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ADESÃO AO PLANEJAMENTO FAMILIAR PELA POPULAÇÃO DA ABRANGÊNCIA DA USF AMOREIRAS, PARACATU-MG, BRASIL
Viviane Barreto Vinhal1 Alexandre Gonçalves2
RESUMO
Introdução: O Planejamento Familiar é um importante instrumento no atendimento à população que utiliza o Sistema Único de Saúde (SUS), sendo seu objetivo principal retardar ou mesmo evitar a gravidez. Os métodos anticoncepcionais que se enquadram à realidade bio-social das pessoas que procuram o serviço e sua viabilidade econômica devem ser discutidos. Objetivo: Verificar a adesão às ações do Planejamento Familiar da população da abrangência da USF Amoreiras, Paracatu-MG. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo na abrangência da USF Amoreiras, situada em Paracatu-MG, Brasil, com as pessoas que fizeram o planejamento familiar no período de abril 2007 a março 2008. Resultados: foram realizadas 07 reuniões,com a participação de 34 participantes. Em todo o período analisado, foram contabilizados 345 anticoncepcionais orais e 79 injetáveis. Encaminhamentos aos métodos definitivos foram registrados 28, sendo 23 casos de laqueadura e 05 casos de vasectomia, com a participação de apenas 01 homem nas reuniões. Discussão: Como as opções anticoncepcionais femininas são mais amplas, a maioria dos participantes das reuniões e também as que mais fazem uso destes métodos são as mulheres. É necessário que haja mudança, uma vez que começa a haver inversão do papel da mulher na sociedade. Conclusão: A Unidade de Saúde da Família tem grande importância sobre a saúde da população, porem e necessário a capacitação e adaptação a localidade, principalmente com relação à atividades educativas e aconselhamento, bem como conscientizar sobre a importância dos registros adequados das ações realizadas.
PALAVRAS-CHAVE: Planejamento Familiar. USF Amoreiras. Adesão. Gravidez na adolescência.
1 Acadêmica da Faculdade de Medicina Atenas, Paracatu-MG, Brasil. Endereço eletrônico: [email protected] 2 Professor do curso de Medicina da Faculdade Atenas, Paracatu-MG.
1 INTRODUÇÃO
1.1 ESTADO DA ARTE
Antes vista com o foco voltado para o grupo materno-infantil, a atenção integral à
saúde da mulher ganha espaço em 1983, com a criação do Programa de Atenção
Integral à Saúde da Mulher (PAISM) pelo Ministério da Saúde. Este programa, com o
objetivo de suportar todas as questões de gênero, como maternidade, prevenção,
promoção, entre outras, foi estruturado e, desde então, faz parte da rotina da Política de
Saúde da Família (PSF) (OSIS, 1998).
A prática do Planejamento Familiar (conjunto de ações integradas ao PAISM
voltadas para o aspecto reprodutivo) constitui um importante instrumento no
atendimento à população que utiliza o Sistema Único de Saúde (SUS), sendo seu
objetivo principal retardar ou mesmo evitar a gravidez. A discussão sobre os métodos
anticoncepcionais que se enquadram à realidade bio-social das pessoas que procuram o
serviço e sua viabilidade econômica é o principal meio de aplicabilidade do
Planejamento Familiar (CODES, 2002), visto que a população alvo é a de baixa renda, e
o ingresso da mulher no mercado de trabalho é crescente (OSIS, 1998). Mas vale
lembrar que o atendimento aos usuários do Planejamento Familiar depende sobretudo
do conhecimento da prevalência de condições médicas específicas, da tradição de
serviços e dos recursos assistenciais disponíveis (CODES, 2002).
Secundariamente, a chamada “reunião/consulta” de planejamento familiar tem o
objetivo de verificar, identificar e dar assistência a qualquer sintoma incomum que se
apresente simultaneamente e esteja relacionado à saúde reprodutiva. Dessa forma, uma
entrevista típica (que coleta a história médica) investiga e/ou tenta monitorar possíveis
sintomas anormais relacionados à menstruação, atividade sexual e às doenças
sexualmente transmissíveis (DSTs), sendo que esta última não faz parte da rotina no
cenário brasileiro, sendo efetuada apenas quando as mulheres apresentam sintomas, e
se há recursos disponíveis para o processamento dos espécimes (CODES, 2002).
Outra preocupação em relação às políticas de planejamento familiar, com o passar
dos anos, tem sido a esterilização feminina, especialmente em níveis sócio-econômicos
mais baixos, que afirmam ser motivadas a optar por esse procedimento irreversível por
“problemas de saúde” ou mesmo pela “orientação médica” (COSTA, 1989).
Para que o Planejamento Familiar alcance tais objetivos é necessário que todas as
equipes nele envolvidas tenham sido capacitadas e estejam preparadas para fazer o
acompanhamento, controle e avaliação do desempenho do programa adequadamente
(OSIS, 1998).
1.2 CONTEXTUALIZAÇÃO
A Unidade de Saúde da Família (USF) Amoreiras, situada na cidade de Paracatu -
MG, inaugurada em Julho/2000, conta com uma equipe composta por um médico, uma
enfermeira, dois técnicos de enfermagem, um odontólogo, um THD (técnico de Higiene
Dental), um auxiliar administrativo e cinco agentes comunitários, entre os quais, apenas
o profissional odontólogo não participam efetivamente do PAISM e, conseqüentemente,
das ações do Planejamento Familiar, que foi implantado nesta USF há alguns anos, mas
1.3 JUSTIFICATIVA
Pela minha vivencia e experiência profissional no campo da enfermagem por 11
anos em uma unidade de saúde da família, compreendo que o conhecimento das
mudanças que ocorrem na vida e na saúde da população da abrangência da USF
Amoreiras após a implantação do Planejamento Familiar pelo Ministério da Saúde e de
suma importância para se avaliar a adesão da população tanto ao programa supracitado
quanto à própria Atenção Primária tornando-se, dessa forma, algo de grande utilidade
para pesquisas na área e aperfeiçoamento do próprio programa, além de informar às
pessoas sobre os resultados dos investimentos na área da saúde.
1.4 OBJETIVO GERAL
Verificar a adesão às ações do Planejamento Familiar da população da
abrangência da USF Amoreiras, Paracatu-MG.
1.5 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Verificar o número de pessoas que participaram das reuniões do Planejamento
Familiar;
Quantificar a distribuição de anticoncepcionais orais e injetáveis fornecidos pela
USF;
Verificar o número de encaminhamentos aos métodos definitivos realizados;
Identificar o número de gestantes adolescentes na área de abrangência da USF
Amoreiras no período de abril/2007 a março/2008.
2 MÉTODOS
2.1 TIPO DE ESTUDO
Foi realizado um estudo descritivo que pretende avaliar a adesão da população da
abrangência da USF Amoreiras, situada em Paracatu-MG, Brasil.
2.2 ÁREA DE ESTUDO
Abrangência da USF Amoreiras, Paracatu-MG, Brasil.
2.3 COLETA DE DADOS
A coleta de dados utilizou como fontes os cadernos de registros a respeito do
Programa do Planejamento Familiar existentes na USF Amoreiras, consultas ao Sistema
de Informação de Atenção Básica (SIAB) de Abril/2007 a Março/2008 e entrevistas
realizadas com os profissionais nele envolvidos.
2.4 POPULAÇÃO DE ESTUDO
População residente na abrangência da USF Amoreiras, Paracatu-MG, Brasil.
2.5 AMOSTRA E AMOSTRAGEM
Pessoas que participaram das reuniões do Programa de Planejamento Familiar no
período de Abril/2007 a Março/2008.
2.6 CRITÉRIO DE SELEÇÃO DOS SUJEITOS
A seleção da amostra foi realizada de modo a abranger todas as pessoas que
participaram das reuniões do Programa de Planejamento Familiar no período de
Abril/2007 a Março/2008.
2.7 INSTRUMENTOS OU TÉCNICAS UTILIZADAS
O questionário utilizado foi elaborado a partir de cartilhas sobre o Planejamento
Familiar, a fim de conhecer o funcionamento do mesmo na USF Amoreiras, após
discussão sobre o assunto, de acordo com o Método da Problematização, que visa a
estruturação de hipóteses de solução para determinado problema e suas posteriores
aplicações na realidade, uma vez identificado esse problema e seus pontos-chave, bem
como sua devida teorização elaborada.
3 RESULTADOS
3.1 DESCRIÇÃO
Em instrumento único e informal existente na USF Amoreiras, foram registradas
03 reuniões do Planejamento Familiar realizadas entre Abril/2007 e Dezembro/2007
(com 21 participantes, somando todas as reuniões) e 04 reuniões realizadas entre
Janeiro/2008 e Março/2008 (contando com 34 participantes). Em todo o período
analisado, foram contabilizados 345 anticoncepcionais orais e 79 injetáveis.
Encaminhamentos aos métodos definitivos foram registrados 28, sendo 23 casos de
laqueadura e 05 casos de vasectomia, apesar de ter sido registrada a participação de
apenas 01 homem nas reuniões. O número de gestantes adolescentes encontradas na
abrangência da USF Amoreiras no período de Abril/2007 a Março/2008, segundo o
SIAB, está registrado na tabela a seguir.
3.2 Tabelas, quadros
Período (Mês/Ano)
Total de mulheres da abrangência (> 10 anos de idade)
Número total de gestantes
Total de adolescentes do sexo feminino
Número de gestantes
adolescentes Abril/2007 1543 34 456 8 Maio/2007 1530 33 448 8 Junho/2007 1545 33 455 9 Julho/2007 1548 31 459 8 Agosto/2007 1515 36 444 8 Setembro/2007 1512 37 441 8 Outubro/2007 1507 38 436 8 Novembro/2007 1506 43 436 9 Dezembro/2007 1512 43 438 9 Janeiro/2008 1508 37 438 7 Fevereiro/2008 1515 37 442 7 Março/2008 1523 39 446 8
4 DISCUSSÃO
4.1 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
Quando se leva em consideração o número de reuniões do Planejamento Familiar
realizadas, o número de pessoas que participaram destas reuniões e o número de
métodos anticoncepcionais distribuídos pela USF no período analisado, observa-se a
discrepância entre os valores, apontando nitidamente para uma distribuição de tais
métodos sem a exigência relativa à participação das reuniões do Programa. Isso ocorre
porque não há nenhum protocolo (ou mesmo regimento interno da USF) que controlasse
tais procedimentos. Se não está havendo as reuniões, conseqüentemente não estão sendo
efetivadas as atividades educativas e nem mesmo o acompanhamento daqueles que
fazem uso dos métodos disponibilizados pela USF. Dessa forma, não há controle algum
sobre quem está adquirindo tais métodos e sobre quem está realmente os utilizando.
O número de gestantes adolescentes sofreu pouca variação no período analisando,
levando-nos a refletir se isso ocorre por causa da eficácia dos métodos contraceptivos
ou por negligência (omissão de novos casos).
A alta incidência de casos encontrados (nos registros) com aconselhamento ao uso
do Dispositivo Intra-Uterino (DIU) – representada por 12 casos em 55 – levanta uma
questão a cerca da informação que é passada à população. Esse número pode estar
indicando que não está ocorrendo o esclarecimento a respeito dos métodos que podem
ser utilizados, dentre os quais se enquadram os métodos de abstinência periódica e
natural, métodos de barreira, o próprio DIU, métodos hormonais e os métodos
definitivos, cada qual devendo ser analisados alguns aspectos antes de sua aplicação: a
escolha do homem, da mulher ou do casal, as características dos métodos, fatores
individuais e fatores situacionais.
Como as opções anticoncepcionais femininas são mais amplas, não é de se
surpreender que as mulheres sejam a maioria dos participantes das reuniões e também
as que mais fazem uso destes métodos. Aliado a isso, está o velho modelo da sociedade
patriarcal, na qual o homem sai para trabalhar enquanto a mulher cuida da casa e dos
filhos. Mas com as mudanças que têm ocorrido nesse modelo e com o crescente
ingresso da mulher no mercado de trabalho, é necessário que, desde já, ações
programáticas e pesquisas a cerca do homem e seu papel na saúde reprodutiva devem
ser iniciadas, a fim de oferecer maior informação e acesso aos métodos contraceptivos
existentes, sem esquecer de que é necessário que tais ações sejam destinadas também
aos adolescentes, englobando saúde reprodutiva, sexualidade e gênero.
Com a adoção dessas ações, além de evitar a exclusão do homem do Programa do
Planejamento Familiar, elas contribuirão para a união, a integridade e o crescimento da
relação homem-mulher, uma vez que os motivará a tomar decisões em conjunto, uma
vez que não só a mulher é responsável pela reprodução.
4.2 COMPARAÇÃO COM OUTROS ESTUDOS
(OLINTO, 1999)
No caso dos métodos definitivos, a ausência de normas que regulamentam a
esterilização, pode ser um dos principais fatores estimuladores da disseminação da
esterilização (facilitando a clandestinidade). Outro fator é a influência exercida pelos
médicos sobre outros profissionais em escolas de medicina, hospitais-escolas e da
prática diária. Estima-se que, aproximadamente, 20 milhões de dólares foram investidos
em clínicas de planejamento familiar entre 1978 e 1984, segundo E. M. Vieira.
Ainda na pesquisa realizada por Vieira, o principal motivo apontado pela maioria
das entrevistadas (44%) para terem se submetido à operação, foi estar satisfeita com o
número de filhos; 26% afirmaram problemas de saúde; 6,4% alegaram como motivo ter
se submetido a muitas cesáreas; 12,3% apontaram dificuldade financeira; 5,7%
revelaram que não se adaptavam a outros métodos; e 2% disseram que o marido não
queria mais filhos. Entre outros motivos para esterilizar-se, dificuldades conjugais,
alcoolismo do marido e medo de ter outro filho deficiente, foram citados por 3,7% das
entrevistadas.
Vale ressaltar que não é e nunca foi objetivo do Planejamento Familiar a solução
de problemas sociais e econômicos do país, e sim proporcionar meios e informações
para que todos os brasileiros pudessem planejar suas famílias (OSIS, 1998), uma vez
que consiste um direito constitucional e de livre decisão do casal.
Um ponto importante a ser tratado a informação a cerca da irreversibilidade do
procedimento, os possíveis efeitos colaterais e suas conseqüências, o que não é feito em
diversas ocasiões. Segundo Costa et al, além dos possíveis danos à saúde, foi constatado
o alto grau de desinformação a respeito das conseqüências da laqueadura tubária, já que
15% das mulheres esterilizadas (em nova pesquisa) manifestaram desejo de ter mais
filhos no futuro e 11% pensavam que ainda poderiam engravidar.
O abuso da esterilização e a escolha desinformada poderiam ser evitados mediante
a regulamentação dessa prática, trazendo possibilidade de controle, apoio e
aconselhamento durante a decisão.
4.3 DIFICULDADES E LIMITAÇÕES
A dificuldade na disponibilização dos dados na USF Amoreiras foi um grande
obstáculo durante este estudo. Outra limitação encontrada foi o curto prazo para a
escolha de um tema e para a elaboração do presente artigo, uma vez que visava atender
às necessidades de uma disciplina curricular semestral.
Foi encontrado um viés potencial de aferição no SIAB, uma vez que o cálculo da
porcentagem de gestantes maiores de 20 anos registrada no documento foi realizado
levando em consideração todas as mulheres acima dessa idade, uma vez que, no
mínimo, as mulheres maiores de 60 anos estariam certamente inaptas a esse evento
(gravidez).
Um possível viés de confundimento foi encontrado no que se refere à certificação
da veracidade e confiabilidade das informações adquiridas no SIAB e nos registros da
USF Amoreiras, já que não há nenhuma maneira de conferir os dados colhidos pelo fato
de não haver nenhum registro anterior ao disponibilizado para a realização do presente
trabalho.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
5.1 SÍNTESE DOS PRINCIPAIS RESULTADOS
Mesmo se tratando de uma área cuja população é bastante heterogênea (no quesito
sócio-econômico), a USF tem grande importância e influência sobre a saúde desta
população, devendo fornecer acompanhamento clínico-ginecológico e ações educativas
à população que participa do Planejamento Familiar. Apesar da capacitação e adaptação
do sistema de saúde às necessidades da população feminina, o programa ainda apresenta
falhas que se mostram mediante a análise da cobertura e dos impactos causados nesta
população. Ficou bastante claro que nem todas as pessoas que possuem seus métodos
contraceptivos disponibilizados participam das reuniões, o que implica dizermos, então,
que as chamadas “ações educativas” não estão sendo realizadas. Portanto, não há um
protocolo sobre o Planejamento Familiar.
Além disso, não há dados concretos que comprovem (ou não) a participação das
gestantes adolescentes encontradas nas reuniões do Planejamento Familiar, o que
impossibilita a avaliação da qualidade de suas ações. Assim, não chegaremos à
conclusão se a houve falha na adesão ao programa ou nos métodos anticoncepcionais.
5.2 SUGESTÕES DE NOVAS PESQUISAS
Assim, seria de fundamental importância uma análise mais detalhada das ações do
Planejamento Familiar que realmente são aplicadas sobre a população, bem como sobre
o trânsito das informações (diálogo claro entre a equipe da USF e a pessoa), uma vez
que o sucesso do Programa depende muito da captação de pessoas que queiram
participar das reuniões e do acompanhamento dos que já participam, para enfim
verificar o impacto.
5.3 PROPOSIÇÕES E RECOMENDAÇÕES DE INTERVENÇÕES
Para tal análise e posterior intervenção, o primeiro investimento a ser feito deve
ser na capacitação e na motivação da equipe multidisciplinar da USF. Esta equipe deve
ser capaz de realizar três tipos de atividades: educativas, de aconselhamento e clínicas,
que devem ser integradas, aproveitando todas as oportunidades com os participantes do
Planejamento Familiar. Depois, deveria ser feita uma conscientização na população a
respeito da necessidade de participar das reuniões antes de fazer uso do método
anticoncepcional. Após isso, a disponibilização dos recursos necessários deve continuar
a atender a demanda local, desde já, inferindo-se que esta demanda vai aumentar uma
vez que haja maior captação e acompanhamento das pessoas que participam das
reuniões do Planejamento Familiar.
6 AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos da unidade de Saúde, pelo carinho e atenção nos momentos em
que os procurei para levantamento dos dados. Agradeço também à colega Patrícia pela
ajuda e apoio na confecção deste artigo.
ACCESSION TO THE FAMILY PLANNING FOR THE POPULATION OF USF
ABRANGÊNCIA AMOREIRAS, PARACATU-MG, BRAZIL
ABSTRACT
Introduction: The Family Planning is an important tool in service to the population that uses the Unified Health System (SUS), and its main objective is delay or even avoid pregnancy. The methods fall into the bio-social reality of people seeking the service and its economic viability must be discussed. Objective: To assess the adherence to the actions of the Family Planning of the population of the coverage of USF Amoreiras, Paracatu-MG. Methods: A descriptive study was conducted in the scope of USF Amoreiras, located in Paracatu-MG, Brazil, with people who have family planning in the period from April 2007 to March 2008. Results: 07 meetings were held with the participation of 34 participants. Throughout the period examined, 345 were recorded oral and 79 were injectable. Leads for definitive methods were recorded 28, which 23 cases of tubal ligation and 05 cases of vasectomy, with the participation of only one man in the meetings. Discussion: As the female contraceptive choices are wider, most participants of the meetings and also those that make more use of these methods are women. We need change, since there started to reverse the role of women in society. Conclusion: The Family Health Group has great importance on the health of the population, and put the necessary training and adaptation to town, especially with regard to educational activities and counselling and awareness on the importance of adequate records of actions taken.
KEYWORDS: Family Planning. USF Amoreiras. Membership. Teenage pregnancy.
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