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º período Faciplac/Sistema... · estar mais alta do que a pressão do ar no exterior, a membrana timpânica protrai e você ... um show de rock ou um motor a jato - 120 dB ... semicirculares

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Tuba auditiva: quando você está em um avião ascendendo ou em um carro seguindopara o alto de uma montanha, a pressão do ar circundante diminui. Enquanto a válvulada tuba auditiva estiver fechada, o ar na orelha média permanece na pressão do ar deantes de você começar a subir. Pelo fato da pressão do ar no interior da orelha médiaestar mais alta do que a pressão do ar no exterior, a membrana timpânica protrai e vocêsente uma pressão desagradável ou dor na orelha. A dor pode ser aliviada por bocejo oudeglutição, que abrem a válvula da tuba auditiva, igualando a pressão do ar na orelhamédia com a pressão do ar no ambiente.

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Com a vibração do diapasão, a compressão do ar adjacente cria uma pressão extranessa região, e isso, por sua vez, faz com que o ar um pouco mais afastado se tornepressionado também. A pressão nessa segunda região comprime o ar ainda maisdistante, e esse processo repete-se continuamente até que a onda finalmente alcança aorelha.

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A vibração da membrana basilar faz com que as células ciliares do órgão de Corti seagitem para frente e para trás; isso flexiona os cílios nos pontos de contato com amembrana tectórica (tectorial). A flexão dos cílios excita as células sensoriais e geraimpulsos nas pequenas terminações nervosas filamentares da cóclea que enlaçam essascélulas. Esses impulsos são então transmitidos através do nervo coclear até os centrosauditivos do tronco encefálico e córtex cerebral. Dessa forma, a energia hidráulica éconvertida em energia elétrica.

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A vibração da membrana basilar ocasiona vibração das células ciliadas, que estão emcontato com uma rede de terminações nervosas da cóclea a excitação dessas célulascausa uma estimulação das terminações nervosas. As terminações nervosas conduzemessa estimulação até o nervo coclear e depois para o sistema nervoso central.

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Os comprimentos das fibras basilares aumentam progressivamente, começando najanela oval e indo da base da cóclea ao seu ápice. As fibras curtas e rígidas perto dajanela oval (na base da cóclea) vibram melhor numa frequência muito alta, enquanto asfibras longas e flexíveis perto da extremidade da cóclea vibram melhor numa frequênciabaixa. Assim, quando as células ciliares próximas à base da cóclea são estimuladas, océrebro interpreta o som como sendo agudo (de alta frequência).

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A energia acústica pode distender os delicados tecidos da orelha interna, além dos seuslimites de elasticidade, com rompimento e laceração desses tecidos. O som é medidoem decibéis (dB). As pessoas com o aparelho auditivo considerado normal podem ouvirruídos a partir de dez decibéis.próximo ao silêncio total - 0 dBum sussurro - 15 dBconversa normal - 60 dBuma máquina de cortar grama -90 dBuma buzina de automóvel - 110 dBum show de rock ou um motor a jato - 120 dBum tiro ou um rojão - 140 dB

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O aparelho vestibular detecta a posição da cabeça no espaço; isto é, determina se elaestá ereta com relação à força gravitacional da Terra, se está jogada para trás, se estávoltada para baixo, ou em outra posição.

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As máculas também auxiliam na manutenção do equilíbrio quando se começa a andarsubitamente para a frente, para o lado, ou em qualquer outra direção linear. Isto é,quando se inicia um movimento para a frente, a inércia faz com que os otólitos sejamdeslocados para trás, inclinando os cílios nessa direção. Esse fenômeno dá umasensação de desequilíbrio para trás. Como resposta, o indivíduo inclina-se para a frente,a fim de não cair. Por outro lado, quando se quer frear um movimento, deve-se inclinaro corpo para trás. Outra vez, são os otólitos das máculas que iniciam automaticamenteesse movimento; dessa forma, quando se pára, os otólitos se conservam em movimentopara frente enquanto todo o corpo está parando. Isso desloca os cílios das célulasmaculares para a frente, fazendo com que a pessoa tenha a sensação de estar caindocom a cabeça em direção ao chão. Como resposta, o mecanismo de equilíbrio inclina ocorpo para trás, automaticamente.

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O labirinto informa sobre a direção dos movimentos da cabeça e do corpo (para cima,para baixo, de um lado para o outro, para frente, para trás e rotações), enquanto osolhos informam sobre a posição do corpo no espaço, a pele informa sobre qual parte docorpo que está em contato com uma superfície e os músculos e articulações (sistemaproprioceptivo) informam sobre os movimentos e quais as partes do corpo que estãoenvolvidas com eles.

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O sistema labiríntico é a central de informações, que recolhe os impulsos de todos ossensores e o sistema nervoso central (SNC) as recebe para serem analisadas. Asinformações recebidas devem ser coerentes. A chegada de informações conflitantespode resultar em tontura e enjoo até que o sistema se habitue a esta nova realidade.

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Além de transmitir estímulos nervosos à formação bulborreticular da porção inferior dotronco cerebral, os canais semicirculares e as máculas enviam informações ao cerebelo,que prevê quando vai ocorrer um estado de desequilíbrio. Isso permite que estímuloscorretivos apropriados sejam enviados à formação bulborreticular antes dodesequilíbrio acontecer, de forma a evitá-lo ao invés de corrigi-lo depois de ocorrido.Como os demais sistemas sensoriais, o sistema vestibular faz conexões com o tálamo eneocórtex: integração cortical das informações sobre os movimentos corporais, dosolhos e do cenário visual. Por isto, se rodopiarmos a uma velocidade constante, olíquido no interior dos canais semicirculares vai passando a se mover em consonânciacom os canais. Se pararmos bruscamente de rodopiar, o líquido dos canaissemicirculares continuará a se mover devido à inércia, estimulando as células sensoriais.A sensação de tontura que sentimos resulta do conflito de duas percepções: os olhosinformam ao sistema nervoso que paramos de rodopiar, mas o movimento do líquidodos canais semicirculares da orelha interna informa que nossa cabeça ainda está emmovimento.

A chegada de informações conflitantes pode resultar em tontura e enjoo até que osistema se habitue a esta nova realidade.

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As doenças do labirinto são popularmente conhecidas como “labirintites”, umadenominação errônea porque uma infecção ou inflamação do labirinto, como sugere osufixo “ite”, são de rara ocorrência. Os termos labirintopatias (para designar as afecçõesdo ouvido interno ou labirinto) ou vestibulopatias (para designar as afecções queacometem qualquer parte do sistema vestibular ou sistema de equilíbrio) são maisadequadas.

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Vestibulopatias periféricas são as que acometem o sistema vestibular periférico,constituído pelos canais semicirculares, utrículo, sáculo e o nervo vestibular (oitavo parcraniano). Cerca de 85% das vestibulopatias são de origem periférica. Vestibulopatiascentrais são as que lesam estruturas vestibulares no sistema nervoso central.

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Anatomicamente, o globo ocular (como o próprio nome diz em forma de globo) ficaalojado em uma cavidade, formada por vários ossos, chamada órbita. O globo ocular éaderido a esta órbita pelos músculos extrínsecos que lhe darão a capacidade demovimentação, tendo como amortecedor o tecido adiposo (gordura).O olho é situado na cavidade orbitária circundado por músculos extra-oculares, gordurae tecido conjuntivo. Apenas o terço anterior do olho fica exposto. Este consiste numaporção central transparente (córnea) e uma porção adjacente branca (esclera). Aesclera é recoberta por uma membrana transparente (conjuntiva bulbar) que seprolonga recobrindo a parte interna das pálpebras (conjuntiva tarsal). O diâmetroanteroposterior normal do olho é entre 22 e 26 mm.

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Anteriormente o globo ocular é protegido pelas pálpebras e cílios.

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Existem quatro músculos retos e dois músculos oblíquos inseridos no olho. Apenas oterço anterior do olho fica exposto.

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Quando choramos o excesso de lágrima desce pelo canal lacrimal e é despejado nasfossas nasais, em direção ao exterior do nariz.

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O olho pode ser dividido em duas câmaras (anterior e posterior ou vítrea) e três camadas (externa,intermediária e interna). A camada externa é composta pela córnea transparente, esclera opaca e suajunção - o limbo, onde se encontra a trama trabecular por onde escoa o humor aquoso. A camadaintermediária é a camada vascular ou úvea que é formada pela íris, pelo corpo ciliar e pela coroide. A írispossui uma abertura central (pupila) para a passagem da luz e funciona como um diafragma regulando estaentrada. O corpo ciliar secreta humor aquoso e sustenta o cristalino. A coroide promove a nutrição daretina. O cristalino é uma estrutura transparente localizada atrás da íris e sustentada por fibras finas (zônulaou fibras zonulares) que ligam a cápsula do cristalino ao corpo ciliar. A camada mais interna é a retina.

É o cristalino que divide o olho nas câmaras anterior e posterior ou vítrea. A câmara anterior é a regiãoentre a superfície posterior da córnea e a íris, preenchida por humor aquoso, que é produzido pelosprocessos ciliares do corpo ciliar e drenado pela trama trabecular. A cavidade vítrea é a maior e estálocalizada atrás do cristalino se estendendo até à frente da retina.Assim, o sistema visual é formado por duas lentes (córnea e cristalino), cujo poder de refração deve levar aimagem a se formar em uma camada neurossensorial (retina). Essa camada possui fibras que formam onervo óptico para deixar o olho levando o impulso nervoso ao córtex visual. Para regular este processo,funciona um sistema de diafragma que regula a entrada de luz no olho (íris-pupila) e um sistema de focopara visualizar longe ou perto (acomodação) realizado (sistema de foco) pelo complexo músculo ciliar,zônula e cristalino.

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Córnea: camada fina e transparente da esclerótica, na parte anterior do olho, que funciona como lenteconvergente, sendo o primeiro meio transparente de refração dos raios luminosos que atingem os olhos, eresponsável pela maior parte da refração do olho (os raios luminosos que atingem a superfície curvada dacórnea mudam de direção e convergem para a parte posterior do olho).Humor aquoso: fluido aquoso entre a córnea e o cristalino que preenche a câmara anterior do olho. Alémde funcionar como um meio de refração, regula a pressão interna do olho e também é responsável pelanutrição da córnea e do cristalino, que não possuem vasos sanguíneos. É produzido pelo corpo ciliar porultrafiltração e por secreção ativa. Sua composição é estritamente regulada para excluir proteínas de altopeso molecular e células, mas contém glicose, oxigênio e aminoácidos para a córnea e para o cristalino. Ohumor aquoso circula da câmara posterior para a câmara anterior pela pupila, deixando o olho pela malhatrabecular, um tecido especializado semelhante a uma peneira localizado no ângulo da câmara anterior,entre a íris e a córnea. A partir da malha trabecular, o humor aquoso é drenado através do canal deSchlemm, localizado no ângulo da câmara anterior.Cristalino: lente biconvexa que divide o olho em duas câmaras (anterior e posterior). Além de funcionarcomo uma superfície refrativa do olho, também está relacionado à acomodação visual. O cristalino ésustentado por ligamentos que se unem aos músculos ciliares, os quais se conectam à esclera e formam umanel dentro do olho. Quando eles se contraem, a parte central do anel torna-se menor e a tensão nosligamentos suspensores diminui. Com isto o cristalino tende a assumir uma forma mais arredondada devidoà sua elasticidade natural. O relaxamento dos músculos ciliares faz com que o anel torne-se maior e,consequentemente, a tensão nos ligamentos suspensores aumenta. Isto tem efeito de distender ocristalino, que assume uma forma mais achatada. Tais mudanças no formato do cristalino permitem quenossos olhos ajustem o foco para diferentes distâncias visuais (acomodação visual).Humor vítreo: fluido viscoso e gelatinoso localizado entre o cristalino e a retina, que preenche a câmaraposterior do olho. Além de funcionar como uma superfície refrativa, sua pressão mantém esférico o globoocular e também a posição anatomicamente adequada da retina em contato com a coroide, que lhegarante nutrição e oxigenação.

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As três camadas de tecido que constituem o globo ocular, ou túnicas, são: fibrosa (externa),vascular (intermédia) e nervosa (interna).Esclerótica: túnica externa ou fibrosa, formada pela córnea (mencionada acima) e pela esclera,parte branca dos olhos onde ocorre a inserção dos músculos extra-oculares, responsáveis pelamovimentação dos olhos. A esclera é formada por tecido conjuntivo denso, poucovascularizado, opaco e branco.Úvea: túnica intermédia ou vascular, formada por: íris, coroide e corpo ciliar, cujas funções estãorelacionadas a seguir:- Íris: parte mais visível (e colorida) do olho que contém um orifício em seu centro, a pupila.Funciona como um diafragma, controlando a quantidade de luz que entra no olho.- Coroide: contém pigmentos que absorvem a luz que chega até a retina, evitando sua reflexão. Éintensamente vascularizada e também tem a função de fornecer oxigênio e nutrientes (irrigar)para a retina.

Corpo ciliar: estrutura localizada atrás da íris, responsável pela formação do humoraquoso e pela acomodação do cristalino [se une aos ligamentos que sustentam ocristalino e é responsável por sua mudança de forma que permite o ajuste do foco paradiferentes distâncias visuais (acomodação visual)].Retina: túnica interna ou nervosa. É a parte sensível à luz do olho e contém os cones, que sãoresponsáveis pela visão de cores, e os bastonetes, que são responsáveis pela visão em preto-e-branco em baixas condições de luminosidade. Quando essas células são excitadas, os sinais sãotransmitidos primeiramente através de sucessivas camadas de neurônios na retina e, finalmente,propagam-se pelas fibras do nervo óptico para o córtex cerebral. A retina não possui nenhumelemento de fixação especial que a prenda ao globo ocular. É o humor vítreo que a mantém naposição anatomicamente adequada, ou seja, em contato com a coroide, que lhe garante nutriçãoe oxigenação (vasos sanguíneos e nutrientes).

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Os pigmentos da coroide absorvem a luz que chega até a retina, evitando sua reflexão.A coroide é intensamente vascularizada e tem a função de fornecer oxigênio enutrientes para a retina.Midríase é a dilatação da pupila em função da contração do músculo dilatador da pupila(ação do sistema nervoso simpático). Seu contrário, ou seja, a contração da pupila, éconhecida como miose.

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A retina é a parte sensível à luz do olho e contém os cones, que são responsáveis pelavisão de cores, e os bastonetes, que são responsáveis pela visão em preto-e-branco embaixas condições de luminosidade. Quando essas células são excitadas, os sinais sãotransmitidos primeiramente através de sucessivas camadas de neurônios na retina e,finalmente, propagam-se pelas fibras do nervo óptico para o córtex cerebral.As camadas celulares da retina são designadas com relação ao centro do globo ocular.Assim, a camada mais interna é a camada de células ganglionares, sendo seguida pelascamadas nuclear interna, nuclear externa e dos segmentos externos dosfotorreceptores. Entre a camada de células ganglionares e a camada nuclear internaestá a camada plexiforme interna, na qual se estabelecem contatos sinápticos entrecélulas bipolares, amácrinas e ganglionares. Entre as camadas nucleares interna eexterna está a camada plexiforme externa, onde os fotorreceptores estabelecemcontatos sinápticos com células bipolares e horizontais.Cada fotorreceptor apresenta quatro regiões: um segmento externo, um segmentointerno, um corpo celular e um terminal sináptico. O segmento externo contém osfotopigmentos sensíveis à luz. Os segmentos externos estão embebidos em um epitéliopigmentar que é especializado na absorção da luz. A informação sobre a luz flui dosfotorreceptores para as células bipolares e, então, para as células ganglionares, as quaisprojetam axônios através do nervo óptico. As células horizontais e amácrinas modificamas respostas das células bipolares e ganglionares através de conexões laterais.

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O segmento externo dos fotorreceptores contém uma pilha de discos membranosos emcujas membranas estão localizados os fotopigmentos sensíveis à luz.

A retina humana possui três tipos de cones. Cada um deles é sensível a umadeterminada faixa de comprimento de onda do espectro luminoso, mais precisamenteao picos situados a 419 nm (azul-violeta), 531 nm (verde) e 559 nm (verde-amarelo). Aclassificação dos cones em "vermelho", "verde" e "azul" (RGB, de red, green, blue cone)é uma simplificação usada por comodidade para tipificar as três frequências alvos,embora não corresponda à sensibilidade real dos fotorreceptores dos cones. Todos ostons existentes derivam da combinação dessas três cores primárias.

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O nervo óptico está localizado no fundo do olho. Existe uma parte do nervo óptico que évisível ao exame de fundo do olho: o disco óptico ou papila.O exame do fundo de olho por meio da oftalmoscopia direta faz parte do exame físicode rotina e tem por finalidade inspecionar as seguintes estruturas oculares: câmaraanterior, pupila, cristalino, retina, nervo óptico, mácula, artérias e veias. Trata-se de umexame não invasivo, que fornece informações clínicas importantes para a avaliação depacientes com doenças sistêmicas e oculares, podendo ser realizado por qualquermédico treinado.

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A parte da retina que se situa mais próxima do nariz com relação à fóvea é chamada denasal, enquanto a parte que se situa mais próxima às têmporas, denomina-se temporal.A parte da retina acima da fóvea é chamada de superior, e a localizada abaixo, deinferior.

A mácula é uma estrutura anatômica situada na região central da retina,temporalmente e ligeiramente inferior ao disco óptico. O termo mácula é derivado de"mancha" pelo seu aspecto mais escuro ao exame de fundo de olho. Isto deve-se ao fatode a mácula ser uma estrutura anatômica avascular (sem vasos sanguíneos) e rica emum pigmento, a xantofila. A mácula é rica em um grupo especial de células, importantesna formação da imagem, os cones.O disco óptico da retina diz respeito à porção do nervo óptico vista no fundo dos olhos,formado pelo encontro de todos os axônios das células ganglionares da retina assim quepenetram no nervo óptico.

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A região central da mácula é deprimida, denominada depressão foveal ou, maiscomumente, fóvea.A acuidade visual é a capacidade do olho de distinguir entre dois pontos próximos.Depende de diversos fatores, em especial do espaçamento dos fotorreceptores naretina e da precisão da refração do olho.

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Façamos uma comparação com uma câmera fotográfica. Quando vemos uma fotografia reveladasabemos que alguma máquina estava direcionada para aquela imagem e que tínhamos algodentro da máquina que capturou aquela imagem e a guardou. Depois de processada ourevelada, ficamos com a fotografia que podemos ver a qualquer hora. Esta é a mesma explicaçãopara o que vemos. O olho, com a sua forma arredondada, tem na sua estrutura um jogo delentes que ao se direcionar a uma imagem a captura focando-a na retina (filme). Por sua vez, aretina, através do nervo ótico, leva a imagem ao cérebro (fotografia processada) onde a mesmaficará armazenada.O sistema visual é formado por duas lentes (córnea e cristalino), cujo poder de refração develevar a imagem a se formar em uma camada neurossensorial (retina). Essa camada possui fibrasque formam o nervo óptico para deixar o olho levando o impulso nervoso ao córtex visual. Pararegular este processo, funciona um sistema de diafragma que regula a entrada de luz no olho(íris-pupila) e um sistema de foco para visualizar longe ou perto (acomodação) realizado (sistemade foco) pelo complexo músculo ciliar, zônula e cristalino.

Entre a retina e a esclerótica existe a coroide (camada rica em vasos sanguíneos ecélulas pigmentares estas funcionando como a câmara escura de uma máquinafotográfica).

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O cristalino é uma lente convergente de distância focal variável. É sustentado porligamentos que se unem aos músculos ciliares, os quais se conectam à esclera e formamum anel dentro do olho. Quando eles se contraem, a parte central do anel torna-semenor e a tensão nos ligamentos suspensores diminui. Com isto o cristalino tende aassumir uma forma mais arredondada devido à sua elasticidade natural. O relaxamentodos músculos ciliares faz com que o anel torne-se maior e, conseqüentemente, a tensãonos ligamentos suspensores aumenta. Isto tem efeito de distender o cristalino, queassume uma forma mais achatada. Tais mudanças no formato do cristalino permitemque nossos olhos ajustem o foco para diferentes distâncias visuais (acomodação visual).

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Considere dois pontos no espaço: um mais próximo e o outro mais distante. Quando oolho se acomoda ao ponto mais próximo, a imagem do ponto mais distante na retinanão é um ponto e sim, um círculo borrado. A diminuição (constrição) da pupila reduz otamanho desse círculo borrado, de forma que sua imagem se aproxima mais de umponto. Assim, objetos distantes parecem menos fora de foco.

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No quiasma óptico os axônios originários da retina cruzam de um lado do cérebro para ooutro. Os neurônios do corpo geniculado lateral (NGL) projetam seus axônios para ocórtex visual primário. Esta projeção é chamada radiação óptica.

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Em uma lente esférica com comportamento convergente, a luz que incideparalelamente entre si é refratada, tomando direções que convergem a um únicoponto. Tanto lentes de bordas finas como de bordas espessas podem ser convergentes,dependendo do seu índice de refração em relação ao do meio externo. O caso maiscomum é o que a lente tem índice de refração maior que o índice de refração do meioexterno. Nesse caso, um exemplo de lente com comportamento convergente é o deuma lente biconvexa (com bordas finas).

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Nos casos mais comuns as lentes que apresentam as extremidades mais espessas doque a parte central (lentes bi-côncavas, plano côncavas e convexo–côncava) sãodivergentes.

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O cristalino cresce 0,02 mm por ano, do nascimento até a senilidade. Este crescimentoprogressivo faz com que ele ocupe mais espaço dentro do olho, o que impede a açãodos músculos ciliares sobre os ligamentos suspensores. Desta forma, a acomodaçãovisual para perto fica comprometida.

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O ceratocone é uma doença oftalmológica que provoca aumento da curvatura dacórnea, que não mais suporta a pressão ocular e se deforma. Como consequência inicialdo ceratocone temos a piora da acuidade visual. Os raios luminosos, que seriamrefratados de modo harmônico, atingem uma área de curvatura muito elevada, e sãorefratados irregularmente, criando imagens desfocadas na retina, e não passíveis defocalização com o uso de óculos. Há, portanto a determinação de um astigmatismoirregular, com miopia geralmente associada. Pode estar associado a fatores genéticos,mas é possível que seja o resultado final de diferentes condições clínicas. É muito maisfrequente em determinadas pessoas, como as portadoras de síndromes genéticas comoa síndrome de Down, de Turner, de Ehlers-Danlos, de Marfan, pessoas com alérgicas eportadoras de doenças como a osteogenesis imperfecta e prolapso da válvula mitral.Em um estágio precoce a perda de visão pode ser corrigida pelo uso de óculos; maistarde o astigmatismo irregular requer correção óptica com o uso de lentes de contatorígidas, que promovem uma superfície de refração uniforme e melhoram a visão. Algunspacientes não evoluem bem ou não se adaptam às lentes de contato e requeremprocedimentos cirúrgicos para deter o avanço do ceratocone. Nestes casos realiza-se aceratoplastia (modificação do formato da córnea) e em casos mais avançados até otransplante de córnea.

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O olho humano produz continuamente um fluido para nutrição de estruturas do segmento anterior: ohumor aquoso. Após cumprir sua função, este fluido deve ser drenado através do canal de Schlemm,localizado no ângulo da câmara anterior (ver explicação no slide 48). Esse contínuo fluxo de entrada e saídade fluido confere um certo grau de pressão (normal) no interior do olho. Qualquer obstrução no sistema dedrenagem acarreta um represamento desse fluido dentro do olho, com consequente elevação da pressãointraocular. O glaucoma é uma doença ocular causada principalmente pela elevação da pressão intraocularque provoca lesões no nervo óptico, formado pelos axônios das células ganglionares da retina. O aumentoda pressão intraocular pode levar à compressão mecânica do nervo óptico e/ou redução do fluxo sanguíneoao nível do nervo óptico. Com o tempo, o nervo óptico vai se atrofiando e comprometendo a visão, demaneira irreversível. Como a atrofia do nervo óptico ou atrofia óptica refere-se à perda (degeneração) dealgumas ou várias das fibras do nervo óptico, ou seja, das fibras nervosas que levam impulsos até o córtexcerebral, pode comprometer a visão de uma maneira irreversível. Como consequência, ocorrecomprometimento visual e, se não for tratado adequadamente, pode levar à cegueira. O glaucoma crônicosimples ou glaucoma de ângulo aberto, que representa mais ou menos 80% dos casos, é causado por umaalteração anatômica na região do ângulo da câmara anterior do olho, que impede a drenagem do fluidoque preenche esta câmara, provocando aumento da pressão intraocular.

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“Catarata” é a denominação dada para a perda da transparência do cristalino,juntamente com uma redução progressiva de sua elasticidade e de sua capacidade deacomodar, impedindo que os feixes de luz cheguem à retina, onde seriam percebidospelos fotorreceptores.

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O daltonismo é uma perturbação da percepção visual caracterizada pela incapacidadede diferenciar todas ou algumas cores, manifestando-se muitas vezes pela dificuldadeem distinguir o verde do vermelho. Esta perturbação tem normalmente origemgenética, mas pode também resultar de lesão na retina ou de lesão de origemneurológica. Uma lesão neurológica no córtex visual (por um acidente vascular cerebral,por exemplo) em uma pessoa que já viu as cores perfeitamente pode conduzir não só àperda da visão de cores, mas também da capacidade de representar mentalmentecores, o que é conhecido como acromatopsia cerebral.

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As tonalidades visíveis dependem do modo como cada tipo de cone é estimulado. A luzazul, por exemplo, é captada pelos cones de "alta frequência". No caso dos daltônicos,algumas dessas células não estão presentes em número suficiente ou registam umaanomalia no pigmento característico dos fotorreceptores no interior dos cones.

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Tritanopia: a espécie mais rara de daltonismo interfere na visão das cores azul eamarelo. Não se perde a visão total do azul, mas as tonalidades enxergadas sãodiferentes.

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É uma anomalia que atrapalha ver alguns tipos de cores. A pessoa possui todos osreceptores de cores, mas os de algumas cores em específico não funcionam bem.Dentro dela existem 3 subtipos, que são relacionados a cor verde, vermelho e azul.Protanomalia: relacionada aos receptores da cor vermelha.Deuteranomalia: relacionada aos receptores da cor verde.Tritanomalia: relacionada aos receptores da cor azul.

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