244
o IMPACTO DA CONSTITUIçnO :FEDERAL DE SOBRE AS RECEITAS TRIBUTARIAS :DO MUNICIPIO :DO RIO DE JANEIRO Antonio Pedro Perez Alves de Faria DISSERTAÇAO SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO INSTITUTO DE PóS-GRADUAÇAO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇAO DE EMPRESAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - COPPEADjUFRJ, COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSARIOS PARA A OBTENÇAO DO GRAU DE MESTRE EM CIENCIAS ( M.Se.) EM ADMINISTRAÇAO. Aprovada por: P;ofQ (Presidente da Banca) _________ ProfQ Cláudio R. Contador, Ph.D. COPPEADjUFRJ Pro f nizart do Rosário D.Sc. FEAjUFF RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL JULHO DE 1993

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o IMPACTO DA CONSTITUIçnO

:FEDERAL DE ~9BB SOBRE

AS RECEITAS TRIBUTARIAS :DO

MUNICIPIO :DO RIO DE JANEIRO

Antonio Pedro Perez Alves de Faria

DISSERTAÇAO SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO INSTITUTO DE

PóS-GRADUAÇAO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇAO DE EMPRESAS DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - COPPEADjUFRJ, COMO

PARTE DOS REQUISITOS NECESSARIOS PARA A OBTENÇAO DO GRAU DE

MESTRE EM CIENCIAS ( M.Se.) EM ADMINISTRAÇAO.

Aprovada por:

P;ofQ ~ib~-.-""'-----­(Presidente da Banca)

_________ ~_~-4_t~~~--------ProfQ Cláudio R. Contador, Ph.D.

COPPEADjUFRJ

c-yl2~~;;;:.:..<'----':_~"!?- ...c~ Pro f nizart do Rosário Al~ida, D.Sc.

FEAjUFF

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL JULHO DE 1993

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De Faria, Antonio Pedro Perez Alves

o impacto da Constituição Federal de 1988 sobre as receitas tributárias do Município do Rio de Janeiro/Antonio Pedro Perez Alves de Faria. Rio de Janeiro: COPPEAD, 1993.

xi, 233 p. 29,7 cm il.

Dissertação - Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPEAD.

1. Sistema Tributário Nacional Aspectos Legais 2. Rio de Janeiro (Município) Receitas Tributárias 3. Tese (Mestr. COPPEAD/UFRJ). I. Título.

i1.

1.. ____________ ----'

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111.

Aos meus pais, que sempre priorizaram minha educaç&o.

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iv.

AGRADECIMENTOS

Ao longo da elaboração deste trabalho, recebi ajuda

de muitas pessoas e, mesmo ciente de não ter condições de

agradecer a todos, sinto-me na obrigação de expressar aqui

minha gratidão a algumas delas por suas contribuições.

Inicialmente gostaria de agradecer aos amigos Artur

Tinelli, Sérgio Bondarovsky, Selma, Mourato e Avelino, que

infelizmente não se encontra mais entre nós, por todo o

incentivo dispensado quando do inicio do curso.

Ao Dr. Mário Bhering, sem cujo apoio não teria sido

possivel iniciar este trabalho.

A Associação dos Fiscais de Atividades Econômicas do

Municipio do Rio de Janeiro - AFAERJ, pela grande ajuda na

obtenção dos valores da arrecadação municipal. Aos amigos e

colegas da Secretaria Municipal de Fazenda, em especial da

Coordenação de Licenciamento e Fiscalização F/CLF,

direta ou indiretamente contribuiram para a realização

trabalho.

que

desse

Agradeço ao corpo docente da COPPEAD/UFRJ, que tanto

contribuiu para minha formação e especiali,zação profissional,

assim como aos funcionários dessa instituição pelo apoio

recebido.

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v.

Com meu orientador, Eduardo, minha divida é imensa.

Seria muito dificil expressar em poucas palavras minha

gratidão pela ensinador, incentivador e sobretudo amigo que

sempre demonstrou ser, dando-me apoio e estimulo em momentos

decisivos dessa longa trajetória.

Não poderia esquecer de amigos caros como Eduardo,

Jorginho, Icléa, Ceres e Dª. Marly que sempre se mantiveram

próximos, auxiliando-me quando solicitados. Especialmente à

Lelyane gostaria de registrar minha gratidão pelo inestimável

auxilio na obtenção das informações junto à Fazenda Estadual.

A minha companheira, Patricia, agradeço o imenso

carinho, incentivo e, sobretudo, paciência durante toda a

realização deste trabalho. Agradeço pelas dúvidas sanadas em

questões tributárias e pela revisão que fez nessa tese.

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vi.

RESUMO DA TESE APRESENTADA A COPPEAD/UFRJ COMO PARTE DOS

REQUISITOS NECESSARIOS PARA A OBTENCAO DO GRAU DE MESTRE EM

CIENCIAS (M.Sc. )

o IMPACTO DA CONSTI'l'UIÇAO FlIDKRAL DB 1988 SOBRE AS

REc:EITAS TRIBU'l'ARIAS DO HUNICIPIO DO RIO DB JANEIRO

Antonio Pedro Perez Alves de Faria

Julho de 1993

Orientador: Eduardo SalibY

A promulgação da Constituição Federal de 1988

alterou substancialmente o Sistema Tributário Nacional. O novo

ordenamento tributário impÔs-se à sociedade como forma de

concretizar o processo brasileiro de redemocratização e também

de efetivar o ideal federativo. Nesse sentido, fez-se

necessário garantir a autonomia plena de todos os entes da

federação, o que implicou maior distribuição de recursos

tributários aos Estados e Municipios.

Este trabalho pretende demonstrar o impacto causado

pela entrada em vigor dos novos dispositivos constitucionais

tributários sobre as finanças do Municipio do Rio de Janeiro.

Será apresentada a evolução das receitas tributárias

municipais antes e depois da nova Carta Magna, desde 1986 até

1992, assim como a identificação das suas reais contribUições

financeiras à Cidade do Rio de Janeiro.

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vil.

ABSTRACT OF THE THESIS PRESENTED TO COPPEAD/UFRJ AS PARTIAL

FULFILLMENT OF THE REQUlREMENTS FOR THE DEGREE OF MASTER OF

SCIENCE (M.Sc. )

THE IMPACT OF THE 1988 FEDERAL CONSTITUTION ON THE TRIBUTARY INCOHES OF THE CITY OF RIO DE JANEIBO

Antonio Pedro Perez Alves de Faria

March, 1993

Thesis Supervisor: Eduardo Saliby

The promulgation of the Federal Constitution in 1988

changed substantially the National Tributary System. The new

tributary prescription was a must in order to ensure the

Brazilian redemocratization process, as well as the federative

ideal. Along these lines, a greater distribution of fiscal

resources among States and Municipalities was made necessary

so that they could acquire full autonomy.

This thesis intenda to demonatrate the impact of the

new tributary conatitutional provisions on the finances of the

city of Rio de Janeiro. It will be shown the evolution of the

municipal tributary incomes from 1986 to 1992 and the real

contribution due to the new Constitution.

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viii.

ItlDICR

I • INTRODUCAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

lI. O SISTBHA TRIBUTARIO NACIONAL ANTERIOR A CONSTITUI CAO DE 1988 ..... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

11.1. HISTóRICO

11.1.1. O REGIME TRIBUTARIO NO BRASIL COLôNIA

11.1.2. O REGIME TRIBUTARIO NO BRASIL REINO-UNIDO A PORTUGAL E ALGARVE

11.1.3. O SISTEMA TRIBUTARIO NO BRASIL IMP~RIO

11.1.4. O SISTEMA TRIBUTARIO NO BRASIL REPUBLICA

11.1.4.1. O SISTEMA TRIBUTARIO CONSTITUCIONAL

4

4

5

5

6

DE 1891 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . 6

11.1.4.2. O SISTEMA TRIBUTARIO CONSTITUCIONAL DE 1934 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

11.1.4.3. O SISTEMA TRIBUTARIO CONSTITUCIONAL DE 1937 ........ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

11.1.4.4. O SISTEMA TRIBUTARIO CONSTITUCIONAL DE 1946 . . . . . . . • . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

11.1.4.5. O CóDIGO TRIBUTARIO NACIONAL ................. 11

11.2. O SISTEMA TRIBUTARIO CONSTITUCIONAL DE 1967 E SUAS EMENDAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

11.2.1. OS IMPOSTOS DA UNIAO 17

11.2.2. OS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

11.2.3. OS IMPOSTOS DOS MUNICIPIOS

11.2.4. A REPARTICAO DAS RECEITAS TRIBUTARIAS

111. O SISTEKA TRlBUTARIO NACIONAL APóS A CONSTITUlÇAO DE 1988

111.1. INTRODUCAO

. . . . . . . . . . . . - - . . . . . . . . .

111.2. O SISTEMA TRIBUTARIO CONSTITUCIONAL DE 1988

111.3. OS PRINCIPIO GERAIS

20

20

25

25

26

27

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111.4. AS LIMITAcõES AO PODER DE TRIBUTAR

111.4.1. PRINCIPIOS GERAIS ..........................................................

111.4.1.1. PRINCIPIOS GERAIS EXPRESSOS

111.4.1.1.1. PRINCIPIO DA LEGALIDADE ESTRITA

111.4.1.1.2. PRINCIPIO DA IGUALDADE TRIBUTARIA

111.4.1.1.3. PRINCIPIO DA IRRETROATIVIDADE

ix.

29

30

30

31

31

DA LEI FISCAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

111.4.1.1.4. PRINCIPIO DA ANTERIORIDADE DA LEI FISCAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

111.4.1.1.5. PRINCIPIO DA PROPORCIONALIDADE RAZOAVEL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . • 33

111.4.1.1.6. PRINCIPIO DA NAO-LIMITAÇAO AO TRAFEGO DE PESSOAS OU BENS .•..•..........• 34

111.4.1.2. PRINCIPIOS GERAIS DECORRENTES 34

111.4.1.2.1. PRINCIPIO DA UNIVERSALIDADE TRIBUTARIA 35

111.4.1.2.2. PRINCIPIO DA DESTINAÇãO PUBLICA DOS TRIBUTOS ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

111.4.2. PRINCIPIOS ESPECIAIS 35

111.4.2.1. PRINCIPIO DA UNIFORMIDADE TRIBUTARIA ........ 36

111.4.2.2. PRINCIPIO DA LIMITAÇãO DA TRIBUTAÇãO DA RENDA DAS OBRIGAÇõES DA DIVIDA PUBLICA ESTADUAL OU MUNICIPAL E DOS PROVENTOS DOS AGENTES DOS ESTADOS E MUNICIPIOS ..•......... 36

111.4.2.3. PRINCIPIO DE O PODER DE ISENTAR SER INSITO AO PODER DE TRIBUTAR ........................ 37

111.4.2.4. PRINCIPIO DA NãO-DIFERENCIAÇãO TRIBUTARIA 37

111.4.3. PRINCIPIOS ESPECIFICOS

111.4.3.1. PRINCIPIO DA PROGRESSIVIDADE DO IMPOSTO

37

38

111.4.3.2. PRINCIPIO DA NãO-CUMULATIVIDADE DO IMPOSTO ... 38

111.4.3.3. PRINCIPIO DA SELETIVIDADE DO IMPOSTO

111.4.4. IMUNIDADES TRIBUTARIAS CONSTITUCIONAIS

111.5. OS IMPOSTOS DA UNIãO ........................................................

39

39

41

111.6. OS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL 44

111.7. OS IMPOSTOS DOS MUNICIPIOS 46

111.8. A REPARTIÇãO DAS RECEITAS TRIBUTARIAS 48

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x.

IV. METODOLOGIA DE ANALISE DOS DADOS ...............•... 54

IV.1. INTRODUÇAO

IV.2. METODOLOGIA UTILIZADA

IV.3. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS EM MOEDA CONSTANTE

IV.3.1. A DATA DE REFERENCIA PARA COMPARAÇAO EM

54

54

56

MOEDA CONSTANTE - JANEIRO DE 1993 .............. 57

IV.3.2. O DEFLATOR UTILIZADO - O IGP-DI

IV.3.3 O DEFLACIONAMENTO DAS SERIES HISTóRICAS

IV.4. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS EM DóLAR AMERICANO

58

60

64

V. APRESENTAQAO E ANALISE DOS DADOS .................... 68

V.1. INTRODUÇAO 68

V.2. APRESENTAÇAO E ANALISE DOS DADOS 68

V.2.1. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS TRIBUTARIAS PRóPRIAS NO PERIODO DE 1986 A 1992 ....................... 69

V.2.1.1. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS DO I P T U .....................

V.2.1.2. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS DO I S S ..........................

V.2.1.3. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS DO I T B I ......................

V.2.1.4. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS DO I V V C .. ....................

V.2.1.5. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS DAS TAXAS .. ......................

V.2.2. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS TRIBUTARIAS DE TRANSFERENCIA NO PERIODO DE 1986 A 1992

V.2.2.1. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS DO I C M S

V.2.2.2. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS DO I P V A

V.2.2.3. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS DO I T B I

V.2.2.4. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS DO F P M

V.2.2.5. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS FEDERAIS

77

81

86

90

94

99

106

115

120

124

REMANESCENTES ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133

V.2.3. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS TRIBUTARIAS TOTAIS NO PERIODO DE 1986 A 1992 ..•............•.•.••.. 135

V.3. A CONTRIBUIÇAO DA CONSTITUIÇAO FEDERAL AS RECEITAS TRIBUTARIAS DO MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO . • . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146

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xi.

VI. CONCLUSõES 164

ANEXO I 167

ANEXO 11 172

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 230

, )

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C4PlTUW I

INTROOOÇAO

A promulgação da CONSTITUIÇXO DA REPOBLICA

FEDERATIVA DO BRASIL, em 5 de outubro de 1988, significou um

marco no sentido da efetiva implantação de um regime

federativ0 1 no Brasil. Todavia, a concepção de Federaç§o está

intimamente relacionada ao conceito de autonomia que, por sua

vez, está associado à suficiência de recursos necessários à

afirmação politica dos diversos componentes dessa federação2 .

o objetivo do presente trabalho é buscar a

quantificação dos efeitos causados sobre as receitas

tributárias do Municipio do Rio de Janeiro em virtude da

entrada em vigor dos novos dispositivos constitucionais que

alteraram, significativamente, o capitulo tributário até então

vigente. As alterações sentidas fizeram-se necessárias para

garantir a autonomia municipal, tendo a questão tributária

readquirido sua devida importância com a redemocratização

politica do pais.

Inicialmente, será feito um breve relato do

histórico dos diversos sistemas/regimes tributários

experimentados por nosso pais ao longo de sua história. Serão

2 Dentre todas as COnstituiç6es brasileiras, esta foi a primeira a incorporar a palavra FEDERATIVA ao seu nome, o que traduz o ideal que norteou sua formulação.

2 A COnstituição de 1888 foi a primeira a ~licitar os hUDicipios como parte integrante dessa união indissolúvel que caracteriza a Federaçllo Brasileira e a primeira garantir-lhes a autonomia.

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2.

relatadas as diversas Constituições e suas implicações sobre a

matéria tributária, culminando com o surgimento do Código

Tributário Nacional, em 1966. Será explicitado o Sistema

Tributário Nacional vigente durante a Constituição de 1967,

alterado por suas emendas posteriores, em particular a Emenda

Constitucional NQ 1, de 17 de outubro de 1969.

Em seguida, apresentar-se-á o Novo

Tributário Nacional que foi concebido pela Carta

Sistema

de 1988,

demonstrando-se seus principios gerais, e sua nova

distribuição de competências tributárias. Serão examinados, um

a um, os atuais impostos destinados à União, aos Estados, ao

Distrito Federal, e aos Municipios, assim como a nova

repartição das receitas tributárias.

Uma vez tendo estabelecido o novo ordenamento

tributário nacional, buscar-se-á quantificar o impacto que a

promulgação da Constituição de 1988 causou nas receitas

tributárias do Municipio do Rio de Janeiro. Para

analisado um per iodo de sete anos em que foi

tanto, será

possivel a

obtenção dos dados necessários a essa análise. Da mesma forma,

serão explicitados os critérios e a metodologia utilizada

nessa avaliação, assim como as dificuldades encontradas no

tratamento desses dados brutos.

Serão apresentadas as séries de valores que traduzem

a evolução real das receitas tributárias do Munic1pio do Rio

de Janeiro no per iodo considerado, isto é, de 1986 a 1992. Os

dados básicos obtidos em moeda corrente serão convertidos em

moeda constante, tanto nacional quanto estrangeira, e

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3.

consolidados anualmente para poderem ser comparados os dois

per iodos estudados: a) antes da entrada em vigor da

Constituição de 1988; e b) após a nova Carta haver passado a

produzir seus efeitos.

Tentar-se-á, então, quantificar a contribuição, em

termos dessas receitas, para o Municipio do Rio de Janeiro,

que viu suas disponibilidades tributárias passarem, em média,

de Cr$ 11.200 Bilhões, equivalentes a US$ 621 Milhões, no

per iodo de 1986 a 1988, para o patamar médio de Cr$ 15.820

Bilhões, equivalentes a US$ 1.221 Milhões, no periodo de 1989

a 19921 • Buscar-se-á identificar a participação 'efetiva dos

novos dispositivos constitucionais nesse expressivo aumento de

receita fiscal da Prefeitura do Rio de Janeiro.

~ OB valoreB em cruzeiroB foram deflacionadoB até Janeiro de 1993.

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ÇApI'l'QU) I I

o SISTEHA TRIIlUTARIO NACIONAL ANTERIOR A CONSTlTUlçnO DE 1988

II. L HISTóRICO

4.

A existência de um Sistema Tributário não está

caracterizada pelo simples fato de um pais, em determinado

instante de sua história, cobrar tributos. Isto ocorrerá

somente se os tributos que o compõem possuirem harmonia entre

si, ordenados de forma conveniente e direcionados para um

determinado fim. Caso não se configure esta situação, mas sim

uma cobrança de tributos sem um determinado ordenamento ou sem

investigação de causa, TARANTINO [lJ afirma que ter-se-á não

um sistema mas um Regime Tributário, no qual o maior interesse

é a simples obtenção de mais recursos para o Estado.

11.1.1. O REGIME TRlBUTARIO NO BRASIL COLôNIA

Durante o periodo colonial brasileiro, não existiu

propriamente um sistema tributário. Naquela época em que o

Brasil encontrava-se totalmente subjugado por Portugal, tanto

o comércio quanto a indústria eram muito incipientes. Os

únicos tributos cobrados então eram os Direitos Régios

(direitos sobre importação), os Quintos (20%) e os Dizimos

(10%), ambos incidindo sobre os produtos das indústrias

extrativas. Todavia, conforme ressalta ROSA JUNIOR [2J, tais

tributos não constituiam um sistema tributário.

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5.

I 1.1.2. O REGIME TRIBUTARIO NO BRASIL R1UNo-UNIDO A PORTUGAL E

ALGARVE

Com a chegada da Familia Real ao Brasil em 1808, a

colônia foi elevada à categoria de Reino-Unido a Portugal e

Algarve, passando a comerciar diretamente com outros paises.

Desta forma, apareceram os primeiros Direitos Aduaneiros, que

tiveram suas aliquotas fixadas por critérios muito mais

politicos do que econômicos ou fiscais, beneficiando os

produtos ingleses. Naquela época, de acordo com SOUZA [3], as

mercadorias provenientes de Portugal eram tributadas à base de

16%, as oriundas da Inglaterra à base de 15%, ao passo que as

outras origens a aliquota era de 24%. Ainda assim, não se

poderia chamar ao conjunto desses primeiros tributos de

sistema tributário.

11.1.3. O SISTEMA TRIBUTARIO NO BRASIL IMPaRIO

Seguindo-se à Proclamação da Independência em 1822,

foi outorgada ao pais a ConBtituição Politica do ImPério do

BraBil, de 25.03.1824, que se caracterizava por uma acentuada

centralização de poderes na pessoa do Imperador, até mesmo os

de natureza fiscal, uma vez que as Provincias não dispunham de

competência legislativa sobre matéria tributária. Na verdade,

as Provincias nada mais eram que meros departamentos do

governo central, sem autonomia financeira e recebendo dotações

estabelecidas pela Câmara dos Deputados.

Através do Ato Adicional (Lei nQ 16, de 1834),

passaram as Provincias a gozar de autonomia politica e, pela

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6.

Lei nQ 99, de 1835, foi concedida a autonomia financeira.

Dessa forma, puderam dispor de receitas tributárias próprias,

distintas daquelas do poder central, cabendo-lhes ainda dispor

sobre os tributos de seus Municipios. Entretanto, tais

ordenamentos tributários das Provincias não podiam prejudicar

as imposições gerais do Estado.

Conforme assinala REGO [4], nosso primeiro Sistema

Tributário era, portanto, de natureza flexivel, uma vez que se

restringia a enunciar os principios gerais que deveriam ser

observados pelo legislador ordinário na hora da instituição

dos tributos de sua competência.

11.1.4. O SISTBKA TRlBUTARIO NO BRASIL RKPOBLICA

Com o advento da Proclamação da República em 1889, o

pais assistiu à promulgação da sua primeira Constituição

republicana em 1891, instituindo o sistema federativo e a

transformação das Provincias em Estados, reconhecendo a

autonomia dos Municipios, embora atribuisse aos Estados a

competência legislativa tributária dos Municipios.

11.1.4.1. O SISTBKA TRlBUTARIO CONSTITUCIONAL DE 1891

No tocante à matéria tributária, a Constituição da

República dos Estados Unidos do Brasil, em 24.02.1891, foi

influenciada pelo federalismo pragmático e anti-monárquico

norte-americano, que se desenvolveu dos Estados para a União,

uma vez que os primeiros foram criados anteriormente à

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7.

segunda. Estabelecia a Carta Magna de 1891 que os tributos

instituídos pela União deviam ser uniformes

Estados (art. 7Q, § 2Q); que os Estados não

para

podiam

todos os

tributar

bens e rendas federais ou serviços a cargo da União, e esta,

por sua vez, não podia tributar aqueles de competência

estadual (art. 10). Estabelecia ainda que os impostos só

poderiam ser cobrados se a sua instituição houvesse sido por

intermédio de uma lei (art. 72, § 30).

ROSA JUNIOR [2] alerta que a Carta de 1891

apresentava vários problemas em seu sistema tributário,

destacando-se entre os principais: a) a figura da

bitributação, na medida em que permitia o exercício da

competência concorrente entre a União e os Estados, gerando

situações em que essas entidades tributantes exigiam

concomitantemente impostos idênticos do mesmo contribuinte,

com fundamento no mesmo fato gerador (art. 12); b) a

ingerência dos Estados sobre a política monetária e o comércio

exterior, dado que os Estados foram dotados da competência

para instituir o Imposto de Exportação (art. 9Q, 1), que, por

suas características eminentemente parafiscais, devia ter sido

incluído entre os tributos de competência da União.

Dessa forma, a Constituição de 1891 era dotada de um

sistema tributário de natureza bem elástica, semelhante à

Carta de 1824, pois o legislador ordinário aquele

responsável pela instituição do tributo, continuava com ampla

liberdade para a criação de outros tributos, além daqueles que

lhe eram expressamente destinados pela Constituição.

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11.1.4.2. O SISTEMA TRIBUTARIO CONSTITUCIONAL DE 1934

o Constituiçgo

sistema tributário

da República dos

constante da

Estados Unidos do

8.

segunda

Brasil,

promulgada em 16.07.1934 trouxe grandes inovações em relação a

seus antecessores, corrigindo-lhes inclusive alguns defeitos.

Ficou extinta a figura da bitributação, impedindo assim que a

União e os Estados cobrassem simultaneamente tributos

idênticos do mesmo contribuinte, por intermédio de limites

mais rigidos atribuidos ao instituto da competência tributária

concorrente (art. 10 e art. 11).

Somente na Carta de 1934. os Municipios alcançaram

sua real autonomia. Estas unidades da Federação passaram a

dispor de

enumerados

tributos de competência exclusiva,

pela Constituição (art. 13, §

devidamente

2Q), e

conseqüentemente de

auto-gestão.

autonomia financeira para a sua

Além disso, a Constituição de 1934 ampliou os

tributos de competência privativa da União, com a inclusão dos

Impostos sobre o Consumo de Mercadorias, sobre a Renda e sobre

a Transferência de Fundos para o exterior. Os Estados passaram

a ter direito ao Imposto sobre Vendas e Consignações, sendo

este de sua competência privativa. Também ficou mantido o

Principio da Uniformidade Tributária em todo o território

nacional e da proibição da União instituir impostos que

impliquem em distinção entre os portos dos

assim como o PrincipiO da Legalidade

diversos Estados,

Tributária. Ficou

estabelecida ainda a proibição dos impostos de trânsito, quer

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9.

interestaduais quer intermunicipais, baseada no Principio da

Não-Limitacão ao Tráfego de pessoas e bens 1

Pela primeira vez na história brasileira, como

ressalta ROSA JUNIOR [2], passou a existir um sistema

tributário de natureza rigida, contrariamente às duas

constituicões anteriores. Desta forma, o legislador

ficou limitado exclusivamente à instituicão dos

ordinário

tributos

previstos expressamente na Carta Magna, não podendo mais criar

tributos não relacionados, como fazia anteriormente.

11.1.4.3. O SISTEMA TRlBUTARIO CONSTITUCIONAL DE 1937

A Revolucão de 1930 pôs abaixo a Primeira República

e, juntamente com ela a, Constituicão anterior, quando da

instauracão do Estado Novo por Getúlio Vargas. Dessa forma,

Vargas revoga a Carta de 1934 e outorga a Constituição dos

Estados Unidos do Brasil em 10.11.37. Esta Constituicão

manteve o caráter de rigidez do sistema tributário de 1934,

inovando em pouco a Carta Constitucional anterior. PINTO [5]

assinala que houve um prosseguimento no sentido de

aperfeicoar-Ihe alguns dispositivos, destacando-se a criacão

do Imposto Unico sobre a Producão, o Comércio, a Distribuicão

e o Consumo do Carvão Mineral Nacional e dos Combustiveis e

Lubrificantes Liquidos de qualquer origem, de que trata a Lei

Constitucional n2 4, de 20.09.40.

~ Ver capitulo 111, itens 111.4.2.1, 111.4.1.1.1 e 111.4.1.1.6.

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10.

11.1.4.4. O SISTEMA TRIBUTARIO CONSTITUCIONAL DE 1946

A terceira Constituição da Repúblioa dos Estados

Unidos do Brasil, promulgada em 18.09.46, incorporou a rigidez

do sistema tributário da Carta de 1937, ampliando a

distribuição dos recursos fiscais para os Estados e

Municipios, dentro do espirito descentralizador que imprimia à

organização do pais.

Em 1946, inovou-se bastante na forma de distribuição

dos recursos federais, tendo sido criado um Fundo que

destinava 10% (dez por cento) do Imposto de Renda para ser

rateado entre os municipios que não se encontrassem na

condição de capital de Estado. Até então, de acordo com

ROSA [7J. a descentralizacão de recursos tributários obedecia

apenas ao critério de partilha obtida pela participacão

percentual de uma unidade politica na receita de um

determinado tributo arrecadado por outra esfera de

competência.

Posteriormente, com a aprovacão pelo Congresso

Nacional da Emenda Constitucional nQ 18. de 1.12.65

processou-se a formulacão do Sistema Tributário Nacional,

através do encadeamento metódico dos diversos dispositivos

constitucionais sobre a matéria tributária dentro de um único

capitulo. Os impostos passaram a ter sua denominação feita em

termos muito mais econÔmicos do que Juridicos. Forneceram-se

meios para a formação de reservas cambiais

disciplinamento monetário através do Imposto de

e para

Exportação

o

e

do Imposto sobre Operacões Financeiras. ambos de competência

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11.

federal. De acordo com NOVELLI [8), desvinculou-se a cobrança

dos tributos da prévia autorização orçamentária, acabando com

o Principio da Anualidade Tributária 1, exceto no tocante aos

impostos sobre o patrimônio e a renda.

Cabe ressaltar, ainda. que enquanto era vigente a

Emenda Constitucional nQ 18, foi aprovada pelo Congresso

Nacional a Lei nQ 5.172, de 25.10.66, posteriormente

denominada de '"Código Tributário Nacional'", instituindo Normas

Gerais do Direito Tributário aplicáveis à União, Estados,

Distrito Federal e aos Municipios. Esta lei é considerada uma

medida complementar à reforma tributária de 1965, implementada

pela Emenda nQ 18, e que começou a delinear nosso atual

sistema tributário.

11.1.4.5. O CóDIGO TRIBUTARIa NACIONAL

Segundo o Código Tributário Nacional, temos em seu

art. 3Q que "Tributo é toda prestação pecuniária compulsória,

em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não

constitua sanção de ato ilicito, instituida em lei e cobrada

mediante atividade administrativa plenamente vinculada.'"; em

seu art. 4Q que "A natureza juridica especifica do tributo é

determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo

irrelevantes para qualificá-la: I - a denominação e demais

caracteristicas formais adotadas pela lei; 11 - a destinação

~ O Principio da Anualidade Tributária, previsto no § 34 do art. 141 da Cbnstituiç§o de 1946, ~dia a instituiç§o ou a majoraçKo de qualquer tributo caso n§o hou~sse previs§o de sua arrecadaç§o e destinaç§o no orçamento do exercicio financeiro seguinte.

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12.

legal do produto de sua arrecadação.";e em seu art. 5Q que "Os

tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria ....

A partir dai depreende-se que tributo é o gênero e

que suas espécies são impostos, taxas e contribuiç5es de

melhoria. MORAES [9] esclarece que diversos autores discrepam

quanto à classificação das espécies tributárias. Alguns

juristas incluem os empréstimos compulsórios e as

contribuições parafiscais nas espécies tributárias. Tal

discussão foge ao escopo do presente trabalho, não sendo

portanto abordada pelo mesmo.

o imposto é, conforme ensina GANDRA [10], a espécie

tributária decorrente do "Poder de Império" do qual é dotado o

Estado, não existindo nenhuma contraprestação por parte deste

em relação ao contribuinte 1 e nem lhe sendo possivel

questionar a sua instituição, desde que haja previsão

constitucional. g um tributo de competência privativa, isto é,

somente a entidade tributante designada pela Constituição

Federal é competente para a instituição daquele determinado

tributo, não podendo delegá-la a nenhuma outra - a competência

tributária é indelegável. Conforme estabelece o Código

Tributário Nacional, em seu art. 16, tem-se que "Imposto é o

tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação

independente de qualquer atividade estatal especifica,

relativa ao contribuinte .... Na análise de COSTA [11], o

imposto é o tributo maia importante das finanças

~ O imPosto é um tributo n50-vinoulado, destinado a atender às despesas gerais da administração. Sendo assim, o oontribuinte, ao pagá-lo, n50 pode esperar qualquer oontr~restaç50 efetiva ou potenoial de natureza pessoal.

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13.

contemporâneas e o que apresenta maior interesse cientifico.

As taxas são tributos cobrados pelo Estado e que

correspondem a uma contraprestação de serviço por parte deste

ao contribuinte. Diz o Código Tributário Nacional, em seu art.

77, que "As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo

Distrito Federal ou pelos Municipios, no âmbito de suas

respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercicio

regular do poder de policia, ou a utilização efetiva ou

potencial, de serviço público especifico e divisivel, prestado

ao contribuinte ou posto a sua disposição. § Unico: A taxa não

pode ter base de cálculo ou fato gerador idêntica aos que

correspondam a imposto, nem ser calculada em função do capital

das empresas.".

Já as contribuiç~es de melhoria, tributo de dificil

instituição, podem ser cobradas em decorrência valorização

imobiliária oriunda de obras executadas pelo Estado. O Código

Tributário Nacional estabelece, em seu art. 81, que "A

contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados,

pelo Distrito Federal ou pelos Municipios, no âmbito de suas

respectivas atribuições, é instituida para fazer face ao custo

de obras públicas de que decorra valorização imobiliária,

tendo como limite total a despesa realizada e como limite

individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada

imóvel beneficiado.". Vê-se portanto que há parâmetros

subjetivos na valorização dos imóveis que dificultam bastante

a cobrança dessa espécie tributária.

Conforme pode ser observado pelos dispositivos do

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14.

Código Tributário Nacional, as taxas e as contribuições de

melhoria são tributos de competência concorrente, isto é,

tanto a União quanto os Estados, o Distrito Federal e os

Municipios podem institui-las, desde que no âmbito de suas

atribuições constitucionais.

A Constituição de 1967, promulgada em 24.01.67,

criou o instituto da Lei Complementar, que exigia um quorum

qualificado para a sua aprovação. Como a exigência para o

estabelecimento de Normas Gerais do Direito Tributário era de

Lei complementar, e pelo Principio da Recepção, a Lei nQ

5.172/66 (Código Tributário Nacional) foi elevada ao status de

Lei Complementar à Constituição, por intermédio do Ato

Complementar nQ 36, de 13.03.67.

lI. 2. O SISTEMA TRIBUTARIO CONSTITUCIONAL DE 1967 E SUAS mmNDAS

Embora tenha sido promulgada em 24.01. 67 , a

Constltulção do BrBsll somente entrou em vigor em 15.03.67,

quando assumia a Presidência Arthur da Costa e Silva.

Sendo proveniente de um governo autoritário, sofreu

grande influência da Carta de 1937, tendo reformado em termos

mais rigorosos o Sistema Tributário Nacional, ampliando o

federalismo cooperativo, com a ampliação da participação de

uma determinada entidade tributante na receita da outra.

Todavia, a base do texto constitucional tributário continuava

sendo aquele da Emenda nQ 18, de 01.12.65, à Constituição de

1946. A partir da centralização de recursos, atualizou o

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15.

sistema orçamentário, propiciando a técnica do

orçamento-programa e os programas plurianuais de investimento

e desenvolvimento, e combate à inflação.

A Constituição de 1967 foi totalmente reformulada

pela Emenda Constitucional nQ 1, outorgada 1 em 17.10.69, e

que entrou em vigor em 30.10.69, denominada de ConstituiçUo da

Repúblioa Federativa do Brasil.

Em verdade, conforme SILVA [12], não se tratou de

Emenda, pois teórica e tecnicamente era uma nova Constituição.

A Emenda Constitucional seria somente uma forma autoritária de

outorga, uma vez que passou a vigorar um texto constitucional

totalmente reformulado, o que está evidenciado em sua própria

denominação.

o Sistema Tributário Nacional vigente antes da

promulgação da Constituição Federal de 1988 está contido no

texto da Constituição de 1967 (e suas emendas posteriores), em

seu Capitulo V, compreendendo os arts. 18 a 26, sob o titulo

"Do Sistema Tributário".

De acordo com MORAES [13J, no que tange ao Sistema

Tributário, a Emenda nQ 1 de 1969 manteve, com poucas

alterações o texto originário da Emenda nQ 18 de 1965,

disciplinando-o em seu Capitulo V, art. 18 ao art.26.

~ Em virtude da doença que impediu o JTesidente COsta e Silva de continuar a governar, foi baiXildo o Ato Institucional n9 12, de 31.08.69, que atribuiu o exercicio do Fbder EXecutivo a uma Junta Hilitar integrada pelos Hinistros da l1arinha de Guerra, do Exército e da Aeronáutica Hilitar. Esta Junta impós ao pais Ul/Ja nova COnstituiçUo por meio da Emenda COnstitucional n9 1.

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16.

A Emenda nQ 1 de 1969, igualmente como fora feito

pela Carta de 1967, restabeleceu o Principio da competência

residual, não existente na Emenda nQ 18, pelo qual a União

podia instituir outros impostos além dos mencionados na

Constituição, desde que não tivessem fato gerador ou base de

cálculo próprios de outros impostos. A União podia, ainda,

transferir-lhes o exercicio da competência residual em relação

a impostos cuja incidência fosse estabelecida por lei federal

(art. 18, § 5Q e art.21, § lQ).

o Principio da Anualidade Tributária, reestabelecido

pela Constituição de 1967, no § 29 do art. 150, não foi

mantido no § 29 do art. 153 da Emenda NQ 1 de 1969, que

abandonou esta exigência, passando a prescrever apenas que o

tributo só poderia ser cobrado em um determinado exercicio se

a lei que o instituisse ou majorasse tivesse entrado em vigor

em exercicio anterior 1

Foram mantidos os Principios da Legalidade

Tributária, da Não Limitação ao Tráfego, da Uniformidade

Tributária para a União, assim como o da Não-Diferenciação

Tributária para os Estados, Distrito Federal e Municipios em

razão da procedência ou destino de bens e serviços 2

Ficaram estabelecidas as imunidades constitucionais

(nãO-incidência de impostos) à União, aos Estados, ao Distrito

Federal e aos Municipios sobre : a) o patrimônio, o serviço e

~ Principio da Anterioridade da Lei Fiscal. 2 Ver capitulo 111, itens 111.4.1.1.1, 111.4.1.1.6,

111.4.2.4. 111.4.2.1,

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17.

a renda uns dos outros; b) os templos de qualquer culto; c) o

patrimônio, a renda ou os serviços dos partidos politicos; e

d) o livro, o jornal e os periódicos, assim como o papel para

a sua impressão.

Ainda dentro do caráter centralizador e autoritário,

permitia a Carta de 67 que União estabelecesse, por meio de

lei complementar e atendendo a relevante interesse social ou

econômico nacional, a concessão de isenções de impostos

estaduais e municipais. Trata-se de clara invasão de

competência por parte da União pois ficava estabelecida a

faculdade do Governo de Federal de intervir em assuntos

tributários que fugiam a sua alçada, até mesmo porque esses

tributos não eram instituidos pela União, mas sim pelas outras

entidades tributantes da Federação.

I L 2.1. OS IMPOSTOS DA UNIA<>

Conforme estabeleciam os arts. 21 e

Constituição de 1967 e suas emendas, competia

instituir impostos sobre:

22 da

à União

I -

Il-

III -

Importação de Produtos Estrangeiros (11), facultado ao

Poder Executivo, nas condições e nos limites

estabelecidos em lei, alterar-lhes as aliquotas

bases de cálculo;

ou as

Exportação (IR), para o estrangeiro,

nacionais ou nacionalizados, observado o

de produtos

disposto no

final do item anterior;

Propriedade Territorial Rural (ITR),

glebas rurais de áreas até 25 hectares,

exceto

desde

sobre

que o

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IV -

18.

proprietário as cultive, só ou com sua familia, e que

não possua outro imóvel;

Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR), salvo

ajuda de custos e diárias pagas pelos cofres públicos,

na forma da lei;

V - Produtos Industrializados (IPI), facultado ao Poder

VI -

Executivo, nas condições e nos limites estabelecidos em

lei, alterar-lhes as aliquotas ou as bases de cálculo;

Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativa a

Titulos e Valores Mobiliários (IOF);

VII - Serviços de Comunicações, salvo

estritamente municipal (ISC);

os de natureza

VIII - Produção, Importação, Circulação, Distribuição ou

IX -

Consumo de Lubrificantes e Combustiveis Liquidos ou

Gasosos (IULC) e de Energia Elétrica (IUKK) , imposto

que incidirá uma só vez sobre qualquer dessas

operações, excluida a incidência de outro tributo sobre

elas;

Extração, a Circulação, Distribuição ou Consumo dos

Minerais do Pais (IUM) enumerados em lei, imposto que

incidirá uma só vez sobre qualquer dessas operações,

excluida a incidência de outro tributo sobre elas.

X - Serviços de Transportes, salvo os de natureza

estritamente municipal (IT);

Competia também à União, dentro da área dos

Territórios Federais, os impostos atribuidos aos Estados e, se

o Território não fosse dividido em Municipios, os impostos

muniCipais (art. 18, § 4º).

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19.

Além disso, a União podia instituir contribuições

parafiscais, tendo em vista a intervenção no dominio econômico

ou o interesse de categorias profissionais e para atender

diretamente à parte da União no custeio dos encargos da

Previdência Social (art. 21, § 2Q, 11). Da mesma forma podiam

ser instituidos empréstimos compulsórios, nos casos definidos

em lei complementar.

Por fim, no caso de guerra externa ou sua iminência,

a União podia ainda instituir, temporariamente, impostos

extraordinários

tributária, os

compreendidos

quais seriam

ou não em

suprimidos

cessadas as causas de sua criação (art. 22).

sua competência

gradativamente,

11.2.2. OS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FlIDKRAL

Competiam aos Estados e ao Distrito Federal, de

acordo com o art. 23, instituir impostos sobre:

I - Transmissão, a qualquer titulo, de Bens Imóveis (ITBI)

por natureza e acessão fisica e de direitos reais sobre

imóveis, exceto os de garantia, bem como sobre a cessão

de direitos a sua aquisição;

11 - Circulação de Mercadorias (ICH) realizadas por

produtores, industrias e comerciantes, imposto que não é

cumulativo e do qual se abate, nos termos do disposto em

lei complementar, o montante cobrado nas operações

anteriores pelo mesmo ou por outro Estado. Não incidia

sobre as operações que destinavam ao exterior produtos

industrializados e outros indicados pela lei. A aliquota

era uniforme para todas as mercadorias nas operações

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20.

internas e interestaduais, e o Senado Federal fixava as

aliquotas máximas para cada uma dessas operações e para

as de exportação;

111 - Propriedade de Veiculos Automotores (IPVA) registrados e

licenciados em seu território.

Também pertenciam aos

Municipios e ao Distrito Federal,

impostos atribuidos aos Municipios

Estados.

11.2.3. OS IMPOSTOS DOS HUNICIPIOS

Estados não divididos em

cumulativamente, aqueles

além dos atribui dos aos

Os Municipios, segundo o art. 24, podiam instituir

impostos sobre:

I - Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU);

11 - Serviços de qualquer natureza não compreendidos na

competência Tributária da União ou dos Estados, definidos

em lei complementar (ISS).

11.2.4. A REPARTIÇAO DAS RECEITAS TRIBUTARIAS

No Sistema

Constituição de 1988,

participação entre as

Tributário Nacional

já configurava-se

diferentes entidades

anterior à

uma complexa

tributantes nas

receitas umas das outras. Tais participações continuaram na

Carta de 1988 e tiveram como base a distribuição de rendas que

é mostrada a seguir.

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21.

I - A União entregava:

a) A totalidade (100%) do Imposto de Renda (IR) aos

Estados, ao Distrito Federal (art. 22, § 12) e aos

Municipios (art. 24, § 42), quando fosse arrecadado em

virtude da sua inCidência sobre os rendimentos do

trabalho ou de titulos da divida pública por eles pagos

e que eram retidos na fonte;

b) A totalidade (100%) da arrecadação do Imposto

Territorial Rural (ITR) aos Municipios onde estivessem

situadas as propriedades rurais contribuintes desse

imposto (art. 24, § 12);

c) Noventa por cento (90%) da arrecadação do Imposto Onico

sobre Minerais (IUM) (art. 26, § 32), sendo setenta por

cento (70%) aos Estados e ao Distrito Federal e vinte

por cento (20%) aos Municipios, nos termos da lei

federal (art. 26, § 12);

d) Sessenta por cento (60%) do produto da arrecadação com

o Imposto Onico sobre a Energia Elétrica (IUKK) (art.

26, 11), sendo cinqüenta por cento (50%) para os

Estados e dez por cento (10%) para os Municipios, nos

termos da lei federal (art. 26, § 1Q);

e) Sessenta por cento (60%) do produto da arrecadação do

Imposto Onico sobre Lubrificantes e Combustiveis (IULC)

(art. 26, I), sendo quarenta por cento (40%) destinados

aos Estados e vinte por cento (20%) para os Municipios

(art. 26, § 32);

f) Setenta por cento (70%) do produto da arrecadação do

Imposto sobre Transporte (IT) (art. 26, IV), sendo

cinqüenta por cento (50%) para os Estados e vinte por

cento (20%) para os Municipios;

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22.

g) Trinta e três por cento (33%) do produto da arrecadação

do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos

Industrializados (IPI) somados (art. 25, caput) , sendo

quatorze por cento (14%) para o Fundo de Participação

dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios

(FPE) (art. 25, I), dezessete por cento (17%) para o

Fundo de Participação dos Municípios (FPH) (art. 25,

11), e dois por cento (2%) para o Fundo Especial (FE)

(art. 25, 111), que tinha sua aplicação regulada em

lei. Para efeito de cálculo das percentagens destinadas

aos Fundos de Participação, excluíam-se as parcelas

referentes ao Imposto de Renda retido na Fonte pelos

Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios (art.

25, § 1Q).

11 - Os Estados entregavam:

a) Vinte por cento (20%) do total arrecadado pelo Imposto

sobre Circulação de Mercadorias (IeM) aos Municípios

(art. 23, § 8Q), sendo que cada Município recebia um

mínimo de três quartos (75%), na proporção do valor

adicionado nas operações realizadas em seus

respectivos Territórios (art. 23, § SQ, I), e um

máximo de um quarto (25%), conforme disposiçao de lei

estadual (art. 23, § 9Q, 11);

b) Cinqüenta por cento (50%) da arrecadação do Imposto

sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) aos

Municípios onde estivessem registrados e licenciados

os veículos (art. 23, § 13);

c) Cinqüenta por cento (50%) da arrecadação do Imposto

sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) aos

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23.

Municipios onde se situassem os imóveis objetos da

transmissão (art. 23, § 10);

A transferência dos recursos provenientes dos Fundos

dependia dos recolhimentos dos impostos federais arrecadados

pelos Estados, Distrito Federal e Municipios, e da liquidação

das dividas dessas entidades ou de seus órgãos de

administração indireta, para com a União, inclusive as

oriundas de prestação de garantia (art. 25, § 3Q).

A seguir será apresentado um quadro (11.1) com todos

os impostos de competência de cada entidade tributante, assim

como a parcela de receita que cada ente politico devia

entregar ao outro, conforme preconizava o texto constitucional

de 1967 e suas emendas.

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TRIB\1l'OS

I - URI1IO

L IR 2. IPI 3. IOF 4. II 5. IR 6. ITR 7. IUM 8. IUEE 9. IULC

10. IT 1lo ISC

(XJJjSTl'l'UIÇ!O DI 1967

União

67% 67%

100% 100% 100%

10% 40% 40% 30%

100%

Estados, Dl e Territórios

16%(a) 16%(b)

70% 50% 40% 50%

II - ISTAOOS, Dl e TKRRIT6RIOS

12. IelI 80% 13. IPVA 50% 14. ITBI 50%

111 - HURICIPIOS

15. ISS 16. IPl'U

24.

lfunicipios

17%(b) 17%(b)

100% 20% 10% 20% 20%

20% 50% 50%

100% 100%

(a) Corresponde à 14% do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e 2% do Fundo Especial (FE).

(b) Corresponde ao Fundo de Participação do Municipio (FPM)

Nota: Pertencem ainda aos Estados, DF e Municipios o produto do IR fonte sobre os rendimentos do trabalho e de titulos da divida pública por eles pagos. A União poderá, ainda, instituir Contribuições Sociais, Econômicas e de categorias profissionais ou econômicas, Impostos Extraordinários, Empréstimos Compulsórios, Taxas e Contribuições de Melhoria, e outros impostos não previstos na Constituição sem dividir o produto da arrecadação com os Estados e Municipios. Os Estados e Municipios poderão instituir Taxas e Contribuições de Melhoria sem ter que repartir essas receitas tributárias.

Quadro 11.1 - CompetênCias Tributárias e Distribuição dos Recursos na Constituição de 1967 (e respectivas emendas)

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CAPITUW UI

o SISTEMA TRlBUTARIO NACIONAL APóS A CONSTlTUIÇAO DE 1988

25.

111.1. INTRODUÇAO

A longa luta pela normalização democrática do pais e

pelo retorno ao Estado de Direito Democrático, iniciada após o

golpe militar de 1964, culminou com a Emenda Constitucional nQ

26, promulgada em 27.11.85. Em verdade, conforme ressalta

SILVA [12], esta Emenda não representou a chamada para a

eleição de uma Assembléia Constituinte, mas sim a convocação

para que a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, eleitos em

15.11.86, se reunissem em Assembléia Nacional Constituinte.

Finalmente, em 5.10.88, foi promulgada Constituiç§o

da Repúblioa Federativa do Brasil, a "Constituição Cidadã", na

expressão do Presidente da Assembléia Nacional Constituinte,

Deputado Ulysses Guimarães, em virtude de seus avançados

dispositivos sociais que se voltam para a plena realização da

cidadania.

Cabe ressaltar que o novo Sistema Tributário

Nacional somente começou a processar seus efeitos a partir do

ano seguinte 1, por causa da necessidade de adaptação dos

Códigos Tributários Nacional, Estaduais e Municipais e do

~ Pelo art. 34 do Ato das Disposições COnstituoionais Transitórias, O Novo Sistema Tributário Naoional entrou em vigor apenas em 1Q de março de 1988, ou seja, o primeiro dia do quinto m&s seguinte ao da pramulgaç§o da COnstituiç§o Federal.

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26.

Distrito Federal. Tal necessidade decorre da competência

privativa de cada entidade da Federação para instituir os

impostos que a Constituição Federal veio a atribuir-lhes.

Conforme assinala COELHO [14], a Constituição, em principio,

não cria tributos, apenas atribui competência às pessoas •

politicas para institui-los, através de lei1

111-2. O SISTEMA TRIBUTARIO CONSTITUCIONAL DE 1988

A Constituição Federal de 1988 manteve a base de

estruturação do Sistema Tributário Nacional na Carta Magna

anterior, aperfeiçoando a distribuição da matéria dentro do

Capitulo I, "Do Sistema Tributário Nacional", do Titulo VI,

"Da Tributação e do Orçamento". Todo o sistema de tributação

encontra-se distribuido entre os arts. 145 e 162, ao longo de

seis Seções, a saber:

a) Seção I - Dos Principios Gerais;

b) Seção 11 - Das Limitações do Poder de Tributar;

c) Seção 111 - Dos Impostos Da União;

d) Seção IV - Dos Impostos dos Estados e do Distrito Federal;

e) Seção V - Dos Impostos dos Municipios;

f) Seção VI - Da Repartição das Receitas Tributárias.

A seguir passaremos a descrever cada uma das

referidas Seções e suas interferências no Sistema Tributário

Nacional.

1 Principio da Legalidade Tributária.

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27.

111.3. OS PRINCIPIOS GERAIS

Preconiza o Texto Constitucional, entre os

arts. 145 e 149, os componentes do Sistema Tributário Nacional

como sendo os Impostos, as Taxas (de poder de policia

administrativa ou de serviços especificos) e as Contribuições

de Melhoria, pela realização de obras públicas 1. Nos

Principios Gerais, mais especificamente no art. 145, o Poder

de Tributar é atribuido às Pessoas PoliticBs que integram a

Federação: União, Estados, Distrito Federal e Municipios.

Estabelece expressamente os Principios da

Personalização e da Capacidade Contributiva no § 1Q do art.

145, segundo os quais, sempre que possivel, os impostos terão

caráter pessoal e graduação conforme a capacidade econômica do

contribuinte. De acordo com BASTOS [15], tais principios eram

considerados implicitos na Constituição anterior.

Fixa, no art. 146, a função triplice da lei

complementar 2 de: a) dispor sobre conflitos de competência,

em matéria tributária, entre a União, os Estados-Membros, o

Distrito Federal e os Municipio; b) regular as limitações

constitucionais ao Poder de Tributar; e c) estabelecer Normas

Gerais em matéria de Legislação Tributária.

~ De acordo com o art. 145 da COnstituição Federal, confirma-se que tributo é a categoria genérica que se divide em trés espécies: impostos, taxas e contribuições de melhoria.

2 Lei CO~lementar à COnstituição é aquela ~rovada por maioria absoluta do CO~esso Nacional para a sua aprovação (metade mais um dos CO~ssistas votando favoravelmente), tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal. Diz-se também que necessita de quorum qualificado para Ber aprovada.

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28.

SILVA [16] ensina que, do ponto de vista material, a

Lei Complementar é aquela que tem por objetivo (conteúdo) a

complementação da Constituição, quer ajuntando-lhe

normatividade, quer operacionalizando-lhe os comandos, nas

matérias explicitamente fornecidas pela Constituição.

Regula, no art. 147, a competência múltipla da União

para exigir, em Território Federal, os impostos estaduais e,

se o Território não for dividido em Municipios,

cumulativamente, os impostos municipais. Também entrega ao

Distrito Federal a competência tributária múltipla para

instituir os impostos municipais, uma vez que esta entidade da

Federação, que é equiparada aos Estados no tocante à matéria

tributária, não encontra-se dividida em Municipios. De acordo

com COELHO [14], a regra da competência múltipla atende às

peculiaridades do federalismo vigorante no Brasil e impede

privilégios aos habitantes de Brasilia e dos Territórios

Federais em relação às obrigações tributárias de outras

localidades brasileiras.

Regula de forma taxativa os casos em que são

permitidos à União a instituição de Empréstimos Compulsórios1 ,

por meio exclusivo de lei complementar, vinculando a aplicação

dos recursos deles provenientes à despesa que fundamentou sua

instituição. Tal recolhimento obrigatório só poderá ser

exigido para atender: a) às despesas extraordinárias

~ Ao longo das Constituiç6es brasileiras, tem havido 111uita diverg{}ncia doutrinária sobre a natureza tributária do Rmprést1mo Co~ls6rio. No entanto, na opinião de SACHA CAIJ10N COEIRO, o constituinte de 1988 pacificou esta discussão, pois na prática os EmPrést1mos CorIlpuls6rios nada 111ais são do que ~stos restituiveis.

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29.

decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou de sua

iminência; e b) para obter recursos necessários aos

investimentos de caráter urgente e de relevante interesse

nacional. Nesse último caso, entretanto, deverá ser observado

o Principio da Anterioridade da Lei Fiscal 1 (art. 148).

Mantém na competência privativa da União o

estabelecimento, por intermédio de Lei Complementar, de

Contribuições Sociais 2 em prol da Previdência e da Seguridade

Social; de Intervenção no Dominio Econômico 3 ,para assegurar

a capacidade de intervenção do Estado nos diversos dominios

econômicos; e de Interesse das Categorias Profissionais 4,

para atender às necessidades financeiras das entidades de

classe (art. 149).

Por fim, autoriza 08 Estados, o Distrito Federal e

os Municipios a instituir contribuição, cobrada de seus

servidores, para o custeio, em beneficio destes, de sistemas

de previdência e assistência social (art. 149, § único).

IH.4_ AS LIMITAÇõES AO PODER DE TRIBUTAR

Segundo BALEEIRO [17J, o Sistema Tributário Nacional

subordina-se a vários principios que estabelecem garantias

~ Ver ~pitulo 111, item 111.4.1.1.3. 2 Entre as Contribuições Sociais temos, por exemplo, as referentes 8

Seguridade Social e Previdenciária e as do PIS/pASEP. S Entre as ContribuiçeJes de IntervençlIo no Dominio Econ6JJJico, podemos

citar o chamado confisco do café e as do Instituto do Açúcar e do Alcool, entre outras.

4 Quanto 8S Contribuições de Interesse das categorias Profissionais, podemos destacar as Sindicais e as vertidas para as Entidades de Profissionais Liberais, como o CREA, o CORECON, etc.

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30.

constitucionais aos contribuintes, conforme fixa o conteúdo

dos arts. 150 a 152. Tais principios juridico-tributários

constituem, desta forma, verdadeiras L1m1tações ao Poder de

Tr1butar, visando a estabelecer um equilibrio entre o Poder

Impositivo do Estado e seus administrados - os contribuintes.

De acordo com UCKMAR [18], esses principios podem

ser classificados em: a) Pr1ncip10s Gera1s, quando

referirem-se a todos os tributos e contribuições do sistema

tributário; b) Pr1ncip10s Espec1a1s, quando forem previstos em

razão de situações especiais; c) Pr1ncip10s Especif1cos,

quando pertinentes a determinado produto; e d) Imun1dades

Tr1butár1as Const1tuc10na1s, quando a Constituição declara a

não incidência de impostos sobre determinadas situações

111.4.1. PRINCIPIOS GERAIS

Na classificação apresentada por UCKMAR [18], os

Principios Gerais subdividem-se, ainda, em: a) Pr1ncip10s

Gera1s EXpressos; e b) Pr1ncip1os Gera1s Decorrentes.

111.4.1.1. PRINCIPIOS GERAIS EXPRESSOS

Os Principios Gerais expressamente consignados no

Texto Constitucional são os seguintes:

a) Principio da Legalidade Tributária (art. 150, I);

b) Principio da Igualdade Tributária (art. 150, 11);

c) Principio da Irretroatividade da Lei Fiscal

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31.

(art. 150, 111, a) ;

d) Principio da Anterioridade da Lei Fiscal

(art. 150, IIr, b) ;

e) Principio da Proporcionalidade Razoável (art. 150, IV) ;

f) Principio da Não-Limitacão ao Tráfego de Pessoas ou Bens

(art. 150, V).

111.4.1.1.1. PRINCIPIO DA LEGALIDADE TRIBUTARIA

Segundo esse Principio, também chamado de Principio

da Reserva da Lei, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito

Federal e aos Municipios instituir ou aumentar tributos sem

que a lei o estabeleca (art. 150, I).

Todavia, a Constituicão admite que o Poder Executivo

altere as aliquotas 1 dos Impostos sobre Importacão (11),

Exportacão (IE), Produtos Industrializados (IPI) e Operacões

Financeiras (IOF), atendidas as condições e limites

estabelecidos em lei (art. 153, §3Q). De acordo com BALEEIRO

[19], tais faculdades concedidas ao Poder Executivo não

constituem exceções ao Principio da Legalidade, dado que estão

condicionadas aos limites impostos pela lei tributária.

111.4.1.1.2. PRINCIPIO DA IGUALDADE TRIBUTARIA

Esse Principio veda às entidades tributantes de

~ A COnstituição anterior permitia que o Poder EXecutivo alterasse não apenas as aliquotas, mas também as bases de cálculo do I~sto de I~rtação (11), ~rtação (IE)e sobre Produtos Industrializados (IPI).

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32.

instituir tratamento desigual para contribuintes que se

encontrem em situação equivalente. Fica proibida qualquer

distinção em razão de ocupação profissional ou função exercida

pelos contribuintes (art. 150, 11).

ROSA JUNIOR [2] ressalta que pela primeira vez esse

principio é expresso na Constituição, "pois até então era

considerado como principio implicito em matéria tributária,

decorrente do principio genérico da igualdade de todos perante

a lei".

111.4.1.1.3. PRINCIPIO DA IRRE1~ATIVIDADE DA LEI FISCAL

Esse Principio, também denominado de Principio da

Prévia definição Legal do Fato Gerador e contido no

art. 150, 111, a, estabelece vedação às entidades tributantes,

quanto à cobrança de tributos em relação a fatos geradores

ocorridos antes do inicio da vigência da lei que os houver

instituido ou aumentado.

Segundo GANDRA [20], esse principio não se estava

expresso nas constituições anteriores. Entendia-se que se

encontrava implicito face ao principio genérico de que a lei

não pode prejudicar o direito adquirido, o ato juridico

perfeito e acabado e a coisa julgada.

111.4.1.1.4. PRINCIPIO DA ANTERIORIDADE DA LEI FISCAL

Esse Principio, contido no art. 150, 111, b,

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33.

estabelece às entidades tributantes, que o lancamento do

tributo está vinculado a cada exercicio financeiro 1 , o que

condiciona a situacão temporal do fato gerador da obrigacão

tributária. Todavia, pela nova Carta, o lancamento do tributo

não está mais condicionado à prévia autorizacão orcamentária,

como já foi tradicional em nosso Ordenamento Constitucional

(Principio da Anualidade Tributária) 2

Dessa forma, somente poderão ser exigidos ou

majorados os tributos cujos fatos geradores ocorram a partir

do exercicio financeiro posterior àquele em que se der a

publicacão da lei que os houver instituido ou majorado.

São excecões constitucionais expressas ao Principio

da Anterioridade da Lei o Imposto de Importacão (11), o

Imposto de Exportacão (IE), o Imposto sobre Produtos

Industrializados (IPI), o Imposto sobre Operacões Financeiras

(IOF), o Imposto Extraordinário, as Contribuicões Parafiscais

e o Empréstimo Compulsório no caso de guerra externa ou sua

iminência e de calamidade pública (art. 150, § 1Q; art. 154,

11; art. 149 c/c art. 195, § 6Q e art. 148, I).

111.4.1.1.5. PRINCIPIO DA PROPORCIONALIDADE RAZOAVEL

Esse principio, contido no art. 150, IV, e também

chamado de Principio do Caráter Não-Confiscatório do Tributo,

1 O exercicio financeiro no Brasil tem inicio em 19 (primeiro) de Janeiro de cada ano e encerra-se aos 31 (trinta e um) de dezembro do /11eSJ1JO ano.

2 O Principio da Anualidade Tributária nUo mais existe no Direito Tributário Brasileiro desde a Emenda COnstitucional 09 1/'69.

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34.

estabelece que o tributo não poderá subtrair mais do que uma

parcela razoável do patrimônio ou da renda do contribuinte.

Segundo BALEEIRO [17], os governos estão proibidos

de instituir tributos de caráter nitidamente confiscat6rio,

entendendo-se como tal aqueles que "absorvem parte

considerável do valor da propriedade, aniquilam as empresas ou

impedem o exercicio da atividade licita e moral".

111.4.1.1.6. PRINCIPIO DA NAO-LIHITAÇAO AO TRAFEGO DE PESSOAS OU BENS

Esse Principio, contido no art. 150, V, estabelece

às entidades tributantes que estas não podem impor limitações

ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos

interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de

pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder

Público.

COELHO [14] doutrina que o pedágio pode ser cobrado

por meio de preço ou taxa; como taxa, entretanto, deve estar

vinculado à prestação de serviços (conservação, melhoramentos,

etc. ) , j amais com o fundamento de "construir estradas" .

Ademais, não pode adotar como base cálculo signos presuntivos

de capacidade econômica do dono do veiculo.

111.4.1.2. PRINCIPIOS GERAIS DECORRENTES

Os Principios Gerais Decorrentes são aqueles não

estão expressamente previstos no Texto Constitucional, mas

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35.

resultam do Sistema Federativo por ela adotado, ou dos

Principios Gerais do Sistema Tributário.

111.4.1.2.1. PRINCIPIO DA UNIVKRSALIDADE TRIBUTARIA

Esse Principio decorre de norma constante do

art. 19, 111, que estabelece a obrigatoriedade do pagamento do

tributo a todo aquele que praticar o fato gerador da obrigação

tributária, salvo os casos de isenção fiscal (gerais e

universais) outorgada por lei ou imunidade constitucional. A

Constituição menciona expressamente a universalidade apenas em

relação ao Imposto sobre a Renda e os Proventos de Qualquer

Natureza (IR) em seu art. 153, § 2Q, I. Porém, a proibição da

distinção entre brasileiros (art. 19, 111) torna esse

principio aplicável a qualquer tributo.

111.4.1.2.2. PRINCIPIO DA DESTINAÇãO PUBLICA DOS TRIBUTOS

Esse Principio implicito significa

Estado (União, Estados, Distrito Federal e

que somente o

Municipios) têm

competência para a instituir tributos, não existindo,

portanto, "tributo privado". Conforme assinala BALEEIRO [17],

a despeito de não estar expresso no texto constitucional, só o

Estado dispõe desse poder, para fazer frente às despesas com a

manutenção do bom funcionamento dos serviços públicos.

111.4.2. PRINCIPIOS ESPECIAIS

Os Principios Especiais são aqueles que estão

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36.

previstos em razão de situações tributárias especiais e

constituem-se das vedações ao poder de tributar constantes do

art. 151, no que tange à União, e no art. 152 no tocante aos

Estados, ao Distrito Federal e aos Municipios.

111.4.2.1. PRINCIPIO DA UNIFORMIDADE TRIBUTARIA

Esse Principio encontra-se no conteúdo do

art. 151, I, segundo o qual é vedado à União instituir tributo

que não seja uniforme em todo o território nacional ou que

implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao

Distrito Federal ou a Municipio, em detrimento de outr01 •

Entretanto, a Constituição admite a concessão de

incentivos fiscais destinados a promover o equilibrio

sócio-econômico entre as diferentes regiões do pais. Os

incentivos fiscais, na visão de SILVA [21], contribuem para

atenuar os desequilibrios regionais, que a uniformidade

geográfica da tributação federal poderia agravar.

111.4.2.2. PRINCIPIO DA LIMITABILIDADE DA TRIBUTAçãO DA RENDA DAS OBRIGAçõES DA DIVIDA PUBLICA ESTADUAL OU MUNICIPAL E OS PROVENTOS DOS AGENTES DOS ESTADOS E MUNICIPIOS

Contido no conteúdo do art. 151, 11, esse Principio

veda à União tributar, em niveis superiores aos que fixar para

~ O Principio da Uniformidade Tributária ~lica-se aos tributos federais COI1JO UDI todo e, em especial, ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), pois este encerra um sentido Pdrticular de politica fiscal federalista.

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37.

suas obrigacões, a renda das obrigacões da divida pública dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municipios bem como a

remuneracão e os proventos dos respectivos agentes públicos.

111.4.2.3 PRINCIPIO DE O PODER DE ISENTAR SER INSITO AO PODER DE TRIBUTAR

Esse Principio baseia-se no art. 151, III, segundo o

qual é vedado à União instituir isencões de tributos de

competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos

Municipios1 . Somente quem tem o poder para instituir o tributo

poderá conceder isencões referentes a esse tributo, e mais

nenhuma outra entidade tributante.

111.4.2.4. PRINCIPIO DA NAD-DIFKRKNCIAÇAO TRIBUTARIA

Contido no conteúdo do art. 152, esse Principio veda

aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municipios estabelecer

diferenca tributária entre bens e servicos, de qualquer

natureza, em razão de sua procedência ou destino.

111.4.3. PRINCIPIOS ESPECIFICOS

Os Principias Especificas são aqueles que se referem

diretamente a certos impostos, nas três esferas de tributacão

(federal. estadual e municipal), como veremos a seguir.

~ A inserção desse Prinoipio na COnstituição de 1988 visou a oorrigir um exoesso decorrente do regime militar autoritário anterior que penMitia à União, em certas oircunstâncias, conoeder isenções aos tributos estadUais e municipeis.

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38.

111.4.3.1. PRINCIPIO DA PROGRESSIVIDADE DO IMPOSTO

Esse Principio é aplicado ao Imposto sobre a Renda e

Proventos de Qualquer Natureza (IR), conforme o art. 153, §

2Q, I, assim como ao Imposto sobre a Propriedade Predial e

Territorial Urbana (IPTU), descrito no art. 156, § 1Q. Tal

Principio que o Imposto Progressivo é aquele cuja aliquota

aumenta à medida que cresce a base de cálculo ou o ingresso.

111.4.3.2. PRINCIPIO DA NAQ-CUMULATIVIDADE DO IMPOSTO

Esse Principio é aplicável ao Imposto sobre Produtos

Industrializados (IPI), conforme art. 153, § 3Q, 11, e ao

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de

Transporte e Comunicações (ICMS), descrito no art. 155, I, b,

§ 2Q, segundo o qual é compensado o que for devido em cada

operação com o montante cobrado nas operações anteriores.

Na prática, isto é feito mediante um sistema de

crédito pelo qual o contribuinte se credita de todo o imposto

que pagou ao adquirir os produtos (ou matéria-prima, no caso

do IPI) ou mercadorias ou serviços (no caso do ICMS) em um

determinado intervalo de tempo (por exemplo, um mês), conforme

dispuser a lei. Ao mesmo tempo, é debitado todo o imposto

incidente sobre a saida dos produtos ou da prestação do

serviço no mesmo periodo. No momento de recolher-se o imposto

referente ao periodo, faz-se a compensação entre o crédito e o

débito, recolhendo-se a diferença a mais ou continuando com

crédito para o per iodo seguinte, caso o crédito seja maior.

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39.

Ressalta-se, portanto, que o imposto incide somente

sobre o valor adicionado em cada operação.

111.4.3.3. PRINCIPIO DA SELETIVIDADE DO IMPOSTO

Esse Principio, que classifica o imposto como

seletivo em função da essencialidade do produto, é aplicado

obrigatoriamente ao Imposto sobre Produtos Industrializados

(IPI), conforme o art. 153, § 3Q, I, e facultativamente ao

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de

Transporte e de Comunicação (ICMS), nos termos do art. 155, §

2Q, 111.

A Seletividade do Imposto permite o estabelecimento

de aliquotas diversas para esses produtos, mercadorias e

serviços, tendo em vista sua necessidade, utilidade e

superfluidade, fatores que caracterizam um determinado grau de

essencialidade. Ou seja, quanto mais essencial for o produto,

mais baixa será a aliquota para esses dois impostos.

111.4.4. IMUNIDADES TRIBUTARIAS CONSTITUCIONAIS

As imunidades, instituidas em razão de privilégios

ou interesses sociais, econômicos, religiosos ou politicos,

impõem limites ao poder de tributar e encontram-se no art.

150, V, I, alineas a, b, c, d, § 1Q ao § 4Q. Nas situações de

imunidade não ocorrem os fatos geradores das obrigacões

tributárias, ou seja, elas estão fora do campo das hipóteses

de incidência dos respectivos tributos.

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40.

As Imunidades Constitucionais~, que não abrangem

todos os tributos, impedem apenas que a União, os Estados, o

Distrito Federal e os Municipios instituam impostos sobre:

a) Patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros2 ;

b) Templos de qualquer culto;

c) Patrimônio, renda ou serviços dos partidos politicos,

inclusive suas Fundações, das entidades sindicais dos

trabalhadores, das instituições de educação e de

assistência sociaIs, sem fins lucrativos. atendidos os

requisitos da lei;

d) Livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua

impressão.

Há outras imunidades especificas que estão colocadas

em outros pontos da Constituição e que vedam a instituição de

impostos nos seguintes casos:

a) Não incidirá IR, nos termos e limites fixados em lei, sobre

rendimentos provenientes de aposentadoria e pensão, pagos

pela previdência social da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municipios, a pessoa com idade superior a

sessenta e cinco anos, cuja renda total seja constituida,

exclusivamente. de rendimentos do trabalho. nos termos do

art. 153. § 2Q. 11;

~ A Imunidade COnstitucional ~lica-se somente aos ~stos. não atingindo as Taxas ou as COntribuições de Melhoria. Tal é eAPlicado pelo caráter de contr~restação desses tributos. COnseqüentemente, estar-se-ia processando uma verdadeira transferéncia de renda contrariamente à entidade tributante que estivesse oferecendo o serviço público em favor daquela que o estivesse recebendo.

2 Esta é a chamada Imunidade Reciproca. s SACHA CAIJ10N CXJEIJIO chama atençlIo para o fato da

"aBsisténcia soo1a1", estar ~regada em sentido amplo, também às Entidades de Previdéncia Privada.

eAPressão abrangendo

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41.

b) Não incidirá o IPI sobre aqueles produtos industrializados

destinados ao exterior, nos termos do art. 153, § 3Q, 111;

c)

d)

Não incidirá o ITR sobre pequenas glebas rurais, definidas

em lei, quando as explore, só ou com sua familia, o

proprietário que não possua outro imóvel, nos termos do

art. 153, § 4Q, IH;

Não incidirá o ICMS sobre: a) operações que destinem ao

exterior produtos industrializados, excluidos os

semi-elaborados definidos em lei complementar; b) operações

que destinem a outros Estados petróleo, inclusive

lubrificantes, combustiveis liquidos e gasosos dele

derivados, e energia elétrica; c) o ouro, quando definido

como ativo financeiro ou instrumento cambial. Nos termos do

art. 155, § 2Q, X, a, b e c;

e) Não incidirá o ITBI sobre a transmissão de bens e direitos

incorporados ao patrimônio de pessoa juridica em realização

de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos

decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de

pessoa juridica, salvo se, nesses casos, a atividade

preponderante do adquirente for a compra e venda desses

bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento

mercantil, nos termos do art. 156, § 2Q, I.

111.5. OS IMPOSTOS DA UNIAO

Conforme estabelecem os art. 153 e 154 da

Constituição Federal, compete à União instituir impostos

sobre:

I - Importação de Produtos Estrangeiros (11). Esse imposto

tem como fato gerador a entrada de mercadoria de

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42.

procedência estrangeira no territ6rio nacional, assim

entendida não s6 a mercadoria produzida ou originária de

pais estrangeiro, como também a mercadoria nacional,

saida em caráter definitivo, que retorna do exterior;

11 - Exportação (IH), para o exterior, de produtos nacionais

ou nacionalizados. Esse imposto tem como fato gerador a

saida de mercadoria nacional ou nacionalizada do pais;

111 - Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR),

entendendo-se como renda o produto do capital ou do

trabalho, ou ainda, da combinação de ambos, e de

proventos como sendo os acréscimos patrimoniais não

compreendidos como renda. Esse imposto tem como fato

gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou

juridica de renda ou proventos de qualquer natureza;

IV - Produtos Industrializados (IPI), incidente sobre

produtos industrializados nacionais ou estrangeiros.

Considera-se industrializado o produto que resulte de

qualquer transformação que lhe modifique a natureza, o

funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a

finalidade, ou ainda, que o aperfeiçoe para o consumo.

Esse imposto tem como fato gerador o desembaraço

aduaneiro do produto de procedênCia estrangeira ou a

saida do estabelecimento industrial, ou eqUiparado a

industrial, no caso de produto nacional;

V - Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativa a

Titulos e Valores Mobiliários (IOF), incidente sobre as

operações realizadas por instituicões financeiras,

companhias seguradoras e corretores de titulos e valores

mobiliários. Esse imposto tem como fato gerador: a)

quanto às operações de crédito, a entrega dos recursos

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43.

monetários ou a sua colocação à disposição dos

detentores de sua titularidade; b) no tocante às

operações de seguro, o recebimento total ou parcial do

prêmio pela companhia seguradora; c) quanto às operações

de câmbio relativas a importações, a liquidação dos

contratos de câmbio; d) quanto às operações com titulos

e valores mobiliários, a compra e venda financiada dos

referidos titulos, seja na emissão, na transmissão ou no

resgate dos mesmos1 ;

VI - Propriedade Territorial Rural (ITR). Esse imposto tem

como fato gerador a propriedade, o dominio útil ou

aposse do imóvel por natureza, assim entendido aquele

localizado fora da zona urbana;

VII - Grandes Fortunas, nos termos de lei complementar (IGF).

Esse imposto ainda não foi instituido mas deverá ter

como fato gerador a propriedade de grandes fortunas,

assim definidas em lei, a exemplo do que já ocorre em

outros paises;

Compete também à União, dentro da área dos

Territórios Federais, os impostos atribuidos aos Estados e, se

o Território não for dividido em Municipios, os imPostos

municipais.

A Constituição de 1988 manteve a competência

tributária residual em favor exclusivo da União, em seu

:1. O Ouro, guando definido em lei oomo ativo finanoeiro ou instI'l111lento oambial sujeitar-se-á, e~lusivamente, à inoidénoia do IOF na operação de origem. A aliguota minima foi fixada em 1%, sendo assegurada a transferenoia do montante arreoadado da seguinte forma: 30% PlU'S o Estado, o Distrito Federal ou o Território, oonfor1lJe a origem; e 70% PlU'a o bUnioipio de origem.

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44.

art. 154, onde define-se que esta, mediante lei complementar,

poderá instituir impostos não previstos na Constituição, desde

que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de

cálculo próprios daqueles enumerados na Constituição. Cria,

ainda, a figura do Imposto Extraordinário para a situação de

guerra externa ou sua iminência,

competência tributária federal,

compreendidos ou não na

o qual será suprimido

gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

A União pode instituir Contribuições Parafiscais,

tendo em vista a intervenção no dominio econômico ou o

interesse de categorias profissionais e para atender

diretamente à parte da União no custeio dos encargos da

Previdência Social. Além disso, compete à União, mediante lei

complementar, a instituição de Empréstimos Compulsórios para

atender a despesas com calamidades públicas, situações de

guerra e investimento público de caráter urgente e de

relevante interesse nacional.

III.6. OS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL

Compete aos Estados e ao Distrito Federal, de acordo

com o art. 155 da Constituição, instituir impostos sobre:

I - Transmissão causa mortis e Doação, de quaisquer Bens ou

Direitos (ITD). Esse imposto tem como fato gerador a

transmissão causa mortis e por doação de bens e imóveis,

assim definidos na lei civil, de direitos sobre imóveis

e de titulos, créditos, ações, quotas, valores e outros

bens móveis de qualquer natureza, bem como os direitos

reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como

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45.

sobre a cessão de direitos a ele relativos. O ITD, que

tem suas aliquotas máximas fixadas pelo Senado Federal,

compete ao Estado ou ao Distrito Federal onde o imóvel

estiver situado, não sendo cobrado sobre a doação de bem

móvel sobre o qual já incida o ICMS. Relativamente aos

bens móveis, titulos e créditos, compete ao Estado, ou

ao Distrito Federal, onde se processar o inventário ou

arrolamento, ou tiver domicilio o doador;

II - operações relativas à Circulação de Mercadorias e às

Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e

Intermunicipal e de Comunicação (ICHS)1. Esse imposto

tem como fato gerador as operações relativas à

circulação de mercadorias e aos serviços de transporte

interestadual e intermunicipal e de comunicações, essas

últimas ainda que efetuadas dentro dos limites de um

mesmo Municipio. Com a extinção dos antigos impostos

únicos, passou a incidir também sobre os as operações

relativas a minerais, combustiveis e energia elétrica. g

não-cumulativo e poderá ser seletivo, em função da

mercadoria ou da essencialidade do serviço. Incide,

também; sobre a entrada de mercadoria provenientes do

exterior, cabendo ao Estado onde se situar o

estabelecimento do destinatário da mercadoria ou

serviço;

111 - Propriedade de Veiculos Automotores (IPVA) , incidindo

sobre os veiculos registrados e licenciados em seu

território. Esse imposto tem como fato gerador a

propriedade dos veiculos mencionados anteriormente.

~ Resoluç~o do Senado Federal estabelece as aliquotas ~licáveis às operações e prestações, interestadUais e de ~rtaç~o.

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46.

Os Estados e o Distrito Federal

instituir Imposto Adicional, de até 5%, sobre o

pago à União, por pessoas fisicas ou juridicas

também pOdem

IR que for

domiciliadas

nos respectivos territórios, incidente sobre os lucros, ganhos

e rendimentos de capital. Esse imposto tem como fato gerador o

recolhimento na fonte do imposto de renda federal sobre ganhos

de capital, não incidindo sobre a retenção na fonte de imposto

de renda sobre o trabalho ou sobre proventos de aposentadoria.

Os Estados e o Distrito Federal podem instituir

contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em

beneficio destes, de sistemas de preVidência e assistência

social.

111.7. OS IMPOSTOS DOS HUNICIPIOS

Compete aos Municipios, segundo

instituir impostos sobre:

o art. 156,

I - Propriedade Predial e Territorial Urbana ( IP'l'U) ,

incidente tanto sobre a propriedade territorial, quanto

sobre a urbana, podendo ser progressivo, nos termos de

lei muniCipal, de forma a assegurar o cumprimento da

função social da propriedade. Esse imposto tem como fato

gerador a propriedade, o dominio útil ou a posse de bem

imóvel por natureza (ex: um terreno não edificado) ou

por acessão fisica (ex: uma construção em um imóvel)

localizado na zona urbana do municipio;

11 - Transmissão inter vivos, a qualquer titulo de, por ato

oneroso, de Bens Imóveis (IT.BI), por natureza ou acessão

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47.

física, e de Direitos Reais sobre Imóveis, exceto os de

garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição.

Esse imposto é de competência do Município em que se

situa o imóvel transmitido ou sobre o qual versarem os

direitos cedidos, tendo como fato gerador as operações

de transmissão inter vivos descritas anteriormente. Não

incide o ITBI sobre a transmissão de bens ou direitos

incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em

realização de capital;

111 - Vendas a Varejo de Combustíveis Líquidos e Gasosos,

exceto óleo diesel (IVVC). Esse imposto tem como fato

gerador a venda a varejo de combustíveis, não incidindo

sobre lubrificantes, não excluindo a incidência do ICMS

sobre a mesma operação. Foi criado pela Constituição de

1988 em substituição ao antigo Imposto Onico sobre

Lubrificantes e Combustíveis Líquidos e Gasosos. Seu

fato gerador inclui a venda a varejo de combustíveis que

integrem qualquer outro produto como matéria-prima;

IV - Serviços de Qualquer Natureza (ISS), não compreendidos

no campo de incidência do ICMS, definidos em lei

complementar. Esse imposto tem como fato gerador a

prestação dos serviços elencados pela lei complementar,

considerando-se o local da prestação do serviço como

sendo o do estabelecimento ou domicílio do prestador ou,

no caso da construção civil, o lugar onde se efetivar a

obra. Estão isentos do imposto a execução dos serviços

por administração, empreitada de obras hidráulicas ou de

construção civil e os respectivos serviços de engenharia

consultiva, quando contratados com a União, Estados,

Distrito Federal e Municípios, autarquias e empresas

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48.

concessionárias de serviços públicos1 .

Os Municípios, a exemplo dos Estados e do Distrito

Federal podem instituir contribuição, cobrada de seus

servidores, para o custeio, em benefício destes, de sistemas

de previdência e assistência social.

111.8. A REPARTIC1\O DAS RECEITAS TRIBUTARIAS

A complexa participação entre as diferentes

entidades tributantes nas receitas umas das outras,

provenientes da Constituição de 1967 e suas Emendas, foi

mantida pela atual Carta Magna e, em certos pontos, até

ampliado. Tais participações apresentam a distribuição entre

as diversas entidades federadas, conforme está mostrado

abaixo.

I - A União entregará:

a) A totalidade (100%) do Imposto de Renda e Proventos de

qualquer Natureza (IR) aos Estados, ao Distrito Federal

e aos Municípios, incidentes na fonte, sobre

rendimentos pagos a qualquer título, por ele, suas

autarquias e fundações que instituírem e mantiverem;

b) Cinqüenta por cento (50%) do Imposto Territorial Rural

(ITR)aos Municípios onde estiverem situadas as

propriedades rurais dele contribuintes;

c) Vinte por cento (20%) do produto da arrecadação dos

2 Da mesma forma que o IVVC, o ISS tel1l suas aliquotas máxilllas fixadas por lei co~lementar e não incide sobre os serviços que se destinam ao exterior.

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49.

impostos que venha a instituir no exercicio da

competência residual;

d) Quarenta e sete por cento (47%) do produto da

arrecadação do Imposto de Renda (IR)mais o Imposto

sobre Produtos Industrializados (IPI), sendo vinte e um

inteiros e cinco décimos por cento (21,5%) para o Fundo

de Participação dos Estados e do Distrito Federal

(FPE); vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento

(22,5%) para o Fundo de PartiCipação dos Municipios

(FPM); e três por cento (3%) para aplicação em

programas de financiamento ao setor produtivo das

Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas

instituições financeiras de caráter regional, de acordo

com o os planos regionais de desenvolvimento, ficando

assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos

recursos destinados à Região, na forma que a lei

estabelecer1 ;

e) Dez por cento (10%) do produto da arrecadação do

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) aos

Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao

valor das respectivas exportações desses produtos.

Entretanto, a nenhuma entidade federada poderá ser

destinada parcela superior a vinte por cento (20%) do

montante a ser transferido como compensação de

exportação de produtos industrializados, devendo o

eventual excedente ser distribuidos entre os demais

participantes, mantido, em relação a esses, a

~ Para efeito de cálculo das percent~ens destinadas aos FUndos de Participação do GOverno Federal, excluir-se-ão as parcelas arrecadadas como Imposto de Renda retido na fonte pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos ~icfpios.

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50.

proporcionalidade sobre suas exportações.

11 - Os Estados entregarão:

a) Vinte e cinco por cento (25%) do total arrecadado pelo

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre

Prestações de Serviços de Transporte Interestadual,

Intermunicipal e de Comunicações (ICMS) aos

Municipios. Cada municipio receberá um minimo de três

quartos na proporção do valor adicionado nas operações

realizadas em seus respectivos territórios, e no

máximo de um quarto conforme dispuser lei estadual, ou

no caso de Território Federal, lei federal;

b) Cinqüenta por cento (50%) da arrecadação do Imposto

sobre a Propriedade de Veiculos Automotores (IPVA) aos

Municipios onde estiverem registrados e licenciados os

veiculos;

c) Vinte e cinco por cento (25%) da quota de rateio do

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

destinados à exportação aos Municipios,

critérios de distribuição do Imposto sobre

de Mercadorias e sobre Prestações de

conforme os

Circulação

Serviços de

Transporte Interestadual, Intermunicipal e de

Comunicações (ICMS), sendo o minimo de três quartos e

o máximo de um quarto, conforme lei estadual.

A Constituição de 1988 vedou a retenção ou qualquer

restrição, por parte do Governo Federal, à transferência dos

recursos provenientes dos Fundos de Participação aos Estados,

ao Distrito Federal e aos Municipios. Tal vedação, contudo,

não impede a União de condicionar a entrega de recursos ao

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pagamento de seus créditos junto

federadas.

às outras

51.

entidades

o Tribunal de Contas da União (TCU) continuou como o

responsável pelo cálculo das quotas referentes aos Fundos de

Participação do Governo Federal, conforme o texto

constitucional anterior.

Continuou a existir a obrigatoriedade constitucional

da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios

divulgarem, até o último dia do mês subseqüente ao da

arrecadação, o montante de cada um dos tributos arrecadados,

os recursos recebidos, os valores de origem tributária

entregues e a entregar e a expressão numérica dos critérios de

rateio. Os dados divulgados pela União devem ser discriminados

por Estado e por Municipio; e os dados divulgados pelos

Estados, por Município. Anteriormente, nem o Distrito Federal

e nem os Municípios eram obrigados a publicar suas fontes

tributárias próprias ou oriundas de transferências, somente a

União e os Estados.

Nas páginas seguintes serão apresentados os quadros

(111.1) e (111.2) com todos os impostos de competência de cada

entidade tributante e com a parcela de receita que cada uma

tem que entregar à outra, conforme preconiza a Constituição de

1988, assim como uma comparação com a anterior.

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52.

NOVO 1~1u CONSTITUCIONAL

TRIBUTOS União Estados, DF e Munic1pios Território"

I - UNIlI.O

L IR 53% 21,5%(8.) 22,5%(") 2. IPI 43% 29,O%Cb) 25,0%Cb) 3. IOF 100%Cc) 4. II 100% 5. IE 100% 6. ITR 50% 50,0% 7. IGF 100%

II - ESTADOS, DF e TERRITóRIOS

8. ICMS 75% 25% 9. IPVA 50% 50%

10. ITD 100% 11. Adic.até 5% IR 100%

III - MUNICIPIOS

12. ISS 100% 13. IPl'U 100% 14. ITBI 100% 15. IVVC 100%

Ca) Corresponde à: 21,5% do FPE e 22,5% do FPM (os 3% para financiamento do setor produtivo no NO/NE/OO não estão incluidos).

Cb) Corresponde à: 21,5% do FPE somado à 7,5% referente à exportação de manufaturados; 22,5% do FPM somado à 2,5 pela exportação de manufaturados.

Cc) O ouro ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se ao IOF. Nesse caso o produto da arrecadação será distribuido da seguinte forma:' 30% para Estados, DF ou Território de origem e 70% para o Municipio. '

Nota: Pertencem ainda aos Estados, DF e Municípios o produto do IR fonte sobre os rendimentos por eles pagos, assim como os de suas autarquias e fundações. A União poderá, ainda, instituir Contribuições Sociais, Econômicas e de categorias profissionais ou econômicas, Impostos Extraordinários, Empréstimos compulsórios, Taxas e Contribuições de Melhoria sem dividir o produto da arrecadacão com os Estados e Municípios. Entretanto, para outros impostos que venha a instituir deverá entregar 20% aos Estados. Esses, e também os Municípios, poderão instituir Contribuicões de seus servidores, Taxas e Contribuições de melhoria.

Quadro 111.1 - Competências Tributárias e Distribuição dos Recursos no Novo Texto Constitucional

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53.

'l1UBI1l'O (Xl n. (Xl Coçetêncil

U n:' e' tf <m,petêncili

U I e DI tf

IR UNIlIO 67 16(a) 17(b) UNIãO(o) 53 21,5 22,5 IPI UNIãO 67 16(a) 17(b) UNIãO(<I.) 43 29 25 101 UNIl\O 100 - - UNIãO 100 - -II UNIl\O 100 - - UNIãO 100 - -IX UNIl\O 100 - - UNIl\O 100 - -ITR UNIãO - - 100 UNIl\O 50 - 50 IGl - - - - UNIãO 100 - -OlJ'lR)S(G) UNIl\O 100 - - UNIãO 80 20 -IOr/ouro - - - - UNI1\O - 3O(f) 70 IUW UNIãO 40 40 20 E e DF(a) - 75(f) 25 IUBI UNIãO 40 50 10 E e DF(a) - 75(f) 25 IUM UNIãO 10 70 20 E e DF(a) - 75(f) 25 ISC UNIl\O 100 - - E e DF(a) - 75(f) 25 IT UNIl\O 30 50 20 E e DF(a) - 75(f) 25 IQf E e DF - 80 20 E e DF(a) - 75(f) 25 IPVA E e DF - 50 50 E e DF - 50(f) 50 ITD - - - - E e DF - 100(f) -Adic. IR - - - - E e DF - 100(f) -I'l'BI E e DF - 50 50 MUNICIPIOS - 100 ISS MUNICIPIOS - - 100 MUNICIPIOS - - 100 IPl'U MUNICIPIOS - - 100 MUNICIPIOS - - 100 IVVC - - - - MUNICIPIOS - - 100 LKxtraor. UNIl\O 100 - - UNIãO 100 - -Kmpr.Coç. UNIl\O 100 - - UNIãO 100 - -C.Kco/Cat. UNIãO 100 - - UNIl\O 100 - -C.Sociais. UNIãO 100 - - UNIl\O 100 - -

E e DF - 100 -MUNICIPIOS - - 100

TAXaS UNIãO 100 - - UNIl\O 100 - -E e DF - 100(h) - E e DF - 100 -MUNICIPIOS - - 100 MUNICIPIOS - - 100

C.Melhor. UNIl\O 100 - - UNIãO 100 - -E e DF - 100(h) - E e DF - 100 -MUNICIPIOS - - 100 MUNICIPIOS - - 100

(a) Corresponde à 14% do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e 2% do Fundo Especial (FE).

(b) Corresponde ao Fundo de Participação dos Municipios (FPM). (o) Corresponde à 53% da União, 21,5% do FPE e 22,5% do FPM (os 3% para

financiamento do setor produtivo no NO/NE/CO não estão incluidos). (<1.) Corresponde à 43% da União, 21,5% do FPE + 7,5% referente à

exPOrtação de manufaturados e 22,5% do FPM + 2,5% pela exPOrtação de manufaturados (os 3% para financiamento do setor produtivo no NO/NE/CO não estão incluidos).

(e) Outros impostos que venham a ser instituidos pela União. (f) Compreende os Territórios. (a) O fato gerador desses impostos foram incluidos no ICMS. (h) Não compreende os Territórios.

Quadro 111.2 - Quadro Comparativo de Competências e Partilhas Tributárias

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CAPITtlI.o IV

HRTODOLOGIA DE ANALISE DOS DADOS

IV.l. INTRODUÇAO

54.

Neste capitulo será feita a apresentação da

metodologia de análise dos dados obtidos sobre os valores da

arrecadação tributária do Municipio do Rio de Janeiro, assim

como das receitas de transferências oriundas tanto do

repasse estadual, quanto do federal.

Os dados sobre as receitas tributárias municipais

dividem-se em dois grupos: Reoeitas Tributárias Próprias e

Reoeitas Tributárias de Transferênoia. Para esses dois

grupos de receitas, os dados obtidos constituem-se de

valores nominais totais mensais. Esses dados sofrerão um

tratamento de atualização monetária e serão acumulados, ano

a ano, para todo o periodo de estudo, isto é, de janeiro de

1986 até dezembro de 1992.

IV.2. HRTODOLOGIA UTILIZADA

O presente capitulo visa a analisar a evolução do

comportamento das diversas receitas tributárias do Municipio

do Rio de Janeiro antes e depoiS da promulgação da

Constituição Federal de 1988. Para tanto, buscou-se avaliar

a evolução dessas receitas durante o intervalo de quatro

anos que sucederam a entrada em vigor dos novos dispositivos

constitucionais, compreendendo os anos de 1989 a 1992. Essas

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55.

receitas serão comparadas com aquelas referentes aos anos de

1986 a 1988, anteriores portanto ao novo Sistema Tributário

Nacional. Desta forma, esse estudo estará baseado em um

periodo total de sete anos, sendo três referentes à antiga

divisão do "bolo fiscal" e quatro anos com a nova repartição

das competências tributárias.

Como a intenção básica desse estudo é a

quantificação do impacto dos novos dispositivos

constitucionais sobre as receitas tributárias municipais, em

especial no Municipio do Rio de Janeiro, optou-se pelo

periodo de tempo em questão (1989 a 1992), pelo fato de

haver decorrido apenas quatro exercicios completos após a

entrada em vigor do atual sistema tributário. Para tornar a

comparação mais homogênea, abrangeu-se praticamente o mesmo

número de anos pelo sistema anterior.

Embora a série histórica utilizada possa parecer

de pequena abrangência temporal, a utilização de uma série

muito longa aumentaria sensivelmente a complexidade da

análise, devido à elevada freqüência de alterações na

legislação tributária, podendo, inclusive, mascarar seus

resultados.

Como no per iodo de análise dos dados a sociedade

brasileira enfrentou elevados indices inflacionários anuais,

que ultrapassaram o patamar de 1.000%1, far-se-á necessário

~ A inflaçlfo anual apurada pela FundaçlIo Getúlio Vargas, por IGP-DI, para o periodo foi: 1986, 65%; 1987, 416%; 1988, 1989, 1. 783%; 1990, 1.477%; 1991, 480%; 1992, 1.158%.

meio do 1.038%;

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56.

o estabelecimento de parâmetros de comparação para a

conversão dos valores históricos em valores constantes. Em

verdade, devido ao alto grau de deterioração do poder de

compra da moeda nacional pelos elevados indices de inflação,

não faz nenhum sentido a comparação entre os valores

nominais de 1986 (em cruzados) e os de 1992 (em cruzeiros).

Além da questão inflacionária, a economia brasileira

atravessou diversos planos de estabilização econômica,

incluindo até mesmo mudanças no padrão monetário, com a

supressão do número de algarismos1 •

Assim sendo, optou-se pela utilização de dois

parâmetros distintos para a homogeneização da série

histórica: um deflator capaz de gerar uma nova série em

moeda nacional constante; e outro em moeda estrangeira o

dólar americano.

IV.3. A KVOWÇAO DAS RECEITAS EM MOEDA NACIONAL CONSTANTE

Como ressalta MELLO [22J, o Municipio do Rio de

Janeiro, assim como os demais municipios brasileiros, dispõe

de duas parcelas que compõem suas receitas tributárias: uma

referente às receitas arrecadadas pelo próprio municipio; e

outra referente às receitas transferidas pelas esferas

superiores.

~ Em fevereiro de 1986, o Plano Cruzado mudou a moeda nacional, dividindo-a por mil unidades, transfoI'lIlando-a no Cruzado. Da mesma fOI'lIla, em Janeiro de 1989, o Plano Verão institui como padrlIo monetário o Cruzado Novo, resultante de semel1uJnte divisão por mil Ilnidades do antigo Cruzado. Já em março de 1990, o Plano Brasil Novo retornou ao padrão Cruzeiro, mas desta vez não houve o corte de zeros como nos anteriores.

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57.

Essas receitas sofrem grandes oscilações ao longo

do ano calendário, tanto em função da legislação que

estabelece datas limites para o recolhimento de tributos

diretos como o IPTU, quanto em função do desempenho das

atividades econômicas que concorrem para o recolhimento de

tributos indiretos, tais como o ICMS e o ISS. De acordo com

DUVERGER [23], classificam-se como diretos os impostos que

incidem diretamente sobre o contribuinte, atingindo seu

capital ou rendimento, sem que a carga tributária possa ser

transferida para terceiros. Em oposição ao anterior,

classificam-se como indiretos os impostos cuja carga

tributária é transferida do contribuinte de direito (aquele

designado na lei fiscal para recolher o tributo) para o

contribuinte de fato (aquele que, embora não esteja

designado na lei fiscal para pagar o tributo, na realidade,

arca com o ônus do seu efetivo pagamento).

IV.3.l. A DATA DE RKFKRKNCIA PARA A COMPARAÇãO EM HOEDA CONSTANTE JANEIRO DE 1993

Através da simples comparação entre as receitas

tributárias ao longo de todo o ano, percebemos que, mesmo em

valores nominais, há maior arrecadação de determinado

tributo uma determinada época. Se tomarmos o exemplo do

IPTU, verificamos que a partir de 1989 o seu recolhimento no

mês de janeiro é muito maior do que em qualquer outro mês.

Como o IPTU é o maior componente da receita tributária

municipal, foi estabelecido o mês de janeiro, do ano de

1993, como a data de referência para fazermos as comparações

entre os diversos tributos, próprios ou transferidos, a

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58.

valores constantes em moeda nacional.

IV.3.2. O DEFLATOR UTILIZADO O IGP-DI

Uma vez estabelecida a data de referência para as

comparações em moeda constante, passou-se à procura por um

indice, dentre os inúmeros que são apurados na economia

brasileira como medida da inflação, para fazer-se o

deflacionamento dos valores obtidos em moeda corrente

(Cruzados, Cruzados Novos e Cruzeiros), passando-os para

Cruzeiros constantes de janeiro de 1993.

A opção pelo IGP-DI, Indioe Geral de Preços

Disponibilidade Interna (ver ANEXO I), apurado pelo Instituto

Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getúlio Vargas

(FVG) , deveu-se a vários fatores diferentes.

Inicialmente, este é um indicador

periodicidade mensal, que por longos anos vem

ritmo evolutivo dos preços, como medida

econômico de

registrando o

da inflação

brasileira. Historicamente, este indice procura representar a

evolução dos preços desde 1944, embora sua divulgação date de

1947, tendo como proposta original a medida da tendência

evolutiva dos negócios. Posteriormente, com a introdução

oficial da correção monetária no Brasil, em 1964, ao mesmo

tempo em que crescia a aceleração inflacionária, assistiu-se à

disseminação do uso desse indicador. Desse periodo em diante,

passou-se a utilizá-lo tanto nas Contas Nacionais, como

Deflator do Produto Interno Bruto (PIB), quanto em inúmeras

operações financeiras, em especial nos reajustes contratuais.

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59.

Além disso, o IGP-DI é um indice econômico muito

abrangente, tanto em termos de cobertura geográfica, quanto em

termos do dominio de preços. Está estruturado para captar o

movimento geral de preços através de pesquisa sistemática

realizada em todo o território nacional durante o mês

calendário, isto é, do primeiro ao último dia do mês de

referência. Nessa pesquisa, cobre-se todo o processo

produtivo, desde os preços das matérias-primas agricolas e

industriais, passando pelos preços de produtos intermediários

(semi-elaborados), até os bens e serviços finais consumidos

pelas familias.

Desde 1944 até o presente, calculam-se estimativas

mensais dos movimentos dos preços através do IGP-DI, tendo

sido o método de cálculo usado tradicionalmente o mesmo ao

longo de quase cinco décadas. Por isso foi este o indice

escolhido para o deflacionamento das séries em valores de

moeda corrente, uma vez que seu levantamento não foi alterado

pelos diversos Planos de Estabilização Econômica impostos ã

economia brasileira 1 dentro do periodo estudado.

Como os dados obtidos correspondem ao total da

arrecadação acumulada ao longo de todo o mês, em regime de

caixa, doze meses por ano, e não pudemos precisar como foi a

distribuição desses recolhimentos dentro do intervalo de tempo

estipulado, consideramos que o ingresso das receitas deu-se de

Z Alguns indices econômicos que eram utilizados como a medida oficial da inflação sofreram eJqJUI'gos e mudanças em sua metodologias e também seus periodos de coleta da amostra, como no caso do IPC/IBGE. Essas mudanças faziam-se necessárias para a manutenção artificial da inflação em patamares baixos e garantir a "eficácia" desses planos econômicos.

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60.

maneira uniforme nas duas metades do mês. Ou seja, tomamos

como uma aproximação que os recolhimentos tenham-se processado

de forma homogênea ao longo dos trinta dias do mês. Dessa

forma, estamos utilizando um deflator cujo per iodo de coleta

coincide com o per iodo de observação das entradas dos recursos

de origem tributária e que está centrado no meio do intervalo

de tempo considerado. Deve-se ressaltar, ainda, que o IGP-DI

identifica a variação média dos preços centrados no dia quinze

de um determinado mês contra aqueles centrados no dia quinze

do mês anterior.

IV.3.3. O DEFLACIONAHENTO DAS SSRIES HISTóRICAS

A etapa seguinte do tratamento dos dados brutos foi

o deflacionamento da série histórica de valores acumulados

mensais referentes às receitas tributárias próprias e de

transferência do Municipio do Rio de Janeiro.

Estipulou-se que ao mês de janeiro de 1993, data de

comparação, seria atribuido o Número-Indice de 100 (cem). Este

número-indice, conforme mostra o quadro (IV.1), cresce para os

meses posteriores e diminui para os anteriores, sendo a sua

taxa de crescimento ou diminuição representada pela inflação

do periodo, apurada pelo IGP-DI do mês de referência.

Dessa forma, foi gerada uma série para esse

número-indice, desde janeiro de 1993 até janeiro de 1986, para

poder-se deflacionar os valores em moeda (Cruzeiro) constante

de janeiro de 1993. Para efeito de atualização desta série de

número-indice, a mesma foi estendida até maio de 1993, sendo

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61.

usadas fórmulas diferentes para os cálculos dos valores antes

e depois do mês de referência. Calcula-se o número-indice para

cada mês posterior ao mês de referência janeiro de 1993,

através da seguinte fórmula:

NUM-IND t = NUM-IND t-1 * (1 + IGP-DI t / 100 ) ] onde:

NUM-IND t = NUMERO-Indice no mês de interesse;

NUM-IND t-1 = NUMERO-Indice no mês anterior;

IGP-DI t = Taxa percentual de inflação, pelo IGP-DI, no mês de interesse.

Exemplificando, temos que para o mês de fevereiro de

1993, seu número-indice é 126,51000, resultado da fórmula

abaixo:

NUM-INDfev/93 = NUM-INDjan/93 * ( 1 + IGP-Dlfev/93 / 100 )

NUM-INDfev/93 = 100 * ( 1 + 26,51% / 100 )

NUM-INDfev/93 = 100 * 1,2651 = 126,51000

Já para os meses da série histórica anteriores a

janeiro de 1993, o número-indice é calculado a partir da

seguinte expressão:

[ NUM-IND t = NUM-IND t+1 / (1 + IGP-DI t+1 / 100 )

onde:

NUM-IND t = NUMERO-Indice no mês de interesse

NUM-IND t+1 = NUMERO-Indice no mês posterior

IGP-DI t+1 = Taxa percentual de inflação, pelo IGP-DI, no mês posterior

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62.

Exemplificando, temos que para o mês de dezembro de

1992, seu número-indice é 78,98769, resultado da fórmula

abaixo:

NUM-INDdQz/92 = NUM-INDjan/93 / ( 1 + IGP-Dljan/93 / 100 ) ,

NUM-INDdez/92 = 100 / ( 1 + 27,84% / 100 )

NUM-INDfêv/93 = 100 / 1,2784 = 78,98769

Na página seguinte, encontra-se apresentado o quadro

(IV.1) utilizado para a conversão dos dados brutos em moeda

corrente para valores em moeda constante, desde janeiro de

1986 até dezembro de 1992.

Assim sendo, passamos agora a dispor de uma nova

série de valores acumulados mensais de receitas tributárias

próprias e de transferência para o Municipio do Rio de

Janeiro. Depois de haverem sido geradas essas séries mensais

em moeda constante, passou-se à totalizacão anual dos

recolhimentos, uma vez que dispomos de novos valores

monetários referenciados ao mesmo instante de tempo.

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63.

-----------------------------.------------------ --------_.--------------------------------------

Indice Geral de Precos Indice Geral de Precos Disponibilidade Interna - IGP.DI Disponibilidade Interna - IGP.DI

------------------------------------------------ ------------------------------------------------VARIACAO m NU"ERO VARIACAO (ti NUMERO

Per iodo ---------------------- INDICE Per iodo ------------------.--- INDICE NO "ES NO ANO (JAN/93=1001 NO "ES NO ANO (JAN/93=1001

----------------------------.------------------- ---.--------------------------------------------

1986 0,000053381 1990 0,548691134

JAN 17,788 17,79 0,000043607 JAN 71,90 71,90 0,116048607 FEV 14,979 35,43 0,000050139 FEV 71,68 195,11 0,199226902 MAR 5,523 42,91 0,000051908 "AR 81,32 435,09 0,361235888 A8R (0,5821 42,08 0,000052600 A8R 11,33 495,73 0,402173570 MAl 0,320 42,53 0,000052768 MAl 9,08 549,82 0,438690930 JUN 0,528 43,29 0,000053047 JUN 9 02 608,42 0,478246635 JUL 0,632 44,19 0,000053383 JUL 12;98 700,35 0,540311 083 AGO 1,332 46,11 0,000054094 AGO 12,93 803,83 0,610173250 SET 1,093 47,11 0,000054685 SET 11,72 909,72 0,681655122 OUT 1,386 49,76 O 000055443 OUT 14,16 1.052,69 0,778171912 NOV 2,455 53,44 0;000056804 NOV 11,45 1.253,86 0,913980508 DEZ 7,558 65,03 0,000061098 DEZ 16,46 1.476,64 1,064378604

1987 0,000173402 1991 2,824196778

JAN 12,038 12,04 0,000068452 JAN 19,93 19,93 1,216550842 FEV 14,106 27,84 0,000078108 FEV 21,11 45,25 1,546000876 "AR 14,997 47,01 0,000089822 MAR 7,25 55,77 1,658031490 ABR 20,080 16,53 0,000107858 A8R 8,74 69,39 1,802927299 MAl 27,583 125,23 0,000137608 MAl 6,52 80,44 1,920568221 JUN 25,872 183,50 0,000113210 JUN 9,86 98,23 2,109961666 JUL 9,332 209,95 0,000189374 JUL 12,83 123,66 2,380633679 AGO 4,498 223,89 0,000197892 AGO 15,49 158,31 2,149374676 SET 8,018 249,86 0,000213759 SET 16,19 200,14 3,194614341 OUT 11.148 288,87 0,000237589 OUT 25,85 271 ,72 4,020328714 NOV 14;410 345,14 0,000271968 NOV 25,76 375,02 5,056061669 DEI 15,890 415,87 0,000315183 DEI 22,14 480,18 6,175307864

1988 0,001360626 1992 30,82301

JAN 19,14 19,14 0,000375519 JAN 26,84 26,84 1,83283 FEV 17,65 40,17 0,000441780 FEV 24,79 58,29 9 71490 "AR 18,16 65,62 0,000522020 MAR 20,70 91,06 11,79840 A8R 20,33 99,30 0,000628155 A8R 18,54 126,48 13,98612 MAl 19,51 138,18 0,000150709 MAl 22,45 177 ,32 17 ,12545 JUN 20,83 187,80 0,000901084 JUN 21,42 236,71 20,79308 JUL 21,54 249,78 0,001l02m JUL 21,69 309,75 25,30353 AGO 22,89 329,86 0,001354858 AGO 25,54 414,41 31,16622 SET 25,76 440,59 0,001703847 SET 27,37 555,22 40,46214 OUT 27,58 589,71 0,002173839 OUT 24,94 718,63 50,55264 NOV 27,97 782,61 0,002181845 NOV 24,22 916,94 62,79890 DEZ 28,89 1.037 ,~6 0,003~8~4Q2 DEI 23,70 1.157,94 77 ,68197

1989 0,019319142 1993 281,56521

JAtl 36,~6 36,56 0,004896111 JAN 28,13 28,73 100,00000 FEV 11,80 52,68 0,005414064 FEV 26,51 62,86 126,51000 MAR 4,23 59,13 0,00~705494 MAR 27,81 108,15 161,69243 A8R 5,17 67,36 0,006000444 A8R 28,21 166,86 207,30587 MAl 12,76 88 71 0,0067b5995 "AI 32,27 252,98 274,20347 JUN 26,76 139:22 O,008m892 JUN 30,72 361,42 358,43877 JUL 37,88 229,84 0,011825973 JUL 0,00 361,42 358,43877 ASO 36,48 3~0,16 0,016140221 AGO 0,00 361,42 3~8,43877 SET 38,92 ~25,36 0,022421700 SET 0,00 361,42 358,43877 OUT 39,70 773,62 0,031322759 OUT 0,00 3bI ,42 358,43877 NOV 44,27 1.160,41 0,045190684 NOV 0,00 361,42 3~8,43877 DEZ 49,39 I. 782, 90 0,0b7509370 DEI 0,00 361,42 358,43877

----------------------_.------------------------ ------------------------------------------------Fonte: Centro de Estatistica - IBRE/F6V. Fonte: Centro de Estatistica - IBREIF6V.

O 16P-DI corresponde a aedia ponderada O IGP-DI cor responde a media pDnderada IPA·DI, do IPC (RJ e SPI e do INCe, IPA-DI, do IPC (RJ e SPI e do INCC, COI pesos de 60I, 301 e 101, co. pesos de 601, 301 e 10X, respectivamente. respectivamente.

------------------------------------------------ ------------------------------------------------

Quadro IV.1 - Número-Indice para IGP-DI com Ba.se=100 em Janeiro de 1993

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64.

IV.4. A KVOWCA.O DAS RECEITAS EM DóLAR AMERICANO

o emprego do dólar americano como referência de

valor deveu-se a sua larga utilização como parâmetro de

comparação entre as finanças nacionais públicas e privadas,

assim como a partir dele poderemos ter uma ordem de grandeza

real do total arrecadado pelo Municipio do Rio de Janeiro.

Tendo em mente que nosso intervalo de tempo

utilizado nesse estudo é o mês calendário, utilizou-se uma

série histórica de cotações oficiais/comerciais 1 do câmbio

referente ao dólar americano médio mensal entre a compra e

venda, ou seja, centrado no dia 15 (quinze) de cada mês, da

mesma forma como foi feito para o IGP-DI.

Inicialmente a moeda americana foi tida como

constante, ou seja, sem levarmos em conta a sua desvalorização

interna a inflação americana. Foi utilizado o dólar

americano corrente, com seu valor histórico em cada mês

considerado, obtendo-se uma série de valores da arrecadação

total mensal em dólares correntes.

Como o periodo de estudo abrange uma faixa de anos

em que houve um acúmulo considerável de desvalorização interna

no dólar, passamos então a levar em conta, também, a inflação

americana. Da mesma forma como foi feito para deflacionarmos o

cruzeiro, consideramos a elevação dos preços nos Estados

~ A partir de mlU'ço de 1993, COl/l a decretaçlIo do Plano Brasil Novo e a conseqGente desregulSlZlentaçlIo da economia brasileira, foi extinta a cotaçlIo oficial e P8BBOU a vigorlU' a cotaçlIo do câmbio comercial.

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65.

Unidos, através do Indice de Preços ao Consumidor (CPI)

podendo-se então gerar uma série de nÚIDeros-indices semelhante

àquela obtida através do IGP-DI.

Todavia, como não se dispunham dos dados mensais da

inflação americana, e como seus valores anuais não são

elevados, estimou-se que o total anual processou-se de maneira

uniforme ao longo de todos os meses do ano. Logo, o valor do

deflator mensal usado corresponde à média geométrica de 12

(doze) meses referentes à inflação efetivamente apurada,

calculando-se o valor mensal da inflação com a seguinte

fórmula:

I INFUSA t = { (1 + CPI a ) 1/12 } 1 ] onde:

INFUSA t = Inflação Americana para o mês de interesse;

CPI a = Inflação Americana para o ano de interesse.

Da mesma forma como fora feito com a série de

valores em cruzeiro constante de janeiro de 1993,

acumularam-se os novos valores do total mensal em dólar

constante da mesma data, gerando-se assim as novas séries em

dólar americano constante de janeiro de 1993. Nas próximas

páginas, estão apresentados o quadro (IV.2) com as cotações

médias históricas do dólar americano e, em seguida, o quadro

(IV.3) com o nÚIDero-indice de seu deflacionamento.

1 ,

~ Os valores da inflação americana foram foram obtidos a partir dos dados do CoIlBUl1Jer Price Index, constante da publlcaçlIo INTERNATIONAL FINANCIAL STATISTICS do Fundo 110netári0 Internacional. O último volUDle consultado corresponde ao mês de janeiro de 1993.

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66.

----------------------.------------------.------ ---------------------------.---._---------------

Co taca0 Historica do Dolar Oficial/Colercial Cotacao Historica do Dolar Oficial/Comercial Yalores Medios Mensais entre Compra e Venda Yalores "edios Mensais entre Compra e Venda -----------------------.------------------------ ---------_.---------.-.-.----------------------.

YARIACAO m Cotacao YARIACAO UI Cohcao Per iodo ._--------------._------ Media Periodo ------------------------ Media

NO m NO ANO ( Czn NO "ES NO ANO ( Cr$ I ------------------------------------------------ --------------------------.-----.---------------

1981> 13,1>2 1990 1>8,10

JAN 14,10 14,10 11,28 JAN 54,59 54,59 14,278 FEY 15,21 31,45 13,00 FEY 1>5,10 155,54 23,1>02 MAR 1>,22 39,1>2 13,81 MAR 5B,21> 304,43 37,354 ABR 0,00 39,62 13,81 ABR 27,42 415,33 47,591> MAl 0,00 39,1>2 13,81 MAl 9,43 41>3,93 52,085 JUN 0,00 39,1>2 13,81 JUN 9,45 517,21 57,006 JUL 0,00 39,1>2 13,81 JUL 16,46 biS, 77 66,386 ASO 0,00 39,62 13,81 ASO 7,82 675,01 71,580 SEr 0,00 39,62 13,81 SEr 5,28 715,89 75,356 OUT 0,94 40,94 13,94 OUT 25,91 927,26 94,878 NOY 0,99 42,33 14,07 NOV 29,43 1.229,60 122,802 DEZ 3,11 46,75 14,51 DEZ 25,63 1.570,41 154,279

1987 39,14 1991 ló,83 405,96

JAN 7,92 7,92 15,66 JAN 23,94 23,94 191,215 FEV 15,53 24,68 18,09 FEV 15,67 43,36 221,175 MAR 15,83 44,41 20,95 MAR 4,26 49,47 230,595 ABR 12,B6 1>2,98 23,65 A8R 9,31> 63,46 252,180 MAl 29,84 111,62 30,71 MAl 8,01 76,55 272,380 JUN 28,13 171,14 39,34 JUN 9 22 92,82 297,485 JUL 13,93 208,90 44,82 JUl 10;51> 113,19 328,905 ASO 4,89 224,00 47,01 ASO 12,70 140,25 370,660 SET 5,80 242,81 49,74 SET 15,69 177 ,94 428,800 OUT 7,10 21>7,15 53,27 OUT 35,87 277,1>2 582,m NOV 11,Ql 307,59 59,14 NOV 26,33 377,04 735,9ó5 DEZ 13,82 363,91 67,31 DEZ 30,39 521,99 959,605

1988 261,73 1992 4.500,39

JAN 15,08 15,08 77 ,46 JAN 23,71 23,71 1.187,08 FEV 11>,98 34,62 90,62 FEV 23,91 53,28 1.470,87 MAR 17,94 58,77 106,87 "AR 22,15 87,23 1.791>,66 ABR 17,31 86,25 125,37 ABR 22,12 128,64 2.194 ,01 "AI 19,85 123,23 150,26 MAl 19,31 172,78 2.m ,58 JUN 18,,7 11>4,23 177 ,86 JUN 20,1>7 229,17 3.15B,72 JUl 21,04 219,83 215,29 JUl 20,81 297,66 3.815,94 ASO 23,90 291>,27 2óó,74 ASO 22,09 385,49 4.658,75 SEI 22,00 383,45 325,42 SET 23,48 499,48 5.752,1>0 OUT 21>,20 510,09 410,67 OUT 24,98 649,23 7.189,1>3 NOV 27,80 679,70 524,84 NOV 25,17 B37 ,84 8.999,1>0 DEI 27,53 894,39 61>9,36 DEZ 24,04 1.01>3,,2 11.163,25

1989 HCz$ 2,83 1993 37.1>50,72

JAN 34,1>1 34,61 0,901 JAN 25,33 25,33 13.991,27 FEY 10,71 49,02 0,998 fEV 29,60 62 44 IB.133,24 "AR 0,00 49,02 0,998 MAR 24,04 101;49 22.493,32 ABR 1,50 51,26 1,013 ABR 21>,23 154,35 28.393,20 "AI B"O 63,81 1,097 "AI 30,05 230,78 36.925,85 JUN 21,66 99,30 1,334 JUN 28,39 324,70 47.410,25 JUl 43,14 185,27 1,910 JUl 0,00 324,70 47.410,25 AGO 29,30 21>8,81> 2,469 ASO 0,00 324,70 47.410,25 SET 32,00 ,86,BB 3,259 SET 0,00 324,70 47.410,25 OUT 37,43 569,15 4,479 OUT 0,00 324,70 47 .410,25 NOV 39,15 B31,12 6,233 NOV 0,00 324,70 47.410,25 DEZ 48,19 1.279,83 9,m DEZ 0,00 324,70 47.410,25

------------------------------------------------ ------------------------------------------------Fonte: Banco Central Fonte: Banco Central

ElETROBRAS - Resenha Estatistica ElETROBRAS - Resenha Estatistica Boletins de 1981> a 1992. Boletins de 1986 a 1992.

------------------------------------------------ ------------------------------------------------

Quadro IV_2 - Cotações Médias Históricas do Dólar Americano

Page 78:  · o IMPACTO DA CONSTITUIçnO :FEDERAL DE ~9BB SOBRE AS RECEITAS TRIBUTARIAS :DO MUNICIPIO :DO RIO DE JANEIRO Antonio Pedro Perez Alves de Faria DISSERTAÇAO SUBMETIDA

67.

--------------------------------------------- ---------------------------------------------Indice Seral de Precos Indice Seral de Precos Eslados Unidos da Aierica - CPI-USA Estados Unidos da Alerica - CPI-USA --------------------------------------------- ---------------------------------------------

VARIACAO (X) NUMERO VARIACAO (X) NUMERO Per iodo -------------------- INDICE Periodo -------------------- INDICE

NO MES NO ANO (JAN/93=100) NO MES NO ANO (JAN/93=100) --------------------------------------------- ---------------------------------------------

1986 77,11554 1990 90,46428

JAN 0,16 0,16 76,45203 JAN 0,44 0,44 88,29961 FEV 0,31 0,16 76,57204 FEV 0,88 0,44 88,68m MAR 0,47 0,16 76,69223 MAR 1,32 0,44 89,07700 ABR 0.63 0,16 76,81262 ABR 1,77 0,44 89,46825 MAl 0;79 0,16 76,93319 MAl 2,22 0,44 89,86122 JUN 0,95 0,16 77 ,05396 JUN 2,66 0,44 90,25592 JUL 1,10 0,16 77 ,17491 JUL 3,12 0,44 90,65236 ASO 1,26 0,16 77 ,29605 ASO 3,57 0,44 91,05053 SfT 1,42 o,a 77 ,41738 SET 4,02 0,44 91,45045 OUT 1,58 0,16 77 ,53891 OUT 4,48 0,44 91,85213 NOV 1,74 0,16 77,66062 NOV 4,94 0,44 92,25558 OEl 1,90 0,16 77,78252 DEZ 5,40 0,44 92,66079

1987 79,33276 1991 94,80514

JAN 0,30 0,30 78,01838 JAN 0,35 0,35 92,98646 FEV 0,61 0,30 78,25495 FEV 0,70 0,35 93,31327 "AR 0,91 0,30 78,49224 "AR 1,06 0,35 93,64123 A8R 1,22 0,30 78,73025 ABR 1,41 0,35 93,97034 "AI 1,53 0,30 78,96898 MAl 1,77 0,35 94,30061 JUN 1,83 0,30 79,20843 JUN 2,13 0,35 94,63203 JUL 2,14 0,30 79,44861 JUL 2,49 0,35 94,96463 ASO 2,45 0,30 79,68952 ASO 2,85 0,35 95,29839 SfT 2,76 0,30 79,93116 SET 3,21 0,35 95,63332 OUT 3,07 0,30 80,17353 OUT 3,57 0,35 95,96944 NOV 3,39 0,30 80,41663 NOV 3,93 0,35 96,30673 OEZ 3,70 0,30 80,66048 DEZ 4,30 0,35 96,64521

1988 82,39765 1992 98,31233

JAN 0,33 0,33 80,92454 JAN 0,26 0,26 96,89922 FEV 0,66 0,33 81,18946 FEV 0,53 0,26 97,15391 MAR 0,99 0,33 81,45526 "AR 0,79 0,26 97,40926 ABR 1,32 0,33 81,72192 ABR 1,06 0,26 97,66529 "AI 1,65 0,33 81,98946 MAl 1,32 0,26 97,92198 JUN 1,98 0,33 82,257B7 JUN 1,59 0,26 98,17936 JUL 2,31 0,33 82,52716 JUL 1,85 0,26 98,43740 ASO 2.65 0,33 82,79733 ASO 2,12 0,26 98,69b13 SfT 2;99 0,33 83,06839 SET 2,39 0,26 98,95554 OUT 3,32 0,33 B3,34033 our 2,66 0.26 99,21563 NOV 3,66 0,33 83,61317 NOV 2,93 0;26 99,47640 DEZ 4,00 0,33 83,88690 OEZ 3,20 0,26 99,7:1786

1989 86,05233 1993 100,24093

JAN 0,39 0,39 84,21528 JAN 0,26 0,26 100,00000 FEV 0,78 0,39 84,54495 FEV 0,26 0,00 100,26283 MAR 1,18 0,39 84,87591 MAR 0,26 0,00 100,26283 A8R 1,58 0,39 85,20817 ABR 0,26 0,00 100,26283 "AI 1,97 0,39 85,54172 MAl 0,26 0,00 100,26283 JUN 2,37 0,39 85,87659 JUN 0,26 0,00 100,26283 JUL 2,77 0,39 86,21276 JUL 0,26 0,00 100,26283 ASO 3,17 0,39 B6,55025 ASO 0,26 0,00 100,26283 SET 3,58 0,39 86.88906 SfT 0,26 0,00 100,26283 OUT 3,98 0,39 87;22919 OUT 0,26 0,00 100,26283 NOV 4,39 0,39 87,57066 NOV 0,26 0,00 100,26283 OEZ 4,80 0,39 87,91347 DEl 0,26 0,00 100,26283

--------------------------------------------- ---------------------------------------------Fonte: Fundo "onelario Internacional Fonte: Fundo "onetario Internacional

Inlernalional FinanciaI Statistics International Financiai Slatistics Boletins de 1986 a 1992. Boletins de 1986 a 1992.

--------------------------------------------- ---------------------------------------------

Quadro IV.3 - Número-Indice para CPI-USA com Janeiro de 1993

Base=100 em

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V. 1. INTRODUÇ1l0

CAPITULO V

APRESENTAÇ1l0 E ANALISE OOS DADOS

68.

Neste capitulo será feita a apresentação dos valores

da arrecadação tributária do Municipio do Rio de Janeiro,

assim como a análise da evolução real dessas receitas.

Será avaliado o comportamento da Receita Tributária

Total e de suas duas componentes: Receitas Tributárias

Próprias e Receitas Tributárias de Transferência. Além disso,

será feita uma abertura dessas componentes de forma a

o comportamento das receitas oriundas de cada um dos

que as integram.

avaliar

tributos

V.2. APRESENTAÇ1l0 E ANALISE OOS DADOS

Como já foi esclarecido anteriormente, as receitas

tributárias do Municipio do Rio de Janeiro compõem-se de duas

Receitas de

da evolução

parcelas: Receitas Próprias e

Inicialmente faremos uma análise

Tributárias Próprias e depois das Receitas

Transferência.

Transferência.

das Receitas

Tributárias de

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69.

V. 2 .1. EVOWÇ.AO DAS RECEITAS TRIBUTARIAS PRóPRIAS NO PERIODO DE 1986 A 1992

As Receitas Tributárias Próprias do Municipio do Rio

de Janeiro, até a promulgação da Constituição Federal de 1988,

consistiam basicamente de dois impostos e das taxas

municipais. Desses impostos, um correspondia à tributação

sobre o patrimônio (imposto direto), Imposto sobre a

Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). O outro

correspondia à tributação sobre a receita originária da

prestação de determinados serviços especificos (imposto

indireto), serviços estes elencados no Código Tributário

Municipal e de acordo com Lei Complementar Federal, que é o

Imposto sobre os Serviços de Qualquer Natureza (ISS). No

tocante às taxas, o Municipio as cobrava, e ainda o faz, em

função tanto do exercicio regular do poder de policia

administrativa, quanto da prestação de determinado serviço

especifico posto à disposição dos cidadãos. Portanto, até 1988

inclusive, as receitas próprias eram oriundas de apenas dois

impostos e algumas taxas.

A partir da promulgação da Constituição Federal, .em

1988, ficaram reservados aos municipios brasileiros, além

daqueles dois impostos e das taxas instituidas em função de

alguma contraprestação estatal, dois novos tributos: o Imposto

sobre a Transmissão inter vivos, por ato oneroso, de Bens

Imóveis e de Direitos Reais sobre Imóveis (ITBI); e o Imposto

sobre Vendas a Varejo de Combustiveis Liquidos e Gasosos,

exceto o óleo diesel (IVVC). Todavia, a nova realidade

tributária somente começou a operar seus efeitos práticos a

partir 01.03.89, ficando reservado ao ano de 1989 o caráter de

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70.

transição entre o novo e o antigo ordenamento tributário da

federação brasileira.

Ao apresentarmos os dados coletados, estaremos

exprimindo com a notação de Cr$ os valores em moeda nacional

constante de janeiro de 1993, obtidos pelo deflacionamento

através do IGP-DI. Da mesma forma, a notação US$ indicará

valores em dólar americano constante de janeiro de 1993,

obtidos pelo deflacionamento através do IPC daquele pais.

A Receita Própria do Municipio do Rio de Janeiro

apresenta, dentro do periodo estudado, um comportamento de

queda nos anos de 1987 e 1988, se comparada a 1986. A partir

de 1989, a receita passa a apresentar elevada tendência de

crescimento, registrando seu maior valor em 1991. Dai em

diante torna a apresentar queda no exercicio fiscal de 1992,

embora situando-se em patamar bem superior ao do inicio do

periodo, conforme poder ser visto nos quadros (V.1) e (V.2) e

nos gráficos (V.1) e (V.2), constantes das páginas seguintes.

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ANO

1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992

MEDIA D.PAD.

ANO

1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992

MEDIA D.PAD.

MUNIClPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA TRIBUTARIA PROPRIA ANUAL EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993

( 1986 A 1992)

TRIBUTOS IPTU ISS ITBI IVVC TAXAS DIV.AT.

( Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993 ) 3.009 3.43.5 O O 427 399 2181 3.0.56 O O 823 312 2.044 2.992 O O .546 303 3.179 3.133 .501 340 420 223 4.020 3..580 433 394 833 196 7.021 4.039 4.54 417 1.169 4.53 .5.380 3.727 449 369 8.56 442 3.833 3.423 4.59 380 72.5 333 1.67.5 3.59 2.5 29 2.53 9.5

TRIBUTOS IPTU ISS ITBl IVVC TAXAS DIV.AT. (%) (% ) (%) (% ) (%) (% )

41 47 O O 6 5 34 48 O O 13 5 35 51 O O 9 5 41 40 6 4 5 3 43 38 5 4 9 2 52 30 3 3 9 3 48 33 4 3 8 4 42 41 5 4 8 4 6 7 1 1 2 1

71.

RECEITA ANUAL (Cr$BI)

7.270 6.372 .5.88.5 7.796 9.4.56

13..5.53 11.223 8.793 2 . .581

RECEITA ANUAL

(% ) 100 100 100 100 100 100 100 100 O

Quadro V.1 - Receita Própria Anual em Cr$ Bilhões

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RECEITA TRIBUTARIA PROPRIA ANUAL MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-l986 a 1992

(')

~ 1~~~~r-----------------~~~----1

~ 12000~················································· ............................. . w o 00 lQ~~~t"················································ .................. ~~ .. w o I -' Q) <I> 6.fV"or·.M········· ~

Ü ::2; 4. 1lM.Y'J·········

W

~ 2 (Vlf'~.vr········ Ui ü w ~ 1~1~1~1~1~1~1~

ANOS

Gráfico V_I - Receita Própria Anual em Cr$ Bilhões

72.

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ANO

1986 1987

1988

1989

1990 1991 1992

MEDIA D.PAD.

ANO

1986 1987

1988

1989 1990 1991

1992

MEDIA

D.PAD.

MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA TRIBUTARIA PROPRlA ANUAL

EM US$ MILHOES DE JANEIRO DE 1993

( 1986 A 1992)

TRIBUTOS

IPTU ISS ITBI IVVC TAXAS DIV.AT.

( US$ MILHOES DE JANEIRO DE 1993 )

1S2 175 O O 22 20 122 170 O O 46 17

125 185 O O 34 19

221 231 38 25 31 17 375 327 40 36 80 18

522 300 34 31 88 34 367 255 31 25 58 30

269 235 36 29 51 22

143 58 4 5 24 6

TRIBUTOS

IPTU ISS I TB 1 IVVC TAXAS DN.AT. (% ) (%) (%) (% ) (%) (% )

41 47 O O 6 6 34 4S O O 13 5

34 51 O O 9 5

39 41 7 5 5 3

43 37 5 4 9 2 52 30 3 3 9 3

48 33 4 3 8 4

42 41 5 4 " 4 <.>

6 7 1 1 2 1

73.

RECEITA

ANUAL

( US$MI)

368 355

362

563

877

1.008 766

614

251

RECEITA

ANUAL

(% ) 100 100

100

100 100 100

100

100

O

Quadro V.2 - Receita Própria Anual em US$ Milhões

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RECEITA TRIBUTARIA PROPRIA ANUAL

(') (1)

z: ~ w O (f) w O I ....I

::i: .... (f)

::J ::i: w ~ w Ü w a:

1

1

MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992

1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 ANOS

I ~ RECaTA PROPR'U"" I

Gráfico V.2 - Receita Própria Anual em US$ Milhões

74.

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75.

A Receita Própria Total Anual em 1992 foi de

Cr$ 11.222,70 Bilhões de janeiro de 1993, equivalentes a

US$ 766,46 Milhões1 da mesma data. Comparando-se os valores em

moeda constante, verifica-se que a arrecadacão própria total

era de Cr$ 7.270,10 Bilhões em 1986, caindo para Cr$ 6.371,86

Bilhões em 1987, Cr$ 5.884,97 Bilhões em 1988, voltando a

crescer para Cr$ 7.795,63 Bilhões em 1989. Dai em diante,

acentua-se a tendência de crescimento, registrando seu maior

valor histórico de Cr$ 13.552,81 Bilhões em 1991

aproximadamente US$ 1.008,00 Milhões, regredindo para o

patamar de Cr$ 11.222,70 Bilhões em 1992, embora ainda em

posiCão bem superior ao periodo de 1986 a 1989.

Quando passamos à análise em dólar constante,

verificamos um comportamento bem semelhante àquele em cruzeiro

constante, à exceção do ano de 1988. Neste caso verifica-se

uma tendência de estabilizacão em relacão ao ano anterior, ao

passo que a comparacão em moeda nacional apresentava queda de

6% em relacão a 1987.

A seguir, será feita uma verificação pormenorizada

da evolucão da receita proveniente de cada um dos tributos

relacionados anteriormente e que compõem a Receita Tributária

Própria. A coluna referente à "Divida Ativa", apresentada nos

quadros da Receita Própria, não será objeto de análise, uma

~ cabe ressaltar que a equivalência para o dólar americano nUo foi obtida pela simples conv.ersKo do total acumulado em cruzeiros constantes de janeiro de 1993 pelo dólar médio daquele més. Outrossim, esta paridade foi feita a partir do somatório anual das receitas

~ acumuladas mensais convertidas pelo dólar histórico da época e deflacionadas pelo lndice de Preços ao COnsumidor dos Estados Unidos, buscando-se uma comparação mais realista.

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76.

vez que sob esta rubrica estão agrupados créditos de inúmeros

tributos, pagos em atraso, e às multas pelo não-pagamento dos

mesmos. Na fonte de informação utilizada, não havia forma de

separar os créditos tributários de cada um dos tributos

isoladamente. Esses créditos recolhidos com atraso são feitos

por via amigável ou judicial.

Todos os valores de cada um dos tributos (impostos e

taxas) de competência própria do Municipio do Rio de Janeiro

devem ser enfocados como sendo provenientes de uma análise

gerencial e não contábil. A rigor, também estão alocados sob

essas rubricas seus autos de infração, que não constituem

tributos propriamente ditos. Todavia, segundo as informações

obtidas junto ao Tesouro Municipal, a participação desses

autos é pequena o suficiente para aproximarmos esses valores

como sendo de origem estritamente tributárias.

Estão apresentados quadros-resumos e gráficos que

simplificam a apresentação dos valores pesquisados, tendo

ficado a maioria dos dados originais no ANEXO 11 ao presente

trabalho, uma vez que seria por demais exaustiva a

apresentação integral de todas as informacões coletadas dentro

da estrutura principal do mesmo.

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77.

V.2.l.l A EVOUUÇAO DAS RECEITAS DO I P T U

As receitas oriundas do IPTU são de grande

importância dentro do cômputo geral da arrecadação total

própria do Municipio do Rio de Janeiro. Ao longo do periodo

observado desde 1986 até 1992, a receita do IPTU1

correspondeu, em média, a 42% do total da arrecadação

tributária própria. A análise em cruzeiros constantes

demonstra que em 1986 o IPTU participava com 41% do total dos

recursos próprios, reduzindo-se esta participação para 34% e

35% em 1987 e 1988, respectivamente. Apresenta tendência de

crescimento nos anos posteriores, alcançando o máximo de 52%

de participação em 1991, voltando a cair em seguida para 48%

em 1992. Se passarmos à análise em dólares constantes, o

resultado será praticamente o mesmo, apresentando uma

participação média de 42%, partindo do patamar inicial de 41%,

em 1986, alcançando o pico de 52% em 1991, voltando a cair

para 48% em 1992.

No que tange aos valores arrecadados, observa-se uma

clara tendência inicial de queda nos anos de 1987 e 1988, em

relação a 1986. Dai em diante, depois de 1989, a receita desse

tributo experimenta uma acentuada elevação, quando alcança seu

maior valor histórico em 1991, reapresentando queda no

exercicio fiscal de 1992.

~ Em verdade, sob a rubrica do IPl'U, também estão col11PUtadas as receitas de duas t8.X1J8 de serviços: Taxa de IlUJIlinaçl[o Pública -TIP; e Taxa de Coleta de Lixo e Limpeza Pública (TCLLP). Essas duas taxas, por sÍJDplificação de arrecadaçl[o, são lançadas no meB1110 carné do IPl'U e, por este motivo, integram as receitas daquele ~sto dentro dos boletins da Coordenação do Tesouro ~icipe.l.

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78.

A arrecadação anual total do IPTU em 1992 foi de

Cr$ 5.380,47 Bilhões, equivalentes a US$ 367,11 Milhões. Ao

observarmos os dados deflacionados, percebemos que a receita

do IPTU era de Cr$ 3.179,00 Bilhões em

faixa de Cr$ 2.000,00 Bilhões em 1987

1986, caindo para a

e 1988,

patamar de Cr$ 3.180,00 Bilhões em 1989. A partir

voltando ao

dai começa

uma trajetória altamente ascendente, mudando o patamar para

Cr$ 4.000,00 Bilhões em 1990, alcançando seu maior valor

histórico de Cr$ 7.021,00 Bilhões em 1991 aproximadamente

US$ 522,00 Milhões, voltando a apresentar queda em 1992 para

Cr$ 5.380,00 Bilhões, mas ainda assim situando-se em posição

bem superior àquela do periodo 1986 a 1989. Dentro da série

estudada, a arrecadação média do IPTU situou-se em

Cr$ 3.833,44 Milhões, equivalentes a US$ 269,05 Milhões, como

mostrado no gráfico (V.3).

A análise feita em dólar constante evidencia uma

tendência comportamental muito semelhante ao longo de todo o

periodo estudado, conforme o gráfico (V.4). Todavia, o que se

pode verificar foi uma variação percentual muito mais

acentuada em moeda estrangeira, em relação ao estudo feito em

moeda nacional. Exemplificando, temos que a diferença entre o

valor arrecadado em 1987 e o máximo histórico, em 1991, foi de

328%, ao passo que essa diferença em cruzeiro constante foi de

222%. Da mesma forma, a receita do IPTU em dólar, em 1992, foi

142% maior que aquela de 1986; já a relação obtida em cruzeiro

constante mostra um acréscimo de apenas 79%.

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RECEITA ANUAL DO I P T U MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO·1986 a 1992

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W O W ~ 1~1~1~1~1~1~1~

ANOS

IL\'IIIPTU erncrt I

Gráfico V.3 - Receita do Anual do IPTU em Cr$ Bilhões

79.

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1

RECEITA ANUAL DO I P T U MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992

1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 ANOS

Gráfico V.4 - Receita do Anual do IPTU em US$ Milhões

80.

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81.

V.2.1.2 A EVOLUÇAO DAS RECEITAS DO ISS

Igualmente às receitas provenientes do IPTU, as do

ISS também são de grande importância dentro do total da

arrecadação tributária do Municipio do Rio de Janeiro,

conforme o gráfico (V.7). No intervalo considerado, de 1986 a

1992, as receitas do ISS representaram, em média, 41% do total

da arrecadação tributária própria. Juntos, portanto, o IPTU e

o ISS corresponderam, em média, a 83% (oitenta e três por

cento) da arrecadção própria municipal.

A análise em cruzeiro constante demonstra que em

1986 o ISS detinha a maior participação isolada, 47% do total

arrecadado, mantendo este patamar em 48% e 51% para os anos de

1987 e 1988, respectivamente. A partir de 1989, embora a

arrecadação do ISS aumente, sua participação na receita

própria total começa a cair para o indice de 40%, até alcançar

seu menor valor em 1991 com 30%, voltando a crescer para 33%

em 1992.

Passando ã análise em dólar constante, verificamos o

mesmo comportamento anterior, cor respondendo ao ISS uma

participação média de 41%, partindo de 47% em 1986, alcançando

o pico de 51% em 1988 e o valor mais baixo de 30% em 1991,

voltando a crescer para 33% em 1992.

Quando comparamos os valores arrecadados pelo ISS

àqueles do IPTU, verificamos a mesma tendência comportamental:

queda nos anos de 1987 e 1988, em relação a 1986, seguida de

recuperação a partir de 1989 até alcançar seu ápice em 1991,

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82.

voltando a cair em 1992. Embora o ISS registre tendência

comportamental semelhante, as oscilações

arrecadados não são tão fortes quanto aquelas

pelo IPTU.

nos valores

experimentadas

A arrecadação anual total do

Cr$ 3.726,94 Bilhões, equivalentes a

ISS em 1992 foi

US$ 254,86 Milhões.

de

Ao

estudarmos a evolução da receita do ISS em valores constantes,

verificamos que esta situava-se, em 1986, em Cr$ 3.435,00

Bilhões, 15% superior à do IPTU, caindo para a faixa de

Cr$ 3.000,00 Bilhões em 1987, 1988 e 1989. Em 1990 volta a

crescer, passando para o patamar de Cr$ 3.580,00 Bilhões.

Alcançou seu maior valor histórico de Cr$ 4.039,00 Bilhões em

1991 - cerca de US$ 327,00 Milhões, voltando a apresentar

queda em 1992 para Cr$ 3.727,00 Bilhões, valor este pouco

superior ao do ano de 1990. Diferentemente da arrecadação do

IPTU, a do ISS não apresentou variação tão acentuada ao longo

do periodo estudado, mantendo o valor médio de Cr$ 3.423,22

Bilhões, registrando o valor máximo de Cr$ 4.039,43 Bilhões e

o minimo de Cr$ 2.992,22 Bilhões.

Ao analisarmos essa receita em dólar, verificamos

comportamento parecido ao longo do periodo estudado, exceto em

1988, onde começa a ser delineada a tendência de crescimento

um ano mais cedo que na análise em cruzeiro. Cabe ressaltar

ainda que o pico da arrecadção aconteceu em 1990, com

US$ 327,29 Milhões. A diferença entre o maior e o menor valor

em dólares situou-se em 93%, enquanto que em cruzeiros não

passou de 35%, conforme mostram os gráficos (V.5) e (V.6).

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RECEITA ANUAL DO ISS MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992

1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 ANOS

Gráfico V.5 - Receita do Anual do ISS em Cr$ Bilhões

83.

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RECEITA ANUAL DO ISS MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992

1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 ANOS

Gráfico V_6 - Receita do Anual do ISS em US$ Milhões

84.

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RECEITA ANUAL DO IPTU E DO ISS MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992

M~mm~~~~~~~~~~~~~~~~ ~ ~ 12.000 .................................................................................................................... . w O f3 10.000 ....................................................................................................................... .

~ ~ 8.000 .................................................................................................................... .

6.000 ......................... ~ .... ::: ... "" .... _.L

4.000 ..................................................................................... .

2.000L-.---~==~~--.----r--~----~ 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992

ANOS

I ~ I P T U M1 Crt '*"" I a 8 em Crt ..... REC8TA PF!OPRII\ I

Gráfico V_7 - Receita do Anual do IPTU e do ISS em Cr$ Bilhões

85.

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86.

v . 2 .1. 3 A KVOLUçnO DAS RECEITAS DO I T B I

As receitas

competência municipal

provenientes do ITBI, imposto de

exclusivamente a partir de 1989,

apresentam uma peculiaridade em relação aos outros impostos

municipais, à exceção do IVVC. Esses dois "novos" impostos

começaram a ser arrecadados pelo Municipio do Rio de Janeiro

de 1989 em diante, por isso não registram receitas anteriores

àquele ano. A parcela de repasse estadual que a Prefeitura

recebia do extinto Imposto de Transmissão, de competência dos

Estados e do Distrito Federal, aparecerá nos itens referente

às receitas tributárias de Transferência até o ano de 1988,

inclusive.

A arrecadação desse novo tributo municipal não

representa parcela muito significativa do total anual. Entre

os anos de 1989 e 1992, equivaleu à média de 4,6% das receitas

tributárias próprias avaliadas em cruzeiros constantes,

registrado sua maior participação em 1989, com 6,4% do

e a menor em 1992, com 4,0%.

tendo

total,

Ao analisarmos os valores arrecadados através do

ITBI dentro do periodo estudado, verifica-se tendência inicial

de queda de 1989 para 1990, passando a um per iodo de

estabilização até 1992. Os recolhimentos do ITBI em 1989 foram

de Cr$ 501,10 Bilhões, equivalentes a US$ 38,08 Milhões. Em

1990 sofreu queda para Cr$ 432,98 Bilhões, mantendo-se nesta

faixa até 1992, quando registrou o valor de Cr$ 448,91

Bilhões, equivalentes a US$ 30,71 Milhões. O gráfico (V.8)

mostra essa evolução em cruzeiros.

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87.

Quando passamos a fazer a análise em dólar

constante, verificamos que o ápice da arrecadação do ITBI

deu-se no ano seguinte ao verificado na análise anterior, isto

é, em 1990 ao invés de 1989, com o total de US$ 40,00 Milhões.

Todavia, este acréscimo representa somente 5% sobre o valor

arrecadado no ano anterior. A partir desse ano evidencia-se

clara tendência de queda, registrando o valor minimo de

US$ 30,71 Milhões em 1992, o que equivale à diminuição de 23%

em relação a 1990, conforme demonstra o gráfico (V.9).

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RECEITA ANUAL DO I T B I MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992

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ANOS

ILW ITBI.Mri«pOI I

Gráfico V.8 - Receita do Anual do ITBI em Cr$ Bilhões

88.

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RECEITA ANUAL DO I T B I MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO·1986 a 1992

1a1i1ITel.~ I

Gráfico V.9 - Receita do Anual do ITBI em US$ Milhões

89.

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90.

V.2.1.4 A EVOUUÇXO DAS RECEITAS DO I V V C

Os ingressos de recursos tributários oriundos do

IVVC guardam muitas semelhanças com aqueles do ITBI, na medida

que este também é um novo imposto, introduzido na

tributária municipal pela Constituição Federal de

competência

1988. Este

novo imposto veio a suprir, de forma bem mais generosa, a

ausência do repasse federal do Imposto Unico sobre

Combustíveis e Lubrificantes, que foi extinto com a nova Carta

Magna. Dessa forma somente dispõem-se de valores referentes a

esse tributo a partir do ano de 1989, quando passou a vigorar

o novo Sistema Tributário Nacional.

Semelhantemente ao que foi observado para o ITBI, a

arrecadação do IVVC também corresponde a parcela bem pequena

do total anual, até mesmo porque a Constituição Federal fixa

sua alíquota máxima em 3% (três por cento). Dentro do período

estudado, a arrecadação do IVVC correspondeu à média anual de

3,7% do total dos recursos tributários próprios avaliados em

cruzeiros constantes, tendo alcançado o máximo de 4,4% em 1989

e o mínimo de 3,1% em 1991.

A arrecadação do IVVC começa em 1989 com o total

anual de Cr$ 340,18 Bilhões, registrando pequena alta nos anos

de 1990 e 1991, voltando a cair para o valor de Cr$ 368,72

Bilhões. Em verdade, essa tendência de crescimento pode ser

vista como de estabilidade, uma vez que o primeiro e o último

ano de dados apresentam valores bem próximos um do outro, e a

diferença entre o maior e o menor valor não excede a 23% do

menor, conforme atesta o gráfico (V.10).

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Se fizermos a

observaremos comportamento

nacional, iniciando com o

análise em

semelhante

valor de

dólar

àquele

91.

constante,

em moeda

US$ 25,36 Milhões,

alcançando o máximo de US$ 36,17 Milhões em 1990, caindo para

o total de US$ 25,24 Milhões em 1992. Na avaliação em dólar,

verificamos que a aparente tendência de estabilidade não torna

a manifestar-se, na medida em que a diferença entre o maior e

o menor valor agora é de 43% sobre o último. Isto indicaria

tendência de queda na arrecadação do IVVC, nos últimos três

anos, se avaliada em dólar, mostrada no gráfico (V.11).

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Ü 1 :2 w 1 ;:!

RECEITA ANUAL DO I V V C MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO·1986 a 1992

w Ü w ~ 1~1~1~1~1~1~ 1~

ANOS

Gráfico V.10 - Receita do Anual do IVVC em Cr$ BilhõeB

92.

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:2 ... (j) ::J :2: w ~ w ü

RECEITA ANUAL DO I V V C MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992

~ 1~1~1~1~1~1~ 1~ ANOS

11\\1 IVVC omUSf I

Gráfico V_ll - Receita do Anual do IVVC em US$ Milhões

93.

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94.

V.2.1.5 A KVOLUçnO DAS RECEITAS DAS T A X A S

As receitas provenientes das Taxas1 cobradas pelo

Municipio do Rio de Janeiro, seja pela prestação de um

determinado serviço público, seja pelo exercicio regular do

poder de policia administrativa, representam cerca de 8% do

total das receitas tributárias próprias.

o produto da arrecadação das Taxas é a terceira

maior fonte de renda tributária própria municipal. Situa-se

atrás apenas dos dois principais impostos (IPTU e ISS), mas

está ã frente dos outros dois impostos (ITBI e IVVC) , conforme

o gráfico (V.14). Dentro desse subitem da receita própria,

encontram-se relacionadas 9 (nove) taxas municipais: Taxa de

Fiscalização de Transporte Coletivo; Taxa de Licença para

Estabelecimento e Funcionamento; Taxa de Autorização de

Publicidade; Taxa de Uso de Area Pública; Taxa de Obras em

Areas Particulares; Taxa de Expediente; Taxa de Inspeção

Sanitária; Taxa de Fiscalização de Cemitérios; e Taxa do

Licenciamento e Fiscalização de Obras Realizadas em

Logradouros Públicos. Dentre essas, a Taxa de Licença para

Estabelecimento e Funcionamento2 representa cerca de 50%

(cinqüenta por cento) do total da arrecadação das taxas

municipais.

2 COmo Já foi menoionado anteriormente, não estão oo~tadas aqui a Taxa de Iluminação FUblioa -TIP e nem a Taxa de COleta de Lixo e Limpeza Ríblioa (TCLLP) que, por faoilidade de oobrança administrativa, estão lançadas no próprio oarn& do IP1'U, oompondo por este motivo a reoeita assooiada àquele imposto.

2 Devido a inúmeras ações Judioiais imPetradas oontra o ~amento da renovação anual dessa taxa, tendo sido por fim reoonheoido o direito da t.mnioipalidade a sua oobrança, esta fioou oonheoida oomo Taxa de Alvará.

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Ao longo do periodo de estudo, a receita das

elencadas neste subgrupo representou, em média, 8,4%

receitas tributárias próprias municipais. Na análise

95.

taxas

das

em

cruzeiro constante, observa-se que em 1986 a receitas das

Taxas correspondia a 5,9% do total arrecadado, tendo essa

participação saltado para 12,9% no ano seguinte, representando

um crescimento de 119%. A partir de 1988, experimenta periodos

de maior e menor participação, embora situando-se sempre em

patamar bem acima do inicial. A análise em dólar constante

também denota comportamento semelhante, apresentando o mesmo

valor médio de 8,4%.

Passando ao enfoque dos valores absolutos

arrecadados em cruzeiros constantes, observa-se que o total de

Cr$ 427,35 Bilhões referentes a 1986 elevou-se para Cr$ 822,80

Bilhões no ano seguinte. Depois inicia-se um periodo de queda,

retornando em 1989 ao mesmo patamar do ano de 1986. A partir

dai começa uma ascenção bem elevada, alcançando a arrecadação

das Taxas seu maior valor histórico de Cr$ 1.169,26 Bilhões em

1991, voltando a cair em 1992 para Cr$ 855,66 Bilhões,

mostrada no gráfico (V.12).

A análise em dólar constante também demonstrou a

mesma tendência ao longo do tempo. Inicialmente parte-se do

valor total de US$ 21,55 Milhões em 1986, registrando o máximo

de US$ 87,79 Milhões em 1991, voltando a cair para US$ 58,40

Milhões em 1992, segundo o gráfico (V.13).

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1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 ANOS

Gráfico V.12 - Receita do Anual das TAXAS em Cr$ Bilhões

96.

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RECEITA ANUAL DAS TAXAS MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992

97.

~ 1~1~1~1~1~1~ 1~ ANOS

Gráfico V_13 - Receita do Anual das TAXAS em US$ Milhões

Page 109:  · o IMPACTO DA CONSTITUIçnO :FEDERAL DE ~9BB SOBRE AS RECEITAS TRIBUTARIAS :DO MUNICIPIO :DO RIO DE JANEIRO Antonio Pedro Perez Alves de Faria DISSERTAÇAO SUBMETIDA

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RECEITA ANUAL: TAXAS, ITBI E IVVC MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO·1986 a 1992

m Z: ~ 1.000 ........................................................................................................................ . w O (j) w O I ..J til <h '-ü :2 w 'f:. w ü w a:

800 ...................................................................................................................... .

600 ..................................................................................................................... ..

400 ............................................................ ~ ...... ; ....... :J:... ;::::::::;;:;~.:: ............. .

200 ......................................................................................................................... .

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ANOS

I---TAXAS crnert ...... ITBI emCrt --e-IVVC omQ1

Gráfico V.14 - Receita do Anual das TAXAS, do ITBI e do IVVC em Cr$ Bilhões

98.

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99.

v . 2 _ 2 _ EVOLUÇãO DAS RECEITAS TRIBUTARIAS DE TRANSFERRNCIA NO PERIODO DE 1986 A 1992

As Receitas Tributárias de Transferência do

Municipio do Rio de Janeiro são compostas dos repasses da

União e do Estado do Rio de Janeiro. Entre esses dois

repasses, o estadual representa cerca de 94% do total, sendo

que o ICMS corresponde a aproximadamente 85% do mesmo. A

promulgação da Constituição Federal de 1988 alterou

significativamente o sistema de transferências entre os

diversos entes tributantes no tocante ao número de impostos e

aos percentuais de redistribuição da arrecadação tributária.

Até 1988, o Municipio do Rio de Janeiro recebia

recursos tributários de transferência da União referentes ao

Fundo de Participação dos Municipios e a mais cinco impostos:

Imposto sobre Propriedade Territorial Rural (ITR); Imposto

Unico sobre Minerais (IUM); Imposto Unico sobre Lubrificantes

e Combustiveis Liquidos e Gasosos; Imposto Unico sobre Energia

Elétrica (IUEK); e Imposto sobre Serviços de Transporte

Intermunicipal e Interestadual (IT). Os recursos originários

das transferência estaduais ficavam a cargo de três impostos:

Imposto sobre a Circulação de Mercadorias (IeM); Imposto sobre

a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI); Imposto sobre a

Propriedade de Veiculos Automotores (IPVA).

A partir da promulgação da Constituição Federal, em

1988, houve uma simplificação dos repasses federais, uma vez

que todos os antigos impostos únicos passaram a integrar o

campo de abrangência do novo ICMS. Além disso, o antigo ITBI

passou à competência exclusiva dos municipios, cabendo ainda a

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100.

estes participação no total do IPI exportado pelo Estado onde

se localizam, no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e

nos Royalties sobre a produção de petróleo e energia elétrica.

No tocante ao repasse estadual, houve ampliação do

campo de incidência do ICMS sobre as antigas áreas de

tributação federal, assim como acréscimo no valor total

distribuido pelo Estado aos municipios, passando dos antigos

20% para 25% do que for arrecadado. Os municipios continuaram

ainda a receber a metade da arrecadação do IPVA, referente aos

veiculos licenciados em seu território.

Semelhantemente à Receita Própria, a Receita de

Transferência do Municipio do Rio de Janeiro registra queda

nos anos de 1987 e 1988 em relação a 1986. A partir de 1989,

passa a apresentar tendência de crescimento, alcançando seu

maior valor em 1990, um ano mais cedo que a arrecadação

própria. Dai em diante torna a apresentar queda no exercicios

fiscais de 1991 e 1992.

Conforme demonstram os quadros (V.3) e (V.4), assim

como os gráficos (V.15) e (V.16), a Receita de Transferência

Total em 1992 foi de Cr$ 4.572,29 Bilhões, equivalentes a

US$ 312,68 Milhões. Analisando-se a série histórica em

cruzeiro constante de janeiro de 1993, verifica-se que o total

dos recursos transferidos em 1986 foram de Cr$ 5.733,02

Bilhões, caindo para Cr$ 4.434,34 Bilhões em 1987,

Cr$ 3.888,72 Bilhões em 1988, voltando a crescer para

Cr$ 4.701,67 Bilhões em 1989. Dai em diante, acentua-se a

tendência de crescimento, registrando seu maior valor

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101.

histórico de Cr$ 6.898,46 Bilhões em 1990 aproximadamente

U$ 630,58 Milhões, regredindo para o patamar de Cr$ 5.083,72

Bilhões em 1991 e Cr$4.572,29 Bilhões em 1992. Quando passamos

à análise em dólar constante, verificamos um comportamento bem

semelhante àquele em cruzeiro constante.

A seguir será feita uma verificação pormenorizada da

evolução da receita proveniente de cada um dos tributos

relacionados anteriormente e que compõem a Receita Tributária

de Transferência. Serão mostrados quadros-resumos e gráficos

que simplificam a apresentação dos valores pesquisados.

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ANO

1986 1987

1988 1989

1990

1991 1992

MEDlA

D.PAD.

ANO

1986 1987

1988

1989

1990 1991

1992

MEDlA

D.PAD.

MUNIC1PIO DO RlO DE JANEIRO

RECEITA TRlBUTARlA TRANSFERlDA ANUAL

EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993

( 1986 A 1992)

TRIBUTOS ESTADUAIS FEDERAIS

ICMS IPVA I TBI FPM ITR IMPl IMP2 4.66$ 423 412 ISS O 4 37 3.576 269 347 164 1 4 74

3.153 205 234 132 O 80 84 4.200 257 75 139 O 1 30

6077 537 10 206 O 6 61 4.468 407 O 192 O O 15 4.038 353 1 179 O O 2 4.311 350 331 172 O 14 43

865 107 73 26 O 27 28

ESTADUAIS FEDERAIS

ICMS IPVA I TB I FPM ITR IMPl ! IMP 2

(%) (% ) (% ) (% ) (% ) (%) (%) 81 7 7 3 O O 1 81 6 8 4 O O 2

81 5 6 3 O 2 2

89 5 2 3 O O 1

88 8 O 3 O O 1 88 8 O 4 O O O 88 g O 4 O O O 85 7 7 3 O O 1 4 1 1 O O 1 1

102.

RECEITA

ANUAL

(Cr$ BI)

5.733 4.434

3.889

4.702

6.898

5.084 4.572

5.045

923

RECEITA

ANUAL

(% ) 100 100

100

100

100 100

100

100 O

NOTA: IMPl e IMP2 representam Impostos diversos, inclUindo os seguintes: IUM, lULC, lUEE, IT, Royalties e IPI sobre Exportacoes.

Quadro V.3 - Receita Transferida Anual em Cr$ Bilhões

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RECEITA TRIBUTARIA TRANSF. ANUAL

(") ID

~ ~ w O (f) W O I ...J til <h '-ü :2 w ;! Ui ü W lI:

MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO·1986 a 1992

ANOS

Gráfico V.15 - Receita Transferida Anual em Cr$ Bilhões

103.

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ANO

1986 1987 1988 1989

1990 1991 1992

MED1A D.PAD.

ANO

1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992

MED1A D.PAD.

MUNIClPIO DO RIO DE JANEIRO

RE<..--r,ITA TRIBUTARIA TRANSFERIDA ANUAL

EM US$ MILHOES DE JANEIRO DE 1993 ( 1986 A 1992)

TRIBUTOS ESTADUAIS FEDERAIS

ICMS IPVA I TBI FPM ITR IMP1 IMP2 237 22 21 10 O O 2 199 15 19 9 O O 4 194 13 14 & O 5 5 313 19 5 10 O O 2 556 49 1 19 O 1 6 332 31 O 14 O O 1 276 24 O 12 O O O 301 25 18 12 O 1 3 115 11 3 3 O 2 2

ESTADUAIS FEDERAIS

ICMS IPVA I TB I FPM ITR IMP1 IMP2 (%) (% ) (% ) (% ) (%) (% ) (% )

81 7 7 3 O O 1 &1 6 8 4 O O 2 81 5 6 3 O 2 2 90 5 1 3 O O 1 88 & O 3 O O 1 88 8 O 4 O O O 88 g O 4 O O O 85 7 7 ~ O O 1 ~

4 1 1 O O 1 1

104.

RECEITA ANUAL

(US$MI) 291 247

239 349

631 378 313 350

124

RECEITA

ANUAL (% ) 100 100 100

100 100 100 100 100 O

NOTA: IMPl e IMP2 representam Impostos diversos, inclUindo os seguintes: IUM, lULC, IUEE, IT, Royalties e IPI sobre Exportacoes.

Quadro V.4 - Receita Transferida Anual em US$ Milhões

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RECEITA TRIBUTARIA TRANSF. ANUAL MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992

'" ID z: ~ w O (j) w O I ...J

:2: ~ (j) ::J

ai t! w O w a:

ANOS

Gráfico V_16 - Receita Transferida Anual em US$ Hilhões

105.

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106.

v . 2 .2.1. A KVOLUçnO DAS RECEITAS DO I C M S

Os repasses do ICMS são os mais importantes de

todos, pois este imposto representou, em média, 85% (oitenta e

cinco por cento) de todos os recursos transferidos para o

Municipio do Rio de Janeiro dentro do intervalo de tempo

considerado - 1986 a 1992, conforme representado no gráfico

(V.19). O ICMS é um imposto indireto que sofre grande

influência do nivel da atividade econômica, na medida em que

este é aplicado nas transações comerciais, tanto no atacado

quanto no varejo, e ainda sobre a prestação de alguns serviços

especificos.

A análise em cruzeiros constantes evidencia que, em

1986, o ICMS representava 81% dos recursos transferidos, tendo

aumentado em praticamente todos os anos, alcançando o patamar

de quase 90% em 1989, 1990, 1991 e 1992. Se passarmos à

análise em dólares constantes, o resultado será praticamente o

mesmo, apresentando uma participação média de 84%, partindo do

patamar de 81%, em 1986, alcançando o pico de 90% em 1989,

onde praticamente permaneceu até 1992, registrando 88% nos

últimos três anos da análise.

No que tange aos valores arrecadados, observa-se uma

clara tendência inicial de queda nos anos de 1987 e 1988, em

relação a 1986, segundo o gráfico (V.17). Dai em diante,

depois de 1989, a receita desse tributo experimenta uma

acentuada elevação, quando alcança seu maior valor histórico

em 1990, reapresentando queda nos exercicios fiscais de 1991 e

1992.

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107.

A arrecadação anual total do ICMS em 1992 foi de

Cr$ 4.037,60 Bilhões, equivalentes a US$ 276,23 Milhões.

Analisando-se os valores em moeda constante, verificamos que o

repasse do ICMS era de Cr$ 4.667,78 Bilhões em 1986, caindo

para Cr$ 3.575,81 Bilhões em 1987 e Cr$ 3.152,84 em 1988. Em

1989 começa uma recuperação, registrando ingressos de

Cr$ 4.200,15 Bilhões, com forte crescimento em 1990,

alcançando seu maior valor histórico de Cr$ 6.077,38 Bilhões -

cerca de US$ 556,00 Milhões. Em 1991 e 1992, verifica-se nova

queda nos valores transferidos, tendo registrado Cr$ 4.468,37

Bilhões e Cr$ 4.037,60 Bilhões, respectivamente. Dentro da

série estudada, a arrecadção média do ICMS situou-se em

Cr$ 4.311,42 Bilhões, equivalentes a cerca de US$ 300,00

Milhões.

A análise feita em dólar constante mostra tendência

de comportamento muito semelhante ao longo de todo o periodo

estudado, mostrada no gráfico (V.18). Cabe ressaltar que,

diferentemente da análise anterior, o valor do repasse do ICMS

em 1992, de US$ 276,23 Milhões, é 17% superior àquele de 1986,

de US$ 236,73.

A redução nos valores do repasse nos anos de 1991 e

1992 deveu-se à diminuição de quase 30% sentida no Indice de

Participação do Municipio do Rio de Janeiro sobre as receitas

provenientes do ICMS~. Este indice situava-se em 60,4% até

1990, caindo para 43,3% nos dois últimos anos da análise, o

~ d atravéB deBBe indice ql1e o EBtado do Rio de Janeiro tranBfere, Bemanalmente, a todoB OB municipioB ql1e o co~em a Pdroela ql1e lheB compete dentro dOB 25% da arrecadação total do I~S.

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108.

que reduziu sensivelmente a parcela referente ao ICMS recebida

pela Prefeitura do Rio de Janeiro, embora esta concentre cerca

da metade da arrecadação desse tributo em seu território.

A diminuição no Indice de Participação do Municipio

do Rio de Janeiro foi ocasionada pela sanção da Lei Estadual

nQ 1.689, de 06.08.90, que alterou os critérios de rateio da

parcela de 25% de competência estadual de destinação aos

municipios.

A partir de 1991, os indices passaram a ser

calculados com base nos seguintes critérios: a) 10% em função

da relação percentual entre a população do Municipio e a

população total do Estado; b) 7% em função da relação

percentual entre a extensão territorial de cada Municipio e a

área total do Estado; e c) 8% divididos igualmente entre todos

os Municipios que integram o Estado do Rio de Janeiro. Os

dados referentes à população e à área são aqueles apurados

pelo IBGE e disponiveis à época das respectivas apurações dos

Indices de Participação.

A nova abrangência do ICMS, resultante do acréscimo

ao antigo ICM dos extintos impostos únicos federais que

passaram à competência dos Estados, acarretou aumento

Significativo da parcela de repasse desse tributo à Prefeitura

do Rio de Janeiro. Igualmente ocorreu com o acréscimo de 5% do

total da arrecadação do ICMS que foi destinado aos Municipios

do Estado do Rio de Janeiro.

Da mesma forma como foi feito para as receitas

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109.

próprias, obtiveram-se os valores acumulados mensais, em moeda

corrente, da arrecadação do IeM/ICMS entre 1986 e 1992. A

partir de 1989, também foram obtidos os dados referentes às

contas de petróleo, energia elétrica, serviços de comunicações

e transportes, que não integravam a base de cálculo desse

imposto anteriormente. Esses dados foram deflacionados pelo

IGP-DI e pela cotação média do dólar constante de janeiro de

1993 e agrupados no quadros (V.5) e (V.6), respectivamente.

Nele estão relacionados esses novos setores que passaram a

integrar o ICMS a partir de 1989, todos esses agrupados na

coluna '"ENERGIA + SERVIÇOS'", e a parcela da '"INDOSTRIA +

COM:li:RCIO'" que era a base de cálculo do antigo ICM.

Esses quadros evidenciam o crescimento substancial

da parcela destinada aos Municipios 25% do total da

arrecadação do ICMS, a partir de 19891 . Isto significa que,

entre 1986 e 1988, o Estado do Rio de Janeiro destinou, em

média, Cr$ 6.946,73 Bilhões, equivalentes a US$ 386,14

Milhões, ao total dos repasses municipais.

Já entre 1989 e 1992, impulsionada tanto pela maior

abrangência da base de cálculo do ICMS, quanto pelo aumento

para 25% do repasse, a parcela destinada a todos os Municipios

apresentou média de Cr$ 9.545,20 Bilhões, equivalentes a

US$ 738,34 Milhões. Cabe ressaltar que, ao longo desses quatro

anos, a parcela da coluna '"ENERGIA + SERVIçoS'" representou, em

média, 18,5% dos repasses totais do Municipio do Rio de

Janeiro, avaliados nas duas moedas.

2 Gabe lembrar que até 1988 a parcela destinada a todos os bUnicipios era somente de 20% da arrecadação total do ICl1.

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ESTADO DO RIO DE JANEIRO

COMPOSICAO DA RECEITA ANUAL DO I C MS

( Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993 )

ANO PETR ENER. SERV SERV ENER.+ IND.+ ICMS ELET. COM. 1RANSP. SERV COM.

1986 O O O O O 40.668 O 1987 O O O O O 32.353 O 1988 O O O O O 31.180 O 1989 1.395 1.093 699 392 3579 31.452 26.757 1990 2. 788 2.339 1.296 918 7.342 31.753 38.992 1991 2.954 2.677 1.397 881 7.908 32.709 40.:581 1992 4.124 2.:501 2.024 758 9.407 28.:530 37.929

TOTAL 11.261 8.610 H15 2.949 28.236 228.64S 144.258 Media 2.815 2.153 1.354 737 7.059 32.664 36.065

Desv-Pad 968 623 470 208 2.146 3.500 5.456 Fonte: Quadro Dlario de Receita:, Supenntendencla de Arrecadacao,

Sec.retaria Estadual de Fazenda, Estado do Rio de Janeiro, Janeiro de 1986 a Dezembro de 1992.

110.

ICMS + ICM

40.668 32.353 31.180 3S.032 39.095 40.617 37.937 256.881 36.697 3.596

Quadro V.5 - Composição da Receita Anual do ICMS do Estado do Rio de Janeiro em Cr$ Bilhões

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ESTADO DO RIO DE JANEIRO

COMPOSICAO DA RECEITA ANUAL DO I C MS

( US$ MILHOES DE JANEIRO DE 1993 )

ANO PETR ENER SERV SERV ENER+ IND.+ ICMS ELET. COM. 1RANSP. SERV COM.

1986 O O O O O 2.068 O 1987 O O O O O 1.800 O 1988 O O O O O 1.924 O 1989 108 84 54 31 276 2.322 2.049 1990 257 214 119 85 674 2.920 3.585 1991 220 200 104 66 590 2.436 3.023

1992 283 171 138 52 644 1.951 2.595 TOTAL 867 669 415 233 2.184 1H21 11.252 Media 217 167 104 58 546 2.203 2.813

Desv-Pad 67 51 31 20 159 359 564 Fonte: Quadro Dlano de Receita, Supenntendencla de Arrecadacao,

Secretaria Estadual de Fazenda, Estado do Rio de Janeiro, Janeiro de 1986 a Dezembro de 1992.

111.

ICMS +

ICM

2.068

1.800 1.924 2.598 3.594 3.026 2.595

17.605 2.515 598

Quadro V _6 - Composição da Receita Anual do ICMS do Estado do Rio de Janeiro em US$ Milhões

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(") m Z ~ w O (/) w O I ...J õl ~ ... ü :2 w ~ w Ü W lI:

7

6.

5.

4 .

3.

1

RECEITA ANUAL DO I C M S MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992

1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 ANOS

Gráfico V.l7 - Receita Anual do ICMS em Cr$ Bilhões

112.

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.., m 2: ~ w O (J) w O I ..J

::E .... (J) :::> (fi ~ w ü

RECEITA ANUAL DO I C MS MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO·1986 a 1992

~ 1~1~1~1~1~1~ 1~ ANOS

1i1M ICMB em "'" I

Gráfico V.18 - Receita Anual do ICKS em US$ Milhões

113.

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RECEITA ANUAL DO I C MS E TRANSF. MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992

ID

Z' ~ 6.500 ......................................................................................................................... .

~ 6.000 ...................................................................................................................... . (/)

~ I -' Dl

4.500 ........................................................................................ .

3.500 ....................................................................................................................... .

3. OOO~-r---r=---::r:-=----:-::r::-:-~:-:----:-::r:-:---:-:r:-::--' 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992

ANOS

I-e- I C M e em crt ~ AEC. TRANSF. TOTAL I

114.

Gráfico V_19 - Receita Anual do ICMS e Transferência Total em Cr$ Bilhões

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115.

V. 2 . 2 • 2 • A KVOLUÇ1!.O DAS RECEITAS DO I P V A

As receitas provenientes do repasse do IPVA

constituem a segunda maior fonte de recursos transferidos para

o Municipio do Rio de Janeiro, como mostra o gráfico (V.22).

Desde a sua instituição em 1986, os municipios recebem 50% do

total arrecadado por este tributo referente aos veiculos

licenciados em seus territórios. Ao longo do periodo estudado,

a receita do IPVA apresentou participação média de 7% do total

das transferências. Trata-se de um imposto

sobre o patrimônio dos contribuintes,

direto,

e que

incidente

não sofre

influência direta do nivel da atividade econômica, embora não

esteja imune às oscilações sofridas pela economia nacional e

local.

A análise em cruzeiro constante demonstra que a

participação do IPVA apresentou comportamento relativamente

estável, em relação às transferências totais, iniciando com

uma participação de 7,4% em 1986, registrando o minimo de 5,3%

em 1988 e alcançando o máximo de 8% em 1991, conforme o

gráfico (V.20). A transferência anual total do IPVA em 1992

foi de Cr$ 352,66 Bilhões, equivalentes a US$ 23,99 Milhões.

Em 1986, os recursos referentes a este repasse foram de

Cr$ 423,44 Bilhões, apresentando forte queda nos anos

posteriores, registrando os valores de Cr$ 268,52 Bilhões em

1987, Cr$ 205,08 Bilhões em 1988 e Cr$ 256,92 Bilhões em 1989,

seu menor valor. Em 1990 apresenta grande crescimento,

alcançando o pico histórico de Cr$ 537,29 Bilhões,

equivalentes a US$ 48,81 Milhões. A partir de 1991, inicia-se

uma trajetória descendente, registrando os valores de

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116.

Cr$ 406,90 Bilhões, em 1991, e de Cr$ 352,66 Bilhões em 1992,

valor este 20% inferior ao do exercicio fiscal de 1986.

Passando à análise em dólar constante, verificamos o

mesmo comportamento anterior, segundo o gráfico (V.21),

correspondendo ao IPVA uma participação média também de 7%,

partindo de 7,4% em 1986, alcançando o pico de 8,1% em 1991 e

o valor mais baixo de 5,3% em 1988, demonstrando a mesma

tendência de estabilidade. A análise da receita do IPVA em

dólar constante, evidencia comportamento semelhante ao longo

do periodo estudado.

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(') (J)

z: !!i w O (f) W O I .J Dl ~ ~

O :2 W

~ w O W lI:

1

RECEITAANUALDO IPV A MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992

1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 ANOS

Gráfico V.20 - Receita do Anual do IPVA em Cr$ Bilhões

117.

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'" ID

Z: ~ w a (J) w o I -I

~ <lO (J) :::> ~ w ~ w o

RECEITAANUALDO IPV A MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992

~ 1~1~1~1~1~1~ 1~ ANOS

Gráfico V_21 - Receita do Anual do IPVA em US$ Milhões

118.

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RECEITA ANUAL: IPV A, ITBleFPM MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992

~!~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ (1)

~ ~ 500 ............................................................................................................................... . w O [3 400 .............................................................................................. . O I ii:i 300 ....................... ......... . .......................................................................................... .

'" ~ O ::2 . ., ......................... . w ~ 100 ................................................................................................................................ . w O w ~ O·L--r--~~--~----~--~~==~----~~

1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 ANOS

119.

Gráfico V. 22 - Receita do Anual do IPVA, do ITBI e do FPM em Cr$ Bilhões

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120.

V.2.2.3. A EVOWçnO DAS RECEITAS 00 I T B I

As transferências de recursos originárias do 1TB1

apresentam uma singularidade entre as maiores fontes de

recursos externos. Durante os anos em que era um tributo de

competência estadual (entre 1986 e 1988), representou, em

média, 7% dos recursos transferidos. A partir de 1989, passou

este imposto à competência exclusiva municipal, embora ainda

fossem registrados pequenos repasses nos anos posteriores

devidos a fatos geradores ocorridos no passado. Nesses casos

os recolhimentos foram feitos com atraso, mas tanto o

quanto o Município eram detentores de seus

tributários respectivos. Assim sendo, faremos uma

exposição do período em que os repasses do 1TB1

significância para a prefeitura.

Estado

créditos

rápida

eram de

Os repasses do 1TB1 registraram as

participações na receita transferida do Município

Janeiro: 1986, 7,2%; 1987, 7,8%; 1988, 6%; 1989,

seguintes

do Rio de

1,6%; 1990,

0,2%. Como pode ser visto nos gráficos (V.23) e (V.24), com a

entrada em vigor do novo Sistema Tributário Nacional, em 1989,

a expressão dos repasses do 1TB1 praticamente desapareceu,

correspondendo os valores remanescentes nos anos posteriores à

liquidação de créditos tributários em atraso.

Ao analisarmos os valores arrecadados

1TB1 dentro do período estudado, verifica-se

através do

tendência

constante de queda de 1986 até 1989. Partindo do patamar

inicial de Cr$ 412,14 Bilhões, equivalentes a

US$ 21,05 Milhões, caiu para Cr$ 346,57 Bilhões, em 1987, e

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121.

para o valor de Cr$ 234,28 Bilhões, equivalentes a US$ 14,41

Milhões em 1988. No ano de 1989, com a mudanca na competência

desse imposto, os repasses não passaram de Cr$ 74,80 Milhões,

correspondentes a US$ 5,11 Milhões.

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RECEITAANUALDO ITBI MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO·1986 a 1992

~ 1~1~1~1~1~1~ 1~

ANOS

Gráfico V.23 - Receita do Anual do ITBI em Cr$ Bilhões

122.

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(Y) m 2: ~ w O (f) w ~ 1 ..J

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RECEITA ANUAL DO I T B I MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992

~ 1~1~1~1~1~1~ 1~ ANOS

Gráfico V. 24 - Receita do Anual do ITBI em US$ Milhões

123.

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124.

V.2.2.4. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS DO F P M

As verbas provenientes do Fundo de Participação dos

Municipios (FPM) representam o principal repasse da União para

o Municipio do Rio de Janeiro. Contribuem para esse fundo dois

impostos federais: o Imposto sobre Renda e Proventos de

Qualquer Natureza (IR); e o Imposto sobre Produtos

Industrializados (IPI)1. Cabe ressaltar que o FPM é composto

por recursos de impostos que sofrem grande pressão do nivel da

atividade econômica.

Embora seja a principal contribuição federal, sua

participação dentro das receitas de transferência situam-se,

em média, no valor de 3,4%, correspondendo à terceira maior

fonte externa de recursos tributários, conforme foi

demonstrado no quadro (V.3) e gráfico (V.25). Ao longo do

periodo de estudo, esta participação percentual manteve-se

constante, registrando o minimo de 3,0% e o máximo de 3,9%.

De acordo com os quadros (V.3) e (V.4), os repasses

do FPM, em 1986, foram de Cr$ 187,93 Bilhões, equivalentes a

US$ 9,54 Milhões. Em 1987 e 1988, sofreram diminuição e, em

1989, estabilizaram-se no patamar de Cr$ 138,78 Bilhões. Em

1990, registraram seu maior valor histórico de Cr$ 206,41

Bilhões, correspondentes a US$ 18,86 Milhões, e tornaram a

apresentar queda nos dois exercicios posteriores, sendo o

repasse do ano de 1992 de Cr$ 179,34 Bilhões, equivalentes a

US$ 12,17 Milhões.

~ A União repassa ao FUndo de Participação dos I1unicipios 22,5% do total da arrecadação desses dois impostos.

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A análise em dólar constante, apresentada no

(V.4) e gráfico (V.26) demonstra tendência semelhante

125.

quadro

àquela

em moeda nacional, divergindo contudo na magnitude da variação

entre os diferentes anos. Enquanto os valores em cruzeiro

apresentavam variações máximas de 56% entre o maior e o menor

valor, na análise em dólar aparecem diferenças de cerca de

130%. Cabe ainda ressaltar que na avaliação em dólar, os

repasses de 1992 foram 28% superiores aos de 1986, ao passo

que em cruzeiros registrou-se uma diminuição de 5% em igual

periodo.

No Brasil, conforme relata ROSA [7J, a discussão

sobre a distribuição dos recursos fiscais ganhou força a

partir da Constituição de 1946, que estendeu ao campo

tributário o espirito descentralizador que então imprimia na

organização do Estado brasileiro. Com o texto de 1946,

inaugurou-se uma nova sistemática de distribuição: 10% dos

recursos arrecadados através do Imposto de Renda (IR) seriam

destinados para compor um Fundo a ser partilhado

eqüitativamente entre os Municipios que não fossem capitais.

Desde

repartição dos

então, aprimorou-se a sistemática de

de recursos tributários como forma

redirecionamento das receitas fiscais originárias das

mais ricas para as regiões mais pobres, dentro do

federalismo brasileiro.

regiões

ideal do

Sendo assim, foram criados os seguintes mecanismos

de partilha de receitas tributárias federais: a) Fundo de

Participação dos Municipios (FPM); b) Fundo de Participação

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126.

dos Estados e do Distrito Federal (FPE)1; e c) Fundo Especial

(FE)2. Esses fundos eram alimentados por recursos provenientes

do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos

Industrializados (IPI). O quadro (V.5) apresentado a seguir

mostra a evolução das percentagens da arrecadação do IR e IPI

destinadas aos referidos fundos, podendo-se observar como

esses percentuais variaram ao longo do tempo em função ora da

concentração de poder politico pelo Governo Federal, ora por

problemas de caixa gerados a nivel da execução financeira da

União.

ANOS FPEC&) FPM TOTAL (%)

1966-68 10,0 10,0 20,0 1969-75 7,0 5,0 12,0 1976 8,0 6,0 14,0 1977 9,0 7,0 16,0 1978 10,0 8,0 18,0 1979-80 11,0 9,0 20,0 1981 12,0 10,0 22,0 1982-83 12,5 10,5 23,0 1984 14,5 13,5 28,0 1985 16,0 16,0 32,0 1986 16,0 17,0 33,0 1987-88 14,0 17,0 31,0

Fonte: Rosa, José Rui G., "Impacto Financeiro da Reforma Tributária nos Recursos Disponiveis da União, Estados e Municipios", in O Sistema Tributário na Nova ConstituiçKo: da Crise Financeira às Perspectivas com o Novo Sistema, org. Roberto Bocaccio Piscitelli, Editora Universidade de Brasilia, Brasilia, 1988.

(a) Inclui 2% do Fundo Especial (FEl, cujos recursos eram aplicados basicamente em Estados de menor de desenvolvimento, porém com critérios distintos daqueles que regulam o FPE.

Quadro V.5 - Percentual de Destinações da Receita do IR e IPI aos Fundos de Participação no Periodo de 1966 a 1988.

I O FUndo de ParticipeçKo dos Estados e Distrito Federal foi criado pela Emenda Constitucional nQ 18/65, regulamentada pela Lei nQ 5.172/66.

2 Os recursos do FUndo Especial (FE) visavam ao financiamento dos gastos pliblicos.

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127.

A partir da promulgação da Constituição Federal de

1988, iniciou-se o amplo projeto de redemocratização politica

do pais e, com isso, exigiu-se uma efetiva ampliação da

repartição da riqueza concentrada nas mãos da União. Dessa

forma, foram aumentadas significativamente os repasses

federais para os três fundos já existentes1 , tendo como fonte

as receitas do IR e IPI somados. Coube ao FPE 21,5% desses

recursos, ao FPM 22,5% e ao FFP 3%.

Foi criado, ainda, o Fundo de Ressarcimento à

Exportação de Manufaturados (FRE)2, antiga reinvindicação dos

Estados, com 10% do total arrecadado pelo IPI, destinando 75%

destes para os Estados e 25% para os Municipios como forma

compensatória pela isenção ICMS na exportação de produtos

manufaturados.

Do total arrecadado para o FPE, 85% destinam-se aos

Estados das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, restando

os outros 15% a serem encaminhados àqueles das Regiões Sul e

Sudeste. Os percentuais de cada Estado estão fixados em Lei

Complementar [24].

Dos recursos que afluem ao FPM, somente 10%

~ Foram mantidos o F.PE e o F~, tendo sido o FUndo Especial (FEJ substituído pelo Fundo de Financiamento à Produção (FFPJ das Regiões Norte, Nordeste e Gentro-Deste, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurado ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à regiDo. Para este novo fundo foram destinados 3% das receitas do IR e do IPI, mas que só podem ser aplicados no setor produtivo, não mais financiando os gastos públicos.

2 A parcela destinada a cada Estado e bUnicípio será proporcional ao esforço e~rtador ~reendido em seus territórios, não podendo ser destinados mais que 20% a nenhUll1B unidade federada, devendo o eventual excesso ser distribuído aos demais participantes.

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128.

destinam-se aos Municipios das capitais, 86,4% aos demais

Municipios e 3,6% são, adicionalmente, repartidos entre os

Municipios com mais de 156.000 habitantes, excluidos destes os

das capitais. Os coeficientes individuais de cada Municipio

são fixados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), mediante

aplicação de critérios também definidos na legislação. Para os

Municipios das capitais e para o adicional transferido àqueles

mais populosos, são consideradas a população e o inverso da

renda per capita. Para os demais Municipios, considera-se

exclusivamente a população do Municipio, informada ao TCU pelo

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE) [24].

Sendo assim, o novo texto constitucional ampliou

substancialmente os recursos destinados aos Estados e

Municipios que, a partir de 1993, receberão 44% da receita do

IR e 54% do IPI. Entretanto, a implantação da distribuição

temporal desses recursos ocorreu de forma gradativa, conforme

pode ser visto no quadro (V.6) apresentado a seguir.

1986 1969 1990 1991 1992 1993

FPE 18,0% 19,0% 19,5% 20,0% 20,5% 21,5% FPM 20,0% 20,5% 21,0% 21,5% 22,0% 22,5% FFP(a) 3,0% 3,0% 3,0% 3,0% 3,0% 3,0% FRE(b) 10,0% 10,0% 10,0% 10,0% 10,0%

Estados 2,5% 2,5% 2,5% 2,5 2,5% Municipios 2,5% 2,5% 2,5% 2,5 2,5%

(a) Embora destinados às regiões Norte,Nordeste e Centro-Oeste não objetiva ao financiamento dos gastos públicos, mas, sim, ao setor produtivo.

(b) Recursos originário somente do IPI.

Quadro V.6 - Percentual de Destinações da Receita do IR e IPI aos Fundos após a Constituição de 1968.

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129.

Em pesquisa realizada junto ao Departamento do

Tesouro Nacional (DTN/RJ), foi possivel a obtenção dos dados

mensais, em moeda corrente, referentes ao total de recursos

destinados tanto ao FPM como um todo, quanto ao Municipio do

Rio de Janeiro, especificamente. Esse levantamento foi feito

através do Sistema Integrado de Administração Financeira

(SIAFI), do Governo Federal, disponivel nos bancos de dados do

SERPRO, levantando-se valores desde janeiro de 1989 até

dezembro de 19921 . Esses dados históricos foram deflacionados

pelos processos já mencionados e tabulados mensalmente em

moeda constante de janeiro de 1993 (ANEXO 11). As informações

consolidadas estão apresentadas no quadro (V.7), onde figuram

os recursos anuais do FPM a nivel nacional e aqueles

destinados ao Municipio do Rio de Janeiro.

FPM FPM Participo FPM FPM Participo ANO Nacional RJ RJ Nacional RJ RJ

Cr$ BI Cr$ BI (%) US$ BI US$ BI (%)

1989 50.099 240 0,48 3.704 17 0,45 1990 76.277 214 0,28 7.056 20 0,28 1991 64.923 201 0,31 4.833 15 0,31 1992 60.382 187 0,31 4.136 13 0,31 Média 62.920 211 0,35 4.932 16 0,34

Quadro V07 - Percentual de Destinações da Receita do IR e IPI aos Fundos a partir da Constituição de 19880

~ No SIAFI ainda não estão disponiveis os dados referentes aos anos anteriores a 1989, mas cama o percentual de repasse ao ~icipio do Rio de Janeiro é muito pequeno, seu ~cto sobre a análise não será muito significativo.

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130.

Analisando-se o quadro anterior percebe-se que o

Municipio do Rio de Janeiro não se encontra entre aqueles1 que

recebem fatias significativas do FPM. Entre os anos de 1989 e

1992, já com as novas formas de distribuição previstas pela

nova Constituição, esse Municipio recebeu anualmente, em

média, Cr$ 210,47 Bilhões, equivalentes a US$ 16,10 Milhões, o

que representou somente 0,35% do total nacional, sendo que em

1991 e 1992 essa percentagem foi de 0,31%. Como foi dito

anteriormente, a parcela referente ao FPM dentro das receitas

transferidas foi de 3,8% em 1991 e 1992. Isto demonstra como

uma Capital Estadual é bem pouco favorecida pela atual forma

de repasse federal para os MUnicipios brasileiros, mesmo que

esta concentre os maiores contingentes populacionais e,

conseqüentemente, possua maiores necessidades de recursos para

atender a essa população.

~ COmo às ~itais Estaduais sgo destinados somente 10% do total do FHY, os pequenos bUnioipios foram benefioiados de forma bem desigual, sendo alguns eventualmente oontemplados oom quantias exoessivas a sua oapaoidade de gastos.

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RECEITA ANUAL DO F P M MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992

w O w ~ 1~1E1~1~1~1~ 1~

ANOS

Gráfico V_25 - Receita do Anual do FPM em Cr$ Bilhões

131.

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132.

RECEITA ANUAL DO F P M MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992

Gráfico V.26 - Receita do Anual do FPH em US$ Milhõee

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133.

V.2.2.5. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS FEDERAIS REMANESCENTES

As receitas federais de transferência que não foram

elencadas anteriormente correspondem àquelas provenientes do

Impostos Onicos que vigoravam antes na nova Constituição e dos

novos tributos federais por ela estabelecidos. Integravam

essas receitas, até 1988, as parcelas dos repasses referentes

aos seguintes impostos: Imposto Onico sobre Minerais; Imposto

Unico sobre Combustiveis e Lubrificantes Liquidos ou Gasosos;

Imposto Onico sobre Energia Elétrica; Imposto sobre

Propriedade Territorial Rural; e o Imposto sobre Serviços de

Transpote Intermunicipal e Interestadual. A partir de 1989,

essas receitas passaram a vir dos seguintes impostos: Imposto

sobre Propriedade Territorial Rural; Imposto sobre Operações

Financeiras com Ouro, definido como ativo financeiro;

Participação no IPI de Exportaçã0 1 ; e Participação nos

Royalties2 .

Apesar do grande número de fontes que integram essas

receitas federais remanescentes, ao longo do período de

estudo, sua participação média não chegou a alcançar 2% das

transferências totais. Analisando-se os valores transferidos

em cruzeiros constantes, observa-se que o ano com maior

2 A COnstituição de 1888 estabeleceu que os Estados e o Distrito Federal têm direito a 10% da arrecadação do IPI como forma compensatória do ICH5 que não mais incide sobre a exPOrtação de manufaturados. Os l1zmicipios desses Estados exPOrtadores de manufaturados têm direito a 25% do que for recebido, sendo rateados segundo o meBmO critério de rateio do ICH5.

2 A COnstituição de 1888, em seu art. 20, § 19, assegurou aos Estados, ao Distrito Federal, e aos l1zmicipios participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hidricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.

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134.

contribuição foi o de 1988, com o total de Cr$ 164,10 Bilhões,

equivalentes a US$ 10,14 Milhões, correspondendo a 4,2% das

transferências totais, ainda sob o antigo regime de

distribuição de rendas federais. No ano de 1992, essa

participação limitou-se a 1,3%, com o total de recursos de

Cr$ 2,00 Bilhões, equivalentes a US$ 0,14 Milhões.

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V.2.3. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS TRIBUTARIAS TOTAIS NO DB 1986 A 1992

Conforme explicado anteriormente, as

135.

PKRIOOO

Receitas

Tributárias Totais do Municipio do Rio de Janeiro são o

resultado da composição da Receita Própria e da Receita de

Transferência. O comportamento das duas componentes foi

distinto ao longo do periodo estudado, embora ambas tenham

registrado crescimento bem acentuado. Tanto em cruzeiros

constantes, quanto em dólares constantes, essas componentes

apresentaram os mesmos percentuais de contribuição à

disponibilidade total de recursos tributários, embora em

valores absolutos haja divergências entre os anos em que se

deram os máximos e os minimos.

A Receita Total, analisada em cruzeiros apresentou

queda de 1986 para 1987 e 1988, quando registrou seu menor

valor, começando a crescer acentuadamente a partir de 1989,

alcançando seu maior valor histórico em 1991 e voltando a cair

no exercicio fiscal de 1992, embora situando-se ainda em

patamar bem superior ao de 1986. Já a análise em dólar

evidencia tendência semelhante, embora o máximo encontrado

situe-se no ano de 1990, ou seja, um ano antes do pico em

cruzeiros. Estão apresentados nas páginas seguintes os quadros

e gráficos com os valores e composição da arrecadação total do

Municipio do Rio de Janeiro.

A análise em moeda constante evidencia que a

participação da Receita Própria apresentou média de 62% ao

longo do periodo pesquisado, indicado no quadro (V.8). Em

1986, o Municipio do Rio de Janeiro possuia uma capacidade de

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136.

geração própria de recursos tributários da ordem de 56% do

total disponivel. Essa capacidade própria foi crescendo ano

após ano até 1989, quando registrou o valor de 62%. Em 1990,

voltou praticamente ao mesmo nivel de 1986, com 58%. Em 1991

aconteceu a maior participação, com 73%, tornando praticamente

a repetir este percentual em 1992, com 71%. Se considerarmos

os dois per iodos que envolvem a promulgação da Constituicão de

1988, verificaremos que até 1988, a Receita Própria respondia,

em média por 58% do total, tendo sido elevada esta

participação para 66% entre 1989 e 1992. Ao mesmo tempo, a

Receita de Transferência declinou sua participacão média de

42%, até 1988, para 34% entre 1989 e 1992.

A Receita Tributária Total em 1986 foi de Cr$ 13.003

Bilhões, equivalentes a US$ 659 Milhões. Naquele ano, com a

decretação do Plano Cruzado, o pais viveu um periodo de forte

crescimento econômico, tendo o PIB nacional aumentado 7,6%, e

o PIB a nivel estadual 14,6%, evidenciado no gráfico (V.29l. A

Receita Própria era de Cr$ 7.270 Bilhões, equivalentes a

US$ 368 Milhões, representando 56% do total. A Receita de

Transferência era de Cr$ 5.733 Bilhões, equivalentes a US$ 291

Milhões, correspondendo a 44% do total.

Nos anos de 1987 e 1988, a disponibilidade total de

recursos do Municipio esteve em um patamar 10% inferior ao de

1986, situando-se em torno de Cr$ 10.000 Bilhões, equivalentes

a US$ 600 Milhões. Verifica-se, nesse periodo, um pequeno

acréscimo na participação da geracão própria, a lc anc ando o

valor de 60% em 1988. Este foi um periodo caracterizado pelo

recrudescimento inflacionário, entremeado por fases de

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137.

expansão e retração da atividade econômica e mais um novo

plano de estabilização - Plano Bresser, em junho de 1987.

Embora o PIB nacional tenha crescido 3,6% em 1987 e

praticamente mantido-se constante em 1988 (-0,08%), o PIB

estadual diminuiu 2,5% em 1987 e 0,2% em 1988.

A partir de 1989, quando começam a ser produzidos os

primeiros efeitos do novo Sistema Tributário Nacional da

Constituição Federal de 1988, observa-se uma melhoria bem

significativa nas receitas tributárias do Municipio, e essa

tendência manter-se-á até o ano de 1991. O ano de 1989 começa

com o Plano Verão em 15 de janeiro, trazendo

econômico e mais uma tentativa de controle

Neste ano, o PIB brasileiro cresceu 3,2% e o

de 3,6%.

mais um choque

inflacionário.

local aumentou

A Receita Tributária Total em 1989 foi de Cr$ 12.497

Bilhões, aproximadamente U$ 912 Milhões. Se compararmos os

valores em cruzeiros, verificaremos que estes ainda estão 4%

abaixo daqueles de 1986. Já na análise em dólares,

observaremos um crescimento da ordem de 38% sobre o ano de

inicio do estudo. Esta discrepância entre as duas análises

pode estar relacionada com o congelamento artificial imposto

ao câmbio e aos indices oficiais de medida da inflação.

Portanto, registrou-se aumento significativo das duas

componentes das receitas municipais em dólar, mas em cruzeiro

só nas receitas próprias.

O Brasil começa o ano de 1990 com indices

inflacionários mensais superiores a 50%, o que fez com que o

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138.

novo governo eleito em 1989 desfechasse o mais arrojado plano

de estabilização econômica da história brasileira. Baseado em

confisco de haveres monetários, drástica redução de atividade

econômica e profunda tentativa de desindexação da economia, o

Plano Brasil Novo conseguiu diminuir muito as taxas

inflacionárias, assim como o PIB a nivel nacional, que caiu 4%

naquele ano, enquanto o PIB a nivel estadual diminuiu 9% no

mesmo periodo.

Entretanto, em 1990, o novo ordenamento tributário

nacional já produzia seus efeitos com maior intensidade~ e,

mesmo com a dificil conjuntura nacional, as receitas

municipais registraram crescimento bem significativo,

indicando a análise em dólar como sendo este o ano de maior

disponibilidades de recursos tributários.

A Receita Tributária Total foi de Cr$ 16.354

Bilhões, cerca de U$ 1.508 Milhões. A Receita Própria

representou 58% do total com Cr$ 9.456 Bilhões, equivalentes a

US$ 877 Milhões, enquanto a Receita de Transferência2 foi de

Cr$ 6.898 Bilhões, aproximadamente US$ 631 Milhões.

Concorreram decisivamente para este resultado duas

arrecadações em particular: a) o IPTU, dentro das receitas

próprias, cresceu 75% em cruzeiro e 70% em dólar e foi o fator

2 O Novo Sistema Tributário Nacional, conforme e~sto anteriormente, começou a produzir seus efeitos a partir de março de 1989. Todavia, esses efeitos são sentidos gradualmente ao longv dos anos seguintes, UO/a vez que o novo sistema somente estará plenamente em funcionamento a partir de 1993, quando os Fundos de Participação dos Estados e dos liUnicipios passarão a receber a totalidade dos recursos previstos.

2 A Receita de Transferéncia apresentou o maior valor histórico, dentro do periodo estudado, em 1990, tanto pela análise em cruzeiro quanto em dólar constante.

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139.

preponderante; b) o ICMS, dentro das transferências, com

aumento de 45% em cruzeiro e 75% em dólar. Note-se, ainda, que

neste ano ocorreu um grande crescimento na arrecadação própria

das TAXAS, dobrando seu valor real e alcançando o patamar de

US$ 80 Milhões anuais, superando as receitas do ITBI e do IVVC

somadas.

Em 1991, observa-se a continuidade do combate à

inflação e a recessão continua a aprofundar-se, tendo o PIB a

nível nacional e estadual apresentado crescimento de apenas O,

9%. Não obstante ao agravamento da conjuntura econômica, as

disponibilidades dos recursos tributários do Município

continuaram a crescer em cruzeiros, desta vez impulsionadas

muito mais pela arrecadação própria do que pela transferida. A

Receita Total do Município foi de Cr$ 18.637 Bilhões,

aproximadamente US$ 1.386 Milhões, sendo composta da Receita

Própria de Cr$ 13.553 Bilhões, equivalentes a US$ 1.008

Milhões~, e da Receita de Transferência de Cr$ 5.084 Bilhões,

cerca de US$ 378 Milhões. Neste ano, a geração própria de

recursos representou cerca de 73% do total a maior

participação do período, tendo sido alavancada prinCipalmente

pelo IPTU, que apresentou crescimento real de quase 74% em

cruzeiro e 40% em dólar constante. Em segundo lugar veio o

crescimento de 40% das TAXAS e, em terceiro, o aumento de 13%

do ISS.

No exercício fiscal de 1992, a Receita Tributária

1 A Receita Própria apresentou seu maior valor hist6rico, dentro do periodo estudado, em 1991, tanto pela análise em cruzeiro quanto em d6lar constante, tendo superado o patamar de US$ 1,00 BilhKo.

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140.

Total foi de Cr$ 15.795 Bilhões, equivalentes a US$ 1.079

Milhões. Neste ano, o PIB brasileiro registrou diminuição de

0,94% e, à época da finalização deste trabalho, ainda não

havia sido concluído o levantamento referente ao PIB estadual.

Todavia, como ao longo do tempo o PIB local acompanha o

nacional, assim como houve queda na arrecadação estadual do

ICMS, pressupõe-se redução semelhante no mesmo. Assim sendo,

considerando-se uma conjuntura econômica mais desfavorável no

ano de 1992, a Receita Total apresentou queda real de 15% em

cruzeiro constante e 22% em dólar constante em relação ao ano

anterior.

A composição da Receita Total indicou uma pequena

diminuição da parcela própria, em função de pequeno

crescimento na parcela transferida. A Receita Própria foi de

Cr$ 11.223 Bilhões, aproximadamente US$ 766 Milhões e

representando 71% do total, enquanto que a Receita Transferida

de Cr$ 4.572 Bilhões, cerca de US$ 313 Milhões correspondeu a

29% do total. No tocante à Receita Própria, todos os tributos

apresentaram queda em sua arrecadação, mas a diminuição de

cerca de 30% no IPTU foi a grande responsável por este

desempenho 17% menor dos recursos próprios em cruzeiro e 24%

em dólar. Quanto às Receitas de Transferência, também houve

redução geral de cerca de 10% em todos os tributos, sendo o

maior volume perdido situou-se no repasse do ICMS que

apresentou queda de 9% em cruzeiro constante e 17% em dólar

constante.

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ANO

1986 1987 1988

MEDIAI 1989 1990

1991 1992

MEDIA 2

MUNIOPIO DO RIO DE JANEIRO RECEITA TRIBUTARIA ANUAL

EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993

(1986 A 1992)

RECEITA RECEITA RECEITA PROPRlA TRANSFERIDA TOTAL

(Cr$JAN/93) (Cr$JAN/93) (Cr$JAN/93)

7.270 5.733 13.003 6.372 4.434 10.806 :5.885 3.889 9.774

6509 4.685 11.194

7.796 4.702 12.497

9.456 6.898 16.354

13.553 5.084 18.637 11.223 4.572 1:5.795 10.507 :5.314 15.821

MUNIOPIO DO RIO DE JANEIRO RECEITA TRIBUTARIA ANUAL EM PERCENTAGEM

( 1986 A 1992)

RECEITA RECEITA RECEITA ANO PROPRlA TRANSFERIDA TOTAL

(%) (%) (% )

1986 56% 44% 1000/" 1987 59% 41% 100%

1988 60% 40% 1000/" MEDIAI 58% 42% 1000/"

1989 62% 38% 1000/" 1990 58% 42% 1000/" 1991 73% 27% 100% 1992 71% 29% 1000/"

MEDIA 2 660/" 34% 1000/"

Quadro V.8 - Receita Total Anual em Cr$ Bilhões

141.

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(")

ID

Z" ~ w O (Q w O I ...J tO ~ ~

O :2 w ;! w O W lI:

RECEITA TRIBUTARIA TOTAL ANUAL MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992

1 1

1

1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 ANOS

Gráfico V_27 - Receita Total Anual em Cr$ Bilhões

142.

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ANO

MUNICIPIO DO RlO DE JANEIRO RECEITA TRlBUTARlA ANUAL

EM US$ MILHOES DE JANEIRO DE 1993

( 1986 A 1992)

RECEITA RECEITA RECEITA PROPRlA TRANSFERlDA TOTAL

143.

(US$ MILHOES) (U5$ MILHOES) (US$ MILHOES) 1986 368 291 659 1987 355 247 602 1988 362 239 602

MEDIAI 362 259 621 1989 563 349 912 1990 877 631 1.508

1991 1.008 378 1.386 1992 766 313 1.079

MEDIA 2 804 418 1.221

MUNICIPIO DO RlO DE JANEIRO RECEITA TRIBUTARlA ANUAL EM PERCENTAGEM

( 1986 A 1992)

RECEITA RECEITA RECEITA ANO PROPRlA TRANSFERlDA TOTAL

(%) (% ) (%)

1986 56% 44% 100%

1987 590/ .. 41% 100%

1988 600/ .. 40% 1000/ .. MEDIAI 58% 42% 100%

1989 62% 38% 1000/ ..

1990 58% 42% 1000/:. 1991 73% 27% 1000/1> 1992 71% 290/ .. 1000/ ..

MEDIA 2 66% 34% 1000/ ..

Quadro V.9 - Receita Total Anual em US$ Milhões

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RECEITA TRIBUTARIA TOTAL ANUAL MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO·1986 a 1992

'" m Z: 1 ~ .nr. !L.I ...................•............................................... w 1 ~ l~·U········································c ........................ .

~ l~·U·················································· .................. . I ~

:: ~ (j) :J ~ w ~ w O W lI: 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992

ANOS

Gráfico V.28 - Receita Total Anual em US$ Milhões

144.

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145.

EVOLUCAO DO Pffi NACIONAL E ESTADUAL 1980 A 1992

s ~ 120 .............................................................................................................................. .

1115 ............................................................................................................................... . o ~ 110 ................................................................................................................................ .

11

W Ü O Z Ó lI: W

~ 90 ............................................................................................................................... . Z

~~--.-~--r-~-.--.--.--r--r-.--.--.~ 1980 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 1992

ANOS

I ~ PS NACIONAl. ....... PB EBTADt..JtU. I

Gráfico V.29 - Evolução do PIB a Nivel Nacional e Estadual

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V.3. A CONTRIBUIÇXO DA CONSTITUIÇXO FEDERAL DE 1988 AS RECEITAS TRIBUTARIAS DO HUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO

146.

Uma vez que já se disponham das duas componentes da

Receita Tributária Total do Municipio do Rio de Janeiro em

moeda constante e com a abertura suficiente para poder-se

identificar cada parcela, passaremos ao levantamento efetivo

da contribuição financeira ocasionada pela promulgação da

Constituição Federal de 1988.

Essa contribuição deu-se nos dois niveis da receita,

todavia com intensidades diferentes, mas em ambos com bastante

significância. Nos quadros (V. 10) e (V.11), procurou-se

sintetizar o efeito causado pela entrada em vigor do novo

Sistema Tributário Nacional em março de 1989.

Para tanto, optou-se por considerar o total anual da

receita que foi adicionada às disponibilidades tributárias do

Municipio do Rio de Janeiro, seja pela arrecadação direta,

seja pelos repasses estadual e federal. Não se poderia

esquecer da outra parcela, que aparece entre parênteses,

resultando não em perda, mas sim em uma parte da receita que

teria vindo para o Municipio, caso houvessem sido mantidas as

regras anteriores. Assim sendo gerou-se um valor médio anual

tanto para as novas receitas que passaram a reforçar o caixa

do Municipio, quanto para aquelas que não mais ingressaram

nele.

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ANO

1987

1988

1989 1990

1991

1992

TOTAL

Media Desv-Pad

MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO

CONTRIBUICAO DA CONSTITUICAO DE 1988

SOBRE AS RECEITAS TRIBUTARIAS

( Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993 )

147.

RECEITA PROPRlA RECEITA TRANSFERIDA

I C MS IMPOSTOS lTBI lWC ENERGlA+ INDUSTRIA+ UNICOS

Estadual Municipal SERVlCOS COMERCIO FEDERAIS (347) O O O O (78) (324) O O O O (164) (75) 501 340 541 951 (31)

O 433 394 1.106 957 O O 454 417 855 707 O O 449 369 1.017 617 O

(671) 1.336 1.520 3.520 3.232 (242) (224) 445 380 880 808 (81) 158 9 29 215 149 67

Quadro V.10 - Contribuição financeira da Constituição de 1988 em Cr$ Bilhões

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ANO

1986

1987

1988 1989 1990

1991

1992

TOTAL

Media Desv-Pad

MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO

CONTRIBUlCAO DA CONSTITUlCAO DE 1988

SOBRE AS RECEITAS TRIBUTARIAS

( US$ MILHOES DE JANEIRO DE 1993 )

148.

RECEITA PROPRIA RECEITA TRANSFERIDA

I C MS IMPOSTOS

ITB I 1VVC ENERGIA + INDUSTRIA+ UNICOS

Estadual Municipal SERVICOS COMERCIO FEDERAIS (21) O O O O (2)

(19) O O O O (3)

(14) O O O O (9)

(5) 38 25 42 70 (2) O 40 36 102 88 O

O 34 31 64 53 O O 31 25 70 42 O

(55) 104 118 277 253 (14)

(18) 35 29 69 63 (5) 3 4 5 21 17 3

Quadro V.ll - Contribuição financeira da Constituição de 1966 em US$ Milhões

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149.

No tocante ã Receita Própria, como foi visto, dois

novos impostos passaram ã competência municipal: a) ITBI; e b)

IVVC. Entretanto, no caso do ITBI, será necessário abatermos a

parcela referente ao repasse que o Municipio já recebia em

virtude do antigo Imposto de Transmissão, de

estadual. Não foi computado o ano de 1989 para o

competência

cálculo da

média do repasse do ITBI Estadual, uma vez que somente durante

dois meses do ano (janeiro e fevereiro) houve transferência

dessas verbas. Isto poderia levar a grandes distorções no

cálculo do valor médio, que foi levantado para os anos de 1986

a 1988. Quanto ã contribuição do ITBI Municipal, calculou-se

sua média levando-se em conta o per iodo de 1989 a 1992, pois,

ao longo do primeiro ano, sua arrecadação já fora feita

durante dez meses.

o efeito causado pela cobrança do IVVC foi computado

em valores médios durante os últimos quatro anos da análise,

pois este também começou a vigorar em março de 1989.

g interessante observar-se que o ITBI apresentou

comportamento bem mais constante tanto como repasse estadual

quanto como arrecadação própria, se for comparado ao

ITBI Municipal passou a adicionar anualmente,

Cr$ 445 Bilhões, equivalentes a US$ 35 Milhões, a

IVVC. O

em média,

partir de

1989; todavia, a Prefeitura deixou de receber a

ITBI Estadual que, até 1988, apresentou valor anual

Cr$ 361 Bilhões, correspondentes a US$ 18 Milhões.

parcela

médio

do

de

A contribuição anual média do IVVC ao Tesouro

Municipal a partir de 1989 foi de Cr$ 380 Bilhões, cerca de

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150.

US$ 30 Milhões.

Quando se passa a analisar o efeito da Constituição

sobre as Receitas de Transferência, vê-se que estas dividem-se

em dois grupos: a) Transferências Estaduais; e b)

Transferências Federais.

A contribuição originada pelas Transferências

Federais aparecem com sinal negativo pois representam aqueles

recursos provenientes dos Impostos IJnicos Federais

(IUM, IUEE, IULC, etc.) que também deixaram de ingressar no

Tesouro Municipal a partir de 1989~. Essa "perda" média anual

referente ao periodo de 1986 a 1988 foi de Cr$ 95 Bilhões,

equivalentes a US$ 5 Milhões. A rigor, deveria ser necessária

a inclusão, neste item, do adicional proveniente do IPI de

Exportação e dos Royalties recebidos pelo Municipio a partir

de 1989. Entretanto essa parcela não chegou a representar

sequer 1% das Transferências Totais.

Por outro lado, ao analisar-se a contribuição

proveniente das Transferências Estaduais, verifica-se que

estas representam a maior parte do efeito provocado pela

entrada em vigor da nova Constituição. Reflete-se dentro do

adicional que foi embutido no novo ICMS e que se localiza em

dois subgrupos: a) Energia e Serviços; e b) Indústira e

Comércio.

Sob a designação de Energia e Serviços, encontra-se

~ Da meBlIla forma oomo no oaso do ITBI Estadual, não foi oOll1PUtado o ano de 1989 para não preJudioar o oáloulo da média porque esses ~stos s6 vigoraram até fevereiro desse ano.

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151.

a antiga participação municipal nos extintos Impostos Onicos

Federais, incluindo agora também os serviços de comunicações e

de transportes. Ao comparar-se esta coluna com as

Transferências Federais, fica evidenciada a grande ampliação

de receita que o Município do Rio de Janeiro passou a receber

em comparação à sistemática anterior. Petróleo, energia

elétrica, serviços de comunicações e de transportes passaram a

adicionar aos cofres municipais, entre 1989 e 1992, a média

anual de Cr$ 880 Bilhões, equivalentes a US$ 69 Milhões.

Dentro do subgrupo Indústria e Comércio, aparece o

acréscimo de 5% sobre a parcela que era repassada aos

Municípios proveniente do antigo ICM. Essa coluna foi obtida

calculando-se 5% do novo ICMS, cobrado à indústria e ao

comércio. Depois fez-se o rateio desses 5% através do Indice

de Participação do Município do Rio de Janeiro, dentro do

período

adicional

considerado,

de receita

Esse

Federal

significou

ou seja, entre 1989 e 1992.

concedido pela Constituição

a média de Cr$ 808 anualmente, Bilhões,

equivalentes a US$ 63 Milhões. Note-se que este item equivale

a cerca de 90% da parcela apropriada pelo Município sobre

Energia e Serviços.

Dessa forma, o ICMS contribui, entre os dois

subgrupos, com o adicional médio anual de Cr$ 1.688 Bilhões,

equivalentes a US$ 132 Milhões. Esses valores poderiam ter

sido cerca de 15% superiores, caso o Indice de Participação do

Município do Rio de Janeiro não houvesse sido tão penalizado

pela Lei Estadual nQ 1.689/90. Essa perda embutida no repasse

do ICMS foi da ordem de Cr$ 317 Bilhões, correspondentes a

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152.

US$ 23 Milhões médios.

Assim sendo, estabeleceu-se a equação seguinte que

visa a tentar quantificar o impacto total da entrada em vigor

da Constituição Federal de 1988 sobre as receitas tributárias

do Município do Rio de janeiro, em termos médios anuais, para

o período de análise.

CCONST ss = ITBI M - ITBI E + IVVC M + ICMS E - IUF F

onde:

CCONST ss = Contribuição da Constituição de 1988;

ITBI M = componente do ITBI Municipal;

ITBI E = componente do ITBI Estadual;

IVVC M = componente do IVVC Municipal;

ICMS E = componente do ICMS Estadual;

IUFF = componente dos Impostos Unicos Federais;

A contribuição em cruzeiros constantes revelou o

valor médio anual de Cr$ 2.057 Bilhões, resultante da equação:

CCONST BB = 445 - 361 + 380 + 880 + 808 - 95

CCONST BB = 2.057

A contribuição em dólares constantes revelou o valor

médio anual de US$ 174 Milhões, resultante da equação:

CCONST SB = 35 - 18 + 30 + 69 + 63 - 5

CCONST BB = 174

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153.

Portanto, conforme a metodologia proposta neste

trabalho, avaliou-se o impacto causado pelos novos

dispositivos constitucionais sobre as receitas tributárias do

Município do Rio de Janeiro. Sua quantificação levou ao valor

global de Cr$ 2.057 Bilhões, equivalentes a US$ 174 Milhões

por ano, em média, de recursos que passaram a reforçar o caixa

municipal em comparação com a sistemática anterior.

g interessante analisar-se essa contribuição à luz

da evolução das receitas tributárias totais do Município do

Rio de Janeiro. Fica evidenciado que essas receitas totais

cresceram bastante após a promulgação da Constituição de 1988,

conforme demonstram os quadros (V.8) e (V.9).

o impacto ocasionado pela nova Carta Magna foi bem

significativo, processando seus efeitos muito mais sobre as

transferências, em especial as estaduais, do que sobre as

receitas próprias. Do valor médio anual adicionado pela

Constituição, somente 27% correspondiam ao acréscimo conferido

ao ITBI Municipal e ao IVVC, referindo-se os 73% restantes ao

ICMS, utilizando-se o dólar como referência, segundo o gráfico

(V.30). Caso use-se o cruzeiro, esses percentuais serão de 23%

e 77%, respectivamente, conforme o gráfico (V.31). Todavia, ao

compararem-se os valores das linhasl. "M:E:DIA 1" e "Ml!:DIA 2" dos

quadros mencionados, verifica-se que o crescimento da Receita

Própria (122% em dólar e 61% em cruzeiro) foi bem superior

àquele experimentado pela Receita Transferida (61% em dólar e

~ ''f1lJDIA 1" representa a média aritmética entre os tres primeiros anos do quadro (1886 a 1888), enquanto ''l1l1DIA 2" refere-se aos quatro anos seguintes (1888 a 1992).

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154.

13% em cruzeiro).

Na análise em dólar, observa-se aumento de 97% das

receitas totais, passando a média anual até 1988 de US$ 621

Milhões para US$ 1.221 Milhões entre 1989 e 1992. Se

debitarmos desse acréscimo médio anual de US$ 600 Milhões o

valor médio calculado de US$ 174 Milhões, ainda assim sobrarão

US$ 426 Milhões. Essa diferença, que representa 71% do

acréscimo total em dólar, é proveniente do esforço de geração

de recursos próprios, sobretudo do IPTU, como indica o

gráfico (V.32).

Na análise em cruzeiro, o crescimento verificado foi

de 41% das receitas totais, elevando-se a média anual de

Cr$ 11.194 Bilhões, até 1988, para Cr$ 15.821 Bilhões após

1989. Se debitarmos do acréscimo médio anual de Cr$ 4.627

Bilhões o valor médio calculado de Cr$ 2.057 Bilhões, restarão

Cr$ 2.570 Bilhões. Essa diferença, que representa 56% do

acréscimo total em cruzeiro, representa a parcela extra de

recursos próprios, sobretudo do IPTU. Note-se que neste caso,

não só o crescimento percentual das disponibilidades totais é

bem menor, como também a capacidade adicional de geração

própria não se mostrou tão eficaz.

Assinala ANDRADE [25] que a Prefeitura do Rio de

Janeiro, assim como as de São Paulo, Belo Horizonte e

Salvador, apresentou deficit econômico no periodo de 1975 a

1987, em que as despesas totais superaram

receitas liquidas. Ficou demonstrado

constantemente as

um desequilibrio

conjuntural das contas públicas municipais, uma vez que o

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155.

nivel de atividade econômica esteve bem elevado nesse periodo,

entremeado por poucos anos de recessão. Tal desequilibrio

levou essas Capitais Estaduais a aumentarem significativamente

seu nivel de endividamento, o que também pressionava seus

resultados financeiros anuais por intermédio do aumento dos

encargos das dividas. Fazia-se necessário, então, aumentar a

capacidade de geração própria de recursos para evitarem a

dependência dos repasses estadual e federal que, muitas vezes,

ficavam condicionados a questões politicas ou a atrasos

administrativos entre as diferentes esferas de governo.

Nesse sentido, pode-se observar um grande esforço do

Municipio do Rio de Janeiro para aumentar sua capacidade

própria de geração de recursos tributários, evidenciando-se a

partir de 1989, conforme demonstram os quadros (V.1) e (V.2).

MENEGHETTI [26] ressalta que os Municipios das Capitais foram

obrigadas a buscar fontes próprias de recursos, pois na nova

repartição de receitas tributárias federais, estes continuaram

a receber parcela bem pequena do Fundo de Participação dos

Municipios. Concorreu para o aumento das fontes próprias,

sobretudo, o progressivo aumento real do IPTU, que vinha

apresentando tendência de queda. Houve também crescimento nas

receitas do ISS e um aumento proporcionalmente maior na

arrecadação das Taxas.

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156.

CONTRmmCAO DA CONS'TITUICAO/88 Percentagens sobre Valores em US$

__ Kj~C. Prop. (26,5%)

Rec. Transf. (73,5%)

Gráfico V.30 - Contribuição da Constituição de 1988 em US$

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157.

CONTRIBUICAO DA CONS'I1TUlCAO/88 Percentagens sobre Valores em Cr$

r-F!ec~ Prop. (22, 6"'{')

Rec. Transf. (77.4'1<:,1-'

Gráfico V.31 - Contribuição da Constituição de 1988 em Cr$

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158.

ACRESCIMO DA RECEITA TOTAL Percentagens sobre Valores em US$

Const (29,OOh)

Ac. Prop. (71,OOh)

Gráfico V.32 - Acréscimo à Receita Total em US$

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159.

Dentre as táticas utilizadas para o aumento da

arrecadação própria, além da majoração real, sobretudo, do

IPTU e também de algumas taxas, a Administração Municipal

conseguiu que a fixação da Unidade Fiscal do Municipio do Rio

de Janeiro (UNIF) passasse a ser reajustada mensalmente e

depois diariamente. Como os tributos municipais, em sua

maioria, são calculados à base da UNIF Fiscal, atualmente a do

dia do pagamento, esse reajustamento fez com que as receitas

próprias mantivessem um caráter mais constante em termos

reais, contribuindo muito para o grande cescimento da geração

de recursos próprios.

Com base no quadro (V.12), verificamos que durante

os anos de 1986, 1987 e 1988, a UNIF era corrigida no primeiro

dia de cada semestre civil, o que ocasionava grande

deterioração nas finanças municipais. Apenas a partir de junho

de 1989 esta correção passou a ser feita mensalmente. Na

tentativa de minorar os efeitos inflacionários sobre as

receitas tributárias, a UNIF passou a ter correção diária de

janeiro de 1990 em diante. O quadro (V.13) e o gráfico (V.33)

mostram a evolução real em cruzeiros constantes de janeiro de

1993 dos valores mensais da UNIF. Pode-se notar que em janeiro

de 1991, na tentetiva de recuperar o valor real do padrão

fiscal de referência, a Administração praticamente dobrou a

UNIF, elevando-o para Cr$ 267.027,36, cerca de US$ 19,25,

voltando a apresentar tendência de queda nos dois anos

seguintes, registrando o valor de Cr$ 197.162,12, equivalente

a US$ 14,10, em janeiro de 1993.

Durante os anos de 1990 e 1991, acredita-se que o

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160.

aumento da arrecadação também possa estar vinculado à

espectativa pessimista dos agentes econômicos em ter de volta

os cruzados novos bloqueados pelo Banco Central. Esses haveres

monetários, bloqueados para quase todo o tipo de movimentação

financeira, estavam disponiveis para o pagamento de tributos.

Entretanto, não foi possivel a constatação dessa assertiva,

pois quando os cruzados novos bloqueados eram utilizados para

essa finalidade, os mesmos ingressavam nas contas do Tesouro

já convertidos em cruzeiros.

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161.

MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO

VALORES HISTORICOS DA UNI F

(1986 A 1992)

VALORES HISTORICOS DA UNI F

MES 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 (Cz$) (Cz$) (Cz$) (NCz$) (Cr$) (Cr$) (Cr$) (Cr$)

JAN 185,27 199,41 991,65 14,41 177,14 3.408,74 15.649,07 197.162,12 FEV 185,27 199,41 991,65 16,17 276,51 4.097,65 19.552,69 249.778,42 MAR 185,27 199,41 991,65 16,17 479,49 4.403,36 24.200,65 313.703,03 ABR 186,99 199,41 991,65 16,17 675,01 4.757,17 30.878,46 403.418,84 MAl 186,99 199,41 991,65 16,17 675,01 5.182,45 37.441,74 509.211,85 JUN 186,99 199,41 991,65 20,97 711,32 5.650,01 44.896,91 656.227,91 JUL 199,41 481,20 3.733,00 26,18 779,68 6.181,11 54.089,00 851.178,80 AGO 199,41 481,20 3.733,00 33,71 863,81 6.812,19 68.872,17 851.178,80 SET 199,41 481,20 3.733,00 43,60 955,20 7.721,36 81.564,94 851.178,80 OUT 199,41 481,20 3.733,00 59,27 1.077,94 8.892,57 101.679,17 851.178,80 NOV 199,41 481,20 3.733,00 81,57 1.225,74 10.262,73 127.511,44 851.118,80 DEZ 199,41 481,20 3.733,00 115,36 1.429,70 12.593,51 161.271,73 851.178,80 MED 192,71 340,31 2.362,33 38,31 777,21 6.663,51 63.967,83 619.714,58

Quadro V.12 - Valores Históricos da UNIF

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162.

MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO

VALORES DA UNIF EM Cr$ MIL DE JANEIRO DE 1993

( 1986 A 1992)

MES VALORES DA UNIF 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992- 1993

JAN 424,87 291,31 264,07 294,32 152,64 267,03 199,79 197,16 FEV 369,51 255,30 224,47 295,39 138,80 265,05 200,03 197,44 MAR 350,17 222,01 189,96 283,41 132,74 265,58 205,12 194,01 ABR 355,49 184,88 157,87 269,48 167,84 263,86 220,78 194,60 MAl 354,36 144,91 132,10 238,99 153,87 269,84 218,63 185,71 JUN 352,50 115,13 109,32 244,49 148,73 267,78 215,9'2 183,08 JUL 373,55 254,10 338,61 221,38 144,30 259,64 213,76 187,34 AGO 368,64 243,16 275,53 208,86 141,57 247,77 216,81 187,34 SET 364,65 225,11 219,09 194,45 140,13 241,70 201,58 187,34 OUT 359,67 202,53 171,72 189,22 138,52 221,19 201,14 187,34 NOV 351,05 176,93 134,19 180,50 134,11 202,98 203,06 187,34 DEZ 326,38 152,67 104,12 170,88 134,32 203,93 207,61 187,34

MEDIA 362,57 196,25 173,62 232,61 143,96 248,03 208,69 189,67

Quadro V.13 - Valores da UNIF em Cr$ de Janeiro de 1993

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'" (J)

Z" ~ w O ~ ... ()

::E w lJl W lI: O .J

;;

EVOLUCAO DA UNIF (Deflator: IGP-DI) Base Janeiro de 1993 (Cr$ 197.162, 1 2)

450.

400.

350. OOCH .. •·· ....................................................................................................... .

300.

250.

200.

150. -"r"=·:',," ........................................... .

100.00c~mmmmmmmm~~mmmmmmmm=wmmmmmmmmmrl JAN JAN JAN JAN JAN JAN JAN JAN DEZ

1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993

1 __ lR'JF em 01 1

163.

Gráfico V.33 - Evolução da UNIF em Cr$ de Janeiro de 1993

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Este trabalho

CAPITID.o VI

CONCLUSõES

procurou identificar

164.

o efeito

financeiro que a entrada em vigor dos novos dispositivos

constitucionais ocasionou sobre as receitas tributárias do

Município do Rio de Janeiro.

Para tanto, foram utilizados dados mensais, em moeda

corrente, de recursos efetivamente ingressados no Tesouro

Municipal, seja por arrecadação direta, seja sob a forma de

repasses do Governo Estadual e Federal. A obtenção dessas

informações demandou grande esforço em pesquisa de campo, uma

vez que foi necessário contactar autoridades nos órgãos

responsáveis pela arrecadação e controle tributário nas três

esferas de Governo.

No período estudado, de 1986 a 1992, a economia

brasileira esteve constantemente submetida a elevadas taxas de

inflação, tendo sido aplicadas diversas medidas de "choque"

(Planos de Estabilização Econômica) no sentido de debelar a

crônica alta dos preços. Este cenário dificultou bastante a

análise, uma vez que fez-se necessária a utilização de algum

deflator para avaliar-se a evolução real das receitas

estudadas.

Dentre o universo de índices para medir a inflação

no Brasil, foi selecionado o IGP-DI por melhor adequar-se às

características dos dados brutos. Todavia, é de conhecimento

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165.

do autor que que este indice, assim como qualquer outro não é

capaz de refletir fielmente o comportamento dos preços.

o dólar americano também fui utilizado como

parâmetro auxiliar na análise face a sua larga utilização na

economia brasileira. Além disso, devido à grande perda do

poder de compra do cruzeiro, os resultados encontrados em

moeda nacional podem perder sua significância econômica

rapidamente.

Cabe-se ressaltar que, apesar

bastante semelhante nas tendências de queda

receitas tributárias, medidas por esses

do comportamento

ou elevação das

dois parâmetros,

algumas vezes surgiram discrepâncias, fruto das dificuldades

intrinsecas do uso de deflatores. Concorreram, também, para as

diferenças encontradas, as diversas tentativas de

estabilização econômica que tiveram forte atuação sobre o

câmbio.

o impacto financeiro da Constituição de 1988 sobre

as receitas tributárias do Municipio do Rio de Janeiro,

avaliado pela metodologia proposta, mostrou-se bastante

Significativo tanto em dólar quanto em cruzeiro constantes. No

primeiro caso, calculou-se um aumento da ordem de 30%, o que

significou um reforço de US$ 174 Milhões anuais. No segundo

caso, esse crescimento foi de cerca de 44%, representando um

adicional de Cr$ 2.057 Bilhões anuais. Todavia, o expressivo

aumento das disponibilidades tributárias do Municipio do Rio

de Janeiro foi ocasionado, sobretudo, por ampliação da

arrecadação de tributos já integrantes de sua esfera de

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166.

competência.

Este trabalho não teve a pretensão de esgotar o

estudo sobre o impacto do novo Sistema Tributário sobre as

finanças municipais, em especial da Cidade do Rio de Janeiro,

mas sim contribuir para o estudo de um assunto tão polêmico e

pouco explorado.

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167.

ANEXO I

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168.

o INDICK GERAL DE PRBCOS - DISPONIBILIDADE INTERNA

Quando começou a ser calculado, em 1944, o IGP-DI

resultava da média entre o Indioe de Preços por Ataoado (IPA)

e o Indioe de Preços ao Consumidor (IPC) 1, mas a partir de

1950 passou a contar com mais um componente, o Indioe da

Construção Civil (ICC). Nessa época, a pesquisa de preços do

ICC atinha-se apenas à cidade do Rio de Janeiro. A partir de

1985, esse indicador ganhou abrangência nacional, abrangendo

18 (dezoito) capitais estaduais, transformando-se no Indioe

Naoional de Custo da Construção (INCC).

Convencionou-se que os pesos de cada um dos índices

componentes do IGP-DI corresponderiam, nas Contas Nacionais,

às parcelas da despesa interna bruta assim distribuidas: 60%

para o IPA; 30% para o IPC; e 10% para o INCC. A escolha

desses três indices recai no fato de serem eles indicadores

bem abrangentes, com ampla cobertura geográfica e de segmentos

produtivos. Além disso, por refletirem a evolução dos preços

de atividades econômicas passiveis de pesquisas sistemáticas

que representam essa evolução nas operações no atacado, no

varejo, e serviços, assim como na construção civil. Quanto à

definição dos pesos que cada componente do IGP-DI tem no

cômputo final de indice, esta decorre da própria participação

~ Até dezembro de 1888, a pesquisa de preços para a obtenção do IPC restringia-se à oidade do Rio de Janeiro. A partir de Janeiro de 1880, a apuração desse indioe tomou oaráter mais abrangente, oom a inoorporação da oidade de São Paulo dentro da área geográfioa do universo pesquisado.

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169.

de cada segmento na geração da riqueza nacional, assumindo a

seguinte proporção: 60% destinados ao IPA equivalem ao valor

adicionado pela produção, transporte e comercialização de bens

de consumo e de produção, nas transações comerciais em grosso;

30% destinados ao IPC equivalem ao valor adicionado pelo setor

varejista e de serviços; e 10% destinados ao INCC equivalem ao

valor adicionado pela indústria da construção civil. A seguir,

passamos a uma descrição mais pormenorizada dos indices que

compõem o IGP-DI.

o Indice de Preços por Atacado Disponibilidade

Interna (IPA-DI) é um indicador econômico de abrangência

nacional, cujo propósito é medir o ritmo evolutivo dos preços

praticados no nivel de comercialização atacadista, nas

transações interempresariais, ou seja, nas operações de

comercialização em grosso,

IPA-DI é composto por 18

que antecedem as

(dezoito) indices,

varejistas. O

sendo 1 (um)

indice geral e 17 (dezessete) especiais, que visam a medir a

evolução dos preços segundo o destino que se atribui aos bens

de consumo e de produção. Esses indices especiais abrangem as

seguintes áreas: a) Bens de Consumo: Duráveis (Utilidades

Domésticas e Outros) e Não-Durávies (Gêneros Alimenticios e

Outros); b)Bens de Produção: Matérias Primas (Brutas e

Semi-elaboradas), Matérias de Construção e Máquinas, Veiculos

e Equipamentos; c) Veiculos Pesados para Transporte: Máquinas

e Equipamentos e Componentes para Veiculos; e d) Outros. O

IPA-DI é um indice de preços de longa tradição, apurado desde

1947, cujas estimativas derivam de variações de preços

pesquisados sistematicamente durante o mês calendário, e que

dispõe de muita sensibilidade para aferir o movimento dos

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170.

preços no atacado.

o Indice de Preços ao Consumidor (lPC) é um

indicador econômico que mede o movimento de preços de

determinado conjunto de bens e serviços no último segmento da

comercialização, isto é, no mercado varejista. Tem

periodicidade mensal e a pesquisa sistemática dos preços dá-se

durante o mês calendário. Este indicador tem ampla cobertura

dos itens que mais pressionam a elevação do custo de vida. Em

seu cálculo, pesquisam-se preços que vão desde a alimentação,

passando pelo vestuário, saúde e cuidados pessoais. No

tocante à abrangência geográfica, o IPC é avaliado nos dois

maiores centros consumidores do pais: Rio de Janeiro e São

Paulo. Constitui-se de uma média ponderada entre um indice

geral e mais 7 (sete) indices especiais que avaliam a evolução

dos preços nas seguintes áreas: a) Alimentação; b) Habitação;

c) Vestuário; d) Saúde e Cuidados Pessoais; e) Educação,

Leitura e Recreação; f) Transportes; e g) Despesas Diversas.

As estimativas mensais do IPC, em seu nivel geral, refletem as

mutações do poder aquisitivo da parcela da população com

rendimentos enquadrados na faixa de 1 (um) a 33 (trinta e

três) salários minimos.

o Indice Nacional de Custo da Construção Civil

(INCC) foi concebido com a finalidade de aferir a evolução

mensal, dentro do mês calendário, dos custos de construções

habitacionais e, desde a sua implantação, passou por

reformulações metodológicas, além de expansão da cobertura

geográfica. A estrutura de sua amostra compõe-se do orçamento

analitico das empresas de engenharia civil, de onde se extraem

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171.

as planilhas de composição dos custos dos materiais e de

mão-de-obra utilizados nas construções habitacionais, segundo

tipos, padrões e localização. São utilizados três tipos de

padrão habitacional: Hl - casa de 1 pavimento e até 82 m2 ; H2

- edifício habitacional de quatro pavimentos, com unidades de

2 quartos, e área total de 1.503 m2 ; H3 edifício

habitacional de 12 pavimentos, com unidades de 3 quartos e

área total de 6.015 m2 . Todos os padrões citados referem-se a

construções de boa qualidade, mas sem luxo, já que o objetivo

é o cálculo de índices que reflitam a evolução de custos das

construções para um mercado identificado com a realidade

brasileira.

Assim sendo, o IGP-DI corresponde à média ponderada

de seus três índices componentes, com a seguinte configuração:

o IPA-DI com peso 6 (seis); o IPC com peso 3 (três); e o INCC

com peso 1 (um). Isto significa que, para um determinado

momento t qualquer, o IGP-DI é calculado pela expressão

seguinte:

[ IGP-Dlt = 0,6 Xt + 0,3 Yt + O,~~t onde:

IGP-Dlt = IGP-DI no período de referência t;

Xt = IPA-DI no período de referência t;

Yt = IPC

Zt = INce

no período de referência t;

no período de referência t.

I

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172.

ANEXO TI

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173.

1 9 B 6

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MUNIClPI0 DO ruo DE JANEIRO

RECEITA PROPRlA OruGINAL EM Cz$ MILHOES

( .. <\NO-BASE 1986)

MES IPTU ISS TAXAS DIVIDA TOTAL ATIVA MENSAL

JAN O 119 11 14 144 FEV 13 108 7 7 13:5

MAR :539 13:5 64 17 7:5:5 ABR 189 128 22 8 347 MAl 103 143 1:5 7 268 JUN 169 148 20 7 344 JUL 84 1:59 19 9 271 AGO 90 170 14 29 303 SET 110 171 14 28 323 OUT 102 188 1:5 2:5 331 NOV 97 18:5 13 2:5 319 DEZ 128 190 14 41 373

TOTAL 1.62:5 1.843 228 218 3.913 MEDIA 13:5 1:54 19 18 326

DV.PAD. 132 27 14 11 148 ..

Fonte: Mapa Dlano do~ Re.c.eblmentos e CIasslfleaeao da Rece.lta, Snperintendencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1986.

174.

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MES

JAN

FEV

MAR

ABR

MAl JUN

JUL

AGO

SET OUT

NOV

DEZ

TOTAL MEDIA

DV.PAD

175.

MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA PROPRIA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993

IPTU ISS

O 272 2S 21S

1.020 25S 360 243 196 272 318 279 IS8 297 166 314 201 313 18S 339 170 325 209 311

3.009 3.43S 251 286 251 3S

(ANO-BASE 1986)

TAXAS DN. TOTAL

ATV. MENSAL 25 33 330 lS 14 269

120 32 1.427 42 IS 660

28 13 S08 38 12 6S0 3S 17 S07 26 S4 S61 26 SI S91 27 46 S97 22 4S S62 24 67 611 427 399 7.272 36 33 606 26 18 273

Numero Indice

Janeiro de 1993 = 100 JAN 0,00004361 FEV 0,OOOOS014 MAR 0,OOOOS291 ABR 0,OOOOS26O MAl 0,OOOOS277 JUN 0,OOOOS30S JUL 0,OOOOS338 AGO 0,OOOOS409 SET O,OOOOS468 OUT O,OOOOSS44 NOV O,OOOOS680 DEZ 0,00006110

MEDIA 0,OOOOS338 DV.PAD. 0,00000393

. . .. Fonte: Mapa Dlano dos Recebimentos e CIasslÍ1cacao da Receita,

Superintendencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1986.

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MES

JAN FEV

MAR ABR

MAl JUN· JUL

AGO SET OUT NOV

DEZ TOTAL MEDIA

DVPAD.

176.

MUNlCIPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA PROPRlA EM US$ MILHOES CORRENTES

lPTU ISS

O 11 1 8

39 10

14 9

7 10

12 11 6 11 7 12

8 12

7 13 7 13 9 13

117 135 10 11 10 2

(ANO-BASE 1986)

TAXAS DIVlDA TOTAL ATIVA MENSAL

1 1 13 1 1 10 5 1 55 2 1 25 1 O 19 1 O 25 1 1 20 1 2 22 1 2 23 1 2 24 1 2 23 1 3 26 17 16 285 1 1 24 1 1 10

Dolar Medio Mensal Ano: 1986

( Cz$/US$) JAN 11,28 FEV 13,00 MAR 13,81 ABR 13,81

MAl 13,81

JUN 13,81 JUL 13,81 AGO 13,81 SET 13,81 OUT 13,94 NOV 14,07 DEZ 14,51

MEDlA 13,62 DVPAD. 1

Fonte: Mapa Dlano dos Recel)Jmentos e CIassificac.ao da Receita, Superintendencia do Tesouro Municipal, Sec.retaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1986.

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177.

MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA TRANSFERIDA ORIGINAL EM Cz$ MILHOES

(ANO-BASE 1986)

MES ESTADUAL FEDERAL TOTAL ICM IPVA ITBI FPM ITR IUM IULC MENSAL

JAN 151 O 15 O O O O 165 FEV 153 O O 10 O O 1 164 MAR 160 O 20 14 O O 2 197 ABR 171 3 12 7 O O 4 197 MAl 184 6 O 7 O O O 197 JUN 214 25 14 O O O O 253 JUL 228 34 19 15 O O 3 299 AGO 232 46 23 O O O O 301 SET 240 41 24 17 O O 2 324 OUT 250 26 16 8 O O 2 302 NOV 252 39 47 12 O O 2 353 DEZ 274 14 34 12 O 1 4 339

TOTAL 2.508 232 225 102 O 2 21 3.091 MEDIA 209 19 19 9 O O 2 258

DV. PAD. 42 17 13 6 O O 1 67 ..

Fonte: Mapa Dlano dO$ Receblment.os e Oasslflc.acao da Rec.elta, Superintendencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda,

Prefeitura da Cidade do Rio de JaneirQ. Janeiro a Dezembro de 1986.

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MES

JAN

FEV MAR

ABR

MAl JUN JUL AGO

SET OUT

NOV DEZ

TOTAL

MEDIA

DPAD

178.

MUNIClPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA TRANSFERIDA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993

ESTADUAL

ICM IPVA ITBI

345 O 34

305 O O 302 O 38

325 6 23

348 11 O

404 46 26

428 63 36 429 84 43

440 74 45 451 48 30

443 68 83 448 23 55

4.668 423 412

389 35 34

57 31 22

(ANO-BASE 1986)

FEDERAL

FPM ITR !UM IULC

O O O O 20 O O 2 27 O O 5

13 O O 7

14 O O O O O O O

28 O O 6 O O O 1 30 O O 4 14 O O 3 22 O 1 4 20 O 1 7

188 O 4 37

16 O O 3

10 O O 2

TOTAL

MENS.

379

328 372

374

373

476

560 557 592

546

621 554

5.733

478

101

Numero Indice

Janeiro de 1993=100

JAN 0,00004361

FEV 0,00005014 MAR 0,00005291

ABR 0,00005260

MAl 0,00005277

JUN 0,00005305

JLTL 0,00005338 AGO 0,00005409 SET 0,00005468 OUT 0,00005544 NOV 0,00005680 DEZ I 0,00006110

MED 0,00005338 D P AD 0,00000393

Fonte: Mapa Dlano dos Recebimentos e Classificacao da Rec.eit.a, Superintendencia do Tesouro Municipal, Sec.ret.aria Municipal de Fazenda,

Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1986.

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179.

MUNIClPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA TRANSFERIDA EM US$ MILHOES CORRENTES

(ANO-BASE 1986)

MES ESTADUAL FEDERAL TOT AL Dolar Medio Mensal ICM IPVA ITBI FPM ITR IUM IULC MENS_ ( Cz$/US$)

JAN 13 O 1 O O O O 15 JAN 11,28 FEV 12 O O 1 O O O 13 FEV 13,00 MAR 12 O 1 1 O O O 14 MAR 13,81

ABR 12 O 1 1 O O O 14 ABR 13,81

MAl 13 O O 1 O O O 14 MAl 13,81

JUN 15 2 1 O O O O 18 JUN 13,81 JUL 17 2 1 1 O O O 22 JUL 13,81 AGO 17 3 2 O O O O 22 AGO 13,81

SET 17 3 2 1 O O O 23 SET 13,81

OUT 18 ,., 1 1 O O O 22 "' OUT 13,94

NOV 18 3 3 1 O O O 25 NOV 14,07 DEZ 19 1 2 1 O O O 23 DEZ 14,51

TOTAL 183 7 O 17 16 O 1 225

MEDIA 15 1 1 1 O O O 19 MEDIA 13,62 D_PAD_ 3 1 1 O O O O 4 D.PAD_ 1

Font.e: Mapa Diario dos Recebimentos e Classificac-3.o da Receita, Superint.endencia do Tesouro Municipal, Secretaria Munic-ipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1986_

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180.

:1 a "7

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MUNIClPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA PROPRlA ORIGINAL EM Cz$ MILHOES

(ANO-BASE 1987)

MES IPTU 1 S S TAXAS DMDA TOTAL

ATIVA MENSAL JAN O 223 16 22 261 FEV 24 208 36 19 287

MAR 308 120 23 8 460 ABR 604 339 94 17 1.055

MAl 158 302 26 10 496

JllN 654 367 47 14 1.082 JllL 187 474 112 26 800 AGO 200 545 38 120 902

SET 353 560 283 82 1.279

OUT 384 631 708 66 1.188 NOV 283 720 64 91 L158 DEZ 392 840 195 126 1.553

TOTAL 3.547 5.329 1.642 602 11.120

MEDIA 296 444 137 50 927

DV.PAD. 193 212 188 42 468 ..

Fonte: Mapa Dlano dos Receblment.os e ClasSlflc.acao da Receita, Superintendencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a

Dezembro de 1987.

181.

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MES

JAN

FEV MAR ABR MAl JUN JUL AGO

SET OUT NOV DEZ

TOTAL MEDIA

DV.PAD

182.

MUNICIPIO DO ruo DE JANEIRO

RECEITA PROPRlA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993

(ANO-BASE 1987)

IPTU ISS TAXAS DN. TOTAL AT\!. MENSAL

° 326 23 33 382

31 266 46 25 368 343 134 26 9 512 560 314 87 16 978 115 219 19 7 361

378 212 27 8 625 99 251 59 14 422

101 275 19 61 456

165 262 133 39 598 162 265 298 28 752 104 265 23 33 426 124 267 62 40 493

2.181 3.056 823 312 6.373 182 255 69 26 531 156 48 76 15 176

Numero Indice Janeiro de 1993 = 100

JAN 0,00006845

FEV 0,00007811 MAR 0,00008982

ABR 0,00010786

MAl 0,00013761

JUN 0,00017321 JUL 0,00018937

AGO 0,00019789

SET 0,00021376 OUT 0,00023759 NOV 0,00027197 DEZ 0,00031518

MEDIA 0,00017340 DV.PAD. 0,00007587

Fonte: Mapa Diario dos Recebimentos e CIassificacao da Receita, Superintendencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1987.

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MES

JAN FEV MAR ABR MAl JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

TOTAL MEDIA

DVPAD.

183.

MUNICIPIO DO ruo DE JANEIRO

RECEITA PROPRIA EM US$ MILHOES CORRENTES

(ANO-BASE 1987)

IPTU ISS TAXAS DIVlDA TOTAL ATIVA MENSAL

O 14 1 1 17 1 11 2 1 16

15 6 1 O 22 26 14 4 1 45 5 10 1 O 16

17 9 1 O 28 4 11 2 1 18 4 12 1 3 19 7 11 6 2 26 7 12 13 1 34 5 12 1 2 20 6 12 3 2 23 97 135 36 14 282 8 11 3 1 23 7 2 3 1 8

Dolar Medio Mensal Ano: 1987 ( Cz$/uS$)

JAN 15,66 FEV 18,09 MAR 20,98 ABR 23,65

MAl 30,71 JUN 39,34 JUL 44,82 AGO 47,01

SET 49,74 OUT 53,27 NOV 59,14 DEZ 67,31

MEDIA 39,14 DV PAD. 16,42

. . Fonte: Mapa Dlano dos Recebimentos e Classificacao da Receita,

Superintendencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1987.

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184.

MUNIClPIO DO RlO DE JANEIRO

RECEITA TRANSFERIDA ORIGINAL EM Cz$ MILHOES

(ANO-BASE 1987)

MES ESTADUAL FEDERAL TOTAL ICM IPVA ITBI FPM ITR IUM IULC MENSAL

JAN 270 O 41 O O O O 310 FEV 291 16 17 22 O 1 3 350 MAR 145 O O O O O 3 149 ABR 466 50 39 29 O O 5 589 MAl 298 34 38 22 O O

., 395 ~

JUN 378 43 25 29 O O 18 493 JUL m 41 37 ?" -'- O 1 O 589

AGO 569 49 60 35 O 1 31 746 SET 656 54 49 26 O 1 O 786 OUT 798 70 94 29 O 1 42 1.034 NOV 789 109 137 33 O 1 O 1.069 DEZ 951 34 77 36 O 1 51 1.149

TOTAL 6.100 500 613 283 1 8 156 7.660 MEDIA 508 42 51 24 O 1 13 638

DV. PAD. 239 29 35 11 O O 17 310 ..

Font.e: Mapa Dlano do~ Rec.eblmento~ e Cla~~lfIcacao da Rec.elta, Superint.endencia do Tesouro Municipal, Secret.aria Municipal de Fazenda,

Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1987.

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MES

JAN

FEV

MAR ABR MAl JUN

JUL AGO SET OUT NOV DEZ

TOTAL MEDIA D.PAD.

185.

MUNIOPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA TRANSFERIDA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993

ESTADUAL ICM IPVA ITBI 394 O 60 373 20 22 162 O O 432 47 36 216 25 28 218 25 15 258 21 19 288 25 30 307 25 23 336 30 39 290 40 50

302 11 24 3.576 269 347 298 22 29 75 13 15

(ANO-BASE 1987)

FEDERAL FPM ITR IUM IULC

O O O O 28 O 1 3 O O O 4 27 O O 5 16 O O 3 17 O O 10 12 O 1 O

18 O O 16 12 O O O 12 O O 18 12 O O O

11 O O 16 164 1 4 74 14 O O 6 8 O O 7

TOTAL MENS.

454

448 166.

546 287 285

311 377 368 435 393

365 4.434 370 95

Numero Indice Janeiro de 1993=100

JAN 0,00006845

FEV 0,00007811

MAR 0,00008982 ABR 0,00010786 MAl 0,00013761 JUN 0,00017321 JUL 0,00018937 AGO 0,00019789

SET 0,00021376 OUT 0,00023759 NOV 0,00027197

DEZ 0,00031518

MED 0,00017340 D PAD 0,00007587

Fonte: Mapa Dlano dos RecebImentos e Oassificacao da Receita,

Superintendencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1987.

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186.

MUNICIPIO DO RlO DE JANEIRO

RECEITA TRANSFERlDA EM US$ MILHOES CORRENTES

(ANO-BASE 1987)

MES ESTADUAL FEDERAL TOT AL Dohr Medio Mensal ICM IPVA ITBI FPM ITR IUM IULC MENS. ( Cz$/US$)

JAN 17 O 3 O O O O 20 JAN 15,70 FEV 16 1 1 1 O O O 19 FEV 18,14 MAR 7 O O O O O O 7 MAR 21,07

ABR 20 2 2 1 O O O 25 ABR 23,71

MAl 10 1 1 1 O O O 13 MAl 30,78

JUN 10 1 1 1 O O O 13 JUN 39,44 JUL 11 1 1 O O O O 13 JUL 44,93 AGO 12 1 1 1 O O 1 16 AGO 47,13 SET 13 1 1 1 O O O 16 SET 49,S7

OUT 15 1 2 1 O O 1 19 OUT 53,41

NOV 13 2 2 1 O O O 18 NOV 59,29 DEZ 14 O 1 1 O O 1 17 DEZ 67,48

TOTAL 158 7 O 17 16 O 1 225 MEDIA 13 1 1 1 O O O 16 MEDIA 39,24

D.PAD. 3 1 1 O O O O 4 D. PAD. 16,46 Fonte: Mapa Dlano dos Receblmento~ e Gassificacao da Rec.eit.a,

Superintendenc.ia do Tesouro Munic.ipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1987.

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187.

:1 B B

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MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA PROPRlA ORIGINAL EM Cz$ MILHOES

(ANO-BASE 1988)

MES IPTU 1 S S TAXAS DlVlDA TOTAL

ATIVA MENSAL JAN 119 1.082 104 122 1.481 FEV 3.288 1.141 92 103 4.623 MAR m 1.221 561 226 2.939 ABR 899 1.654 191 53 2.803 MAl 1.106 1.192 149 16 3.123

JUN 3.682 2.180 289 449 6.599 JUL 882 2.890 216 254 4.302 AGO 1.142 3.311 303 430 5.252 SET 1.114 4.148 166 355 5.843 OUT 1.131 5.013 163 244 6.611

NOV 1.303 1.016 208 1.101 9.635 DEZ 1.653 8.185 8.418 335 18.591

TOTAL 11.365 39.164 10.m 3.154 11.801 MEDIA 1.441 3.314 910 313 5.984

DV. PAD. 912 2.210 2.267 212 4.341 ..

Fonte: Mapa Dlano dos Recebimentos e CIasslÍleaeao da Receita, Superintendencia do Tesouro Municipal, Secret.aria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1988.

188.

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MES

JAN

FEV

MAR

ABR MAl JUN

JUL

AGO

SET OUT

NOV

DEZ

TOTAL

MEDIA DV.PAD

189.

MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA PROPRlA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993

(ANO-BASE 1988)

IPW ISS TAXAS DN. TOTAL

AT\!. MENSAL 48 288 28 33 396

744 258 21 23 1.047

177 235 107 43 563

143 263 31 8 446 147 239 20 10 416 406 240 32 49 728

80 262 25 23 390

84 249 22 32 388

69 243 10 21 343 52 233 7 11 304

47 252 7 40 346

46 228 235 9 519

2.044 2.992 546 303 5.886

170 249 45 25 490 198 16 62 14 201

Numero lndice

Jaueiro de 1993 = 100 JAN 0,00037552

FEV 0,00044178

MAR 0,00052202

ABR 0,00062816

MAl 0,00075071 JUN 0,00090708

JUL 0,00110245

AGO 0,00135486

SET 0,00170385 OUT 0,00217384

NOV 0,00278185

DEZ 0,00358S40

MEDIA 0,00136063 DV.PAD. 0,00097671

. . .. Fonte: Mapa Dlano dos Recebimentos e Qasslflcacao da Receita,

Superintendencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda,

Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1988.

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MES

JAN FEV

MAR ABR

MAl JUN JUL

AGO SET

OUT NOV DEZ

TOTAL

MEDIA

DV.PAD.

190.

MUNIClPIO DO ruo DE JANEIRO

RECEITA PROPRIA EM US$ MILHOES CORRENTES

(ANO-BASE 1988)

IPTU ISS TAXAS DIVlDA TOTAL ATIVA MENSAL

2 14 1 'I 19 "' 36 13 1 1 51

9 11 5 2 28

7 13 2 O 22

7 12 1 1 21

21 12 2 3 37 4 13 1 1 20 4 13 1 2 20

4 13 1 1 18

3 12 O 1 16 2 13 O 2 18

2 12 13 1 2S

102 152 28 15 298

9 13 2 1 25

10 1 3 1 10

Dolar Medio Mensal Ano: 1988

( Cz$/US$) JAN 77,46 FEV 90,62 MAR 106,87

ABR 125,37

MAl 150,26

JUN 177,86 JUL 215,29 AGO 266,74 SET 325,42

OUT 410,67 NOV 524,84 DEZ 669,36

MEDIA 261,73

DV. PAD. 180,07 . .

Fonte: Mapa Dlano do~ Rece\)lmentos e Classificae.ao da Receita, Superintendencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1988.

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191.

MUNI0PIO DO RlO DE JANEIRO

RECEITA TRANSFERIDA ORIGINAL EM Cz$ MILHOES

(ANO-BASE 1988)

MES ESTADUAL FEDERAL TOTAL ICM IPVA ITBI FPM ITR IT IULC MENSAL

JAN 1.111 27 153 41 O O O 1.333 FEV 1.365 31 54 49 O O 32 1.531 MAR 1.584 35 83 64 O 31 77 1.874 ABR 1.605 62 136 56 O O O 1.859 MAl 1.993 207 141 63 O 205 59 2.668 JUN 2.222 379 196 116 O O 64 2.977 JUL 2.819 387 256 109 O 147 71 3.789 AGO 4.922 341 212 133 O 110 97 5.814 SET 2.677 383 305 205 O 98 258 3.9'>..6 OUT 4.584 263 333 237 O 199 O 5.617 NOV 7.326 156 428 328 O O 8 8.246 DEZ 8.182 150 572 493 3 366 660 10.426

TOTAL 40.390 2.423 2.869 1.894 3 1.156 1.325 50.059 MEDIA 3.366 202 239 158 O 96 110 4.172

DV. PAD. 2.275 139 144 132 1 111 179 2.740 ..

Fonte: Mapa Dlano dos Receblment.os e C1asslflcac.ao da Recelt.a, Superintendencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1988.

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MES

JAN FEV MAR ABR MAl JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

TOTAL MEDIA D.PAD.

192.

MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA TRANSFERIDA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993

ESTADUAL ICM IPVA ITBI 296 7 41 309 7 12 303 7 16 2.56 10 22 266 28 19 24.5 42 22 2.56 3.5 23 363 2.5 16 157 23 18 211 12 1.5 263 6 1.5 228 4 16

3.1.53 20.5 234 263 17 20 50 12 7

(ANO-BASE 1988)

FEDERAL FPM 11R IT IULC

11 O O O 11 O O 7 12 O 6 1.5 9 O O O 8 O 27 8

13 O O 7 10 O 13 6

10 O 8 7 12 O 6 15 11 O 9 O 12 O O O 14 O 10 18 132 O 80 84 11 O 7 7 2 O 8 6

TOT ~ Numero Indice MENS.

3.5.5 347 3.59 296 3.5.5 328 344 429 230 2.58 296 291

3.889 324 .51

Janeiro de 1993=100 JAN 0,00037.5.52 FEV 0,00044178 MAR 0,000.52202 ABR 0,00062816 MAl 0,0007.5071 JUN 0,00090708 JUL 0,0011024.5 AGO 0,0013.5486 SET 0,00170385 OUT 0,00217384 NOV 0,0027818.5 DEZ 0,00358540

MED 0,00136063 D PAD 0,00097671

Fonte: Mapa Dlano dos Recebimentos e Oassificacao da Receita,

Superintendencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1988.

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MES

JAN

FEV MAR

ABR MAl

JUN

JUL AGO

SET OUT NOV DEZ

TOTAL

MEDIA D.PAD.

193.

MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA TRANSFERIDA EM US$ MILHOES CORRENTES

(ANO-BASE 1988)

ESTADUAL FEDERAL ICM IPVA ITBI FPM ITR IT IULC 14 O 2 1 O O O 15 O 1 1 O O O 15 O 1 1 O O 1

13 O 1 O O O O 13 1 1 O O 1 O 12 2 1 1 O O O 13 2 1 1 O 1 O 18 1 1 O O O O 8 1 1 1 O O 1

11 1 1 1 O O O 14 O 1 1 O O O 12 O 1 1 O 1 1

160 7 O 17 16 O 1

13 1 1 1 O O O 2 1 O O O O O

TOT AL Dolar Medio Mensal MENS.

17 17 17 15 18

17 18 22 12 14 16 16 225 16 2

( Cz$/US$) JAN 77,66 FEV 90,84 MAR 107,14

ABR 125,69

MAl 150,64

JllN 178,30 JUL 215,83 AGO 267,41

SET 326,24 OUT 411,70 NOV 526,15 DEZ 671,03

MEDIA 262,38 D. PAD. 180,51

Fonte: Mapa Dlano dos Rec.eblmentQ$ e Classlficac.ao da Receita, Superintendencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1988.

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194.

1 9 B 9

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195.

MUNIClPIO DO RIO DE JANEIRO

RECElTA PROPRlA ORIGINAL EM NCz$ MILHOES

(ANO-BASE 1989)

MES IPTU ISS ITBI IWC TAXAS DMDA TOTAL ATIVA MENSAL

JAN 54 12 O O 1 1 68 FEV 28 14 O 2 1 1 46 MAR 12 15 1 2 6 1 37 ABR 10 17 3 2 2 O 36 MAl 13 20 3 2 2 1 41

JUN 16 23 6 3 4 1 53 JUL 22 33 6 4 3 1 69 AGO 27 39 9 5 4 8 92 SET 31 59 10 7 9 4 119

OUT 47 76 16 9 12 8 169

NOV 47 115 22 13 8 10 214 DEZ 39 163 31 19 11 17 281

TOTAL 346 586 109 67 63 52 1.223

MEDIA 29 49 9 6 5 4 102

DV.PAD. 14 45 9 5 4 5 76

Fonte: Boletim Dlano das Receitas e Operacoes de Credito Reab.zada$, Superintendencia do Te$ouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Gdade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1989.

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MES

JAN

FEV MAR ABR

MAl JUN

JUL AGO

SET

OUT

NOV DEZ

TOTAL

MEDIA DVPAD.

196.

MUNIClPIO DO ruo DE JANEIRO

RECEITA PROPRlA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993

(ANO-BASE 1989)

IPTU ISS ITBI IWC TAXAS DIV

A'lV

1.099 245 O O 19 19

519 257 O 29 24 24 211 255 24 34 99 99

173 291 51 37 38 38

186 292 51 33 31 31

188 273 73 31 47 47

185 279 53 30 28 28 169 240 58 31 22 22 137 263 44 30 41 41

152 242 53 30 37 37

104 254 48 28 17 17 58 242 46 29 17 17

3.179 3.133 501 340 420 420

265 261 42 28 35 35

273 18 21 9 21 21

TOT AL Numero Indice

MENS.

1.379

840 648 595

607

619

582 568

530

539

473 416

7.796

650 241

Jan de 1993 = 100

JAN 0,00489611

FEV 0,00547406 MAR 0,00570549

ABR 0,00600044

MAl 0,00676599

JUN 0,00857689

JUL 0,01182597 AGO 0,01614022

SET 0,02242170

OUT 0,03132276

NOV 0,04519068 DEZ 0,06750937

MEDIA 0,01931914

DV PAD 0,01881269

Fonte: BoletIm Dlano da~ Receitas e Operacoes de Credit.o Realizadas, Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda,

Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1989.

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MES

JAN FEV

MAR ABR MAl JUN JUL

AGO SET OUT NOV DEZ

TOTAL MEDIA

DV.PAD.

197.

MUNIClPIO DO ruo DE JANEIRO

RECEITA PROPRlA EM US$ MILHOES CORRENTES

(ANO-BASE 1989)

IPTU ISS ITBI IWC TAXAS DIV. A1V.

60 13 O O 1 1 28 14 O 2 1 1

12 15 1 2 6 6 10 17 3 2 2 2 11 18 3 2 2 2 12 18 5 2 3 3 11 17 3 2 2 2

11 16 4 2 1 1 9 18 3 2 3 3

11 17 4 2 3 3 8 18 4 2 1 1 4 1& 3 2 1 1

188 199 33 22 26 26 16 17 3 2 2 2

14 2 1 1 1 1

TOTAL MENS.

75 46 37 35 37

40 36 37 36

38 34 30 483 40 11

Dolar Medio Mensal

Ano: 1989 (NCz$/US$) JAN 0,90 FEV 1,00 MAR 1,00 ABR 1,01 MAl 1,10 JUN 1,33 JUL 1,91 AGO 2,47 SET 3,26

OUT 4,48 NOV 6,23

DEZ 9,24

MEDIA 2,83

DV. PAD 2,51 Fonte: Bolenm Dlano das Receitas e Operac.oes de Credito Realizadas,

Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1989.

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198.

MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA TRANSFERIDA ORIGINAL EM NCz$ MILHOES

(ANO-BASE 1989)

MES ESTADUAL FEDERAL TOTAL

ICMS IPVA ITBI FPM ITR IOF lULC MENSAL

JAN 11 O 2 1 O O O 13

FEV 15 1 O 1 O O O 17 MAR 17 2 1 1 O O O 20 ABR 1& 2 O 1 O O O 22 MAl 34 1 O 1 O O 1 37

JUN 36 4 1 1 O O O 42 JUL 47 O O 1 O O O . 48

AGO 56 5 O 2 O O O 63

SET 76 4 O 2 O O O &3

OUT 102 5 O 2 O O O 110

NOV 139 12 1 7 O O O 159 DEZ 326 7 2 9 O 1 O 345

TOTAL &76 44 & 28 O 1 2 958

MEDIA 73 4 1 2 O O O 80

DV. PAD. 85 3 1 3 O O O 90 Fonte: Bolenm Diario das Rec.eltas e Operacoe~ de CredIto RealIzadas,

Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1989.

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199.

MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA TRANSFERIDA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993

(ANO-BASE 1989)

MES ESTADUAL FEDERAL TOT AL Numero Indice ICMS IPVA ITBI FPM ITR IOF IULC MENS. Janeiro de 1993=100

JAN 215 5 31 11 O O O 262 JA . .N 0,00489611 FEV 273 15 9 13 O O 6 316 FEV 0,00547406

MAR 291 32 14 12 O O 6 354 MAR 0,00570549

ABR 304 32 4 11 O O 7 359 ABR 0,00600044

MAl 504 19 O 12 O O 8 543 MAl 0,00676599 JUN 414 51 7 12 O O 3 488 JUN 0,00857689

JUL 395 O 1 9 O O O 405 JUL 0,01182597

AGO 346 32 1 11 O O O 391 AGO 0,01614022

SET 341 19 2 10 O O O 372 SET 0,02242170 OUT 327 15 1 8 O O O 350 OUT 0,03132276

NOV 307 26 2 16 O O O 351 NOV 0,04519068 DEZ 484 11 3 13 O 1 O 511 DEZ 0,06750937

TOTAL 4.200 257 75 139 O 1 30 4.702

MEDIA 350 21 6 12 O O 2 392 D.PAD. 82 13 9 2 O O 3 79

MED 0,01931914 D PAD 0,01881269

Fonte: Boletlm Dlano das Receitas e Opera coes de Credito Realizadas, Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a: Dezembro de 1989.

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200.

MUNIOPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA TRANSFERIDA EM US$ MILHOES CORRENTES

(ANO-BASE 1989)

MES ESTADUAL FEDERAL AL Dolar Medio Mensal TOT

ICMS IPVA ITBI FPM ITR IOF lULC MENS. (NCz$!US$)

JAN 12 O 2 1 O O O 14 JAN 0,90

FEV 15 1 O 1 O O O 17 FEV 1,00 MAR 17 2 1 1 O O O 20 MAR 1,00

ABR 18 2 O 1 O O O 21 ABR 1,02

MAl 31 1 O 1 O O O 33 MAl 1,10

JUN 27 3 O 1 O O O 31 JUN 1,34

JUL 24 O O 1 O O O 25 JUL 1,91

AGO 23 2 O 1 O O O 25 AGO 2,48

SET 23 1 O 1 O O O 26 SET 3,27

OUT 23 1 O 1 O O O 24 OUT 4,49

NOV 22 2 O 1 O O O 25 NOV 6,25 DEZ 35 1 O 1 O O O 37 DEZ 9,26

TOTAL 269 16 4 9 O O 2 301

MEDIA 22 1 O 1 O O O 25 MEDIA 2,83

D.PAD. 6 1 O O O O O 6 D. PAD. 2,51

Fonte: BoletIm Dlano das Receitas e Operacoes de Credit.o Realizadas, Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1989.

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201.

1 $3 $3 o

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202.

MUNIClPIO DO RlO DE JANEIRO

RECEITA PROPRlA ORlGlNAL EM Cr$ MILHOES

(ANO-BASE 1990)

MES IPTU ISS ITBI IVVC TAXAS DMDA TOTAL ATIVA MENSAL

JAN U13 284 50 35 112 33 2027 FEV 1.492 446 60 64 214 28 2.305 MAR 835 725 158 95 829 78 2.719 ABR 943 1.231 115 141 350 18 2.797 MAl 1.092 U40 270 157 257 106 3.423 JUN 923 U42 108 173 253 56 3.054 JUL 1.042 1.690 189 182 207 49 3.359 AGO 1.245 1.987 240 187 178 60 3.897 SET 1.295 2.198 210 226 244 183 4.357 OUT 1.626 2.444 220 249 247 133 4.919 NOV U41 2.835 268 314 229 113 5.299 DEZ 1.011 3.681 441 367 430 178 6.109

TOTAL 14.557 20.604 2.327 2.192 3.551 1.035 44.265 MEDIA 1.213 1.717 194 183 296 86 3.689

DV.PAD. 264 953 104 93 178 54 1.206 Fonte: Bolenm Dlano das Rec.eltas e Operacoes de Credito RealIZadas,

Superint.endencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1990.

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MES

JAN

FEV

MAR ABR

MAl JUN

JUL AGO

SET OUT

NOV

DEZ TOTAL

MEDIA DV.PAD.

203.

MUNICIPIO DO ruo DE JANEIRO

RECEITA PROPRlA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993

(ANO-BASE 1990)

IPTU ISS ITBI lWC TAXAS DIV. ATV.

1.304 24.5 43 30 28 97

749 224 30 32 14 108 231 201 44 26 21 230 234 306 29 3.5 4 87 249 3.51 61 36 24 .59 193 323 22 36 12 .53

193 313 3.5 34 9 38 204 326 39 31 10 29 190 322 31 33 27 36 209 314 28 32 17 32 169 310 29 34 12 2.5

9.5 346 41 3.5 17 40 4.020 3 . .580 433 394 196 833 33.5 298 36 33 16 69 331 46 10 3 7 .5.5

TOT AL Numero lndice MENS. 1.747

1.1.57

7.53

696

780 639

622 639

639 632

.580

.574

9A.56 788 326

Jan de 1993 = 100 JAN 0,11604861

FEV 0,19922690

MAR 0,36123.589

ABR 0,402173.57

MAl 0,43869093 JUN 0,47824664

JUL 0,.540311 08

AGO 0,6101732.5 SET 0,68165.572 OUT 0,77817191

NOV 0,913980.51

DEZ 1,06437860

MEDIA 0,.54869113 DV. PAD 0,267166.51

Fonte: Boletim Diario das Receitas e Operacoes de Credito Realizadas,

Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1990.

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MES

JAN FEV

MAR ABR

MAl JUN JUL

AGO SET OUT NOV

DEZ TOTAL MEDIA

DVPAD.

204.

MUNIOPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA PROPRIA EM US$ MILHOES CORRENTES

IPTU ISS ITBI

106 20 3 63 19 3 22 19 4 20 26 2 21 30 5 16 27 2 16 2S 3 17 28 3 17 29 3 17 26 2 13 23 2 7 24 3

335 296 36 28 2S 3 27 4 1

(ANO.BASE 1990)

IWC TAXAS DIV ATV

2 8 8 3 9 9 3 22 22 3 7 7 3 5 5 3 4 4 3 3 3 3 2 ')

~

3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 3 3

33 72 72 3 6 6 O 5 5

TOT AL Dolar Medio Mensal MENS.

142 98 73 59 66 54 51 54 58 52 43 40

788 66 27

Ano: 1990

(Cr$!US$ ) JAN 14,28 FEV 23,60 MAR 37,35 ABR 47,60 MAl 52,09 JUN 57,01 JUL 66,39 AGO 71,58 SET 75,36 OUT 94,88 NOV 122,80 DEZ 154,28

MEDIA 68,10 DV P AD. 38,54

Fonte: BoletJm Dlano das Recelt-as e Operacoes de Credito Realizadas, Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1990.

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MUNIOPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA TRANSFERIDA ORIGINAL EM Cr$ MILHOES

(ANO-BASE 1990)

MES ESTADUAL FEDERAL TOTAL ICMS IPVA ITBI FPM ITR IOF IPI MENSAL

JAN 640 9 1 16 O 1 O 666 FEV 716 8 O 27 O 1 O 7'52 MAR 1.140 73 O SS O O 68 1335 ABR 2.068 147 O 68 O 1 27 2310 MAl 2.972 312 O 125 O 7 60 3.476 JUN 2.508 211 O 118 O O 54 2.891 JUL 3.611 613 20 80 O S 39 4.368

AGO 3.206 385 O 100 O 13 O 3.703 SET 3.247 295 19 86 O O O 3.647 OUT 4.267 429 4 120 O O O 4.821 NOV 4.025 333 10 109 O 3 O 4.480 DEZ 5.067 457 12 248 O O 37 ).821

TOTAL 33.467 3.269 66 1.1S1 O 30 284 38.268 MEDIA 2.789 272 6 96 O 3 24 3.189 D.PAD. 1.361 181 7 57 O 4 26 1.576

Fonte: Boletim Dlano das ReceJtu e Operacoes de Credito RealIZadas, Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1990.

205.

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MES

JAN

FEV

MAR

ABR

MAl JUN

JUL

AGO

SET OUT

NOV

DEZ

TOTAL

206.

MUNIClPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA TRANSFERIDA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993

(ANO-BASE 1990)

ESTADUAL FEDERAL

ICMS IPVA ITBl FPM ITR IOF IPI 55l 7 1 13 O 1 O 359 4 O 13 O O O 316 20 O 15 O O 19

514 37 O 17 O O 7

678 71 O 29 O 2 14 524 44 O 25 O O 11 008 113 4 15 O 1 7

525 63 O 16 O 2 O 476 43 3 13 O O O 548 55 1 15 O O O 440 36 1 12 O O O

476 43 1 23 O O 3 6.077 537 10 206 O 6 61

TOTAL

MENS. 574

377

370

574

792 604

808

607

535 620

490

547

6.898

Numero lndic.e Janeiro de 1993=100

JAN 0,11604861

FEV 0,19922690

MAR 0,36123589

ABR 0,40217357

MAl 0,43869093 JUN 0,47824664

JUL 0,54031108

AGO 0,61017325

SET 0,68165572 OUT 0,77817191

NOV 0,91398051

DEZ 1,06437860

MEDIA 506 45 1 17 O 1 5 575 D.PAD. 102 28 1 5 O 1 6 128

MED 0,54869113 D P AD 0,26716651

Fonte: Boletim DlarIo das Receitas e Operacoes de Credito Realizadas, Coordenadoria do Tesoufc, Munic.ipal, Secret.aria Municipal de Fazenda, PrefeitJlra da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1990.

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207.

MUNIC1PIO DO ruo DE JANEIRO

RECEITA TRANSFERlDA EM US$ MILHOES CORRENTES

(ANO-BASE 1990)

MES ESTADUAL FEDERAL TOT AL Dolar Medio Mensal

ICMS IPVA ITBI FPM ITR IOF IPI MENS. ( Cr$/US$)

JAN 45 1 O 1 O O O 47 JAN 14,31

FEV 30 O O 1 O O O 32 FEV 23,66 MAR 30 2 O 1 O O 2 35 MAR 37,70

ABR 43 3 O 1 O O 1 48 ABR 47,89

MAl 57 6 O 2 O O 1 67 MAl 5223 ,

JUN 44 4 O 2 O O 1 51 JUN 57,12

JUL 54 9 O 1 O O 1 66 JUL 66,52 AGO 45 5 O 1 O O O 52 AGO 71,62

SET 43 4 O 1 O O O 48 SET 75,62

OUT 45 5 O 1 O O O 51 OUT 95,18

NOV 33 3 O 1 O O O 36 NOV 123,13

DEZ 33 3 O 2 O O O 38 DEZ 154,59

TOTAL 501 44 1 17 O 1 5 569

MEDIA 42 4 O 1 O O O 47 MEDIA 68,30

D.PAD. 8 2 O O O O 1 11 D. P AD. 38,61

Font.e: Boleom Dlano das Rec.eltas e Operacoes de Credit.o Realizadas, Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Munidpal de Fazenda,

Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1990.

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208 .

.1 9 .1

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209.

MUNIClPIO DO RlO DE JANEIRO

RECEITA PROPRlA ORlGlNAL EM Cr$ MILHOES

(ANO-BASE 1991 )

MES IPTU ISS ITBI lVVC TAXAS DIVIDA TOTAL

ATIVA MENSAL

JAN 23.720 4.352 344 625 1.156 964 31.162

FEV 19.164 6.474 407 574 729 533 27.881 MAR 7.506 4.928 521 640 2.140 1.050 16.785

ABR 8.050 6.228 736 688 6.066 448 22.215

MAl 8.832 6.280 892 598 1.682 262 18.547

JUN 8.968 7.001 865 835 2.880 399 20.948

JUL 11.243 7.915 1.0"28 752 1.770 571 23.279 AGO 11.559 9.582 1.129 899 1.525 697 25.392

SET 13.017 10.810 1.202 1.029 2.675 1.818 30.550

OUT 15.473 12.439 1.855 1.200 1.334 1.744 34.045

NOV 15.351 15.909 1.769 1.437 1.727 1.621 37.814 DEZ 9.317 20.676 2.331 1.747 3.769 2.473 40.313

TOTAL 152.200 112.595 13.078 11.024 27.453 12.581 328.931

MEDIA 12.683 9.383 1.090 919 2.288 1.048 27.411

DV.PAD. 4.747 4.678 589 356 1.389 674 7.212

Fonte: Boletim Diario da~ Receitas e Operacoes de Credlt.o Reahzadas, Superintendencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda,

Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1991.

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MES

JAN FEV MAR ABR MAl JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

TOTAL MEDIA

DV.PAD.

210.

MUNIOPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA PROPRlA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993

(ANO-BASE 1991 )

IPTU ISS ITBI lWC TAXAS DlV. AT\!.

1.858 341 27 49 76 91 1.240 419 26 37 34 47 453 297 31 39 63 129 446 345 41 38 25 336 460 327 46 31 14 88 425 332 41 40 19 136 472 332 43 32 24 74 420 349 41 33 25 55 407 338 38 32 57 84 385 309 46 30 43 33 304 315 35 28 32 34 151 335 38 28 40 61

7.021 4.039 454 417 453 1.169 585 337 38 35 38 97 457 29 6 6 18 79

TOTAL MENS. 2.441 1.803 1.012 1.232 966 993 978 924 956 847 748 653

13.553 1.129 482

Numero lndice Jan de 1993 = 100 JAN 1,27655084 FEV 1,54600088 MAR 1,65803149 ABR 1,80292730 MAl 1,92056822 JUN 2,10996167 JUL 2,38063368 AGO 2,74937468 SET 3,19461434 OUT 4,02032871 NOV 5,05606167 DEZ 6,17530786

MEDIA 2,82419678 DV. P AD 1,46458343

Font.e: BoletIm Dlano das ReceItas e Operacoes de Credit.o Realizadas, Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1991.

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MES

JAN FEV

MAR ABR

MAl JUN JUL

AGO

SET

OUT NOV

DEZ

TOTAL

MEDIA

DV. PAD.

211.

MUNIClPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA PROPRIA EM US$ MILHOES CORRENTES

(ANO-BASE 1991)

IPTU ISS ITBI IVVC TAXAS DIV.

ATV.

133 24 2 4 7 7 93 31 2 3 4 4

35 23 2 3 10 10 34 26 3 3 26 26

34 24 3 2 7 7 32 25 3 3 10 10 36 25 3 2 6 6 33 27 3 3 4 4 32 26 3 3 7 7

28 22 3 2 2 2 22 22 2 2 2 2

10 22 3 2 4 4

521 300 34 31 88 88 43 25 3 3 7 7

33 3 1 O 6 6

TOTAL

MENS.

175 135

78

94

72 74 75

72 74

61 53

43

1.007

84 35

Dolar Medio Mensal

Ano: 1991

( Cr$/US$)

JAN 191,22 FEV 221,18

MAR 230,60

ABR 252,18

MAl 272,38

JUN 297,49 JUL 328,91

AGO 370,66

SET 428,80

OUT 582,60 NOV 735,97

DEZ 959,61

MEDIA 405,96

DV. PAD. 227,05 Fonte: BoletIm Dlano das Recelt.as e Operacoes de Credito Realizadas,

Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda,

Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1991.

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212.

MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA TRANSFERIDA ORIGINAL EM Cr$ MILHOES

(ANO-BASE 1991 )

MES ESTADUAL FEDERAL TOTAL ICMS IPVA ITBI FPM ITR IOF IPI MENSAL

JAN 5.637 477 O 133 1 1 181 6.429 FEV 4.918 712 7 193 O O 20 5.851 MAR 5.451 820 O 72 O O O 6.343 ABR 7.951 887 O 477 O O O 9.315 MAl 7.487 672 O 465 O O O 8.624 JUN 7.227 952 O 288 O O O 8.467 JUL 10.48'5 1.182 O 501 1 O O 12.169 AGO 9.717 999 O 579 O O O 11.295 SET 10.989 516 O 218 O O O 11.723 OUT 16.263 1.180 O 818 O O O 18.262 NOV 16.313 295 O 561 O O O 17.170 DEZ 21.092 456 O 1.247 7 O O 22.801

TOTAL 123.531 9.148 7 5.553 9 1 201 138.451 MEDIA 10.294 762 1 463 1 O 17 11.538

DV. PAD. 4.883 278 2 315 2 O 50 5.104 Fonte: Boletim Dlano das Recelta$ e Operacoes de Credito Realizadas,

Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1991.

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213.

MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA TRANSFERIDA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993

(ANO-BASE 1991 )

MES ESTADUAL FEDERAL TOT AL Numero Indic.e ICMS IPVA ITBI FPM Im IOF IPI MENS. Janeiro de 1993=100

JAN 442 37 o 10 O O 14 504 JAN 1,27655084

FEV 318 46 O 12 o o 1 378 FEV 1,54600088

MAR 329 49 O 4 O O O 383 MAR 1,65803149

ABR 441 49 O 26 o o O 517 ABR 1,80292730

MAl 390 35 o 24 O O o 449 MAl 1,92056822 JUN 343 45 O 14 O O O 401 JUN 2,10996167

JUL 440 50 O 21 O O O 511 JUL 2,38063368

AGO 353 36 O 21 O o o 411 AGO 274937468 , SET 344 16 O 7 o o o 367 SET 3,19461434 OUT 405 29 O 20 o O o 454 OUT 4,02032871

NOV 323 6 O 11 o o o 340 NOV 5,05606167

DEZ 342 7 O 20 O O o 369 DEZ 6,17530786

TOTAL 4.468 407 o 192 O O 15 5.084

MEDIA 372 34 O 16 O O 1 424 D.PAD. 46 15 O 7 o O 4 59

MED 2,82419678 D PAD 1,46458343

Fonte: Boletim Dlano das Receitas e Operacoes de Credito Realizadas, Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. hneiro a Dezembro de 1991.

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MES

JAN FEV MAR ABR MAl JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

TOTAL

214.

MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA TRANSFERIDA EM US$ MILHOES CORRENTES

(ANO-BASE 1991 )

ESTADUAL FEDERAL ICMS IPVA ITBI FPM ITR IOF IPI

29 2 O 1 O O 1 22 3 O 1 O O O 24 4 O O O O O 32 4 O 2 O O O 27 2 O 2 O O O 24 3 O 1 O O O 32 4 O 2 O O O 26 3 O 2 O O O 26 1 O 1 O O O

28 2 O 1 O O O

22 O O 1 O O O 22 O O 1 O O O

314 29 O 14 O O 1

TOTAL MENS.

34 26 27 37 32 28 37 30

27 31

23 24

3.58

Dolar Medio Mensal ( Cr$!uS$)

JAN 191,.58 FEV 221,.54 MAR 230,8.5

ABR 2.52,39

MAl 272,.58

JUN 297,66 JUL 329,04 AGO 370,92

SET 42.8,99 OUT .582,99

NOV 736,74 DEZ 9.59,64

MEDIA 26 2 O 1 O O O 30

D.PAD. 3 1 O O O O O 4 MEDIA 406,24 D. PAD. 227,07

Fonte: Boletim DlaflQ das Recelt.as e Operac-Oes de Credit-O Realizadas, C-Oordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeirura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1991.

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215.

1 9 9 2

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216.

MUNIClPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA PROPRlA ORIGINAL EM Cr$ MILHOES

(ANO-BASE 1992)

MES IPTU 1 S S ITBI lVVC TAXAS DMDA TOTAL ATIVA MENSAL

JAN 145.450 25.552 2.349 2.480 5.179 6.602 187.612 FEV 66.074 29.523 4.286 3.072 5.832 5.443 114.229 MAR 38.249 36.511 4.292 3.375 17.316 13.034 112. 778 ABR 45.130 47.175 4.944 4.424 12.724 1.774 116.171 MAl 55.852 53.426 5.349 4.978 7.754 3.290 130.651 JUN 66.301 67.135 7.753 6.184 17.889 4.961 170.224 JUL 80.494 80.875 12.454 8.786 11.630 7.209 201.448 AGO 100.712 100.024 14.310 10.093 16.502 7.275 248.917 SET 117.316 120.704 10.386 13.508 19.540 7.128 288.583 OUT 138.450 145.579 20.082 15.088 35.445 10.514 365.158 NOV 154.392 187.761 21.566 18.036 35.834 11.106 428.695 DEZ 86.152 230.966 31.715 21.855 67.929 21.992 460.608

TOTAL 1.094.573 1.125.232 139.486 111.880 253.574 100.329 2.825.074 MEDIA 91.214 93.769 11.624 9.323 21.131 8.361 235.423

DV.PAD. 38.197 63.140 8.544 6.182 17.050 5.133 119.206 Fonte: Boletim Dlano das Receitas e Operacoe;: de Credito RealIzadas,

Superintendencia do Te~ouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1992.

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MES

JAN FEV MAR ABR

MAl JUN JUL AGO

SET

OUT NOV DEZ

TOTAL

MEDlA DV.PAD.

217.

MUNIOPIO DO ruo DE JANEIRO

RECEITA PROPRlA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993

(ANO-BASE 1992)

IPTU ISS ITBI IWC TAXAS DIV. A'IV.

1.857 326 30 32 84 66 676 302 44 31 56 60 324 309 36 29 110 147 323 337 35 32 13 91 326 312 31 29 19 45

319 323 37 30 24 86 318 320 49 35 28 46 317 315 45 32 23 52 290 298 26 33 18 48 274 288 40 30 21 70

246 299 34 29 18 57 111 297 41 28 28 87

5.380 3.727 449 369 442 856

448 311 37 31 37 71 442 14 6 2 29 28

TOT AL Numero Indice MENS.

2.395 1.169 956 831 763

819 796 784 713 722

683 593

11.223 935 462

Jan. de 1993 = 100 JAN 7,8328263

FEV 9,7748973 MAR 11,7984022

ABR 13,9861182

MAl 171254531 , JUN 20,7930819

JUL 25,3035260 AGO 31,7662220

SET 40,4621377

OUT 50,5526434

NOV 62,7988980 DEZ 77,6819700

MEDIA 30,8230147 DV. PAD 21,6736320

Fonte: Boletim Diario das ReceItas e Operacoes de Credito Realizadas, Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1992.

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MES

JAN FEV

MAR ABR MAl JUN JUL

AGO SET

OUT NOV

DEZ

TOTAL MEDIA

DV.PAD.

218.

MUNICJPI0 DO ruo DE JANElRO

RECEITA PROPRIA EM US$ MILHOES CORRENTES

(ANO-BASE 1992)

lPTU ISS lTBl 1WC TAXAS DN. A'lV

123 22 2 2 4 4 45 20 3 2 4 4 21 20 2 2 10 10 21 22 2 2 6 6 21 20 2 2 3 3 21 21 2 2 6 6 21 21 3 2 3 3 22 21 3 2 4 4 20 21 2 2 3 3 19 20 3 2 5 5 17 21 2 2 4 4 8 21 3 2 6 6

359 251 30 25 57 57 30 21 3 2 5 5 29 1 O O 2 2

TOT :AL Dolar Medio Men~al MENS.

IS8 78 63 53 50 54 53 53 50 51 48 41

751 63 30

Ano: 1992

(Cr$/uS$ ) JAN 1.187,08 FEV 1.470,87 MAR 1.796,66 ABR 2.194,01 MAl 2.617,58 JUN 3.158,72 JUL 3.815,94 AGO 4.658,75 SET 5.752,60 OUT 7.189,63 NOV 8.999,60 DEZ 11.163,25

MEDIA 4.500,39 DV. PAD. 3.0:;5,88

Fonte: Bolenm Dlarlo da~ ReceIt.a~ e Operacoe~ de Credito Realizadas, Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1992.

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219.

MUNIOPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA TRANSFERIDA ORIGINAL EM Cr$ MILHOES

(ANO-BASE 1992)

MES ESTADUAL FEDERAL TOTAL ICMS IPVA ITBI FPM ITR IOF ROY. MENSAL

JAN 26.334 571 O 908 1 7 O 27.820 FEV 32 . .586 2.362 O 1.097 O O 1.5 36.061 MAR 40 . .543 4.6.5.5 O 1.101 O O 19 46.317 ABR 48.4.50 4.262 O 1.9.57 O O 23 .54.691 MAl .58.893 9.03.5 O 2.489 O 1 19 70.437 JUN 70.667 8.820 O 4.216 O 28 30 83.760 JUL 86.946 12.17.5 O 4.876 2 1 38 104.038 AGO 103.914 10..560 O 4.270 O O .50 118.79.5 SET 132.332 6 . .568 O .5.761 O O 63 144.725 OUT 161.31.5 18.83.5 O 6.893 O 1 8 187.0.53 NOV 210.220 7.61.5 O 11.069 O 4 10.5 229.012 DEZ 266.142 7.097 .506 1.5.682 2 10 289 289.728

TOTAL 1.238.342 92 . .5.53 .506 60.318 7 .52 6.59 1.392.437 MEDIA 103.19.5 7.713 42 .5.027 1 4 .5.5 116.036

DV. PAD. 72.649 4.630 140 4.272 1 8 76 78.990 Fonte: Boletim Dlano das Receitas e Opera coes de Credito RealIZadas,

Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1992.

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220.

MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA TRANSFERIDA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993

(ANO-BASE 1992)

MES ESTADUAL FEDERAL TOr :AL Numero Indice ICMS IPVA ITBI FPM ITR IOF ROY MENS. Janeiro de 1993=100

JAN 336 7 O 12 O O O 355 JAN 7,83282626 FEV 333 24 O 11 O O O 369 FEV 9,77489728 MAR 344 39 O 9 O O O 393 MAR 11,79840215 ABR 346 30 O 14 O O O 391 ABR 13,98611822

MAl 344 53 O 15 O O O 411 MAl 17,12545314 JUN 340 42 O 20 O O O 403 JUN 20,79308188

JUL 344 48 O 19 O O O 411 JUL 25,30352597 AGO 327 33 O 13 O O O 374 AGO 31,76622200 SET 327 16 O 14 O O O 358 SET 40,46213767 OUT 319 37 O 14 O O O 370 OUT 50,55264344

NOV 335 12 O 18 O O O 365 NOV 62,79889799 DEZ 343 9 1 20 O O O 373 DEZ 77,68197001

TOTAL 4.038 353 1 179 O O '" 4.572 "-

MEDIA 336 29 O 15 O O O 381 D.PAD. 8 15 O 3 O O O 19

MED 30,82301467 D PAD 21,67363195

Fonte: Bolenm Dlano das Receitas e Operacoes de Credito Realizadas, Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1992.

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221.

MUNIClPIO DO RIO DE JANEIRO

RECEITA TRANSFERIDA EM US$ MILHOES CORRENTES

(ANO-BASE 1992)

MES ESTADUAL FEDERAL TOT :Ai, Dolar Medio Mensal ICMS IPVA ITBI FPM ITR IOF ROY. MENS. ( Cr$/US$)

JAN 22 O O 1 O O O 23 JAN 1.187,08 FEV 22 2 O 1 O O O 15 FEV 1.470,87 MAR 23 3 O 1 O O O 26 MAR 1.796,66 ABR 22 2 O 1 O O O 15 ABR 2.194,01 MAl 22 ~ O 1 O O O 27 ~ MAl 2.617,58 JUN 22 3 O 1 O O O 27 JUN 3.158,72 JUL 23 3 O 1 O O O 27 JUL 3.815,94 AGO 22 2 O 1 O O O 15 AGO 4.658,75 SET 23 1 O 1 O O O 15 SET 5.752,60 OUT 22 3 O 1 O O O 26 OUT 7.189,63 NOV 23 1 O 1 O O O 15 NOV 8.999,60 DEZ 24 1 O 1 O O O 26 DEZ 11.163,15

TOTAL 272 24 O 12 O O O 307 MEDIA 23 2 O 1 O O O 26 D.PAD. 1 1 O O O O O 1

MEDIA 4.500,39 D. PAD. 3.055,88

Fonte: Boletim Diario das Ree.eitas e Opera coes de Credito Realizadas, Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Odade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1992.

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222.

F P M NACIONAL

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223.

GOVERNO FEDERAL

ARRECADACAO TOTAL DO IMPOSTO DE RENDA E IPI DESTINADA AO

FUNDO DE PARTIClPACAO DOS MUNIClPIOS EM MILHOES CORRENTES

(PERIODO DE 1989 A 1992)

MES FPM 1989 FPM 1990 FPM 1991 FPM 1992 (NCz$) ( Cr$) ( Cr$) (Cr$)

JAN 208,39 5.602,19 59.766,68 295.6.54,.50 FEV 2.58,93 9.552,29 70.12.5,30 3.58.324,24 MAR 243,21 26.317,07 83.999,78 .500 . .579,74 ABR 2.56,70 23.0.53,10 92.687,36 .593.776,70 MAl 284,.58 62.079,29 1.54.811,17 1.094.30.5,6.5 JUN 382,80 28.091,00 127.263,63 1.172.274,61 JUL 383,33 31.461,31 138.602,83 1.396.649,02 AGO 6.56,33 32.307,18 1.5.5.495,20 1.710.30.5,.52 SET 788,03 37.528,17 188.317,17 2.031.476,68 OUT 8.58,.56 39.894,12 149.493,16 2.756.636,11 NOV 2.630,96 49.469,22 221. 0.50,99 3.346.301,11 DEZ 3.049,.56 68.658,01 367.006,3.5 4.443.575,33 Total 10.001,38 414.012,9.5 1.808.619,60 19.699.8.59,21 Media 833,45 34.501,08 1.50.718,30 1.641.6.54,93

De5v·Padrao 92.5,79 18.028,48 79.82.5,46 1.244.826,8.5 Fonte: SI5tema de Admml5tracao Fmanc~nra, Departamento do Tesouro. NaCional,

Ministerio da Fazenda. Janeiro de 1989 a Dezembro de 1992.

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224.

GOVERNO FEDERAL

ARRECADACAO TOTAL DO IMPOSTO DE RENDA E IPI DESTINADA AO

FUNDO DE PARTICIPACAO DOS MUNICIPIOS EM Cr$BILHOES DEJAN/93

(PERIODO DE 1989 A 1992)

MES FPM 1989 FPM 1990 FPM 1991 FPM 1992

(Cr$ BI Jan/93) (Cr$ BI Jan/93) (Cr$ BI Jan/93) (Cr$ BI Jan/93) JAN 4.256,27 4.827,45 4.681,89 3.774,56 FEV 4.730,04 4.794,68 4.535,92 3.665,76 MAR 4.262,73 7.285,29 5.066,24 4.242,78 ABR 4.278,05 5.732,13 5.140,94 4.245,47 MAl 4.205,96 14151,03 8.060,70 6.389,94 JUN 4.463,19 5.873,75 6.031,56 5.637,81 JUL 3.241,42 .5.822,81 .5.822,10 5 . .519,.58

AGO 4.066,40 5.294,76 .5.655,66 5.384,04 SET 3.514,57 5.505,44 5.894,83 5.020,69

OUT 2.741,02 ·5.126,65 3.718,43 5.4.53,00

NOV 5.821,92 5.412,50 4.372,00 5.328,60

DEZ 4.517,24 6.450,53 5.943,13 5.720,21 Total 50.098,81 76.277,01 64.923,38 60.382,43

Media 4.174,90 6.356,42 5.410,28 5.031,87

Desv·Padrao 742,87 2.442,10 1.064,02 816,54 Fonte: Sistema de Admmlstracao Fmancelra, Departamento do Tesouro NacIOnal,

Ministerio da Fazenda. Janeiro de 1989 a Dezembro de 199"2.

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225.

GOVERNO FEDERAL

ARRECADACAO TOTAL DO IMPOSTO DE RENDA E IPI DESTINADA AO

FUNDO DE PARTICIPACAO DOS MUNICIPIOS EM US$MILHOES DEJAN/93

(PERJODO DE 1989 A 1992)

MES FPM 1989 FPM 1990 FPM 1991 FPM 1992

(US$ MI Jan/93) (US$ MI Jan/93) (U5$ MI Jan/93) (U5$ MI Jan/93)

JAN 214,99 445,14 336,44 251,03

FEV 301,42 451,15 340,08 250,15

MAR 281,63 192,33 389,35 286,03 ABR 291,93 542,32 391,41 211,11

MAl 303,19 1.328,69 603,25 426,93

JUN 334,58 546,94 452,46 318,01

JUL 233,15 523,70 444,14 311,81 AGO 307,53 496,58 440,59 311,91

SET 218,64 545,53 459,63 356,81

OUT 220,03 458,59 261,61 386,45

NOV 482,67 437,42 312,15 313,79

DEZ 376,06 481,12 396,08 399,10 Total 3.704,42 1.055,50 4.833,21 4.135,84

Media 308,70 587,96 402,77 344,65

Desv-Padrao 65,62 240,91 83,71 57,42 Fonte: Sistema de Administracao FinanceIra, Departamento do Tesouro NaCIOnal,

Ministerio da Fazenda. Janeiro de 1989 a Dezembro de 1992.

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226.

F P M MUNICIPAL

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227.

MUNIClPIO DO RIO DE JANEIRO

TRANSFERENCIA TOTAL DO IMPOSTO DE RENDA E IPI REFERENTE AO

FUNDO DE PARTIClPACAO DOS MUNICIPIOS EM MILHOES CORRENTES

(PERIODO DE 1989 A 1992)

MES FPM 1989 FPM 1990 FPM 1991 FPM 1992 (NCz$) (Cr$) ( Cr$) (Cr$)

JAN ~,48 1~,6~ 184,87 914,~2

FEV 0,73 26,68 216,91 1.108,37 MAR 0,68 76,74 ~9,83 1.~48,39

ABR 0,67 64,4~ 286,70 1.836,67 MAl 0,82 173,07 478,86 3.384,91 JUN 1,07 78,47 393,6~ 3.626,08 JUL 1,09 87,88 42873 , 4.320,11 AGO 1,86 90,24 480,98 5.290,32 SET 2,19 104,83 582,50 6.283,76 OUT 2,41 111,44 462,41 8.526,83

NOV 7,44 138,18 683,7~ 10.3~0,78

DEZ 8,60 191,78 1.135,22 13.744,87

Total 33,0~ 1.1~9,41 ~.594,42 60.935,60 Media 2,75 96,62 466,20 5.077,97

Desv-Padrao 2,69 50,20 246,92 3.~0,~O ..

Fonte: Sutema de AdmInlstraCão FInanceira, Departamento do Tesouro NaCIOnal, Ministerio da Fazenda. Janeiro de 1989 a Dezembro de 1992.

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228.

MUNIOPIO DO RIO DE JANEIRO

TRANSFERENOA TOTAL DO IMPOSTO DE RENDA E IPI REFERENTE AO

FUNDO DE PARTIOPACAO DOS MUNIOPIOS EM Cr$BILHOES DEJAN/93

(PERIODO DE 1989 A 1992)

MES FPM 1989 FPM 1990 FPM 1991 FPM 1992 (Cr$ BI Jan/93) (Cr$ BI Jan/93) (Cr$ BI Jan/93) (Cr$ BI Jan/93)

JAN 111,91 13,49 14,48 11,68 FEV 13,38 13,39 14,03 11,34 MAR 11,93 21,24 15,67 13,12 ABR 11,13 16,03 15,90 13,13 MAl 12,15 39,45 24,93 19,77 JUN 12,43 16,41 18,66 17,44 JUL 9,26 16,26 18,01 17,07 AGO 11,54 14,79 17,49 16,65 SET 9,75 15,38 18,23 15,53 OUT 7,70 14,32 11,50 16,87 NOV 16,46 15,12 13,52 16,48 DEZ 12,75 18,02 18,38 17,69 Total 240,39 213,90 200,82 186,77 Media 20,03 17,82 16,74 15,56

Desv-Padrao 27,78 6,83 3,29 2,53 Fonte: Sistema de Admmlstracao Fmancem .. , Departamento do Tesouro NaCIOnal,

Ministerio da Fazenda. Janeiro de 1989 a Dezembro de 1992.

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229.

MUNIClPIO DO RIO DE JANEIRO

TRANSFERENClA TOTAL DO IMPOSTO DE RENDA E IPI REFERENTE AO

FUNDO DE PARTIClPACAO DOS MUNIClPIOS EM US$MILHOES DEJAN/93

(PERIODO DE 1989 A 1992)

MES FPM 1989 FPM 1990 FPM 1991 FPM 1992 (US$ MI Jan/93) (US$ MI Jan/93) (US$ MI Jan/93) (US$ MI Jan/93)

JAN 7,23 1,24 1,04 0,80 FEV 0,87 1,28 1,05 0,78 MAR 0,81 2,31 1,20 0,88 ABR 0,78 1,51 1,21 0,86 MAl 0,88 3,70 1,87 132 , JUN 0,93 1,53 1,40 1,17 JUL 0,67 1,46 1,37 1,15

AGO 0,87 1,39 1,36 1,15 SET 0,77 1,51 1,42 1,10 OUT 0,62 1,28 0,83 1,20 NOV 1,36 1,22 0,97 1,16 DEZ 1,06 1,34 1,23 1,23 Total 16,85 19,80 14,95 12,79 Media 1,40 1,65 1,25 1,07

Desv-Padrao 1,77 0,68 0,26 0,18 ..

Fonte: SIStema de Admmlstracao Fmancelra, Departamento do Tesouro NaCIOnal, Ministerio da Fazenda. Janeiro de 1989 a Dezembro de 1992.

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