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CADERNO TÉCNICO OBSERVAR, PARA MELHORAR O CONTROLO DO TREINO E DA COMPETIÇÃO DUARTE FREITAS MICAELA CALIFÓRNIA OPINIÃO FIGURA DO MÊS “Fá” Monge da Silva PÁG6 Nº 2 DEZEMBRO 2012 www.facebook.com/andebolito “COMEÇOU TINHA 14 ANOS” ANA SEABRA À CONVERSA COM

À CONVERSA COM ANA SEABRA - esmcastilho.ptQualificação Euro 2014 Portugal - Macedónia foi o jogo mais visto dos 27 jogos transmitidos De acordo com os dados do estudo feito pela

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CADERNO TÉCNICO OBSERVAR, PARA MELHORAR O CONTROLO DO TREINO E DA COMPETIÇÃO

DUARTEFREITASMICAELACALIFÓRNIA

OPINIÃO

FIGURADO MÊS“Fá” Monge da Silva

PÁG6

Nº 2 DEZEMBRO 2012 www.facebook.com/andebolito

“COMEÇOU TINHA 14 ANOS”ANA SEABRAÀ CONVERSA COM

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FICHA TÉCNICA

NotíciasUlisses Pereira reeleito e arbitragem pela Europa

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Figura do Mês“Fá” Monge da Silva6

OpiniãoDuarte Freitas,Ex-selecionador Nacional Feminino

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OpiniãoMicaela Califórnia,selecionadora Regional Feminino

Clube do MêsGrupo Musical 1º Dezembro10

Caderno TécnicoObservar para melhorar o controlo do treino e da competição

À conversa comAna Seabra18

EditorialÉ de motivação redobrada que abordamos esta segunda edi-ção da revista “Andebolito” após o 1º número ter sido um sucesso, ao ter alcançado um total de 13.000 visualizações. Obrigado a todos pela receti-vidade.O Andebol Feminino, tema

principal neste número, surgiu após a revolução do 25 de Abril de 1974, possibilitando às jovens o acesso à modalidade, até aí tipicamente mas-culina. O Belenenses foi o primeiro campeão da história do Andebol feminino na época de 1974/1975 . A nível internacional, só em 1976 é que o andebol feminino passou a fazer parte dos jogos olímpicosEm “conversa de café” sobre as diferenças do andebol masculino para o feminino, é necessário ter em conta o ponto de partida de ambos. Em relação ao surgimento do andebol em Portugal, o andebol masculino teve o seu inicio em 1931, 43 anos antes do andebol feminino, dados que podem sustentar a diferença técnica/tática entre géneros, mas também o número de atletas que praticam a modalidade. Por exemplo, em Lisboa, dos 2308 atletas inscritos em 2011/12, apenas 13% desses eram atletas femininas. Apesar dos números serem baixos, a verdade é que o ande-bol feminino português tem tido uma evolução muito grande, sustentada pelos excelentes re-sultados alcançados pelas seleções jovens nas principais provas internacionais, que nos permite antever um futuro promissor para o Andebol fe-minino português.Acompanhando a vanguarda tecnológica, no ca-derno técnico apresentamos o Video Observer, ferramenta de análise estatística que comple-menta o trabalho do treinador.Esperamos com este número dar continuidade a um espaço aberto de debate e discussão, no qual continuamos recetivos a colaborações.

Tiago Oliva

dezembro 2012ESTE MÊS 20Competição. Saiba tudo sobre

as principais competições

Direcção Técnica:Tiago Oliva ([email protected])João Antunes ([email protected])Redacção: Tiago Oliva ([email protected])João Antunes ([email protected])Jorge Cardoso ([email protected])Colaboradores: Duarte Pimenta, Francisco GomesDesign Gráfico: Cortes ([email protected])Capa: Ana Seabra

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FOTO DO MÊS

Envie-nos a sua foto para [email protected] , com o nome e descrição do jogo.

AUTOR(A): Pedro Alves, PhotoReport.in JOGO: Arranque da segunda volta (12ª Jornada) do Campeonato Nacional de Andebol 1

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Notícias

Campeonato do MediterrâneoAs Juniores B femininas conquistaram a 3ª Medalha de Ouro consecutiva

Liga dos Campeões: IVAN CAÇADOR e EURICO NICOLAU dirigiram o THW Kiel - BM Atletico Madrid

As Juniores B femininas venceram a Medalha de Ouro no passado dia 17 de novembro, conquistada no 8º Campeo-nato do Mediterrâneo, prova que termi-naram sem qualquer derrota. Portugal revalidou o título que já havia conquis-tado em 2010 e 2011, no 6º e 7º Cam-peonatos do Mediterrâneo femininos. Portugal venceu na final o Montenegro pela diferença mínima, 27-26, num jogo

muito disputado por ambas as selecções. Portugal esteve a ganhar durante quase todo o jogo e só nos segundos finais as Juniores B de Portugal marcaram o golo que garantiu a Medalha de Ouro. No fi-nal do jogo, a seleccionadora nacional Sandra Fernandes disse que “ganhámos o jogo na defesa, jogámos num sistema defensivo 3x2x1 muito agressivo, com vários cortes nas linhas de passe, o que

dificultou a organização ofensiva do Montenegro. Com transições muito rápi-das, conseguimos muitos contra-ataques e ganhámos o jogo. Todas cumpriram o que lhes foi pedido.” Sandra Fernandes mostrou-se satisfeita e orgulhosa do seu grupo de trabalho. Para Portugal veio ainda o prémio de Me-lhor Guarda-Redes, que foi para Jéssica Ferreira.

A dupla de árbitros Ivan Caçador e Eurico Nicolau foi, novamente, nomeada para dirigir um jogo da Liga dos Campeões Masculina. Desta feita, foi em Kiel, na Alema-nha, onde a dupla dirigiu o jogo THW Kiel - BM Atleti-

co Madrid, do Grupo B da Liga dos Campeões. O jogo foi no dia 2 de Dezembro, domingo, às 17h15 locais, na Sparkassen-Arena-Kiel. O delegado foi o norueguês Dagfinn Villanger.

ULISSES PEREIRA REELEITO PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO

Ulisses Pereira foi reeleito, no passado dia 10 de Novembro, presidente da Federação Portuguesa de Andebol (FAP), receben-do para o mandato de 2012/2016 os 46 votos dos presentes na Assembleia Geral eleitoral.No novo elenco diretivo liderado por Ulisses Pereira, que presidia ao organismo desde 31 de março, após eleições intercalares, figu-ram ainda, nos cargos de vice-presidentes, Augusto Silva, Ricardo Andorinho, Henrique Silva e Juliana Sousa (Eduardo Coelho como suplente).A Assembleia Geral será presidida por Pedro Mourão, auxiliado pelo “vice” Raúl Castro, enquanto o Conselho Fiscal é encabeça-do por José Manuel Sousa, num órgão que integra ainda Gonçalo Lopes e Olinto Ravara como vice-presidentes.Para o Conselho de Arbitragem, o único órgão social que tinha duas listas concorrentes, António Marreiros venceu a candidatura de António Goulão, recebendo 24 dos 46 votos.O novo elenco do Conselho de Arbitragem é ainda constituído pelos vice-presidentes Jorge Manuel Gil e Carlos Joaquim e os vogais Dário Ramos e Felisberto Silva.

LUÍS SANTOS PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO DO DESPORTO

Figura incontornável da modalidade, Luís Santos foi durante 25 anos dirigente da FAP, 24 dos quais exercendo as funções de presidente.Luís Santos foi nomeado dia 18 de novembro, presidente da Fun-dação do Desporto, entidade que estava sem líder desde 2007. O antigo presidente da Federação de Andebol de Portugal, entre 1987 e 2008, sucede a Marques Mendes, Nobre Ferreira e Mar-ques Pinto. Luís Santos, figura incontornável do andebol nacional, foi o primeiro presidente da Confederação de Desporto de Portu-gal e integra actualmente o Conselho Nacional de Desporto como personalidade de reconhecido mérito. Recentemente recebeu o ‘European Olympic Laureus Award’ da Assembleia dos Comités Olímpicos Europeus e, já este ano, o governo português atribuiu-lhe o Colar de Honra ao Mérito Desportivo. Um dos objectivos da Fundação do Desporto passa pela captação de patrocínios, cabendo-lhe a gestão central e financiamento dos Centros de Alto Rendimento, bem como iniciativas de captação de fundos priva-dos para o Desporto, maximizando o mecenato e potenciando os benefícios fiscais daí decorrentes.

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Andebol Um caminho para o alto rendimentoNeste livro um grupo dos melho-res especialistas portugueses da modalidade transmitem o seu conhecimento, experiência e segredos na preparação de uma equipa de alto rendimento.

Qualificação Euro 2014Portugal - Macedónia foi o jogo mais visto dos 27 jogos transmitidos De acordo com os dados do estudo feito pela EHF, referente aos jogos da 1ª e 2ª jornadas de qualificação do Campeonato da Europa Seniores Masculinos Dinamarca 2014, 27 jogos foram transmitidos em directo pelas televisões dos países organizadores dos jogos, sendo que 23 deles foram, tam-bém, transmitidos no país da equipa adversária. Para além da enchente registada em Espinho, dos 27 jogos com transmissão em directo, o jogo Portugal - Macedónia, que se disputou a 4 de Novembro, na Nave Polivalente de Espinho, foi o jogo com maior número de telespectadores: 300.000 assistiram, em directo, à vitória portuguesa sobre a Macedónia, em Portugal e 160.544 telespectadores, na Macedónia.

XVII Gala do Desporto “IHF Handball at School project”A ex-internacional Virgínia Ganau, que no final da época deu por terminada a sua carreira, numa altura em que se encontrava ao serviço do Madeira Sad, recebeu o prémio Mérito Desporto - Persona-lidade do Ano, no Andebol, na XVII Gala do Des-porto, organizada pela Confederação do Desporto de Portugal. A 17ª Gala do Desporto decorreu na noite de 15 de novembro, no Casino Estoril e pre-miou, ainda, os “Desportistas do Ano”, prémio para o qual estava nomeado o atleta do Sporting CP e da selecção nacional, Rui Silva.

O objectivo deste quadro de peritos da federa-ção internacional (IHF) é contribuir para o alar-gamento da base de praticantes de Andebol à escala global. A área principal de intervenção é junto dos Professores (de jovens dos 5 aos 11 e dos 12 e os 17 anos) que pretendam apostar no andebol nas suas aulas. Mas também junto dos técnicos municipais, regionais, associati-vos ou federativos que trabalhem com estes escalões e pretendam uma formação mais especializada.

Portugal perdeu por 35-26, no passado dia 1 de Dezembro, em Ankara, na Turquia e foi afastada, pela selecção turca, dos jogos de play-off de apuramento para o Campeonato do Mundo Senio-res Femininos Sérvia 2013. Com a vitória desta tarde, é a Turquia que segue em frente para os play-offs. No final do jogo, João Florêncio afirmou “Nós ainda não temos ca-pacidade nem maturidade para enfrentar este tipo de ambientes. Entrámos bem, mas seguiu-se um período em que quase tudo nos correu mal e já não conseguimos reagir. Depois passamos para a fase em que queremos fazer tudo com muita vontade, mas com pouco discernimento. Não conseguimos, jogámos com uma equipa muito forte. A jogar em casa, já começamos a ter argu-mentos para jogar com estas equipas, mas fora, as coisas compli-cam-se. Sabíamos que era muito difícil e tínhamos de ter jogado melhor do que jogámos em Anadia, e nem sequer jogámos igual. Era importantíssimo que tivéssemos conseguido, mas não é por isso que vamos deitar a toalha ao chão, vamos continuar a traba-lhar para melhorar.”

PORTUGAL PERDE NA TURQUIA E ESTÁ DE FORA DO PLAY-OFF DE APURAMENTO AO MUNDIAL DA SÉRVIA 2013

Fontes: Federação de Andebol de Portugal

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“Fá” Monge da SilvaFalar sobre a Fá para mim e para

qualquer jogador(a) que tenha pas-sado pelas suas mãos é sempre complicado. É como estarmos a

falar da nossa mãe, e quando assim é, é sempre muito difícil arranjar

adjectivos que consigam qualificar aquilo que sentimos por ela.

“Mãe Fá! Uma grande mulher, um grande exemplo” (Maria Murinello)

“É como uma segunda mãe mesmo, minha mentora e foi com ela que aprendi a jogar e a ser mel-

hor pessoa” (Paula Malcato, jogadora)

“Simplesmente a pessoa responsável por eu jogar andebol e o treinador que mais me marcou... para

além disso também a considero uma amiga” ( João Oliveira, jogador)

“Mais que uma treinadora, uma segunda mãe, com ela cresci como jogador e homem. Devo a ela

grande parte da minha felicidade pois deu-me a conhecer o andebol , os meus amigos e a minha

mulher, obrigado mãe Fá” ( José Rua, jogador)

“Amiga companheira. Uma senhora que nos mostrou os valores que ainda hoje usamos e temos.

Mãe!” (Pedro Sércio, jogador)

“A melhor treinadora que já tive. Uma referencia do andebol nacional . Se o Camões está onde está,

deve-se a maior parte ao trabalho desenvolvido pela Fá ao longo dos anos, tanto na formação como

nos séniores.” (Hugo Costa, jogador)

“Uma amiga, uma grande treinadora a quen o andebol português e o Camões em particular devem

muito. Uma grande senhora de elevada estatura humana, uma gradne personalidade com quem

aprendi e de quem tenho o privilegio de ser amigo” (Albano David, treinador)a“A melhor treinadora

que já tive, percebe mais de andebol a dormir que muitos acordados” (Hugo Dias “Maradona”, jogador)

“O sorriso e a brincadeira pronta no final de um dia de trabalho foram o equilibrio fundamental

na vida pessoal . O sorriso e a brincadeira no antes, durante e depois da competição fizeram unir

um grupo de amigos. A Fá é a mãe desse grupo” (António Trinca, arbitro)

“Professora e treinadora com cabelo às mil cores que nunca deixará de brilhar em todas os campos

em que cresci com ela sempre a meu lado.” (Marco Paraíba, jogador)

Pedindo a muitas pessoas des-te meio que foram treinadas por ela para a descrever, esta é mesmo a palavra mais repetida: MÃE! É uma mulher que nos deu tudo sem nunca pedir nada em troca, sendo que a maior parte começou a trabalhar com ela desde os 12 anos. Nestas idades somos todos crus e muito verdinhos, achamos que sabemos tudo mas ao mesmo tempo não percebemos nada de nada. E assim entra em nos-sas vidas esta mulher que mui-tas vezes passou mais tempo

connosco que nossos próprios pais. Entre treinos às 7h da ma-nhã, às 19h, jogos aos fins de semana e torneios longínquos, começou a ser muito mais que apenas uma treinadora mas acima de tudo uma educadora e uma tutora. Seria mais fácil apenas treinar... era para isso que ali estava, mas não! Sem-pre se preocupou com o nos-so futuro, a nossa educação e acima de tudo nos homens e mulheres que poderíamos vir a ser um dia. A verdadeira es-sência do desporto, onde tudo

isto conta muito mais do que o simples ganhar! Falar de Fá é o mesmo que falar do Clube Desportivo e Escolar Camões! Sem ela este nunca te-ria existido! E seria muito mais fácil referir todos os títulos que esta mulher deu ao clube, onde a sua influencia foi total! Trei-nou TODOS os escalões des-de iniciados a seniores, quer femininos quer masculinos e obteve sempre os melhores resultados possíveis. E falamos de um clube com orçamentos praticamente ZERO, e o pouco

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“Amizade, dedicação, trabalho, garra, humildade, mãe. Enfim, o nosso Camões”

(Francisco Barroca, Dirigente)

dinheiro que havia eram mui-tas vezes resultado da sua luta extra-desportiva na junta de freguesia, na Camara Municipal e outras instituições. E assim cresceu este clube, até ao topo com este exemplo máximo! En-sinou-nos que a UNIAO, o TREI-NO, a VONTADE, a HUMILDADE, e o QUERER, valem mais que qualquer orçamento milioná-rio, e são estes e outros valores levamos connosco muito além do mundo desportivo. Aqui há uns anos, quando fi-nalmente foi inaugurado o pavilhao da Escola Secundaria Camões, todos os que vive-ram esse sonho acharam que o melhor prémio e direito se-ria esse pavilhão ter o nome Fátima Monge da Silva, sem querer desrespeitar e saben-do todo o valor do Prof. Moniz

Pereira, todos os que lidaram com essa batalha e com esta mulher acharam e acham que este seria o nome mais justo e correcto para aquele pavilhão. Mesmo falando com pessoas ligadas ao mundo do andebol que nunca tiveram nada a ver com este clube, a opinião, de-monstrando uma vez mais o valor que lhe é atribuído una-nimemente. Pessoalmente, lembro-me de um rapaz de 12 anos que um dia no balneário combinou com alguns de seus colegas que en-graçado era um dia mais tarde estarmos ali todos juntos depois de sair dos empregos. Ora há 13 anos atras, fui ter com a Fá e dis-se-lhe isso mesmo, gostávamos de voltar a jogar pelo Camões e fazer uma equipa de seniores masculinos mesmo começando

nos regionais. Eram mais chati-ces, mais trabalho, mais tempo e acima de tudo mais paciência, mas a sua resposta foi pronta-mente... SIM! CLARO! E depois de tudo o que já tinha ganho e dado, lá nos acompanhou nes-ta aventura. E mesmo deixando de ser nossa treinadora há uns anos atras por motivos de saú-de, se este ano estamos na 1ª Divisão Nacional.... DEVEMOS TUDO A ELA! E é por ela que também lutamos e continuamos com o espirito que ela ensinou a TODOS esses rapazes e rapari-gas de 12 anos.Sempre ouvir dizer que as grandes pessoas existem quan-do tocam ou fazem a diferença na vida de outra. Esta mulher tocou e fez muita diferença na vida de muitos!

Luis Lacerda

Poderia encher-vos paginas de testemunhos de jogadores, ex-jogadores e pessoas que trabalha-ram com ela, quanto a mim, é muito difícil acres-

centar mais aquilo que todos dizem... Sou um sortudo! Fui um dos que foi tocado e influencia-

do por essa grande mulher... e... mudou a minha vida! Nunca conseguirei pagar tudo o que me

deu e o que acrescentou à minha vida. Por isso o melhor que posso dizer é... OBRIGADO MÃE FÁ!

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Duarte Freitas

OPINIÃO

UM CONTEXTO COMPETITIVO MAIS PROMOTOR

O desenvolvimento do andebol feminino passa essencialmente pelo desenvolvimento da atleta portugue-sa, estando diretamente relacionado com o contexto onde a atleta exerce a sua prática. Assim sendo, partimos do princípio que os aspetos contextuais que mais influenciam a melhoria das capacidades das atletas são o treino e a competição. Na minha opinião, é este último a esfera potenciadora de todo o processo: a competição, o jogo! Estes são determinantes para uma maior ou menor motivação. Queremos uma competição que desencadeie em todos os agentes (atletas, árbitros, treinadores, dirigentes, espectadores, patrocinadores, e demais interve-nientes), motivação suficiente para que, diariamente, se dediquem com mais tempo e qualidade ao andebol, de modo a promover um espaço de valorização da própria atleta. Esta valorização daquilo que a atleta faz, vai muito além do ser ou não ressarcida financeiramente. O aspeto monetário é importante, permitirá a muitas o prolongar de uma carreira que, muitas vezes por razões profis-sionais, é interrompida precocemente. Nalguns casos pode não ser determi-nante, mas lá que ajuda, ajuda.Hoje, vivemos um período crítico no andebol feminino. As dificuldades

económicas do nosso país e de muitos países na europa, condicionam de forma marcante o nosso atual contex-to competitivo. Mas é um aspeto que podemos encarar de forma positiva. E outros aspetos que surgem entretan-to, podem ser motivos potenciadores. Por exemplo, nestas circunstâncias, temos mais tendência para ser menos esbanjadores e gerimos os recursos disponíveis com maior cuidado e eficiência. Por outro lado, penso que nos últimos dez anos, nunca tivemos uma federa-ção com sensibilidade para tratar do andebol feminino como ele merece, com respeito pelos seus intervenien-tes, em especial pelas atletas. Pode-mos constata-lo não só pelo discurso, mas mais importante, pela atuação, pela forma como têm materializado as suas intenções. Bem hajam os novos dirigentes federativos.Não é pelo facto das nossas atuais atletas não terem a competência ao nível das melhores do mundo que as iremos desprezar. Elas demonstram diariamente, ano após ano, atitude que merece todo o nosso respeito e empenho no sentido de melhorarmos as suas condições para prática do

andebol. Sim, é certo que as nossas atletas manifestam carências a dife-rentes níveis (fatores antropométricos e a capacidade física ainda são um handicap, a maturação do jogo e sua consistência em regime de grande intensidade revela muitas irregulari-dades). Mas...Muito sinceramente, acredito que se lhes proporcionarmos contextos competitivos com maior qualida-de, com a melhoria da competição interna ou mesmo passando pela inclusão de atletas em campeonatos mais competitivos no estrangeiro, a atleta portuguesa também chegará a patamares de excelência. Já tivemos, num passado bem recente, exemplos disso. Não queria aqui mencionar nomes, pois poderia esquecer-me de referenciar alguém e não seria correto, mas desculpem lá falar de jogadoras de primeira linha como Juliana Sousa e Alexandrina Barbosa. Falamos de atletas que atingiram altos patamares.O nosso sucesso será maior quanto maior for a nossa dedicação, quer sejamos atletas, treinadores, árbitros ou outro qualquer interveniente. Façamos o andebol com dedicação, com muita dedicação, e no mínimo respeitem os que se dedicam de

forma positiva e que acreditam ser possível um melhor andebol

feminino, e que são muitos no nosso

país.

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Micaela Califórnia

O estado actual do andebol feminino encontra-se em fase de mu-dança positiva! Havendo muito ainda a palmilhar!

Não pode haver paragens, nem retrocessos no que deve ser um projecto consubstanciado na qualidade e no rigor. E aqui é fácil… Basta ir igualando ao que é definido e realizado no sector masculino. Há que ter ideias e ideais, apostas, investi-mentos diversificados, exigências e objetivos cada vez mais ambiciosos. E para os mais cépticos, estejam seguros que “elas” saberão retribuir de forma exemplar!

Esta forma de viver e sentir o andebol obedece a que haja um envolvimento, de corpo e alma, de todos os in-tervenientes. Sozinho, ninguém é nada e nada faz!

Considero que estamos numa fase em que o andebol feminino, paulatinamente, tem crescido, tem melhora-do a sua qualidade, mas de uma forma desequilibrada a nível nacional. Para existir mais atletas precisamos de aumentar o número de raparigas a jogar andebol, au-mentando fortemente a base de trabalho e a sua quali-dade. Há “matéria-prima feminina” em todo o lado, que necessita de mais oferta, que deve e merece ter as mes-mas oportunidades e ser estimulada, motivada por for-ma a ganharem gosto pela modalidade e usufruírem do retorno que ela oferece a nível físico, emocional e social.

Sabe-se que o crescimento deve andar de braço dado com o desenvolvimento, logo, o trabalho exercido tem de ser responsável, de qualidade e sistemático para que, cada vez mais, surjam talentos femininos no andebol.

A cultura desportiva nacional não é das mais fortes e há muito a ser feito no sector feminino, nomeadamente no andebol. Nos países nórdicos, por exemplo, as equipas femi-ninas conseguem encher pavilhões, demonstrando uma alta competência nas suas performances, sem nunca perderem a sua condição feminina.

Os nossos talentos femininos de outrora e de agora, apareceram,

devido à dedicação imensurável de todos os inter-venientes, muitas vieram de muitas colectividades e

clubes pequenos que, com muitas dificuldades, nunca deixaram de apoiar e de acreditar no andebol feminino. Um dos aspectos positivos prende-se com o facto de

haver cada vez mais técnicos (mulheres e homens) quali-ficados e com provas dadas a agarrarem equipas femininas.

As condições de treino, nos últimos anos, também são bem melhores, situação que tem promovido a qualidade do trabalho

realizado nas sessões de treino e de competição, optimizando a qualidade individual das atletas, bem patente, no número de

jogadoras que ganharam o seu lugar em equipas estrangeiras.A palavra equidade é simples e ao mesmo tempo forte, pois

traduz tudo aquilo que eu gostaria de ver e sentir como pano de fundo do andebol feminino. Todavia, tem havido alguma sensibi-lidade dos responsáveis para adaptar os modelos competitivos às dificuldades e recursos dos clubes. A qualidade do andebol femi-nino nacional depende de comportamentos e decisões que terão de vir de dentro para fora (nacional/Internacional), tornando os campeonatos mais competitivos, que promovam a evolução das atletas - e de baixo para cima (dos escalões mais jovens para os menos jovens) e só assim conseguiremos dar uma resposta cada vez mais competente e afirmarmo-nos, decididamente, a nível in-ternacional.

Aos clubes é exigido terem determinadas equipas de forma-ção e a grande maioria, opta pelos escalões masculinos! Então, por que não obrigar a que metade dessa exigência seja obede-

cida com a formação de equipas femininas?! Continuariam a trabalhar a formação, a desenvolver o andebol e aumentaría-

mos tremendamente o número de praticantes femininos! Nada é definitivo e se houver boa vontade nada é im-

possível! Apenas custa mudar!O ANDEBOL É ESPECTACULAR E O ANDEBOL FEMI-

NINO EM PARTICULAR É… FENOMENAL!

OPINIÃOANDEBOL FEMININO:PONHAM-NOS À PROVA!

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CLUBE DO MÊSDesde sempre, o Grupo Musical 1º Dezembro de Queijas teve como objectivo a formação de jogadores de Andebol

O1º Dezembro foi fundado em 1 de dezembro de 1915, tendo já recebido a Medalha de Mé-rito Municipal (Grau Cobre). Foi no Atletismo que o Clube começou a ganhar a sua dimen-são, porém, só mais tarde o Andebol começou a ser a modalidade principal do Clube.

Desde sempre, o Grupo Musical 1º Dezem-bro de Queijas teve como objectivo a forma-ção de jogadores de Andebol, destacando-se nesta área o ex-jogador do Sporting, João Pinto, formado desde os minis, e tendo ocor-rido a sua transferência na passagem para os Juniores.

Relativamente a títulos conquistados pe-los diversos escalões do clube, há a ressaltar o titulo ganho pelas jovens atletas do clube, que na época 2003/2004 se sagraram cam-peãs da zona sul. Também os infantis têm no seu currículo, a conquista do torneio de en-cerramento de infantis, tendo-o vencido na época 2002/2003 bem como o campeona-to regional de Lisboa, na época 2010/2011. Quanto ao andebol sénior, subiu à 1ª divisão na época 2003/2004, tendo-se mantido du-rante 2 anos, no escalão máximo. A melhor classificação alcançada foi o 3º lugar no cam-peonato nacional da 1ª divisão, na época 2003/2004.

Atualmente, o clube 1º Dezembro de Quei-jas, está empenhado em desenvolver um novo projeto desportivo, projeto esse inseri-do no Plano de desenvolvimento do Andebol em Portugal, estimulando a prática de activi-dades de Andebol devidamente adequados aos escalões etários.

O projeto converge para uma criação de Escolas de Andebol que serão locais de práti-ca desportiva, enquadrados por Treinadores/Técnicos, responsáveis pela atracção e envol-vimento social dos jovens. Estes grupos de jovens deverão ter direito à prática despor-tiva – ANDEBOL – em condições de aprendi-zagem simples e de qualidade, mas de igual modo organizado em estruturas bases de mo-delo associativo.

O intuito deste projeto é fomentar o Des-porto Jovem como uma base atrativa, didá-tica, saudável e onde o maior objectivo é acompanhar O JOVEM no seu desenvolvimen-to global e harmonioso em todas as vertentes através da igualdade de oportunidades na prática desportiva.

Destaca-se ainda o regresso nesta tem-porada do escalão de juniores masculinos à competição, uma aposta no desenvolvimento do andebol no clube.

BAMBIS

Em cima: Rui Carvalho, Luís Ribeiro (Treinadores), Vítor Carrilho, Carolina, Tiago Sempere, Afonso Duarte, (Dirigentes) Pedro Santos, João LopesEm baixo: Paula Santos (Fisioterapeuta) Rodrigo Santos, Tomas Sempere, Carolina Ribeiro, Sara Alves.

MINIS

Em cima : João Lopes, Pedro Santos(Dirigentes), Bruno Lopes, Cristiano Ferreira, Gonçalo Ferronha, Gonçalo Seco, Alexandre Melgueira, Vítor Carrilho, Rodrigo Carvalho e Treinador Rui CarvalhoEm baixo : Bruno Evaristo, Afonso Costa, Afonso Duarte, Gonçalo Lourenço, João Santos.

INFANTIS

Treinador: Luís Ribeiro; dirigente: Sérgio Alves. Jogadores: André Grilo, Bernardo Grilo, Bernardo Ferronha, Artur Teixeira, Francisco Matos, Guilherme Alves, Miguel Morgado, Miguel Brandão, Rodrigo Serra, Rodrigo Barrocas, Tiago Lourenço,  Tomas Campos.

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Nome Esc./FunçãoEduardo Martins OFI Dirigente Nac.

Helena Carqueja OFI Dirigente Nac.

João Lopes OFI Dirigente Nac.

José randão OFI C.Seg. em Form.

Nuno Nunes OFI C.Seg. em Form.

Paula Santos OFI C.Seg. em Form.

Paulo Serra OFI C.Seg. em Form.

Pedro Santos OFI C.Seg. em Form.

Pedro Soares OFI C.Seg. em Form.

Ricardo Sousa OFI Dirigente Nac.

Sérgio Almeida OFI C.Seg. em Form.

Nome Esc./FunçãoAntónio José Ferreira Duarte TEC Grau 1

Edgar Goncalves Madureira TEC Grau 3

Luís Miguel Ferreira Ribeiro TEC Grau 2

Pedro Alexandre Simões TEC Grau 3

Rui Fernando Carvalho TEC Grau 1

Oficiais

Treinadores

INICIADOS

Treinador: Tozé Duarte ; dirigente: Nuno Alexandre Nunes e Ricardo Pavoeiro de SousaJogadores: Gonçalo Nunes, Diogo Soares, João Bento Trindade, João Moura Duarte, Diogo Dias, Francisco Arriaga, Miguel Angel Gaspar, Ricardo Rocha, Diogo Baptista, e Francisco Sousa.

JUVENIS

Treinador: Pedro Simões; dirigente: Helena CarquejaJogadores: Alexandre Alves,  Gonçalo Nunes,  Daniel Nunes,  João Noura Duarte,  João Brandão,  Josué Quiala, Gonçalo Andrade, Xavier Gaspar, Pedro Cace-la, Bruno Patrício, Tiago Silva, Gonçalo Pereira, Wil-son Solere .

JUNIORES

Treinador: Edgar Gonçalves Madureira; dirigente: Eduardo Martins Jogadores:   Josué Quiala,  Bruno Rodrigues,  Daniel Nunes,  Ricardo Matos,  João Brandão,  Diogo Car-reteiro,  Alexandre Alves,  Frederico Serra,  Carlos Brazão, André Sancho, Miguel Martins, Gonçalo Mar-tins e João Lynce,  

Grupo Musical 1º de DezembroAssociação: Associação de Andebol Lisboa Recinto: Noronha Feio (Queijas) Largo 1 Dezembro, 2790-860 QueijasTelefone: 214175209 Fax: 214175892 E-mail: [email protected] Website: www.queijasclube.orgBlog: http://gm1dezembroqueijas.blogspot.pt/

Campeãs da Zona Sul 2003/2004 (Feminino)Vencedor 2002/2003 - torneio de encerramento de infantis.Vencedor 2010/2011 - campeonato Regional de Lisboa (Infantis)

BILHETE DE IDENTIDADE

Troféus

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O Andebol é um jogo multifactorial, com um contexto eminentemente táctico, desta-

cando-se o carácter espontâneo dos compor-tamentos. Durante a competição/treino o treinador não tem a possibilidade de controlar todos os comportamentos in loco, necessitando de observar, registar e analisar o treino/competi-

ção à posteriori, recorrendo ao suporte digital, para procurar indicadores / critérios que auxi-liem no desenvolvimento da performance dos seus atletas.Assim sendo, a análise que decorre da obser-vação, permite melhorar o controlo do treino e da competição. O controlo do processo é uma problemática evidente no planeamento dos Jogos Desportivos Colectivos, devido à sua especificidade. Julgamos que este artigo aborda uma temá-tica que, embora normalmente desperte um maior interesse junto dos intervenientes que

desenvolvem a sua acção no contexto do Alto Rendimento, deve ser uma preocupação para os treinadores que actuam noutros níveis de prática (Iniciação, Aperfeiçoamento, Rendi-mento). Como tal, optamos por apresentar um exem-plo de possibilidade de actuação nesta área no contexto dos Escalões de Formação (Aper-

feiçoamento Desportivo), através da utilização de um instrumento de observação – software VideoObserver.

ANALISAR O JOGO – UMA NECESSIDADE…A complexidade e variedade de factores que influenciam o desenrolar do jogo de Ande-bol, tornam a componente táctica um aspecto fundamental para resolver os problemas que ocorrem no jogo, fruto da imprevisibilidade (Garganta, 1997) na ocorrência, bem como na sequência de situações em jogo, e igualmente da sua frequência.

LLLL A Análise do Jogo visa recolher informação objectiva, relevando indicadores de rendimento de um jogador ou da equipa, pois têm uma correlação com o sucesso.

OBSERVAR, PARA MELHORAR O CONTROLO DO TREINO E DA COMPETIÇÃO

João Castro, Treinador de Andebol

CADERNO TÉCNICO

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A elevada complexidade dos Jogos Despor-tivos Colectivos, e em particular o Andebol, explica-se pelo carácter espontâneo (Anguera, Blanco Villaseñor & Losada López, 2001) das diferentes acções de jogo.No contexto de jogo ocorrem actividades, in-teracções e tácticas (Garganta, 1997), cujo conhecimento resultam como essenciais para descrever, compreender e analisar a perfor-mance desportiva. A Análise do Jogo visa recolher informação objectiva (Hughes & Franks, 2004), relevando indicadores de rendimento (eficácia e eficiên-cia) de um jogador ou da equipa, pois têm uma correlação com o sucesso (Hughes & Bartlett, 2002). A necessidade de aumentar o conhecimento da componente táctica, faz da Análise de Jogo um procedimento fundamental para um tipo de conhecimento difícil de explicar, mas que é possível descrever (Lopes, 2008). A análise do jogo permite aos treinadores aceder à infor-mação, aumentando o seu conhecimento dos adversários e da sua equipa. Hierarquizamos os factores-chave que contribuí-ram, ou que podem contribuir para uma melhor performance, de modo a integrá-los no processo de preparação desportiva (Prudente, 2011).Em Portugal, no Andebol foram apresentados recentes estudos científicos (Prudente, 2006; Ferreira, 2006; Silva, 2008; Gomes, 2008; Lo-pes, 2008, Sequeira, 2012) que deram impor-tantes contributos neste campo da Análise do Jogo. Estes estudos, apesar de serem predomi-nantemente descritivos, procuram igualmente

sustentar análises preditivas, com o propósito de contribuir para a modelação da performan-ce (Marcelino, Sampaio, & Mesquita, 2011), enunciando indicadores importantes para in-fluenciar o nível da condução do processo de treino.Na Análise de Jogo, enquanto na investigação científica trabalhamos com bases de dados alargadas, utilizamos metodologia apropriada e interpretamos os resultados à luz do “esta-do da arte”, para comprovar/rejeitar teorias e princípios (Silva, 2011), na análise do treina-dor, por vezes, é realizada somente utilizando um jogo com uma metodologia empírica, in-terpretando os resultados em função da equi-pa ou do adversário, para definir um plano de jogo com a estratégia principal e os cenários alternativos.

OBSERVAR NO ALTO RENDIMENTO

E NOS ESCALÕES DE FORMAÇÃO

Qual o propósito da Observação e Análise do Jogo? Sobretudo, para encontrar padrões de comportamento de equipas e jogadores e definir probabilidades de ocorrências desses comportamentos (Lopes, 2008).A observação não se esgota no olhar (Pruden-te, 2011), através da sua utilização é possível descrever a realidade e analisá-la, permitin-do adquirir “bases de dados”, traduzidas em informação pertinente sobre a performance das equipas e de cada atleta, identificando padrões de comportamentos observáveis e

OBSERVAR, PARA MELHORAR O CONTROLO DO TREINO E DA COMPETIÇÃO

“a análise que decorre da observação, permite melhorar o controlo do treino e da competição” João Castro

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registáveis, que são, sem dúvida, factores de eficácia dos jogos. Desta forma, os treinadores podem tornar as decisões mais conscientes, de modo a inter-ferir na preparação prévia, facilitando a an-tecipação, e consequentemente a tomada de decisão, aumentando a objetividade das deci-sões tomadas pelos treinadores (Cruz, 2012).Com a análise dos dados recolhidos através da observação, pretendemos aumentar o con-trolo/avaliação da actividade (competição/treino), diminuindo a imprevisibilidade, para melhorar as opções desenvolvidas ao nível das competências individuais dos atletas e da equipa.Quando avaliamos, utilizando como método a observação, esta opção implica manter um equilíbrio entre percepção, a interpretação e o conhecimento prévio do observador (Anguera, 2001), ou seja atribuímos um significado aos eventos que observamos, tendo em conside-ração as experiências anteriores e o nosso co-nhecimento, valorizando determinados even-tos em detrimento de outros.Uma correcta observação e interpretação dos eventos tornará o planeamento e a prepara-ção das equipas mais adequada e eficaz. Logo, treinar a capacidade de observar e interpretar as informações recolhidas, o “olhar crítico”, é uma capacidade fulcral para o desempenho como treinador, seja no modelo do Alto Rendi-mento ou nas equipas de Formação.Nos escalões de Formação recorremos à ob-servação para definir objectivos mais apro-priados, tendo em consideração as etapas de desenvolvimento dos jovens praticantes e os indicadores observáveis no decorrer do jogo. A orientação do treino deve refletir a infor-mação extraída da competição, sendo consi-derada uma das variáveis que mais afectam a aprendizagem e a eficácia da acção desportiva (Hughes & Franks, 1997)Nas equipas de Formação, a análise do jogo por parte do treinador deve estar centrada no processo da própria equipa. Recolhemos indi-cadores de observação ao nível dos indicado-res de execução técnica das diferentes acções de jogo, do tempo de utilização dos jogadores e eventualmente ao nível da ocorrência/ dis-

tribuição das acções.Nas equipas de Rendimento, a análise do jogo por parte do treinador deve actuar em dois vectores: definir a estratégia da própria equi-pa; antecipar a estratégia do adversário (Silva, 2011). Recolhemos informação sobre ques-tões colectivas e individuais, tais como a con-figuração da equipa e das características dos jogadores (7 base e substituições frequentes); sistemas defensivos (principal e alternativos); movimentações ofensivas (caracterização e eficácia); situações tácticas especiais (livres, relações numéricas).

APLICAÇÃO PRÁTICA – UM EXEMPLO COM O VIDEOOBSERVER

A tecnologia actual aumentou a informa-ção que podemos recolher do contexto real (jogo). A modernização e aumento dos recur-sos tecnológicos, ao nível da quantidade, mas sobretudo pelas possibilidades qualitativas (precisão) das acções recolhidas alargam a im-portância metodológica de utilização destas ferramentas (Anguera, 2004). Instrumentos como o Match Vision Studio ou o Longo Match, e mais recentemente o VideoObserver possi-bilitam uma melhor preparação das equipas e dos atletas, influenciando o planeamento dos treinadores.Planear significa projectar o futuro, organi-zando da melhor forma o processo de treino desportivo que, visa atingir determinados ob-jectivos, utilizando determinados conteúdos, operacionalizando as metodologias mais ade-quadas. Toda esta dinâmica tem de ser per-manente controlada e avaliada, para aferir e corrigir o processo.Como referimos anteriormente, é a partir desta observação do comportamento dos jogadores e das equipas que se aprende o que se deve treinar, para jogar melhor, fornecendo pistas para resolução de problemas que os treinado-res sentem na sua prática (Silva, 2008), favo-recendo a sistematização das aprendizagens e do treino.Um maior reconhecimento dos eventos, detec-tando as acções de jogo mais representativas, ou críticas, particularmente se experimenta-

OBSERVAR, PARA MELHORAR O CONTROLO DO TREINO E DA COMPETIÇÃO

CADERNO TÉCNICO

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dos e adquiridos nas fases de aprendizagem (Garganta, 1997), colmata uma necessidade, procurando uma maior eficiência de controlo do processo de competição/treino.O software VideoObserver é um instrumento de observação que analisa o jogo de Andebol, possibilitando registar os comportamentos na situação real (contexto de jogo), de modo a garantir a perspectiva dinâmica das condutas. Esta é a realidade do Andebol, em que os com-portamentos de execução assentam na toma-da de decisão. É importante definir critérios (categorias) apropriados com o intuito de perceber os factores determinantes para o rendimento, recorrendo à análise quantitativa/qualitativa de alguns indicadores individuais e colectivos ofensivos, tais como: remates efectuados; go-los marcados; falhas técnicas; faltas sofridas, entre outros e ainda, indicadores relaciona-dos com a análise do processo defensivo, tais como: acções defensivas realizadas – blocos, desarmes e intercepções; faltas realizadas; re-mates sofridos; golos sofridos. Após o registo de todas as acções de jogo pre-viamente categorizadas, os dados podem ser analisados:- verificando a distribuição dos eventos, no campo de jogo e na baliza; - procedendo à análise estatística das acções da equipa e de cada jogador;- observando em vídeo, individualmente cada acção ou possibilitando o visionamento de to-das as acções de uma categoria (ex. golos).

Podemos seleccionar somente uma variável para proceder à respectiva análise, e conse-quente interpretação dos resultados obtidos.

Esta análise pode ser realizada relativamente ao adversário ou para estudar a prestação da nossa equipa nesse determinado indicador.

LLLL A tecnologia actual ... possibilita uma melhor preparação das equipas e dos atletas, influenciando o planeamento dos treinadores.

Video Observer – Dados Totais do Jogo

Video Observer – Dados Totais – Equipa Adversária

Video Observer – Dados Totais – Nossa Equipa

Video Observer – Total Remates realizados

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Um indicador (categoria) que envolva finali-zação pode ser analisado, igualmente, com auxílio da distribuição das acções na baliza graficamente representada. Esta oportunida-de pode contribuir para a preparação teórica e táctica dos Guarda-Redes.

É possível proceder à respectiva análise de todas as restantes categorias que foram pre-viamente seleccionadas, a partir dos eventos registados ao longo do jogo.

CADERNO TÉCNICO

Video Observer – Golos marcados

Video Observer – Remates falhados

Video Observer – Golos sofridos (baliza)

Video Observer – Remates falhados (baliza)

Video Observer – Acções Defensivas

Video Observer – Falhas Técnicas

LLLL O software VideoObserver é um instrumento de observação que analisa o jogo de Andebol, possibilitando registar os comportamentos na situação real (contexto de jogo), de modo a garantir a perspectiva dinâmica das condutas

OBSERVAR, PARA MELHORAR O CONTROLO DO TREINO E DA COMPETIÇÃO

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Referências: Dada a extensão da bibliografia consultada, pode contactar autor através do endereço [email protected]

Todos os eventos registados permitem tam-bém a análise, segundo o Mapa de Calor no campo, a partir da frequência dessas ocorrên-cias.

Relativamente à análise estatística, julgamos que a avaliação do processo nos escalões de formação pode recolher dados significati-vos para aferir a performance, tanto através da análise do desempenho global da equipa, como da análise prestação individual de cada jogador.Para além da análise das acções individuais ou dos respectivos totais, outra janela de oportu-nidade situa-se na análise de acções colecti-vas de cada equipa. Naturalmente, tal como as restantes, estas acções colectivas têm de ser categorizadas previamente (exemplo: analisar todas as entradas do extremo registadas du-

Video Observer – Faltas Cometidas

Video Observer – Golos (mapa de calor)

Video Observer – Estatística Global

rante o jogo).Outra das potencialidades que pode ser ex-plorada com a utilização deste software é a possibilidade de observar em vídeo, indivi-dualmente cada acção ou permitindo o visio-namento de todas as acções de uma categoria (ex. golos).Por último, numa ferramenta mais adequada ao Alto Rendimento, o VideoObserver permite o envio de todos estes dados para cada um dos atletas da equipa. Em suma, actualmente, a recolha de dados significativos da competição/treino está faci-litada pelo desenvolvimento tecnológico dos instrumentos ao dispor do investigador, sendo um meio de treino que potencia o controlo do processo de treino desportivo, tanto no con-texto do Alto Rendimento como dos Escalões de Formação.

Video Observer – Estatística por Jogador

LLLL Relativamente à análise estatística, julgamos que a avaliação do processo nos escalões de formação pode recolher dados significativos para aferir a performance, tanto através da análise do desempenho global da equipa, como da análise prestação indivi-dual de cada jogador.

OBSERVAR, PARA MELHORAR O CONTROLO DO TREINO E DA COMPETIÇÃO

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ANA SEABRA18

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A PRIMEIRA CHAMADA

FOI AOS 15 ANOS ...À SELECÇÃO

FALANDO COM A ANDEBOLISTA

Como surgiu o Andebol na tua vida? E foi uma paixão à “primeira vista”?

A minha abordagem ao andebol, de uma forma mais oficial, começou tinha 14 anos. Iniciei na escola, no desporto escolar com o Professor Paulo Veiga (ex. seleccionador nacional), que me incentivou nas aulas de educação física para a prática da modalidade. Inicial-mente era uma modalidade que na verdade não me entusiasmava porque achava sempre muito confusa, mas depois da abordagem que o Professor fez ao andebol, aliciou-me a participar nos treinos de um clube da região, a Associação Académica de Águeda.

Comecei a jogar na época 1991/1992 onde permaneci três anos. No mesmo ano participei nos trabalhos da Seleção Regional de Aveiro e integrei os estágios de detecção de talentos, da qual um ano mais tarde iniciei o meu percurso andebolístico na seleção Nacional.

Joguei em clubes como a Associação Académica de Águeda, Núcleo Desportivo Colégio de Gaia, Madeira Sad, Gil Eanes, 1º de Agosto (Angola). Vou agora integrar a equipa do Alavarium durante o resto da época.

E ao longo do teu percurso de formação quais eram os tuas refe-rências a nível de jogadores?

Sim como todos os atletas jovens temos ídolos, pessoas que, atra-vés das suas qualidades enquanto atletas, nos motivam para conti-nuar a trabalhar e a gostarmos da modalidade. No masculino o Rui Almeida, ponta direita do ABC, Madeira Sad e da Seleção Nacional, sempre foi o meu atleta de eleição, não só pelas qualidades como atleta, mas pela sua personalidade e carácter dentro e fora de campo. Tive o prazer de conhecer o Rui, não só no pavilhão, mas socialmente. No feminino, a Ana Alves, ponta direita do Colégio de Gaia, com quem

BANDA Coldplay

MÚSICA U2 whit or without you / Nickelback – Far away

LIVRO As palavras que nunca te direi

FILME/ SERIE TVQuem quer ser milionario

JOGO (PC,PS3,...)Scrable

VIAGEMPraga

ATLETA (ANDEBOL))Ivano Balic

ATLETA (OUTRA MODALIDADE)

Nelson Évora

EQUIPA DE ANDEBOLMontpellier

SELEÇÃO DE ANDEBOLNoruega

SABIA QUEComeçou tinha 14 anos

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É NECESSÁRIA ESPERANÇA, VONTADE E INICIATIVAS CONCRETAS.” (EVOLUÇÃO DO ANDEBOL FEMININO PORTUGUÊS)

SABIA QUEo Professor José António Silva foi o que mais me marcou, em muito devido ao que conseguimos alcançar

tive o prazer de jogar posteriormente no Colegio de Gaia e na selecção, e que realmente foi uma grande atleta que o andebol feminino perdeu cedo demais.

... e de treinadores?Acho que todos os treinadores

que passaram pela minha vida foram importantes pelo que me ensinaram na altura. Começo por me lembrar do treinador que me motivou a ir para o andebol (Paulo Veiga), o treinador que me levou pela primeira vez à seleção Nacional e que iniciou o meu processo de formação (João Paulo – AAÁgueda), os treinadores que me fizeram crescer durante toda a minha fase de formação até chegar à

especialização (José António Silva na Seleção e o professor Jorge Tormen-ta no Colégio de Gaia), e todos os outros que foram passando e que me foram moldando e ajudando a ser a jogadora que sou hoje. Nenhum deles foi menos importante, desde Paula Castro e Manuel Rui – Colégio de Gaia, Filipe Calado- Madeira Sad, Aleksander Donner e João Florêncio no Gil Eanes ou também a minha úl-tima experiencia com o Paulo Pereira que, apesar de terem sido apenas

dois meses, foi um período rico em aprendizagem. A nível da selecção, não me posso esquecer de nomes como os seleccionadores Miguel Ribeiro, Filomena Santos, João Comé-dias, Pedro Pinheiro, Paula Castro ou Duarte Freitas.

Mas foi o Professor José António Silva foi o que mais me marcou, em muito devido ao que conseguimos al-cançar, ao momento de formação que passava e aos ensinamentos que ao longo de quatro anos me transmitiu.

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O teu palmarés é enorme, e em vários clubes. Qual foi o título que mais te marcou, e porquê?

Na selecção diria que foi o apu-ramento para o Mundial Junior da Costa do Marfim em 1997 e para o Europeu Senior em 2008. Foram dois momentos históricos e inéditos na história do andebol português

A nível de clubes penso que, apesar de ter ganho muitos títulos no Madeira Andebol Sad, o primeiro campeonato pelo Gil Eanes foi algo que me marcou, isto porque também foi a o primeiro título nacional da história do clube.

E a primeira chamada à Selecção Nacional? Imaginavas chegar até capitã da selecção A?

A primeira chamada à selecção ocorreu durante a deteção de talen-tos, eu tinha 15 anos. O Seleccionador era o professor José António Silva. Desde aí comecei a integrar os traba-lhos de seleção até aos dias de hoje. Fiz apenas uma pausa nos últimos dois anos por motivos profissionais.

Não me imaginava como capitã mas desde o momento que fui colo-cada nessa posição tentei represen-tar esse papel da melhor forma.

O que falta, no teu ponto de vista, para que Andebol feminino em Portugal chegue ao patamar das grande potências como a Alemanha, Roménia, Noruega, etc...?

Falta muita coisa, nós somos um país de futebol e o resto das moda-lidades não têm peso nem interesse para a nossa cultura desportiva. Não apostamos no desporto, não apos-tamos nas modalidades amadoras,

muito menos nas femininas. Na ver-dade faltam recursos financeiros e alguma vontade organizativa. É preci-so entender que a mulher não vive do desporto, existem alturas na vida que a carreira desportiva se torna in-compatível com o trajecto académico ou profissional, e aí a maioria vê-se obrigada a abandonar o desporto, pois não há modo de conciliar ambas as vertentes.

Alguns reajustes têm sido feitos para retardar o abandono, mas não é fácil para nenhum treinador exigir o esforço de uma atleta, sabendo que o principal incentivo que ela tem para ir ao treino é apenas o amor que tem pelo desporto, ou a forte relação pessoal que criou com as compa-nheiras de equipa. Muitas vezes isso não chega.

E será possivel a curto/médio prazo?

Quem sabe…gostaria de ter a res-posta a essa pergunta. Uma resposta que ninguém consegue dar. É neces-sária esperança, vontade e iniciativas concretas. Não vivemos apenas de palavras.

E como é a Ana fora do Andebol?A Ana fora do andebol…. Quan-

do trabalho tento ser exímia no que faço, sou uma perfeccionista, algo que pode ser visto como defeito e virtude. Se é necessário fazer algo, tenho que o fazer bem. Nos meus tempos livres gosto de ver um bom filme, ler e dedicar algum tempo na internet a pes-quisar temas que me interessam, nomeadamente andebol, activi-dade física e saúde e psicologia. Também gosto de sair com os meus amigos e rir bastante.

Que conselhos dás aos jovens que agora estão a começar a jogar Andebol?

Que lutem sempre pelos seus so-nhos e objectivos pessoais, porque ninguém o vai fazer por eles. A ins-piração vem dos outros, a motivação vem de dentro de nós. Sem atitude, vontade e alguns sacrifícios não se consegue alcançar nada.

Qual é o teu sete ideal?Ponta direita – “Xuxas”Lateral direito – Judite ParisCentral – Mariela GonçalvesLateral esquerdo – Juliana SousaPonta esquerda – Julia CaladoPivot – Renata TavaresGuarda-redes – Virginia Ganau

ACHO QUE TODOS OS TREINADORES QUE PASSARAM PELA MINHA VIDA FORAM IMPORTANTES PELO QUE ME ENSINARAM NA ALTURA.

ANA SEABRA“A inspiração vem dos outros, a motivação vem de dentro de nós. Sem atitude, vontade e alguns sacrifícios não se consegue alcançar nada.”

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Campeonato Nacional

andy

stat

.com Ranking MVP

Campeonato Nacional Seniores Masculinos - 1.Divisao

Nota Tecnica: Para a atribuicao dos pontos MVP aos jogadores de campo e considerada a formula MVP = (Golos Mar-cados(Excepto 7M)*1) + (Golos Marcados de Livre de 7M*0,5) + (Livre de 7M sofridos*0,5) + (Assis-tencias*0,5) + (Accoes Defensivas*0,4) + (Remates Falhados(Excepto 7M)*-0,6) + (Remates Falhados de Livre de 7M*-0,75) + (Falhas Tecnicas*-0,6) + (Exclusoes*-0,8) + (Livre de 7M cometido*-0,4)

Fonte: andystat.com

Rnk Jogador Equipa Pts

1 5 - Gilberto Duarte FC Porto Vitalis 77,8

2 18 - Carlos Carneiro SL Benfica 67,7

3 30 - Elledy Semedo CF Os Belenenses 57,85

4 15 - Pedro Solha Sporting CP 53,25

5 13 - Pedro Spinola FC Porto Vitalis 48,25

6 19 - Ricardo Moreira FC Porto Vitalis 44,45

7 7 - Pedro Seabra ABC Braga 44,1

8 27 - Davor Cutura SL Benfica 41,3

9 4 - Pedro Portela Sporting CP 40

10 8 - Rui Barreto SC Horta 38,55

Pos Equipa Pts JG V E D GM GS GD

1 FC PORTO VITALIS 40 14 13 0 1 474 344 130

2 SL BENFICA 39 14 12 1 1 439 334 105

3 ABC/UMINHO 34 14 9 2 3 353 321 32

4 ÁGUAS SANTAS - MILANEZA 33 14 9 1 4 387 351 36

5 SPORTING C.P. 32 13 9 1 3 390 311 79

6 SP. C. HORTA/ELITE SECURITY 27 14 6 1 7 359 399 -40

7 A.M.MADEIRA AND.SAD 26 13 6 1 6 330 324 6

8 DELTA BELENENSES 26 14 6 0 8 372 367 5

9 C.D.XICO ANDEBOL 24 14 5 0 9 389 431 -42

10 AC FAFE 19 14 2 1 11 376 437 -6111 A. A. AVANCA 18 14 2 0 12 337 418 -8112 CDE CAMOES 14 14 0 0 14 265 434 -169

COMPETIÇÃO

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Campeonato Nacional Juniores Masculinos - 1.Divisao - 1a Fase Zona Sul

Campeonato Nacional Juniores Masculinos - 1.Divisao - 1a Fase Zona Norte

A jornada 14 ficou marcada pelo clássico F.C.Porto - S.L.Benfica, que acabou com a vitória da equipa da casa com um golo no ultimo segun-do, num remate de anca espetacular do portista João Ferraz. Com esta vitória, dá-se uma cambalhota na classificação, passando o FC Porto Vitalis para 1º lugar, com um pon-to de vantagem sobre a equipa da encarnada.

Pos Equipa Pts JG V E D GM GS GD

1 SL BENFICA 21 7 7 0 0 250 109 1412 SPORTING C.P. 19 7 6 0 1 233 136 973 CF OS BELENENSES 19 7 6 0 1 220 147 734 JUVE 15 7 4 0 3 207 182 255 NAAL PASSOS MANUEL 15 7 4 0 3 177 204 -276 CCR ALTO MOINHO 13 7 3 0 4 180 192 -127 ADC BENAVENTE 11 7 2 0 5 163 235 -728 C. D. PACO ARCOS 9 7 1 1 5 144 213 -699 GS Loures 9 7 1 0 6 153 223 -7010 GINASIO C. SUL 8 7 0 1 6 181 267 -86

Pos Equipa Pts JG V E D GM GS GD

1 ABC/UMinho 30 10 10 0 0 336 209 1272 FC PORTO 29 11 9 0 2 332 286 463 A. D. A. MAIA-ISMAI 24 10 7 0 3 323 280 434 C.D.S. BERNARDO 24 10 7 0 3 302 286 165 A. A. AGUAS SANTAS 24 10 7 0 3 305 247 586 C.D.XICO ANDEBOL 23 10 6 1 3 295 269 267 FC Gaia 20 10 5 0 5 259 243 168 S. C. ESPINHO 20 10 5 0 5 255 289 -349 AC FAFE 19 10 4 1 5 279 275 410 A.D. Sanjoanense 14 10 2 0 8 251 343 -9211 BOAVISTA F. C. 14 10 2 0 8 242 307 -6512 A Ac. SAO MAMEDE 12 10 1 0 9 194 262 -6813 ALAVARIUM 11 11 0 0 11 255 332 -77

Nos outros jogos da ronda, a maior surpresa aconteceu em Avanca, onde a Artística venceu o Sporting da Horta/Elite Security, averbando a segunda vitória neste campeonato. Em Fafe, o ABC/UMinho teve sérias dificuldades em ultrapassar a forma-ção fafense. Águas Santas Milaneza e Delta Belenenses ultrapassaram sem grandes sobressaltos o CDE Camões e Xico Andebol.

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Campeonato Nacional Juvenis Masculinos - 1.Divisao - 1a Fase Zona 1

Campeonato Nacional Juvenis Masculinos - 1.Divisao - 1a Fase Zona 2

Campeonato Nacional Juvenis Masculinos - 1.Divisao - 1a Fase Zona 3

Campeonato Nacional Juvenis Masculinos - 1.Divisao - 1a Fase Zona 4

Pos Equipa Pts JG V E D GM GS GD1 ABC ANDEBOL SAD "A" 23 8 7 1 0 246 193 53

2 A. D. A. MAIA-ISMAI 21 8 5 3 0 260 225 353 A. A. AGUAS SANTAS 17 8 4 1 3 222 179 434 CCR Fermentoes 16 7 4 1 2 200 188 125 FC INFESTA 16 8 4 0 4 194 197 -36 ABC ANDEBOL SAD "B" 14 8 3 0 5 207 230 -237 AC FAFE 11 8 1 1 6 209 258 -498 C.D.XICO ANDEBOL 11 8 1 1 6 214 233 -199 GC SANTO TIRSO 10 7 1 2 4 145 194 -49

Pos Equipa Pts JG V E D GM GS GD1 COL. CARVALHOS 27 9 9 0 0 331 224 107

2 FC PORTO 23 9 7 0 2 326 211 1153 GC TAROUCA 20 8 6 0 2 266 209 574 N. A. PENEDONO 19 8 5 1 2 268 239 295 CA Leça 19 9 5 0 4 297 289 86 A Ac. SAO MAMEDE 18 9 4 1 4 216 234 -187 AC Lamego 17 9 4 0 5 282 279 38 GONDOMAR CULTURAL 13 9 2 0 7 226 289 -639 SC Salgueiros 08 11 9 1 0 8 185 310 -12510 EA Moimenta Beira 9 9 0 0 9 201 314 -113

Pos Equipa Pts JG V E D GM GS GD

1 C.D.S. BERNARDO 24 8 8 0 0 294 188 1062 S. C. ESPINHO 21 8 6 1 1 247 189 583 AC SISMARIA 20 8 6 0 2 252 169 834 Estarreja AC 18 8 5 0 3 264 210 545 ALAVARIUM 15 8 3 1 4 232 275 -436 ADC BENAVENTE 14 8 3 0 5 225 235 -107 AED FUAS ROUPINHO 13 8 2 1 5 216 251 -358 CISTER S. A. 11 8 1 1 6 171 283 -1129 CA Salvaterra Magos 8 8 0 0 8 154 255 -101

Pos Equipa Pts JG V E D GM GS GD

1 SPORTING C.P. 27 9 9 0 0 327 202 1252 SL BENFICA 24 9 7 1 1 280 190 903 Lagoa AC 22 9 6 1 2 237 222 154 C. VELA TAVIRA 22 9 6 1 2 235 211 245 GINASIO C. SUL 20 9 5 1 3 280 257 236 CF OS BELENENSES 17 9 4 0 5 264 229 357 CCP SERPA 14 9 2 1 6 237 294 -578 IFC TORRENSE 13 9 2 0 7 228 268 -409 NAAL PASSOS MANUEL 11 9 1 0 8 193 294 -10110 ALMADA AC 9 9 0 1 8 143 257 -114

COMPETIÇÃO

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Andebol Feminino

A jornada 7 do Campeonato Nacional dos Seniores Femininos fica marcada pelo ingresso de Ana Seabra no Alava-rium/Love tiles (6 golos), aumentando a pressão para o Madeira SAD e Colégio São João de Barros.

Campeonato Nacional Seniores Femininos - 1.Divisao - 1a Fase 1aFPos Equipa Pts JG V E D GM GS GD1 ALAVARIUM /LOVE TILES 21 7 7 0 0 230 184 46

2 ADA Colegio Joao Barros 20 7 6 1 0 217 157 60

3 COLEGIO GAIA 17 7 5 0 2 195 182 13

4 JUVE 16 7 4 1 2 183 160 23

5 MADEIRA SAD 14 5 4 1 0 146 93 53

6 MAIASTARS 12 6 3 0 3 169 155 14

7 JAC - Alcanena 12 7 2 1 4 188 182 6

8 CA Leça 11 7 2 0 5 157 181 -24

9 C. S. JUV. MAR 10 6 2 0 4 141 156 -15

10 N. D. S. JOANA 9 7 1 0 6 156 215 -59

11 CS MADEIRA 7 5 1 0 4 128 158 -30

12 NAAL PASSOS MANUEL 7 7 0 0 7 153 240 -87

FOTO: JOÃO CORREIA - MAFRA

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Torneio Abertura Infantis Femininos - 1 FASEPos Equipa Pts JG V E D GM GS GD1 ARE PORTO ALTO 12 4 4 0 0 87 35 52

2 S. I. M. PORTO SALVO 10 4 3 0 1 81 69 123 NAAL PASSOS MANUEL 8 4 2 0 2 75 78 -34 G. D. E R. DA QUINTA NOVA 6 4 1 0 3 50 59 -95 ASS ASSOMADA 4 4 0 0 4 70 122 -52

Campeonato Nacional Iniciados Femininos - 1 FASE - ZONA 6Pos Equipa Pts JG V E D GM GS GD1 GRUPO DESPORTIVO E RECREATIVO

DA QUINTA NOVA16 6 5 0 1 175 117 58

2 ARE PORTO ALTO 15 5 5 0 0 206 84 122

3 ASS ASSOMADA 11 5 3 0 2 152 125 27

4 S. I. M. PORTO SALVO 10 6 2 0 4 158 149 9

5 NAAL PASSOS MANUEL 7 5 1 0 4 60 176 -116

6 GDCR Quinta da Princesa 5 5 0 0 5 59 159 -100

Campeonato Nacional 2 Divisao Seniores Femininos - 1 FASE - ZONA 2

Campeonato Nacional Juvenis Femininos - 1 FASE - ZONA 6

Pos Equipa Pts JG V E D GM GS GD1 C. VELA TAVIRA 12 4 4 0 0 118 92 26

2 ASS ASSOMADA 9 4 2 1 1 121 80 413 S. I. M. PORTO SALVO 9 4 2 1 1 103 77 264 SIR 1º Maio 5 4 0 1 3 82 120 -385 Batalha AC 5 4 0 1 3 73 128 -55

Pos Equipa Pts JG V E D GM GS GD1 S. I. M. PORTO SALVO 18 6 6 0 0 186 130 56

2 ARE PORTO ALTO 16 6 5 0 1 177 128 493 ASS ASSOMADA 14 6 4 0 2 160 139 21

4GRUPO DESPORTIVO E RECREATIVO DA QUINTA NOVA

12 6 3 0 3 151 149 2

5 NAAL PASSOS MANUEL 10 6 2 0 4 124 123 16 CD Mafra 8 6 1 0 5 145 171 -267 GS Loures 6 6 0 0 6 69 172 -103

COMPETIÇÃO

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Campeonato Nacional 2 Divisao Juniores Masculinos - 1 FASE - ZONA 5

Campeonato Nacional 2 Divisao Juvenis MasculinosFASE FINAL - GRUPO III

FASE FINAL - GRUPO II

FASE FINAL - GRUPO I

Pos Equipa Pts JG V E D GM GS GD1 SPORTING CP "B" 30 10 10 0 0 302 214 88

2 ALMADA AC 26 10 8 0 2 261 234 273 VITORIA FC 26 10 8 0 2 342 248 944 CDE CAMOES 22 10 6 0 4 265 254 115 BOA HORA FC/ROFF 22 10 6 0 4 279 252 276 ABV Almoçageme 20 10 5 0 5 256 291 -357 CF Sassoeiros 16 10 3 0 7 232 259 -278 IFC TORRENSE 14 10 2 0 8 266 321 -559 CR B º JANEIRO 12 10 1 0 9 249 318 -6910 GM 1 DEZEMBRO 11 10 1 0 9 218 279 -61

Pos Equipa Pts JG V E D GM GS GD1 C Oriental Lisboa 8 3 2 1 0 72 41 31

2 UJ Alverca 8 3 2 1 0 65 46 193 CF Sassoeiros 5 3 1 0 2 42 65 -234 GC Odivelas"B" 3 3 0 0 3 43 70 -27

Pos Equipa Pts JG V E D GM GS GD1 GS Loures 9 3 3 0 0 92 69 23

2 CR B º JANEIRO 5 3 1 0 2 71 84 -133 GM 1 DEZEMBRO 4 2 1 0 1 58 51 74 CSJ Brito 3 2 0 1 1 54 59 -55 NAAL PASSOS MANUEL"B" 3 2 0 1 1 52 64 -12

Pos Equipa Pts JG V E D GM GS GD1 SL BENFICA"B" 8 3 2 1 0 93 64 29

2 CD Mafra"A" 8 3 2 1 0 72 63 93 CD Mafra"B" 7 3 2 0 1 90 73 174 CD Paço Arcos 6 2 2 0 0 60 58 25 GC Odivelas"A" 5 3 1 0 2 70 77 -76 BOA HORA FC/ROFF 5 3 1 0 2 65 82 -177 CDE CAMOES 3 3 0 0 3 79 93 -148 CF OS BELENENSES"B" 2 2 0 0 2 40 59 -19

Provas Associação Andebol de Lisboa

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Torneio Abertura Infantis Masculinos

Campeonato Nacional Iniciados Masculinos

1 FASE - ZONA 7 - SERIE C

2 FASE - ZONA 7 - SERIE C

1 FASE - ZONA 7 - SERIE B

2 FASE - ZONA 7 - SERIE B

1 FASE - ZONA 7 - SERIE A

2 FASE - ZONA 7 - SERIE A

Pos Equipa Pts JG V E D GM GS GD1 SPORTING CP"A" 6 2 2 0 0 135 7 128

2 CF OS BELENENSES 6 2 2 0 0 54 18 363 GS Loures 4 2 1 0 1 38 29 94 NAAL PASSOS MANUEL"A"/NAFs 2 2 0 0 2 15 92 -775 CDE CAMOES 2 2 0 0 2 6 102 -96

Pos Equipa Pts JG V E D GM GS GD1 SL BENFICA 9 3 3 0 0 104 68 36

2 GC Odivelas 7 3 2 0 1 79 74 53 CF OS BELENENSES"B" 7 4 1 1 2 96 110 -144 ALMADA AC 6 3 1 1 1 84 72 125 GS Loures 3 3 0 0 3 72 111 -39

Pos Equipa Pts JG V E D GM GS GD1 CD Mafra 6 2 2 0 0 64 38 26

2 GINASIO C. SUL 6 2 2 0 0 54 38 163 SPORTING CP"B" 5 3 1 0 2 74 75 -14 NAAL PASSOS MANUEL"B"/J. OBIDOS 4 2 1 0 1 51 35 165 GC Odivelas 3 3 0 0 3 40 97 -57

Pos Equipa Pts JG V E D GM GS GD1 CF OS BELENENSES"A" 9 3 3 0 0 141 57 84

2 SPORTING CP 7 3 2 0 1 124 59 65

3 CSJ Brito 7 3 2 0 1 87 50 374 GINASIO C. SUL 5 3 1 0 2 113 79 345 CD Paço Arcos 4 4 0 0 4 28 248 -220

Pos Equipa Pts JG V E D GM GS GD1 SL BENFICA 6 2 2 0 0 79 10 69

2 NAAL PASSOS MANUEL"C" 6 2 2 0 0 43 29 143 GM 1 DEZEMBRO 2 2 0 0 2 23 60 -374 ALMADA AC 2 2 0 0 2 16 62 -465 CF OS BELENENSES"B" 4 4 0 0 4 92 137 -45

Pos Equipa Pts JG V E D GM GS GD1 GM 1 DEZEMBRO 9 3 3 0 0 142 47 95

2 CDE CAMOES 9 3 3 0 0 85 68 173 NAAL PASSOS MANUEL 5 3 1 0 2 85 96 -114 CD Mafra 5 3 1 0 2 68 87 -195 C Oriental Lisboa 4 4 0 0 4 50 132 -82

COMPETIÇÃO

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PERIÓDICOS ONLINE DA EHF

O site de Atividades da Federação Euro-peia de Andebol oferece uma atualização regular de artigos de andebol, estudos e outras publicações. Em activities.eurohan-dball.com Técnicos da EHF, treinadores e especialistas de Andebol partilham os seus conhecimentos e experiências com todos aqueles que estão interessados em saber mais sobre um número de áreas téc-nicas dentro do andebol.Nesta edição, M. Petronijevic descreve a tentativa da Federação de Andebol da Sérvia de lançar o mini-andebol nas esco-las públicas com o intuito de desenvolver o andebol junto dos mais jovens.

Após a conclusão da fase de apura-mento, o sorteio para a fase de grupos da Liga dos Campeões Femininos foi realizado na passada terça-feira 20 de novembro, 2012 em Viena.Fase de GruposGRUPO 1 - Györi AUDI ETO KC (HUN), Larvik (NOR), Budućnost (MNE), Randers HK (DEN)GRUPO 2 - Zvezda Zvenigorod (RUS) Rm Oltchim. Vâlcea (ROU) RK

Krim Mercator (SLO) FTC Rail Cargo Hungaria Calendário dos jogosAs seis jornadas estão definidas para Jornada 1: 2/3 de fevereiro de 2013 Jornada 2: 9/10 de fevereiro de 2013 Jornada 3: 16/17 de fevereiro de 2013 Jornada 4: 2/3 de marco de 2013 Jornada 5: 9/10 de marco de 2013 Jornada 6: 16/17 mar 2013

AndebolMundo

Duarte Pimenta

EHF LIGA DOS CAMPEÕES FEMININA – FASE DE GRUPOS

https://sites.google.com/site/maisemelhorandebol/home

Europeu Feminino 2012 SérviaGrupo A / Belgrado: Noruega, Ucrânia, Sérvia, Rep. ChecaGrupo B / Niš: Suécia, França, Dinamarca, ARJ da MacedóniaGrupo C / Novi Sad: Croácia, Alemanha, Hungria, EspanhaGrupo D / Vršac: Romênia, Montenegro, Rússia, Islândia De salientar que a lateral-esquerda Alexandrina Barbosa foi convocada para rep-resentar a seleção espanhola neste Europeu. A jogadora de 26 anos, que repre-senta o clube romeno CS Oltchim Valcea desde o início da temporada de 2012/13, nasceu em Portugal e representou por diversas vezes a seleção portuguesa.Para mais informações para o EURO 2012 EHF consultar www.ehf-euro.com

Mundial de Andebol 2013 Já estão à venda os bilhetes para os 84 jogos do Mundial de Andebol 2013, a realizar em Espanha de 11 a 27 de Janeiro de 2013. Os bilhetes só podem ser adquiridos através do site oficial do Mundial de 2013: www.handballspain2013.com

Viborg fora das competições EuropeiasTendo passado pela fase de apuramento da EHF da Liga dos Campeões Femininos, a equipa do Viborg (Dinamarca), não conseguiu o apuramento para a fase de grupos desta com-petição para a presente época. O Campeão Europeu de 2006, 2009 e 2010, despediu-se da competição sem a conquista de um único ponto nesta fase, ficando assim também fora de qualquer competição europeia. Segundo um diretor do clube, “Esta é a primeira vez na história do clube que não vamos jogar qualquer tipo competição Europeia de Andebol na primavera “. Afirmando também que os maus resultados Europeus terão consequências financeiras no clube.

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AGENDA

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