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hOrAs [ André Braga e Cláudia Figueiredo ]

hOrAs · Chama-se “Livro de Horas” aos breviários destinados a leigos, ... Um espectáculo-viagem pelos territórios da escuridão e da luz. Dança, ... Gonçalo M Tavares

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hOrAs

[ André Braga e Cláudia Figueiredo ]

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Chama-se “Livro de Horas” aos breviários destinados a leigos, contendo orações para determinados momentos do dia.

Crepúsculo, noite, alvorecer. Branco, negro, azul.Um espectáculo-viagem pelos territórios da escuridão e da luz.Dança, canto gregoriano, vídeo, três campos artísticos a trabalhar isoladamente e em diálogo cruzado.

Uma rota de mosteiros cravada num território caótico, apressado e confuso deu o mote geral ao projec-to: medieval-contemporâneo, religioso-agnóstico, harmonioso-dissonante, os vértices de um diálogo entre mundos de grandes contrastes e curiosos paralelismos.

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Este é um lugar de mosteiros que não parou no tempo. Importa mergulhar num certo imaginário me-dievalista sem perder o pé da actualidade. Frescos, pinturas murais, esculturas, altos relevos... Que diálogos com o presente se podem estabelecer? Que elementos intemporais importa relevar? Silêncio, recolhimento, dúvida, medo, conflito... O monaquismo será o ponto de partida para uma viagem entre a escuridão e a luz. As vivências radicais do silêncio, um mote para a indagação do ruído interior.“Nunca tive nas mãos uma flor invisível”.

Anjos, celas, visões, apocalipse, luz, os quadros pintados com os tons dos frescos e a liberdade da poesia.

O projecto conta com a participação do Coro Gregoriano de Penafiel e o grande desafio foi a sua in-tegração no espectáculo de forma não totalmente convencional. A todos seduziu a ideia de levar este canto tão singular e purista a um espaço de encontro e cruzamento com outras linguagens artísticas.

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Horas é um espectáculo com imagens lindíssimas, vozes límpidas, movimentos certeiros, uma viagem ma-niqueísta.Um diálogo entre o real e o imaginado, entre o interior e o exterior, entre a escuridão e a luz, entre o presen-te e o passado. André Braga atribui à Idade Média “uma decadência e uma desorientação que de alguma maneira se aproximam do aqui e do agora”.Há paz naquelas figuras humanas de vestes brancas, sem asas nas costas, com rostos de animais irracio-nais, como se dissessem que é deles, dos irracionais, o maior grau de pureza. E angústia nos dois homens que se contorcem como se não tivessem coluna vertebral. São homens cheios de ruído interior a viver uma experiência radical: o recolhimento num lugar de silêncio e de oração.

Ana Cristina Pereira, in Público, 27 Junho 2014

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Com os dois pés não apenas pousados no Mistério, mas nele como que afundados – de tal forma que já duvidas se sob uma película opaca e incompreensível eles ainda existem e te pertencem –, eis que avan-ças o tronco tentando que pelo menos as mãos estejam fora do alcance dessa força a que não conheces origem nem limites.

Gonçalo M TavaresEstava cego na lucidez mas tu fizeste girar a loucura.Tudo é visão, tudo está livre de sentido.

O invisível está dentro da luz, mas, arde alguma coisa dentro do invisível?Antonio Gamoneda

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O projecto pode ser apresentado em palcos convencionais ou salas amplas, sendo enquadramento exemplar os claustros de mosteiros ou conventos.De grande interesse parecem-nos as potencialidades do projecto para o desenvolvimento de sinergias com programas de promoção do turismo cultural e património edificado.

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circolando - cooperativa cultural, [email protected] - www.circolando.com - (+351) 225 189 157 - (+351) 936 272 636

Ficha artística

Direcção: André BragaDramaturgia e assistência à direcção: Cláudia Figueiredo

Interpretação: Paulo Mota, Ricardo Machado e Coro Gregoriano de Penafiel: Ana Pérez (Direcção Musical), Belmiro Barbosa, Deolinda Nogueira, Evangelina Canedo, Maria Teresa

Moreira, Richard Bradley, Salomé Canedo, Sérgio Oliveira. Intérprete em estágio: Alexandra Natura Vídeo: Gonçalo Mota

Sonoplastia e desenho de som: André PiresRealização plástica: Sandra Neves e Nuno Brandão

Desenho de luz: Francisco Tavares TelesProdução: Ana Carvalhosa (direcção) e Cláudia Santos

Fotografia: Susana Neves, Stratos Ntontsis, Miguel NogueiraDesign Gráfico: Elsa Oliveira

Agradecimentos: Assembleia Penafidelense, Junta de Freguesia de Travanca / Sr. José Babo, Olivanorte, Serração Central Santa Marta / Sr. António Carvalho, Escola EB1 e Jardim de Infância

Mosteiro, Escola EB1 e Jardim de Infância Portela, Protamb, Edilages, Valfios

Co-produção Circolando, Rota do Românico e Viagens com Alma no Douro

CIRCOLANDO é uma estrutura subsidiada por Governo de Portugal – Secretário de Estado da Cultura / Direção Geral das Artes

Outros apoios IEFP / Cace Cultural do Porto