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o IMPACTO DA CONSTITUIçnO
:FEDERAL DE ~9BB SOBRE
AS RECEITAS TRIBUTARIAS :DO
MUNICIPIO :DO RIO DE JANEIRO
Antonio Pedro Perez Alves de Faria
DISSERTAÇAO SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO INSTITUTO DE
PóS-GRADUAÇAO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇAO DE EMPRESAS DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - COPPEADjUFRJ, COMO
PARTE DOS REQUISITOS NECESSARIOS PARA A OBTENÇAO DO GRAU DE
MESTRE EM CIENCIAS ( M.Se.) EM ADMINISTRAÇAO.
Aprovada por:
P;ofQ ~ib~-.-""'-----(Presidente da Banca)
_________ ~_~-4_t~~~--------ProfQ Cláudio R. Contador, Ph.D.
COPPEADjUFRJ
c-yl2~~;;;:.:..<'----':_~"!?- ...c~ Pro f nizart do Rosário Al~ida, D.Sc.
FEAjUFF
RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL JULHO DE 1993
De Faria, Antonio Pedro Perez Alves
o impacto da Constituição Federal de 1988 sobre as receitas tributárias do Município do Rio de Janeiro/Antonio Pedro Perez Alves de Faria. Rio de Janeiro: COPPEAD, 1993.
xi, 233 p. 29,7 cm il.
Dissertação - Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPEAD.
1. Sistema Tributário Nacional Aspectos Legais 2. Rio de Janeiro (Município) Receitas Tributárias 3. Tese (Mestr. COPPEAD/UFRJ). I. Título.
i1.
1.. ____________ ----'
111.
Aos meus pais, que sempre priorizaram minha educaç&o.
iv.
AGRADECIMENTOS
Ao longo da elaboração deste trabalho, recebi ajuda
de muitas pessoas e, mesmo ciente de não ter condições de
agradecer a todos, sinto-me na obrigação de expressar aqui
minha gratidão a algumas delas por suas contribuições.
Inicialmente gostaria de agradecer aos amigos Artur
Tinelli, Sérgio Bondarovsky, Selma, Mourato e Avelino, que
infelizmente não se encontra mais entre nós, por todo o
incentivo dispensado quando do inicio do curso.
Ao Dr. Mário Bhering, sem cujo apoio não teria sido
possivel iniciar este trabalho.
A Associação dos Fiscais de Atividades Econômicas do
Municipio do Rio de Janeiro - AFAERJ, pela grande ajuda na
obtenção dos valores da arrecadação municipal. Aos amigos e
colegas da Secretaria Municipal de Fazenda, em especial da
Coordenação de Licenciamento e Fiscalização F/CLF,
direta ou indiretamente contribuiram para a realização
trabalho.
que
desse
Agradeço ao corpo docente da COPPEAD/UFRJ, que tanto
contribuiu para minha formação e especiali,zação profissional,
assim como aos funcionários dessa instituição pelo apoio
recebido.
v.
Com meu orientador, Eduardo, minha divida é imensa.
Seria muito dificil expressar em poucas palavras minha
gratidão pela ensinador, incentivador e sobretudo amigo que
sempre demonstrou ser, dando-me apoio e estimulo em momentos
decisivos dessa longa trajetória.
Não poderia esquecer de amigos caros como Eduardo,
Jorginho, Icléa, Ceres e Dª. Marly que sempre se mantiveram
próximos, auxiliando-me quando solicitados. Especialmente à
Lelyane gostaria de registrar minha gratidão pelo inestimável
auxilio na obtenção das informações junto à Fazenda Estadual.
A minha companheira, Patricia, agradeço o imenso
carinho, incentivo e, sobretudo, paciência durante toda a
realização deste trabalho. Agradeço pelas dúvidas sanadas em
questões tributárias e pela revisão que fez nessa tese.
vi.
RESUMO DA TESE APRESENTADA A COPPEAD/UFRJ COMO PARTE DOS
REQUISITOS NECESSARIOS PARA A OBTENCAO DO GRAU DE MESTRE EM
CIENCIAS (M.Sc. )
o IMPACTO DA CONSTI'l'UIÇAO FlIDKRAL DB 1988 SOBRE AS
REc:EITAS TRIBU'l'ARIAS DO HUNICIPIO DO RIO DB JANEIRO
Antonio Pedro Perez Alves de Faria
Julho de 1993
Orientador: Eduardo SalibY
A promulgação da Constituição Federal de 1988
alterou substancialmente o Sistema Tributário Nacional. O novo
ordenamento tributário impÔs-se à sociedade como forma de
concretizar o processo brasileiro de redemocratização e também
de efetivar o ideal federativo. Nesse sentido, fez-se
necessário garantir a autonomia plena de todos os entes da
federação, o que implicou maior distribuição de recursos
tributários aos Estados e Municipios.
Este trabalho pretende demonstrar o impacto causado
pela entrada em vigor dos novos dispositivos constitucionais
tributários sobre as finanças do Municipio do Rio de Janeiro.
Será apresentada a evolução das receitas tributárias
municipais antes e depois da nova Carta Magna, desde 1986 até
1992, assim como a identificação das suas reais contribUições
financeiras à Cidade do Rio de Janeiro.
vil.
ABSTRACT OF THE THESIS PRESENTED TO COPPEAD/UFRJ AS PARTIAL
FULFILLMENT OF THE REQUlREMENTS FOR THE DEGREE OF MASTER OF
SCIENCE (M.Sc. )
THE IMPACT OF THE 1988 FEDERAL CONSTITUTION ON THE TRIBUTARY INCOHES OF THE CITY OF RIO DE JANEIBO
Antonio Pedro Perez Alves de Faria
March, 1993
Thesis Supervisor: Eduardo Saliby
The promulgation of the Federal Constitution in 1988
changed substantially the National Tributary System. The new
tributary prescription was a must in order to ensure the
Brazilian redemocratization process, as well as the federative
ideal. Along these lines, a greater distribution of fiscal
resources among States and Municipalities was made necessary
so that they could acquire full autonomy.
This thesis intenda to demonatrate the impact of the
new tributary conatitutional provisions on the finances of the
city of Rio de Janeiro. It will be shown the evolution of the
municipal tributary incomes from 1986 to 1992 and the real
contribution due to the new Constitution.
viii.
ItlDICR
I • INTRODUCAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
lI. O SISTBHA TRIBUTARIO NACIONAL ANTERIOR A CONSTITUI CAO DE 1988 ..... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
11.1. HISTóRICO
11.1.1. O REGIME TRIBUTARIO NO BRASIL COLôNIA
11.1.2. O REGIME TRIBUTARIO NO BRASIL REINO-UNIDO A PORTUGAL E ALGARVE
11.1.3. O SISTEMA TRIBUTARIO NO BRASIL IMP~RIO
11.1.4. O SISTEMA TRIBUTARIO NO BRASIL REPUBLICA
11.1.4.1. O SISTEMA TRIBUTARIO CONSTITUCIONAL
4
4
5
5
6
DE 1891 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . 6
11.1.4.2. O SISTEMA TRIBUTARIO CONSTITUCIONAL DE 1934 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
11.1.4.3. O SISTEMA TRIBUTARIO CONSTITUCIONAL DE 1937 ........ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
11.1.4.4. O SISTEMA TRIBUTARIO CONSTITUCIONAL DE 1946 . . . . . . . • . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
11.1.4.5. O CóDIGO TRIBUTARIO NACIONAL ................. 11
11.2. O SISTEMA TRIBUTARIO CONSTITUCIONAL DE 1967 E SUAS EMENDAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
11.2.1. OS IMPOSTOS DA UNIAO 17
11.2.2. OS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
11.2.3. OS IMPOSTOS DOS MUNICIPIOS
11.2.4. A REPARTICAO DAS RECEITAS TRIBUTARIAS
111. O SISTEKA TRlBUTARIO NACIONAL APóS A CONSTITUlÇAO DE 1988
111.1. INTRODUCAO
. . . . . . . . . . . . - - . . . . . . . . .
111.2. O SISTEMA TRIBUTARIO CONSTITUCIONAL DE 1988
111.3. OS PRINCIPIO GERAIS
20
20
25
25
26
27
111.4. AS LIMITAcõES AO PODER DE TRIBUTAR
111.4.1. PRINCIPIOS GERAIS ..........................................................
111.4.1.1. PRINCIPIOS GERAIS EXPRESSOS
111.4.1.1.1. PRINCIPIO DA LEGALIDADE ESTRITA
111.4.1.1.2. PRINCIPIO DA IGUALDADE TRIBUTARIA
111.4.1.1.3. PRINCIPIO DA IRRETROATIVIDADE
ix.
29
30
30
31
31
DA LEI FISCAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
111.4.1.1.4. PRINCIPIO DA ANTERIORIDADE DA LEI FISCAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
111.4.1.1.5. PRINCIPIO DA PROPORCIONALIDADE RAZOAVEL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . • 33
111.4.1.1.6. PRINCIPIO DA NAO-LIMITAÇAO AO TRAFEGO DE PESSOAS OU BENS .•..•..........• 34
111.4.1.2. PRINCIPIOS GERAIS DECORRENTES 34
111.4.1.2.1. PRINCIPIO DA UNIVERSALIDADE TRIBUTARIA 35
111.4.1.2.2. PRINCIPIO DA DESTINAÇãO PUBLICA DOS TRIBUTOS ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
111.4.2. PRINCIPIOS ESPECIAIS 35
111.4.2.1. PRINCIPIO DA UNIFORMIDADE TRIBUTARIA ........ 36
111.4.2.2. PRINCIPIO DA LIMITAÇãO DA TRIBUTAÇãO DA RENDA DAS OBRIGAÇõES DA DIVIDA PUBLICA ESTADUAL OU MUNICIPAL E DOS PROVENTOS DOS AGENTES DOS ESTADOS E MUNICIPIOS ..•......... 36
111.4.2.3. PRINCIPIO DE O PODER DE ISENTAR SER INSITO AO PODER DE TRIBUTAR ........................ 37
111.4.2.4. PRINCIPIO DA NãO-DIFERENCIAÇãO TRIBUTARIA 37
111.4.3. PRINCIPIOS ESPECIFICOS
111.4.3.1. PRINCIPIO DA PROGRESSIVIDADE DO IMPOSTO
37
38
111.4.3.2. PRINCIPIO DA NãO-CUMULATIVIDADE DO IMPOSTO ... 38
111.4.3.3. PRINCIPIO DA SELETIVIDADE DO IMPOSTO
111.4.4. IMUNIDADES TRIBUTARIAS CONSTITUCIONAIS
111.5. OS IMPOSTOS DA UNIãO ........................................................
39
39
41
111.6. OS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL 44
111.7. OS IMPOSTOS DOS MUNICIPIOS 46
111.8. A REPARTIÇãO DAS RECEITAS TRIBUTARIAS 48
x.
IV. METODOLOGIA DE ANALISE DOS DADOS ...............•... 54
IV.1. INTRODUÇAO
IV.2. METODOLOGIA UTILIZADA
IV.3. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS EM MOEDA CONSTANTE
IV.3.1. A DATA DE REFERENCIA PARA COMPARAÇAO EM
54
54
56
MOEDA CONSTANTE - JANEIRO DE 1993 .............. 57
IV.3.2. O DEFLATOR UTILIZADO - O IGP-DI
IV.3.3 O DEFLACIONAMENTO DAS SERIES HISTóRICAS
IV.4. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS EM DóLAR AMERICANO
58
60
64
V. APRESENTAQAO E ANALISE DOS DADOS .................... 68
V.1. INTRODUÇAO 68
V.2. APRESENTAÇAO E ANALISE DOS DADOS 68
V.2.1. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS TRIBUTARIAS PRóPRIAS NO PERIODO DE 1986 A 1992 ....................... 69
V.2.1.1. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS DO I P T U .....................
V.2.1.2. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS DO I S S ..........................
V.2.1.3. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS DO I T B I ......................
V.2.1.4. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS DO I V V C .. ....................
V.2.1.5. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS DAS TAXAS .. ......................
V.2.2. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS TRIBUTARIAS DE TRANSFERENCIA NO PERIODO DE 1986 A 1992
V.2.2.1. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS DO I C M S
V.2.2.2. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS DO I P V A
V.2.2.3. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS DO I T B I
V.2.2.4. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS DO F P M
V.2.2.5. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS FEDERAIS
77
81
86
90
94
99
106
115
120
124
REMANESCENTES ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133
V.2.3. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS TRIBUTARIAS TOTAIS NO PERIODO DE 1986 A 1992 ..•............•.•.••.. 135
V.3. A CONTRIBUIÇAO DA CONSTITUIÇAO FEDERAL AS RECEITAS TRIBUTARIAS DO MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO . • . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146
xi.
VI. CONCLUSõES 164
ANEXO I 167
ANEXO 11 172
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 230
, )
C4PlTUW I
INTROOOÇAO
A promulgação da CONSTITUIÇXO DA REPOBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL, em 5 de outubro de 1988, significou um
marco no sentido da efetiva implantação de um regime
federativ0 1 no Brasil. Todavia, a concepção de Federaç§o está
intimamente relacionada ao conceito de autonomia que, por sua
vez, está associado à suficiência de recursos necessários à
afirmação politica dos diversos componentes dessa federação2 .
o objetivo do presente trabalho é buscar a
quantificação dos efeitos causados sobre as receitas
tributárias do Municipio do Rio de Janeiro em virtude da
entrada em vigor dos novos dispositivos constitucionais que
alteraram, significativamente, o capitulo tributário até então
vigente. As alterações sentidas fizeram-se necessárias para
garantir a autonomia municipal, tendo a questão tributária
readquirido sua devida importância com a redemocratização
politica do pais.
Inicialmente, será feito um breve relato do
histórico dos diversos sistemas/regimes tributários
experimentados por nosso pais ao longo de sua história. Serão
2 Dentre todas as COnstituiç6es brasileiras, esta foi a primeira a incorporar a palavra FEDERATIVA ao seu nome, o que traduz o ideal que norteou sua formulação.
2 A COnstituição de 1888 foi a primeira a ~licitar os hUDicipios como parte integrante dessa união indissolúvel que caracteriza a Federaçllo Brasileira e a primeira garantir-lhes a autonomia.
2.
relatadas as diversas Constituições e suas implicações sobre a
matéria tributária, culminando com o surgimento do Código
Tributário Nacional, em 1966. Será explicitado o Sistema
Tributário Nacional vigente durante a Constituição de 1967,
alterado por suas emendas posteriores, em particular a Emenda
Constitucional NQ 1, de 17 de outubro de 1969.
Em seguida, apresentar-se-á o Novo
Tributário Nacional que foi concebido pela Carta
Sistema
de 1988,
demonstrando-se seus principios gerais, e sua nova
distribuição de competências tributárias. Serão examinados, um
a um, os atuais impostos destinados à União, aos Estados, ao
Distrito Federal, e aos Municipios, assim como a nova
repartição das receitas tributárias.
Uma vez tendo estabelecido o novo ordenamento
tributário nacional, buscar-se-á quantificar o impacto que a
promulgação da Constituição de 1988 causou nas receitas
tributárias do Municipio do Rio de Janeiro. Para
analisado um per iodo de sete anos em que foi
tanto, será
possivel a
obtenção dos dados necessários a essa análise. Da mesma forma,
serão explicitados os critérios e a metodologia utilizada
nessa avaliação, assim como as dificuldades encontradas no
tratamento desses dados brutos.
Serão apresentadas as séries de valores que traduzem
a evolução real das receitas tributárias do Munic1pio do Rio
de Janeiro no per iodo considerado, isto é, de 1986 a 1992. Os
dados básicos obtidos em moeda corrente serão convertidos em
moeda constante, tanto nacional quanto estrangeira, e
3.
consolidados anualmente para poderem ser comparados os dois
per iodos estudados: a) antes da entrada em vigor da
Constituição de 1988; e b) após a nova Carta haver passado a
produzir seus efeitos.
Tentar-se-á, então, quantificar a contribuição, em
termos dessas receitas, para o Municipio do Rio de Janeiro,
que viu suas disponibilidades tributárias passarem, em média,
de Cr$ 11.200 Bilhões, equivalentes a US$ 621 Milhões, no
per iodo de 1986 a 1988, para o patamar médio de Cr$ 15.820
Bilhões, equivalentes a US$ 1.221 Milhões, no periodo de 1989
a 19921 • Buscar-se-á identificar a participação 'efetiva dos
novos dispositivos constitucionais nesse expressivo aumento de
receita fiscal da Prefeitura do Rio de Janeiro.
~ OB valoreB em cruzeiroB foram deflacionadoB até Janeiro de 1993.
ÇApI'l'QU) I I
o SISTEHA TRIIlUTARIO NACIONAL ANTERIOR A CONSTlTUlçnO DE 1988
II. L HISTóRICO
4.
A existência de um Sistema Tributário não está
caracterizada pelo simples fato de um pais, em determinado
instante de sua história, cobrar tributos. Isto ocorrerá
somente se os tributos que o compõem possuirem harmonia entre
si, ordenados de forma conveniente e direcionados para um
determinado fim. Caso não se configure esta situação, mas sim
uma cobrança de tributos sem um determinado ordenamento ou sem
investigação de causa, TARANTINO [lJ afirma que ter-se-á não
um sistema mas um Regime Tributário, no qual o maior interesse
é a simples obtenção de mais recursos para o Estado.
11.1.1. O REGIME TRlBUTARIO NO BRASIL COLôNIA
Durante o periodo colonial brasileiro, não existiu
propriamente um sistema tributário. Naquela época em que o
Brasil encontrava-se totalmente subjugado por Portugal, tanto
o comércio quanto a indústria eram muito incipientes. Os
únicos tributos cobrados então eram os Direitos Régios
(direitos sobre importação), os Quintos (20%) e os Dizimos
(10%), ambos incidindo sobre os produtos das indústrias
extrativas. Todavia, conforme ressalta ROSA JUNIOR [2J, tais
tributos não constituiam um sistema tributário.
5.
I 1.1.2. O REGIME TRIBUTARIO NO BRASIL R1UNo-UNIDO A PORTUGAL E
ALGARVE
Com a chegada da Familia Real ao Brasil em 1808, a
colônia foi elevada à categoria de Reino-Unido a Portugal e
Algarve, passando a comerciar diretamente com outros paises.
Desta forma, apareceram os primeiros Direitos Aduaneiros, que
tiveram suas aliquotas fixadas por critérios muito mais
politicos do que econômicos ou fiscais, beneficiando os
produtos ingleses. Naquela época, de acordo com SOUZA [3], as
mercadorias provenientes de Portugal eram tributadas à base de
16%, as oriundas da Inglaterra à base de 15%, ao passo que as
outras origens a aliquota era de 24%. Ainda assim, não se
poderia chamar ao conjunto desses primeiros tributos de
sistema tributário.
11.1.3. O SISTEMA TRIBUTARIO NO BRASIL IMPaRIO
Seguindo-se à Proclamação da Independência em 1822,
foi outorgada ao pais a ConBtituição Politica do ImPério do
BraBil, de 25.03.1824, que se caracterizava por uma acentuada
centralização de poderes na pessoa do Imperador, até mesmo os
de natureza fiscal, uma vez que as Provincias não dispunham de
competência legislativa sobre matéria tributária. Na verdade,
as Provincias nada mais eram que meros departamentos do
governo central, sem autonomia financeira e recebendo dotações
estabelecidas pela Câmara dos Deputados.
Através do Ato Adicional (Lei nQ 16, de 1834),
passaram as Provincias a gozar de autonomia politica e, pela
6.
Lei nQ 99, de 1835, foi concedida a autonomia financeira.
Dessa forma, puderam dispor de receitas tributárias próprias,
distintas daquelas do poder central, cabendo-lhes ainda dispor
sobre os tributos de seus Municipios. Entretanto, tais
ordenamentos tributários das Provincias não podiam prejudicar
as imposições gerais do Estado.
Conforme assinala REGO [4], nosso primeiro Sistema
Tributário era, portanto, de natureza flexivel, uma vez que se
restringia a enunciar os principios gerais que deveriam ser
observados pelo legislador ordinário na hora da instituição
dos tributos de sua competência.
11.1.4. O SISTBKA TRlBUTARIO NO BRASIL RKPOBLICA
Com o advento da Proclamação da República em 1889, o
pais assistiu à promulgação da sua primeira Constituição
republicana em 1891, instituindo o sistema federativo e a
transformação das Provincias em Estados, reconhecendo a
autonomia dos Municipios, embora atribuisse aos Estados a
competência legislativa tributária dos Municipios.
11.1.4.1. O SISTBKA TRlBUTARIO CONSTITUCIONAL DE 1891
No tocante à matéria tributária, a Constituição da
República dos Estados Unidos do Brasil, em 24.02.1891, foi
influenciada pelo federalismo pragmático e anti-monárquico
norte-americano, que se desenvolveu dos Estados para a União,
uma vez que os primeiros foram criados anteriormente à
7.
segunda. Estabelecia a Carta Magna de 1891 que os tributos
instituídos pela União deviam ser uniformes
Estados (art. 7Q, § 2Q); que os Estados não
para
podiam
todos os
tributar
bens e rendas federais ou serviços a cargo da União, e esta,
por sua vez, não podia tributar aqueles de competência
estadual (art. 10). Estabelecia ainda que os impostos só
poderiam ser cobrados se a sua instituição houvesse sido por
intermédio de uma lei (art. 72, § 30).
ROSA JUNIOR [2] alerta que a Carta de 1891
apresentava vários problemas em seu sistema tributário,
destacando-se entre os principais: a) a figura da
bitributação, na medida em que permitia o exercício da
competência concorrente entre a União e os Estados, gerando
situações em que essas entidades tributantes exigiam
concomitantemente impostos idênticos do mesmo contribuinte,
com fundamento no mesmo fato gerador (art. 12); b) a
ingerência dos Estados sobre a política monetária e o comércio
exterior, dado que os Estados foram dotados da competência
para instituir o Imposto de Exportação (art. 9Q, 1), que, por
suas características eminentemente parafiscais, devia ter sido
incluído entre os tributos de competência da União.
Dessa forma, a Constituição de 1891 era dotada de um
sistema tributário de natureza bem elástica, semelhante à
Carta de 1824, pois o legislador ordinário aquele
responsável pela instituição do tributo, continuava com ampla
liberdade para a criação de outros tributos, além daqueles que
lhe eram expressamente destinados pela Constituição.
11.1.4.2. O SISTEMA TRIBUTARIO CONSTITUCIONAL DE 1934
o Constituiçgo
sistema tributário
da República dos
constante da
Estados Unidos do
8.
segunda
Brasil,
promulgada em 16.07.1934 trouxe grandes inovações em relação a
seus antecessores, corrigindo-lhes inclusive alguns defeitos.
Ficou extinta a figura da bitributação, impedindo assim que a
União e os Estados cobrassem simultaneamente tributos
idênticos do mesmo contribuinte, por intermédio de limites
mais rigidos atribuidos ao instituto da competência tributária
concorrente (art. 10 e art. 11).
Somente na Carta de 1934. os Municipios alcançaram
sua real autonomia. Estas unidades da Federação passaram a
dispor de
enumerados
tributos de competência exclusiva,
pela Constituição (art. 13, §
devidamente
2Q), e
conseqüentemente de
auto-gestão.
autonomia financeira para a sua
Além disso, a Constituição de 1934 ampliou os
tributos de competência privativa da União, com a inclusão dos
Impostos sobre o Consumo de Mercadorias, sobre a Renda e sobre
a Transferência de Fundos para o exterior. Os Estados passaram
a ter direito ao Imposto sobre Vendas e Consignações, sendo
este de sua competência privativa. Também ficou mantido o
Principio da Uniformidade Tributária em todo o território
nacional e da proibição da União instituir impostos que
impliquem em distinção entre os portos dos
assim como o PrincipiO da Legalidade
diversos Estados,
Tributária. Ficou
estabelecida ainda a proibição dos impostos de trânsito, quer
9.
interestaduais quer intermunicipais, baseada no Principio da
Não-Limitacão ao Tráfego de pessoas e bens 1
Pela primeira vez na história brasileira, como
ressalta ROSA JUNIOR [2], passou a existir um sistema
tributário de natureza rigida, contrariamente às duas
constituicões anteriores. Desta forma, o legislador
ficou limitado exclusivamente à instituicão dos
ordinário
tributos
previstos expressamente na Carta Magna, não podendo mais criar
tributos não relacionados, como fazia anteriormente.
11.1.4.3. O SISTEMA TRlBUTARIO CONSTITUCIONAL DE 1937
A Revolucão de 1930 pôs abaixo a Primeira República
e, juntamente com ela a, Constituicão anterior, quando da
instauracão do Estado Novo por Getúlio Vargas. Dessa forma,
Vargas revoga a Carta de 1934 e outorga a Constituição dos
Estados Unidos do Brasil em 10.11.37. Esta Constituicão
manteve o caráter de rigidez do sistema tributário de 1934,
inovando em pouco a Carta Constitucional anterior. PINTO [5]
assinala que houve um prosseguimento no sentido de
aperfeicoar-Ihe alguns dispositivos, destacando-se a criacão
do Imposto Unico sobre a Producão, o Comércio, a Distribuicão
e o Consumo do Carvão Mineral Nacional e dos Combustiveis e
Lubrificantes Liquidos de qualquer origem, de que trata a Lei
Constitucional n2 4, de 20.09.40.
~ Ver capitulo 111, itens 111.4.2.1, 111.4.1.1.1 e 111.4.1.1.6.
10.
11.1.4.4. O SISTEMA TRIBUTARIO CONSTITUCIONAL DE 1946
A terceira Constituição da Repúblioa dos Estados
Unidos do Brasil, promulgada em 18.09.46, incorporou a rigidez
do sistema tributário da Carta de 1937, ampliando a
distribuição dos recursos fiscais para os Estados e
Municipios, dentro do espirito descentralizador que imprimia à
organização do pais.
Em 1946, inovou-se bastante na forma de distribuição
dos recursos federais, tendo sido criado um Fundo que
destinava 10% (dez por cento) do Imposto de Renda para ser
rateado entre os municipios que não se encontrassem na
condição de capital de Estado. Até então, de acordo com
ROSA [7J. a descentralizacão de recursos tributários obedecia
apenas ao critério de partilha obtida pela participacão
percentual de uma unidade politica na receita de um
determinado tributo arrecadado por outra esfera de
competência.
Posteriormente, com a aprovacão pelo Congresso
Nacional da Emenda Constitucional nQ 18. de 1.12.65
processou-se a formulacão do Sistema Tributário Nacional,
através do encadeamento metódico dos diversos dispositivos
constitucionais sobre a matéria tributária dentro de um único
capitulo. Os impostos passaram a ter sua denominação feita em
termos muito mais econÔmicos do que Juridicos. Forneceram-se
meios para a formação de reservas cambiais
disciplinamento monetário através do Imposto de
e para
Exportação
o
e
do Imposto sobre Operacões Financeiras. ambos de competência
11.
federal. De acordo com NOVELLI [8), desvinculou-se a cobrança
dos tributos da prévia autorização orçamentária, acabando com
o Principio da Anualidade Tributária 1, exceto no tocante aos
impostos sobre o patrimônio e a renda.
Cabe ressaltar, ainda. que enquanto era vigente a
Emenda Constitucional nQ 18, foi aprovada pelo Congresso
Nacional a Lei nQ 5.172, de 25.10.66, posteriormente
denominada de '"Código Tributário Nacional'", instituindo Normas
Gerais do Direito Tributário aplicáveis à União, Estados,
Distrito Federal e aos Municipios. Esta lei é considerada uma
medida complementar à reforma tributária de 1965, implementada
pela Emenda nQ 18, e que começou a delinear nosso atual
sistema tributário.
11.1.4.5. O CóDIGO TRIBUTARIa NACIONAL
Segundo o Código Tributário Nacional, temos em seu
art. 3Q que "Tributo é toda prestação pecuniária compulsória,
em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não
constitua sanção de ato ilicito, instituida em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.'"; em
seu art. 4Q que "A natureza juridica especifica do tributo é
determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo
irrelevantes para qualificá-la: I - a denominação e demais
caracteristicas formais adotadas pela lei; 11 - a destinação
~ O Principio da Anualidade Tributária, previsto no § 34 do art. 141 da Cbnstituiç§o de 1946, ~dia a instituiç§o ou a majoraçKo de qualquer tributo caso n§o hou~sse previs§o de sua arrecadaç§o e destinaç§o no orçamento do exercicio financeiro seguinte.
12.
legal do produto de sua arrecadação.";e em seu art. 5Q que "Os
tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria ....
A partir dai depreende-se que tributo é o gênero e
que suas espécies são impostos, taxas e contribuiç5es de
melhoria. MORAES [9] esclarece que diversos autores discrepam
quanto à classificação das espécies tributárias. Alguns
juristas incluem os empréstimos compulsórios e as
contribuições parafiscais nas espécies tributárias. Tal
discussão foge ao escopo do presente trabalho, não sendo
portanto abordada pelo mesmo.
o imposto é, conforme ensina GANDRA [10], a espécie
tributária decorrente do "Poder de Império" do qual é dotado o
Estado, não existindo nenhuma contraprestação por parte deste
em relação ao contribuinte 1 e nem lhe sendo possivel
questionar a sua instituição, desde que haja previsão
constitucional. g um tributo de competência privativa, isto é,
somente a entidade tributante designada pela Constituição
Federal é competente para a instituição daquele determinado
tributo, não podendo delegá-la a nenhuma outra - a competência
tributária é indelegável. Conforme estabelece o Código
Tributário Nacional, em seu art. 16, tem-se que "Imposto é o
tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal especifica,
relativa ao contribuinte .... Na análise de COSTA [11], o
imposto é o tributo maia importante das finanças
~ O imPosto é um tributo n50-vinoulado, destinado a atender às despesas gerais da administração. Sendo assim, o oontribuinte, ao pagá-lo, n50 pode esperar qualquer oontr~restaç50 efetiva ou potenoial de natureza pessoal.
13.
contemporâneas e o que apresenta maior interesse cientifico.
As taxas são tributos cobrados pelo Estado e que
correspondem a uma contraprestação de serviço por parte deste
ao contribuinte. Diz o Código Tributário Nacional, em seu art.
77, que "As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal ou pelos Municipios, no âmbito de suas
respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercicio
regular do poder de policia, ou a utilização efetiva ou
potencial, de serviço público especifico e divisivel, prestado
ao contribuinte ou posto a sua disposição. § Unico: A taxa não
pode ter base de cálculo ou fato gerador idêntica aos que
correspondam a imposto, nem ser calculada em função do capital
das empresas.".
Já as contribuiç~es de melhoria, tributo de dificil
instituição, podem ser cobradas em decorrência valorização
imobiliária oriunda de obras executadas pelo Estado. O Código
Tributário Nacional estabelece, em seu art. 81, que "A
contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados,
pelo Distrito Federal ou pelos Municipios, no âmbito de suas
respectivas atribuições, é instituida para fazer face ao custo
de obras públicas de que decorra valorização imobiliária,
tendo como limite total a despesa realizada e como limite
individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada
imóvel beneficiado.". Vê-se portanto que há parâmetros
subjetivos na valorização dos imóveis que dificultam bastante
a cobrança dessa espécie tributária.
Conforme pode ser observado pelos dispositivos do
14.
Código Tributário Nacional, as taxas e as contribuições de
melhoria são tributos de competência concorrente, isto é,
tanto a União quanto os Estados, o Distrito Federal e os
Municipios podem institui-las, desde que no âmbito de suas
atribuições constitucionais.
A Constituição de 1967, promulgada em 24.01.67,
criou o instituto da Lei Complementar, que exigia um quorum
qualificado para a sua aprovação. Como a exigência para o
estabelecimento de Normas Gerais do Direito Tributário era de
Lei complementar, e pelo Principio da Recepção, a Lei nQ
5.172/66 (Código Tributário Nacional) foi elevada ao status de
Lei Complementar à Constituição, por intermédio do Ato
Complementar nQ 36, de 13.03.67.
lI. 2. O SISTEMA TRIBUTARIO CONSTITUCIONAL DE 1967 E SUAS mmNDAS
Embora tenha sido promulgada em 24.01. 67 , a
Constltulção do BrBsll somente entrou em vigor em 15.03.67,
quando assumia a Presidência Arthur da Costa e Silva.
Sendo proveniente de um governo autoritário, sofreu
grande influência da Carta de 1937, tendo reformado em termos
mais rigorosos o Sistema Tributário Nacional, ampliando o
federalismo cooperativo, com a ampliação da participação de
uma determinada entidade tributante na receita da outra.
Todavia, a base do texto constitucional tributário continuava
sendo aquele da Emenda nQ 18, de 01.12.65, à Constituição de
1946. A partir da centralização de recursos, atualizou o
15.
sistema orçamentário, propiciando a técnica do
orçamento-programa e os programas plurianuais de investimento
e desenvolvimento, e combate à inflação.
A Constituição de 1967 foi totalmente reformulada
pela Emenda Constitucional nQ 1, outorgada 1 em 17.10.69, e
que entrou em vigor em 30.10.69, denominada de ConstituiçUo da
Repúblioa Federativa do Brasil.
Em verdade, conforme SILVA [12], não se tratou de
Emenda, pois teórica e tecnicamente era uma nova Constituição.
A Emenda Constitucional seria somente uma forma autoritária de
outorga, uma vez que passou a vigorar um texto constitucional
totalmente reformulado, o que está evidenciado em sua própria
denominação.
o Sistema Tributário Nacional vigente antes da
promulgação da Constituição Federal de 1988 está contido no
texto da Constituição de 1967 (e suas emendas posteriores), em
seu Capitulo V, compreendendo os arts. 18 a 26, sob o titulo
"Do Sistema Tributário".
De acordo com MORAES [13J, no que tange ao Sistema
Tributário, a Emenda nQ 1 de 1969 manteve, com poucas
alterações o texto originário da Emenda nQ 18 de 1965,
disciplinando-o em seu Capitulo V, art. 18 ao art.26.
~ Em virtude da doença que impediu o JTesidente COsta e Silva de continuar a governar, foi baiXildo o Ato Institucional n9 12, de 31.08.69, que atribuiu o exercicio do Fbder EXecutivo a uma Junta Hilitar integrada pelos Hinistros da l1arinha de Guerra, do Exército e da Aeronáutica Hilitar. Esta Junta impós ao pais Ul/Ja nova COnstituiçUo por meio da Emenda COnstitucional n9 1.
16.
A Emenda nQ 1 de 1969, igualmente como fora feito
pela Carta de 1967, restabeleceu o Principio da competência
residual, não existente na Emenda nQ 18, pelo qual a União
podia instituir outros impostos além dos mencionados na
Constituição, desde que não tivessem fato gerador ou base de
cálculo próprios de outros impostos. A União podia, ainda,
transferir-lhes o exercicio da competência residual em relação
a impostos cuja incidência fosse estabelecida por lei federal
(art. 18, § 5Q e art.21, § lQ).
o Principio da Anualidade Tributária, reestabelecido
pela Constituição de 1967, no § 29 do art. 150, não foi
mantido no § 29 do art. 153 da Emenda NQ 1 de 1969, que
abandonou esta exigência, passando a prescrever apenas que o
tributo só poderia ser cobrado em um determinado exercicio se
a lei que o instituisse ou majorasse tivesse entrado em vigor
em exercicio anterior 1
Foram mantidos os Principios da Legalidade
Tributária, da Não Limitação ao Tráfego, da Uniformidade
Tributária para a União, assim como o da Não-Diferenciação
Tributária para os Estados, Distrito Federal e Municipios em
razão da procedência ou destino de bens e serviços 2
Ficaram estabelecidas as imunidades constitucionais
(nãO-incidência de impostos) à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municipios sobre : a) o patrimônio, o serviço e
~ Principio da Anterioridade da Lei Fiscal. 2 Ver capitulo 111, itens 111.4.1.1.1, 111.4.1.1.6,
111.4.2.4. 111.4.2.1,
17.
a renda uns dos outros; b) os templos de qualquer culto; c) o
patrimônio, a renda ou os serviços dos partidos politicos; e
d) o livro, o jornal e os periódicos, assim como o papel para
a sua impressão.
Ainda dentro do caráter centralizador e autoritário,
permitia a Carta de 67 que União estabelecesse, por meio de
lei complementar e atendendo a relevante interesse social ou
econômico nacional, a concessão de isenções de impostos
estaduais e municipais. Trata-se de clara invasão de
competência por parte da União pois ficava estabelecida a
faculdade do Governo de Federal de intervir em assuntos
tributários que fugiam a sua alçada, até mesmo porque esses
tributos não eram instituidos pela União, mas sim pelas outras
entidades tributantes da Federação.
I L 2.1. OS IMPOSTOS DA UNIA<>
Conforme estabeleciam os arts. 21 e
Constituição de 1967 e suas emendas, competia
instituir impostos sobre:
22 da
à União
I -
Il-
III -
Importação de Produtos Estrangeiros (11), facultado ao
Poder Executivo, nas condições e nos limites
estabelecidos em lei, alterar-lhes as aliquotas
bases de cálculo;
ou as
Exportação (IR), para o estrangeiro,
nacionais ou nacionalizados, observado o
de produtos
disposto no
final do item anterior;
Propriedade Territorial Rural (ITR),
glebas rurais de áreas até 25 hectares,
exceto
desde
sobre
que o
IV -
18.
proprietário as cultive, só ou com sua familia, e que
não possua outro imóvel;
Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR), salvo
ajuda de custos e diárias pagas pelos cofres públicos,
na forma da lei;
V - Produtos Industrializados (IPI), facultado ao Poder
VI -
Executivo, nas condições e nos limites estabelecidos em
lei, alterar-lhes as aliquotas ou as bases de cálculo;
Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativa a
Titulos e Valores Mobiliários (IOF);
VII - Serviços de Comunicações, salvo
estritamente municipal (ISC);
os de natureza
VIII - Produção, Importação, Circulação, Distribuição ou
IX -
Consumo de Lubrificantes e Combustiveis Liquidos ou
Gasosos (IULC) e de Energia Elétrica (IUKK) , imposto
que incidirá uma só vez sobre qualquer dessas
operações, excluida a incidência de outro tributo sobre
elas;
Extração, a Circulação, Distribuição ou Consumo dos
Minerais do Pais (IUM) enumerados em lei, imposto que
incidirá uma só vez sobre qualquer dessas operações,
excluida a incidência de outro tributo sobre elas.
X - Serviços de Transportes, salvo os de natureza
estritamente municipal (IT);
Competia também à União, dentro da área dos
Territórios Federais, os impostos atribuidos aos Estados e, se
o Território não fosse dividido em Municipios, os impostos
muniCipais (art. 18, § 4º).
19.
Além disso, a União podia instituir contribuições
parafiscais, tendo em vista a intervenção no dominio econômico
ou o interesse de categorias profissionais e para atender
diretamente à parte da União no custeio dos encargos da
Previdência Social (art. 21, § 2Q, 11). Da mesma forma podiam
ser instituidos empréstimos compulsórios, nos casos definidos
em lei complementar.
Por fim, no caso de guerra externa ou sua iminência,
a União podia ainda instituir, temporariamente, impostos
extraordinários
tributária, os
compreendidos
quais seriam
ou não em
suprimidos
cessadas as causas de sua criação (art. 22).
sua competência
gradativamente,
11.2.2. OS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FlIDKRAL
Competiam aos Estados e ao Distrito Federal, de
acordo com o art. 23, instituir impostos sobre:
I - Transmissão, a qualquer titulo, de Bens Imóveis (ITBI)
por natureza e acessão fisica e de direitos reais sobre
imóveis, exceto os de garantia, bem como sobre a cessão
de direitos a sua aquisição;
11 - Circulação de Mercadorias (ICH) realizadas por
produtores, industrias e comerciantes, imposto que não é
cumulativo e do qual se abate, nos termos do disposto em
lei complementar, o montante cobrado nas operações
anteriores pelo mesmo ou por outro Estado. Não incidia
sobre as operações que destinavam ao exterior produtos
industrializados e outros indicados pela lei. A aliquota
era uniforme para todas as mercadorias nas operações
20.
internas e interestaduais, e o Senado Federal fixava as
aliquotas máximas para cada uma dessas operações e para
as de exportação;
111 - Propriedade de Veiculos Automotores (IPVA) registrados e
licenciados em seu território.
Também pertenciam aos
Municipios e ao Distrito Federal,
impostos atribuidos aos Municipios
Estados.
11.2.3. OS IMPOSTOS DOS HUNICIPIOS
Estados não divididos em
cumulativamente, aqueles
além dos atribui dos aos
Os Municipios, segundo o art. 24, podiam instituir
impostos sobre:
I - Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU);
11 - Serviços de qualquer natureza não compreendidos na
competência Tributária da União ou dos Estados, definidos
em lei complementar (ISS).
11.2.4. A REPARTIÇAO DAS RECEITAS TRIBUTARIAS
No Sistema
Constituição de 1988,
participação entre as
Tributário Nacional
já configurava-se
diferentes entidades
anterior à
uma complexa
tributantes nas
receitas umas das outras. Tais participações continuaram na
Carta de 1988 e tiveram como base a distribuição de rendas que
é mostrada a seguir.
21.
I - A União entregava:
a) A totalidade (100%) do Imposto de Renda (IR) aos
Estados, ao Distrito Federal (art. 22, § 12) e aos
Municipios (art. 24, § 42), quando fosse arrecadado em
virtude da sua inCidência sobre os rendimentos do
trabalho ou de titulos da divida pública por eles pagos
e que eram retidos na fonte;
b) A totalidade (100%) da arrecadação do Imposto
Territorial Rural (ITR) aos Municipios onde estivessem
situadas as propriedades rurais contribuintes desse
imposto (art. 24, § 12);
c) Noventa por cento (90%) da arrecadação do Imposto Onico
sobre Minerais (IUM) (art. 26, § 32), sendo setenta por
cento (70%) aos Estados e ao Distrito Federal e vinte
por cento (20%) aos Municipios, nos termos da lei
federal (art. 26, § 12);
d) Sessenta por cento (60%) do produto da arrecadação com
o Imposto Onico sobre a Energia Elétrica (IUKK) (art.
26, 11), sendo cinqüenta por cento (50%) para os
Estados e dez por cento (10%) para os Municipios, nos
termos da lei federal (art. 26, § 1Q);
e) Sessenta por cento (60%) do produto da arrecadação do
Imposto Onico sobre Lubrificantes e Combustiveis (IULC)
(art. 26, I), sendo quarenta por cento (40%) destinados
aos Estados e vinte por cento (20%) para os Municipios
(art. 26, § 32);
f) Setenta por cento (70%) do produto da arrecadação do
Imposto sobre Transporte (IT) (art. 26, IV), sendo
cinqüenta por cento (50%) para os Estados e vinte por
cento (20%) para os Municipios;
22.
g) Trinta e três por cento (33%) do produto da arrecadação
do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) somados (art. 25, caput) , sendo
quatorze por cento (14%) para o Fundo de Participação
dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios
(FPE) (art. 25, I), dezessete por cento (17%) para o
Fundo de Participação dos Municípios (FPH) (art. 25,
11), e dois por cento (2%) para o Fundo Especial (FE)
(art. 25, 111), que tinha sua aplicação regulada em
lei. Para efeito de cálculo das percentagens destinadas
aos Fundos de Participação, excluíam-se as parcelas
referentes ao Imposto de Renda retido na Fonte pelos
Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios (art.
25, § 1Q).
11 - Os Estados entregavam:
a) Vinte por cento (20%) do total arrecadado pelo Imposto
sobre Circulação de Mercadorias (IeM) aos Municípios
(art. 23, § 8Q), sendo que cada Município recebia um
mínimo de três quartos (75%), na proporção do valor
adicionado nas operações realizadas em seus
respectivos Territórios (art. 23, § SQ, I), e um
máximo de um quarto (25%), conforme disposiçao de lei
estadual (art. 23, § 9Q, 11);
b) Cinqüenta por cento (50%) da arrecadação do Imposto
sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) aos
Municípios onde estivessem registrados e licenciados
os veículos (art. 23, § 13);
c) Cinqüenta por cento (50%) da arrecadação do Imposto
sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) aos
23.
Municipios onde se situassem os imóveis objetos da
transmissão (art. 23, § 10);
A transferência dos recursos provenientes dos Fundos
dependia dos recolhimentos dos impostos federais arrecadados
pelos Estados, Distrito Federal e Municipios, e da liquidação
das dividas dessas entidades ou de seus órgãos de
administração indireta, para com a União, inclusive as
oriundas de prestação de garantia (art. 25, § 3Q).
A seguir será apresentado um quadro (11.1) com todos
os impostos de competência de cada entidade tributante, assim
como a parcela de receita que cada ente politico devia
entregar ao outro, conforme preconizava o texto constitucional
de 1967 e suas emendas.
TRIB\1l'OS
I - URI1IO
L IR 2. IPI 3. IOF 4. II 5. IR 6. ITR 7. IUM 8. IUEE 9. IULC
10. IT 1lo ISC
(XJJjSTl'l'UIÇ!O DI 1967
União
67% 67%
100% 100% 100%
10% 40% 40% 30%
100%
Estados, Dl e Territórios
16%(a) 16%(b)
70% 50% 40% 50%
II - ISTAOOS, Dl e TKRRIT6RIOS
12. IelI 80% 13. IPVA 50% 14. ITBI 50%
111 - HURICIPIOS
15. ISS 16. IPl'U
24.
lfunicipios
17%(b) 17%(b)
100% 20% 10% 20% 20%
20% 50% 50%
100% 100%
(a) Corresponde à 14% do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e 2% do Fundo Especial (FE).
(b) Corresponde ao Fundo de Participação do Municipio (FPM)
Nota: Pertencem ainda aos Estados, DF e Municipios o produto do IR fonte sobre os rendimentos do trabalho e de titulos da divida pública por eles pagos. A União poderá, ainda, instituir Contribuições Sociais, Econômicas e de categorias profissionais ou econômicas, Impostos Extraordinários, Empréstimos Compulsórios, Taxas e Contribuições de Melhoria, e outros impostos não previstos na Constituição sem dividir o produto da arrecadação com os Estados e Municipios. Os Estados e Municipios poderão instituir Taxas e Contribuições de Melhoria sem ter que repartir essas receitas tributárias.
Quadro 11.1 - CompetênCias Tributárias e Distribuição dos Recursos na Constituição de 1967 (e respectivas emendas)
CAPITUW UI
o SISTEMA TRlBUTARIO NACIONAL APóS A CONSTlTUIÇAO DE 1988
25.
111.1. INTRODUÇAO
A longa luta pela normalização democrática do pais e
pelo retorno ao Estado de Direito Democrático, iniciada após o
golpe militar de 1964, culminou com a Emenda Constitucional nQ
26, promulgada em 27.11.85. Em verdade, conforme ressalta
SILVA [12], esta Emenda não representou a chamada para a
eleição de uma Assembléia Constituinte, mas sim a convocação
para que a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, eleitos em
15.11.86, se reunissem em Assembléia Nacional Constituinte.
Finalmente, em 5.10.88, foi promulgada Constituiç§o
da Repúblioa Federativa do Brasil, a "Constituição Cidadã", na
expressão do Presidente da Assembléia Nacional Constituinte,
Deputado Ulysses Guimarães, em virtude de seus avançados
dispositivos sociais que se voltam para a plena realização da
cidadania.
Cabe ressaltar que o novo Sistema Tributário
Nacional somente começou a processar seus efeitos a partir do
ano seguinte 1, por causa da necessidade de adaptação dos
Códigos Tributários Nacional, Estaduais e Municipais e do
~ Pelo art. 34 do Ato das Disposições COnstituoionais Transitórias, O Novo Sistema Tributário Naoional entrou em vigor apenas em 1Q de março de 1988, ou seja, o primeiro dia do quinto m&s seguinte ao da pramulgaç§o da COnstituiç§o Federal.
26.
Distrito Federal. Tal necessidade decorre da competência
privativa de cada entidade da Federação para instituir os
impostos que a Constituição Federal veio a atribuir-lhes.
Conforme assinala COELHO [14], a Constituição, em principio,
não cria tributos, apenas atribui competência às pessoas •
politicas para institui-los, através de lei1
111-2. O SISTEMA TRIBUTARIO CONSTITUCIONAL DE 1988
A Constituição Federal de 1988 manteve a base de
estruturação do Sistema Tributário Nacional na Carta Magna
anterior, aperfeiçoando a distribuição da matéria dentro do
Capitulo I, "Do Sistema Tributário Nacional", do Titulo VI,
"Da Tributação e do Orçamento". Todo o sistema de tributação
encontra-se distribuido entre os arts. 145 e 162, ao longo de
seis Seções, a saber:
a) Seção I - Dos Principios Gerais;
b) Seção 11 - Das Limitações do Poder de Tributar;
c) Seção 111 - Dos Impostos Da União;
d) Seção IV - Dos Impostos dos Estados e do Distrito Federal;
e) Seção V - Dos Impostos dos Municipios;
f) Seção VI - Da Repartição das Receitas Tributárias.
A seguir passaremos a descrever cada uma das
referidas Seções e suas interferências no Sistema Tributário
Nacional.
1 Principio da Legalidade Tributária.
27.
111.3. OS PRINCIPIOS GERAIS
Preconiza o Texto Constitucional, entre os
arts. 145 e 149, os componentes do Sistema Tributário Nacional
como sendo os Impostos, as Taxas (de poder de policia
administrativa ou de serviços especificos) e as Contribuições
de Melhoria, pela realização de obras públicas 1. Nos
Principios Gerais, mais especificamente no art. 145, o Poder
de Tributar é atribuido às Pessoas PoliticBs que integram a
Federação: União, Estados, Distrito Federal e Municipios.
Estabelece expressamente os Principios da
Personalização e da Capacidade Contributiva no § 1Q do art.
145, segundo os quais, sempre que possivel, os impostos terão
caráter pessoal e graduação conforme a capacidade econômica do
contribuinte. De acordo com BASTOS [15], tais principios eram
considerados implicitos na Constituição anterior.
Fixa, no art. 146, a função triplice da lei
complementar 2 de: a) dispor sobre conflitos de competência,
em matéria tributária, entre a União, os Estados-Membros, o
Distrito Federal e os Municipio; b) regular as limitações
constitucionais ao Poder de Tributar; e c) estabelecer Normas
Gerais em matéria de Legislação Tributária.
~ De acordo com o art. 145 da COnstituição Federal, confirma-se que tributo é a categoria genérica que se divide em trés espécies: impostos, taxas e contribuições de melhoria.
2 Lei CO~lementar à COnstituição é aquela ~rovada por maioria absoluta do CO~esso Nacional para a sua aprovação (metade mais um dos CO~ssistas votando favoravelmente), tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal. Diz-se também que necessita de quorum qualificado para Ber aprovada.
28.
SILVA [16] ensina que, do ponto de vista material, a
Lei Complementar é aquela que tem por objetivo (conteúdo) a
complementação da Constituição, quer ajuntando-lhe
normatividade, quer operacionalizando-lhe os comandos, nas
matérias explicitamente fornecidas pela Constituição.
Regula, no art. 147, a competência múltipla da União
para exigir, em Território Federal, os impostos estaduais e,
se o Território não for dividido em Municipios,
cumulativamente, os impostos municipais. Também entrega ao
Distrito Federal a competência tributária múltipla para
instituir os impostos municipais, uma vez que esta entidade da
Federação, que é equiparada aos Estados no tocante à matéria
tributária, não encontra-se dividida em Municipios. De acordo
com COELHO [14], a regra da competência múltipla atende às
peculiaridades do federalismo vigorante no Brasil e impede
privilégios aos habitantes de Brasilia e dos Territórios
Federais em relação às obrigações tributárias de outras
localidades brasileiras.
Regula de forma taxativa os casos em que são
permitidos à União a instituição de Empréstimos Compulsórios1 ,
por meio exclusivo de lei complementar, vinculando a aplicação
dos recursos deles provenientes à despesa que fundamentou sua
instituição. Tal recolhimento obrigatório só poderá ser
exigido para atender: a) às despesas extraordinárias
~ Ao longo das Constituiç6es brasileiras, tem havido 111uita diverg{}ncia doutrinária sobre a natureza tributária do Rmprést1mo Co~ls6rio. No entanto, na opinião de SACHA CAIJ10N COEIRO, o constituinte de 1988 pacificou esta discussão, pois na prática os EmPrést1mos CorIlpuls6rios nada 111ais são do que ~stos restituiveis.
29.
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou de sua
iminência; e b) para obter recursos necessários aos
investimentos de caráter urgente e de relevante interesse
nacional. Nesse último caso, entretanto, deverá ser observado
o Principio da Anterioridade da Lei Fiscal 1 (art. 148).
Mantém na competência privativa da União o
estabelecimento, por intermédio de Lei Complementar, de
Contribuições Sociais 2 em prol da Previdência e da Seguridade
Social; de Intervenção no Dominio Econômico 3 ,para assegurar
a capacidade de intervenção do Estado nos diversos dominios
econômicos; e de Interesse das Categorias Profissionais 4,
para atender às necessidades financeiras das entidades de
classe (art. 149).
Por fim, autoriza 08 Estados, o Distrito Federal e
os Municipios a instituir contribuição, cobrada de seus
servidores, para o custeio, em beneficio destes, de sistemas
de previdência e assistência social (art. 149, § único).
IH.4_ AS LIMITAÇõES AO PODER DE TRIBUTAR
Segundo BALEEIRO [17J, o Sistema Tributário Nacional
subordina-se a vários principios que estabelecem garantias
~ Ver ~pitulo 111, item 111.4.1.1.3. 2 Entre as Contribuições Sociais temos, por exemplo, as referentes 8
Seguridade Social e Previdenciária e as do PIS/pASEP. S Entre as ContribuiçeJes de IntervençlIo no Dominio Econ6JJJico, podemos
citar o chamado confisco do café e as do Instituto do Açúcar e do Alcool, entre outras.
4 Quanto 8S Contribuições de Interesse das categorias Profissionais, podemos destacar as Sindicais e as vertidas para as Entidades de Profissionais Liberais, como o CREA, o CORECON, etc.
30.
constitucionais aos contribuintes, conforme fixa o conteúdo
dos arts. 150 a 152. Tais principios juridico-tributários
constituem, desta forma, verdadeiras L1m1tações ao Poder de
Tr1butar, visando a estabelecer um equilibrio entre o Poder
Impositivo do Estado e seus administrados - os contribuintes.
De acordo com UCKMAR [18], esses principios podem
ser classificados em: a) Pr1ncip10s Gera1s, quando
referirem-se a todos os tributos e contribuições do sistema
tributário; b) Pr1ncip10s Espec1a1s, quando forem previstos em
razão de situações especiais; c) Pr1ncip10s Especif1cos,
quando pertinentes a determinado produto; e d) Imun1dades
Tr1butár1as Const1tuc10na1s, quando a Constituição declara a
não incidência de impostos sobre determinadas situações
111.4.1. PRINCIPIOS GERAIS
Na classificação apresentada por UCKMAR [18], os
Principios Gerais subdividem-se, ainda, em: a) Pr1ncip10s
Gera1s EXpressos; e b) Pr1ncip1os Gera1s Decorrentes.
111.4.1.1. PRINCIPIOS GERAIS EXPRESSOS
Os Principios Gerais expressamente consignados no
Texto Constitucional são os seguintes:
a) Principio da Legalidade Tributária (art. 150, I);
b) Principio da Igualdade Tributária (art. 150, 11);
c) Principio da Irretroatividade da Lei Fiscal
31.
(art. 150, 111, a) ;
d) Principio da Anterioridade da Lei Fiscal
(art. 150, IIr, b) ;
e) Principio da Proporcionalidade Razoável (art. 150, IV) ;
f) Principio da Não-Limitacão ao Tráfego de Pessoas ou Bens
(art. 150, V).
111.4.1.1.1. PRINCIPIO DA LEGALIDADE TRIBUTARIA
Segundo esse Principio, também chamado de Principio
da Reserva da Lei, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municipios instituir ou aumentar tributos sem
que a lei o estabeleca (art. 150, I).
Todavia, a Constituicão admite que o Poder Executivo
altere as aliquotas 1 dos Impostos sobre Importacão (11),
Exportacão (IE), Produtos Industrializados (IPI) e Operacões
Financeiras (IOF), atendidas as condições e limites
estabelecidos em lei (art. 153, §3Q). De acordo com BALEEIRO
[19], tais faculdades concedidas ao Poder Executivo não
constituem exceções ao Principio da Legalidade, dado que estão
condicionadas aos limites impostos pela lei tributária.
111.4.1.1.2. PRINCIPIO DA IGUALDADE TRIBUTARIA
Esse Principio veda às entidades tributantes de
~ A COnstituição anterior permitia que o Poder EXecutivo alterasse não apenas as aliquotas, mas também as bases de cálculo do I~sto de I~rtação (11), ~rtação (IE)e sobre Produtos Industrializados (IPI).
32.
instituir tratamento desigual para contribuintes que se
encontrem em situação equivalente. Fica proibida qualquer
distinção em razão de ocupação profissional ou função exercida
pelos contribuintes (art. 150, 11).
ROSA JUNIOR [2] ressalta que pela primeira vez esse
principio é expresso na Constituição, "pois até então era
considerado como principio implicito em matéria tributária,
decorrente do principio genérico da igualdade de todos perante
a lei".
111.4.1.1.3. PRINCIPIO DA IRRE1~ATIVIDADE DA LEI FISCAL
Esse Principio, também denominado de Principio da
Prévia definição Legal do Fato Gerador e contido no
art. 150, 111, a, estabelece vedação às entidades tributantes,
quanto à cobrança de tributos em relação a fatos geradores
ocorridos antes do inicio da vigência da lei que os houver
instituido ou aumentado.
Segundo GANDRA [20], esse principio não se estava
expresso nas constituições anteriores. Entendia-se que se
encontrava implicito face ao principio genérico de que a lei
não pode prejudicar o direito adquirido, o ato juridico
perfeito e acabado e a coisa julgada.
111.4.1.1.4. PRINCIPIO DA ANTERIORIDADE DA LEI FISCAL
Esse Principio, contido no art. 150, 111, b,
33.
estabelece às entidades tributantes, que o lancamento do
tributo está vinculado a cada exercicio financeiro 1 , o que
condiciona a situacão temporal do fato gerador da obrigacão
tributária. Todavia, pela nova Carta, o lancamento do tributo
não está mais condicionado à prévia autorizacão orcamentária,
como já foi tradicional em nosso Ordenamento Constitucional
(Principio da Anualidade Tributária) 2
Dessa forma, somente poderão ser exigidos ou
majorados os tributos cujos fatos geradores ocorram a partir
do exercicio financeiro posterior àquele em que se der a
publicacão da lei que os houver instituido ou majorado.
São excecões constitucionais expressas ao Principio
da Anterioridade da Lei o Imposto de Importacão (11), o
Imposto de Exportacão (IE), o Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), o Imposto sobre Operacões Financeiras
(IOF), o Imposto Extraordinário, as Contribuicões Parafiscais
e o Empréstimo Compulsório no caso de guerra externa ou sua
iminência e de calamidade pública (art. 150, § 1Q; art. 154,
11; art. 149 c/c art. 195, § 6Q e art. 148, I).
111.4.1.1.5. PRINCIPIO DA PROPORCIONALIDADE RAZOAVEL
Esse principio, contido no art. 150, IV, e também
chamado de Principio do Caráter Não-Confiscatório do Tributo,
1 O exercicio financeiro no Brasil tem inicio em 19 (primeiro) de Janeiro de cada ano e encerra-se aos 31 (trinta e um) de dezembro do /11eSJ1JO ano.
2 O Principio da Anualidade Tributária nUo mais existe no Direito Tributário Brasileiro desde a Emenda COnstitucional 09 1/'69.
34.
estabelece que o tributo não poderá subtrair mais do que uma
parcela razoável do patrimônio ou da renda do contribuinte.
Segundo BALEEIRO [17], os governos estão proibidos
de instituir tributos de caráter nitidamente confiscat6rio,
entendendo-se como tal aqueles que "absorvem parte
considerável do valor da propriedade, aniquilam as empresas ou
impedem o exercicio da atividade licita e moral".
111.4.1.1.6. PRINCIPIO DA NAO-LIHITAÇAO AO TRAFEGO DE PESSOAS OU BENS
Esse Principio, contido no art. 150, V, estabelece
às entidades tributantes que estas não podem impor limitações
ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos
interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de
pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder
Público.
COELHO [14] doutrina que o pedágio pode ser cobrado
por meio de preço ou taxa; como taxa, entretanto, deve estar
vinculado à prestação de serviços (conservação, melhoramentos,
etc. ) , j amais com o fundamento de "construir estradas" .
Ademais, não pode adotar como base cálculo signos presuntivos
de capacidade econômica do dono do veiculo.
111.4.1.2. PRINCIPIOS GERAIS DECORRENTES
Os Principios Gerais Decorrentes são aqueles não
estão expressamente previstos no Texto Constitucional, mas
35.
resultam do Sistema Federativo por ela adotado, ou dos
Principios Gerais do Sistema Tributário.
111.4.1.2.1. PRINCIPIO DA UNIVKRSALIDADE TRIBUTARIA
Esse Principio decorre de norma constante do
art. 19, 111, que estabelece a obrigatoriedade do pagamento do
tributo a todo aquele que praticar o fato gerador da obrigação
tributária, salvo os casos de isenção fiscal (gerais e
universais) outorgada por lei ou imunidade constitucional. A
Constituição menciona expressamente a universalidade apenas em
relação ao Imposto sobre a Renda e os Proventos de Qualquer
Natureza (IR) em seu art. 153, § 2Q, I. Porém, a proibição da
distinção entre brasileiros (art. 19, 111) torna esse
principio aplicável a qualquer tributo.
111.4.1.2.2. PRINCIPIO DA DESTINAÇãO PUBLICA DOS TRIBUTOS
Esse Principio implicito significa
Estado (União, Estados, Distrito Federal e
que somente o
Municipios) têm
competência para a instituir tributos, não existindo,
portanto, "tributo privado". Conforme assinala BALEEIRO [17],
a despeito de não estar expresso no texto constitucional, só o
Estado dispõe desse poder, para fazer frente às despesas com a
manutenção do bom funcionamento dos serviços públicos.
111.4.2. PRINCIPIOS ESPECIAIS
Os Principios Especiais são aqueles que estão
36.
previstos em razão de situações tributárias especiais e
constituem-se das vedações ao poder de tributar constantes do
art. 151, no que tange à União, e no art. 152 no tocante aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municipios.
111.4.2.1. PRINCIPIO DA UNIFORMIDADE TRIBUTARIA
Esse Principio encontra-se no conteúdo do
art. 151, I, segundo o qual é vedado à União instituir tributo
que não seja uniforme em todo o território nacional ou que
implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao
Distrito Federal ou a Municipio, em detrimento de outr01 •
Entretanto, a Constituição admite a concessão de
incentivos fiscais destinados a promover o equilibrio
sócio-econômico entre as diferentes regiões do pais. Os
incentivos fiscais, na visão de SILVA [21], contribuem para
atenuar os desequilibrios regionais, que a uniformidade
geográfica da tributação federal poderia agravar.
111.4.2.2. PRINCIPIO DA LIMITABILIDADE DA TRIBUTAçãO DA RENDA DAS OBRIGAçõES DA DIVIDA PUBLICA ESTADUAL OU MUNICIPAL E OS PROVENTOS DOS AGENTES DOS ESTADOS E MUNICIPIOS
Contido no conteúdo do art. 151, 11, esse Principio
veda à União tributar, em niveis superiores aos que fixar para
~ O Principio da Uniformidade Tributária ~lica-se aos tributos federais COI1JO UDI todo e, em especial, ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), pois este encerra um sentido Pdrticular de politica fiscal federalista.
37.
suas obrigacões, a renda das obrigacões da divida pública dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municipios bem como a
remuneracão e os proventos dos respectivos agentes públicos.
111.4.2.3 PRINCIPIO DE O PODER DE ISENTAR SER INSITO AO PODER DE TRIBUTAR
Esse Principio baseia-se no art. 151, III, segundo o
qual é vedado à União instituir isencões de tributos de
competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municipios1 . Somente quem tem o poder para instituir o tributo
poderá conceder isencões referentes a esse tributo, e mais
nenhuma outra entidade tributante.
111.4.2.4. PRINCIPIO DA NAD-DIFKRKNCIAÇAO TRIBUTARIA
Contido no conteúdo do art. 152, esse Principio veda
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municipios estabelecer
diferenca tributária entre bens e servicos, de qualquer
natureza, em razão de sua procedência ou destino.
111.4.3. PRINCIPIOS ESPECIFICOS
Os Principias Especificas são aqueles que se referem
diretamente a certos impostos, nas três esferas de tributacão
(federal. estadual e municipal), como veremos a seguir.
~ A inserção desse Prinoipio na COnstituição de 1988 visou a oorrigir um exoesso decorrente do regime militar autoritário anterior que penMitia à União, em certas oircunstâncias, conoeder isenções aos tributos estadUais e municipeis.
38.
111.4.3.1. PRINCIPIO DA PROGRESSIVIDADE DO IMPOSTO
Esse Principio é aplicado ao Imposto sobre a Renda e
Proventos de Qualquer Natureza (IR), conforme o art. 153, §
2Q, I, assim como ao Imposto sobre a Propriedade Predial e
Territorial Urbana (IPTU), descrito no art. 156, § 1Q. Tal
Principio que o Imposto Progressivo é aquele cuja aliquota
aumenta à medida que cresce a base de cálculo ou o ingresso.
111.4.3.2. PRINCIPIO DA NAQ-CUMULATIVIDADE DO IMPOSTO
Esse Principio é aplicável ao Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), conforme art. 153, § 3Q, 11, e ao
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de
Transporte e Comunicações (ICMS), descrito no art. 155, I, b,
§ 2Q, segundo o qual é compensado o que for devido em cada
operação com o montante cobrado nas operações anteriores.
Na prática, isto é feito mediante um sistema de
crédito pelo qual o contribuinte se credita de todo o imposto
que pagou ao adquirir os produtos (ou matéria-prima, no caso
do IPI) ou mercadorias ou serviços (no caso do ICMS) em um
determinado intervalo de tempo (por exemplo, um mês), conforme
dispuser a lei. Ao mesmo tempo, é debitado todo o imposto
incidente sobre a saida dos produtos ou da prestação do
serviço no mesmo periodo. No momento de recolher-se o imposto
referente ao periodo, faz-se a compensação entre o crédito e o
débito, recolhendo-se a diferença a mais ou continuando com
crédito para o per iodo seguinte, caso o crédito seja maior.
39.
Ressalta-se, portanto, que o imposto incide somente
sobre o valor adicionado em cada operação.
111.4.3.3. PRINCIPIO DA SELETIVIDADE DO IMPOSTO
Esse Principio, que classifica o imposto como
seletivo em função da essencialidade do produto, é aplicado
obrigatoriamente ao Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI), conforme o art. 153, § 3Q, I, e facultativamente ao
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de
Transporte e de Comunicação (ICMS), nos termos do art. 155, §
2Q, 111.
A Seletividade do Imposto permite o estabelecimento
de aliquotas diversas para esses produtos, mercadorias e
serviços, tendo em vista sua necessidade, utilidade e
superfluidade, fatores que caracterizam um determinado grau de
essencialidade. Ou seja, quanto mais essencial for o produto,
mais baixa será a aliquota para esses dois impostos.
111.4.4. IMUNIDADES TRIBUTARIAS CONSTITUCIONAIS
As imunidades, instituidas em razão de privilégios
ou interesses sociais, econômicos, religiosos ou politicos,
impõem limites ao poder de tributar e encontram-se no art.
150, V, I, alineas a, b, c, d, § 1Q ao § 4Q. Nas situações de
imunidade não ocorrem os fatos geradores das obrigacões
tributárias, ou seja, elas estão fora do campo das hipóteses
de incidência dos respectivos tributos.
40.
As Imunidades Constitucionais~, que não abrangem
todos os tributos, impedem apenas que a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municipios instituam impostos sobre:
a) Patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros2 ;
b) Templos de qualquer culto;
c) Patrimônio, renda ou serviços dos partidos politicos,
inclusive suas Fundações, das entidades sindicais dos
trabalhadores, das instituições de educação e de
assistência sociaIs, sem fins lucrativos. atendidos os
requisitos da lei;
d) Livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua
impressão.
Há outras imunidades especificas que estão colocadas
em outros pontos da Constituição e que vedam a instituição de
impostos nos seguintes casos:
a) Não incidirá IR, nos termos e limites fixados em lei, sobre
rendimentos provenientes de aposentadoria e pensão, pagos
pela previdência social da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municipios, a pessoa com idade superior a
sessenta e cinco anos, cuja renda total seja constituida,
exclusivamente. de rendimentos do trabalho. nos termos do
art. 153. § 2Q. 11;
~ A Imunidade COnstitucional ~lica-se somente aos ~stos. não atingindo as Taxas ou as COntribuições de Melhoria. Tal é eAPlicado pelo caráter de contr~restação desses tributos. COnseqüentemente, estar-se-ia processando uma verdadeira transferéncia de renda contrariamente à entidade tributante que estivesse oferecendo o serviço público em favor daquela que o estivesse recebendo.
2 Esta é a chamada Imunidade Reciproca. s SACHA CAIJ10N CXJEIJIO chama atençlIo para o fato da
"aBsisténcia soo1a1", estar ~regada em sentido amplo, também às Entidades de Previdéncia Privada.
eAPressão abrangendo
41.
b) Não incidirá o IPI sobre aqueles produtos industrializados
destinados ao exterior, nos termos do art. 153, § 3Q, 111;
c)
d)
Não incidirá o ITR sobre pequenas glebas rurais, definidas
em lei, quando as explore, só ou com sua familia, o
proprietário que não possua outro imóvel, nos termos do
art. 153, § 4Q, IH;
Não incidirá o ICMS sobre: a) operações que destinem ao
exterior produtos industrializados, excluidos os
semi-elaborados definidos em lei complementar; b) operações
que destinem a outros Estados petróleo, inclusive
lubrificantes, combustiveis liquidos e gasosos dele
derivados, e energia elétrica; c) o ouro, quando definido
como ativo financeiro ou instrumento cambial. Nos termos do
art. 155, § 2Q, X, a, b e c;
e) Não incidirá o ITBI sobre a transmissão de bens e direitos
incorporados ao patrimônio de pessoa juridica em realização
de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos
decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de
pessoa juridica, salvo se, nesses casos, a atividade
preponderante do adquirente for a compra e venda desses
bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento
mercantil, nos termos do art. 156, § 2Q, I.
111.5. OS IMPOSTOS DA UNIAO
Conforme estabelecem os art. 153 e 154 da
Constituição Federal, compete à União instituir impostos
sobre:
I - Importação de Produtos Estrangeiros (11). Esse imposto
tem como fato gerador a entrada de mercadoria de
42.
procedência estrangeira no territ6rio nacional, assim
entendida não s6 a mercadoria produzida ou originária de
pais estrangeiro, como também a mercadoria nacional,
saida em caráter definitivo, que retorna do exterior;
11 - Exportação (IH), para o exterior, de produtos nacionais
ou nacionalizados. Esse imposto tem como fato gerador a
saida de mercadoria nacional ou nacionalizada do pais;
111 - Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR),
entendendo-se como renda o produto do capital ou do
trabalho, ou ainda, da combinação de ambos, e de
proventos como sendo os acréscimos patrimoniais não
compreendidos como renda. Esse imposto tem como fato
gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou
juridica de renda ou proventos de qualquer natureza;
IV - Produtos Industrializados (IPI), incidente sobre
produtos industrializados nacionais ou estrangeiros.
Considera-se industrializado o produto que resulte de
qualquer transformação que lhe modifique a natureza, o
funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a
finalidade, ou ainda, que o aperfeiçoe para o consumo.
Esse imposto tem como fato gerador o desembaraço
aduaneiro do produto de procedênCia estrangeira ou a
saida do estabelecimento industrial, ou eqUiparado a
industrial, no caso de produto nacional;
V - Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativa a
Titulos e Valores Mobiliários (IOF), incidente sobre as
operações realizadas por instituicões financeiras,
companhias seguradoras e corretores de titulos e valores
mobiliários. Esse imposto tem como fato gerador: a)
quanto às operações de crédito, a entrega dos recursos
43.
monetários ou a sua colocação à disposição dos
detentores de sua titularidade; b) no tocante às
operações de seguro, o recebimento total ou parcial do
prêmio pela companhia seguradora; c) quanto às operações
de câmbio relativas a importações, a liquidação dos
contratos de câmbio; d) quanto às operações com titulos
e valores mobiliários, a compra e venda financiada dos
referidos titulos, seja na emissão, na transmissão ou no
resgate dos mesmos1 ;
VI - Propriedade Territorial Rural (ITR). Esse imposto tem
como fato gerador a propriedade, o dominio útil ou
aposse do imóvel por natureza, assim entendido aquele
localizado fora da zona urbana;
VII - Grandes Fortunas, nos termos de lei complementar (IGF).
Esse imposto ainda não foi instituido mas deverá ter
como fato gerador a propriedade de grandes fortunas,
assim definidas em lei, a exemplo do que já ocorre em
outros paises;
Compete também à União, dentro da área dos
Territórios Federais, os impostos atribuidos aos Estados e, se
o Território não for dividido em Municipios, os imPostos
municipais.
A Constituição de 1988 manteve a competência
tributária residual em favor exclusivo da União, em seu
:1. O Ouro, guando definido em lei oomo ativo finanoeiro ou instI'l111lento oambial sujeitar-se-á, e~lusivamente, à inoidénoia do IOF na operação de origem. A aliguota minima foi fixada em 1%, sendo assegurada a transferenoia do montante arreoadado da seguinte forma: 30% PlU'S o Estado, o Distrito Federal ou o Território, oonfor1lJe a origem; e 70% PlU'a o bUnioipio de origem.
44.
art. 154, onde define-se que esta, mediante lei complementar,
poderá instituir impostos não previstos na Constituição, desde
que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de
cálculo próprios daqueles enumerados na Constituição. Cria,
ainda, a figura do Imposto Extraordinário para a situação de
guerra externa ou sua iminência,
competência tributária federal,
compreendidos ou não na
o qual será suprimido
gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
A União pode instituir Contribuições Parafiscais,
tendo em vista a intervenção no dominio econômico ou o
interesse de categorias profissionais e para atender
diretamente à parte da União no custeio dos encargos da
Previdência Social. Além disso, compete à União, mediante lei
complementar, a instituição de Empréstimos Compulsórios para
atender a despesas com calamidades públicas, situações de
guerra e investimento público de caráter urgente e de
relevante interesse nacional.
III.6. OS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL
Compete aos Estados e ao Distrito Federal, de acordo
com o art. 155 da Constituição, instituir impostos sobre:
I - Transmissão causa mortis e Doação, de quaisquer Bens ou
Direitos (ITD). Esse imposto tem como fato gerador a
transmissão causa mortis e por doação de bens e imóveis,
assim definidos na lei civil, de direitos sobre imóveis
e de titulos, créditos, ações, quotas, valores e outros
bens móveis de qualquer natureza, bem como os direitos
reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como
45.
sobre a cessão de direitos a ele relativos. O ITD, que
tem suas aliquotas máximas fixadas pelo Senado Federal,
compete ao Estado ou ao Distrito Federal onde o imóvel
estiver situado, não sendo cobrado sobre a doação de bem
móvel sobre o qual já incida o ICMS. Relativamente aos
bens móveis, titulos e créditos, compete ao Estado, ou
ao Distrito Federal, onde se processar o inventário ou
arrolamento, ou tiver domicilio o doador;
II - operações relativas à Circulação de Mercadorias e às
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação (ICHS)1. Esse imposto
tem como fato gerador as operações relativas à
circulação de mercadorias e aos serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicações, essas
últimas ainda que efetuadas dentro dos limites de um
mesmo Municipio. Com a extinção dos antigos impostos
únicos, passou a incidir também sobre os as operações
relativas a minerais, combustiveis e energia elétrica. g
não-cumulativo e poderá ser seletivo, em função da
mercadoria ou da essencialidade do serviço. Incide,
também; sobre a entrada de mercadoria provenientes do
exterior, cabendo ao Estado onde se situar o
estabelecimento do destinatário da mercadoria ou
serviço;
111 - Propriedade de Veiculos Automotores (IPVA) , incidindo
sobre os veiculos registrados e licenciados em seu
território. Esse imposto tem como fato gerador a
propriedade dos veiculos mencionados anteriormente.
~ Resoluç~o do Senado Federal estabelece as aliquotas ~licáveis às operações e prestações, interestadUais e de ~rtaç~o.
46.
Os Estados e o Distrito Federal
instituir Imposto Adicional, de até 5%, sobre o
pago à União, por pessoas fisicas ou juridicas
também pOdem
IR que for
domiciliadas
nos respectivos territórios, incidente sobre os lucros, ganhos
e rendimentos de capital. Esse imposto tem como fato gerador o
recolhimento na fonte do imposto de renda federal sobre ganhos
de capital, não incidindo sobre a retenção na fonte de imposto
de renda sobre o trabalho ou sobre proventos de aposentadoria.
Os Estados e o Distrito Federal podem instituir
contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em
beneficio destes, de sistemas de preVidência e assistência
social.
111.7. OS IMPOSTOS DOS HUNICIPIOS
Compete aos Municipios, segundo
instituir impostos sobre:
o art. 156,
I - Propriedade Predial e Territorial Urbana ( IP'l'U) ,
incidente tanto sobre a propriedade territorial, quanto
sobre a urbana, podendo ser progressivo, nos termos de
lei muniCipal, de forma a assegurar o cumprimento da
função social da propriedade. Esse imposto tem como fato
gerador a propriedade, o dominio útil ou a posse de bem
imóvel por natureza (ex: um terreno não edificado) ou
por acessão fisica (ex: uma construção em um imóvel)
localizado na zona urbana do municipio;
11 - Transmissão inter vivos, a qualquer titulo de, por ato
oneroso, de Bens Imóveis (IT.BI), por natureza ou acessão
47.
física, e de Direitos Reais sobre Imóveis, exceto os de
garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição.
Esse imposto é de competência do Município em que se
situa o imóvel transmitido ou sobre o qual versarem os
direitos cedidos, tendo como fato gerador as operações
de transmissão inter vivos descritas anteriormente. Não
incide o ITBI sobre a transmissão de bens ou direitos
incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em
realização de capital;
111 - Vendas a Varejo de Combustíveis Líquidos e Gasosos,
exceto óleo diesel (IVVC). Esse imposto tem como fato
gerador a venda a varejo de combustíveis, não incidindo
sobre lubrificantes, não excluindo a incidência do ICMS
sobre a mesma operação. Foi criado pela Constituição de
1988 em substituição ao antigo Imposto Onico sobre
Lubrificantes e Combustíveis Líquidos e Gasosos. Seu
fato gerador inclui a venda a varejo de combustíveis que
integrem qualquer outro produto como matéria-prima;
IV - Serviços de Qualquer Natureza (ISS), não compreendidos
no campo de incidência do ICMS, definidos em lei
complementar. Esse imposto tem como fato gerador a
prestação dos serviços elencados pela lei complementar,
considerando-se o local da prestação do serviço como
sendo o do estabelecimento ou domicílio do prestador ou,
no caso da construção civil, o lugar onde se efetivar a
obra. Estão isentos do imposto a execução dos serviços
por administração, empreitada de obras hidráulicas ou de
construção civil e os respectivos serviços de engenharia
consultiva, quando contratados com a União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, autarquias e empresas
48.
concessionárias de serviços públicos1 .
Os Municípios, a exemplo dos Estados e do Distrito
Federal podem instituir contribuição, cobrada de seus
servidores, para o custeio, em benefício destes, de sistemas
de previdência e assistência social.
111.8. A REPARTIC1\O DAS RECEITAS TRIBUTARIAS
A complexa participação entre as diferentes
entidades tributantes nas receitas umas das outras,
provenientes da Constituição de 1967 e suas Emendas, foi
mantida pela atual Carta Magna e, em certos pontos, até
ampliado. Tais participações apresentam a distribuição entre
as diversas entidades federadas, conforme está mostrado
abaixo.
I - A União entregará:
a) A totalidade (100%) do Imposto de Renda e Proventos de
qualquer Natureza (IR) aos Estados, ao Distrito Federal
e aos Municípios, incidentes na fonte, sobre
rendimentos pagos a qualquer título, por ele, suas
autarquias e fundações que instituírem e mantiverem;
b) Cinqüenta por cento (50%) do Imposto Territorial Rural
(ITR)aos Municípios onde estiverem situadas as
propriedades rurais dele contribuintes;
c) Vinte por cento (20%) do produto da arrecadação dos
2 Da mesma forma que o IVVC, o ISS tel1l suas aliquotas máxilllas fixadas por lei co~lementar e não incide sobre os serviços que se destinam ao exterior.
49.
impostos que venha a instituir no exercicio da
competência residual;
d) Quarenta e sete por cento (47%) do produto da
arrecadação do Imposto de Renda (IR)mais o Imposto
sobre Produtos Industrializados (IPI), sendo vinte e um
inteiros e cinco décimos por cento (21,5%) para o Fundo
de Participação dos Estados e do Distrito Federal
(FPE); vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento
(22,5%) para o Fundo de PartiCipação dos Municipios
(FPM); e três por cento (3%) para aplicação em
programas de financiamento ao setor produtivo das
Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas
instituições financeiras de caráter regional, de acordo
com o os planos regionais de desenvolvimento, ficando
assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos
recursos destinados à Região, na forma que a lei
estabelecer1 ;
e) Dez por cento (10%) do produto da arrecadação do
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) aos
Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao
valor das respectivas exportações desses produtos.
Entretanto, a nenhuma entidade federada poderá ser
destinada parcela superior a vinte por cento (20%) do
montante a ser transferido como compensação de
exportação de produtos industrializados, devendo o
eventual excedente ser distribuidos entre os demais
participantes, mantido, em relação a esses, a
~ Para efeito de cálculo das percent~ens destinadas aos FUndos de Participação do GOverno Federal, excluir-se-ão as parcelas arrecadadas como Imposto de Renda retido na fonte pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos ~icfpios.
50.
proporcionalidade sobre suas exportações.
11 - Os Estados entregarão:
a) Vinte e cinco por cento (25%) do total arrecadado pelo
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual,
Intermunicipal e de Comunicações (ICMS) aos
Municipios. Cada municipio receberá um minimo de três
quartos na proporção do valor adicionado nas operações
realizadas em seus respectivos territórios, e no
máximo de um quarto conforme dispuser lei estadual, ou
no caso de Território Federal, lei federal;
b) Cinqüenta por cento (50%) da arrecadação do Imposto
sobre a Propriedade de Veiculos Automotores (IPVA) aos
Municipios onde estiverem registrados e licenciados os
veiculos;
c) Vinte e cinco por cento (25%) da quota de rateio do
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
destinados à exportação aos Municipios,
critérios de distribuição do Imposto sobre
de Mercadorias e sobre Prestações de
conforme os
Circulação
Serviços de
Transporte Interestadual, Intermunicipal e de
Comunicações (ICMS), sendo o minimo de três quartos e
o máximo de um quarto, conforme lei estadual.
A Constituição de 1988 vedou a retenção ou qualquer
restrição, por parte do Governo Federal, à transferência dos
recursos provenientes dos Fundos de Participação aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municipios. Tal vedação, contudo,
não impede a União de condicionar a entrega de recursos ao
pagamento de seus créditos junto
federadas.
às outras
51.
entidades
o Tribunal de Contas da União (TCU) continuou como o
responsável pelo cálculo das quotas referentes aos Fundos de
Participação do Governo Federal, conforme o texto
constitucional anterior.
Continuou a existir a obrigatoriedade constitucional
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
divulgarem, até o último dia do mês subseqüente ao da
arrecadação, o montante de cada um dos tributos arrecadados,
os recursos recebidos, os valores de origem tributária
entregues e a entregar e a expressão numérica dos critérios de
rateio. Os dados divulgados pela União devem ser discriminados
por Estado e por Municipio; e os dados divulgados pelos
Estados, por Município. Anteriormente, nem o Distrito Federal
e nem os Municípios eram obrigados a publicar suas fontes
tributárias próprias ou oriundas de transferências, somente a
União e os Estados.
Nas páginas seguintes serão apresentados os quadros
(111.1) e (111.2) com todos os impostos de competência de cada
entidade tributante e com a parcela de receita que cada uma
tem que entregar à outra, conforme preconiza a Constituição de
1988, assim como uma comparação com a anterior.
52.
NOVO 1~1u CONSTITUCIONAL
TRIBUTOS União Estados, DF e Munic1pios Território"
I - UNIlI.O
L IR 53% 21,5%(8.) 22,5%(") 2. IPI 43% 29,O%Cb) 25,0%Cb) 3. IOF 100%Cc) 4. II 100% 5. IE 100% 6. ITR 50% 50,0% 7. IGF 100%
II - ESTADOS, DF e TERRITóRIOS
8. ICMS 75% 25% 9. IPVA 50% 50%
10. ITD 100% 11. Adic.até 5% IR 100%
III - MUNICIPIOS
12. ISS 100% 13. IPl'U 100% 14. ITBI 100% 15. IVVC 100%
Ca) Corresponde à: 21,5% do FPE e 22,5% do FPM (os 3% para financiamento do setor produtivo no NO/NE/OO não estão incluidos).
Cb) Corresponde à: 21,5% do FPE somado à 7,5% referente à exportação de manufaturados; 22,5% do FPM somado à 2,5 pela exportação de manufaturados.
Cc) O ouro ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se ao IOF. Nesse caso o produto da arrecadação será distribuido da seguinte forma:' 30% para Estados, DF ou Território de origem e 70% para o Municipio. '
Nota: Pertencem ainda aos Estados, DF e Municípios o produto do IR fonte sobre os rendimentos por eles pagos, assim como os de suas autarquias e fundações. A União poderá, ainda, instituir Contribuições Sociais, Econômicas e de categorias profissionais ou econômicas, Impostos Extraordinários, Empréstimos compulsórios, Taxas e Contribuições de Melhoria sem dividir o produto da arrecadacão com os Estados e Municípios. Entretanto, para outros impostos que venha a instituir deverá entregar 20% aos Estados. Esses, e também os Municípios, poderão instituir Contribuicões de seus servidores, Taxas e Contribuições de melhoria.
Quadro 111.1 - Competências Tributárias e Distribuição dos Recursos no Novo Texto Constitucional
53.
'l1UBI1l'O (Xl n. (Xl Coçetêncil
U n:' e' tf <m,petêncili
U I e DI tf
IR UNIlIO 67 16(a) 17(b) UNIãO(o) 53 21,5 22,5 IPI UNIãO 67 16(a) 17(b) UNIãO(<I.) 43 29 25 101 UNIl\O 100 - - UNIãO 100 - -II UNIl\O 100 - - UNIãO 100 - -IX UNIl\O 100 - - UNIl\O 100 - -ITR UNIãO - - 100 UNIl\O 50 - 50 IGl - - - - UNIãO 100 - -OlJ'lR)S(G) UNIl\O 100 - - UNIãO 80 20 -IOr/ouro - - - - UNI1\O - 3O(f) 70 IUW UNIãO 40 40 20 E e DF(a) - 75(f) 25 IUBI UNIãO 40 50 10 E e DF(a) - 75(f) 25 IUM UNIãO 10 70 20 E e DF(a) - 75(f) 25 ISC UNIl\O 100 - - E e DF(a) - 75(f) 25 IT UNIl\O 30 50 20 E e DF(a) - 75(f) 25 IQf E e DF - 80 20 E e DF(a) - 75(f) 25 IPVA E e DF - 50 50 E e DF - 50(f) 50 ITD - - - - E e DF - 100(f) -Adic. IR - - - - E e DF - 100(f) -I'l'BI E e DF - 50 50 MUNICIPIOS - 100 ISS MUNICIPIOS - - 100 MUNICIPIOS - - 100 IPl'U MUNICIPIOS - - 100 MUNICIPIOS - - 100 IVVC - - - - MUNICIPIOS - - 100 LKxtraor. UNIl\O 100 - - UNIãO 100 - -Kmpr.Coç. UNIl\O 100 - - UNIãO 100 - -C.Kco/Cat. UNIãO 100 - - UNIl\O 100 - -C.Sociais. UNIãO 100 - - UNIl\O 100 - -
E e DF - 100 -MUNICIPIOS - - 100
TAXaS UNIãO 100 - - UNIl\O 100 - -E e DF - 100(h) - E e DF - 100 -MUNICIPIOS - - 100 MUNICIPIOS - - 100
C.Melhor. UNIl\O 100 - - UNIãO 100 - -E e DF - 100(h) - E e DF - 100 -MUNICIPIOS - - 100 MUNICIPIOS - - 100
(a) Corresponde à 14% do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e 2% do Fundo Especial (FE).
(b) Corresponde ao Fundo de Participação dos Municipios (FPM). (o) Corresponde à 53% da União, 21,5% do FPE e 22,5% do FPM (os 3% para
financiamento do setor produtivo no NO/NE/CO não estão incluidos). (<1.) Corresponde à 43% da União, 21,5% do FPE + 7,5% referente à
exPOrtação de manufaturados e 22,5% do FPM + 2,5% pela exPOrtação de manufaturados (os 3% para financiamento do setor produtivo no NO/NE/CO não estão incluidos).
(e) Outros impostos que venham a ser instituidos pela União. (f) Compreende os Territórios. (a) O fato gerador desses impostos foram incluidos no ICMS. (h) Não compreende os Territórios.
Quadro 111.2 - Quadro Comparativo de Competências e Partilhas Tributárias
CAPITtlI.o IV
HRTODOLOGIA DE ANALISE DOS DADOS
IV.l. INTRODUÇAO
54.
Neste capitulo será feita a apresentação da
metodologia de análise dos dados obtidos sobre os valores da
arrecadação tributária do Municipio do Rio de Janeiro, assim
como das receitas de transferências oriundas tanto do
repasse estadual, quanto do federal.
Os dados sobre as receitas tributárias municipais
dividem-se em dois grupos: Reoeitas Tributárias Próprias e
Reoeitas Tributárias de Transferênoia. Para esses dois
grupos de receitas, os dados obtidos constituem-se de
valores nominais totais mensais. Esses dados sofrerão um
tratamento de atualização monetária e serão acumulados, ano
a ano, para todo o periodo de estudo, isto é, de janeiro de
1986 até dezembro de 1992.
IV.2. HRTODOLOGIA UTILIZADA
O presente capitulo visa a analisar a evolução do
comportamento das diversas receitas tributárias do Municipio
do Rio de Janeiro antes e depoiS da promulgação da
Constituição Federal de 1988. Para tanto, buscou-se avaliar
a evolução dessas receitas durante o intervalo de quatro
anos que sucederam a entrada em vigor dos novos dispositivos
constitucionais, compreendendo os anos de 1989 a 1992. Essas
55.
receitas serão comparadas com aquelas referentes aos anos de
1986 a 1988, anteriores portanto ao novo Sistema Tributário
Nacional. Desta forma, esse estudo estará baseado em um
periodo total de sete anos, sendo três referentes à antiga
divisão do "bolo fiscal" e quatro anos com a nova repartição
das competências tributárias.
Como a intenção básica desse estudo é a
quantificação do impacto dos novos dispositivos
constitucionais sobre as receitas tributárias municipais, em
especial no Municipio do Rio de Janeiro, optou-se pelo
periodo de tempo em questão (1989 a 1992), pelo fato de
haver decorrido apenas quatro exercicios completos após a
entrada em vigor do atual sistema tributário. Para tornar a
comparação mais homogênea, abrangeu-se praticamente o mesmo
número de anos pelo sistema anterior.
Embora a série histórica utilizada possa parecer
de pequena abrangência temporal, a utilização de uma série
muito longa aumentaria sensivelmente a complexidade da
análise, devido à elevada freqüência de alterações na
legislação tributária, podendo, inclusive, mascarar seus
resultados.
Como no per iodo de análise dos dados a sociedade
brasileira enfrentou elevados indices inflacionários anuais,
que ultrapassaram o patamar de 1.000%1, far-se-á necessário
~ A inflaçlfo anual apurada pela FundaçlIo Getúlio Vargas, por IGP-DI, para o periodo foi: 1986, 65%; 1987, 416%; 1988, 1989, 1. 783%; 1990, 1.477%; 1991, 480%; 1992, 1.158%.
meio do 1.038%;
56.
o estabelecimento de parâmetros de comparação para a
conversão dos valores históricos em valores constantes. Em
verdade, devido ao alto grau de deterioração do poder de
compra da moeda nacional pelos elevados indices de inflação,
não faz nenhum sentido a comparação entre os valores
nominais de 1986 (em cruzados) e os de 1992 (em cruzeiros).
Além da questão inflacionária, a economia brasileira
atravessou diversos planos de estabilização econômica,
incluindo até mesmo mudanças no padrão monetário, com a
supressão do número de algarismos1 •
Assim sendo, optou-se pela utilização de dois
parâmetros distintos para a homogeneização da série
histórica: um deflator capaz de gerar uma nova série em
moeda nacional constante; e outro em moeda estrangeira o
dólar americano.
IV.3. A KVOWÇAO DAS RECEITAS EM MOEDA NACIONAL CONSTANTE
Como ressalta MELLO [22J, o Municipio do Rio de
Janeiro, assim como os demais municipios brasileiros, dispõe
de duas parcelas que compõem suas receitas tributárias: uma
referente às receitas arrecadadas pelo próprio municipio; e
outra referente às receitas transferidas pelas esferas
superiores.
~ Em fevereiro de 1986, o Plano Cruzado mudou a moeda nacional, dividindo-a por mil unidades, transfoI'lIlando-a no Cruzado. Da mesma fOI'lIla, em Janeiro de 1989, o Plano Verão institui como padrlIo monetário o Cruzado Novo, resultante de semel1uJnte divisão por mil Ilnidades do antigo Cruzado. Já em março de 1990, o Plano Brasil Novo retornou ao padrão Cruzeiro, mas desta vez não houve o corte de zeros como nos anteriores.
57.
Essas receitas sofrem grandes oscilações ao longo
do ano calendário, tanto em função da legislação que
estabelece datas limites para o recolhimento de tributos
diretos como o IPTU, quanto em função do desempenho das
atividades econômicas que concorrem para o recolhimento de
tributos indiretos, tais como o ICMS e o ISS. De acordo com
DUVERGER [23], classificam-se como diretos os impostos que
incidem diretamente sobre o contribuinte, atingindo seu
capital ou rendimento, sem que a carga tributária possa ser
transferida para terceiros. Em oposição ao anterior,
classificam-se como indiretos os impostos cuja carga
tributária é transferida do contribuinte de direito (aquele
designado na lei fiscal para recolher o tributo) para o
contribuinte de fato (aquele que, embora não esteja
designado na lei fiscal para pagar o tributo, na realidade,
arca com o ônus do seu efetivo pagamento).
IV.3.l. A DATA DE RKFKRKNCIA PARA A COMPARAÇãO EM HOEDA CONSTANTE JANEIRO DE 1993
Através da simples comparação entre as receitas
tributárias ao longo de todo o ano, percebemos que, mesmo em
valores nominais, há maior arrecadação de determinado
tributo uma determinada época. Se tomarmos o exemplo do
IPTU, verificamos que a partir de 1989 o seu recolhimento no
mês de janeiro é muito maior do que em qualquer outro mês.
Como o IPTU é o maior componente da receita tributária
municipal, foi estabelecido o mês de janeiro, do ano de
1993, como a data de referência para fazermos as comparações
entre os diversos tributos, próprios ou transferidos, a
58.
valores constantes em moeda nacional.
IV.3.2. O DEFLATOR UTILIZADO O IGP-DI
Uma vez estabelecida a data de referência para as
comparações em moeda constante, passou-se à procura por um
indice, dentre os inúmeros que são apurados na economia
brasileira como medida da inflação, para fazer-se o
deflacionamento dos valores obtidos em moeda corrente
(Cruzados, Cruzados Novos e Cruzeiros), passando-os para
Cruzeiros constantes de janeiro de 1993.
A opção pelo IGP-DI, Indioe Geral de Preços
Disponibilidade Interna (ver ANEXO I), apurado pelo Instituto
Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getúlio Vargas
(FVG) , deveu-se a vários fatores diferentes.
Inicialmente, este é um indicador
periodicidade mensal, que por longos anos vem
ritmo evolutivo dos preços, como medida
econômico de
registrando o
da inflação
brasileira. Historicamente, este indice procura representar a
evolução dos preços desde 1944, embora sua divulgação date de
1947, tendo como proposta original a medida da tendência
evolutiva dos negócios. Posteriormente, com a introdução
oficial da correção monetária no Brasil, em 1964, ao mesmo
tempo em que crescia a aceleração inflacionária, assistiu-se à
disseminação do uso desse indicador. Desse periodo em diante,
passou-se a utilizá-lo tanto nas Contas Nacionais, como
Deflator do Produto Interno Bruto (PIB), quanto em inúmeras
operações financeiras, em especial nos reajustes contratuais.
59.
Além disso, o IGP-DI é um indice econômico muito
abrangente, tanto em termos de cobertura geográfica, quanto em
termos do dominio de preços. Está estruturado para captar o
movimento geral de preços através de pesquisa sistemática
realizada em todo o território nacional durante o mês
calendário, isto é, do primeiro ao último dia do mês de
referência. Nessa pesquisa, cobre-se todo o processo
produtivo, desde os preços das matérias-primas agricolas e
industriais, passando pelos preços de produtos intermediários
(semi-elaborados), até os bens e serviços finais consumidos
pelas familias.
Desde 1944 até o presente, calculam-se estimativas
mensais dos movimentos dos preços através do IGP-DI, tendo
sido o método de cálculo usado tradicionalmente o mesmo ao
longo de quase cinco décadas. Por isso foi este o indice
escolhido para o deflacionamento das séries em valores de
moeda corrente, uma vez que seu levantamento não foi alterado
pelos diversos Planos de Estabilização Econômica impostos ã
economia brasileira 1 dentro do periodo estudado.
Como os dados obtidos correspondem ao total da
arrecadação acumulada ao longo de todo o mês, em regime de
caixa, doze meses por ano, e não pudemos precisar como foi a
distribuição desses recolhimentos dentro do intervalo de tempo
estipulado, consideramos que o ingresso das receitas deu-se de
Z Alguns indices econômicos que eram utilizados como a medida oficial da inflação sofreram eJqJUI'gos e mudanças em sua metodologias e também seus periodos de coleta da amostra, como no caso do IPC/IBGE. Essas mudanças faziam-se necessárias para a manutenção artificial da inflação em patamares baixos e garantir a "eficácia" desses planos econômicos.
60.
maneira uniforme nas duas metades do mês. Ou seja, tomamos
como uma aproximação que os recolhimentos tenham-se processado
de forma homogênea ao longo dos trinta dias do mês. Dessa
forma, estamos utilizando um deflator cujo per iodo de coleta
coincide com o per iodo de observação das entradas dos recursos
de origem tributária e que está centrado no meio do intervalo
de tempo considerado. Deve-se ressaltar, ainda, que o IGP-DI
identifica a variação média dos preços centrados no dia quinze
de um determinado mês contra aqueles centrados no dia quinze
do mês anterior.
IV.3.3. O DEFLACIONAHENTO DAS SSRIES HISTóRICAS
A etapa seguinte do tratamento dos dados brutos foi
o deflacionamento da série histórica de valores acumulados
mensais referentes às receitas tributárias próprias e de
transferência do Municipio do Rio de Janeiro.
Estipulou-se que ao mês de janeiro de 1993, data de
comparação, seria atribuido o Número-Indice de 100 (cem). Este
número-indice, conforme mostra o quadro (IV.1), cresce para os
meses posteriores e diminui para os anteriores, sendo a sua
taxa de crescimento ou diminuição representada pela inflação
do periodo, apurada pelo IGP-DI do mês de referência.
Dessa forma, foi gerada uma série para esse
número-indice, desde janeiro de 1993 até janeiro de 1986, para
poder-se deflacionar os valores em moeda (Cruzeiro) constante
de janeiro de 1993. Para efeito de atualização desta série de
número-indice, a mesma foi estendida até maio de 1993, sendo
61.
usadas fórmulas diferentes para os cálculos dos valores antes
e depois do mês de referência. Calcula-se o número-indice para
cada mês posterior ao mês de referência janeiro de 1993,
através da seguinte fórmula:
NUM-IND t = NUM-IND t-1 * (1 + IGP-DI t / 100 ) ] onde:
NUM-IND t = NUMERO-Indice no mês de interesse;
NUM-IND t-1 = NUMERO-Indice no mês anterior;
IGP-DI t = Taxa percentual de inflação, pelo IGP-DI, no mês de interesse.
Exemplificando, temos que para o mês de fevereiro de
1993, seu número-indice é 126,51000, resultado da fórmula
abaixo:
NUM-INDfev/93 = NUM-INDjan/93 * ( 1 + IGP-Dlfev/93 / 100 )
NUM-INDfev/93 = 100 * ( 1 + 26,51% / 100 )
NUM-INDfev/93 = 100 * 1,2651 = 126,51000
Já para os meses da série histórica anteriores a
janeiro de 1993, o número-indice é calculado a partir da
seguinte expressão:
[ NUM-IND t = NUM-IND t+1 / (1 + IGP-DI t+1 / 100 )
onde:
NUM-IND t = NUMERO-Indice no mês de interesse
NUM-IND t+1 = NUMERO-Indice no mês posterior
IGP-DI t+1 = Taxa percentual de inflação, pelo IGP-DI, no mês posterior
62.
Exemplificando, temos que para o mês de dezembro de
1992, seu número-indice é 78,98769, resultado da fórmula
abaixo:
NUM-INDdQz/92 = NUM-INDjan/93 / ( 1 + IGP-Dljan/93 / 100 ) ,
NUM-INDdez/92 = 100 / ( 1 + 27,84% / 100 )
NUM-INDfêv/93 = 100 / 1,2784 = 78,98769
Na página seguinte, encontra-se apresentado o quadro
(IV.1) utilizado para a conversão dos dados brutos em moeda
corrente para valores em moeda constante, desde janeiro de
1986 até dezembro de 1992.
Assim sendo, passamos agora a dispor de uma nova
série de valores acumulados mensais de receitas tributárias
próprias e de transferência para o Municipio do Rio de
Janeiro. Depois de haverem sido geradas essas séries mensais
em moeda constante, passou-se à totalizacão anual dos
recolhimentos, uma vez que dispomos de novos valores
monetários referenciados ao mesmo instante de tempo.
63.
-----------------------------.------------------ --------_.--------------------------------------
Indice Geral de Precos Indice Geral de Precos Disponibilidade Interna - IGP.DI Disponibilidade Interna - IGP.DI
------------------------------------------------ ------------------------------------------------VARIACAO m NU"ERO VARIACAO (ti NUMERO
Per iodo ---------------------- INDICE Per iodo ------------------.--- INDICE NO "ES NO ANO (JAN/93=1001 NO "ES NO ANO (JAN/93=1001
----------------------------.------------------- ---.--------------------------------------------
1986 0,000053381 1990 0,548691134
JAN 17,788 17,79 0,000043607 JAN 71,90 71,90 0,116048607 FEV 14,979 35,43 0,000050139 FEV 71,68 195,11 0,199226902 MAR 5,523 42,91 0,000051908 "AR 81,32 435,09 0,361235888 A8R (0,5821 42,08 0,000052600 A8R 11,33 495,73 0,402173570 MAl 0,320 42,53 0,000052768 MAl 9,08 549,82 0,438690930 JUN 0,528 43,29 0,000053047 JUN 9 02 608,42 0,478246635 JUL 0,632 44,19 0,000053383 JUL 12;98 700,35 0,540311 083 AGO 1,332 46,11 0,000054094 AGO 12,93 803,83 0,610173250 SET 1,093 47,11 0,000054685 SET 11,72 909,72 0,681655122 OUT 1,386 49,76 O 000055443 OUT 14,16 1.052,69 0,778171912 NOV 2,455 53,44 0;000056804 NOV 11,45 1.253,86 0,913980508 DEZ 7,558 65,03 0,000061098 DEZ 16,46 1.476,64 1,064378604
1987 0,000173402 1991 2,824196778
JAN 12,038 12,04 0,000068452 JAN 19,93 19,93 1,216550842 FEV 14,106 27,84 0,000078108 FEV 21,11 45,25 1,546000876 "AR 14,997 47,01 0,000089822 MAR 7,25 55,77 1,658031490 ABR 20,080 16,53 0,000107858 A8R 8,74 69,39 1,802927299 MAl 27,583 125,23 0,000137608 MAl 6,52 80,44 1,920568221 JUN 25,872 183,50 0,000113210 JUN 9,86 98,23 2,109961666 JUL 9,332 209,95 0,000189374 JUL 12,83 123,66 2,380633679 AGO 4,498 223,89 0,000197892 AGO 15,49 158,31 2,149374676 SET 8,018 249,86 0,000213759 SET 16,19 200,14 3,194614341 OUT 11.148 288,87 0,000237589 OUT 25,85 271 ,72 4,020328714 NOV 14;410 345,14 0,000271968 NOV 25,76 375,02 5,056061669 DEI 15,890 415,87 0,000315183 DEI 22,14 480,18 6,175307864
1988 0,001360626 1992 30,82301
JAN 19,14 19,14 0,000375519 JAN 26,84 26,84 1,83283 FEV 17,65 40,17 0,000441780 FEV 24,79 58,29 9 71490 "AR 18,16 65,62 0,000522020 MAR 20,70 91,06 11,79840 A8R 20,33 99,30 0,000628155 A8R 18,54 126,48 13,98612 MAl 19,51 138,18 0,000150709 MAl 22,45 177 ,32 17 ,12545 JUN 20,83 187,80 0,000901084 JUN 21,42 236,71 20,79308 JUL 21,54 249,78 0,001l02m JUL 21,69 309,75 25,30353 AGO 22,89 329,86 0,001354858 AGO 25,54 414,41 31,16622 SET 25,76 440,59 0,001703847 SET 27,37 555,22 40,46214 OUT 27,58 589,71 0,002173839 OUT 24,94 718,63 50,55264 NOV 27,97 782,61 0,002181845 NOV 24,22 916,94 62,79890 DEZ 28,89 1.037 ,~6 0,003~8~4Q2 DEI 23,70 1.157,94 77 ,68197
1989 0,019319142 1993 281,56521
JAtl 36,~6 36,56 0,004896111 JAN 28,13 28,73 100,00000 FEV 11,80 52,68 0,005414064 FEV 26,51 62,86 126,51000 MAR 4,23 59,13 0,00~705494 MAR 27,81 108,15 161,69243 A8R 5,17 67,36 0,006000444 A8R 28,21 166,86 207,30587 MAl 12,76 88 71 0,0067b5995 "AI 32,27 252,98 274,20347 JUN 26,76 139:22 O,008m892 JUN 30,72 361,42 358,43877 JUL 37,88 229,84 0,011825973 JUL 0,00 361,42 358,43877 ASO 36,48 3~0,16 0,016140221 AGO 0,00 361,42 3~8,43877 SET 38,92 ~25,36 0,022421700 SET 0,00 361,42 358,43877 OUT 39,70 773,62 0,031322759 OUT 0,00 3bI ,42 358,43877 NOV 44,27 1.160,41 0,045190684 NOV 0,00 361,42 3~8,43877 DEZ 49,39 I. 782, 90 0,0b7509370 DEI 0,00 361,42 358,43877
----------------------_.------------------------ ------------------------------------------------Fonte: Centro de Estatistica - IBRE/F6V. Fonte: Centro de Estatistica - IBREIF6V.
O 16P-DI corresponde a aedia ponderada O IGP-DI cor responde a media pDnderada IPA·DI, do IPC (RJ e SPI e do INCe, IPA-DI, do IPC (RJ e SPI e do INCC, COI pesos de 60I, 301 e 101, co. pesos de 601, 301 e 10X, respectivamente. respectivamente.
------------------------------------------------ ------------------------------------------------
Quadro IV.1 - Número-Indice para IGP-DI com Ba.se=100 em Janeiro de 1993
64.
IV.4. A KVOWCA.O DAS RECEITAS EM DóLAR AMERICANO
o emprego do dólar americano como referência de
valor deveu-se a sua larga utilização como parâmetro de
comparação entre as finanças nacionais públicas e privadas,
assim como a partir dele poderemos ter uma ordem de grandeza
real do total arrecadado pelo Municipio do Rio de Janeiro.
Tendo em mente que nosso intervalo de tempo
utilizado nesse estudo é o mês calendário, utilizou-se uma
série histórica de cotações oficiais/comerciais 1 do câmbio
referente ao dólar americano médio mensal entre a compra e
venda, ou seja, centrado no dia 15 (quinze) de cada mês, da
mesma forma como foi feito para o IGP-DI.
Inicialmente a moeda americana foi tida como
constante, ou seja, sem levarmos em conta a sua desvalorização
interna a inflação americana. Foi utilizado o dólar
americano corrente, com seu valor histórico em cada mês
considerado, obtendo-se uma série de valores da arrecadação
total mensal em dólares correntes.
Como o periodo de estudo abrange uma faixa de anos
em que houve um acúmulo considerável de desvalorização interna
no dólar, passamos então a levar em conta, também, a inflação
americana. Da mesma forma como foi feito para deflacionarmos o
cruzeiro, consideramos a elevação dos preços nos Estados
~ A partir de mlU'ço de 1993, COl/l a decretaçlIo do Plano Brasil Novo e a conseqGente desregulSlZlentaçlIo da economia brasileira, foi extinta a cotaçlIo oficial e P8BBOU a vigorlU' a cotaçlIo do câmbio comercial.
65.
Unidos, através do Indice de Preços ao Consumidor (CPI)
podendo-se então gerar uma série de nÚIDeros-indices semelhante
àquela obtida através do IGP-DI.
Todavia, como não se dispunham dos dados mensais da
inflação americana, e como seus valores anuais não são
elevados, estimou-se que o total anual processou-se de maneira
uniforme ao longo de todos os meses do ano. Logo, o valor do
deflator mensal usado corresponde à média geométrica de 12
(doze) meses referentes à inflação efetivamente apurada,
calculando-se o valor mensal da inflação com a seguinte
fórmula:
I INFUSA t = { (1 + CPI a ) 1/12 } 1 ] onde:
INFUSA t = Inflação Americana para o mês de interesse;
CPI a = Inflação Americana para o ano de interesse.
Da mesma forma como fora feito com a série de
valores em cruzeiro constante de janeiro de 1993,
acumularam-se os novos valores do total mensal em dólar
constante da mesma data, gerando-se assim as novas séries em
dólar americano constante de janeiro de 1993. Nas próximas
páginas, estão apresentados o quadro (IV.2) com as cotações
médias históricas do dólar americano e, em seguida, o quadro
(IV.3) com o nÚIDero-indice de seu deflacionamento.
1 ,
~ Os valores da inflação americana foram foram obtidos a partir dos dados do CoIlBUl1Jer Price Index, constante da publlcaçlIo INTERNATIONAL FINANCIAL STATISTICS do Fundo 110netári0 Internacional. O último volUDle consultado corresponde ao mês de janeiro de 1993.
66.
----------------------.------------------.------ ---------------------------.---._---------------
Co taca0 Historica do Dolar Oficial/Colercial Cotacao Historica do Dolar Oficial/Comercial Yalores Medios Mensais entre Compra e Venda Yalores "edios Mensais entre Compra e Venda -----------------------.------------------------ ---------_.---------.-.-.----------------------.
YARIACAO m Cotacao YARIACAO UI Cohcao Per iodo ._--------------._------ Media Periodo ------------------------ Media
NO m NO ANO ( Czn NO "ES NO ANO ( Cr$ I ------------------------------------------------ --------------------------.-----.---------------
1981> 13,1>2 1990 1>8,10
JAN 14,10 14,10 11,28 JAN 54,59 54,59 14,278 FEY 15,21 31,45 13,00 FEY 1>5,10 155,54 23,1>02 MAR 1>,22 39,1>2 13,81 MAR 5B,21> 304,43 37,354 ABR 0,00 39,62 13,81 ABR 27,42 415,33 47,591> MAl 0,00 39,1>2 13,81 MAl 9,43 41>3,93 52,085 JUN 0,00 39,1>2 13,81 JUN 9,45 517,21 57,006 JUL 0,00 39,1>2 13,81 JUL 16,46 biS, 77 66,386 ASO 0,00 39,62 13,81 ASO 7,82 675,01 71,580 SEr 0,00 39,62 13,81 SEr 5,28 715,89 75,356 OUT 0,94 40,94 13,94 OUT 25,91 927,26 94,878 NOY 0,99 42,33 14,07 NOV 29,43 1.229,60 122,802 DEZ 3,11 46,75 14,51 DEZ 25,63 1.570,41 154,279
1987 39,14 1991 ló,83 405,96
JAN 7,92 7,92 15,66 JAN 23,94 23,94 191,215 FEV 15,53 24,68 18,09 FEV 15,67 43,36 221,175 MAR 15,83 44,41 20,95 MAR 4,26 49,47 230,595 ABR 12,B6 1>2,98 23,65 A8R 9,31> 63,46 252,180 MAl 29,84 111,62 30,71 MAl 8,01 76,55 272,380 JUN 28,13 171,14 39,34 JUN 9 22 92,82 297,485 JUL 13,93 208,90 44,82 JUl 10;51> 113,19 328,905 ASO 4,89 224,00 47,01 ASO 12,70 140,25 370,660 SET 5,80 242,81 49,74 SET 15,69 177 ,94 428,800 OUT 7,10 21>7,15 53,27 OUT 35,87 277,1>2 582,m NOV 11,Ql 307,59 59,14 NOV 26,33 377,04 735,9ó5 DEZ 13,82 363,91 67,31 DEZ 30,39 521,99 959,605
1988 261,73 1992 4.500,39
JAN 15,08 15,08 77 ,46 JAN 23,71 23,71 1.187,08 FEV 11>,98 34,62 90,62 FEV 23,91 53,28 1.470,87 MAR 17,94 58,77 106,87 "AR 22,15 87,23 1.791>,66 ABR 17,31 86,25 125,37 ABR 22,12 128,64 2.194 ,01 "AI 19,85 123,23 150,26 MAl 19,31 172,78 2.m ,58 JUN 18,,7 11>4,23 177 ,86 JUN 20,1>7 229,17 3.15B,72 JUl 21,04 219,83 215,29 JUl 20,81 297,66 3.815,94 ASO 23,90 291>,27 2óó,74 ASO 22,09 385,49 4.658,75 SEI 22,00 383,45 325,42 SET 23,48 499,48 5.752,1>0 OUT 21>,20 510,09 410,67 OUT 24,98 649,23 7.189,1>3 NOV 27,80 679,70 524,84 NOV 25,17 B37 ,84 8.999,1>0 DEI 27,53 894,39 61>9,36 DEZ 24,04 1.01>3,,2 11.163,25
1989 HCz$ 2,83 1993 37.1>50,72
JAN 34,1>1 34,61 0,901 JAN 25,33 25,33 13.991,27 FEY 10,71 49,02 0,998 fEV 29,60 62 44 IB.133,24 "AR 0,00 49,02 0,998 MAR 24,04 101;49 22.493,32 ABR 1,50 51,26 1,013 ABR 21>,23 154,35 28.393,20 "AI B"O 63,81 1,097 "AI 30,05 230,78 36.925,85 JUN 21,66 99,30 1,334 JUN 28,39 324,70 47.410,25 JUl 43,14 185,27 1,910 JUl 0,00 324,70 47.410,25 AGO 29,30 21>8,81> 2,469 ASO 0,00 324,70 47.410,25 SET 32,00 ,86,BB 3,259 SET 0,00 324,70 47.410,25 OUT 37,43 569,15 4,479 OUT 0,00 324,70 47 .410,25 NOV 39,15 B31,12 6,233 NOV 0,00 324,70 47.410,25 DEZ 48,19 1.279,83 9,m DEZ 0,00 324,70 47.410,25
------------------------------------------------ ------------------------------------------------Fonte: Banco Central Fonte: Banco Central
ElETROBRAS - Resenha Estatistica ElETROBRAS - Resenha Estatistica Boletins de 1981> a 1992. Boletins de 1986 a 1992.
------------------------------------------------ ------------------------------------------------
Quadro IV_2 - Cotações Médias Históricas do Dólar Americano
67.
--------------------------------------------- ---------------------------------------------Indice Seral de Precos Indice Seral de Precos Eslados Unidos da Aierica - CPI-USA Estados Unidos da Alerica - CPI-USA --------------------------------------------- ---------------------------------------------
VARIACAO (X) NUMERO VARIACAO (X) NUMERO Per iodo -------------------- INDICE Periodo -------------------- INDICE
NO MES NO ANO (JAN/93=100) NO MES NO ANO (JAN/93=100) --------------------------------------------- ---------------------------------------------
1986 77,11554 1990 90,46428
JAN 0,16 0,16 76,45203 JAN 0,44 0,44 88,29961 FEV 0,31 0,16 76,57204 FEV 0,88 0,44 88,68m MAR 0,47 0,16 76,69223 MAR 1,32 0,44 89,07700 ABR 0.63 0,16 76,81262 ABR 1,77 0,44 89,46825 MAl 0;79 0,16 76,93319 MAl 2,22 0,44 89,86122 JUN 0,95 0,16 77 ,05396 JUN 2,66 0,44 90,25592 JUL 1,10 0,16 77 ,17491 JUL 3,12 0,44 90,65236 ASO 1,26 0,16 77 ,29605 ASO 3,57 0,44 91,05053 SfT 1,42 o,a 77 ,41738 SET 4,02 0,44 91,45045 OUT 1,58 0,16 77 ,53891 OUT 4,48 0,44 91,85213 NOV 1,74 0,16 77,66062 NOV 4,94 0,44 92,25558 OEl 1,90 0,16 77,78252 DEZ 5,40 0,44 92,66079
1987 79,33276 1991 94,80514
JAN 0,30 0,30 78,01838 JAN 0,35 0,35 92,98646 FEV 0,61 0,30 78,25495 FEV 0,70 0,35 93,31327 "AR 0,91 0,30 78,49224 "AR 1,06 0,35 93,64123 A8R 1,22 0,30 78,73025 ABR 1,41 0,35 93,97034 "AI 1,53 0,30 78,96898 MAl 1,77 0,35 94,30061 JUN 1,83 0,30 79,20843 JUN 2,13 0,35 94,63203 JUL 2,14 0,30 79,44861 JUL 2,49 0,35 94,96463 ASO 2,45 0,30 79,68952 ASO 2,85 0,35 95,29839 SfT 2,76 0,30 79,93116 SET 3,21 0,35 95,63332 OUT 3,07 0,30 80,17353 OUT 3,57 0,35 95,96944 NOV 3,39 0,30 80,41663 NOV 3,93 0,35 96,30673 OEZ 3,70 0,30 80,66048 DEZ 4,30 0,35 96,64521
1988 82,39765 1992 98,31233
JAN 0,33 0,33 80,92454 JAN 0,26 0,26 96,89922 FEV 0,66 0,33 81,18946 FEV 0,53 0,26 97,15391 MAR 0,99 0,33 81,45526 "AR 0,79 0,26 97,40926 ABR 1,32 0,33 81,72192 ABR 1,06 0,26 97,66529 "AI 1,65 0,33 81,98946 MAl 1,32 0,26 97,92198 JUN 1,98 0,33 82,257B7 JUN 1,59 0,26 98,17936 JUL 2,31 0,33 82,52716 JUL 1,85 0,26 98,43740 ASO 2.65 0,33 82,79733 ASO 2,12 0,26 98,69b13 SfT 2;99 0,33 83,06839 SET 2,39 0,26 98,95554 OUT 3,32 0,33 B3,34033 our 2,66 0.26 99,21563 NOV 3,66 0,33 83,61317 NOV 2,93 0;26 99,47640 DEZ 4,00 0,33 83,88690 OEZ 3,20 0,26 99,7:1786
1989 86,05233 1993 100,24093
JAN 0,39 0,39 84,21528 JAN 0,26 0,26 100,00000 FEV 0,78 0,39 84,54495 FEV 0,26 0,00 100,26283 MAR 1,18 0,39 84,87591 MAR 0,26 0,00 100,26283 A8R 1,58 0,39 85,20817 ABR 0,26 0,00 100,26283 "AI 1,97 0,39 85,54172 MAl 0,26 0,00 100,26283 JUN 2,37 0,39 85,87659 JUN 0,26 0,00 100,26283 JUL 2,77 0,39 86,21276 JUL 0,26 0,00 100,26283 ASO 3,17 0,39 B6,55025 ASO 0,26 0,00 100,26283 SET 3,58 0,39 86.88906 SfT 0,26 0,00 100,26283 OUT 3,98 0,39 87;22919 OUT 0,26 0,00 100,26283 NOV 4,39 0,39 87,57066 NOV 0,26 0,00 100,26283 OEZ 4,80 0,39 87,91347 DEl 0,26 0,00 100,26283
--------------------------------------------- ---------------------------------------------Fonte: Fundo "onelario Internacional Fonte: Fundo "onetario Internacional
Inlernalional FinanciaI Statistics International Financiai Slatistics Boletins de 1986 a 1992. Boletins de 1986 a 1992.
--------------------------------------------- ---------------------------------------------
Quadro IV.3 - Número-Indice para CPI-USA com Janeiro de 1993
Base=100 em
V. 1. INTRODUÇ1l0
CAPITULO V
APRESENTAÇ1l0 E ANALISE OOS DADOS
68.
Neste capitulo será feita a apresentação dos valores
da arrecadação tributária do Municipio do Rio de Janeiro,
assim como a análise da evolução real dessas receitas.
Será avaliado o comportamento da Receita Tributária
Total e de suas duas componentes: Receitas Tributárias
Próprias e Receitas Tributárias de Transferência. Além disso,
será feita uma abertura dessas componentes de forma a
o comportamento das receitas oriundas de cada um dos
que as integram.
avaliar
tributos
V.2. APRESENTAÇ1l0 E ANALISE OOS DADOS
Como já foi esclarecido anteriormente, as receitas
tributárias do Municipio do Rio de Janeiro compõem-se de duas
Receitas de
da evolução
parcelas: Receitas Próprias e
Inicialmente faremos uma análise
Tributárias Próprias e depois das Receitas
Transferência.
Transferência.
das Receitas
Tributárias de
69.
V. 2 .1. EVOWÇ.AO DAS RECEITAS TRIBUTARIAS PRóPRIAS NO PERIODO DE 1986 A 1992
As Receitas Tributárias Próprias do Municipio do Rio
de Janeiro, até a promulgação da Constituição Federal de 1988,
consistiam basicamente de dois impostos e das taxas
municipais. Desses impostos, um correspondia à tributação
sobre o patrimônio (imposto direto), Imposto sobre a
Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). O outro
correspondia à tributação sobre a receita originária da
prestação de determinados serviços especificos (imposto
indireto), serviços estes elencados no Código Tributário
Municipal e de acordo com Lei Complementar Federal, que é o
Imposto sobre os Serviços de Qualquer Natureza (ISS). No
tocante às taxas, o Municipio as cobrava, e ainda o faz, em
função tanto do exercicio regular do poder de policia
administrativa, quanto da prestação de determinado serviço
especifico posto à disposição dos cidadãos. Portanto, até 1988
inclusive, as receitas próprias eram oriundas de apenas dois
impostos e algumas taxas.
A partir da promulgação da Constituição Federal, .em
1988, ficaram reservados aos municipios brasileiros, além
daqueles dois impostos e das taxas instituidas em função de
alguma contraprestação estatal, dois novos tributos: o Imposto
sobre a Transmissão inter vivos, por ato oneroso, de Bens
Imóveis e de Direitos Reais sobre Imóveis (ITBI); e o Imposto
sobre Vendas a Varejo de Combustiveis Liquidos e Gasosos,
exceto o óleo diesel (IVVC). Todavia, a nova realidade
tributária somente começou a operar seus efeitos práticos a
partir 01.03.89, ficando reservado ao ano de 1989 o caráter de
70.
transição entre o novo e o antigo ordenamento tributário da
federação brasileira.
Ao apresentarmos os dados coletados, estaremos
exprimindo com a notação de Cr$ os valores em moeda nacional
constante de janeiro de 1993, obtidos pelo deflacionamento
através do IGP-DI. Da mesma forma, a notação US$ indicará
valores em dólar americano constante de janeiro de 1993,
obtidos pelo deflacionamento através do IPC daquele pais.
A Receita Própria do Municipio do Rio de Janeiro
apresenta, dentro do periodo estudado, um comportamento de
queda nos anos de 1987 e 1988, se comparada a 1986. A partir
de 1989, a receita passa a apresentar elevada tendência de
crescimento, registrando seu maior valor em 1991. Dai em
diante torna a apresentar queda no exercicio fiscal de 1992,
embora situando-se em patamar bem superior ao do inicio do
periodo, conforme poder ser visto nos quadros (V.1) e (V.2) e
nos gráficos (V.1) e (V.2), constantes das páginas seguintes.
ANO
1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992
MEDIA D.PAD.
ANO
1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992
MEDIA D.PAD.
MUNIClPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA TRIBUTARIA PROPRIA ANUAL EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993
( 1986 A 1992)
TRIBUTOS IPTU ISS ITBI IVVC TAXAS DIV.AT.
( Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993 ) 3.009 3.43.5 O O 427 399 2181 3.0.56 O O 823 312 2.044 2.992 O O .546 303 3.179 3.133 .501 340 420 223 4.020 3..580 433 394 833 196 7.021 4.039 4.54 417 1.169 4.53 .5.380 3.727 449 369 8.56 442 3.833 3.423 4.59 380 72.5 333 1.67.5 3.59 2.5 29 2.53 9.5
TRIBUTOS IPTU ISS ITBl IVVC TAXAS DIV.AT. (%) (% ) (%) (% ) (%) (% )
41 47 O O 6 5 34 48 O O 13 5 35 51 O O 9 5 41 40 6 4 5 3 43 38 5 4 9 2 52 30 3 3 9 3 48 33 4 3 8 4 42 41 5 4 8 4 6 7 1 1 2 1
71.
RECEITA ANUAL (Cr$BI)
7.270 6.372 .5.88.5 7.796 9.4.56
13..5.53 11.223 8.793 2 . .581
RECEITA ANUAL
(% ) 100 100 100 100 100 100 100 100 O
Quadro V.1 - Receita Própria Anual em Cr$ Bilhões
RECEITA TRIBUTARIA PROPRIA ANUAL MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-l986 a 1992
(')
~ 1~~~~r-----------------~~~----1
~ 12000~················································· ............................. . w o 00 lQ~~~t"················································ .................. ~~ .. w o I -' Q) <I> 6.fV"or·.M········· ~
Ü ::2; 4. 1lM.Y'J·········
W
~ 2 (Vlf'~.vr········ Ui ü w ~ 1~1~1~1~1~1~1~
ANOS
Gráfico V_I - Receita Própria Anual em Cr$ Bilhões
72.
ANO
1986 1987
1988
1989
1990 1991 1992
MEDIA D.PAD.
ANO
1986 1987
1988
1989 1990 1991
1992
MEDIA
D.PAD.
MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA TRIBUTARIA PROPRlA ANUAL
EM US$ MILHOES DE JANEIRO DE 1993
( 1986 A 1992)
TRIBUTOS
IPTU ISS ITBI IVVC TAXAS DIV.AT.
( US$ MILHOES DE JANEIRO DE 1993 )
1S2 175 O O 22 20 122 170 O O 46 17
125 185 O O 34 19
221 231 38 25 31 17 375 327 40 36 80 18
522 300 34 31 88 34 367 255 31 25 58 30
269 235 36 29 51 22
143 58 4 5 24 6
TRIBUTOS
IPTU ISS I TB 1 IVVC TAXAS DN.AT. (% ) (%) (%) (% ) (%) (% )
41 47 O O 6 6 34 4S O O 13 5
34 51 O O 9 5
39 41 7 5 5 3
43 37 5 4 9 2 52 30 3 3 9 3
48 33 4 3 8 4
42 41 5 4 " 4 <.>
6 7 1 1 2 1
73.
RECEITA
ANUAL
( US$MI)
368 355
362
563
877
1.008 766
614
251
RECEITA
ANUAL
(% ) 100 100
100
100 100 100
100
100
O
Quadro V.2 - Receita Própria Anual em US$ Milhões
RECEITA TRIBUTARIA PROPRIA ANUAL
(') (1)
z: ~ w O (f) w O I ....I
::i: .... (f)
::J ::i: w ~ w Ü w a:
1
1
MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992
1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 ANOS
I ~ RECaTA PROPR'U"" I
Gráfico V.2 - Receita Própria Anual em US$ Milhões
74.
75.
A Receita Própria Total Anual em 1992 foi de
Cr$ 11.222,70 Bilhões de janeiro de 1993, equivalentes a
US$ 766,46 Milhões1 da mesma data. Comparando-se os valores em
moeda constante, verifica-se que a arrecadacão própria total
era de Cr$ 7.270,10 Bilhões em 1986, caindo para Cr$ 6.371,86
Bilhões em 1987, Cr$ 5.884,97 Bilhões em 1988, voltando a
crescer para Cr$ 7.795,63 Bilhões em 1989. Dai em diante,
acentua-se a tendência de crescimento, registrando seu maior
valor histórico de Cr$ 13.552,81 Bilhões em 1991
aproximadamente US$ 1.008,00 Milhões, regredindo para o
patamar de Cr$ 11.222,70 Bilhões em 1992, embora ainda em
posiCão bem superior ao periodo de 1986 a 1989.
Quando passamos à análise em dólar constante,
verificamos um comportamento bem semelhante àquele em cruzeiro
constante, à exceção do ano de 1988. Neste caso verifica-se
uma tendência de estabilizacão em relacão ao ano anterior, ao
passo que a comparacão em moeda nacional apresentava queda de
6% em relacão a 1987.
A seguir, será feita uma verificação pormenorizada
da evolucão da receita proveniente de cada um dos tributos
relacionados anteriormente e que compõem a Receita Tributária
Própria. A coluna referente à "Divida Ativa", apresentada nos
quadros da Receita Própria, não será objeto de análise, uma
~ cabe ressaltar que a equivalência para o dólar americano nUo foi obtida pela simples conv.ersKo do total acumulado em cruzeiros constantes de janeiro de 1993 pelo dólar médio daquele més. Outrossim, esta paridade foi feita a partir do somatório anual das receitas
~ acumuladas mensais convertidas pelo dólar histórico da época e deflacionadas pelo lndice de Preços ao COnsumidor dos Estados Unidos, buscando-se uma comparação mais realista.
76.
vez que sob esta rubrica estão agrupados créditos de inúmeros
tributos, pagos em atraso, e às multas pelo não-pagamento dos
mesmos. Na fonte de informação utilizada, não havia forma de
separar os créditos tributários de cada um dos tributos
isoladamente. Esses créditos recolhidos com atraso são feitos
por via amigável ou judicial.
Todos os valores de cada um dos tributos (impostos e
taxas) de competência própria do Municipio do Rio de Janeiro
devem ser enfocados como sendo provenientes de uma análise
gerencial e não contábil. A rigor, também estão alocados sob
essas rubricas seus autos de infração, que não constituem
tributos propriamente ditos. Todavia, segundo as informações
obtidas junto ao Tesouro Municipal, a participação desses
autos é pequena o suficiente para aproximarmos esses valores
como sendo de origem estritamente tributárias.
Estão apresentados quadros-resumos e gráficos que
simplificam a apresentação dos valores pesquisados, tendo
ficado a maioria dos dados originais no ANEXO 11 ao presente
trabalho, uma vez que seria por demais exaustiva a
apresentação integral de todas as informacões coletadas dentro
da estrutura principal do mesmo.
77.
V.2.l.l A EVOUUÇAO DAS RECEITAS DO I P T U
As receitas oriundas do IPTU são de grande
importância dentro do cômputo geral da arrecadação total
própria do Municipio do Rio de Janeiro. Ao longo do periodo
observado desde 1986 até 1992, a receita do IPTU1
correspondeu, em média, a 42% do total da arrecadação
tributária própria. A análise em cruzeiros constantes
demonstra que em 1986 o IPTU participava com 41% do total dos
recursos próprios, reduzindo-se esta participação para 34% e
35% em 1987 e 1988, respectivamente. Apresenta tendência de
crescimento nos anos posteriores, alcançando o máximo de 52%
de participação em 1991, voltando a cair em seguida para 48%
em 1992. Se passarmos à análise em dólares constantes, o
resultado será praticamente o mesmo, apresentando uma
participação média de 42%, partindo do patamar inicial de 41%,
em 1986, alcançando o pico de 52% em 1991, voltando a cair
para 48% em 1992.
No que tange aos valores arrecadados, observa-se uma
clara tendência inicial de queda nos anos de 1987 e 1988, em
relação a 1986. Dai em diante, depois de 1989, a receita desse
tributo experimenta uma acentuada elevação, quando alcança seu
maior valor histórico em 1991, reapresentando queda no
exercicio fiscal de 1992.
~ Em verdade, sob a rubrica do IPl'U, também estão col11PUtadas as receitas de duas t8.X1J8 de serviços: Taxa de IlUJIlinaçl[o Pública -TIP; e Taxa de Coleta de Lixo e Limpeza Pública (TCLLP). Essas duas taxas, por sÍJDplificação de arrecadaçl[o, são lançadas no meB1110 carné do IPl'U e, por este motivo, integram as receitas daquele ~sto dentro dos boletins da Coordenação do Tesouro ~icipe.l.
78.
A arrecadação anual total do IPTU em 1992 foi de
Cr$ 5.380,47 Bilhões, equivalentes a US$ 367,11 Milhões. Ao
observarmos os dados deflacionados, percebemos que a receita
do IPTU era de Cr$ 3.179,00 Bilhões em
faixa de Cr$ 2.000,00 Bilhões em 1987
1986, caindo para a
e 1988,
patamar de Cr$ 3.180,00 Bilhões em 1989. A partir
voltando ao
dai começa
uma trajetória altamente ascendente, mudando o patamar para
Cr$ 4.000,00 Bilhões em 1990, alcançando seu maior valor
histórico de Cr$ 7.021,00 Bilhões em 1991 aproximadamente
US$ 522,00 Milhões, voltando a apresentar queda em 1992 para
Cr$ 5.380,00 Bilhões, mas ainda assim situando-se em posição
bem superior àquela do periodo 1986 a 1989. Dentro da série
estudada, a arrecadação média do IPTU situou-se em
Cr$ 3.833,44 Milhões, equivalentes a US$ 269,05 Milhões, como
mostrado no gráfico (V.3).
A análise feita em dólar constante evidencia uma
tendência comportamental muito semelhante ao longo de todo o
periodo estudado, conforme o gráfico (V.4). Todavia, o que se
pode verificar foi uma variação percentual muito mais
acentuada em moeda estrangeira, em relação ao estudo feito em
moeda nacional. Exemplificando, temos que a diferença entre o
valor arrecadado em 1987 e o máximo histórico, em 1991, foi de
328%, ao passo que essa diferença em cruzeiro constante foi de
222%. Da mesma forma, a receita do IPTU em dólar, em 1992, foi
142% maior que aquela de 1986; já a relação obtida em cruzeiro
constante mostra um acréscimo de apenas 79%.
.. (J)
z Sj w O (I) W O I ..J 111 ~ ~
O :2 w
RECEITA ANUAL DO I P T U MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO·1986 a 1992
;! 1 """ . .i.'1 ......... .
W O W ~ 1~1~1~1~1~1~1~
ANOS
IL\'IIIPTU erncrt I
Gráfico V.3 - Receita do Anual do IPTU em Cr$ Bilhões
79.
(Y) OI
Z ó!j w O (J) w O I
~ <I> (J)
:> :2 w ;! iIi O W Ir
1
RECEITA ANUAL DO I P T U MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992
1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 ANOS
Gráfico V.4 - Receita do Anual do IPTU em US$ Milhões
80.
81.
V.2.1.2 A EVOLUÇAO DAS RECEITAS DO ISS
Igualmente às receitas provenientes do IPTU, as do
ISS também são de grande importância dentro do total da
arrecadação tributária do Municipio do Rio de Janeiro,
conforme o gráfico (V.7). No intervalo considerado, de 1986 a
1992, as receitas do ISS representaram, em média, 41% do total
da arrecadação tributária própria. Juntos, portanto, o IPTU e
o ISS corresponderam, em média, a 83% (oitenta e três por
cento) da arrecadção própria municipal.
A análise em cruzeiro constante demonstra que em
1986 o ISS detinha a maior participação isolada, 47% do total
arrecadado, mantendo este patamar em 48% e 51% para os anos de
1987 e 1988, respectivamente. A partir de 1989, embora a
arrecadação do ISS aumente, sua participação na receita
própria total começa a cair para o indice de 40%, até alcançar
seu menor valor em 1991 com 30%, voltando a crescer para 33%
em 1992.
Passando ã análise em dólar constante, verificamos o
mesmo comportamento anterior, cor respondendo ao ISS uma
participação média de 41%, partindo de 47% em 1986, alcançando
o pico de 51% em 1988 e o valor mais baixo de 30% em 1991,
voltando a crescer para 33% em 1992.
Quando comparamos os valores arrecadados pelo ISS
àqueles do IPTU, verificamos a mesma tendência comportamental:
queda nos anos de 1987 e 1988, em relação a 1986, seguida de
recuperação a partir de 1989 até alcançar seu ápice em 1991,
82.
voltando a cair em 1992. Embora o ISS registre tendência
comportamental semelhante, as oscilações
arrecadados não são tão fortes quanto aquelas
pelo IPTU.
nos valores
experimentadas
A arrecadação anual total do
Cr$ 3.726,94 Bilhões, equivalentes a
ISS em 1992 foi
US$ 254,86 Milhões.
de
Ao
estudarmos a evolução da receita do ISS em valores constantes,
verificamos que esta situava-se, em 1986, em Cr$ 3.435,00
Bilhões, 15% superior à do IPTU, caindo para a faixa de
Cr$ 3.000,00 Bilhões em 1987, 1988 e 1989. Em 1990 volta a
crescer, passando para o patamar de Cr$ 3.580,00 Bilhões.
Alcançou seu maior valor histórico de Cr$ 4.039,00 Bilhões em
1991 - cerca de US$ 327,00 Milhões, voltando a apresentar
queda em 1992 para Cr$ 3.727,00 Bilhões, valor este pouco
superior ao do ano de 1990. Diferentemente da arrecadação do
IPTU, a do ISS não apresentou variação tão acentuada ao longo
do periodo estudado, mantendo o valor médio de Cr$ 3.423,22
Bilhões, registrando o valor máximo de Cr$ 4.039,43 Bilhões e
o minimo de Cr$ 2.992,22 Bilhões.
Ao analisarmos essa receita em dólar, verificamos
comportamento parecido ao longo do periodo estudado, exceto em
1988, onde começa a ser delineada a tendência de crescimento
um ano mais cedo que na análise em cruzeiro. Cabe ressaltar
ainda que o pico da arrecadção aconteceu em 1990, com
US$ 327,29 Milhões. A diferença entre o maior e o menor valor
em dólares situou-se em 93%, enquanto que em cruzeiros não
passou de 35%, conforme mostram os gráficos (V.5) e (V.6).
.., m z: ~ w o (f) w o I ...J ai .... ~
o :;;: w ~ w O w a:
RECEITA ANUAL DO ISS MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992
1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 ANOS
Gráfico V.5 - Receita do Anual do ISS em Cr$ Bilhões
83.
(') IJ>
Z~ w O (Q w O I ...J
::i! ~ to ::J ::i! w ;! ill O w a:
RECEITA ANUAL DO ISS MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992
1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 ANOS
Gráfico V_6 - Receita do Anual do ISS em US$ Milhões
84.
RECEITA ANUAL DO IPTU E DO ISS MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992
M~mm~~~~~~~~~~~~~~~~ ~ ~ 12.000 .................................................................................................................... . w O f3 10.000 ....................................................................................................................... .
~ ~ 8.000 .................................................................................................................... .
6.000 ......................... ~ .... ::: ... "" .... _.L
4.000 ..................................................................................... .
2.000L-.---~==~~--.----r--~----~ 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992
ANOS
I ~ I P T U M1 Crt '*"" I a 8 em Crt ..... REC8TA PF!OPRII\ I
Gráfico V_7 - Receita do Anual do IPTU e do ISS em Cr$ Bilhões
85.
86.
v . 2 .1. 3 A KVOLUçnO DAS RECEITAS DO I T B I
As receitas
competência municipal
provenientes do ITBI, imposto de
exclusivamente a partir de 1989,
apresentam uma peculiaridade em relação aos outros impostos
municipais, à exceção do IVVC. Esses dois "novos" impostos
começaram a ser arrecadados pelo Municipio do Rio de Janeiro
de 1989 em diante, por isso não registram receitas anteriores
àquele ano. A parcela de repasse estadual que a Prefeitura
recebia do extinto Imposto de Transmissão, de competência dos
Estados e do Distrito Federal, aparecerá nos itens referente
às receitas tributárias de Transferência até o ano de 1988,
inclusive.
A arrecadação desse novo tributo municipal não
representa parcela muito significativa do total anual. Entre
os anos de 1989 e 1992, equivaleu à média de 4,6% das receitas
tributárias próprias avaliadas em cruzeiros constantes,
registrado sua maior participação em 1989, com 6,4% do
e a menor em 1992, com 4,0%.
tendo
total,
Ao analisarmos os valores arrecadados através do
ITBI dentro do periodo estudado, verifica-se tendência inicial
de queda de 1989 para 1990, passando a um per iodo de
estabilização até 1992. Os recolhimentos do ITBI em 1989 foram
de Cr$ 501,10 Bilhões, equivalentes a US$ 38,08 Milhões. Em
1990 sofreu queda para Cr$ 432,98 Bilhões, mantendo-se nesta
faixa até 1992, quando registrou o valor de Cr$ 448,91
Bilhões, equivalentes a US$ 30,71 Milhões. O gráfico (V.8)
mostra essa evolução em cruzeiros.
87.
Quando passamos a fazer a análise em dólar
constante, verificamos que o ápice da arrecadação do ITBI
deu-se no ano seguinte ao verificado na análise anterior, isto
é, em 1990 ao invés de 1989, com o total de US$ 40,00 Milhões.
Todavia, este acréscimo representa somente 5% sobre o valor
arrecadado no ano anterior. A partir desse ano evidencia-se
clara tendência de queda, registrando o valor minimo de
US$ 30,71 Milhões em 1992, o que equivale à diminuição de 23%
em relação a 1990, conforme demonstra o gráfico (V.9).
(') (J)
Z: ~ w O (j) w O I =' to ~
O 2 w ~
RECEITA ANUAL DO I T B I MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992
w O w oc 1~1~1~1~1~1~ 1~
ANOS
ILW ITBI.Mri«pOI I
Gráfico V.8 - Receita do Anual do ITBI em Cr$ Bilhões
88.
RECEITA ANUAL DO I T B I MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO·1986 a 1992
1a1i1ITel.~ I
Gráfico V.9 - Receita do Anual do ITBI em US$ Milhões
89.
90.
V.2.1.4 A EVOUUÇXO DAS RECEITAS DO I V V C
Os ingressos de recursos tributários oriundos do
IVVC guardam muitas semelhanças com aqueles do ITBI, na medida
que este também é um novo imposto, introduzido na
tributária municipal pela Constituição Federal de
competência
1988. Este
novo imposto veio a suprir, de forma bem mais generosa, a
ausência do repasse federal do Imposto Unico sobre
Combustíveis e Lubrificantes, que foi extinto com a nova Carta
Magna. Dessa forma somente dispõem-se de valores referentes a
esse tributo a partir do ano de 1989, quando passou a vigorar
o novo Sistema Tributário Nacional.
Semelhantemente ao que foi observado para o ITBI, a
arrecadação do IVVC também corresponde a parcela bem pequena
do total anual, até mesmo porque a Constituição Federal fixa
sua alíquota máxima em 3% (três por cento). Dentro do período
estudado, a arrecadação do IVVC correspondeu à média anual de
3,7% do total dos recursos tributários próprios avaliados em
cruzeiros constantes, tendo alcançado o máximo de 4,4% em 1989
e o mínimo de 3,1% em 1991.
A arrecadação do IVVC começa em 1989 com o total
anual de Cr$ 340,18 Bilhões, registrando pequena alta nos anos
de 1990 e 1991, voltando a cair para o valor de Cr$ 368,72
Bilhões. Em verdade, essa tendência de crescimento pode ser
vista como de estabilidade, uma vez que o primeiro e o último
ano de dados apresentam valores bem próximos um do outro, e a
diferença entre o maior e o menor valor não excede a 23% do
menor, conforme atesta o gráfico (V.10).
Se fizermos a
observaremos comportamento
nacional, iniciando com o
análise em
semelhante
valor de
dólar
àquele
91.
constante,
em moeda
US$ 25,36 Milhões,
alcançando o máximo de US$ 36,17 Milhões em 1990, caindo para
o total de US$ 25,24 Milhões em 1992. Na avaliação em dólar,
verificamos que a aparente tendência de estabilidade não torna
a manifestar-se, na medida em que a diferença entre o maior e
o menor valor agora é de 43% sobre o último. Isto indicaria
tendência de queda na arrecadação do IVVC, nos últimos três
anos, se avaliada em dólar, mostrada no gráfico (V.11).
(') m Z' ~ w O (f) w o I ...J to «& ~
Ü 1 :2 w 1 ;:!
RECEITA ANUAL DO I V V C MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO·1986 a 1992
w Ü w ~ 1~1~1~1~1~1~ 1~
ANOS
Gráfico V.10 - Receita do Anual do IVVC em Cr$ BilhõeB
92.
(') m z: ~ w O (j) w O I -I
:2 ... (j) ::J :2: w ~ w ü
RECEITA ANUAL DO I V V C MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992
~ 1~1~1~1~1~1~ 1~ ANOS
11\\1 IVVC omUSf I
Gráfico V_ll - Receita do Anual do IVVC em US$ Milhões
93.
94.
V.2.1.5 A KVOLUçnO DAS RECEITAS DAS T A X A S
As receitas provenientes das Taxas1 cobradas pelo
Municipio do Rio de Janeiro, seja pela prestação de um
determinado serviço público, seja pelo exercicio regular do
poder de policia administrativa, representam cerca de 8% do
total das receitas tributárias próprias.
o produto da arrecadação das Taxas é a terceira
maior fonte de renda tributária própria municipal. Situa-se
atrás apenas dos dois principais impostos (IPTU e ISS), mas
está ã frente dos outros dois impostos (ITBI e IVVC) , conforme
o gráfico (V.14). Dentro desse subitem da receita própria,
encontram-se relacionadas 9 (nove) taxas municipais: Taxa de
Fiscalização de Transporte Coletivo; Taxa de Licença para
Estabelecimento e Funcionamento; Taxa de Autorização de
Publicidade; Taxa de Uso de Area Pública; Taxa de Obras em
Areas Particulares; Taxa de Expediente; Taxa de Inspeção
Sanitária; Taxa de Fiscalização de Cemitérios; e Taxa do
Licenciamento e Fiscalização de Obras Realizadas em
Logradouros Públicos. Dentre essas, a Taxa de Licença para
Estabelecimento e Funcionamento2 representa cerca de 50%
(cinqüenta por cento) do total da arrecadação das taxas
municipais.
2 COmo Já foi menoionado anteriormente, não estão oo~tadas aqui a Taxa de Iluminação FUblioa -TIP e nem a Taxa de COleta de Lixo e Limpeza Ríblioa (TCLLP) que, por faoilidade de oobrança administrativa, estão lançadas no próprio oarn& do IP1'U, oompondo por este motivo a reoeita assooiada àquele imposto.
2 Devido a inúmeras ações Judioiais imPetradas oontra o ~amento da renovação anual dessa taxa, tendo sido por fim reoonheoido o direito da t.mnioipalidade a sua oobrança, esta fioou oonheoida oomo Taxa de Alvará.
Ao longo do periodo de estudo, a receita das
elencadas neste subgrupo representou, em média, 8,4%
receitas tributárias próprias municipais. Na análise
95.
taxas
das
em
cruzeiro constante, observa-se que em 1986 a receitas das
Taxas correspondia a 5,9% do total arrecadado, tendo essa
participação saltado para 12,9% no ano seguinte, representando
um crescimento de 119%. A partir de 1988, experimenta periodos
de maior e menor participação, embora situando-se sempre em
patamar bem acima do inicial. A análise em dólar constante
também denota comportamento semelhante, apresentando o mesmo
valor médio de 8,4%.
Passando ao enfoque dos valores absolutos
arrecadados em cruzeiros constantes, observa-se que o total de
Cr$ 427,35 Bilhões referentes a 1986 elevou-se para Cr$ 822,80
Bilhões no ano seguinte. Depois inicia-se um periodo de queda,
retornando em 1989 ao mesmo patamar do ano de 1986. A partir
dai começa uma ascenção bem elevada, alcançando a arrecadação
das Taxas seu maior valor histórico de Cr$ 1.169,26 Bilhões em
1991, voltando a cair em 1992 para Cr$ 855,66 Bilhões,
mostrada no gráfico (V.12).
A análise em dólar constante também demonstrou a
mesma tendência ao longo do tempo. Inicialmente parte-se do
valor total de US$ 21,55 Milhões em 1986, registrando o máximo
de US$ 87,79 Milhões em 1991, voltando a cair para US$ 58,40
Milhões em 1992, segundo o gráfico (V.13).
(') (J)
Z' ~ w O (f) w O I -I til <I> ... O :2 w ;! w O w a:
1
1
RECEITA ANUAL DAS T A X A S MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-l986 a 1992
1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 ANOS
Gráfico V.12 - Receita do Anual das TAXAS em Cr$ Bilhões
96.
t') ID
2: ~ w O (f) w O I -' ::a: ~ (f)
:J :2 w ~ w O
RECEITA ANUAL DAS TAXAS MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992
97.
~ 1~1~1~1~1~1~ 1~ ANOS
Gráfico V_13 - Receita do Anual das TAXAS em US$ Milhões
,
RECEITA ANUAL: TAXAS, ITBI E IVVC MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO·1986 a 1992
m Z: ~ 1.000 ........................................................................................................................ . w O (j) w O I ..J til <h '-ü :2 w 'f:. w ü w a:
800 ...................................................................................................................... .
600 ..................................................................................................................... ..
400 ............................................................ ~ ...... ; ....... :J:... ;::::::::;;:;~.:: ............. .
200 ......................................................................................................................... .
O~~--~ __ --~----,---~~---r----r-..J 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992
ANOS
I---TAXAS crnert ...... ITBI emCrt --e-IVVC omQ1
Gráfico V.14 - Receita do Anual das TAXAS, do ITBI e do IVVC em Cr$ Bilhões
98.
99.
v . 2 _ 2 _ EVOLUÇãO DAS RECEITAS TRIBUTARIAS DE TRANSFERRNCIA NO PERIODO DE 1986 A 1992
As Receitas Tributárias de Transferência do
Municipio do Rio de Janeiro são compostas dos repasses da
União e do Estado do Rio de Janeiro. Entre esses dois
repasses, o estadual representa cerca de 94% do total, sendo
que o ICMS corresponde a aproximadamente 85% do mesmo. A
promulgação da Constituição Federal de 1988 alterou
significativamente o sistema de transferências entre os
diversos entes tributantes no tocante ao número de impostos e
aos percentuais de redistribuição da arrecadação tributária.
Até 1988, o Municipio do Rio de Janeiro recebia
recursos tributários de transferência da União referentes ao
Fundo de Participação dos Municipios e a mais cinco impostos:
Imposto sobre Propriedade Territorial Rural (ITR); Imposto
Unico sobre Minerais (IUM); Imposto Unico sobre Lubrificantes
e Combustiveis Liquidos e Gasosos; Imposto Unico sobre Energia
Elétrica (IUEK); e Imposto sobre Serviços de Transporte
Intermunicipal e Interestadual (IT). Os recursos originários
das transferência estaduais ficavam a cargo de três impostos:
Imposto sobre a Circulação de Mercadorias (IeM); Imposto sobre
a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI); Imposto sobre a
Propriedade de Veiculos Automotores (IPVA).
A partir da promulgação da Constituição Federal, em
1988, houve uma simplificação dos repasses federais, uma vez
que todos os antigos impostos únicos passaram a integrar o
campo de abrangência do novo ICMS. Além disso, o antigo ITBI
passou à competência exclusiva dos municipios, cabendo ainda a
100.
estes participação no total do IPI exportado pelo Estado onde
se localizam, no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e
nos Royalties sobre a produção de petróleo e energia elétrica.
No tocante ao repasse estadual, houve ampliação do
campo de incidência do ICMS sobre as antigas áreas de
tributação federal, assim como acréscimo no valor total
distribuido pelo Estado aos municipios, passando dos antigos
20% para 25% do que for arrecadado. Os municipios continuaram
ainda a receber a metade da arrecadação do IPVA, referente aos
veiculos licenciados em seu território.
Semelhantemente à Receita Própria, a Receita de
Transferência do Municipio do Rio de Janeiro registra queda
nos anos de 1987 e 1988 em relação a 1986. A partir de 1989,
passa a apresentar tendência de crescimento, alcançando seu
maior valor em 1990, um ano mais cedo que a arrecadação
própria. Dai em diante torna a apresentar queda no exercicios
fiscais de 1991 e 1992.
Conforme demonstram os quadros (V.3) e (V.4), assim
como os gráficos (V.15) e (V.16), a Receita de Transferência
Total em 1992 foi de Cr$ 4.572,29 Bilhões, equivalentes a
US$ 312,68 Milhões. Analisando-se a série histórica em
cruzeiro constante de janeiro de 1993, verifica-se que o total
dos recursos transferidos em 1986 foram de Cr$ 5.733,02
Bilhões, caindo para Cr$ 4.434,34 Bilhões em 1987,
Cr$ 3.888,72 Bilhões em 1988, voltando a crescer para
Cr$ 4.701,67 Bilhões em 1989. Dai em diante, acentua-se a
tendência de crescimento, registrando seu maior valor
101.
histórico de Cr$ 6.898,46 Bilhões em 1990 aproximadamente
U$ 630,58 Milhões, regredindo para o patamar de Cr$ 5.083,72
Bilhões em 1991 e Cr$4.572,29 Bilhões em 1992. Quando passamos
à análise em dólar constante, verificamos um comportamento bem
semelhante àquele em cruzeiro constante.
A seguir será feita uma verificação pormenorizada da
evolução da receita proveniente de cada um dos tributos
relacionados anteriormente e que compõem a Receita Tributária
de Transferência. Serão mostrados quadros-resumos e gráficos
que simplificam a apresentação dos valores pesquisados.
ANO
1986 1987
1988 1989
1990
1991 1992
MEDlA
D.PAD.
ANO
1986 1987
1988
1989
1990 1991
1992
MEDlA
D.PAD.
MUNIC1PIO DO RlO DE JANEIRO
RECEITA TRlBUTARlA TRANSFERlDA ANUAL
EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993
( 1986 A 1992)
TRIBUTOS ESTADUAIS FEDERAIS
ICMS IPVA I TBI FPM ITR IMPl IMP2 4.66$ 423 412 ISS O 4 37 3.576 269 347 164 1 4 74
3.153 205 234 132 O 80 84 4.200 257 75 139 O 1 30
6077 537 10 206 O 6 61 4.468 407 O 192 O O 15 4.038 353 1 179 O O 2 4.311 350 331 172 O 14 43
865 107 73 26 O 27 28
ESTADUAIS FEDERAIS
ICMS IPVA I TB I FPM ITR IMPl ! IMP 2
(%) (% ) (% ) (% ) (% ) (%) (%) 81 7 7 3 O O 1 81 6 8 4 O O 2
81 5 6 3 O 2 2
89 5 2 3 O O 1
88 8 O 3 O O 1 88 8 O 4 O O O 88 g O 4 O O O 85 7 7 3 O O 1 4 1 1 O O 1 1
102.
RECEITA
ANUAL
(Cr$ BI)
5.733 4.434
3.889
4.702
6.898
5.084 4.572
5.045
923
RECEITA
ANUAL
(% ) 100 100
100
100
100 100
100
100 O
NOTA: IMPl e IMP2 representam Impostos diversos, inclUindo os seguintes: IUM, lULC, lUEE, IT, Royalties e IPI sobre Exportacoes.
Quadro V.3 - Receita Transferida Anual em Cr$ Bilhões
RECEITA TRIBUTARIA TRANSF. ANUAL
(") ID
~ ~ w O (f) W O I ...J til <h '-ü :2 w ;! Ui ü W lI:
MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO·1986 a 1992
ANOS
Gráfico V.15 - Receita Transferida Anual em Cr$ Bilhões
103.
ANO
1986 1987 1988 1989
1990 1991 1992
MED1A D.PAD.
ANO
1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992
MED1A D.PAD.
MUNIClPIO DO RIO DE JANEIRO
RE<..--r,ITA TRIBUTARIA TRANSFERIDA ANUAL
EM US$ MILHOES DE JANEIRO DE 1993 ( 1986 A 1992)
TRIBUTOS ESTADUAIS FEDERAIS
ICMS IPVA I TBI FPM ITR IMP1 IMP2 237 22 21 10 O O 2 199 15 19 9 O O 4 194 13 14 & O 5 5 313 19 5 10 O O 2 556 49 1 19 O 1 6 332 31 O 14 O O 1 276 24 O 12 O O O 301 25 18 12 O 1 3 115 11 3 3 O 2 2
ESTADUAIS FEDERAIS
ICMS IPVA I TB I FPM ITR IMP1 IMP2 (%) (% ) (% ) (% ) (%) (% ) (% )
81 7 7 3 O O 1 &1 6 8 4 O O 2 81 5 6 3 O 2 2 90 5 1 3 O O 1 88 & O 3 O O 1 88 8 O 4 O O O 88 g O 4 O O O 85 7 7 ~ O O 1 ~
4 1 1 O O 1 1
104.
RECEITA ANUAL
(US$MI) 291 247
239 349
631 378 313 350
124
RECEITA
ANUAL (% ) 100 100 100
100 100 100 100 100 O
NOTA: IMPl e IMP2 representam Impostos diversos, inclUindo os seguintes: IUM, lULC, IUEE, IT, Royalties e IPI sobre Exportacoes.
Quadro V.4 - Receita Transferida Anual em US$ Milhões
RECEITA TRIBUTARIA TRANSF. ANUAL MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992
'" ID z: ~ w O (j) w O I ...J
:2: ~ (j) ::J
ai t! w O w a:
ANOS
Gráfico V_16 - Receita Transferida Anual em US$ Hilhões
105.
106.
v . 2 .2.1. A KVOLUçnO DAS RECEITAS DO I C M S
Os repasses do ICMS são os mais importantes de
todos, pois este imposto representou, em média, 85% (oitenta e
cinco por cento) de todos os recursos transferidos para o
Municipio do Rio de Janeiro dentro do intervalo de tempo
considerado - 1986 a 1992, conforme representado no gráfico
(V.19). O ICMS é um imposto indireto que sofre grande
influência do nivel da atividade econômica, na medida em que
este é aplicado nas transações comerciais, tanto no atacado
quanto no varejo, e ainda sobre a prestação de alguns serviços
especificos.
A análise em cruzeiros constantes evidencia que, em
1986, o ICMS representava 81% dos recursos transferidos, tendo
aumentado em praticamente todos os anos, alcançando o patamar
de quase 90% em 1989, 1990, 1991 e 1992. Se passarmos à
análise em dólares constantes, o resultado será praticamente o
mesmo, apresentando uma participação média de 84%, partindo do
patamar de 81%, em 1986, alcançando o pico de 90% em 1989,
onde praticamente permaneceu até 1992, registrando 88% nos
últimos três anos da análise.
No que tange aos valores arrecadados, observa-se uma
clara tendência inicial de queda nos anos de 1987 e 1988, em
relação a 1986, segundo o gráfico (V.17). Dai em diante,
depois de 1989, a receita desse tributo experimenta uma
acentuada elevação, quando alcança seu maior valor histórico
em 1990, reapresentando queda nos exercicios fiscais de 1991 e
1992.
107.
A arrecadação anual total do ICMS em 1992 foi de
Cr$ 4.037,60 Bilhões, equivalentes a US$ 276,23 Milhões.
Analisando-se os valores em moeda constante, verificamos que o
repasse do ICMS era de Cr$ 4.667,78 Bilhões em 1986, caindo
para Cr$ 3.575,81 Bilhões em 1987 e Cr$ 3.152,84 em 1988. Em
1989 começa uma recuperação, registrando ingressos de
Cr$ 4.200,15 Bilhões, com forte crescimento em 1990,
alcançando seu maior valor histórico de Cr$ 6.077,38 Bilhões -
cerca de US$ 556,00 Milhões. Em 1991 e 1992, verifica-se nova
queda nos valores transferidos, tendo registrado Cr$ 4.468,37
Bilhões e Cr$ 4.037,60 Bilhões, respectivamente. Dentro da
série estudada, a arrecadção média do ICMS situou-se em
Cr$ 4.311,42 Bilhões, equivalentes a cerca de US$ 300,00
Milhões.
A análise feita em dólar constante mostra tendência
de comportamento muito semelhante ao longo de todo o periodo
estudado, mostrada no gráfico (V.18). Cabe ressaltar que,
diferentemente da análise anterior, o valor do repasse do ICMS
em 1992, de US$ 276,23 Milhões, é 17% superior àquele de 1986,
de US$ 236,73.
A redução nos valores do repasse nos anos de 1991 e
1992 deveu-se à diminuição de quase 30% sentida no Indice de
Participação do Municipio do Rio de Janeiro sobre as receitas
provenientes do ICMS~. Este indice situava-se em 60,4% até
1990, caindo para 43,3% nos dois últimos anos da análise, o
~ d atravéB deBBe indice ql1e o EBtado do Rio de Janeiro tranBfere, Bemanalmente, a todoB OB municipioB ql1e o co~em a Pdroela ql1e lheB compete dentro dOB 25% da arrecadação total do I~S.
108.
que reduziu sensivelmente a parcela referente ao ICMS recebida
pela Prefeitura do Rio de Janeiro, embora esta concentre cerca
da metade da arrecadação desse tributo em seu território.
A diminuição no Indice de Participação do Municipio
do Rio de Janeiro foi ocasionada pela sanção da Lei Estadual
nQ 1.689, de 06.08.90, que alterou os critérios de rateio da
parcela de 25% de competência estadual de destinação aos
municipios.
A partir de 1991, os indices passaram a ser
calculados com base nos seguintes critérios: a) 10% em função
da relação percentual entre a população do Municipio e a
população total do Estado; b) 7% em função da relação
percentual entre a extensão territorial de cada Municipio e a
área total do Estado; e c) 8% divididos igualmente entre todos
os Municipios que integram o Estado do Rio de Janeiro. Os
dados referentes à população e à área são aqueles apurados
pelo IBGE e disponiveis à época das respectivas apurações dos
Indices de Participação.
A nova abrangência do ICMS, resultante do acréscimo
ao antigo ICM dos extintos impostos únicos federais que
passaram à competência dos Estados, acarretou aumento
Significativo da parcela de repasse desse tributo à Prefeitura
do Rio de Janeiro. Igualmente ocorreu com o acréscimo de 5% do
total da arrecadação do ICMS que foi destinado aos Municipios
do Estado do Rio de Janeiro.
Da mesma forma como foi feito para as receitas
109.
próprias, obtiveram-se os valores acumulados mensais, em moeda
corrente, da arrecadação do IeM/ICMS entre 1986 e 1992. A
partir de 1989, também foram obtidos os dados referentes às
contas de petróleo, energia elétrica, serviços de comunicações
e transportes, que não integravam a base de cálculo desse
imposto anteriormente. Esses dados foram deflacionados pelo
IGP-DI e pela cotação média do dólar constante de janeiro de
1993 e agrupados no quadros (V.5) e (V.6), respectivamente.
Nele estão relacionados esses novos setores que passaram a
integrar o ICMS a partir de 1989, todos esses agrupados na
coluna '"ENERGIA + SERVIÇOS'", e a parcela da '"INDOSTRIA +
COM:li:RCIO'" que era a base de cálculo do antigo ICM.
Esses quadros evidenciam o crescimento substancial
da parcela destinada aos Municipios 25% do total da
arrecadação do ICMS, a partir de 19891 . Isto significa que,
entre 1986 e 1988, o Estado do Rio de Janeiro destinou, em
média, Cr$ 6.946,73 Bilhões, equivalentes a US$ 386,14
Milhões, ao total dos repasses municipais.
Já entre 1989 e 1992, impulsionada tanto pela maior
abrangência da base de cálculo do ICMS, quanto pelo aumento
para 25% do repasse, a parcela destinada a todos os Municipios
apresentou média de Cr$ 9.545,20 Bilhões, equivalentes a
US$ 738,34 Milhões. Cabe ressaltar que, ao longo desses quatro
anos, a parcela da coluna '"ENERGIA + SERVIçoS'" representou, em
média, 18,5% dos repasses totais do Municipio do Rio de
Janeiro, avaliados nas duas moedas.
2 Gabe lembrar que até 1988 a parcela destinada a todos os bUnicipios era somente de 20% da arrecadação total do ICl1.
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
COMPOSICAO DA RECEITA ANUAL DO I C MS
( Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993 )
ANO PETR ENER. SERV SERV ENER.+ IND.+ ICMS ELET. COM. 1RANSP. SERV COM.
1986 O O O O O 40.668 O 1987 O O O O O 32.353 O 1988 O O O O O 31.180 O 1989 1.395 1.093 699 392 3579 31.452 26.757 1990 2. 788 2.339 1.296 918 7.342 31.753 38.992 1991 2.954 2.677 1.397 881 7.908 32.709 40.:581 1992 4.124 2.:501 2.024 758 9.407 28.:530 37.929
TOTAL 11.261 8.610 H15 2.949 28.236 228.64S 144.258 Media 2.815 2.153 1.354 737 7.059 32.664 36.065
Desv-Pad 968 623 470 208 2.146 3.500 5.456 Fonte: Quadro Dlario de Receita:, Supenntendencla de Arrecadacao,
Sec.retaria Estadual de Fazenda, Estado do Rio de Janeiro, Janeiro de 1986 a Dezembro de 1992.
110.
ICMS + ICM
40.668 32.353 31.180 3S.032 39.095 40.617 37.937 256.881 36.697 3.596
Quadro V.5 - Composição da Receita Anual do ICMS do Estado do Rio de Janeiro em Cr$ Bilhões
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
COMPOSICAO DA RECEITA ANUAL DO I C MS
( US$ MILHOES DE JANEIRO DE 1993 )
ANO PETR ENER SERV SERV ENER+ IND.+ ICMS ELET. COM. 1RANSP. SERV COM.
1986 O O O O O 2.068 O 1987 O O O O O 1.800 O 1988 O O O O O 1.924 O 1989 108 84 54 31 276 2.322 2.049 1990 257 214 119 85 674 2.920 3.585 1991 220 200 104 66 590 2.436 3.023
1992 283 171 138 52 644 1.951 2.595 TOTAL 867 669 415 233 2.184 1H21 11.252 Media 217 167 104 58 546 2.203 2.813
Desv-Pad 67 51 31 20 159 359 564 Fonte: Quadro Dlano de Receita, Supenntendencla de Arrecadacao,
Secretaria Estadual de Fazenda, Estado do Rio de Janeiro, Janeiro de 1986 a Dezembro de 1992.
111.
ICMS +
ICM
2.068
1.800 1.924 2.598 3.594 3.026 2.595
17.605 2.515 598
Quadro V _6 - Composição da Receita Anual do ICMS do Estado do Rio de Janeiro em US$ Milhões
(") m Z ~ w O (/) w O I ...J õl ~ ... ü :2 w ~ w Ü W lI:
7
6.
5.
4 .
3.
1
RECEITA ANUAL DO I C M S MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992
1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 ANOS
Gráfico V.l7 - Receita Anual do ICMS em Cr$ Bilhões
112.
.., m 2: ~ w O (J) w O I ..J
::E .... (J) :::> (fi ~ w ü
RECEITA ANUAL DO I C MS MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO·1986 a 1992
~ 1~1~1~1~1~1~ 1~ ANOS
1i1M ICMB em "'" I
Gráfico V.18 - Receita Anual do ICKS em US$ Milhões
113.
RECEITA ANUAL DO I C MS E TRANSF. MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992
ID
Z' ~ 6.500 ......................................................................................................................... .
~ 6.000 ...................................................................................................................... . (/)
~ I -' Dl
4.500 ........................................................................................ .
3.500 ....................................................................................................................... .
3. OOO~-r---r=---::r:-=----:-::r::-:-~:-:----:-::r:-:---:-:r:-::--' 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992
ANOS
I-e- I C M e em crt ~ AEC. TRANSF. TOTAL I
114.
Gráfico V_19 - Receita Anual do ICMS e Transferência Total em Cr$ Bilhões
115.
V. 2 . 2 • 2 • A KVOLUÇ1!.O DAS RECEITAS DO I P V A
As receitas provenientes do repasse do IPVA
constituem a segunda maior fonte de recursos transferidos para
o Municipio do Rio de Janeiro, como mostra o gráfico (V.22).
Desde a sua instituição em 1986, os municipios recebem 50% do
total arrecadado por este tributo referente aos veiculos
licenciados em seus territórios. Ao longo do periodo estudado,
a receita do IPVA apresentou participação média de 7% do total
das transferências. Trata-se de um imposto
sobre o patrimônio dos contribuintes,
direto,
e que
incidente
não sofre
influência direta do nivel da atividade econômica, embora não
esteja imune às oscilações sofridas pela economia nacional e
local.
A análise em cruzeiro constante demonstra que a
participação do IPVA apresentou comportamento relativamente
estável, em relação às transferências totais, iniciando com
uma participação de 7,4% em 1986, registrando o minimo de 5,3%
em 1988 e alcançando o máximo de 8% em 1991, conforme o
gráfico (V.20). A transferência anual total do IPVA em 1992
foi de Cr$ 352,66 Bilhões, equivalentes a US$ 23,99 Milhões.
Em 1986, os recursos referentes a este repasse foram de
Cr$ 423,44 Bilhões, apresentando forte queda nos anos
posteriores, registrando os valores de Cr$ 268,52 Bilhões em
1987, Cr$ 205,08 Bilhões em 1988 e Cr$ 256,92 Bilhões em 1989,
seu menor valor. Em 1990 apresenta grande crescimento,
alcançando o pico histórico de Cr$ 537,29 Bilhões,
equivalentes a US$ 48,81 Milhões. A partir de 1991, inicia-se
uma trajetória descendente, registrando os valores de
116.
Cr$ 406,90 Bilhões, em 1991, e de Cr$ 352,66 Bilhões em 1992,
valor este 20% inferior ao do exercicio fiscal de 1986.
Passando à análise em dólar constante, verificamos o
mesmo comportamento anterior, segundo o gráfico (V.21),
correspondendo ao IPVA uma participação média também de 7%,
partindo de 7,4% em 1986, alcançando o pico de 8,1% em 1991 e
o valor mais baixo de 5,3% em 1988, demonstrando a mesma
tendência de estabilidade. A análise da receita do IPVA em
dólar constante, evidencia comportamento semelhante ao longo
do periodo estudado.
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O :2 W
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1
RECEITAANUALDO IPV A MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992
1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 ANOS
Gráfico V.20 - Receita do Anual do IPVA em Cr$ Bilhões
117.
'" ID
Z: ~ w a (J) w o I -I
~ <lO (J) :::> ~ w ~ w o
RECEITAANUALDO IPV A MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992
~ 1~1~1~1~1~1~ 1~ ANOS
Gráfico V_21 - Receita do Anual do IPVA em US$ Milhões
118.
RECEITA ANUAL: IPV A, ITBleFPM MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992
~!~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ (1)
~ ~ 500 ............................................................................................................................... . w O [3 400 .............................................................................................. . O I ii:i 300 ....................... ......... . .......................................................................................... .
'" ~ O ::2 . ., ......................... . w ~ 100 ................................................................................................................................ . w O w ~ O·L--r--~~--~----~--~~==~----~~
1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 ANOS
119.
Gráfico V. 22 - Receita do Anual do IPVA, do ITBI e do FPM em Cr$ Bilhões
120.
V.2.2.3. A EVOWçnO DAS RECEITAS 00 I T B I
As transferências de recursos originárias do 1TB1
apresentam uma singularidade entre as maiores fontes de
recursos externos. Durante os anos em que era um tributo de
competência estadual (entre 1986 e 1988), representou, em
média, 7% dos recursos transferidos. A partir de 1989, passou
este imposto à competência exclusiva municipal, embora ainda
fossem registrados pequenos repasses nos anos posteriores
devidos a fatos geradores ocorridos no passado. Nesses casos
os recolhimentos foram feitos com atraso, mas tanto o
quanto o Município eram detentores de seus
tributários respectivos. Assim sendo, faremos uma
exposição do período em que os repasses do 1TB1
significância para a prefeitura.
Estado
créditos
rápida
eram de
Os repasses do 1TB1 registraram as
participações na receita transferida do Município
Janeiro: 1986, 7,2%; 1987, 7,8%; 1988, 6%; 1989,
seguintes
do Rio de
1,6%; 1990,
0,2%. Como pode ser visto nos gráficos (V.23) e (V.24), com a
entrada em vigor do novo Sistema Tributário Nacional, em 1989,
a expressão dos repasses do 1TB1 praticamente desapareceu,
correspondendo os valores remanescentes nos anos posteriores à
liquidação de créditos tributários em atraso.
Ao analisarmos os valores arrecadados
1TB1 dentro do período estudado, verifica-se
através do
tendência
constante de queda de 1986 até 1989. Partindo do patamar
inicial de Cr$ 412,14 Bilhões, equivalentes a
US$ 21,05 Milhões, caiu para Cr$ 346,57 Bilhões, em 1987, e
121.
para o valor de Cr$ 234,28 Bilhões, equivalentes a US$ 14,41
Milhões em 1988. No ano de 1989, com a mudanca na competência
desse imposto, os repasses não passaram de Cr$ 74,80 Milhões,
correspondentes a US$ 5,11 Milhões.
M (J)
~ ~ w O (f) w O I -1 to ... ~
O ::2! w 1 ~ w O w
RECEITAANUALDO ITBI MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO·1986 a 1992
~ 1~1~1~1~1~1~ 1~
ANOS
Gráfico V.23 - Receita do Anual do ITBI em Cr$ Bilhões
122.
(Y) m 2: ~ w O (f) w ~ 1 ..J
:2 1:5 1 :::> :2 w ~ w o
RECEITA ANUAL DO I T B I MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992
~ 1~1~1~1~1~1~ 1~ ANOS
Gráfico V. 24 - Receita do Anual do ITBI em US$ Milhões
123.
124.
V.2.2.4. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS DO F P M
As verbas provenientes do Fundo de Participação dos
Municipios (FPM) representam o principal repasse da União para
o Municipio do Rio de Janeiro. Contribuem para esse fundo dois
impostos federais: o Imposto sobre Renda e Proventos de
Qualquer Natureza (IR); e o Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI)1. Cabe ressaltar que o FPM é composto
por recursos de impostos que sofrem grande pressão do nivel da
atividade econômica.
Embora seja a principal contribuição federal, sua
participação dentro das receitas de transferência situam-se,
em média, no valor de 3,4%, correspondendo à terceira maior
fonte externa de recursos tributários, conforme foi
demonstrado no quadro (V.3) e gráfico (V.25). Ao longo do
periodo de estudo, esta participação percentual manteve-se
constante, registrando o minimo de 3,0% e o máximo de 3,9%.
De acordo com os quadros (V.3) e (V.4), os repasses
do FPM, em 1986, foram de Cr$ 187,93 Bilhões, equivalentes a
US$ 9,54 Milhões. Em 1987 e 1988, sofreram diminuição e, em
1989, estabilizaram-se no patamar de Cr$ 138,78 Bilhões. Em
1990, registraram seu maior valor histórico de Cr$ 206,41
Bilhões, correspondentes a US$ 18,86 Milhões, e tornaram a
apresentar queda nos dois exercicios posteriores, sendo o
repasse do ano de 1992 de Cr$ 179,34 Bilhões, equivalentes a
US$ 12,17 Milhões.
~ A União repassa ao FUndo de Participação dos I1unicipios 22,5% do total da arrecadação desses dois impostos.
A análise em dólar constante, apresentada no
(V.4) e gráfico (V.26) demonstra tendência semelhante
125.
quadro
àquela
em moeda nacional, divergindo contudo na magnitude da variação
entre os diferentes anos. Enquanto os valores em cruzeiro
apresentavam variações máximas de 56% entre o maior e o menor
valor, na análise em dólar aparecem diferenças de cerca de
130%. Cabe ainda ressaltar que na avaliação em dólar, os
repasses de 1992 foram 28% superiores aos de 1986, ao passo
que em cruzeiros registrou-se uma diminuição de 5% em igual
periodo.
No Brasil, conforme relata ROSA [7J, a discussão
sobre a distribuição dos recursos fiscais ganhou força a
partir da Constituição de 1946, que estendeu ao campo
tributário o espirito descentralizador que então imprimia na
organização do Estado brasileiro. Com o texto de 1946,
inaugurou-se uma nova sistemática de distribuição: 10% dos
recursos arrecadados através do Imposto de Renda (IR) seriam
destinados para compor um Fundo a ser partilhado
eqüitativamente entre os Municipios que não fossem capitais.
Desde
repartição dos
então, aprimorou-se a sistemática de
de recursos tributários como forma
redirecionamento das receitas fiscais originárias das
mais ricas para as regiões mais pobres, dentro do
federalismo brasileiro.
regiões
ideal do
Sendo assim, foram criados os seguintes mecanismos
de partilha de receitas tributárias federais: a) Fundo de
Participação dos Municipios (FPM); b) Fundo de Participação
126.
dos Estados e do Distrito Federal (FPE)1; e c) Fundo Especial
(FE)2. Esses fundos eram alimentados por recursos provenientes
do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI). O quadro (V.5) apresentado a seguir
mostra a evolução das percentagens da arrecadação do IR e IPI
destinadas aos referidos fundos, podendo-se observar como
esses percentuais variaram ao longo do tempo em função ora da
concentração de poder politico pelo Governo Federal, ora por
problemas de caixa gerados a nivel da execução financeira da
União.
ANOS FPEC&) FPM TOTAL (%)
1966-68 10,0 10,0 20,0 1969-75 7,0 5,0 12,0 1976 8,0 6,0 14,0 1977 9,0 7,0 16,0 1978 10,0 8,0 18,0 1979-80 11,0 9,0 20,0 1981 12,0 10,0 22,0 1982-83 12,5 10,5 23,0 1984 14,5 13,5 28,0 1985 16,0 16,0 32,0 1986 16,0 17,0 33,0 1987-88 14,0 17,0 31,0
Fonte: Rosa, José Rui G., "Impacto Financeiro da Reforma Tributária nos Recursos Disponiveis da União, Estados e Municipios", in O Sistema Tributário na Nova ConstituiçKo: da Crise Financeira às Perspectivas com o Novo Sistema, org. Roberto Bocaccio Piscitelli, Editora Universidade de Brasilia, Brasilia, 1988.
(a) Inclui 2% do Fundo Especial (FEl, cujos recursos eram aplicados basicamente em Estados de menor de desenvolvimento, porém com critérios distintos daqueles que regulam o FPE.
Quadro V.5 - Percentual de Destinações da Receita do IR e IPI aos Fundos de Participação no Periodo de 1966 a 1988.
I O FUndo de ParticipeçKo dos Estados e Distrito Federal foi criado pela Emenda Constitucional nQ 18/65, regulamentada pela Lei nQ 5.172/66.
2 Os recursos do FUndo Especial (FE) visavam ao financiamento dos gastos pliblicos.
127.
A partir da promulgação da Constituição Federal de
1988, iniciou-se o amplo projeto de redemocratização politica
do pais e, com isso, exigiu-se uma efetiva ampliação da
repartição da riqueza concentrada nas mãos da União. Dessa
forma, foram aumentadas significativamente os repasses
federais para os três fundos já existentes1 , tendo como fonte
as receitas do IR e IPI somados. Coube ao FPE 21,5% desses
recursos, ao FPM 22,5% e ao FFP 3%.
Foi criado, ainda, o Fundo de Ressarcimento à
Exportação de Manufaturados (FRE)2, antiga reinvindicação dos
Estados, com 10% do total arrecadado pelo IPI, destinando 75%
destes para os Estados e 25% para os Municipios como forma
compensatória pela isenção ICMS na exportação de produtos
manufaturados.
Do total arrecadado para o FPE, 85% destinam-se aos
Estados das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, restando
os outros 15% a serem encaminhados àqueles das Regiões Sul e
Sudeste. Os percentuais de cada Estado estão fixados em Lei
Complementar [24].
Dos recursos que afluem ao FPM, somente 10%
~ Foram mantidos o F.PE e o F~, tendo sido o FUndo Especial (FEJ substituído pelo Fundo de Financiamento à Produção (FFPJ das Regiões Norte, Nordeste e Gentro-Deste, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurado ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à regiDo. Para este novo fundo foram destinados 3% das receitas do IR e do IPI, mas que só podem ser aplicados no setor produtivo, não mais financiando os gastos públicos.
2 A parcela destinada a cada Estado e bUnicípio será proporcional ao esforço e~rtador ~reendido em seus territórios, não podendo ser destinados mais que 20% a nenhUll1B unidade federada, devendo o eventual excesso ser distribuído aos demais participantes.
128.
destinam-se aos Municipios das capitais, 86,4% aos demais
Municipios e 3,6% são, adicionalmente, repartidos entre os
Municipios com mais de 156.000 habitantes, excluidos destes os
das capitais. Os coeficientes individuais de cada Municipio
são fixados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), mediante
aplicação de critérios também definidos na legislação. Para os
Municipios das capitais e para o adicional transferido àqueles
mais populosos, são consideradas a população e o inverso da
renda per capita. Para os demais Municipios, considera-se
exclusivamente a população do Municipio, informada ao TCU pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE) [24].
Sendo assim, o novo texto constitucional ampliou
substancialmente os recursos destinados aos Estados e
Municipios que, a partir de 1993, receberão 44% da receita do
IR e 54% do IPI. Entretanto, a implantação da distribuição
temporal desses recursos ocorreu de forma gradativa, conforme
pode ser visto no quadro (V.6) apresentado a seguir.
1986 1969 1990 1991 1992 1993
FPE 18,0% 19,0% 19,5% 20,0% 20,5% 21,5% FPM 20,0% 20,5% 21,0% 21,5% 22,0% 22,5% FFP(a) 3,0% 3,0% 3,0% 3,0% 3,0% 3,0% FRE(b) 10,0% 10,0% 10,0% 10,0% 10,0%
Estados 2,5% 2,5% 2,5% 2,5 2,5% Municipios 2,5% 2,5% 2,5% 2,5 2,5%
(a) Embora destinados às regiões Norte,Nordeste e Centro-Oeste não objetiva ao financiamento dos gastos públicos, mas, sim, ao setor produtivo.
(b) Recursos originário somente do IPI.
Quadro V.6 - Percentual de Destinações da Receita do IR e IPI aos Fundos após a Constituição de 1968.
129.
Em pesquisa realizada junto ao Departamento do
Tesouro Nacional (DTN/RJ), foi possivel a obtenção dos dados
mensais, em moeda corrente, referentes ao total de recursos
destinados tanto ao FPM como um todo, quanto ao Municipio do
Rio de Janeiro, especificamente. Esse levantamento foi feito
através do Sistema Integrado de Administração Financeira
(SIAFI), do Governo Federal, disponivel nos bancos de dados do
SERPRO, levantando-se valores desde janeiro de 1989 até
dezembro de 19921 . Esses dados históricos foram deflacionados
pelos processos já mencionados e tabulados mensalmente em
moeda constante de janeiro de 1993 (ANEXO 11). As informações
consolidadas estão apresentadas no quadro (V.7), onde figuram
os recursos anuais do FPM a nivel nacional e aqueles
destinados ao Municipio do Rio de Janeiro.
FPM FPM Participo FPM FPM Participo ANO Nacional RJ RJ Nacional RJ RJ
Cr$ BI Cr$ BI (%) US$ BI US$ BI (%)
1989 50.099 240 0,48 3.704 17 0,45 1990 76.277 214 0,28 7.056 20 0,28 1991 64.923 201 0,31 4.833 15 0,31 1992 60.382 187 0,31 4.136 13 0,31 Média 62.920 211 0,35 4.932 16 0,34
Quadro V07 - Percentual de Destinações da Receita do IR e IPI aos Fundos a partir da Constituição de 19880
~ No SIAFI ainda não estão disponiveis os dados referentes aos anos anteriores a 1989, mas cama o percentual de repasse ao ~icipio do Rio de Janeiro é muito pequeno, seu ~cto sobre a análise não será muito significativo.
130.
Analisando-se o quadro anterior percebe-se que o
Municipio do Rio de Janeiro não se encontra entre aqueles1 que
recebem fatias significativas do FPM. Entre os anos de 1989 e
1992, já com as novas formas de distribuição previstas pela
nova Constituição, esse Municipio recebeu anualmente, em
média, Cr$ 210,47 Bilhões, equivalentes a US$ 16,10 Milhões, o
que representou somente 0,35% do total nacional, sendo que em
1991 e 1992 essa percentagem foi de 0,31%. Como foi dito
anteriormente, a parcela referente ao FPM dentro das receitas
transferidas foi de 3,8% em 1991 e 1992. Isto demonstra como
uma Capital Estadual é bem pouco favorecida pela atual forma
de repasse federal para os MUnicipios brasileiros, mesmo que
esta concentre os maiores contingentes populacionais e,
conseqüentemente, possua maiores necessidades de recursos para
atender a essa população.
~ COmo às ~itais Estaduais sgo destinados somente 10% do total do FHY, os pequenos bUnioipios foram benefioiados de forma bem desigual, sendo alguns eventualmente oontemplados oom quantias exoessivas a sua oapaoidade de gastos.
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RECEITA ANUAL DO F P M MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992
w O w ~ 1~1E1~1~1~1~ 1~
ANOS
Gráfico V_25 - Receita do Anual do FPM em Cr$ Bilhões
131.
132.
RECEITA ANUAL DO F P M MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992
Gráfico V.26 - Receita do Anual do FPH em US$ Milhõee
133.
V.2.2.5. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS FEDERAIS REMANESCENTES
As receitas federais de transferência que não foram
elencadas anteriormente correspondem àquelas provenientes do
Impostos Onicos que vigoravam antes na nova Constituição e dos
novos tributos federais por ela estabelecidos. Integravam
essas receitas, até 1988, as parcelas dos repasses referentes
aos seguintes impostos: Imposto Onico sobre Minerais; Imposto
Unico sobre Combustiveis e Lubrificantes Liquidos ou Gasosos;
Imposto Onico sobre Energia Elétrica; Imposto sobre
Propriedade Territorial Rural; e o Imposto sobre Serviços de
Transpote Intermunicipal e Interestadual. A partir de 1989,
essas receitas passaram a vir dos seguintes impostos: Imposto
sobre Propriedade Territorial Rural; Imposto sobre Operações
Financeiras com Ouro, definido como ativo financeiro;
Participação no IPI de Exportaçã0 1 ; e Participação nos
Royalties2 .
Apesar do grande número de fontes que integram essas
receitas federais remanescentes, ao longo do período de
estudo, sua participação média não chegou a alcançar 2% das
transferências totais. Analisando-se os valores transferidos
em cruzeiros constantes, observa-se que o ano com maior
2 A COnstituição de 1888 estabeleceu que os Estados e o Distrito Federal têm direito a 10% da arrecadação do IPI como forma compensatória do ICH5 que não mais incide sobre a exPOrtação de manufaturados. Os l1zmicipios desses Estados exPOrtadores de manufaturados têm direito a 25% do que for recebido, sendo rateados segundo o meBmO critério de rateio do ICH5.
2 A COnstituição de 1888, em seu art. 20, § 19, assegurou aos Estados, ao Distrito Federal, e aos l1zmicipios participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hidricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.
134.
contribuição foi o de 1988, com o total de Cr$ 164,10 Bilhões,
equivalentes a US$ 10,14 Milhões, correspondendo a 4,2% das
transferências totais, ainda sob o antigo regime de
distribuição de rendas federais. No ano de 1992, essa
participação limitou-se a 1,3%, com o total de recursos de
Cr$ 2,00 Bilhões, equivalentes a US$ 0,14 Milhões.
V.2.3. A EVOLUÇAO DAS RECEITAS TRIBUTARIAS TOTAIS NO DB 1986 A 1992
Conforme explicado anteriormente, as
135.
PKRIOOO
Receitas
Tributárias Totais do Municipio do Rio de Janeiro são o
resultado da composição da Receita Própria e da Receita de
Transferência. O comportamento das duas componentes foi
distinto ao longo do periodo estudado, embora ambas tenham
registrado crescimento bem acentuado. Tanto em cruzeiros
constantes, quanto em dólares constantes, essas componentes
apresentaram os mesmos percentuais de contribuição à
disponibilidade total de recursos tributários, embora em
valores absolutos haja divergências entre os anos em que se
deram os máximos e os minimos.
A Receita Total, analisada em cruzeiros apresentou
queda de 1986 para 1987 e 1988, quando registrou seu menor
valor, começando a crescer acentuadamente a partir de 1989,
alcançando seu maior valor histórico em 1991 e voltando a cair
no exercicio fiscal de 1992, embora situando-se ainda em
patamar bem superior ao de 1986. Já a análise em dólar
evidencia tendência semelhante, embora o máximo encontrado
situe-se no ano de 1990, ou seja, um ano antes do pico em
cruzeiros. Estão apresentados nas páginas seguintes os quadros
e gráficos com os valores e composição da arrecadação total do
Municipio do Rio de Janeiro.
A análise em moeda constante evidencia que a
participação da Receita Própria apresentou média de 62% ao
longo do periodo pesquisado, indicado no quadro (V.8). Em
1986, o Municipio do Rio de Janeiro possuia uma capacidade de
136.
geração própria de recursos tributários da ordem de 56% do
total disponivel. Essa capacidade própria foi crescendo ano
após ano até 1989, quando registrou o valor de 62%. Em 1990,
voltou praticamente ao mesmo nivel de 1986, com 58%. Em 1991
aconteceu a maior participação, com 73%, tornando praticamente
a repetir este percentual em 1992, com 71%. Se considerarmos
os dois per iodos que envolvem a promulgação da Constituicão de
1988, verificaremos que até 1988, a Receita Própria respondia,
em média por 58% do total, tendo sido elevada esta
participação para 66% entre 1989 e 1992. Ao mesmo tempo, a
Receita de Transferência declinou sua participacão média de
42%, até 1988, para 34% entre 1989 e 1992.
A Receita Tributária Total em 1986 foi de Cr$ 13.003
Bilhões, equivalentes a US$ 659 Milhões. Naquele ano, com a
decretação do Plano Cruzado, o pais viveu um periodo de forte
crescimento econômico, tendo o PIB nacional aumentado 7,6%, e
o PIB a nivel estadual 14,6%, evidenciado no gráfico (V.29l. A
Receita Própria era de Cr$ 7.270 Bilhões, equivalentes a
US$ 368 Milhões, representando 56% do total. A Receita de
Transferência era de Cr$ 5.733 Bilhões, equivalentes a US$ 291
Milhões, correspondendo a 44% do total.
Nos anos de 1987 e 1988, a disponibilidade total de
recursos do Municipio esteve em um patamar 10% inferior ao de
1986, situando-se em torno de Cr$ 10.000 Bilhões, equivalentes
a US$ 600 Milhões. Verifica-se, nesse periodo, um pequeno
acréscimo na participação da geracão própria, a lc anc ando o
valor de 60% em 1988. Este foi um periodo caracterizado pelo
recrudescimento inflacionário, entremeado por fases de
137.
expansão e retração da atividade econômica e mais um novo
plano de estabilização - Plano Bresser, em junho de 1987.
Embora o PIB nacional tenha crescido 3,6% em 1987 e
praticamente mantido-se constante em 1988 (-0,08%), o PIB
estadual diminuiu 2,5% em 1987 e 0,2% em 1988.
A partir de 1989, quando começam a ser produzidos os
primeiros efeitos do novo Sistema Tributário Nacional da
Constituição Federal de 1988, observa-se uma melhoria bem
significativa nas receitas tributárias do Municipio, e essa
tendência manter-se-á até o ano de 1991. O ano de 1989 começa
com o Plano Verão em 15 de janeiro, trazendo
econômico e mais uma tentativa de controle
Neste ano, o PIB brasileiro cresceu 3,2% e o
de 3,6%.
mais um choque
inflacionário.
local aumentou
A Receita Tributária Total em 1989 foi de Cr$ 12.497
Bilhões, aproximadamente U$ 912 Milhões. Se compararmos os
valores em cruzeiros, verificaremos que estes ainda estão 4%
abaixo daqueles de 1986. Já na análise em dólares,
observaremos um crescimento da ordem de 38% sobre o ano de
inicio do estudo. Esta discrepância entre as duas análises
pode estar relacionada com o congelamento artificial imposto
ao câmbio e aos indices oficiais de medida da inflação.
Portanto, registrou-se aumento significativo das duas
componentes das receitas municipais em dólar, mas em cruzeiro
só nas receitas próprias.
O Brasil começa o ano de 1990 com indices
inflacionários mensais superiores a 50%, o que fez com que o
138.
novo governo eleito em 1989 desfechasse o mais arrojado plano
de estabilização econômica da história brasileira. Baseado em
confisco de haveres monetários, drástica redução de atividade
econômica e profunda tentativa de desindexação da economia, o
Plano Brasil Novo conseguiu diminuir muito as taxas
inflacionárias, assim como o PIB a nivel nacional, que caiu 4%
naquele ano, enquanto o PIB a nivel estadual diminuiu 9% no
mesmo periodo.
Entretanto, em 1990, o novo ordenamento tributário
nacional já produzia seus efeitos com maior intensidade~ e,
mesmo com a dificil conjuntura nacional, as receitas
municipais registraram crescimento bem significativo,
indicando a análise em dólar como sendo este o ano de maior
disponibilidades de recursos tributários.
A Receita Tributária Total foi de Cr$ 16.354
Bilhões, cerca de U$ 1.508 Milhões. A Receita Própria
representou 58% do total com Cr$ 9.456 Bilhões, equivalentes a
US$ 877 Milhões, enquanto a Receita de Transferência2 foi de
Cr$ 6.898 Bilhões, aproximadamente US$ 631 Milhões.
Concorreram decisivamente para este resultado duas
arrecadações em particular: a) o IPTU, dentro das receitas
próprias, cresceu 75% em cruzeiro e 70% em dólar e foi o fator
2 O Novo Sistema Tributário Nacional, conforme e~sto anteriormente, começou a produzir seus efeitos a partir de março de 1989. Todavia, esses efeitos são sentidos gradualmente ao longv dos anos seguintes, UO/a vez que o novo sistema somente estará plenamente em funcionamento a partir de 1993, quando os Fundos de Participação dos Estados e dos liUnicipios passarão a receber a totalidade dos recursos previstos.
2 A Receita de Transferéncia apresentou o maior valor histórico, dentro do periodo estudado, em 1990, tanto pela análise em cruzeiro quanto em dólar constante.
139.
preponderante; b) o ICMS, dentro das transferências, com
aumento de 45% em cruzeiro e 75% em dólar. Note-se, ainda, que
neste ano ocorreu um grande crescimento na arrecadação própria
das TAXAS, dobrando seu valor real e alcançando o patamar de
US$ 80 Milhões anuais, superando as receitas do ITBI e do IVVC
somadas.
Em 1991, observa-se a continuidade do combate à
inflação e a recessão continua a aprofundar-se, tendo o PIB a
nível nacional e estadual apresentado crescimento de apenas O,
9%. Não obstante ao agravamento da conjuntura econômica, as
disponibilidades dos recursos tributários do Município
continuaram a crescer em cruzeiros, desta vez impulsionadas
muito mais pela arrecadação própria do que pela transferida. A
Receita Total do Município foi de Cr$ 18.637 Bilhões,
aproximadamente US$ 1.386 Milhões, sendo composta da Receita
Própria de Cr$ 13.553 Bilhões, equivalentes a US$ 1.008
Milhões~, e da Receita de Transferência de Cr$ 5.084 Bilhões,
cerca de US$ 378 Milhões. Neste ano, a geração própria de
recursos representou cerca de 73% do total a maior
participação do período, tendo sido alavancada prinCipalmente
pelo IPTU, que apresentou crescimento real de quase 74% em
cruzeiro e 40% em dólar constante. Em segundo lugar veio o
crescimento de 40% das TAXAS e, em terceiro, o aumento de 13%
do ISS.
No exercício fiscal de 1992, a Receita Tributária
1 A Receita Própria apresentou seu maior valor hist6rico, dentro do periodo estudado, em 1991, tanto pela análise em cruzeiro quanto em d6lar constante, tendo superado o patamar de US$ 1,00 BilhKo.
140.
Total foi de Cr$ 15.795 Bilhões, equivalentes a US$ 1.079
Milhões. Neste ano, o PIB brasileiro registrou diminuição de
0,94% e, à época da finalização deste trabalho, ainda não
havia sido concluído o levantamento referente ao PIB estadual.
Todavia, como ao longo do tempo o PIB local acompanha o
nacional, assim como houve queda na arrecadação estadual do
ICMS, pressupõe-se redução semelhante no mesmo. Assim sendo,
considerando-se uma conjuntura econômica mais desfavorável no
ano de 1992, a Receita Total apresentou queda real de 15% em
cruzeiro constante e 22% em dólar constante em relação ao ano
anterior.
A composição da Receita Total indicou uma pequena
diminuição da parcela própria, em função de pequeno
crescimento na parcela transferida. A Receita Própria foi de
Cr$ 11.223 Bilhões, aproximadamente US$ 766 Milhões e
representando 71% do total, enquanto que a Receita Transferida
de Cr$ 4.572 Bilhões, cerca de US$ 313 Milhões correspondeu a
29% do total. No tocante à Receita Própria, todos os tributos
apresentaram queda em sua arrecadação, mas a diminuição de
cerca de 30% no IPTU foi a grande responsável por este
desempenho 17% menor dos recursos próprios em cruzeiro e 24%
em dólar. Quanto às Receitas de Transferência, também houve
redução geral de cerca de 10% em todos os tributos, sendo o
maior volume perdido situou-se no repasse do ICMS que
apresentou queda de 9% em cruzeiro constante e 17% em dólar
constante.
ANO
1986 1987 1988
MEDIAI 1989 1990
1991 1992
MEDIA 2
MUNIOPIO DO RIO DE JANEIRO RECEITA TRIBUTARIA ANUAL
EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993
(1986 A 1992)
RECEITA RECEITA RECEITA PROPRlA TRANSFERIDA TOTAL
(Cr$JAN/93) (Cr$JAN/93) (Cr$JAN/93)
7.270 5.733 13.003 6.372 4.434 10.806 :5.885 3.889 9.774
6509 4.685 11.194
7.796 4.702 12.497
9.456 6.898 16.354
13.553 5.084 18.637 11.223 4.572 1:5.795 10.507 :5.314 15.821
MUNIOPIO DO RIO DE JANEIRO RECEITA TRIBUTARIA ANUAL EM PERCENTAGEM
( 1986 A 1992)
RECEITA RECEITA RECEITA ANO PROPRlA TRANSFERIDA TOTAL
(%) (%) (% )
1986 56% 44% 1000/" 1987 59% 41% 100%
1988 60% 40% 1000/" MEDIAI 58% 42% 1000/"
1989 62% 38% 1000/" 1990 58% 42% 1000/" 1991 73% 27% 100% 1992 71% 29% 1000/"
MEDIA 2 660/" 34% 1000/"
Quadro V.8 - Receita Total Anual em Cr$ Bilhões
141.
(")
ID
Z" ~ w O (Q w O I ...J tO ~ ~
O :2 w ;! w O W lI:
RECEITA TRIBUTARIA TOTAL ANUAL MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO-1986 a 1992
1 1
1
1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 ANOS
Gráfico V_27 - Receita Total Anual em Cr$ Bilhões
142.
ANO
MUNICIPIO DO RlO DE JANEIRO RECEITA TRlBUTARlA ANUAL
EM US$ MILHOES DE JANEIRO DE 1993
( 1986 A 1992)
RECEITA RECEITA RECEITA PROPRlA TRANSFERlDA TOTAL
143.
(US$ MILHOES) (U5$ MILHOES) (US$ MILHOES) 1986 368 291 659 1987 355 247 602 1988 362 239 602
MEDIAI 362 259 621 1989 563 349 912 1990 877 631 1.508
1991 1.008 378 1.386 1992 766 313 1.079
MEDIA 2 804 418 1.221
MUNICIPIO DO RlO DE JANEIRO RECEITA TRIBUTARlA ANUAL EM PERCENTAGEM
( 1986 A 1992)
RECEITA RECEITA RECEITA ANO PROPRlA TRANSFERlDA TOTAL
(%) (% ) (%)
1986 56% 44% 100%
1987 590/ .. 41% 100%
1988 600/ .. 40% 1000/ .. MEDIAI 58% 42% 100%
1989 62% 38% 1000/ ..
1990 58% 42% 1000/:. 1991 73% 27% 1000/1> 1992 71% 290/ .. 1000/ ..
MEDIA 2 66% 34% 1000/ ..
Quadro V.9 - Receita Total Anual em US$ Milhões
RECEITA TRIBUTARIA TOTAL ANUAL MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO·1986 a 1992
'" m Z: 1 ~ .nr. !L.I ...................•............................................... w 1 ~ l~·U········································c ........................ .
~ l~·U·················································· .................. . I ~
:: ~ (j) :J ~ w ~ w O W lI: 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992
ANOS
Gráfico V.28 - Receita Total Anual em US$ Milhões
144.
145.
EVOLUCAO DO Pffi NACIONAL E ESTADUAL 1980 A 1992
s ~ 120 .............................................................................................................................. .
1115 ............................................................................................................................... . o ~ 110 ................................................................................................................................ .
11
W Ü O Z Ó lI: W
~ 90 ............................................................................................................................... . Z
~~--.-~--r-~-.--.--.--r--r-.--.--.~ 1980 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 1992
ANOS
I ~ PS NACIONAl. ....... PB EBTADt..JtU. I
Gráfico V.29 - Evolução do PIB a Nivel Nacional e Estadual
V.3. A CONTRIBUIÇXO DA CONSTITUIÇXO FEDERAL DE 1988 AS RECEITAS TRIBUTARIAS DO HUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
146.
Uma vez que já se disponham das duas componentes da
Receita Tributária Total do Municipio do Rio de Janeiro em
moeda constante e com a abertura suficiente para poder-se
identificar cada parcela, passaremos ao levantamento efetivo
da contribuição financeira ocasionada pela promulgação da
Constituição Federal de 1988.
Essa contribuição deu-se nos dois niveis da receita,
todavia com intensidades diferentes, mas em ambos com bastante
significância. Nos quadros (V. 10) e (V.11), procurou-se
sintetizar o efeito causado pela entrada em vigor do novo
Sistema Tributário Nacional em março de 1989.
Para tanto, optou-se por considerar o total anual da
receita que foi adicionada às disponibilidades tributárias do
Municipio do Rio de Janeiro, seja pela arrecadação direta,
seja pelos repasses estadual e federal. Não se poderia
esquecer da outra parcela, que aparece entre parênteses,
resultando não em perda, mas sim em uma parte da receita que
teria vindo para o Municipio, caso houvessem sido mantidas as
regras anteriores. Assim sendo gerou-se um valor médio anual
tanto para as novas receitas que passaram a reforçar o caixa
do Municipio, quanto para aquelas que não mais ingressaram
nele.
ANO
1987
1988
1989 1990
1991
1992
TOTAL
Media Desv-Pad
MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
CONTRIBUICAO DA CONSTITUICAO DE 1988
SOBRE AS RECEITAS TRIBUTARIAS
( Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993 )
147.
RECEITA PROPRlA RECEITA TRANSFERIDA
I C MS IMPOSTOS lTBI lWC ENERGlA+ INDUSTRIA+ UNICOS
Estadual Municipal SERVlCOS COMERCIO FEDERAIS (347) O O O O (78) (324) O O O O (164) (75) 501 340 541 951 (31)
O 433 394 1.106 957 O O 454 417 855 707 O O 449 369 1.017 617 O
(671) 1.336 1.520 3.520 3.232 (242) (224) 445 380 880 808 (81) 158 9 29 215 149 67
Quadro V.10 - Contribuição financeira da Constituição de 1988 em Cr$ Bilhões
ANO
1986
1987
1988 1989 1990
1991
1992
TOTAL
Media Desv-Pad
MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
CONTRIBUlCAO DA CONSTITUlCAO DE 1988
SOBRE AS RECEITAS TRIBUTARIAS
( US$ MILHOES DE JANEIRO DE 1993 )
148.
RECEITA PROPRIA RECEITA TRANSFERIDA
I C MS IMPOSTOS
ITB I 1VVC ENERGIA + INDUSTRIA+ UNICOS
Estadual Municipal SERVICOS COMERCIO FEDERAIS (21) O O O O (2)
(19) O O O O (3)
(14) O O O O (9)
(5) 38 25 42 70 (2) O 40 36 102 88 O
O 34 31 64 53 O O 31 25 70 42 O
(55) 104 118 277 253 (14)
(18) 35 29 69 63 (5) 3 4 5 21 17 3
Quadro V.ll - Contribuição financeira da Constituição de 1966 em US$ Milhões
149.
No tocante ã Receita Própria, como foi visto, dois
novos impostos passaram ã competência municipal: a) ITBI; e b)
IVVC. Entretanto, no caso do ITBI, será necessário abatermos a
parcela referente ao repasse que o Municipio já recebia em
virtude do antigo Imposto de Transmissão, de
estadual. Não foi computado o ano de 1989 para o
competência
cálculo da
média do repasse do ITBI Estadual, uma vez que somente durante
dois meses do ano (janeiro e fevereiro) houve transferência
dessas verbas. Isto poderia levar a grandes distorções no
cálculo do valor médio, que foi levantado para os anos de 1986
a 1988. Quanto ã contribuição do ITBI Municipal, calculou-se
sua média levando-se em conta o per iodo de 1989 a 1992, pois,
ao longo do primeiro ano, sua arrecadação já fora feita
durante dez meses.
o efeito causado pela cobrança do IVVC foi computado
em valores médios durante os últimos quatro anos da análise,
pois este também começou a vigorar em março de 1989.
g interessante observar-se que o ITBI apresentou
comportamento bem mais constante tanto como repasse estadual
quanto como arrecadação própria, se for comparado ao
ITBI Municipal passou a adicionar anualmente,
Cr$ 445 Bilhões, equivalentes a US$ 35 Milhões, a
IVVC. O
em média,
partir de
1989; todavia, a Prefeitura deixou de receber a
ITBI Estadual que, até 1988, apresentou valor anual
Cr$ 361 Bilhões, correspondentes a US$ 18 Milhões.
parcela
médio
do
de
A contribuição anual média do IVVC ao Tesouro
Municipal a partir de 1989 foi de Cr$ 380 Bilhões, cerca de
150.
US$ 30 Milhões.
Quando se passa a analisar o efeito da Constituição
sobre as Receitas de Transferência, vê-se que estas dividem-se
em dois grupos: a) Transferências Estaduais; e b)
Transferências Federais.
A contribuição originada pelas Transferências
Federais aparecem com sinal negativo pois representam aqueles
recursos provenientes dos Impostos IJnicos Federais
(IUM, IUEE, IULC, etc.) que também deixaram de ingressar no
Tesouro Municipal a partir de 1989~. Essa "perda" média anual
referente ao periodo de 1986 a 1988 foi de Cr$ 95 Bilhões,
equivalentes a US$ 5 Milhões. A rigor, deveria ser necessária
a inclusão, neste item, do adicional proveniente do IPI de
Exportação e dos Royalties recebidos pelo Municipio a partir
de 1989. Entretanto essa parcela não chegou a representar
sequer 1% das Transferências Totais.
Por outro lado, ao analisar-se a contribuição
proveniente das Transferências Estaduais, verifica-se que
estas representam a maior parte do efeito provocado pela
entrada em vigor da nova Constituição. Reflete-se dentro do
adicional que foi embutido no novo ICMS e que se localiza em
dois subgrupos: a) Energia e Serviços; e b) Indústira e
Comércio.
Sob a designação de Energia e Serviços, encontra-se
~ Da meBlIla forma oomo no oaso do ITBI Estadual, não foi oOll1PUtado o ano de 1989 para não preJudioar o oáloulo da média porque esses ~stos s6 vigoraram até fevereiro desse ano.
151.
a antiga participação municipal nos extintos Impostos Onicos
Federais, incluindo agora também os serviços de comunicações e
de transportes. Ao comparar-se esta coluna com as
Transferências Federais, fica evidenciada a grande ampliação
de receita que o Município do Rio de Janeiro passou a receber
em comparação à sistemática anterior. Petróleo, energia
elétrica, serviços de comunicações e de transportes passaram a
adicionar aos cofres municipais, entre 1989 e 1992, a média
anual de Cr$ 880 Bilhões, equivalentes a US$ 69 Milhões.
Dentro do subgrupo Indústria e Comércio, aparece o
acréscimo de 5% sobre a parcela que era repassada aos
Municípios proveniente do antigo ICM. Essa coluna foi obtida
calculando-se 5% do novo ICMS, cobrado à indústria e ao
comércio. Depois fez-se o rateio desses 5% através do Indice
de Participação do Município do Rio de Janeiro, dentro do
período
adicional
considerado,
de receita
Esse
Federal
significou
ou seja, entre 1989 e 1992.
concedido pela Constituição
a média de Cr$ 808 anualmente, Bilhões,
equivalentes a US$ 63 Milhões. Note-se que este item equivale
a cerca de 90% da parcela apropriada pelo Município sobre
Energia e Serviços.
Dessa forma, o ICMS contribui, entre os dois
subgrupos, com o adicional médio anual de Cr$ 1.688 Bilhões,
equivalentes a US$ 132 Milhões. Esses valores poderiam ter
sido cerca de 15% superiores, caso o Indice de Participação do
Município do Rio de Janeiro não houvesse sido tão penalizado
pela Lei Estadual nQ 1.689/90. Essa perda embutida no repasse
do ICMS foi da ordem de Cr$ 317 Bilhões, correspondentes a
152.
US$ 23 Milhões médios.
Assim sendo, estabeleceu-se a equação seguinte que
visa a tentar quantificar o impacto total da entrada em vigor
da Constituição Federal de 1988 sobre as receitas tributárias
do Município do Rio de janeiro, em termos médios anuais, para
o período de análise.
CCONST ss = ITBI M - ITBI E + IVVC M + ICMS E - IUF F
onde:
CCONST ss = Contribuição da Constituição de 1988;
ITBI M = componente do ITBI Municipal;
ITBI E = componente do ITBI Estadual;
IVVC M = componente do IVVC Municipal;
ICMS E = componente do ICMS Estadual;
IUFF = componente dos Impostos Unicos Federais;
A contribuição em cruzeiros constantes revelou o
valor médio anual de Cr$ 2.057 Bilhões, resultante da equação:
CCONST BB = 445 - 361 + 380 + 880 + 808 - 95
CCONST BB = 2.057
A contribuição em dólares constantes revelou o valor
médio anual de US$ 174 Milhões, resultante da equação:
CCONST SB = 35 - 18 + 30 + 69 + 63 - 5
CCONST BB = 174
153.
Portanto, conforme a metodologia proposta neste
trabalho, avaliou-se o impacto causado pelos novos
dispositivos constitucionais sobre as receitas tributárias do
Município do Rio de Janeiro. Sua quantificação levou ao valor
global de Cr$ 2.057 Bilhões, equivalentes a US$ 174 Milhões
por ano, em média, de recursos que passaram a reforçar o caixa
municipal em comparação com a sistemática anterior.
g interessante analisar-se essa contribuição à luz
da evolução das receitas tributárias totais do Município do
Rio de Janeiro. Fica evidenciado que essas receitas totais
cresceram bastante após a promulgação da Constituição de 1988,
conforme demonstram os quadros (V.8) e (V.9).
o impacto ocasionado pela nova Carta Magna foi bem
significativo, processando seus efeitos muito mais sobre as
transferências, em especial as estaduais, do que sobre as
receitas próprias. Do valor médio anual adicionado pela
Constituição, somente 27% correspondiam ao acréscimo conferido
ao ITBI Municipal e ao IVVC, referindo-se os 73% restantes ao
ICMS, utilizando-se o dólar como referência, segundo o gráfico
(V.30). Caso use-se o cruzeiro, esses percentuais serão de 23%
e 77%, respectivamente, conforme o gráfico (V.31). Todavia, ao
compararem-se os valores das linhasl. "M:E:DIA 1" e "Ml!:DIA 2" dos
quadros mencionados, verifica-se que o crescimento da Receita
Própria (122% em dólar e 61% em cruzeiro) foi bem superior
àquele experimentado pela Receita Transferida (61% em dólar e
~ ''f1lJDIA 1" representa a média aritmética entre os tres primeiros anos do quadro (1886 a 1888), enquanto ''l1l1DIA 2" refere-se aos quatro anos seguintes (1888 a 1992).
154.
13% em cruzeiro).
Na análise em dólar, observa-se aumento de 97% das
receitas totais, passando a média anual até 1988 de US$ 621
Milhões para US$ 1.221 Milhões entre 1989 e 1992. Se
debitarmos desse acréscimo médio anual de US$ 600 Milhões o
valor médio calculado de US$ 174 Milhões, ainda assim sobrarão
US$ 426 Milhões. Essa diferença, que representa 71% do
acréscimo total em dólar, é proveniente do esforço de geração
de recursos próprios, sobretudo do IPTU, como indica o
gráfico (V.32).
Na análise em cruzeiro, o crescimento verificado foi
de 41% das receitas totais, elevando-se a média anual de
Cr$ 11.194 Bilhões, até 1988, para Cr$ 15.821 Bilhões após
1989. Se debitarmos do acréscimo médio anual de Cr$ 4.627
Bilhões o valor médio calculado de Cr$ 2.057 Bilhões, restarão
Cr$ 2.570 Bilhões. Essa diferença, que representa 56% do
acréscimo total em cruzeiro, representa a parcela extra de
recursos próprios, sobretudo do IPTU. Note-se que neste caso,
não só o crescimento percentual das disponibilidades totais é
bem menor, como também a capacidade adicional de geração
própria não se mostrou tão eficaz.
Assinala ANDRADE [25] que a Prefeitura do Rio de
Janeiro, assim como as de São Paulo, Belo Horizonte e
Salvador, apresentou deficit econômico no periodo de 1975 a
1987, em que as despesas totais superaram
receitas liquidas. Ficou demonstrado
constantemente as
um desequilibrio
conjuntural das contas públicas municipais, uma vez que o
155.
nivel de atividade econômica esteve bem elevado nesse periodo,
entremeado por poucos anos de recessão. Tal desequilibrio
levou essas Capitais Estaduais a aumentarem significativamente
seu nivel de endividamento, o que também pressionava seus
resultados financeiros anuais por intermédio do aumento dos
encargos das dividas. Fazia-se necessário, então, aumentar a
capacidade de geração própria de recursos para evitarem a
dependência dos repasses estadual e federal que, muitas vezes,
ficavam condicionados a questões politicas ou a atrasos
administrativos entre as diferentes esferas de governo.
Nesse sentido, pode-se observar um grande esforço do
Municipio do Rio de Janeiro para aumentar sua capacidade
própria de geração de recursos tributários, evidenciando-se a
partir de 1989, conforme demonstram os quadros (V.1) e (V.2).
MENEGHETTI [26] ressalta que os Municipios das Capitais foram
obrigadas a buscar fontes próprias de recursos, pois na nova
repartição de receitas tributárias federais, estes continuaram
a receber parcela bem pequena do Fundo de Participação dos
Municipios. Concorreu para o aumento das fontes próprias,
sobretudo, o progressivo aumento real do IPTU, que vinha
apresentando tendência de queda. Houve também crescimento nas
receitas do ISS e um aumento proporcionalmente maior na
arrecadação das Taxas.
156.
CONTRmmCAO DA CONS'TITUICAO/88 Percentagens sobre Valores em US$
__ Kj~C. Prop. (26,5%)
Rec. Transf. (73,5%)
Gráfico V.30 - Contribuição da Constituição de 1988 em US$
157.
CONTRIBUICAO DA CONS'I1TUlCAO/88 Percentagens sobre Valores em Cr$
r-F!ec~ Prop. (22, 6"'{')
Rec. Transf. (77.4'1<:,1-'
Gráfico V.31 - Contribuição da Constituição de 1988 em Cr$
158.
ACRESCIMO DA RECEITA TOTAL Percentagens sobre Valores em US$
Const (29,OOh)
Ac. Prop. (71,OOh)
Gráfico V.32 - Acréscimo à Receita Total em US$
159.
Dentre as táticas utilizadas para o aumento da
arrecadação própria, além da majoração real, sobretudo, do
IPTU e também de algumas taxas, a Administração Municipal
conseguiu que a fixação da Unidade Fiscal do Municipio do Rio
de Janeiro (UNIF) passasse a ser reajustada mensalmente e
depois diariamente. Como os tributos municipais, em sua
maioria, são calculados à base da UNIF Fiscal, atualmente a do
dia do pagamento, esse reajustamento fez com que as receitas
próprias mantivessem um caráter mais constante em termos
reais, contribuindo muito para o grande cescimento da geração
de recursos próprios.
Com base no quadro (V.12), verificamos que durante
os anos de 1986, 1987 e 1988, a UNIF era corrigida no primeiro
dia de cada semestre civil, o que ocasionava grande
deterioração nas finanças municipais. Apenas a partir de junho
de 1989 esta correção passou a ser feita mensalmente. Na
tentativa de minorar os efeitos inflacionários sobre as
receitas tributárias, a UNIF passou a ter correção diária de
janeiro de 1990 em diante. O quadro (V.13) e o gráfico (V.33)
mostram a evolução real em cruzeiros constantes de janeiro de
1993 dos valores mensais da UNIF. Pode-se notar que em janeiro
de 1991, na tentetiva de recuperar o valor real do padrão
fiscal de referência, a Administração praticamente dobrou a
UNIF, elevando-o para Cr$ 267.027,36, cerca de US$ 19,25,
voltando a apresentar tendência de queda nos dois anos
seguintes, registrando o valor de Cr$ 197.162,12, equivalente
a US$ 14,10, em janeiro de 1993.
Durante os anos de 1990 e 1991, acredita-se que o
160.
aumento da arrecadação também possa estar vinculado à
espectativa pessimista dos agentes econômicos em ter de volta
os cruzados novos bloqueados pelo Banco Central. Esses haveres
monetários, bloqueados para quase todo o tipo de movimentação
financeira, estavam disponiveis para o pagamento de tributos.
Entretanto, não foi possivel a constatação dessa assertiva,
pois quando os cruzados novos bloqueados eram utilizados para
essa finalidade, os mesmos ingressavam nas contas do Tesouro
já convertidos em cruzeiros.
161.
MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
VALORES HISTORICOS DA UNI F
(1986 A 1992)
VALORES HISTORICOS DA UNI F
MES 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 (Cz$) (Cz$) (Cz$) (NCz$) (Cr$) (Cr$) (Cr$) (Cr$)
JAN 185,27 199,41 991,65 14,41 177,14 3.408,74 15.649,07 197.162,12 FEV 185,27 199,41 991,65 16,17 276,51 4.097,65 19.552,69 249.778,42 MAR 185,27 199,41 991,65 16,17 479,49 4.403,36 24.200,65 313.703,03 ABR 186,99 199,41 991,65 16,17 675,01 4.757,17 30.878,46 403.418,84 MAl 186,99 199,41 991,65 16,17 675,01 5.182,45 37.441,74 509.211,85 JUN 186,99 199,41 991,65 20,97 711,32 5.650,01 44.896,91 656.227,91 JUL 199,41 481,20 3.733,00 26,18 779,68 6.181,11 54.089,00 851.178,80 AGO 199,41 481,20 3.733,00 33,71 863,81 6.812,19 68.872,17 851.178,80 SET 199,41 481,20 3.733,00 43,60 955,20 7.721,36 81.564,94 851.178,80 OUT 199,41 481,20 3.733,00 59,27 1.077,94 8.892,57 101.679,17 851.178,80 NOV 199,41 481,20 3.733,00 81,57 1.225,74 10.262,73 127.511,44 851.118,80 DEZ 199,41 481,20 3.733,00 115,36 1.429,70 12.593,51 161.271,73 851.178,80 MED 192,71 340,31 2.362,33 38,31 777,21 6.663,51 63.967,83 619.714,58
Quadro V.12 - Valores Históricos da UNIF
162.
MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
VALORES DA UNIF EM Cr$ MIL DE JANEIRO DE 1993
( 1986 A 1992)
MES VALORES DA UNIF 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992- 1993
JAN 424,87 291,31 264,07 294,32 152,64 267,03 199,79 197,16 FEV 369,51 255,30 224,47 295,39 138,80 265,05 200,03 197,44 MAR 350,17 222,01 189,96 283,41 132,74 265,58 205,12 194,01 ABR 355,49 184,88 157,87 269,48 167,84 263,86 220,78 194,60 MAl 354,36 144,91 132,10 238,99 153,87 269,84 218,63 185,71 JUN 352,50 115,13 109,32 244,49 148,73 267,78 215,9'2 183,08 JUL 373,55 254,10 338,61 221,38 144,30 259,64 213,76 187,34 AGO 368,64 243,16 275,53 208,86 141,57 247,77 216,81 187,34 SET 364,65 225,11 219,09 194,45 140,13 241,70 201,58 187,34 OUT 359,67 202,53 171,72 189,22 138,52 221,19 201,14 187,34 NOV 351,05 176,93 134,19 180,50 134,11 202,98 203,06 187,34 DEZ 326,38 152,67 104,12 170,88 134,32 203,93 207,61 187,34
MEDIA 362,57 196,25 173,62 232,61 143,96 248,03 208,69 189,67
Quadro V.13 - Valores da UNIF em Cr$ de Janeiro de 1993
'" (J)
Z" ~ w O ~ ... ()
::E w lJl W lI: O .J
;;
EVOLUCAO DA UNIF (Deflator: IGP-DI) Base Janeiro de 1993 (Cr$ 197.162, 1 2)
450.
400.
350. OOCH .. •·· ....................................................................................................... .
300.
250.
200.
150. -"r"=·:',," ........................................... .
100.00c~mmmmmmmm~~mmmmmmmm=wmmmmmmmmmrl JAN JAN JAN JAN JAN JAN JAN JAN DEZ
1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993
1 __ lR'JF em 01 1
163.
Gráfico V.33 - Evolução da UNIF em Cr$ de Janeiro de 1993
Este trabalho
CAPITID.o VI
CONCLUSõES
procurou identificar
164.
o efeito
financeiro que a entrada em vigor dos novos dispositivos
constitucionais ocasionou sobre as receitas tributárias do
Município do Rio de Janeiro.
Para tanto, foram utilizados dados mensais, em moeda
corrente, de recursos efetivamente ingressados no Tesouro
Municipal, seja por arrecadação direta, seja sob a forma de
repasses do Governo Estadual e Federal. A obtenção dessas
informações demandou grande esforço em pesquisa de campo, uma
vez que foi necessário contactar autoridades nos órgãos
responsáveis pela arrecadação e controle tributário nas três
esferas de Governo.
No período estudado, de 1986 a 1992, a economia
brasileira esteve constantemente submetida a elevadas taxas de
inflação, tendo sido aplicadas diversas medidas de "choque"
(Planos de Estabilização Econômica) no sentido de debelar a
crônica alta dos preços. Este cenário dificultou bastante a
análise, uma vez que fez-se necessária a utilização de algum
deflator para avaliar-se a evolução real das receitas
estudadas.
Dentre o universo de índices para medir a inflação
no Brasil, foi selecionado o IGP-DI por melhor adequar-se às
características dos dados brutos. Todavia, é de conhecimento
165.
do autor que que este indice, assim como qualquer outro não é
capaz de refletir fielmente o comportamento dos preços.
o dólar americano também fui utilizado como
parâmetro auxiliar na análise face a sua larga utilização na
economia brasileira. Além disso, devido à grande perda do
poder de compra do cruzeiro, os resultados encontrados em
moeda nacional podem perder sua significância econômica
rapidamente.
Cabe-se ressaltar que, apesar
bastante semelhante nas tendências de queda
receitas tributárias, medidas por esses
do comportamento
ou elevação das
dois parâmetros,
algumas vezes surgiram discrepâncias, fruto das dificuldades
intrinsecas do uso de deflatores. Concorreram, também, para as
diferenças encontradas, as diversas tentativas de
estabilização econômica que tiveram forte atuação sobre o
câmbio.
o impacto financeiro da Constituição de 1988 sobre
as receitas tributárias do Municipio do Rio de Janeiro,
avaliado pela metodologia proposta, mostrou-se bastante
Significativo tanto em dólar quanto em cruzeiro constantes. No
primeiro caso, calculou-se um aumento da ordem de 30%, o que
significou um reforço de US$ 174 Milhões anuais. No segundo
caso, esse crescimento foi de cerca de 44%, representando um
adicional de Cr$ 2.057 Bilhões anuais. Todavia, o expressivo
aumento das disponibilidades tributárias do Municipio do Rio
de Janeiro foi ocasionado, sobretudo, por ampliação da
arrecadação de tributos já integrantes de sua esfera de
166.
competência.
Este trabalho não teve a pretensão de esgotar o
estudo sobre o impacto do novo Sistema Tributário sobre as
finanças municipais, em especial da Cidade do Rio de Janeiro,
mas sim contribuir para o estudo de um assunto tão polêmico e
pouco explorado.
167.
ANEXO I
168.
o INDICK GERAL DE PRBCOS - DISPONIBILIDADE INTERNA
Quando começou a ser calculado, em 1944, o IGP-DI
resultava da média entre o Indioe de Preços por Ataoado (IPA)
e o Indioe de Preços ao Consumidor (IPC) 1, mas a partir de
1950 passou a contar com mais um componente, o Indioe da
Construção Civil (ICC). Nessa época, a pesquisa de preços do
ICC atinha-se apenas à cidade do Rio de Janeiro. A partir de
1985, esse indicador ganhou abrangência nacional, abrangendo
18 (dezoito) capitais estaduais, transformando-se no Indioe
Naoional de Custo da Construção (INCC).
Convencionou-se que os pesos de cada um dos índices
componentes do IGP-DI corresponderiam, nas Contas Nacionais,
às parcelas da despesa interna bruta assim distribuidas: 60%
para o IPA; 30% para o IPC; e 10% para o INCC. A escolha
desses três indices recai no fato de serem eles indicadores
bem abrangentes, com ampla cobertura geográfica e de segmentos
produtivos. Além disso, por refletirem a evolução dos preços
de atividades econômicas passiveis de pesquisas sistemáticas
que representam essa evolução nas operações no atacado, no
varejo, e serviços, assim como na construção civil. Quanto à
definição dos pesos que cada componente do IGP-DI tem no
cômputo final de indice, esta decorre da própria participação
~ Até dezembro de 1888, a pesquisa de preços para a obtenção do IPC restringia-se à oidade do Rio de Janeiro. A partir de Janeiro de 1880, a apuração desse indioe tomou oaráter mais abrangente, oom a inoorporação da oidade de São Paulo dentro da área geográfioa do universo pesquisado.
169.
de cada segmento na geração da riqueza nacional, assumindo a
seguinte proporção: 60% destinados ao IPA equivalem ao valor
adicionado pela produção, transporte e comercialização de bens
de consumo e de produção, nas transações comerciais em grosso;
30% destinados ao IPC equivalem ao valor adicionado pelo setor
varejista e de serviços; e 10% destinados ao INCC equivalem ao
valor adicionado pela indústria da construção civil. A seguir,
passamos a uma descrição mais pormenorizada dos indices que
compõem o IGP-DI.
o Indice de Preços por Atacado Disponibilidade
Interna (IPA-DI) é um indicador econômico de abrangência
nacional, cujo propósito é medir o ritmo evolutivo dos preços
praticados no nivel de comercialização atacadista, nas
transações interempresariais, ou seja, nas operações de
comercialização em grosso,
IPA-DI é composto por 18
que antecedem as
(dezoito) indices,
varejistas. O
sendo 1 (um)
indice geral e 17 (dezessete) especiais, que visam a medir a
evolução dos preços segundo o destino que se atribui aos bens
de consumo e de produção. Esses indices especiais abrangem as
seguintes áreas: a) Bens de Consumo: Duráveis (Utilidades
Domésticas e Outros) e Não-Durávies (Gêneros Alimenticios e
Outros); b)Bens de Produção: Matérias Primas (Brutas e
Semi-elaboradas), Matérias de Construção e Máquinas, Veiculos
e Equipamentos; c) Veiculos Pesados para Transporte: Máquinas
e Equipamentos e Componentes para Veiculos; e d) Outros. O
IPA-DI é um indice de preços de longa tradição, apurado desde
1947, cujas estimativas derivam de variações de preços
pesquisados sistematicamente durante o mês calendário, e que
dispõe de muita sensibilidade para aferir o movimento dos
170.
preços no atacado.
o Indice de Preços ao Consumidor (lPC) é um
indicador econômico que mede o movimento de preços de
determinado conjunto de bens e serviços no último segmento da
comercialização, isto é, no mercado varejista. Tem
periodicidade mensal e a pesquisa sistemática dos preços dá-se
durante o mês calendário. Este indicador tem ampla cobertura
dos itens que mais pressionam a elevação do custo de vida. Em
seu cálculo, pesquisam-se preços que vão desde a alimentação,
passando pelo vestuário, saúde e cuidados pessoais. No
tocante à abrangência geográfica, o IPC é avaliado nos dois
maiores centros consumidores do pais: Rio de Janeiro e São
Paulo. Constitui-se de uma média ponderada entre um indice
geral e mais 7 (sete) indices especiais que avaliam a evolução
dos preços nas seguintes áreas: a) Alimentação; b) Habitação;
c) Vestuário; d) Saúde e Cuidados Pessoais; e) Educação,
Leitura e Recreação; f) Transportes; e g) Despesas Diversas.
As estimativas mensais do IPC, em seu nivel geral, refletem as
mutações do poder aquisitivo da parcela da população com
rendimentos enquadrados na faixa de 1 (um) a 33 (trinta e
três) salários minimos.
o Indice Nacional de Custo da Construção Civil
(INCC) foi concebido com a finalidade de aferir a evolução
mensal, dentro do mês calendário, dos custos de construções
habitacionais e, desde a sua implantação, passou por
reformulações metodológicas, além de expansão da cobertura
geográfica. A estrutura de sua amostra compõe-se do orçamento
analitico das empresas de engenharia civil, de onde se extraem
171.
as planilhas de composição dos custos dos materiais e de
mão-de-obra utilizados nas construções habitacionais, segundo
tipos, padrões e localização. São utilizados três tipos de
padrão habitacional: Hl - casa de 1 pavimento e até 82 m2 ; H2
- edifício habitacional de quatro pavimentos, com unidades de
2 quartos, e área total de 1.503 m2 ; H3 edifício
habitacional de 12 pavimentos, com unidades de 3 quartos e
área total de 6.015 m2 . Todos os padrões citados referem-se a
construções de boa qualidade, mas sem luxo, já que o objetivo
é o cálculo de índices que reflitam a evolução de custos das
construções para um mercado identificado com a realidade
brasileira.
Assim sendo, o IGP-DI corresponde à média ponderada
de seus três índices componentes, com a seguinte configuração:
o IPA-DI com peso 6 (seis); o IPC com peso 3 (três); e o INCC
com peso 1 (um). Isto significa que, para um determinado
momento t qualquer, o IGP-DI é calculado pela expressão
seguinte:
[ IGP-Dlt = 0,6 Xt + 0,3 Yt + O,~~t onde:
IGP-Dlt = IGP-DI no período de referência t;
Xt = IPA-DI no período de referência t;
Yt = IPC
Zt = INce
no período de referência t;
no período de referência t.
I
172.
ANEXO TI
173.
1 9 B 6
MUNIClPI0 DO ruo DE JANEIRO
RECEITA PROPRlA OruGINAL EM Cz$ MILHOES
( .. <\NO-BASE 1986)
MES IPTU ISS TAXAS DIVIDA TOTAL ATIVA MENSAL
JAN O 119 11 14 144 FEV 13 108 7 7 13:5
MAR :539 13:5 64 17 7:5:5 ABR 189 128 22 8 347 MAl 103 143 1:5 7 268 JUN 169 148 20 7 344 JUL 84 1:59 19 9 271 AGO 90 170 14 29 303 SET 110 171 14 28 323 OUT 102 188 1:5 2:5 331 NOV 97 18:5 13 2:5 319 DEZ 128 190 14 41 373
TOTAL 1.62:5 1.843 228 218 3.913 MEDIA 13:5 1:54 19 18 326
DV.PAD. 132 27 14 11 148 ..
Fonte: Mapa Dlano do~ Re.c.eblmentos e CIasslfleaeao da Rece.lta, Snperintendencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1986.
174.
MES
JAN
FEV
MAR
ABR
MAl JUN
JUL
AGO
SET OUT
NOV
DEZ
TOTAL MEDIA
DV.PAD
175.
MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA PROPRIA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993
IPTU ISS
O 272 2S 21S
1.020 25S 360 243 196 272 318 279 IS8 297 166 314 201 313 18S 339 170 325 209 311
3.009 3.43S 251 286 251 3S
(ANO-BASE 1986)
TAXAS DN. TOTAL
ATV. MENSAL 25 33 330 lS 14 269
120 32 1.427 42 IS 660
28 13 S08 38 12 6S0 3S 17 S07 26 S4 S61 26 SI S91 27 46 S97 22 4S S62 24 67 611 427 399 7.272 36 33 606 26 18 273
Numero Indice
Janeiro de 1993 = 100 JAN 0,00004361 FEV 0,OOOOS014 MAR 0,OOOOS291 ABR 0,OOOOS26O MAl 0,OOOOS277 JUN 0,OOOOS30S JUL 0,OOOOS338 AGO 0,OOOOS409 SET O,OOOOS468 OUT O,OOOOSS44 NOV O,OOOOS680 DEZ 0,00006110
MEDIA 0,OOOOS338 DV.PAD. 0,00000393
. . .. Fonte: Mapa Dlano dos Recebimentos e CIasslÍ1cacao da Receita,
Superintendencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1986.
MES
JAN FEV
MAR ABR
MAl JUN· JUL
AGO SET OUT NOV
DEZ TOTAL MEDIA
DVPAD.
176.
MUNlCIPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA PROPRlA EM US$ MILHOES CORRENTES
lPTU ISS
O 11 1 8
39 10
14 9
7 10
12 11 6 11 7 12
8 12
7 13 7 13 9 13
117 135 10 11 10 2
(ANO-BASE 1986)
TAXAS DIVlDA TOTAL ATIVA MENSAL
1 1 13 1 1 10 5 1 55 2 1 25 1 O 19 1 O 25 1 1 20 1 2 22 1 2 23 1 2 24 1 2 23 1 3 26 17 16 285 1 1 24 1 1 10
Dolar Medio Mensal Ano: 1986
( Cz$/US$) JAN 11,28 FEV 13,00 MAR 13,81 ABR 13,81
MAl 13,81
JUN 13,81 JUL 13,81 AGO 13,81 SET 13,81 OUT 13,94 NOV 14,07 DEZ 14,51
MEDlA 13,62 DVPAD. 1
Fonte: Mapa Dlano dos Recel)Jmentos e CIassificac.ao da Receita, Superintendencia do Tesouro Municipal, Sec.retaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1986.
177.
MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA TRANSFERIDA ORIGINAL EM Cz$ MILHOES
(ANO-BASE 1986)
MES ESTADUAL FEDERAL TOTAL ICM IPVA ITBI FPM ITR IUM IULC MENSAL
JAN 151 O 15 O O O O 165 FEV 153 O O 10 O O 1 164 MAR 160 O 20 14 O O 2 197 ABR 171 3 12 7 O O 4 197 MAl 184 6 O 7 O O O 197 JUN 214 25 14 O O O O 253 JUL 228 34 19 15 O O 3 299 AGO 232 46 23 O O O O 301 SET 240 41 24 17 O O 2 324 OUT 250 26 16 8 O O 2 302 NOV 252 39 47 12 O O 2 353 DEZ 274 14 34 12 O 1 4 339
TOTAL 2.508 232 225 102 O 2 21 3.091 MEDIA 209 19 19 9 O O 2 258
DV. PAD. 42 17 13 6 O O 1 67 ..
Fonte: Mapa Dlano dO$ Receblment.os e Oasslflc.acao da Rec.elta, Superintendencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda,
Prefeitura da Cidade do Rio de JaneirQ. Janeiro a Dezembro de 1986.
MES
JAN
FEV MAR
ABR
MAl JUN JUL AGO
SET OUT
NOV DEZ
TOTAL
MEDIA
DPAD
178.
MUNIClPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA TRANSFERIDA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993
ESTADUAL
ICM IPVA ITBI
345 O 34
305 O O 302 O 38
325 6 23
348 11 O
404 46 26
428 63 36 429 84 43
440 74 45 451 48 30
443 68 83 448 23 55
4.668 423 412
389 35 34
57 31 22
(ANO-BASE 1986)
FEDERAL
FPM ITR !UM IULC
O O O O 20 O O 2 27 O O 5
13 O O 7
14 O O O O O O O
28 O O 6 O O O 1 30 O O 4 14 O O 3 22 O 1 4 20 O 1 7
188 O 4 37
16 O O 3
10 O O 2
TOTAL
MENS.
379
328 372
374
373
476
560 557 592
546
621 554
5.733
478
101
Numero Indice
Janeiro de 1993=100
JAN 0,00004361
FEV 0,00005014 MAR 0,00005291
ABR 0,00005260
MAl 0,00005277
JUN 0,00005305
JLTL 0,00005338 AGO 0,00005409 SET 0,00005468 OUT 0,00005544 NOV 0,00005680 DEZ I 0,00006110
MED 0,00005338 D P AD 0,00000393
Fonte: Mapa Dlano dos Recebimentos e Classificacao da Rec.eit.a, Superintendencia do Tesouro Municipal, Sec.ret.aria Municipal de Fazenda,
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1986.
179.
MUNIClPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA TRANSFERIDA EM US$ MILHOES CORRENTES
(ANO-BASE 1986)
MES ESTADUAL FEDERAL TOT AL Dolar Medio Mensal ICM IPVA ITBI FPM ITR IUM IULC MENS_ ( Cz$/US$)
JAN 13 O 1 O O O O 15 JAN 11,28 FEV 12 O O 1 O O O 13 FEV 13,00 MAR 12 O 1 1 O O O 14 MAR 13,81
ABR 12 O 1 1 O O O 14 ABR 13,81
MAl 13 O O 1 O O O 14 MAl 13,81
JUN 15 2 1 O O O O 18 JUN 13,81 JUL 17 2 1 1 O O O 22 JUL 13,81 AGO 17 3 2 O O O O 22 AGO 13,81
SET 17 3 2 1 O O O 23 SET 13,81
OUT 18 ,., 1 1 O O O 22 "' OUT 13,94
NOV 18 3 3 1 O O O 25 NOV 14,07 DEZ 19 1 2 1 O O O 23 DEZ 14,51
TOTAL 183 7 O 17 16 O 1 225
MEDIA 15 1 1 1 O O O 19 MEDIA 13,62 D_PAD_ 3 1 1 O O O O 4 D.PAD_ 1
Font.e: Mapa Diario dos Recebimentos e Classificac-3.o da Receita, Superint.endencia do Tesouro Municipal, Secretaria Munic-ipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1986_
180.
:1 a "7
MUNIClPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA PROPRlA ORIGINAL EM Cz$ MILHOES
(ANO-BASE 1987)
MES IPTU 1 S S TAXAS DMDA TOTAL
ATIVA MENSAL JAN O 223 16 22 261 FEV 24 208 36 19 287
MAR 308 120 23 8 460 ABR 604 339 94 17 1.055
MAl 158 302 26 10 496
JllN 654 367 47 14 1.082 JllL 187 474 112 26 800 AGO 200 545 38 120 902
SET 353 560 283 82 1.279
OUT 384 631 708 66 1.188 NOV 283 720 64 91 L158 DEZ 392 840 195 126 1.553
TOTAL 3.547 5.329 1.642 602 11.120
MEDIA 296 444 137 50 927
DV.PAD. 193 212 188 42 468 ..
Fonte: Mapa Dlano dos Receblment.os e ClasSlflc.acao da Receita, Superintendencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a
Dezembro de 1987.
181.
MES
JAN
FEV MAR ABR MAl JUN JUL AGO
SET OUT NOV DEZ
TOTAL MEDIA
DV.PAD
182.
MUNICIPIO DO ruo DE JANEIRO
RECEITA PROPRlA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993
(ANO-BASE 1987)
IPTU ISS TAXAS DN. TOTAL AT\!. MENSAL
° 326 23 33 382
31 266 46 25 368 343 134 26 9 512 560 314 87 16 978 115 219 19 7 361
378 212 27 8 625 99 251 59 14 422
101 275 19 61 456
165 262 133 39 598 162 265 298 28 752 104 265 23 33 426 124 267 62 40 493
2.181 3.056 823 312 6.373 182 255 69 26 531 156 48 76 15 176
Numero Indice Janeiro de 1993 = 100
JAN 0,00006845
FEV 0,00007811 MAR 0,00008982
ABR 0,00010786
MAl 0,00013761
JUN 0,00017321 JUL 0,00018937
AGO 0,00019789
SET 0,00021376 OUT 0,00023759 NOV 0,00027197 DEZ 0,00031518
MEDIA 0,00017340 DV.PAD. 0,00007587
Fonte: Mapa Diario dos Recebimentos e CIassificacao da Receita, Superintendencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1987.
MES
JAN FEV MAR ABR MAl JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
TOTAL MEDIA
DVPAD.
183.
MUNICIPIO DO ruo DE JANEIRO
RECEITA PROPRIA EM US$ MILHOES CORRENTES
(ANO-BASE 1987)
IPTU ISS TAXAS DIVlDA TOTAL ATIVA MENSAL
O 14 1 1 17 1 11 2 1 16
15 6 1 O 22 26 14 4 1 45 5 10 1 O 16
17 9 1 O 28 4 11 2 1 18 4 12 1 3 19 7 11 6 2 26 7 12 13 1 34 5 12 1 2 20 6 12 3 2 23 97 135 36 14 282 8 11 3 1 23 7 2 3 1 8
Dolar Medio Mensal Ano: 1987 ( Cz$/uS$)
JAN 15,66 FEV 18,09 MAR 20,98 ABR 23,65
MAl 30,71 JUN 39,34 JUL 44,82 AGO 47,01
SET 49,74 OUT 53,27 NOV 59,14 DEZ 67,31
MEDIA 39,14 DV PAD. 16,42
. . Fonte: Mapa Dlano dos Recebimentos e Classificacao da Receita,
Superintendencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1987.
184.
MUNIClPIO DO RlO DE JANEIRO
RECEITA TRANSFERIDA ORIGINAL EM Cz$ MILHOES
(ANO-BASE 1987)
MES ESTADUAL FEDERAL TOTAL ICM IPVA ITBI FPM ITR IUM IULC MENSAL
JAN 270 O 41 O O O O 310 FEV 291 16 17 22 O 1 3 350 MAR 145 O O O O O 3 149 ABR 466 50 39 29 O O 5 589 MAl 298 34 38 22 O O
., 395 ~
JUN 378 43 25 29 O O 18 493 JUL m 41 37 ?" -'- O 1 O 589
AGO 569 49 60 35 O 1 31 746 SET 656 54 49 26 O 1 O 786 OUT 798 70 94 29 O 1 42 1.034 NOV 789 109 137 33 O 1 O 1.069 DEZ 951 34 77 36 O 1 51 1.149
TOTAL 6.100 500 613 283 1 8 156 7.660 MEDIA 508 42 51 24 O 1 13 638
DV. PAD. 239 29 35 11 O O 17 310 ..
Font.e: Mapa Dlano do~ Rec.eblmento~ e Cla~~lfIcacao da Rec.elta, Superint.endencia do Tesouro Municipal, Secret.aria Municipal de Fazenda,
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1987.
MES
JAN
FEV
MAR ABR MAl JUN
JUL AGO SET OUT NOV DEZ
TOTAL MEDIA D.PAD.
185.
MUNIOPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA TRANSFERIDA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993
ESTADUAL ICM IPVA ITBI 394 O 60 373 20 22 162 O O 432 47 36 216 25 28 218 25 15 258 21 19 288 25 30 307 25 23 336 30 39 290 40 50
302 11 24 3.576 269 347 298 22 29 75 13 15
(ANO-BASE 1987)
FEDERAL FPM ITR IUM IULC
O O O O 28 O 1 3 O O O 4 27 O O 5 16 O O 3 17 O O 10 12 O 1 O
18 O O 16 12 O O O 12 O O 18 12 O O O
11 O O 16 164 1 4 74 14 O O 6 8 O O 7
TOTAL MENS.
454
448 166.
546 287 285
311 377 368 435 393
365 4.434 370 95
Numero Indice Janeiro de 1993=100
JAN 0,00006845
FEV 0,00007811
MAR 0,00008982 ABR 0,00010786 MAl 0,00013761 JUN 0,00017321 JUL 0,00018937 AGO 0,00019789
SET 0,00021376 OUT 0,00023759 NOV 0,00027197
DEZ 0,00031518
MED 0,00017340 D PAD 0,00007587
Fonte: Mapa Dlano dos RecebImentos e Oassificacao da Receita,
Superintendencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1987.
186.
MUNICIPIO DO RlO DE JANEIRO
RECEITA TRANSFERlDA EM US$ MILHOES CORRENTES
(ANO-BASE 1987)
MES ESTADUAL FEDERAL TOT AL Dohr Medio Mensal ICM IPVA ITBI FPM ITR IUM IULC MENS. ( Cz$/US$)
JAN 17 O 3 O O O O 20 JAN 15,70 FEV 16 1 1 1 O O O 19 FEV 18,14 MAR 7 O O O O O O 7 MAR 21,07
ABR 20 2 2 1 O O O 25 ABR 23,71
MAl 10 1 1 1 O O O 13 MAl 30,78
JUN 10 1 1 1 O O O 13 JUN 39,44 JUL 11 1 1 O O O O 13 JUL 44,93 AGO 12 1 1 1 O O 1 16 AGO 47,13 SET 13 1 1 1 O O O 16 SET 49,S7
OUT 15 1 2 1 O O 1 19 OUT 53,41
NOV 13 2 2 1 O O O 18 NOV 59,29 DEZ 14 O 1 1 O O 1 17 DEZ 67,48
TOTAL 158 7 O 17 16 O 1 225 MEDIA 13 1 1 1 O O O 16 MEDIA 39,24
D.PAD. 3 1 1 O O O O 4 D. PAD. 16,46 Fonte: Mapa Dlano dos Receblmento~ e Gassificacao da Rec.eit.a,
Superintendenc.ia do Tesouro Munic.ipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1987.
187.
:1 B B
MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA PROPRlA ORIGINAL EM Cz$ MILHOES
(ANO-BASE 1988)
MES IPTU 1 S S TAXAS DlVlDA TOTAL
ATIVA MENSAL JAN 119 1.082 104 122 1.481 FEV 3.288 1.141 92 103 4.623 MAR m 1.221 561 226 2.939 ABR 899 1.654 191 53 2.803 MAl 1.106 1.192 149 16 3.123
JUN 3.682 2.180 289 449 6.599 JUL 882 2.890 216 254 4.302 AGO 1.142 3.311 303 430 5.252 SET 1.114 4.148 166 355 5.843 OUT 1.131 5.013 163 244 6.611
NOV 1.303 1.016 208 1.101 9.635 DEZ 1.653 8.185 8.418 335 18.591
TOTAL 11.365 39.164 10.m 3.154 11.801 MEDIA 1.441 3.314 910 313 5.984
DV. PAD. 912 2.210 2.267 212 4.341 ..
Fonte: Mapa Dlano dos Recebimentos e CIasslÍleaeao da Receita, Superintendencia do Tesouro Municipal, Secret.aria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1988.
188.
MES
JAN
FEV
MAR
ABR MAl JUN
JUL
AGO
SET OUT
NOV
DEZ
TOTAL
MEDIA DV.PAD
189.
MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA PROPRlA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993
(ANO-BASE 1988)
IPW ISS TAXAS DN. TOTAL
AT\!. MENSAL 48 288 28 33 396
744 258 21 23 1.047
177 235 107 43 563
143 263 31 8 446 147 239 20 10 416 406 240 32 49 728
80 262 25 23 390
84 249 22 32 388
69 243 10 21 343 52 233 7 11 304
47 252 7 40 346
46 228 235 9 519
2.044 2.992 546 303 5.886
170 249 45 25 490 198 16 62 14 201
Numero lndice
Jaueiro de 1993 = 100 JAN 0,00037552
FEV 0,00044178
MAR 0,00052202
ABR 0,00062816
MAl 0,00075071 JUN 0,00090708
JUL 0,00110245
AGO 0,00135486
SET 0,00170385 OUT 0,00217384
NOV 0,00278185
DEZ 0,00358S40
MEDIA 0,00136063 DV.PAD. 0,00097671
. . .. Fonte: Mapa Dlano dos Recebimentos e Qasslflcacao da Receita,
Superintendencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda,
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1988.
MES
JAN FEV
MAR ABR
MAl JUN JUL
AGO SET
OUT NOV DEZ
TOTAL
MEDIA
DV.PAD.
190.
MUNIClPIO DO ruo DE JANEIRO
RECEITA PROPRIA EM US$ MILHOES CORRENTES
(ANO-BASE 1988)
IPTU ISS TAXAS DIVlDA TOTAL ATIVA MENSAL
2 14 1 'I 19 "' 36 13 1 1 51
9 11 5 2 28
7 13 2 O 22
7 12 1 1 21
21 12 2 3 37 4 13 1 1 20 4 13 1 2 20
4 13 1 1 18
3 12 O 1 16 2 13 O 2 18
2 12 13 1 2S
102 152 28 15 298
9 13 2 1 25
10 1 3 1 10
Dolar Medio Mensal Ano: 1988
( Cz$/US$) JAN 77,46 FEV 90,62 MAR 106,87
ABR 125,37
MAl 150,26
JUN 177,86 JUL 215,29 AGO 266,74 SET 325,42
OUT 410,67 NOV 524,84 DEZ 669,36
MEDIA 261,73
DV. PAD. 180,07 . .
Fonte: Mapa Dlano do~ Rece\)lmentos e Classificae.ao da Receita, Superintendencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1988.
191.
MUNI0PIO DO RlO DE JANEIRO
RECEITA TRANSFERIDA ORIGINAL EM Cz$ MILHOES
(ANO-BASE 1988)
MES ESTADUAL FEDERAL TOTAL ICM IPVA ITBI FPM ITR IT IULC MENSAL
JAN 1.111 27 153 41 O O O 1.333 FEV 1.365 31 54 49 O O 32 1.531 MAR 1.584 35 83 64 O 31 77 1.874 ABR 1.605 62 136 56 O O O 1.859 MAl 1.993 207 141 63 O 205 59 2.668 JUN 2.222 379 196 116 O O 64 2.977 JUL 2.819 387 256 109 O 147 71 3.789 AGO 4.922 341 212 133 O 110 97 5.814 SET 2.677 383 305 205 O 98 258 3.9'>..6 OUT 4.584 263 333 237 O 199 O 5.617 NOV 7.326 156 428 328 O O 8 8.246 DEZ 8.182 150 572 493 3 366 660 10.426
TOTAL 40.390 2.423 2.869 1.894 3 1.156 1.325 50.059 MEDIA 3.366 202 239 158 O 96 110 4.172
DV. PAD. 2.275 139 144 132 1 111 179 2.740 ..
Fonte: Mapa Dlano dos Receblment.os e C1asslflcac.ao da Recelt.a, Superintendencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1988.
MES
JAN FEV MAR ABR MAl JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
TOTAL MEDIA D.PAD.
192.
MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA TRANSFERIDA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993
ESTADUAL ICM IPVA ITBI 296 7 41 309 7 12 303 7 16 2.56 10 22 266 28 19 24.5 42 22 2.56 3.5 23 363 2.5 16 157 23 18 211 12 1.5 263 6 1.5 228 4 16
3.1.53 20.5 234 263 17 20 50 12 7
(ANO-BASE 1988)
FEDERAL FPM 11R IT IULC
11 O O O 11 O O 7 12 O 6 1.5 9 O O O 8 O 27 8
13 O O 7 10 O 13 6
10 O 8 7 12 O 6 15 11 O 9 O 12 O O O 14 O 10 18 132 O 80 84 11 O 7 7 2 O 8 6
TOT ~ Numero Indice MENS.
3.5.5 347 3.59 296 3.5.5 328 344 429 230 2.58 296 291
3.889 324 .51
Janeiro de 1993=100 JAN 0,00037.5.52 FEV 0,00044178 MAR 0,000.52202 ABR 0,00062816 MAl 0,0007.5071 JUN 0,00090708 JUL 0,0011024.5 AGO 0,0013.5486 SET 0,00170385 OUT 0,00217384 NOV 0,0027818.5 DEZ 0,00358540
MED 0,00136063 D PAD 0,00097671
Fonte: Mapa Dlano dos Recebimentos e Oassificacao da Receita,
Superintendencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1988.
MES
JAN
FEV MAR
ABR MAl
JUN
JUL AGO
SET OUT NOV DEZ
TOTAL
MEDIA D.PAD.
193.
MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA TRANSFERIDA EM US$ MILHOES CORRENTES
(ANO-BASE 1988)
ESTADUAL FEDERAL ICM IPVA ITBI FPM ITR IT IULC 14 O 2 1 O O O 15 O 1 1 O O O 15 O 1 1 O O 1
13 O 1 O O O O 13 1 1 O O 1 O 12 2 1 1 O O O 13 2 1 1 O 1 O 18 1 1 O O O O 8 1 1 1 O O 1
11 1 1 1 O O O 14 O 1 1 O O O 12 O 1 1 O 1 1
160 7 O 17 16 O 1
13 1 1 1 O O O 2 1 O O O O O
TOT AL Dolar Medio Mensal MENS.
17 17 17 15 18
17 18 22 12 14 16 16 225 16 2
( Cz$/US$) JAN 77,66 FEV 90,84 MAR 107,14
ABR 125,69
MAl 150,64
JllN 178,30 JUL 215,83 AGO 267,41
SET 326,24 OUT 411,70 NOV 526,15 DEZ 671,03
MEDIA 262,38 D. PAD. 180,51
Fonte: Mapa Dlano dos Rec.eblmentQ$ e Classlficac.ao da Receita, Superintendencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1988.
194.
1 9 B 9
195.
MUNIClPIO DO RIO DE JANEIRO
RECElTA PROPRlA ORIGINAL EM NCz$ MILHOES
(ANO-BASE 1989)
MES IPTU ISS ITBI IWC TAXAS DMDA TOTAL ATIVA MENSAL
JAN 54 12 O O 1 1 68 FEV 28 14 O 2 1 1 46 MAR 12 15 1 2 6 1 37 ABR 10 17 3 2 2 O 36 MAl 13 20 3 2 2 1 41
JUN 16 23 6 3 4 1 53 JUL 22 33 6 4 3 1 69 AGO 27 39 9 5 4 8 92 SET 31 59 10 7 9 4 119
OUT 47 76 16 9 12 8 169
NOV 47 115 22 13 8 10 214 DEZ 39 163 31 19 11 17 281
TOTAL 346 586 109 67 63 52 1.223
MEDIA 29 49 9 6 5 4 102
DV.PAD. 14 45 9 5 4 5 76
Fonte: Boletim Dlano das Receitas e Operacoes de Credito Reab.zada$, Superintendencia do Te$ouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Gdade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1989.
MES
JAN
FEV MAR ABR
MAl JUN
JUL AGO
SET
OUT
NOV DEZ
TOTAL
MEDIA DVPAD.
196.
MUNIClPIO DO ruo DE JANEIRO
RECEITA PROPRlA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993
(ANO-BASE 1989)
IPTU ISS ITBI IWC TAXAS DIV
A'lV
1.099 245 O O 19 19
519 257 O 29 24 24 211 255 24 34 99 99
173 291 51 37 38 38
186 292 51 33 31 31
188 273 73 31 47 47
185 279 53 30 28 28 169 240 58 31 22 22 137 263 44 30 41 41
152 242 53 30 37 37
104 254 48 28 17 17 58 242 46 29 17 17
3.179 3.133 501 340 420 420
265 261 42 28 35 35
273 18 21 9 21 21
TOT AL Numero Indice
MENS.
1.379
840 648 595
607
619
582 568
530
539
473 416
7.796
650 241
Jan de 1993 = 100
JAN 0,00489611
FEV 0,00547406 MAR 0,00570549
ABR 0,00600044
MAl 0,00676599
JUN 0,00857689
JUL 0,01182597 AGO 0,01614022
SET 0,02242170
OUT 0,03132276
NOV 0,04519068 DEZ 0,06750937
MEDIA 0,01931914
DV PAD 0,01881269
Fonte: BoletIm Dlano da~ Receitas e Operacoes de Credit.o Realizadas, Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda,
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1989.
MES
JAN FEV
MAR ABR MAl JUN JUL
AGO SET OUT NOV DEZ
TOTAL MEDIA
DV.PAD.
197.
MUNIClPIO DO ruo DE JANEIRO
RECEITA PROPRlA EM US$ MILHOES CORRENTES
(ANO-BASE 1989)
IPTU ISS ITBI IWC TAXAS DIV. A1V.
60 13 O O 1 1 28 14 O 2 1 1
12 15 1 2 6 6 10 17 3 2 2 2 11 18 3 2 2 2 12 18 5 2 3 3 11 17 3 2 2 2
11 16 4 2 1 1 9 18 3 2 3 3
11 17 4 2 3 3 8 18 4 2 1 1 4 1& 3 2 1 1
188 199 33 22 26 26 16 17 3 2 2 2
14 2 1 1 1 1
TOTAL MENS.
75 46 37 35 37
40 36 37 36
38 34 30 483 40 11
Dolar Medio Mensal
Ano: 1989 (NCz$/US$) JAN 0,90 FEV 1,00 MAR 1,00 ABR 1,01 MAl 1,10 JUN 1,33 JUL 1,91 AGO 2,47 SET 3,26
OUT 4,48 NOV 6,23
DEZ 9,24
MEDIA 2,83
DV. PAD 2,51 Fonte: Bolenm Dlano das Receitas e Operac.oes de Credito Realizadas,
Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1989.
198.
MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA TRANSFERIDA ORIGINAL EM NCz$ MILHOES
(ANO-BASE 1989)
MES ESTADUAL FEDERAL TOTAL
ICMS IPVA ITBI FPM ITR IOF lULC MENSAL
JAN 11 O 2 1 O O O 13
FEV 15 1 O 1 O O O 17 MAR 17 2 1 1 O O O 20 ABR 1& 2 O 1 O O O 22 MAl 34 1 O 1 O O 1 37
JUN 36 4 1 1 O O O 42 JUL 47 O O 1 O O O . 48
AGO 56 5 O 2 O O O 63
SET 76 4 O 2 O O O &3
OUT 102 5 O 2 O O O 110
NOV 139 12 1 7 O O O 159 DEZ 326 7 2 9 O 1 O 345
TOTAL &76 44 & 28 O 1 2 958
MEDIA 73 4 1 2 O O O 80
DV. PAD. 85 3 1 3 O O O 90 Fonte: Bolenm Diario das Rec.eltas e Operacoe~ de CredIto RealIzadas,
Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1989.
199.
MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA TRANSFERIDA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993
(ANO-BASE 1989)
MES ESTADUAL FEDERAL TOT AL Numero Indice ICMS IPVA ITBI FPM ITR IOF IULC MENS. Janeiro de 1993=100
JAN 215 5 31 11 O O O 262 JA . .N 0,00489611 FEV 273 15 9 13 O O 6 316 FEV 0,00547406
MAR 291 32 14 12 O O 6 354 MAR 0,00570549
ABR 304 32 4 11 O O 7 359 ABR 0,00600044
MAl 504 19 O 12 O O 8 543 MAl 0,00676599 JUN 414 51 7 12 O O 3 488 JUN 0,00857689
JUL 395 O 1 9 O O O 405 JUL 0,01182597
AGO 346 32 1 11 O O O 391 AGO 0,01614022
SET 341 19 2 10 O O O 372 SET 0,02242170 OUT 327 15 1 8 O O O 350 OUT 0,03132276
NOV 307 26 2 16 O O O 351 NOV 0,04519068 DEZ 484 11 3 13 O 1 O 511 DEZ 0,06750937
TOTAL 4.200 257 75 139 O 1 30 4.702
MEDIA 350 21 6 12 O O 2 392 D.PAD. 82 13 9 2 O O 3 79
MED 0,01931914 D PAD 0,01881269
Fonte: Boletlm Dlano das Receitas e Opera coes de Credito Realizadas, Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a: Dezembro de 1989.
200.
MUNIOPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA TRANSFERIDA EM US$ MILHOES CORRENTES
(ANO-BASE 1989)
MES ESTADUAL FEDERAL AL Dolar Medio Mensal TOT
ICMS IPVA ITBI FPM ITR IOF lULC MENS. (NCz$!US$)
JAN 12 O 2 1 O O O 14 JAN 0,90
FEV 15 1 O 1 O O O 17 FEV 1,00 MAR 17 2 1 1 O O O 20 MAR 1,00
ABR 18 2 O 1 O O O 21 ABR 1,02
MAl 31 1 O 1 O O O 33 MAl 1,10
JUN 27 3 O 1 O O O 31 JUN 1,34
JUL 24 O O 1 O O O 25 JUL 1,91
AGO 23 2 O 1 O O O 25 AGO 2,48
SET 23 1 O 1 O O O 26 SET 3,27
OUT 23 1 O 1 O O O 24 OUT 4,49
NOV 22 2 O 1 O O O 25 NOV 6,25 DEZ 35 1 O 1 O O O 37 DEZ 9,26
TOTAL 269 16 4 9 O O 2 301
MEDIA 22 1 O 1 O O O 25 MEDIA 2,83
D.PAD. 6 1 O O O O O 6 D. PAD. 2,51
Fonte: BoletIm Dlano das Receitas e Operacoes de Credit.o Realizadas, Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1989.
201.
1 $3 $3 o
•
202.
MUNIClPIO DO RlO DE JANEIRO
RECEITA PROPRlA ORlGlNAL EM Cr$ MILHOES
(ANO-BASE 1990)
MES IPTU ISS ITBI IVVC TAXAS DMDA TOTAL ATIVA MENSAL
JAN U13 284 50 35 112 33 2027 FEV 1.492 446 60 64 214 28 2.305 MAR 835 725 158 95 829 78 2.719 ABR 943 1.231 115 141 350 18 2.797 MAl 1.092 U40 270 157 257 106 3.423 JUN 923 U42 108 173 253 56 3.054 JUL 1.042 1.690 189 182 207 49 3.359 AGO 1.245 1.987 240 187 178 60 3.897 SET 1.295 2.198 210 226 244 183 4.357 OUT 1.626 2.444 220 249 247 133 4.919 NOV U41 2.835 268 314 229 113 5.299 DEZ 1.011 3.681 441 367 430 178 6.109
TOTAL 14.557 20.604 2.327 2.192 3.551 1.035 44.265 MEDIA 1.213 1.717 194 183 296 86 3.689
DV.PAD. 264 953 104 93 178 54 1.206 Fonte: Bolenm Dlano das Rec.eltas e Operacoes de Credito RealIZadas,
Superint.endencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1990.
MES
JAN
FEV
MAR ABR
MAl JUN
JUL AGO
SET OUT
NOV
DEZ TOTAL
MEDIA DV.PAD.
203.
MUNICIPIO DO ruo DE JANEIRO
RECEITA PROPRlA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993
(ANO-BASE 1990)
IPTU ISS ITBI lWC TAXAS DIV. ATV.
1.304 24.5 43 30 28 97
749 224 30 32 14 108 231 201 44 26 21 230 234 306 29 3.5 4 87 249 3.51 61 36 24 .59 193 323 22 36 12 .53
193 313 3.5 34 9 38 204 326 39 31 10 29 190 322 31 33 27 36 209 314 28 32 17 32 169 310 29 34 12 2.5
9.5 346 41 3.5 17 40 4.020 3 . .580 433 394 196 833 33.5 298 36 33 16 69 331 46 10 3 7 .5.5
TOT AL Numero lndice MENS. 1.747
1.1.57
7.53
696
780 639
622 639
639 632
.580
.574
9A.56 788 326
Jan de 1993 = 100 JAN 0,11604861
FEV 0,19922690
MAR 0,36123.589
ABR 0,402173.57
MAl 0,43869093 JUN 0,47824664
JUL 0,.540311 08
AGO 0,6101732.5 SET 0,68165.572 OUT 0,77817191
NOV 0,913980.51
DEZ 1,06437860
MEDIA 0,.54869113 DV. PAD 0,267166.51
Fonte: Boletim Diario das Receitas e Operacoes de Credito Realizadas,
Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1990.
MES
JAN FEV
MAR ABR
MAl JUN JUL
AGO SET OUT NOV
DEZ TOTAL MEDIA
DVPAD.
204.
MUNIOPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA PROPRIA EM US$ MILHOES CORRENTES
IPTU ISS ITBI
106 20 3 63 19 3 22 19 4 20 26 2 21 30 5 16 27 2 16 2S 3 17 28 3 17 29 3 17 26 2 13 23 2 7 24 3
335 296 36 28 2S 3 27 4 1
(ANO.BASE 1990)
IWC TAXAS DIV ATV
2 8 8 3 9 9 3 22 22 3 7 7 3 5 5 3 4 4 3 3 3 3 2 ')
~
3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 3 3
33 72 72 3 6 6 O 5 5
TOT AL Dolar Medio Mensal MENS.
142 98 73 59 66 54 51 54 58 52 43 40
788 66 27
Ano: 1990
(Cr$!US$ ) JAN 14,28 FEV 23,60 MAR 37,35 ABR 47,60 MAl 52,09 JUN 57,01 JUL 66,39 AGO 71,58 SET 75,36 OUT 94,88 NOV 122,80 DEZ 154,28
MEDIA 68,10 DV P AD. 38,54
Fonte: BoletJm Dlano das Recelt-as e Operacoes de Credito Realizadas, Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1990.
MUNIOPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA TRANSFERIDA ORIGINAL EM Cr$ MILHOES
(ANO-BASE 1990)
MES ESTADUAL FEDERAL TOTAL ICMS IPVA ITBI FPM ITR IOF IPI MENSAL
JAN 640 9 1 16 O 1 O 666 FEV 716 8 O 27 O 1 O 7'52 MAR 1.140 73 O SS O O 68 1335 ABR 2.068 147 O 68 O 1 27 2310 MAl 2.972 312 O 125 O 7 60 3.476 JUN 2.508 211 O 118 O O 54 2.891 JUL 3.611 613 20 80 O S 39 4.368
AGO 3.206 385 O 100 O 13 O 3.703 SET 3.247 295 19 86 O O O 3.647 OUT 4.267 429 4 120 O O O 4.821 NOV 4.025 333 10 109 O 3 O 4.480 DEZ 5.067 457 12 248 O O 37 ).821
TOTAL 33.467 3.269 66 1.1S1 O 30 284 38.268 MEDIA 2.789 272 6 96 O 3 24 3.189 D.PAD. 1.361 181 7 57 O 4 26 1.576
Fonte: Boletim Dlano das ReceJtu e Operacoes de Credito RealIZadas, Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1990.
205.
MES
JAN
FEV
MAR
ABR
MAl JUN
JUL
AGO
SET OUT
NOV
DEZ
TOTAL
206.
MUNIClPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA TRANSFERIDA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993
(ANO-BASE 1990)
ESTADUAL FEDERAL
ICMS IPVA ITBl FPM ITR IOF IPI 55l 7 1 13 O 1 O 359 4 O 13 O O O 316 20 O 15 O O 19
514 37 O 17 O O 7
678 71 O 29 O 2 14 524 44 O 25 O O 11 008 113 4 15 O 1 7
525 63 O 16 O 2 O 476 43 3 13 O O O 548 55 1 15 O O O 440 36 1 12 O O O
476 43 1 23 O O 3 6.077 537 10 206 O 6 61
TOTAL
MENS. 574
377
370
574
792 604
808
607
535 620
490
547
6.898
Numero lndic.e Janeiro de 1993=100
JAN 0,11604861
FEV 0,19922690
MAR 0,36123589
ABR 0,40217357
MAl 0,43869093 JUN 0,47824664
JUL 0,54031108
AGO 0,61017325
SET 0,68165572 OUT 0,77817191
NOV 0,91398051
DEZ 1,06437860
MEDIA 506 45 1 17 O 1 5 575 D.PAD. 102 28 1 5 O 1 6 128
MED 0,54869113 D P AD 0,26716651
Fonte: Boletim DlarIo das Receitas e Operacoes de Credito Realizadas, Coordenadoria do Tesoufc, Munic.ipal, Secret.aria Municipal de Fazenda, PrefeitJlra da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1990.
207.
MUNIC1PIO DO ruo DE JANEIRO
RECEITA TRANSFERlDA EM US$ MILHOES CORRENTES
(ANO-BASE 1990)
MES ESTADUAL FEDERAL TOT AL Dolar Medio Mensal
ICMS IPVA ITBI FPM ITR IOF IPI MENS. ( Cr$/US$)
JAN 45 1 O 1 O O O 47 JAN 14,31
FEV 30 O O 1 O O O 32 FEV 23,66 MAR 30 2 O 1 O O 2 35 MAR 37,70
ABR 43 3 O 1 O O 1 48 ABR 47,89
MAl 57 6 O 2 O O 1 67 MAl 5223 ,
JUN 44 4 O 2 O O 1 51 JUN 57,12
JUL 54 9 O 1 O O 1 66 JUL 66,52 AGO 45 5 O 1 O O O 52 AGO 71,62
SET 43 4 O 1 O O O 48 SET 75,62
OUT 45 5 O 1 O O O 51 OUT 95,18
NOV 33 3 O 1 O O O 36 NOV 123,13
DEZ 33 3 O 2 O O O 38 DEZ 154,59
TOTAL 501 44 1 17 O 1 5 569
MEDIA 42 4 O 1 O O O 47 MEDIA 68,30
D.PAD. 8 2 O O O O 1 11 D. P AD. 38,61
Font.e: Boleom Dlano das Rec.eltas e Operacoes de Credit.o Realizadas, Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Munidpal de Fazenda,
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1990.
208 .
.1 9 .1
209.
MUNIClPIO DO RlO DE JANEIRO
RECEITA PROPRlA ORlGlNAL EM Cr$ MILHOES
(ANO-BASE 1991 )
MES IPTU ISS ITBI lVVC TAXAS DIVIDA TOTAL
ATIVA MENSAL
JAN 23.720 4.352 344 625 1.156 964 31.162
FEV 19.164 6.474 407 574 729 533 27.881 MAR 7.506 4.928 521 640 2.140 1.050 16.785
ABR 8.050 6.228 736 688 6.066 448 22.215
MAl 8.832 6.280 892 598 1.682 262 18.547
JUN 8.968 7.001 865 835 2.880 399 20.948
JUL 11.243 7.915 1.0"28 752 1.770 571 23.279 AGO 11.559 9.582 1.129 899 1.525 697 25.392
SET 13.017 10.810 1.202 1.029 2.675 1.818 30.550
OUT 15.473 12.439 1.855 1.200 1.334 1.744 34.045
NOV 15.351 15.909 1.769 1.437 1.727 1.621 37.814 DEZ 9.317 20.676 2.331 1.747 3.769 2.473 40.313
TOTAL 152.200 112.595 13.078 11.024 27.453 12.581 328.931
MEDIA 12.683 9.383 1.090 919 2.288 1.048 27.411
DV.PAD. 4.747 4.678 589 356 1.389 674 7.212
Fonte: Boletim Diario da~ Receitas e Operacoes de Credlt.o Reahzadas, Superintendencia do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda,
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1991.
MES
JAN FEV MAR ABR MAl JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
TOTAL MEDIA
DV.PAD.
210.
MUNIOPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA PROPRlA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993
(ANO-BASE 1991 )
IPTU ISS ITBI lWC TAXAS DlV. AT\!.
1.858 341 27 49 76 91 1.240 419 26 37 34 47 453 297 31 39 63 129 446 345 41 38 25 336 460 327 46 31 14 88 425 332 41 40 19 136 472 332 43 32 24 74 420 349 41 33 25 55 407 338 38 32 57 84 385 309 46 30 43 33 304 315 35 28 32 34 151 335 38 28 40 61
7.021 4.039 454 417 453 1.169 585 337 38 35 38 97 457 29 6 6 18 79
TOTAL MENS. 2.441 1.803 1.012 1.232 966 993 978 924 956 847 748 653
13.553 1.129 482
Numero lndice Jan de 1993 = 100 JAN 1,27655084 FEV 1,54600088 MAR 1,65803149 ABR 1,80292730 MAl 1,92056822 JUN 2,10996167 JUL 2,38063368 AGO 2,74937468 SET 3,19461434 OUT 4,02032871 NOV 5,05606167 DEZ 6,17530786
MEDIA 2,82419678 DV. P AD 1,46458343
Font.e: BoletIm Dlano das ReceItas e Operacoes de Credit.o Realizadas, Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1991.
MES
JAN FEV
MAR ABR
MAl JUN JUL
AGO
SET
OUT NOV
DEZ
TOTAL
MEDIA
DV. PAD.
211.
MUNIClPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA PROPRIA EM US$ MILHOES CORRENTES
(ANO-BASE 1991)
IPTU ISS ITBI IVVC TAXAS DIV.
ATV.
133 24 2 4 7 7 93 31 2 3 4 4
35 23 2 3 10 10 34 26 3 3 26 26
34 24 3 2 7 7 32 25 3 3 10 10 36 25 3 2 6 6 33 27 3 3 4 4 32 26 3 3 7 7
28 22 3 2 2 2 22 22 2 2 2 2
10 22 3 2 4 4
521 300 34 31 88 88 43 25 3 3 7 7
33 3 1 O 6 6
TOTAL
MENS.
175 135
78
94
72 74 75
72 74
61 53
43
1.007
84 35
Dolar Medio Mensal
Ano: 1991
( Cr$/US$)
JAN 191,22 FEV 221,18
MAR 230,60
ABR 252,18
MAl 272,38
JUN 297,49 JUL 328,91
AGO 370,66
SET 428,80
OUT 582,60 NOV 735,97
DEZ 959,61
MEDIA 405,96
DV. PAD. 227,05 Fonte: BoletIm Dlano das Recelt.as e Operacoes de Credito Realizadas,
Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda,
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1991.
212.
MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA TRANSFERIDA ORIGINAL EM Cr$ MILHOES
(ANO-BASE 1991 )
MES ESTADUAL FEDERAL TOTAL ICMS IPVA ITBI FPM ITR IOF IPI MENSAL
JAN 5.637 477 O 133 1 1 181 6.429 FEV 4.918 712 7 193 O O 20 5.851 MAR 5.451 820 O 72 O O O 6.343 ABR 7.951 887 O 477 O O O 9.315 MAl 7.487 672 O 465 O O O 8.624 JUN 7.227 952 O 288 O O O 8.467 JUL 10.48'5 1.182 O 501 1 O O 12.169 AGO 9.717 999 O 579 O O O 11.295 SET 10.989 516 O 218 O O O 11.723 OUT 16.263 1.180 O 818 O O O 18.262 NOV 16.313 295 O 561 O O O 17.170 DEZ 21.092 456 O 1.247 7 O O 22.801
TOTAL 123.531 9.148 7 5.553 9 1 201 138.451 MEDIA 10.294 762 1 463 1 O 17 11.538
DV. PAD. 4.883 278 2 315 2 O 50 5.104 Fonte: Boletim Dlano das Recelta$ e Operacoes de Credito Realizadas,
Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1991.
213.
MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA TRANSFERIDA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993
(ANO-BASE 1991 )
MES ESTADUAL FEDERAL TOT AL Numero Indic.e ICMS IPVA ITBI FPM Im IOF IPI MENS. Janeiro de 1993=100
JAN 442 37 o 10 O O 14 504 JAN 1,27655084
FEV 318 46 O 12 o o 1 378 FEV 1,54600088
MAR 329 49 O 4 O O O 383 MAR 1,65803149
ABR 441 49 O 26 o o O 517 ABR 1,80292730
MAl 390 35 o 24 O O o 449 MAl 1,92056822 JUN 343 45 O 14 O O O 401 JUN 2,10996167
JUL 440 50 O 21 O O O 511 JUL 2,38063368
AGO 353 36 O 21 O o o 411 AGO 274937468 , SET 344 16 O 7 o o o 367 SET 3,19461434 OUT 405 29 O 20 o O o 454 OUT 4,02032871
NOV 323 6 O 11 o o o 340 NOV 5,05606167
DEZ 342 7 O 20 O O o 369 DEZ 6,17530786
TOTAL 4.468 407 o 192 O O 15 5.084
MEDIA 372 34 O 16 O O 1 424 D.PAD. 46 15 O 7 o O 4 59
MED 2,82419678 D PAD 1,46458343
Fonte: Boletim Dlano das Receitas e Operacoes de Credito Realizadas, Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. hneiro a Dezembro de 1991.
MES
JAN FEV MAR ABR MAl JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
TOTAL
214.
MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA TRANSFERIDA EM US$ MILHOES CORRENTES
(ANO-BASE 1991 )
ESTADUAL FEDERAL ICMS IPVA ITBI FPM ITR IOF IPI
29 2 O 1 O O 1 22 3 O 1 O O O 24 4 O O O O O 32 4 O 2 O O O 27 2 O 2 O O O 24 3 O 1 O O O 32 4 O 2 O O O 26 3 O 2 O O O 26 1 O 1 O O O
28 2 O 1 O O O
22 O O 1 O O O 22 O O 1 O O O
314 29 O 14 O O 1
TOTAL MENS.
34 26 27 37 32 28 37 30
27 31
23 24
3.58
Dolar Medio Mensal ( Cr$!uS$)
JAN 191,.58 FEV 221,.54 MAR 230,8.5
ABR 2.52,39
MAl 272,.58
JUN 297,66 JUL 329,04 AGO 370,92
SET 42.8,99 OUT .582,99
NOV 736,74 DEZ 9.59,64
MEDIA 26 2 O 1 O O O 30
D.PAD. 3 1 O O O O O 4 MEDIA 406,24 D. PAD. 227,07
Fonte: Boletim DlaflQ das Recelt.as e Operac-Oes de Credit-O Realizadas, C-Oordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeirura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1991.
215.
1 9 9 2
216.
MUNIClPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA PROPRlA ORIGINAL EM Cr$ MILHOES
(ANO-BASE 1992)
MES IPTU 1 S S ITBI lVVC TAXAS DMDA TOTAL ATIVA MENSAL
JAN 145.450 25.552 2.349 2.480 5.179 6.602 187.612 FEV 66.074 29.523 4.286 3.072 5.832 5.443 114.229 MAR 38.249 36.511 4.292 3.375 17.316 13.034 112. 778 ABR 45.130 47.175 4.944 4.424 12.724 1.774 116.171 MAl 55.852 53.426 5.349 4.978 7.754 3.290 130.651 JUN 66.301 67.135 7.753 6.184 17.889 4.961 170.224 JUL 80.494 80.875 12.454 8.786 11.630 7.209 201.448 AGO 100.712 100.024 14.310 10.093 16.502 7.275 248.917 SET 117.316 120.704 10.386 13.508 19.540 7.128 288.583 OUT 138.450 145.579 20.082 15.088 35.445 10.514 365.158 NOV 154.392 187.761 21.566 18.036 35.834 11.106 428.695 DEZ 86.152 230.966 31.715 21.855 67.929 21.992 460.608
TOTAL 1.094.573 1.125.232 139.486 111.880 253.574 100.329 2.825.074 MEDIA 91.214 93.769 11.624 9.323 21.131 8.361 235.423
DV.PAD. 38.197 63.140 8.544 6.182 17.050 5.133 119.206 Fonte: Boletim Dlano das Receitas e Operacoe;: de Credito RealIzadas,
Superintendencia do Te~ouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1992.
MES
JAN FEV MAR ABR
MAl JUN JUL AGO
SET
OUT NOV DEZ
TOTAL
MEDlA DV.PAD.
217.
MUNIOPIO DO ruo DE JANEIRO
RECEITA PROPRlA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993
(ANO-BASE 1992)
IPTU ISS ITBI IWC TAXAS DIV. A'IV.
1.857 326 30 32 84 66 676 302 44 31 56 60 324 309 36 29 110 147 323 337 35 32 13 91 326 312 31 29 19 45
319 323 37 30 24 86 318 320 49 35 28 46 317 315 45 32 23 52 290 298 26 33 18 48 274 288 40 30 21 70
246 299 34 29 18 57 111 297 41 28 28 87
5.380 3.727 449 369 442 856
448 311 37 31 37 71 442 14 6 2 29 28
TOT AL Numero Indice MENS.
2.395 1.169 956 831 763
819 796 784 713 722
683 593
11.223 935 462
Jan. de 1993 = 100 JAN 7,8328263
FEV 9,7748973 MAR 11,7984022
ABR 13,9861182
MAl 171254531 , JUN 20,7930819
JUL 25,3035260 AGO 31,7662220
SET 40,4621377
OUT 50,5526434
NOV 62,7988980 DEZ 77,6819700
MEDIA 30,8230147 DV. PAD 21,6736320
Fonte: Boletim Diario das ReceItas e Operacoes de Credito Realizadas, Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1992.
MES
JAN FEV
MAR ABR MAl JUN JUL
AGO SET
OUT NOV
DEZ
TOTAL MEDIA
DV.PAD.
218.
MUNICJPI0 DO ruo DE JANElRO
RECEITA PROPRIA EM US$ MILHOES CORRENTES
(ANO-BASE 1992)
lPTU ISS lTBl 1WC TAXAS DN. A'lV
123 22 2 2 4 4 45 20 3 2 4 4 21 20 2 2 10 10 21 22 2 2 6 6 21 20 2 2 3 3 21 21 2 2 6 6 21 21 3 2 3 3 22 21 3 2 4 4 20 21 2 2 3 3 19 20 3 2 5 5 17 21 2 2 4 4 8 21 3 2 6 6
359 251 30 25 57 57 30 21 3 2 5 5 29 1 O O 2 2
TOT :AL Dolar Medio Men~al MENS.
IS8 78 63 53 50 54 53 53 50 51 48 41
751 63 30
Ano: 1992
(Cr$/uS$ ) JAN 1.187,08 FEV 1.470,87 MAR 1.796,66 ABR 2.194,01 MAl 2.617,58 JUN 3.158,72 JUL 3.815,94 AGO 4.658,75 SET 5.752,60 OUT 7.189,63 NOV 8.999,60 DEZ 11.163,25
MEDIA 4.500,39 DV. PAD. 3.0:;5,88
Fonte: Bolenm Dlarlo da~ ReceIt.a~ e Operacoe~ de Credito Realizadas, Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1992.
219.
MUNIOPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA TRANSFERIDA ORIGINAL EM Cr$ MILHOES
(ANO-BASE 1992)
MES ESTADUAL FEDERAL TOTAL ICMS IPVA ITBI FPM ITR IOF ROY. MENSAL
JAN 26.334 571 O 908 1 7 O 27.820 FEV 32 . .586 2.362 O 1.097 O O 1.5 36.061 MAR 40 . .543 4.6.5.5 O 1.101 O O 19 46.317 ABR 48.4.50 4.262 O 1.9.57 O O 23 .54.691 MAl .58.893 9.03.5 O 2.489 O 1 19 70.437 JUN 70.667 8.820 O 4.216 O 28 30 83.760 JUL 86.946 12.17.5 O 4.876 2 1 38 104.038 AGO 103.914 10..560 O 4.270 O O .50 118.79.5 SET 132.332 6 . .568 O .5.761 O O 63 144.725 OUT 161.31.5 18.83.5 O 6.893 O 1 8 187.0.53 NOV 210.220 7.61.5 O 11.069 O 4 10.5 229.012 DEZ 266.142 7.097 .506 1.5.682 2 10 289 289.728
TOTAL 1.238.342 92 . .5.53 .506 60.318 7 .52 6.59 1.392.437 MEDIA 103.19.5 7.713 42 .5.027 1 4 .5.5 116.036
DV. PAD. 72.649 4.630 140 4.272 1 8 76 78.990 Fonte: Boletim Dlano das Receitas e Opera coes de Credito RealIZadas,
Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1992.
220.
MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA TRANSFERIDA EM Cr$ BILHOES DE JANEIRO DE 1993
(ANO-BASE 1992)
MES ESTADUAL FEDERAL TOr :AL Numero Indice ICMS IPVA ITBI FPM ITR IOF ROY MENS. Janeiro de 1993=100
JAN 336 7 O 12 O O O 355 JAN 7,83282626 FEV 333 24 O 11 O O O 369 FEV 9,77489728 MAR 344 39 O 9 O O O 393 MAR 11,79840215 ABR 346 30 O 14 O O O 391 ABR 13,98611822
MAl 344 53 O 15 O O O 411 MAl 17,12545314 JUN 340 42 O 20 O O O 403 JUN 20,79308188
JUL 344 48 O 19 O O O 411 JUL 25,30352597 AGO 327 33 O 13 O O O 374 AGO 31,76622200 SET 327 16 O 14 O O O 358 SET 40,46213767 OUT 319 37 O 14 O O O 370 OUT 50,55264344
NOV 335 12 O 18 O O O 365 NOV 62,79889799 DEZ 343 9 1 20 O O O 373 DEZ 77,68197001
TOTAL 4.038 353 1 179 O O '" 4.572 "-
MEDIA 336 29 O 15 O O O 381 D.PAD. 8 15 O 3 O O O 19
MED 30,82301467 D PAD 21,67363195
Fonte: Bolenm Dlano das Receitas e Operacoes de Credito Realizadas, Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1992.
221.
MUNIClPIO DO RIO DE JANEIRO
RECEITA TRANSFERIDA EM US$ MILHOES CORRENTES
(ANO-BASE 1992)
MES ESTADUAL FEDERAL TOT :Ai, Dolar Medio Mensal ICMS IPVA ITBI FPM ITR IOF ROY. MENS. ( Cr$/US$)
JAN 22 O O 1 O O O 23 JAN 1.187,08 FEV 22 2 O 1 O O O 15 FEV 1.470,87 MAR 23 3 O 1 O O O 26 MAR 1.796,66 ABR 22 2 O 1 O O O 15 ABR 2.194,01 MAl 22 ~ O 1 O O O 27 ~ MAl 2.617,58 JUN 22 3 O 1 O O O 27 JUN 3.158,72 JUL 23 3 O 1 O O O 27 JUL 3.815,94 AGO 22 2 O 1 O O O 15 AGO 4.658,75 SET 23 1 O 1 O O O 15 SET 5.752,60 OUT 22 3 O 1 O O O 26 OUT 7.189,63 NOV 23 1 O 1 O O O 15 NOV 8.999,60 DEZ 24 1 O 1 O O O 26 DEZ 11.163,15
TOTAL 272 24 O 12 O O O 307 MEDIA 23 2 O 1 O O O 26 D.PAD. 1 1 O O O O O 1
MEDIA 4.500,39 D. PAD. 3.055,88
Fonte: Boletim Diario das Ree.eitas e Opera coes de Credito Realizadas, Coordenadoria do Tesouro Municipal, Secretaria Municipal de Fazenda, Prefeitura da Odade do Rio de Janeiro. Janeiro a Dezembro de 1992.
222.
F P M NACIONAL
223.
GOVERNO FEDERAL
ARRECADACAO TOTAL DO IMPOSTO DE RENDA E IPI DESTINADA AO
FUNDO DE PARTIClPACAO DOS MUNIClPIOS EM MILHOES CORRENTES
(PERIODO DE 1989 A 1992)
MES FPM 1989 FPM 1990 FPM 1991 FPM 1992 (NCz$) ( Cr$) ( Cr$) (Cr$)
JAN 208,39 5.602,19 59.766,68 295.6.54,.50 FEV 2.58,93 9.552,29 70.12.5,30 3.58.324,24 MAR 243,21 26.317,07 83.999,78 .500 . .579,74 ABR 2.56,70 23.0.53,10 92.687,36 .593.776,70 MAl 284,.58 62.079,29 1.54.811,17 1.094.30.5,6.5 JUN 382,80 28.091,00 127.263,63 1.172.274,61 JUL 383,33 31.461,31 138.602,83 1.396.649,02 AGO 6.56,33 32.307,18 1.5.5.495,20 1.710.30.5,.52 SET 788,03 37.528,17 188.317,17 2.031.476,68 OUT 8.58,.56 39.894,12 149.493,16 2.756.636,11 NOV 2.630,96 49.469,22 221. 0.50,99 3.346.301,11 DEZ 3.049,.56 68.658,01 367.006,3.5 4.443.575,33 Total 10.001,38 414.012,9.5 1.808.619,60 19.699.8.59,21 Media 833,45 34.501,08 1.50.718,30 1.641.6.54,93
De5v·Padrao 92.5,79 18.028,48 79.82.5,46 1.244.826,8.5 Fonte: SI5tema de Admml5tracao Fmanc~nra, Departamento do Tesouro. NaCional,
Ministerio da Fazenda. Janeiro de 1989 a Dezembro de 1992.
224.
GOVERNO FEDERAL
ARRECADACAO TOTAL DO IMPOSTO DE RENDA E IPI DESTINADA AO
FUNDO DE PARTICIPACAO DOS MUNICIPIOS EM Cr$BILHOES DEJAN/93
(PERIODO DE 1989 A 1992)
MES FPM 1989 FPM 1990 FPM 1991 FPM 1992
(Cr$ BI Jan/93) (Cr$ BI Jan/93) (Cr$ BI Jan/93) (Cr$ BI Jan/93) JAN 4.256,27 4.827,45 4.681,89 3.774,56 FEV 4.730,04 4.794,68 4.535,92 3.665,76 MAR 4.262,73 7.285,29 5.066,24 4.242,78 ABR 4.278,05 5.732,13 5.140,94 4.245,47 MAl 4.205,96 14151,03 8.060,70 6.389,94 JUN 4.463,19 5.873,75 6.031,56 5.637,81 JUL 3.241,42 .5.822,81 .5.822,10 5 . .519,.58
AGO 4.066,40 5.294,76 .5.655,66 5.384,04 SET 3.514,57 5.505,44 5.894,83 5.020,69
OUT 2.741,02 ·5.126,65 3.718,43 5.4.53,00
NOV 5.821,92 5.412,50 4.372,00 5.328,60
DEZ 4.517,24 6.450,53 5.943,13 5.720,21 Total 50.098,81 76.277,01 64.923,38 60.382,43
Media 4.174,90 6.356,42 5.410,28 5.031,87
Desv·Padrao 742,87 2.442,10 1.064,02 816,54 Fonte: Sistema de Admmlstracao Fmancelra, Departamento do Tesouro NacIOnal,
Ministerio da Fazenda. Janeiro de 1989 a Dezembro de 199"2.
225.
GOVERNO FEDERAL
ARRECADACAO TOTAL DO IMPOSTO DE RENDA E IPI DESTINADA AO
FUNDO DE PARTICIPACAO DOS MUNICIPIOS EM US$MILHOES DEJAN/93
(PERJODO DE 1989 A 1992)
MES FPM 1989 FPM 1990 FPM 1991 FPM 1992
(US$ MI Jan/93) (US$ MI Jan/93) (U5$ MI Jan/93) (U5$ MI Jan/93)
JAN 214,99 445,14 336,44 251,03
FEV 301,42 451,15 340,08 250,15
MAR 281,63 192,33 389,35 286,03 ABR 291,93 542,32 391,41 211,11
MAl 303,19 1.328,69 603,25 426,93
JUN 334,58 546,94 452,46 318,01
JUL 233,15 523,70 444,14 311,81 AGO 307,53 496,58 440,59 311,91
SET 218,64 545,53 459,63 356,81
OUT 220,03 458,59 261,61 386,45
NOV 482,67 437,42 312,15 313,79
DEZ 376,06 481,12 396,08 399,10 Total 3.704,42 1.055,50 4.833,21 4.135,84
Media 308,70 587,96 402,77 344,65
Desv-Padrao 65,62 240,91 83,71 57,42 Fonte: Sistema de Administracao FinanceIra, Departamento do Tesouro NaCIOnal,
Ministerio da Fazenda. Janeiro de 1989 a Dezembro de 1992.
226.
F P M MUNICIPAL
227.
MUNIClPIO DO RIO DE JANEIRO
TRANSFERENCIA TOTAL DO IMPOSTO DE RENDA E IPI REFERENTE AO
FUNDO DE PARTIClPACAO DOS MUNICIPIOS EM MILHOES CORRENTES
(PERIODO DE 1989 A 1992)
MES FPM 1989 FPM 1990 FPM 1991 FPM 1992 (NCz$) (Cr$) ( Cr$) (Cr$)
JAN ~,48 1~,6~ 184,87 914,~2
FEV 0,73 26,68 216,91 1.108,37 MAR 0,68 76,74 ~9,83 1.~48,39
ABR 0,67 64,4~ 286,70 1.836,67 MAl 0,82 173,07 478,86 3.384,91 JUN 1,07 78,47 393,6~ 3.626,08 JUL 1,09 87,88 42873 , 4.320,11 AGO 1,86 90,24 480,98 5.290,32 SET 2,19 104,83 582,50 6.283,76 OUT 2,41 111,44 462,41 8.526,83
NOV 7,44 138,18 683,7~ 10.3~0,78
DEZ 8,60 191,78 1.135,22 13.744,87
Total 33,0~ 1.1~9,41 ~.594,42 60.935,60 Media 2,75 96,62 466,20 5.077,97
Desv-Padrao 2,69 50,20 246,92 3.~0,~O ..
Fonte: Sutema de AdmInlstraCão FInanceira, Departamento do Tesouro NaCIOnal, Ministerio da Fazenda. Janeiro de 1989 a Dezembro de 1992.
228.
MUNIOPIO DO RIO DE JANEIRO
TRANSFERENOA TOTAL DO IMPOSTO DE RENDA E IPI REFERENTE AO
FUNDO DE PARTIOPACAO DOS MUNIOPIOS EM Cr$BILHOES DEJAN/93
(PERIODO DE 1989 A 1992)
MES FPM 1989 FPM 1990 FPM 1991 FPM 1992 (Cr$ BI Jan/93) (Cr$ BI Jan/93) (Cr$ BI Jan/93) (Cr$ BI Jan/93)
JAN 111,91 13,49 14,48 11,68 FEV 13,38 13,39 14,03 11,34 MAR 11,93 21,24 15,67 13,12 ABR 11,13 16,03 15,90 13,13 MAl 12,15 39,45 24,93 19,77 JUN 12,43 16,41 18,66 17,44 JUL 9,26 16,26 18,01 17,07 AGO 11,54 14,79 17,49 16,65 SET 9,75 15,38 18,23 15,53 OUT 7,70 14,32 11,50 16,87 NOV 16,46 15,12 13,52 16,48 DEZ 12,75 18,02 18,38 17,69 Total 240,39 213,90 200,82 186,77 Media 20,03 17,82 16,74 15,56
Desv-Padrao 27,78 6,83 3,29 2,53 Fonte: Sistema de Admmlstracao Fmancem .. , Departamento do Tesouro NaCIOnal,
Ministerio da Fazenda. Janeiro de 1989 a Dezembro de 1992.
229.
MUNIClPIO DO RIO DE JANEIRO
TRANSFERENClA TOTAL DO IMPOSTO DE RENDA E IPI REFERENTE AO
FUNDO DE PARTIClPACAO DOS MUNIClPIOS EM US$MILHOES DEJAN/93
(PERIODO DE 1989 A 1992)
MES FPM 1989 FPM 1990 FPM 1991 FPM 1992 (US$ MI Jan/93) (US$ MI Jan/93) (US$ MI Jan/93) (US$ MI Jan/93)
JAN 7,23 1,24 1,04 0,80 FEV 0,87 1,28 1,05 0,78 MAR 0,81 2,31 1,20 0,88 ABR 0,78 1,51 1,21 0,86 MAl 0,88 3,70 1,87 132 , JUN 0,93 1,53 1,40 1,17 JUL 0,67 1,46 1,37 1,15
AGO 0,87 1,39 1,36 1,15 SET 0,77 1,51 1,42 1,10 OUT 0,62 1,28 0,83 1,20 NOV 1,36 1,22 0,97 1,16 DEZ 1,06 1,34 1,23 1,23 Total 16,85 19,80 14,95 12,79 Media 1,40 1,65 1,25 1,07
Desv-Padrao 1,77 0,68 0,26 0,18 ..
Fonte: SIStema de Admmlstracao Fmancelra, Departamento do Tesouro NaCIOnal, Ministerio da Fazenda. Janeiro de 1989 a Dezembro de 1992.
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