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PREFEITURA MUNICIPAL DE XAMBRÊ ESTADO DO PARANÁ -PLAMSAN - PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DO MUNICÍPIO DE XAMBRÊ Xambrê – Paraná 2016-2019

-PLAMSAN- PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR … · ME Ministério da Educação NASF Núcleo de Apoio à Saúde da Família ONU Organização das Nações Unidas PAA Programa

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PREFEITURA MUNICIPAL DE XAMBRÊ

ESTADO DO PARANÁ

-PLAMSAN-

PLANO MUNICIPAL DE

SEGURANÇA ALIMENTAR E

NUTRICIONAL DO MUNICÍPIO

DE XAMBRÊ

Xambrê – Paraná

2016-2019

Lista de Abreviaturas e Siglas

ABRANDH Ação Brasileira pela Nutrição e Direitos HumanosAPP Área de Preservação PermanenteBPC Benefício de Prestação ContinuadaBHC Benzene HexachlorideDCNT Doenças Crônicas Não TransmissíveisDHAA Direito Humano à Alimentação AdequadaCAD/PRO Cadastro de ProdutorCAE Conselho de Alimentação EscolarCAISAN Câmara Intersetorial Municipal de SANCEF Caixa Econômica FederalCEMA Conselho Estadual de Meio AmbienteCESAN/P Conferência Estadual de Segurança Alimentar e NutricionalCMDCA Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do AdolescenteCME Conselho Municipal de EducaçãoCAOP Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Proteção à

Saúde Pública.CODAPAR Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do ParanáCOMSEA Conselho Municipal de Segurança Alimentar e NutricionalCONSEA Conselho Estadual de Segurança Alimentar e NutricionalCORESAN Comissões Regionais de Segurança Alimentar e NutricionalCNAS Conselho Nacional de Assistência SocialCNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de SaúdeCNSAN Conferência Nacional de Segurança Alimentar e NutricionalDAP Declaração de Aptidão ao Programa de Fortalecimento da

Agricultura FamiliarDATASUS Departamento de informática do Sistema Único de Saúde do

Brasil.DBO Demanda Bioquímica por OxigênioDSA Dengue com Sinais de AlarmeENEN Exame Nacional do Ensino MédioFBSAN Fórum Brasileiro de Segurança Alimentar e NutricionalFUNDEB Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica

e Valorização dos Profissionais da EducaçãoIBGE Instituto Brasileiro de Geografia e EstatísticaIDEB Índice De Desenvolvimento Da Educação BásicaIDH-M Índice de Desenvolvimento Humano MunicipalINAN Instituto Nacional de AlimentaçãoINEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio

TeixeiraINSS Instituto Nacional do Seguro SocialIPARDES Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e SocialIPDM Índice Ipardes de Desempenho MunicipalIFDM Índice Firjan de desenvolvimento municipalITCG Instituto de Terras, Cartografia e GeociênciasLOSAN Lei Orgânica de Segurança Alimentar e NutricionalLP Licença PréviaMDS Ministério do Desenvolvimento Social e de Combate à Fome

ME Ministério da EducaçãoNASF Núcleo de Apoio à Saúde da FamíliaONU Organização das Nações UnidasPAA Programa de Aquisição AlimentarPAIF Serviço de Proteção e Atendimento Integral à FamíliaPBF Programa Bolsa FamíliaPDDE Programa Dinheiro Direto na EscolaPESAN Política Estadual de Segurança Alimentar e NutricionalPIB Produto Interno BrutoPLAMSAN Plano Municipal de Segurança Alimentar e NutricionalPME Plano Municipal de EducaçãoPNAE Programa Nacional de Alimentação EscolarPNAIC Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade CertaPNAS Política Nacional de Segurança Alimentar e NutricionalPNAT Programa Nacional do Transporte EscolarPNLD Programa Nacional do Livro Didático; PAR-Plano de Ações

ArticuladaPNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.ProEMI Programa Ensino Médio InovadorPRONAN Programa Nacional de Alimentação e NutriçãoPSE Programa Saúde na EscolaPSE Proteção Social EspecialRL Reserva LegalSAGI Secretaria Avalição da Gestão da InformaçãoSAN Segurança Alimentar e NutricionalSAPS Serviços de Alimentação da Previdência SocialSCFV Serviço de Convivência e Fortalecimento de VínculosSEAB Secretaria de Estado Agricultura e AbastecimentoSECAD Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e

DiversidadeSEED Secretaria Estadual de Educação do Estado do ParanáSETP Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção SocialSENAR Sistema Nacional de Aprendizagem RuralSESA Secretaria de Estado da SaúdeSETS Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Economia

SolidáriaSIAB Sistema de Informação da Atenção BásicaSISAN Sistema Nacional de Segurança Alimentar e NutricionalSIOPS Sistema de Informações sobre Orçamento Público em SaúdeSISNAMA Sistema Nacional de Meio AmbienteSNIS Sistema Nacional de Informações sobre SaneamentoSNHIS Sistema nacional de habitação de interesse socialSUAS Sistema Único da Assistência SocialSVS Secretaria de Vigilância em Saúde

LISTA DE FIGURASFigura 1 - Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - 27SISANFigura 2 - Fotos II Conferência -2015 46Figura 3 - Fotos da Oficina para levantamentos de indicadores-2016 47Figura 4 - Localização do município de Xambrê 49Figura 5 - Municípios limítrofes de Xambrê 50Figura 6 - Brasão Municipal 54Figura 7 - Bandeira Municipal 55Figura 8 - Bacia hidrográfica – Piquiri - 2015 73Figura 9 - Fotos de curso e treinamentos - 2016 79Figura 10 - Educação Alimentar - 2016 80Figura 11 - Atividades com hipertensos e diabéticos - 2016 114Figura 12 - Atendimentos das oficinas do SCFV - 2016 125Figura 13 - Cultivo de hortaliças em parceria com a Emater as famílias 135assentadas - 2016Figura 14 - Curso casqueamento de bovinos oferecido pela SENAR - 1362016LISTA DE TABELASTabela 1 - Números de participantes da II conferência SAN 44Tabela 2 - Informações Gerais -2016 56Tabela 3 - População residente por faixa etária e sexo, 2010 57Tabela 4 - Taxa de atividade e de ocupação segundo a faixa etária - 582010Tabela 5 - Índice de desenvolvimento humano (IDH-M) - 2010 58Tabela 6 - Número de estabelecimento e empregos segundo as 64atividades econômicas - 2014Tabela 7 - Quantificação de Árvores Boas - 2015 71Tabela 8 - Índice De Desenvolvimento Da Educação Básica – IDEB- 862014Tabela 9 - Instituições de Ensino existentes no Município e matriculas, 872015Tabela 10 - Matrículas no ensino regular e a dependência 87administrativa - 2014Tabela 11 - Docentes e estabelecimentos de ensino na educação 88básica – 2013Tabela 12 - Taxas de rendimento educacionais no Ensino Fundamental 892011-2013.Tabela 13 - Taxas de distorção idade série no Ensino Fundamental - 902015Tabela 14 - IDEB´S observados em 2011 - 2013 e metas projetadas 90das instituições que ofertam o Ensino Fundamental, 2011 – 2021Tabela 15 - Rendimento escolar (taxa de aprovação, reprovação e 92abandono) dos alunos do Ensino Médio regular, 2010 – 2013Tabela 16 - Taxa de distorção idade série do ensino médio - 2016 92

Tabela 17 - Taxa de Analfabetismo segundo faixa etária - 2010 93

Tabela 18 - Indicadores das aplicações das receitas na educação, 2011 96a 2014

Tabela 19 - Óbitos em menores de 1 ano e em menores de 5 anos 100segundo tipos de doença (Capítulos do CID10 (1)) - 2014

Tabela 20 - Atenção básica à saúde para crianças menores de 2 anos 100– 2015Tabela 21 - Número de estabelecimentos de saúde segundo o tipo de 101estabelecimento - 2015Tabela 22 - Número de Nascidos Vivos, por município e região de 101saúde - Paraná - 2008 a 2012Tabela 23 - Número de nascidos vivos de baixo peso, < 2500 mg, por 101região de saúde e municípios, Paraná - 2008 a 2012Tabela 24 - Proporção de nascidos vivos de baixo peso < 2500 mg, por 102região de saúde e municípios, Paraná - 2008 a 2012Tabela 25 - Número de partos cesáreos, por região de saúde e 102município, Paraná - 2008 a 2012Tabela 26 - Proporção de partos cesáreos, por região de saúde e 102município, Paraná - 2008 a 2012Tabela 27 - Tipo de Estabelecimentos de Saúde da 12ª Regional de 102Saúde - 2012Tabela 28 - Informações de cobertura populacional na APS e sobre 102capacidade instalada - 2012Tabela 29 - Despesa total, saúde por habitante, segundo os municípios 103do Paraná - 2011/2013Tabela 30 - Taxa de mortalidade (Coeficiente de mortalidade) - 2014 103

Tabela 31 - População em situação de extrema pobreza por faixa etária 121- 2015

Tabela 32 - Número de Crianças e Adolescentes por tipo de Violência – 125Últimos 05 Anos - 2016Tabela 33 - Caracterização da motivação para o acolhimento 127institucional - 2015Tabela 34 - Cronograma de monitoramento e avaliação 181

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) de Xambrê - 592015Gráfico 2 - IDHM: IPEA, IPARDE, FIRJAN - 2015 60

Gráfico 3 - Índice Ipardes de Desempenho Municipal (IPDM) - 2015 61

Gráfico 4 - Índice Firjan de desenvolvimento municipal – IFDM - 2015 61

Gráfico 5 - Índice de GINI - 2015 62

Gráfico 6 - Histórico Demográfico -2016 62

Gráfico 7 - Densidade demográfica -2015 63

Gráfico 8 - Taxa de envelhecimento -2015 63

Gráfico 9 - Pirâmide etária -2015 64

Gráfico 10 - Grau de Urbanização - 2010 64

Gráfico 11 - População Sengo a cor/raça - 2015 65

Gráfico 12 - População economicamente ativa - 2015 65

Gráfico 13 - Renda média domiciliar per capta - 2015 66

Gráfico 14- Produto interno bruto per capta - 2015 67

Gráfico 15 - Abastecimento de Água - 2015 68

Gráfico 16 - Taxa de cobertura do Serviço de Coleta de Resíduos-2015 69

Gráfico 17 - Forma de Coleta de Resíduos Sólidos Urbanos - 2015 69

Gráfico 18 - Disponibilidade hídrica - 2015 74

Gráfico 19 - Energia gerada - 2015 74

Gráfico 20 - Uso de agrotóxico - 2015 75

Gráfico 21 - Poluição Orgânica - 2015 75

Gráfico 22 - Efluentes tratados - 2015 76

Gráfico 23 - Cobertura vegetal e unidade de conservação - 2015 76

Gráfico 24 - Vulnerabilidade socioambiental - 2015 77

Gráfico 25 - Floresta Plantada - 2016 77

Gráfico 26 - Perfil populacional e instrução - 2015 84

Gráfico 27 - IDHM Educação - 2015 85

Gráfico 28 - IDEB - Rede Pública - 2015 86

Gráfico 29 - Mortalidade infantil - 2015 98

Gráfico 30 - Esperança de vida ao Nascer - 2015 99

Gráfico 31 - Distribuição das 5 principais causas de morbidade 99hospitalar - 2012Gráfico 32 - Distribuição das 3 principais causas externas de óbito por 100tipo de causa - 2010Gráfico 33 - Números de óbitos por causas em menores de 5 anos - 1012012Gráfico 34 - Taxa de Mortalidade geral - 2013 104

Gráfico 35 - Taxa de Mortalidade em menores de 1 ano de idade - 1042013Gráfico 36 - Taxa de óbitos menores de 1 ano de idade - 2015 105

Gráfico 37 - Taxa de óbitos menores de 5 anos de idade - 2015 106

Gráfico 38 - Números de óbitos por causas evitáveis em menores 5 106anos de idade - 2015Gráfico 39 - Números de óbitos maternos - 2015 107

Gráfico 40 - Taxa de mortalidade materna - 2015 107

Gráfico 41 - Nascidos vivos de mães com mais de 7 consultas de pré- 108natal - 2015Gráfico 42 - Percentual de crianças menores de ano com vacinação 105em dia - 2015Gráfico 43 - Número de agentes de controle de endemias - 2012 111

Gráfico 44 - Casos confirmados de dengue - 2016 112

Gráfico 45 - Casos confirmados Chikungunya - 2016 112

Gráfico 46 - Despesas total da saúde - 2015 113

Gráfico 47 - Recursos Humanos - Área da Saúde - 2015 113

Gráfico 48 - Porcentual Crianças e adolescentes de 6 a 15 anos com 118acompanhamento escolar - 2015Gráfico 49 - Porcentual de Famílias acompanhadas nas 119condicionalidades de Saúde - 2015Gráfico 50 - Beneficiários do Benefício de prestação Continuada - 1202015Gráfico 51 - Taxa de cobertura de coleta de resíduos - 2014 128

CONSELHO MUNICIPAL DE SEGURNÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DEXAMBRÊ – PR

Resolução n° 01/2016

SÚMULA: Dispõe sobre a composição do Comitê Técnico interinstitucionalde Elaboração e Acompanhamento do Plano Municipal de SegurançaAlimentar e Nutricional do Município de Xambrê.

O Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional - COMSEA, deXambrê, Estado do Paraná, no uso de suas atribuições legais que lhe confere aLei Municipal n° 1.954/2014 de 14 de abril de 2014.

Resolve:

Art.1º Aprovar a indicação dos membros do Comitê Interinstitucional deElaboração e Acompanhamento do Plano Municipal de Segurança Alimentar eNutricional do Município de Xambrê - 2016/2019 – PLAMSAN.

Representante Governamental:

Marly Cristina Biaca Campanholi – Secretária Municipal de Assistência Social

Vilma Maria Fidelis Borges – Secretaria Municipal de Educação

Thiago Vinício de Oliveira – Secretaria Municipal de Saúde

Magnun Rodrigo da Silva – Secretaria Municipal da Agricultura

Representante não governamental:

Antônia Maria de Jesus

Ari Silveira

Apolônia Aparecida Grotto

Art.2º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Xambrê, 09 de agosto de 2016.

Marcos Antônio SilveiraPresidente do COMSEA

SUMÁRIO

Apresentação

Identificação

Introdução.............................................................................................................................................15

Capítulo I. MARCO LEGAL..........................................................................................................20

1.1 A constituição da Política de Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil....22

1.2 O Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional...................................24

1.3 A constituição do SISAN e sua consolidação no Estado do Paraná.................27

1.4 A constituição da Política SAN na Regional/Umuarama.........................................39

1.5 A constituição do SISAN no Município de Xambrê...................................................42

Capítulo II. MARCO SITUACIONAL......................................................................................48

2.1 Aspectos gerais..........................................................................................................................49

2.2 Aspectos populacionais..........................................................................................................56

2.3 Aspectos ambientais e agrícolas.......................................................................................68

2.4 Aspectos culturais......................................................................................................................81

2.5 Aspectos Educacionais...........................................................................................................83

2.6 Aspectos de Saúde...................................................................................................................97

2.7 Aspectos Sociais......................................................................................................................114

2.8 Aspectos habitacionais..........................................................................................................127

Capítulo III. DESAFIOS DO PLAMSAN/2016-2019....................................................129

3.1 Promover o acesso universal à alimentação adequada e saudável, com

prioridade para as famílias e pessoas em situação de insegurança alimentar e

nutricional..............................................................................................................................................130

3.2Combater a insegurança alimentar e nutricional e promover a inclusão

produtiva rural em grupos populacionais específicos, com ênfase em Povos e

Comunidades Tradicionais e outros grupos sociais vulneráveis no meio rural.132

3.3 Promover a produção de alimentos saudáveis e sustentáveis, a estruturação

da agricultura familiar e o fortalecimento de sistemas de produção de base

agroecológica......................................................................................................................................134

3.4 Promover o abastecimento e o acesso regular e permanente da população

brasileira à alimentação adequada e saudável..................................................................137

3.5 Promover e proteger a Alimentação Adequada e Saudável da População

Brasileira, com estratégias de educação alimentar e nutricional e medidas

regulatórias..........................................................................................................................................138

3.6 Controlar e Prevenir os Agravos decorrentes da má alimentação...................139

3.7 Ampliar a disponibilidade hídrica e o acesso à agua para a população, em

especial a população pobre no meio rural...........................................................................141

3.8 Consolidar a implementação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e

Nutricional (SISAN), aperfeiçoando a gestão federativa, a intersetorialidade e a

participação social............................................................................................................................142

3.9 Apoio às iniciativas de promoção da soberania, segurança alimentar e

nutricional, do direito humano à alimentação adequada e de sistemas

alimentares democráticos, saudáveis e sustentáveis em âmbito internacional, por

meio do diálogo e da cooperação internacional................................................................143

Capítulo IV. PLANO DE AÇÃO DO PLAMSAN..............................................................144

Capítulo V. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO............................................................179

Referências bibliográficas.......................................................................................................182

Resolução de aprovação do PLAMSAN...............................................................................183

APRESENTAÇÃO

Um dos compromissos fundamentais do governo municipal de Xambrê é a

efetivação e implementação de políticas públicas que visam garantir os direitos

sociais de cidadania da população.

Pensando nesta sistemática, o município aderiu ao Sistema Nacional de

Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN, com objetivo de garantir a

Segurança Alimentar e Nutricional como regulamenta a Lei 11.346 de 2006, que

consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a

alimentos de qualidade e em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso

a outras necessidades essenciais tendo base práticas alimentares promotoras

de saúde que respeite a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural,

econômica e socialmente sustentáveis.

Neste contexto, fica evidente que o grande desafio é promover uma mudança de

realidade de que há muitas pessoas em situação de insegurança alimentar e

nutricional, seja pela falta ou dificuldade de acesso aos alimentos de uma forma

geral levando a situações de fome e desnutrição, seja pelo consumo excessivo

de alimentos ou o desconhecimento sobre uma alimentação adequada e

saudável, os quais podem levar ao desenvolvimento de várias doenças crônicas,

dentre elas a obesidade, que já se tornou mais preocupante em nosso país ao

que a própria desnutrição seja pelo consumo de alimentos com excesso de

agrotóxicos e outros produtos nocivos à saúde, dentre tantas outras causas.

Diante disso, esperamos a consolidação e o cumprimento do Direito Humano à

Alimentação Adequada – DHAA e também a diminuição do número de pessoas

em situação de insegurança alimentar e nutricional no município, direito social

básico agora reconhecido pelo Constituição Federal.

São por essas considerações, que apresentamos o Plano Municipal de

Segurança Alimentar e Nutricional do Município de Xambrê, para o quadriênio

2016-2019, buscando consolidar e expandir a Politica Municipal de SAN.

Elaborado pela Câmara Intersetorial Municipal de SAN (CAISAN/Xambrê) tendo

como destaque a participação dos vários segmentos da administração pública

direta municipal, como também da sociedade civil organizada e outras

instituições não governamentais.

IDENTIFICAÇÃO:

Município: Xambrê- Paraná

Porte Populacional: Pequeno

Identificação do Município

Município: Xambrê – Paraná

Porte Populacional: Pequeno Porte I

População: 6.012 habitantes (IBGE: Senso 2010)

Localização: Região Noroeste

Prefeito Municipal

Nome do Prefeito: Lucas Campanholi

Mandato do Prefeito Início: 01/01/2013 Término: 31/12/2016

Endereço da Prefeitura: Avenida: Alberto Byington, nº 505 – Centro

CEP: 87.535-000

Telefone: (44) 3632-1306 site: www.xambre.pr.gov.br

E-mail: [email protected] ou [email protected]

Órgão Gestor da Assistência Social

Nome do Órgão Gestor: Secretaria Municipal de Assistência Social

Número da Lei de Criação do Órgão: 1374 Data da criação: 26/03/1996

Responsável: Marly Cristina Biaca Campanholi

Ato de Nomeação do Gestor: 147/2011 Data da Nomeação: 01/10/2011

Endereço do Órgão Gestor: Rua Cristóvão Colombo, 461 – Centro

CEP: 87.535-000

Telefone: (44) 3632-1052 e-mail: [email protected]

Órgão Gestor da Educação

Nome do Órgão Gestor: Secretaria Municipal de Educação

Número da lei de criação do órgão: 01/90

Responsável: Vilma Maria Fidelis Borges

Ato de nomeação da gestora: Portaria: 021/2009

Data de nomeação: 13/01/2009

Endereço órgão gestor: Rua: Manoel de Moraes nº 235

Telefone: (44) 3632-1426 E-mail: [email protected]

Órgão Gestor da Saúde

Nome do Órgão Gestor: Secretaria Municipal de Saúde

Telefone: (44)3632-1380

Número da lei de criação do órgão:1240/91 Lei revogada nº 1699/2007

Responsável: Edvaldo Delai

Ato de nomeação do gestor: Portaria nº 086/2016

Data de nomeação:08/06/2016

Endereço órgão gestor: Avenida: Méxiconº490.

CEP: 87535-000

E-mail: [email protected]

Órgão Gestor da Agricultura

Nome do Responsável: Renata Olivotto Agostinis

Telefone: (44) 3632-1306

CEP: 87535-000

E-mail: site: www.xambre.pr.gov.br

INTRODUÇÃO

O Plano Municipal da Política de Segurança Alimentar e Nutricional de Xambrê

PLAMSAN, tem por objetivo garantir iniciativas de todos para que tenhamos

acesso a alimentação adequada e à água, ao fortalecimento da agricultura

familiar, ao abastecimento alimentar, à promoção da alimentação saudável e

adequado.

Outra característica importante do Plano Municipal da Política de Segurança

Alimentar e Nutricional é a coordenação de um conjunto de programas e ações

de segurança alimentar e nutricional e as diversas políticas setoriais do

município de Xambrê, evitando assim a fragmentação e a sobreposição de

esforços e assegurando a unidade da ação desse plano com o Plano Nacional e

Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, com isso o município se fortalece

politicamente, bem como consegue ampliar e racionalizar os recursos

disponíveis para a realização do Direito Humano à Alimentação Adequada –

DHAA.

Este plano atendendo ao disposto da Constituição Federal de 1988, da Lei

Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional - Lei 11.346 de 2006, que criou o

Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional o qual foi instituído com

os objetivos de formular e implementar política e planos de Segurança Alimentar

e Nutricional, estimular a integração dos esforços entre governo e sociedade

civil, bem como promover o acompanhamento, monitoramento e avaliação da

segurança alimentar e nutricional nas três esferas de governo: federal, estadual

e municipal.

O plano estabelece ações divididas em cinco capítulos:

1- Marco legal;2- Marco Situacional;

3- Desafios do Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional/2016-

2019;

4- Plano de ação do PLAMSAN; e

5- Acompanhamento, monitoramento e avaliação.

15

Para alcançarmos cada capítulo este plano deverá ter um caráter estratégico,

com metas claras e robustas em termos de impacto para a sociedade.

de quatro anos.

de se incluir temas regulatórios.

insegurança alimentar e nutricional e acompanhar famílias e ou pessoas em

situação de vulnerabidade social em insegurança alimentar e nutricional.

No primeiro capítulo, ocorre o marco legal abordando como foi construído a

Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - PNSAN, bem como o

Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN nas três esferas

de governo.

No segundo capítulo apresenta questões legais a nível nacional e internacional

sobre o Sistema Nacional de Segurança Alimentar, analisando os contextos que

formam um conjunto de referência que garante a alimentação adequada e

saudável como política de direito humano efetivados por meio da implantação e

implementação de ações articuladas entre poder público e sociedade civil, será a

retratado a construção do processo de implantação de SAN a nível regional e a

ainda será apresentado o processo de construção a nível municipal, colocando

as situações sobre a realidade local. A coleta de dados será por meio da análise

de dados que cada secretaria ou entidade possuem, além dos dados constantes

nos planos municipais existentes.

No terceiro capítulo apresenta questões que possam responder, ao

enfrentamento e superação dos grandes desafios que ameaçam a garantia do

direito humano à alimentação adequada e da soberania alimentar.

1. Dados insuficientes com relação as ações de SAN no município, que

permitam o acompanhamento, monitoramento e avaliação das condições

de SAN em Xambrê;

16

2. Consolidação da intersetorialidade e pré-disposição para o pertencimento

dos gestores das políticas públicas – educação, saúde, assistência social

e agricultura e meio ambiental;

3. Reversão das tendências de aumento das taxas de excesso de peso e

obesidade e conscientização para uma alimentação saudável;

4. Enfrentamento da falta de renda familiar e o baixo incentivo aos

produtores da agricultura familiar;

5. Estruturas físicas e humana insuficientes para a gestão, articulação e

execução da política SAN; e

6. Recursos insuficientes para implementar a Política de SAN no município.

Será apresentado ainda as diretrizes da política SAN, que envolvem ações da

política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, bem como objetivos,

metas prioritárias e iniciativas que buscam concretiza-las, assegurando desta

forma que todos tenham alimentação saudável e adequada.

Para o município de Xambrê atingir seus objetivos de acordo com o que fora

aprovada pela Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, serão

considerados as diretrizes de acordo com os desafios elencados pelo PLANSAN

2016-2019.

Diretrizes:

I - Promoção do acesso universal à alimentação adequada e saudável, com

prioridade para as famílias e pessoas em situação de insegurança alimentar e

nutricional;

II - Promoção do abastecimento e estruturação de sistemas sustentáveis e

descentralizados, de base agroecológica, de produção, extração,

processamento e distribuição de alimentos;

III - Instituição de processos permanentes de educação alimentar e nutricional,

pesquisa e formação nas áreas de segurança alimentar e nutricional e do direito

humano à alimentação adequada;

IV - Promoção, universalização e coordenação das ações de segurança alimentar e

nutricional voltadas para quilombolas e demais povos e comunidades

17

tradicionais de que trata o art. 3º, inciso I, do Decreto nº 6.040, de 7 de fevereiro

de 2007, povos indígenas e assentados da reforma agrária;

V - Fortalecimento das ações de alimentação e nutrição em todos os níveis da

atenção à saúde, de modo articulado às demais ações de segurança alimentar e

nutricional;

I – Promoção do acesso universal à água de qualidade e em quantidade

suficientes, com prioridade para as famílias em situação de insegurança hídrica

e para a produção de alimentos da agricultura familiar e da pesca e aquicultura;

VII - Apoio a iniciativas de promoção da soberania alimentar, segurança

alimentar e nutricional e do direito humano à alimentação adequada em âmbito

internacional e a negociações internacionais baseadas nos princípios e diretrizes

da Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006;

VIII- Monitoramento da realização do direito humano à alimentação adequada.

Desafios:

1 - Promover o acesso universal à alimentação adequada e saudável, com

prioridade para as famílias e pessoas em situação de insegurança alimentar e

nutricional – Corresponde à Diretriz 1 da PNSAN;

2 - Combater a Insegurança Alimentar e Nutricional e promover a inclusão

produtiva rural em grupos populacionais específicos, com ênfase em Povos e

Comunidades Tradicionais e outros grupos sociais vulneráveis no meio rural -

Corresponde às Diretrizes 1, 2, 4, 5 E 6 da PNSAN;

3 - Promover a produção de alimentos saudáveis e sustentáveis, a estruturação

da agricultura familiar e o fortalecimento de sistemas de produção de base

agroecológica – Corresponde à Diretriz 2 da PNSAN;

4 - Promover o abastecimento e o acesso regular e permanente da população

brasileira à alimentação adequada e saudável – Corresponde à Diretriz 2 da

PNSAN;

5 - Promover e proteger a Alimentação Adequada e Saudável da População

Brasileira, com estratégias de educação alimentar e nutricional e medidas

regulatórias – Corresponde às Diretrizes 3 e 5 da PNSAN;

6 - Controlar e Prevenir os Agravos decorrentes da má alimentação –

Corresponde à Diretriz 5 da PNSAN;

18

7 - Ampliar a disponibilidade hídrica e o acesso à agua para a população, em

especial a população pobre no meio rural – Corresponde à Diretriz 6 da PNSAN

8 - Consolidar a implementação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e

Nutricional (SISAN), aperfeiçoando a gestão federativa, a intersetorialidade e a

participação social – Corresponde às Diretrizes 3, 8 da PNSAN e Diretriz SISAN;

9 - Apoio a iniciativas de promoção da soberania, segurança alimentar e

nutricional, do direito humano à alimentação adequada e de sistemas

alimentares democráticos, saudáveis e sustentáveis em âmbito internacional, por

meio do diálogo e da cooperação internacional – Corresponde à Diretriz 7 da

PNSAN.

No quarto capítulo serão colocadas as ações do PLAMSAN. Para melhor

entendimento das ações propostas no plano de ação, as mesmas

compreenderão: desafios, objetivos, submetas, metas, ações relacionadas,

Indicadores de resultado e prazo, responsáveis, órgãos parceiros, PPA e

diretrizes.

No último capítulo discorreremos sobre o processo de monitoramento e

avaliação. Indicando as responsabilidades de cada um nesta rede intersetorial,

buscando integrar e articular os esforços entre as áreas de governo e da

sociedade civil, para garantia do direito à alimentação adequada e a soberania

alimentar.

19

______________________________Capítulo I

20

1. MARCO LEGAL

A fome e a insegurança alimentar são problemas antigos na realidade brasileira,

associadas principalmente à pobreza, à falta de educação alimentar e de

políticas públicas efetivas para a resolução do problema. O conceito de

segurança alimentar vem sendo construído a partir de um conjunto de debates,

estudos e ações ao longo dos anos.

Uma grande personalidade que lutou e defendeu a fome, tendo como base um

dos problemas sociais mais agravante do Brasil, foi Josué de Castro, (Josué

Apolônio de Castro - influente médico, nutrólogo, professor, geógrafo, cientista

social, político, escritor e ativista brasileiro do combate à fome) que no ano de

1932, realizou um inquérito sobre as condições de vida das classes operárias no

Recife, no qual associa a fome à produtividade do trabalhador e aborda a

dimensão social da fome e das doenças. Esta publicação foi uma das bases

para a formulação do salário mínimo (lei nº 185 de janeiro de 1936 e decreto lei

nº 399 de abril de 1938) que passou a vigorar apenas em maio de 1940 (decreto

lei nº 2162 de 1º de maio de 1940). Participou ativamente do movimento em prol

do estabelecimento do salário mínimo na Fundação dos Arquivos Brasileiros de

Nutrição (1940).

Em 1940, José de Castro escreve o livro Geografia da Fome, obra na qual

efetuou mapeamento do Brasil a partir das características alimentares,

documentando a existência de situações de fome no país, afirmando que tais

situações não são consequências de fenômenos naturais, mas

predominantemente por fatores econômicos e sociais. Essa publicação foi

traduzida para 25 idiomas, sendo disseminada por todo o Brasil.

Os avanços obtidos no acesso à alimentação no Brasil nos últimos anos é

resultado de um conjunto de ações voltadas para o enfrentamento da fome e da

pobreza, como o aumento real do salário mínimo, o crescimento do emprego

formal, a progressiva expansão do Programa Bolsa Família, o fortalecimento do

Programa Nacional de Alimentação Escolar, o apoio à agricultura familiar, entre

outros.

21

1.1 A constituição da Política de Segurança Alimentar e Nutricional no

Brasil

A garantia do Direito Humano à alimentação adequada está expressa em vários

trabalhos internacionais, ratificados e reconhecidos pelo governo brasileiro, entre

eles: o Pacto internacional dos Direitos Econômicos Sociais e Culturais.

Lei nº 11.346 – Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional - LOSAN,

institui o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, tem como

principal propósito a promoção em todo território nacional, do direito humano à

alimentação adequada (DHAA). Esse direito é realizado quando cada homem,

mulher ou criança vivendo sozinhos ou em grupo tenham acesso a alimentos

adequados e saudáveis ou aos meios necessários para obtê-los de forma

permanente, sustentável e emancipatória.

A LOSAN além de estabelecer as definições, princípios, diretrizes, objetivos e

composição do SISAN, representa a consagração de uma concepção

abrangente e intersetorial da Segurança Alimentar e Nutricional e, ainda, afirma

o Direito Humano à Alimentação Adequada e a Soberania Alimentar, como

princípios que a orientam e como fins a serem alcançados através de políticas

públicas. Dessa forma, essa lei estabeleceu um programa político que deve ser

realizado para todos, ou seja, cabe ao Estado, em sua concepção mais

abrangente, se organizar para garantir aos que habitam no Brasil o acesso à

alimentação adequada e aos meios necessários para obtê-la.

A compreensão de Segurança Alimentar e Nutricional como um direito humano é

importante, porque abre a possibilidade de qualquer brasileiro, lesado ou

ameaçado de lesão a esse direito, cobrar do Estado medidas que corrijam a

situação. Vincular o DHAA ao princípio da soberania alimentar significa

reconhecer o direito do nosso povo escolher livremente quais alimentos produzir

e consumir.

Documentos que embasam a SAN

Decretos nº 6.272/2007 e nº 6.273/2007

22

Os debates da III Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional, realizada

em julho/2007, em Fortaleza - CE, foram centrados em três eixos temáticos: i)

Segurança Alimentar e Nutricional e desenvolvimento econômico e social; ii)

Política nacional de Segurança Alimentar e Nutricional; e, iii) Sistema nacional de

Segurança Alimentar e Nutricional.

Permearam os debates questões relacionadas à equidade, diversidade,

sustentabilidade, participação e controle social, descentralização e

intersetorialidade.

Alguns meses após a III CNSAN, resultado do amplo debate ocorrido na

preparação e na realização da conferência, foram assinados os Decretos nº

6.272 e nº 6.273, ambos de 23 de novembro de 2007. O primeiro decreto

regulamenta o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA)

definindo suas competências, composição e funcionamento. E, o segundo cria a

Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN).

Portanto, com essas normas, foram regulamentados os componentes do

Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional previstos na LOSAN.

Emenda Constitucional (EC 064, 04/02/2010)

A inclusão do Direito Humano à Alimentação na Constituição, norma de maior

hierarquia do ordenamento jurídico brasileiro, reforça o compromisso em cumprir

com a obrigação de garantir a todos o acesso à alimentação adequada e aos

meios para sua obtenção.

É importante, ainda, mencionar que as normas constitucionais que traçam

programas para o governo têm maior força ou poder de vincular os órgãos

públicos quando há uma lei infraconstitucional que disponha sobre essas metas

impostas pela Constituição.

Nós temos a LOSAN – Lei Orgânica de Segurança Alimentar - que já define o

Direito Humano à Alimentação Adequada de forma ampla, fazendo a conexão

desse direito com a necessidade de garantia do acesso à terra, território, água,

biodiversidade, soberania alimentar, entre outros. Além de definir o direito à

23

alimentação, a LOSAN estabelece que o SISAN – Sistema de Segurança

Alimentar e Nutricional - é um instrumento importante para garantir esse direito.

Dessa forma, fortalece-se a perspectiva de dar concretude ao sistema, para que

os órgãos públicos adotem medidas para seu funcionamento. Assim, há um

processo de reforço legal que é de mão dupla: a LOSAN reforça a efetividade da

Constituição Federal e a Constituição Federal traz uma referência importante

para a LOSAN.

Decreto nº 7.272/2010

As diretrizes da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN)

foram definidas na III Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional

(III CNSAN), o que permitiu um avanço para o passo seguinte que foi a

publicação do Decreto 7.272, de 25 de agosto de 2010. Os termos do decreto

foram elaborados em discussão com o CONSEA Nacional e aprovados na

Plenária Nacional daquele Conselho.

O Decreto n° 7.272 institui oficialmente a Política Nacional de Segurança

Alimentar e Nutricional (PNSAN) e também regulamenta outros aspectos da

LOSAN, particularmente os parâmetros para a elaboração do Plano Nacional de

Segurança Alimentar e Nutricional.

Para a continuidade da estruturação do SISAN os governos dos estados, do

Distrito Federal e dos municípios têm que atender os pré-requisitos mínimos

estabelecidos neste decreto 7.272 para aderirem ao Sistema. Além disso,

existem outras exigências trazidas pelo Decreto e que devem ser atendidas para

permanência de estados, DF e municípios no SISAN.

1.2 - O Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional

O Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN, instituído

pela LOSAN, tem como principal propósito a promoção, em todo o Território

Nacional, do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA). Esse direito é

realizado quando cada homem, mulher, idoso ou criança, vivendo sozinhos ou

em grupo, tenham acesso a alimentos adequados e saudáveis ou aos meios

necessários para obtê-los, de forma permanente, sustentável e emancipatória.

24

A realização desse direito exige a adoção de ações que permitam o acesso a

todos os bens e serviços necessários para que todos tenham, imediatamente, o

direito de estar livre da fome e da má nutrição e, progressivamente, o direito à

alimentação adequada.

A garantia desse direito, portanto, abrange desde ações de distribuição de

alimentos até ações de redistribuição de renda e recursos produtivos, como, por

exemplo, acesso à terra rural e urbana, acesso a territórios, acesso à moradia,

acesso a informações, acesso aos canais de participação política e controle

social, entre outros. Trata-se de um conjunto de ações multissetoriais que

envolvem atribuições de diversos órgãos e agentes públicos.

Para alcançar o seu propósito maior, é preciso que o SISAN seja integrado por

todos os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e

Municípios afetos à Segurança Alimentar e Nutricional – SAN e que estimule a

integração dos diversos esforços entre governo e sociedade civil, bem como

promova o acompanhamento, monitoramento e a avaliação da SAN e da

realização progressiva do DHAA no território brasileiro.

Assim, o SISAN possui componentes federais, estaduais, distritais e municipais.

A Lei nº. 11.346, de 15 de setembro de 2006, nos termos do seu Art. 11, define

como integrantes do SISAN:

1. A Conferência Nacional de Segurança Alimentar – responsável pela indicação

ao CONSEA das diretrizes e prioridades da Política e do Plano Nacional de SAN.

É precedida de Conferências Estaduais, Distrital e Municipais, e, em alguns

casos, regionais e Territoriais, onde são escolhidos os delegados para o

encontro nacional. A Lei prevê, ainda, que a Conferência Nacional avalie o

SISAN.

2. Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - CONSEA – é a

instância de articulação entre o governo e a sociedade civil nas questões

relacionadas a SAN. Tem caráter consultivo e assessora o Presidente da

República na formulação de políticas e nas orientações para que o País garanta

o Direito Humano à Alimentação Adequada.

25

A participação social, tanto na formulação quanto no controle social das diversas

iniciativas, é uma característica importante do processo de construção das

políticas públicas de Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil e tem se dado

por meio das Conferências Nacionais de Segurança Alimentar e Nutricional, pelo

Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA e

conselhos estaduais e municipais.

As diretrizes e principais estratégias que orientam as políticas de SAN vêm

sendo debatidas com a sociedade civil por meio destes espaços de participação.

O CONSEA e os conselhos estaduais e municipais de SAN também estão

buscando estratégias para o fortalecimento dos mecanismos para a população

exigir a realização do seu direito à alimentação adequada e saudável.

3. Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional - CAISAN –

integrada por Ministros de Estado. Sua missão é articular e integrar ações e

programas de governo a partir das proposições emanadas do CONSEA, de

acordo com as diretrizes que surgem das conferências de SAN.

4. Órgãos e entidades de SAN da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios;

5. Instituições privadas, com ou sem fins lucrativos, que manifestem interesse na

adesão e que respeitem os critérios, princípios e diretrizes do SISAN.

Esta estrutura no âmbito federal deve ser replicada nos Estados, Distrito Federal

e Municípios, para que se possa articular nacionalmente o sistema, permitindo a

instituição das instâncias de pactuação Fóruns Bipartites (Estados com seus

municípios), e o Fórum Tripartite (União, Estados/Distrito Federal e Municípios),

na perspectiva de formulação, execução, monitoramento e avaliação da Política

Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, através da articulação dos

Planos Nacional, Estaduais/Distrital e Municipais de Segurança Alimentar e

Nutricional.

26

Figura 1 - Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN

1.3 A constituição do SISAN e sua consolidação no Estado do Paraná

O desafio que o SAN atribui no Paraná na consolidação da Política SAN é de

responsabilidade coletiva e deve ser buscada de forma intersetorial e

participativa, para garantia do Direito Humano a Alimentação Adequada (DHAA)

e da soberania alimentar.

O SISAN no âmbito do estado do Paraná.

Como já referido anteriormente, o SISAN - Sistema Nacional de Segurança

Alimentar e Nutricional, instituído em 2006 com a criação da Lei Orgânica de

Segurança Alimentar e Nutricional - LOSAN (Lei N.º 11.346/2006), definiu dois

conceitos básicos fundamentais: (1) o Direito Humano à Alimentação Adequada

(DHAA) e (2) a soberania alimentar. Mas, foi um pouco antes, em 1993, que

realmente iniciou a estruturação desse Sistema, com a criação do Conselho

Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - CONSEA, que é um órgão de

assessoramento da Presidência da República, com um desenho diferenciado:

para cada membro representante do Estado, dois são da sociedade civil. Para

27

melhor compreensão desse contexto, se faz necessário um breve resgate de

alguns dos principais acontecimentos desse processo de construção na esfera

nacional:

ANOS PARADIGMAS PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS1935 a 1950 Visão de Josué de Castro: - Instituição do salário mínimo,

fome como questão social e baseado no poder de compra deresultado da política que uma “ração mínima” para oexclui a maioria da trabalhador;população, convivendo com o - Criado os SAPS (Serviços degoverno populista de Getúlio Alimentação da PrevidênciaVargas. Social) e introduzida a

alimentação nas escolas1950 a 1970 Estado Assistencialista e - Polícia social compensatória,

Desenvolvimentista, sem destinada a alguns poucosredistribuição da riqueza segmentos da população.nacional

1970 a 1980 Estado Autoritário (Ditadura - A política econômica esperavaMilitar) e visão biologista do o “bolo crescer para, depois,problema da fome (entendia reparti-lo”,como distúrbio da saúde - Criação do Instituto Nacionalhumana de Alimentação (INAN),

vinculado ao Ministério daSaúde;- Primeiros desenhos depolíticas públicas maisabrangentes quanto se tentamunir o social e a política agrícolade abastecimento (PRONAN I, IIe III)

1985 Estado Assistencialista com - Início da redemocratização doampliação de programas de país, depois de 20 anos dedistribuição de alimentos aos governo militar;“pobres” - Programa do Leite (governo

Sarney)1986 Reconquista do Estado de - 8ª Conferência Nacional de

Direito e a reconstrução da Saúde: luta pelo direito à saúdeDemocracia passa a ser o e reconhecimento daobjetivo da sociedade alimentação como direitobrasileira; intensifica-se a intrinsicamente ligado à vida e àmobilização nacional para a saúde;elaboração da nova - I Conferência Nacional deConstituinte Federal. Alimentação e Nutrição como

desdobramento da 8ªConferência Nacional de Saúde,que reconhece o direito àalimentação e a necessidade dese criar um Conselho Nacional.

28

1988 - Aprovação da nova - Início da construção do SUASConstituição Federal do e redesenho de algunsBrasil com direitos sociais programas de alimentação ereconhecidos (chamada de nutrição.Constituição Cidadã

1993 - Segurança Alimentar como - Movimento Nacional pela Éticamecanismo para o na Política que resultou noenfrentamento da fome e da impeachment do Collor;miséria e com eixo do - Início da Ação da Cidadaniadesenvolvimento econômico conta a Fome, a Miséria e pelae social Vida, liderada pelo Betinho;

- Criação do primeiro CONSEAno Governo Itamar Franco

1994 a 2002 - Visão do Estado neoliberal, - Extinção do CONSEA eprevendo-se que a criação do Conselhoestabilização da moeda, o Comunidade Solidaria, quemercado e as regulações previa a construção de redes depúblicas seriam suficientes parcerias entre governo epara a redução da fome, da sociedade civil;pobreza e da desigualdade - Criação (1998) do Fórumsocial. Brasileiro de Segurança

Alimentar e Nutricional (FBSAN)- Criação (2002) da AçãoBrasileira pela Nutrição eDireitos Humanos (ABRANDH),com a missão de contribuir coma internalização do DHAA noBrasil.

2003 - Combate à fome como ação - Recriação do CONSEAprioritária do Governo Lula Nacional;(Fome Zero) - Formulação de um conjunto de

políticas públicas articuladaspara promover o acesso àalimentação;- Acesso à agua: adoção peloGoverno Lula do “programa ummilhão de cisternas”, criado pororganizações sociais quecompõem a articulação doSemiárido (ASA)

2004 - Reconhecimento do Direito - Realização da II ConferênciaHumano à Alimentação Nacional de SAN em OlindaAdequada como paradigma (RE);para o enfrentamento da - Inicia-se o processo defome e da pobreza. redesenho das políticas públicas

voltadas ao combate à fome;É lançado o Programa BolsaFamília

2005 - Reforça-se o debate - Criação do Programa deinterligando os conceitos do Aquisição de Alimentos com

29

DHAA, SAN e Soberania compra direta da AgriculturaAlimentar Familiar

2006 - Direito humano à - Aprovação da LOSAN: LeiAlimentação Adequada como Orgânica de SAN nº 11346objetivo primeiro da LOSAN. aprovada em setembro de 2006,

instituindo o Sistema e PolíticaNacional de SegurançaAlimentar e Nutricional

2007 - A realização do DHAA deve - Realização da III Conferênciaser alcançada por meio de Nacional de SAN em Fortalezauma Política e um Plano (CE);Nacional de SAN. - Criada a Câmara

Interministerial de SegurançaAlimentar e Nutricional

2008 - Intensifica-se a discussão - O brasil cumpresobre a importância da antecipadamente a 1ª Meta dointersetorialidade nas milênio, que prevê para 2015diferentes dimensões da reduzir à metade à fome e aSAN. pobreza.- Alcança-se novo patamarde criação de competênciasem DHAA e amplia-se adiscussão sobre aexigibilidade do DHAA.

2009 - A realização do DHAA - Aprovação de lei sobre orequer novos arranjos e a PNAE (alimentação Escolar),gestão intersetorial das destinando 30% dos recursospolíticas de SAN. federais do programa para

aquisições locais da AgriculturaFamiliar

2010 - Reforço dos instrumentos - Aprovação da emendalegais que promovem, constitucional que inclui aprotegem, respeitam e “alimentação” entre os direitosproveem o DHAA. fundamentais (art. 6º);

-Aprovação do DecretoPresidencial que institui aPolítica Nacional de SAN edetermina a elaboração doPlano Nacional de SAN.

2011-2016 - Progredir na realização do - Realização da IV ConferênciaDHAA por meio de políticas Nacional de SAN em SalvadorPúblicas adequadas e (BA).disponibilizar instrumentos de - V Conferência Nacional deexigibilidade. SAN em Brasília (DF).

Elaboração da Carta Politica- Adesão dos municípios aosSISAN- Municípios iniciam processo deelaboração do Plano MunicipalSAN

30

Esse avanço, no período mais recente, foi fortalecido pelo estabelecimento de

um marco legal – que destacou a inclusão do direito à alimentação no art. 6º, da

Constituição Federal - e pela promulgação da LOSAN - que criou o Sistema

Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN). Vale ressaltar, que o

SISAN constitui-se no instrumento pelo qual o Poder Público, com a participação

da sociedade civil, formula, articula e coordena a ação do Estado para a garantia

do cumprimento do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e da

soberania alimentar.

Seu objetivo é a articulação entre os diversos setores, os três níveis de governo

e a sociedade civil organizada, para a implementação e execução das políticas

de segurança alimentar e nutricional, estimulando a integração de ações em

áreas tais como agricultura, saúde, educação, assistência social e meio

ambiente, bem como promovendo o acompanhamento, o monitoramento e a

avaliação das ações propostas. Ações estas que buscam atender aos princípios

do sistema, definidos na LOSAN, que são:

-Universalidade e equidade no acesso à alimentação adequada, sem qualquer

espécie de discriminação;

-Preservação da autonomia e respeito à dignidade das pessoas;

-Participação social na formulação, execução, acompanhamento, monitoramento

e controle das políticas e dos planos de SAN em todas as esferas de governo; e

-Transparência dos programas, das ações e dos recursos públicos e privados e

dos critérios para as concessões.

Além dos princípios, o Sistema deve considerar as seguintes diretrizes:

-Promoção da intersetorialidade, das políticas, programas, ações

governamentais e não governamentais;

-Descentralização das ações e articulação, em regime de colaboração, entre as

esferas de governo;

-Monitoramento da situação alimentar e nutricional, visando a subsidiar o ciclo

de gestão das políticas para a área nas diferentes esferas de governo.

31

-Conjugação de medidas diretas e imediatas de garantia de acesso à

alimentação adequada, com ações que ampliem a capacidade de subsistência

autônoma da população;

-Articulação entre orçamento e gestão, e

-Estimulo ao desenvolvimento de pesquisas e à capacitação de recursos

humanos.

A lei define como integrantes deste sistema, como foi citado anteriormente: a

Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CNSAN), o

Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), a Câmara

Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN) os órgãos e

entidades de segurança alimentar e nutricional da União, dos Estados, do

Distrito Federal e Municípios e as instituições privadas, com ou sem fins

lucrativos que manifestem interesse em aderir ao SISAN. Para a consolidação

do SISAN nas três esferas da federação, esses componentes devem ter seus

respectivos correspondentes nos Estados e municípios, integrando um único

sistema.

Com o Decreto nº 7272, de 25 de agosto de 2010, que instituiu a Política Nacional

de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN) e também regulamentou os

parâmetros para a elaboração do Plano Nacional de Segurança Alimentar e

Nutricional, inicia-se uma nova etapa na construção do SISAN e tem como desafio a

descentralização da Política e do Sistema. Para que o SISAN se concretize é

fundamental a adesão formal dos Estados e municípios.

O artigo 11 do referido decreto estabelece os requisitos mínimos para que os

entes federados procedam sua adesão ao SISAN. Sendo estes:

(i) instituição de Conselho Estadual e Municipal de Segurança Alimentar

e Nutricional;

(ii) instituição de Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e

Nutricional; e

(iii) compromisso de elaboração do Plano Estadual ou Municipal de

Segurança Alimentar e Nutricional, no prazo de um ano a partir da

assinatura do termo de adesão ao sistema.

32

Essa institucionalização, tanto no nível estadual como no municipal deve manter

o estabelecido na esfera nacional, respeitando a especificidade de cada

contexto.

Sintetizado o cenário nacional, apresentamos o caminho percorrido no Estado

do Paraná, ressaltando que não seria possível, neste documento, um relato

completo, devido à dimensão de seu processo de construção.

Destacamos a criação do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e

Nutricional – CONSEA/PR, em 2003 que foi vinculado a então Secretaria de

Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social – SETP. O CONSEA/PR tem

caráter consultivo e a finalidade de assessorar o Governo do Estado na

concepção e condução da Política Estadual de Segurança Alimentar e

Nutricional. Constitui-se em um colegiado com 2/3 de seus membros

representantes da sociedade civil e 1/3 de representantes do Governo, a

exemplo da formação nacional.

Ainda em 2003, foi criada a Coordenadoria de Enfrentamento à Pobreza e

Combate à Fome, na Secretaria de Estado do Emprego, Trabalho e Promoção

Social, responsável pela gestão dos programas federais de segurança alimentar

e nutricional e pela cogestão de programas estaduais, como o Programa Leite

das Crianças, de combate à desnutrição infantil e fomento à bacia leiteira do

Estado. Foram organizadas 14 conferências regionais e a I Conferência

Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (I CESAN), esta realizada em

fevereiro de 2004.

Na II Conferencia Estadual de SAN/PR, que ocorreu em dezembro de 2006,

foram definidas as diretrizes para a política estadual de SAN e eleitos

conselheiros representantes de todas as regiões do Estado para participar da

gestão do Conselho Estadual, com objetivo de maior proximidade com os

municípios.

Em 2007 foi formada a Frente Parlamentar de SAN que, em conjunto com o

CONSEA/PR, encaminhou proposta de Lei Estadual, que instituiu a Política

33

Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional – PESAN (Lei nº 15.791, de

04/04/2008).

Em 2010, foi criado o Sistema Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional -

SISAN (Lei nº 16.565 de 31/08/2010) estabelecendo as diretrizes, objetivos e

sua composição. Em dezembro do mesmo ano, foi sancionado o Decreto nº

8.745, que criou a Câmara Governamental Intersetorial de Segurança Alimentar

e Nutricional - CAISAN/PR.

Em 2011, precedendo a III Conferência Estadual de Segurança Alimentar e

Nutricional – III CESAN/PR foram realizadas conferências municipais e

regionais. Nas 20 conferências regionais, foram eleitos os membros das

Comissões Regionais de SAN – órgão colegiado vinculado ao Conselho

Estadual, objetivando a descentralização das ações e a consolidação da política.

Concomitantemente, o Governo do Estado assinou a adesão ao SISAN,

comprometendo-se a elaborar o 1º Plano Estadual de Segurança Alimentar e

Nutricional do Paraná no prazo de um ano, de forma pactuada entre os diversos

setores relacionados com a SAN e com base nas diretrizes e prioridades

estabelecidas pelo CONSEA/PR e nas demandas da III CESAN/PR.

Em 2012, por meio do Decreto nº 4.459, de 26 de abril, a coordenação geral da

CAISAN/PR foi transferida para a Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e

Economia Solidária - SETS, sendo constituída uma comissão técnica com

representantes das dez secretarias que compõem a referida Câmara.

Compete à CAISAN/PR a coordenação intersetorial da execução da Política

Estadual, além do monitoramento e avaliação das ações apresentadas no Plano

Estadual de SAN.

A SETS executou convênio firmado com o Ministério do Desenvolvimento Social

e de Combate à Fome – MDS para a implementação do SISAN nos 399

municípios do Estado. A SETS realizou, também, capacitação dos técnicos de

suas 18 regionais, como forma de aprimorar o conhecimento acerca do tema de

34

SAN e divulgar o Sistema e seus componentes visando a consolidação da

Política e a implantação do SISAN, em todo o Estado do Paraná.

O compromisso em efetivar esse processo, que em muito já avançou, mas que

ainda demanda inúmeros desafios vem sendo cumprido com a adesão de outras

instâncias, como o Ministério Público do Estado do Paraná que já estabeleceu

área específica de atuação junto à Promotoria Pública, em todas as Comarcas

do Poder Judiciário para promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada

(DHAA), direito este considerado como fundamental, pois garantido na

Constituição Federal.

Com a elaboração do Plano Estadual conclui-se a etapa de implantação do

SISAN, que passa a contar com todos seus componentes legalmente previstos.

Ainda se vislumbra, no Paraná, com a instituição do sistema na esfera municipal,

uma possibilidade em todos os aspectos, especialmente na intersetorialidade

das ações, que é um de seus principais pilares. A intenção desse sistema é

integrar e articular os esforços entre as várias áreas do governo e da sociedade

civil, para formular, implementar e monitorar essa política de forma intersetorial.

O desafio que a SAN atribui ao Estado do Paraná, tanto do ponto de vista da

formulação de sua política quanto de sua implementação, é responsabilidade

coletiva e deve ser buscada de forma intersetorial e participativa, para garantia

do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e da soberania alimentar.

Metodologia de Implantação do SISAN no Paraná

Em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social - MDS, através do

convênio nº 140/210, o Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional da

Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Economia Solidária construiu

coletivamente, com apoio do grupo de acompanhamento instituído pelo

Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, uma metodologia de

capacitação no apoio aos municípios para a integração e adesão ao SISAN e a

descentralização da PNSAN de acordo com os preceitos dos marcos legais

nacionais e estaduais que regulamentam as políticas nacional e estadual de

SAN.

35

Ressalta-se que a Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Economia

Solidária – SETS, foi o locus escolhido dentro do setor governamental para

abrigar o Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná –

CONSEA/PR. A Divisão de Política de Segurança Alimentar e Nutricional do

Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional da SETS, tem o papel, em

conjunto com os 18 Escritórios Regionais da Secretaria, de desenvolver a

articulação intersetorial e o apoio técnico às ações e programas, em âmbito

regional e local, que promovam a segurança alimentar e nutricional, e que

contribuam para a elevação do padrão da qualidade de vida da população em

situação de vulnerabilidade social e de insegurança alimentar e nutricional.

Na vigência do convênio com o MDS, a Divisão de Política de Segurança

Alimentar e Nutricional do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional

da SETS definiu estratégias de mobilização e adequação da metodologia

desenhada para capacitar os agentes mobilizadores/formadores para a

implementação do SISAN no âmbito municipal. Assim, realizou ao longo dos

anos de 2012 e 2013 uma oficina estadual e trinta e seis oficinas regionais, as

quais totalizaram mais de 4.000 participantes. Os atores envolvidos nessas

oficinas foram os técnicos das áreas de agricultura, meio ambiente, assistência

social, geração de renda, trabalho, saúde, educação e representantes da

sociedade civil em todo o Estado.

Destaca-se que o processo de construção da SAN no Paraná vem avançando

com base em uma importante parceria entre governo e sociedade civil. O

processo desencadeado pelas Oficinas propiciou agregar e congregar os

integrantes governamentais e da sociedade civil envolvidos com a temática de

SAN, viabilizando um momento de auto reconhecimento de ações de SAN nos

municípios e de visibilidade da existência desse processo no Estado.

Oportunizou-se ainda, a discussão e definição de papéis dos governos e dos

atores sociais envolvidos na constituição dos componentes necessários para a

adesão ao SISAN.

A partir do marco teórico anterior, apresentamos nas páginas seguintes a

metodologia utilizada em cada uma das etapas das oficinas realizadas. Nesse

36

sentido, o Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional, avalia que para

seguir avançando na consolidação do SISAN no Estado do Paraná e sua

respectiva gestão, são fundamentais a capacitação e a integração dos

municípios ao Sistema Nacional de SAN, de forma que as três esferas de

governo possam, de forma coordenada, criar as condições para assegurar o

direito humano à alimentação adequada e a soberania alimentar

Oficina Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional

A primeira etapa da construção de uma metodologia de trabalho de forma

descentralizada e participativa para a implantação da Política de SAN no Estado

do Paraná foi a realização da Oficina Estadual de Segurança Alimentar e

Nutricional nos dias 16, 17 e 18 de outubro de 2012, com o objetivo de formar

agentes multiplicadores para adesão ao SISAN nos 399 municípios do Estado.

O processo de construção da metodologia de trabalho a ser pactuada entre o

Governo do Estado e a sociedade civil, teve início com a realização da meta 1

do referido Convênio, em maio de 2012, que promoveu uma oficina com a

participação dos membros do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e

Nutricional do Paraná – CONSEA/PR.

Foi previsto inicialmente, um público de 120 participantes para esta Oficina de

formação, indicados pelas Comissões Regionais de Segurança Alimentar e

Nutricional – CORESANs, dentro dos segmentos: instituições de ensino superior

– IES, gestores municipais de segurança alimentar e nutricional, organizações

da sociedade civil, membros do CONSEA/PR e técnicos da SETS. Diante do

interesse de participação por outros segmentos e organizações, foram abertas

vagas para observadores, totalizando 137 participantes nos 03 dias de Oficina, o

que demonstra o interesse pela discussão da temática de SAN.

O quadro a seguir, resume os objetivos e as estratégias de trabalho

desenvolvidas no decorrer da Oficina.

Objetivo Objetivos Estratégia

1 Capacitar os agentes Para alcançar este objetivo

37

mobilizadores/formadores para a teremos, no primeiro dia de

criação e implementação do Oficina, mementos de formação

Sistema Nacional de Segurança conceitual, no qual, serão

Alimentar e Nutricional – SISAN apresentadas as dinâmicas do

no âmbito municipal. funcionamento do CONSEA e

CAISAN Nacionais,

CONSEA/PR e, além disso, a

apresentação sobre orçamento

público

2 Definir a estratégia de Através de trabalho em grupo,

mobilização e de aplicação e elaborar e definir as prioridades

adequação de metodologia para de ação para a implantação do

a realização das 18 oficinas SISAN na esfera municipal.

regionais Sugerir que os participantes

reproduzam as discussões,

fomentando ações que possam

auxiliar na construção do SISAN,

contando para isso, no seu

município e região, com apoio de

espaços como associações de

municípios, câmara de

vereadores, outros conselhos de

políticas públicas

3 Pactuar as atribuições dos Fomentar a busca na sua regiãoagentes mobilizadores/

e município de organizações queformadores das regiões

possam auxiliar neste processo

de modo a fortalecer as

Comissões Regionais de SAN

(CORESANs), considerando,

sobretudo as realidades nas

quais estão inseridas.

38

1.4 A constituição da Política SAN na Regional/Umuarama

Em Umuarama ocorreu a primeira Oficina de Formação em Segurança Alimentar

e Nutricional em 12 de junho de 2015, com duração de oito horas que tratou da

formação e debate sobre as instâncias do SISAN nos municípios e pactuação de

estratégias de construção do marco lega do sistema nos municípios e na

segunda etapa de oficina foi com a finalidade d elaborar estratégias para

implantação do SISAN.

No âmbito dos municípios, o novo fluxo de adesão coloca os estados como

partícipes do processo. Significa dizer que, além da mobilização, os estados

devem orientar, analisar e formalizar a adesão de seus municípios, enquanto

que a CAISAN Nacional ficou com a responsabilidade de referendar a adesão.

A Região de Umuarama inicia sua experiência na área de Segurança Alimentar e

Nutricional entre os anos de 2003/2004, com a criação do Ministério de

Segurança Alimentar e Nutricional, tendo como foco o Programa Fome Zero e

paralelamente com a criação do Programa Leite das Crianças do Estado do

Paraná.

Neste período, foi desenvolvido o processo de mobilização, articulação para

formação dos primeiros conselhos municipais de Segurança Alimentar e

Nutricional e a criação dos Comitês Gestores do Programa do Leite. E após

foram criados programas Bolsa Família, Programa Aquisição Alimentar e

convênios para implantação de hortas comunitárias e cozinhas comunitárias,

através de editais para projetos municipais.

A secretaria responsável pela gestão dos programas federais SAN e pela gestão

de programas estaduais acima mencionados, foi a coordenadoria de

enfrentamentos à pobreza e combate à fome na Secretaria do Emprego,

Trabalho e Promoção Social, SETP. Foram realizados as primeiras Conferências

tanto a I Conferência Regional de Segurança Alimentar e Nutricional em

Umuarama como a I Conferência Estadual SAN em 2006 com o Apoio do

Escritório Regional da SETP. Entre 2006 foram realizados a II Conferência

Regional SAN e a II Conferência Estadual SAN, onde foi criada a Comissão

39

Regional de Segurança Alimentar e Nutricional de Umuarama. CORESAN. Neste

período reiniciou um outro ciclo de mobilização e articulação junto aos

municípios. As primeiras discussões e realização do processo de monitoramento

e avaliação dos programas SAN com perspectiva de implementar a Segurança

Alimentar e Nutricional no combate a Insegurança Alimentar e Nutricional e a

garantia ao direito humano a alimentação adequada.

Trabalho este desenvolvido pela CORESAN, com estrutura física e técnica do

Escritório Regional da SETP. A CORESAN foi eleita na I Conferência Regional

SAN composta por 9 membros, sendo (1/3) 3 representantes dos órgãos

governamentais e 2/3 (6) representantes dos municípios da sociedade civil,

tendo como coordenador membro da sociedade civil, representando a região de

Umuarama que abrangia 23 municípios, também como membro do Conselho

Estadual da Segurança Alimentar e Nutricional, tendo como papel de agente

multiplicador e articulador entre o Estado e Municípios. As reuniões da

CORESAN com as respectivas representações aconteciam mensalmente,

sempre documentada através de atas e relatórios. O trabalho e a assessoria do

ER/SETP e da CORESAN se tornou fortalecido a partir da instituição da Política

Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional - Lei nº 15.791, de 04/04/2008) e

a criação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, SISAN - Lei

Estadual de Lei nº 16.565 de 31/08/2010)

Em 2011, procedendo a III Conferência Regional SAN de Umuarama e a III

Conferência Estadual SAN, foram eleitos os novos membros da CORESAN.

Neste período houve por meio da SETS capacitação aos técnicos, atingindo o

ER da região de Umuarama, que motivou a CORESAN a dar continuidade no

processo de capacitação, realizando palestras, reuniões, seminários, como

forma de aprimorar o conhecimento acerca do tema de SAN e divulgar o

Sistema e seus componentes.

Dando continuidade na vigência do convênio como o MDS, a SETP reinicia o

processo de mobilização para capacitar os agentes mobilizadores/formadores

para implementação do SISAN no âmbito municipal. Assim. Realizou ao longo

40

dos anos de 2012 e 2013 em forma de oficinas, atingindo a região de

Umuarama.

Os atores envolvidos nessas oficinas foram técnicos das ações de agricultura,

meio ambiente, assistência social, trabalho, saúde, educação e representantes

da sociedade civil. Esta capacitação através das oficinas resultou na inspiração

para que a CORESAN de Umuarama, com apoio do ER da SETP,

proporcionando a continuidade em realizar as oficinas através de encontros

microrregional nos anos de 2013 a 2014, atingindo os 23 municípios.

O objetivo das oficinas foi de definir estratégias de mobilização e articulação

junto aos municípios sobre a importância do SISAN, o processo passo a passo,

organização para adesão do sistema. Dando continuidade como estratégias para

a implantação do SISAN nos municípios foram realizadas reuniões de

sensibilização junto aos prefeitos, secretários das políticas afetos a SAN e

representantes da sociedade civil do COMSEA.

Foi estabelecido também, agenda com os municípios para orientação,

assessoria junto a comissão técnica do município quanto ao processo de

solicitação para adesão do SISAN. Seus critérios e requisitos através das leis

que preconizaram a implantação dos componentes do SISAN.

Podemos concluir que a região de Umuarama através do trabalho de

mobilização e articulação da CORESAN e assessoria do ER, da SEDS, obteve

um resultado positivo e expressivo quanto a adesão do SISAN na referida

região.

Uma outra fase de mobilização e articulação ocorreu entre 2014 a 2015 a

transferência da Política de Segurança alimentar e Nutricional para a Secretaria

de Estado Agricultura e Abastecimento - SEAB que deu a continuidade através

do ER/SEAB em conjunto com a CORESAN as realizações das Conferências

SAN a nível municipal, tendo 100% de adesão dos municípios e também a nível

regional com presença dos 21 municípios e seus respectivos representantes.

41

Considerando o processo de adesão do SISAN na região de Umuarama, a

CORESAN e o ER de SEAB, realizaram no mês de maio de 2016 as oficinas de

orientação para elaboração do Plano Municipal SAN 2016 – 2019, compromisso

esse que os municípios realizaram com a adesão ao SISAN. O objetivo das

oficinas foi uma forma de proporcionar troca de experiências junto aos

municípios reforçando e repassando as orientações pelo MDS e a SEAB através

do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional.

Quadro quantitativo da Região de Umuarama dos municípios do processo de

adesão do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional até o mês de

agosto de 2016.

Municípios que que assinaram o termo de adesão

Alto Piquiri, Cafezal do Sul, Cruzeiro do Oeste, Douradina, Francisco Alves,

Icaraíma, Maria Helena, Pérola, São Jorge do Patrocício, Tapira, Umuarama e

Xambrê

Municípios em processo de análise

Esperança Nova, Iporã, Ivaté, Mariluz, Nova Olímpia.

Municípios em processo de organização de documentação

Alto Paraíso, Altônia, Brasilândia do Sul, Perobal.

1.5 A constituição do SISAN no Município de Xambrê

Considerando historicamente o processo de luta em defesa contra a fome e a

miséria através de importantes ativistas, grupos populares, parlamentares e

outros movimentos sociais, houve um início e reiniciou de acontecimentos

históricos da segurança alimentar e nutricional no pais, que influenciaram

momentos de mobilização, articulação e organização do sistema de SAN no

município de Xambrê.

Para melhor compreensão desse contexto, se faz necessário um breve resgate

de alguns principais acontecimentos desse processo de construção na esfera

municipal.

42

Um dos primeiros momentos realizados para sensibilização, capacitação e

conhecimento da SAN na região de Umuarama intermediando o município,

foram as realizações de reuniões, assessoria no ano de 2003, quando o governo

federal cria a agenda para o combate à fome como ação Fome Zero e o governo

estadual criando o programa Leite das Crianças, o qual mobiliza o município

para a criação do Comitê Gestor do Programa Leite das Crianças, uma das

primeiras experiências SAN. Posteriormente a criação de mais programas do

Governo Federal como Programa de Aquisição Alimentar – PAA, Programa

Bolsa Família - PBF, sendo estes executados pelo município de Xambrê.

Destacamos um outro ciclo de construção SAN, que fortaleceu o município

nessa área, foi a partir da criação do SISAN 2006 e a criação da Lei Estadual

2008, que dispõe da Política SAN no Paraná e a criação do SISAN estadual em

2010, que resultaram as realizações das conferências e criação da comissão

regional de SAN de Umuarama CORESAN e capacitações objetivando mobilizar

e articular junto ao município maior aproximação e compreensão da adesão ao

SISAN, sua importância para implantação.

Foi quando o município de Xambrê entendeu através dos seus agentes

mobilizadores e formadores, para criação e implementação do SISAN no

município. Como primeira etapa do processo de organização foi a criação de

uma comissão técnica para a elaboração do projeto lei de criação do COMSEA,

bem como criação Lei que constitui o SISAN e seus componentes. O município

comprometeu-se realizando as conferências municipais SAN nos anos de 2011 e

2015. E também em elaborar o PLAMSAN, após um ano da data de assinatura

do termo de adesão que fora assinado em 11 de setembro de 2015.

Podemos concluir que foi um processo de articulação e promoção da

intersetorialidade com a perspectiva de assumir um protocolo de ações que

viessem de encontro com as necessidades da população em situação de

insegurança alimentar e nutricional e vulnerabilidade social, garantindo assim o

DHAA, conforme preconiza a legislação de defesa SAN.

Destacamos a realização das conferencias SAN

43

Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional

A Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional ocorreu no dia 30

junho de 2015, em Xambrê, sendo convocada pelo Decreto nº: 021/2015 de 14

de maio de 2015. Contou com a participação 35 de pessoas.

Tabela 1 - Números de participantes da II conferência SAN

Segmento Total

Agricultura familiar 11

Convidados 22

Outros 02

Total 35

A metodologia de discussão da Conferência foi organizada através de 3 eixos

temáticos, podemos elencar algumas prioridades resultado da discussão da II

Conferência:

Eixo 1: Comida de Verdade: avanços e obstáculos para a conquista da

alimentação adequada e saudável e da soberania alimentar.

PROPOSTA Segmento

Município Estado União

Adotar uma política fiscal para a promoção doconsumo de alimentos saudáveis que impacte demaneira sensível os preços ao consumidor final, X Xassim para viabilizar o acesso financeiro aosalimentos saudáveisSubstituição progressiva da utilização deagrotóxicos, por práticas agroecológicas,garantindo capacitação técnica, com banimentoimediato dos agrotóxicos que já foram proibidos X X Xem outros países e o fim de subsídios fiscais,além da adoção de mecanismos eficientes decontrole e monitoramento

44

Implementar políticas de gerenciamentodeconsumo consciente da água comintuito deassegurar o acesso universal e permanente à

X X Xágua potável para consumo humano e para aprodução de alimentos, priorizando a produçãodiversificada da agricultura familiarGarantir condições suficientes e adequadas detrabalho para nutricionista, obedecendo aodesenvolvimento das atribuições previstas na

XResolução CFN nº 358/2005 e suas substituiçõese, inclusive, cumprindo os parâmetros numéricosrecomendados de nutricionistas por escolas.Implantação de central para recebimento,manipulação, armazenamento e distribuição dosalimentos da agricultura familiar no âmbito daexecução do PAA, PNAE e PLC em nível

X X Xmunicipal, incluindo infraestrutura, equipamento,veículos apropriados e equipe técnicaespecializada, através de apoio financeiro das trêsesferas de governo.

Eixo 2: Dinâmicas em curso, escolhas estratégicas e alcances da política pública

no campo da soberania e segurança alimentar e nutricional.

PROPOSTA Segmento

Município Estado União

Promover a educação alimentar e nutricionalem todos os níveis de ensino, com inclusãona Política de Educação Brasileira dos temasdo Direito Humano a Alimentação Adequadae Segurança Alimentar e Nutricional,

X X Xconsiderando a transição nutricional edemográfica, e incorporar tais temas aoprocesso de formação dos profissionais daárea de saúde, educação, agricultura e áreasafins, garantindo o alcance das práticaseducativas a toda a população.Assegurar recursos financeiros para implementarações de Educação Alimentar e Nutricional nastrês esferas de governo, nos setores daeducação, saúde, assistência social, agricultura edemais setores relacionados ao tema, comotambém subsidiar ações permanentes de X X Xformação técnica e capacitação dos profissionaisenvolvidos nos serviços públicos de atenção àsaúde, equipamentos públicos de abastecimento,alimentação e nutrição, educação e assistênciasocial.

45

Assegurar a efetiva implementação do PlanoIntersetorial para Prevenção e Controle daObesidade, elaborado pela CâmaraInterministerial de Segurança Alimentar e X XNutricional (Caisan), garantindo aosmunicípios a destinação dos recursosfinanceiros necessários à sua execução

Eixo 3: Fortalecimento do Sistema Nacional de Segurança Alimentar.

PROPOSTA Segmento

Município Estado União

Elaboração de um Plano de Capacitaçãocontínua para formação e fortalecimento dos X X XCONSEAS, CAISAN e entidades sociaisafetas ao SISAN.Consolidação da intersetorialidade e daparticipação social na implementação da X X XPolítica SAN e do SISAN para a realizaçãodo DHAA no município, estado e união.Criação do fundo SAN obrigatoriamente nostrês níveis de governo, para a aplicação empolíticas SAN, na perspectiva de assegurar a

X X Ximplantação e implementação do SISAN,visando a implementação de ações eprogramas e projetos para garantir asegurança SAN.Elaborar o Plano Municipal de SAN, visandoa implementação das ações da X X Xintersetorialidade, através daresponsabilidade da CAISAN.

Figura 2 - Fotos II Conferência - 2015

46

E finalmente o Termo de Adesão nº 23/15, processo nº 13.316.619-0 entre o

Ministério de Desenvolvimento e Combate à Fome - Câmara Interministerial de

Segurança Alimentar e Nutricional do Estado do Paraná e o prefeito Municipal

senhor Lucas Campanholi, na data de 11 de setembro de 2015.

O Município de Xambrê, cumprindo com o que foi acordado em 2015, está

implementando esta política pública que vem organizar de forma interdisciplinar

as ações que garante a todos o direito à alimentação.

Para isso o município em oficinas conjunta entre as secretarias de Assistência

Social, Saúde, Educação, Esporte e Lazer, agricultura e meio ambiente e

também com a área de planejamento e orçamento discutiram e levantaram

indicadores que serão tratados em cada desafio conforme prevê as orientações

nacionais, de maneira a possibilitar as estratégias necessárias para os próximos

quatro anos.

Figura 3 - Fotos da Oficina para levantamentos de indicadores para elaboração

do PLAMSAN-2016

A seguir apresentaremos a situação

do município, levando em consideração a história desde a criação do município

até os diais atuais.

Os levantamentos das informações foram realizados em oficinas intersetorial

que possibilitou a descrição dos desafios abaixo citados. Alguns indicadores

deverão ser revistos anualmente, devido a atual conjuntura econômica em que

vivemos.

47

______________________________Capítulo I

48

2. MARCO SITUACIONAL

2.1 Aspectos gerais

O município de Xambrê localiza-se na Mesorregião Noroeste Paranaense, no

Terceiro Planalto Paranaense, mais precisamente o Planalto de Guarapuava. Na

subdivisão, o Município localiza-se no Planalto de Campo Mourão.

Encontra-se a uma latitude de 23º44'10" Sul e longitude de 53º28'50" Oeste,

estando a uma altitude de 380 metros (dados do IBGE1, 2004). Possui uma área

total de 358,994 km² (dados do ITCG2), tendo como principais vias de acesso à

rodovia PR-489, que liga Umuarama a Xambrê encontrando-se a uma distância

de 591,25 quilômetros da capital, Curitiba.

Figura 4 - Localização do município de Xambrê

De acordo com os dados da fig. 2, os municípios limítrofes de Xambrê são:

- Ao Norte, com o município de Alto Paraíso, tendo como divisor o Rio Paracaí.

- Ao Leste, com o município de Umuarama, tendo os rios Xambrê, Paracaí e

Baitira como divisores.

- Ao Oeste, com o município de Pérola, tendo como divisores a Estrada Lontra e

a Estrada Dourada.

- Ao Noroeste, com o município de Esperança Nova, tendo como divisor a

estrada Lontra.

49

- Ao Sudoeste, com o município de Cafezal do Sul, tendo como divisor o Rio

Xambrê.

Figura 5 - Municípios limítrofes de Xambrê

Clima

O clima é subtropical e úmido, com verões quentes e abafadiços e invernos

secos e frios.

A temperatura apresenta uma média entre 18 a 30°C. No inverno as geadas são

constantes e no verão, a temperatura chega a registrar 39°C.

Solo e Relevo

O solo é do tipo Arenito Caiuá, arenoso, de relevo suavemente ondulado e

sujeito a erosões.

Hidrografia

O município de Xambrê encontra-se situado na região fluvial da Bacia do Piquiri,

tendo como principais rios, o Rio Xambrê, Rio Baitira, Rio Paracaí, seus

respectivos afluentes e outros ribeirões

50

Vegetação

A vegetação caracteriza-se pela floresta tropical. O Município dispõe de viveiros

de mudas destinadas ao reflorestamento e à arborização das áreas urbanas,

plantas ornamentais, além de mudas de árvores frutíferas.

A flora e a fauna apresentam-se bastante escassas em consequência da

emancipação que reduziu a área do Município, somada ao desmatamento,

assoreamento dos rios e à caça predatória.

Aspectos históricos

A presença do homem branco na região remonta à chegada dos padres jesuítas,

no ano de1610, período em que dedicaram-se à evangelização dos índios que

habitavam as matas e serras da região.

Até 1629, a região onde hoje se localiza o município de Xambrê, pertencia à

redução de Ciudad Real del Guairá, fundada por espanhóis. Nessa época, os

bandeirantes paulistas, comandados por Antônio Raposo Tavares resolveram dar

um fim ao domínio espanhol, destruindo todos os povoados índios-espanhóis

A partir daí a região ficou em completo abandono. Somente no século XX é que

se verificaria novamente a afluência de pessoas à região. Nessa fase é

primoroso o trabalho das empresas colonizadoras, que com o apoio dos

governos trouxeram milhares de famílias para ocuparem o vazio demográfico em

que se constituía o Paraná neste período.

As terras em que hoje se localiza o município de Xambrê foram adquiridas em

1950 pela Companhia Byington de Colonização Ltda., responsável pelo grande

desenvolvimento da região. A Companhia Byington recebeu as terras desta

região como forma de pagamento por serviços prestados ao Estado.

O sistema de venda de lotes, adotado pela Companhia Byington, estabelecia

terrenos de no máximo dez alqueires cada. Isto proporcionou uma espécie de

“reforma agrária institucionalizada”, sendo que a proliferação de minifúndios

proporcionou o rápido crescimento do lugar.

51

A ocupação inicial deu-se com os migrantes do Norte Velho (Jacarezinho e

Cornélio Procópio) do Estado. Os pioneiros, que chegaram na localidade

atraídos principalmente pela fertilidade das terras e pela facilidade em adquiri-

las, estabelecida pela Companhia Byington, foram Vitório Meira dos Santos,

Ariovaldo Moreno, Manoel Morais e Antônio Mestishacha, dando início, assim, à

formação de um povoado que recebeu a denominação de Xambrê.

Em 1955, o povoado foi elevado à categoria de Distrito Administrativo.

Até o ano de 1957, aproximadamente, o município de Xambrê, vivia quase que

exclusivamente da pequena agropecuária. Com o passar dos anos, grandes

pastagens foram sendo formadas e os criadores iniciaram a formação dos

rebanhos. A agricultura tomou um extraordinário impulso, e o Município passou a

constituir-se em um dos maiores produtores de cereais de todo o Estado, ao

lado das grandes indústrias madeireiras que iniciaram em Xambrê o “Ciclo da

Madeira”, encontrando na peroba, cedro, marfim, imbuía, jatobá, canela e

outras, a grande fonte de abastecimento para exportação.

Em 25 de julho de 1960, através da Lei Estadual nº 4.245, foi criado o município

de Xambrê, quando foi desmembrado de Cruzeiro do Oeste. Em setembro do

mesmo ano, instala-se a Prefeitura Municipal, tendo como dirigente um

interventor o senhor Nelson Guimarães Vasconcelos, que foi posteriormente

substituído pelo senhor Gentil Liberato. O Dr. Nelson Guimarães Vasconcelos foi

o primeiro prefeito eleito no ano de 1962 a 1965.

O café, que ocupava papel de destaque no desenvolvimento socioeconômico do

Município, marcado por grandes colheitas, teve sua maior safra no ano de 1962.

Em 1963, o Governo do Estado, incentivou a erradicação dos cafezais, pagando

CR$ 1,00(um cruzeiro) por pé arrancado. Devido à Crise Mundial e, não tendo a

quem vender o produto, os armazéns ficaram abarrotados de café. Foi

necessária a queima dos estoques apodrecidos nos celeiros, enquanto os

pequenos produtores enterravam o produto da colheita. A partir deste fato, deu-

se incentivo à criação do gado leiteiro com o Governo, substituindo a raça

Tucura pela Nelore para maior produção de leite.

52

Origem do Nome

A origem do nome XAMBRÊ tem duas versões: a primeira diz respeito a uma

homenagem ao francês Dr. Chambert, membro da Companhia Colonizadora

Alberto Byington, que desbravou a região; a outra, de origem indígena, é em

homenagem ao Cacique “Tixander” (amigo) ou “Jambrê” (de JAM, que significa

mãe e BRÊ, que significa junto, próximo, parente) da tribo dos Caiganges, que

habitou a região no início da colonização e que tinha, na época, larga influência

no Vale do Piquiri.

Formação Administrativa

O Distrito foi criado em 18 de outubro de 1955, e o Município, em 25 de julho de

1960, através da Lei Estadual nº 4.245, desmembrado do município de Cruzeiro

do Oeste e instalado em, 16 de novembro de 1961.

Gentílico: Aos nascidos no Município, dá-se a denominação de xambrenses.

Símbolos Municipais

Brasão Municipal

Brasão de Armas de Xambrê é de autoria do heraldista Arcinoé Peixoto de Faria,

sendo composto por uma coroa mural em prata, com oito torres, das quais

apenas cinco são visíveis em perspectiva no desenho, que classifica a cidade de

segunda grandeza, ou seja, a comarca.

A metal prata do campo do escudo é símbolo de paz, amizade, trabalho,

prosperidade, pureza e religiosidade.

O terreno verde lembra a condição do Município essencialmente agrícola e o

arado preto, na ação de derrubada, evoca a fase de desbravamento das terras

férteis em que o pinheiro, característica regional, tem o papel predominante no

fator econômico do desenvolvimento.

53

Figura 6 - Brasão Municipal

A cor verde é o símbolo de austeridade, prudência, honra, civilidade, cortesia,

alegria, abundância. A cor preta é símbolo da austeridade, prudência, sabedoria,

moderação, firmeza de caráter.

Na parte superior do escudo, as panóplias vermelhas constituídas pelos

machados e garfos entrecruzados, representam os instrumentos de trabalho

utilizados nas lidas do campo.

A cor vermelha é símbolo da dedicação, fertilidade, amor-pátrio, audácia,

intrepidez, coragem, valentia.

Nos ornamentos exteriores, as hastes de algodão florido e os galhos de café

frutificando, tudo ao natural, apontam os principais produtos criados da terra

fértil.

No listel vermelho, em letras argentinas a prateadas, inscreve-se o topônimoidentificador:

“Xambrê”, ladeado pela data de emancipação política: “28/07/1960”.

Bandeira Municipal

O Brasão, aplicado na Bandeira, simboliza o Governo Municipal e o círculo

branco, onde é aplicado, representa a própria cidade sede do Município. A cor

branca indica paz, amizade, trabalho, prosperidade, pureza, religiosidade.

As faixas brancas, carregadas de sobre faixas vermelhas que partem do círculo

central esquartelando a Bandeira, representam a irradiação do Poder Municipal

54

que se expande a todos os quadrantes de seu território. Os quartéis verdes

representam as propriedades rurais existentes no território municipal. A cor verde

simboliza a honra, cortesia, abundância e alegria. É a cor da esperança porque

lembra os campos verdejantes na primavera.

Figura 7 - Bandeira Municipal

Fonte: Prefeitura Municipal (Consulta no site www.xambre.pr.gov.br).

Hino Municipal

A Lei nº 242/67, de 7 de julho de 1967, reconhece o Hino de Xambrê com a letra

e música do compositor Nelson Ribeiro Dias, tendo a seguinte composição:

Teu ouro branco é o algodão

Em torno de ti belezas se veem

Uma praça é teu coração

Minha cidade, teu nome é Xambrê.

A madeira também é teu esteio

Tuas terras produzindo amendoim

Da grandeza do oeste és o correio

Só tu Xambrê, podes ser rica assim.

Tuas estradas cercadas de florestas

Teus rios entrecortados de cascatas

Deixam o sertão em festa

Enchendo de alegria as matas.

55

Teu povo sempre ordeiro e unido

Trabalhando pelo bem do Paraná

Em cada prova, um obstáculo vencido.

Pois em Xambrê, a tradição presente está.

Tradição de lutas e trabalho

De uma raça sempre forte e varonil,

Enfrentando sol, chuvas e orvalhos.

Trabalhando pelo progresso do Brasil.

2.2 Aspectos populacionais

Em 2010, a população do município era de 6.012 habitantes de acordo com o

IBGE, e no ano de 2000, de 6.500 habitantes, a população entre os censos

demográficos reduziu, à taxa de -0,78% ao ano, essa taxa foi inferior à

registrada no Estado, que ficou em 0,89% ao ano, e inferior a cifra de 0,88% ao

ano da Região Sul.

A população urbana apresentou alteração no censo de 2010, passou a

representar 33,1% enquanto em 2000 representava 28,83% do total de

habitantes. Entre 2000 e 2010 foi verificada ampliação da população idosa que

cresceu 1,4% em média ao ano. Em 2000, este grupo representava 14,3% da

população, já em 2010 detinha 17,8% do total da população municipal.

Tabela 2 - Informações Gerais -2016

População Censitária Total 5.986 habitantes(IBGE/2016)

População 2010 6.012Área da unidade territorial 359,712

2015(KM²)Densidade Demográfica 16,71 (Hab/Km²)

(IPARDES/2015)Nº de Domicílios Total Zona Urbana - 672 Zona Rural - 1.337

(IBGE/2010)Grau de Urbanização 33,10%

(IBGE/2010)Renda Média Domiciliar Per R$ 629,15

Capita56

(IPARDES/2010)Produto Interno Bruto Per R$ 10.628,00

Capita(IPARDES/2013)

População Economicamente 2.906 Ativa

(IBGE/2010)

Tabela 3 - População residente por faixa etária e sexo, 2010.

Faixa Etária Masculina Feminina Total

0 a 4 anos 190 192 344

5 a 9 anos 213 218 431

10 a 14 anos 258 220 478

15 a 19 anos 240 256 476

20 a 29 anos 422 396 818

30 a 39 anos 388 398 786

40 a 49 anos 394 397 791

50 a 59 anos 277 342 619

60 a 69 anos 279 272 551

70 a 79 anos 168 148 316

83 mais anos 73 76 149

Total 2896 2908 5818

O segmento etário de 0 a 14 anos que representa a faixa etária de escolaridade

registrou crescimento negativo entre 2000 e 2010 (-3,1% ao ano). Crianças e

jovens detinham26,3% do contingente populacional em 2000, o que

correspondia a 1.710 habitantes. Em2010, a participação deste grupo reduziu

para 20,8% da população, totalizando 1.252 habitantes.

A população residente no município na faixa etária de 15 a 59 anos exibiu de

crescimento populacional (em média -0,44% ao ano), passando de 3.858

57

habitantes em 2000 para3.691 em 2010. Em 2010, este grupo representava

61,4% da população do município.

A estimativa da população para 2014 é de 6047 habitantes, mostrando um

crescimento de0,58%.

Tabela 4 - Taxa de atividade e de ocupação segundo a faixa etária -2010

Faixa etária (anos) Taxa de atividade (%) Taxa de ocupação (%)

De 10 anos ou mais 55,71 95,97

De 10 a 14 8,55 48,72

De 15 a 17 48,17 91,41

De 18 anos ou mais 61,07 96,84

De 18 a 24 80,03 92,73

De 25 a 29 82,25 94,17

FONTE: IBGE - Censo Demográfico - Dados da amostra

Índice de Desenvolvimento Humano

No Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) estão equacionados

em três sub-índices direcionados às análises educacionais, renda e longevidade

de uma população.

Tabela 5 - Índice de desenvolvimento humano (IDH-M) - 2010

INFORMAÇÃO ÍNDICE (1) UNIDADE

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) 0,706

IDHM - Longevidade 0,825

Esperança de vida ao nascer 74,52 anos

IDHM - Educação 0,606

Escolaridade da população adulta 0,41

Fluxo escolar da população jovem (Frequência 0,73escolar)

IDHM - Renda 0,703

Renda per capita 633,91 R$ 1,00

58

Classificação na unidade da federação 199

Classificação nacional 1.720

FONTE: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil - PNUD, IPEA, FJP NOTA: Os dados utilizados foram extraídos dos Censos Demográficos do IBGE.(1) O índice varia de 0 (zero) a 1 (um) e apresenta as seguintes faixas de desenvolvimento humanomunicipal: 0,000 a 0,499 - muito baixo; 0,500 a 0,599 - baixo; 0,600 a 0,699 - médio; 0,700 a 0,799 - alto e0,800 e mais - muito alto.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) de Xambrê é 0,706, em 2010. O

que situa o município na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM entre

0,700 e 0,799). A dimensão que mais contribui para o IDHM do município é

Longevidade, com índice de 0,825, seguida de Renda, com índice de 0,703, e

de Educação, com índice de 0,606.

Gráfico 1 - Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) de Xambrê - 2015

O resultado das análises educacionais é medido por uma combinação da taxa de

alfabetização de adultos e a taxa combinada nos três níveis de ensino

(fundamental, médio e superior). O resultado do sub-índice renda é medido pelo

poder de compra da população, baseado pelo PIB (Produto Interno Bruto) per

capita ajustado ao custo de vida local para torná-lo comparável entre países e

regiões, através da metodologia conhecida como paridade do poder de compra.

O sub-índice longevidade tenta refletir as contribuições da saúde da população

medida pela esperança de vida ao nascer.

No cálculo do IDH-M, estas três dimensões são transformadas em índices de

longevidade (IDHM-L), educação (IDHM-E) e renda (IDHM-R), que variam entre

59

0 (pior) e 1 (melhor), e a combinação destes índices em um indicador síntese.

Quanto mais próximo de 1 o valor deste indicador, maior será o nível de

desenvolvimento humano.

Gráfico 2 - IDHM : IPEA, IPARDE, FIRJAN - 2015

Índice IPARDES de desenvolvimento municipal - IPDM

O Índice Ipardes de Desempenho Municipal (IPDM) procura avaliar a situação

dos municípios paranaenses, considerando, com igual ponderação, as três

principais áreas de desenvolvimento econômico e social, a saber: a) emprego,

renda e produção agropecuária; b) educação; e c) saúde.

Na construção do índice da dimensão Saúde são usadas as variáveis: número

de consultas pré-natais; óbitos infantis por causas evitáveis, e óbitos por causas

mal definidas.

Na educação, as seguintes variáveis: taxa de matrícula na educação infantil;

taxa de abandono escolar (1ª a 4ª série / 1º a 5º ano; 5ª a 8ª série / 6º a 9º ano e

ensino médio); taxa de distorção idade-série (1ª a 4ª série / 1º a 5º ano; 5ª a 8ª

série / 6º a 9º ano e ensino médio); percentual de docentes com ensino superior

(1ª a 4ª série / 1º a 5º ano; 5ª a 8ª série / 6º a 9º ano e ensino médio); resultado

do IDEB (1ª a 4ª série / 1º a 5º ano e 5ª a 8ª série / 6º a 9º ano).

E na dimensão Emprego, Renda e Produção Agropecuária as variáveis

relacionadas ao salário médio, ao emprego formal e à renda da agropecuária.

Fonte: IPARDES.

60

Gráfico 3 - Índice Ipardes de Desempenho Municipal (IPDM) - 2015

Índice Firjan de desenvolvimento municipal – IFDM

O IFDM – Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal – é um estudo do

Sistema FIRJAN que acompanha anualmente o desenvolvimento

socioeconômico de todos os mais de 5 mil municípios brasileiros em três áreas

de atuação: Emprego & renda, Educação e Saúde. Criado em 2008, ele é feito,

exclusivamente, com base em estatísticas públicas oficiais, disponibilizadas

pelos ministérios do Trabalho, Educação e Saúde.

Fonte: FIRJAN - Edição 2015.

Gráfico 4 - Índice Firjan de desenvolvimento municipal – IFDM -2015

Índice de GINI

Mede o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos segundo a

renda domiciliar per capita. Seu valor varia de 0 (zero), quando não há

desigualdade (a renda domiciliar per capita de todos os indivíduos tem o mesmo

valor), a 1 (um), quando a desigualdade é máxima (apenas um indivíduo detém

toda a renda). O universo de indivíduos é limitado àqueles que vivem em

domicílios particulares permanentes.

Fonte: IPARDES

61

Gráfico 5 - Índice de GINI - 2015

Histórico demográfico

Apresenta a evolução do n.º de habitantes, considerando os dados do último

Censo e de estimativas realizadas para os demais anos.

Fonte: IBGE.

Gráfico 6 - Histórico Demográfico - 2015

Densidade demográfica

Mostra como a população se distribui pelo território, sendo determinada pela

razão entre a população e a área de uma determinada região. É um índice

utilizado para verificar a intensidade de ocupação de um território.

Fonte: IPARDES

62

Gráfico 7 - Densidade demográfica - 2015

Taxa de envelhecimento

Razão entre a população de 65 anos ou mais de idade e a população

total. Fonte: IPARDES.

Gráfico 8 - Taxa de envelhecimento - 2015

Pirâmide etária

Gráfico organizado para classificar a população censitária do município

conforme as faixas de idade, dividindo-as por sexo.

Fonte: IBGE.

63

Gráfico 9 - Pirâmide etária - 2015

Grau de urbanização

Indica a proporção da população total que reside em áreas urbanas, segundo a

divisão político-administrativa estabelecida pelas administrações municipais.

Fonte: IBGE.

Gráfico 10 - Grau de Urbanização - 2015

64

População segundo a cor e raça

Distribuição da população do município segundo a cor/raça.

Fonte: IBGE.

Gráfico 11 - População Sengo a cor/raça - 2015

População economicamente ativa

Subgrupo da população em idade ativa integrado pelas pessoas que estavam

desenvolvendo alguma atividade de forma contínua e regular ou, por não

estarem ocupadas, se encontravam procurando trabalho no período de

referência, tendo, para isto, tomado medidas concretas de procura. Inclui-se

ainda o exercício do trabalho precário. Em resumo, é a conjunção de ocupados e

desempregados.

Fonte: IBGE.

Gráfico 12 - População economicamente ativa - 2015

65

Trabalho e renda:

O Município apresentou como referência o mês de junho de 2016 uma taxa de

emprego formal da população de 2.789 empregados, não sendo possível

verificar a situação dos desempregados nos últimos meses.

Renda média domiciliar per capta

Média das rendas domiciliares per capita das pessoas residentes em

determinado espaço geográfico, no ano considerado.

Considerou-se como renda domiciliar per capita a soma dos rendimentos

mensais dos moradores do domicílio, em reais, dividida pelo número de seus

moradores.

O salário mínimo do último ano para o qual a série está sendo calculada torna-se

a referência para toda a série. Esse valor é corrigido para todos com base no

INPC de julho de 2010, alterando o valor da linha de pobreza e

consequentemente a proporção de pobres. O valor de referência, salário mínimo

de 2010, é de R$ 510,00.

Fonte: IPARDES.

Gráfico 13 - Renda média domiciliar per capta - 2015

Produto interno bruto per capta

PIB per Capita - corresponde ao valor do PIB global dividido pelo número

absoluto de habitantes de um país, região, estado ou município.

Fonte: IPARDES.

66

Gráfico 14 - Produto interno bruto per capta - 2015

Tabela 6 - Número de estabelecimento e empregos segundo as atividades econômicas – 2014

ATIVIDADES ECONÔMICAS ESTABELECIMENTOS EMPREGOS(SETORES E SUBSETORES DO

IBGE(1)INDÚSTRIA 34 454Transformação 34 454Madeira e do mobiliário 4 15Papel, papelão, editorial e gráfica 1 3Borracha, fumo, couros, peles e 1produtos Similares e indústriadiversa

Têxtil, do vestuário e artefatos de 25 415tecidosProdutos alimentícios, de bebida e 4 21álcool etílicoCONSTRUÇÃO CIVIL 3 2COMÉRCIO 30 97Comércio varejista 28 81 28 81Comércio atacadista 2 16 2 16SERVIÇOS 22 303 22 303Administradoras de imóveis, valores 3 30mobiliários, serviços técnicosprofissionais,auxiliar de atividade econômicaTransporte e comunicações 5 6Serviços de alojamento, 11 37alimentação, reparo, manutenção,radiodifusão e televisãoServiços médicos, odontológicos e 2 2veterináriosAdministração pública direta e 1 288indireta

67

AGROPECUÁRIA (agricultura, 53 70silvicultura, criação de animais,extração vegetal e pesca

143 926FONTE: MTE/RAIS

NOTA: Posição em 31 de dezembro. O total das atividades econômicas refere-se à soma dos grandessetores: Indústria; Construção Civil; Comércio; Serviços; Agropecuária; e Atividade não Especificada ouClassificada. (1) INDÚSTRIA: extração de minerais; transformação; serviços industriais utilidade pública.TRANSFORMAÇÃO: minerais não metálicos; metalúrgica; mecânica; elétrico, comunicações; materialtransporte; madeira, mobiliário; papel, papelão, editorial, gráfica; borracha, fumo, couros, peles, similares,indústria diversa; química, farmacêuticos, veterinários, perfumaria, sabões, velas, matérias plásticas; têxtil,vestuário, artefatos tecidos; calçados, produtos alimentícios, bebidas, álcool etílico. COMÉRCIO: varejista;atacadista. SERVIÇOS: instituições de crédito, seguros, capitalização; administradoras de imóveis, valoresmobiliários, serviços técnicos profissionais, auxiliar atividade econômica; transporte e comunicações;serviços alojamento, alimentação, reparo, manutenção, radiodifusão, televisão; serviços médicos,odontológicos e veterinários; ensino; administração pública direta e indireta

2.3 Aspectos ambientais e agrícolas

Abastecimento de Água

Unidades residenciais atendidas.

Fonte: IPARDES.

Gráfico 15 - Abastecimento de Água - 2015

Acesso à água na área rural

Nas duas vilas rurais há o abastecimento de água por poços artesianos, bemcomo no assentamento. De modo geral, a maioria das propriedades possuempoços convencionais ou artesianos para o uso familiar. Um levantamentominucioso da qualidade da água precisa ser realizado junto aos produtores.

68

Alimentação adequada e saudável, incluindo a água

Nota-se que muitas famílias rurais não possuem hortas caseiras, o que deve serincentivado. Em relação à água, análises químicas e bacteriológicas necessitamser realizadas para o acompanhamento da qualidade da água consumida.

Rede de esgoto

O município conta com rede de tratamento de esgoto, implantada recentemente.

Taxa de cobertura do Serviço de Coleta de Resíduos

Fonte: SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento / Ministério

das Cidades.

Gráfico 16 - Taxa de cobertura do Serviço de Coleta de Resíduos - 2015

Forma de Coleta de Resíduos Sólidos Urbanos

Percentual de domicílios, segundo forma de coleta de resíduos

sólidos. Fonte: IBGE – Resultados Preliminares CENSO 2010.

Gráfico 17 - Forma de Coleta de Resíduos Sólidos Urbanos - 2015

69

No Brasil, a Política Nacional do Meio Ambiente, estabelecida pela Lei nº 6.938,

de 31 de agosto de 1981, e regulamentada pelo Decreto nº 99.274, de 6 de

junho de 1990, tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da

qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao

desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à

proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:

I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o

meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado

e protegido, tendo em vista o uso coletivo;

II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;

Ill - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;

IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas; V

- controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras; VI

- incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso

racional e a proteção dos recursos ambientais;

VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental;

VIII - recuperação de áreas degradadas (Regulamento dado pelo Decreto nº

97.632/89);

IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;

X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da

comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio

ambiente.

Descentralização do Licenciamento Ambiental

A Resolução CEMA nº 088/2013 estabelece critérios, procedimentos e tipologias

para o licenciamento ambiental municipal de atividades, obras e

empreendimentos que causem ou possam causar impacto de âmbito local e

determina outras providências.

Para o exercício do licenciamento ambiental, consideram-se capacitados os

municípios que disponham de:

I - Conselho Municipal de Meio Ambiente, instância colegiada normativa,

consultiva e deliberativa, de composição paritária, devidamente implementado e

em funcionamento;

70

II - Fundo Municipal de Meio Ambiente, devidamente implementado e em

funcionamento;

III - Órgão ambiental capacitado;

IV - Servidores municipais de quadro próprio ou contratados através de

consórcios públicos, legalmente habilitados dotados de competência legal para o

licenciamento ambiental;

V - Servidores municipais de quadro próprio, legalmente habilitados, ou através

de convênios com órgãos integrantes do SISNAMA para a fiscalização

ambiental;

VI - Plano Diretor Municipal aprovado e implementado, contendo diretrizes

ambientais;

VII - Sistema Municipal de Informações Ambientais organizado e em

funcionamento;

VIII - Normas municipais regulamentadoras das atividades administrativas de

licenciamento, fiscalização e controle inerentes à gestão ambiental.

Fonte: Conselho Estadual do Meio Ambiente (mar/2016).

Arborização urbana:

Levantamento das árvores de todos os distritos e da sede do município no

espaço urbano.

Tabela 7 - Quantificação de Árvores Boas - 2015

Árvores BoasEspécie Quantidade

SIBIPIRUNA 283OITI 1258MANGA 58CEDRINHO 10EUREKA BAMBU 03FICUS 113CEDRO 02YPÊ ROXO 158AMENDOIN 03

71

YPÊ 20FLAMBOYANT 16EUREKA BAMBU 20SETE COPA 76MANGUBA 43AROEIRA SALSA 44PALMEIRA IMPERIAL 48PALMEIRA ESCARIOTA 01ACACIA MANGIUM 02LEGUSTE 19GOIABA 02QUARESMEIRA ROXA 18PINHEIRINHO 86PALMEIRA FENIX 13INGÁ 02TIPUANA 11YPÊ BRANCO 03YPÊ AMARELO 02PALMEIRA CICA 10ABACATE 09ASTRAPEIA 02JAMELÃO 32PAINEIRA 01SANTA BARBARA 02PALMEIRA LEQUE 04SERINGUEIRA CHINESA 36MAGNOLIA 21SAPUVA 03PRIMAVERA 05COQUEIRO 09AROEIRA SALSA 01PEROBA 01PATA DE VACA 14PINHERI JAPONÊS 02EXTREMOSA VERMELHA 14PITANGA 01CANAFÍSTULA 02CÔCO 02PINHA 02ACÁCIA AMARELA 02FARINHA SECA 01LIGUSTRO 01ESPATÓDEA 01ASTRAPEIA 01ESPATODIA 06AMENDOIM 01JACA 01AMEIXA 07FALSA MURTA 05JAMBOLÃO 01

72

OUTROS 02

Resíduos Sólidos

Apresenta os resultados obtidos no Diagnóstico da Situação da Disposição Final

de Resíduos Sólidos Urbanos nos municípios do Estado do Paraná, realizado ao

longo do ano de 2012 pelo LP - Departamento de Atividades Poluidoras.

Fonte: IAP.

Indicadores de desenvolvimento sustentável por bacias hidrográficas -

Ipardes 2013

A publicação "Indicadores de Desenvolvimento Sustentável por Bacias

Hidrográficas do Paraná" lançada pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e

Recursos Hídricos em parceria com o Instituto Paranaense de Desenvolvimento

Econômico e Social (Ipardes), reúne dados ambientais, sociais, econômicos, de

saúde, gestão e saneamento. O levantamento é considerado pioneiro no país,

pois adota pela primeira vez a bacia hidrográfica como unidade de análise. O

estudo realizado pelo Ipardes usa o ano de 2011 como base e dá continuidade a

uma série de publicações iniciada em 2007, que segue recomendações da

Comissão para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações

Unidas (ONU), com adaptações às especificidades brasileiras.

Figura 8 - Bacia hidrográfica - Piquiri

73

Balanço Hídrico

Bacia Hidrográfica: Piquiri

Apresenta a relação entre a disponibilidade e a demanda hídrica superficial na

bacia hidrográfica.

Fonte: IPARDES - Indicadores de Desenvolvimento Sustentável por Bacias

Hidrográficas do Paraná.

Gráfico 18 - Disponibilidade hídrica - 2015

Reserva legal (RL) e área de preservação permanente (APP)

O município não conseguiu fazer o levantamento do número de propriedades

que possuem a RL e APP dentro da legislação ambiental. Mas, o que pode ser

constatado é que muitos produtores precisam ser conscientizados da

importância da proteção de nascentes e manejo correto do solo e água.

Energia Gerada

Quantidade de energia gerada, em quilowatt, na bacia hidrográfica.

Fonte: IPARDES - Indicadores de Desenvolvimento Sustentável por Bacias

Hidrográficas do Paraná.

Gráfico 19 - Energia gerada - 2015

74

Uso de Agrotóxico

Quantidade de agrotóxico utilizado, em quilograma, na bacia hidrográfica.

Fonte: IPARDES - Indicadores de Desenvolvimento Sustentável por Bacias

Hidrográficas do Paraná

Gráfico 20 - Uso de agrotóxico - 2015

Carga de poluição orgânica (DBO) remanescente

A quantidade de DBO (demanda bioquímica por oxigênio) remanescente é um

indicador que demonstra a salubridade do sistema hídrico através da quantidade

de matéria orgânica que volta para a bacia hidrográfica.

Fonte: IPARDES - Indicadores de Desenvolvimento Sustentável por Bacias

Hidrográficas do Paraná.

Gráfico 21 - Poluição Orgânica -2015

75

Efluentes

Apresenta a relação entre efluentes gerados e tratados na bacia hidrográfica.

Fonte: IPARDES - Indicadores de Desenvolvimento Sustentável por Bacias

Hidrográficas do Paraná.

Gráfica 22 - Efluentes tratados - 2015

Cobertura vegetal e unidade de conservação

Expressa a dimensão e distribuição dos espaços territoriais que estão

legalmente protegidos dentro das bacias hidrográficas.

As unidades de conservação de Proteção Integral incluem Parques, Reservas

Biológicas, Estação Ecológica, Monumento Natural e Refúgio Silvestre.

Fonte: IPARDES - Indicadores de Desenvolvimento Sustentável por Bacias

Hidrográficas do Paraná.

Gráfico 23 - Cobertura vegetal e unidade de conservação - 2015

76

Vulnerabilidade Socioambiental

Apresenta a quantidade de desastres naturais e ocupações irregulares

existentes na bacia hidrográfica.

Fonte: IPARDES - Indicadores de Desenvolvimento Sustentável por Bacias

Hidrográficas do Paraná.

Gráfico 15 - Vulnerabilidade socioambiental - 2015

Floresta plantada

Expressa a área de florestas plantadas, com eucaliptos e pínus, por bacia

hidrográfica.

Fonte: IPARDES - Indicadores de Desenvolvimento Sustentável por Bacias

Hidrográficas do Paraná.

Gráfico 25 - Floresta Plantada - 2015

77

Quais alimentos são produzidos localmente

Na agricultura familiar, o que predomina é a produção de leite. Alguns produtorescultivam hortaliças e frutas. Há também o cultivo da mandioca para indústria e acriação de peixes. Nas grandes propriedades constata-se a criação de gado decorte como principal atividade. Percebe-se também, áreas extensas, que sãoarrendadas para o cultivo de cana-de-açúcar.

Programas de incentivo a agricultura familiar nas 3 esferas de governo eprojetos existentes:

Esfera municipal: a prefeitura conta com dois servidores na área das ciênciasagrárias, um engenheiro agrônomo e uma médica veterinária, que oferecemassistência técnica aos produtores. Conta também com o programa deinseminação artificial que será preciso passar por melhorias.

Esfera estadual: o escritório municipal do EMATER (Instituto Paranaense deAssistência Técnica e Extensão Rural) está fechado por falta de técnico,atualmente a Prefeitura cedeu um servidor para o Instituto, mas em breve estetécnico retornará à Prefeitura. No momento dois Programas de incentivo aosagricultores/produtores familiares estão sendo implantados: Programa de apoioao manejo e fertilidade dos solos – aquisição de adubo fosfatado e o Projeto dedesenvolvimento da Produção leiteira – aquisição de resfriadores de leite. OPrograma de Aquisição de Alimentos (PAA) existe no município, mas que deveser fortalecido, para incentivar os produtores e fortalecer a agricultura familiar domunicípio.

Esfera Federal: o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) deve serfortalecido no município através do PAA. A demanda de alimentos deve seranalisada para que, todo o alimento utilizado ou sua maioria seja, adquirido deprodutores do município.

Observação: um trabalho especial com a sucessão familiar, para a permanênciados jovens no campo, precisa ser fomentado, bem como atenção às mulheres,pois nota-se que quando a mulher participa efetivamente na atividade produtivada unidade familiar de produção, a renda é maior e a qualidade dos produtostambém é superior, quando comparados à propriedades que apenas o homemparticipa da produção.

Percentual da área ocupada pela agricultura familiar em relação à área totalde produção

Estima-se que 80% dos principais alimentos produzidos no município, sãooriundos da agricultura familiar. Mas a proporção de área utilizada na agriculturafamiliar não foi possível estimar.

78

Percentual da área sob utilização de sistemas sustentáveis de produçãoorgânica, mais plantio direto

A produção orgânica ainda é pequena, há pouquíssimos produtores nessa linha.O plantio direto ainda é pouco utilizado no município. Estima-se que a áreautilizada na produção orgânica seja menor que 0,5%.

Disponibilidade interna (ovos, mandioca, arroz, feijão, frango) e percentualde armazenagem em relação à produção

A produção de ovos é pequena. Há alguns produtores de frango de corte,aproximadamente 5 produtores. Arroz e feijão são produzidos apenas para oconsumo familiar e não a nível de produção comercial. A produção de mandiocajá é mais expressiva, estima-se um número maior que 50 produtores.

Organização de feiras

Existe a necessidade de um local definitivo e coberto para a realização de feiras.Acontecem algumas feiras durante a semana, mas com baixa expressividade.

Fortalecimento de hortas em espaços públicos

Está sendo implantada uma horta no Colégio Paulo VI e a ideia pode serestendida para outras escolas. A implantação de uma horta comunitária deve serestudada.

Cursos/oficinas ofertados

Excursões a eventos são realizadas frequentemente. O município é parceiro doSistema Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), que oferece cursos emdiversas áreas da agricultura e pecuária.

Figura 9 - Fotos de curso e treinamentos - 2016

Curso de tratoristas, parceria com o SENAR

79

Produtores participando do II Congresso Estadual da Agricultura

*Ações de educação alimentar

São ações desenvolvidas pela secretaria de educação é ofertado somente aos alunos da rede municipal, funcionários e professores.

Figura 11 - Educação Alimentar - 2016

*Números de agricultores da agricultura familiar

No sistema DAP (Declaração de Aptidão ao Programa de fortalecimento da agricultura familiar) web da Secretaria Especial da Agricultura Familiar e do

80

Desenvolvimento Agrário, há registro de 576 unidades familiares, sendo 180ativas e 396 inativas.

O município possui 951 produtores ativos (sem distinção de pequenos, médios egrandes) cadastrados no Sistema CAD/PRO (cadastro de produtor).

2.4 Aspectos culturais

Cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a

lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo homem

não somente em família, como também por fazer parte de uma sociedade. A

palavra cultura tem vários significados, tais como: cultura da terra; cultura de

uma pessoa letrada - “culta”. Em antropologia, cultura significa tudo o que o ser

humano produz ao construir sua existência: as práticas, as teorias, as

instituições, os valores materiais e espirituais.

Xambrê não possui um aspecto cultural ativo, mas, desenvolve algumas

atividades culturais nos âmbitos desportivo, religioso, artístico e cultural. Tem um

grupo cultural com apresentações de danças e representações musicais, as

escolas promovem as tradicionais festas juninas e as igrejas com as festas

religiosas.

A Prefeitura Municipal através da Secretaria Municipal de Educação e Cultura

promove eventos como a Semana Cultural e Amostra Cultural com o intuito de

promover o desenvolvimento e o resgate das manifestações culturais e com o

objetivo de fortalecimento da identidade cultural local.

Nesse contexto, a promoção e realização destes eventos não se limitam

somente ao entretenimento, mas a difusão de valores materiais e imateriais da

expressão cultural xambreense, objetivando a interação da comunidade

enquanto agente "protagonizador” para a inclusão social.

Para que quaisquer manifestações culturais possam se perpetuar, é

indispensável a participação de todos que possam contribuir direta ou

indiretamente para o sucesso dos eventos.

81

Principais Eventos

- Festa de São Sebastião – Realização: Igreja Católica Apostólica Romana;

- Festas Juninas – Realização: Escolas municipais e escolas estaduais;

- Festa da Capela Nossa Senhora das Graças – Realização: Igreja Católica

Apostólica Romana;

- Festa do Peão – Durante três dias, acontece a tradicional montaria em touros,

shows e carnaval de rua. Após a entrega dos prêmios aos vencedores, um Show

Pirotécnico encerra a festa. Realização: Prefeitura Municipal de Xambrê;

- Mostra Cultural - Realização: Secretaria Municipal de Educação e Cultura;

- Festa da Primavera - Realização: Grupo Cultural e CMEI – SÃO JOSÉ;

- Consciência Negra – Realização: escolas estaduais e municipais;

- Semana Cultural - Realização: Secretaria Municipal de Educação e Cultura.

Datas Comemorativas

- Aniversário

Datas Comemorativas

- Aniversário do município: 26 de julho.

- Padroeira: Nossa Senhora do Carmo: 16 de julho.

Principais Equipamentos Culturais

- Centro de Convivência do Idoso Vida Feliz, com capacidade para 70 pessoas.

- Ginásio de Esportes Gildeto Meira dos Santos, com capacidade para comportar

um público de 300 pessoas;

- Xambrê Tênis Clube. Possui capacidade para um público de 200 pessoas.

- Biblioteca Pública Cidadã Professor Waldemar Biaca.

- Casa da Cultura Professor Durvalino, com capacidade para 70 pessoas.

- Praça do Cristo – local com vários equipamentos como: parque infantil, quadra

de areia, quadra de malha, quadra de bocha, ATI e campo de futebol, sendo

frequentado pelas pessoas de todas as idades para a prática de atividades

físicas e atividades de lazer.

Principais Atrativos Naturais

Gruta Nossa Senhora Aparecida - A Gruta localiza-se em uma praça próxima

ao Pronto Atendimento Municipal contendo a Imagem de Nossa Senhora

82

Aparecida, a imagem da Padroeira do Município, Nossa Senhora do Carmo e de

Santo Expedito e Crucifixo esculpido em madeira.

Prainha do Rio Xambrê - O Rio Xambrê é um importante atrativo do Município,

formando uma praia natural de água doce, que possui uma infraestrutura com

churrasqueiras e lanchonete, sendo um local agradável para pescaria.

Lagoa Azul - A Lagoa Azul, localizada no Distrito Elisa, é um balneário que atrai

muitas pessoas não só do Município, mas também da região.

Cachoeira - A Cachoeira do Rio Pacaraí, mesmo não tendo uma infraestrutura

turística é um local bastante frequentado pelas pessoas da região.

Riacho Doce - Localizado no Distrito Eliza.

Ipanema - Localizado no Distrito Eliza.

Pesqueiro Dona Lola - Localizado no Distrito de Eliza.

Pesqueiro Vila Rural - Localizado na Vila Rural I.

2.5 Aspectos Educacionais

O Sistema Educacional Brasileiro compreende três etapas da Educação Básica:

a educação infantil (para crianças de zero a 5 anos), o ensino fundamental (para

alunos de 6 a 14 anos) e o ensino médio (para alunos de 15 a 17 anos).

Municípios e estados devem trabalhar de forma articulada para oferecer o

ensino fundamental. Já o ensino médio, com duração de três anos, é de

responsabilidade dos estados.

O ensino fundamental é obrigatório. Isso significa que toda criança e

adolescente entre 6 e 14 anos deve estar na escola, sendo obrigação do Estado

oferecer o ensino fundamental de forma gratuita e universal, conforme Lei

Federal, nº 9.394 de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação

nacional.

Perfil da população / nível de instrução

Pessoas de 10 anos ou mais de idade, por nível de instrução. A classificação

segundo o nível de instrução foi obtida em função das informações da série e

nível ou grau que a pessoa estava frequentando ou havia frequentado e da sua

conclusão, compatibilizando os sistemas de ensino anteriores com o vigente.

Fonte: IBGE.

83

Gráfico 26 - Perfil populacional e instrução - 2015

Em termos da taxa de escolarização do município de Xambrê, o percentual de

alunos atendidos na faixa de 6 a 14 anos que corresponde o ensino fundamental

está com quase todos os alunos matriculados, no que se refere a pré-escola,

percebe-se que este segmento tem um bom nível de escolarização, porém em

relação ao atendimento de 0 a 3 anos não pode afirmar o mesmo, já que a taxa

de matriculas de crianças dessa faixa etária evidencia que grande parte não foi

matriculada.

As crianças e jovens frequentando ou tendo completado determinados ciclos

indica a situação da educação entre a população em idade escolar do estado e

compõe o IDHM Educação. No município, em 2010 de acordo com o censo, a

proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola é de 89,67%, e a proporção de

crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental é

de 92,09%; a proporção de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental

completo é de 66,65%; e a proporção de jovens de 18 a 20 anos com ensino

médio completo é de 43,78%. Entre 1991 e 2010, essas proporções

aumentaram, respectivamente, em 76,00 pontos percentuais, 44,73 pontos

percentuais, 48,04 pontos percentuais e 36,97 pontos percentuais.

Em 2010, 83,36% da população de 6 a 17 anos do município estavam cursando

o ensino básico regular com até dois anos de defasagem idade-série. Em 2000

eram 87,96% e, em 1991,80,66%.

Dos jovens adultos de 18 a 24 anos, 9,87% estavam cursando o ensino superior

em 2010. Em 2000 eram 6,64% e, em 1991, 0,00%.

84

A População adulta também compõe o IDHM Educação como um indicador de

escolaridade da população adulta, o percentual da população de 18 anos ou

mais com o ensino fundamental completo. Esse indicador carrega uma grande

inércia, em função do peso das gerações mais antigas, de menor escolaridade.

Entre 2000 e 2010, esse percentual passou de 28,83% para 41,78%, no

município, e de 39,76% para 54,92%, na UF. Em 1991, os percentuais eram de

15,21%, no município, e 30,09%, na UF. Em 2010, considerando-se a população

municipal de 25 anos ou mais de idade, 15,64% eram analfabetos, 35,73%

tinham o ensino fundamental completo, 21,91% possuíam o ensino médio

completo e 3,99%, o superior completo. No Brasil, esses percentuais são,

respectivamente, 11,82%, 50,75%, 35,83% e 11,27%.

Gráfico 27 - IDHM Educação - 2015

85

Índice De Desenvolvimento Da Educação Básica - IDEB

Foi fixada a média 6,0 para ser atingida até 2021, utilizando a metodologia do

IDEB como base, observando que esta média foi atingida pelos 20 países

melhores colocados no ranking mundial.

Tabela 8 - Índice De Desenvolvimento Da Educação Básica – IDEB - 2014

Resultados/ Metas 2009 2011 2013

A.I - IDEB (Resultado alcançado Anos Iniciais 4,8 4,8 6,0

A.I – Metas (Resultado projetado pelo MEC para os 4,6 5,0 5,3

Anos Iniciais)

A.F- IDEB (Resultado alcançado Anos Finais) 4,2 4,3 4,6

A.F- Metas (Resultado projetado pelo MEC para os 3,2 4,1 4,5

Anos Finais)

Dados INEP - Elaboração SME - Xambrê

Em 2013, o município obteve como resultado na Prova Brasil – IBEB a nota 6,0

(seis), ultrapassando a meta projetada para 2017

Gráfico 28 - IDEB - Rede Pública - 2015

86

INSTITUIÇÕES DE ENSINO

Na área da Educação, o Município conta com três escolas estaduais, três

municipais, um CMEI e duas Creches.

Tabela 9 - Instituições de Ensino existentes no Município e matriculas, 2015

Denominação Dependência Localização Total deAdministrativa alunos

atendidosCentro Municipal de Educação Municipal Sede 96Infantil São JoséCreche Municipal Menino Municipal Dist.Casa 27Jesus Branca

Creche Municipal Sagrada Municipal Distrito Eliza 40FamíliaEscola Municipal Augusto dos Municipal Distrito Eliza 109Anjos – Educação Infantil eEnsino FundamentalEscola Municipal Castro Alves Municipal Distrito 105– Educação Infantil e Ensino CasaFundamental BrancaEscola Municipal Wallace Municipal Sede 228Thadeu de Mello e SilvaEducação Infantil e EnsinoFundamentalEscola Estadual do Campo Estadual Distrito 98Casa Branca – Ensino CasaFundamental BrancaEscola Estadual do Campo de Estadual Distrito Eliza 77Eliza – Ensino FundamentalColégio Estadual Paulo VI – Estadual Sede 436Ensino Fundamental e MédioFonte: Instituições do município – Elaboração SME –Xambrê - PME

Matrículas

Tabela 10 - Matrículas no ensino regular e a dependência administrativa - 2014

MODALIDADE DE ENSINO ESTADUAL MUNICIPAL Total

Educação infantil (1) - 239 239

Creche - 136 136

Pré-escola - 103 103

Ensino fundamental 342 396 738

87

Ensino médio 229 - 229

TOTAL 571 635 1.206

FONTE: MEC/INEP, SEED-PR - PMENOTA: No ensino fundamental, é incluído as matrículas do ensino de 8 e 9 anos. No ensino médio, asmatrículas do ensino médio regular, do ensino integrado à educação profissional e do ensino normal /magistério. E na educação profissional, as matrículas concomitante e subsequente. (1) A partir de 2013, asoma de Creche e Pré-Escola diferem do total porque está incluído a matrícula unificada (creche e pré-escola juntas).

Docentes

Tabela 11 - Docentes e estabelecimentos de ensino na educação básica – 2013

EDUCAÇÃO BÁSICA DOCENTES (1) ESTABELECIMENTOS

DE ENSINO

Creche 9 3

Pré-escolar 11 4

Ensino Fundamental 54 6

Ensino Médio 24 1

Total 68 9

FONTE: MEC/INEP, SEED-PR - PMENOTA: O total de docentes por município diverge com o total de docentes do Estado a medidaque se aumentam as desagregações da informação, pois um docente pode trabalhar em doismunicípios ou mais, e em duas dependências administrativas ou mais e na zona urbana e rural.(1) Professores (indivíduos) são contados uma única vez em cada município, porém, podematuar em mais de um município, e que estavam em efetiva regência de classe em 29/05/2013.

Recursos Humanos

Em relação ao nível de formação dos docentes que atuam no Ensino

Fundamental e Educação Infantil da rede municipal, que totalizando 55 cargos

distribuídos em 15 docentes com dois cargos e 25 com um cargo os 100% são

profissionais possuem formação específica para o magistério, dos quais 98%

possuem formação em nível superior. Os quatro pedagogos concursados

possuem nível superior habilitação em Pedagogia e Pós-Graduação. Na rede

estadual todos são pós-graduados. Quanto aos demais profissionais de apoio à

educação, a rede estadual é a que possui um contingente com melhor formação

do que a rede municipal, onde ainda é possível encontrar profissionais com o

ensino fundamental incompleto.

88

Indicadores Educacionais

Os indicadores educacionais apresentam o perfil da educação do município

sendo uma fonte de informações para a discussão e proposição de estratégias

para solução desse problema educacional e por meio desses indicadores é

possível acompanhar o desempenho dos alunos. Nesse contexto, apresenta - se

a seguir as taxas de rendimento escolar, distorção idade-série e os índices do

IDEB.

As taxas de rendimento escolar, são calculadas a partir dos dados coletados no

Censo Escolar da Educação Básica e, computam os alunos aprovados e

reprovados ao final de cada ano letivo e, os alunos que deixaram de frequentar

(abandonaram) os estudos no decorrer do ano letivo.

Analisando os dados das redes municipais e estaduais do Ensino Fundamental

nos anos de 2011-2013, percebe-se que os percentuais de aprovação têm

aumentado. A reprovação e evasão são mais elevados na rede estadual, isto é,

nos anos finais.

Tabela 12 - Taxas de rendimento educacionais no Ensino Fundamental 2011-

2013.

TIPO DE Percentuais (%)

ENSINO Aprovação Reprovação Abandono

2011 2012 2013 2011 2012 2013 2011 2012 2013

Fundamental 88,25 89,65 94,3 10,35 8,2 2,5 1,35 2,15 1,2

Anos Iniciais ( 93,1 91,1 96,1 6,9 8,9 3,9 - - -

1º ao 5º ano)

Anos Finais ( 83,4 88,2 92,0 13,8 7,5 5,2 2,7 4,3 2,8

6º ao 9º ano)

Fonte: Ipardes – Mec/Inep, Seed-Pr. Nota:Taxas Calculadas Pelo Inep

Taxa de distorção idade

Permite avaliar a distorção entre a idade dos alunos e o ano (série) que

frequenta em cada nível de ensino. Considerar a idade recomendada para cada

89

série /nível de ensino, verifica-se, uma distorção crescente para os anos finais,

conforme tabela a seguir:

Tabela 13 - Taxas de distorção idade série no Ensino Fundamental - 2015

Tipo de ensino Taxa

2013 2014

Fundamental 12,3 12,1

Anos Iniciais (1º ao 5º ano) 10,2 8,8

Anos Finais (6º ao 9º ano) 14,8 15,8

Fonte: Ipardes – Mec/Inep, Seed-Pr. Nota: Taxas Calculadas Pelo Inep Elaborado pela SME

SISTEMA DE AVALIAÇÃO

IDEB/PROVA BRASIL

O IDEB, que combina fluxo e aprendizagem, é expresso em valores, com metas

projetadas para as instituições para mostrar o andamento dos sistemas de

ensino, em âmbito nacional, nas unidades da Federação e nos municípios.

A Escola Municipal Wallace Thadeu de Mello e Silva, em 2013, obteve a nota

5,9, no IDEB mostrando superação da meta, ultrapassando a meta para 2017 as

outras duas instituições de ensino, não participaram da Prova Brasil por não

atender com a quantidade mínima de alunos matriculados no 5º ano. As escolas

da rede Estadual de ensino avançaram no IDEB, mas não atingiram as metas

projetadas pelo MEC.

Tabela 14 - IDEB´S observados em 2011 - 2013 e metas projetadas das

instituições que ofertam o Ensino Fundamental, 2011 – 2021.

Escolas Municipais IDEB Metas Projetadase Observado

Escolas Estaduais 2011 2013 2011 2013 2015 2017 2019 2021

Escola M. Augusto dos Anjos *** *** 5,4 5 5,6 5,9 6,1 6,4 6,6E.I e E.FEscola M. Castro Alves E.I e 4,6 *** 4,3 4,5 4,8 5,1 5,4 45,7E.FEscola M. Wallace Thadeu 4,8 5,9 5,0 5,2 5,5 5,8 6,1 6,3de Mello e Silva E.I e E.FEscola Est. do Campo de E. 3,9 4,2 4,9 5,2 5,5 5,7 5,9 6,2F de Casa Branca 3,9 4,2 4,95,2 5,5 5,7 5,9 6,2

90

Escola Est. do Campo de E.F 4,0 *** 4,7 5,0 5,3 5,5 5,8 6,0de ElizaColégio Estadual Paulo VI 4,0 4,3 4,1 4,5 4,8 5,1 5,3 5,6EF EMFonte: INEP (Consulta no site www.inep.gov.br, em março de 2015) - PME*** Sem média na prova Brasil. Não participou por não atender os requisitos necessários com aquantidade de alunos.

ENSINO MÉDIO

O Ensino Médio é ofertado no Município pela rede estadual de ensino, no

Colégio Estadual Paulo VI.

O Ensino Médio, por constituir a etapa final da educação básica, tende a

acumular problemas derivados das etapas anteriores. Os seus indicadores de

eficiência são sensivelmente piores que os do Ensino Fundamental, ou seja, é

nesta etapa que verificam-se as maiores taxas de abandono e de evasão, maior

defasagem idade-série, maiores taxa de repetência e reprovação, menores taxas

de promoção e de conclusão e menor taxa de atendimento escolar. Por isso, o

avanço em direção à sua universalização não depende apenas do sucesso que

esse nível de ensino possa propiciar aos educandos, mas também das

condições que determinam as chances de sucesso das trajetórias escolares

anteriores que conduzem até o Ensino Médio.

Além deste nível de ensino atender uma população de jovens que se encontram

num período de vida de muitas incertezas e indefinições, enfrentando muitas

vezes, dadas as circunstâncias diferenciadas de vida, responsabilidades

relacionadas às suas necessidades de sobrevivência e às de seus familiares,

outros fatores como as dificuldades de financiamento e as condições

inadequadas das instituições de ensino, tendem a influenciar negativamente no

rendimento escolar destes alunos.

O Colégio Estadual Paulo VI aderiu no período noturno ao Programa Ensino

Médio Inovador- ProEMI, instituído pela Portaria nº 971, de 9 de outubro de

2009, que integra as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE,

como estratégia do Governo Federal para induzir a reestruturação dos currículos

do Ensino Médio, com o objetivo de apoiar e fortalecer o desenvolvimento das

propostas curriculares inovadoras nas escolas de ensino médio, buscando

91

garantir a formação integral com a inserção de atividades que tornem o currículo

mais dinâmico, atendendo também as expectativas dos estudantes

Indicadores Educacionais

De acordo com os dados do rendimento escolar, no período de 2010 a 2013, é

possível verificar que os indicadores de eficiência do Ensino Médio permanecem

ainda abaixo dos níveis desejados, uma vez que as taxas de reprovação e

abandono atingiram índices elevados de acordo com dados a seguir.

Tabela 15 - Rendimento escolar (taxa de aprovação, reprovação e abandono)

dos alunos do Ensino Médio regular, 2010 – 2013

Ano Aprovado (%) Reprovado (%) Abandono (%)

2010 77,9 2,43 19,66

2011 68,1 15,36 16,54

Fonte: ideb.mec.goc/relatórios – IPARDES - (Organização SME - Xambrê) - PMENOTA: Taxas calculadas pelo INEP.

Tabela 16 - Taxa de distorção idade série do ensino médio - 2015Tipo de ensino Ano Taxa (%)

Médio 2013 25,9

Médio 2014 19,7

Fonte: Mec/Inep, Seed-Pr Nota: Taxas calculadas pelo INEP. (Organização SME – Xambrê) - PME

Em nenhum outro nível de ensino da educação básica, a escola está tão distante

de atender às expectativas dos seus alunos. Por isso, tão importante quanto

ampliar as oportunidades de acesso no Ensino Médio, é melhorar as condições

de permanência na escola, propiciando aos educandos a oportunidade de

cumprir uma trajetória escolar bem-sucedida.

Com o objetivo de mudar a situação do Ensino Médio que é preocupante no

município, estado e Brasil, foi criado a nível nacional o Pacto Nacional pelo

Fortalecimento do Ensino Médio que foi regulamentado pela Portaria Ministerial

Nº 1.140, de 22 de novembro de2013. Através dele, o Ministério da Educação e

as secretarias estaduais e distrital de educação, assumem o compromisso pela

92

valorização da formação continuada dos professores e coordenadores

pedagógicos que atuam no ensino médio público, nas áreas rurais e urbanas.

Os alunos são motivados a participarem de avaliações externas, como o Exame

Nacional do Ensino Médio (ENEM). Muitos destes alunos ingressam no ensino

superior com notas obtidas através do ENEM, motivando outros concluintes do

ensino médio para a participação nas avaliações do citado exame

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Índice de analfabetismo no Município

O índice de analfabetismo no município de Xambrê ainda é um fator de

preocupação por parte do Poder Público Municipal, a taxa de analfabetismo do

município, conforme dados do Censo Demográfico de 2010, na população de 15

anos ou mais era de 12,86% e na população com mais de 50 anos concentra o

maior índice de analfabetismo.

Tabela 17 - Taxa de Analfabetismo segundo faixa etária - 2010

Faixa etária (anos) Taxa (%)De 15 ou mais 12,86De 15 a 19 0,85De 20 a 24 2,15De 25 a 29 2,40De 30 a 39 5,13De 40 a 49 7,34De 50 e mais 27,76

FONTE: IBGE - Censo Demográfico - PMENOTA: Foi considerado como analfabetas as pessoas maiores de 15 anos que declararam não serem capazes de ler e escrever um bilhete simples ou que apenas assinam o próprio nome, incluindo as que aprenderam a ler e escrever, mas esqueceram.

As aulas para o EJA do Ensino Fundamental Anos Iniciais acontecem na Escola

Municipal Wallace Thadeu de Mello e Silva, que apresenta um bom espaço

físico. Além disso, a Escola também possui sala de informática acessível aos

alunos, biblioteca para pesquisas, material didático disponível e merenda

escolar.

93

O EJA do Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio acontece no Colégio

Estadual Paulo VI, com estrutura física e administrativa de acordo com as

exigências legais.

Os profissionais que atuam na EJA são capacitados através de cursos ofertados

pela Secretaria de Estado da Educação (SEED) e pelo Município.

O material utilizado na EJA é elaborado pelo próprio professor baseado em

material enviado pela SEED e pela SECAD (Secretaria de Educação

Continuada, Alfabetização e Diversidade), do Governo Federal, material esse

que corresponde à realidade do aluno, atendendo às expectativas tanto do aluno

quanto do professor.

A Proposta Pedagógica da EJA é elaborada pela equipe pedagógica e pelos

professores, além de ser readequada periodicamente.

Para atendimento aos alunos da EJA existem parcerias com outras secretarias

municipais como, Secretaria da Saúde e a da Ação Social.

No ano de 2015 foram atendidos 36 alunos

Educação Especial

O município de Xambrê não possui uma entidade especializada em atender a

população com necessidades educacionais especiais.

Diante da perspectiva do respeito e atendimento à diversidade que constituem

em premissas básicas, o município precisa de fato implementar para ter um

sistema educacional inclusivo, faz-se necessário adotar algumas medidas, pois a

exigência veemente da sociedade não só visa à consolidação de escolas

inclusivas, mas, acima de tudo, à concretização de uma educação que garanta a

todas as pessoas o acesso não só a uma escolarização que promova o

atendimento à diversidade, mas, acima de tudo, que contemple o atendimento à

vida em sua totalidade. Dentre elas a oferta de atendimento educacional

especializado em instituições próprias, bem como apoio de especialistas em

diversas áreas da saúde em centros de atendimento especializado, por esses

94

motivos o município de Xambrê, firma parceria com a Associação de Pais e

Amigos dos Excepcionais (APAE) da cidade de Pérola, para onde são

deslocados os alunos que necessitam deste tipo de atendimento. Ao todo, a

escola atende 20 alunos, sendo 11 no período da manhã e 09 no período da

tarde.

Os alunos que possuem condições de frequentar o ensino regular são atendidos

na Escola Municipal Wallace Thadeu de Mello e Silva por meio de salas de

recursos multifuncionais.

O transporte escolar é ofertado por meio de ônibus adaptado.

Financiamento da rede municipal de ensino

A rede municipal de ensino de Xambrê teve início em 1961. Atendendo os

dispositivos constitucionais com a aprovação da Emenda Constitucional 14 e a

nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a Prefeitura Municipal

passou a investir no Ensino Fundamental e na Educação Infantil.

No entanto, não basta ter escolas, é importante que o ensino ministrado seja de

qualidade. Para isso, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal, desenvolve

programas suplementares de atendimento ao aluno, como fornecimento de

material escolar para todos aqueles que não têm condições financeiras para

adquiri-los, tem realizado investimento sem equipamentos, materiais, reformas e

construções de salas de aulas principalmente nas instituições que atendem a

Educação Infantil.

Entende-se que a educação, tanto no passado quanto na atualidade exige uma

atenção especial, bem como habilidade e competência para gerir tanto as ações

pedagógicas quanto as financeiras. Assim, a Prefeitura Municipal, através da

Secretaria de Educação em parceria com o Governo Federal tem assumido o

compromisso de manter a qualidade do ensino, também por meio dos

Programas que ajudam melhorar a qualidade da educação: Bolsa-Família;

Programa Nacional de Alimentação Escolar; PNLD – Programa Nacional do

95

Livro Didático; PAR-Plano de Ações Articulada; PNAT- Programa Nacional do

Transporte Escolar; PNAE- Programa Nacional da Alimentação Escolar; PNAIC

– Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa; PDDE; Salário Educação e

outros.

Como o investimento na qualidade não pode se limitar aos recursos físicos e

materiais, outras ações têm sido implementadas visando oferecer às instituições

de ensino condições para executar os seus planos educacionais e para que os

professores possam realizar um bom trabalho. As escolas são incentivadas a

elaborar os seus próprios projetos educacionais e os professores e demais

funcionários participam de programas de atualização profissional.

Desta forma, a administração municipal, vem aplicando em educação,

anualmente, um índice superior aos 26% da receita resultante de impostos

previstos em lei, como mostramos dados da Tabela 15.

Em conformidade com o art. 70 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional, o município despendeu, efetivamente, no exercício financeiro de 2011

- 2014, essas aplicações, tendo por base as despesas liquidadas, das receitas

tributárias, compreendidas nas transferências constitucionais

Quanto aos recursos do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da

Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação), a legislação

prevê que, dos recursos a ele destinados, no mínimo 60% devem ser gastos

com o pagamento dos profissionais do magistério. No Município, têm-se um

gasto com a folha de pagamento destes profissionais, em torno de 80% nos dois

últimos anos, conforme tabela a seguir:

Tabela 18 - Indicadores das aplicações das receitas na educação, 2011 a 2014

Indicador 2011 2012 2013 2014Aplicação das receitas de impostos e 27% 27,25% 26,11% 26,73%transferências vinculadas à educação emMDE (mínimo de 25%)

Aplicação do FUNDEB na remuneração 61,65% 65,95% 84,99% 82,13%dos profissionais do magistério (mínimode 60%)

96

Aplicação do FUNDEB em despesas com 34,97% 28,91% 12,09% 17,53%MDE, que não remuneração domagistério (máximo 40%).Receitas do FUNDEB não aplicadas no 3,36% 5,33% 2,92% 0,34%exercício (máximo 5%).Fonte: www.fnde.gov.br/siope/indicadores Financeiros Educacionais - PME

As transparências na gestão dos recursos financeiros estão asseguradas com

acompanhamento, controle, avaliação e fortalecimento das instâncias de

controle interno e externo, órgãos de gestão do sistema de ensino, como os

conselhos deliberativos, dentre eles: Conselho do FUNDEB e Conselho da

Alimentação Escolar, cuja competência deve ser ampliada, de forma a alcançar

todos os recursos destinados à Educação.

O acompanhamento e o controle social da aplicação dos recursos vinculados à

Educação, é exercido no Município por meio de dois órgãos colegiados: o

Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB e o

Conselho de Alimentação Escolar (CAE) e os demais colegiados como:

Conselho Municipal de Educação (CME) e Comitê Transporte Escolar.

2.6 Aspectos de Saúde

Os dados do Ministério da Saúde são importantes para diagnosticar a situação

da área no seu município. No tocante à mortalidade infantil, não existem dados

disponíveis para o seu município, ao passo que no Estado o número de óbitos

infantis foi de 1.765 crianças e a taxa de mortalidade infantil foi de 11,57

crianças a cada mil nascimentos.

97

Gráfico 29 - Mortalidade infantil - 2015

Esperança de vida ao nascer

Número médio de anos que um indivíduo viverá a partir do nascimento,

considerando o nível e estrutura de mortalidade por idade observados naquela

população.

Para o cálculo da esperança de vida ao nascer leva-se em consideração não

apenas os riscos de morte na primeira idade, mortalidade infantil, mas para todo

o histórico de mortalidade de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos.

Sendo uma síntese da mortalidade ao longo de todo o ciclo de vida dos

indivíduos, a esperança de vida é o indicador empregado para mensurar as

dimensões humanas no índice de desenvolvimento, qual seja, direito a uma vida

longa e saudável. Isso porque, em cada um dos grupos etários os indivíduos

estão sujeitos a diferentes riscos de mortalidade, estabelecendo distintas causas

principais de mortalidade.

Fonte: PNUD.

98

Gráfico 30 - Esperança de vida ao Nascer - 2015

No que concerne à morbidade hospitalar, as 5 (cinco) principais causas de

internação são as listadas no gráfico abaixo:

Gráfico 31 - Distribuição das 5 principais causas de morbidade hospitalar - 2012

Além da morbidade hospitalar, é importante, também, assinalar as principais

causas externas de óbito relatadas pelo município. De acordo com o Censo

Demográfico 2010, o total da população de 15 a 29 anos era de 1.354

indivíduos, sendo que 06 faleceram em função de eventos e/ou causas externas.

Quando analisamos de maneira mais detida essas informações, notamos que as

causas de morte variam por município. No município, as 3 (três) principais

99

causas externas de óbito dos indivíduos na faixa etária de 15 a 29 anos são, de

acordo com dados do Ministério da Saúde, as que seguem no gráfico a seguir,

tomando por base os anos de 2005 e 2010:

Gráfico 32 - Distribuição das 3 principais causas externas de óbito por tipo de

causa - 2010

Tabela 19 - Óbitos em menores de 1 ano e em menores de 5 anos segundotipos de doença (Capítulos do CID10 (1)) - 2014

TIPOS DE DOENÇAS Capítulo De 1 Ano De 5menores menores Anos

Algumas afecções originadas no XVI 01 01período perinatalMalformação congênita, deformidades, XVII 0 01anomalias cromossômicas

TOTAL DE ÓBITOS 1 02FONTE: Datasus, SESA-PRNOTA: Não incluído os casos de local ignorado. Dados sujeitos a revisão pela fonte. Para o ano de 2014, osdados são preliminares. Posição, no site do Datasus, 23 de dezembro de 2015.(1) Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, 10ª RevisãoInternacional de Doenças (CID10).

Tabela 20 - Atenção básica à saúde para crianças menores de 2 anos – 2015ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE NÚMERO

Número de crianças pesadas 936mero de crianças desnutridas 9

FONTE: MS/SIABNOTA: Posição dos dados, no site do Datasus, 15 de março de 2016.

100

Tabela 21 - Número de estabelecimentos de saúde segundo o tipo de

estabelecimento - 2015

TIPO DE ESTABELECIMENTO NUMERO

Centro de saúde / Unidade básica de saúde 1

Posto de saúde 3FONTE: MS/CNESNOTA: Situação da base de dados nacional em 25 de fevereiro de 2016.Dados sujeitos a retificação. Posição dos dados, no site do Datasus, 7 de abril de 2016. Posiçãoem dezembro.(1) A soma por tipo de estabelecimentos, não representa o total, em razão de não estar sendoconsiderados todos os tipos, mas a sua maioria (aproximadamente 95%).

Abaixo segue informações da Secretaria de Estado de Saúde, com

levantamento de dados referentes os anos de 2008 a 2012.

Gráfico 33 - Números de óbitos por causas em menores de 5 anos - 2012

Tabela 22 - Número de Nascidos Vivos, por município e região de saúde -

Paraná - 2008 a 2012

Município 2.008 2.009 2.010 2.011 2.012

Xambrê 68 69 59 71 64

Tabela 23 - Número de nascidos vivos de baixo peso, < 2500 mg, por região de

saúde e municípios, Paraná - 2008 a 2012

101

Município 2.008 2.009 2.010 2.011 2.012

Xambrê 5 6 3 5 6

Tabela 24 - Proporção de nascidos vivos de baixo peso < 2500 mg, por região

de saúde e municípios, Paraná - 2008 a 2012

Município 2.008 2.009 2.010 2.011 2.012

Xambrê 7,35 8,70 5,08 7,04 9,38

Tabela 25 - Número de partos cesáreos, por região de saúde e município,

Paraná - 2008 a 2012

Município 2.008 2.009 2.010 2.011 2.012

Xambrê 46 39 36 45 46

Tabela 26 - Proporção de partos cesáreos, por região de saúde e município,

Paraná - 2008 a 2012

Município 2.008 2.009 2.010 2.011 2.012

Xambrê 67,65 56,52 61,02 63,38 71,88

Tabela 27 - Tipo de Estabelecimentos de Saúde da 12ª Regional de Saúde -

2012

Posto de Saúde 03

Centro de Saúde/Unidade Básica 01

Secretaria de Saúde 01

Tabela 28 - Informações de cobertura populacional na APS e sobre capacidade

instalada - 2012

População estimativa 5975IBGE 2012Agentes Comunitários de Implantados 12Saúde Proporção de cobertura populacional 100

estimadaEquipe de Saúde da Implantados 2Família Proporção de cobertura populacional 100

estimadaCobertura populacional 100estimada pelas Equipes

102

ABEquipe de Saúde Bucal ESB I 1

ESB II 0Cobertura populacional estimada 58,09pelas Equipes ESB- Mod. I e II

Cobertura populacional 49,90das equipes de saúdebucal na APS

Tabela 29 - Despesa total, saúde por habitante, segundo os municípios do

Paraná - 2011/2013

Município 2011 2012 2013

Xambrê 923,14 939,51 899,19

Despesa Total - Saúde Municípios por Habitante/2015

Tabela 30 - Taxa de mortalidade (Coeficiente de mortalidade) - 2014

Taxa(Coeficiente) de Mortalidade Taxa Unidade

Mortalidade infantil 13,70 mil nascidos vivos

Mortalidade em menores de 5 anos 27,40 mil nascidos vivos

Mortalidade materna - mil nascidos vivos

Mortalidade geral 9,92 mil nascidos vivos

FONTE: MS-Datasus, SESA-PRNOTA: Dados sujeitos a revisão pela fonte. Posição, no site do Datasus, 23 de dezembro de 2015.

Taxa de mortalidade geral

Número de óbitos, expresso por mil habitantes, ocorridos na população geral,

em determinado período.

Taxa de Mortalidade Geral = (Óbitos Gerais / População) x 1000

Fonte: IBGE / DATASUS.

103

Gráfico 34 - Taxa de Mortalidade geral - 2013

Taxa de mortalidade em menores de 1 ano.

A mensuração é feita pela taxa ou coeficiente de mortalidade infantil, que

relaciona o número de mortes infantis, por mil nascidos vivos, na população

residente em determinado espaço geográfico no período considerado.

Fonte: DATASUS.

Gráfico 35 - Taxa de Mortalidade em menores de 1 ano de idade - 2013

Óbitos segundo tipos de doença em menores de 1 ano

Cap I - Algumas Doenças Infecciosas e Parasitárias

Cap II - Neoplasias (Tumores)

Cap III - Doenças do Sangue, Órgãos Hematopoéticos e Transtornos Imunitários

Cap IV - Doenças Endócrinas, Nutricionais e Metabólicas

Cap VI - Doenças do Sistema Nervoso

Cap VII - Doenças do Olho e Anexos

Cap VIII - Doenças do Ouvido e da Apófise Mastóide

Cap IX - Doenças do Aparelho Circulatório

Cap X - Doenças do Aparelho Respiratório

Cap XI - Doenças do Aparelho Digestivo

104

Cap XII - Doenças da Pele e do Tecido Celular Subcutâneo

Cap XIII - Doenças do Sistema Osteomuscular e do Tecido Conjuntivo

Cap XIV - Doenças do Aparelho Geniturinário

Cap XVI - Algumas Afecções Originadas no Período Perinatal

Cap XVII - Malformação Congênita, Deformidades, Anomalias Cromossômicas

Cap XVIII - Sintomas, Sinais e Achados Anormais de Exames Clínicos e de

Laboratório, não Classificados em Outra Parte

Cap XX - Causas Externas de Morbidade e Mortalidade

Fonte: IPARDES.

Gráfico 36 - Taxa de óbitos menores de 1 ano de idade - 2015

Taxa de mortalidade em menores de 5 anos de idade

Número de óbitos de menores de cinco anos de idade, por mil nascidos vivos, na

população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.

Fonte: DATASUS

105

Gráfico 37 - Taxa de óbitos menores de 5 anos de idade - 2015

Números de óbitos por causa evitáveis em menores de 5 anos

As mortes por doenças evitáveis são as redutíveis por: ações de imunização;

atenção à mulher na gestação; adequada atenção à mulher no parto; adequada

atenção ao recém-nascido; ações adequadas de diagnóstico e tratamento;

ações adequadas de promoção à saúde, vinculadas a ações adequadas de

atenção à saúde; e através de parcerias com outras áreas.

Fonte: SIM / DATASUS.

Gráfico 38 - Números de óbitos por causas evitáveis em menores 5 anos de

idade - 2015

106

Números de óbitos maternos

Morte materna, segundo a 10ª Revisão da Classificação Internacional de

Doenças (CID-10), é a morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias

após o término da gestação, independente da duração da gravidez, devida a

qualquer causa relacionada com ou agravada pela gravidez ou por medidas em

relação a ela, porém não devida a causas acidentais ou incidentais.

Fonte: SVS / SIM / DATASUS.

Gráfico 39 - Números de óbitos maternos - 2015

Taxa de mortalidade materna

Número de óbitos femininos por causas maternas, por 100 mil nascidos vivos,

em determinado espaço geográfico, no ano considerado.

Fórmula: (n.º de óbitos de mulheres residentes, por causas ligadas a gravidez,

parto e puerpério / n.º de nascidos vivos de mães residentes) x 100.000

Fonte: DATASUS.

Gráfico 40 - Taxa de mortalidade materna - 2015

107

Nascidos vivos de mães com mais de 7 consultas de acompanhamento

pré-natal

O número de gestantes é estimado pelo número de nascidos vivos. O indicador

utilizado corresponde ao porcentual de gestantes com mais de sete consultas de

acompanhamento pré-natal, em relação ao total de gestantes, na população

residente em determinado espaço geográfico, no período considerado.

Fonte: DATASUS

Gráfico 41 - Nascidos vivos de mães com mais de 7 consultas de pré-natal -

2015

Percentual de crianças menores de 1 ano com vacinação em dia.

Estima a proporção da população infantil, menor de 1 ano, imunizada de acordo

com o esquema vacinal preconizado pelo Programa Nacional de Imunização

(PNI).

Devem ser considerados os seguintes tipos de vacinas e respectivo esquema,

de acordo com o período de análise:

- Tetravalente (contra difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções

pela bactéria haemophilus influenzae tipo b), 3 doses em menores de 1 ano;

- Poliomielite oral, 3 doses em menores de 1 ano;

- Tuberculose – BCG, 1 dose em menores de 1 ano;

- Hepatite B, 3 doses em menores de 1 ano.

Fonte: DATASUS.

108

Gráfico 42 - Percentual de crianças menores de ano com vacinação em dia -

2015

Análise:

A equipe de saúde do município Xambrê, se preocupa em imunizar toda a

população dando ênfase a crianças menores de cinco anos, por que é através

da imunização nessa faixa etária que muitas doenças são evitadas.

Faz também busca ativa mensal das crianças faltosas com a equipe de

Estratégia Saúde da Família, fazendo valer o direito da criança em ser vacinada,

realiza campanhas, e orientações diárias nas unidades básicas de saúde.

Programas e ações

As Unidades Básicas de Saúde em conjunto com o NASF desenvolvem vários

Programas e ações voltadas às crianças e adolescentes. Entre elas podemos

citar:

Programa Saúde na Escola (PSE)

Este programa une as políticas de Saúde e de Educação voltadas às crianças e

adolescentes da educação pública. O objetivo é promover o desenvolvimento

pleno desse público. O Programa Saúde na Escola - PSE contribui para o

fortalecimento de ações de enfrentamento das vulnerabilidades que

comprometem o pleno desenvolvimento dessa parcela da população.

Rede Cegonha

A Rede Cegonha é uma estratégia que estrutura e organiza a atenção à saúde

no Brasil para ampliar e garantir o acesso das mulheres adultas, jovens e

adolescentes e das crianças aos serviços de saúde e ofertar uma atenção

109

integrada, qualificada e resolutiva, favorecendo as práticas de saúde quedefendam e protejam a vida. Para atender às singularidades e especificidadesdas demandas em saúde de adolescentes, a Rede Cegonha assume como umade suas metas a promoção do acolhimento e atendimento qualificado ehumanizado nas ações de promoção, proteção e recuperação da saúde sexual eda saúde reprodutiva de adolescentes. Assim, a Rede Cegonha contemplaações específicas para essa população nos seus componentes: Pré‐natal, Partoe Nascimento, Puerpério e Atenção à Saúde da Criança, além do PlanejamentoReprodutivo.

Atenção à Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva

Atenção à Saúde Sexual e Saúde reprodutiva com:

01) Educação em sexualidade realizando ações educativas junto a adolescentes

e jovens, abordando as diferentes maneiras de vivenciar a sexualidade. O

orientando assim quanto aos seus direitos e possibilidades para que as escolhas

sejam mais saudáveis e responsáveis.

02) Acesso facilitado a métodos contraceptivos: é importante que adolescentes e

jovens recebam orientações e esclarecimentos sobre todos os métodos

anticoncepcionais disponíveis, inclusive os naturais e a anticoncepção de

emergência, para que possam fazer escolhas livres, de acordo com seu projeto

de vida.

Dengue - Número de Agentes de Controle de Endemias

As Diretrizes Nacionais do Ministério da Saúde para Prevenção e Controle de

Epidemias de Dengue preconizam como ideal a disponibilidade de um agente

para cada 800 a 1.000 imóveis, correspondendo a um rendimento diário de 20 a

25 imóveis/dia.

Os municípios são categorizados em dois estratos, em função da presença ou

não do vetor Aedes aegypti ou Aedes albopictus.

• Municípios infestados - aqueles com disseminação e manutenção do vetor nos

domicílios.

110

• Municípios não infestados, aqueles em que não foi detectada a presença

disseminada do vetor nos domicílios ou, nos municípios anteriormente

infestados, que permanecerem 12 meses consecutivos sem a presença do vetor,

de acordo com os resultados do levantamento de índice bimestral ou do

monitoramento por intermédio de armadilha, conforme normas técnicas.

No estado do Paraná, se o município estiver caracterizado como infestado, é

necessário um Agente de Controle de Endemias para cada 800 imóveis. Caso o

município esteja caracterizado como não infestado, torna-se necessário um

Agente de Controle de Endemias para cada 1600 imóveis.

Fonte: CAOP de Proteção à Saúde Pública.

Gráfico 43 - Número de agentes de controle de endemias - 2012

Dengue

DSA - Dengue com Sinais de Alarme / DG - Dengue Grave

Para acessar o Boletim da Dengue completo acesse:

http://www.dengue.pr.gov.br

Fonte: SVS / SESA.

111

Gráfico 44 - Casos confirmados de dengue - 2016

Chikungunya e Zika Vírus

Informe técnico 15 - Período 2015/2016 - Semana 31/2015 a 10/2016.

Atualizado em 17/03/2016 às 17h 35min.

Para acessar o Boletim da Dengue completo acesse:

http://www.dengue.pr.gov.br

Fonte: SVS / SESA.

Gráfico 45 - Casos confirmados Chikungunya - 2016

Despesa Total - Saúde / Habitante

Representa o gasto médio com saúde, sob responsabilidade do Município, por

112

habitante.

Fonte: SIOPS / DATASUS.

Gráfico 46 - Despesas total da saúde - 2015

Para maiores informações sobre programas, acesse o Relatório Gerencial com InformaçõesEstratégicas, disponibilizado pelo Ministério da Saúde, no seguinte link:http://189.28.128.178/sage/sistemas/relatorio/index.php

Recursos Humanos - Área da Saúde

Relata o nº de médicos, anestesistas, cirurgiões gerais, clínicos gerais, gineco-

obstretas, médicos de família, pediatras, psiquiatras, radiologistas, cirurgiões

dentistas, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas,

farmacêuticos, assistentes sociais, psicólogos, auxiliares de enfermagem e

técnicos de enfermagem, em determinado período.

Fonte: DATASUS / CNES.

Gráfico 47 - Recursos Humanos - Área da Saúde - 2015

113

Figura 11 - Atividades com hipertensos e diabéticos - 2016

2.7 Aspectos Sociais

Assistência Social

A assistência social, política pública não contributiva, é dever do Estado e direito

de todo cidadão que dela necessitar. Entre os principais pilares da assistência

social no Brasil estão a Constituição Federal de 1988, que dá as diretrizes para

a gestão das políticas públicas, e a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), de

1993, que estabelece os objetivos, princípios e diretrizes das ações.

A Loas determina que a assistência social seja organizada em um sistema

descentralizado e participativo, composto pelo poder público e pela sociedade

civil. A IV Conferência Nacional de Assistência Social deliberou, então, a

implantação do Sistema Único de Assistência Social (Suas).

O Suas organiza a oferta da assistência social em todo o Brasil, promovendo

bem-estar e proteção social a famílias, crianças, adolescentes e jovens, pessoas

com deficiência, idosos – enfim, a todos que dela necessitarem.

Benefícios Assistenciais

Os Benefícios Assistenciais no âmbito do Sistema Único de Assistência Social –

SUAS são prestados de forma articulada às demais garantias, o que significa um

trabalho continuado com as famílias atendidas, com o objetivo de incluí-las nos

serviços previstos, além de promover a superação das situações de

vulnerabilidade. Os Benefícios Assistenciais se dividem em duas modalidades

114

direcionadas a públicos específicos: o Benefício de Prestação Continuada – BPC

e os Benefícios Eventuais.

O BPC garante a transferência mensal de um salário mínimo ao idoso, com

idade de 65 anos ou mais, e a pessoa com deficiência, de qualquer idade

incapacitada para a vida independente e para o trabalho, que comprove não

possuir meios de prover a própria manutenção, nem tê-la provida por sua

família.

No município são oferecidos auxílio funeral, natalidade e atendimentos em

situações de calamidade ou emergenciais (passagens rodoviárias

intermunicipais e interestaduais, cesta básica, segunda via de documentos

pessoais e materiais de construção, podendo atender crianças e adolescentes.

A média de atendimento ano é de 240 benefícios.

No caso do BPC a renda mensal familiar per capta deve ser inferior a ¼ do

salário mínimo vigente; enquanto que nos Benefícios Eventuais a renda mensal

familiar per capta deve ser de até ½ salário mínimo vigente.

O acesso aos Benefícios é um direito do cidadão. Deve ser concedido primando-

se pelo respeito à dignidade dos indivíduos que deles necessitem. Todo o

recurso financeiro do BPC provém do orçamento da Seguridade Social que é

repassado ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A prestação e o

financiamento dos Benefícios Eventuais estão na esfera de competência dos

municípios, com responsabilidade de cofinanciamento pelos estados.

No caso do BPC, os usuários do município de Xambrê são acolhidos no CRAS e

encaminhados a Agência do INSS de Umuarama. Os Benefícios totalizam hoje

90 deficientes, 23 idosos.

Tanto o BPC quanto os Benefícios Eventuais precedem de avaliação e

encaminhamento do Assistente Social.

115

Gestão de Programas de Transferência de Renda

O Processo de implantação dos Programas de Transferência de Renda no Brasil

iniciou-se em 1995. Em 2004, com a criação do Ministério do Desenvolvimento

Social e Combate à Fome – MDS determinou o aumento significativo nos

investimentos em políticas de proteção, assistência e desenvolvimento social,

que se traduz em programas de transferência de renda, segurança alimentar e

nutricional e inclusão produtiva.

Os programas de transferência de renda orientam-se pela perspectiva de

contribuir para a inclusão social das famílias em situação de extrema pobreza.

Considera-se aqui, como política estruturante, que inclusive demanda a

expansão e a democratização de serviços sociais.

Com o intuito de atender a esta parcela da população o município executa sua

parte de gestão municipal dos programas Bolsa Família, do Governo Federal e

Programa Família Paranaense, do Governo Estadual.

Cabe a ele identificar, cadastrar e acompanhar as famílias elegíveis aos critérios

dos mesmos.

Programa Bolsa Família

O Programa Bolsa Família – PBF é um Programa de transferência direta de

renda com condicionalidades, que beneficia famílias em situação de pobreza

(com renda mensal de 00 a ½ salário mínimo.

O PBF integra a estratégia Fome Zero, que tem o objetivo de assegurar o direito

humano a alimentação adequada, promovendo a segurança alimentar e

nutricional e contribuindo para a erradicação da extrema pobreza e para a

conquista da cidadania pela parcela da população mais vulnerável à fome.

Dispõe de benefícios financeiros, definidos pela Lei nº 10.836/2004, que são

transferidos mensalmente ás famílias beneficiárias. As informações cadastrais

das famílias são mantidas no Cadastro Único para programas sociais, e para

116

receber o benefício é levado em consideração a renda mensal per capta da

família e também o número de crianças e adolescentes até 17 anos e 11 meses.

O meio de identificação do beneficiário é o Cartão Social Bolsa Família. O cartão

é magnético e personalizado, emitido para o responsável familiar. É utilizado

para o saque integral dos benefícios em toda a rede da Caixa Econômica

Federal. O CRAS realiza o atendimento das famílias.

O Cadastro Único permite conhecer a realidade socioeconômica dessas

famílias, trazendo informações de todo o núcleo familiar, das características do

domicílio, das formas de acesso a serviços públicos essenciais e, também,

dados de cada um dos componentes da família.

O Governo Federal, por meio de um sistema informatizado, consolida os dados

coletados no Cadastro Único. A partir daí o poder público pode formular e

implementar políticas específicas, que contribuem para a redução das

vulnerabilidades sociais a que essas famílias estão expostas.

O Cadastro Único é coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e

Combate à Fome (MDS), devendo ser obrigatoriamente utilizado para seleção

de beneficiários de programas sociais do Governo Federal, como o Bolsa

Família.

No Município de Xambrê/PR, o total de famílias inscritas no Cadastro Único em

março de 2016 era de 861 dentre as quais:

com renda per capita familiar de até R$ 150,00;

O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa de transferência condicionada

de renda que beneficia famílias pobres e extremamente pobres, inscritas no

Cadastro Único. O PBF beneficiou, no mês de junho de 2016, 166 famílias,

representando uma cobertura de 48,8 % da estimativa de famílias pobres no

município. As famílias recebem benefícios com valor médio de R$ 142,42 e o

117

valor total transferido pelo governo federal em benefícios às famílias atendidas

alcançou R$ 23.642,00 no mês.

Em relação às condicionalidades, o acompanhamento da frequência escolar,

com base no bimestre de março de 2016, atingiu o percentual de 90,9%, para

crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos, o que equivale a 189 alunos

acompanhados em relação ao público no perfil equivalente a 208. Para os jovens

entre 16 e 17 anos, o percentual atingido foi de 84,0%, resultando em 21 jovens

acompanhados de um total de 25.

Já o acompanhamento da saúde das famílias, na vigência de dezembro de

2015, atingiu 83,5 %, percentual equivale a 177 famílias de um total de 212 que

compunham o público no perfil para acompanhamento da área de saúde do

município.

Quantidade de crianças, adolescentes e jovens, de 6 a 17 anos,

acompanhados na frequência escolar - Bolsa Família

Fonte: MDS – Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Gráfico 48 - Porcentual Crianças e adolescentes de 6 a 15 anos com

acompanhamento escolar - 2015

118

Famílias totalmente acompanhadas nas condicionalidades de saúde -

Bolsa Família

Fonte: MDS – Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Gráfico 49 - Porcentual de Famílias acompanhadas nas condicionalidades de

Saúde - 2015

Beneficiários do Benefício de Prestação Continuada - BPC

O BPC é um benefício da Política de Assistência Social, que integra a Proteção

Social Básica no âmbito do Sistema Único de Assistência Social – SUAS e para

acessá-lo não é necessário ter contribuído com a Previdência Social. É um

benefício individual, não vitalício e intransferível, que assegura a transferência

mensal de 1 (um) salário mínimo ao idoso, com 65 (sessenta e cinco) anos ou

mais, e à pessoa com deficiência, de qualquer idade, com impedimentos de

longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em

interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva

na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Em ambos os

casos, devem comprovar não possuir meios de garantir o próprio sustento, nem

tê-lo provido por sua família. A renda mensal familiar per capita deve ser inferior

a ¼ (um quarto) do salário mínimo vigente.

Fonte: SAGI / MDS / Data Social.

119

Gráfico 50 - Beneficiários do Benefício de prestação Continuada - 2015

Programa Família Paranaense

Consiste em um Programa estratégico que tem como atribuição, articular as

políticas públicas de várias áreas do Governo, visando o desenvolvimento, o

protagonismo e a promoção social das famílias que vivem em maior situação de

vulnerabilidade e risco no Paraná. Objetiva estabelecer uma rede integrada de

proteção às famílias através da oferta de um conjunto de ações intersetoriais

planejadas de acordo com a necessidade de cada família e das especificidades

do território onde ela reside.

Seu público alvo são as famílias residentes no Paraná em maior situação de

vulnerabilidade e risco. O IPARDES em conjunto com a SEDS desenvolveu um

índice sintético, chamado Índice de Vulnerabilidades das Famílias (IVF/PR), para

medir essa vulnerabilidade e conseguir elencar as famílias prioritárias ao

Programa. Essa medida leva em consideração indicadores importantes da

situação familiar que ultrapassam o simples critério da insuficiência de renda na

priorização do atendimento e atenção à família. O índice é calculado a partir da

versão 7 da base de dados do Cadastro Único para Programas Sociais do

Governo (CadÚnico).

O valor para cada família é variável, e depende do quanto falta para que alcance

R$ 80 per capita. O valor mínimo é de R$ 10 por família, o valor médio de

repasse é de R$ 40 por família. Para as famílias que ultrapassarem o valor de

R$ 200 será realizada auditoria, sendo que somente após a comprovação da

veracidade das informações o pagamento será efetuado.

120

No mês de julho de 2016 tivemos o atendimento de95 famílias.

Programa Leite das Crianças

O Município conta também com o Leite das Crianças advindo do Governo do

Estado, no município existe 95 famílias beneficiarias, mês de referência junho de

2016. O cadastro das famílias é realizado pela equipe do cadastro único.

A rede socioassistencial de Xambrê é composta por um conjunto integrado de

serviços, executados ou coordenados diretamente pela Secretaria Municipal de

Assistência Social.

Tabela 31 - População em situação de extrema pobreza por faixa etária - 2015

Idade Quantidade0 a 4 18

5 a 14 3215 a 17 1118 a 19 620 a 39 3540 a 59 49

65 ou mais 11Total 162

Fonte: SAGI –MDS

Os atendimentos realizados no âmbito da rede sócio assistencial também são

importantes elementos para o diagnóstico do perfil social do seu município. O

Benefício de Prestação Continuada (BPC) constitui uma das mais importantes

ferramentas de distribuição de renda no âmbito da assistência social, tendo sido

instituído ainda na Constituição Federal de 1988.

No total o município conta com: 01(um) Centro de Referência da Assistência

Social - CRAS, 01 (um) espaço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos

para crianças e adolescentes de 07 a 17 anos, além da parte administrativa

realiza os atendimentos da proteção social especial por conta da inexistência do

Centro de Referência da Assistência Social - CREAS.

Além disso, a Secretaria Municipal de Assistência Social responde pela gestão

dos benefícios socioassistenciais e concessão e orientação às famílias através

121

do Centro de Referência da Assistência Social - CRAS quanto a estes benefícios

em duas modalidades:

Continuados (transferência direta e regular de renda): BPC – Benefício de

Prestação Continuada para pessoas idosas e pessoas com deficiência e

Programa Bolsa Família.

Eventuais Provisão de documentos pessoais, passagens rodoviárias, material

de construção - em situação de calamidade pública; cesta básica; auxílio funeral;

auxílio natalidade.

Atendimento da Rede Pública de Assistência Social

Proteção Social Básica

A Política Nacional de Assistência Social (Resolução nº 145, de 15 de outubro de

2004 do Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS), estabelece que o

objetivo da Proteção Social Básica é: “prevenir situações de risco,

desenvolvendo potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos

familiares e comunitários”.

O público alvo é “a população que vive em situação de vulnerabilidade social

decorrente de pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso

aos serviços públicos, dentre outros) e, fragilidade de vínculos afetivos

relacionais e fortalecimento social (discriminações etárias, étnicas, de gênero ou

por deficiências, dentre outras) ”.

De acordo com as diretrizes da Tipificação Nacional dos Serviços

Socioasssistenciais (Resolução nº 109, de 11 de novembro de 2009) o

Departamento procedeu a reorganização da rede adotando a seguinte

descrição:

a) Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF;

b) Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – SCFV.

122

Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF

Consiste no trabalho social com famílias, de caráter continuado com a finalidade

de fortalecer a função protetiva das famílias, prevenir a ruptura dos seus

vínculos, de maneira a promover seu acesso e usufruto de direitos e contribuir

na melhoria de sua qualidade de vida. Prevê o desenvolvimento de

potencialidades e aquisições das famílias e o fortalecimento de vínculos

familiares e comunitários, por meio de ações de caráter preventivo, protetivo e

proativo. Todos os serviços da Proteção Social Básica, desenvolvidos no

território de abrangência do Centro de Referência da Assistência Social - CRAS,

em especial os serviços de convivência e fortalecimento de vínculos, bem como

o serviço de proteção social básica, no domicílio, para pessoas com deficiência e

idosas, devem ser á ele referenciados e manter articulação com o Serviço de

Atendimento Integral à Família - PAIF. É a partir do trabalho com famílias no

serviço do Serviço de Atendimento Integral à Família - PAIF que se organizam os

serviços referenciados ao Centro de Referência da Assistência Social - CRAS.

A articulação dos serviços socioassistenciais do território com o Serviço de

Atendimento Integral à Família - PAIF garante o desenvolvimento do trabalho

social com famílias dos usuários desses serviços, permitindo identificar suas

demandas e potencialidades dentro da perspectiva familiar, rompendo com o

atendimento segmentado e descontextualizado das situações de vulnerabilidade

social vivenciadas.

O município realiza uma média de 300 atendimentos/ano.

Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – SCFV

Este serviço é realizado em grupos, organizado a partir de recursos, de modo a

garantir aquisições progressivas aos seus usuários, de acordo com seu ciclo de

vida, afim de complementar o trabalho social com famílias e prevenir a

ocorrência de situações de risco social.

Organiza-se de modo a ampliar trocas culturais e de vivências, desenvolvendo o

sentimento de pertença e de identidade, fortalecendo vínculos familiares e

123

incentivando a socialização e a convivência comunitária. Possui caráter

preventivo e proativo, pautado na defesa e afirmação dos direitos e no

desenvolvimento de capacidades e potencialidades, com vistas ao alcance de

alternativas emancipatórias para o enfrentamento da vulnerabilidade social.

Possui articulação com o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família –

PAIF, de modo a promover o atendimento das famílias dos usuários destes

serviços, garantindo a matricialidade sócio familiar da política de assistência

social.

No município esse serviço é oferecido a quatro públicos diferenciados, com

metodologias específicas, conforme preconizado pela Tipificação Nacional de

Serviços Socioassistenciais, sendo eles:

Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para crianças e

adolescentes de 07 a 17 anos

Tem por foco a constituição de espaço de convivência, formação para

participação e cidadania, desenvolvimento do protagonismo e da autonomia das

crianças e adolescentes, a partir dos interesses, demandas e potencialidades

dessa faixa etária

As intervenções são pautadas em experiências lúdicas, culturais e esportivas

como forma de expressão, interação, aprendizagem, sociabilidade e proteção

social. Inclui crianças e adolescentes prioritariamente retirados do trabalho

infantil ou submetidos a outras violações, cujas atividades contribuem para re-

significar, vivências de isolamento e de violações de direitos, bem como propiciar

experiências favorecedoras do desenvolvimento de sociabilidades e na

prevenção de situações de risco social.

Este serviço é desenvolvido no CRAS. É realiza uma média de 90

atendimentos/mês

124

Figura 12 - Atendimentos das oficinas do SCFV - 2016

Proteção Social Especial

A Proteção Social Especial (PSE) destina-se a famílias e indivíduos em situação

de risco pessoal ou social, cujos direitos tenham sido violados ou ameaçados.

Para integrar as ações da Proteção Especial, é necessário que o cidadão esteja

enfrentando situações de violações de direitos por ocorrência de violência física

ou psicológica, abuso ou exploração sexual, abandono, rompimento ou

fragilização de vínculos ou afastamento do convívio familiar devido à aplicação

de medidas.

Crianças e adolescentes vítimas de violências

Tabela 32 - Número de Crianças e Adolescentes por tipo de Violência – Últimos 05 Anos - 2016TIPO DE VIOLENCIA FEMININO MASCULINO

1 a 11 12 a 17 1 a 11 12 a 17anos de anos de anos de nos deIdade Idade Idade Idade

Violência física 01 - 02 -

Violência sexual - - - -

Violência - - - -

Negligência/abandono 04 - 02 01

Suicídio - - - -

Fonte: Órgão Gestor da Assistência Social

125

Os números são não expressivos, mas precisa ser olhado com cuidado pelos

órgãos municipais, para que realmente não tenhamos nenhuma criança ou

adolescentes sendo vítima de qualquer tipo de violência.

No município temos dois níveis de complexidades, sendo eles média e alta

complexidade, conforme descritos a seguir:

Média Complexidade

Oferta atendimento especializado a famílias e indivíduos que vivenciam

situações de vulnerabilidade, com direitos violados, geralmente inseridos no

núcleo familiar. A convivência familiar está mantida, embora os vínculos possam

estar fragilizados ou até mesmo ameaçados. No município é ofertado o seguinte

serviço:

a) Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida

Socioeducativa de Liberdade Assistida – LA, e de Prestação de Serviços a

Comunidades – PSC.

Esta rede é fortalecida com a atuação direta das secretarias municipais em

especial de assistência social, educação, cultura, esporte, saúde, conselhos

municipais (Tutelar e CMDCA – Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do

Adolescente), Vara da Infância e Juventude, Ministério Público e a Segurança

Pública (Polícias Militar e Civil).

No município o serviço acontece conjuntamente com o órgão gestor da

assistência sócia, sendo que no último ano foram atendidos dois adolescentes

em medidas de liberdade assistida

Alta Complexidade

Este nível de complexidade oferta atendimento ás famílias e indivíduos que se

encontram em situação de abandono, ameaça ou violação de direitos,

necessitando de acolhimento provisório, fora de seu núcleo familiar de origem.

Em Xambrê é ofertado o seguinte serviço:

a) Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes

126

O acolhimento provisório e excepcional é disponibilizado para crianças e

adolescentes de ambos os sexos, sob medida de proteção – Art. 98 do Estatuto

da Criança e do Adolescente – e em situação de risco pessoal e social, cujas

famílias ou responsáveis encontrem-se temporariamente impossibilitados de

cumprir sua função de cuidado e proteção.

No município de Xambrê este serviço é executado através da entidade Casa Lar

de Alto Paraíso, no município de Alto Paraíso. Foram acolhidos 06 crianças e

adolescentes no último ano.

Tabela 33 - Caracterização da motivação para o acolhimento institucional - 2015Motivação Numero

Negligência dos pais/ responsáveis 02

Drogadição/alcoolismo dos pais ou responsáveis 02

Abandono 01

Situações ligadas à vulneralidade social 01

Exploração sexual 00

2.8 Aspectos habitacionais

Habitação e urbanismo

O direito a cidades sustentáveis é entendido, de acordo com a política nacional

de desenvolvimento urbano - Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001) - como o

direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura

urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as

presentes e futuras gerações. Dessa forma a infraestrutura urbana básica,

constituída pelos equipamentos urbanos de escoamento de águas pluviais,

iluminação pública, esgotamento sanitário, abastecimento de água potável,

energia elétrica pública e domiciliar e vias de circulação, são elementos

essenciais para a qualidade de vida nas cidades e à garantia da moradia digna,

contribuindo para a promoção da saúde e do bem-estar dos cidadãos.

127

Os indicadores da generalidade do atendimento desses equipamentos de

infraestrutura são uma importante ferramenta para a compreensão das principais

demandas municipais, no tocante a serviços essenciais, e para o aprimoramento

da gestão e do planejamento municipal.

Gráfico 51 - Taxa de cobertura de coleta de resíduos - 2014

Sistema nacional de habitação de interesse social

Estar Regular, significa que o ente cumpriu as exigências do SNHIS até o

momento e pode receber desembolsos de contratos já firmados e também

pleitear novos recursos. Estar Pendente, impede o ente de receber desembolsos

de contratos já firmados e também pleitear novos recursos.

As datas existentes na coluna Termo de Adesão, correspondem a data de

publicação dos Termos de Adesão ao SNHIS dos entes federados no Diário

Oficial da União.

As datas existentes nas colunas Lei de Criação do Fundo, Lei de Criação do

Conselho e Plano Habitacional, correspondem as datas de entrega dos referidos

documentos à CEF.

Fonte: Ministério das Cidades.

Posição: fev/2016

128

_____________________________Capítulo III

129

3. DESAFIOS DO PLAMSAN/2016-2019.

3.1 Promover o acesso universal à alimentação adequada e saudável, com

prioridade para as famílias e pessoas em situação de insegurança

alimentar e nutricional

* Transferência de Renda

O PBF beneficiou, no mês de junho de 2016, 166 famílias, representando uma

cobertura de 48,8 % da estimativa de famílias pobres no município. As famílias

recebem benefícios com valor médio de R$ 142,42 e o valor total transferido

pelo governo federal em benefícios às famílias atendidas alcançou R$ 23.642,00

no mês.

No Cadastro Único de Informações Sociais (CadÚnico) em março de 2016 era

de 861 dentre as quais:

O Programa Família Paranaense tem como atribuição, articular as políticas

públicas de várias áreas do Governo, visando o desenvolvimento, o

protagonismo e a promoção social das famílias que vivem em maior situação de

vulnerabilidade e risco. No mês de julho de 2016 tivemos o atendimento de 95

famílias.

Já o Programa Leite das Crianças advindo do Governo do Estado, atendeu no

mês de junho de 2016 um total de 95 famílias. Sendo o cadastro das famílias

realizado pela equipe do cadastro único.

No caso do BPC, os usuários do município de Xambrê são acolhidos no CRAS e

encaminhados a Agência do INSS de Umuarama. Os Benefícios totalizam hoje

90 deficientes, 23 idosos.

Com relação aos benefícios eventuais atualmente o município atendeu 240

famílias, sendo na sua maioria famílias que necessitavam de cesta básica

130

O aperfeiçoamento dos programas de transferência de renda para as famílias de

baixa renda é imprescindível para a garantia da segurança alimentar e

nutricional da população brasileira

* Alimentação Escolar

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) constitui outra importante

estratégia para o acesso à alimentação. O Programa tem cobertura universal

para toda a rede pública da educação básica.

- Programas existentes na área de segurança alimentar e nutricional

PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar, PAA – Programa de

Aquisição de Alimentos, capacitação de merendeiras, serviços gerais e

professores através de palestras e cursos voltados a área de alimentação

saudável e segurança alimentar e nutricional.

- Quais produtos da agricultura familiar

No ano de 2015 foram adquiridos através dos 30% do PNAE os seguintes

produtos da agricultura familiar: alface lisa/crespa, limão Taiti, couve manteiga,

salsinha, cebolinha, vagem, abóbora cabotiá, abobrinha verde, milho verde,

pepino, pão caseiro, laranja pêra, melancia, mandioca, repolho, tomate e polpa

de fruta congelada.

Como se dá a educação nutricional nas escolas

Através da elaboração de um cardápio mensal, variado, com refeições

equilibradas e que oferecem alimentos de todos os grupos que compõem a

pirâmide alimentar, alimentos frescos, entregues semanalmente nas escolas,

creches e CMEIs. Através de projetos e atividades trabalhados ao longo do ano

tanto em sala de aula quanto apresentadas a comunidade que visam trazer a

consciência sobre a importância de uma alimentação saudável.

Como se dá à avaliação nutricional dos alunos

Não se avalia, pois não existe equipamento (estadiômetro e balança).

Número de crianças fora da escola/educação infantil

131

Na faixa etária de 0 a 3 anos são atendidas em período integral 275 crianças e

10 crianças em meio período;

Na faixa etária de 4 a 5 anos em período integral são atendidas 278 crianças e

174 crianças em meio período (período de 2014 a 2016);

Os percentuais de crianças atendidas na educação infantil nestas faixas etárias

em relação ao número de crianças no município não têm dados atuais, em 2013

de acordo com o IBGE, de 0 a 3 anos 20% de crianças e de 4 a 5 anos 75% das

crianças eram atendidas, hoje em cumprimento da Lei para a obrigatoriedade

para a faixa etária de 4 a 5 anos deve ultrapassar os 90%.

No período de 2014 a 2015 foram realizadas construções de salas nas

instituições que atendem a Educação Infantil, para a ampliação de vagas para

essas faixas etárias em demanda de meio período e período integral. Não houve

redução de vagas em nenhum período, as matriculas atendem as necessidades

das famílias para período integral ou meio período.

Qual tipo de lanche ofertado nas cantinas/escolas particulares

No município não há escolas particulares, e nas escolas municipais não existem

cantinas, sendo ofertado as crianças somente os alimentos e preparações

conforme o cardápio elaborado pela Nutricionista.

Consideramos como base o ano de 2014 no qual o município ofertou o

programa para 1.206 alunos desde de a educação infantil até o ensino médio

* Distribuição de Alimentos

Os alimentos são entregues nas escolas, diretos pelos agricultores

3.2 Combater a insegurança alimentar e nutricional e promover a inclusão

produtiva rural em grupos populacionais específicos, com ênfase em

Povos e Comunidades Tradicionais e outros grupos sociais vulneráveis no

meio rural.

132

Apesar de a fome não ser mais considerada um problema estrutural, sabemos

que a insegurança alimentar e nutricional ainda persiste em alguns grupos

populacionais. Neste sentido, a construção e a execução de políticas

diferenciadas e específicas, com base nos princípios do etno desenvolvimento,

que respeitem as culturas, as formas de organização social, as especificidades

étnicas, raciais e as questões de gênero, é o caminho a ser perseguido. É

preciso assegurar a continuidade e o aperfeiçoamento das políticas que ampliam

as condições de acesso à alimentação dos que ainda se encontram mais

vulneráveis à fome, de forma a também superar a desnutrição nestes grupos.

*Insegurança Alimentar e Nutricional

Em 2015 o município realizou pesagem em 936 crianças e destas 9 crianças

encontravam-se desnutridas

Não tivemos dados sobre altura e peso das crianças,

Assim, um dos grandes desafios do Plano é, articular para que possamos

realizar a verificação de como está e combater a insegurança alimentar e

nutricional que possa existir no município.

Observações gerais:

O município possui assentamento da reforma agrária com 20 famílias, que são

referência em produção leiteira e duas vilas Rurais. De modo geral os produtores

carecem de assistência técnica para melhoria de suas atividades. O quadro de

servidores da Secretaria de Agricultura do município não é suficiente para

atendar todos os produtores de forma efetiva. O órgão de extensão rural oficial

do Estado, o EMATER, não conta com funcionários efetivos no município, o que

gera inúmeros prejuízos aos produtores

*Inclusão Produtiva Rural

O município conta com duas vilas rurais, sendo a Vila Rural João Ribeiro de

Siqueira a qual está localizada próximo ao município e atende 79 famílias com

área de 0,5 hectares e a Vila Rural José Ferreira de Oliveira que está próximo ao

133

distrito de Casa Branca que atende 40 famílias com área de 0,9 hectares

aproximadamente. Algumas famílias produzem hortaliças e outros leite.

*Acesso à Terra e Gestão Territorial

O município dentro do possível realiza a gestão territorial, com relação ao

acesso à terra foi realizado junto aos assentados todo apoio para que os

mesmos pudessem desenvolver suas atividades. Importante é dar sequência as

ações que já veem sendo desenvolvidas pela prefeitura.

*Acesso à Políticas Públicas

O desafio é realizar a articulação intersetorial para a qualificação de grupos de

mulheres Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) e realizar ações de

formação em políticas públicas e garantia da participação das trabalhadoras

rurais nas instâncias colegiadas e comitês gestores de políticas de

desenvolvimento territorial

3.3 Promover a produção de alimentos saudáveis e sustentáveis, a

estruturação da agricultura familiar e o fortalecimento de sistemas de

produção de base agroecológica

A agricultura familiar é a principal responsável pela alimentação dos brasileiros.

Produz grande parte dos alimentos consumidos internamente e está presente

em todo o território brasileiro. É necessário o fortalecimento de diversas políticas

para este setor, como as de crédito, ATER, apoio à comercialização, proteção da

produção e da renda, acesso à água e inclusão produtiva rural.

Novas formas de produção, nas quais a utilização racional dos recursos naturais

e a preservação da agrobiodiversidade sejam centrais, se fazem cada vez mais

necessárias. Um novo modelo exige a criação de regramentos que fomentem a

produção familiar agroecológica e sustentável. Questões centrais como o uso de

agrotóxicos e sementes transgênicas, bem como a concentração fundiária,

precisam ser enfrentadas.

*Fortalecimento da Agricultura Familiar

134

É preciso incentivar os produtores a plantarem produtos da agricultura familiar,

pois produzem poucas hortaliças e frutas, mandioca, criação de peixes e leite. A

capacidade para uma produção maior e possível desde que haja incentivo.

Atualmente o município tem registro de 576 unidade familiares conforme o

sistema da DAP, sendo 180 ativas e 396 inativas.

Figura 13 - Cultivo de hortaliças em parceria com a Emater as famílias

assentadas - 2016

*Reforma Agrária

O município fez atendimento a 20 famílias e possibilitou o acesso à terra, sendo

16,54 hectares cada propriedade.

No assentamento a atividade predominante é a produção leiteira. Há duas

propriedades, que são geridas por mulheres, moram sozinhas. As demais 50%

das famílias as mulheres participam do processo produtivo da atividade

geradora de renda.

Os mesmos recebem assistência técnica dos técnicos da Prefeitura ou do

INCRA e/ou instituições ligadas a ele. Eles foram assentados, ou seja, deixaram

de ser acampados em 2008. As casas são boas, bem estruturadas, de alvenaria,

possuem água encanada. A água é oriunda de poço artesiano. Não possuem

fossas sépticas, apenas fossa negra. São organizados em uma associação e

possuem patrulha rural equipada com tratores e diversos implementos.

135

Figura 14 - Curso casqueamento de bovinos oferecido pela SENAR - 2016

*Transição Agroecológica

É muito baixo a produção orgânica no município e menor que 0,5% da

plantação. Se faz necessário um trabalho de incentivo aos produtores para que

os mesmos aderem a produção orgânica

*Mulheres

Não se tem um trabalho de incentivo as mulheres com relação a permanência e

também aos produtos que pudessem retirar da propriedade e viesse a melhorar

as condições financeiras das mesmas. Falta apoio financeiro, orientação e

cursos para que as mulheres pudessem produzir e vender seus produtos

localmente. Algumas até se destacam sendo visível a qualidade dos produtos

que elas produzem e o aumento na renda familiar, comparado a produção onde

apenas o homem participa.

*Juventude

É preciso um trabalho junto as famílias para que os jovens permaneçam à terra,

pois as maiorias saem para estudar fora e não retornam, pois, o campo não tem

oferecido subsídios financeiros como nos centros urbanos, daí a falta de

interesse em retornar ao campo.

*Sementes

Não existe no município programas que auxiliem os produtos com sementes

136

*Mudanças Climáticas

O município não tem sofrido nos últimos anos problemas com o clima, existe

certa regularidade climática na região o que favorece o plantio, sem prejuízos

para os produtores.

3.4 Promover o abastecimento e o acesso regular e permanente da

população brasileira à alimentação adequada e saudável

Políticas de apoio à comercialização agrícola têm considerável relevância na

garantia da segurança alimentar da população. Nessa temática, o Estado

brasileiro tem atuado destacadamente por meio da Política de Garantia de

Preços Mínimos (PGPM). As intervenções dessa Política não se relacionam

apenas com políticas de fomento à produção agrícola, mas também com a

estabilização dos fluxos e da garantia do acesso da população aos alimentos.

Sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis são aqueles que concebem um

modelo sustentável desde a produção, passando pela comercialização,

abastecimento, até chegar ao consumo do alimento.

Em relação à comercialização destacam-se os programas de compras públicas

da agricultura familiar, quais sejam o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos)

e a compra de 30% dos recursos repassados pelo Programa Nacional de

Alimentação Escolar (PNAE) de produtos da agricultura familiar.

Recentemente, duas novas modalidades do Programa de Aquisição de

Alimentos (PAA) foram instituídas: a Aquisição de Sementes, que permite a

compra e doação de sementes pelo Programa; e a Compra Institucional, que

autoriza que municípios, estados, DF e órgãos federais da administração direta e

indireta comprem alimentos da agricultura familiar por meio de chamadas

públicas, com seus próprios recursos financeiros, dispensada a licitação.

Outra medida importante para o fortalecimento das compras públicas foi a

publicação do Decreto nº 8.473, de 22 de junho de 2015 estabelece que os

órgãos federais (administração direta e indireta) deverão destinar pelo menos

137

30% dos recursos aplicados à aquisição de alimentos para compra de produtos

da agricultura familiar e suas organizações.

*Compras Públicas

Melhorou a qualidade dos produtos com cursos e qualificação as famílias, mas é

preciso ofertar ainda mais capacitação e outros mecanismos que possam

auxiliar principalmente o pequeno produtor.

*Equipamentos Públicos de Segurança Alimentar e Nutricional

Precisa de um espaço próprio e que seja coberto, poi o que se tem atualmente

são pequenos produtores que vende seus produtos na cidade, durante a

semana.

*Agricultura Urbana

Está em processo de implantação uma horta no Colégio Paulo VI, e conta com a

participação de todos alunos, professores com orientação do departamento de

agricultura.

3.5 Promover e proteger a Alimentação Adequada e Saudável da População

Brasileira, com estratégias de educação alimentar e nutricional e medidas

regulatórias

É fundamental que as políticas públicas de SAN vinculem efetivamente a

discussão do acesso ao alimento com a adequação da alimentação, o que

envolve todo o sistema alimentar, desde as formas de produção até a compra de

alimentos, facilitando e incentivando escolhas alimentares saudáveis. Faz-se

necessária a convergência de políticas, pois, somente um conjunto de ações

integradas é capaz de dar conta da complexidade da questão. Cabe destacar,

por exemplo, a integração da agenda de promoção da alimentação adequada e

saudável às ações de saúde ofertadas de forma complementar à agenda das

condicionalidades do Programa Bolsa Família.

Para que o município consiga atingir este desafio foi levantado os seguintes

pontos:

138

*Promoção da Alimentação Saudável

Existe uma orientação por parte da escola no sentido não enviar junto aos filhos

refringentes e chips.

Por outro lado, os produtores rurais em sua maioria não possuem horta caseira,

sendo necessário um trabalho para conscientizar os mesmos da importância de

produzir seus alimentos, de forma saudável e adequada para o consumo

humano.

*Promoção da Alimentação Saudável no Ambiente Escolar

No município não há escolas particulares, e nas escolas municipais não existem

cantinas, sendo ofertado as crianças somente os alimentos preparados conforme

o cardápio elaborado pela Nutricionista.

*Controle dos riscos relacionados ao consumo de alimentos e a exposição

ao uso de agrotóxicos

Existe fiscalização por parte da CODAPAR. As empresas são obrigadas a

recolher os utensílios e entregar nos pontos já estabelecidos para coleta. Já os

utensílios para BHC são recolhidos pela EMATER. O Departamento municipal de

agricultura realiza orientação aos agricultores para o controle e manejo do uso

dos agrotóxicos.

3.6 Controlar e Prevenir os Agravos decorrentes da má alimentação

O excesso de peso é um fator de risco para as doenças crônicas não

transmissíveis (DCNT) como hipertensão, diabetes e câncer, e a alimentação

inadequada também representa um importante fator de risco. As doenças

crônicas são responsáveis por mais de 70% das causas de morte no Brasil.

Enfrentar essa situação exige atuação conjunta dos diferentes níveis de

governo, por meio de ações intersetoriais e participação social. Nesse sentido, a

CAISAN elaborou a “Estratégia Intersetorial de Prevenção e Controle da

Obesidade”, a qual reúne diversas ações do Governo Federal que contribuem

para a redução da obesidade no país.

139

Outra frente de atuação do governo federal neste desafio são as ações

desenvolvidas com intuito de prevenir as doenças relacionadas à má

alimentação, como as atividades de prevenção e controle da desnutrição e das

carências nutricionais e o monitoramento das políticas de fortificação de

alimentos.

*Implementação da Estratégia Intersetorial de Prevenção e Controle da

Obesidade

O Município não tem um espaço e equipamentos que auxiliam na prevenção de

doenças. Para isso o município conta com centros culturais, casas de cultura,

bibliotecas, teatros, sendo:

– Centro de Convivência do Idoso Vida Feliz com capacidade para 70 pessoas,

Ginásio de Esportes Gildeto Meira dos Santos, com capacidade para 300

pessoas, Xambrê Tênis Clube com capacidade para 200 pessoas, Biblioteca

Pública Cidadã Professor Waldemar Biaca, Casa da Cultura Professor Durvalino

com capacidade para 70 pessoas, Praça do Cristo – local com vários

equipamentos como parque infantil, quadra de areia, quadra de malha, quadra

de bocha, ATI – Academia da Terceira Idade – e campo de futebol, sendo

frequentado pelas pessoas de todas as idades para a pratica de atividades

físicas e atividades de laser.

- Programas culturais/cursos – Grupo Cultural Municipal Fênix, Ginástica

Rítmica e Fanfarra Municipal.

- Eventos/Festas Típicas – Festa de São Sebastião – Realização Igreja

Católica Apostólica Romana, Festas Juninas – Realização Escolas Municipais e

Escolas Estaduais, Festa da Capela Nossa Senhora das Graças – Realização

Igreja Católica Apostólica Romana, Festa do Peão – durante três dias acontece

a tradicional montaria em touros, shows e carnaval de rua. Após a entrega dos

prêmios aos vencedores, um show pirotécnico encerra a festa – Realização

Prefeitura Municipal de Xambrê, Mostra Cultural – Realização Secretaria

Municipal de Educação e Cultura, Festa da Primavera – Realização Grupo

Cultural Municipal Fênix e CMEI São José, Consciência Negra – Realização

140

Escolas estaduais e municipais, Semana Cultural – Realização Secretaria

Municipal de Educação e Cultura.

E por outro lado a saúde tem realizado orientações as famílias quanto

Prevenção e Controle da Obesidade.

3.7 Ampliar a disponibilidade hídrica e o acesso à agua para a população,

em especial a população pobre no meio rural

O acesso à água requer o uso sustentável da terra, a proteção dos mananciais,

das beiras de nascentes e rios e das florestas. As mudanças climáticas

acentuam as crises associadas à seca, à falta de água e às enchentes, como se

tem verificado nos últimos anos.

*Água para consumo humano

É realizado a coleta nas nascentes e poços artesanatos sendo em média uma

vez por mês. E na cidade uma vez por semana. As amostras são encaminhadas

para análise no laboratório da UEM de acordo com convênio firmado entre a

Universidade e o Estado.

Mas na área rural precisa ser feito um trabalho minucioso para averiguar a

qualidade da agua que aos produtores que não possuem poços artesianos.

*Água para produção de alimentos

No município não existe falta d’água, pois existe períodos de chuva que oferece

condições para produção de alimentos. Por outro lada existe muitos rios que

podem ser utilizados para a irrigação caso necessário.

*Recursos Hídricos

Está sendo implantado um projeto de micro bacias hidrografia, contudo falta

conscientização por parte dos agricultores sobre a importância de proteger as

nascentes e realizarem o manejo correto do solo e da água.

*Saneamento Básico Rural

141

Não existe o saneamento rural, segundo informações do Departamento de

Agricultura o lixo da área rural é queimado pelos próprios moradores. Existe

ainda as fossas negras.

3.8 Consolidar a implementação do Sistema Nacional de Segurança

Alimentar e Nutricional (SISAN), aperfeiçoando a gestão federativa, a

intersetorialidade e a participação social.

O momento atual é de fortalecimento dos componentes do SISAN – CONSEAs,

CAISANs e PLANOS.

Além do fortalecimento dos componentes do Sistema faz-se importante

promover as metas e ações relacionadas à pesquisa e extensão em SAN, à

capacitação para o DHAA, a construção dos mecanismos de exigibilidade do

DHAA e ao aperfeiçoamento do sistema de monitoramento e indicadores da

PNSAN.

O município de Xambrê visando acompanhar as exigências do DHAA, pontuou

as seguintes questões neste sentido.

*Intersetorialidade entres os setores

É preciso consolidar a intersetorialidade e a participação social na

implementação do SAN e do SISAN para a realização do DHAA. E também a

regularidade das reuniões do COMSEA para traçadas de metas SAN no

município e acompanhamento do PLANSAM

*Participação Social

Faz-se necessário o apoio a participação e controle social, por meio dos

conselhos de segurança alimentar e nutricional e o funcionamento do COMSEA.

Para que o município realmente implante a política SAN.

*Gestão e financiamento do sistema

O município está em processo de construção dessa política, para isso precisa-se

assegurar recursos financeiros para implementar ações de educação alimentar e

nutricional em todos os setores municipais e junto a sua população.

142

*Formação, pesquisa e extensão em SAN e DHAA

É preciso subsidiar ações permanentes de formação técnica e capacitação dos

profissionais envolvidos nos serviços públicos de atenção à saúde, também é

preciso a contração de profissionais para a saúde e educação para que sejam

alcançados os desafios propostos no PLAMSAN

3.9 Apoio às iniciativas de promoção da soberania, segurança alimentar e

nutricional, do direito humano à alimentação adequada e de sistemas

alimentares democráticos, saudáveis e sustentáveis em âmbito

internacional, por meio do diálogo e da cooperação internacional

Este desafio não se aplica no município de Xambrê por não termos pessoas de

outros países, contudo o Município se complete a atender caso alguma família

vier a residir na cidade.

143

_____________________________Capítulo IV144

4. PLANO DE AÇÃO DO PLAMSAN

DESAFIO 1 - Promoção do acesso universal à alimentação adequada e saudável, com prioridade para as famílias e pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional.

Objetivo Subtema Meta Ações – Relacionadas Ind. de Resultado Órgão Parceiros PPA Diretrizresponsável Nacional

Assegurar Transferência Transferir renda Assegurar a inserção de 80% das SMAS Ministério Programa: Diretriz 01:

melhores de Renda às famílias em famílias em situação de Famílias SENARC- 082441700.2.013000 Promoção doFonte: 934 acesso

condições situação de vulnerabilidade e violação Até o fim de Secr. As. Social universal àsocioeconômicas pobreza que de direitos nos programas vigência do Programa: alimentação

às famílias pobres atendam aos oficiais de auxílio PLAMSAN 082441700.2.013000 adequada e

e, sobretudo, critérios de (proposta da Conferencia Fonte:940 saudável, comprioridade para

extremamente elegibilidade, da Criança/2015) as famílias epobres, por meio conforme as pessoas emde transferência estimativas de situação de

direta de renda e atendimento dos insegurançaalimentar e

reforço ao acesso programas nutricionalaos direitos sociais existentes Acompanhar famílias no 100% das Famílias SMAS SEDS Programa: Diretriz 01:básicos nas áreas programa Família Até o fim de Secr. As. Social 082441700.2.013000 Promoção do

de alimentação, Fonte: 934 acessoParanaense vigência douniversal à

saúde, educação e PLAMSAN alimentaçãoassistência social, adequada epara a ruptura do saudável, com

ciclo prioridade para

intergeracional de as famílias epessoas em

pobreza e a situação deproteção do DHAA insegurança

alimentar enutricional

145

Promover a melhoria Transferência das condições de Renda

socioeconômicas ede acesso à

alimentação enutrição a idosos e

pessoas comdeficiência em

situação de pobreza,beneficiárias do

Benefício dePrestação

Continuada(BPC), por meio doacesso à rede dos

serviçossocioassistenciais,

das ações desegurança alimentare nutricional e dasdemais políticas

setoriais

Conceder oBenefício dePrestação

Continuada (BPC)a todos osindivíduos

elegíveis de acordocom a demanda

Acompanhamento 80% das SMAS Secr. As. Social Programa: Diretriz 01:

intersetorial das famílias e Famílias 082441700.2.013000 Promoção doFonte: 934 acesso

integração com as ações Até o fim de universal àjá existentes vigência do Programa: alimentação

PLAMSAN 082441700.2.013000 adequada eFonte:806 saudável, com

prioridade paraas famílias epessoas emsituação deinsegurançaalimentar enutricional

Atender e incluir no 100% da pessoa SMAS Ministério Programa: Diretriz 01:

Benefício de Prestação idosa, deficiente ou Secr. As. Social 082441700.2.013000 Promoção doFonte: 934 acesso

Continuada e da Renda com invalidez universal àMensal Vitalícia à pessoa Até o fim de alimentaçãocom deficiência, pessoa vigência do adequada e

com invalidez e pessoa PLAMSAN saudável, comprioridade para

idosa. as famílias epessoas emsituação deinsegurançaalimentar enutricional

Ampliar o acesso dos 100% da pessoa SMAS Ministério Programa: Diretriz 01:

beneficiários do Benefício idosa, deficiente ou Secr. As. Social 082441700.2.013000 Promoção doacesso

de Prestação Continuada com invalidez Fonte: 934universal à

(BPC), de Benefícios Até o fim de alimentaçãoEventuais e usuários dos vigência do adequada e

serviços socioasssitencial PLAMSAN saudável, comprioridade paraas famílias epessoas emsituação deinsegurançaalimentar enutricional

146

Ampliar as condições Distribuição de Implementação dode acesso à fome à Alimentos De ações do Direito

alimentação Humano àadequada e saudável Alimentação

das famílias mais Adequada,vulneráveis, territórios de maiorpor meio do vulnerabilidade

provimento derefeições e

alimentos, emequipamentos

Promover a melhoria e 6 palestras, SMAS Secr. As. Social Programa: Diretriz 01:

novos hábitos alimentares cursos ou 082441700.2.013000 Promoção doacesso

e nutricionais de todos os treinamento Fonte: 934universal à

segmentos atendidos por ano Programa: alimentaçãopelo Sistema Único da 2017 082441700.2.013000 adequada e

Assistência Social (SUAS) 2018 Fonte: 809 saudável, com2019 prioridade para

as famílias epessoas emsituação deinsegurançaalimentar enutricional

Ampliar a participação dos 100% dos SME ME Programa: Diretriz 01:

equipamentos públicos de equipamentos de MDA 082441700.2.013000 Promoção doFonte:806 acesso

alimentação e nutrição nos saúde, educação e Sec. Educação universal àterritórios de referência assistência social Assistência alimentação

dos equipamentos sociais Até final de Social e Saúde adequada e

de assistência social, vigência do saudável, comPLAMSAN prioridade para

educação, saúde e outros, as famílias ede forma a garantir o pessoas em

atendimento integral de situação de

pessoas inscritas no insegurançaalimentar e

Cadastro Único nutricional

147

públicos de Qualificar, em articulação Números de SME Ministério Programa:

alimentação e com parceiros famílias conforme Sec. Educação 082441702.2.018000Fonte: 0

nutrição institucionais, o demandae da distribuição de fornecimento de alimentos Até final dealimentos a grupos aos grupos populacionais vigência do

populacionais PLAMSANespecíficos em situaçãoespecíficos e que de insegurança alimentar

enfrentam e famílias atingidas porcalamidades.

situações de emergênciaou calamidade pública e

integrá-los aos programassociais e de inclusão

produtiva, visando a suamelhoria socioeconômicaCombater a desnutrição Atender conforme SME SEED Programa:

infantil, por meio da demanda SME 082441702.2.018000Fonte: 0

distribuição gratuita e Até o final dediária de um litro de leite vigência do

às crianças de 06 a 36 PLAMSAN

meses de idade doPrograma Leite das

crianças

Promover o Acesso à Alimentação Oferta de Promoção do acesso dos 100% dos alunos SME Sec. Educação Programa:

alunos de grupos Até final de 123611400.2.027000alimentação Escolar alimentação escolar Fonte: 111

específicos que se vigência doadequada e saudável aos estudantes dapara alunos da rede pública de encontram em situação de PLAMSAN

educação básica, de ensino. insegurança alimentar eforma a contribuir nutricional

para o crescimentobiopsicossocial, a

Diretriz 01:Promoção do

acessouniversal àalimentaçãoadequada e

saudável, comprioridade para

as famílias epessoas emsituação deinsegurançaalimentar enutricional

Diretriz 01:Promoção do

acessouniversal àalimentaçãoadequada e

saudável, comprioridade para

as famílias epessoas emsituação deinsegurançaalimentar enutricional

Diretriz 01:Promoção do

acessouniversal àalimentaçãoadequada e

saudável, comprioridade para

as famílias epessoas em

148

aprendizagem, orendimento escolar

e a formação depráticas alimentares

saudáveis

situação deinsegurançaalimentar enutricional

Fomentar a aquisição, 100 % das escolas SME Sec. Educação Programa: Diretriz 01:

pelas escolas, de gêneros utilizando Sec. Agricultura 123611400.2.027000 Promoção doFonte: 111 acessoalimentícios da agricultura alimentos da universal à

familiar agricultura familiar alimentaçãoAté final de adequada evigência do saudável, comPLAMSAN prioridade para

as famílias epessoas emsituação deinsegurançaalimentar enutricional

Assegurar o atendimento 100% dos SME Sec. Educação Programa: Diretriz 01:

universal do PNAE a todos Alunos 123611400.2.027000 Promoção doFonte: 111 acesso

os alunos matriculados na Até final de universal àrede pública de ensino vigência do alimentação

PLAMSAN adequada esaudável, comprioridade paraas famílias epessoas emsituação deinsegurançaalimentar enutricional

149

DESAFIO 2 - Combater a Insegurança Alimentar e Nutricional e promover a inclusão produtiva rural em grupos populacionaisespecíficos, com ênfase em Povos e Comunidades Tradicionais e outros grupos sociais vulneráveis no meio rural - Correspondeàs Diretrizes 1, 2, 4, 5 E 6 da PNSAN;

Objetivo Subtema Meta Ações – Propostas Ind. De Órgão Parceiros PPA DiretrizResultado responsá nacional

velFomentar a criação de Insegurança Consolidar o Adquirir produtos da 100% dos SMAS SMAS Programa: Diretriz 02:

unidade de apoio com Alimentar e sistema agricultura familiar, e produtores da SMA SMA 123611400.2.014000 Promoção doFonte:0 abastecimento e

infraestrutura, Nutricional municipal de atender famílias em agricultura familiar estruturação deequipamentos e pessoal Segurança vulnerabilidade e ao menos 90% sistemas

para o recebimento, Alimentar e alimentar por meio da das famílias em sustentáveis e

manipulação, Nutricional, oferta de produtos situação de descentralizados,vulnerabilidade de base

armazenamento e para garantia básicos oriundos da Até final de agroecológica, dedistribuição dos do acesso a agricultura familiar vigência do produção,

alimentos da agricultura alimentação extração,PLAMSANfamiliar nos programas processamento e

distribuição demunicipais existentes alimentos

Reduzir o déficit de Atingir 0% no ano SMS SMS Programa: Diretriz 02:

peso para idade de 2016 CAISAN 123611400.2.014000 Promoção doFonte:0 abastecimento e

crianças menores de 2017 estruturação de5 anos 2018 Programa: sistemas

acompanhadas nas 2019 082441700.2.013000 sustentáveis e

condicionalidades de Fonte:806 descentralizados,de base

saúde do Programa agroecológica, deBolsa Família, por produção,

meio de ações extração,

articuladas no âmbito processamento edistribuição de

da Câmara alimentosInterministerialde Segurança

Alimentar eNutricional (CAISAN)

150

Identificar os grupos e 100% dos SMS SMS Programa: Diretriz 02:

territórios mais territórios ACS 123611400.2.014000 Promoção doFonte:0 abastecimento e

vulneráveis em SAN, Até final de estruturação depor meio do vigência do sistemas

Mapeamento de PLAMSAN sustentáveis e

Insegurança descentralizados,de base

Alimentar e agroecológica, deNutricional, com o produção,

objetivo de subsidiar extração,

ações coordenadas processamento edistribuição de

alimentos

Realizar registro, por Atingir percentual SMS SMS Programa: Diretriz 02:

meio das de 80% de 082441700.2.013000 Promoção doFonte:806 abastecimento e

condicionalidades de beneficiários do estruturação deSaúde do Programa PBF sistemas

Bolsa Família (PBF), Até final de sustentáveis e

dados nutricionais de vigência do descentralizados,PLAMSAN de base

pelo menos 80% de agroecológica, decrianças menores de produção,7 anos beneficiárias extração,

do PBF. processamento edistribuição de

alimentos

Aperfeiçoar o Inclusão Produtiva Subsidiar a Elaborar e consolidar 100% dos SMA SMA Programa: Diretriz 02:

acompanhamento e Rural formulação de nova metodologia de produtores rurais EMATER 206061600.2.009000 Promoção doFonte: 0 abastecimento e

avaliação de safras, bem políticas coleta, tratamento e até final de estruturação decomo a geração e públicas, disseminação de vigência do sistemasdisseminação de pelos agentes informações agrícolas PLAMSAN sustentáveis e

informações agrícolas e da cadeia 2017 descentralizados,de abastecimento, produtiva e 2018 de base

incluindo as da agricultura assegurar a 2019 agroecológica, deprodução,

familiar, de forma a soberania extração,subsidiar a formulação de alimentar. processamento e

151

políticas públicas, a distribuição de

comercialização, a alimentostomada de decisão pelos Atender 70% das Atingir percentual SMA SMA Programa: Diretriz 02:

agentes da cadeia famílias em uma de 70% das EMATER 206061600.2.009000 Promoção doprodutiva e assegurar a Fonte: 0 abastecimento eestratégia de inclusão famíliassoberania estruturação de

produtiva rural, por Até final dealimentar. sistemasmeio da oferta de vigência do sustentáveis e

assistência técnica e PLAMSAN descentralizados,de base

extensão rural agroecológica, deprodução,extração,

processamento edistribuição de

alimentos

Atender mulheres, 80% das mulheres SMA SMA Programa: Diretriz 02:

fomentando suas Até final de 206061600.2.009000 Promoção doFonte: 0 abastecimento e

atividades vigência do estruturação deespecíficas, com foco PLAMSAN sistemas

na agroecologia sustentáveis edescentralizados,

de baseagroecológica, de

produção,extração,

processamento edistribuição de

alimentos

Ampliar a participação de Acesso à terra e Promover Promover e apoiar Realizar ao menos SMA SMA Programa: Diretriz 02:

agricultores familiares, gestão territorial ações de iniciativas de 3 iniciativas ao 206061600.2.009000 Promoção doFonte: 0 abastecimento e

assentados da reforma formação e qualificação das ano estruturação deagrária no abastecimento capacitação políticas públicas e 2017 sistemas

dos mercados, com para o público- das ações da 2018 sustentáveis e

ênfase nos mercados alvo do PAA e agricultura 2019 descentralizados,institucionais, como forma de fomento familiar, garantindo de base

de fomento a sua inclusão à produção agroecológica, deatendimento às produção,

socioeconômica e à sustentável e comunidades rurais. extração,promoção da alimentação agroecológica processamento e

152

adequada e saudável. distribuição dealimentos

Ampliar e qualificar o 100% da rede SMAS SMAS Programa: Diretriz 02:

atendimento do PAA socioassistencial SMA 206061600.2.009000 Promoção doFonte: 0 abastecimento e

à rede Até final de estruturação desocioassistencial vigência do sistemas

PLAMSAN Programa: sustentáveis e082441702.2.018000 descentralizados,

Fonte: 0 de baseagroecológica, de

produção,extração,

processamento edistribuição de

alimentos

Aquisição, 100% dos SMAS SMAS Programa: Diretriz 02:

distribuição de agricultores da SMA 206061600.2.009000 Promoção doFonte: 0 abastecimento e

alimentos produzidos agricultura familiar estruturação depor agricultores até final de sistemas

familiares, mulheres vigência do sustentáveis e

rurais, assentados da PLAMSAN descentralizados,de base

reforma agrária, com agroecológica, deprioridade para os produção,

agroecológicos, para extração,

distribuição a pessoas processamento edistribuição de

ou famílias da rede alimentossocioassistencial

153

Ampliar o acesso equalificar os serviçosde assistência técnicae extensão rural e deinovação tecnológica,de forma continuada epermanente, para os

agricultores familiares,assentados da reforma

agrária.

Acesso à terra eQualificar os

serviços degestão territorial

assistênciatécnica rural

Prestar serviços de 100% das famílias SMA SMA Programa:

Assistência Técnica e assentadas e EMATER 206061600.2.009000Fonte: 0

Extensão Rural 30% de mulheres(ATER) qualificada e rurais, até final de

continuada para 20 vigência doPLAMSANfamílias de

agricultoresassentados da

reforma agrária,garantindo adiversificação

produtiva e de rendae a segurança

alimentar enutricional,

atendendo, nomínimo, 30% demulheres rurais

Atender famílias da 100% das famílias SMA SMA Programa:

agricultura familiar Até final da EMATER 206061600.2.009000Fonte: 0

com metodologia de vigência doATER para produção, PLAMSANorganização, gestão e

comercialização

Prestação dos Realizar ao menos Programa:

serviços qualificados 3 qualificações no 206061600.2.009000

Fonte: 0e continuados de ano

assistência técnica, 2017

extensão rural e 2018

Diretriz 02:Promoção do

abastecimento eestruturação de

sistemassustentáveis e

descentralizados,de base

agroecológica,de produção,

extração,processamento e

distribuição dealimentos

Diretriz 02:Promoção do

abastecimento eestruturação de

sistemassustentáveis e

descentralizados,de base

agroecológica,de produção,

extração,processamento e

distribuição dealimentos

Diretriz 02:Promoção do

abastecimento eestruturação de

sistemassustentáveis e

154

capacitação, 2019 descentralizados,

articulados com de baseagroecológica, de

concessão de produção,investimentos, para extração,

público da agricultura processamento e

familiar, para a distribuição dealimentos

organização daprodução de

empreendimentosda agricultura familiar

Promover o acesso à Acesso à terra e Assegurar e Assegurar assistência 100% das famílias SMA SMA Programa: Diretriz 02:

terra a trabalhadores gestão territorial garantir técnica e extensão até final de 206061600.2.009000 Promoção doFonte: 0 abastecimento e

rurais e o processo de assistência rural para 20 famílias vigência do estruturação dedesenvolvimento dos técnica as assentadas da PLAMSAN sistemasassentamentos como famílias de reforma agrária sustentáveis e

formas de democratizar o assentados descentralizados,regime de propriedade, de base

combater a pobreza rural, agroecológica, deprodução,

ampliar o abastecimento extração,alimentar interno e a processamento e

segurança alimentar e distribuição denutricional alimentos

Garantir a assistência 100% das famílias SMA SMA Programa: Diretriz 02:

social, técnica e Até final da 206061600.2.009000 Promoção doFonte: 0 abastecimento e

jurídica às famílias vigência do estruturação deacampadas de PLAMSAN sistemas

trabalhadores rurais sustentáveis edescentralizados,

de baseagroecológica, de

produção,extração,

processamento edistribuição de

alimentos

155

Proporcionar o Atender 100% das SMAS Programa: Diretriz 02:

acesso das famílias famílias nas 206061600.2.009000 Promoção doFonte: 0 abastecimento e

acampadas políticas púbicas. estruturação dede trabalhadores Ate final de sistemas

rurais às políticas vigência do sustentáveis e

sociais. PLAMSAN descentralizados,de base

agroecológica, deprodução,extração,

processamento edistribuição de

alimentos

Proporcionar 100% das famílias Secr.. SMA Programa: Diretriz 02:

condições básicas de Até final de Administra Secr. 206061600.2.009000 Promoção doFonte: 0 abastecimento e

acesso, saneamento, vigência do ção Administração estruturação decrédito, moradia, PLAMSAN sistemas

subsistência sustentáveis e

e convivência para as descentralizados,de base

famílias beneficiárias agroecológica, dedo Programa produção,

Nacional extração,

de Reforma Agrária processamento edistribuição de

alimentos

Promover a autonomia Acesso à Políticas AtenderArticulação Atender 100% dos SMA SMA Programa: Diretriz 02:

intersetorial para a agricultores até EMATER 206061600.2.009000 Promoção doeconômica das mulheres Públicas Grupos

qualificação de final de vigênciaFonte: 0 abastecimento e

rurais, por meio da sua produtivos de estruturação degrupos de mulheres do PLAMSANinclusão na gestão mulheres sistemas

Assistência Técnica eeconômica e no acesso sustentáveis eExtensão Rural descentralizados,aos recursos naturais e à (ATER) de base

renda, da ampliação e agroecológica, dequalificação das políticas produção,

públicas de segurança extração,alimentar e nutricional. processamento e

distribuição dealimentos

156

Qualificar os grupos Atender 100% das SMA SMA Programa: Diretriz 02:produtivos de mulheres até final EMATER 206061600.2.009000 Promoção do

mulheres por meio de vigência do Fonte: 0 abastecimento eestruturação de

de ações de PLAMSAN sistemasATER e de apoio à sustentáveis e

organização produtiva descentralizados,de mulheres rurais de base

agroecológica, deprodução,extração,

processamento edistribuição de

alimentos

Promoção do acesso 100% das SMA SMA Programa: Diretriz 02:das mulheres rurais mulheres até final EMATER 206061600.2.009000 Promoção do

ao de vigência do Fonte: 0 abastecimento eestruturação de

PAA. PLAMSAN sistemassustentáveis e

descentralizados,de base

agroecológica, deprodução,extração,

processamento edistribuição de

alimentos

Apoio às 100% das SMA SMA Programa: Diretriz 02:organizações mulheres até final EMATER 206061600.2.009000 Promoção do

econômicas das de vigência do Fonte: 0 abastecimento eestruturação de

mulheres, garantindo PLAMSAN sistemasacesso a canais de sustentáveis e

comercialização descentralizados,como feiras de base

territoriais, locais e agroecológica, de

centrais de produção,extração,

comercialização processamento edistribuição de

alimentos

157

Fortalecimento das Incluir ao menos SMA SMA Programa: Diretriz 02:ações de formação duas EMATER 206061600.2.009000 Promoção do

em trabalhadoras Fonte: 0 abastecimento eestruturação de

políticas públicas e rurais das sistemasgarantia da mulheres até final sustentáveis eparticipação de vigência do descentralizados,

das trabalhadoras PLAMSAN de baserurais nas instâncias agroecológica, de

colegiadas e comitês produção,extração,

gestores de políticas processamento ede distribuição de

desenvolvimento alimentosterritorial

158

DESAFIO 3 - Promover a produção de alimentos saudáveis e sustentáveis, a estruturação da agricultura familiar e o fortalecimentode sistemas de produção de base agroecológica – Corresponde à Diretriz 2 da PNSAN;

Objetivo Subtema Meta Ações – Propostas Ind. De Órgão Parceiros PPA DiretrizResultado responsável Nacional

Promover o modelo Fortalecimento Prestar ATER Capacitar produtores e 100% dos SMA SMA Programa: Diretriz 02:

de produção, da Agricultura qualificada, técnicos do setor em produtores EMATER 206061600.2.009000 Promoção doFonte: 0 abastecimento e

extração e Familiar voltados para a tecnologias apropriadas e técnicos estruturação deprocessamentos de produção aos sistemas orgânicos até final de sistemas

alimentos agroecológica e/ou mecanismos de vigência do sustentáveis e

agroecológicos e direcionada e controle da qualidade PLAMSAN descentralizados,continuada para de base

orgânicos e de orgânicaas famílias agroecológica,proteção e assentadas da de produção,

valorização da extração,reforma agrária

agrobiodiversidadeprocessamento e

e grupos de distribuição demulheres alimentos

Apoiar a 100% dos SMA SMA Programa: Diretriz 02:

comercialização de produtores 206061600.2.009000 Promoção doFonte: 0 abastecimento eprodutos até final de

estruturação deagroecológicos e vigência do

sistemasorgânicos que PLAMSAN

sustentáveis ecompõem a pauta da descentralizados,

Política de Garantia de de basePreços Mínimos, agroecológica,

incluindo o público da de produção,extração,

agricultura familiar de processamento emodo a contribuir para distribuição de

a garantia do alimentos

abastecimento interno eda soberania alimentar

(Proposta daConferencia SAN/2015)

159

Aperfeiçoar os Transição Atender famílias Tornar acessíveis Atender SMA SMAmecanismos de Agroecológica com políticas de tecnologias apropriadas 100% dos EMATER

gestão, controle e apoio à produção aos sistemas de produtoreseducação voltados orgânica e de produção orgânica e de até final de

para o uso de base base agroecológica vigência doagrotóxicos, agroecológica PLAMSANorganismos

geneticamentemodificados e demais

insumos agrícolas

Criar um grupo Grupos SMA Prefeituraintersetorial para a estruturado Municipal

definição de estratégias até 2018 SMAde controle e uso dos SMS

agrotóxicos

Elaboração e - Materiais SMA Todos osdistribuição de elaborados setores da

materiais educativos em 2017 prefeitura,sobre o uso de comercio,

agrotóxicos - Realizar e outrosduas órgão afins

campanhaspor ano

201720182019

Programa: Diretriz 02:206061600.2.009000 Promoção do

Fonte: 0 abastecimento eestruturação de

sistemassustentáveis e

descentralizados,de base

agroecológica,de produção,

extração,processamento e

distribuição dealimentos

Programa: Diretriz 02:206061600.2.009000 Promoção do

Fonte: 0 abastecimento eestruturação de

Programa:sistemas

sustentáveis e103051500.2.022000descentralizados,Fonte: 497

de baseagroecológica,de produção,

extração,processamento e

distribuição dealimentos

Programa: Diretriz 02:206061600.2.009000 Promoção do

Fonte: 0 abastecimento eestruturação de

Programa:sistemas

sustentáveis e103051500.2.022000

descentralizados,Fonte: 497 de base

agroecológica,de produção,

extração,processamento e

distribuição de

160

Garantir a qualidade esegurança higiênico-

sanitária etecnológica dos

produtos a seremconsumidos e facilitara comercialização nomercado formal dos

produtos dasagroindústrias

familiares.

alimentos

Aperfeiçoamento dos Contratação SMA Prefeitura Programa: Diretriz 02:processos de de dois Municipal 206061600.2.009000 Promoção do

fiscalização de insumos técnicos para Fonte: 0 abastecimento eestruturação depecuários e agrícolas realizar a

sistemasfiscalização

sustentáveis eaté descentralizados,

2018 de baseagroecológica,de produção,

extração,processamento e

distribuição dealimentos

Legislação Coordenar e Estruturar e fortalecer Contratar ao SME Prefeitura Programa: Diretriz 02:

Sanitária supervisionar os serviços de inspeção menos dois Municipal 206061600.2.009000 Promoção doFonte: 0 abastecimento e

produtos sanitária. profissionais SME estruturação de2018 sistemas2019 Programa: sustentáveis e

103051500.2.022000 descentralizados,Fonte: 497 de base

agroecológica,de produção,

extração,

Promoção da Educação - Realizar ao SME SME Programa: Diretriz 02:

Sanitária e Defesa menos duas 206061600.2.009000 Promoção doFonte: 0 abastecimento e

Agropecuária campanhas estruturação depor ano sistemas

2017 Programa: sustentáveis e2018 103051500.2.022000 descentralizados,

2019 Fonte: 497 de baseagroecológica,de produção,

extração,

161

Desafio 4 - Promover o abastecimento e o acesso regular e permanente da população brasileira à alimentação adequada e saudável – Corresponde à Diretriz 2 da PNSAN

Objetivo Subtema Meta Ações – Ind. De Órgão Parceiros PPA DiretrizPropostas Resultado responsável nacional

Utilizar a Compras Ampliar as compras Melhoria da -Realizar a SMA Prefeitura Programa: Diretriz 02:

abordagem Públicas públicas da infraestrutura manutenção Municipal 206061600.2.009000 Promoção doFonte: 0 abastecimento e

territorial como Agricultura Familiar viária municipal das vias SMA estruturação deestratégia para e territorial para mensalmente sistemas sustentáveis

promover a escoamento da e descentralizados, de

integração de produção dos -Adquirir pelo base agroecológica,de produção, extração,

políticas públicas agricultores menos 10 processamento ee a otimização de familiares por equipamentos distribuição de

recursos, visando meio da até final de alimentos:

à produção de aquisição de final doalimentos e ao máquinas e PLAMSAN

desenvolvimento equipamentosrural Apoiar projetos Dois projetos SMA Prefeitura Programa: Diretriz 02:

de infraestrutura ao menos no Municipal 206061600.2.009000 Promoção doFonte: 0 abastecimento e

e serviços nos ano SMAestruturação de

territórios rurais 2017 sistemas sustentáveis2018 e descentralizados, de2019 base agroecológica,

de produção, extração,processamento e

distribuição dealimentos

Realizar mutirões de Execução de Realizar quatro SMA Prefeitura Programa: Diretriz 02:

documentação mutirões mutirões até Municipal 206061600.2.009000 Promoção doFonte: 0 abastecimento eatendendo as itinerantes para final de SMA

estruturação demulheres rurais para a emissão vigência do SMAS

sistemas sustentáveisa emissão gratuita de gratuita de PLAMSAN Programa:e descentralizados, dedocumentação civil 082441702.2.018000

documentação base agroecológica,Fonte: 0

162

básica. civil básica,realização deatendimentos

previdenciários,serviços de

apoio àformalização,bem como aexecução de

açõeseducativas,

visandoassegurar àstrabalhadorasrurais o plenoexercício dosseus direitos

sociais,econômicos esua cidadania

de produção,extração,

processamentoe distribuiçãode alimentos

Alcançar 30% do Ampliar a Realizar ao SMA Prefeitura Programa: Diretriz 02:

recurso federal participação das menos seis Municipal 206061600.2.009000 Promoção doFonte: 0 abastecimento erepassado para a mulheres no capacitações SMA

estruturação deaquisição de gêneros Programa de as produtoras SME

sistemas sustentáveisalimentícios da Aquisição de rurais até final e descentralizados, de

agricultura familiar Alimentos do PLAMSAN base agroecológica,para o Programa de produção, extração,

Nacional de processamento eAlimentação Escolar distribuição de

(PNAE). alimentos

163

Equipamentos Apoio a estruturação Reestruturar o Ação realizado SMA Prefeitura Programa: Diretriz 02:

públicos de de equipamentos espaço da Feira em 2017 Municipal 206061600.2.009000 Promoção doFonte: 0 abastecimento e

SAN públicos de Livre SMA estruturação deSegurança Alimentar SMAS sistemas sustentáveise Nutricional (SAN) e descentralizados, de

para receber base agroecológica,alimentos saudáveis, de produção, extração,

incluindo os da processamento e

Agricultura Familiar distribuição dealimentos

164

DESAFIO 5 - Promover e proteger a Alimentação Adequada e Saudável da População Brasileira, com estratégias de educação alimentar e nutricional e medidas regulatórias – Corresponde às Diretrizes 3 e 5 da PNSAN

Objetivo Subtema Meta Ações – Propostas Ind. De Órgão Parceiros PPA DiretrizResultado responsável nacional

Assegurar Promoção da Elaborar e Promoção de - Realizar SMA Todos os Programa: Diretriz 03:

processos Alimentação pulicar ações campanhas com o duas setores da 123611400.2.014000 Instituição deFonte:0 processos

permanentes Saudável de educação objetivo de campanhas prefeitura, permanentes dede Educação para o fortalecer as ações por ano comercio, e Programa: educação alimentar e

Alimentar e consumo de educação para 2017 outros órgão 206061600.2.009000 nutricional, pesquisa

Nutricional o consumo 2018 afins Fonte: 0 e formação nas áreassaudável para a 2019 de segurança

(EAN) e de Programa:população em alimentar e nutricionalpromoção da 082441702.2.018000 e do direito humano à

geral.alimentação Fonte: 0 alimentação

adequada e adequadaElaboração e - Realizar ao SMA Todos os Programa: Diretriz 03:saudável, na

implementação de menos duas setores da 123611400.2.014000 Instituição deperspectiva da Fonte:0 processos

estratégia de campanhas prefeitura,Segurança permanentes decomunicação por ano comercio, e

Alimentar e educação alimentar esobre os 2017 outros órgão nutricional, pesquisaNutricional

benefícios do 2018 afins Programa: e formação nas áreas(SAN) e da 2019 082441702.2.018000 de segurança

consumogarantia do Fonte: 0 alimentar e nutricionaldos produtos deDireito Humano e do direito humano à

base alimentaçãoà Alimentaçãoagroecológica

adequadaAdequada

(DHAA) Promoção de Realizar ao SMA SMAS Programa: Diretriz 03:

processos menos uma 123611400.2.014000 Instituição deFonte:0 processos

permanentes de qualificação permanentes deformação de no ano Programa: educação alimentar e

profissionais que 2017 206061600.2.009000 nutricional, pesquisa

atuam com o 2018 Fonte: 0 e formação nas áreas2019 de segurança

componente alimentar e nutricionalalimentação e Programa: e do direito humano ànutrição em 082441702.2.018000 alimentação

políticas públicas, Fonte: 0 adequada

165

com destaque paraaqueles que atuam

nos programassocioassistenciais

Desenvolvimento - Realizar ao SMA Todos osde estratégias menos duas setores da

educativas e de campanhas prefeitura,mobilização para a por ano comercio, e

promoção de 2017 outros órgão2018práticas afins2019alimentares

adequadas esaudáveis para o

público jovem

Publicar dados - Realizar ao SMS SMSrelacionados ao menos uma

monitoramento de publicaçãoagrotóxicos em em

água para 20172018consumo humano2019

Estruturar e Promoção da Incentivo às ações - Realizar ao SME SMEintegrar ações Alimentação de promoção da menos duasde Educação Saudável no alimentação campanhasAlimentar e Ambiente adequada e por ano

Nutricional nas Escolar saudável nas 20172018redes escolas públicas e2019institucionais particulares, com

de serviços ênfase napúblicos, de promoção de

Programa: Diretriz 03:123611400.2.014000 Instituição de

Fonte:0 processospermanentes de

Programa: educação alimentar e206061600.2.009000 nutricional, pesquisa

Fonte: 0 e formação nas áreasde segurança

Programa: alimentar e nutricional082441702.2.018000 e do direito humano à

Fonte: 0 alimentaçãoadequada

Programa: Diretriz 03:103051500.2.022000 Instituição de

Fonte: 497 processospermanentes de

educação alimentar enutricional, pesquisa

e formação nas áreasde segurança

alimentar e nutricionale do direito humano à

alimentaçãoadequada

Programa: Diretriz 03:123611400.2.014000 Instituição de

Fonte:0 processospermanentes de

educação alimentar enutricional, pesquisa

e formação nas áreasde segurança

alimentar e nutricionale do direito humano à

alimentaçãoadequada

166

modo aestimular a

autonomia dosujeito paraprodução e

práticasalimentares

adequadas esaudáveis

cantinas escolaressaudáveis.

Organização de 3 reuniões SME SME Programa: Diretriz 03:

campanhas estratégias SMA 123611400.2.014000 Instituição deFonte:0 processos

educativas para a Ano de 2017 SMAS permanentes dedifusão de Outros órgãos Programa: educação alimentar e

informações, do município 206061600.2.009000 nutricional, pesquisa

orientação e Fonte: 0 e formação nas áreasde segurança

estímulo à adoção alimentar e nutricionalde práticas e Programa: e do direito humano à

escolhas 082441702.2.018000 alimentação

alimentaresFonte: 0 adequada

saudáveis pelapopulação, por

meio davalorização dos

alimentosproduzidoslocalmente.

Realização de - Realizar ao SME SME Programa: Diretriz 03:

evento e oficinas menos duas 123611400.2.014000 Instituição deFonte:0 processos

com professores, oficinas por permanentes deespecialistas e ano educação alimentar e

gestores públicos 2017 nutricional, pesquisa

que atuam com 2018 e formação nas áreas2019 de segurança

políticas de alimentar e nutricionalalimentação e e do direito humano ànutrição para alimentação

subsidiar a adequada

elaboração domarco conceitual

de educaçãoalimentar enutricional

167

DESAFIO 6 - Controlar e Prevenir os Agravos decorrentes da má alimentação – Corresponde à Diretriz 5 da PNSAN

Objetivo Subtema Meta Ações – Propostas Ind. De Órgão Parceiros PPA DiretrizResultado responsá nacional

velEstruturar a Controle dos Aumentar o número 100% dos alunos SME SME Programa: Diretriz 05:

atenção riscos de educandos até final de SMS 103011500.2.021000 FortalecimentoFonte: 495 das ações de

nutricional na relacionados cobertos pelo vigência do alimentação erede de ao consumo Programa Saúde na PLAMSAN nutrição em todos

atenção à de alimentos Escola (PSE). os níveis da

saúde. atenção à saúde,de modo

articulado àsdemais ações de

segurançaalimentar enutricional

Divulgação e - Materiais SME SME Programa: Diretriz 05:

implementação de elaborados em SMS 103011500.2.021000 FortalecimentoFonte: 495 das ações de

materiais de apoio e 2017 alimentação equalificação das nutrição em todos

ações de Promoção - Realizar duas os níveis da

da Alimentação campanhas por atenção à saúde,de modo

Adequada e Saudável ano articulado àsno âmbito do 2017 demais ações de

Programa Saúde na 2018 segurança

Escola (PSE). 2019 alimentar enutricional

Controlar e Deter o Implementação da Cinco reuniões SME SME Programa: Diretriz 05:

prevenir os crescimento Estratégia por ano 103011500.2.021000 FortalecimentoFonte: 495 das ações de

agravos e da obesidade Intersetorial de 2017 alimentação edoenças na população Prevenção e Controle 2018 nutrição em todos

consequentes adulta, por da Obesidade 2019 os níveis da

da insegurança meio de ações atenção à saúde,de modo

alimentar e articuladas no articulado às

168

nutricional âmbitoda Câmara

Interministerialde Segurança

Alimentar eNutricional(CAISAN).

demais ações desegurançaalimentar enutricional

Estabelecer Criar um SMS SMS Programa: Diretriz 05:

protocolos de atenção protocolo em 103011500.2.021000 FortalecimentoFonte: 495 das ações de

à saúde para 2017 alimentação ecrianças e nutrição em todos

adolescentes com os níveis da

excesso de peso. atenção à saúde,de modo

articulado àsdemais ações de

segurançaalimentar enutricional

Atingir 70% das 70% da meta SME SME Programa: Diretriz 05:

escolas do ensino atingida até final SMS 103011500.2.021000 FortalecimentoFonte: 495 das ações de

básico, que constem de vigência do alimentação enos termos de PLAMSAN nutrição em todoscompromisso os níveis da

municipal do PSE, atenção à saúde,de modo

com atividades no articulado àscotidiano escolar demais ações de

referentes à avaliação segurança

antropométrica, à alimentar enutricional

avaliação nutricional eàs ações de

segurança alimentar epromoção da

alimentação saudávelAcompanhamento 85% das famílias Programa: Diretriz 05:

das famílias com perfil acompanhadas a 103011500.2.021000 FortalecimentoFonte: 495 das ações de

de saúde do cada semestre alimentação ePrograma Bolsa nutrição em todos

Família quanto às Programa: os níveis da

condicionalidades de 082441700.2.013000 atenção à saúde,de modo

saúde Fonte:806 articulado àsdemais ações de

169

segurançaalimentar enutricional

Realizar programasde Oito campanhas SME SME Programa: Diretriz 05:

prevenção econtrole

por ano até final SMS 103011500.2.021000 Fortalecimento

Fonte: 495 das ações dede vigência dodas carências alimentação e

PLAMSANnutricionais.

nutrição em todosos níveis da

atenção à saúde,de modo

articulado àsdemais ações de

segurançaalimentar enutricional

Induzir, em parceria Uma divulgação SMS SMS Programa: Diretriz 05:

Promover o com a sociedade civil, por ano até final e outros 103011500.2.021000 FortalecimentoFonte: 495 das ações de

controle e a a publicação do de vigência do segmentos alimentação eregulação de decreto que PLAMSAN nutrição em todos

alimentos regulamenta a Lei nº os níveis da

11.265/2006, que atenção à saúde,de modo

dispõe sobre a articulado àscomercialização de demais ações de

alimentos para segurança

lactentes e crianças alimentar enutricional

de primeira infância etambém produtos de

puericultura correlatosDesenvolvimento de Duas reuniões SMS SMS Programa: Diretriz 05:

estratégias de por ano até final 103011500.2.021000 FortalecimentoFonte: 495 das ações de

informação e de vigência do alimentação eeducação dos PLAMSAN nutrição em todos

consumidores sobre os níveis da

rotulagem, preparo e atenção à saúde,de modo

consumo de articulado àsalimentos, demais ações de

a fim de propiciar uma segurança

alimentação saudável alimentar enutricional

e segura

170

Fortalecer a vigilânciaalimentar enutricional.

Aumentar em 35% a Atingir meta até SMS SMS Programa: Diretriz 05:

cobertura 2018 103011500.2.021000 FortalecimentoFonte: 495 das ações de

populacional do alimentação eSistema de Vigilância nutrição em todos

Alimentar e os níveis da

Nutricional (SISVAN) atenção à saúde,de modo

articulado àsdemais ações de

segurançaalimentar enutricional

Elaboração de Realizar 01 SMS SMS Programa: Diretriz 05:

diagnóstico da instrumental até 103011500.2.021000 FortalecimentoFonte: 495 das ações de

situação alimentar e 2017 alimentação enutricional da nutrição em todos

população os níveis daatenção à saúde,

de modoarticulado às

demais ações desegurançaalimentar enutricional

Contratar por meio de 01 profissional SMS Prefeitura Programa: Diretriz 05:

concurso profissional contrato até 2018 Municipal 103011500.2.012000 FortalecimentoFonte: 303 das ações de

com formação em alimentação enutrição para nutrição em todos

acompanhamento da os níveis da

SAN na política de atenção à saúde,de modo

Saúde e Alimentação articulado àsdo SISVAN demais ações de

segurançaalimentar enutricional

171

DESAFIO 7 - Ampliar a disponibilidade hídrica e o acesso à agua para a população, em especial a população pobre no meio rural– Corresponde à Diretriz 6 da PNSAN;

Objetivo Subtema Meta Ações – Propostas Ind. De Órgão Parceiros PPA DiretrizResultado responsável Nacional

Garantir o acesso Recursos Conservar e Estruturação de Programa SMA SMA Programa: Diretriz 6:

à água para o Hídricos recuperar solos, programa de em 206061600.2.009000 Promoção doFonte: 0 acesso universal à

consumo humano matas ciliares e recuperação de execução água de qualidadee a produção de áreas de áreas de em 2017 e em quantidade

populações rurais nascentes preservação suficientes, com

difusas e de baixa permanente em sub- prioridade para asfamílias em

renda, de forma a bacias hidrográficas situação depromover cujos trechos de rios insegurança

qualidade e sejam considerados hídrica e para a

quantidade prioritários para a produção dealimentos da

suficientes à conservação dos agricultura familiarsegurança recursos hídricos. e da pesca ealimentar e aquiculturanutricional Recuperação e Realizar ao SMA SMA Programa: Diretriz 6:

conservação de menos 206061600.2.009000 Promoção doFonte: 0 acesso universal à

água, solo e quatro água de qualidaderecursos florestais ações até e em quantidadepara revitalização final de suficientes, com

das bacias dos rios vigência do prioridade para asfamílias em

PLAMSAN situação deinsegurança

hídrica e para aprodução dealimentos da

agricultura familiare da pesca eaquicultura

172

DESAFIO 8 - Consolidar a implementação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), aperfeiçoando a gestão federativa, a intersetorialidade e a participação social – Corresponde às Diretrizes 3, 8 da PNSAN e Diretriz SISAN;

Objetivo Subtema Meta Ações – Propostas Ind. De Órgão Parceiros PPA DiretrizResultado responsá Nacional

velIdentificar Intersetorialidade Elaboração Promover a II PLAMSAN SMAS SMAS Programa: Diretriz 08:

avanços e do II Plano elaboração do Plano 2019 SME 123611400.2.014000 MonitoramentoFonte:0 da realização do

retrocessos no Municipal de Municipal de SMS direito humano àcumprimento das Segurança Segurança Alimentar e SMA Programa: alimentação

obrigações de Alimentar e Nutricional (SAN) adequada.206061600.2.009000respeitar, Nutricional Fonte: 0proteger,

Programa:promover e 082441702.2.018000prover o Direito Fonte: 0

Humano àPrograma:Alimentação

Adequada 103011500.2.012000Fonte: 0

(DHAA). Apoiar o Realizar ao SMAS SMAS Programa: Diretriz 08:

fortalecimento da menos 8 SME 123611400.2.014000 MonitoramentoFonte:0 da realização do

CAISAN Municipal nas reuniões por SMS direito humano àatribuições relativas à ano SMA Programa: alimentação

promoção da 2017 adequada.206061600.2.009000intersetorialidade da 2018 Fonte: 0

PNSAN. 2019Programa:

082441702.2.018000Fonte: 0

Programa:103011500.2.012000

Fonte: 0

173

Plano Assegurar a efetiva 01 Plano SMAS SMAS Programa: Diretriz 08:

intersetorial implementação do Intersetorial SME 123611400.2.014000 MonitoramentoFonte:0 da realização do

de SAN Plano Intersetorial elaborado em SMS direito humano àpara prevenção e 2017 SMA Programa: alimentação

controle da obesidade, adequada.206061600.2.009000elaborado pela Fonte: 0

CAISAN, garantindoPrograma:recursos financeiros 082441702.2.018000

necessário à sua Fonte: 0execução conforme o

Programa:SISAN (Proposta daConferencia de 103011500.2.012000

Fonte: 0SAN/2015)

Consolidar a Ao menos 8 SMAS SMAS Programa: Diretriz 08:

intersetorialidade e a reuniões da SME 123611400.2.014000 MonitoramentoFonte:0 da realização do

participação social na CAISAN por SMS direito humano àimplementação do ano SMA Programa: alimentação

SAN e do SISAN para 2017 adequada.206061600.2.009000a realização do DHAA 2018 Fonte: 0

(Proposta da 2019Programa:Conferencia de 082441702.2.018000

SAN/2015) Fonte: 0

Programa:103011500.2.012000

Fonte: 0Participação Apoiar a Apoiar a participação e 100% da SMAS SMAS Programa: Diretriz 08:

social realização da controle social, por sociedade civil SME 123611400.2.014000 MonitoramentoFonte:0 da realização do

III meio dos conselhos de presente nas SMS direito humano àConferência segurança alimentar e reuniões do SMA Programa: alimentação

Municipal de nutricional. COMSEA adequada.206061600.2.009000Segurança até final de Fonte: 0Alimentar e vigência do

Programa:Nutricional PLAMSAN 082441702.2.018000Fonte: 0

Programa:103011500.2.012000

174

Fonte: 0

Garantir o Ao menos 10 SMAS SMAS Programa: Diretriz 08:

funcionamento do reuniões ao SME 123611400.2.014000 MonitoramentoFonte:0 da realização do

COMSEA ano SMS direito humano à2017 SMA Programa: alimentação

2018 adequada.206061600.2.0090002019 Fonte: 0

Programa:082441702.2.018000

Fonte: 0

Programa:103011500.2.012000

Fonte: 0Monitoramento Revisão do Realizar o 8 reuniões ano SMAS SMAS Programa: Diretriz 08:

PLAMSAN monitoramento, Até final de SME 123611400.2.014000 MonitoramentoFonte:0 da realização do

acompanhemento e vigência do SMS direito humano àavaliação do PLAMSAN SMA Programa: alimentação

PLAMSAN pela adequada.206061600.2.009000CAISAN Fonte: 0

Programa:082441702.2.018000

Fonte: 0

Programa:103011500.2.012000

Fonte: 0Formação, Plano de Elaborar um plano de 01 plano SMAS SMAS Programa: Diretriz 08:

pesquisa e Capacitação capacitação elaborado no SME 123611400.2.014000 MonitoramentoFonte:0 da realização do

extensão em continuada continuada para ano de 2017 SMS direito humano àSAN e DHAA formação e SMA Programa: alimentação

fortalecimento dos adequada.206061600.2.009000COMSEA, CAISAN e Fonte: 0

entidades sociaisPrograma:afetas ao SISAN 082441702.2.018000

(Proposta da Fonte: 0Conferencia de

Programa:SAN/2015)103011500.2.012000

175

Fonte: 0

Promover a educação 100% das SMAS SME Programa: Diretriz 08:

alimentar e nutricional escolas até 123611400.2.014000 MonitoramentoFonte:0 da realização do

em todos os níveis de final de direito humano àensino, com dos vigência do Programa: alimentação

temas do DHAA, e PLAMSAN adequada.206061600.2.009000SAN, considerando a Fonte: 0

transição nutricional ePrograma:demográfica, e

082441702.2.018000incorporar tais temas Fonte: 0

ao processo dePrograma:formação dos

profissionais da área 103011500.2.012000Fonte: 303

de saúde, educação eagricultura e áreasafins, garantindo o

alcance das práticaseducativas a toda a

população (Propostada Conferencia de

SAN/2015)Gestão e Estabelecime Assegurar recursos Inclusão de SMAS Prefeitura Programa: Diretriz 08:

financiamento do nto dos financeiros para dotação Setor de 123611400.2.014000 MonitoramentoFonte:0 da realização do

SISAN mecanismos implementar ações de orçamentaria contabili direito humano àde educação alimentar e na LOA. dade Programa: alimentação

financiamento nutricional, nos 2017 adequada.206061600.2.009000para a gestão setores da educação, 2018 Fonte: 0

do (SISAN), saúde, assistência 2019Programa:com vistas ao social, agricultura e

082441702.2.018000fortalecimento demais setores Fonte: 0

dos seus relacionados ao tema,Programa:componentes: como também

CAISAN e subsidiar ações 103011500.2.012000Fonte: 0

COMSEA. permanentes deformação técnica e

capacitação dosprofissionais

176

envolvidos nosserviços públicos de

atenção à saúdeequipamentos públicos

de abastecimento,alimentação e

nutrição, educação eassistência social

(proposta daconferencia de

SAN/2015)Viabilizar recursos Adquirir SME SME Programa: Diretriz 3 –

financeiros para conforme SMS SMS 103011500.2.012000 Instituição deFonte: 303 Processos

aquisição de demanda dos Permanentes deequipamentos e profissionais Educaçãoaparelhos para Alimentar e

avaliação nutricional Nutricional,Pesquisa e

Formação nasÁreas de

SegurançaAlimentar e

Nutricional e doDireito Humano à

AlimentaçãoAdequada

177

DESAFIO 9 - Apoio a iniciativas de promoção da soberania, segurança alimentar e nutricional, do direito humano à alimentaçãoadequada e de sistemas alimentares democráticos, saudáveis e sustentáveis em âmbito internacional, por meio do diálogo e dacooperação internacional – Corresponde à Diretriz 7 da PNSAN.

Este desafio não se aplica a realidade do município de Xambrê, pois no momento não se tem pessoas de outros países nomunicípio.

178

_____________________________Capítulo V

179

5. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLAMSAN

A implantação com sucesso, do Plano Municipal de Segurança Alimentar e

Nutricional – PLAMSAN, no município de Xambrê, depende, não somente da

mobilização e vontade política das forças sociais e institucionais, mas, também,

de mecanismos e instrumentos de acompanhamento e avaliação nas diversas

ações, a serem desenvolvidas, durante os quatro anos de sua vigência.

As Políticas públicas de Saúde, Educação, Esporte e Lazer, Assistência Social e

Agricultura na figura dos seus gestores municipais, conjuntamente com o

Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional - COMSEA são

responsáveis pela coordenação do processo de implantação e consolidação do

Plano, formando em conjunto o “Comitê de Avaliação e Acompanhamento do

PLAMSAN”. Desempenhará também um papel essencial nessas funções a

Sociedade Civil Organizada. Assim, sob uma ótica ampla e abrangente, o

conjunto das instituições envolvidas, sejam elas governamentais ou não,

assumirá o compromisso de acompanhar e avaliar as metas e estratégias aqui

estabelecidas, sugerindo sempre que necessário, as intervenções para correção

ou adaptação no desenvolvimento das metas.

Os desafios propostos e as diretrizes nacionais e as metras estratégias deste

Plano, somente poderão ser alcançadas se ele for concebido e acolhido como

Plano do Município, mais do que Plano de Governo e, portanto, assumido como

um compromisso da sociedade para consigo mesma.

É fundamental que a avaliação seja efetivamente realizada, de forma periódica e

contínua e que o acompanhamento seja voltado à análise de aspectos

qualitativos e quantitativos do desempenho do PLAMSAN, tendo em vista a

melhoria e o desenvolvimento do mesmo de forma intersetorial.

Para isto, deverão ser instituídos mecanismos de avaliação e acompanhamento,

necessários para monitorar continuamente durante os quatro anos de vigência, a

execução do PLAMSAN juntamente com o PPA Municipal.

180

A avaliação será realizada todos os anos, com orientação dos órgãos afins e

pelo COMSEA, por meio de conferências, audiências, encontros e reuniões,

organizadas pelo Comitê de Avaliação e Acompanhamento.

A avaliação e o monitoramento servirão para verificar se as prioridades, metas e

estratégias propostas no PLAMSAN estão sendo atingidas, bem como se as

mudanças necessárias estão sendo implementadas.

Tabela 34 - Cronograma de monitoramento e avaliação

Ação 2016 2017 2018 2019

Implementação do Plano X

Acompanhamento das ações X X X

Monitoramento e avaliação X X X

Avaliação final X

Elaboração do II PLAMSAN X

181

REFERÊNCIAS

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - www. ibge .gov.br/acesso

em: 04 set. 2016.

Informações municipais para planejamento institucional. Versão 2.8. março/2016.

http://www2.mppe.mp.br/cid/.acesso em 04 set.2016.

IPARDES - Caderno Estatístico do Município de Xambrê – setembro/2016.

www. ipardes .gov.br/ acesso em: 04 set. 2016.

Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – Consea - Orientações

para a Elaboração dos Planos de Segurança Alimentar e Nutricional nos Estados

e municípios/2014

Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional / 2012-2015. Curitiba, Pr.

CAISAN, 2013. 100p.: 30cm

Plano Municipal de Educação – 2015/2024

Plano Municipal dos Direitos Humanos de Criança e Adolescente – 2016/2025

Plano Municipal de Saúde – 2013

Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional / PLANSAN 2012-2015

www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/seguranca_alimentar/Plano_Caisan.pd

f. Acesso em: 4 set. 2016.

Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional / PLANSAN 2016-2019

- Www4.planalto.gov.br › Página Inicial › Comunicação › Notícias › 2016. Acesso

em: 4 set. 2016.

182

CONSELHO MUNICIPAL DE SEGURNÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DEXAMBRÊ – PR

RESOLUÇÃO N° 02/2016

Sumula: Aprova o PLAMSAN - 2016/2019

O Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional - COMSEA, de

Xambrê, Estado do Paraná, no uso de suas atribuições legais que lhe confere a

Lei Municipal n° 1.954/2014 de 14 de abril de 2014 e considerando a deliberação

em reunião ordinária do dia 09 de setembro de 2016, ás 09:00 horas,

RESOLVE:

Art.1º Aprovar o PLAMSAN - Plano Municipal de Segurança Alimentar e

Nutricional do Município de Xambrê - 2016/2019 que prevê ações articuladas,

nas áreas de educação, saúde, assistência social, cultura, agricultura e meio

ambiente e esporte para as famílias do município de Xambrê assegurando a

todos o direito à alimentação adequada e saudável.

Art.2º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Xambrê, 09 de setembro de 2016.

Marcos Antônio SilveiraPresidente do COMSEA

183