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entre MARGENS BIMENSÁRIO | 28 NOVEMBRO 2013 | N.º 507 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO TRIAL 4X4 SUPERA EXPETATIVAS Freguesia de Roriz acolheu a primeira prova de competição de trial 4x4 alguma vez realizada em Santo Tirso. Pág. 21 NA REUNIÃO DE CÂMARA DE DIA 26 O EXECUTIVO CAMARÁRIO DISCUTIU DUAS PROPOSTAS DE DESCIDA DE IRS. A DOS VEREADORES DO PSD FIXAVA A TAXA NOS 3%, A DOS DO PS NOS 4,75%. SOCIALISTAS LEVARAM A MELHOR E PRETENDEM CRIAR, PARALELAMENTE, UM FUNDO DE EMERGÊNCIA SOCIAL NO VALOR DE 150 MIL EUROS. PSD/PPM insatisfeito com descida do IRS SOCIALISTAS DE VILA DAS AVES VÃO A VOTOS EM NOME DA ‘PLURALIDADE DE IDEIAS’ Poesia de João Filipe trás outras artes às novas instalações do Entre Margens APRESESENTAÇÃO DO LIVRO BREVE TRATADO DO VENTO NAS ERVAS E NAS PALHAS A OPINIÃO DE Manuel Neto // PAGINAS 6 E 7 Mário Machado Guimarães Pedro Fonseca

| ENTRE MARGENS 28 NOVEMBRO 2013 FIM DE SEMANA02 · 2019. 9. 20. · Malinche Laura Esquivel EDIÇÕES ASA POR // BELANITA ABREU A Guerra do Ultramar era uma triste realidade e letras

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  • entreMARGENSBIMENSÁRIO | 28 NOVEMBRO 2013 | N.º 507 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDESAPARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURALDE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

    TRIAL 4X4SUPERAEXPETATIVASFreguesia de Rorizacolheu a primeiraprova de competiçãode trial 4x4 algumavez realizada emSanto Tirso. Pág. 21

    NA REUNIÃO DE CÂMARA DE DIA 26 O EXECUTIVOCAMARÁRIO DISCUTIU DUAS PROPOSTAS DE DESCIDA DEIRS. A DOS VEREADORES DO PSD FIXAVA A TAXA NOS 3%,A DOS DO PS NOS 4,75%. SOCIALISTAS LEVARAM A MELHORE PRETENDEM CRIAR, PARALELAMENTE, UM FUNDODE EMERGÊNCIA SOCIAL NO VALOR DE 150 MIL EUROS.

    PSD/PPMinsatisfeito comdescida do IRS

    SOCIALISTAS DE VILA DAS AVESVÃO A VOTOS EM NOMEDA ‘PLURALIDADE DE IDEIAS’

    Poesia de JoãoFilipe trás outrasartes às novasinstalaçõesdo Entre MargensAPRESESENTAÇÃO DO LIVROBREVE TRATADO DOVENTO NAS ERVAS E NAS PALHAS

    A OPINIÃO DEManuel Neto

    // PAGINAS 6 E 7

    Mário MachadoGuimarãesPedro Fonseca

  • FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 28 NOVEMBRO 2013

    Rock censuradono tempo daGuerra Colonial||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

    O disco de estreia do Quarteto 1111foi censurado e retirado do merca-do. Isto tornou-o extremamente raroe alvo da cobiça dos colecionadores.Em março de 2011 um exemplar foivendido por quase 600 euros. É mui-to por um vinil, não é? É, mas seráque o vendedor voltará a manusearoutro igual? A resposta é, muito pro-vavelmente, negativa.

    Em 1970, Portugal já não tinhaSalazar no poder, mas sim Marcelo

    Caetano. A Guerra do Ultramar erauma triste realidade e letras demasi-ado diretas sobre a emigração e colo-nialismo provocaram a reação da Co-missão de Censura do regime. Pedia-se realmente mais subtileza e pala-vras mais metafóricas, ao estilo de Arydos Santos. Ao tom descarado e de-safiador juntou-se uma evidente li-berdade estética, com uma meritóriacriatividade.

    As limitações técnicas de grava-ção são disfarçadas por um conjun-to de músicas bem alinhadas. “Prólo-go” e “Epílogo” são as faixas de aber-tura e encerramento. Pelo meio, 9 can-ções que contrariam o pobre retratomusical português da época. “JoãoNada”, “Domingo em Bidonville” e“Uma Estrada Para a Minha Aldeia”evidenciam os dramas de quem tem

    que sair do país para trabalhar; “Pig-mentação” (uma das melhores faixas),“Maria Negra”, “Lenda de Nambuan-gongo” e “Escravatura” abordam o ra-cismo/colonialismo; “A Fuga dos Gri-los” mostra exuberância, com cama-das sonoras interessantes; e, finalmen-te, “Trova do Vento Que Passa” é umaversão do grande êxito de AdrianoCorreia de Oliveira.

    Deixo para o fim a informação quenão posso omitir: José Cid pertenciaa este Quarteto 1111, felizmente mui-to longe do género musical que se-guiu anos depois. É interessante ofacto de ser mais conhecido pelo“Como o Macaco Gosta de Banana”do que pelos seus primeiros traba-lhos de rock sinfónico ou progressi-vo e consequente domínio de umteclado eletromecânico polifónico. |||||

    Dentro de portas - “Quarteto 1111”

    FILME-CONCERTO // THE KIDFamalicão, Casa das Artes (Foyer). 30 denovembro, às 22 horas. Bilhetes a 5euros. Morada: av. Dr. Carlos Bacelar.4760-103 Famalicão.

    Um clássico de Charlie Chaplin,cuja combinação excecional deriso e emoção mudou para sem-pre a história da comédia no ci-nema. Pela primeira vez enquantorealizador Chaplin experimenta alonga-metragem como formato pa-ra narrar as peripécias do atrevi-do e inesquecível Charlot (Chaplin)

    e do seu companheiro de aven-turas (Jackie Coogan que se estre-ava aos 6 anos), que se torna oinseparável parceiro do protago-nista quando este o salva de umagrande alhada. Um filme imortalnuma apresentação em formatofilme-concerto, ficando a banda so-nora por conta de ‘bueno.sair.es’,uma banda independentemente,constituída por Hugo Pacheco (voze sintetizadores), Pedro Azevedo(baixo e sintetizadores), Rui Pinta-do (baixo e sintetizadores), Nuno

    Branco (bateria e sintetizadores)e Pedro Balbis (sintetizadores eoutras coisas mais)

    MÚSICA // KIMI DJABATÉGuimarães, Centro Cultural Vila Flor.Sábado, 30 novembro às 24h00. Bilhetesa 3 euros. Morada: av. D. AfonsoHenriques, 701. 4810-431 Guimarães.

    Nascido na Guiné Bissau, mas hámuito a residir em Lisboa, KimiDjabaté é um guitarrista, percus-sionista e balafonista (xilofone afri-cano) com uma voz de exceção.

    O que me uniu ao abismo dessehomem? perguntou Malinalli a siprópria, em silêncio. Onde entre-laçaram as estrelas o nosso desti-no? Quem teceu o fio das nossasvidas? Como é que o meu deuse o seu deus puderam conversare desenhar a nossa união?

    A ação centra-se na figura his-tórica e controversa que foi “Ma-linche”, uma mulher que teve umpapel decisivo na conquista doMéxico. Após a morte da avó,“Malinche” é oferecida como es-crava a Cortés. Desta forma, elaserá a intérprete entre os conquis-tadores e os indígenas. Os doisapaixonam-se violentamente, masesse amor não sobrevive à sedede conquista e riqueza de Cortés.

    Este é um romance que trans-mite a beleza da cultura e magiado povo mexicano e nos forneceuma visão mais pormenorizada dacolisão entre os dois povos: os as-tecas e os espanhóis.

    Laura Esquível penetra, comigual profundidade, a alma ator-mentada da protagonista (acusa-da de traição pelo seu povo) e ocoração do país asteca de umaforma cativante. |||||

    Fora de portas - Santo Tirso - Famalicão - Guimarães - Vizela

    MalincheLaura Esquivel

    EDIÇÕES ASA

    POR // BELANITA ABREU

    A Guerra do Ultramar erauma triste realidade eletras demasiado diretassobre a emigração ecolonialismo provoca-ram a reação da Comis-são de Censura do regime.

    A sua música é encantadora emelódica, com toques de um swingAfro-Latino que acentua os sonssuaves do seu balafon. A voca-ção e a primazia na aprendizagemem música tradicional mandingafez com que se interessasse, tam-bém, por outros estilos musicaiscomo a dança local gumbé, oafrobeat nigeriano, a morna deCabo Verde e o jazz e o bluesamericano, os quais vieram a in-fluenciar as composições musicaisde que é autor e compositor. |||||

    THE KID, UM CLÁSSICO DE CHARLIE CHAPLIN, NUMAAPRESENTAÇÃO EM FORMATO FILME-CONCERTO,AGENDADA PARA ESTE SÁBADO, 30 DE NOVEMBRO, NACASA DAS ARTES DE FAMALICÃO.

    GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

    DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

    No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nestaprimeira saída de novembro o foi o nosso estimado assinante António Fernando

    Pinheiro Sampaio, residente na rua dr. Egas Moniz, n.º 131, em Vila das Aves.

    O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens

    Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

  • SEXTA, DIA 29 SÁBADO, DIA 30Céu limpo. Vento fraco.Max: 13º / min. 1º

    Céu pouco nublado. Ventomoderado. Máx. 13º / min. 0º

    Céu limpo. Vento fraco.Máx. 12º / min. 0º

    DOMINGO, DIA 01

    ENTRE MARGENS | 28 NOVEMBRO 2013 | 03

    GUIMARÃES // DANÇA

    VILA DAS AVES // ARTE

    Nova peça deNé Barrosem GuimarãesLANDING SOBE AOPALCO DO VILAFLOR ESTE SÁBADO

    Quem conta com panela alheia,arrisca-se a ficar sem ceia

    Esta sexta-feira, o Centro de EstudosCamilianos, em Seide S. Miguel exibeo filme “Barry Lyndon” do realizadorStanley Kubrick. Trata-se de uma es-colha da deputada da Assembleia daRepública, Gabriela Canavilhas, con-vidada deste mês da iniciativa men-sal “Um Livro, Um Filme”.

    Datado de 1975, “Barry Lyndon”é uma versão cinematográfica de umromance de William MakepeaceThackeray, sobre a ascensão e o declí-nio social do personagem-título, BarryLyndon, um aventureiro irlandês, quepor ter transgredido a lei, é obrigadoa deixar seu país e a tornar-se espião,soldado e jogador. “Barry Lyndon” foio primeiro filme de Kubrick após olançamento do controverso “LaranjaMecânica”. Para fazer este deslum-brante e subtilmente irónico vence-dor de quatro Oscares da Academia,Kubrick encontrou inspiração nos tra-balhos dos pintores da época. Cená-rios e guarda-roupa foram executa-dos segundo os métodos de então

    Canavilhas escolheStanley Kubrick

    e foram construídas lentes pioneiraspara filmar interiores e exteriores comluz natural. “Barry Lyndon” permane-ce como um filme de vanguarda. Asessão, marcada para as 21h30 ecom entrada livre, contará com a pre-sença da antiga ministra da cultura.

    Pianista, gestora cultural e atualdeputada na Assembleia da Repúbli-ca, Gabriela Canavilhas desempe-nhou diversos cargos públicos e li-gados a instituições culturais, entreos quais o de ministra da Cultura doXVIII Governo Constitucional, DiretoraRegional da Cultura do X Governodos Açores e Presidente da Orques-tra Metropolitana de Lisboa. Deten-tora de vários prémios nacionais einternacionais, entre 1986 e 2004manteve uma intensa atividade artís-tica nos palcos das principais salasde concerto e instituições culturais.

    FAMALICÃO // CINEMA

    CINEMA PARA VER ESTA SEXTA-FEIRA, NO CENTRO DEESTUDOS CAMILIANOS, EM SEIDE

    CINEMA // BARRY LYNDONSeide (Famalicão), Centro de Estudos Camilianos. Dia29 de novembro às 21h30. Entrada livre. Morada:Av. de S. Miguel, 758. 4770-631 S. Miguel de Seide.

    No Centro Cultural de Vila das Avestermina esta sexta-feira, 29 de no-vembro, a exposição “Fios do Tem-po” de Isabel Machado Guimarães.Inaugurada no final de setembro,a exposição apresenta um conjun-to de obras – na sua maioria nodomínio da instalação - que nosconduz a uma reflexão em tornodas memórias coletivas da comu-nidade local, intimamente ligada àindústria têxtil e, em particular,à Fábrica de Fiação e Tecidos doRio Vizela (1846-2003).

    Recorrendo a objetos e materi-ais que fizeram parte do quotidia-no de milhares de trabalhadores,apresentados em “Fios do tem-po” descontextualizados e despro-vidos da sua funcionalidade origi-

    Últimos dias paraver ou rever Fios do tempo’INAUGURADA EM SETEMBRO, EXPOSIÇÃO DE ISABELMACHADO GUIMARÃES PODE SER VISTA ATÉ AMANHÃ

    nal, a artista plástica como que re-clama a presença dessas mesmaspessoas, ainda que através da suaausência. “Presentiausentia” é, deresto, o título da série de trabalhosem exposição através da qual, es-creve a artista-plástica, “objetos co-muns, que apenas eram utilitários,rodeiam-se agora numa vida deestética infinita e mutável”.

    Natural de S. João do Souto, Bra-ga, Isabel Machado Guimarães(1979) é formada em Design Têxtile licenciada em Artes Plásticas (es-cultura) pela Faculdade de BelasArtes da Universidade do Porto. |||||

    EXPOSIÇÃO // FIOS DO TEMPOVila das Aves, Centro cultural, até 29 de novembro.Horário: segunda a sexta das 09h00 às 13h00 e das14h00 às 17h00. Morada: Rua santo Honorato, 220.4795-114. Vila das Aves. Telef.: 252 870 020

    Depois de um período de resi-dência artística no Centro de Cri-ação de Candoso, a mais recen-te criação de Né Barros chega aopalco do Centro Cultural Vila Floreste sábado. “Landing” é o títuloda peça estreada em setembroúltimo pela coreógrafa e bailari-na, co-fundadora e membro dadireção do Balleteatro do Porto.Um espetáculo que parte da ideiade chegada, de aterragem numestado de coisas. Os corpos emcena são simultaneamente corposapátridas (o corpo dançante co-mo desterritorialização, sem per-tença nem pátria) e corpos da me-mória de um lugar, de uma terra,de um continente. Estes corpos sãolugar de entrada onde circulamimagens de guerra e de paraíso,imagens de agora e imagens anti-gas. É esse o desenlace. Os temas,como noutros trabalhos anterio-res da coreógrafa, são mais dire-ções processuais, pistas e paisa-gens sobre o que um corpo emgestos se permite alcançar. |||||

    DANÇA // LANDINGGuimarães, Centro Cultural Vila Flor. Dia 30 denovembro, às 22 horas. Bilhetes a 10 euros (7,50c/ desc.). Morada: avenida D. Afonso Henriques,701. 4810-431 Guimarães. Tel.: 253 424 700.

    FOTO: ANTÓNIO TEIXEIRA

  • DESTAQUE04 | ENTRE MARGENS | 28 NOVEMBRO 2013

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    ||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

    O lugar de secretário coordenadordo secretariado do PS, em Vila das Aves,deixado vago por Helena Miguel, que,por motivos pessoais não pôde con-tinuar até ao fim o seu mandato, temvindo a ser assumido pelo presiden-te da Assembleia-Geral, Rui Ribeiro.O agora presidente da AssembleiaMunicipal é, de resto, um dos candi-datos ao lugar nas próximas eleiçõesinternas mas não está sozinho. SóniaMartins, que conta com 11 anos demilitância no partido e integrou aslistas de Joaquim Couto nas últimasautárquicas, está também na luta pelaliderança da estrutura local do partido.

    Se há questão em que os dois can-didatos estão de acordo é na vanta-

    Socialistas de Vila dasAves vão a votos emnome da ‘pluralidadede ideias’JÁ SE SABIA QUE JOAQUIM COUTO CONCORRE COM JORGE GOMES PARASUBSTITUIR CASTRO FERNANDES NA PRESIDÊNCIA DA COMISSÃO POLITICACONCELHIA DO PARTIDO SOCIALISTA DE SANTO TIRSO. MAS NÃO SÃO OSÚNICOS: VILA DAS AVES TAMBÉM VAI A VOTOS NO PRÓXIMO DIA SETE E ANOVIDADE É QUE, À SEMELHANÇA DO QUE ACONTECE PARA A CONCELHIA,TAMBÉM PARA A SECÇÃO LOCAL DO PARTIDO HÁ DOIS CANDIDATOS.

    gem que a existência de ‘pluralidade’irá trazer. Os dois socialistas não acre-ditam que a presença de duas listaspossa fragilizar o partido, defendemantes o debate de ideias. Rui Ribeirojá não é estreante nestas andançase já chegou mesmo a ocupar o cargode secretário coordenador. O candi-dato fala num “espírito de democra-cia” e acredita que a diversidade deopiniões é saudável. “Discutem-seideias, propostas e os militantes emtempo próprio vão decidir quem é quetem as melhores condições para rep-resentar e para ajudar o partido”, adi-anta o candidato que defende que“a unidade do partido também se fazna diversidade”. Ideia semelhante temSónia Martins que se diz adepta deque “é salutar haver pluralidade de

    ideias”. “Isto não são divergências”,garante a socialista, “nem há umaoposição contra pessoas, isto é plu-ralidade de ideias, uma divergênciaapenas de opinião e de forma defazer política”.

    Em comum têm, também, o incen-tivo que ambós dizem ter tido paraque avançassem com uma candida-tura. Sónia Martins não esconde queo apoio demonstrado pelo atual pre-sidente da Câmara teve grande pesona decisão mas refere que muitosdos militantes que foi ouvindo parti-lham da sua opinião acerca do queprecisa ser feito em Vila das Aves.“Muitos deles dizem-me que é ne-cessário um novo projeto para Viladas Aves, um projeto que envolvaoutros protagonistas e sobretudo umprojeto que envolva uma nova formade fazer política”, adianta. Sónia Mar-tins diz acreditar numa nova lideran-ça, numa renovação, num novo di-namismo para a secção e refere: “que-remos um PS que seja para todos e,

    com este objetivo, pretendemos tam-bém que os militantes não sejam ape-nas lembrados na hora de ir votar ede pagar as quotas”. A candidata pre-tende dar voz ativa a todos o mili-tantes e garante: “ouviremos todas asopiniões, as questões e as ideias queeles eventualmente venham a quererdizer dentro do partido”. Força, coe-são e união são três dos princípiosque Sónia Martins quer para o Parti-do Socialista e, aliados ao objetivo dedinamizar a secção, “de abrir o partidoà comunidade avense, através de pa-lestras, debates, encontros temáticos”e à construção de um “diálogo aber-to também com os deputados da As-sembleia de Freguesia, de forma a serfeita uma oposição séria mas constru-tiva” integram o projeto da candidata.Ainda assim, o objetivo primeiro, refe-re, “é trabalhar no sentido de podervencer as próximas eleições autárqui-cas ao PPD/PSD, no ano de 2017”.

    Rui Ribeiro diz ter sentido o in-centivo de muitos militantes que, mes-

    SÓNIA MARTINS E RUIRIBEIRO VÃO A VOTOS NO DIA7 DE DEZEMBRO. O VENCEDORIRÁ CUMPRIR UM MANDATO DEQUATRO ANOS NA LIDERANÇADO SECRETARIADO DO PS DEVILA DAS AVES

  • ENTRE MARGENS | 28 NOVEMBRO 2013 | 05

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    mo sabendo das suas limitações emtermos profissionais e políticos “nãodeixaram de querer que fosse candi-dato”, mas diz também que se can-didata por uma questão de “impera-tivo de consciência”. “Eu entendi queo partido precisava de uma lideran-ça forte, uma liderança transparente,clara e que trabalhasse em prol dopartido”, explica. “De qualquer das ma-neiras”, garante, “como sempre fiz,darei o meu melhor, como é logico”.“Espero que os militantes reconhe-çam esse trabalho passado e me con-fiem esse mesmo trabalho para o fu-turo”, continua.

    Os órgãos eleitos no dia sete te-rão, agora, mandatos de quatro anose Rui Ribeiro discorda da medida:“quatro anos é muito tempo e nãoentendo porque é que o partido op-tou por esta solução”, confidencia ocandidato que admite não concor-dar com outras mudanças estatutárias.Rui Ribeiro refere que “quatro anos émuito tempo em política” e acredita que

    o partido pode perder com isso. Ain-da assim, se sair vencedor nas próxi-mas eleições internas, o candidato dizjá ter uma estratégia pensada para aspróximas autárquicas mas admite queé ainda muito cedo para a divulgar.

    Rui Ribeiro lembra que o partidoé “muito plural, tem uma grande di-versidade de opiniões”, que, “aliás,sempre puderam ser expressas, prin-cipalmente em Vila das Aves”. O so-cialista sublinha a existência, na vila,de tertúlias mensais onde militantese simpatizantes podem “expressar li-vremente a sua opinião”.

    Sobre a constituição das listas ne-nhum dos candidatos quis adiantarnomes mas ambos admitem ter ten-tado criar “uma lista de consenso”.Rui Ribeiro, por um lado, garante que“a lista já está fechada” e refere: “con-videi, inclusivamente, a minha ‘opo-nente’ para fazer parte da minha lista,quis avançar por modo próprio, obvi-amente tem toda a legitimidade parao fazer, respeito isso”. Sónia Martinsassegura que um dos seus propósi-tos sempre foi tentar ser secretáriacoordenadora da secção e que foinesse sentido que tentou criar uma“lista de consenso”. Sobre a lista queencabeça garante: “é uma lista quequer mudar, mudar de caminho, comoutras pessoas, com outra maneirade estar e de pensar; é uma lista jo-vem e renovada mas que, ao mesmotempo, pretende continuar a ouvir asvozes mais experientes do partido”.

    As eleições estão marcadas parasete de dezembro e Rui Ribeiro dizesperar, sobretudo, “que as eleiçõesdecorram de uma forma normal, trans-parente, como sempre, com correção”.“Tenho a certeza que, quer eu quer aminha ‘oponente’, queremos a mes-ma coisa: o melhor para o partido”,adianta o socialista, “é uma questãodos militantes escolherem aquele quepensam que estará em melhor con-dição para representar o partido epara defender os interesses do parti-do em Vila das Aves”, conclui. |||||

    “Muitos militantes doPartido Socialista di-zem-me que é necessá-rio um novo projetopara Vila das Aves, umprojeto que envolvaoutros protagonistas esobretudo um projetoque envolva uma novaforma de fazer política”

    “Entendi que o partidoprecisava de uma li-derança forte, umaliderança transparente,clara e que trabalhasseem prol do partido.(...) Espero que os mili-tantes reconheçam essetrabalho passado eme confiem esse mesmotrabalho para o futuro”

    SÓNIA MARTINS

    RUI RIBEIRO

    Descentralizar o partido, criar um ga-binete autárquico concelhio, refor-çar a ligação com a JS e afirmar o PSde Santo Tirso são alguns dos com-promissos assumidos por JoaquimCouto, na moção que leva às elei-ções da Comissão Política Conce-lhia do PS de Santo Tirso, no próxi-mo dia 7 de dezembro. Na apresen-tação da sua candidatura, realiza-da esta terça-feira, o socialista de-fendeu ser o candidato melhor po-sicionado para assumir a liderançado partido a nível concelhio, no-meadamente como forma de garan-tir “a estabilidade partidária e a de-mocracia interna”.

    Realçando que os próximos ór-gãos partidários terão um importan-te papel no desenvolvimento deuma estratégia de afirmação do PSde Santo Tirso, Joaquim Couto apre-sentou uma moção composta por10 eixos estratégicos que preten-dem nortear a atuação do partidonos próximos quatro anos.

    Um dos principais enfoques dassuas propostas assenta numa mai-or aproximação do PS à sociedadecivil. Uma questão que, segundo osocialista, não tem tido grande aten-ção, mas que é essencial enfrentar.“O nosso partido tem a obrigaçãode estar próximo das pessoas eapresentar um projeto credível, con-trariando o afastamento da vidapolítica”, realçou, lembrando a ele-vada taxa de abstenção que se ve-rificou nas últimas eleições autár-quicas, um pouco por todo o país.

    Na mesma corrida pela presidên-cia da Comissão Política local estáJorge Gomes que se diz igualmen-te preocupado com a abstenção. “Aelevada abstenção nas últimas au-

    tárquicas deve-nos preocupar e obri-gar-nos a pensar o porquê da mes-ma. Assim como me preocupa a di-minuição de votos no PS”, refere ocandidato que aponta como pro-pósito da sua candidatura “trazermais militantes para o debate polí-tico e não apenas nas ocasiões delhes pedir o voto”.

    Embora encabeçando lista opos-ta, são vários os pontos de contac-tos das duas candidaturas, com adiferença de que Jorge Gomes en-tende que o presidente da Câmarae o presidente da Comissão Políti-ca Concelhia não devem ser a mes-ma pessoa. Diz, de resto, que Joa-quim Couto também já terá pensa-do da mesma maneira. “Defendoque o Presidente da Concelhia e oPresidente de Câmara não podemser a mesma pessoa. Tal como o cam-arada Joaquim Couto o defendeuno passado, exige-se independên-cia dos órgãos autárquicos e parti-dários e só o conseguimos se oscargos não forem exercidos pelamesma pessoa”.

    E se é uma facto que JoaquimCouto, na apresentação da sua can-didatura, defendeu uma “distinçãoclara entre os órgãos autárquicos eo partido”, também não é menosverdade que o mesmo acredita quea concelhia deve ter um papel ativono apoio que presta aos militantese aos autarcas do município.

    Nesta sua candidatura, JoaquimCouto tem como mandatário o depu-tado da Assembleia Municipal LuísFreitas. Jorge Gomes, por sua vez, levaconsigo o presidente da Assem-bleia Municipal, e também candi-dato à liderança do secretariado doPS de Vila das Aves, Rui Ribeiro. |||||

    Joaquim Couto e JorgeGomes trocam argumentos

    PS // COMISSÃO POLÍTICA CONCELHIA

  • 06 | ENTRE MARGENS | 28 NOVEMBRO 2013

    OPINIAO~O Futebol comometáfora de superação

    A Históriarepete-se?

    À hora a que escrevo este texto,na televisão à minha frente desfi-lam imagens inauditas. Políciascontra polícias nas escadarias daAssembleia da República ameaçampor em causa o Estado de Direitodemocrático.

    Depois as imagens passam paraa Aula Magna, onde vejo e ouçoMário Soares e parece que estoua fazer uma viagem no tempo atéà célebre manifestação da FonteLuminosa.

    Será que estamos no limiar deum novo Verão Quente, como em1975? Infelizmente, tenho de di-zer que sim. Um homem com aintuição política de Mário Soares,já bem para além dos 80 anos,não se predispõe a última batalha

    O Clube Desportivo das Aves (CDA)celebrou mais um aniversário que oaproxima a passos de gigante do cen-tenário e, mesmo sendo eu o maisvelho de uma família que bem cedose habituou a vestir-lhe a camisola,confesso que sou um daqueles que anão vestiu nem suou, nem se conta-giou muito com as “torcidas domin-gueiras” que de jogo para jogo leva-ram a equipa ao colo para as vitóriasque se impunham para o êxito e paraa ascensão ao mais alto nível do despor-to nacional, o que, para uma terra quenem concelho era, constituía fator desuperação e de identidade. Não quefosse destituído para a prática de umdesporto tão vigoroso e cooperati-vo, pelo contrário, no intervalo dosestudos por que passei, um dos “esca-pes” era também o futebol e possoaté gabar-me de ter sido, por anteci-pação, um “João Moutinho” bomtransportador do jogo da linha mé-dia na seleção da casa até que umafratura do menisco me relegou parao banco dos dispensáveis. Porémquando na juventude, para além dasmotivações determinantes que nosdão um sentido para a vida, vamosenchendo os tempos de lazer que nossobram com outros “escapes” como amúsica, a literatura, as artes, a parti-cipação na cidadania e noutras envol-vências comunitárias, o clubismo e o

    INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

    DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

    PERIODICIDADE: BIMENSAL

    DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

    TIRAGEM MENSAL: 4.000 EXEMPLARES.

    ASSINATURAS: PORTUGAL - 15 EUROS / EUROPA - 27,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 30,00 EUROS

    NÚMERO AVULSO: 1,00 EURO

    PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, C.R.L. NIF: 501 849 955

    DIREÇÃO DA CCEA: PRESIDENTE: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES; TESOUREIRA: LUDOVINA SILVA;

    SECRETÁRIO: JOSÉ CARVALHO.

    DIREÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO: LARGO DR. BRAGA DA CRUZ, S/N (ANTIGO EDIF. DA ESCOLA DA PONTE)

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    DIRETOR: LUÍS AMÉRICO CARVALHO FERNANDES. CONSELHO DE REDAÇÃO: JOSÉ PEREIRA MACHADO, LUÍS ANTÓNIO

    MONTEIRO, LUDOVINA SILVA. REDAÇÃO: LUÍS AMÉRICO FERNANDES, JOSÉ ALVES DE CARVALHO (C.P.N.º 4354),

    CATARINA SOUTINHO (C.P.N.º 1391), CELSO CAMPOS, LUDOVINA SILVA, ELSA CARVALHO (C.P.N.º 1769).

    COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PEREIRA MACHADO, JOSÉ PACHECO, ABEL RODRIGUES, PEDRO FONSECA, NUNO

    MOTA, FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL, ALBERTO GOUVEIA, CARLA VALENTE, BELANITA ABREU,

    P.E ALEXANDRE SÁ.

    DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO

    REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

    COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS

    COBRANÇAS E PUBLICIDADE: LINO ALVES

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    ENTRE MARGENS - Nº 507 - 28 DE NOVEMBRO 2013

    desporto de bancada vão-se diluin-do e, quando muito, torna-se um re-flexo social a que se vai deitando umolhar pelo retrovisor das notícias desegunda-feira. Não quero com isto di-minuir a importância do futebol quese tornou ele próprio uma das ativida-des profissionais que mais interes-ses move, uma poderosa indústria delazer hoje mediatizada pelas televi-sões e que nos envolve toda a semanasem sequer nos obrigar a ir ao estádio;muito menos retirar mérito a quantosse envolvem nos meios clubísticos, so-bretudo os dirigentes que, como noclube local, lutam pela sua continui-dade e manutenção num certo pata-mar de competitividade, mesmo aoarrepio de tantas contrariedades eno contexto de uma grave diminui-ção dos recursos disponíveis sejapela crise e falência da indústria pro-dutiva, seja pela depauperização daspopulações deste Vale do Ave. No quediz respeito ao CDA, possam e sai-bam os seus esforçados dirigentesfazer as opções em prol da práticadesportiva que importa manter e es-timular e, nesse sentido, a recupera-ção do velho estádio foi neste anouma belíssima prenda de aniversá-rio: a formação das equipas mais jo-vens é uma vertente que, só por si,pode dar resultados sólidos no futu-ro e que muito honra o historial doclube e a plêiade de jogadores queneste terreno de jogo “suaram as cami-solas e esfolaram os joelhos com famamas sem proveito, que o digam velhasglórias como o Miranda, o José Perei-ra e o Adriano, para só falar de algunse daqueles que ainda estão entre nós.

    E já agora que peguei no tópicodo CDA, que à sua maneira é um sím-

    bolo de elevação social à escala mo-desta de uma terra acabrunhada pornão ter encontrado indústrias pro-dutivas alternativas às que entretan-to foram soçobrando na fileira dotêxtil, não posso deixar de relevar,no meio da grave crise de identidadenacional que nos ensombra, o efeitoestimulante do apuramento da sele-ção nacional para o Mundial do Bra-sil do próximo ano. Não é de modoalgum uma panaceia para nos curarda debilitante descrença em encon-trar um rumo para o progresso quetarda do país e também não pode sero “ópio do povo” porque então pare-ceria estarmos já numa fase de cui-dados paliativos, mas poderá muitobem ser uma metáfora da melhorseleção de valores para podermoscompetir ao mais alto nível. O suple-mento de alma de que necessitamospara nos ultrapassarmos no derra-deiro momento do “play-off”, foi aforça de um coletivo que não admitiameios-termos, que nem mesmo esmo-receu quando esteve a perder e sou-be ser acutilante e colocar milimetri-camente os lances nos pés de quem,fazendo a diferença em termos indi-viduais, estava ali para marcar olim-picamente e não falhar. E digo que éuma metáfora porque, por muito quedoa e desagrade a quem não está con-vencido de que esta maioria conjun-tural seja a melhor para nos qualifi-car para os desafios do futuro, rei-vindicar nesta altura e ao mesmo tem-po um novo selecionador, uma novaseleção de eleitos, novas estratégiase um estado de unanimidade e de en-cantamento da opinião pública seriauma operação de descrédito nacio-nal e internacional imperdoável. |||||

    Luís Américo FernandesO DIRETOR

    por coisas menores. O que esta-mos a viver é único, em Portugal ena Europa. E o pior é que, ao con-trário do que acontecia na déca-da de 70 e 80, não temos gover-nantes com a densidade intelec-tual, cultural e com espessura his-tórica para corrigir o rumo.

    É por isso que ver Mário Soares,e noutro plano Ramalho Eanes,me apazigua a revolta e a indig-nação.

    Será que quem comanda o paísnuma deriva neoliberal, contra osmais fracos e contra o Estado So-cial, não percebe que está do ladoerrado da História?

    Divirto-me, para não dizer queme causa náuseas, ler num por-tuguês mal amanhado, nas redessociais, comentários de quem dahistória política e social de Portu-gal nada sabe e tudo ignora.

    A jovialidade infantil, assentenuma inconsciência patética, comque alguns se esforçam por jun-tar algumas letras, é o sinal per-feito da mediocridade de quemnos comanda. |||||

    Pedro Fonseca*

  • ENTRE MARGENS | 28 NOVEMBRO 2013 | 07

    CARTOON // VAMOS A VER...

    Esta semana, o executivo camaráriofez três ações que me deixaram bas-tante espantado e, de certa forma, as-sustado pela leveza com que foramfeitas. A primeira destas ações foi aredução da taxa de IMI em 0,025pontos percentuais. À primeira vistaparece-me curto, não devido ao valorem si mas, comparando com os con-celhos vizinhos, que concorrem con-nosco diretamente na atração de quempode pagar mais impostos: as pessoase as empresas. O executivo camaráriodefende que esta medida tem uma re-dução de 350 mil euros no orçamen-to anual e que não pode ser maior, oque se entende mas, a longo prazo,dificilmente será uma boa opção.

    Cerca de uma semana depois, osr. presidente, Dr. Joaquim Couto, afir-mou numa entrevista que as contasda Câmara, apesar de não serempreocupantes, inspiram cuidados eque existem projetos que têm que serreavaliados. Ora, assumindo que queesses investimentos são prioritários,como o saneamento básico ou o conti-nuar a aposta nas estruturas despor-tivas como fonte de desenvolvimen-to social, porque é que baixaram osimpostos na primeira instância? É queuma das maneiras de atrair pessoasé a existência de outras vantagens.Penso que todos concordamos quepara pagarmos impostos altos (den-tro do razoável) devemos usufruir debenefícios, como acesso a estruturasdesportivas ou um bom parque esco-lar, ou mesmo um subsídio para osagrupamentos escolares para apoiaraquisição de livros (esta, sim, umamedida implementada por este exe-cutivo que me parece equilibrada eque vai realmente ajudar-nos).

    Por fim, a última ação a que me refi-ro é a redução do horário dos funcio-nários camarários para as 35 horassemanais. Apesar de não ter uma re-percussão direta para nós, exceto, éclaro, para os colaboradores camará-

    1// Como é sabido, as eleições au-tárquicas de 29-09-2013 foram re-alizadas segundo o novo regime jurí-dico da reorganização administrati-va territorial autárquica, obrigatoria-mente imposto pela Assembleia daRepública quanto à agregação de fre-guesias (as instituições mais débeis emenos dispendiosas do poder local)e facultativamente fixado para a fusãode municípios, que constituem asinstituições mais fortes do poder lo-cal. Dois pesos e duas medidas quenão convergem e vão a contravaporde tudo quanto vem sendo discuti-do e debatido publicamente quantoà necessidade da reforma do Esta-do, da administração pública, inclu-indo a autárquica: é que, se a reor-ganização administrativa do territó-rio se impõe por razões de reduçãoou de contenção da despesa públi-ca, como pretende a troika, não secompreende tal duplicidade de cri-térios, porquanto é mais fácil descorti-nar “gorduras despesistas” nas ad-ministrações municipais do que nasfreguesias. Quanto a estas últimas, nãodevemos esquecer e desvalorizar oserviço prestado por inúmeros cida-dãos que ocuparam os órgãos dasfreguesias desde o séc. XIX até al-guns anos após o 25 de Abril emregime de voluntariado puro. Estou

    Santo Tirso,que futuro II

    rios, acredito que tenha sido uma de-cisão meramente política e não econo-micista. Não foi por uma razão organi-zacional mas uma razão política. Talcomo me parecem as anteriores, dei-xa transparecer decisões avulso, pou-co coerentes entre si e, como o nossopresidente da Câmara sabe bem, coma sua vasta experiência política emcargos desta natureza, não é só pre-ciso sê-lo mas parecê-lo. Os municí-pios estão, neste momento, numa en-cruzilhada em que, como todos sabe-mos, vislumbra-se num futuro, nãomuito distante, a possibilidade dafusão de municípios e, historicamen-te, centros de poder que o perdem nun-ca mais, ou muito dificilmente, recupe-ram notoriedade e acabam no esque-cimento. Santo Tirso não pode estar emrisco que isso lhe venha a acontecer.

    Por fim, um pequeno desvio dotema desta crónica, após o fim daseleições e do frenesim construtivo dasobras públicas, muitas parecem tercaído no esquecimento, ficando emestado vegetal, sem avançar para asua conclusão. Senhoras e Senhoresautarcas (não só do nosso conce-lho), por favor, a vida continua, te-mos que fazer os possíveis para queas obras causem o mínimo impactonos utentes, não podem ficar nolimbo eternamente, têm que ser con-cluídas para cumprirem o seuobjetivo: servir as pessoas.|||||

    convencido que, no momento atual,não faltariam candidatos ao exercí-cio de tais funções, sem qualquerremuneração, à semelhança do queocorre em instituições de solidarie-dade social, Misericórdias, associa-ções humanitárias, culturais, recrea-tivas, desportivas e outras, espalha-das pelo país. Seria uma alternativabem menos dispendiosa para o erá-rio público e evitar-se-ia a extinçãode muitas freguesias.

    2// Para a Câmara Municipal doconcelho de Santo Tirso, venceu, pormaioria absoluta, o Dr. Joaquim Couto,por mérito do próprio (experiênciaacumulada ao longo dos anos, comoautarca, deputado e GovernadorCivil), do PS (partido de grande di-mensão nacional e crónico vencedorno concelho de Santo Tirso) e docontributo do seu antecessor, EngºCastro Fernandes, atenta a mais-va-lia do trabalho realizado.

    Na sua mensagem aos muníci-pes, o novo presidente da Câmaraproclama que “o mandato que ago-ra começa será, sem dúvida, marca-do por um amplo diálogo social queirá assinalar uma nova forma de estarna causa pública”, estabelecendo acoesão social, o emprego e a compe-titividade, como a suas grandes pri-oridades. Assim esperam os muní-cipes, designadamente os mais ca-renciados e os que mais têm senti-do as medidas de austeridade.

    3// Decorridos cerca de 2 mesessobre o ato eleitoral, é tempo de co-mentar algumas das intervenções edecisões tomadas, quer pelo execu-tivo camarário, quer pelo seu Presi-dente. Como positivo, refira-se a no-

    meação do Dr. Joaquim Couto, naqualidade de presidente da Câma-ra de Santo Tirso, como primeiro vice-presidente do Conselho Metropoli-tano do Porto, a descida do IMI, bemcomo a primeira visita do seu man-dato à freguesia de Monte Córdova,autarquia de maioria afeta ao PSD.Espera-se que idêntica iniciativa sejatomada relativamente a outras fre-guesias do concelho, administradaspor autarcas de cor partidária (ouindependente) distinta da maioriacamarária, designadamente à fregue-sia de Vila das Aves (de maioria PSD)e de S. Martinho do Campo (demaioria PSD no anterior mandato).

    4// Não obstante, não podereideixar de referir como desajustadoàs medidas de austeridade que fus-tigam os portugueses: a persistênciana nomeação de 4 vereadores remu-nerados a tempo inteiro, número exa-gerado, embora dentro dos limiteslegais, mas que não tem em conta acriação do concelho da Trofa e aentrega dos serviços de fornecimen-to de água e de eletricidade a ter-ceiros; a celebração de 2 contratosde prestação de serviços de asses-soria de imprensa, de imagem e mar-keting pelo preço de 57 mil e 600euros, cada um, a pagar em mensa-lidades de 3 mil e 200 euros, maisIVA, para um período de 18 meses.

    Salvo melhor opinião, bastariam2 vereadores a tempo inteiro e eraperfeitamente dispensável a despe-sa com os referidos serviços de as-sessoria. Mas a minha opinião valeo que vale, ou seja, não vale nada,a não ser como contributo para odebate público. ||||||

    Mário Machado Guimarães

    Manuel Neto

    No rescaldo dasautárquicas 2

    A câmara fez três açõesque me deixaram bas-tante espantado e, decerta forma, assustadopela leveza comque foram feitas.

  • 8 | ENTRE MARGENS | 28 NOVEMBRO 2013

    ATUALIDADE

    Rua António Abreu Machado, nº111 | 4795-034 AVESTELEF/ FAX 252 872023 | email: [email protected]

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    ||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

    A Assembleia Municipal do passadodia 20 era a primeira depois da toma-da de posse mas nem por isso se reve-lou pacifica. A de Santo Tirso, assimcomo todas as AM’s dos 17 muni-cípios da Área Metropolitana do Por-to, reuniu, excecionalmente, devido ànecessidade de eleição da lista orde-nada dos membros da Comissão Exe-cutiva Metropolitana do Porto masforam questões relativas ao concelhoque aumentaram a temperatura doSalão Nobre da Câmara Municipal.

    O deputado Henrique PinheiroMachado, até há bem pouco tempopresidente da Junta de Freguesia deS. Tomé de Negrelos e mais recente-mente candidato à Câmara Munici-pal pelo Movimento Independente P’raFrente Santo Tirso foi, juntamente como presidente da Câmara Joaquim Cou-to, um dos protagonistas da noite. Aaprovação da descida da taxa doImposto Municipal sobre Imóveis de0,4% para 0,375% levantou desdelogo uma serie de questões. Joaquim

    ASSEMBLEIA MUNICIPAL // SESSÃO DE 20 DE NOVEMBRO

    TAXA DE IMI E CONTRATO RELATIVO A SERVIÇOS DE ASSESSORIAFORAM OS PONTOS MAIS POLÉMICOS DA PRIMEIRAASSEMBLEIA MUNICIPAL DEPOIS DA TOMADA DE POSSE.

    MovimentoIndependente assumelugar de destaque naprimeira assembleia

    Couto explicou que a proposta sur-gia no seguimento dos anseios tor-nados públicos durante a campanhaeleitoral e sublinhou: “o que trazemosaqui é um sinal político claro de quequeremos mexer na taxa de IMI”. Ain-da assim, o presidente da Câmaraexplicou que o tempo que decorreuentre a tomada de posse e o momen-to presente “não permitiu fazer umestudo mais aprofundado e mais glo-bal sobre as consequências positivase negativas” e que, por isso, apresen-taram uma redução para 0,375%sobre os prédios avaliados. “Manti-vemos a majoração para os prédiosdegradados que já existia anterior-mente, mantivemos também a taxasobre os prédios que não foram ava-liados e mantemos também uma de-liberação anterior que garante a re-dução ou isenção para os prédiosrústicos que comprovadamente te-nham demonstrado limpeza das ma-tas”, continuou o presidente da Câ-mara que assegurou que a descidada taxa implica uma redução e recei-tas na ordem dos 350 mil euros.

    Se, por um lado, José Alberto Ri-beiro, da CDU, admitiu votar favora-velmente a proposta camarária, “nãotanto pela medida em si, porque épouco representativa, mas mais pelaexplicação, porque é sinal que há ten-tativa de aprofundar a questão”, Hen-rique Pinheiro Machado não parti-lhou da mesma opinião.

    O deputado eleito pelo Movimen-to P’ra Frente Santo Tirso acredita quea redução “não terá impacto nas fa-mílias, não há esboço de estudo, nemvontade de suavizar as dificuldadesdas famílias” e sublinha que esta pe-quena descida na taxa é apenas umaforma de “dizer que se cumpriu umapromessa eleitoral”. Neste sentido, odeputado demonstrou vontade deseguir o exemplo dos concelhos quedesceram a taxa para 0,3% e propôsisso mesmo. “A minha proposta vemno sentido de defender os pobres, eda coesão social”, adiantou HenriquePinheiro Machado, “se os outros mu-nicípios podem ir para a taxa mínimaporque é que Santo Tirso não pode?”,continuou o deputado que propôsque a taxa seja de 0,3% para os pré-dios urbanos já avaliados e que a dosrestantes urbanos seja de 0,5%. LuísFreitas, do PS que, antes de Ana MariaFerreira, foi vice presidente de CastroFernandes, garantiu que a CâmaraMunicipal não tem sido indiferenteà questão do IMI ao longo do tem-po. “Ninguém pode dizer que a Câ-mara Municipal ao longo dos anosnão propôs baixar a taxa”, lembrou,sublinhando que “é fácil propor taxasmais baixas, é o papel que normal-mente a oposição tem em qualquermunicípio, é simples dizer que que ataxa deve ser x, y ou z, só que não hánenhum município que possa sobre-viver sem taxas”. O deputado socia-lista lembrou ainda que o IMI tambémcomtempla isenções e que as situa-ções de pessoas com baixos rendi-mentos “estão salvaguardadas”. OPSD considerou que a proposta apre-sentada por Henrique Pinheiro Ma-

    chado tinha em vista “uma descidamais pronunciada” e, por isso, vota-ram nesse sentido. Ainda assim, aproposta camararia acabou por ser amais votada, e a taxa de IMI fixa-seagora nos 0,375%.

    ASSESSORIA DE IMPRENSAMas se a questão do Imposto Muni-cipal de Imoveis foi polémica, o mes-mo aconteceu com outros dois pon-tos da ordem do dia. Os pontos cin-co e seis diziam respeito a contratosde prestação de serviços tendo porobjeto serviços de assessoria de im-prensa e de assessoria de imagem emarketing. Joaquim Couto explicouque “aquilo que se propõe é a con-tratação de um efetivo para substituiraquilo que já existia anteriormente eque, por razões óbvias, com a mu-dança de câmara e mudança de exe-cutivo, também há mudança no con-junto de pessoas que prestam servi-ços ao executivo municipal durantea vigência do seu mandato”. Henri-que Pinheiro Machado mostrou-secontra, alegou que acarreta “custosexcessivos para o município” e realçou:“a câmara municipal de Santo Tirsojá tem, desde 1995, um gabinete deimprensa com espaço físico e recur-sos humanos do quadro de pessoalda câmara suficientes e custam men-salmente ao erário municipal pratica-mente metade da mensalidade a pa-gar à nova assessoria”. O deputadodisse ainda não considerar correto,“sobre o aspeto legal que a possívelpessoa a contratar venha de umaempresa de um familiar muito próximodo senhor presidente da Câmara”.

    Joaquim Couto disse estar “tenta-do a não responder a provocações”mas sublinhou: “se não retirar aquiloque diz, vai ter que o provar em tri-bunal”. O presidente da Câmara clas-sificou como ‘indispensável’ a contra-tação destas pessoas, “no sentido depromover as ações do município nassuas várias vertentes, nas suas váriaspolíticas municipais ou em comple-

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    José Miguel Torres

    MassagistaRecuperação Física

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    mentaridade de outras ações de cará-ter nacional” e negou que os valoresultrapassassem os despendidos pelaCâmara anterior. A proposta acaboumesmo por ser aprovada, com 28votos a favor e 13 contra. A coliga-ção PSD-PPM foi, de resto, outra dasvozes que se levantou contra a pro-posta que, na pessoa da deputadaMaria da Graça Mesquita, explicouo voto negativo com base em algunsdos argumentos também utilizadospor Pinheiro Machado, nomeada-mente o valor gasto com a contrataçãoe a alegada existência de “quadroshabilitados para o exercício das fun-ções”. “Esta decisão é uma falta deracionalização da despesa correnteda Câmara Municipal de Santo Tirsoque agora inicia funções”, acusa oPSD que refere ainda que “num mo-mento de forte constrangimento ge-ral o reforço dos meios humanos emateriais só deve ter uma prioridade,a coesão social, e não a máquina depropaganda e o ‘show off’”.

    Durante a Assembleia foram ain-da aprovados os nomes de AlbertoCosta e Maria de Lurdes Santos paraos lugares de presidente e represen-tante do município para o Conselhoda Comunidade do Agrupamento deCentros de Saúde do Serviço Nacio-nal de Saúde (ACES) do Grande Por-to I – Santo Tirso e Trofa. ||||||

    NA REUNIÃO DE CÂMARA DE DIA 26 O EXECUTIVO CAMARÁRIO DISCUTIUDUAS PROPOSTAS DE DESCIDA DE IRS. A DOS VEREADORES DO PSDFIXAVA A TAXA NOS 3%, A DOS DO PS NOS 4,75%. SOCIALISTAS LEVARAMA MELHOR E PRETENDEM CRIAR, PARALELAMENTE, UMFUNDO DE EMERGÊNCIA SOCIAL NO VALO DE 150 MIL EUROS.

    ||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

    Depois do IMI ter sido abordado nu-ma das últimas reuniões de câmara,desta vez foi a questão da participa-ção do município na taxa de IRS quedominou parte da reunião pública.O assunto foi incluído na ordem detrabalhos a pedido dos vereadoresda coligação PSD/PPM que apresen-taram uma proposta de redução dataxa de IRS a receber pelo municípiopara 3% (em vez de 5%, em vigor), en-quanto os restantes 2% seriam usa-dos como dedução à coleta de IRS, afavor do sujeito passivo. “Tendo emconta a forte crise que atinge particu-larmente as famílias, a introdução decritérios de diferenciação positiva po-de e deve constituir uma preocupa-ção do município”, referiu Canceles.

    “Temos alguma discordância so-bre isso”, referiu o presidente da Câ-mara em nome do executivo socia-lista. Joaquim Couto acredita que “énecessário dar, de facto, um sinal àcomunidade no sentido de reduzira taxa de IRS que fica para o municí-pio” mas considera que a propostado PSD/PPM não é justa na medidaem que “a maioria das famílias quejá estão numa situação muito difíciljá não paga IRS, aqueles que pagam

    A Câmara Municipal játem um gabinete deimprensa com espaçofísico e recursos huma-nos suficientes quecustam mensalmenteao erário municipalpraticamente metadeda mensalidade a pa-gar à nova assessoria”.HENRIQUE PINHEIRO MACHADO

    PSD/PPM insatisfeitocom descida do IRS

    SANTO TIRSO // REUNIÃO DE CÂMARA DE 26 DE NOVEMBRO

    são outro tipo de pessoas”. Neste sen-tido, a maioria socialista apresentou,também, uma proposta de diminui-ção da taxa de IRS, mas desta feita,para 4,75%.

    Mesmo com os vereadores do PSD/PPM a acusarem a proposta camarariade não ter “nenhuma expressão”, estaacabou por ser aprovada com os vo-tos favoráveis da maioria socialista.Isto porque o executivo pretende,paralelamente à descida do IRS, criarum Fundo de Emergência Social.“Acreditamos que esta medida temum cariz socialmente mais justo, umavez que as famílias carenciadas estãoisentas de IRS. Nesse sentido, a cria-ção deste fundo permitirá ocorrer asituações graves e que não teriamresposta através da descida de im-postos municipais”, explicou o presi-dente da Câmara. O fundo que acâmara vai criar terá um valor de 150mil euros e Joaquim Couto sublinha:“Aquilo que estamos a tentar fazer éser justos”. Os vereadores do PSD, navoz de Alírio Canceles, garantem que“não estão disponíveis para subscre-ver propostas que não tenham qual-quer impacto na vida das pessoas”.

    Da ordem de trabalhos fazia, igual-mente, parte a designação de repre-sentantes da autarquia nos conse-

    lhos gerais dos agrupamentos de es-colas. O presidente da Câmara expli-cou que o que se pretendeu foi favo-recer questões de proximidade e que,por isso, “pareceu razoável que algunspresidentes de junta com ligação aomeio ficassem representados”. É o casode Elisabete Roque Faria, Marco Cu-nha e Maria de Lurdes Santos que fa-rão parte do conselho geral do Agru-pamento de Escolas D. Afonso Hen-riques, de S. Martinho e D. Dinis, res-petivamente. Cada agrupamento temtrês representantes nomeados pelomunicípio e incluem também verea-dores socialistas e técnicos camarários.A coligação PSD/PPM apresentou, tam-bém aqui, uma proposta em que in-cluía nos representantes não só ve-readores da coligação como outrospresidentes de junta (nomeadamen-te Jorge Gomes). A coligação invo-cou princípios de equidade, pluralida-de e diversidade mas a propostaapresentada pelos vereadores do PSacabou por levar a melhor. |||||

    Paralelamente à descidado IRS, a Câmara Muni-cipal pretende criar umFundo de Emergência Socialno valor de 150 mil euros.

  • 10 | ENTRE MARGENS | 28 NOVEMBRO 2013

    ATUALIDADEEDUCAÇÃO // ALEMÃO

    Em finais de outubro, realizou-se emLisboa o Encontro Nacional do Pro-jeto de Escolas Piloto de Alemão, oqual a Escola Básica de Vila das Avesintegra desde a sua criação em 2007.

    O Projeto integra como parceirosa Di reção-Geral da Educação, oGoethe Institut, a Associação Portu-guesa de Professores de Alemão, aAgência Nacional para a Qualifica-ção e o Ensino Profissional e a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares.O projeto visa a divulgação e dissemi-nação da língua alemã nas escolas pú-blicas portuguesas, e criar condiçõespara um processo de aquisição da lín-gua através de métodos alternativos.

    O encontro, para além de servircomo uma plataforma de troca deexperiências e de formação para osprofessores das escolas que integramo projeto, juntou também as dire-ções das escolas com responsáveisdo Ministério da Educação e Ciên-cia, da Embaixada Alemã, da Associ-ação de Professores de Alemão e doGoethe Institut, de forma a avaliar asatuais condições estruturais do Ale-mão nas escolas de Portugal e pre-parar terreno para o futuro.

    Este ano foi assinado o protocoloda 3ª fase do Projeto, que passa aintegrar 32 escolas a nível nacional.O Agrupamento de Escolas D. Afon-so Henriques fez-se representar pelavice-presidente da CAP, Severina Tei-xeira que fez contactos no sentidode eventualmente serem criados es-tágios em empresas alemãs para al-guns alunos dos cursos profissionaisda Escola Secundária. |||||| P.S.

    SANTO TIRSO //

    Ainda na reunião de câmara desta terça-feira, discutiu-se um subsídio de cercade 5 mil euros para a junta de S. Tomé deNegrelos, com vista à requalificação da Tra-vessa das Alminhas, e foi aprovado porunanimidade. Debateu-se o subsidio aatribuir à ACIST para iluminações, no valorde 15 mil euros (o mesmo do ano pas-sado) e foi aprovado por unanimidade.O mesmo não aconteceu com o contratode prestação de serviços na área do des-porto. O presidente da Câmara explicouque o contratado teria função de coor-denação, que substituiria um professorque saiu e prestaria apoio a outro quereduziu atividade. Alírio Canceles disseter dificuldades em perceber quais os ser-viços que o contratado irá prestar e in-sistiu na ideia. O contratado, explicou overeador do desporto, é o karateca JorgeMachado que irá “estabelecer uma rela-ção mais próxima com as associações”,assim como terá um papel ativo na “pro-moção dos valores éticos”. Ainda assim,Canceles, ‘deixando claro que há apreçopelo trajeto profissional de Jorge Macha-do’ disse ‘não ser aceitável que um licen-ciado em direito substitua um mestre emciências do desporto’ e considerou a me-dida “ofensiva para os professores dedesporto do concelho de Santo Tirso”.O vereador da coligação foi mais longee acusou a maioria de entregar a JorgeMachado “um prémio de participaçãopelo envolvimento na campanha autár-quica”. Couto, por seu lado, consideroulamentável que não tenham sido tidasem conta as qualidades e o currículo docontratado” e rejeitou “liminarmente qual-quer consideração extra profissional, no-meadamente considerações de naturezapartidária, para a sua contratação”. |||||

    Aprovação desubsídios econtratações

    Couto admite situaçãofinanceira frágilNO DIA EM QUE SE COMPLETAVAM OS 30 DIAS DE MANDATO DEJOAQUIM COUTO À FRENTE DOS DESTINOS DE SANTO TIRSO, OPRESIDENTE DA CÂMARA FEZ UM BALANÇO À COMUNICAÇÃO SOCIAL.

    ||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

    Em 30 dias começou a ‘arrumara casa’ mas garante que já foinecessário tomar um conjunto dedecisões. Já delegou competênci-as que, acredita, ‘dão mais auto-nomia aos vereadores’, já deci-diu baixar o IMI, já consignou aobra da esquadra da PSP.

    Agora admite criar um Orça-mento Participativo (OP) que sedivide em dois tipos: um para osjovens e outro para um âmbitomais global. Aqui, o OP Jovem as-sume um lugar de destaque e teráum papel de relevo na “participa-ção dos jovens na vida política eautárquica”. À semelhança do queacontece em alguns concelhos vi-zinhos, Santo Tirso irá chamar osjovens a ter uma participação maisativa na vida autárquica, propon-do projetos que serão, mais tarde,executados. A verba disponível pa-ra o efeito ainda não está fixada

    mas será superior a 100 mil euros.Outra das ideias que Joaquim

    Couto ambicionava implementaré a manutenção das escolas aber-tas nos períodos de férias e amedida será posta em prática jádurante as férias de natal. Coutoconsidera que os períodos de fé-rias representavam “uma falha nosistema educativo” por levantar aquestão de “como ocupar o tem-po das crianças no período de fé-rias”. De 18 de dezembro a 6 dejaneiro a medida começa a serposta em prática para as criançasdo 1º ciclo, o presidente da Câ-mara encara este início como ‘umpontapé de saída’ e assegura que“será aplicada a todo o ensino”.Nesta primeira fase irá abrangercerca de 2000 crianças e resul-tará num investimento que ron-dará os 50 mil euros.

    Num encontro onde explorouum pouco dos projetos que tempara as várias áreas, Couto confi-

    denciou ainda a existência deuma certa debilidade nas finan-ças da câmara. Algo que consi-dera “normal para final de man-dato, porque as câmaras tomamcompromissos que extravasamum pouco as possibilidades da-quele ano” mas que irá implicaralterações no projeto que tinhamdefinido. “Estávamos a pensar cri-ar determinado financeiro e va-mos ter que reduzir”, explicou opresidente que garantiu não setratar de uma situação de ruturamas, ainda assim “será necessá-rio ter algum cuidado”. |||||

    Questionado pelo Jornal Por-to24, do dia 01 de novembro,sobre os projetos estruturan-tes para os próximos quatroanos, o presidente da Câma-ra referiu a negociação comos municípios vizinhos daTrofa e de Famalicão de “umagestão supra-municipal”. Pa-ra além disso Joaquim Coutoavançou com uma ideia iné-dita: “temos estudos para fa-zer três vias estruturantes:uma via rápida de ligação doconcelho ao vale do Leça, ou-tra de ligação à Vila das Avese depois uma derivação destaque vai à Vila das Aves para azona Nascente do concelho”. |||||

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    ENTRE MARGENS | 28 NOVEMBRO 2013 | 11

    CÂMARA INSTALA SISTEMA TÁTIL NA PRAÇA 25 DE ABRIL.SISTEMA FICA DISPONÍVEL ESTE SÁBADO, 30 DE NOVEMBRO

    A consulta a informação turística so-bre o concelho e a região norte dePortugal vai passar a ser mais fácil apartir deste sábado, altura em queentra em funcionamento o dispositi-vo tátil que a Câmara Municipal deSanto Tirso já começou a instalar naPraça 25 de Abril. A obra faz partedo projeto de requalificação do Pos-to de Turismo, que, através da insta-lação de uma Loja Interativa, passoua ter uma ligação em rede a todos osespaços de promoção e divulgaçãoturística do norte do país.

    À semelhança do que já aconte-ce na plataforma digital localizada nointerior do Posto de Turismo, quemutilizar o sistema tátil no exterior vaiaceder a toda a informação de nature-za turística relacionada com o conce-lho e a região norte, nomeadamentevídeos promocionais, animações, ma-pas, textos e descrições, visitas virtuais,animação 3D, aplicações para smartphones ou pintura virtual.

    Orçado em cerca de 192 mil eu-ros, o projeto resulta de uma parce-ria com a Entidade Regional de Tu-rismo Porto e Norte, com o objetivode aumentar o grau de satisfação doturista visitante, de melhorar o aces-so à informação turística e ainda depromover o desenvolvimento socio-económico do concelho e da regiãonorte de Portugal.

    A instalação do sistema tátil no ex-

    SANTO TIRSO // TURISMO

    Informação turísticacom acesso facilitado apartir deste sábado

    Em Vila das Aves, a nova presidenteda junta já implementou algumas al-terações, desde logo no horário defuncionamento da própria junta quedeixará de ter paragem para almoçoe passará a funcionar da 08h30 às17h, de segunda a quinta e das8h30 às 15h, às sextas-feiras. Elisa-bete Roque Faria explica que a mu-

    No cemitério de Viladas Aves passa aser proibido fumar

    Depois da assembleia de tomada de posse dos novosórgãos autárquicos, a próxima sessão da Assembleiade Freguesia de Vila das Aves já tem data marcada: é dia14 de dezembro, com início às 15 horas.

    A MEDIDA NÃO ESTAVA PREVISTA, MAS ALGUMASCIRCUNSTÂNCIAS LEVARAM O EXECUTIVO LOCAL AOPTAR PELA PROIBIÇÃO. ATUAL PRESIDENTE DEJUNTA, ELISABETE ROQUE FARIA, DIZ QUE O FEED-BACK TEM SIDO POSITIVO. MAS HÁ MAIS ALTE-RAÇÕES NA DINAMICA DA JUNTA DE VILA DAS AVES

    dança de horário surge como formade ‘tornar mais fácil, às pessoas comhorários de trabalho para cumprir, adeslocação à junta de freguesia pararesolver os seus problemas”.

    Mas as mudanças não se ficampor aqui e no cemitério de Vila dasAves é, agora, proibido fumar. A pre-sidente da Junta garante não ter sidouma medida que estivesse previamen-te pensada mas que surgiu no se-guimento de algumas circunstâncias.Ainda assim, Elisabete Roque Fariagarante que “o feedback de todos osfumadores do local foi muito positi-vo” e sublinha que se trata de “umaquestão de limpeza e respeito porquem visita o local”.

    PONTE DE CANIÇOSDepois de anos à espera de requa-lificação, o problema da velha e desa-tivada ponte ferroviária de Caniços(que liga a freguesia de Vila das Avese Bairro, Famalicão) pode, finalmente,estar próximo de ser resolvido. Istoporque a Junta de Freguesia de Viladas Aves foi informada, por parte daREFER (Rede Ferroviária Nacional), quea verba necessária para a resolução doproblema (ou seja a adaptação da mes-ma ao trânsito pedonal) esta contem-plada no orçamento para 2014. ||||||

    VILA DAS AVES // JUNTA DE FREGUESIAADOTA NOVO HORÁRIO

    terior do Posto de Turismo é mais umpasso para a conclusão do projetode criação da primeira Loja Interativade Santo Tirso, que só termina nofinal do ano, com a colocação de umaplataforma e de uma porta automáti-ca naquele espaço, para permitir aacessibilidade a pessoas com mobili-dade condicionada.

    Para o presidente da Câmara Mu-nicipal de Santo Tirso, Joaquim Couto,a instalação de um sistema tátil abreuma nova fase na promoção do con-celho, criando um espaço tecnologi-camente avançado e integrado deconsulta para todos os que queiram,à distância de um toque, ficar a co-nhecer a oferta turística existente noMunicípio e na região. |||||

    Para o presidente daCâmara Municipal deSanto Tirso, JoaquimCouto, a instalação deum sistema tátil abreuma nova fase napromoção do concelho

    NA IMAGEM, CEMITÉRIODE VILA DAS AVES(FOTO DE ARQUIVO)

  • 12 | ENTRE MARGENS | 28 NOVEMBRO 2013

    ATUALIDADEAmigos da Casa dosReclamos juntam-sena homenagemao seu fundador

    Familiares, clientes, fornecedores massobretudo, amigos. Foi, de resto, des-ta forma que Francisco Abreu Luís sereferiu a todos quantos se associaramà festa do 25º aniversário da Casados Reclamos e à homenagem quelhe foi prestada enquanto fundadordesta importante empresa sediada emVila das Aves. “Hoje não estão aquiclientes, não estão fornecedores, nãoestão funcionários, está sim um grupode amigos”, afirmou Francisco AbreuLuís já visivelmente emocionado, natarde do dia 16 de novembro.

    E não era para menos: ao longode meses, os filhos e a esposa, MariaAlice Ferreira Martins, com a colabo-ração de muitos amigos prepararam-lhe uma homenagem. Quando sedirigiu a todos quantos se associa-ram à festa, Francisco Abreu Luís járecebera os aplausos de todos os con-vidados e sobretudo de quantos con-tribuíram para o sucesso da empre-sa. “Sem esta maravilhosa equipa quea Casa dos Reclamos tem, nada dis-to podia acontecer. Nada disto faziasentido. Obrigado a todos”, agrade-ceu o fundador da empresa que sem-pre soube envolver a família nesta ca-

    VILA DAS AVES // HOMENAGEM A FRANCISCO ABREU LUÍS

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    EMPRESA DE VILA DAS ASSINALOU NO DIA 16 DENOVEMBRO O SEU 25.º ANIVERSÁRIO

    minhada. Maria Alice Ferreira Martins,a esposa, foi e é o pilar da mesma. Foiela quem garantiu que a caminhada,iniciada há vinte cinco anos, se fizes-se pelo “caminho correto” e que ago-ra continua com o saber e a experiên-cia dos filhos, Miguel e Isabel Abreu.“É um orgulho fazer parte de uma fa-mília que se esforçou para que as coi-sas evoluíssem”, reconhece a filha dolíder da Casa dos Reclamos que, notestemunho deixado para a posteriori-dade no livro comemorativo dos 25anos da empresa, sublinha a “visão”os “valores” e a “competência” do ho-menageado. No mesmo livro, MiguelAbreu atribui o sucesso da empresaa valores como a “honra, a honestida-de, o respeito, a amizade, a solidarie-dade social”, mas também ao “traba-lho árduo”. “Na Casa dos Reclamosaprendi a conviver com esta realida-de todos os dias”, escreve o mesmoresponsável no livro apresentado natarde de dia 16 de novembro, numdos momentos de celebração destaimportante data para a Casa dos Re-clamos. Um momento assinalado coma presença de Castro Fernandes, an-tigo presidente da Câmara Munici-

    pal de Santo Tirso e também amigodo fundador da empresa, que fezquestão de não faltar à chamada.

    Outro dos momentos da tarde, foio descerrar do símbolo deste marcohistórico para a empresa, que ficaráem permanência nas suas instalações.Em substituição do atual presidenteda Câmara Municipal de Santo Tirso,Joaquim Couto, o vereador da coesãosocial, Alberto Costa representou omunicípio nesta cerimónia de home-nagem a Francisco Abreu Luís, a quemse referiu como alguém que foi ca-paz de dar corpo a um “excelente exem-plo daquilo que deve ser uma em-presa” que, apesar de todos os cons-trangimentos soube remar contra amaré fazendo com que, 25 anos pas-sados desde a sua fundação, a mes-ma continue “em crescendo”. A Casados Reclamos é um excelente exem-plo de que “é possível fazer cada vezmais e melhor pelo município e pelonosso país”, afirmou Alberto Costa.

    Também o comendador GeraldoGarcia se quis associar à homena-gem e fê-lo na qualidade de presi-dente da Associação Humanitária dosBombeiros Voluntários de Vila dasAves e de presidente da Assembleia-

    Geral do Rancho de Santo André.Duas instituições que segundo Ge-raldo Garcia têm merecido a aten-ção e o apoio de Francisco Abreu Luíse da sua empresa. O fundador daCasa dos Reclamos é, de resto, umdos sócios beneméritos da Associa-ção Humanitária e, na ocasião, Ge-raldo Garcia fez votos para que o mes-mo responsável continue a ser “umexemplo vivo de como deve ser umaempresa para com a comunidade”.

    Entre familiares e funcionários daempresa, colaboradores, clientes e for-necedores foram muitos os que seassociaram à festa, destacando-se,entre muitas outras, as presenças docomendador Joaquim Abreu ou dopároco de Vila das Aves, P. e Fernandode Azevedo Abreu, que entre ofer-tas feitas ao homenageado que tes-temunham cumplicidades paroquiais,foi incumbido de benzer o espaço.Mas também os atuais dirigentes doDesportivo das Aves, clube ao qual agénese da empresa está associada,como de resto assinala o anterior pre-sidente da Junta de Freguesia, CarlosValente (no testemunho que deixouno livro dos 25 anos), também eleali presente assim como a atual res-ponsável máxima do executivo local,Elisabete Faria a quem coube dar vozàs palavras de agradecimentos feitasa Maria Alice Ferreira Martins, pilarimportante de uma empresa que res-ponde com “qualidade, rigor, rapidez,competitividade e profissionalismo”;palavras de Walter Salgado da Casada Música, instituição que há cincoanos vem privilegiando o trabalho daCasa dos Reclamos e disso dá teste-munho no livro comemorativo dos25 anos da mesma. O livro estaráagora disponível em vários locais,revertendo a totalidade do produtoda sua venda para instituições desolidariedade social. Facto que teste-munha a disponibilidade que há jálongos anos tem caracterizado a Casados Reclamos no abraçar deste tipode causas. |||||

    EMOCIONADO, FRANCISCOABREU LUÍS, FUNDADOR DA CASADOS RECLAMOS, FEZ UMA CURTAINTERVENÇÃO DURANTE ACERIMÓNIA DE HOMENAGEM

    FELIZANIVERSÁRIO

    Esteve de parabéns no passado dia 14

    de Novembro a menina MafaldaMafaldaMafaldaMafaldaMafalda

    CaldasCaldasCaldasCaldasCaldas, que completou 5 lindas

    primaveras.

    Um grande beijinho de toda aUm grande beijinho de toda aUm grande beijinho de toda aUm grande beijinho de toda aUm grande beijinho de toda a

    família que a adora.família que a adora.família que a adora.família que a adora.família que a adora.

  • ENTRE MARGENS | 28 NOVEMBRO 2013 | 13

    ||||| TEXTO E FOTO: CELCELCELCELCELSOSOSOSOSO CAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOS

    A Constelação junta-se, e passa tam-bém a integrar, o memorial da Fé, quedesde a Páscoa já se encontrava noadro da igreja, contendo agora maisde uma centena de nomes de paro-quianos já falecidos que pretendemser recordados como exemplos de fénesta comunidade.

    Além dos nomes, no memorial,passam a estar em lugar de destaqueas nove Estrelas da Fé, cada uma como seu tema e com a sua cor. Outrodado acrescentado propositadamenteao memorial foi a quadra alusiva aopadroeiro S. Miguel que basicamen-te traduz a ligação ao arcanjo e aoano da Fé. Da autoria do poeta avenseFernandes Valente Sobrinho, quemarcou presença na cerimónia, podeagora, ler-se que: “S. Miguel, a nossa

    VILA DAS AVES // CERIMÓNIA E INAUGURAÇÃO DE CONSTELAÇÃO DA FÉ MARCARAM CELEBRAÇÃO NO PASSADO SÁBADO

    Constelação perpetua Ano da FéA PARÓQUIA DE VILA DAS AVES INAUGUROU E BENZEU, NA NOITE DO PASSADO SÁBADO, A CONSTELAÇÃO DA FÉ QUE A PARTIR DE AGORAEMBELEZA O ADRO DA IGREJA MATRIZ, APÓS CERCA DE DUAS HORAS DE CELEBRAÇÃO QUE PRETENDEU MARCAR O ENCERRAMENTO DO ANODA FÉ NESTA PARÓQUIA DO ARCIPRESTADO DE FAMALICÃO.

    fé / É tesouro a não perder... / - Sãoos que morrem de Pé / Que melhorsabem morrer!...”.

    Na mesma altura, o pároco, PadreFernando Azevedo Abreu, anunciouque tem já uma nova obra publicada,sendo que aproveitou a ocasião parao mostrar em primeira mão e de for-ma simbólica ofereceu nove exempla-res a outras tantas pessoas escolhidasao acaso.

    A organização da celebração foido Movimento Paroquial sendo queum dos grandes objetivos estabele-cidos foi integralmente cumprido, coma Igreja Matriz praticamente cheia ecom toda a gente a envergar a cami-sola com a estrela da cor da sua zona.Cada um dos nove grupos dinami-zou uma parte da celebração, marcada,pela inauguração do sistema deprojeção fixa. Essa inovação não dei-

    xou ninguém indiferente e permitiu,desde logo, que com maior facilida-de toda a gente participasse ativamen-te na celebração, pois iam seguindoo que era exibido nos vários ecrãs.Recorde-se que esta aquisição foi uminvestimento avultado – cerca de setemil euros – aguardando agora a pa-róquia a colaboração dos avenses nacomparticipação destes custos.

    No final da celebração do últimosábado, Emília Oliveira, do Movimen-to Paroquial agradeceu a presença detodos e a colaboração de muitos vo-luntários que ao longo dos últimosmeses foram preparando a cerimónia.A mesma responsável concluiu mos-trando-se convicta de que a Fé dosavenses “sai mais reforçada e commaior vigor”, após a forma como aparóquia local viveu de forma ativa oAno da Fé. |||||

    FERNANDES VALENTE SOBRINHO

    S. Miguel, a nossa féÉ tesouro a não perder...- São os que morrem de PéQue melhor sabem morrer!...

  • 14 | ENTRE MARGENS | 28 NOVEMBRO 2013

    CULTURA||||| TEXTO E FOTO: FERNANDOFERNANDOFERNANDOFERNANDOFERNANDO TTTTTORRESORRESORRESORRESORRES

    Marcado para as 21h30, a verdadeé que Jay-Jay Johanson só entrou empalco depois de ter terminado o jogoque viu derrotada a seleção do seupaís. Felicitou o público presente pelojogo da seleção portuguesa, recebeuum aplauso e deu início ao concertocom dois suecos em palco e umaplateia que não sendo lotada, estavamuito, muito bem composta.

    O cenário era simples, um palco alembrar uma sala repleta de fumo, umpiano de cauda, um órgão e um micro-fone. Na tela enorme que servia defundo eram projetados rostos de pes-soas aparentemente quietas, mas naverdade em movimento lento, onde ojogo de fumo e luzes fazia com queparecessem aparições, assombrandoou assombradas pela melancolia queas músicas de Jay-Jay transbordam.

    Como é habitual nas músicas enos concertos de Jay-Jay, a voz é o ins-trumento central, é uma voz com um

    Não sendo memorável, Jay-Jay cumprepassagem por Portugal sem desiludir

    registo inconfundível que associada àsua presença em palco, impõe umsilêncio quase de quem vai ouvir umfado. Esperando-se apenas um pia-nista a acompanhar a voz, foi umaagradável surpresa ver que Erik Jons-son trouxe com ele meios digitais parareproduzir batidas, sons e orques-trações. É verdade que houve mo-mentos em que estes meios digitaiscondicionaram a fluidez do concer-to, no entanto, é também verdade queajudaram a conferir às músicas asonoridade que associamos a Jay-Jay.

    Em palco Jay-Jay apresentou o seunovo trabalho “Cockroach” atravésdos temas “Mr. Fredrikson”,” I MissYou Most of All”, “Coincidence” e“Hawkeye”. Interpretou temas de cadaum dos seus outros oito álbuns masincidiu, para a alegria do público, emtemas dos seus três primeiros álbuns“Whiskey”, “Tattoo” e “Poison”.

    Não me recordo de ver um concer-to tão intimista, em que a comunica-ção com o público fosse tão reduzida.

    Uma das muito poucas vezes que fa-lou, por coincidência, foi para apre-sentar o único tema que foi interpreta-do apenas a piano e voz, “On the OtherSide”. Contou Jay-Jay que esta músi-ca foi escrita em Guimarães, num pro-cesso muito rápido, em colaboraçãocom Erik Jonsson, no dia de um concer-to naquela cidade há uns dois anos.

    Não sendo memorável, especial-mente para quem o acompanha há jáalgum tempo, foi sem dúvida um con-certo que deixou quem esteve presen-te longe, muito longe de qualquerdesilusão, a não ser o sentimento deausência de temas como “Suicide isPainless”, “Paris” ou “Dry Bonés”.

    Abordado sobre estas ausências,já depois do concerto, Jay-Jay Johansonreferiu que adora ser um regular nospalcos portugueses, que adoraria cávoltar em quarteto ou com a sua ban-da completa e que, aí sim, o ‘setlist’seria muito mais completo. E quandoquestionado sobre o porquê das recor-rentes visitas a dois, a resposta nãopoderia ter sido mais prática. “É tudouma questão de orçamento.” Acres-centando que na Russia, por exemplo,vai sempre com a banda completa.

    Saí a aguardar uma nova visita, sepossível numa altura em que as nos-sas finanças estejam mais equilibra-das, para assistirmos a um concertode Jay-Jay Johanson com tudo a quepodemos ter direito. ||||||

    MÚSICA // CONCERTO DE JAY-JAY JOHANSON. CASA DAS ARTES DE FAMALICÃO, 15 NOV. 2013

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  • ENTRE MARGENS | 28 NOVEMBRO 2013 | 15

    O Grupo Coral de Riba de Ave foi oresponsável pela organização do XXIIIEncontro de Coros Litúrgicos da res-petiva zona pastoral, tendo reunidono dia litúrgico da solenidade deCristo-Rei que no passado domingodecorreu a totalidade dos coros dazona, respetivamente S. Simão de No-vais, Carreira, Landim, Pedome, S. Ma-teus de Oliveira, Bairro, Vila das Aves,Santa Maria de Oliveira, Delães e, na-turalmente o anfitrião.

    Estes coros apresentaram no inte-rior da igreja, por esta mesma ordem,duas ou três peças corais do seu re-pertório demostrando mais uma veza sua vitalidade e disponibilidade paracontribuírem para a celebração dosmistérios divinos com os cantos depolifonia dos autores mais reconhe-cidos que se inspiram nos textos sa-grados. Compositores sacros portugue-ses como António Cartageno, o maisinterpretado, J. Santos, Carlos Silva,Azevedo Oliveira, Sousa Marques,Teodoro de Sousa, Fernando Valen-te, Mendes de Carvalho e Manuel deFaria mas também, Palestrina, Beet-thoven, Bach, Edgar Helgar, CamilleSaint-Saens e monsenhor Frisina fize-ram parte do repertório musical des-te encontro. A diversidade artística ea qualidade sonora das interpretaçõessendo sempre um factor de aprecia-ção e de julgamento crítico a ter emconta pelos ouvidos mais apuradosnão é tão determinante assim para amais-valia destes encontros e a suacontinuidade quanto a constataçãode que, de ano para ano, cada umdos grupos vai reforçando a sua auto-estima e por vezes melhorando naqualidade e na prestação de um ver-dadeiro serviço à liturgia.

    A eucaristia concelebrada por mui-tos dos párocos das respetivas paró-quias foi o momento congregador detodas as vozes que honraram jubilo-samente o Cristo-Rei do Universocom cânticos bem escolhidos em quepontificou o coro da casa com gran-de mestria e afirmação como lhecompetia. Após a passagem de teste-munho ao coro paroquial encarre-gado da organização do próximoencontro, o coro de Landim, todosos que se inscreveram para o jantar-convívio prolongaram o encontro atémais tarde. ||||| LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

    Encontro deCoros Litúrgicosna paróquiade Riba de Ave

    ||||| TEXTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

    Mais de meia centenas de pessoasmarcaram presença no lançamentode “Breve Tratado do Vento nas Er-vas e nas Palhas”, realizado no pas-sado dia 17 de novembro nas novasinstalações do Entre Margens. Jornalque constitui a principal atividade daCooperativa Cultural Entre-os-Avesque, à passagem do seu 30º aniver-sário, entendeu lançar-se na ediçãodeste livro de poesia de João Filipe.Edição que não constitui propriamen-te uma novidade para a cooperativaque “ainda antes de ter lançado o jor-nal” editou “uma coletânea de textossobre a vila”, conforme recordou oatual presidente da direção, AméricoLuís Fernandes.

    Natural de Vila das Aves, João Fi-lipe (1962), pseudónimo literário deJoaquim Moreira, não se alongou naapresentação do seu mais recente li-vro. Aliás, deixou que outros o fizes-sem, nomadamente os professoresLuís Américo Fernandes (também di-retor do Entre Margens) Paulo Costae António Sousa. “Breve Tratado doVento nas Ervas e nas Palhas mais nãoé do que reminiscências da infânciae da juventude do seu criador, revi-vescências de imagens, de sensações,de rostos e de lugares, faúlhas deuma ‘palha a que o coração pegoufogo e que o vento leva pelos cam-pos sem fim…’, com ‘saudades do fu-turo’, à semelhança de Teixeira dePascoais”. É pelo menos esta a opi-nião de Luís Américo Fernandes, par-tilhada, de resto, por António Sousa,a quem coube a leitura de alguns

    VILA DAS AVES // LITERATURA

    Poesia de João Filipetrás outras artesàs novas instalaçõesdo Entre MargensEDITADO PELA COOPERATIVA CULTURAL ENTRE-OS-AVES(PROPRIETÁRIA DO ENTRE MARGENS) FOI APRESENTADO NO DIA17 DE NOVEMBRO O MAIS RECENTE LIVRO DE POESIA DE JOÃOFILIPE, “BREVE TRATADO DO VENTO NAS ERVAS E NAS PALHAS”

    sado nas antigas instalações da Es-cola da Ponte ficou também por con-ta do cinema. A dupla Daniel e DinisLeal Machado deram a conhecer trêscurtas-metragens que realizaram apartir da obra poética de João Filipe.Entre as quais, destaque para “OndeDantes Cantavam Rouxinóis” basea-do no poema “Casas em Ruínas” que,uma semana depois, viria a conquis-tar o segundo lugar do 7º Concur-so do Vídeo Escolar 8 e Meio, pro-movido pelo Clube de Cinema daEscola Secundária Eça de Queirós(Póvoa de Varzim).

    Nas novas instalações do jornalEntre Margens, a incursão pelo cine-ma feita no âmbito da apresentaçãodo livro de João Filipe, já havia mere-cido algumas palavras por parte deAmérico Luís Fernandes que falou napossibilidade de colaborações comoutras instituições da freguesia (ci-tando a título de exemplo o CentroCultural), “nomeadamente no do-mínio do cineclubismo”.

    Na plateia, duas possíveis introdu-toras da ideia, a vereadora da cultu-ra da Câmara Municipal de Santo Tir-so, Ana Maria Ferreira, e a presiden-te de Junta de Freguesia de Vila dasAves, Elisabete Faria, convidadas paraesta sessão que contou ainda com apresença do poeta Fernandes Valen-te Sobrinho, convidado a ler o poe-ma “Onde Dantes Cantavam Rouxi-nóis” de Fernando Carneiro. |||||

    “Breve Tratado do Vento nas Er-vas e nas Palhas” de João Filipeencontra-se à venda nas instala-ções do jornal Entre Margens, naslivrarias e papelarias “Dossier”(Rua João Bento Padilha, Vila dasAves) e “Vanda” (Av. S. Rosendo,Santo Tirso), na livraria “Sumode Letras” (Largo Coronel Baptis-ta Coelho, Santo Tirso) e na “Co-pizone” (Rua João Bento Padilha,Vila das Aves). |||||

    dos poemas que integram o livro deJoão Filipe, acompanhado à guitarraclássica por Carlos Coelho. Já PauloCosta, mais do que falar da obra, re-feriu-se a João Filipe (ou a JoaquimMoreira) como um grande divulgadorde literatura junto dos mais novos.

    Mas para além da poesia (e tam-bém da música) o final de tarde pas-

    ONDE COMPRAR

    IMAGEM DA SESSÃO DEAPRESENTAÇÃO DO LIVRODE JOÃO FILIPE E DOFILME “ONDE DANTESCANTAVAM ROUXINÓIS”

    LIVRO DE CIDÁLIO CASTRO APRESENTADO NA BIBLIOTECA MUNICIPALNo próximo sábado, 30 de novembro, a Biblioteca Municipal de Santo Tirso acolhe a apresentaçãodo mais recente livro de Cidália Castro, intitulado “Sintagma de mim… Fragmentos de Nós!”(numa segunda edição aumentada). A sessão, com início às 21h30, conta com a participação deGoreti Dias (que fará a apresentação da obra) e inclui ainda a apresentação de poemas do autormusicados pelo maestro e compositor Tiago Abreu e a participação da cantora Diana Martins.

  • VALE DO AVE16 | ENTRE MARGENS | 28 NOVEMBRO 2013

    TROFA // CELEBRAÇÃO DO 15.º ANIVERSÁRIO

    Na manhã desta terça-feira, osmunícipes de Vizela concentra-ram-se em frente à secção definanças em protesto contra oseu encerramento. Um protes-to que contou com solidarie-dade da Câmara Municipalque, em comunicado divulga-do no início da semana, reite-rou a sua “discordância” coma decisão do atual governo deencerrar o referido posto, ain-da que a mesma não espanteo atual executivo.

    “Ao longo dos últimos trêsanos [o governo] tem tomadoposições que prejudicam gra-vemente o concelho de Vizelae os vizelenses, designadamentecom o corte de mais de 10 mi-lhões de euros em investimen-tos decorrentes da execuçãodas Habitações Sociais, da re-qualificação da Escola Secundá-ria e da conclusão da estradaParalela à E.N. 106”, alega-seem comunicado de imprensa.No mesmo documento, a au-tarquia nota ainda o facto dese “pretender encerrar o Servi-ço de Finanças de Vizela, pas-sados, apenas, dois anos de ter[o governo] efetuado um in-vestimento de 500 mil eurosna sua requalificação”. |||||

    Vizela contraencerramentoda secçãode finanças

    Luis Marques Mendes que ficou as-sociado à Trofa, como o “Pai do Con-celho” pelo seu papel ativo, como lí-der parlamentar, aquando da discus-são e aprovação do novo município,na Assembleia da República, foi umdos principais convidados das come-morações do 15.º aniversário da Trofa.Na sessão solene de dia 19 de no-vembro, Marques Mendes recordou“o caráter e a nobreza da luta de to-dos os trofenses pela criação do con-celho”, mas principalmente a “impor-tância de construir um futuro melhorpara toda a população”.

    Mas o ex-presidente do PSD, emdeclarações à agência Lusa, tambémfalou da atualidade dizendo-se des-crente em relação à eventual fusãode municípios, pois entende que amesma não é “uma prioridade naci-onal”. “A fusão de municípios é umacoisa que acho que não vai aconte-cer. Nem sequer me parece nenhu-ma prioridade nacional”.

    Para Marques Mendes, priorida-des são antes a “competitividade e a

    Marques Mendes acreditaque a fusão de municípiosnão vai acontecerLUIS MARQUES MENDES, CONSIDERADO O PAI DA TROFA, ESTEVE NO PASSADO DIA 19 DENOVEMBRO NAS COMEMORAÇÕES DO 15º ANIVERSÁRIO DESTE AINDA JOVEM CONCELHO

    solidariedade”, pelo que importa demomento “tratar de criar condiçõespara que os concelhos se desenvol-vam, criem riqueza e gerem emprego.Ajudar aqueles que mais precisamporque hoje há muita, muita gente, apassar dificuldades e não pode sersó o poder local a ajudar”, referiu oex-presidente social-democrata.

    Questionado sobre se uma refor-ma do mapa dos municípios não po-deria constituir um “fantasma” para osmais recentes, entre eles a Trofa, LuísMarques Mendes insistiu que esta “nãoé uma questão prioritária” e avançoucom o tema da “coesão social” como“algo muito mais importante”.

    “Não me parece que vá haver umprocesso de fusão de municípios, nemme parece que essa questão seja pri-oridade. A prioridade está em de-senvolver apostar no combate à exclu-são social”, reiterou o social-demo-crata quase em jeito de mensagemde “tranquilidade” para os trofenses.

    Recorde-se que o governo apro-vou no final de outubro o guião com

    orientações para a reforma do Esta-do, que prevê a “instituição, de prefe-rência, com o máximo consenso inter-partidário possível, de um processode reforma dos municípios aberto econtínuo, que facilite e promova a suaagregação”.

    ILUMINAÇÃO PÚBLICAEm dia de festa para o município, orecém-eleito presidente da CâmaraMunicipal, Sérgio Humberto, optoupelo anúncio de novas medidas, en-tre elas a reposição da iluminaçãopública em todo o concelho, graçasa cortes que estão a ser efetuados naconta corrente da Câmara Municipal,destacando como exemplo, a mudan-ça da empresa municipal Trofaparkpara instalações da União de Fregue-sias de Bougado, resultando numapoupança efetiva de 25 mil euros. Oautarca deu ainda voz à promessafeita pela Direção-Geral dos Estabe-lecimentos Escolares de retirar o ami-anto da EB2/3 da Trofa, até ao finaldo corrente ano civil. |||||

    A Associação de Artesãos deVizela, em parceria com a Câ-mara Municipal promove, apartir de dia 13 de dezembro,mais uma edição da Venda Tra-dicional de Natal, com o obje-tivo de promover o artesanatoe gastronomia local, divulgan-do o trabalho dos artesãos doconcelho. Este ano, a mostravai realizar-se na Praça da Re-pública, até ao dia 24 do mes-mo mês, no horário compre-endido entre as 12h00 e as19 horas, exceto no último dia,que funcionará das 10h00 às13 horas. |||||

    VIZELA //

    Mostra e venda deprodutos de Natal

    A Fundação Cupertino de Miranda,em Vila Nova de Famalicão, já estána posse do terreno que permitirá aconstrução de uma segunda torre daFundação, que receberá o novo Mu-seu do Surrealismo, destinado a aco-lher a coleção temática da Fundaçãoe que incluirá uma guardaria de obrasde arte única na Península Ibérica.

    A escritura de doação foi assina-da na passada sexta-feira, 22 denovembro, pelo presidente da CâmaraMunicipal, Paulo Cunha, e pelo Pre-sidente do Conselho de Adminis-tração da Fundação, Pedro ÁlvaresRibeiro . São 1620 metros quadradosde domínio público entregues à Fun-dação, 1225 dos quais correspon-dente à área de ocupação do sub-solo, que fica, assim, com as condi-ções para avançar com a construçãodo imóvel projetado por EduardoSouto Moura e que se vai juntar aoedifício já existente localizado nocoração da cidade, um edifício emble-mático tanto pelo seu revestimentoazulejar, da autoria de Charters deAlmeida, como pela estrutura heli-coidal da torre com 10 pisos. A novatorre terá mais um andar do que aatual, de forma a permitir o prolon-gamento da sala de eventos para oterraço do prédio existente.

    Criada em 1972, a Fundação Cu-pertino de Miranda tem um acervode mais de 2500 obras, em que seconta a maior coleção de arte sur-realista de Portugal, proveniente deaquisições, gratuitas e onerosas, deque se destacam as coleções de Cru-zeiro Seixas, Mário Cesariny e EuricoGonçalves. |||||

    Museu doSurrealismojátem terreno

    FAMALICÃO // FUNDAÇÃOCUPERTINO DE MIRANDA

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