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Copyright · ... Evitando desvios e alcançando o avivamento / ... quando chegou com o coração ... Deus tem trazido um despertamento no meio do seu povo para o maior avivamento

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Copyright 2007 por

Farley P. Labatut

A. D. SANTOS EDITORA

Al. Júlia da Costa, 215

80410-070 - Curitiba - Paraná - Brasil

+55(41)3324-9390

www.adsantos.com.br

[email protected]

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

LABATUT, Farley P.

Geração de Adoradores – Evitando desvios e alcançando o avivamento /

Farley Pierre Labatut – Curitiba: A. D. SANTOS EDITORA, 2007. 166 p.

ISBN – 97885-7459-141-4

1. Coleção de citações 2. Meditações

CDD – 080

1ª Edição: Dezembro / 2007

Proibida a reprodução total ou parcial,

por quaisquer meios a não ser em citações breves,

com indicação da fonte.

Edição e Distribuição:

Capa

PROC Design

Diagramação

Manoel Menezes

Impressão e acabamento:

Editora Betânia

PREFÁCIO

Escritor, com formação em publicidade e propaganda

atua profissionalmente em um jornal na cidade de Curitiba, e é

membro da Igreja da Celebração, um amigo que conhecemos

em nossa primeira conferência, aprendemos a amar, cami-

nhando juntos ao longo dos sete anos que temos ministrado

na capital paranaense.

Nesta obra, Farley P. Labatut analisa os pontos funda-

mentais das experiências de sua vida que o levaram ao aviva-

mento. O livro é fruto de experiências do autor. Sua linguagem

simples e direta convida o leitor a sair do gelo e da acomoda-

ção para procurar o avivamento e a paixão por Jesus, edifi-

cando a sua vida e evitando os desvios e distrações que o

diabo procura trazer.

Apresentando os movimentos que outrora trouxeram res-

tauração à igreja, enfatiza que se o fruto deste avivamento

fosse maior, mais duradouro e permanente, certamente tantas

almas não se perderiam.

O objetivo do livro é servir para a igreja como instru-

mento de exortação para o cuidado dos intentos de nosso

coração e dos desvios na geração do avivamento. A obra alerta

também para o despertamento daqueles que sentem seu cora-

i

ção arder de paixão, da geração de conquistadores da terra

prometida,da geração do avivamento.

Farley cita sua primeira experiência na Conferência Pai-

xão, Fogo e Glória, quando chegou com o coração completa-

mente endurecido, oprimido e nada receptivo para qualquer

coisa que Deus quisesse mostrar naquele lugar.

Felizmente na primeira música ministrada, conta que em

poucos segundos um milhão de coisas passaram em seu cora-

ção e aquela verdade cantada se tornou tão viva e forte, levan-

do-o a chorar compulsivamente. Quebrantado reconheceu sua

situação de frieza, o que foi o primeiro passo para ser total-

mente tocado pelo amor de Deus. Salmo 51:17

Os sinais do avivamento começaram a aparecer e a pre-

sença de Deus tornou-se notória, e como um marco, Deus

desencadeou mudanças profundas em sua vida.

Com certeza ler este livro abrirá nossos horizontes para a

chegada deste avivamento, pois entendendo melhor o que Ele

é, porque Ele vem, como buscá-lo e os frutos que traz, certa-

mente teremos nossas vidas edificadas e motivadas a fazer

cumprir esta linda promessa.

A palavra de Deus em 1 Crônicas 22:19 diz: “Disponde,

pois, agora, o vosso coração e a vossa alma para buscardes ao

Senhor, vosso Deus; e levantai-vos e edificai o santuário do

Senhor Deus, para que a arca do conserto do Senhor e os uten-

sílios sagrados de Deus se tragam a esta casa, que se há de edi-

ficar ao nome do Senhor.”

Deus nos orienta a buscá-lo, pois Seu maior interesse é

que tenhamos uma aliança com Ele. Através deste livro, certa-

mente você será despertado e Ele virá e fará chover a Sua jus-

ii

tiça sobre sua vida. O avivamento virá e permanecerá se

buscarmos o Senhor de todo nosso coração, portanto, dese-

je-O, ame-O e adore-O!!!DAVID M. QUINLAN

iii

iv

AGRADECIMENTOS

É tão grande o número de pessoas que de alguma forma

contribuíram e sonharam comigo a edição deste livro, que

escrever estes agradecimentos sem esquecer de ninguém, se

torna uma tarefa bem difícil. Peço perdão se esqueci de citar

alguém.

Em primeiro lugar agradeço a Ele que é chamado de

Desejo das Nações, o Amado da Minha Alma, meu Senhor

Jesus Cristo. Pois todas as coisas foram feitas por meio Dele,

por Ele e para Ele. Eu O amo, Senhor!

A minha amada e maravilhosa esposa Danielle, auxilia-

dora, que sempre acreditou nesse sonho, nesse chamado.

Muito obrigado por ser minha âncora, intercessora e o sonho

de Deus realizado em minha vida. Eu a amo cada dia mais!

Aos meus preciosos pais Osney e Osminda Labatut, por

todo amor, carinho e incentivo que sempre me deram em

abundância. E principalmente por terem me dado o melhor de

todos os presentes que os pais podem dar a seus filhos, o

exemplo de uma vida apaixonada por Deus. Vocês são os

melhores pais do mundo.

A minha preciosa irmã Annie que teve a coragem de

enfrentar a tarefa de digitar meus garranchos manuscritos.

Você tem o meu amor.

v

Ao maravilhoso casal que confiou a mim o maior tesouro

de sua casa, a mão de sua “filhinha”. Muito obrigado Mário e

Denise Beling, pelo carinho, amor e respeito que têm me dado

e por terem sonhado comigo esse projeto. Obrigado também

aos meus amados cunhados Júlia e Léo.

Deus sempre foi muito generoso comigo, colocando ao

meu lado homens que me serviram de exemplo e incendiaram

meu coração de amor pelo ministério. Pr. Luiz Carlos e Pra.

Neusa de Castro pelo amor que fez com que dedicassem tantas

horas de discipulado comigo e com minha esposa. Amamos

vocês.

Ao Pr.Wilson Santos que acreditou em todas as “maluqui-

ces” que Deus nos falava. Muito obrigado por sempre acreditar

em nosso chamado e ampliar nossa visão para tantas coisas.

Ao Pr. Silas Fernandes Souza e família, que conseguiu

enxergar em um adolescente um chamado de Deus. Muito

obrigado por abrirem sua casa e investirem tanto em minha

vida. Amo vocês.

Ao Pr. Anderson Bomfim e toda a missão Mobilização,

pelo exemplo, amor, e disposição com que sempre nos servi-

ram.

Ao precioso Pr. Danilo e família, um grande exemplo

para nós, nunca me esquecerei da primeira conversa debaixo

de uma árvore no quintal da Igreja Batista Shalom. Pr. Danilo,

você é muito especial para nós e o amamos.

Aos pastores que têm nos amado e aberto as portas de

suas igrejas para os eventos de nosso ministério: Pr. Odilon

(Igreja Batista Shalom) e Pr. Marcelo Bigardi (Bola de Neve

Church Curitiba ).

vi

Ao nosso querido amigo e paizão Beto e sua linda famí-

lia. “Betolhes”, não temos palavras para expressar a gratidão

que sentimos por você. Não importa o que eu faça, você sem-

pre está ali do lado, motivando, incentivando e ajudando.

Você é um presentão de Deus na minha vida e da Dani e uma

peça chave na realização deste livro. Seu carinho e prontidão

nos deixam até constrangidos. Amamos você. Muito obrigado

mesmo!

Ao David e Bebel Quinlan e a todo o ministério Paixão

Fogo e Glória. Muito obrigado pela coragem e amor em res-

ponder ao chamado tão especial de Deus para suas vidas.

Obrigado pela maneira como impactaram minha vida e a de

milhares de outras pessoas por todo este Brasil. Este livro é

fruto de sementes que vocês lançaram em meu coração. Não

importa a quantas conferências Paixão Fogo e Glória eu vá,

Deus sempre me surpreende. Muito obrigado também pelo

carinho com que receberam este trabalho.

Ao Lauro, Jaqueline e família, pelo exemplo e carinho

que sempre nos deram. Muito obrigado, pelo auxílio que deu

para que este sonho se tornasse realidade.

Ao meu querido amigo Jeazão. A fé e a esperança você já

não precisa mais meu amigo, mas o amor, este Deus nos deu e

um dia poderemos desfrutar juntos na eternidade do Senhor.

Saudade.

A nossa amiga Márcia, guerreira de oração, mulher de

Deus. Os pensamentos de Deus são mais altos que os seus.

Ao amigo tão especial Edinho, pelo carinho, incentivo e

confiança que sempre depositou em mim e nos sonhos que

sempre foram compartilhados e confiados ao tipo de amigo

vii

mais raro de se encontrar: o amigo fiel. Obrigado pelas boas

gargalhadas que não conseguimos deixar de dar quando esta-

mos juntos. Amamos você (mas não esquecemos que você

teria sido nosso padrinho se não chegasse atrasado ao casa-

mento!).

A amigona e filhota por adoção Monique. Obrigado pelo

amor que tem nos dedicado e pela disposição com que tem

nos servido. Amamos você.

Aos amigos que de alguma forma foram importantes

neste processo: Pr. Luiz Carlos Silva e Pr. Raul de Souza, Jona-

tas e Flavia, Xandó, Luiz Armando, Paulo Subirá, Newton Oli-

veira, Júnior e Ingrid. Markinhos, Josias, Lucas e Felipe

(Ministério Palavra Antiga). Jefão e Virginia, Jesus Pedro,

Hamilton e Karina, Ary e família. Preto, Eliza e Edu. Marcos

(Porta Mídia Gospel), Paulo Eitelwin e família. Juliano (Ata-

laia) e toda Bola de Neve Church.

E por último, mas não menos importante, obrigado a

todos aqueles que fazem ou fizeram parte da equipe Desperta

Nação Escolhida. Vocês são a melhor equipe do mundo.

Amamos vocês!

FARLEY PIERRE LABATUT

viii

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

CAPÍTULO 1

SINAIS DE AVIVAMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

CAPÍTULO 2

O CHAMADO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

CAPÍTULO 3

UNIDADE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

CAPÍTULO 4

AMOR PELA IGREJA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61

CAPÍTULO 5

REABIBLIAMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85

CAPÍTULO 6

POSSUÍDOS PELO ESPÍRITO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97

CAPÍTULO 7

ABRINDO AS JANELAS DO CÉU . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117

CAPÍTULO 8

FRUTOS DE AVIVAMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135

CONSIDERAÇÕES FINAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149

NOTAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151

ix

x

INTRODUÇÃO

Vivemos um tempo muito especial, tempo este que mui-

tas gerações passadas, se não todas elas, gostariam de ter

vivido. Deus tem trazido um despertamento no meio do seu

povo para o maior avivamento que o mundo já viu. Não sei se

esse será o último avivamento e se precederá a volta do nosso

amado Senhor Jesus Cristo, mas sei que será o maior e o mais

global de todos já vividos. Não devemos nos preocupar se este

é ou não o último grande avivamento, e muito menos discutir

sobre isso. Devemos sim, nos preocupar em cumprir nosso

papel como indivíduos e como igreja neste grande derramar

da presença manifesta de Deus.

O Senhor cumprirá seus propósitos e isto não mudará, o

que muda, é se você fará ou não parte disso. Diferente de

todos os outros avivamentos que aconteceram na história,

existe hoje um despertamento mundial para preparar a noiva

para receber este avivamento de uma forma mais madura e

equilibrada. Existe uma busca por maior discernimento. Isto

fará com que o próximo avivamento seja muito mais amplo,

não apenas em sua extensão geográfica, mas em sua intensi-

dade, em sua colheita e principalmente na consolidação de

seus frutos.

1

Verificamos através da Palavra de Deus, e de toda a histó-

ria da igreja que sempre que há um mover de Deus para trazer

avivamento, ou reforma na Igreja, no Seu povo, o diabo pro-

cura trazer distorções ou desvios no meio daquilo que Deus

está fazendo. Isto sempre se repete.

Vemos desvios em Atos 15. Os gentios começaram a ser

alcançados pela graça, mas alguns judeus ensinavam que, se

os gentios não se circuncidassem, não poderiam ser salvos.

“Tendo havido, da parte de Paulo e Barnabé, contenda e

não pequena discussão com eles...” (At 15:2). Já no início da

igreja o diabo levantou dissensão no meio do corpo, devido a

discussões teológicas em cima de doutrinas não específicas da

Bíblia, que eu chamaria de doutrinas de homens ou dogmas.1Vemos desvios no avivamento no País de Gales quando

houve um desequilíbrio em dar total liberdade ao Espírito,

negando toda e qualquer forma de organização e administra-

ção humana, que é também um princípio bíblico (At 6).2Vemos o avivamento na Rua Azuza em Los Angeles, que deu

início ao movimento pentecostal no começo do século, que foi

iniciado por líderes que haviam se desiludido e sido persegui-

dos por denominações que rejeitaram o mover do Espírito. Por

isso rejeitaram todo tipo de organização eclesiástica, mas o

resultado desta rejeição foi o risco de um completo caos

devido a divisões causadas por divergências doutrinárias,

heresias e desonestidade financeira. Depois do avivamento da

Rua Azuza, entramos no século que teve o maior número de

avivamentos, movimentos e reformas até hoje, mas o século 20

nos trouxe também o maior número de desvios e desequilí-

brios. O movimento pentecostal tentou se organizar dando

2

FARLEY P. LABATUT

início a formação das Igrejas Assembléias de Deus que ofere-

ceram uma contribuição inestimável para a vida da igreja. Esta

nova organização foi abalada logo no início de sua formação,

quando uma parte de seus líderes aderiu à suposta revela-

ção,de um homem, sobre a chamada doutrina da unicidade,

este pregava que o verdadeiro batismo deveria ser somente

em nome de Jesus, e não da trindade. Os que não tivessem

sido batizados desta forma, deveriam ser rebatizados. O resul-

tado foi uma grande divisão nas recém formadas Assembléias

de Deus. Tivemos depois, o movimento Chuva Serôdia que

trouxe um grande avivamento do Espírito e de grandes verda-

des bíblicas. Quase a totalidade dos líderes deste novo mover

era das Assembléias de Deus, mover que foi rejeitado pela

maioria das grandes denominações pentecostais e pela pró-

pria Assembléia de Deus. Os chamados homens de Deus que

haviam dado início a uma reforma Espiritual, passavam agora

de perseguidos a perseguidores do novo mover de Deus. Os

motivos de controvérsia eram, por exemplo, a imposição de

mãos, a cura divina e a existência de apóstolos e profetas nos

dias atuais. Em pouco tempo, como em outros moveres, o

movimento Chuva Serôdia começou a declinar. Ensinos extre-

mistas apareceram, e estes líderes se colocaram como guardi-

ões do avivamento, declarando que os homens que realmente

eram levantados por Deus para levar o avivamento eram aque-

les reconhecidos, pelo movimento Chuva Serôdia como tais.

Heresias declaravam que os líderes do movimento Chuva

Serôdia se tornariam uma elite separada da igreja, com uma

ação e autoridade tão abrangente e poderosa que quase dis-

pensaria a volta de Jesus!

3

GERAÇÃO DE ADORADORES

Todos estes movimentos trouxeram coisas boas e restau-

ração à igreja. Mas os desvios não permitiram que o fruto des-

ses movimentos fosse maior, mais duradouro e com uma

quantidade maior de frutos permanentes. Principalmente

quando falamos das almas que foram ganhas e se perderam

novamente em pouco tempo. A história se repete, não por

falta de criatividade do diabo, mas porque nosso inimigo sabe

muito bem o quanto o coração do homem é enganoso. Ele

sabe que são os mesmos enganos que hoje pairam sobre o

coração dos homens a quem Deus quer levantar para este imi-

nente avivamento.

Deus quer que aprendamos com os erros que foram

cometidos pela igreja através da história. Existe hoje uma pre-

ocupação global em preparar a igreja para receber o aviva-

mento como nunca houve antes.

Cada um destes desvios paira hoje sobre a igreja e sobre

o coração de homens de Deus. Precisamos reconhecê-los,

confessá-los e deixar que Deus trate conosco para que sejam

abandonados e corrigidos.

O objetivo deste livro é servir à igreja como um instru-

mento, não apenas de exortação para o cuidado dos intentos

de nossos corações e dos desvios na geração do avivamento,

mas também um chamado para o despertamento daqueles

que sentem em seus corações o comissionamento para fazer

parte da geração de Josués e Calebes que irão conquistar a

terra prometida, e aos ceifeiros da última colheita - a geração

do avivamento. Nesses dias só existirão dois tipos de pessoas.

As que entrarão na terra e possuirão a herança, e as que mor-

rerão no deserto.

4

FARLEY P. LABATUT

Sempre preferi os autores que escrevem de forma pes-

soal. O que quero dizer é que alguns escritores conseguem ser

efetivos em expressar a intimidade de suas experiências e de

seus pensamentos que, quando terminamos de ler um ou dois

de seus livros, temos a impressão de conhecê-los como um

amigo próximo e querido. Este livro é cheio de descrições de

experiência pessoais, mas não tenho nenhuma pretensão de

tornar doutrina minhas experiências. As experiências espiri-

tuais vividas por outras pessoas têm a capacidade de nos esti-

mular, encorajar e desafiar a experimentar algo novo de Deus.

No entanto elas nunca podem ser tomadas como regra, pois

Deus age de forma diferente com pessoas diferentes e cada

uma reage e corresponde à seu modo ao mover de Deus. Con-

sagre ao Senhor o tempo que separará para a leitura deste livro

e esteja com seu coração aberto para viver as novas experiên-

cias que Ele já preparou para você.

“Julgai todas as coisas, retende o que é bom”

1 Tessalonicenses 5:21

5

GERAÇÃO DE ADORADORES

6

FARLEY P. LABATUT

CAPÍTULO

1

SINAIS

DE

AVIVAMENTO

8

FARLEY P. LABATUT

SINAIS DE AVIVAMENTO

Era final da tarde de sábado, há alguns anos atrás. Havia

sido uma semana de trabalho bem cansativa e a única coisa

que eu pensava era encontrar minha esposa, na época ainda

minha namorada, que saía do ensaio do ministério de dança

de nossa comunidade, pegar uma pizza, um bom filme e pas-

sar o resto do dia no sofá. Desde a adolescência sempre tive o

hábito de passar grandes períodos diários em oração e leitura

da Palavra. Meus pais tinham uma pequena casa na baía de

Antonina onde eu costumava me retirar sozinho e passar até

duas semanas em jejum, oração e meditação da Bíblia. Mas

nos últimos dois anos, devido ao trabalho, faculdade e uma

outra série de fatores que não servem de desculpa, eu estava

passando por um grande esfriamento espiritual. Cheguei à

igreja onde a Dani, a quem Deus sempre usa para me dar uns

tapas na nuca, veio me encontrar com uma idéia da qual eu

não gostei nem um pouco. Ela queria ir a uma outra igreja para

ver a ministração de um tal de Ministério de Adoração cha-

mado FOGO E GLÓRIA. Na hora pensei comigo: “E a minha

pizza? E o meu filme? E o meu tão merecido descanso”?

Essa igreja era longe, ninguém sabia exatamente onde

era, mas todos sabiam que era longe e tudo isso para ver um

9

tal de FOGO E GLÓRIA? “Meu Deus, que nome mais evangé-

lico!” Era o que eu pensava.

Depois de uma meia hora de insistência de minha namo-

rada, cedi,e fomos em busca da tal igreja, para ver o tal minis-

tério de nome crente.

Quando enfim chegamos ao local, havia uma fila enorme

e tivemos que esperar muito tempo até que as portas da igreja

fossem abertas e pudéssemos entrar. Eu tinha uma cara tão

emburrada, com os braços cruzados o tempo todo, que a Dani

quase nem tentou conversar comigo enquanto esperávamos

que o evento começasse! Entramos no salão da igreja e logo

alguns músicos subiram ao púlpito e a Dani me disse: “Aquele

com o violão é o David Quinlan, o líder do ministério”.

Quando olhei, vi um homem magrinho, meio careca,

vestindo camisa xadrez, uma calça provavelmente maior que

seu número, bem despojado, nada que pudesse despertar

interesse, sem nenhum atrativo externo. Pensei comigo: “Meu

Deus, o que eu estou fazendo aqui? É pior do que eu imagi-

nava”!

Houve uma breve passagem de som e comentei com a

Dani: “Pelo menos eles tocam bem (comentário espiritual não

é?)!”

Minha cara continuava fechada, meus braços cruzados e

posso garantir que eu não estava nada receptivo para qualquer

coisa que Deus quisesse me mostrar naquele lugar. Meu cora-

ção estava completamente endurecido. Depois de um período

de silêncio, sem nenhuma apresentação, a equipe FOGO E

GLÓRIA começou a ministrar.

10

FARLEY P. LABATUT

A primeira música ministrada, era bem rápida, animada,

em ritmo country, o próprio nome da música diz o que ela é:

“Canção da alegria”.

Enquanto ouvia as primeiras notas, li a letra no telão: “Eu

poderia cantar sem parar, de como salvaste meu ser. Eu pode-

ria dançar por mil milhas por causa do teu amor, Senhor”!

Em quinze segundos um milhão de coisas, passaram por

meu coração: “Senhor! Eu poderia mesmo cantar sem parar,

dançar por mil milhas e quando chegasse ao fim fazer tudo de

novo. Por tudo que o Senhor fez e é para mim... Por que então

eu não faço? Por que não faço nada? Por que tenho esfriado

tanto espiritualmente? Por que tenho sido morno? Por que

tenho vivido uma mentira”?

Aquela música estava muito longe de ser uma canção de

quebrantamento para corações endurecidos, mas em quinze

segundos a verdade daquelas palavras se tornou tão viva, tão

forte para mim, que eu caí no chão chorando compulsiva-

mente, totalmente quebrantado ao reconhecer a minha situa-

ção medíocre; totalmente tocado pelo amor de Deus. Minha

cara emburrada, todas as minhas críticas e braços cruzados,

em 15 segundos de ministração transformaram-se em meia

hora de choro compulsivo com o rosto em terra a ponto de

molhar todo o lugar onde eu estava. Minha namorada chegou

a pedir ajuda a alguns amigos que estavam junto conosco, para

tentar me levantar e entender o que estava acontecendo, mas

eu não conseguia nem falar, tal a intensidade do meu choro.

Quando o avivamento acontece, há um derramar do

Espírito que traz vida intensa às verdades simples da Palavra

de Deus, que muitas vezes estamos cansados de conhecer.

11

GERAÇÃO DE ADORADORES

Mas quando há vida do Espírito nestas verdades, um convenci-

mento tão intenso, profundo, invade nossos corações de

forma que não podemos resistir, somos totalmente confronta-

dos e quebrantados por estas verdades e precisamos com todo

o nosso coração nos posicionar quanto a elas.

Quando tive esta experiência com o ministério Paixão,

Fogo e Glória não estávamos em avivamento, e ainda não

estamos, mas estamos vivendo um despertamento, onde sinais

de um avivamento iminente começam a aparecer. Como David

M. Quinlan costuma dizer: “a presença de Deus é notória nes-

tes seminários de avivamento”. Aquele dia foi um marco na

minha vida. A forma como Deus me tocou desencadeou uma

série de posicionamentos e mudanças profundas, foi o início

de um avivamento pessoal. O evento acabou; os ministros

foram embora, mas uma chama ficou acesa em mim. Com o

passar do tempo conheci várias pessoas que tiveram experiên-

cias semelhantes e tiveram suas vidas incendiadas e mudadas

após um destes encontros.

O avivamento não acontece do dia para noite, ele é

antecedido por um período de despertamento, onde vemos as

primeiras gotas da grande chuva que irá cair. Este é o tempo

que vivemos no Brasil e em vários locais do mundo.

A COLUNA DE FOGO

O avivamento não é algo que passa desapercebido. Vejo

muitas pessoas dizendo que o Brasil está em avivamento ou

então, ouço pastores dizendo que suas igrejas estão em aviva-

mento. Quando o verdadeiro avivamento vier, não será neces-

12

FARLEY P. LABATUT

sário que as pessoas falem que está acontecendo, será

evidente. Quando a coluna de fogo da presença de Deus foi

manifesta para conduzir o povo hebreu em sua travessia do

deserto (Gênesis 13), ninguém precisava dizer: “A presença de

Deus está aqui! Estamos vivendo um tempo muito especial da

manifestação de Deus”. Todos podiam sentir o calor do fogo,

seus rostos estavam vermelhos pela intensidade do calor

daquela gigantesca e temerosa coluna de fogo.

Devemos ter cuidado e temor em usar a palavra aviva-

mento. Percebo muitas pessoas, pastores, líderes, bem inten-

cionados, tentarem trazer o avivamento através de palavras de

impacto que visam convencer o povo de que a presença de

Deus manifesta está naquele lugar e que se eles se concentra-

rem também poderão senti-la. A presença manifesta de Deus é

muito diferente da onipresença divina. Quando Deus se mani-

festa onde você está, pode ter certeza de que irá perceber, e

ninguém precisará avisar. Ninguém passa despercebido por

um tornado: “Olhe bem! Se prestar atenção, vai perceber que

está no meio de um tornado!”

Devemos sim, pedir a Deus pelo avivamento, buscar e

profetizar, mas não devemos dizer que ele está acontecendo,

quando não está. Isto é, na melhor das hipóteses, pura mani-

pulação.

As coisas acontecerão de forma bem mais rápida quando

tivermos discernimento do tempo que estamos vivendo. É o

tempo em que Deus está despertando o coração da geração

do avivamento, um tempo muito precioso. É tempo de ficar

em Jerusalém e clamar pela promessa do Pai.

13

GERAÇÃO DE ADORADORES

O QUE É AVIVAMENTO?

O avivamento é um grande derramamento do Espírito,

que traz vida intensa, e profundo conhecimento sobre toda

verdade, traz quebrantamento, arrependimento, santidade e

grande manifestação da presença e do poder de Deus. E isto

gera o mais importante: Salvação !

Quando o avivamento vem?

Quando os crentes reconhecem sua situação de miséria e

mediocridade em relação à grandeza e profundidade do pro-

pósito de Deus. Um fogo arde nos corações e já não é sufici-

ente conhecer a verdade, mas é necessário posicionamento e

entrega completa a essa verdade. O Senhor Jesus disse que

suas palavras são espírito e vida (João 6:63).

Quando o espírito traz avivamento?

Quando a verdade se torna tão viva que não é possível

continuar na mesma condição e percebemos que a única coisa

que podemos fazer é clamar pela graça de Deus, por Seu per-

dão e por Sua presença. Foi isso que aconteceu em meu cora-

ção em relação às palavras cantadas naquela canção.

Certa vez alguém disse que a diferença entre os cristãos e

os Hare Krishnas, era que os Hare Khrishnas vivem uma

grande mentira como se fosse uma grande verdade e os cris-

tãos vivem uma grande verdade como se fosse uma grande

mentira.

Conta-se que alguém tentou evangelizar Gandhi, falando

do amor de Deus para ele. Ele respondeu ao jovem evangelista

que não acreditava no que o jovem dizia, pois se aquele evan-

14

FARLEY P. LABATUT

gelho fosse mesmo verdade, ele deveria estar andando de casa

em casa de joelhos levando aquela mensagem.

Não apenas entre os cristãos, mas entre os não salvos, o

avivamento se espalha como fogo no capim seco. O fogo

queima! A verdadeira condição do pecador se torna evidente.

Há um profundo reconhecimento da necessidade do perdão e

da salvação. Depois do derramamento do Espírito Santo no

Pentecostes, a primeira pregação de Pedro alcançou quase três

mil almas.

Por isso não podemos dizer que estamos em avivamento,

se não produzimos frutos de avivamento.

O fogo se espalha. O fogo queima!1Durante o avivamento de 1904 na Rua Azuza em Los

Angeles, pessoas que passavam a três quarteirões de distância

da igreja eram tomadas pela convicção de seus pecados.2Jhonatan Edwards foi um dos maiores avivalistas que

esse mundo já conheceu. Este homem de Deus viveu entre

1703 e 1758. Conta-se que certa feita ao entrar para o culto,

todos mostravam um espírito leviano e até de desrespeito. Jho-

natan Edwards pregou em cima do texto de Deuteronômio

32:35. O título da mensagem era: “Pecadores nas mãos de um

Deus irado”. Aquela palavra recebeu uma vida tão profunda

do Espírito, que foi como se um véu houvesse sido tirado dos

olhos da multidão para contemplar o horror da condição em

que estavam.

No final do sermão, as palavras de Edwards foram inter-

rompidas por gritos de homens e mulheres, que estavam

quase todos agarrados a seus bancos ou caídos no chão. As

15

GERAÇÃO DE ADORADORES

pessoas sentiam como se o chão estivesse pronto para abrir-se

e engoli-los para o inferno.

A cidade de Enfield ficou aquela noite toda tomada por

um clamor de misericórdia que podia ser ouvido em quase

todas as casas.

POR QUE AVIVAMENTO?

Algumas pessoas se perguntam: ”Para que serve o aviva-

mento? De que adianta o avivamento se este grande mover

dura apenas um tempo determinado e depois diminui gradati-

vamente até desaparecer?”

Pense comigo: Jesus veio ao mundo e Ele era a presença

manifesta de Deus em carne. Ele trouxe revelação, libertação,

curas, milagres e, sobretudo salvação! No momento de sua

morte vicária, o véu do templo se rasgou, a terra tremeu,

pedras fenderam-se, sepulcros abriram-se, mortos ressuscita-

ram e apareceram várias pessoas na cidade (Mateus 27:51-56).

Ao terceiro dia Jesus ressuscitou e apareceu a muitos. Depois

disto subiu aos céus para que o Espírito Santo pudesse vir no

dia do Pentecostes, batizando quase 120 homens com poder e

fogo, dando assim, início à Igreja. Depois disto, na primeira

pregação feita por Pedro quase três mil almas se juntaram

àqueles homens.

Você consegue imaginar avivamento maior que este? No

entanto quando lemos a carta aos Romanos, que foi escrita uns

vinte anos depois do Pentecostes, vemos que esta igreja, que

foi fundada pelo apóstolo Pedro, já estava bem contaminada

pelo pecado, conformada com o mundo e vivendo uma pos-

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FARLEY P. LABATUT

tura totalmente judaizante. Como tudo pode mudar tão rapida-

mente? Por que todo aquele poder do início de Atos não

continuou e tomou conta de Roma?

O que precisamos entender é que independente de

como o grande mover do Pentecostes diminuiu com o passar

dos anos, o valor do que aconteceu naqueles dias não mudou.

A grande verdade é que é que toda vez que Deus traz um

avivamento, a Igreja e o mundo nunca mais são os mesmos.

Recebemos nova revelação sobre a qual podemos caminhar;

verdades bíblicas são restauradas e muitos frutos permanecem

para sempre. Mesmo que aparentemente tudo tenha se

esfriado.

MARCAS DE UM AVIVALISTA

Todos os grandes avivalistas da história, foram homens

que em primeiro lugar buscaram o avivamento pessoal.

Homens que reconheceram sua situação de mediocridade. E

em segundo lugar, não admitiram mais esta situação e se posi-

cionaram quanto a ela. Terceiro, foram homens que buscaram

com toda a força do seu coração o avivamento e transforma-

ção de Deus em uma vida intensa de oração.

Quantas vezes você olhou para o que Deus fez em sua

vida, para a maravilha que é o evangelho que o alcançou, para

a grandeza do amor incondicional de Deus e pensou: “Eu

não vivo o evangelho como deveria viver”?

A oração de Paulo pelos Efésios era:

“... para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da

glória, nos conceda espírito de sabedoria e de revelação no

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GERAÇÃO DE ADORADORES

pleno conhecimento dele, iluminando os olhos do nosso

coração, para saberdes qual é a esperança do seu chama-

mento, qual a riqueza da glória de sua herança nos santos,

e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que

crêem, segundo a eficácia da força do seu poder...”

Efésios 1:17-19.

O avivamento pessoal acontece quando nossa religiosi-

dade é transformada em revelação viva pelo Espírito. Precisa-

mos da vida do Espírito de Deus.

Vejamos palavras de alguns dos maiores avivalistas da

história da Igreja, quando, apesar de cristãos, contam a experi-

ência de receberem a vida do Espírito, o avivamento pessoal.

– Charles Finney :3“Não existem palavras para descrever o maravilhoso

amor derramado no meu coração. Chorei de tanto gozo e

amor que senti; acho melhor dizer que espremi, chorando em

alta voz, as inundações indizíveis do meu coração. As ondas

passaram sobre mim, uma após a outra, até eu clamar:” Mor-

rerei se estas ondas continuarem a passar sobre mim! Senhor,

não suporto mais! Contudo não receava a morte.

De fato parecia-me como ondas de amor liquefeito; por-

que não sei outra maneira de descrever isso. Parecia o próprio

fôlego de Deus”.

– David Brainerd4“Fui tomado repentinamente pelo horror da minha

miséria. Então clamei a Deus, pedindo que me purificasse da

minha extrema imundícia. Depois a oração tornou-se para

mim mui preciosa. Ofereci-me alegremente para passar os

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FARLEY P. LABATUT

maiores sofrimentos pela causa de Cristo, mesmo que fosse

para ser desterrado entre pagãos, desde que pudesse ganhar

suas almas. Então Deus me deu espírito de lutar pelo reino de

Cristo no mundo”.

“Ele me concedeu agonizar em oração até ficar com a

roupa encharcada de suor, apesar de eu me achar na sombra e

de soprar um vento fresco”.

Jorge Whitefield foi um dos homens mais avivados que

este mundo já conheceu. Quase nunca pregava sem chorar e

foi até censurado por isto.

Eis sua resposta:5“Vós me censurais porque choro. Mas como posso con-

ter-me, quando não chorais por vós mesmos, apesar das vossas

almas mortais estarem a beira da destruição? Não sabeis se

estais ouvindo o último sermão, ou não, ou se jamais tereis

outra oportunidade de chegar a Cristo.”

O relato a seguir é sobre o que aconteceu em uma de

suas ministrações:

“Oh! Quantas lágrimas foram derramadas com forte cla-

mor pelo amor do querido Senhor Jesus! Alguns desmaiavam, e

quando recobravam as forças, ouviam e desmaiavam de novo.

Outros gritavam como quem sente a ânsia da morte. E depois

de findar o último discurso, eu mesmo sentia-me tão vencido

pelo amor de Deus que quase fiquei sem vida. Contudo por fim

revivi, e depois de me alimentar um pouco, estava fortalecido o

bastante para viajar até Nottingham...

No dia seguinte, em Fog’s Manor, a concorrência aos

cultos foi tão grande como em Nottingham. O povo ficou tão

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GERAÇÃO DE ADORADORES

quebrantado, que por todos os lados vi pessoas banhadas em

lágrimas. A palavra era mais cortante que espada de dois

gumes e os gritos e gemidos alcançavam o coração mais

endurecido. Alguns tinham semblante pálido como palidez da

morte; outros torciam a mão, cheios de angústia; ainda outros

foram prostrados ao chão, ao passo que outros caíam e eram

amparados nos braços de amigos. A maior parte do povo

levantava os olhos para o céu, clamando e pedindo a

misericórdia de Deus.”

AVIVAMENTO E REFORMA

Apesar de normalmente se separar o aspecto avi-

vamento, do aspecto reforma, creio que os dois estão

profundamente interligados, se não, completamente fundidos

um ao outro. Sempre que há um avivamento, verdades das

escrituras são restauradas e sempre que verdades bíblicas são

restauradas em nós, há um avivamento; mesmo que este esteja

ligado quase que exclusivamente à verdade restaurada. Por

exemplo, o Brasil recebeu de Deus uma restauração acerca da

verdade Bíblica da adoração, mesmo que não tenhamos

vivido um avivamento completo, vivemos um avivamento de

adoração, devido a esta restauração, onde Deus tem avivado

corações para a adoração em Espírito e em verdade.

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FARLEY P. LABATUT

ESDRAS, O MODELO

O livro de Esdras expressa muito bem as marcas de um

verdadeiro avivalista ou reformador e todos os passos de um

processo de avivamento. O livro trata do retorno do povo de

Deus do exílio babilônico e a reconstrução do templo.

Ele começa quando Deus desperta o coração do Rei Ciro

para edificar o templo ao Senhor. Todo o povo deveria ser

convidado a edificar a casa ao Senhor através de seu trabalho e

seus bens.

Em primeiro lugar era o templo de Deus, e havia um

chamado de Deus. Em segundo, era um chamado a todos,

para serem um no propósito de Deus. Não foram todos que

vieram, mas os que vieram eram um no propósito de

Deus. O verdadeiro avivalista tem o chamado de unir e

não de espalhar ou dividir.

O povo atende ao chamado e começa a reconstruir o

templo, mas devido à oposição dos não judeus, o povo fica

desencorajado e a obra é interrompida. Então Deus levanta

ministérios proféticos que chamam o povo a completar a obra.

(Este é um grande paralelo com o momento em que vivemos

no Brasil atualmente. O ministério profético tem se levantado

de forma tremenda em nossa nação).

Esdras aparece neste livro com o seguinte objetivo: Rea-

bibliamento.

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GERAÇÃO DE ADORADORES

“Porque Esdras tinha preparado seu coração, para buscar

a lei do Senhor, e para cumprir e ensinar em Israel os seus

estatutos e direitos.”

Esdras 7:10

Isto é o que está no coração de um verdadeiro avivalista:

buscar, cumprir e ensinar a palavra de Deus. Existem hoje

muitas pessoas que querem a revelação de Deus sem buscá-la

em sua palavra.

“Porque tomaram das suas filhas para si e seus filhos, e

assim se misturou a semente santa com os povos desta terra,

e até as mãos dos príncipes e magistrados foi a primeira

nesta transgressão.

E ouvindo eu tal coisa, rasguei a minha veste e o meu

manto, e arranquei os cabelos da minha cabeça e da minha

barba, e me sentei atônito.

Então, se ajuntaram a mim todos os que tremiam das pala-

vra do Deus de Israel, por causa da transgressão do cati-

veiro, porém eu fiquei assentado atônito até o sacrifício da

tarde.

E, perto do sacrifício da tarde, me levantei da minha aflição,

havendo já rasgado a minha veste e o meu manto, eme pus

de joelhos, e estendi as minhas mãos para o Senhor

meu Deus.

E disse: Meu Deus! Estou confuso e envergonhado, para

levantar a ti a minha face, meu Deus, por que as nossas

iniqüidades se multiplicaram sobre a nossa cabeça, e a

nossa culpa tem crescido até aos céus.”

Esdras 9:2-6

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O verdadeiro avivalista é um intercessor e arde em seu

coração um clamor tão intenso que é capaz de arrancar seus

cabelos e barbas em clamor. O verdadeiro avivalista não

apenas reconhece e julga o pecado, ele se identifica com

seu povo. Ele sabe que os pecados da igreja são os seus

pecados.

“E orando Esdras assim, e fazendo esta confissão, chorando

e prostrando-se diante da casa de Deus, ajuntou-se a ele

em Israel uma grande congregação de homens,

mulheres e criança, porque o povo chorava com

grande choro.”

Esdras 10:1

Esta é a ultima marca de um verdadeiro avivalista que eu

quero ressaltar. O verdadeiro avivalista produz frutos de

avivamento. Ele traz quebrantamento e avivamento para

as pessoas que estão à sua volta.

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GERAÇÃO DE ADORADORES