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mWW- t.\ : ------ - . - v .:y ¦::.'¦¦¦¦.:yyy:vrrc Ses-nnda-feirà £0 de Novembro de 187© ¦ 18P. 'iàÊ&. n o *a M 815 <J*m uONDIÇÕES DA ASSIGNATURA COET» E KICTHEROT DE HOJE ATÉ AO FIM DO ANNO 38000 Numero avulso 40 réis T*T*]>!Í¥K S3 feídw' Ç=I Ò.Í.V& CONDIÇÕES DA ASSIGNATURA PROVIKCíAf DE HOJE ATE AO FIM DO ANNO 38000 Numero avulso 40 réis ¦»*? ?j.;ííííi*«5*. iíw? »afei1«ídc.-i t-.*{- «*«<&*.• r*««fcífrai'" Or^ão dos interesses ao Commercio, d.a Lavoura e da lnqnstria - ¦ 'V-:, - 0 GLOBO é propriedade de uma associação COMPLETA NEUTRALIDADE LUTA DOS PARTIDOS POLÍTICOS Officinas e Redacção Rna dos Ourives a. 51 EDIÇÃO DE HOJE km nmnw ' mecido amor pela liberdade, e a cora- ( é devedora de conhecimentos relativos pela onda.que *aqull igem verdadeiramente Romana com á algumas espécies e variedades que, W^^se^antavajntóo I que defendia as doutrinas liberaes que ; elle illustrou nas suas excursões nas robusta pam dei roçar e bases o edifício que um partido trogrado pretendia erguer de novo. l.;¦¦•-¦ ²: - --- "'— : "-'"~ m briosa '$m II IS » WS» Hnear, ^tÉÊSrÍÍá|^lKI1^ÍÍSÍlÍSíSÍÍ altaneira e rosto sereno, e a palavra sonora : Aos reclamando a ^ do^Vou^!*''8Ínòf e officioa de defuntos pela aluir pelas amigos que o cercavam aos collegas | Huun^, o ^Jf^ °to^eXam í almadóassRsrinado Badaró!... re_ que o procuravam ílludir acerca da companheiro, pnsao que pmsajjmn R , , wi*on i Cavidade do ferimento froptura por |por si, e sem mterv--~n rie autori-: O Dt.B.idaió bvixou a Ao lado dos Santa Barbara Garcia, j uma baila de um ramo importante*da j dade, exibindo ao sepultura mesmo tempo a I sem ter outra culpa que nao fossem ADVERTÊNCIA O único agente autorisado pela causa empresa do tcGlobo» para agen- nm valor real, um i I professava sem olhar a comprometi- : montanhas da Liguria, no Piernonte e ; '' mentos, sem attender a perigos,j na Ilha Sardenha.¦ j -'"o., o t Rarh-ira Garcia, ; uma oaua ae um ramo iuipuriauic u.^ ¦ u,.^, —õ'""r - , ¦ nr>im'r>ps nnlitiAs sion contar A vida de „m homem* illustre por, 8«™.™°P^ £tfg*' do (hÒj^ setdor SUvei a da Motta ', artéria Iliac) elle respondia tranquil- pnsao do O.nudor come mandante de -"^^«^L suas virtudes e.talentos.e sobre tudo | dos na Europa, e teve a .di^meta j^^^f^.^ jrpd^alist.a. e deilo: *'*»-'— w"llfi - ° )- - - , '-.MÍ iuuu uua uo. uuwr, . -r.- U- ,. ^-"n;-:._^-faW An Fpripralitta e dei 10 :- Não me Mudem, eu sei que vou pelos relevantes serviços prestados á | honra de ser citado pelo msigne De--, g^g^^^^^;^|Vífo^5^ importa ! morre üm li uma i tados'à defeza das liberdades publicas. | beràl, mas não morre da humanidade, tem sempre candole. nerecimento in- | O Dr. Badaró descendente de crime I ¦'.-. :«asnaiurasccoHraru.«i- trinsecõ, que nfio poderá desmerecer j familia notável, gosando a estima ej,„,¦,..„„.,,,, Kstran- porte deltas é o Sr. José Vieira ]^£,^dade da £enlia qu0 se in- a consideração dos primeiros sábiosdo Observador ^J^^^ggi ua Rocha, actualmente em via- j J€bf Q ^ A+de sua patria, possuía entretanto umgeiro era el le mas oseu;,esmr to^cos ftem.i Cl,te0t;ib lho, ue ahi lançamos á ] espirito exaltado emprehendedor, Hinopolita votado àdefeza daWerdade Com excepção desta pessoa: L^ 52d2,em ou,.r,nne,-eci- i a^do de novidade ; a Itália era paradesde os seus mais verdes anno. adpp- não temos outros agentes, Va^ P V^i In nn! o ri i vprdude nós i elle um iheatro limitado, a Americatou a causa do Brazil como sua, e *orma da advertência por nós mentoma »£ £™^™^«£ n^rectlhe uni mundo novo a invés-este Império então nascente contou ..c .w..;i>»« nissados nor outros «lbns mais illustres: saiba ela que Re sem outro incentivo mai. do que Raeb&c eMu»Deuu v ~, -,.1, ,-« a + ...+,, SuS^1^^!^^ ««e se ! ^ desse martyr da liberdade aindaamor da sciencia, sem outro moveicom tanto tmo, ^"^^f1^^*^ X££?agentes da nossa folha,! ^ , e,.; flCompanhado dn sinceraque nao fosse a sua vontade robusta,amor pel aca,^ ^ ^" str°n-S- desde «ue saspcnücmos a auto-; ^ tidnn coniao dos Brazileiros.com deseosto mesmo de seus parentes,zil acolheu da. n.ao.s do nm e*ti.m0ci fío-uravàó Dr. Badaró como 'redactor I -palavras memorandas que a tradi- - - - æleão conserva ainda cheias de vida, e Japi-Assú tendo aproveitado o mo- I de 1830 obscurecendo o horizonte da /TZbbrLZ. mento em que o povo corria para o justiça com a poeira levantada nos lado da estrada de Santo Amaro, em i momentos de exaltação e delírio, co- ¦•¦sação concedida a var«oscomo opportunamente annunciamos. Todas as pessoas «ue residiu- tio no interior «uizerem í assig- nar a nossa folha, tenham a homlaiSe de auiorisar aos seus correspondentes nesta capital o pagamento da sua assignatura, ou rocttam o importe desta pelo correio, em carta registra- úa, com a declaração do valor. Náo nos responsabilisamos, portanto, por nenhuma assig- uatura feita fora destas condi cões. ' Aos nossos collegas «las pro- vincias rogamos o favor «le tran- screver esta advertência para conhecimento «le todos aquelles S1 quem efiía possa interessar. advertência acima publi cada não se refere aos nossos a -entes e cobradores da corte; ¦nas sim e unicamente com as essoas residentes no interior. ¦MS aT.fTKTMIUnrflfirMg^ SUMMARIO O ASSASSINATO DO BR. JOÃO BAPTISTA BADARÓ. As PROVÍNCIAS. Questões econômicas. Uma eleição republicana. Chronica diária. Estudos sobre a largura das es- TRADAS DE FE11R0 E A RESISTÊNCIA DOS TRENS. üs infalliveis de roma. Variedade. Folhetim:—OGuarany, romance por Gustave Aimard. O Dr. Badaró O dia de hoje assigmala um fúnebre anniversario na historia politica do Brazil. Completam-se 46 annus do as- sassiuaco do jornalista liberal Dr. João Baptista Badaró, encarnaçao da idéa liberal e symbulo da resistência democrática contra a deturpação do isy&tema representativo no Brazil. ü assassinato deste illustre esirau- geiro, naturalisado no coração de to- dos os brazileiros pelo seu amor á causa da liberdade e ao paiz que adop tou,íoi um dos próximos elemeutos que concorreram para dar opportunidade à revolução effectuada a 7 de Abril de 1831. Sobre este episódio da nossa historia patria escreveu e leu o Sr. Dr. Pinto Júnior, no Instituto Histórico, a inte- ressante Memória que com a devida vema hoje transcrevemos em horne- na gem á nobre individualidade cujas virtudes eila rememora. èoSASSINATU DO DR. JOÃO BA- PT1STA BADARÓ' 4Ü° ANNIVERSARIO 0 C. D. á nação italiana, pelo Dr. Joaquim Aiuonio L'inlu Júnior Faz hoje 4d annos, que foi vil, co- varde e traiçoeiramente assassinado com um úco de pistola na Cidade de fe. Paulo o Dr. João Baptista Badaró, sendo sua uuica culpa, o seu estre- Sirva este opusculo para relembrar as virtudes deste Apóstolo do progres- so, e para firmar a verdade dos factos adulterada naquella época, pela justa indignação de uns, pela perversidade de outros, e geralmente pelo espauto que seguio-se â noticia de tão revol- tante quanto inesperado crime. O Dr. João Baptista Libiíro Ba- daró, (1) filho desse bello paiz que tantos homens notáveis tem offerecido ao mundo em todos os ramos dos co- nnecimehtos humanos, a Itália, nas- ceu nos fins do seeulo passado em Lai- g-ueglia, pequena villa marítima da ribeira Occidental do ducado de Ge- nova, que naquelle tempo formava a republica Ligui". Seu pai o Dr. André Badaró, medico illu-tre, altamente conceituado, tendo oecupado os mais importantes cargos na Republica, entre outros ode mem- bro do Corpo Legislativo, favorecido da fortuna, e collocado em elevada posição pelo seu nascimento, e pela estima e respeito de seus concidadãos, não descurou da educação de seu filho. Depois deo haver iniciado nas lin- guas Latina, Italiana Franceza e In- gleza que eram á ambos familiares, e nas máximas e conhecimentos da phi- lo^ohia, destinou-o á honrosa profis- são^de meu1^ em que elle próprio se distingui»; ^uapaáS^empelo^do das sciencias médicas foi uma geneaa não interrompidos triumphos, e a O m- versidade de Pavia lhe conterio o b' nroso titulo de Doutor que foi con- firmado pela de. Turin.. O Dr. João Baptista Badaró, mi- ciado nos ar.canos das sciencias me- dicas, espirito activo e emprehende- dor, alma robusta destinada para g-randescommettinientos, fez taes pro- gre-sos nos estudos â que praticamente se entregou, que mereceu em sua pa- tria a estima e aprivança dos illustres naturalistas Viviani. Moreti, e Berto- loni. A applicação e o estudo nao eram mais para o Dr. Badaró om estado pas- sivo do espirito, elle detestas a a ro- tina, e a acçEo e o exercício em que o sen espírito desenvolvia todo o elas- terio de suas faculdades o faziam ad- quirir novos conhecimentos devidos a si próprio, e aos trabalhos de uma aturada reflexão. Os principios e as doutrinas médicas que. bebera em seu tirocinio, não o fascinaram ao ponto de imprimirem como ordinariamente acontece um tim- bre particular á todas as opiniões de sna vida ; as doutrinas ensinadas nas differentes escolas italianas que fre- quentou, não escureceram a seus olhos o merecimento da doutrina phisú> lomcò para a qual o seu espirito tinha umiral pendor, se bem que um pru- dente F-Cjectisrao regulaya os passos de sua pratica. A zoologia e a botânica perecei am- lhe sempre a preferencia nas suas coti- Linuas investigações, e esta ultima lhe expatriou-se e veio para esta Corte em 1826, onde continuou nos mimosos arrabaldes da capital do Império as suas observações, e o estudo aturado da botânica que constituía então a sua particular oecupação ; a familia dos convolvolos e dos fetos mereceram-lhe um estudo especial, colleccionou e desenhou muitas espécies no empenho de publicar sobre ellas uma monogra- phia. Corriam plácidos e serenos os dias pára o Dr.Badaró,o estudo das sciencias naturaes e principalmente da bota- nica tão rica de attractivos lhe ame- nisava a vida, e abria um horizonte largo FOlHêTÍ^D^ globo 0 ÜÜAÜÀiNY S3 POR ò IX é-canan-payagoaí A cabana do chefe era espaçosa, are- jada, limpa, e disposta internamente cjw uma inteiligencia pouco commum; adornavam-na apenas alguns moveis grosseiros, taes como mesas, bancos, e mochos. Em um dos ângulos da sala, as es- cravas entregavaui-se a certos traba- lhos sob a direcção. da mulher do chefe. A um signal deste, veio ella pressu- rosa cumprimentar o estrangeiro e of- ferecer-lhe refrescos de que suppu- nlia carecesse. A hospitalidade entre os índios é mais sagrada e inviolável das leis. Essa mulher chamava-se Pinla-Pai (aestrella-branca). Era alta, bem fei- ta- suas feições eram finas e intelli- gentes, sem comtudo serem completa- mente bellas; a expressão de sua phy- sionomia era doce e parecia, quando muito, ter de vinte e dous a vinte e tres annos. (1) \ Utrca. jornal que se publicara nest* Côrtu. diz que desde a pia Baptismal. foi o Dr. Badaró consignado por seu paia liberdade; tal é a <i«'iificação do nome Lihero que este lhe pOz no tempo em que a liberdade raiava no horizonte de >ua patria. cazam. Pinia-Pai nSo estava pintada, nem variegada por meio de punções feitas na pelle, segundo usam os in- dios; seus longos cabelios negros, trançados á moda brazileira tocavam quasi no chão ; pequenos cylindros de prata enâados na extremidade uns dos outros, e formando uma espécie de rosário, ornavam-lhe o pescoço ; placas de metal, presas sobre o peito, velavam-lhe quasi os seios, e largos semi-circulos de ouro pendiam-lhe das orelhas. Sob este vestuário, essa jovem mu às suas investigações scientití- cas; estimado e admirado por todos os que o conheciam de perto, elle pas- sava nesta Corte uma vida feliz, e ou- tro teria, sido o seu destino se a neces- sidade de continuar os seus estudos de botânica em um theatro mais rico, e o desejo de exercer a sua profissão me- dica o não tivessem instigado à ir es- tabelecer-se na cidade de. S. Paulo. Por essa época levantava-se rico de esperanças, e firmado sobre as mais sólidas bases o curso jurídico daquella provincia. A mocidade brazileira corria de to- dos os recantos do Império á. alistar-se nas fileiras dos adeptos da sciencia. do Direito, e o Dr. Badaró, moço ainda, vio-se logo rodeado . de uma grande parte dos innumeros talentos que en- tão surgiam no horizonte brazileiro. 0 curso jurídico de S. Paulo não se compunha então como ultimamente de moços no verdoi dos annos, alheios ás paixões políticas, illésos da lepra dos partidos ; de toda a parte corriam a matricular-se nas aulas de direito homens feitos, sabidos da vida pratica para o estudo da sciencia ; os estu- dantes tinham pois uma autonomia própria, e uma intervenção cli recta e talvez perigosa nos negócios publi- cos; alguns exerciam até cargos de eleição popular. « O enthusiasmo ardente dessa mo- cidade que para alli affluia á uma escola nascente (diz o redactor à'A$tréa) trazendo para assim dizer a flor e o summo das doutrinas liberaes de to- das as partes do Império, comranni- cou-se ao seu espirito e abalou seu coração, que sempre ardera pelo amor da liberdade, debaixo de cujos auspi- cios nascera. Suas virtudes e sua ins- truecão o tinham disposto á prestar-se naturalmente para tudo o que. fosse dirigido a beneficiar a espécie huma- na : ea esperança de lhe ser útil com seus. conhecimentos, unida aos con- vites de uma grande multiplicidade de vozes que se erguiam d.e toda a parte contra os inimigos do systema político estabelecido e jurado, o de- terminaram a desposar a causa deste mesmo systema, e a levantar como escriptor publico a espaqa sobre as in- i- -^«deà.eaa maquinações d"S per- digniuv. °-*et-° - l •-•¦¦:r versos, fazendo-se p... L-u- " l'-^ o inter] ire te da razão e da lei, e o or^" o-eral d os senti mentos da gente livre e o 0 Observador Constitucional como uma producção do seu solo : tanto os principios nelle expetididos erão bra- zileiros e sãos ! » (assim se expressava a Aslréa, jornal político da época.) O redactor do Observador Constüu- cional era homem talhado para ns grandes lutas, alma generosa sacrifi- cava tudo pela idéa-, e em seu enthu- siasino foi levado até a beira do abys- mo sem sentir a rápida inclinação do terreno em que descansava os pés. O bispo diocesano Dom Manoel Joaquim Gonçalves de Andrade, então vice-presidente em exercicio na pro- vincia, o ouvidor desembargador Can- dido Ladislâu Japi-Âssu, e muitos ou- tros funccionarios públicos, sOffreram mais ou menos enérgicas censuras no Observador Constitucional. O Imperador Pedro I, em fins do anno de 1830, aggrèdido pelo partido, que desde então preparava o 7 de Abril soffreu igualmente os ataques daquelle escriptor político. (2) A excitação dos ânimos tinha subi- do de intensidade e o espirito publico debatia-se nos prodromos de uma re- volução imminente e realisada poucos mezes depois ; foi debaixo desses aus- picios que pelas 10 horas da noite de 20 de Novembro de 1830 a população da capital de S. Paulo sobresaltou-se ao estrondo de um tiro de pistola, que no silencio da noite foi distinc- tamente ouvido em quasi toda a cida- de. A noticia de que o Dr. Badaró tinha sido assassinado correu como uma centelha electrica, e minutos depois um numeroso concurso de es- tudantes de direito corria a chamar aosso presado pai o Cirurgião-Mór Joaquim Antônio Pinto, para que fosse prestar os soccõrrós da Sciencia ao seu infeliz collega ; nós o acompa- nhàmos, e ao chegar apequena casa térrea em que habitava a victima na rua de S. José, difficil niente pudemos atravessar a onda de povo que litte- i-almente enchia toda a rua, Badaró estava deitado sobre um leito, alagado em sangue, pallido, com •s.-a pallidez da morte qne lhe estava oroxima, a larga fronte banhada de cordata .' » Eis o seu grande crime O Dr. Bidaró foi pois arrastado (2) A liuguagem das folhas periódicas daquelle tempo, resentta-se das proximidades de uma ;ra ,de revolução, ou, para fülar com mais exac- iidão promova e p. eparava essa revolução. O Ouvidor nomead (o desem bargador Candi- do La tisláu .Tapi-Assii) incorreu de-de logo no d-sagrado popular pela maneira porque executou a nova lei sobre a liberdade da imprensa, e não O Observador Constitucional como o Pharol Paulistano o aggrediiam violentamente. Tinha-se por essa epocha criado a Sociedade Phíláriti-opicaJ á qual o Governe Imperial, por informações do vice-presidente da proviucia, o Bi-po D". M.-noe". ue-ári permissão, em portaria de 17 de Aaosldde 1830, cujos estatutos approvára mais tarde, em 5Q de Outubro do mesmo anno. O Governo Imperial fòrá informado pelo Vice- [residente, em ofíicio de 29 de Julho, de uma maneira pouco explicita « parecendo por isso pouco favorável ao estabelecimento, que poi certi não promettia prosperar ã cargo de pes- soas que so se indicavam por estudantes », taes =ãO as palavras qui> copiam -s do avisi impe- lia! de Outubro d-i 188^ assianado por José Antoujõ. da Silva Maia.' ETsfe aviso eònciujo õruiua rupi-etieiisão ao VicerPresideutej.)^ não t> e . pregados públicos. Este av.so ainda mais excit. u os ânimos c n- tra' o Governo da Pioymcia. e a Sociedade Pbi- lantropica foi solemnemenle isslallada. Bv Uipa i>epi-etieiisao ao v loeri-ri.^io.Jtni; i'-- "o" ' ,„; «ido as suas informações e.vplioUas, olar.as \ francas, como devem «ei as de todos 0s em- | que as suecessivas gerações levarão á mais reraota posteridade para que to- dos conheçam com quanta resignação morre acjuelleque se sacrifica por uma causa sapta. Lia-se a consternação e o desanimo no rosto dos facultativos que correram a prestar os soecorros da sciencia ao infeliz collega ; pairava em todos os espi ritos a triste e desanimadora rea- Íidade ; Badaró está mortalmente fe- rido! A multidão immensa que se apinhava na frente da casa conservava um aspecto doloroso, mas imponente ; não houveram vociferaçOes em torno ao leito do moribundo, porém lagri- mas, soluços abafados e solemnes pro- testos contra os assassinos que aponta- vam sem rebuço ! A's 11 horas da manhã do dia 21 lhe foi levado o sagrado viatico acom- panhado de um numeroso concurso, no qual se achavam (salvas muito poucas excepçõesj todos os acadêmicos de então. O Dr. Badaró recebeu o sacramento e as consolações da Igreja Christã como maior recolhimento, co.v. o mais profundo respeito, com a veneração de uma alma pura em presença do Deos único verdadeiro, em cujos pre- ceitos santos tinha sido educado ! Suas palavras eram todas de man- sidão, uma vez não proferio elle os nomes dos algozes executores do bárbaro assassinato de que era vie- cima. Dores cruéis, ardente sede, martyrio prolongado soffreu o infeliz Badaró, e 24 horas depois do atten- eado, pelas 10 horas da noite de 21, na idade de 32 annos inclinou a cabeça, e dormiu para sempre o somno dos justos ! No dia seguinte eram conduzidos, á braços, da casa de sua residência á rua Nova de S. José, para a Igreja do Carmo, os restos mortaes desse martyr da liberdade; era tão numeroso o con- curso, que ainda o caixão não havia sabido da casa, e jào prestito entrava no templo situado no outro extremo la cidade e a grande distancia ! A luz tremula das tochas mortua- rias, os sons abafados e plangentes musica ; os soluços dos innumeros amigos do finado, o sussurro dolo- roso e consternador de centenares dft- familias pór.res que faziam alas ápas- -agem daquelle sacerdote da medi- ema , cercaram aquella solemnidade fúnebre de urna verdadeira e impo- nente magestade ! Quem póde reunir em tonw do seu leito de morte uma população inteira, grandes e pequenos, ricos e pobres, ievados alli não por mera curiosidade, mas por immenso pezar, á não ser nma. •ilma justa, um coração grande e ge- aeroso ei! Vivemos em S. Paulo mais de 40 tnnos (quasi a nossa vida inteira) e nunca assistimos á um sahimento fúnebre tão concorrido, tão solemne, tão repassado da mais pungente dor! O Dr. João Baptista Badaró não era <ómente um enthusiasta pelas idéas livres, que começavam então à con- quistar a America; elle era alem disto um homem bom, illustrado, cheio de virtudes, e sobretudo levitlia do tem- pio da caridade; comprehéndia como poucos os sagrados deveres do me- lico ! A cidade S. Paulo passou desde o dia 20 de Novembro de 1830 até o dia 24 no mais completo sobresalto; as ruas adjacentes á casa em que residia o Ouvidor Desembargador Cândido Ladislâu Japi-Assú estavam apinha- das de povo, pela maior parte estu- conseqüência do boato adrede espalha do de que os allemães daquella co lonia vinham no empenho de libertar briram e protegeram o verdadeiro as- sassino 1 Vinte annos depois tivemos oceasião os dois allemães presos, passou-se; de ver e observar junto á barra da para a casa do governador das armas \ Bertióga, na cidade de Santos em uma o coronel CaTlos Maria de Oliva, onde j situação pobre e isolada de vismhos, se conservou até o dia 24, e ás duas | um velho de longas barbas brancas, horas da tarde sahindo da casa a ca- i alquebrado pelos annos, senão pelos vallo em companhia do bravo capitão Amaro José Soares que o governo da provincia havia nomeado para acompanhal-o, seguio a galope na di- recção da cidade de Santos onde era- barcou no Cubatão com sua familia em uma canoa de voga, sendo acom- panhado pelo Dr. Ignacio Manoel Alves de Azevedo (e sua familia), o qual era então um dos poucos estu- dantes que adheriram á causa do Ou- vidor perseguido e calumniado. (3) Chegado à Corte soffreu o desembar- g-ador Japi-Assú um processo em cuja discussão, a sua inuocencia foi recu- nhecida e provada. (4) O Allemão Slock porem sujeito à julgamento foi condemnado em S. Paulo, e acabou de cumprir a mais iníqua das pena no presidio de Guará- puava, situado ao Sul de S. Paulo em território hoje da provincia do Para- ná. Vinte e poucos annos depois deste attentado apeavamo-nos em uma esta- lagem situada á beira da estrada, en- tre as cidades de Itapetininga e Ita- péva da Facbina, e sorprenéndidos pelo nome de Stock dado ao alemão dono da estalagem, procuramos en- treter com elle conversa, e verifi- camos ser o mesmo, que fora acusado e condemnado pelo assassinato do Dr. Badaró. Ouvimos de sua própria bocea a nar- ração da perseguição atroz que soffreu, a injustiça de sua condemnação, erro grave e fatal, que desvairou as vistas da juctiça protegendo assim o verdadei- ro criminoso ! Não é o povo, na exitação e no de- lírio ainda pelo motivo o mais justo o melhor conselheiro na aplicação da justiça. Os ânimos irritados pelos acon teci- mentos políticos da epocha esploraram este crime, no empenho de responsa- bilisárem por elle o Ouvidor que ha- via de ha muito incorrido em seu des- agrado (5) Era, porém, uma quadra de eboli- ção essa que precedeu a revolução de 7 de Abril, por isso não admira que o imperador Pedro I fosse também recebido poucos mezes depois em Bar- dantes. Çrrupqs 4a IufHs Ae 100 pes-i brezso (3 Não foi sem grabde risco e verdadeiro, spffri- mento que o Ouvidor Japi-Assú e as pessoas de sua comitiva realisaram uma viagem pela costa em uma canoa de voga, devendo aind» aosesfor- ços juiz de fora de S. Seb.-:stião o não ser . lli preso ã í éçlamaçao de varias pessoas. lugar. (4) Não élpossivel transcrever neste opuscoU. todas as peripécias deste impor tarde julgamento; nós o tem ós lido, e Cüda vez nos convencemos mais de que a paixão o ô. ódio são os pr meiros elementos para desvairarem e intorpecerem & accão da justiça ! Japi-Assú e Stock foram duas victimas saci- ficadas em favor do verdadeiro assassino que recolhido vio correr o tempo e ap- &xipar-se o flm da vida sem que a justiça humana o descobrisse, attiogisse e punisse. iq) Pela linguagem dos jornaes da ipooa se póde conhecer a exaltação dos animõs. O Pha- rol Paulistano, rm uma cotrespjndencia assiü- nada A §entinélla, parodiou as invectivas de Cícero contra Catilina. applicando-as ao desem- bargado. Japi-Assú e concluindo por alegrar-se ppVqüe «a sua figura, a sua presença e o seu hálito ; ão impestavam aquella cidade ! » E a par desta linguagem inconveniente e desab; ida um vácuo immenso, nem um aigument-o. nem, uma pi ova contra o ioc.rinijn.adQ ouvidor 1 Depoisdo julgamento, dirigio o desembargador Japi-Assú a seguinte carta aos Italianos; « Signori Italiani-—Aloum miei infami nemici. crudelissimameaie nVimput.it-.rono ('assassinio dei vostro infelice òumpátíiòta Gi./vanni Baitisw í>adarò ! « M'accusarono d'un delitt > orribüe. c.heeglinp s>li, anime vili, potevano pomm.ettere"sanza i i- remorsos ; a velhice que chama a attenção de todos e. inspira respeito, naquelle vulto sinistro incutia repu- gnancia, senão verdadeiro terror ! Eis ali o executor do assassinato do infeliz Badaró, alguém nos segredou aos ouvidos! Seu nome n?5o o esquecemos nós, mas preferimos que fique encerrado na poeira da campa em que hoje. desçança aquelle miserável. Que motivos o levaram a commetter tão grande crime "? Mysterio ! Obedeceria à vontade de um mandante ! Seria elle, o primeiro fanático que armando por si o braço homicida, de um punhal ou de um bacamarte commettesse um crime horrendo julgando praticar uma vir- tnde ? ! O fanatismo político não é menos nocivo e prejudicial do que o fanatis- mo religioso. Esse desgraçado fez cahir ensan- guentado a seus pés um apóstolo da liberdade e não achando depois quem approvasse ou premiasse semelhante crime; corrido de remorsos, verga- do ao peso da reprovação geral, foi vi- ver vida obscura, e dèspresada na so- lidão das mattas d'onde nunca de- vera ter sabido. Victima e assassino descançani hoje na mansão dos mortos. Ao primeiro a saudade, a gratidão de um povo inteiro reconhecido aos sens serviços. Ao segundo a compaixão que não deve desamparar até os maiores cri- minosos. Figurai um monstro que a natureza tenha conhecido para se horrorisar de seus crimes; uma fera de fórma hu- mana e de instinetos de Pahthéra; uma lagrima gerada no intimo do co- ração desse monstro, atravessando ca- minhos que Deus feze que Deus conhece, rebentará de seus olhos., innndando-lhe as faces, eessal-igri- ma será bastante para lavar todas as nodoas de uma vida criminosa! O arrependimento ! ,Qe elle o teve verdadeiro e sin- cero que sua alma déscance também na mansão dos contrictos e arrepen- d idos !. . . Rio de Janeiro, 30 de Novembro de 1876. ÂS PBOVIfWAS S. Paulo Entrou hontem o ^paquete nacional Alice, trazendo datas dessa provincia que vão a 18 do corrente. Foi nomeado cura da Cathedral da capital o Sr. conego Carlos Augusto Gonçalves Benjamin. Em S. Roque fundou-se uma asso- ciação com o fim de propagar a ins- trucção popular por meio da biblic- theca da escola e das conferências. Na cidade do Amparo os presos ar- rombaram a cadêa, mas somente con- seguio fugir um escravo, porque a sentiuella deu logo signal de alarma. Falleeeu em Campinas a Sra. D. Ur- sula Bueno, esposa do Sr. João Manoel Alves Bueno. Na capital o Sr. Fernandes da Cunha .Filho, que acabava de tomar o gráo de bacharel em direito, publicou um vo- lume de versos, a que intitulou Nym- phéas. Na cidade do Rio Claro o Gabinete de Leitura inaugurou sua aula noc_ turna. ¦" '-?' í ' '¦':-l m *-íyz,. Questões econômicas Sob o titulo—A lei do auxilio á lavoura e o socialismo inserio o Paiz, folha que se publica no Maranhão, alguns in- teressantes artigos econômicos assig- uados.pór Martintts Hoyer. pseudonymo que occulta o nome real de um severo pensador e de um escriptor muito com- pétehté nesta ordem de estudos. Dentro de pouco tempo estará de novo ua tela da discussão esta cansada e.iusol.ilvel questão dos auxílios ala- voura, medida q.ueha mais de dous aunos é reputada urgentissimn polo go- . verno, pelo corpo legislativo e pela opinião, mas que provavelmente cou- tinuarâ a ser urgente por alguns annos. As idéas do illustrado escriptor ina- ranhense estão na substancia deaccor- do com as que emittimos durante a discussão do projecto e depois da pro- mitigação, da lei que ficou sendo de facto inexequivel, como bem o prophe- usou o honrado Sr. ministro da fa- zenda, o qual, por isso mesmo talvez, não lhe negqu.jp seu voto nem, p am- paro da proteeção officíàt. Ü nobre^ininistro, tinha talvez em mente, ao votar por essa lei ineficaz, o seguinte aphorismo político : Que o melhor meio de annullar as más leis é pôl-as em pratica.... Eis os artigos a que fazemos refe/eá! cia e que, com permissão do nosso col- lega do Maranhão, passamos a trans- crever: ..,yy?r « Io sempre vi smai di vero cu Te: e non m par possibile lasciar di àmare uomi-.i che pirla- no la dolce. e cles^nte lingua di Met.aslas!o. Pe- trarco, Cesaròtti, D.inlc, Ariosto. Tasso e Guarini: uomini nati nella patria di Virgílio. d'Orazin d'Ovídto: di Tito. d'Antonino. d'Aurelio e de' Cincinnati: di Beccaria, di Filangeri e di Alfieri: di Gang^nelli, Michel Ângelo. Raffaelloe Rossin. Discènãf-nti lutti d.i binli eroi e di una patria MUne, che avendo dettato" leggi al mohdò, p^ai lotta per rompei e le caeue che iuiqnauunte p >- sero alia sua indipendenzi. « Mol;o desideo que tutti c••noscano la mia innoGtínza, peró molto piü chei miei flgliuoliiii ¦on licevano la triste eredü.à di un cattivo nome che uomini pei versi yullero cUre al Ior padre. Quest pi sono i motivi perché rimetto ali vostre biblinleche esemplari delia ipia difesa, perché può anche succedH,o che u giorno, volendu voi scriverè Ia. viia dei vostro disgraz.ia.lu oompa- triot . e nonsapend» che 'a m,ia uaica culpa fu un'ingiust'i persceiizio-ne, diee-te al mondo ch,- io sv< >ta o il eariteflce delfinflice. « Legg';telái cume spero à sangue freddo, e con imparzialità; e concòrtétè rtò etitimenlo é helLfóir rore chu in'inspirano g:i infami ghe l'assa- sin.iSüTió. ¦< Co.lla maggio.ie. simpatia sono il vostrç anir/ji- ratore % Cândido L'idislao JapU-issil. » A^LEI DO AUXILIO A L.WümtA EO SOCIALISMO Era minha intenção começar a série ie estudos econômicos de que ultima- mente me tenho ocçupadp, por uma analyse detida da lei promulgada no •mno passado pelo poder legislativo e conhecida sob o nome de lei de auxilio á lavoura. Do plano que me havia traçada des- viqu-me, porém, a discussão a que me levou o Sr. Sérgio Vieira, encetada no. Tornai da Lavoura, de modo que esses estudos tiveram necessariamente da assumir uma fórma difieveníe da que. Su projectava dar-lhes, tornando-se assim menos methodicos ou syntheti- cos. ¦ :-^:---:'--y viesse captar as boas graças do capitão e tornal-o seu amigo, fazia esforços realmente prodigiosos para absorver a maior quantidade possivel de vie- tualhas. Chegou, porém, um momento em que a despeito de toda boa vontade foi forçado a parar. Emavidi-Chaimè, que acompanhara com interesse as completas proezas de seu hospede parecia satisfeito. Offere- ceu-lhe, como digestivo, fumo contido em um longo tubo de folhas de pai- meira enroladas, e embos puzeram-se lher não deixava de ter uma certa I a fumar, enviando-se reciprocamente graça, e devia, o que acpnteceu com effeito, parecer encantadora ao capitão indio elle mesmo, e que sobre tudo apreciava o gênero de beleza que dis- tinque as mulheres de sua raça. Com uma presteza cheia de atten- cões, a Estrelia Branca, em breves instantes fez abastecer a mesa de iguarias, cuja abundância desculpava a frugalidade, visto que se compu- nham de lacticinios, peixes cosidos, e carne seccada ao sol e assada sobre brazás. D. Diogo, a convite do chefe, dispoz- se a honrar essa refeição improvisnda, da qual começava a sentir necessidade, visto ter passado a noite a galopar atravez dos campos. O chefe, embora nau tomasse parte na dita refeição, animava comtudo seu hospede a comer, e o capitão, cujo ap- petite parecia crescer na razão do que v.o-% do nm enffolia, não se fazia rogar para acom- Sea vestuário ompuato-se de um engoU^ Mp.. _ P#S «!ÍgSg!aM»^M independente da fome ,ne õue a envolvia estreitamente desde peito atéaos pés, presa nas cadeiras t>or um cinto extremamente largo, chamado ayulate, de côr vermelha car- meáin. Para as moças solteiras, esse cinto è branco, e o deixam quando D. Diogo experimentava, sabia que não comer bastante quando um chefe convida, é tal proceder considerado e no maior silencio, baforadas de fu- maça no rosto. Desde que a presença de Estrelia Branca tornara-se desnecessária junto do hospede, ella se havia discreta- mente retirado para o interior levando comsigo os escravos para deixar que os dous homens pudessem fallar em plena liberdade. Deslisou-se, porém, grande lapso de tempo aates que qualquer delles profi- risse uma palavra; a natureza dos in- dios é contemplativa e tem muita àffl- nidadecoma dos orientaes. O fumo produz nelles o effeito d'um narcótico, e se os não adormece completamente, immerge-os pelo menos, por longo tempo em umà espécie de extasis som- nolento cheio de doces e voluptuosas visões, muito semelhante ao kief dos turcos e dos árabes, O primeiro que rompeu o silencio foi Emavidi-Chaimé. « Meu irmão o G-rande-Sarigese, é portador de uma mensagem de Ta- rou-Niompara mim? perguntou elle. Sim, respondeu Diogo, tomando immediatamente ao serio o papel que por este como um acto de impolidez e desempenhava. despreso; fora disso,-como lhe con-j Essa mensagem me é^pessoal, ou se dirig'e aos outros capitães da nação e ao grande conselho ? ²diz respeito a meu irmão Ema- vidi-Chaime. ²Epoi, meu irmão julga conve- niente cammunicar-m'a neste momen- to, ou prefere remetter para mais tarde, tomando antes algumas horas de re- pouso de que talvez necessite % ²Os guer.- eiros guaycurús não são mulheres débeis, respondeu Diogo; uma viagem de algumas horas a ca- vallo não lhes diminué o vigor. Meu irmão fallou perfeitamente ; o que elle disse é verdade; meus ouvi» dos estão abertos, as palavras de Tarou- Niom alegram sempre a seu amigo. O capitão dos Guaycurús deu sem duvida a meu irmão um objecto qualquer que me prove a veracidade de sua mensa- gem, Tarou-Niom é prudente, respon- deu Diogo; sabe que os cães Pai pisam agora a terra sagrada dos Guaycurús e dos Payagoás,- e a traição veio com elles.» Tirando então da cintura, onde a havia collocado, a faca que lhe dera o chefe, entregou-a a Emavidi Chàimè. Eis, disse elle, a keaio de Tarou- Niom, o capitão a reconhece ? O chefe tomou-a em suas mãos, con- siderou-*a attentamente por um instan- te e collocando-a de novo sobre a meza: « Reconheço-a, disse elle, meu irmão pode fallar confio nelle. » Diogo inclinou-se em sigmal de agra- decimento, poz novamente a faca na cintura e respondeu :¦' «Eis as palavras de Tarou-Niom: estão gravadas no coração do Grande Sarigue que não alterará uma pala- vra. Tarou-Niom lembra ao capitão dos payagoás sua promessa; e pergunta- "—^i"—:' ~ -^ *""" --"""M~ —-<*'-' - lhe se tem realmente intenção de cum- pril-a. ²Cumprirei o que prometti a meu irmão, o capitão dos Guaycurús ; hoje mesmo reunir-se-ha o grande conselho, e amanha as pirogas de guerra subirão o rio; eu próprio as dirigirei. » Diogo fez gesto de surpreza. « Que quer meu irmão dizer ? pei** guntou elle, não o comprehendo, não disse que as pirogas hão de subir o rio? ²Disse-o com effeito, respondeu o chefe. Porque motivo meu irmão toma- essa direcção ? ²Para ajudar, como foi convencio- nado entre nós, não-é para Tarou-Niom vencer os cães Pai que o capitão re- clama o cumprimento da minha pro- messa ? ²Escutai as palavras do chefe: os Pai estão cercadas pelos meus guerrei- ros, a fuga lhes é impossivel; muito desanimados e quasi mortos pela fome, cahirão em minhas mãos daqui a dous ou tres soes, o mais tardar; que meu irmão se lembre de sua promessa. ²E então? interrompeu o chefe. ²Outros inimigos mais sérios nos ameaças, continuou Diogo iinpèrturba- velmente, e exigem nossa attenção. ²E', pois, verdade o que hoje mes- mo noticiou-me um dos meus batedo- res? exclamou o chefe com mal contida emoção. *_ E'por demais verdade, respondeu Diogo friamente, nem de leve suspei- tando ao que o Payagoás fazjaallusões^ mas ardendo em desejos de o saber ; é especialmente no intuito de confirmar- vós esta noticia e tomar com vosco as disposições necessárias, isto é, disse Cfiie juígardes dever adoptar para o in- teresse geral, e leval-as immediata- mente a Tarou-Niom, para que possa apoiar-vos eficazmente; que elle man- dou-me para junto de seu irmão. ²De maneira que os brancos en- tram por todos os lados em nosso terri- torio ? ²Sim. ²Terá realmente o capitão Joaquim Ferreira partido de Villa Bella, com- mandando uma numerosa expedição ? ²Não póde haver duvida a esse respeito, disse resolutamente Diogo, que ouvia pela primeira vez fallar nessa expedição ? ²E Tarou-Niom julga que devo impedir a passagem aos Pai? pergun- tou o chefe. ²Seis mil guerreiros juntar-se-hão aos do chefe payagoás. Mas é principalmente> passagem do rio que importa defender. Assim pensa Tarou-Niom Epoi, meus guerreiros ajudados pelos, de meu'irmão guardarão o vau do Camato fcavallo) emquanto que as pirogas de guerra interceptarão as communicaçoes e molestarão os Pai em toda a extensão do rio. E' isto que deseja ocapitao guaycurús? ²Meu-irmão apossou-se perfeita- niente da idéa e eomprehen deu suas intenções. ²A. que numero se julga elevarem- se as forças que vem de Villa-Bella? —Asseguraram a Taróü-Nion que montavam ao menos em dous mil. ¦—Ai, eis o que não deixa de ser ex- traordinario,exclamou o chefe; tinham me certificado que nao passavam de quinhentosw^"^~~ -; Diogo mordeu osílabios, mas tran- com um grosseiro sorriso, combinar ^uillisandó^rmm^ tao somente as medidàsxie- segurança! « São mais numerosas que as, folhas varridas pelo vento da tempestade; mas dividiram-se em pequenos desta- camentos de guerra para illudirem a vista perspicaz dos payagoás. ²Eha ! disse o chefe com espanto, isso.é terrível. ²Ainda mais, acerescentou Diogo, que não ignorava a repulsão que os in- dios sentem pelos negros e o profundo terror que sua presença lhes inspira, cada um desses destacamentos é se- guido de um crescido numero de Coa- tas (negros), que prestaram o terrível juramento de trucidar todos os guer- reiros payagoás e roubar-lhes as mu- heres e os filhos quetencionamfazel-as suas escravas. Oh ! oh ! disse o chefe com mal des- simulado sentimento de pavor, os Coatas não são homens, assemelhâo-se ao gênio do mal. O aviso de meu irmão será aproveitado; nesta mesma noite as mulheres e as crianças deixarão a aldeia para ir á planura de Manso, e os guerreiros pôr-se-hão em marcha para o vau do Camato, seguidos de todas as pirogas de guerra. Nãó ha um instante a perder.» Diogo levantou-se. « O Grande—Sarigue vai-se emho- ra-? perguntou o chefe erguendo-se ig-ualmenté. E' preciso, chefe ; Tarou-Nion re- commendou-me grande diligencia. —- Epoi! meu irmão agradecerá ao capitão dos Gaycurús: sua advertência livra a nação dos Payagoás d'uma ma-1 tança completa.» Os dous homens sahiram. A uma òr_- dem d'Emavidi-Chaimé um escravo trouxe o cavallo de Diogo; este cavai- gou-o immediatamente, trocou ainda algumas palavras com o chefe, e em seguida separaram-se.-^^fe. O capitão estava radiante ; até então í,udo lhe havia corrido além de suas es- peranças ; não conhecia os projectos inimigo, mas sabia ainda que os paulistas entrando de golpe em campa- nha, poderiam num momento dado, ajudãl-ssfiSé-cónàeguisse persuadir o marquez de que convinha renunciai* ao prolongamento de sua obstinação em querer continuar uma viagem que tudo tornava impossivel; além disso havia conseguido impedir a juneção ilas duas nações indiannas, o que con- servando livre a passagem dos rios offereeia uma probabilidade de salva- ção á caravana, fraca probabilidade é verdade, mas que não deixava de ser positiva. Diogo sahiu vagarosamente daaldêa mergulhado em roseas reflexões, desejando mais uma cousa ainda : re- unir-se em breve aos companheiros para dizer ao marquez tudo o quehaviB a esperar e a temer. Quando o soldado viu desdobrar-se ante seus olhos a planice deserta, in- cliuou-se sobre o pescoço do cavallo, fresco e descançado por duas horas de repouso fez-lhe sentir as esporas e começou a correr com a rapidez do vento na direcção¦-. da collina onde acampava o marquez, Subitamente, ao voltar urn. atalho, empeçou com um cavalleiro que vinha sobre elle com uma rapidez igual ásua. Os dois homens trocaram um olhar na passagem. Diogo' nao pôde reprimir uma ex- clamação de surpreza e quasi de receio. Nesse cavalleiro reconhecera Malco Dias. « Bom, èis que a fortuna muda \ murmurou por entre os dentes, ao passo que fustigava o cavallo que pa- recia devorar o espaço. (Continuai ?* t .-v-\'-^tj::->*:~ :ífc;;"S":.: ¦•.~?.-.-r;'--ííS mÊm "-..;. v"'¦' .,' :'- '^^^^^^'

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Ses-nnda-feirà £0 de Novembro de 187© ¦ 18P.

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uONDIÇÕES DA ASSIGNATURA

COET» E KICTHEROT

DE HOJE ATÉ AO FIM DO ANNO 38000

Numero avulso 40 réis

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CONDIÇÕES DA ASSIGNATURA

PROVIKCíAf

DE HOJE ATE AO FIM DO ANNO 38000

Numero avulso 40 réis

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Or^ão dos interesses ao Commercio, d.a Lavoura e da lnqnstria

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-

0 GLOBO é propriedade de uma associação COMPLETA NEUTRALIDADE NÂ LUTA DOS PARTIDOS POLÍTICOS Officinas e Redacção — Rna dos Ourives a. 51

EDIÇÃO DE HOJE

km nmnw' mecido amor pela liberdade, e a cora- ( é devedora de conhecimentos relativos pela onda.que *aqull

igem verdadeiramente Romana com á algumas espécies e variedades que, W^^se^antavajntóoI que defendia as doutrinas liberaes que ; elle illustrou nas suas excursões nas robusta pam dei roçar e

bases o edifício que um partidotrogrado pretendia erguer de novo.

l.; ¦¦•-¦ : - -- - "'—

: "-'" ~

m briosa '$m

II IS » WS» Hnear, ^tÉÊSrÍÍá|^lKI1^ÍÍSÍlÍSíSÍÍaltaneira e rosto sereno, e a palavra sonora : Aos reclamando a ^

do^Vou^!*''8Ínòf e officioa de defuntos pela

aluir pelas amigos que o cercavam aos collegas | Huun^, o ^Jf^

°to^eXam í almadóassRsrinado Badaró!...re_ que o procuravam ílludir acerca da companheiro, pnsao que pmsajjm n R , , wi*on i

Cavidade do ferimento froptura por |por si, e sem mterv--~n rie autori-: O Dt.B.idaió bvixou a

Ao lado dos Santa Barbara Garcia, j uma baila de um ramo importante*da j dade, exibindo aosepultura

mesmo tempo a I sem ter outra culpa que nao fossem

ADVERTÊNCIAO único agente autorisado pela causa

empresa do tcGlobo» para agen- nm valor real, um i

I professava sem olhar a comprometi- : montanhas da Liguria, no Piernonte e ;'' mentos, sem attender a perigos, j na Ilha Sardenha. ¦ j -'"o ., o t Rarh-ira Garcia, ; uma oaua ae um ramo iuipuriauic u.^ ¦ u,.^, —õ'""r - , ¦ nr>im'r>ps nnlitiAs sion contar

A vida de „m homem* illustre por, 8«™.™°P^ £tfg*' do (hÒj^ setdor SUvei a da Motta

', artéria Iliac) elle respondia tranquil- pnsao do O.nudor come mandante de -"^^«^L

suas virtudes e.talentos.e sobre tudo | dos na Europa, e teve a .di^meta j^^^f^.^ jrpd^alist.a. e deilo: *'* »-'— -» -« w"llfi - ° - - -

• , '-.MÍ

iuuu uua uo. uuwr, . -r.- - ,. ^-"n;-:._^-faW An Fpripralitta e dei 10 :- Não me Mudem, eu sei que voupelos relevantes serviços prestados á | honra de ser citado pelo msigne De--,

g^g^^^^^;^|Vífo^5^ importa ! morre üm li

uma i tados'à defeza das liberdades publicas. | beràl, mas não morreda humanidade, tem sempre candole.nerecimento in- | O Dr. Badaró descendente de

crime I

¦'.-. :«asnaiurasccoHraru.«i- trinsecõ, que nfio poderá desmerecer j familia notável, gosando a estima ej ,„,¦,..„„.,,,, Kstran-porte deltas é o Sr. José Vieira ]^£,^dade da £enlia qu0 se in- a consideração dos primeiros sábios do Observador

^J^^^ggiua Rocha, actualmente em via- j J€bf Q ^ de sua patria, possuía entretanto um geiro era el le mas oseu;,esmr to^cos

ftem. i Cl,te0t;ib

lho, ue ahi lançamos á ] espirito exaltado emprehendedor, inopolita votado àdefeza daWerdadeCom excepção desta pessoa: L^

52d2,em ou,.r,nne,-eci- i a^do de novidade ; a Itália era para desde os seus mais verdes anno. adpp-não temos outros agentes, Va ^ P V^i In nn! o ri i vprdude nós i elle um iheatro limitado, a America tou a causa do Brazil como sua, e*orma da advertência já por nós mentoma »£

£™^™^«£ n^rectlhe uni mundo novo a invés- este Império então nascente contou

..c .w..;i>»« nissados nor outros «lbns mais illustres: saiba ela que e sem outro incentivo mai. do que aeb&c eMu»Deuu v ~, -,.1, ,-« a + ...+,,SuS^1^^!^^ ««e se !

^ desse martyr da liberdade ainda amor da sciencia, sem outro movei com tanto tmo, ^"^^f1^^*^

X££?agentes da nossa folha,! ^ , e,.; flCompanhado dn sincera que nao fosse a sua vontade robusta, amor pel aca,^ ^ ^" str°n-S-desde «ue saspcnücmos a auto-; ^ tidnn QÓ coniao dos Brazileiros. com deseosto mesmo de seus parentes, zil acolheu da. n.ao.s do nm e*ti.m0ci

fío-uravàó Dr. Badaró como 'redactor

I -palavras memorandas que a tradi-- - - leão conserva ainda cheias de vida, e

Japi-Assú tendo aproveitado o mo- I de 1830 obscurecendo o horizonte da

/TZbbrLZ. mento em que o povo corria para o justiça com a poeira levantada noslado da estrada de Santo Amaro, em i momentos de exaltação e delírio, co-

¦•¦sação concedida a var«oscomoopportunamente annunciamos.

Todas as pessoas «ue residiu-tio no interior «uizerem í assig-nar a nossa folha, tenham ahomlaiSe de auiorisar aos seuscorrespondentes nesta capital opagamento da sua assignatura,ou rocttam o importe destapelo correio, em carta registra-úa, com a declaração do valor.

Náo nos responsabilisamos,portanto, por nenhuma assig-uatura feita fora destas condicões.'

Aos nossos collegas «las pro-vincias rogamos o favor «le tran-screver esta advertência paraconhecimento «le todos aquellesS1 quem efiía possa interessar.

;£ advertência acima publicada não se refere aos nossosa -entes e cobradores da corte;¦nas sim e unicamente com as

essoas residentes no interior.¦MS

I»aT.fTKTMIUnrflfirMg^

SUMMARIOO ASSASSINATO DO BR. JOÃO BAPTISTA

BADARÓ.As PROVÍNCIAS.Questões econômicas.Uma eleição republicana.Chronica diária.Estudos sobre a largura das es-

TRADAS DE FE11R0 E A RESISTÊNCIA DOS

TRENS.üs infalliveis de roma.Variedade.Folhetim:—OGuarany, romance por

Gustave Aimard.

O Dr. Badaró

O dia de hoje assigmala um fúnebre

anniversario na historia politica do

Brazil. Completam-se 46 annus do as-

sassiuaco do jornalista liberal Dr.

João Baptista Badaró, encarnaçao da

idéa liberal e symbulo da resistênciademocrática contra a deturpação do

isy&tema representativo no Brazil.ü assassinato deste illustre esirau-

geiro, naturalisado no coração de to-

dos os brazileiros pelo seu amor á

causa da liberdade e ao paiz que adop

tou,íoi um dos próximos elemeutos queconcorreram para dar opportunidade

à revolução effectuada a 7 de Abril

de 1831.Sobre este episódio da nossa historia

patria escreveu e leu o Sr. Dr. Pinto

Júnior, no Instituto Histórico, a inte-

ressante Memória que com a devida

vema hoje transcrevemos em horne-

na gem á nobre individualidade cujas

virtudes eila rememora.

èoSASSINATU DO DR. JOÃO BA-PT1STA BADARÓ'

4Ü° ANNIVERSARIO

0 C. D. á nação italiana, pelo Dr. JoaquimAiuonio L'inlu Júnior

Faz hoje 4d annos, que foi vil, co-varde e traiçoeiramente assassinadocom um úco de pistola na Cidade defe. Paulo o Dr. João Baptista Badaró,sendo sua uuica culpa, o seu estre-

Sirva este opusculo para relembraras virtudes deste Apóstolo do progres-so, e para firmar a verdade dos factosadulterada naquella época, pela justaindignação de uns, pela perversidadede outros, e geralmente pelo espautoque seguio-se â noticia de tão revol-tante quanto inesperado crime.

O Dr. João Baptista Libiíro Ba-daró, (1) filho desse bello paiz quetantos homens notáveis tem offerecidoao mundo em todos os ramos dos co-nnecimehtos humanos, a Itália, nas-ceu nos fins do seeulo passado em Lai-

g-ueglia, pequena villa marítima daribeira Occidental do ducado de Ge-nova, que naquelle tempo formava arepublica Ligui".

Seu pai o Dr. André Badaró, medicoillu-tre, altamente conceituado, tendooecupado os mais importantes cargosna Republica, entre outros ode mem-bro do Corpo Legislativo, favorecidoda fortuna, e collocado em elevadaposição pelo seu nascimento, e pelaestima e respeito de seus concidadãos,não descurou da educação de seu filho.

Depois deo haver iniciado nas lin-

guas Latina, Italiana Franceza e In-

gleza que eram á ambos familiares, enas máximas e conhecimentos da phi-lo^ohia, destinou-o á honrosa profis-são^de meu1^ em que elle próprio se

distingui»; ^uapaáS^empelo^dodas sciencias médicas foi uma geneaanão interrompidos triumphos, e a O m-versidade de Pavia lhe conterio ob' nroso titulo de Doutor que foi con-firmado pela de. Turin. .

O Dr. João Baptista Badaró, mi-ciado nos ar.canos das sciencias me-dicas, espirito activo e emprehende-dor, alma robusta destinada parag-randescommettinientos, fez taes pro-gre-sos nos estudos â que praticamentese entregou, que mereceu em sua pa-tria a estima e aprivança dos illustresnaturalistas Viviani. Moreti, e Berto-loni.

A applicação e o estudo nao erammais para o Dr. Badaró om estado pas-sivo do espirito, elle detestas a a ro-tina, e a acçEo e o exercício em que osen espírito desenvolvia todo o elas-terio de suas faculdades o faziam ad-

quirir novos conhecimentos devidosa si próprio, e aos trabalhos de umaaturada reflexão.

Os principios e as doutrinas médicas

que. bebera em seu tirocinio, não ofascinaram ao ponto de imprimiremcomo ordinariamente acontece um tim-bre particular á todas as opiniões desna vida ; as doutrinas ensinadas nasdifferentes escolas italianas que fre-

quentou, não escureceram a seus olhoso merecimento da doutrina phisú>lomcò para a qual o seu espirito tinhaumiral pendor, se bem que um pru-dente F-Cjectisrao regulaya os passosde sua pratica.

A zoologia e a botânica perecei am-

lhe sempre a preferencia nas suas coti-Linuas investigações, e esta ultima lhe

expatriou-se e veio para esta Corte em1826, onde continuou nos mimososarrabaldes da capital do Império assuas observações, e o estudo aturadoda botânica que constituía então a suaparticular oecupação ; a familia dosconvolvolos e dos fetos mereceram-lheum estudo especial, colleccionou edesenhou muitas espécies no empenhode publicar sobre ellas uma monogra-phia.

Corriam plácidos e serenos os dias

pára o Dr.Badaró,o estudo das scienciasnaturaes e principalmente da bota-nica tão rica de attractivos lhe ame-nisava a vida, e abria um horizontelargo

FOlHêTÍ^D^ globo

0 ÜÜAÜÀiNY

S3

POR

òIX

é-canan-payagoaí

A cabana do chefe era espaçosa, are-

jada, limpa, e disposta internamente

cjw uma inteiligencia pouco commum;

adornavam-na apenas alguns moveis

grosseiros, taes como mesas, bancos,

e mochos.

Em um dos ângulos da sala, as es-

cravas entregavaui-se a certos traba-

lhos sob a direcção. da mulher do

chefe.A um signal deste, veio ella pressu-

rosa cumprimentar o estrangeiro e of-

ferecer-lhe refrescos de que suppu-

nlia carecesse.

A hospitalidade entre os índios é

mais sagrada e inviolável das leis.

Essa mulher chamava-se Pinla-Pai

(aestrella-branca). Era alta, bem fei-

ta- suas feições eram finas e intelli-

gentes, sem comtudo serem completa-

mente bellas; a expressão de sua phy-

sionomia era doce e parecia, quando

muito, ter de vinte e dous a vinte e

tres annos.

(1) \ Utrca. jornal que se publicara nest*Côrtu. diz que desde a pia Baptismal. foi o Dr.Badaró consignado por seu paia liberdade; talé a <i«'iificação do nome Lihero que este lhe pOzno tempo em que a liberdade raiava no horizontede >ua patria.

cazam. Pinia-Pai nSo estava pintada,nem variegada por meio de punçõesfeitas na pelle, segundo usam os in-

dios; seus longos cabelios negros,

trançados á moda brazileira tocavam

quasi no chão ; pequenos cylindros de

prata enâados na extremidade uns

dos outros, e formando uma espécie

de rosário, ornavam-lhe o pescoço ;

placas de metal, presas sobre o peito,velavam-lhe quasi os seios, e largos

semi-circulos de ouro pendiam-lhe das

orelhas.Sob este vestuário, essa jovem mu

às suas investigações scientití-cas; estimado e admirado por todosos que o conheciam de perto, elle pas-sava nesta Corte uma vida feliz, e ou-tro teria, sido o seu destino se a neces-sidade de continuar os seus estudos debotânica em um theatro mais rico, eo desejo de exercer a sua profissão me-dica o não tivessem instigado à ir es-tabelecer-se na cidade de. S. Paulo.

Por essa época levantava-se rico deesperanças, e firmado sobre as maissólidas bases o curso jurídico daquellaprovincia.

A mocidade brazileira corria de to-dos os recantos do Império á. alistar-senas fileiras dos adeptos da sciencia. doDireito, e o Dr. Badaró, moço ainda,vio-se logo rodeado . de uma grandeparte dos innumeros talentos que en-tão surgiam no horizonte brazileiro.0 curso jurídico de S. Paulo não secompunha então como ultimamentede moços no verdoi dos annos, alheiosás paixões políticas, illésos da leprados partidos ; de toda a parte corriama matricular-se nas aulas de direitohomens feitos, sabidos da vida praticapara o estudo da sciencia ; os estu-dantes tinham pois uma autonomia

própria, e uma intervenção cli recta etalvez perigosa nos negócios publi-cos; alguns exerciam até cargos deeleição popular.

« O enthusiasmo ardente dessa mo-cidade que para alli affluia á umaescola nascente (diz o redactor à'A$tréa)trazendo para assim dizer a flor e osummo das doutrinas liberaes de to-das as partes do Império, comranni-cou-se ao seu espirito e abalou seucoração, que sempre ardera pelo amorda liberdade, debaixo de cujos auspi-cios nascera. Suas virtudes e sua ins-truecão o tinham disposto á prestar-senaturalmente para tudo o que. fossedirigido a beneficiar a espécie huma-na : ea esperança de lhe ser útil comseus. conhecimentos, unida aos con-vites de uma grande multiplicidadede vozes que se erguiam d.e toda aparte contra os inimigos do systema

político estabelecido e jurado, o de-terminaram a desposar a causa destemesmo systema, e a levantar comoescriptor publico a espaqa sobre as in-i- -^«deà.eaa maquinações d"S per-digniuv. °-*et-° - l •-•¦¦: r

versos, fazendo-se p... L-u- " l'-^o inter] ire te da razão e da lei, e o or^"o-eral d os senti mentos da gente livre e

o 0 Observador Constitucional comouma producção do seu solo : tanto osprincipios nelle expetididos erão bra-zileiros e sãos ! » (assim se expressavaa Aslréa, jornal político da época.)

O redactor do Observador Constüu-cional era homem talhado para ns

grandes lutas, alma generosa sacrifi-cava tudo pela idéa-, e em seu enthu-siasino foi levado até a beira do abys-mo sem sentir a rápida inclinação doterreno em que descansava os pés.

O bispo diocesano Dom ManoelJoaquim Gonçalves de Andrade, entãovice-presidente em exercicio na pro-vincia, o ouvidor desembargador Can-dido Ladislâu Japi-Âssu, e muitos ou-tros funccionarios públicos, sOffrerammais ou menos enérgicas censuras noObservador Constitucional.

O Imperador Pedro I, jà em fins doanno de 1830, aggrèdido pelo partido,que desde então preparava o 7 deAbril soffreu igualmente os ataquesdaquelle escriptor político. (2)

A excitação dos ânimos tinha subi-do de intensidade e o espirito publicodebatia-se nos prodromos de uma re-volução imminente e realisada poucosmezes depois ; foi debaixo desses aus-picios que pelas 10 horas da noite de20 de Novembro de 1830 a populaçãoda capital de S. Paulo sobresaltou-seao estrondo de um tiro de pistola,que no silencio da noite foi distinc-tamente ouvido em quasi toda a cida-de.

A noticia de que o Dr. Badarótinha sido assassinado correu comouma centelha electrica, e minutosdepois um numeroso concurso de es-tudantes de direito corria a chamaraosso presado pai o Cirurgião-MórJoaquim Antônio Pinto, para que fosseprestar os soccõrrós da Sciencia aoseu infeliz collega ; nós o acompa-nhàmos, e ao chegar apequena casatérrea em que habitava a victima narua de S. José, difficil niente pudemosatravessar a onda de povo que litte-i-almente enchia toda a rua,

Badaró estava deitado sobre umleito, alagado em sangue, pallido, com•s.-a pallidez da morte qne lhe estavaoroxima, a larga fronte banhada de

cordata .' »Eis o seu grande crimeO Dr. Bidaró foi pois arrastado

(2) A liuguagem das folhas periódicas daquelletempo, resentta-se das proximidades de uma;ra ,de revolução, ou, para fülar com mais exac-iidão promova e p. eparava essa revolução.

O Ouvidor nomead • (o desem bargador Candi-do La tisláu .Tapi-Assii) incorreu de-de logo nod-sagrado popular pela maneira porque executoua nova lei sobre a liberdade da imprensa, e nãosó O Observador Constitucional como o PharolPaulistano o aggrediiam violentamente.

Tinha-se por essa epocha criado a SociedadePhíláriti-opicaJ á qual o Governe Imperial, porinformações do vice-presidente da proviucia, oBi-po D". M.-noe". ue-ári permissão, em portariade 17 de Aaosldde 1830, cujos estatutos approváramais tarde, em 5Q de Outubro do mesmo anno.

O Governo Imperial fòrá informado pelo Vice-[residente, em ofíicio de 29 de Julho, de umamaneira pouco explicita « parecendo por issopouco favorável ao estabelecimento, que poicerti não promettia prosperar ã cargo de pes-soas que so se indicavam por estudantes », taes

=ãO as palavras qui> copiam -s do avisi impe-lia! de iò dè Outubro d-i 188^ assianado porJosé Antoujõ. da Silva Maia.' ETsfe aviso eònciujoõruiua rupi-etieiisão ao VicerPresideutej.)^ não

t>e .pregados públicos.

Este av.so ainda mais excit. u os ânimos c n-tra' o Governo da Pioymcia. e a Sociedade Pbi-lantropica foi solemnemenle isslallada.

Bv Uipa i>epi-etieiisao ao v loeri-ri.^io.Jtni; i'-- "o"' ,„; «ido as suas informações e.vplioUas, olar.as

\ francas, como devem «ei as de todos 0s em-

| que as suecessivas gerações levarão ámais reraota posteridade para que to-dos conheçam com quanta resignaçãomorre acjuelleque se sacrifica por umacausa sapta.

Lia-se a consternação e o desanimono rosto dos facultativos que correrama prestar os soecorros da sciencia aoinfeliz collega ; pairava em todos osespi ritos a triste e desanimadora rea-Íidade ; Badaró está mortalmente fe-rido! A multidão immensa que seapinhava na frente da casa conservavaum aspecto doloroso, mas imponente ;não houveram vociferaçOes em tornoao leito do moribundo, porém lagri-mas, soluços abafados e solemnes pro-testos contra os assassinos que aponta-vam sem rebuço !

A's 11 horas da manhã do dia 21lhe foi levado o sagrado viatico acom-panhado de um numeroso concurso,no qual se achavam (salvas muitopoucas excepçõesj todos os acadêmicosde então.

O Dr. Badaró recebeu o sacramentoe as consolações da Igreja Christãcomo maior recolhimento, co.v. o maisprofundo respeito, com a veneraçãode uma alma pura em presença doDeos único verdadeiro, em cujos pre-ceitos santos tinha sido educado !

Suas palavras eram todas de man-sidão, uma só vez não proferio elleos nomes dos algozes executores dobárbaro assassinato de que era vie-cima. Dores cruéis, ardente sede,martyrio prolongado soffreu o infelizBadaró, e 24 horas depois do atten-eado, pelas 10 horas da noite de 21, naidade de 32 annos inclinou a cabeça,e dormiu para sempre o somno dosjustos !

No dia seguinte eram conduzidos,á braços, da casa de sua residência árua Nova de S. José, para a Igreja doCarmo, os restos mortaes desse martyrda liberdade; era tão numeroso o con-curso, que ainda o caixão não haviasabido da casa, e jào prestito entravano templo situado no outro extremola cidade e a grande distancia !

A luz tremula das tochas mortua-rias, os sons abafados e plangentesdà musica ; os soluços dos innumerosamigos do finado, o sussurro dolo-roso e consternador de centenares dft-familias pór.res que faziam alas ápas--agem daquelle sacerdote da medi-ema , cercaram aquella solemnidadefúnebre de urna verdadeira e impo-nente magestade !

Quem póde reunir em tonw do seuleito de morte uma população inteira,grandes e pequenos, ricos e pobres,ievados alli não por mera curiosidade,mas por immenso pezar, á não ser nma.•ilma justa, um coração grande e ge-aeroso ei!

Vivemos em S. Paulo mais de 40tnnos (quasi a nossa vida inteira) enunca assistimos á um sahimentofúnebre tão concorrido, tão solemne,tão repassado da mais pungente dor!

O Dr. João Baptista Badaró não era<ómente um enthusiasta pelas idéaslivres, que começavam então à con-quistar a America; elle era alem distoum homem bom, illustrado, cheio devirtudes, e sobretudo levitlia do tem-pio da caridade; comprehéndia comopoucos os sagrados deveres do me-lico !

A cidade dé S. Paulo passou desdeo dia 20 de Novembro de 1830 até o dia24 no mais completo sobresalto; asruas adjacentes á casa em que residiao Ouvidor Desembargador CândidoLadislâu Japi-Assú estavam apinha-das de povo, pela maior parte estu-

conseqüência do boato adrede espalhado de que os allemães daquella colonia vinham no empenho de libertar

briram e protegeram o verdadeiro as-sassino 1

Vinte annos depois tivemos oceasiãoos dois allemães já presos, passou-se; de ver e observar junto á barra da

para a casa do governador das armas \ Bertióga, na cidade de Santos em umao coronel CaTlos Maria de Oliva, onde j situação pobre e isolada de vismhos,se conservou até o dia 24, e ás duas | um velho de longas barbas brancas,horas da tarde sahindo da casa a ca- i alquebrado pelos annos, senão pelosvallo em companhia do bravo capitãoAmaro José Soares que o governoda provincia havia nomeado paraacompanhal-o, seguio a galope na di-recção da cidade de Santos onde era-barcou no Cubatão com sua familiaem uma canoa de voga, sendo acom-panhado pelo Dr. Ignacio ManoelAlves de Azevedo (e sua familia), oqual era então um dos poucos estu-dantes que adheriram á causa do Ou-vidor perseguido e calumniado. (3)

Chegado à Corte soffreu o desembar-g-ador Japi-Assú um processo em cujadiscussão, a sua inuocencia foi recu-nhecida e provada. (4)

O Allemão Slock porem sujeito à

julgamento foi condemnado em S.Paulo, e acabou de cumprir a maisiníqua das pena no presidio de Guará-puava, situado ao Sul de S. Paulo emterritório hoje da provincia do Para-ná.

Vinte e poucos annos depois desteattentado apeavamo-nos em uma esta-lagem situada á beira da estrada, en-tre as cidades de Itapetininga e Ita-péva da Facbina, e sorprenéndidospelo nome de Stock dado ao alemãodono da estalagem, procuramos en-treter com elle conversa, e verifi-camos ser o mesmo, que fora acusadoe condemnado pelo assassinato doDr. Badaró.

Ouvimos de sua própria bocea a nar-ração da perseguição atroz que soffreu,a injustiça de sua condemnação, errograve e fatal, que desvairou as vistasda juctiça protegendo assim o verdadei-ro criminoso !

Não é o povo, na exitação e no de-lírio ainda pelo motivo o mais justoo melhor conselheiro na aplicação dajustiça.

Os ânimos irritados pelos acon teci-mentos políticos da epocha esplorarameste crime, no empenho de responsa-bilisárem por elle o Ouvidor que ha-via de ha muito incorrido em seu des-agrado (5)

Era, porém, uma quadra de eboli-ção essa que precedeu a revolução de7 de Abril, por isso não admira queo imperador Pedro I fosse tambémrecebido poucos mezes depois em Bar-

dantes. Çrrupqs 4a IufHs Ae 100 pes-i brezso

(3 Não foi sem grabde risco e verdadeiro, spffri-mento que o Ouvidor Japi-Assú e as pessoas desua comitiva realisaram uma viagem pela costaem uma canoa de voga, devendo aind» aosesfor-ços dó juiz de fora de S. Seb.-:stião o não ser . llipreso ã í éçlamaçao de varias pessoas. d° lugar.

(4) Não élpossivel transcrever neste opuscoU.todas as peripécias deste impor tarde julgamento;nós o tem ós lido, e Cüda vez nos convencemosmais de que a paixão o ô. ódio são os pr meiroselementos para desvairarem e intorpecerem &accão da justiça !

Japi-Assú e Stock foram duas victimas saci-ficadas em favor do verdadeiro assassino querecolhido vio correr o tempo e ap- &xipar-se o flmda vida sem que a justiça humana o descobrisse,attiogisse e punisse.

iq) Pela linguagem dos jornaes da ipooa sepóde conhecer a exaltação dos animõs. O Pha-rol Paulistano, rm uma cotrespjndencia assiü-nada A §entinélla, parodiou as invectivas deCícero contra Catilina. applicando-as ao desem-bargado. Japi-Assú e concluindo por alegrar-seppVqüe «a sua figura, a sua presença e o seuhálito já ; ão impestavam aquella cidade ! » E apar desta linguagem inconveniente e desab; idaum vácuo immenso, nem um aigument-o. nem,uma pi ova contra o ioc.rinijn.adQ ouvidor 1

Depoisdo julgamento, dirigio o desembargadorJapi-Assú a seguinte carta aos Italianos;

« Signori Italiani-—Aloum miei infami nemici.crudelissimameaie nVimput.it-.rono ('assassiniodei vostro infelice òumpátíiòta Gi./vanni Baitiswí>adarò !

« M'accusarono d'un delitt > orribüe. c.heeglinps>li, anime vili, potevano pomm.ettere"sanza i i-

remorsos ; a velhice que chama aattenção de todos e. inspira respeito,naquelle vulto sinistro incutia repu-gnancia, senão verdadeiro terror !

Eis ali o executor do assassinato doinfeliz Badaró, alguém nos segredouaos ouvidos!

Seu nome n?5o o esquecemos nós,mas preferimos que fique encerradona poeira da campa em que hoje.desçança aquelle miserável.

Que motivos o levaram a commettertão grande crime "?

Mysterio ! Obedeceria à vontade deum mandante ! Seria elle, o primeirofanático que armando por si o braçohomicida, de um punhal ou de umbacamarte commettesse um crimehorrendo julgando praticar uma vir-tnde ? !

O fanatismo político não é menosnocivo e prejudicial do que o fanatis-mo religioso.

Esse desgraçado fez cahir ensan-guentado a seus pés um apóstolo daliberdade e não achando depois quemapprovasse ou premiasse semelhantecrime; corrido de remorsos, verga-do ao peso da reprovação geral, foi vi-ver vida obscura, e dèspresada na so-lidão das mattas d'onde nunca de-vera ter sabido.

Victima e assassino descançanihoje na mansão dos mortos.Ao primeiro a saudade, a gratidão

de um povo inteiro reconhecido aossens serviços.

Ao segundo a compaixão que nãodeve desamparar até os maiores cri-minosos.

Figurai um monstro que a naturezatenha conhecido só para se horrorisarde seus crimes; uma fera de fórma hu-mana e de instinetos de Pahthéra;uma lagrima gerada no intimo do co-ração desse monstro, atravessando ca-minhos que Deus feze que só Deusconhece, rebentará de seus olhos.,innndando-lhe as faces, eessal-igri-ma será bastante para lavar todas asnodoas de uma vida criminosa!

O arrependimento !,Qe elle o teve verdadeiro e sin-

cero que sua alma déscance tambémna mansão dos contrictos e arrepen-d idos !. . .

Rio de Janeiro, 30 de Novembro de1876.

ÂS PBOVIfWASS. Paulo

Entrou hontem o ^paquete nacionalAlice, trazendo datas dessa provinciaque vão a 18 do corrente.

Foi nomeado cura da Sé Cathedralda capital o Sr. conego Carlos AugustoGonçalves Benjamin.

Em S. Roque fundou-se uma asso-ciação com o fim de propagar a ins-trucção popular por meio da biblic-theca da escola e das conferências.

Na cidade do Amparo os presos ar-rombaram a cadêa, mas somente con-seguio fugir um escravo, porque asentiuella deu logo signal de alarma.

Falleeeu em Campinas a Sra. D. Ur-sula Bueno, esposa do Sr. João ManoelAlves Bueno.

Na capital o Sr. Fernandes da Cunha.Filho, que acabava de tomar o gráo debacharel em direito, publicou um vo-lume de versos, a que intitulou Nym-phéas.

Na cidade do Rio Claro o Gabinetede Leitura inaugurou sua aula noc_turna.

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Questões econômicas

Sob o titulo—A lei do auxilio á lavourae o socialismo inserio o Paiz, folha quese publica no Maranhão, alguns in-teressantes artigos econômicos assig-uados.pór Martintts Hoyer. pseudonymoque occulta o nome real de um severopensador e de um escriptor muito com-pétehté nesta ordem de estudos.

Dentro de pouco tempo estará denovo ua tela da discussão esta cansadae.iusol.ilvel questão dos auxílios ala-voura, medida q.ueha mais de dousaunos é reputada urgentissimn polo go- .verno, pelo corpo legislativo e pelaopinião, mas que provavelmente cou-tinuarâ a ser urgente por alguns annos.

As idéas do illustrado escriptor ina-ranhense estão na substancia deaccor-do com as que emittimos durante adiscussão do projecto e depois da pro-mitigação, da lei que ficou sendo defacto inexequivel, como bem o prophe-usou o honrado Sr. ministro da fa-zenda, o qual, por isso mesmo talvez,não lhe negqu.jp seu voto nem, p am-paro da proteeção officíàt.

Ü nobre^ininistro, tinha talvez emmente, ao votar por essa lei ineficaz,o seguinte aphorismo político :

Que o melhor meio de annullar as másleis é pôl-as em pratica....

Eis os artigos a que fazemos refe/eá!cia e que, com permissão do nosso col-lega do Maranhão, passamos a trans-crever:

..,yy?r

« Io sempre vi smai di vero cu Te: e non mpar possibile lasciar di àmare uomi-.i che pirla-no la dolce. e cles^nte lingua di Met.aslas!o. Pe-trarco, Cesaròtti, D.inlc, Ariosto. Tasso e Guarini:uomini nati nella patria di Virgílio. d'Orazind'Ovídto: di Tito. d'Antonino. d'Aurelio e de'Cincinnati: di Beccaria, di Filangeri e di Alfieri:di Gang^nelli, Michel Ângelo. Raffaelloe Rossin.Discènãf-nti lutti d.i binli eroi e di una patriaMUne, che avendo dettato" leggi al mohdò, p^ailotta per rompei e le caeue che iuiqnauunte p >-sero alia sua indipendenzi.

« Mol;o desideo que tutti c••noscano la miainnoGtínza, peró molto piü chei miei flgliuoliiii¦on licevano la triste eredü.à di un cattivo nome

che uomini pei versi yullero cUre al Ior padre.Quest pi sono i motivi perché rimetto ali vostrebiblinleche esemplari delia ipia difesa, perchépuò anche succedH,o che u giorno, volendu voiscriverè Ia. viia dei vostro disgraz.ia.lu oompa-triot . e nonsapend» che 'a m,ia uaica culpa fuun'ingiust'i persceiizio-ne, diee-te al mondo ch,-io sv< >ta o il eariteflce delfinflice.

« Legg';telái cume spero à sangue freddo, econ imparzialità; e concòrtétè rtò etitimenlo éhelLfóir rore chu in'inspirano g:i infami ghe l'assa-sin.iSüTió.

¦< Co.lla maggio.ie. simpatia sono il vostrç anir/ji-ratore

% Cândido L'idislao JapU-issil. »

A^LEI DO AUXILIO A L.WümtA EOSOCIALISMO

Era minha intenção começar a sérieie estudos econômicos de que ultima-mente me tenho ocçupadp, por umaanalyse detida da lei promulgada no•mno passado pelo poder legislativo econhecida sob o nome de lei de auxilio álavoura.

Do plano que me havia traçada des-viqu-me, porém, a discussão a que melevou o Sr. Sérgio Vieira, encetada no.Tornai da Lavoura, de modo que essesestudos tiveram necessariamente daassumir uma fórma difieveníe da que.Su projectava dar-lhes, tornando-seassim menos methodicos ou syntheti-cos.

¦ :-^:---:'--y

viesse captar as boas graças do capitãoe tornal-o seu amigo, fazia esforçosrealmente prodigiosos para absorver a

maior quantidade possivel de vie-

tualhas.Chegou, porém, um momento em

que a despeito de toda boa vontadefoi forçado a parar.

Emavidi-Chaimè, que acompanharacom interesse as completas proezas deseu hospede parecia satisfeito. Offere-

ceu-lhe, como digestivo, fumo contidoem um longo tubo de folhas de pai-meira enroladas, e embos puzeram-se

lher não deixava de ter uma certa I a fumar, enviando-se reciprocamente

graça, e devia, o que acpnteceu com

effeito, parecer encantadora ao capitão

indio elle mesmo, e que sobre tudo

apreciava o gênero de beleza que dis-

tinque as mulheres de sua raça.Com uma presteza cheia de atten-

cões, a Estrelia Branca, em breves

instantes fez abastecer a mesa de

iguarias, cuja abundância desculpava

a frugalidade, visto que só se compu-

nham de lacticinios, peixes cosidos, e

carne seccada ao sol e assada sobre

brazás.D. Diogo, a convite do chefe, dispoz-

se a honrar essa refeição improvisnda,

da qual começava a sentir necessidade,

visto ter passado a noite a galoparatravez dos campos.

O chefe, embora nau tomasse parte

na dita refeição, animava comtudo seu

hospede a comer, e o capitão, cujo ap-

petite parecia crescer na razão do quev.o-% do nm enffolia, não se fazia rogar para acom-

Sea vestuário ompuato-se de um engoU ^ Mp.. _

P#S «!ÍgSg!aM»^M independente da fome ,neõue a envolvia estreitamente desde

peito atéaos pés, presa nas cadeiras

t>or um cinto extremamente largo,

chamado ayulate, de côr vermelha car-

meáin. Para as moças solteiras, esse

cinto è branco, e só o deixam quando

D. Diogo experimentava, sabia quenão comer bastante quando um chefe

convida, é tal proceder considerado

e no maior silencio, baforadas de fu-maça no rosto.

Desde que a presença de EstreliaBranca tornara-se desnecessária juntodo hospede, ella se havia discreta-mente retirado para o interior levandocomsigo os escravos para deixar queos dous homens pudessem fallar em

plena liberdade.Deslisou-se, porém, grande lapso de

tempo aates que qualquer delles profi-risse uma palavra; a natureza dos in-dios é contemplativa e tem muita àffl-

nidadecoma dos orientaes. O fumo

produz nelles o effeito d'um narcótico,e se os não adormece completamente,immerge-os pelo menos, por longotempo em umà espécie de extasis som-nolento cheio de doces e voluptuosas

visões, muito semelhante ao kief dosturcos e dos árabes,

O primeiro que rompeu o silenciofoi Emavidi-Chaimé.

« Meu irmão o G-rande-Sarigese, é

portador de uma mensagem de Ta-rou-Niompara mim? perguntou elle.

— Sim, respondeu Diogo, tomandoimmediatamente ao serio o papel que

por este como um acto de impolidez e desempenhava.

despreso; fora disso,-como lhe con-j — Essa mensagem me é^pessoal, ou

se dirig'e aos outros capitães da naçãoe ao grande conselho ?

Só diz respeito a meu irmão Ema-vidi-Chaime.

Epoi, meu irmão julga conve-niente cammunicar-m'a neste momen-to, ou prefere remetter para mais tarde,tomando antes algumas horas de re-

pouso de que talvez necessite %Os guer.- eiros guaycurús não são

mulheres débeis, respondeu Diogo;uma viagem de algumas horas a ca-vallo não lhes diminué o vigor.

Meu irmão fallou perfeitamente ;o que elle disse é verdade; meus ouvi»dos estão abertos, as palavras de Tarou-Niom alegram sempre a seu amigo. Ocapitão dos Guaycurús deu sem duvidaa meu irmão um objecto qualquer queme prove a veracidade de sua mensa-

gem,— Tarou-Niom é prudente, respon-

deu Diogo; sabe que os cães Pai pisamagora a terra sagrada dos Guaycurús edos Payagoás,- e a traição veio comelles.»

Tirando então da cintura, onde ahavia collocado, a faca que lhe dera ochefe, entregou-a a Emavidi Chàimè.

— Eis, disse elle, a keaio de Tarou-Niom, o capitão a reconhece ?

O chefe tomou-a em suas mãos, con-siderou-*a attentamente por um instan-te e collocando-a de novo sobre ameza:

« Reconheço-a, disse elle, meu irmão

pode fallar confio nelle. »Diogo inclinou-se em sigmal de agra-

decimento, poz novamente a faca nacintura e respondeu :¦'

«Eis as palavras de Tarou-Niom:estão gravadas no coração do GrandeSarigue que não alterará uma só pala-vra. Tarou-Niom lembra ao capitão dos

payagoás sua promessa; e pergunta-

"—^i"— :' ~ -^ *""" --"""M~ —-<*'-' -lhe se tem realmente intenção de cum-

pril-a.Cumprirei o que prometti a meu

irmão, o capitão dos Guaycurús ; hojemesmo reunir-se-ha o grande conselho,e amanha as pirogas de guerra subirãoo rio; eu próprio as dirigirei. »

Diogo fez gesto de surpreza.« Que quer meu irmão dizer ? pei**

guntou elle, não o comprehendo, nãodisse que as pirogas hão de subir orio?

Disse-o com effeito, respondeu ochefe.

Porque motivo meu irmão toma-rá essa direcção ?

Para ajudar, como foi convencio-nado entre nós, não-é para Tarou-Niomvencer os cães Pai que o capitão re-clama o cumprimento da minha pro-messa ?

Escutai as palavras do chefe: osPai estão cercadas pelos meus guerrei-ros, a fuga lhes é impossivel; já muitodesanimados e quasi mortos pela fome,cahirão em minhas mãos daqui a dousou tres soes, o mais tardar; que meuirmão se lembre de sua promessa.

E então? interrompeu o chefe.Outros inimigos mais sérios nos

ameaças, continuou Diogo iinpèrturba-velmente, e exigem nossa attenção.

E', pois, verdade o que hoje mes-mo noticiou-me um dos meus batedo-res? exclamou o chefe com mal contidaemoção.*_

E'por demais verdade, respondeuDiogo friamente, nem de leve suspei-tando ao que o Payagoás fazjaallusões^mas ardendo em desejos de o saber ; éespecialmente no intuito de confirmar-vós esta noticia e tomar com vosco asdisposições necessárias, isto é, disse

Cfiie juígardes dever adoptar para o in-teresse geral, e leval-as immediata-mente a Tarou-Niom, para que possaapoiar-vos eficazmente; que elle man-dou-me para junto de seu irmão.

De maneira que os brancos en-

tram por todos os lados em nosso terri-torio ?

Sim.Terá realmente o capitão Joaquim

Ferreira partido de Villa Bella, com-mandando uma numerosa expedição ?

Não póde haver duvida a esserespeito, disse resolutamente Diogo,

que ouvia pela primeira vez fallarnessa expedição ?

E Tarou-Niom julga que devoimpedir a passagem aos Pai? pergun-tou o chefe.

Seis mil guerreiros juntar-se-hãoaos do chefe payagoás.

Mas é principalmente> passagemdo rio que importa defender.

Assim pensa Tarou-NiomEpoi, meus guerreiros ajudados

pelos, de meu'irmão guardarão o vaudo Camato fcavallo) emquanto que as

pirogas de guerra interceptarão ascommunicaçoes e molestarão os Pai

em toda a extensão do rio. E' isto quedeseja ocapitao guaycurús?

Meu-irmão apossou-se perfeita-niente da idéa e eomprehen deu suasintenções.

A. que numero se julga elevarem-se as forças que vem de Villa-Bella?

—Asseguraram a Taróü-Nion quemontavam ao menos em dous mil.

¦—Ai, eis o que não deixa de ser ex-

traordinario,exclamou o chefe; tinhamme certificado que nao passavam de

quinhentosw^"^ ~~ -;Diogo mordeu osílabios, mas tran-

com um grosseiro sorriso, combinar ^uillisandó^rmm^tao somente as medidàsxie- segurança! « São mais numerosas que as, folhas

varridas pelo vento da tempestade;mas dividiram-se em pequenos desta-camentos de guerra para illudirem avista perspicaz dos payagoás.

Eha ! disse o chefe com espanto,isso.é terrível.

Ainda mais, acerescentou Diogo,

que não ignorava a repulsão que os in-dios sentem pelos negros e o profundoterror que sua presença lhes inspira,cada um desses destacamentos é se-

guido de um crescido numero de Coa-tas (negros), que prestaram o terríveljuramento de trucidar todos os guer-reiros payagoás e roubar-lhes as mu-heres e os filhos quetencionamfazel-assuas escravas.

Oh ! oh ! disse o chefe com mal des-simulado sentimento de pavor, osCoatas não são homens, assemelhâo-seao gênio do mal. O aviso de meu irmãoserá aproveitado; nesta mesma noiteas mulheres e as crianças deixarão aaldeia para ir á planura de Manso,e os guerreiros pôr-se-hão em marchapara o vau do Camato, seguidos detodas as pirogas de guerra.

Nãó ha um instante a perder.»Diogo levantou-se.« O Grande—Sarigue vai-se emho-

ra-? perguntou o chefe erguendo-seig-ualmenté.

— E' preciso, chefe ; Tarou-Nion re-commendou-me grande diligencia.

—- Epoi! meu irmão agradecerá aocapitão dos Gaycurús: sua advertêncialivra a nação dos Payagoás d'uma ma-1tança completa.»

Os dous homens sahiram. A uma òr_-dem d'Emavidi-Chaimé um escravotrouxe o cavallo de Diogo; este cavai-gou-o immediatamente, trocou aindaalgumas palavras com o chefe, e emseguida separaram-se.-^^fe.

O capitão estava radiante ; até então

í,udo lhe havia corrido além de suas es-peranças ; não só conhecia os projectosdò inimigo, mas sabia ainda que ospaulistas entrando de golpe em campa-nha, poderiam num momento dado,ajudãl-ssfiSé-cónàeguisse persuadir omarquez de que convinha renunciai*ao prolongamento de sua obstinaçãoem querer continuar uma viagem quetudo tornava impossivel; além dissohavia conseguido impedir a juneçãoilas duas nações indiannas, o que con-servando livre a passagem dos riosoffereeia uma probabilidade de salva-ção á caravana, fraca probabilidade éverdade, mas que não deixava de serpositiva.

Diogo sahiu vagarosamente daaldêamergulhado em roseas reflexões, sódesejando mais uma cousa ainda : re-unir-se em breve aos companheirospara dizer ao marquez tudo o quehaviBa esperar e a temer.

Quando o soldado viu desdobrar-seante seus olhos a planice deserta, in-cliuou-se sobre o pescoço do cavallo,fresco e descançado por duas horas derepouso fez-lhe sentir as esporas ecomeçou a correr com a rapidez dovento na direcção¦-. da collina ondeacampava o marquez,

Subitamente, ao voltar urn. atalho,empeçou com um cavalleiro que vinhasobre elle com uma rapidez igual ásua.Os dois homens trocaram um olharna passagem.

Diogo' nao pôde reprimir uma ex-clamação de surpreza e quasi de receio.Nesse cavalleiro reconhecera MalcoDias.

« Bom, èis que a fortuna muda \murmurou por entre os dentes, aopasso que fustigava o cavallo que pa-recia devorar o espaço.

(Continuai*

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Page 2: æ - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/369381/per369381_1876_00315.pdfvincias rogamos o favor «le tran-screver esta advertência para conhecimento «le todos aquelles S1 quem efiía

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O &Íobô.-- IM© xie Jã-neiro, Segniída-fbira 3 O de Novembro dtí''•'-¦&¦¦

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Entretanto, como.^sm meus prece- ] cc Não 6 senão para favorecer e dar identes artigos tenhoprocurado com-bater em sua essência as bases em queassenta, não só a referida lei como oprojecto primeiramente apresentado eadoptado na câmara temporária, a

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garantia de juros e o previlegúo, duplomonopólio, pouco tenho que accres-centar acerca delia, cumprindo-me,todavia, discutir a questão de sócia-lismo que se lhe prende intimamente,e constituindo essa discussão, paramim, um dever e um direito de defeza,visto como fui contestado em minhasidéas, quando a ventilei em um des-

pretencioso opusculo por mim publi-cado,- no qual tratei da organisaçãodas instituições de credito real, deaccôrdo com a lei de 24 de Setembrode 1864, organisação que me pareceu,e que ainda, com a immediata remoçãodo papel-moeda, julgo a única solução

eppitica e sensata do problema econo-; %ico-social que se agita no paiz, para

que possam a industria agrícola esuas irmãs entrar em uma via deregeneração e de progresso real e per-ma nente.

A solução dada pelo parlamento á

questão não surprendeu, nem podiasurprender a quem quer que tenhaobservado attentamente a lamentáveltendência da absorpção do individuo peloEstado, que tem sido o característicode todos os actos dos poderes públicosno Brazil; e tanto mais era de esperaressa solução, quando a própria indus-tria agrícola, afflicta e lutando com

embaraços sem conta, mas transviada

por falsas noções econômicas, clamava

por medidas que só lhe podem aggra-var os soffrimentos, como se poderáTer nos relatórios publicados por or-

dem do governo, elaborados pelas com-

missOes nomeadas para estudarem ascausas do mal, e que, deixando de

aprofundal-as, confundiram com ellasos seus efleitos.

Não viram nem a própria industria,as referidas commissões, que o

cremento ás fontes d-a receita publica quese concedeu subsídios (sahidos dasmesmas fontes) ás industrias. Deixar deattender aos gritos de afiücção da la-voura, quando ella (toda ?) está amea-cada de morte, é por certo contribuirpara estancar nossa mais considerávelfonte de receita. »

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nemmal latente nasceu, cresceu e desen-

volveu-se principalmente sob o influxo

das duas mais funestas instituições do

paiz, a escravidão c o papel-moeda.Resignando-se ao golpe mortal re-

clamado pola opinião publica e pelacivilisação, dado á primeira dessas

instituições pela lei de 28 de Setembro

de 1871, que assegurou a emancipação,.lenta e gradual, mas infallivel, de"uma

porção do povo brazileiro queainda geme uo captiveiro, não enca

rou a industria agrícola asob seu verdadeiro aspecto, e clamou, i

quasi por toda a parte, por mais papel-1moeda confundindo com o capital que"

Não é, pois, socialismo, na opinião damaioria da illustrada commissão, aconcessão á industria de subvenções,garantias de juros e privilégios porparte do Estado, pois taes concessõessão feitas pelos poderes públicos como fim de promover o augmento da receitapublica.

Eu suppunha que o fim da institui-cao dos poderes públicos em um paizlivre era garantir a liberãaãe áos ciâa-dãos, liberdade em que se resumem a

paz publica, a garantia da propriedadee a independência individual.

A illustrada commissão parece nãoo entender assim e julga que os pode-res públicos protegem conveniente-mente algumas industrias da socie-dade, concedendo-lhes Monopólios,

porque desta arte consegue-se augmen-tar a receita do Estado.

Muito receio que taes meios sejamnegativos em seus effeitos ; mas con-vem analysar se o Estado, do modo

porque essa entidade funcciona querno Brazil, quer em outros paizes igual-mente regidos pelo systema repre-sentativo, é a nação.

E dessa analyse ver-se-ha com cer-teza que são duas cousas muito dis-tinctas, e não idênticas e nem de in-teresses perfeitamente harmônicos,como deveriam ser.

E não causará então admiração que oEstado tenha principalmente em vista,

por toda parte, augmentar as rendas

publicas, da mesma forma que, em uma

propriedade agrícola custeada por es-cravos, o trabalho de todos elles ten-dem a um fim principal: engrossar orendimento de seu senhor.

Dar-se-ha acaso que os povos moder-uos, reconquistando seus direitos, ape-nas conseguissem em ultima analysemudar de senhor ?

O que é socialismo '? Não questione-mos sobre palavras.

Eu defini claramente, uo trecho co-

; piado quasi textualmente de meui opusculo pela illustrada commissão, o

"T I llue entendia pof esse termo: consiste.

U11' o socialismo em tirar a uns para dar aoutros. Tirar bem entendido, por meio

bro começa â luta, abre-se a campa-nha: dous candidatos representando osseus respectivos partidos encontram-se na presença d'um grande numerode povo •"'-••cursos enérgicos enchemos dias,eproi.i-.sOes ruidosas illuminamas noites com as tochas. Toda a naçãoestá em movimento : reuniões, aren-gas, jantares, procissões, musica, ban-deiras, estão na ordem do dia ; os jor-naes pullulam, nascem e morrem coma oceasião ; elles tornam-se muito ani-mados, violentos até, atacando e de-fendendo. Mas apezar de tpdo esteruido e commoção, apparece muito

pouco máo humor na gente -.'gastam-

se muitas palavras, muito Wfiiskey,mas pouco sangue. O partido vencidori-se, abraça os inimigos da véspera,paga as apostas, bebe á saúde do ven-cedor e prepara-se para a eleição se-

guinte, com bastante esperança, cora-

BBA.ZILIAN CENTENNIAL COMMISSION

\

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- t.*z -.

-T.Ç.,.

777.V_- *.

¦pel-moeda e ella o acha ainda insufficiente!

\ Entretanto contestou-se na Câmara"temporária

que os auxílios direc.os da-dos á lavoura, por meio de subven-

' cües ou garantias de juros fossem me-•^dida socialistas;

"e a illustrada commis-

%_lo eleita pela mesma Câmara para¦ estudar o assuinpto, pronunciou-se, em

sua maioria, no mesmo sentido, comose verá dos seguintes trechos extraiu-dos de seu relatório :

« Levantam-se, porém, no Bra-zil opiniões adversas aos favores pe-cuniarios prestados pelo Estado paraauxiliar a fundação de bancos de cre-dito territorial, quer esses favores con-pistam em subsidio quer em privile"gios, quer em garantia de juros.

« Esses favores, diz-se (disse-o eu)—são sempre a custa de todos, para bene-ficiar alguns dos membros da socieda-de; a administração ha de ser, porforça, illudidá e tornar-se parcial nadistribuição dos dinheiros públicostoda vez que se encarregar do meneiode negócios que devem ser entreguesú iniciativa e á responsabilidade indi-

" viduaes.cc O Estado ha de contrahir empres-

tirnos de que pagará juros, para em-- prestar sem juros capitães ás socieda-

/-'des on bancos; o sacrifício traduzidoem novos impostos, pezaria sobre a

própria lavoura da qual se tiraria comuma das mãos para dar com a outra.

" Isto nos levaria ao socialismo !cc Este argumento não parece proce

dente.cc Adoptada semelhante opinião, fi-

caria condemnado todo e qualquersubsidio, dado pelos cofres públicos emfavor das estradas de ferro, navegaçãoá vapor, colonisação e todos os ramos

¦ ãe melhoramento eserviço publico. Seriam,- tambem recursos esses tirados da la-

voura e da industria com uma dasmãos para se lhes entregar com aoutra (que duvida 1)eo que é mais, noconceito dos adversários dos subsídios,tirados de todos os que precisam parase dar a alguns que não precisam.

cc Demais; a somma desse subsidio é-levantada (pela acção da autoridade.isto é, á força) não só da lavoura, comode todas as fontes da receita publica (isto ó,tira-se a uns para se dar a outros), para

i.serappliçada em beneficio da agricul-..tura (da que estiver individada) que

delia precisa urgentemente; a cada contri-iiuinle de todas as classes toca apenas umadiminutaparcellaque directamênte apro-reiia a uma só classe.

a Não é exacto que o favor, assimdado, á agricultura fique logo anullado

P? com a aggraváção ou creação de impôs-tos; ao contrario, trata-se de diminuiras imposições que oneram a producção.O empréstimo, contrahido pelo Estado,

para obter capitães que terão de serempregados nes bancos de creditoTeal,

poderá ser pago mais tarde, quando aíavoura (toda) livre (a individada) dadivida que a obera, graças aos empres-iimosque obtiver a juro baixo e a longo3razo, tiver augmentado a sua pro-duecão. Então a elevação dos actuaes im-êõstos] a oreação de outros não lhe serão-pezados, e o Estado, cuja renda augihen-sara com os progressos da cultura,

se verá largamente compensado dosadiantamentos que houver feito.

é socialismo própria-pelo menos socialismo

a Se isto não.. . ^wvma do p.uz : ^.mp-n o V:i-1 ^ ^ ^

I provável como era provável a bofetada? dada com as costas da mão por um jesui-

ta em um gentilhomem da casa dorei de França, e cuja tradição con-servou á posteridade a inimitável

penna de Pascal.Não será socialismo, porque o que

geralmente se entende por esse nomeé um systema ou uma theoria em abs-Itracto, uma utopia, uma impractica-jbilidade nascida no cérebro de algum IFourier. Pouco monta: concedam-meIao menos que, tirar a uns para dar aioutros, é a injustiça.

Mas tirar a uns -para dar a outros, dir-me-hão,deixa de ser injustiça desde quedesse acto de violência ha proveito paratodos. Nesses casos excepcionaes de

que é juiz e arbitro supremo o estado,não ha injustiça. A injustiça transfor-ma-se em justiça; o mal em bem !

Antes de proseguir, direi de passa-gem que não conheço e duvido quehaja um único plano, uma u nica theo-ria de socialismo que não tenha essaidéa por fundamento, mais ou menosclaramente manifestada, e que pres-cinda da força ou coacção para conse-

guir o bem que tem em visia promo-ver ; portanto estão os socialistos theo-ricos de perfeito accôrdo, no essen-ciai, com os socialistas práticos, e coma máxima de que «os fins justificam osmeios.» Quereis o bem ? empregai,

para couseguil-o, não o bem, empre-

gai o mal. Quereis a justiça '? não sê-de justos : pelo contrario, sede injus-tos.

Que estranha cegueira do espiritohumano !

Martinus Hoyer.

(Continua.)

Chega emfim o dia para o qual todosestes preparativos se fazem o alvo detantos esforços; o sol nasce sobre espe-ranças brilhantes e põe-se por entre aruina de esplendidas especulações,sobre a derrota final de espectátivasbizarras. Os votantes de cada parochiareunem-se sob a presidência de ins-

pectores jurados, escolhidos dos dous

partidos pelo Sheriff. Não ha barulho,nem contestação ou luta, nem demora,nem difficuldade; não ha appellos aostribunaes, á policia ou aos soldados.

E' mui raro o cidadão perder o di-reito de votar: o principio da combina-

ção entre a taxa e a capacidade paravotar, é perfeitamente estabelecido ;

por isso cada cidadão que já tenha

pago a sua capitação tem direito devotar; e este direito perde-se só emcasos excepcionaes. Com excepção dasmulheres e crianças quasi todos tême exercem o direito dè votar.

O suffragio sendo pois universal,toda facilidade é garantida para a vo-tação e a proporção dos votantes com ados habitantes é sempre muito grande.

Ao pôr do sol fecham-se as urnas ;em um só dia sete milhões de cidadãostêm manifestado suas soberanas von-tades com certeza, sem contestação,sem inimizade, sem murmúrios. No diaseguinte sabe-se o resultado ; não harecursos nem appellações ; cada umtem feito seu dever, fica satisfeito evolta ao trabalho diário.

Diz um celebre poeta :cc A urna popular é como a neve que

desce sobre a relva e executa a vonta-de do povo tão rápida, tão silenciosa etão effectivamente como o relâmpagofaz a vontade de Deus.»

No mez de Dezembro os relatóriossão examinados pelas duas câmaras decada Estado e os resultados proclama-mados pelos governadores, que cha-mam os eleitores ás capitães para vo-tarem. Sendo todos estes resultadosexaminados pelas duas câmaras doCongresso, a eleição é finalmente de-terminada, e no dia 4 de Março se-

guinte o novo presidente entra naCasa Branca e toma as rédeas do go-verno.

CHf.0-._CA DIÁRIAFallecimento. — Sentimos ter de

noticiar o fallecimento do Sr. barãoCavalchini, ministro da Italia, nestacôrte, onde residio, no seii caracter di-plomatico, por mais de oito annos.

O barão Cavalchini deixa vivassaudades na nossa sociedade, onde foisempre estimado pelas suas distinetasqualidades e affavel espirito.

Como representante de uma naçãoamiga, cultivou sempre com a nossapátria as melhores relações.

O corpo diplomático estrangeiro re-sidente nesta capital perde nelle umdos seus mais distinetos membros.

O enterro do illustre finado terá lu-gar hoje, ás 11 lf2 horas da manhã, sa-hmdo o feretro do Hotel dos Estrangei-ros, no Cattete, para o cemitério deS. João Baptista.

Ser-lhe-hão prestadas as honras mi-litares devidas á alta hierarchia da suaposição, como representante de umanação soberana e amiga e como digni-tario da Imperial ordem da Rosa.

SP-.x'y-'íy, .¦ _. L-- -

Hfa¦7*.-v;-^.-i7v^-.

Uma eleição repul-lâcana

EDITORIAL DA « GAZETA DE CAMPINAS »

11 de Outubro

Daqui a poucos dias {*) a granderepublica dos Estados-Unidos da Ame-rica Septentrioqal ha de proceder áeleição do seu presidente, para o ter-mo dos quatro annos seguintes. Estaeleição faz-se tão simples, tão comple-ta e tranquilla, que torna-se digna daattençao e do estudo dos leitores daGazeta.

N'um tempo desoccupado.geralmen-te os mezes de Junho õu Julho, o Sheriff

(chefe da policia do condado) chama oshabitantes de cada parochia á sua pre-senca para pagarem as toras. Nestasassembléas quasi primitivas os nego-cios da vizinhança são discutidos earranjados; o Sheriff recebe os impostos,prepara a lista dos votantes e o diapassa-se com discursos sobre os meri-tos dos vários candidatos e acaba-secom um jantar rústico, acompanhadodé cantos, musicas e dansas.

Antes de chegar o dia importante, oscidadãos dos condados primeiramente,e depois os dos districtos, reunem-separa nomear os eleitores,, um paracada districto e dous para o Estado emgeral : cada partido procede por si mes-mó. Uma commissão central tem a di'recção suprema ,e vigia os interessesdé seus partidários.

Logo pelos dias brandos de Setem-

(*) A eleição do presidente dos Estados-Unidosjá deve ter sido effectuada a 7 do corrente.

He.4_-eri--_e1_.-os.—Foram despachados:

Pelo ministério da justiça:Carlos Ferreira de Souza Leite, con-

tador e partidor do termo de Angrados Reis, na provincia do Rio de Ja-neiro, pedindo prorogação de licença.—Requeira pelos canaes competentes.

Pelo ministério da guerra:Francisco Baptista da Silva Pereira

Filho, Thomaz Tenorio de Albuquer-que, D. Clarinda Francisca da Fon-toura, Francisco Frederico Hart, Jero-nymo Francisco Hilário, Luiz Manoelda Fonseca, Affonso de Senna Dias,Arthur Fenelon, padre André Hotum,Fortunato de Senna Dias, FranciscoTheophilo Cardoso, José ProcOpio Ta-vares, José Marianno Augusto de Mo-raes, Adolpho Palmeiro da Fontoura.— Não tem lugar.

Benedicto Marianno de Campos.—Osupplicante deve provar, com docu-mento, que o major Joaquim AntônioFerreira da Cunha concorda na trocado corpo, que pede._—Pelo ministério da marinha :

Cyrillo & Almeida.—Informe o Sr.inspector do arsenal, ouvindo o direc-tor das obras civis é militares.

Napoleão Poeta e José Duram—Di-rijam-se os supplicantes ao ministérioda agricultura a quem compete tomarconhecimento da pretençao.

Antônio Moutinho da França.— A'vista da informação não tem lugar.

G. Leuzinger & Filhos, Oliveira.Al-varo & Comp. e Pedro Joaquim Jorge& Comp.—Aviso ao conselho naval.

Alexandre Wagner, —r Aviso aoquartel general para exigir a necessa-ria informação do commandante emchefe da forca naval do Rio dá Prata.

Western and Brazilian TelegraphCompany Limited.—Rara ser, satisfeitaa conta de 252&500 é mister que as-signe e selle o respectivo requeri-mento. . , - _*

Adelaide .de Azeredo - Coutinho Mesrseder Tiberghien.— Informe a conta-doriá.7 7_- 77

Manoel Justino AlvaresdeLimaSo*romenho,—Informe.o Sr, ajudante ge=n eral. ,

Philadelphia, 9 de Outubro de 1876.— Illm. e Ex. Sr. — Tenhov a honrade levar ao conhecimento de Y. Ex.que na noite det27 de Setembro ultimoteve lugar, no salão dos juizes, a cere-inonia da entrega dos prêmios, para aqual fui officialmente convidado, comos commissarios dos outros paizes, queconcorreram á exposição de Philadel-phia.

Como nao estivessem ainda promp-tas as medalhas nem os respectivos di-plomas, que devem ser conferidos áosexpositores premiados, teve então lu-gar somente a entrega das listas dosreferidos expositores, embora estives-sem tambem por completar.

Na que me entregaram havia apenas204 nomes, não obstante exceder de330 o numero dos nossos premiados,segundo as listas vindas da própriasecretariado tribunal das Awards e cor-rígidas por mim anteriormente.

O Sr. Goshorn, director geral da ex-posição, communicou-me logo, por qfi-cio, que a lista mencionada estava in-completa, como as outras recebidaspelos demais chefes das commissõesestrangeiras; tendo sido todas entre-gues assim por mera formalidade.

Como nessa oceasião o mesmo senhorme assegurasse que se iam fazer lis-tas supplementares impressas, cujasprovas me seriam enviadas para cor-rigir, na parte relativa ao Brazil,aguardei a vinda dellas, enviando en-tretanto ao general Walker, secretariodo Boarâ of Awards, a geral, que man-dei fazer com a maior clareza possivel,afim de evitar erros na redacção dosdiplomas.

Duas dessas listas supplementaresjà me vieram ás mãos e tornaram cor-rígidas á secretaria do Board of Awards.Ellas elevam já a 284 o numero dosexpositores brazileiros que obtiveramrecompensas na exposição de Phila-delphia.

O Sr. Goshorn, com quem fui enten-der-me hontem, prometteu-me que aslistas restantes me serão remettidasbrevemente, com as provas dos textosdos diplomas para evitar erros, quantoaos expositores respectivos, na ocea-sião de se imprimirem os mesmos di-plomas.

Cuido, portanto, que sobre este as-sumpto estão tomadas as precauçõesnecessárias.

Da ovacão que deram ao Brazil naoceasião de apresentar-me para rece-ber as medalhas que lhe pertencemha de "V. Ex. estar já informado pelomeu telegramma de 28 de Setembro.Foi a primeira que teve lugar nessanoite.

Como verá V. Ex. dos retalhos doNew York Herald e Courrier des Estais-ünis, annexos ao presente officio,achou-se o Brazil entre as poucas na-ções muito victoriadas na sobreditanoite.

Foi esse o dia mais feliz de toda aminha vida. Esqueci os sacrifícios phy-sicos e moraes, que me tem custado apresente exposição, para entregar-meao prazer de contemplar o Brazil, queera quasi desconhecido aqui antes deMaio do corrente auno,considerado emSetembro pelos representantes legiti-mos da industria do mundo civilisadocomo o paiz novo que mais progressosha feito nas vias da civilisação e aquem está reservado o mais lisongeirofuturo.

Nunca, nunca, Exm. Sr., nossopatriotismo e os recursos financeirosdo Império tiveram melhor applieação.

Congratulo-me cordialmente comV. Ex., pela parte que lhe cabe em tãoassignalado triumpho. Ella é sem du-vida mui considerável. A exposição de1873 abrio nova éra na historia indus-trial do Brazil e este jamais esqueceráorSõmè do ministro illustre sob cujasordens se operou aquelle glorioso feito.

Com a saude arruinada por um tra-balho improbo de todos os dias, e dn-rante seis longos mezes, sob um climainsalubre e a pressão de uma tempera-tura que chegou a 109 gráos centig. a-dos, acima do zero, e não havendo aquinada mais a fazer, no interesse da nos-sa exposição, que distribuir os produ-ctos destinados aos estabelecimentospúblicos dos Estados-Unidos e remetterpara o Rio os que devem tornar ao Im-perio, dou por concluída a minha ta-refa em Philadelphia, para buscar emoutro clima e sob a influencia de re-pouso mais completo, como me aconse-lham os médicos, a cura de uma graveenfermidade que me atormenta hamais de quarenta dias,' e prometteamargurar o resto de minha existen-cia, se não fôr prompta e conveniente-mente tratada.

Ao deixar a nossa exposição é devermeu rogar a V. Ex. a necessária des-culpa se não logrei justificar em tudoa illimitada confiança com que V. Ex.me distinguio. Agradecendo-lh'a muitode coração, affianço a V. Ex. que se fi-quei áquem das suas esperanças foiunicamente por insufíiciencia minha.Qualquer outro brazileiro podia fazermais e melhor, no serviço da nossa ex-posição, nem um, porém, se dedicariacom mais zelo e melhor vontade a esseserviço, nem empenharia maiores es-forços para desempenhar a promessa,qué ao despedir-me de V. Ex. lhe fiz noRio de Janeiro, de não deixar o Brazilficar mal na exposição de 1876. Retiro-me por invalido é depois de ver oBrazil alcançar uma das victorias maisdignas delle e mais próprias para il-lustrar os annaes da nossa historia con-temporanea.

Deus guarde a "V.Ex.—Illm. e Exm.Sr. conselheiro Thomaz José Coelho deAlmeida, ministro da agricultura, com-mercio e obras publicas.—Felippe LopesNetto, vice-presidente da commissãobrazileira em Philadelphia.

Hontem, pelas 10 horas da manhã,pôde Pereira realisar o seu funestodesígnio.

João Capistrano estivera na vésperaá noite no circo inglez assistindo aoespectaculo,donde se retirou recolhen-do-se á casa dos Srs. Lima, Carvalho& Araújo, residentes á rua da Quitan-da n. 159, pessoas com elle relacio-nadas.

Ahi. pernoitou Capistrano, e hontemás 8 horas da manhã sahio paraalmoçar em casa do seu correspon-dente.

Após o almoço retirou-se Capistranoem direcção á mesma casa em que per-noitára e*onde ia reunir-se com outrosamigos. Ao descer pela rua do Viscon-de de Inhaúma, quasi ao dobrar a es-quina da rua da Qnitanda,foi alcança-do por Alexandre Pereira que prova-velmente o espreitava.

Este, mesmo na rua, tirou da algi-beira o rewolver, e fazendo pontariadesfechou dous tiros que não attingi-ram a Capistrano,e cujas balas ficaramencrustadas na parede que divide ascasas ns. 126 e 124 da rua da Quitanda.

Voltando-se, naturalmente pelo es-trondo da detonação, vio Capistranoque Pereira o perseguia, e adiantandoos passos refugiou-se na primeira casaaberta que encontrou, que foi a do ne-__;ociante A. P. Barbedo, estabelecidonessa rua com armazém de comesti-veis.

Pereira continuou a sua persegui-cão, seguindo a João Capistrano, queteve tempo de recolher-se ao escripto-rio do armazém, cuja porta se conser-vava aberta. Pereira desfechou aindasobre Capistrano tres tiros, dos quaesum acertou, recebendo a victima oferimento entre a sétima e oitava cos-tella.

Retirando-se Pereira para carregar

A.' Mo-re »ame de Ps ris.— Li-, A relação media dos carros maisgeral.—Apezar da vastidão '

communs* de cargas abertos e fechadosé alli: , 7v

:: 1:1,66QTJTDACAOdeste estabelecimento, a concurrenciapublica tem sido tão extraordinária,que não foi possivel aos proprietáriosexhibir todas as mercadorias que ato-petam os seus armazéns.

Novas disposições, porém, foram ado-ptadas de modo*a utilisar todas as ga-lerias *e poderem os compradores exa-minar mais detidamente os variadis-simos artigos em liquidação, e aqui-latar a modicidade relativa dos preçosfixados.

Auíograplao Americano.— Estainteressante publicação autographicaque tão bem acolhida foi pelas celebri-dades brazileiras que concorreram aenriquecel-a com paginas- brilhantes.,vai brevemente ser editada.

Para avaliar-se da forma e da correc-cão artística com que é feito o trabalhoâcha-se na typographia do Globo oexemplar correspondente â secç-ão ar-gentina.

Nesta mesma typographia recebem-se desde já assignaturas ; devendo opagamento da obra ser feita em duasprestações : 301. no acto da assignatu-ra e 30*$ ao receber a obra.

For todo o preço. — O maior, omais completo e variável sortimento decortes de vestidos de todas as fazendasapropriadas á presente estação encon-tra-se na União do Commercio, rua dosOurives n. 54.

de novo o rewolver, pois que, sendoeste de seis tiros, houvera elle usadode cinco, foi seguido até á porta porCapistrano, mal ferido, que ao chegará rua cahio desfallecido.

Alexandre Pereira não fugio, nemse retirou do lugar onde estava, etendo ainda o rewolver na mao foipreso por uma pessoa residente na vi-zinhanca que pôde assistir ao lugu-bre desfecho desse fatal encontro,sendo depois Pereira transportado paraa casa de correcção.

Houve logo, como de costume, apitose gritos; mas não áppareceu nenhumagente da segurança publica; apenasos transeuntes foram-se agglomerandona rua. . .

O cadáver de João Capistrano^ioilogo removido para a casa dos Srs.Lima, Carvalho & Araújo, defronte decujo edificio houve grande agglome-ração de gente durante o dia.

! Os Srs. Drs. Thomaz Coelho eBetta-mio, inedicos da policia, procederam acorpo de delicto, tendo comparecidopouco depois do acontecimento variasautoridades.

Na casa de correcção o Sr. Dr.3°dele-gado procedeu ao respectivo interroga-torio, declarando Pereira que commet-têra semelhante crime para desaggra-var a honra de sua familia, vilmenteultrajada por Capistrano, e que lhedispensassem a continuação do inter-rogatório nesse dia por se* achar muitoaji*itado.

-Estudos solíre a largura das es-tra das de ferro e a resistênciados trens.

IV

PESO RELATIVO UOS "CARROS.

MELHORA-MENTO NO TREM RODANTE DA BITOLA

LAROA PELO ENGENHEIRO HONORIO BI-

CALHO-

Os carros da linha de Festiniog áPortmadoc, primitivamente construi-dos para serem puchados por animaes,pesam em media uma tonelada e po-dem carregar tres; a relação entre opeso morto e a carga útil é por conse-guinte, naquella linha:

:: 1:3Substituída a força animada pela do

vapor e augmentando-se a velocidadeda circulação, achou-se entretanto queaquelles mesmos wagons faziam satis-factoriamente o serviço, com suffi-ciente segurança.

Ficou assim estabelecido que, mate-rial relativamente leve podia circular,movido á vapor, com uma certa velo-cidade em estradas de ferro.

Por isso, comquanto se augmentassea largura, que se propõe para normada bitola estreita, de mais de 50 % doque é na linha de Festiniog, comtudoadoptou-se para o typo do trem ro-daute, proximamente a mesma relaçãoem que elle se acha naquella linha.

Assim é que, o material typo Fairlie,proposto para a Nova-Zelandia, emlinha de lm,06 de largura pesa, paracarregar sete toneladas, em um carrofechado 2.750 kilogrammas e em umcarro aberto 2,350 kilogrammas, sendoa relação entre o peso morto e a cargarebocada proximamentejno carro fechado :: 1:2,55no carro aberto :: 1:3

Esta relação que assim se estendeu

Audâenefia Ss3_persal. — S. A. aPrinceza Regeute não dará audiênciana semana próxima, e sim no dia 30do corrente mez, á hora do costume.

-Pro-S-R-teí-a-os fseífsienos 2 — Narua da Guarda Velha ante-hontemá tarde os menores Manoel Alves eFrancisco Pacheco esbordoavam-se,pelo que foram presos por um rondante.

Contas ajustadas.— Foi no mes-mo dia preso Pedro da Costa Lima porter espancado no morro de Santa The-reza o preto José, escravo de Luiz Ma-zini.

Furto.— Cândido Luiz de Souza,aceusado de haver furtado vários ob-jectos da casa n. 214 da rua do GeneralCâmara, foi preso e apresentado á au-toridade.

„a —O preto Izidro,quefazia parte*de um grupo que ante-hon-tem á tarde apedrejava os transeuntesna rua da Guarda-Velha, foi preso,evadindo-se os seus companheiros.

lEbrio. — Ante-hontem João Car-doso dos Santos foi encontrado ebnoe com algumas contusões pelo rosto,provenientes de quedas, pelo que foirecolhido ao xadrez.

j_.__.da outro. — No mesmo diaPerpetua Rosa de Jesus foi encontra-da muito embriagada e com algunsferimentos pelo corpo, em consequen-cia de queda.

Foi recolhida ao xadrez.

Passamento. —Falleceu hontemnesta capital o Sr. barão de Ivahy, ca-pitalista fazendeiro em Itaguahy.

Passageiros.—No paquete nacio-nal Pernambuco seguem hoje os . se-guintes :

Para a Bahia.—'Capitão Antiocho dosSantos Faure e sua senhora e 2 ex-praças.

Para Pernambuco.—João de Sá Cavai-cante de Albuquerque e2, ex-praças.

Para Maceió.—Dr. Aristides José deLeão e 1 escrava a entregar.

Para a Parahyba.—Frederico Benten-muller e Honorio Perfeito Bastos.

Para o Maranhão.—Eugène PierreBottentuie.

Para o Pará.—Joaquim C. Gomes,1,° tenente Leonardo Ribeiro Chaves e4;ex-praças:

Medico da policia.— Acha-se se-riamente enfermo o Sr; Dr. Neves, me-dico da policia desta côrte.

Está substituindo-o durante o seuimpedimento o Sr. Dr. Bettamio.

Espancamento. — João Cardosodos Santos, em estado de embriag-uez,apresentou-se ante-hontem á policiae declarou ter sido espancado na ta-verna n. 286 da rua do Principe poralffuns indivíduos que se evadiram.

Mais tarde foi preso José Fernandescomo um dos autores do espancamento.

Fxposicão de PhiladeJ0 Sr. conselheiro Lopes Netto còmmu^nica nos seguintes termos ao governoimperial hávereifl .sicj.a.jlistribuidos osprêmios aos expositores quç çoncor*rerániá mãràvilBòsá' festa* industrialcom que a grande republica ameri-cana celebrou o centenário da sua in-dependência.

Trágico desenlace. —A popula-ção desta capital commoveu-se hontemdiante deum successo. desgraçado : oassassinato do joven estudante da Es-cola Polytecnica João Capistrano dáCunha, o mesmo: que ha tres dias foi-absolvido pelo tribunal do jury noprocesso que se lhe instaurou por at-tentado â-honra de-umá joven se-nhora.

Ós nossos leitores conhecem toda estaquestão que,pdr infelicidade,foi demã-siado ruidosa e por tanto témpóoccupoua attenção publica. -

Á familia que se reputava ofiêndidae que primeiro deu queixa contra "oinfeliz mancebo tinha tambem um fi-:lho iesirodante^na :I_}scola Polytechnica,collega edizeiftrnos que tóTnbem amigqdo deSVenturad.o' JoaóCapistrano,. con-tra quem se transformara a amizadeem odioM^or e.apprehensão ¦ da. offensafèitaá,honra e ao pudor de sua irmã.

Chama-se este mancebo AntônioAlexandre' Pereira;**Apósá decisão dòjury sahio JoSov Capistrano liyre esoltoeinformam-nos.que desde entaqformou Alexandre Pereira a intèrição*de o iq.ataj-j; açompanhando-o e bus-cãndo-o nos lugares onde poderia en-contral-o.

Outro. — Perpetua Rosa de Jesusante-hontem á noite foi esbordoada porum individuo com quem vive e contrao qual deu queixa na policia.

A offendida estava ferida no corpo.

Canal do Sangradouro. — Porportaria de 18 do corrente-mez foramapprovados os planos,definitivos paraa: construcção do canal do Sangra-ro, organisado pelo engenheiro LopoGonçalves Bastos Netto ; ficando, pgrrém,* entendido que a profundidadâ-de1^,76, alli indicada, refere-se ás águasninimas extraordinárias, e a larguradé._30m de que trata a condição 2? docontrato celebrado em 30 de Junho

.Ultimo para á execução daquelle sér •viço, é a que se exige para o fündò domesnm caí. ál.

de uma largura de 0m,60 á outra delra,06, estabeleceu-se sem mais detidoexame, que não podia existir commaior "bitola e passou áser apresentadacomo a qualidade característica dabitola estreita, de onde devia resultara nova these sobre economia de eus-teio, aitiibuida á esta bitola.

Se examinarmos o peso morto dotrem nas estradas de bitola larga,comquanto muito se tenha melhoradono son-idé) cie diminuição, acha-se queé mui co superior ao dó que se empregaem bitola estreita, para uma mesmaquantidade de carga útil rebocada.

Entre o material de cargas mais pe-sado, tem o primeiro lugar o dos Es-tados-Unidos; foi entretanto este o quefigurou no paralello entre as duasbitolas, na chamada convenção de3. Luiz. Pesam ali os carros de*cargasde 9 á 11 toneladas e podem carregarde 9 á 12; a relação do peso morto paraa carga útil rebocada é conseguinte-mente

:: 1:1Na mesma Convenção de S. Luiz,

admittio-se para a bitola estreita queo carro pesava quatro toneladas e po-eleria carregar oito, sendo a relação:

:: 1:2Dados estes pesos, tem-se que em 6

toneladas brutas de trem, em bitolaestreita podem ser rebocadas 4 tone-ladas de carga útil, entretanto que embitola larga só podem ser rebocadas nomáximo 3, ou 25 % menos do que embitola estreita.

Sendo assim, e arlmittiudo-se quetodas as outras condiçOes fossem iguaesnas duas bitolas, séguir-se-hia que,para effectuar uma certa quantidadede transportes annuaes, seria neces-sario, em bitola larga, 25 % mais nonumero de trens kilometros, e como adespesa de custeio é, na sua maiorparte, proporcional á este numero,seguir-se-hia tambem que, só a diffe-rença do peso do material,". importariano custeio, em bitola estreita, em umaeconomia de 25 %, comparativamenteeom a despesa em bitola larga.

Argumento, deste modo simplificadoe resumido, por. assim dizer posto aoalcance de todo o mundo, era de natu-resa á popularisar-se e devia seduzirmesmo espíritos esclarecidos, mas queo acceitassempor essa única face e quenada fossem buscar além ou fora docampo marcado pelos missionários dabitola estreita.

Entretanto, para decidir-se comple-tamente este ponto do paralello, dousobjectos carecem ser discutidos : -

Io Se material relativamente maisleve, não poderá ser introduzido embitola larga.

2o Se a força bruta das machinas nãovaria nas duas .bitolas, ou por outra,sé a relação entre o peso da locomotivae o peso bruto máximo do. trem, quedepende das resistências que este en-contra, é a mesma nas duas bitolas, ouqual a sua variação.

Deste segundoobjecto vamos tratarmais detidamente em seguida.

Analysémos presentemente o pri-meiro, e vejamos se material mais le-ve, em relação análoga ao da bitolaestreita, não*poderá ser introduzido em.bitola larga.

Esta possibilidade já foi affirmada; ecomquanto o fosse por Hawkshaw,uma das primeiras notabilidades daengenharia ingleza, está ainda èomosimples opinião e não foi até hoje tra-duzida em pratica.

Começaremos notando que, o mate-rial actualmente em uso nas estradasbelgas e francezas especialmente, e naestrada D. Pedro.II, não é tão pesadocomo o. que figurou na comparaçãoprecedente. -_

Do quadro publicado pelo professorCouche, em seu tratado sobre estradasde ferro, acham-se as seguintes rela-eOés, entre o peso dàs diversas fôrmasde carros e a carga utile rebocada,, no;material da. rede do Mediterrâneo emiFranca:

e relação idêntica se encontra no tremrodante da estrada de ferro D. Pedro II.

O material de forma análoga para abitola estreita, está tambem em me-lhores condiçOes do que o de formaamericana, que servio .na comparação;a relação entre o pesoTmorto e a cargaútil em carros sobre dous eixos, embitola estreita, é em média, como jádissemos

: : 1:2,7Pelo que se vê, qúe comquanto a des-

vantagem resultante do elevado pesomorto, nao seja tão cbffsideraveT comose achou na comparação feita na Gon-ve^cào de S. Luiz, comtudo é ellamuito importante e Oneraria conside-ra velmente os transportes em bitolalar°*a, se porventura as condiçOes depeso de seu material n3o pudessem sermelhoradas;

E' este problema que vamos dis-cutir. .

Resalta logo á primeira vista, que asolidez de um carro é conseguinte-mente o seu peso, deve guardar umacerta relação para a velocidade comque tem de circular: sem duvida umdos nossos carris urbanos, rebocadoem um trem de passageiros na Ia see-ção da estrada D. Pedro II, com 54 kl-íometros de velocidade, nâo inspirariaa mesma confiança com que são rece-bidos em uma circulação, cuja veloci-dade não pôde exceder 10 a 12 kilo-metros.

As experiências de resistências detrens, feitas ultimamente em França,e que mencionaremos em tempo, mos-traram que o movimento de um carroera tanto mais regular, quanto maiorera o seu peso bruto por eixo : conse-gnintemente, em velocidade igual decirculação, os carros mais leves sãomais susceptíveis de certos accidentes,taes como : descarralhimentos por tro-pecos na linha e fractura ou estragodos vehiculos per choques : accidenteeste ultimo que deve ser ainda maior,quanto maior fôr relativam.nte a car-ga rebocada. A experiência quotidia-na das estradas de ferro, justifica suf-ucientemente este facto.

A não considerar-se a velocidade, oupor outra, não levando em conta a so-lidez que o carro deve possuir,para op-pôr ás resistenrias que tem a vencere aos choques e esticões que oceorreinem sua marcha parece, por analogiacom outros artefactos, que o seu pesodeve ser em relação á sua capacidade,e proporcionalmente menor nos demaior capacidade.

Para comprehendel-o n'um exemploo mais simples, basta imaginar que seconstrue um carro, unindo os compri-mentos de dous carros ordinários de es-trada de ferro, guardando todas asou-trás dimensões. • - ~-

Ter-se-hia assim um carro sobre qua-tro eixos, com capacidade dupla decarro singelo e não tendo entretanto oduplo do peso, pois teria de menos opeso de uma das faces terminaes dacaixa e o de quatro parachoques, duasmolas de tracção, quatro correntes desegurança e um apparelho de engate,o que orçará em cerca de uma toneladaele peso,'para menos.

. Deixaremos entretanto de parte avelocidade, para não complicar a quês-tão e examinaremos, em situações iden-ticas, quaes devem ser as relações en-tre as dimensões dos carros e conse-gnintemente entre seus pesos, nas duasbitolas.

Além das condiçOes de solidez, fun-dada na resistência dos materiáes deque são os carros construídos, devemelles satisfazer as duas condições se-guintes :

1.° O peso bruto por eixo não deveser superior ao peso máximo que servepara o calculo da superstruetura daestrada e que é representado pelo daslocomotivas mais pesadas, que se têmde empregar.

Satisfazendo á esta condição, quantomais o peso por eixo de carro se apro-ximar do peso por eixo de locomotiva,tanto mais convenientemente é alinhautilisada em sua máxima capacidade.

D'esta consideração resulta a princi-pai objecção que, á* nosso ver, se pôdeoppôr ás locomotivas de muito grandepeso (14 toneladas e mais por eixo,)que justificão o pensamento attribuidoá Napoleão III que: «os rrens sobre as es-tradas de ferro, se parecem com a des-filada de um rebanho de carneiros, pre-cedido por um elephante», do queexternava o inconveniente de ter-sede construir a estrada para dar pas-sagem ao elephante.

Este inconveniente que existe emestradas francezas, nomeadamente nado N..>rte ; não se dà, nem se dará pro-vavelmente em nossas estradas.

Assim a D. Pedro II, que emprega,na 2S seeção somente, as machinas maispesadas, introdusidas no paiz, as dotypo «Consolidation», está sob esteponto de vista, na condição a mais sa-tisfactoria : pesão estas locomotivas9,5 toneladas por eixo, quando o pesodos carros excede em alguns à 8 tone-ladas por eixo.

Em condiçOes menos favoráveis deutilisação, sob este ponto de vista., vaoprovavelmente achar-se as estradas debitola estreita, actualmente em cons-trucção no Brazil, nas quaes o peso poreixo*de locomotiva vai ser 40 °/0 maiselevado do que o peso bruto por eixode carro.

2.a A segunda condição a satisfazerpela construcção dos carros, é pequenaaltura do centro de gravidade do carroe sua carga, acima dos trilhos, paramelhor garantir sua estabilidade nacirculação.

Estabelecida esta altura para umabitola, a de outra; qualquer se deduz

A adopção desteltypo só élrealizavelem estrada de bitola larga, nas condi-cOes da D. Pedro II, por.exemplo, enão poderá com a mesma simplicidadeestender-se ás estradas de bitola es-treita com fortes cuTvas.

Funda-se este typo especial na pos-sibilidade de terem os carros, embitola larga, uma maior base de apoiosobre os trilhos, do que os carros com-muns, do mesmo modo que existemmachinas com tres e quatro eixos con-jugados, cuja base rigida se eleva aseis metrôs é máiás.

CompOe-sc este typo para carros te-chados, de uma caixa cubando 45metros cúbicos, sobre um estrado de7 metros de*cirmprim-ento* e 3a de lar-e:ura, apoiado sobre tres eixos. Destes,S eixo central com rodas sem rebordoe sem jogo nas caixas de graxa, sópoderá ter movimento normalmente àlinha; os dous outros eixos extremos,distantes entre si de 4m,50, terão rodascom rebordo, e poderão mover-se nascaixas de graxa, para conservarem-sesempre normaes aos trilhos. Poder-se-ha facilmente, neste typo de carro,aperfeiçoar o modo de engate, fazen-do-o pelo centro dos estrados.

A lotação do carro será de 18 a 20toneladas e o seu peso approximada-mente 8 toneladas. (1)

A relação entre o peso morto e acarga, neste typo de carro, será;

: : 1:2,25 ou : : 1,: 2,50 ou proxi-mamente a mesma que no material debitola estreita.

Vemos por este esboço de carro decargas, que ha conveniência e possi-bilidade de melhorar o typo do mate-rial rodante, actualmente empregadonas estradas de bitola larga.

Ao mesmo tempo fica patente, que opeso relativamente pequeno do tremrodante, não ê privativo da bitolaestreita.

Í&-- infa-liveis de Roma

(continuação)99. S. Paschoal I. f817 — 824).—Era

um monge franciscano chamado Pas-choal Baylon. Não deixando resfriar ozelo e a generosidade dos reis da Fran-ca, obteve de Luiz I a posse das ilhas,de Corsega e de Sardenha, e, comouma mão não lava outra, foi a Françasagrar Lothario, seu filho, rei dos Lom-bardos. Este serviço era nessa época damaior importância porque um- rei sa-g-rado por um bispo adquiria tal carac-ter divino que tornava-se um objectode quasi adoração do seu povo ; e osmáos reis dessa época tinham neces-sidade de impôr-se por meios sobrena-turaes aos povos de que elles eram fia-gellos.

S. Paschoal é actualmente um dosmedianeiros entre Deus-o os homens eacha-se no calendário a 17 de Maio.

100. Eugênio II (824—827). Os tresannos de seu pontificado foram em-pregados em angariar as amizades deLuiz 1 e de seu filho Lothario, usandodos meios humildes e subservientespara com esses reis assassinos e parri-cidas.

A este infallivel cabe a gloria de ha-ver inventado o julgamento áe Deus pormeio da prova da água fria. Consistiaeste bárbaro- processo em atar a mãodireita do aceusado ao pé esquerdo e amão esquerda ao pé direito e lançal-ono rio; se o corpo boiava era indiciode que Deus o aceusava, e então eracastigado com severidade, conforme odelicto; se o corpo ia ao fundo, o quequasi sempre suecedia era indicio, in-fallivel de innocencia, e então ficava oaceusado quite com o banho, suece-dendo muitas vezes que morria afoga-do. Deve-se confessar que era ummeio engenhoso de obrigar a Deus a.manifestar a sua opinião. Entretanto,diz a historia, que com esse processoforam castigados muitos innocentes eabsolvidos os verdadeiros criminosos.

101.signalepiscopado

Valentim. (827).-de si durante o se

- Não deuu mez de

Gregorio IV. (827—814).—De-dia Io de Novembro

AVISOS IMPORTANTESTragédia dà rua dà Quitanda.

T^Hóje xtcha-se à venda depois do nàeiodia. na casa dos Srs. Moreira Maximino§&&.'&íuàda Quitanda n. 111 e á rüádò Ouvidor n. 135 B. (ponto dòs bondsdaVilla izabel), o retrato verídico doinfeliz Capistrano, e um quadro mos-trando a posição do cadáver. : 7

Plataformas.

Carros abertos.

Wa gons dè car vão.

Wagons de coke..

Garros de animaes.

( 60:100" (5^:100(67:100

: (52:100( 67:100* (54:100(1-1:100' (â^lOCr

7(60l-ÍQÓ\( 87:100

Oarros lecnauos..... _ • ¦. •.,,«/ wo.inr.

777:7.77.:;-e:e,7;;;

geometricamenteDe facto, sé baixarmos do centro des

gravidade do carro carregado, duasnormaes sobre os dous trilhos, tem-^ecom a linha que une os pés destas nor-mães, um triângulo cuja base é abitola da estrada: para que a estabili-dade de um carro, em duas bitolasdifferentes, seja a mesma, è necessárioque Os triângulos assim formados,sejam semelhantes nas duas bitolas.

Dahi resulta que as dimensões trans-versaes dos carros, são, como linhashomologas, proporcionaes ábase dostriângulos, ou á bitola da estrada,

Uma das linhas homologas.é;-.o dia-metro das rodas : conseguintemente,poder-se-háo empregar rodas dè tantomaior diâmetro, quanto maior for a bi-tola, e esta condicção, em' desvanta-gem tambem da bitola estreita, comoveremos quando se tratar da resisten-cia dos trens, nao -- pôde desapparecer,pois qualquer modificação que se façaná construcção dos carros, para aug-nientar-lhe q diâmetro das rodas" emibtola estreita, pôde ser applícadáigualmente. á bitola, mais larga, mastendo sempre a proporcionalidade èn-tre os diâmetros e as bitolas 7

Como vemos, as duas condições áque deve satisfazer a construcção doscarros, independentes da resistência"dòs materiáes que o constitúeui. saò"ambas satisfeitas em desvantagem dabitola estreita./7

TPassando. a considerar a resistênciados "materiáes

de*'qüé são constrüidòsos carros,' aòhát-.se-há' 'què: __ér pódéconstruir um carro dò typo ordinárioque, com o peso de 8 toneladas ou,pouco mais, carreguem^20": resultaria;póféni, para este: carro * unia cargabruta :de-14 toneladas- por eixo; -que otornariár inacceitavel nas nossas estra-dás actuaes, * 7% ÇEstaidifacuIdade é, porénv, vencidapela substítuiçãoede um ¦ outro typo- decarro, que haviamos projectado execii-taí*: pelas Oííicinas da estrada D. Pe-dro II, durante nossa passagem poraquella administração.

_-fi_ . :é,-.:ee-.-ee'ee—e -' ¦;;¦.--,.

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-

102.terminou que ofosse dedicado á festa solemne dosSantos, para firmar esse culto quemuitas dioceses repelliam como con-trario como ao 2o mandamento de Deus(aquelle precisamente que o Senhormais recommendou e q..e a igreja ro-mana subtrahio, substituindo-o pelo9" mandamento actual, para conservaro numero dos dez ).

Chamado pelo rei Luiz I, a quemmuito devia.para restabelecer a par nasua familia, Gregorio commetteu a feiaingratidão de tomar o partido dos filhoscontra o pai que foi deposto do throno,e enclausurado na abbadia de S. Me-dardo em Soissons.

Teve a fortuna de conseguir que aimperatriz Theodora ordenasse nosseus Estados o culto das imagens e re-liquias de santos.

103. Sérgio II. (844—847) .—Não que-rendo esperar pela confirmação de Lo-thario para sua sagração esteve arris-cado a ser regeitado ; entretanto o reiconfirmou-o perdoando-lhe sua falta-,e Sérgio indo á França coroou seufilho Luiz II, rei dos Lombardos.

104. S. Leão IV. (847—855).—Tendoa lutar com os árabes-que ameaçavamRoma, este pontífice oecupou-se*séria-mente em fortificar esta cidade. Foielle quem sagrou Luiz II como impe-rador do Occidente por morte de Lo-thário;.

Não se sabe quaes os notáveis meri-tos que lhe valeram ásantificação.

Papiza Joanna. — Em o intervalloentre Leão IV e Benedicto III, afiar-mam alguns historiadores que umamulher habüissima e de grande ins-trucção, disfarçando-se em homem,conseguio elevar-se na carreira eccle-siastica, até occupar o solio pohtifi.iocom o nome de João VlII. Assegurammais que a sua impostura foi descobertaem uma procissão quando lhe sobrevie-ram dores do parto, sendo obrigada arecolher-se a uma igreja próxima.

Esta historia; negada energicamentepor autores favoráveis á Sé de Roma,tem tido diversas interpretações ; nãoestando até hoje bem averiguado qualfosse o"-episódio' que lhe deu funda-mento. .

105. Benedicto III. (855— 858).-r-Con-seguio fazer-se eleger contra a vonta-de dos delegados do imperador Luiz II,que protegiam o anti-papa Anastácio-

Nada fez de notável em os dous emeio annós que cingió a tiáraV ''

106: S. Nicóláõ L (858—8*67}—Teve aventura -. de ver Luiz II seg-urar-lhe arédea do cayailq, quando ia á basílicade S. Pedro para sér sagrado..Excommungòu .Photius, patriárchade ' Constantinopla^ por /ter declarado

que quando ó imperador ia de Romapára Constantinopla o bispo desta dio-cesje ó "quem" devia ter' a supremaciasobre os outros. Em represália.. Photiusreunio um concilio qua excommuttgoutambém a Nicoláo, orígihándo-se assimá gfáii-lè^scfiíãíná' qüe sõterminou dahi

\\) Tres«üoseè rodas.........Dm. chassis compiet-Seis-_nólas*ãe suspen_ãò7.......,Seis braçídeiras.-.-.''."__.>.. .'Dous appàr-lhos dé tração......Quatro correntes de segurança!.Caixa.... ,.............

2,7002,200

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Page 3: æ - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/369381/per369381_1876_00315.pdfvincias rogamos o favor «le tran-screver esta advertência para conhecimento «le todos aquelles S1 quem efiía

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falleceu quando se,i

munhoes, que valiam muito naquelles j preparava para revindicar a memom

tempos de ignorância profunda, não do papa Formoso, de quem fora amigoa 190 annos. Estas farças de excom- quatro: m^zes, - ,„omnn.irevmdicar a memória

impediam que Nicoláo se decorassecom o titulo de—Grande— e fosse cano-nisado ; assim como, que Photius fossemuito considerado por sua extraordi-naria sciencia e virtude..

Durante o governo de Nicoláo o reidos Búlgaros, Miguel o bêbado, abraçouo christiauismo, reconhecendo comochefe espiritual o bispo de Roma.

107. Adriano II. (867 — 872).—Eracasado e filho de um bispo. Recusou amitra que lhe foi offerecida por ocea-sião dos fallecimentos de Leão IV e deBenedicto III. Lançou nova excominu-nbão contra

"os já excommungâdos

Photius e Anastácio. Concedeu aossavos licença para usarem do seuidioma em os officios divinos em lugardo latiuo. . ... ,

Foi elle quem sagrou o rei Alfredode Inglaterra; e esteve por vezes emluta com o imperador Basilio I e com orei de França Carlos o calvo.

108. João VIII. (872—884)—Es te pontifice era tão fraco e sem energia que,segundo alguns, deu por seu caractermotivo áhistoria da Papiza Joanna. Sa-grou tres imperadores ( Carlos II,Luiz III e Carlos III). Lançou anathemacontra Formoso, bispo do Porto (quedepois foi papa, o que prova o poucoeffeito dos anathemas), pelo facto dehaver sahido de sua diocese sem li-061) Cfl.

Infeliz nas suas questões com os sar-racenos e com Lamberto, duque deSpolleto, foi forçado a sahir de Roma.

para onde regressou pela protecção dorei de Franca.

Annullando os actos de Adriano 11e Nicoláo I, levantou a excommunhãode Photius e o restabeleceu na Pé deConstantinopla.

116. Theòdoro íl. (898).—Governouapenas 20 dias,mas nesse pouco tempo,dando andamento ao projecto de seuantecessor, ordenou que o corpo dopapa Formoso ( que fora tirado do Ti-bre por alguns pescadores ) fosse col-locado solemnemente na basilica deS. Pedro, declarado innocénte dos cri-mes que lhe imputara ¦ Estevão VI econdemnado o acto de crueldade pra-ticado por este. Dizem as chronicas dotempo que âo entrar na basilica o cor-po de Formoso todas as imagens desantos voltaram-se para o cadáver ebaixaram a cabeça com toda a revê-rencia (!!)-. ?.

E os ignorantes povos acreditavamtodas essas historias !

127. João XI. (931—936).—Filho deMarona e do papa Sérgio III, subio aothrono da infallibilidade, pardroitdeconquêteetpar droit de naissance, contandoapenas 20 annos de idade. Instrumento'dócil de sua mãi, este joven papa, quesó teve para guial-o péssimos exem-nlos, exerceu o poder com a mais re-voltante arbitrariedade e injustiça, ateque no fim de cinco annos seu irmãoAlberico o metteu em uma fortaleza,onde morreu, como morriam eutão ospapas, istóé, subitamente.

109. Martinho I!. (882Annullando o acto de seuexcommungou novamentecíia Photius, a quem estemento parecia augmentarridade nas igrejas da Ásia.

— 884.) —antecessoro patriar-encarniça-a popula-

110. Adriano III. (884 - 885.)—Con-firmou a excommunhão contra Pho-tius, assim como estendeu-a ao impe-rador Basilio, protector deste.

111. Estevão V. (885—891).—Contamoue se fechara em casa para não serelevado ao episcopad'o,mas que o povo,derrubando as paredes, o obrigara asahir para ser sagrado.Alcançou que oimperador Leão VI, successor de basi-lio, mandasse encerrar Photius em uraconvento, onde morreu pouco depois.Sagrou a Guido, que usurpara a He-

renguer I o reino de Itália, o qual,,en_na»-a deste serviço, confirmou à bé de

i ........ . i-.,-, ..^ por

serviço,Roma as doações de terrasPepino e Carlos Magno.

Daqui se vê que nunca." aos usurpadores, descb,algum

feitas

faltava

117. João IX. (898—900) .—Foi eleitoe sagrado a despeito das intrigas deMarozia, marqueza de Camerino, bellae impudica amante do sacerdote quedepois foi papa com o nome de Ser-gio III.

Governou dous annos ; confirmou arehabilitacão do papa Formoso e ex-commungõu a memória de Estevão VI,mandando que fossem depostos e cas-tigados todos aquelles que tiveramporte ua violação do túmulo daquellepontífice. Os adeptos da infallibilida-de papal acham-se até hoje em grandedivergência a respeito de qual dosactos merece fé, se a condemnação deFormoso, se a de Estevão VI, pois am-bas foram decretadas por infalliveis.

118. BenedictoIV. (900—903).— Destepontífice, eleito dez dias depois damorte de João IX, sabemos que gover-nou pouco mais de tres aunos e quesagrara o imperador Luiz III, ao qualde nada valeu a. benção papal, poisque no fim de breve tempo foi expel-fido do throno imperial e lhe vazaramos olhos.

119. Leão V. (903). — Pouw depoisde ser eleito foi encarcerado e falleceudahi a 40 dias victima da famosa Ma-rozia, que com sua mãi Theodora esua irmã Theodora a moça, todas tres,notáveis por sua belleza, devassidão eriqueza, dominavam em Roma.

120. Christovão. (903—904.) — Ins-trumento de Marozia para nullificar omisero Leão V, obteve maioria no con-clave, em prejuizo do amante de Ma-rozia (futuro Sérgio III); e por estemotivo foi também encarcerado; e amorte não se fazendo esperar deixoua vaft-a para o seu moderno algoz e

alliado Sérgio.

poucotampo qaaUdadea de um; g£^^ %£$££*£nesse

virtuoso pontifico.

128. Leão VIL (936—939). Foi tam-bem eleito pelo partido das Theodorase Marozia, que, aproveitando-se da bo-nhomia do pobre Leão, locupletaram-sé quanto puderam durante os seustres e meio annos de pontificado.

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129. Estevão VIII. (939—942).—Deveua tiára á protecção de Hugo de Pro-vença, o fraticida usurpador do remode Itália, para obter por este meio aabsolvição de seus crimes. Os cuidadosdo poder temporal absorveram os seustres e meio annos de g-overno, poucose lhe dando do espiritual.

130. Martinho III. (942—946).—Per-teucia á parcialidade Theodora e Ma-rozia ; e ao seu prestigio mereceu aalta posição de chefe da igreja romã-na. Como seus dous antecessores, g*o-vernou durante tres annos e meio, sembeneficio para o povo e grande pre-juizo para a verdadeira religião.

138. Benedicto VII. (975 — 983).—Eleito pela protecção de seu parenteAlberico, regeu a'igreja romana du-rante 8 annos, tendo que lutar com aambição do abbade Francom

139. João XIV. (983 a 985). — PedroCasanova cingio a tiára em 983, e tresannos depois rebentou em Roma umasublevação capitaneada pelo turbu-lento Fráncon, que, se apoderando dapessoa do seu pontífice, o mettefi emuma prisão, onde teve a barbaridadede o deixar morrer de fome.

140. Bonifácio VII. (974—985.) — Oodioso abbade Francon em sua ambi-ção de obter o maudo supremo daígre}a apresentou-se candidato assimque

"falleceu Benedicto VI, para cujo

assassinato concorreu poderosamente.Repellido pelo conclave, sahio furiosode Roma, e sem cessar machinou con-tra os pontífices. Voltando a Roma em935 assassinou de um modo horrorosoa João XIV, incutindo medo aos elei-tores, obteve a maioria dos votos eempolgou o poder.

Morto subitamente dous dias depoisde sua sagração, o povo, que o odiava

i e temia, trucidou seu corpo, arrastou-o'pelasruas da cidade e finalmente o\ abandonou sem sepultura em um• campo.

Entretanto, a grande maioria dosvotos pelos quaes foi eh-ito, indicavaque o Espirito-Santo tinha descido so-bre o santo conclave, intervindo para

deposi-131. Agapito II. (946—956).— Ainda

não se havia sepultado Martinho III, e | qll0 0 abbade Francon fosse ojá Theodora fizera eleger o intrigante tario da infallibidade divina !Agapito, seu protegido.

Excommungou vários príncipes pormotivos politicos: incitou o imperadorOthon I contra o rei Berenguer II eprocurou sempre envolver-se nos ne-gocios temporaes dos soberanos, quepouca importância lhe deram.

141. João XV. (9S5).—Eleito em De-, zernbro de 985 falleceu no dito mez,1 antes de ser sagrado, o que não im-

| pede de o contarem no numero dospapas.

142. João*EVÍ_ (986—996).—A prítí-cipio considera ram-o anti-papa, emconseqüência de irregularidades emsua eleição ; mas, tendo recorrido aOthon III, os romanos que temiam estemonarcha, submetteram-se.

Em o anno 993 canonisou solemne-mente Ulrich, bispo de Augsburg, fal-

132. João XII.—(956 963).—OctavianoAlberico era filho, segundo uns, sobri-nho, segundo outros, do papa João II,e portanto parente muito próximo deTheodora, que o fez efoger com 18annos de idade. Cingindo a tiára mu-dou de nome, no que foi depois imi-tado por quasi todos os outros papas, i lecido 16 aimos antes, sendo esta ca-

Collocaudo-se á frente de tropas íoi uonisaçao a primeira que se fez com

seqüência de apostatar da fé, que jáhavia recebido.

Iam diante do Zelo, como seus pn-sioneiros, o Fogo e a Água, que obde-ciam ao santo, descendo o fogo e su-bindo a água, por seu mandado paracastigar os de Tolo.

O Fogo e a Água iam primorosa-mente vestidos com os seus attributosindicativos.

Seguia-se o Dom da Fortaleza.Apóz ia a Esperança ; levava na mão

esquerda um escudo, no qu31 se viapintada uma náo, com seu batel,e nesteo santo mettendo o pé no mar, e umhomem tomando deste uma quarta deágua, para significar a g-rande espe-fanca e confiança que o santo teve emDeus, quando por faltar a água nonavio, poz o pé no mar, e logo a águadeste

"se tornou doce.A Esperança levava como prisioneiro

o Oceano.No remate desta quadrilha ia um

carro triumphal dedicado à,Fé, trium-phando da Idolatria; afigura da Fetinha em si pedraria fina, em valor su-perior a doze mil cruzados.

A sétima quadrilha compunha-se deanjos.- Ia na frente o Amor Divino tra-jahdo com extraordinária riqueza

A pMlòsopÜSá do desespero (4)

Duvidar neste século é obedecer auma fatalidade histórica. Depois dadestruição do muhdo legado pela idademédia

'sob os golpes da metaphysica

nas suas diversas fôrmas. Protesta^-tismo e philosophia negativa do séculopassado, é natural que o espirito hu-mano tomado de susto ao ver abatidapara todo o sempre a crença antiga,

A decadência dos estudos jurídicos éum facto deplorável.

O arbítrio tomou o lugar da lei, e achicana substituio a jurisprudência.

O juiz a quo—dando testemunho de

que não tomou o. trabalho de lêr osautos—diz no despacho de que seaggrava:

« é certo que não se pretende garan-tia para uma divida própria e liquida,mas para um debito de terceiro, ílli-

sem achar outra que substitua a per-, qUia0 e incerto «.conformer> deduz-sedad ida, descreia de si, da humanidade, eprocure elevar á cathegoria de con-clusão seientifica o horror pela exis-

O paradoxo é assim uma das conse-

quencias deste estado singular i quemais parece uma nevrose do espirito,do que a estática normal das nossasfaculdades. A solidariedade espiritualdestruída nos homens, Bstes só podemdar o triste espectaculo das concepçõesmonstruosas, espelho fiel da deshar-monia por falta de uma crença com-mum. Este não vê na congregação doshomens em sociedade senão a abdica-cão da primitiva felicidade em trocade bens .Ilusórios, aquelle ensina quea propriedade é um roubo, a famíliauma convenção, o bem e o mal merasinvenções do nosso interesse, este pu-tro, em nome das conquistas do pro-

do caminhar victonoso dasjc.i.<-«.>j *-u___ ^_.viu.....—-— x, • i _rresso üentre as jóias que o adornavam havia °cienci'as "vem:nos

declarar que a hutres pérolas grandes como avelãs. Nao manidade perseguida pelo X phan

tasma da origem das cousas, só poderá

antigo

121. Sérgio III. (904-911),

abenção papalque'dahi se pudesseinteresse para a tiára.

112. Formoso. (891 —896). — Comoacima ficou dito, es.e ponuíice, sendobispo do Porto, foi excommungadopor João VIII qne lhe prohibio de vol-tar á sua diocese e a Roma, cassando-lhe todas as ordens ecclesiasticas. A.sua eleição e sagração um mez depoisda morte de Estevão V constitue umaterrivel brecha na infallibilidade deJoão e muito desacredita a efficaciados anathemas papaes.

Formoso sagrou Lamberto impera-dor e rei; mas depois, desavindo-se com

auxiliou seu adversário Arnulío,também sagrou passados dous(dle,

ao qualannos.

Procurando ser contrarioactos de João VIU, lançoucommunhão contra as doutrinas o par! idarios de Photius.

i todos osnova ex-

atacar Pandolfo, principe da Capua ;mas, este o derrotou completamente ;por Berenguer, a quem provocara, im-piorou o soccorro de Othon, rei da Ger-mania, que o livrou do seu inimigo.João XII em reconhecimento coroou-oimperador; mas, passado pouco tempoligou-se com Berenguer contra o senprotector Othon, o qual indignado reu-nio üm concilio e destituiu João XII,declarando-o culpado dos mais horri-veis crimes,

João XII consegue voltar a Roma,expelle Leão VIU que o havia substi-

i nido, excommunga-o, assim como aOthon e ao Concilio, pratica os maioresexcessos e atrozes vinganças, e morredahi a tres mezes, suspeitando-se quefòra euvenenado por seus inimigos,que eram em grande numero.

— Cingioa tiára com as mãos tintas no sanguede seus dons antecessores ; e por ahipode-se fazer idèa da justiça que pre-^idio aos actos deste cabeça visível deDeus na terra. Empolg-audo o podertratou de annullar os decretos dos pa-pas romanos Theòdoro II e João IX,rehabilitando a memória de Formoso,o qual foi novamente excommungadoe rehabilitado Estevão VI e dos queforam condemnados por violação dotúmulo daquelle, sendo esta violaçãoconsiderada como um acto justo (!).

Como todas as causas, por más quesejam, encontram sempre defensores,querem'alguns escriptores attenuar ohorror que inspira a vida deste cri-minoso pon tifice; masosabioLuitprau-do. bispo de Cremona, que nãoéau-, _ . ...fcoridàde suspeita, referindo-se a Sérgio j do reassumir o poder, vio-se abanaoIII diz que clie deshonrou a tiára com sem\ nado pelo clero que, long-e de susten

primeiraceremónias, visto que para os outrossantos bastava que o bispo de sua dio-cese attestasse a santidade, reservan-do-se o bispo de Roma o direito demarcar-lhe um dia no calendário, paraser invocado.

Continuando João XVI a incorrer noódio do povo, Othon III, reconhecendoa razão que assistia a este, deixou-queo expellissem de Roma, onde durantedez annos esse pontífice se locupletara,enriquecendo todos os seus parentes esatellit.es.

; Continua.)

vicias, o que era de esperar da vida esran-dalósa que publicamente levava.

122. Anastácio III. (911—913).—Emos dous annos de seu episcopado nadafez que merecesse passar á posteridade.

113. Bonifácio VI. (896).—Era umacerdote a quem o citado João \ 111

bem havia cassado as ordens. Eleitofalleceu subitamen te |

i«"uto - o«m.1 „^.„.^rirx _ rsao na .

tamirregularmente,no 15° dia depois de sagrado.

123. Landon. (913—914).—Occupoua sede romana apenas seis mezes, sof-frendo vivíssima guerra que lhe mo-veu Theodora a moça, amante do

João X.duvida que a vida dos papa?

133. Leão VIII. (963—964).— E' con-siderado por alg-uns corno anti-papa.

Nomeado por Othon I logo que foideposto o precedente teve de fugir deRoma por oceasião do regresso deste eoccnltar-se á sua vingança.

Por morte deseu adversário, queren-

perol ._diz o chronista quanto valiam as jóiasdesta figura, mas pela descripção podesuppôr-se que exederiam a cem milcruzados. .

No remate da quadrilha ia uma náoda índia, feita, diz o chronista, coma maior perfeição e tão grande queno convez delia iam doze pessoas ;.rodeava-a um mar, no qual appare-ciam tritões, golphinhos, cavallos-ma-rinhos e outros peixes, e toda empa-vezada com galhardetes de seda e asvelas soltas. A gente da náo ia mano-brando, subindo ás gáveas e mastaréoscom muita ligeireza, e dando cartasás pessoas que estavam nas janellas,como quem vinha da índia, e nessascartas se liam sentenças em louvor dosanto. Quando os marinheiros inter-rompiam" a manobra, cantavam umascopias em louvor do santo.

De um lado do carro ia a Arábiaqueimando incenso ao santo e do outroo reino de Sião queimando cabamba ;e já se sabe, iam todos ricamente ves-tidos. ,

A oitava quadrilha compunha-se dechins vestidosnos numerosa;perio da China, as cidadesNamquim, Cantão e Kiam-si. .

Assim acabava o famoso triumpho,apparentemente dedicado ao santo Xa-vier, mas na realidade ao grande po-derio da companhia de Jesus.

Devia de ser, na verdade, uma cousaesplendida, este prestitò de perto deduz .ratasfiguras, quasi todas a cavallo,a cobertas de riquíssimos vestuários,adornados de infinita pedraria preciosa,

1 « nosso ver, excedia o vnbr deron tos. df.

ua salvação no aniquila-

a seu modo ; era a me-figuravam nella o im-as cidades de Pekin,

a_!B«-rs-._í__

var OI&.

ai.9 S^rÇ.

fcàl-o, declarou que sua elevação fòrairregular o por isso elegeu o que sesen-ue.

.Festas Sí»-^-1-2í*-s mj» ss-c*---üs

1

(Continuação)da Doutrina iam noqué reprssen ta vam

a qual, ad-us mil v^if-. n j-ilcrarvair.res iru]ir'ílf1'~>c:Pfll'> chromST.a opeio--

quo deixou de espéèialisar.VI

Continuaram, os Çes.tt-jos,Pnò-õ_ dé artificio todas ás noit.

inven•s : na

saobadô, em que se.'o

Oi

Malac¦aram

. pornu a

se:uri'

«m asHo

magnificência:

^de certa época em diante é muito ecti-

114. Estevão VI- mindo o governo d» ...

desenterrar

I ficaute para aquelles que acreditam na(89(5—897).—Assu-| celebre phrase:—que fóra da igreja ro-

a i°reja, este feroz pnana não ha salvação, pois que co ponti-o cadáver

go.urdVmoTfque fosse paramentado com asjn^is-nias pontificaes e collocado nacadeira papal, e perante todo o clerooondemnou-o como usurpador da SantoSé • e depois de lhe fazer amputar ostre. dedos da mão direita, coni quedava a benção, mandou cortar-_he acabeça pelo carrasco e lançar o corpono Tíbre. Não satisfeito ainda, depoz e

perseguio todos aquelles que tinhamconcorrido parade Forme

padre mandou _ . .do papaFormoso,dequem forainimij

a eleição e sagração

Tão infame procedimento causou talhorror aos romanos que apoderando-sedo vingativo Estevão o carregaram oe

ferros e nifctteram ein uma prisão, onde

poucos dias depois foi encontrado es-trangailado.

E^te hediondo acontecimento sug:acerca da íe

fie.e romano quemisericórdia.

dispõe do cofre da divina

P-ere reflexões bem tristeso piedade daquelles que se apregoam/•orno representantes do Deus de mi-

sericordia e suceessores dos Apóstolos.

115. Romano. (897.-898).—Irmão de

Mart inho II, occupou a sede somente

COMMERCIOBio, 19 de Novembro.

ü.siÊra-jSas ti© vários

JÍ. F. P. II Cabot

gênerosB. dentro

Cafe\ Dia 18. lül. 469.079Desde o dia 1° » *•£?=*•£>,Id. em l-i'5. » 5.9.9.0S1

ALGODÃo.DialS» ~~Díí.-de o dia 1° »Id. em 1876.. »

Fumo. Dia IS »D_SLÍe o dia Io »Id. em lí.75.. »

Touc..iHú.D;al8*Desde odia 1° »Id. et» 1875. »

_-GUARD.Dial8,pipDesde odia t° »-14. em 1875.. »

8.1S7123.723

7.651Í...S61

11S.742

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151.3601.072.1352.8.3.333

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31.9201.302.2401.112.350

121. João X. (914—928.) — Sendobispo de Rávenna e amante declaradoda impudica Theodora, alcançou porseu valimento o lugar de represei.-tante de Christo na terra, e successorde S. Pedro.

Por intrigas domesticas Marozia,irmã de sua amante, auxiliada pelomarquez de Toscana, seu segundomarido, o fez encerrar em uma prisão,onde foi encontrado, dias depois, aba-fado sob o travesseiro. Fim este dignode um pontificado de 14 anuos deescândalos e de devassidão.

125. Leão VI (928—929).—Sete mezesapenas occupou o solio pontifício ; sus-

peita-se que-sua morte foi apressadapela famigerada Marozia, que aspiravaa tiára para seu filho (depois João XI).

Nada fez de importante.

126. Estevão VII. (929—930).—Idem,idem.¦l^gm-. i; Mgj<TOyAIMii-iggShi^<iSS£Eg---GBgB-3-W VHM.qra!____^«l

Pesca—Lancha Flor da Barra, m. Cons-tantino Gonçalves Carriço,equip. 14:c. sal.

Laguna—Pat. Firmeza, 89 tons., m.José de S_uza Cravo, equip. 8:c. vários g*eneros.

Laguna—Pat. Wanz-eller, 100 tons..m. Luiz de Jesus Corrêa, equip. 8_:C. vários gêneros; passags. Boni-facio José Dias de Pinho. TertuliauoJosé Dias de Pinho e sua mulher,D. Alzira Pinto de Ulysséa, D. Pau-lina Dias de Pinho, Tacio Luiz Diasde Pinho, Isaias Pinto de Ulysséa,João José Dias de Pinho.

ENTRADAS NO DIA 19 ; "' -

134. Benedicto V. (954—965).—O im"perador Othon, descontente por haversido regei tado o seu protegido Leão VIII

i irritado contra Benedicto V por sehaver sagrado sem esperar a sua con-armação, fez prender a este, conduzil-oa Hamburgo, em cuja cidade falleceuao anno seguinte.

135. João XIII. (965—972).—Para asua elevação intervieram o clero e oimperador; mas a altivez do novo papao havia tornado tão impopular entreo povo que foi preciso o concurso dastropas de Othon e de Pandolfo paraaplacarem a indignação do povo. Paramostrar sua graditão o papa sagrouOthon II a quem seu pai queria ver nothrono antes de sua morte.

Attribue-se a João XIII o uso de bnp-cisar os sinos, collocando-os sob a iu-vocação de um santo.

Com a ligar.mesmo carro ascidades do (r -a eque upíisnprovoido santo.

Vestiam com a maioa figura de Malaca tinha em cirna de sibrilhantes, pérolas e outras jóias, uovalor de dez mil cruzados, além deuma jóia do extraordinário valor, qneo chronista não especifica, segundodiz por ser muito.

A sexta quadrilha constava de vintee tres figuras, representando as vir-tudes e dons sobrònaturaes que exor-naram o santo.

Esta quadrilha, era muito curiosa;apezar de extensa a descripção delia,daremos uma idéa aproximada da ima.

g-inativa jesuitica na composição destaverdadeira comediu.

Ia primeiro o Desejo do martgrto, emum cavallo castanho, e vestido de da-masco carmezim ; o peito era de setimda mesma cor, e no meio tinha um me-nino Jesus de diamantes, mettido emum resplendor ds pérolas e diamantes,e um cinto de esmeraldas.

Adiante da figura ia um carro, em

que se via uma tarja com muitos ins-

intHrain mat.iisoiemnes em transo AutãQ, houvijterreiro do collegio nm grande fogo

rderarh os montes Táui.sahiram no Tri

irtincio ;Caiícaso

Loi.

í It?

is00de> e

Oissiin como o•rando quan;

i .mb.s.í-ii-df. .Io

de S.

doisidade

Tufões, hidrt o sir

nlldO,Vi.ll iod ;:vlS

a

professa

.•:i -afeito

em louvor

do dia-mun-

136. Benedicto VI (972—974).—O seugoverno foi perturbado por varias se-lições do povo, que andava muito des-

contente dos seus pontífices e clero,lim uma dellas os rebeldes encarcera-ram o infeliz Benedicto no castello de-5anto Anjo, onde dahi a dias foi assas-dnado por suggestões do abbade Fran-r;on, homem de caracter máo e vio-lento, que aspirava subir ao poder,como o consegüio depois, sob o nomeie Bonifácio VIL

137. Donus II. (974). — No terceir0mez depois de sua elevação ao pontifi-i-ado morreu subitamente, mostrando-¦__-*u_' ¦»^-Tc-?*w:--_-'_ag?_«--?T*-T7-,_

GUAt.EGTJAYCHU-nue la, 110 tons

-14 ds., sum. hesp. Ma-, m. C.Boman, equip.

RIÍ9VIMENT0 DO P0HT0SAHIDAS NÓ DIA 19

111.Almeida,

WÊÊimmmequio. 8: c. vários gêneros.

-Barca port. Audácia, 516 tons.,Toanuim Lourenço c

ea mp 12; em lastro de pedra.k Sir?/.' — Briír. Duque de Caxias, 238A

tòSí ni- Manoel F?ancisco Trocado,

equip 6: c. vários gêneros; passag.

'SpittlFerre^qu.p-J-.™.

nos gêneros,. P£s-^aquina Ang.eiaj-eíra Marquesei filha.

D.

„ ..vPoTNA-hiat. Leal 2", 125tons.,m.1

. rtflnto de Oliveira Soares.-equip. 7:A^°„üÍLÜ^P.ros : passgs. João Vi-

9 : c. carne a Alexandre Wagner.Liverpool—60 ds.,gal. ing. Cosmopolis.

1,259 tons., m. T- H. Lyons, equip.23: c. carvão á Companhia de GazRio de Janeiro.

Caudiff—66 ds., barca americ. Clara,523 tons., m. E. P. Nicholo, equip.11 : c. carvão á ordem ; passags. amulher e 2 filhos do mestre.

New-Castle—61 ds., barca sueca Hèr-tia Oscar Freãrick, 429 tons., m. J.Nordlander, equip. 12 v c. carvãoà estrada de ferro D. Pedro II.

Ilha de Maio-30 ds., brig. ing. Com-boix, 275 tons., m. JC Claxtoneqnip- 8: c. sal a Azevedo Bernardes

& Ribeiro.Havre — 56 ds., barca

Saire, 303 tonsequip.ffústo Leuba & C. .

MÓntevidéo-12 ds., pat. orientai Tres

Macias, 248 tons., m. Julian Barbosa,eqhip. 11: c carne a Sanches Ro-

maguera & Filhos.Leith—67 ds., barc. ing

Albuquerque, Mano'el Ferreira, JoãoBaptista de Almeida, José da CunhaGuimarães, Antônio Leite RibeiroGuimarães ; o hollandez FredericoWilhelm Sachst; os italianos Sici-liauno Caetano, Alessandro Barlitta;o portuguez Fernando Augusto Pa-toleia.

— 1 d., vap. ing. Rubens, 1,707 tons.,comm. W. H. Lyons equip. 37 : emlastro de carvão a Norton Megaw &Youle.

Laguna—6 ds., hiat. Tres Irmãos, 111tons., m. João Maria da Silva Irmão,equip. 7 ií- c. milho e farinha a Joséda Rocha & Souza ; passags. ManoelPedro, João Pedro, sua mulher e 2filhos.

Itajahy—7 ds., barc. Pia, 158 tons.-,m. Lourenço Joaquim Pinto, equip.8 : c. madeira a Antônio José deLima Juniõr.

Angra por Mangaratiba—2 ds., hiat.S. José, 96 tons., m. Antônio JoséLuiz, equip. 6 ;. c. milho a OliveiraPaulim e Castro ; passags. AntônioFrancisco do Nascimento, ManoelJoaquim Torquato, Francisco Igna-cio Craveiro, Casimiro José Gonçal-ves Pimenta.

trumentos de marty rio pintados, ecom uma lettra que dizia—Mais! mais t

que o santo costumava repetir, desd|certa visão, em que lhe apparecerammuitos instrumentos de martyno. :

Seguia-se o Dom das línguas, com ricovestuário e muita pedraria.

Apoz via-se o Dom da prophecia, ca-vafo-ando um cavallo pombo, e levavaioias no valor de seis mil crusados.

Vinha depois o Tempo, a pé, com tresrostos, um de velho, para significar o

passado, com vestido branco: outro democo, representando o futuro, comfato verde ; e outro de homem de meia'idade, para exprimij; o presente, ve?-tindo de -vermelho; com a symbolicafoice, e figurava ir prisioneiro do Domda prophecia, para dizer que as propha-cias do santo se estenderam a todo otempo. ' .:'-,

Se°aiia-se o Dom ãe milagres levandodiante de si, como prisioneiros, a morte,um demônio, a enfermidade e a ce-frueira, e dois tufões (!) j

Os vestuários da enfermidade e da:cegueira eram curiosos.

A enfermidade vestia saia de setimamarello imprensado como passama-nes de ouro, tendo por cima outra roupade veludo verde com fundos de ouro ;iubão de setim verde espigmlhado deouro, saia de «etira amarello com pas-samanes de prata ; meias de seda ver-de, chinellas brancas; na cabeça umatrunfa de volantes de prata, na mãodireita uma muleta de páo preto ; naesquerda, duas cana-fistulas ; e pelovestido estavam pintados diversos ros-tos, representando vários gêneros deenfermidades.

A cegueira vestia duas roupas, a debaixo e°ra de tela roxa com barras fran-

jadas de ouro, a de cima de tela ver-melha com largos passamanes de ou-ro, jubão branco, manto de velludoroxo, meias e ligas amaTellas, trunfade volantes com muito ouro e pérolas,a qual se rematava com uma toupeira

domingo houve naRoque uni dialogo,

pelos meninos da doutrina,tio santo. Entraram no dialogo 50figuras' vestidas ricamente e ornadasde muitas jóias. O assumptoloo.0 foi—qual das tres partes dodo°devia mais ao beato Xavier.—De-batida a questão, foi eleito juiz arbitroo archanjo S. Miguel, o qual, comoutros anjos seus accessores, resolveuque todas deviam igualmente ao santoe que para lh'o gratificar ordenassemum famoso triumpho á Fé. E acabouo dialogo sahindo a Fé Cum grande ap-

parato. O dialogo foi eu.remeado demusica, executada pelos músicos dacapella real. Assistio o vice-rei e todaa nobreza. .

Ao que parace foi uma verdadeirarepresentação dramática o tal dialogo,e, como ení tudo usavam os jesuítas,foi cousa apparatosa.

Na noite deste dia houve grandefoo-o de artificio no terreiro de S. Ro-

Descreveremos com individua-t_i

que. _ção este fogo. porque tem muita cu-rfosidáde.

Sobre um throno alto e bem alça-tifado. encostado á cornija da portatravessa da igreja, estava a imagemdo beato Xavier, vestido com a roupe-ta de gorgorão de seda, e com umarica sobre-peliz. Nomeio do terreiro searmou um grande tabernaculo, sobre

se pôz a hydra de sete cabeçasque

m.franc. Vai deA. Guegan,

11 •" c. vários gêneros á Au-

«. vários gêneros• An c;ii va Porto'e 1 lrmao.e.rada Süva^or

AmeUa gelara,Rio de S. JOAO^

Antonio Jogé Rlbeiro,xa.100 tons.eq^^^S^ 965

- passags. Leon

, Lorna368 tons., m. D. Lyelh.equip.carvão a Corrêa Bandeira fc O

Doone,11; c.

tons.

?^itrfo°sk^^muel.

Ilha do Sal—31 ds., brig. holl. Helew,185 tons., m. H. Oasterbuis, equip,7 • c. sal a Thomas Hudson; pas-sags. a mulher, ei filho do^eslre.

Santos-16. hsí.. vap. A^ee, 1321 tons.,

comm. LUÍZ.X, de Oliveira Valladao,equip, 27,: c. vários gêneros a An co-

nió¥raucísco Pereira da Cruz; pas-sags. Dr. Francisco Jujio <Je Freitas

Imbetiba.—Relação dos passageirosque seguiram hontem no vapor Goy-

-tacaz:João Bernardino da Cunha, José

Constantino Pereira, Antônio LeiteFreitas Guimarães, José Joaquim Pm-to, Custodio Barbosa; D. Benta Casto-rina de Mattos, D. Maria de; Jesus Fal-cão da Silva, João Ventura da Costa,Francisco José da Silva, Pedro. José^deOliveira, Antônio B. dé Almeida, Al fre-do de A. Salgado e sua mulher, ManoelCoret, 6"praças; o russso FredericoÇhene; o mgdez Henry August; o fran-cez-Letondai Virgille; os italianos An-tonio Ghiárino; Cavallina Guillame,Lucas Franeesco, Rizzo Carmine, Dul-ce to Francisco,Gioja Francisco CorensoRozario, Dulcetti Giuseppe, Giovani,Dulcetti Emmãnuel. Serbero Giuseppe,Áttadeno Giuseppe, Donato Giuseppe,.Bello Antônio, Attademo Dpminicq,Attadémo Aptetíío, Donato Vincenzo.'

I Antônio''AhíèraojUqminico Pasquale e13 immigrantes.

dourada, insígnia própria da cegueira;no peito uma cadeia de muitas voltascom uma formosa cruz de saphiras,iovava os olhos cobertos com um véode prata.

Seguiam-se os dous Tufões represen-tados em duas grandes nuvens de oitoou nove palmos de diâmetro, das quaesparecia que sabiam muitos raios e co-riscos ; no alto das nuvens iam cabeçasde ventos muito grandes, da fôrmaque sé costumam pintar. Os homensque levavam estas duas machinas, asfaziam, de quando em quando, arre-metter ao povo com applauso e festade todos.

com a idolatria, que fòra no triumpho;nos quatro cantos do terreiro se puz3-ram quatro meias columnas, tão g-ros-sas oue tinham mais de quinze palmosde circumferencia;. sobre ellas se col-locaram quatro idolos do Japão, dedezoito palmos de alto, e que foram notriumpho.

Começou o fogo de rodas e foguetesde variadas espécies ; depois sahio umraio da mão do santo, que foi dar emnm dos idolos; este começou a ardercom muito fogo e grande estrondo debombas, e por um cordão foi o fogo

, oassando aos outros idolos, que igual-ínente arderam com espantoso estron-do e applauso do povo.

Desfeitos os idolos em cinzas, appa-receu Hercules com uma espada de fogona mão, e depois de pelejar com a Hy-ira, que arremetteu a elle com fúria,lhe deu uma estocada pela cabeçaprincipal, e delia saíram tres medb-nhas espadanas de fogo, e logo este secommunicou ás outras cabeças e todoo corpo do monstro, que se desfez embombas, e numa vistosa girandola ;no entretanto lançaram a hydra do ta-blado abaixo, e os rapazes lhe pega-ram pela cauda, e a levaram pela rualarga de S. Roque até ao Loreto, comg-rande espanto e terror da gente queestava pelas janellas.

Assim acabou este artificio de fogo,no qual os jesuítas não deixaram deempregar as suas allegorias, para fas-cinarem os espíritos.

VIINa quarta-feira, que foi a oitava da

festa; ainda à noite houve fog'o de ar-tificio, e diz o chronista que uma no 7ainvenção de rodas, correndo entre pon-tos muito distantes, por cordas.

VIIIAcaba a relação destes festejos com

uma noticia de Varias cousas notáveisque oceorreram nesses dias. Entreessas cousas avultam milagres, já sesabe, e um delles foi que .estando omestre dos artificios de fogo émTsuacasa com sete ou oito obreiros, haviana casa mais de dez arrobas dè poi

procurarmento.

De todas as exravagancias philoso-phicas, ou antes, de todos os sjot»to-mas da moléstia destes tempos—rH'u-vida—a philosophia do desespero é umdos mais curiosos que se podem offere-cer ao nosso estudo.

Teve ella o seu nascedouro na Alle-manha, os seus interpretes em Scho-nenhauer e Hartmana. A doutrinaallemã, porém, é uma das fôrmas dametaphysica, o pesadello da existêncianão é ahi o enigma da origem do Uni-verso, Hartmann sabe que Deus ou oInconsciente existe e que a creação foium effeito da sua vontade.

O que lhe faz descrer do destino hu-mano, é a contemplação dos males queacompanham o homem, chamem-seesses males moléstia, vicio ou crime. ACreação elle a considera um mal, umerro ào Omnipotente, erro que a huma-nidade deve procurar destruir destruiu-do-se a si própria.

Como se vê,a doutrina de Hartmanntem o caracter de toda metaphysica, a

pretenção de explicar a seu modo aorigem do Universo. t

Mas eis que a philosophia do desss-pero toma outra base para o seu de-seavolvimento.

Abandonando o methodo subjectivo,procura agora fundar-se no próprioprogresso scientifico, na existência doincogtioscivel que nos invplve, no ca-racter relativo dos nossosconhecimen-tos, afim de chegar ás mesmas conclu-soes da doutrina allemã. Com umarrojo inaudito apodera-se das conclu-sOes que mais oppostas pareciam aoíeu fim, e pretende fazel-as convergirom sua sustentação. . .

Quem diria que a philosophia positi-va, a synthese do saber humano, isto e,-. concentração de todo o nosso poder,serviria uma das maiores aberraçõeslo espirito humano ?

Aberrações, dissemos, e já que assimpialificaúios esse produeto mórbido,nerecerâ elle uma resposta séria ouãmplesmente a solicitude do medico-,vcrêditamos que ambas as cousas.

A resposta eil-a: Aphilosrphia dodesespero é a manifestação de certosantagonismos mais communs do quegeralmente se pensa e que têm pororigem^as reacções incessantes do meiosocial sobre o individuo.

Ao passo que a intelligencia , nacalma magestosa da sua imparcial.-dade. conta as victoriàs ganhas pelahumanidade sobre a natureza que. arodeia ; ao passo que elbi sente nasce;-em si uma nova fé, uma íwa crençapara substituir a antigo, e quo des-canca confiada nos destinos da espécie,as decepções experimentadas em umasociedade que se dissolve para reorga-uisar-se, os desenganos padecidos den-tro do horizonte acanhado da vida indi-vidual, perturbam pouco e pouco estaserenidade e acabam por gerar ura es-cado caracterisado pela angustia mo-ral e pela indecisão do espirito. D'ahi las alternativas de crença e desespero,!conforme predomina na oceasião oexame desprevenido do entendimentoou as resistências teimosas do meio.

Neste periodo a philosophia do de-sespero é simplesmente, na phrase deEdward Quinet. a philosophia do máohumor. Eu tomarei a liberdade deacrescentar, e á hypocondria procu-raiido sua justificação philosophica.

Ha cérebros que não resistem a estesembates.

Para elles então chega a vez da so-licitude do medico. A philosophia po-sitiva não é responsável pelas mani-festações mórbidas de uma nevrose.

* Miguel LejiosRio, 14 de Novembro de 1876.

3_____2_H__3___3ía____S_3B_a

petição inicial, em cujas condiçõesfalta aos justificentes a prova litteralda divida, sem a qual não podiam im-ciar a justificação intentada : art. 322do reg. »

Como sorte e cega a justiça tambémé uma sorpreza.

Nem o juiz nue proferio o despachode fí. 119, nem o advogado que fallouá fl. 133, viram o defeito substancialde falta de prova litteral da divida.

O juiz nem examinou a petição ini-ciai de fi. 2 e nem a certidão de fl. 5.

Houve sem duvida equivoco—o des-pacho de que se aggrava pertence aoutros autos e por inadvertencia foilançado nestes.

Não só apresentaram os aggravan-tes prova litteral de divida por escrip-tura publica, como a aggravada não acontestou.

E' irrisório attribuir aos aggravan-tes a intenção de garantir divida deterceiro, illiquida e incerta, como fan-tasiou o despacho de que se aggrava.

O juiz a quo, é de presumir-se, que,lendo agora os autos, reconheça o equi-voco, substituindo o despacho de quese aggrava por outro que, com igualconfusão e surpreza das partes, deveandar e figurar em estranhos autos. ,

Os aggravantes requèreram garantiapara si e por divida certa, constante deescriptura publica e confissão da ag-gravada.

A razão em que assenta o proce-dimento do embargo requerido é deevidente procedência, e consta da es-criptura de fl. 5, que o juiz a quo nãoleu.

A aggravada, intimada pelos cons-truetores navaes e do material fixo,por intermédio de seu ag-ente ZozimoBarroso, para pagar até o dia 10 de No-vembro do anno passado a ultima pres-tacão devida na fôrma dos contratosde' fi. 93 e seguintes, 20,000 £, sobpena de serem executados judicialmen-te os vapores Presidente Travassos e Barãode S. Diogo, depois de inúteis esforços ediligencias recorreu aos aggravantesna ultima hora e lhes declarou (o se lêna escriptura de fl 5):

Io, qne, para desembaraçar os seusvapores e material fixo da execuçãoÍudicial,promovida pelos construetoresem Inglaterra,precisavaremetter comurgência20.000 £.em espécie on ordempagavel em Londres, sob pena de sof-frer em seu credito e interesses irrepa-ravel prejuizo.

2o, que com 20,000 £.desembaraçavainteiramente os vapores e saldava a suaconta com os construetores, pagando-lhes a ultima prestação.

3o, que por este recurso, desembara-çados os vapores, .seguiriam viagempara esta corte.

4o, que em garantia do empréstimo,porque se pagariam aos construetorese se libertavam os vapores, davam-lhesem penhor os mesmos vapores e desdelogo, por todos os meios eni direito per-mittidos, delles lhes faziam entrega,até remissão do penhor.

Acreditando na veracidade destasdeclarações e sob a garantia do pe-nhor, os" aggravantes, na mais perfeitaboa fé, emprestaram á aggravada as20,000 £., e ao juro de 9 °/0, que era odo Banco do Brazil para as firmas de

primeira classe.¦ A corda estava tão apertada na gar-Sairia da agga-avada que foi precisoaffijir a ordem pelo telegrapho e porinimnedi; do Énglisli Bank of Rio deJaneiro (limited). O dia do empréstimo<10 de Npv. de 1875) era o ultimo efatal do prazo concedido pelos credoresprivilegiados da Inglaterra. Demoradaa ordem 24 horas, a aggravada teriasido declarada em fallencia na Ingla-terra, onde a jusüça não. tem condes-cendencias e nem dispensa favores.

O vapor Presidente Travassos, em 18de Fevereiro, chegou a este porto eaté hoje os aggravantes não estão pa-gos do empréstimo, que pelo contratoffi. 5) se venceu a 21 de Fevereiro !

O vapor S. Diogo continua em Ingla-

; terra em garantia dos coustruetores1 não pagos !

A Comoanhia Macahé e Campos con-fessa e é a própria a allegar na acçãorescisória, que promove contra osex-empreiteiros A. J. Coelho & C,que ainda deve em Inglaterra porconta dos vapores e material rodanteencommendado e mandado construir150:000g000. o

O que fez a aggravada de £ 20,000dos aggravantes tomadas 1 A com-panhia desviou o dinheiro para ou-tro fim que não o ajustado na escri-

ptura de fl. 5 '1 A companhia, quando

On rend fargent

a quem comprar por menos, igual; acasa ê na rua da Quitanda n. 77, AUX100,000 PALETOTS. -

O Dr. PeiBvo A-Tonso Franco -y

agradecimento

Ha mais de 12 annos soffrendo eu deestreitamento de urethra q a.e,-.nâp dei-.xava passar, sem grande' dificuldade,uma sonda filiforme, recorri àõ Sr. Dr:Pedro Affonso e elle, com a perícia eillustração que o distinguem, fez-lhe a'operação, ficando eu completamenterestabelecido.

Não ha expressões que possam pa-tentear a minha g-ratidão e profundoreconhecimento a este distineto me-dico que com toda a justiça recebeu de"uma de nossas principaes" illustações dtitulo de—primeiro operador do Brazil.

Não era um medico que tive a meulado, mas sim um amigo que com pa-lavras ternas, brandas e amáveis mepersuadia tomar os seus medicamen-tos.

Desculpe-me, Sr. Dr. Pedro Affonso,se com estas linhas offendo a sua pro-verbial e reconhecida modéstia.

Não passarão em silencio os serviços'prestados a mini pelo quinto-annista"Octavio Ottoni,'. que tão joven aindarevela pelo seu talento e illustraçãoque virá a ser em futuro bem próximouma das glorias do seu paiz: confes-so-lhe também o meu reconhecimento.

Sinceramente agradeço aos meusamigos os Srs

'..-' '.. .-}.-¦'- '.

' : ' "A- '. t -

Araújo Maia & Irmão,que me hospedaram e trataram enisua casa como se fosse seu próprio filho.

Todos os pareutes e amigos que mevisitaram e revelaram interesse pelomeu restabelecimento queiram accei-tar os votos de minha eterna gratidão.

Rio de Janeiro, Novembro de 1876.Paulo Barbosa da Silva

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EDITAES^S-Iesiça

Em praça do Juizo Municipal destacidade, de 14 de Dezembro do correnteanno, se arrematarão os bens abaixomencionados penhorados á Franciscodus Chagas Pinto Salles, por execução..que lhe promove o commendador JoséGonçalves de Moraes.

8 alqueires de terras em matta vir-:gem e capoerões por 3:200$, 16 alquei-res de terras em cafesaes novos por6:400$. 90.000 mil pés de café da 5 á 8annos por 28:800$, 10,000 mil pés decafé de 2 annos por 800$, 500 larangei-ras por 400$, 1 pomar por 400$, 120braças de vallo de onze palmos por172$800, 2,500 braças de caminho de6 palmos por 1:000$", 600 braças de ca-minho de 15 ptilmos, pela lavourapor 720$, 8 alqueires de milho planta-do por 416$, 1 casa boberta de capimpor 320$, 1 casa coberta de capim por160$; 2 casas cobertas de capim naroça. por 320$, 1 moinho de fiibá comgrande casa por 400$, 1 açude grandepor 800$, 1 mobilia de jacarandâ por225$, 1 cama franceza psr 37$500,1 ar-mario de cedro por 15$, 1 relógio deparede por 18$750, 1 meza de jantarpor 11$250, 696 arrobas de café nas-Ulhas por 4;230$250, 45 arrobas decafó do meio soque por 236$250, 5 du-zias de taboas de cedro por 90$, 1 car-roça de mão por 75$, 1 carroça de boispor 75$,—Manoel por 1:500$,'Antônio,pardo por 1:800$, Raymundo, pardopor 1;650$, João Grande por 750$, Ja.--.cintho por 975$, Felicia^por l:125fevRachel por 600$ e Rufo por 750$000:

Valença, 13 de Novembro de 1876.— .( assignado ) O escrivão, Fernando Ho- ,drigues Silva.

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SSoelttsla.tc BriAziíeirãüéenciã

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RUA DO SACRAMENTO N. 12Hoje ha sessão do conselho á> 6 ho-

ras da tarde. —O Io secretario G.Braga.

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lÊ. *«i_sJ2i TQwW, QMS ífcKJ?

aço C

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«üerci 1 do Rio de

ESTATÍSTICASleíeorologla. — No Imperial Ob-

servatorio Astronômico fizeram-se nodia 17 as seguintes observações:Horas Th. Cent. Tu. Fah: Bar O.

mmPsychr. A

mm

7—M. 21,810—M. 22,91—T. 26,74—T. 22,5

Céo nubladostracíonimbus,

750,764751,640750,221748,212

em cirrus cumulus eserras e montes mais

71,2473,2280,0672,50

15,9617,0017,4916.48

48 lüWilWÜ tSaca qualquer quantia sobre o

Banco de Portugal, em Lisboa, Porto esuas agencias ein diversas localidadesde Portugal, nas ilhas da Madeira,Terceira, F»y»3 e S. MSguefl.

ou menos encobertos por nimbus e ho-rizonte nublado. Aragem moderada deNO. pela manha e SSE. fresco á tarde.Chuveu de 3 millimetros á noite pas-sada ehoje durante o dia.«gro;gras---;s3____^ra^^

li\_EB_TCm!AESA. politica imperial

O Sr. barão de Cotegipe, ministro dosnegócios estrangeiros, poderá lêr al-o*uns números da Lanterna e verá comoa Rússia se achou em frente do Brazil,no palácio do sultão (no serralho) napresente época. -

Verá, como ministro da fazenda, eno mesmo periódico, o estado do the-souro nacional edas caixas Commerciale Hypothecaria dó Banco do Brazil, e,finalmente se convencerá que o publicobrazileiro não é tão ignorante comoS. Ex. poderá suppòr.

Marco Colombo.

celebrou o contrato de fl. 5, oceultoua maior'divida ?

Está perfeitamente caracterisado oestellionato. A aggravada, ou obtevecom fraude o dinheiro dos aggravan-tes, ou delle usou para fim diverso,excluindo a g*arantia do penhor, sema qualbs aggravantes não forneceriamo dinheiro.

Diante deste procedimento fraudu-lento da aggravada, e quando os ag-o-ravantes apenas requerem uma ga-rantia em supprimento da que foi an-nullada pela quebra da fé do contratoe pelo mais revoltante abusode confi-anca acompanhado de ingratidão, oiuiz á quo,am vez da nobre indignaçãoque a traição e a má fé inspiram, julgaimprocedente o embargo requerido:Io porque a devedora é negociantematriculado; 2% porque nem está pro-vado que. a aggravada seja devedorapor não haver prova litteral da divida;3o porque os aggravantes são incom-pètentes para requererem garantia emfavor de terceiros e por divrla ílliqui-da ou incerta .„_._.

E' o jogo dos disparates! Estão abai-xo da discussão os dous últimos fun-damentõs. O juiz cumpra o seu dever,lêa os autos.

Quanto ao Io— a lei marca-lhe o pro-cedimento que deve ter: —apphcarao caso a parte III do Cod. Com., istoé, abrir a fallencia da Companhia.

De protecção em protecção, de abusoem abuso, foram esbarrar no absurdo

o de. privar o credor do meio assecu-ratorío, ou da fallencia ou do embàr-go. Contra esta especial devedora nãoha meio preventivo e nem asseeurato-rio, ainda provado por notoriedade oseu estado de fallencia, é directamentepor escripturas- públicas de .dividasenormes vencidas e nem pagos ao me^nos os juros ! Contra esta devedora nãoha recursos. Para salval-a de seus cre

iasA comg.ai-__.ia Tra_ssai_.aB.iiea,

PíE-i dí. Vl_»í_o__4te ele Enl_.aui.iats. 55®, saca a ires «tias soSíreos seus agentes nos Açores.—*B agente, F, F. BOHG__-i.

a-1

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'¦''-*: ^*"§35Ws«_H__________¦•¦&WÊmWÈ

- -'W-^^H"y~í::M

Companhia Macahé e Campos

MINUTA DE AGGRAVODatavènia.

Nem embargo, nem fallencia, nemvora, parte solta, parte já preparada | g-arahtia, nem: fiança ou pagamento;._•.«. „-.,.. „rt„ .,„-,;.. i.,..,,- ia

pj.Qfcg-.cao çollocoü a Companhia Má-

I-saperSal Associação Typogra.p._lea Flumã-iense

Em virtude de deliberação do con-selho, tomada em sessão de* 29 do mezfindo, convido os Srs. associados ematrazo de -suas mensalidades a porem-se quites até o dia 30 do corrente meZjpodendo para esse fim dirigir-se á casado Sr. thesoureiro, á rua 7 de Setembron. 73, placa ; findo esse prazo será ap-plicada a pena do art. 26 dos nossos es-tatutos.—Rio, Io de Novembro de 1876.—O 1.° secretario, Honorio Souto. ."(.;

dastrial e Mercantil doRia de J^noiro.

__3.ua ala çü-titàtatia flB>Recebe dinheiro a premio em conta:'lx,

corrente e em letras a praso fixo.:"Dá cartas de credito e sacca : .Sobre o Union Bank de Londres.Sobre o Banco de. Portugal,-sua Cai-

xaFilial no Porto e agencias, pagavel„ugal, Port Londres e Pariz. (.

mm' "m-£m

Gáixa de Economiasassociação Garantia do Fatu?^Esta associação de beriÇpÇflos

mii-uos, fitscaSisadã jeOr ra__-_~j_*í.-legàdodososern.ôimperiaíiPe-eel&Êem sua c^ixade EconomiasAuxâliaPj a prasos. fixos, desíle

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dores os juizes negam o que ella pro- um igÇ5_c_ AÉ1S até ã niàior quan.pria confessa e inventam defeitos de | #Sa~que se quizer depositar pa--.„,.,.„_._... «,._. r.*n rò.»tÃYY. fi np.TTi o «an g.airti0) úlém dos i.uros de :-

Hão de concordar que era bem ndi-cuia a representação das tres calami-dadès que affligem os homens, mashão de confessar também que os jesui-tas eram muito engenhosos..

Seguia-se o Zelo dá Fe, em um ca-•vallo morzello, magnificamente ajae-zado. O vestuário da figura era appa-ratoso, como o das outras. Levava naCabeça uma trunfa tão rica que asioias que a adornavam valiam quatromil cruzados, e rematava=-sè com um

pequeno fogareiro dourado combrazás,.muito ao natural. t-

Na mao direita levava uma: rica, eS^

pada dourada desembâinhada, e naesquerda um escudo, no qual se yia

nas differentes pecas ; não havia lume,nem luz na casa, e. de repente saltauma faisca na pólvora, sem se saberde onde, e atèia-se o incêndio comfúria; começam os homens vendo-seem tal perigo,

~a chamar pelo beato

Xavier, e logo se apaga o incêndio, etão agradecidos ficaram ao santo, quefizeram uma grande parte dos arti-ficios de graça.

- :Anda. nisto historia da carochinha,

porque, se na; pólvora se ateiou fogo,como se apagou este por si, sem terfeito explosão, e que explosão em umaGasá Gom de? arrobas delia, j"Assim enganavam o povo, éoman-tinham noembrutecimento, pelas pa-tranhas e abiisóes mais ridiculas.

{Continua,)

• /?'•£$$£.*

cahé e Campos ácirha da lei e dos di-reitos de seus credores. A época" é dos'deveidores. Parece que chegou o casode desesperar.:.-'

A sentehçajde que se aggrava.' pemao menos observou as colidiçòès doart. 232 do reg. n. 737"e de seu con-texto prova-sé que o juiz a quo nemleu os autos.' '£_£

O despacho de que se aggrava .estáem opposicaó còm o de fl.; 119. A justi-ca é uma sdrtecègá— disse no senadoum yenerando ministro dp supremotribunal. Más, desgraçado de quem,abafando a consciência, conta suffocara voz das victimas.

U) Resposta a Carlos Selms,

processo que não existeine nem o seuadvogado .obrigou ! A Companhia estáacima d.a lei e de seus contratos ; pó-de sem receio continuar a contrahirdividas, isenta de dar garantia aosaggravantes, victimas da fraude I...Nem embargo e nem.faUénõiá.. A ag-gravada pódè-deixar vender &m In-glaterra o vapor... Diogo—dado empe-nhor aos aggravantes, para opáça-ménto dos credores de lá— que têmjuizes, e dizer aos de, çà—aos aggra-.vantes—: onde não ha. El-rei q perde!

E'de preáúmir que; lidos os autos,se repare o aggravo, senão attentadofeito, caso não prevaleçam motivos erazões com que não puderam aindaatinar os aggravantes, que pediriamém altos gritos soccorro, so não fora decostume é estylo forense pedir

JUSTIÇA.:.

suaf-4li®â2a, siaaâs 3© °fj0 dds lucrosilquidps. Que annnalmentc res-S5_a.aE.e_ii de suas Éransacçtaes,na fórina.ds- as**. 3o de suas ciau-sulas. iasepúpíorâo, é, rua dos.Ourives ií. 33, sobrado. — A. deBiíÉencourí, director gereiaíe.

Oéeinia urbana, de uma Seguaalém da demarcação e aetdi-

i eiònaS.Pela recebedoria do Bio dé Janeiro

se faz publico que sê está procedendo _á cobrança da décima urbana, de, umalégua alem da demarcação e addiçio-nal, correspondente ao.1*° semestre doexercicio de 1876—77.

Os còllectados que não pagarem até30 de Dezembro futuro incorrerão na

i-multà estabelecida.Rio,:ll de Novembro de 1876.— Ma-¦noel Paulo Vieira Pinto, administrador v

¦$**

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MÈÊÊL- < ,''¦.• .-__,--v ¦¦.'.:¦¦ . v- • '•-,;-^VX^:-^í^SS___Ar^'' -¦'¦¦¦;

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Page 4: æ - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/369381/per369381_1876_00315.pdfvincias rogamos o favor «le tran-screver esta advertência para conhecimento «le todos aquelles S1 quem efiía

:•*.; * Ò €Mo"b©*»— Rio d.© Janeiro,_JB__g______j*jg"j_g_g________^

Segund.a-f'eira SO de Novembro dè; ISfü;AAAAAvA: AAA'A''A':

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Caixa Econômica ia-.associaçãoPerseverança Brazileira

Garantida pelo governo ini-perial por sua fiscalisa-ç o

81 RUA 00 ou visío-s

lAS

815.047:9918400

159:379fl8i)3417.23S8313

*^^^éiu^^í_4_

Capital socialCapital realisadoCapital depositado

Recebe em deposito qualquerquantia Ae UM MIE REIS PARACIMA e paga além dos Juros databeliã, 50% dos lucros liqui-dos na forma das suas clau-sulas (art. 5o) 1 « Faz contratosde beneficios mútuos ao aícancede todas as fortunas, d

DESCONTAl Letras do thesouro geral e' provincial e dos bancos.

CAUCIONAApólices geraes e provinciaes.Rio, 31 de Agosto «8c SS^tí.—

JOÀO F. CEAPP, dãreetor ge-rente.

Li"nu DE. PAQUETES ÍL!ENTRE

Hamburgo e a Americado Sul

O PAQUETE

119P K

Libertação «le escravosO Dr. José Antônio de Azevedo Castro,

procurador dos feitos da fazenda nacio-nal, em cumprimento do dever que lheimpüe o art. 4o do decreto n. 6,341 de20 de Setembro do corrente anno, con-vida as pessoas abaixo desi<_ nadas acomparecerem acompanhadas dos es-cravos constantes da mesma relação,nos dias 22, 23 e 24 deste mez, das10 horas da manhã á 1 da tarde, eniuma das salas da Tllma. câmara muni-cipal, afim de fazerem a declaração dovalor dos mesmos escravos, que têm deser libertados pela quota de 115:361g660do fundo de emancipação, nos termosdo art. 37 do decreto n. 5,135 de 12 deNovembro de 1872, seguindo-se o arbi-tramento no caso de nao compareci-mento ou de nao ser julgado razoávelo valor declarado, como determina omesmo artig-o.

Henrique Mang-pon,escrava Uanaiaa.Barão de. Itapagipe, escrava Laura.D. Deolinda Maria da Silva Rita, es-

crava Lúcia.José Antônio Alves Souto, escrava

Carolina.D. Anna Rita da Silva Monteiro, es-

•""Crava Pau lina.Antônio José da Costa Duro, escrava

Eng-enia e seus filhos Salustiano eFlavia. _ . ...

Herdeiros de D. Ludovma ManaTheodora Rangel, escravos Caetaua eseus filhos Geraldo.Nathaha e Rufaria.

Herdeiros de Manoel Fernandes 13-i-rata, escravos Margarida e seus filhosIriae Theodora.

José Antônio da Silva A' elho, escravoAntônio Loreto.

Antônio de Oliveira Guimarães, es-cravo Camillo.

D. Maria Paula Rangel de SouzaCoutinho e Azevedo Barroso e seusíilhos, escravo Lúcio.

- Joaquim Monteiro da Luz, escravoleltrão. _ .. ,'Dr. Antônio Vaz Pinto Coelho da

Cunha, escravo Valeriano.Luiz Antônio e Carvalho, escravo

""pon íip

Raymundo José de Menezes Fróes,escravos Januário e seus filhos Júlio,Ermila e Eugênio.

José dos Santos Ferreira, escravoAntônio. . „

Francisco José Fialho, escravo Do-ming"os. . ,, . T i +„

D Maria Antonia Marcondes Lobato,escfavos Severino e seus filho.- '¦¦"¦¦"

Estephanio e Rozendo.Conselheiro Christiano

Ottoni, escravo Daniel.Nesta primeira turma são contem-

¦piados, segundo a ordem de classifica-cao o.s escravos casados, sendo um dosconiuges livres. Quaesquer esclareci-mentos podem ser prestados peloannunciante no seu escriptorio, rnade General Câmara n. 293. - José An-tonio de Azeredo Castro.

sahirá HOJE, 20 do corrente , para

SANTOSS. FRANCISCO DO SUL

MOMTlVsDEO ÊBUENOS-AYRES

O vapor tem medico a bordoPara fretes, passagens e mais infor-

rnacões, trata-se com osCONSIGNATARIOS

,C11S1 38n Fsíi o?v*nK. i0(1 hwmh

BIO GRANDEVai sahir em poucos dias

o patacho nacional Silen-JÃM»^ cio ; para o resto da cargaSÜã^SSs-â trata_se com M. F. da Silva

Novaes, rua da Candelária n. 9.

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1* J^JStJDA^El

Edificio do Banco Industriei e MercantilSS6Çʧ BOS S!€TO©S Bl

O avnltado capital empregado em seguros de vida está sujeito a multas ecommissos, inherentes à organisação das diversas companhias estabelecidasnesta corte; e muitos subscriptorês tem soffrido multas e perdido capital ejuros por não serem avisados em tempo opportuno, das epochas em quedevem realizar o pagamento das annuidades dos seus contratos e apresentaras certidões de vida dos segurados.

Os subscriptorês das companhias de seguro de vida, que receiarem incor-rerem multas e commissos, e quizerem evitar taes prejuízos, poderão insere-ver-se no ESCRITÓRIO CENTRAL, rua da Quitanda n. 119, Io andar, emediante contribuição razoável, serão pontualmente, e com a precisa antece-

postas. Os pretendentes a taes empres- dencia, prevenidos das epochas em que devem ser effectuados os pagamentostimos encontrarão no ESCRIPTORIO j das annuidades de seus contratos, e em que devem ser apresentadas as

* . certidões de vida dos segurados.;CJuN IKAL, â rua da Quitanda n i±y, Qg

b rf ue quizerem liquidar os seus contratos ou convertel-osl°andar,;pessoal competentemente ha-|deuma

pam £utpa e|peciej òbtéradthò ESCRIPTORIO CENTRAL todos o<bilitado que, mediante a commissão [ esclarecimentos que exigirem, e encontrarão pessoal competente habilitadode 1% do valor do empréstimo pe-j para incumbir-se de realizar taes operações

Muitos lavradores e proprietáriosdeixam de auferir as vantagens de em-prestimos hypothecarios, que offere-cem os bancos do Brazil e Predial ;uns com receio de avultadas despezas,outros por falta de esclarecimentossobre o.s titulos de propriedade e maisdocumentos que devem instruir as pro

ÉÜfMuitos interesses legítimos, muitas

idéas úteis, e multiplicadas questõesdependentes do Governo, deixam deter a desejada solução, umas vezes pornão serem conveniéntemeute dirigidasoutras vezes por faltarem auxiliaresque as animem e convertam em reah-dade. Aquelles que tiverem pretençõeslegitimas, planos úteis e realizáveis,reclamações sérias e bem fundadas,encontrarão no ESCRIPTORIO CEN-TRAL, á rua da Quitanda n. 119,Io andar, pessoal, competentementehabilitado, que incuinbir-se-ha de re-digir requerimentos, memórias, rela-torios, estatutos de companhias, repre-sentações e documentos relativos áobtenção de privilégios, acompanhan-do a marcha dos negócios durante seusiramites pelas repartições publicas, edido, incumbir-se-ha de prestar todos j Os senhores, que quizerem encarregar o ESCRIPTORIO CENTRAL de

• S effectuar novos contratos de seiruro em qualquer das companhias existentes, .....os esclarecimentos precisos, organizar; fS^^gem de serem prevenidos dai epochas em que deverão ser feitos empregando esforços para qne tenhamas propostas e acompanhal-as até final t os pagamentos de annuidades e apresentadas as- certidões de vida, relativas prompio andamento e íavoravei ne-solução. 5 aos ditos novos contratos. cisão.

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fica transferida por alguns dias atéquando se annunciar.

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Júlio

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esperado de Brempn e escalas "até odia 24 do corrente, sahirá, depois daindispensável demora, para

Montevideo eBuenos àyresEstes paquetes têm medico a bordo,

criados e cozinheiros portuguezes.Wânbo para a mesa, grátis.A conduecao dos Srs. passageiros

para bordo é*por conta da companhia,a qual tem pessoa competente paratambem tratar dos despachos das ba-g-ag^ens.

Para mais informações com osAGENTES

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Sào convidados os Sr«rintores úe acções a rea

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As viagens dos vapores no mez deNovembro terão lugar nos dias 3, 6, 9,12, 15, 18. 21, 24, 27 e 30. Carga pelotrapiche Carvalho todos os dias e paratodas as estações da estrada, bemcomo para S. Fidelis , na véspera dosdias da partida somente até as 2 horasda tarde. Passagens e encommendasno escriptorio central â rua Primeiro•le Marco n. 95.

subs-asarem

entrada «le flí""" %, ««"esíSe o dia *-2<í>a primeiraES por acção,tleste mez até 2€> de Dezembrottro^im» futiaro, no escriptorioprovisório da associação, ruaglo Hospicio n. íSS""».

Rio de «Janeiro, 16 de Novena-bro de 18"S«.—O tbesoureiro,filanoel

"Francisco da Silva r«o-vaes.

COMPAUHÍA BE VAPORES DO PÀC FICOO PA.QUETE IXGLEZ

A-COISTCA-G-TJ A.esperado do PACIFICO, sahirá no dia27 do corrente, ás .2 horas da tarde,para

^^^^W-^y^y.

ni iciélié fiêiiérm? S»t; *'t,it5LÍ_r-,C« ii-

mt. $j.'t5'-:"g^*

AforamentoDe ordem de S. Ex. o Sr. ministro

interino dos negócios da tazenda aco•publico que tendo Antouio Manoel cieSiqueira pedido por aforamento o ter-reno àecrescido, fronteiro ao de man-nhas. em que esta.» edincados os pre-dios ns. 109 e 111, outrV.ra 103 el05, daPraia do Sacco do Alferes. deverão as

pessoas que tiverem reclamação a fazercontra tal pretençâo apresental-anes-ta secretaria «ie Estado, no prazo_üe ó<>dias, a contar de hoje, sob pena de nãoserem attendidas, depois de findo o re-ferido prazo. Secretaria d.. Estado dosnegócios da fazenda, em 16 de Novem-bro de 1876.—José Severiano da Rocha.

Intendencia da guerraASSIGNATURA DE CONTRATOS

Convida-se aos Srs. negociantes,abaixo mencionados, a compareceremnesta repartição, até o dia 22 do cor-rente mez, afim de assignarem os res-¦nectivos contratos para o fornecimentodos artigos que lhes foram accei tos emsessão do conselho de compras, de 19 e26 de Outubro ultimo, na intelligencia/rv/ .«. ~« ™„n„ /Ia p> »/._ deAte aue incorrerá na multa de 5 %,que trata o § 4o do art. 64 do regula-mento em vigor, aquelle que deixarde assignar o seu contrato no referidoSíazo, a saber: José de Castro Peixoto,Manoel Piuto Torres Neves Pinto &Madureira,Francisco Soares de Castro,L. P. de Castro Brito &C, Silva Gui-marães & Chaves, Custodio CoelhoBrandão e João Marcellino da Silva.

Secretaria da intendencia da guerra,em 18 de Novembro de 1876.—O secre-tario, F. de P. Cavalcanti de Albuquerque.

Espolio do finado Manoel «Jacin-tlio Ferreira Lima.

¦ Segunda-feira 20 do corrente, depoisda audiência do juizo de orphãos da 1/•vara, ás 11 horas, na rua da Constitui-ção n. 48, serão arrematados os moveise jóias pertencentes a este espolio; asavaliações estão no cartório do Sr. es-crivão*Franca Leite; na rua do Conded'Eu n. 14Í sobrado se dirá onde po-dem ser vistos estes objectos. (¦

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Í^E^é-vTemos fazendas inudernas,-apropriadas para a estação. O trabalho feito em

nossas officinas, dirigido por nosso actual contrainestre, o Sr. Cabréira, dito pormuites dos nossos freguezes antigos e modernos, é hoje mais perfeito do queem tempo algum; a roupa importada de Pariz vendemos mais barato do queoutro qualquer estabelecimento, por termos meramente por sortimento, vistoser nossa especialidade por medida.

O PAQUETE A VAPOR FRANCEZ

(_* T P m Mr.È,23esperado de Liverpool no dia

corrente, sahirá para o Pacifico.

Para passagens, encommendas, etc.-rata-se- com os AGEN TES,

PraçA úm larínhas 2*

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lifflfll) E KINOBIISPara fretes, passagens e mais infor-

mações, trata-se com os consignata-rios

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Associação Mutuação Pbilau-tropica e Protectora

Sao convidados os senhores subscrip-tores a realisarem a primeira entradade 10 •/., ou 5$000 por acção, desde odia 20 deste mez até 20 de Dezembropróximo futuro, no escriptorio provi-sorio da associação, á rua do HospícioH. 30. Rio de Janeiro, 15 de Novembrode 1876. — O thesoureiro, Manoel F. do,S. Novaes.

Companliia Garantidorade vidas

SEGUROS DE VIDAS HVJBES E DE ESCRAVOS

Esta companhia, approvada por de-creto imperial n. 6,030, segura, por umou mais annos, vidas livres e de escravos,

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maça hespanhola Dolores :s* recebe carga; trata-se na

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COMPÂNBIA DE MV&ÂÇáO

SANTOSO PAQUETE A VAPOR

sahe HOJE, ás 10 horas da manha.

Santa Mar iasahirá no dia 25 do corrente, às 10

horas da manhã.Recebe carga todos os dias pelo tra-

piche da companhia.ÜU __«, u, uu..u.., . . Para mais informações, nojsçnpto-mediante uma commoda porcentagem rio da mesma companhia, entrada pelopnnual. Rua do General Câmara n. 123. J beçpo do Cleto.

jspe rado do Rio da Prata até o dia 26cio corrente, sahirá, depois da indis-pensavel demora, para

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N3,25Bi»»ií(_.

POPES WnRoga-se aos Srs. assignantes desta

obra queiram procurar, na-typigra»phia Acadêmica, rua Sete de Setembron. 73, a segunda parte.

ALCâTRAO DE G0Y0T(Licor d'Alcatraô concentrado e dosificado)

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1'ara fretes, passagens e mais infor-inações, trata-se com os

coasignatarios

E. J- ALBEET & C.M Íl Dl MJWGA 34

ANNUNCIOSv LUGA-SE, de casa de familia, uma

A. escrava boa coziuheira, de 22 annos,fiei, sem vieios e afnmçada; na rua deS. Pedro n. 119, loja.

h LUGA-SE a chácara da estrada deM D. Castorina n..30, com casa paranumerosa familia, agua corrente, comgrande banheiro e uma fonte muitabundante, sendo toda murada, Gomcocheira e cavallariça; a chave acha-se na venda próxima, e para tratar árua de Humaitá n. 10,em S. Clemente.

0 XAROPE de Arrault vende-se a2#500 o vidro; unico deposito á rua

da Quitanda n, 52, drogaria Mendes.

VENDEM-SE, juntos ou divididos em

dous lotes, cincoeuta e tantos es-cravos de lavoura, procedentes da pro-vincia do Maranhão, constituindoparte delles uma só familia por teremsido de uma só fazenda. Garante-seque é gente nova, de bóa indole e debonitas figuras, e com a própria vistados Srs. pretendentes melhor se con-vencerão da realidade do que se afirma,Para os Srs. fazendeiros que tiveremprecisão de comprar, não poderão acharmais propicia oceasião de fazer umapompra em condições mais favoráveistanto pela boa qualidade da gente e apreços razoaveiâ, como ainda maiscom alguns prazos, se assim lhes ap-prouver, visto como o dono dos mesmosforcado pela necessidade de se retirar,esta muito resolvido a realizar deprompto esta venda ainda mesmo comalgum sacrifício.

Assim, pois, disposto a transigir comos Srs. compradores, cedendo das suaspretenções quanto possivel seja, con-vida-os*a virem v01-os,porque com quemdelles se agradar e nao sendo por demais desarazoavel, far-se-ha um negocio prompto e decidido,

Para vêr e tratar, rua de S. Chris-tovaon, 181, das 8 horas da níánha ás

12 da tarde.

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Paris, 28, me Taitbout. REYNAL. pharmaceutico medico e C _ suceessores.

Deposito no Rio-de-Janeiro, T. DUPONCHELLE e C*, 102, roa de SSo-Pedro*MBMaBM—gMi ______________________________!____) ÍSB

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de Marselha 1874e de Paris 1875.

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ÁLCOOL OE ORTELÂDIPLOI-iA 0E 1EBIT0

VIENNA 1873.Medalha de Honra.

Academia Nac»i Paris 1874#

\iWBÊÊÊÊma_Bi'J MBtta <•»*¦*I.V ¦ i *. >.'<___r £583____a3*£IÃJJur5a»^A-s^»*!*3ac — _____3___aBffS__aMH_**BMtiT___BfcBMBWt___KWHI

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I 1FIII WOMEMÓRIAS DE ÜM SANDEUT

DE

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S «ííüíkíks-T'. áa "1 SS píígiíj.íàSi gfe5___*ss54S?3_>.e gSE_s»s,es*es> SO® rs.A.' Tenda no Globo, na Gazeta de Noticias, e nas livrarias dos Srs. Garnier, Crua;

O Senr Guyot, depois de muitas e louváveisexperiências, coiir-etçuio separar de alcatráõ aacredez e amargo insupportaveis, tornando-o ao

i"í mesmo tempo mui solúvel. Aproveitando estaâ feliz descoberta, prepara um licor concentradoI «i'alcatraõ, que em muito pequeno volume, con-| tem uma grande quantitade de principios acti-| vos. O Alcatráõ de Guyot (Goudron de Guyot)§ oir.-rece todas as vantagens da agua alcatroada^ ordinária, sem nenhum dos inconvenientes| ü"ella.I Basta despejar uma colher pequena, cheiaI d'este liquido, para que a agua n'um momento

K.riie-se ai. atroada, sem gosto desagradável.Desta maneira cada qual, pode, a medida que

necessita, preparar a agua alcatroada, o queóffércce economia de tempo e facilidade de trans-porte e evita a manipulação desagradável doalcatráõ.

O Alcatráõ de Guyot. substituo con> vantagemas tisanas, mais ou menos inertes , nos casos dere*fria,nenti_s , bronchites, tosse, catarrbo etc.

O Alcatráõ dé Guyot. enipregá-se com grandee-.ito, pari cotubaUêrás seguintes inférmidades:

COMO BEBIDA. — Huma colher peqmfía decafé, para- cada copo d'agua. e duas

colheres grandes (de sopa) pura rada garrafa:BRONCHITES

CATARRHO DA BEXIGARESFRIAMENTO

COQUELUCHE OU TCSSE CONVULSATOSSE TENAZ

IRRITAÇÃO DO PEITODOtiNÇAS DO GARGANTA

EM LOCÇOES. —Licor puro diluído em poucaagua:

AFFECÇÕES DA PELLEP1CADURAS

MOLÉSTIA DA COURO CABELLUDOEM INJECÇOES. — Quatro partes cVagua e uma

de Licor (grande eíficacia):FLUXOS CRÔNICOS OU RECENTES

CATARRHO DA BEXIGA. O Alcatráõ «te Guyot (Goudron de Guyot) foiexperimentado com verdadeiro êxito, nos princi-pães hospitaes da França, da Bélgica e da Hes-panha. Os primeiros médicos da Europa, saõunanimes em reconhecerem, que este licor, naestai^iõ calida, constitue uma bebida muitohygienicas, principalmeute, em tempo d'epi-demia.

Para acautelar-se contra as falsificações eimitações, exigir sobre o rotula branco, o textoimpresso com

tincta preta,e a assignatura

Guyof,impressa com

trez Cores.

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de soáa. ds cal e de íerroKtnpregados com taotò exilo para curar a

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acha-se a flrnia do sntísmo doutor re.telitíaquatro vezes, e no rotulo sobre à roltia, amarca de Fabvítr» da 3t»bar»baqjà SWàNK,cue Casliglioue, a" 12, .;:> S?an».

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CONSERVAR OS CABELLOS

Impedir sua queda prematurae restaurar os cabeílos^

brancos á sua côr primitivaTodas as pessoas que têm emprega-

do esta rica descoberta do Dr. Ayer,conhecem e testificam a sua incontes-tavel efficacia como restaurador do ca-bello e renovador da sua còr, vitalidade e-belleza.

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% as enxaquecas e nevralgias saõ acalmadas| em alguns minutos com as Pérolas1 tl'cs«sencia «ie tei-ebentãua do\: Or Clbrtan.1 3 ou 4 d'estas Pérolas produsem um ali-

i vio quasi instantâneo; de tal forma que sea primeira dose naõ produz elfeito e* inútilcontinuar.

Cada frasco contem 30 pérolas, o que dalogar a sôr feita a cura d'uma enxaqueca ouc_'iima nevralgia por.preço insignificante.

A essência de terebentina devendo sôr: ròctíficada com cuidados es[ieciaes, convém

] desconfiar das imitações e exigir, eomo1 garantia «l*orij;em, sobre cada frasco, a as-1 si imatura Ci EKTAN.1 Ern Paris, casa L. Frere. 19, rua Jacob

posito em todas as <lro-"as e puarmaeías

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1 AO GRAHBE K&8IGO, F. RODDE,"rV. 107, rua do Ouvidor.^&^SfSSS_%1[_í^itiíeS%í EíiíSíâfSSSÍâ

+

A commissão nomeadapela Escola Polyteirhnleit,convida a classe aca-iüemicapara acompanhar o corpo «Sc

seu infeliz collcir» «Ioã<t» C:sp3s-tcaiiu da CunBia, «tlcvendo saiiirda rua «la Quitanda n. f SO parao cemitério de S. «João Ituptistaás S Iioras da tarde; resolvendoa mesma eominissão que seja oseu corpo conduzido á mão.

1 _>eposit<jj^arãa

i i,i-_-,J,..r^-j_.- ___»j

O tabellião CERQUEIRAL5MA, reside â rua do General jCâmara n. 357; escriptorio rua 'do Rosário n. 42.

iLeonardo Bahr, sna mulher e

filhos, Alfredo Dreux, sua mulher ei íilhos, cordialmente agradecem a

todas as pessoas que se .dignaramacompanhar os restos mortaes de seumuito prezado filho, irmão, tio e cu-nhado Carlos Balir ; e de uovo rog-amaos seus parentes e amigos o caridosoobséquio de assistirem á missa do se-timo dia quemaudam celebrar amanhaterça-feira 21 do corrente âs 9 horasna igreja de S. Francisco de Paula.

tDlatíos

Cruz, SiSvesra & C,Zacarias de S**au9a Xavier,Lima Carvalho & Arauju, ...i-

aies üe Sã & C, Pinto tiaaia &Guimarães, amigos do §U% JD,u-mingos AntonSo da Cunha, paido infeliz estudante João Capis-trano da Cunha, assassinadoÍiontem peãas IO horas da ma-nha, fiãzesn publico «jpee o cada»ver saüsirá «fla rua «ia <^aiCan«lan. 1..9 hoje "SO suo corrente ás 'Zhoras cia tarde para o cemitérioée> S. «João Baptista.— r_ão haconvites.

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DIâS DA SILVA JUNIORâ venda na livraria imperial, rua doOuvidor n. 81.

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A.NTONIO MOREIRA. TAVARESAdvogado do Conselho d'Estado

Rua do General Câmara n. l_f

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