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Bioetanol de Cana-de-Açúcarres ( 10ipojle,

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Bioetanol de Cana-de-Açúcar© 2010 Luís Augusto Barbosa Cortez

l' edição - 2010Editora Edgard Blücher Ltda.

BlucherFICHA CATALOGRÁFICA

Rua Pedroso Alvarenga, 1245, 4Q andar04531-012 - São Paulo - SP - BrasilFax 55 11 30792707Tel 55 11 [email protected]

Bioetanol de cana-de-açúcar: P&O para produtividade esustentabilidade I Luís Augusto Barbosa Cortez,coordenador. - São Paulo: Blucher, 2010.

Vários autores.Vários organizadores.ISBN: 978-85-212-0531-9

Segundo Novo Acordo Ortográfico, conforme 5. ed. doVocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.Academia Brasileira de Letras, março de 2009.

1. Agricultura sustentável 2. Biocombustíveis3. Bioenergia 4. Biotecnologia 5. Cana-de-açúcar-Indústria - Brasil 6. Etanol I. Cortez, Luís AugustoBarbosa.

É proibida a reprodução total ou parcial por quaisquermeios, sem autorização escrita da Editora. 10-06180 COO-636.9

Todos direitos reservados pela Editora Edgard BlücherLtda.

índices para catálogo sistemático1. Bioetanol de cana-de-açúcar: Pesquisa edesenvolvimento para produtividade e sustentabilidade:Engenharia agrícola 636.9

Page 3: Bioetanol de Cana-de-Açúcarres ( 10ipojle,

7INSTRUMENTAÇÃO E AUTOMAÇÃO NA

AGROINDÚSTRIA DA CADEIA CANA-ETANOL

{)s avanços tecnologicos necessarios para o au-mento de eficiência l1él cadeia cana- '1 anel, tani o emrelação à cadeia produtiva quanto .t cad ia indus-trial. vstão de forma direta ou indireta relacionadosà pesquisa e desenvolvimento em tustrumentaçãoe aut I imaçào.

lxeste capítulo, C:' apresentado I) papel funda-ment ai Que a instrurncntaçào e auton.ação doscmpe-nham na oümização dos .u uais proc. ssos de' produ-çào !l(' etanol ele cana-do-açúcar, a ... oportunidadesteci \(Ilógicas já disporuvois no mert,u 10, os desafiospara a implemcntaçào inclustrial eJ,) produção doetanol celulósico de forma integrada e sustentávele, finalmente, é apresentada uma vis.io sobre as 1 n-dências para a consoli. laçào das biorrefinarins.

INSTRUMENTAÇÃO E AUTOMAÇÃOVISANDO A OTIMIZAÇÁO DO PROCESSODE PRODUÇÃO DE ETANOL DECANA-DE-AÇÚCAR

\pesar dos avanços t ccnológk. I da indústriasurn .alcooleíra nas últ irnas décadas, ainela ox isterndiversas oportunídad.:s para a otinuzação d(l pro-ces-« I e consequente aumento ela produtividade nasu in.rs de produção til' «tanol. Is (, "e deve ;11 I fatode que as indústrias produtoras de alcool combustí-vel ]lI I Brasil não são «aracterizndas por grand s in-vestimentos em automacão e .ontr: ·le, Essa di cre-pânria pode estar relacionada tanto ;1 desacok-raçãodo incentivo à produção di) eranol. ,,('orrida no final

Cristiane Sanchez FarinasLadislaú Martiii Neto

Robeito Campos Giordano

da I I 'c,lda de 19~JO,como t arnbr-m pelo próprio d s-conhernuento dos reais boneluios da implcmonta-ção de novas tocnologias no processo produtivo(AT.\L.\.2004),

Com as perspectivas atuais de ampliação domercado externo, da aplicação de otanol em moto-res (101 ipojle,<'fuel, no processarncnto <.10biodiosel,células LI' hidrogênio e outras fontes alternativas eleene-rgia, é esperado IIITl maior investimento das usi-nas tanto na pesquisa como na implerneruação denovas iccnologias, aliadas com a automação e «on-trolc do processo produtivo (ATALA, 2(04),

À implementação de controle no processo temcomo vantagens a possibilidade de gerar um aumen-to de eficiência, produtividad e reprodutibilidade,redução ele custos, melhor controle ela qualidade ereduçào de impactos ambientais. l ma das razõesdisso c que a peça-chave nos processos fermenta-tívos ele produção ele etanol, os rnicrc-organismos,são muito ensívei a pequenas variações arnbicn-tai ..., Qualquer pequena variação na qualidade damatéria-prima. cornposiçào do meio, pl!. tempera-tura podem afetar significativamente o metabolismoe ai! erar a eficiência (~a produt ividade do processo.O I.ont role do bioprocesso visa manter o ambi n-te no qual as células sãu cultivadas e\TI condicõesótimas para acre cnueruu. bios íntese e processa-111 IItO final.

O controle do processo ele produção ele eLa-nol segue os rnesmos princípios de uma planta in-dustrial, tendo como objet ivo manter certas variá-veis entre os limites operacionais desejáveis. Para

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melhor situar a nomenclatura utiliza.l.: 111'::11'capí-tulo, a Figura 1 traz uma represcnt.u.u. ~;llllilrílicade um sistema/processo genérico 111\(' ~;I'I'virá debase para a descrição da temi i11Idi ',1 ',I;I I' 111J> regadano contexto de controle, aU(OIlI;\I';111 I' ot.imizaçãoela pcodução de etz.noL ~

As variáveis de entrada dll ::1';11'111;1são classifi-cadas em dois tipos: perl.url I:\1'1"':, ( 1111<! istúrbios), ovetor li em geral aleatóri.«. (I ,III',:ltI:I~, por mudan-ças não controladas 1\(11111'111:lIl1llil'IIII'); e variáveiscontroladas, 11, que' S;II1111:111111\li:1II: I~:;1 partir de leisde controle, Noto-se 11"" ,I', 1:1II;IVI'is g podem serou não medidas, 1'11111111I ,1:,1'1'11\\('\'1'1.0,

As variáveis Ili' I ti 11II1di' 11,:::11)manipuladas noprocesso real (I tr 1I'1I1:tlllI''I11,'1'1I111uio de abertura/fe-chament.o (11'v.ilvul.i-. :1111111'111"/1luninuição da rota-ção ri" 11lOllli', ':: I" li 111"1iI I Ir- 111\'1'\'::ores de frequênciaetc.). I':11';I I;111111111111111111',I' 11i1'1-rcntes estratégiasri" 1'11111\'(>11',:,"llill):1 uuu-. ,'iJ\1I11111() retroalimentado(fi 'I'I11J(fI 'I, ) 1'111'li\(' 11111.1I'I'Z l'llllliecidas as variáveis!lI' 1',:1:1/1":11',111111111',1111',11,1:1::,determina-se o valor!I(' 11til' 1111111.1,1'li" "I'II)('I'SSO opere próximo de11111:11'1111,11',1" 1'11' ,I,'I"IIIIIII;Ir\:1 (setpoint).

/\:: \':111:11,'1',11"'jlld:l, ()II de estado, K. sãoaqlll'I:I~; dl,IIIIIII.I', 111,111dl's('lIvolvedor do modelo('1111111:11:1111"1"111"'.1'111;1111I)S aspectos da realidadeI'I'II'V;IIIII';, 1,.11'.111Jl111\1I1'1I1:1em estudo; em outraspal.ivr.r», ::;111,\1111,,1:1:,1':III'lIladas a partir das equa-<,:1)(':;I11111111"1'111(1'.dl'llI"s e-sses que ocorrem no!lIIIl'1I "::1:,I, '111.1") 1,'111:11li 11'111(" as variáveis medidas(uu ::1111111"::1111'1111'"1\\i'did;IS"), y, são aquelas men-SIII';"I:I:; 111'1:1111',11111111'111;11,:,'\0disponível, tanto em1.1'11111111'1':tI (,'li 1111,') 1"111111()/Fline - por exemplo,t'1I1 11111:1I'I'I 111:11,111.111111':1 I I" iudústria. É importanteOlJSI'IV:II' 11111''! 1001!"11",>lI:;I'IVilÇão" inclui equações,em gl'I';1I :11,1',"11111',1'"Ip'" 111'1'lIlitem obter, para umproblema 111'11I I" I::111,\ "111rlllll,:ão de y, Se a variávelde estado 1'1)1'dil'l'I:IIIII'IIII' uu-usurável, então estaequação é SiI111l1i'::IIII'IIII''\ ,V, Muitas vezes, entre-

Novo Modelo Industrial e Usos Finais do Etanol

tanto, isso não é possível e, então, é preciso empre-gar relações mais complexas,

No caso da implernentação do controle em umfermentador, certamente uma das variáveis de esta-do será a concentração celular (tipicamente, leve-dura ae paruncaçao, SacchaTOrnices cereoisiae).Como monitorar sua evolução, por exemplo, pormeio da densidade ótica (DO) do meio de cultivo,que seria uma das medidas (parte do vetor y, por-tanto)? Nesse caso, uma correlação linear é tipica-mente empregada no bloco "observação": a curvade calibração de concentração celular versus DO,Entretanto, esse bloco pode incluir algoritmos com-putacionais bem mais sofisticados, como se men-cionará posteriormente ao se falar dos "sensores desoftuiare" ou softsensors.

Como se vê, a definição das variáveis de entra-da e saída na Figura 1 é uma construção abstrata,por parte do modelador, assumindo que seu pro-blema pode ser representado por um conjunto devariáveis mais significativas do ponto de vista daaplicação que se pretende, e do nível de complexi-dade aceitável e necessário para o modelo, Afinal,um modelo é apenas um modelo, e não a realidadeem si; ter clareza quanto a esse fato é um ponto departida essencial para se discutir a importância dainstrumentação e controle em qualquer processo -e, em particular, na produção de etanol.

Como se pode depreender do exposto nos pará-grafos anteriores, um requisito para que o controledo processo seja eficiente é o uso de uma metodolo-gia de monitoramento adequada, O monitoramentooff-line, realizado por meio da coleta de amostras esua análise posterior, apesar de poder fornecer da-dos precisos, possui a desvantagem da demora en-tre a amostragem e o resultado da análise,

O monitoramento off-line é muitas vezes utiliza-do durante a etapa de desenvolvimento e validaçãode modelos matemáticos do processo, quando se

SistemaControle

FIGURA 1

ObservaçãoMedidaEstado

Representação das variáveis em um modelo de sistema/processo monitorado e controlado,

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#cçao e Automação na Aqroi-rc ' d~ll d~ Cadeia Cane [ ,'110

I, 1II<IIlelauna quantidade maior ele in"'nma;ô'>s,1,11:;modelos podem então ser empregados paraI I tI,il't.O, otimização ou controle do processo, Assim,I" 'I' exemplo, medidas da composição do meio por, I Iuuatografta líquida de alto desempenho permiti-11;1111acompanhar essas variáveis de estado (compo-,":,Iu dos prntcipais strbstratos e Plfidutv5 Ú0 lClêiô),

III;IS não em tempo real. Ajustarem-se parâmetros,11'modelos cinéticos da fermentação podem ser da-,IIIS essenciais; mas para o controle em tempo real,1,1processo não podem ser utilizados, via de regra,II;tO só pelo custo das análises, mas também pelo.u.raso na resposta,

Por sua vez, o monitoramento das variáveis re-1i.vantes do processo em tempo real tem a vantagemIlc fornecer informações com atraso pequeno diante1Ia dinâmica intrínseca do processo, Essa aborda-p;em fornece informações diretas das variáveis men-suráveis.y (conforme a Figura 1), e é essencial paraI letecção precoce de problemas/falhas no processo,permitindo uma ação imediata a ser tomada, a fimde resolver a situação enquanto o processo aindaestá ocorrendo,

Um fluxograma do processo típico existentenas usinas produtoras de etanol de cana-de-açúcarpode ser dividido em três etapas: moagem, fermen-tação e destilação, Durante a moagem, ocorre a ex-tração do caldo da cana, Esse caldo é enviado àsdomas de fermentação, onde as leveduras atuamna transformação do açúcar em álcool. O produtoda fermentação, chamado de vinho, é enviado àsunidades de destilação para a separação da água cálcool. Cada uma dessas etapas apresenta oportuni-dades de otimização. O monitoramento em temporeal de todas as etapas do processo de conversão d;1cana em etanol é de primordial importância para ;1

eficácia do processo como um todo.No entanto, o controle da etapa de fermenta

ção, por exemplo, pode ser dificultado devido ;1 i11capacidade de se medirem algumas variáveis c!e I'::tado diretamente (ou seja, termos x = y), de 1'111'111:1rápida o suficiente para permitir a implemci I1.;11,';11,de estratégias de controle, como o retroalimo 111:1<11),Esse é o caso, por exemplo, de concentraco.-: <I,'substrato, produto e biomassa. Variáveis físil'o 11111micas, tais como temperatura e pH, atualm.-ut.: 1'"dem ser obtidas on-line, utilizando senSIII'I':: "1'11'priados, disponíveis no mercado, Porém, jl:II';1 1>1111'Iinformações sobre a concentração cio slIll:,II,III',produto e da biomassa, normalmente SillI 1'1'111:111:1::amostras para análise off-line.

\ :1 I 11111oportunidade de destaque (' 1 ins-t1'lIlIIl'III,II',11I ''',1:1 110emprego de técnicas espec-trOc,I'1111I1I:, 1',11,111':rli/';IJ'o monitoramento em tem-po 1'('<1I,!<-:,:"",, 1I1I1I1I)JJ('ntesdo processo, Técnicase81)('('\ 1'1,:,1"'I'" ,I, ',,111r.undas e não destrutivas, re-querem 1111111111,1"" 1I1'IrllIlllla preparação da amos-ha, I 1""1. 'li ," ;;::li'::"I:I:; rlimultanearnente pm"aavaliar li:, ,11" I " " 11111iI'"I'IILes em meios comple-xos, 11111I' ."11'1.111,\,' '1J,j\(':I<:;rosão os estudos quedesl'II\'IIII 101" 1"'1 I: \1.1-:rI/I//, (2008), visando aomouil 111:1111'') ri" "" l t u.: 01,11','1'1111'11Laç50 alcoólica,utili/,;III1II, , 'I'" 11'1'"1'1.1 1111inlravormolho comtrai ISrI)1'111:I' I.I , I,' 1,<I1111I (I'" I'11\ l.

():; :,1'11"'11", IjllllIll' ", 1,11',',111'1111';II';II'II'I'l~;Li(';]sadr-qu:u l;«. 11.11.1,11"1' I' .'" 11" 1IIIIIIII'lf':III1I'IIl'1 dl,;tIgum.e: ,'/,'1':1" ,I" 11111"111I11 ('.11;11'11'1'1::111':1::1'1111111baixo 1'11':1,1111'1111111ltl/l li, 1,'1.111\.11111'1111':'llIljlll'S,rnínuu.: 1'11'1,,111"'" ,lI 111" 1111' 1.11'11:11I111I11:rli/,;1çâo <1:\::111'di' I" I" 111rir, •• 11'1111",11'1111111'11::11111;1aLI';II'IIII'I,'II,illfl'IIl, I 'I,] 'lilJlI',j,' ti" 1"111'1':::;11::ill-dust.ri.u'. 111I"lrI,lI11 1,11111111.u ,1111,1,111":1IIr):;:i('II~;()]'('~:111111111'0)' '111)111111,"llIlrI" 11'," 111'CjIII'lIII'IIII'Il-LI' !lilll'Jlli.rd, 111t! 11111111111I' 1111'''/'1''11\'1<1;1111',1'111'('XI'II111111,11'1111'.,llltI, til JlII"11 11-'.1'11111<l1::~;(jlvid()S;11l1'11/1111'11,1111'1111I1 lI! 111.,1'(lllllIiI'I'I';IIIII'I'S,

11111,1ti jI, III/VI' ,11"1111,11)('11:.'1111'IH'I'llIiLI' Sllpe-1':11'li:; IIJlrlrll'"llj di' ,1,11 u l.u h: (, :1 uulização de:;i~;II'lll,I, 1'111\, I Ii,' '11 1111",dl:,I'i'I'los, Tais siste-111:1:,II.li.r .111.11'.'li,' 1111111<111:,I' ,I~:IS('S~ão chama-d,,;, d,' Itll Ili l' 11" 11\1,1"1111111"1),n-spectivamente.1':1,",',,111'1'11.1,I "I' 11',rll ..11'.umlises quantitativas(1'11111"Irlld'"' rlll, 11)llljllllIl'lIl.e~) e qualitativas1111"1IIItlIII '1111111111"111,",,111IIICio (RUDNITSKAYA,';1111:') \,111" , "IIIjr!II::dl';,!Jlicaçõesdessessenso-,," '"", ,. 1,I I, I,I', 1\.11111'1':11.111'<1,incluindo a detecçãoli, ,li 111.u : , 11111',1II,'I;tli('o~ e outros contaminantes"11',,'111>" , 1111'1)',,11111'1IS (BRUGNOLLO et al., 2008;\' \1,'\',\1.111) ,'I 11/" ~()U7; FERREIRA et al., 2007;1.'11I. (/ i i] '~llI)'l; I"I~RREIRA et al., 2003).

f\!" "111,11111',métodos de monitoramento em1,'II'IJIIII·;lllloIIIISI.OS e que possam ser aplicados emI ',I ri:I i111111:.i.rial ainda são relativamente escassos,I, 1,1';:1 dil'rr:lddades relacionadas à complexidader l. I , 11111j!1I:;i(.,:iloda amostra e da especificidade dos11111li 1IIIII'III.es monitorados. Um composto especíâ-, " (jlOI .-xemplo, um micronutriente, metabólitos,:lIlllllilJl.ic.:os) pode ter uma influência importante no11"'I; I1iolisrno celular, mesmo em concentrações mui-111h.iixas. A medição desses componentes em bai-.\:\s concentrações, muitas vezes em um meio com-plexo, é outra dificuldade para o monitoramento do

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biopror.esso. Geralmente, () 1",1.1111'111, purificação,concentração e determin.u. li' ,I" ,:" .;, , «mpostos sãoprocessos demorados (' jll" ',,111 11I1I'l;ultO, realiza-dos utilizando métodos; 111,li111'tr . "/I I i1/1' (VOJINOVIet al., 2006).

Como já mell(·I!III.I,[" ,IIII"IIIII'IIl<'nte, sensores

1 ' '

f\.,odelo hdus+rial e Usos Finais do Et,III'"

estão diretamente relacionados à mstrumentaçú: I ,automação, a saber:

• Automação: complementação dos sisteru.rlocais e de supervisão; desenvolvimento <I"

sensores/equipamentos; de controles 0P(,I";Icionais "ínteli e tp "

cos p:II":I" 1II"I111111:ortll"IIIüdo pH e oxi-gênio dissolvido ,', li li 111111111.1 '."1 'I:; mais comumen-te utilizados 1'111111111'1'''' ,""" 111:lSnovas pesquisasresultaram 11:1111,011'''1'.1"".: ':"llsores ópticos. Ossenson's '11111"1' d, " '1.' 111'1 .lissolvido e dióxidode C:;1I"11I1111, '.,1'1.1""1.1 ,li ·1""'lv(·is comercialmente,um;I \'1' '111' " 11 111",. IUI 11111'"e eletrônica estão1"('(111/.111<1"'1'1111111111111111,' :;('IIS os custos (HARMS1'1 I1I "1111J)

\1, 111,[' 1'11111,,,,, 11'1'111I'11tativo, uma questãoIjll" 01"\1 (I ,lI' I." ,IIi" I' " necessidade de méto-<111::Ii" <I,Ir 1111111I' 111Ii" '111;ilidade da matéria-prima(11'1'1"</" 111'1'111',I,' ',11:1«omposíção) mais rápidos"1111 11111 \ 1,·1011,,,11,,1i:;IIl<1('uma metodologia para('(11111111,,I I 1'" ,111,I <I" uuuéria orgânica e mineral,"111 :.11·1" 11 I" 11.1, 11I:llt'l"ias-primas empregadas na1"('llIiI"lli" 111I 11,1,"III'1'I'IIL<~Sde processo da fermen-1:1<.1'I I 11111111I" 1111() ;1sn explorado (FELIPE, 2006).

\ ''I'' I.u .I(I ti, I~; pl"ocessos de separação/puri-111':11,111,1,) 1'1,11111/(!I()/II'1/,síream) também tem im-11,"1;11111.11'111'r.il u.: ot.imização do processo global.() 1"'1'" ,"11 (1IIV('II('iol1al, destilação, é energetica-111"111"11111'11'011'11(' illl,('gl"aclo às demais operações,I" 111111'1'""'. " !',('I';I suhprodutos importantes, in-1'1"'01\' ,I" 111111111li,' vi~;I.:I.unbiental. O desenvolvi-111"111"<I" ',1':1"111;1:,<1('('(lItll"Ole do processo de des-ItI:I,:.1I1 ".1 .1\·:tlI.I':;11I,I" S('II efeito no desempenholill 1"111,.....'1 11111111,'111<1(' simulações também são1111"I ,I,' 1,1."101"," 11,li

<:111111111111")("1111""li,' iuodcmização do proces-SO, I)(}(I,' :.,., ti ,11,'III'.I:":"::I",I('I)(~neirasmolecularesna eLal );1,1" 111'"111",111(111,'I ;111111.uudro, em lugar dotrem c!(' ('1111111,1',,I., ,I. ,:,1d:II::I(I :rl.l'(jLrópica e de recu-peração (/(' :;,Ii\'!'I til' 1".',1", I" Jllip;llIlcntos suprimem anecessidade li,' IIllil/ ..I",IO)<111lil':;idraLante ciclohexa-no, permitindo ;111111,'111":'"di' 11111produto com maispureza e sem 11('('(';:;;111:11I,· ,I,· 1I1:111I'.illdesse solvente.

O Centro <1(' (;(':,1 :111.' 1':'.III,I()s Estratégicos- CGEE publicou 11111li, 11"11111''1111,(M!\CEDO, 2003)no qual lista alguns 1(11'1t"1I:,",,"~;irl('r;lrlos comoimportantes para o c!(,:;,'IIVIIh'III1I'III() lio prccessa-mento industrial do c I.:1111I1 (1I'I'II()I().I~t:ISdI' extra-ção, fermentação e desul.u.ro: pr,"IIJ(.:;11I (' uso deenergia; metodologia analü.icn; "111111"111,';111ti lil'lll.al);e segurança agroindustrial. V:íri():, d,'ss('S I.(')pic()s

• Metodologia analítica: maior utilização de (':;pectroscopia NIR para uso on-line na fábrir. 1e para determinar a qualidade da cana.

• Fermentação: maior "robustez" quanto a J111tuações na qualidade da matéria-prima.

• Uso de novas técnicas de separação e COIIcentração (membranas, troca iôníca).

• Desenvolvimento de produtos novos ;1partir da sacarose (plásticos, solventcs,aminoácidos) .

• Desenvolvimento de tecnologias para a recuporação da palha a baixo custo «US$ 1.00/G,])e tecnologias para produção de energia adicional nas usinas.

• Cogeração para energia elétrica.• Hidrólise da celulose para produção de etanol.

A automação de uma planta industrial é rea-lizada por meio da implementação de sensores ('atuadores, comandados por sistemas remotos. Asmedidas dos sensores e a ação dos atuadores sãorealizadas por sinais que transitam entre um sistemasupervisório e a planta. Uma planta auto matizada,com aquisição de variáveis do processo em temporeal, e com estratégias de controles bem configura-das, proporciona benefícios tanto ao produtor, comredução de queixas, devoluções, reprocessamento ecustos, como ao consumidor final, que dispõe de umproduto mais padronizado (ATALA, 2004).

Certamente, poderiam contribuir bastante paraa otimização dos processos de produção de etanolalgumas técnicas já utilizadas no refino do petró-leo, tais como: sistemas de otimização de balançotermo elétrico em tempo real; técnicas de automa-ção de projetos, com ferramentas que envolvemmaquetes eletrônicas de unidades; documentaçãodigital de sistemas; sistemas de aquisição de da-dos; sistemas de reconciliação de dados para fecha-mento de balanço de massa; controle avançado deprocessos etc. Essas tecnologias, atualmente, sãoaplicadas aos processos de refino e, futuramente,podem ser incorporadas ao setor sucroalcooleiro(OLIVEIRA, 2008).

Com efeito, a aplicação de técnicas já conhe-cidas para análise, síntese, otimização e controle

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r'st'l'11en+ação e Automação 'Ia Agroindústria da C.« 1,'\,

avançado à indústria sucroalcooleira seria a tradução da Engenharia de Processos e Sistemas (Bio-process Systems Enqimeerimq) clássica, desenvol-vida muito em função da demanda das indústriasdo petróleo e petroquímica, em uma Engenhariade Bioprocessos e Sistemas. Essa abordagem foirecen ememe -escn a por 1 ealo (2009) para uma biorrefinaria de soro de quei-jo, demonstrando a flexibilidade da técnica e a po-tencialidade de aplicação da mesma na produçãode etanol.

Concluindo, os atuais métodos de concepção,projeto e operação das usinas devem ser revistos,visando à incorporação de técnicas de simulação,otimização e controle do processo. Ferramentasque permitam a implementação de metodologiasde análise on-line devem ser desenvolvidas, ser-vindo de sustentação a essa nova metodologia, deforma a garantir, afinal, uma melhor eficiência doprocesso do ponto de vista econômico, energéticoe ambiental.

ETANOL CELULÓSICO: DESAFIOS EMINSTRUMENTAÇÃO EAUTO MAÇÃO

A celulose é a fonte natural renovável mais abun-dante do planeta, e a produção de energia baseadana matriz lignocelulósica é uma importante rota al-ternativa que vem sendo mundialmente estudadae debatida. Entre as fontes de biomassa celulósicaque podem ser utilizadas para a produção de ener-gia, especialmente na forma de biocombustíveis,destacam-se o bagaço e a palha da cana-de-açúcar.Apesar de já existirem tecnologias disponíveis parao processamento da celulose, a maioria esbarra emdificuldades técnicas ou econômicas. Ainda assim,especialistas consideram que a biomassa lígnocelu-lósica será a principal matéria-prima para a produ-ção de etanol no futuro.

Atualmente, a produção industrial de biocom-bustíveis está passando por uma fase que pode serconsiderada como uma verdadeira encruzilhadatecnológica. Isso se traduzirá, futuramente, em umaforte competição entre as diferentes tecnologias queestão em fase de desenvolvimento. As rotas vence-doras certamente serão definidas por uma combina-ção de critérios econômicos, ambientais e aquelesrelacionados à robustez do processo. A Tabela 1resume algumas empresas que estão apresentandosoluções diferentes para a produção de biocombus-tíveis (CORTRIGHT, 2008; RENNINGER, 2008).

605

1I1H11/1 I 1'''I •. r. .iruantes no desenvolvimento de tecno-

I", li' I ",I" ., produção de biocornbustfveis,

r 1\ •• 1.,

rPrOdllli.

111.1 "1

Termoquímica

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Alcoóis I Ii'VIJ

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Uma roLI fllll' 1111,11"<1111ra para pro.luc.«: d,' f 1,11\1011" ,f'I~III\":1 I~I'I';H::!()apartir de ligl\()('f·IIIIII.1I' I" 111<111111:,1'IPllllli(':! ouenzímátir.a 11" 11:1!',d'.ll(1'1111111,1111.1),1'11111I'I'rllIC\\La-ção alcoólica :illlllll\,IIII':1 1111'oI'IIIII'llI'i;lI. I';ssa rota,no entanl.o, 1'1'11111'1,'1:1\1:\'; 1,llIi'i(JII:li:i <1('tratamentodo material :111111til' I 11"\ i '11I'I O:: I'()lllpostos polimé-ricos pn'si'IIII':: "111 .u 111illl':1 li'f'Illi'lIl.escíveis. Issoocorre <I('vill":1 11.11111"',1l'I'(':II('il.rante dos mate-riais liglllll'l'llIllI'oIl'II;" '1111'Ilil!::;IH'111ligações inter eintramol: 'i 'I li:11I", 'pll' 1.1/,1'111;1 11idrólise da celuloseser muito 111:11',dllll'll dI, '1111';1hidrólise de materiaisarrulár.oos. I" li I' \1 '111\ Ili'

EI\I.I'I' :1::11"'11'di 1)',1:1:;da etapa de hidrólise exis-tem o\,,,,'1111I1!I.I!I.';, d,· (\('scnvolvimento utilizandohídrólis.: '1"111111':1I' i'llzilllática. A conversão enzi-máüc.: ,11' 111.11f'I'r;II" ligllocelulósicos para a obten-ção d(' :11:111':11'1';:11'1'1Iicntescíveis tem sido apontadaCOII\O 11/11;1:t\li'l'lIal.iva promissora e de grande in-terc:s:«: /I1ilu..Lrinl para o aumento da produtividadedo 1'\:111111111'11111lia sustentável (OGIER et al., 1999;WYI\!I!\N, I ~J<Jq; KNAUF, 2004).

NIl 1'111.:"11.0,a utilização da rota enzimática paraa 11itl 1'("i;;(' da celulose, apesar de ser uma alterna-l.iv.i dI' monor impacto ambiental, ainda requer odi'sl'llvolvimento de tecnologias que possam redu-zi I' os custos de produção das enzimas. O custo de\!J'()<ill<;ãodas celulases é considerado um dos prin-(' ipais entraves na comercialização tecnológica daliidrólise enzimática de celulose (WALKER, 1991;I~VELEIGH, 1987).

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Outro desafio tecnológico () :-;,'I ,,11I' 111,11/,I I'sLárelacionado à etapa de pré-tr:Ii;IIII'"III, , d,l l,illlllrlS-sa,afirndereduzirsuarccakill,III'I., \',;,Il' 1;1<10aodesenvolvimento de procos.« I:; ,I" 1'1I' 11:11;1111cntoque sejam eficientes do j)()Ii/ll Ij, I 1,111'I'llil'O, eco-nômico e ambiental, um.i ,J,I', ,I, 111.111'/'1',11'1'1/0ti i.,

cas esta relacionada ,](11/''',''11 ,,[ 1/111'11111d(' técni-cas analíticas robusi.c. 1[, 111',I, '11/1' ncrmítamdeterminar, de f01'l1l;11"1".1,. 11111 ;1 ('()Illposiçãoe caracterização <1;11111"[" ..I', "::;;I'lIciais paradefinir previallll'IIII' I', '11.'" I', t/II processo depré-tratamelll,II, 11"111' '[1[1" 1',li ,I :11/\lli;II' na seleçãodesse proc<':::;" 11111,[ 'lil" 1'\I:;!I'1ll diferentesopções do 1.1"'1/1,1''''1I I [' ,[ldll,I,'<!I'(juadadepen-de do 1.ipll 11[,1II,tlI 11,' I" 11[1.1

/\11'111c/I"',II I I 11,i!1"II,I";11l 1/;1biomassa é deexl.l'I'III;1 11111111//1111'111'.11I ,I 1"III:;l.l'ltção do bancos(/1'c/;IIIII;,ljll" IUI I111rlllllI 111;11',1.';sillluladores a se-1'1'1/111/"I/,Ic/" , '1,1IIIi 1'1,11,1'I rI" pl'ocesso e na defi-Ili':;IIII/,,', 1"1';,I ,'I ',1/ I, 1',11;1III/plantação das bior-1'1'1111;1/'1:11,'1',11111,'Ir; .t. .dl,1 :,I)I,lIif'lcância é o próprioc/I'S('IIVI./\II'"'III" "11 1,I,II'I;w;1I1dl~sses simuladores,di' 1'0/'111:1,I 1111"1 (l1l111J"', II)(lf/l'/os cinéticos carac-/,{'I'í,'i/.i('I),':1/(, 1"" 1",',11('1111/l1('stão, Isso significaI,'S/.I'I/(/I'I' 1I (IJIII l'llr, C/,, 1<1I!~('llllaria de Processos eSiS/.I'III:l,lj (/lllllJ/lllf "",'//';/1'111.<; /'o'ngineering) clás-Si(':I:1 11/111/111,1,/11ri" ,'1,1/1111",'Ill/ósico,

():i 11'''..1/111,'1Iltll'lIlIl'IIII','i, exigindo ainda esforço('(III:;i!lI'I','III'1 di' P(""IIIl:;.'I {' <!(~senvolvimento, Isso se!I('I'I' II:II( ,'1'1111,1',,I I '1Ii'l!/I'xidade dos processos deI'III/II'I} 1111'11111I,11/I, ~I"SIII() processos enzimáticos1';1/'.,IlItI" "1'''' ri" 111.'1/I 'l'i;1i ligllocelulósico têm meca-Ili::! 1111:,1'1/11,1/111',1111111(1111;1is complexos que a catáliseI 'I;IS::/(';I, 111,I', ,rll '111'I, ) /":i/.II I lI' as enzimas serem em si1111111"'111",,,'11/,1,11,1111';11:1/11./1':1.está longe de ser trí-vinl, 11(1I';I:,I} </,111Ic!i'ldl::,'dI' ('I'ltilose, há um comple-xo <lI' ('IIZIIII:I', :I!:II" I,I' '111,<:illl'l'gia sobre um substra-to coiupt. ''\11,1'111"111()rI '::;:(J c/I' IlI'('-tratamento alterasignific:al.iv;IIIII'lIil' :,11,1',1';II':II'/I'l'ísl.icas estruturais-e, consequi'lIl.( '11/1'1111',:1,'1111'/ i(';11'C':J.cional.Portanto,existe uma r()rl.l' tll'/(I:IIII/;1 11:11':1o desenvolvimentode modelagem 1'I'/:i('Ii111:1,1:,;, Ilicln')lisc enzimática dacelulose, Modelos til/I' ,I, ':>< '/('1':1111.rx taxas de conver-são em função de 1111ItI;l1".':1::('111;r/,I~III"asproprieda-des do substrato, pOI' (''\1'1111"", () ,! .r.11I I I(~polimeriza-ção, a cristalinidade c a; 1I'I '::::11li 1il /:Ic/" c/a celulose sãode interesse,

As oportunidades CIII ill~;I.IIIIII'"l.a(,:ão e au-tomação na etapa de proclll(:;rll 11:r,<-;('I/zilnas, bemcomo na caracterização da biolll:lSS;r lip;llIJI;('llllósicasão apresentadas nos tópicos a s('gl/ir

Caracterização da biomassa

O desenvolvimento de métodos analíticos ro-bustos tem se destacado como uma demanda tec-nológica essencial para viabilização da produçãode etan a açaodas bíorreünanae. Isso se deve à necessidade de ca-racterização da biomassa de forma rápida e precisapara a definição das condições de operação dos pro-cessos de conversão, uma vez que a heterogeneida-de é uma p'ropriedade inerente à biornassa

A composição química da biomassa varia emuma função de diversos fatores, incluindo a própriagenética da planta, as condições ambientais duranteo crescimento, bem como o método de colheita earmazenamento, Além disso, muitas das fontes debiomassa que serão usadas como matérias-primasdos processos de conversão são resíduos provenien-tes de outros processos, Isso introduz outra variávelrelacionada à eficiência do processo original cornouma fonte adicional de variabilidade na sua compo-sição CHAMES et al. 2003),

Toda essa possível variabilidade na composiçãoda biomassa é de difícil controle, sendo, portanto,de grande importância o desenvolvimento de méto-dos de análise rápida da biomassa para contribuir naavaliação de todas as fases do processo de produçãoe conversão, a saber:

• Genética de plantas para desenvolvimen-to de novos cultivares: milhares de plantaspodem ser avaliadas em sua composiçãopara seleção de mutações interessantes,

• Colheita: acompanhamento de campo dasculturas para determinar a época exata paracolheita,

• Aquisição de matéria-prima: o preço dabiomassa pode ser baseado na sua qualida-de, ao invés do peso,

• Armazenamento: mudanças de composi-ção da biomassa podem ser monitoradas emfunção do tempo e das condições de arma-zenamcnto

• Misturas de matérias-primas Cblending):fornecimento de uma matéria-prima maisuniforme ao processo

• Composiçõa da biomassa: permitir um ajus-te das condições operacionais do processo deacordo com a matéria-prima alimentada,

• Pré-tratamento: permitir ajuste das condi-ções reacionais para otimizar o processo deacordo com a matéria-prima alimentada,

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11,>,rlomertaçao E:Autornação na Aqromdústrla Ud ( .1'1.

•• Monitoramento e controle do processo: illformações em tempo real sobre a quantic!ade de enzima, micro-organismo e nutrientesque devem ser alimentados, temperaturae pH adequados; permitir a otimização dascondições operacionais.?:odutos: re::.cdirnento C\ qualidade dos produtos disponíveis fornecidos em tempo real.

Nesse contexto, a área de pesquisa em ins-trumentação tem um grande potencial para o de-senvolvimento de equipamentos compactos, bemcomo sensores que possam ter uma aplicação nodesenvolvimento de metodologias para análise rá-pida e precisa de grandes quantidades de materiais,Também métodos avançados e que gerem informa-ções inéditas sobre características e propriedadesda biomassa e seus constituintes são possibilidadesconcretas dentro da instrumentação.

Atualmente, a caracterização da biomassa podeser feita por meio de diversos métodos químicos emvia úmida e também métodos de via seca, destruti-vos e não destrutivos. Os métodos não destrutivossão de grande interesse devido ao fato de, geralmen-te, não ser necessário um processo prévio de degra-dação química do material anterior à determinaçãoem si, No entanto, os métodos químicos podem serdemorados e caros, inviabilizando sua aplicação nomonitoramento em tempo real.

Existe, portanto, uma oportunidade para o de-senvolvimento instrumental, bem como de metodo-logias, que utilizem métodos espectroscópicos paracaracterização de celulose, hemicelulose e lignina,tanto em amostras extraídas quanto em amostrasbrutas de material lignocelulósico. Várias técnicasespectroscópicas têm sido amplamente aplicadas emestudos de caracterização de materiais, tais como:Ressonância Paramagnétíca Eletrônica - RPE, Res-sonância Magnética Nuclear - RMN, Infravermelhocom Transformada de Fourier - FTIR, Infraverme-lho próximo,- NIR e fiuorescência (MARTIN-NETOet oi. 2007).

A espectroscopia de RPE é uma das poucasentre os métodos de laboratório que pode forne-cer informações estruturais com o benefício de nãodestruir a amostra, possibilitando usar o mesmo ma-terial para outras análises (MARTIN-NETO et ai.1994; 2001). Essa técnica é sensível a materiais pa-ramagnéticos, incluindo espécies que possuem áto-mos ou moléculas com pelo menos um elétron de-semparelhado, e enquadram-se nessa categoria os

I III •I, I ,1.11 ,I" 11:lll':ic':ío (' radicais livres (BOL-1'111 1'/'11 J \1.111d,l Id"IJiIlI":W;II) cio íon paramag-11''11'" "I'" 'I, I ',' I dllll 111, Id"lIlil'w:II' SI'II ('sl.('1-, I(J ,I" \ ,d, 'I11'I:I 11111:I 1111"I111." ,I" , I,' i '.I':1111Ic' 11lI,c'1'1'SS('1,11111"'1111',11':1,11111111'.,1",1.1 1>1,1111,1',1\1i1'1'; p()d!'1111"11111.11',()III"':I 11:11111"':;,:1",'/1111'1'1111':11,':111di):: r.u li-

I.il"", 1'1,111,1"1':11'11'Illi(,/,olllll.ril'III.I':; d;I;; 111;1111,;1:;(I"c,(;11, ~lll \1,,) (I.!\I\/\TOS, 1~)77; M/\I?TIN NI'~TO !!I,

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car.ut. 'I I," ,11', 1.1Ili' 1111.,:,;';;1l'~a presença de lignínas,as qll;li:: ',,1/1"111111"'1<1:1::11111'torem conteúdo eleva-do ele r.u l« :11,11\1,,, I ',I:I\'I'is, passíveis de detecçãopor l-?I'I·: (1;'1'1',,1'\'1'1:11'1\, ICJn; CZECHOWSKI etal. 200/1; 1,'1,\1,111J, '1)(1'( 1"1/\1,110, et ol. 2007) eque, gcr;ilIIIC'It!C', "1'\"'111 ',('I' ;:('paradas da celuloseem algumas I', ,,11I!~i11.1', ,,", ,I" 111'1)('('SSOSpara produ-ção do eLall()1 1,,'lid'I',I'"

Expcrun.-ur.u. 11'111,I "',)iI'c'lrl):;('()pia de Res-sonância Ma,L(III'IJ(':1~li" 1",11 IIIVIN, por sua vez,em estudos ('11111,11111,',11,1,',1<11,1:1::,,I',I'I';dIlH'lIte sãorealizados IIl.ili/,:llIiI" ',I' ,111'1IIIC,I lI!' 1'()I.:lI.::llI110ân-gulo mágico I' Ili11;111/..iI',l" c I11/,:11I" (";\(;1' M/\S, daabreviatura ('111 ill,I',I,,:: \"1/ 111/1/1' .IIII/I/ilu(!.e aruiCross p()/(/./'I';.'IIII(JI! ((I/(/ 11/UIIII' ,I/li/I!' S/l'iu'lâng,rnonitorantlo (I;; 11111'11'11',,I" 1::IJ!llJ)(1I:l(;, As infor-mações ol il.i.l.»: ("1111li', ,'111iJ!1::I';;til' li,lVINsào: o graude aroiu.u.i. 'jl 1:11li' I' :li11:111('fi c!:lS.uuostras e a carac-terizacão (':;11111111:11I', 11111111'1II.illl:a<.;ãode compostoscomo ligllill:l::, 1:111111(1::,":lIII"icll'al.os, grupos alquil,rnetoxilkc»., !I'lIll!lj'II:: I' 1':JI'IJlIXílicos, entre outros(STEVI';N, '( )~~, I!)!) I: I'IÜ;STON, 1996). A partirdos 1'<'SIIILIII,,::,1" 1:1(; I?MN, informações inéditassobro :IS :111"1':11:""::quunicas e aspectos estruturaispodem :;1'I' 11liJllilm;lIlos em função das característi-cas (1" Ililllll:I:::::I, IJI '1'1Iutindo acompanhar processosaté ('111.:111cll'sc'lllIllI'cidos e que eram interpretadosempirirauu-uu- ((;()NZALEZ-PÉREZ et ai. 2004).

Oul.r.: 1.1'('lIicêlcom potencial de aplicação na ca-racl.('I'i:;,:II::11I IIa biomassa, a espectroscopia no infra-vernu-lho, baseia-se no fato de que os diversos tiposde Ii,l(:t<',I)('S químicas e de estruturas molecularesexisu-uu-s numa molécula absorvem radiação ele-tronuumética na região do infravermelho, em com-primcutos de onda característicos e, como conse-quência, os átomos envolvidos entram em vibração(STEVENSON, 1994). Trata-se de método relativa-mente acessível e de interpretação mais simples dosdados, Contudo, a sobreposição de bandas, em mui-tas situações, pode requerer o uso complementar

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, ,

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de outros meto dos analíticos, Há, <1111:111111'11\1'1IIIIatendência de associar métodos ('sl;lIl: 11<11:>,1111110aquimiometria, para interpretar o~;d;111II:, ,!',I'1';11los

As análises de FTIR são 11';11lil'III1I;I!IIlt'III(' usa-das para identificar grupos I'IIIII'IIJII,II', I'IIIII(): gru-pos carboxila, amina, hidrovil.: ',111'111111;1(' flll r

Novo rvlodelo Industria. e 0505 r=jnais do Etêllltli

ser utilizada para determinação de grupos carboiulicos, conforme descrito por FAIX et ai. (1998),

Outra técnica de interesse é a Fluorescência di'UVNis (ou fotoluminescência), que é uma técnicaque basicamente observa sistemas eletrônicos J[

o Sl~;(SCHNITZER, 1978; STI';\ I';[\I~;Ili J I1)1)I; UONZA-LEZ-PEREZ et al. 2()() I, 1:1 i[ I~, \1,1';:;' l)r<~REZ etai. 1998; SAAB et (// , I~I~I.':I 1-:, ..1:; inf'ormações

são bastante úteis, Iltli:, 111'111111"111Idl'IILiticar pos-síveis processos d(' 11\1,1.1'.u i I' :1!11'1';IC:aode gruposfuncionais, ass()('i;ltllJ', ,111',1'1"11,1:; tI() tratamentoda bíomassa.

FTIR, c' 111ili/,;IIh, 1',11,1I 011,1111'1'1'/,;11'os constituin-tes da hiolll:I:;:;:1 11'1',"1,111l'lllll li,I',llilla, hemicelulo-se, CIII.I'I' (11111'1':'(1"\1' 1')'11, I"/\IX, 1991), Entreas rliv('I';;:I:: 11111"111',111111111<';1:;1II'('S('ntes na Iignina,1.;li~;1'111111I (111 1'11 "I '11 , l'I'I'::t'lll.es em estruturas:lIi1':1lil ';1::,(' (1,11' I ,1111111111:1::(' I':ll'l>oxilas, -C =, pre-SI'IIII' I'1111'::11111111,)',,)111I11.1I11':lS,GOO- de acetatos,1'111.1'('11111111:"11,,<1"111',1'1 1;II';l('l.crizadas por FTIR,!\lgllll:: 11';11,:111111',1011111,,'1111('111sido desenvolvidosIll.ilizilllIlll :1 1"1'111', dI' 1'::jl('I'l.l'oscopia de infraver-111('111(1111IIxilll.1 NII; I .uuhiuada com a análise mul-t.iv.ui.u l.: [Iill" I :11,11'1I'l'Ii',iI<.::IOrápida da biomassa,IH'l'IlliliIHIII.1 ,111.111:,1'11:1('(IIIIj)osição de centenas de,IIIIIISI1';1:;til' 11.11I) ('11::10(II!\MES et al. 2003),

1';:;111'1'11'11',11i!1III'I';I\'I'l'Illdho médio foram obti-dos 111':11111>:.1111til' llitlmlisaclos obtidos a partir de[11'1'11':11;11111'111'1<11':l('i([\1 sulfúrico diluído de resí-([1111:;11111'('::1:11:"1111I1i'.:lllclllc-spectrofotômetro de in-1'1':1VI'1'1111'IIIIJ ,'''111 I1';11IS1'111'11iada de Fourier - FTIR,('qllijl;lIl" 1'''11111111;11'1'1111:1de refietância total ate-1l11i1C1;) ,\'1'1; ,\ :111:lIi:;(,cI()s espectros pelo métododliS u nuiu ro., 1111;1I11':IIIIISparciais - PLS, a partir dec:ad:t ;11110::11':11111w:lliz:ltl:1. Análises de regressão decompoi« '1111':; I11';1(:111';11'I' li,~llina foram gerados comos resuluulo.: IJIJIIII(I~:;I p:l.I'1.irde analises químicase cromatouraü» IlIjlli<lil di' :111.<:1eficiência, A técnicaFTIR-ATR ]H'l'lllil.ill :1I"dis(' d(' amostras em poucosminutos, sendo IjllI' :I fll'l,<IirJí.o da composição deuma amostra d(~s!:()IIIII'I'itl:l pode ser muito rápida,uma vez que o 1ll(~1.1)(1()S('j;1 «alibrado com padrãoconhecido (TUCKE I?,!'/ (/i.. :~()()I)

A determinação ([(' glllj )OS OH fenólicos, pre-sentes na Iignína, pode S('I' I'('il.;\.também por meiodo uso de espectroscopia tI(, t llí.ravioleta (métodoL1E), conforme descrito por ZJ\I<IS (1994), Esse mé-todo é baseado na diferença de absorção em 300 nme 360 nrn, em soluções aquosas neutras e alcalinas,A técnica de espectroscopia UVNis também pode

tema eletrônico, maior serão os comprimentos cll'onda de absorção e emissão, devido à menor neccssidade energética para excitar os elétrons de seu e~;tado fundamental para o estado excitado (MILOWet al. 2004), CASTELLAN et ai. (1996) apresentamresultados relativos a derivados de lignina em diterentes solventes. Eles observaram que o método ('capaz de distinguir as diferenças nos cromóforos emfunção de diferentes interações com o solvente.

A espectros copia de fiuorescência é tambémuma técnica bastante seletiva, uma vez que amboscomprimentos de onda, de excitação e emissão, de-pendem do mesmo composto de interesse, fazendoo sinal de fluorescêncía coletado ser característicopara cada molécula em estudo, Variações neste sinalrepresentam mudanças no caminho percorrido du-rante o de caimento do estado excitado e podem in-dicar as transformações eventualmente sofridas pelamolécula (GARBIN, 2004; GONZALEZ-PEREZ et cü.2004; CARVALHO et ol. 2004; MILORI et ai. 2002),

Métodos espectroscópicos podem ser utiliza-dos para caracterização de celulose e hemicelulose,tanto em amostras extraídas quanto em amostrasbrutas de materíal lignocelulósíco. A espectroscopiade RMN-13C tem possibilitado muitas informaçõesa respeito da estrutura da celulose, particularmenteem seu estado nativo, Essa técnica tem sido aplica-da em estudos que visam informações a respeito dasestruturas secundárias e terciárias, em amostras noestado sólido, Devido ao fato de a técnica ser sensí-vel ao ambiente químico em que o analito se encon-tra, a resposta é influenciada pelo grau de simetriado agregado (ATALLA, 1998),

Polimorfismos da celulose podem também serobservados por meio da avaliação conjunta de dife-rentes técnicas (difração de raios X, FTIR, e RMN) ,WADA et ol. (2004) apresentam resultados sobre opolimorfismo da celulose I, III e IV. Eles observaramque a cristalinidade da celulose depende do materialde origem e do processo de extração do material.

A análise térmica é urna técnica interessantepara análise de material lignocelulósico (KHAN,2007; SUN et al: 2005). A termogravímetria se ba-seia na perda de massa de uma amostra quandosubmetida a um aumento gradual de temperatura.

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'I'.r-strumentaçào e Automação ":~Agroindústria da Cadeia Can l i tanol

r609

Perdas de massa em temperaturas até 110°C cor-respondem principalmente à perda de água livre etambém de alguns voláteis presentes na estrutura.Celulose e hemicelulose se degradam em tempera-turas que variam de 200°C a 400°C, dependendo dograu de cristalinidade do material e de como estãoligadas à estrutura de Ilgruna. A m;nor- parte da ilgni-na, que corresponde à estrutura fenólica da cadeia,degrada-se em temperaturas entre 400°C e 600°C.Por meio de Calorimetria Diferencial Exploratória- DSC é possível observar processos de mudança defase dos diferentes estados cristalinos presentes nacelulose e hemicelulose (SUN et al., 2005).

As tecnologias de imagem como a Ressonân-cia Magnética Nuclear - RMN, difração de raios X- DRX, microscopia de força atômica - AFM, mi-croscopia eletrônica de varredura - SEM apresen-tam um grande potencial no entendimento da es-trutura da parede celular vegetal e caracterizaçãoda biomassa.

Enfim, por meio dos estudos de princípios teó-ricos e de aplicações das técnicas RPE, RMN, FTIR,NIR, absorção de luz Uv-vis, fiuorescência de Uv-víse fiuorescência induzida por laser - FIL, certamentegrande avanços no entendimento das característi-cas químicas da biomassa podem ser conseguidos,e permitirão uma visão muito mais ampla, especiali-zada e atualizada sobre esse tema tão importante edesafiante para o presente e o futuro.

Produção de enzimas

Apesar de a hidrólise enzimática se destacarcomo uma rota de grande interesse industrial para aprodução do etanol celulósico, um dos grandes de-safios nessa área está relacionado ao alto custo deprodução das enzimas. O desenvolvimento de pro-cessos eficientes e otimizados para a produção deenzimas em escala industrial é fundamental para ga-rantir a viabilidade econômica da aplicação da rotaenzimática na produção de etanol celulósico.

Os processos fermentativos para a produçãode enzimas podem ser conduzidos tanto no estadolíquido, chamado de fermentação submersa - FS,quanto no estado sólido, a fermentação semissólida- FSS. A FSS é definida como o processo de cresci-mento de micro-organísmos em um substrato sóli-do, contendo uma umidade suficiente apenas paramanter o crescimento e o metabolismo do mícro-organismo, isto é, isento de água livre (RAHARDJOet al., 2006).

\1I111\illl;I(!;llllC'llI.C 90% de todas as enzimasindustriais ::;1111IIIHlllzidas por FS, frequentementeutiliza 1H 1I111li1"11I 111"}~:1I1i~:lllOSgeneticamente modifi-cados (11( )1,1\I':1I f"/ li I., :~()()4). No entanto, a maioriadessas ellzilll<I:: 1111111'11:1;;('1 nroduzida por FSS, uti-lizando mirro 111')',;1111::11111:::~('IV:lg(,11S.

l~e~Sc ('()III,I''\il), II II..{/ tld I,l!~:;t,CJLI. 3ê ITlostradoparticularnu-uu: \':IIII:Ij(l:;1I 11:11':1li .n-sciruento defungos fílamoutr»v»: 11111;1\1' ..< (!lII' ::illlllla o habitatdesses micro 1l1',1',:llll:,jIIII:.1';:,:.:1\:1111;1.1',1'111(', c-st.cn-dida à produc.io di' 1'11',1111:1'"1II'IJllfIITillll;III<!1lumamaior produtividarf 1111:11111111'()lllJl:ll':!d;1 ;I() jll'oces-so de fermen LU.::!IJ :,I111111('I""I 1\1i'111IIi:;:m, jlS cnzi-mas produzidas 1'('1:1II'~~~~:,,11' III('IIW: ~:lls('('j)l.ívcis aproblemas de illil,i<'::lIJ11111',III!:;Ir.il r: I' 1.;11111));111pos-suem uma estahilidndr: 11111(,11\ v;ll'i;I<.:()('Sd(' tempe-ratura e pH (HO 1,1<I';I~ !'/ o/ , ::()()/I). Sob o ponto devista ambienta I, ê\ V;IIII:I!~I'III!I,I I'};: , (',';(;'1relacionadaao menor volume rll' ('11111'1111'IJI'lJllllzi<l() (' Ü possibi-lidade de conduzir (J jJl'()('I';I:"J 1'111('lJllrli(;I){:Ssernies-téreis. Outra VanLI!'.<'111d,' <11",1:111111'd:1 1"8S é a uti-lização de resíc1 II()S :II~I"11111111'1111:11::(11;1,I(jU-,.o ele cana,farelo de trigo cu.) ('(JlII(J ;,III!:,II'1I11i ::()Iirlo, servindoestes como fontes di' 1':11'1)(11111(, ('lil'I')~i;1.

Apesar de 1.0(!;IS('HH!I;:VII111:1J1.l'II,';11<1 I~SS dian-te da FS, a FS8 ('slliIIT/1 1'1111111111tll':;V:1Ill.êlgCIlIlimi-tante de sua apli(';\I:1111tll' 1111111j'ol'llla li1ê\is amplae direta em pro('('s:;():1 IlldIIHI!'llIiH: ;1 diüculdade demonitoramento (' 1'(\111)'(lI!' tI:I:: diversas variáveisenvolvidas no JlI·()('(':~H',.11:llljll;llll.o na FS pode-seconsiderar llll lil.:1., Vl'i'.(':: () I('il.o <I)) reator de formahomogênea, 11;1I"SS ('\i::I.I'lll gl'adientes diversos deumidade c I.I'llljJn:tlllr:11 li,'; quais podem infiuenciarnegativan 11'I11.1' 11;1jll'(1<111I.:fi.odos metabólitos. Essavariabilirl.uk- 1'1:;i(':1(' jlill'licular a cada processo quese pret.cnd» jll':";(lili~;;lr,mas pode ser analisada comajuda ele 1'('IT:IIIII'lllas tccnológicas existentes, taiscomo aquisir-no distribuída de dados de parâmetrosfísicos, Ijllílllil'(J,'; c automação de acionadores desistemas (:01 ihocendo-se as condições ótimas decada IJI'()('(-sso numa determinada escala, significamelhor provisão do comportamento do processo emuma escala maior. Na FSS, o controle da temperatu-ra, umidade, pH, atividade de água e troca de gasessão fundamentais para o crescimento microbiano ea couscquente produção de metabólitos.

Entre as variáveis envolvidas no processo, ocontrole da temperatura é particularmente impor-tante, uma vez que o crescimento microbiano emcondições aeróbias resulta em uma consequenteliberação de calor, podendo gerar a desnaturação

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das enzirnas produzidas (HOL!< I·;!:, :111I . I " 11111/'w;efeitos deletérios ao micrO-()I)~;IIII;,lllfI I'; "HII(I aFSS ocorre na ausência do ;I,I~II;I 11\I" ";:;,1' (';lIorproduzido é difícil de ser 1'('11111\1,1"<11'\ 1111,;I 11111ií.adacondutividade térmica do :;1"<:.11,11" ',(111<1"I' ;1 bai-xa capacidade térmica rI():1I (\\ 1<1:/',1: ,'/ (/1, 19991.Nesse sentido, o mec:llli::lll1llllt, \~'1j(" ,W;IIII.('m sidoapontado corno o m.ii« ;1111"1"1.1'/" 11,1/';1;1 l"I'alizaçãoda troca térmica ('11/I"I';JI,11,d, I I" I'; ;,'; ,I" I:/I)..(aescala(NAGEL et al., ~()()I) I " I 1111/1111,'I /'('s/'riamentopor evaporação I' ""111111.1/111",I" 11,·III'/'(/;I da umida-de, podendo ()(':I;:II'JI.I/ I, I, "''''( ,1/1I1'JlLocio substra-tO,geranclll,IIIIII;l/iI" .111"",:'/,I.I,II'II('IIIHcontroleconjunto (/:111'1111"'1,<1111.,I' ,1.11IIIIIII;ldl'.

A!,L(IIJ1::11':d',II/", lililll.,(II( 111I/IIIIil.orarnento demedid;!.·; 1111/11,'/01',(11: ,11 illlol!/II';sll/iIllCiresensors)(;011111111111\1'."li'lli/" Ildlllll":1 1IIIIidade do ar para('(IJlI/'III;1I ,1111111'01/1111"o' !111I1:llIl.idade de água no1I11'i"11" /"11/1"111,11.("(,': \I,I:,\N'I'/\NIS et al., 1993;N/\(;I';I, "/111, lIJ(II 1'1-:J \ 1 1,11,1,0et ai., 2001;l"':II/\N/\lI~1 \11/ .t u! '(/lIli) ()s perfis da aeração,I'()III I111111111/," "1111'111,,,11j ,,\1,1',1-uio consumido ou doC(U 11/'lIdll IlcI" ,1/11111111'1i 111I'1.:illOlismomicrobiano11I'/'llIill'll/o 1"11 111"1"li" IIlili/.;I<,:;-1.0de balanços de111(1.'';:-;;1I' ('111'11:1".lJlll' d:I!I()!: illlllortantes relaciona-dos ;/11"1)1111I1/1'11111111j('1',':~:IIs('.iam gerados.

I "'I I:IIII(),,' 1',1" IUII;I 1/('lIlillldapara o desenvol-Villll'III'1 ,I,. 111',1111111/'111:11:;10(jIlC permite a implan-I.;H:;/l111,' 11111',)'./"111.1(lI' I'IJIII./'ole e automatização111I /11'11/'1';,',11./., 1,';::; I';',::;!" 1IIIIa etapa fundamental1':11':1(I ,J":,I'II\"I\IIi1I'II/(J dl's,o.;('Sbiorreatores em es-1':ll:J1111/11:,111,",11111.1\'('/,11/11';1./"SS, apesar de gerar('11'1';/(1,,;,1"11<111111'111,,';11:11':1:1produção de enzimas('1111','1:11::111,11,',':,1i11J1(iI'11111:1s(~l'ic de limitações ope-)';\.('i",,'I r: , '1'11'"1/1' /111:1111"S('II ('scalonamento,

INTEGRAÇAO DO PROCESSO DE

PRODUçAo DE ETANOL CELULÓSICOVISANDO À SUA SUSTENTABILlDADE

A prodli(,::/l1 ti" 1'1:111''',:J Ilal'l.ir de materiaislignocelulósicos, 1.1'111::"1,, 1I11"':;l.i,!..':i1dadurante osúltimos anos COIII ,1~1';III1/('ilil1'1'1'SS(', entretanto, oprocesso em escala illdll::II'l:d 11:111SI' tornou viávelainda, Estudos consid. '1:1111I" :1 il"I',~l'ação do pro-cesso, o aumento do 1'CIi(lillll'I", I (l:I rl'I'lIlcntação e aintegração de operações ilil/ividll:li:: ,';;I(J necessáriospara tomar a hidrólise da bioru. IS:;:I /1111:I I.ecnologiacompetitiva e sustentável,

Vários estudos destacam as V:IIII.:J,~('IIScios bio-combustíveis de segunda geração ('1111'('la<.;üoaos

Novo J\!Io.ielo Industrial e Usos Finais do La 101

de primeira geração. No entanto, dependendo dobalanço energético e da sua sustentabilidade social eeconômica, nem todos os biocombustíveis trazem osbeneficios comumente associados aos combustíveisprovenientes de fontes de energia renovável, corno aredução elO); gase:::cüx;,sadm es Jo efeito estUfa,

A integração do processo por meio da modela-gem matemática e simulação das possíveis configu-rações de rotas tecnológicas permitirá a proposiçãode soluções: computacionais para otimizar a opera-ção do processo, para avaliar impactos arnbientaise sociais, além da sua viabilidade econômica, Issopermitirá avaliar o seu estágio de desenvolvimentoe de sustentabilidade, bem como o interesse na suaimplantação.

Cada um desses aspectos citados pode ser sub-dividido em várias etapas que estão interligadasentre si, e devem ser avaliadas de forma integradapara as tomadas de decisões, a saber:

• Cadeia técnica: produção de matéria-prima,logística de fornecimento à transformação, ca-racterísticas da matéria-prima, processos deconversão, características dos produtos, logís-tica de fornecimento dos produtos, utilização,

• Custos: produção, transporte, transforma-ção, transporte, utilização.

• Impactos ambientais: balanço de carbono,balanço de energia, emissões, sustentabili-dade dos sistemas produtivos.

• Aspectos sociais: organização da produçãoe do mercado, percepção pública, enquadra-mento de políticas públicas,

A integração do processo industrial do etanolcelulósico prevê as possibilidades de reestruturaçãodas plantas já existentes ou a integração de novasinstalações próximas às existentes, O bagaço dacana-de-açúcar já está dispOnível no local da agroín-dústria do etanol, e, com a melhoria da tecnologia decogeração de energia, a tendência é aumentar a suadisponibilidade, O etanol obtido a partir do bagaço dacana-de-açúcar pode ser obtido no mesmo local doetanol convencional obtido a partir do açúcar, usan-do de forma integrada as unidades de fermentação edestilação, o que possibilitaria diminuir os custos deprodução, De uma maneira geral, a integração podeser realizada em diferentes níveis, a saber:

• compartilhamento de eqUipamentos;• integração energética (compartilhamento

de correntes de troca térmica, setor de utili-dades etc.);

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Instrumentação e Automd~'Q r a Agroindústria da Cld( .,1{ "11" I 1,11j( ,I

• reutilização de materiais, reciclagem de ('(li

rentes;• tratamento de efluentes integrado,

Paralelamente, o desenvolvimento da ferramenta de modelagem matemática das operaçõesenvolvidas rros díverstrs processes em arrátrse idelltificará as necessidades de instrumentação, bemcomo permitirá a implantação de modernas téc-nicas de controle de processo na etapa industriaJ(BONOMI, 2008),

Existem, disponíveis no mercado, alguns pa-cotes comerciais de simulação (por exemplo, oASPEN Plus, o SuperPro Designer e o Hysys) queforam desenvolvidos para um variado espectro deindústrias: farmacêuticas, biotecnológicas, quími-ca fina, processamento mineral, microeletrônica,tratamento de resíduos, entre outras, Algumasdas características desejáveis desses pacotes desimulação deverão ser adaptadas para atender aosobjetivos da integração do processo de produçãode etanol celulósico (BONOMI, 2008), Há tambémuma forte demanda para o desenvolvimento desoftwares "sob medida", especialmente em relaçãoà formação de um banco de dados da composiçãodos diferentes tipos de biomassa e das proprieda-des físico-químicas dos diferentes componentesenvolvidos no processo, desde os açúcares até osinibidores da fermentação,

WOOLEYe PUTSCHE (1996) realizaram a es-truturação de uma base de dados das propriedadesfísico-químicas dos principais componentes envolvi-dos na produção de etanol a partir da madeira paraa simulação com o softuiare Aspen Plus. Esse tra-balho foi realizado pelo NREL - National Renewa-ble Energy Laboratory, nos Estados Unidos, coma ideia de servir de base para todas as simulaçõesrealizadas nesse sojtware pelos grupos de pesquisaenvolvidos no projeto, Propriedades como tempe-ratura crítica, pressão crítica, entalpia de formação,densidade, capacidade calorífica e pressão de vaporde alguns componentes-chaves como o etanol, gli-cose, xilose, celulase, lignina e celulose foram inse-ridas no banco de dados,

NAGLE et ol. (1999) utilizaram o softuiare As-pen Plus para realizar uma avaliação econômica de'uma configuração alternativa de processo da hidrólise de um material celulósico (a gramínea yello'/IJpoplar), usando uma etapa de pré-tratamento dedois estágios, uma unidade de adsorção da Iigninae uma unidade de cofermentação para a fermenta-

611

• ,I' 11111111:111<':1tI:I': 11('IIt.osesehexosesdohidrolisa-d", "11111111;1('\'11:1l'I'I'()llliJinante de Z. mobilis. Os11',IJiI.IIIII:; tI;1 ~;illllli;)(:;1I1IH'I'mitiram selecionar as, I.IIIIWIJI':'(lt.illl:lS ";IS v.ui.rv.is-chaves em escala de1',1111,1,1.111:11';1a Jul.ur.i d('I'lIlil~;j(JdI' 11mprojeto mais;11,1111;111111'111(~scala maior.

,'\Ii! j( lf~/\ e SANe! 11';;', (:":;),)1, :J()()(;j reafiza=1,1111,I ',llllliI;H)io de difercnu-s ('()llI(l~lIr;Il,:,(ics de1'1'" "',:d' lJ:lri! a produção do dano! colulósico a1,,111\I ,I" 111:11h'i ra, incluindo variações lia dilpa de1'1" 11,!I,IIIII'ltlo, hidrólise da celulose, fermenta-1,111"'!I.II:II.':III I' tratamento de efiuentes, conside-1:11111",I', Ilfl::::lllilidaoes de integração do processo,'\', ',1111\11.1""':;I'oram realizadas utilizando o soft-1/ 111" \, '111'1I 1'111:;,comparando os gastos energé-11""',1/.1', ,liI"II'III.('S configurações, Os resultadosnldltl,,' 111(,',II':II';lllIque a configuração mais ade-1111.1,1.11"11.111111III'I){'('SSOcoma seguinte sequência!lI' "I" 1,10iI,';, 1\1111:II'i,IS:nré-tratarnento com ácidoIItllIl' I" "I' ,1111j(';I(~:)(1('11111I'crmentação simultânea1/;1', 1"'111<)",,;,I' II('\()S('S, destilação acoplada com111'1\''1''1/,1(,11)I' 11'1'11.'1:1,1',1'111di' parte da água utili-,,:1,1:1II111'11" I",'d' \ 111'I'(':::;id:ld(' de considerar o\'1','1111dil" 111111111","~i: 11:1i'O!'I'I'IIII'lll.ae,::10e o número<lI' 1'111'11'111,", dI' I' 'I'jl'lilgl 'li 1 rili III'sl.acada na análi-:w di' 1,1'II'i!IIVltI:ld('

'\1,1111',:,111111,1:\(11'::di' 1'('('il'I,I,I(I'111d{' algumas cor-1'('111,,,,d(; jll'II('(',';SlJ !.;1I1t1H'111d('VI'111S(~I'avaliadas,1'1:::111111,,I 1111I',P,I':I(;;IO,/\ )'('('II'!;I,I':I'111do correntes de:11:111':11'1'",1)('111l'IIII)(J:I r('lll.ili,,;I(,:ao <Ias enzimas celu-1I>11111',1:,1111'1'1'I','111,I~I':IIli li 'S IJlllJl'l.llllidades de reduçãotil' 1'11:,11':,til' prl)('I'~;::II, j\ ploposição de reciclagemd:I:: 1',,1111:1:;1':;!'Ili )'(,1;11:)(1;1!l()l' MES-HARTREE et tü.( I'W:{) 1,:,;::,','::1111,1)'1'S SII,t.;(~/'cma utilização das celu-1:1::,':,I' ,I•• ::ltl":!I':J!" I'(':-;idualna etapa de produçãod; I:;I" ,li11:11:('::, ( ;/\ 1.111';CZACCHI (1994) estudaram ati 'I'I' ,1:1,1-'.''111,1;1::Ili -utoses formadas durante a hidróli-::t' d:1 1i"llli,'I'l1l1os(' e obtiveram um aumento da pro-1111(::111!lI' ('I:llllJl c uma diminuição do consumo de1'1jl'1,",i'l, I,I';I':el. al: (1995) propuseram a reutilizaçãod:\:; 1'1'111I;1:)('spor meio de diferentes estratégias de/('I'il'I;I,\~I'111a partir do substrato residual da etapatil' IIid )'('11ise da celulose, Os autores relataram que:1 11I'I'S('llça de lígnína no substrato afetou negativa-IIII'III.Ca atividade da celulase.

Considerando que as tecnologias existentes11:11'ao processo de conversão da biomassa para aprodução de etanol celulósico ainda não estão com-pletamente desenvolvidas em comparação cometanol de primeira geração, o desenvolvimento desoftwares que permitam a integração do processo,

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bem como a validação dos modelos u!ill/,:HII)~; pormeio de ensaios experimentais, poll( '111 III( -rocerferramentas importantes para a C011('('!11::11'<I;ISme-lhores configurações, com os melhoro» 1IIIIi(',ldorestécnico-econômico, ambientais r' ~:(",j:II':,

lil INARIAS: UMA'VISÃODE FUTURO

o conceito de bioJ'I'I'lúJ,II 1.1 :1J>t':;;II'de ser defi-nido de formas distint.a.: !"II ,11,1',1111:;:;('l.lJI'es, expres-sa a ideia consensu.il di' 1111",1',1':11:;111de processosde conversão do Iljlllll;I',',,1 1'11111"das a produzircombustíveis, ('111'1',1',1:1"1111111111"::uuuuicos. Ou seja,o conceito Í' ;111:1111,1',11:111d,I', 1"IIII;ll'ias de petróleo,nas quais ,I p:11'111'<11111"111"1'11:::10Hcrados diferen-tes produtos 11('1'1\':1<111:;p:ll.J ,I:, 111:lisdiversas aplica-ções, de r(11111:I i111.1',1',1':Icl,l I' ,,1111111:,1(Ia, O conceito debiorrt-fu uuias ill(lllsl.l'I;li:: 1,'111;,1<111identificado comoa rol.;1 Illais promissor.: 11;11:1:1''I'ia(;ão de novas in-dústrias do ful.uro.

A conversão (I;I;; 1'1,111,':, I11'('nergia renováveisnas biorrefinarias 1)(11I,' ::,' I' J'f '; 1Iizada basicamentepor meio de três J'() I:I;;

(1) A rota 1.('J'JlltJ( JlIIIIII(';I,que inclui os proces-sos de pil'l"i:,t' d:1 Iliolllassa, gaseificação.

(2) A rota (JIIIIIIII':I, Illtll'('llise ácida da biomas-sa, prod 11(::1iI di' plll i (ácido lático).

(3) A rota Ililll JlIIIIIII':1, iIiC'1uindo a catálise en-zimática (' ri'1'111>'I 11:1(:;10,

A biocatáliso (111(':11:111::1'l'llzimática é uma tec-nologia que VCI11:;('II<ltl "IIII:;itlerada como chavenos processos d(' 11111:1 11\('l'I't'!'IIIêl.riadevido às con-diçõos di' O!H'I';lt,:;«)111;11:,III;IIIII;IS e a alta eficiênciade convers.io. ( )s IlilI(':11:1I1:::lrllll'('Spodem ser aplica-dos tanto lia pI'IIIIIH::11ldlí:: Ilill(:ombustíveis etanole biodiescl (;OIIHI 1.;111111\'11111;1síntese de plásticosbiodegradávcis, !;Ii:: ('IIIII() IIS poliésteres, Uma ideiada diversidade de !)/I J( liIln:i ('(1111potencial de seremobtidos a partir das lJi(IIT('I'III:ll'ias é apresentada naFigura 2 (KAMM et cü., ~()()(i)

Alguns estudos l'c,lIiz:II!tI:; propõem a amplia-ção do conceito de biorn 'l'III:J.l'i:I,visando à inte-gração com os sistemas d(~ agl'i!'1 ilt.ura e pecuária(SENDICH et al. 2008), A ÜICOI'!IIII'ação desses sis-temas permitirá uma análise élJIIlJi('IILale econômicaintegrada das etapas de produção (1,1biomassa coma produção de diferentes produtos, íertilizantes eetanol. Os autores apresentam uma comparação dodesempenho dos vários modelos de simulação com

Nov ,v"J elo I idustrial e Usos Finais do Etanol

diferentes culturas realizada com alguns softuiaresjá disponíveis (DAYCENT, Integrated Farm SystemModel - IFSM e I-FARM) e sugerem um modelopara ser utilizado na seleção da melhor alternativade estratégia, em conjunto com as atuais metodolo-ias P. p

BONOMI (2008) propõe o conceito de umaBiorrefinaria Virtual, que tem como escopo a cons-trução/adaptação de um software de simulação como intuito de facilitar a modelagem, otimização e aavaliação técnico-econômica e da sustentabilidadede processos integrados, característica principal deuma biorrefinaria, Segundo o autor, a BiorrefinariaVirtual é uma ferramenta computacional que permi-tirá simular o comportamento de uma biorrefinariapadrão e dos seus diversos conceitos (possibilitan-do, inclusive, a contínua agregação de novas estra-tégias de matérias-primas e de processos empre-gados e de produtos gerados). Essa plataforma desimulação deverá ser transformada na BiorrefinariaVirtual, por meio da sua adequação para análise dasdiversas alternativas de biorrefinaria que serão ava-liadas, da construção dos modelos matemáticos dasoperações e processos incluídos nas alternativasconsideradas, da adequação dos bancos de dadosdisponíveis na plataforma e da introdução de novasfunções na plataforma para avaliar os indicadoresde sustentabilidade desejados,

Na literatura técnica e científica existem vá-rios trabalhos reportados referentes à modelagemmatemática e simulação das diversas operaçõesque compõem a biorrefinaria (SADHUKHAN etal. 2008; ARIFEEN et al. 2008; SENDICH et ai.2008), É necessário, para a construção da Bior-refinaria Virtual, avaliar os modelos propostos,adequá-los para compor as diversas alternativasde biorrefinaria que se quer avaliar, desenvolveros modelos que ainda não foram elaborados (re-ferentes às tecnologias empregadas e aquelas emdesenvolvimento) e, finalmente, introduzir todosos modelos disponíveis na plataforma de simula-ção - base da biorrefinaria virtual. A título ilustra-tivo, são indicados alguns exemplos de modelosdisponíveis na literatura e que se enquadram nasnecessidades da construção da biorrefinaria virtual(BONOMI, 2008):

• fermentação alcoólica industrial;• produção de polihidroxialcanoatos;• produção de etanol de amido;• sacarificação e fermentação simultânea de

material lígnocelulósíco.

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Ir "tum?ntdção e Automação na Aqrorr-dústria da Cads ;<1 { ~ ,

Biorrefinaria de matérias-primas liqnoc •.lu] ••·.l< .1', (lIiorrefinaria MlC)

- - -~Matérias-primas liqnocelulo-a ,". (MI ( )Cereais, biomassa lignocelulósica, biomav-,.i 1111" " 1.11. 1\ ' Idll()~sólidos

de papel e celulo-.«

HemicelulosePentoses, Hexoses

1/"/11 '11',"(I I)

r--::---"'-...- .•••...-, Goma ve qc t.vl

Espessantes, ack',I\I' "',colóides proauvo-,ernulsificantc.estabilizadou-:

Classificadoresnaturais eadesivos

Xilose(Pentose)

Sub-betuminosoCarvão

Sem-enxofreCombustíveis

sólidos

Nylon 6;Nylon 6,6

/lill/(': I<I\MM e! oi., 2006,

FIGURA 2 Produtos obtidos a partir das biorrefinarias.

A composiçao típica dos materiais lignocelu-lósicos (em massa seca) é de 35% a 50% celulose,20% a 35% hemicelulose e 5% a 30% lignina (LYNDet ai" 1999). Desse modo, a utilização somente dasfrações de celulose pode chegar a deixar ainda umaquantidade significativa do material como um sub-produto de menor valor ou resíduos, Isso acarretaráem um forte impacto, tanto para a eficiência de con-versão quanto para a economia de todo o processo,A lignina é a segunda mais abundante fonte reno-vável e sustentável de carbono, ao lado de celulose;e o desenvolvimento de tecnologias, visando a suaaplicação, deve ser considerado,

Uma possível aplicação da lignina dentro doconceito de biorrefinarias foi proposta por KLEI-NERT e BARTH (2008), Os autores estudaram mis-turas de ácido fórmico e álcool no meio reacionalpara conversão da lignina em "óleos líquidos", Osautores relatam um novo processo de hquefaçã: I

que é capaz de despolimerizar a lignina ern um bio-óleo líquido com baixo teor de oxigênio e que PO<lI'ser usado como componente a ser misturado com oscombustíveis fósseis convencionais,

HMI-

I', ,d,1I s-. doIr- l IIII-Ul ! 1 'r '!

- t "I,tI,lf',tIVI'1

- AI 1.111', f!irltllli(p'.

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I' ,'.. ~I' i' li 11 1,~j

il\ili,q,,!

/\11'111d,I'. !1I11'1111", 11"'1111'11.xonôrrucas, o im-pacto l'<'I:\I'II"t,I.l1\ ,111',}'"IJillll:; .uubientais e sociais,df:CIlITI'ld.'o, ti" \1111111'111,'111;11,::111das biorrefinarias, éan.ilis: 1\11.I\I" 111''1" d, I 1\If 'l"ell .logia de análise do ciclode vii lu. 111111,1':lr~" :;(:III';lll~l( (2009) realizaram aavali.u.«. di, ,1('1,111(0vida ele uma biorrefinaria uti-Jj:;';lllrlll 111:111'11:111I11I1i1li,~llocelulósica, analisando di-V('I':;:t:: I" 11111)',111,1':11(':: <1('processo e produtos, A me-111111C'( 'I iI11',111.1(;;1\I usultou em rendimentos melhoresdll c11\I' :1::;tll' -ru.rí.ivas a partir de fontes fósseis, com() I1II:11IIII:, 1111I):I('I,OSambientais cerca de 41% inferio-\'I':;, 1';\1';1iI I11;Iioria das configurações de biorrefinaria:111:1I1:::lrI:I:;,(I desempenho ambiental foi melhor do(111"I) 1111::combustíveis fósseis homólogos.

(:1JII('Itlindo, a implantação das biorrefinarias:1111'1'1iC'I'Spectivas para a produção de um grande111111j(' 1'0 de produtos derivados da biomassa quejlll.';S;1111 substituir os produtos derivados de pe-I.IIII('(), bem como alguns produtos que não podems(,\, fabricados em refinarias convencionais, Existe,portanto, um grande potencial para que as biorre-Iinarias do futuro sejam competitivas com as alter-nativas fósseis existentes sob o ponto de vista téc-

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nico- conôrníco e ambiental, especi<IIIIII'1111 I 1'1.11I< \(1

as tecnologias forem aperfeiçoadas

AGRADECIMENTOS

o presente capítulo foi 11:1':1'.111"1'111tllI:IS me-sas redondas íntrttrtarras '1#,1111.1'1111.111:1\ rrrrrn -Ferramenta para a avali.u.r« ti 1 11'11'111:1l1ilidade

de diferentes propostas 1'.11.1 11111.1l'IIII'I'l'lilaria edo estágio de desr-nvolv uu. 1111',I,· 11111':1:,tecno-logias" e "Etanol (11' ::' ", 1,1' r t r t 11,";:!lúJS para a

instrumentação I' :111111111.11111 '10, IITltI;lS durante

o Workshop 111~:11'1111I1'1I1I' I". \1111I111:IÇãoAgrí-

REFERÊNCII\~ Hlin 1()(dU\FICAS

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c.lCSI'IIVI111'1111"111" , I" 111111111.11di' 11111processo fer-mCIII.:II.ivlll''-Ililll\''lh 11111/1111::111<1('etanol. 2004, Tese(dOIlI.I 11';111,I) I 111, I .1,1.111.,1':sl.adual de Campinas.1":1('11111:1'I., d,' 1;111"1"1,111:1d., Alimentos, 2004.

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cola e Agroíndustrial na Cadeia Cana-Etanol, CIII29,11.2008, na Embrapa Instrumentação Agropocnária em São Carlos, SP. Os autores agradecem :1

contribuição dos palestrantes e debatedores par

ticipantes: Antonio Bonomi, do Centro de C&T doBioetanol; Flávio Vasconcellos da Silva, da FacuJdacle de .t:ngeMaria Química da Unicarnp, Andr.'Bello de Oliveira, da Petrobrás; Ronaldo Nóbrega,

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