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I
. . . . .... ... .... . ......... 85 DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO E .... . ......... . ........ . .. 87 SEU INERENTE EFEITO INTERRUPTIVO DO
................ . ... 90 PRAZO RECURSAL .................. .. ... ... 94 Athos Gusmão Carneiro
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
1 Dispõe o art. 538 do CPC, já com a reda..... . ....... . ... .. . .. . ... 101 ção que lhe foi dada pela L. 8.950/94 .
• "Art. 538. Os embargos de declaração in
terrompem o prazo para a interposição de outrOSdos Conflitos no Brasil. recursos, por qualquer das partes.
10. O Judiciário e o
Parágrafo único. Quando manifestamen118.. ...... . ....... .. ....... . te protelatórios os embargos, o juiz ou o tribunal, declarando que o são, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente de um por cento sobre o valor da causa. Na reiteração
aCosta Rica: Especial dos embargos protelatórios, a multa é elevada a ária em Garantia até dez por cento, ficando condicionada a inter.. 127...... .. ...... . ... , . .... . "Com toda a certeza, a posição de qualquer outro recurso ao depósito
interrupção do prazo recursal do valor respectivo." .. 160 resultante da interposição dos ........
embargos de declaração não se 2. Não obstante, com alguma freqüência esvazia, qualquer que seja o tem sido sustentado que a norma do art. 538 do resultado do recurso, salvo de CPC, ou seja, a interrupção do prazo recursal, forem opostos a destempo." pressupõe o conhecimento dos Embargos de De
claração, afirmando-se, em certa ocasião, que
" ... é regra geral de direito processual que o recurso ntio conhecido ntio tem qualquer efeito no mundo jurídico, em especial para impedir a preclusão ou o trânsito em julgado da decisão erroneamente impugnada. O caso clássico, com dezenas de exemplos na jurisprudência, é dos embargos de declaração intempestivos, que obviamente não tem o condão de interromper os pra
, . ... zos para os demais recursos. Mas a solução deve ' .'(~ .er a mesma, independentemente do motivo do
, n o-conhecimento dos embargos." (sic)
i 3. Tal argumentação foi, no azo, repelida e~ segundo grau de jurisdição, verbis:
" "...À toda evidência, os declaratórios não ) I i:' I , ' o ....... - ('• .'... ,.. ~.- tiveram o caráter protelatório. Como se percebe,
tão logo reaberto o prazo, a interposição do agravo afigura-se como uma inequívoca manifestação de
Revista Síntese de Direito Civil e Processual Civil, Porto Alegre, v. 2, n. 10, p. 5-9, mar./abr. 2001.
.
6 Reviste Síntese de Direito Civil e Processuel Civil - N° 10 - Mar·Abr/2001 - DOUTRINA
uma suposta violação de in teresses, daí porque rechaça-se qualquer assertiva relacionada com a insinuação de postergação por pane da recorrente com a interposição daquele recurso.
Com toda a certeza, a interrupção do prazo recursal resultante da interposição dos embargos de declaração não se esvazia, qualquer que seja oresultado do recurso, salvo se forem opostos a destempo." (grifamos)
4. Em nossa opinião, por mais de um motivo tal prefaciaI de intempestividade revela-se de todo despicienda.
Ponderemos, de início, que geralmente as coisas não se passam, no plano jurídico (como igualmente no mundo dos fatos ... ), com a singela 'linearidade' por vezes apregoada. Não será simplesmente por haver dito ojuiz que 'não conhecia' dos embargos declaratórios, que o art . 538, caput, terá deixado de incidir.
Aliás, se assim fora, se o emprego da expressão 'não conhecer' produzisse de per si tal efei to precl usivo, estaria criada gravíssima situação de perplexidade e insegurança no tocante aos prazos recursais.
É inclusive digno de nota que o motivo maior da alteração trazida pela L. 9.859/94, com a substituição da 'suspensão' pela 'interrupção ' do curso dos prazos para outrOS recursos, foi exatamente o de elidir as dificuldades (e, pois, a insegurança para as partes) não raro ocorridas na determinação dodiesaquo do curso de tal prazo (e na aferição, destarte, do prazo 'sobejante '), quando manifestados embargos de declaração!
É evidente que, em princípio, um recurso não pode ser conhecido na ausência de qualquer de seus requisitos de admissibilidade: como pressuposto maior o de sucumbência, acrescendo-se a tempestividade, a adequação, o preparo, a regularidade formal, a legitimação para recorrer, a ocorrência de voto vencido nos embargos infringentes, o prequestionamento nos recursos extraordinário e especial, etc.
Concorrendo tais pressupostos e, assim, admitida a impugnação, passa a Corte ao exame do mérito do recurso , dando-lhe então, ou negando-lhe, provimento.
S. Em determinados recursos, todavia, o exame dos requisitos de admissibilidade vem justapor-se, 'conjugar-se' à apreciação do 'mérito' da impugnação.
Assim acontece com o Recurso Especial , no permissor do art. 105, IH , a, da Lei Maior, verbis:
"Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
IH - julgar, em recurso especial, as causas decididas, e m única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
6. Vemos que o pressuposto específico de admissibilidade, ou seja, a contrariedade à lei (ou tratado) federal, SE POSITIVO, condiciona o próprio mérito do recurso: com
Revista Sintese de Direito Civil e Proce~
efeito, se o tribunal considel será conhecido e provido, a .
De outra parte, se au de, o recurso não será conhe! missiva da letra a), o pre.í.íupOSI
Sob este ângulo, a ali específico importa, em verd tante, e embora as muitas ( MOREIRA, por todos conhe mentos igualmente respeitá do, embora realmente lhe esteja seja, quando confirmar o acó fatos (estes tais como posto~
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Quando intempestivo ficam sujeitos ao seu 'não-co
Todavia, os embargos, peculiar (em sede doutrinária sentença ou o acórdão (ou a d, sa hipótese) haja omitido que: meter-lhe a compreensão, ou eficácia.
9. Se o juiz de primeir afirma a não-ocorrência de or "REiEITA" ditos embargos, me sim é que, se houvessereconheci( obrigado a suprir a omissão ou a {. mento aos embargos.
'Ocanu.1 Civil - N° 10 - M.r-AbrI2001 - DOUTRINA
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Imissibilidade, ou seja, a con trarieda"riona o próprio mérito do recurso: com
Revista Sintese de Direito Civil e Processual Civit- N° lO - Mar-Abr/2001 - DOUTRINA
efeito, se o tribunal considerar como contrariada lei federal, o recurso necessariamente será conhecido e provido, a fim de assegurar a exata aplicação da norma vulnerada.
De outra parte, se ausente algum dos pressupos tOs genéricos de admiss ibilidade , o recurso não será conhecido, como também não tem SIdo conhecido quando faltante, no permúsivo da letra aJ, o pressuposto específico da contrariedade à norma federal.
Sob este ângulo, a afirmação judicial da ausência do pressuposto cons titucional específico importa, em verdade, uma apreciação do próprio mérito da causa. Não obstante, e embora as muitas críticas em sede doutrinária (como, V.g. , as de BARBOSA MOREIRA, por todos conhecidas), o ST], CA seguindo na esteira do STF e sob fundamentos igualmente respeitáveis, persevera em 'não conhecer' do Recurso Especial quando, embora realmente lhe esteja apreciando o 'mérúo', julgar não ofendida a norma federal, ou seja, quando confirmar o acórdão e , portanto, declarar correta a aplicação da norma aos fatOs (estes tais como postos na ins tância de origem).
7. Em assim sendo, como sustentar que a pendência de um Recurso Especial, apenas porque ao final 'não conheetdo ', não terá lido o condão de sustar o trânsito emjulgado da decisão impugnada?Certamente o prazo de interposição de eventual RE começará a fluir da data de intimação do acórdão do STJ que 'não conheceu ' do recurso especial!
Se assim não fora, na angustiosa dúvida sobre o 'conhecimento' ou não do recurso, o advogado estaria sempre obrigado, por dever de ofício e para evi tar a argüição de intempestividade, à interposição sucessiva de recursos 'condicionais' (?) (e até de ações rescisórias 'condicionais' ), para valerem apenas no caso de 'não-conhecimentO' da anterior irresignação ...
8. Situação análoga ocorre com os Embargos de Declaração. Estão eles naturalmente sujeitos aos pressupostOS genéricos de admissibilidade: deve a parte interpô-los em tempo hábil ; devem ser cabíveis (altamente ques tionado, aliás, seu cabimento face decisões em juízo singular); supõem o jurídico interesse do embargante na 'declaração'; têm sido aceitOs, em casos excepcionais , com caráter infringente diante de decisões teratológicas ou de ocorrência de erronias processuais graves e evidentes, etc .
Quando intempestivos, inadequados, etc., por certo os embargos declaratórios ficam sujeitos ao seu ' não-conhecimento'.
Todavia , os embargos declaratórios su põem, enúso consiste o 'mérito' desterecuTSo tão pewliar (em sede doutrinária , o próprio caráter de recurso lhe é questionado... ), que a sentença ou o acórdão (ou a decisão singular, para aqueles que os admitem também nessa hipótese) haj a omitido ques tão relevante , ou padeça de obscuridade capaz de comprometer-lhe a compreensão, ou de conlradição capaz de prejudicar-lhe o cumprimento ou a eficácia.
9. Se o juiz de primeiro grau proclama o caráter 'infringente ' dos embargos e/ou afirma a não-ocorrência de obscuridade ou omissão a macular seu decisório, em verdade "REiEITA" ditos embargos, mesmo quando hajafeito constar que deles 'não conhece'. Tanto ass im é que, se houvesse reconhecido a ocorrência de omissão ou de obscuridade, estaria omagistrado obrigado a suprir a omissão ou a aclarar ospontos obscuros, então 'acolhendo', ou seja, dando provimento aos embargos.
e
Revista Síntese de Direito Civil e Processual Civil- N" lO - Mar'Abr/2001 - DOUTRINA
Neste semido o magistério de BARBOSA MOREIRA: "Os embargos são apreciados 1/0 mérito assim quando o órgão judicial diz que não existe a apomada obscuridade, conrradição ou omissão, como quando reconhece o defeiro e o supre. Em qualquer dessas hipóteses, o rribunal admitiu (ainda que implicitameme) os embargos, provendo-os ou não" (Com. ao CPC, 8. ed., Forense, 1999, nO 304, p. 545).
10. A adotar a tese oposta, os Embargos de Declaração someme teriam o condão de imerromper o prazo para outros recursos, isro é, someme incidiria o an. 538 do CPC, nos casos de 'acolhimemo' dos ditos embargos; mas não seria aplicável esta norma legal quando os embargos fossem 'rejeitados', quer pela ausência dos pressupostos genéricos previstos para todos os recursos, como porque inocorremes aqueles pressuposros específicos cuja afirmação ou negação, vale reiterar, consubstancia o próprio 'mérito' dos embargos.
Ora, em absoluto não é isso que dispõe oart. 538dodiplomaprocessualávil. Com efeito, inclusive tendo em vista seu parágrafo único, mesmo quando manifestameme protelatórios os embargos, a sanção processual prevista é a multa de valor não excedeme a um por cento do valor da causa. Nos casos de reiteração de embargos protelatórios, a multa é majorada e o faltoso não poderá imerpor ou rro recurso ames de deposi tar seu valor; no entanto, uma vez depositado o valor da multa, estará afastado o óbice à imerposição de outrO recurso.
Destarte, até mesmo nos casos de reiteração de embargos declaratórios protelatórios, ainda assim opera-se o efeito imerruptivo do prazo.
11. Mestre BARBOSA MOREIRA, após mencionar que na sistemática anterior (an. 862, § 5° do CPC de 1939, amenizado pelo DL 8.570/46) a interposição dos embargos não suspenderia o prazo quando, rejeitados, fossem declarados 'manifestameme protelatórios', afirma expressamente que o vigente Código tomou rumo diverso: abandonou a témica da exclusão do eleito sobre o curso dos prazos e adotou a da cominação de multa. Assim, o embargante é sujeito à sanção pecuniária, mas "a isso de maneira alguma se acrescema, no regime em vigor, a exclusão do efeito interruptivo previsto no caput" (ob. cit. , nO 307, p. 551-552). E adi ta que esta solução émelhor do ponto de vista da seguran(aquonto à fluência do processo.
12. A jurisprudência do STJ, a quem cabe a palavra última em nível infraconstirucional, é a respeito rranquilizadora.
Mencionemos os seguimes arestos, que dão idéia da oriemação prevalecente naquele alto Pretório:
"A norma inserta no art. 538, CPC, determina que 'os embargos de declaração interrompem o prazo para interposição de Outros recursos, por qualquer das panes', nela não se contendo resuição que afaste diro efe iro interruptivo na hipótese de os embargos serem considerados inmbíveis pela ausência de omissão" (4'1'., REsp 153.324, Rei. Min. CESARASFOR ROCHA, Ac. uno de 29.04.1998, DJU 22.06.1998).
"Embargos de Declaração conside rados incabíveis. Efeito interruptivo . Ainda que tidos como incabíveis, os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de ouuos recursos. Recurso especial conhecido e provido." (4 ' T., REsp 1 73.876/SP, ReI. Min . BARROS MONTEIRO,Ac. uno de 03.09.1998, DjU 14.12.1998).
"Os embargos de decl aração, ainda que protelatórios, interrompem o prazo para a interposição de eventuais recursos; pode o juiz aplicar multa ao embargante no percentual de até I% sobre o
Revista Síntese de Direito Civil 8 Pr~
valor da causa" (5" T. , uno de 04.02.1999, OJ !
" Oecisão inter a Corte , os embargos d cial e, uma vez interpt meramente literal do ~
próprio ordenamento r rompido o prazo para a do CPC. 3. Recurso cor MENEZES DIREITO
Do voto condu jurisprudência da Core. suspendem o prazo par Código de 39, a sanção! ror o Minisuo EDUAHl REsp 107.212/DF, Rei 08.09.1997) ".
13. A conclusão é a bargos declaratórios:
"A circunstânci: já rejeitados, não retira condu zir tão-somente à co, do CPC, se for o case BARROS MONTEIRo,
"A interposição os segundos, impõe a inl cu rsos. A pena para os cr processual, mas, sim, a p Recurso especial conhe~ MENEZES DIREITO"
14 . Em conclusão, e cia amplamente dominant{
Como bem menciOI em seu voro condutor do f prazo roda vez que se verifi omissão ou contradição (o parte embargante, sem po dos seus embargos, teria '11 junto com os embargos, o q organicidade processual" ( 22.06.1998).
15. Poder-se-á abrir sos de embargos de decl s sem qualquer dúvida razoá ultrapassado o prazo recur protelatória ou de májé.
Civil- N" 10 - Mar-Abr/2001 - DOUTRINA
RElRA: "OS embargos são aprenão existe a apontada obscuridao defeito e o supre. Em qualquer icitamente) os embargos, proven
304, p. 545).
ração somente teri am o condão de te incidiria o art. 538 do CPC,
não seria aplicável esta norma lega l ncia dos pressupostOS genéricos
aqueles pressupostOS espe ia o próprio ' méritO' dos
diploma processual civil. Com efeiquando manifestamente prote
multa de valor não excedente a um de embargos protelatórios, a multa
antes de depositar seu valor; no afastado o óbice à interposição de
de embargos declaratórios protela
'onar que na sistemática anterior 8.570/46) a interposição dos embar
m declarados 'manifestamente Código tomou rumo diverso: abandoeadotou a da cominação de multa. As"a isso de maneira alguma se acres
ptivo previsto no capu!" (ob. ci L,
do ponto de vista da segurança quanto à
palavra última em nível infraconsti
idéia da orientação prevalecente na
'os embargos de declaração interrompem das panes', nela não se contendo restrição
serem considerados incabíveis pela au..,,,,nr...nvR ROCHA, Ac. uno de 29.04.1998,
Efeito interruptivo. Ainda que tidos o prazo para a interposição de outros recurREsp I 73.876/SP, ReI. Min. BARROS
interrompem o prazo para a interposiembargante no percentual de até 1% sobre o
Revista Sintese de Direito Civil e Processual Civil- N' lO - Mar-Abr/2001 - DOUTRINA
valor da causa" (53 T., R~sp 144.795/ RS , Rei. Min. EDSON VIDI GAL, Ac. uno de 04.02.1999, OJU 0803 .1 999).
"Decisão interlocutóri a. ~mbargos de Declaração. I. Como já decidiu a Cone, os embargos de declaração 'são cabíveis conua qualquer decisão judicial e, uma vez interposros, interrompem o prazo recursal. A interpretação meramente litera l do art. 535, CPC, arrita com a sistemática que deriva do próprio ordenamento processual' . 2 Interposros os declaratórios, está interrompido o prazo para a interposição de Outros recursos, nos termos do art. 538 do CPC. 3. Recurso conhecido e provido" (3" T REsp 193.924/PR, Rei. Min. MENEZES f)JREITO, Ac. uno de 29.06.1999, DJU 09.081999).
Do varo condutOr deste último arestO consta que "como assentado na jurisprudência da Corte , os embargos de declaração, mesmo 'protelatórios, suspendem o prazo para outrOS recursos. No direitO vigente, ao contrário do Código de 39, a sanção prevista é a pena pecuniária' (REsp 153.462/RS, Relator o Ministro EDUARDO RIBEIRO, DJ de 09.03.1998; no mesmo sentido: REsp 107.2 I 2/DF, RelatOr o MiniStro CESAR ASFOR ROCHA, DJ de 08.09.1997)".
13. A conclusão é a mesma em se tratando, até, de segzmdos ernbargos declaratórios:
"A circunstância de o embargante reiterar os embargos declaratórios, já rejeitados, não retira do segundo recurso o efeito interrupcivo, podendo conduzir tão-somente 11 ap li cação da pena prevista no ano 538, parágrafo único, do CPC, se for o caso. Precedentes" (4' T., REsp 1'68. I 93/MT, ReI. Min. BARROS MONTEIRO, Ac. uno de 1\.05. 1999, DJU 06.09.1999).
"A interposição de embargos declaratórios, pouco importando sejam os segu ndos, impõe a interru pção do prazo para a manifestação de outros recursos. A pena para os embargos protelatórios não é" suspensão do benefício processua l, mas, sim, a pecuniária, como asse nt ado em precedente da Cone. Recurso especial conhecido e provido" (33 T. , Rcsp 174.193/SP, ReI. ivlin. MENEZES DlREITO,Ac. uno de 23.08.1999, DJU 18.10.1999).
14. Em conclusão, e tendo em vista a dou trina e a jurisprudência amplamente dominantes, oefeito interruptivo do prazo opera sempre.
Como bem mencionou o Ministro CESAR ASFOR ROCHA, em seu voto condutor do REsp 153.324/RS, "a não se interromper o prazo toda vez que se verificar a inexistência, ainda que manifesta, de omissão ou contradição (o que acontece na maior parte dos casos), a parte embargante, sem poder contar com a certeza de acolhimento dos seus embargos, teria que interpor o rec urso futuro praticamente juntO com os embargos, o que vem a con traria r o intuitO legisla tivo e a organicidade processual" (STJ, 43 T., v.u., Ac. de 29.04.1998, D}U 22.06. 1998).
15 . Poder-se-á abrir exceção, apenas e tão-somente, para os casos de embargos de declaração mallifestamente intempestivos, quando sem qualquer dúvida razoável (pela indiscu tibilidade do dies a quo) já ultrapassado o prazo recursal e, assim, caracterizada uma litigância protelatória ou de májé.
ÁLhiJS c!jJUSllld(f
rYcrrl1el(iJ
Minis/ro Apoutl/ado do Suptrior Tribunal de JUI/lfa, !Idvo,gado em
Poria ,Vegrc e Bm,fili{/.