da série, observando que, para os cenários de redução de taxasforam utilizados apenas decaimentos entre 0,94 e 0,9. Em cada data em que o cálculo é realizado, utiliza-se umasérie de dados que compreende o primeiro dia útil de janeiro de 1999 até o dia útil imediatamente anterior à data decálculo, e o decaimento exponencial escolhido é aquele que gera o maior resultado.

Na aplicação do estresse de risco de mercado sobre o PLE, consideraram-se os resultados das oscilaçõesdas taxas apenas no valor de exigência para risco de mercado (juros + câmbio), não se alterando o AtivoPonderado pelo Risco (APR). No PR, foi considerado o efeito financeiro da variação cambial sobre a exposiçãolíquida e da variação da taxa de juros sobre os fluxos financeiros das instituições.

1/ Vide Conceitos e Metodologias nas páginas 55 a 59.

2/ Vide Conceitos e Metodologias na página 68.

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A metodologia Riskmetrics (1994), desenvolvida pela instituição financeira J.P. Morgan, propõe que ovalor em risco (VaR) seja calculado pela equação abaixo:

, onde

VMTM é o valor do ativo marcado a mercado na data t;zα é o quantil da distribuição normal equivalente ao grau de confiança da estimativa do VaR;h

t é a volatilidade condicional na data t para o ativo;

∆t é intervalo de tempo escolhido para o cálculo do VaR.

A principal hipótese subjacente é a de log-normalidade dos preços dos ativos1.

Para estimar a volatilidade condicional, Riskmetrics recomenda a utilização do Exponentially WeightedMoving Average (EWMA), conforme a equação abaixo:

, onde

rt é o retorno do ativo, para o período t, definido como r

t = ln(P

t/P

t-1), onde P

t é o preço do λ ativo em t;

λ é o fator de decaimento, tal que 0 < λ < 1.

A formulação do EWMA mais utilizada em séries financeiras admite a hipótese de que a média dosretornos diários dos ativos é igual a zero2.

Quanto ao fator de decaimento, Riskmetrics sugere λ = 0,94 para dados diários. Porém, existem métodospara a escolha do λ ótimo, tais como a máxima verossimilhança e o princípio dos mínimos quadrados. O valor deλ próximo de um reproduz o fato estilizado de a volatilidade ser altamente persistente.

Na previsão da volatilidade EWMA, a variância condicional dos retornos é composta por dois termos. Oprimeiro [λh

t-1] constitui-se de um termo auto-regressivo que expressa a dependência temporal da variância dos

retornos, fato estilizado presente nas séries financeiras. O segundo [(1-λ)] representa a contribuição da observaçãomais recente (inovação) para a variância estimada.

1/ Deve-se observar, também, que para se utilizar a raiz do tempo para converter de um horizonte de cálculo do VaR para outro, admite

se que os preços são log-normalmente distribuídos e seguem um processo de Markov.

2/ Riskmetrics também apresenta a equação na qual admite que a média dos retornos é diferente de zero.

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O cálculo do VaR da carteira é dado por:

, onde

VaR é o vetor n x 1, contendo o VaR de cada ativo na carteira, e n é o número de instrumentos no portfólio;

VaR’ é o vetor 1 x n, vetor transposto do vetor VaR;ρ é a matriz n x n, contendo as correlações entre os ativos que compõem a carteira.

A correlação, no dia t, entre os ativos i e j é calculada pela seguinte fórmula:

, onde

h(i,j),t

denota a covariância condicional entre os ativos i e j na data t, a qual possui o mesmo princípio decálculo da variância condicional, e é obtida pela fórmula:

.

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Neste boxe, é resumido o trabalho de Boudoukh et al., publicado na Resenha BM&F 122/1998, utilizadopara se calcular o valor em risco nos cenários de estresse de taxa de juros e câmbio. Essa abordagem, conceituada"modelo híbrido", consiste em reconhecer os trade-offs existentes nos diferentes métodos empregados paracálculo de valor em risco e combinar essas metodologias de modo a otimizar esse trade-off, buscando manteras respectivas vantagens.

As metodologias mais utilizadas e difundidas de cálculo de valor em risco consistem na técnica dealisamento exponencial (exemplo clássico é o RiskMetrics), que emprega pesos decrescentes a retornos passados,o que permite capturar o comportamento da volatilidade e a simulação histórica que evita fazer hipóteses sobrea distribuição dos retornos e utiliza os percentuais empíricos da distribuição histórica dos retornos.

A abordagem híbrida combina essas duas abordagens. A abordagem de simulação histórica usa pesosiguais para calcular a distribuição condicional. A proposta é de se usarem pesos decrescentes a dados passados,e essas ponderações são calculadas de modo semelhante ao do método de alisamento exponencial.

Ao fazer essa combinação, duas propriedades indesejáveis dos métodos tradicionais são deixadas delado. De um lado, a abordagem do alisamento exponencial assume normalidade multivariada, o que causaproblemas em função das caudas pesadas que se encontram na maioria dos ativos financeiros. A abordagem desimulação histórica evita hipóteses sobre a distribuição, mas assume pesos constantes para as observações daamostra. Esta última hipótese é bastante irrealista, uma vez que a informação contida nos retornos sobre adistribuição atual diminui com o tempo.

Dessa forma, a abordagem híbrida consiste em aplicar pesos decrescentes a retornos passados e encontraro percentual apropriado dessa distribuição empírica ponderada no tempo. Boudoukh et al. testaram o modelohíbrido para a taxa de câmbio de marco alemão por dólar norte-americano, preço spot do petróleo do tipo brent,índice Standard & Poors 500 e um índice genérico de Brady Bonds (J.P. Morgan Brady Bond Index) econcluíram que os resultados empíricos mostram que o modelo híbrido é superior aos outros dois, principalmente,no caso de dados com caudas pesadas, como os das séries de preços do petróleo e de Brady Bonds.

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A evolução recente do nível de atividade, observadaa partir do segundo semestre de 2003, ratifica a tendênciade crescimento da economia brasileira, com destaque paraa recuperação da demanda interna, com reflexos no SFN,que ampliou os níveis de crédito.

Os resultados obtidos nos testes de estresseindicaram estabilidade em relação ao semestre anterior nassimulações de baixa das taxas de juros e de câmbio.Entretanto, observou-se ligeira tendência de aumento nonúmero de instituições que poderiam apresentardesenquadramento nas simulações dos cenários de alta dorisco de crédito, das taxas de juros e das taxas de câmbio.Esses resultados foram obtidos no contexto de deterioraçãono cenário externo – indefinição da política monetária norte-americana e elevação das cotações internacionais do petróleo– ocorrida entre abril e julho, que gerou alguma apreensãono mercado financeiro doméstico, principalmente comrelação à expectativa de maior volatilidade para a taxa dejuros futura e para a taxa de câmbio, sem configurar, porém,um quadro de crise.

A despeito desse quadro de pressões consideradastemporárias – ao final de junho de 2004 observou-se a voltada estabilidade nas cotações do dólar norte-americano –,os resultados dos testes de estresse indicaram que opercentual do PLE das instituições que estariamdesenquadradas, relativamente ao PLE do universoanalisado, aumentou levemente em relação a dezembro de2003. A necessidade de capitalização permaneceu estávelno período, fato que comprova a suficiência de capital nosistema bancário para fazer face aos riscos a que estãoexpostas as instituições financeiras.