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12 1 INTRODUÇÃO A necessidade de recuperação de áreas naturais degradadas, reprodução de um ambiente arborizado, e transformação da população para um perfil mais consumista, são os principais fatores que influenciaram o aumento da demanda por mudas nativas e ornamentais de qualidade. Conforme a IBRAFLOR (2013), nos últimos 10 anos o setor de flores e plantas ornamentais apresentou um aumento de 10 a 15 %, além de aumentos consideráveis da qualidade e diversidade dos produtos ofertados. Neste sentido, a produção de mudas representa o início de uma cadeia de operações que visam o estabelecimento de florestas e árvores em centros urbanos, além de estar relacionada ao sucesso de implantação e produção florestal. Visando à produção de mudas de qualidade, deve-se levar em consideração o principal fator que determina o bom desenvolvimento destas, o substrato. O substrato é o meio onde as raízes proliferam-se para fornecer suporte físico e químico ao crescimento da parte aérea, e deve apresentar algumas características, como boa disponibilidade de nutrientes, elevada capacidade de retenção de água, boa aeração, lenta decomposição e baixo custo de aquisição (MELO et al., 2006). Levando em consideração as características ideais de substrato, observa-se que os substratos provenientes de fontes orgânicas encaixam-se perfeitamente nestes parâmetros,

cursos.unipampa.edu.brcursos.unipampa.edu.br/cursos/engenhariaflorestal/files... · Web viewA enxertia é uma forma de propagação assexuada de vegetais superiores, na qual se colocam

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1 INTRODUÇÃO

A necessidade de recuperação de áreas naturais degradadas, reprodução de

um ambiente arborizado, e transformação da população para um perfil mais

consumista, são os principais fatores que influenciaram o aumento da demanda por

mudas nativas e ornamentais de qualidade. Conforme a IBRAFLOR (2013), nos

últimos 10 anos o setor de flores e plantas ornamentais apresentou um aumento de

10 a 15 %, além de aumentos consideráveis da qualidade e diversidade dos

produtos ofertados.

Neste sentido, a produção de mudas representa o início de uma cadeia de

operações que visam o estabelecimento de florestas e árvores em centros urbanos,

além de estar relacionada ao sucesso de implantação e produção florestal. Visando

à produção de mudas de qualidade, deve-se levar em consideração o principal fator

que determina o bom desenvolvimento destas, o substrato.

O substrato é o meio onde as raízes proliferam-se para fornecer suporte físico

e químico ao crescimento da parte aérea, e deve apresentar algumas

características, como boa disponibilidade de nutrientes, elevada capacidade de

retenção de água, boa aeração, lenta decomposição e baixo custo de aquisição

(MELO et al., 2006).

Levando em consideração as características ideais de substrato, observa-se

que os substratos provenientes de fontes orgânicas encaixam-se perfeitamente

nestes parâmetros, entretanto, pouco se sabe a respeito de formulações orgânicas

padrões na produção de mudas.

Assim, a realização de atividade prática relacionada à experimentação de

formulações orgânicas no desenvolvimento de plantas possui grande valia, e o

presente relatório tem como principal objetivo descrever as atividades realizadas no

viveiro de plantas da empresa ATEAGRO – Assessoria Técnica em Engenharia

Agronômica e Ambiental durante o período de estágio realizado.

13

2 DESCRIÇÃO DA EMPRESA

O estágio curricular supervisionado foi realizado no período de 22 de janeiro a

2 abril de 2013, na Empresa ATEAGRO – Assessoria Técnica em Engenharia

Agronômica e Ambiental, situada na Chácara das Flores, Rua José Lima, n° 380,

São Gabriel, Rio Grande do Sul.

A ATEAGRO desempenha diferentes atividades no âmbito ambiental,

agroecológico e assistência técnica no município de São Gabriel, bem como em

municípios vizinhos. Desde o ano de 2010, a empresa possui convênio junto a

Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), possibilitando assim, a realização de

estágios, acompanhamentos e atividades práticas junto à mesma.

Neste contexto, a ATEAGRO tem como responsável técnico o Engenheiro

Agrônomo Eduardo Nascimento Abib, que também administra as atividades de

produção orgânica de rosas e de plantas para ornamentação, além de um viveiro de

mudas de espécies nativas. Assim, para a produção de mudas de qualidade,

também há a produção de componentes orgânicos para a formulação do substrato

destas, como húmus de minhoca, composto de rúmen bovino e casca de arroz

carbonizada. A produção destas plantas é direcionada para venda na Floricultura

Pracinha do Amor, a empresa da família Abib.

14

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Viveiro de plantas

Viveiro, segundo Sardinha (2008), é o local onde as árvores crescem após a

sua semeadura, e permanecem até o plantio no terreno. Do ponto de vista produtivo,

o viveiro também pode ser caracterizado por uma área, que possui um conjunto de

benfeitorias e utensílios, onde são empregadas técnicas que visam à máxima

produção de mudas (MACEDO, 1993).

Há dois tipos de viveiros, os viveiros permanentes, onde há a produção de

mudas por muitos anos, requerendo um planejamento cuidadoso e instalações

sofisticadas; e os viveiros temporários, que visam à produção de mudas para uma

respectiva área, em um período de tempo limitado (OLIVEIRA et al., 2005). Além

disso, Wendling et al. (2001) cita outro tipo de viveiro, o viveiro de espera, que visa

conduzir mudas até tamanhos maiores, com objetivo específico de arborização

urbana. As mudas conduzidas neste tipo de viveiro são plantadas em embalagens

maiores e/ou em covas nos solo, de modo a crescerem até o tamanho ideal para

plantio, evitando riscos de perdas e maiores valores de venda.

3.2 Produção de mudas

O sucesso na implantação de povoamentos, para produção e/ou recuperação

de áreas degradadas, arborização de ruas, etc. depende da qualidade das mudas

utilizadas para plantio (SCREMIN-DIAS et al., 2006). Desta forma, o cuidado na

escolha do substrato, a forma ideal de irrigação, a adubação e a correta manutenção

das mudas até seu envio para campo, salientando o seu transporte e respectivo

plantio, são fatores que impulsionam o sucesso na produção de mudas no viveiro

(WENDLING et al., 2001).

Considerando a produção de mudas de qualidade, alguns parâmetros são

levados em consideração (WENDLING et al., 2002), tais como:

O sistema radicular não deve possuir deformações, além de apresentar

uma boa relação com a altura da parte aérea;

Apresentar crescimento vigoroso e estar livre de doenças;

15

Possuir tronco único, robusto, lenhoso, sem deformações e com bom

diâmetro de colo;

A copa deve ser densa e simétrica;

As mudas devem ter sido submetidas à rustificação;

Os fatores de qualidade da semente, substrato e adubo utilizado afetam

diretamente a produção de mudas de boa qualidade, ao passo que estes contribuem

para o melhor desenvolvimento e sanidade da muda. Além disso, para um rápido

crescimento da muda, bom teor de matéria seca na parte aérea e raízes, entre

outras características desejadas, o substrato utilizado deve apresentar boas

características físicas, químicas e biológicas. Neste contexto, para a obtenção de um

substrato ideal, a matéria orgânica está sendo utilizada, pois a mesma influencia na

absorção de nutrientes (YAMANISHI et al., 2004).

3.2.1 Substratos orgânicos

Conforme Scremin-dias et al. (2006), o substrato a ser utilizado tanto para

meio de semeadura, como para meio de crescimento das plantas, deve apresentar

algumas características desejáveis e fundamentais para o eficiente desenvolvimento

das mesmas, além de um bom desenvolvimento radicular e boa agregação do

conjunto raiz-substrato, conforme segue:

Apresentar retenção equilibrada de água, como uma boa capacidade de

arejamento, facilitando a entrada de oxigênio pela superfície e saída de água e gás

carbônico;

Possuir pH entre 6,0 e 6,5 e nível de fertilidade entre baixo e médio, de

modo a possibilitar a absorção de todos os nutrientes necessários para o

desenvolvimento vegetal;

Facilidade de aquisição e manuseio;

Deve estar livre de patógenos e substâncias tóxicas às plantas. Desta

forma, evita-se o uso de solo em sua constituição, ao passo que este contém fungos

causadores de doenças;

Além disso, ao escolher o material a ser utilizado na composição do substrato,

deve-se levar em consideração a disponibilidade do material em qualquer época do

ano, custo de obtenção, experiência local na sua utilização, características físicas e

16

químicas, e ausência de patógenos e de substâncias tóxicas as plantas

(WENDLING, 2010).

Desta forma, do ponto de vista físico, a matéria orgânica melhora a estrutura

do solo, reduz sua plasticidade e coesão, aumenta a capacidade de retenção de

água e aeração, além de permitir maior penetração e distribuição das raízes. Já do

ponto de vista químico, é a principal fonte de macro e micronutrientes essenciais as

plantas, atuando indiretamente na disponibilidade destes, devido ao aumento do pH

(RICCI et al., 2006).

3.2.1.1 Casca de arroz carbonizada

Segundo Melo et al. (2006), por ser estável física e quimicamente, resistente

à decomposição e possui alta porosidade, a casca de arroz carbonizada tem sido

muito utilizada. A baixa densidade deste material é um importante aliado quando se

deseja aumentar a porosidade total do substrato, proporcionando maior drenagem

da água de irrigação e melhor aeração do sistema radicular da muda (COUTO et al.,

2003).

Quando submetida ao processo de carbonização, a casca de arroz apresenta

propriedades de alta capacidade de drenagem, fácil manipulação, peso reduzido, pH

levemente alcalino, forma floculada, teores adequados de K e Ca, lenta

biodegradação, além de estar livre de patógenos e nematóides (SAIDELLES et al.,

2009).

Desta forma, objetivando-se a produção de um substrato com características

ideais, a quantidade de casca de arroz carbonizada deve corresponder a 30% do

substrato (SCREMIN-DIAS et al., 2006).

3.2.1.2 Composto de rúmen bovino

A alta quantidade e variedade de resíduos gerados pela atividade

agropecuária, como restos de culturas, palhas, resíduos agroindustriais, dejeto de

animais, entre outros, pode gerar sérios problemas de poluição. Todavia, quando

manipulados e aproveitados corretamente, estes resíduos podem suprir boa parte da

demanda de insumos industrializados, desde que sofram o processo de

compostagem (MARRIEL et al., 1987).

17

A degradação da matéria orgânica ocorre de forma natural no ambiente,

porém de uma forma mais lenta em relação à compostagem, que é manipulada pelo

homem e permite o aceleramento da degradação dos resíduos orgânicos, de modo

a atender rapidamente as suas necessidades (CERRI et al., 2008).

Segundo Nascimento et al. (2005), entre as vantagens do processo de

compostagem estão:

A matéria orgânica proveniente do composto auxilia na retenção e

drenagem do solo, além de melhorar a sua aeração;

Aumenta a capacidade de infiltração de água, reduzindo a erosão;

Dificulta ou impede a germinação de sementes de plantas invasoras;

Aumenta o número de minhocas, insetos e microrganismos desejáveis e

consequentemente diminui a incidência de doenças de plantas;

Mantém a temperatura e os níveis de acidez do solo;

Aproveitamento agrícola e florestal da matéria orgânica;

Processo ambientalmente seguro;

3.2.1.3 Húmus de minhoca

Segundo Aquino e Loureiro (2004), o húmus de minhoca, produto final da

vermicompostagem, caracteriza-se por ser um excelente fertilizante orgânico, pois

melhora os atributos químicos, tais como oferta melhor retenção e ciclagem de

nutrientes; físicos, estruturação e formação de agregados; e biológicos do solo,

como aumento da diversidade de organismos benéficos ao solo.

Há uma série de benefícios na utilização do húmus de minhoca, como a

possibilidade de produzi-lo com qualquer resíduo orgânico disponível e sem

utilidade, além de atuar de forma benéfica sobre as características físicas, químicas

e biológicas do solo, favorecendo a sua conservação e auxiliando no

desenvolvimento das plantas (SCHIEDECK et al., 2006).

Neste sentido, as características de uniformidade granulométrica e

capacidade de agregação, e estar isento de contaminantes e outras impurezas,

justificam a utilização do húmus de minhoca na composição do substrato no viveiro

florestal (SCREMIN-DIAS et al., 2006).

18

3.2.2 Preparação das sementes

Durante a formação da semente, ocorre a perda de umidade, o que evita sua

germinação dentro do fruto, ou junto ao corpo da planta-mãe, bem como sua

deterioração pelo ataque de microrganismos. A redução da umidade da semente

permite a redução do metabolismo do embrião, fazendo com que este só se

desenvolva na presença de condições favoráveis. Desta forma, o processo

germinativo se dá no desenvolvimento do embrião mediante condições ideais de

temperatura, luz, oxigênio e umidade, rompendo a casca da semente e originando

uma nova plântula (SCREMIN-DIAS et al., 2006).

Neste contexto, para desencadear o processo germinativo de algumas

sementes é necessário a quebra de dormência destas, que consiste na realização

de tratamentos pré-germinativos, possibilitando assim a entrada de umidade nas

sementes (WENDLING et al., 2001). Dentre os métodos mais utilizados para a

quebra de dormência estão (WENDLING et al., 2005):

1) Escarificação mecânica: tratamento utilizado para romper parte do

tegumento da semente, e consiste em atritar as sementes contra uma superfície

áspera (lixa, piso de concreto, etc.). A escarificação deve ser feita no momento que

se pretende obter a germinação das sementes, devido à susceptibilidade que estas

adquirem após tal tratamento.

2) Embebição em água: as sementes são colocadas em água a temperatura

ambiente até que se encharquem e aumente seu tamanho, levando de 1 a 4 dias,

dependendo da permeabilidade do tegumento.

3) Tratamento térmico: este tratamento é recomendado para sementes que

possuem o tegumento duro, e consiste em colocar as sementes em água aquecida a

90ºC, deixando-as por tempo de imersão específico para cada espécie.

4) Estratificação: tratamento recomendado para sementes que necessitam de

um período de umidade e frio em um local escuro antes de germinarem. A

estratificação consiste em dispor as sementes dentro de recipientes entre camadas

de solo, ou areia úmida, durante um período de tempo, que varia para cada espécie.

5) Tratamento químico: as sementes são imersas em solução de ácido diluída

(ácido sulfúrico ou ácido clorídrico) ou qualquer outra substância com potencial de

romper o tegumento da semente. Desta forma, o tipo de substância e o tempo de

imersão nesta é variável para cada espécie.

19

6) Lixiviação: tratamento indicado para sementes que possuem inibidores de

germinação endógenos e consiste em colocar as sementes em água corrente por

tempo variável, dependendo da espécie.

3.2.3 Semeadura

Conforme Oliveira et al. (2005), há dois tipos de semeadura, a semeadura

indireta, onde as sementes são colocadas em sementeiras previamente preparadas,

e a semeadura direta, que consiste na deposição das sementes em recipientes.

A semeadura indireta possibilita o aumento da diversidade de espécies

trabalhadas e a redução dos custos de mão-de-obra, ao passo que oferece

melhores condições de manejo do lote de mudas no viveiro.

Além disso, o processo de semeadura indireta visa acelerar o processo

germinativo de forma uniforme de espécies que apresentam problemas neste

processo, tais como (SCREMIN-DIAS et al., 2006):

Sementes com baixo poder germinativo quando semeadas em substrato

não arenoso;

Espécies que apresentam germinação irregular;

Sementes cuja quebra de dormência é desconhecida;

Espécies que possuem sementes grandes em relação ao diâmetro de

abertura do tubete;

Sementes que apresentam boa germinação após 20 dias de semeadura;

Sementes com poder germinativo desconhecido, em razão do tempo de

armazenamento;

Por outro lado, a semeadura direta, que visa à produção de mudas em

recipientes, proporciona a proteção do sistema radicular. As mudas produzidas em

recipientes têm maiores custos de produção com embalagens, enchimento destas,

necessidade de maior área, entre outros; entretanto, quando plantadas a campo, a

taxa de sobrevivência é muito maior. Desta forma, atualmente, a produção de mudas

em recipientes tende a ser cada vez maior, e possui inúmeras vantagens

(WENDLING et al., 2001):

Proteção das raízes contra danos mecânicos;

Possibilidade de produção de mudas de melhor qualidade;

Maior rapidez na formação de mudas de algumas espécies;

20

Aumento da taxa de sobrevivência após o plantio definitivo;

Possibilidade de se plantar as mudas durante todas as épocas do ano;

Facilidade no processamento de mudas de algumas espécies que não

toleram repicagem;

Não é necessária a preparação de canteiros e sementeiras;

Após a escolha do modo de semeadura, para a realização desta, deve-se

levar em consideração a necessidade de cada espécie, se as sementes devem ser

enterradas ou depositadas sobre a superfície do substrato. Além disso, no caso de

sementes que devem ser enterradas, a profundidade de semeadura não deve

ultrapassar duas vezes o diâmetro da semente (WENDLING et al., 2005).

3.2.4 Enxertia

A enxertia é uma forma de propagação assexuada de vegetais superiores, na

qual se colocam em contato duas porções de tecido vegetal, de tal forma que se

unam e, posteriormente, se desenvolvam, originando uma nova planta. O processo

de enxertia envolve duas plantas, o enxerto ou cavaleiro, representado por um

fragmento da planta, e será responsável pela formação da parte aérea da nova

planta, e o porta enxerto ou cavalo, que é a parte responsável pela formação do

sistema radicular (BUENO, 2012).

É um método muito difundido na produção de mudas de espécies frutíferas,

em razão da possibilidade de produção das melhores variedades, maior

produtividade de frutos de alta qualidade por muda, além da união com uma planta

resistente a pragas e doenças e um melhor sistema radicular. Já na produção de

mudas ornamentais, a enxertia é muito utilizada na produção de roseiras, hibiscus,

entre outras, de modo a unir a beleza destas plantas com a resistência e vigor do

porta-enxerto (WENDLING et al., 2005).

Há vários métodos para a realização de enxertia, que podem ser unidos em

três grandes categorias (RIBEIRO et al., 2005), conforme segue:

1) Enxertia por borbulhia: destaca-se uma gema vegetativa da planta que se

quer propagar e justapõe-se sobre o porta-enxerto, e deve ser realizada a uma

altura de 5 a 20 cm acima do nível do solo, dependendo da espécie.

2) Enxertia por garfagem: consiste na inserção de uma parte do ramo

destacado (enxerto, garfo ou ponteiro) do porta-enxerto, de modo a permitir o seu

21

desenvolvimento. Assim, o garfo difere-se da borbulhia por apresentar mais de uma

gema.

3) Enxertia por encostia: é o método mais antigo e menos empregado, em

razão de ser mais complicado e demorado do que os outros. Este processo consiste

em encostar os ramos das duas plantas, estes com ausência de casca no local de

contato, até que se obtenha a sua ligação definitiva.

22

4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Durante o estágio supervisionado na empresa ATEAGRO, foram realizadas

as atividades de troca de recipiente de mudas nativas, de modo que as mesmas

atinjam o padrão SMAM, poda de árvores de leucena (Leucaena leucocephala

(Lam.) de Wit), enxertia de roseiras e a realização de um experimento com a espécie

Schizolobium parahyba (Vell.) Blake (guapuruvu).

4.1 Troca de recipiente de mudas

Recipientes de mudas nativas, arbóreas e palmeiras, foram substituídos por

maiores, além da realização de um manejo das raízes e parte aérea das mudas, de

modo que as mesmas atinjam o padrão SMAM. De acordo com o Plano Diretor de

Arborização Urbana de Porto Alegre (PORTO ALEGRE, 2006), desenvolvido pela

Secretaria do Meio Ambiente – SMAM, há padrões mínimos estabelecidos para o

plantio de mudas em vias públicas, onde as palmeiras devem apresentar altura total

de 4,0 metros e diâmetro a 1,3 metros do solo de 0,15 m, e demais espécies

arbóreas com 2,20 metros de altura total e 0,02 m de diâmetro a 1,3 metros do solo.

Além disso, o Plano Diretor estabelece outras especificações, conforme

segue:

As mudas devem estar livres de doenças e pragas;

Possuir raízes bem formadas e com vitalidade;

Estar viçosa e resistente, sendo capaz de sobreviver a pleno sol;

Ser produzida em viveiro cadastrado na SEMA/DEFAP/RS e possuir

certificação;

Possuir fuste retilíneo, rijo e lenhoso, e não apresentar deformações e

tortuosidades;

Ter sido rustificada a pleno sol pelo período mínimo de seis meses

O sistema radicular deve estar embalado em sacos e/ou bombonas

plásticos ou latas, com um volume mínimo de 14 litros de substrato;

23

4.1.1 Preparação do substrato

Cada componente que constitui o substrato é beneficiado na Empresa

ATEAGRO com canteiros específicos para produção de húmus, pátio para a

compostagem do rúmen bovino obtido dos frigoríficos do município, e forno para a

carbonização da casca de arroz obtida das empresas beneficiadoras de arroz

(Figura 1).

Figura 1 – Canteiro para produção de húmus (A), pilha para compostagem de rúmen

bovino (B) e forno para carbonização da casca de arroz na chácara das flores (C)

Fonte: Autora (2013) e Márcio José Lord de Freitas, São Gabriel - RS.

O substrato utilizado para a transferência de recipiente das mudas constituiu-

se de 45% de solo, 30% de casca de arroz carbonizada, 5% de húmus de minhoca e

20% de composto de rúmen bovino, que foram homogeneizados em uma betoneira

(Figura 2).

A B

C

24

Figura 2 – Homogeneização dos componentes do substrato em betoneira

Fonte: Autora (2013), São Gabriel - RS.

4.1.2 Palmeiras

As mudas de Livistona chinensis (Jacq.) R. Br. Ex Mart. (palmeira-leque) e

Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman (jerivá) encontravam-se em sacos de

polietileno com o respectivo volume de 1 litro, e foram transferidas para embalagens

de 10 litros.

Assim, as novas embalagens foram preenchidas parcialmente e apiloadas

levemente, de modo a acomodar melhor o substrato. Ao retirar a muda de seu

respectivo recipiente, observava-se a presença ou ausência de raízes enoveladas

em seu torrão. Ocorrendo a presença das mesmas, logo eram podadas com o

auxílio de uma tesoura de poda. As folhas mortas presentes também eram podadas

neste momento com auxílio do mesmo instrumento previamente higienizado (Figura

3).

25

Figura 3 – Preenchimento do novo recipiente (A), retirada da muda do saco (B),

poda de raízes enoveladas (C) e folhas mortas (D)

Fonte: Autora, São Gabriel – RS, 2013.

Assim, o torrão da respectiva muda foi acomodado em seu novo recipiente,

de modo que ficasse posicionado acima da borda do saco, e coberto por substrato.

(Figura 4).

Figura 4 – Acomodação da muda em seu novo recipiente

Fonte: Mariele Alves Ferrer, São Gabriel, RS, 2013.

A B

C D

26

Após o processo de transferência das mudas, estas foram alocadas em uma

casa de sombra com irrigação sistematizada por aspersores (Figura 5).

Figura 5 – Alocação das palmeiras

Fonte: Mariele Alves Ferrer, São Gabriel, RS, 2013.

4.1.3 Mudas de árvores nativas

As mudas nativas de Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg. (jabuticabeira),

Cedrela fissilis (Vell.) (cedro), Ceiba speciosa (A. St.-Hill.) Ravenna (paineira),

Cupania vernalis (Cambess.) (camboatá), Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan

(angico-vermelho), Caesalpinia ferreae (Mart.), Tabebuia avellanedae Lor. Ex

Griseb. (ipê-roxo) estavam plantadas em sacos de polietileno de 1 litro e foram

transferidas para latas de óleo de soja reutilizadas, com volume de 18 litros. Devido

à escassez de latas, algumas mudas foram transplantadas para os mesmos sacos

de polietileno utilizados na troca de recipiente das palmeiras ou vasos plásticos com

volume de 13 litros.

No processo de transferência das mudas, os recipientes foram parcialmente

preenchidos por substrato e levemente apiloados, de modo à melhor acomodar o

substrato (Figura 6).

27

Figura 6 – Preenchimento parcial do recipiente (A) e apiloação do substrato (B)

Fonte: Mariele Alves Ferrer, São Gabriel, RS, 2013.

Ao retirar as mudas de seus respectivos sacos, observava-se a presença ou

ausência de raízes enoveladas em seu torrão, se as mesmas eram presentes, logo

eram retiradas com o auxílio de uma tesoura de poda (Figura 7).

Figura 7 – Retirada das raízes enoveladas

Fonte: Mariele Alves Ferrer, São Gabriel, RS, 2013.

Assim, as mudas foram acomodadas em seu novo recipiente, de modo que

ficassem acima da borda, onde foram cobertas por substrato. Após a troca de

recipiente, se houvesse necessidade, galhos laterais e folhas mortas foram retirados

com o auxílio de uma tesoura de poda. Estacas de bambu, com aproximadamente

2,0 metros de comprimento, foram introduzidas no substrato das latas, de modo a

realizarem a função de tutor de tais mudas. Após a introdução das estacas, estas

foram amarradas as mudas, em forma de oito deitado (Figura 8).

A B

28

Figura 8 – Introdução das estacas de bambu (A) e amarração dos tutores às mudas

(B)

Fonte: Mariele Alves Ferrer, São Gabriel, RS, 2013.

4.2 Enxertia de roseiras por borbulhia

A enxertia de roseiras é realizada para a produção de novas mudas, que

futuramente serão plantadas nos roseirais da chácara das flores, e servirão de fonte

de renda.

Para a realização da enxertia, os nós presentes no cavalo foram retirados, e

logo após, foi feita a abertura de uma janela em sua casca, para posterior encaixe

da gema do cavaleiro. É importante salientar que as mudas de porta-enxerto devem

estar em boa condição hídrica, de modo que sua casca se solte facilmente (Figura

9).

Figura 9 – Retirada dos nós (A) e abertura da janela no cavalo (B)

Fonte: Autora, São Gabriel – RS, 2013.

A B

A B

29

A escolha do enxerto também é muito importante, neste caso, utilizou-se uma

haste floral madura, de folhas sadias e gemas bem formadas (Figura 10).

Figura 10 – Haste floral escolhida para a realização da enxertia

Fonte: Autora, São Gabriel – RS, 2013.

Após a escolha da gema a ser retirada da haste floral, a mesma foi retirada,

com o auxílio de um canivete bem afiado e higienizado, com um tamanho

aproximadamente igual ao da janela aberta no porta-enxerto. Após sua retirada, tal

gema foi encaixada na janela do cavalo (Figura 11).

Figura 11 – Retirada (A) e encaixe da gema da haste floral na haste vegetativa (B)

Fonte: Autora, São Gabriel – RS, 2013.

Logo após, enrolou-se um fitilho ao redor do local de enxertia, de modo que

as partes unidas fiquem aderidas firmemente. Além disso, as folhas das mudas de

porta-enxerto não foram retiradas, com o intuito de que as mesmas realizem o

processo de fotossíntese e que o local enxertado cicatrize mais rápido (Figura 12).

A B

A B

30

As mudas foram transferidas para uma estufa com irrigação, onde

permaneceram pelo período de quinze dias.

Figura 12 – Colocação do fitilho no local de enxertia (A) e mudas enxertadas (B)

Fonte: Autora, São Gabriel – RS, 2013.

Quinze dias após a realização da enxertia, as mudas de porta-enxerto foram

observadas. Se o local de enxertia apresentava-se intumescido, caracterizava

sucesso no método realizado. Desta forma, o fitilho e os ramos do porta-enxerto

foram retirados (Figura 13).

Figura 13 – Retirada do fitilho (A) e dos ramos vegetativos do porta-enxerto (B)

Fonte: Mariele Alves Ferrer, São Gabriel, RS, 2013.

A retirada dos ramos vegetativos do porta-enxerto permite que o

desenvolvimento vegetal seja direcionado para o local enxertado, ocorrendo assim a

brotação da gema de roseira com valor comercial enxertada.

A B

A B

31

4.3 Poda de árvores de Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit (leucena)

As árvores da espécie Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit, vulgarmente

conhecida como leucena, encontravam-se nas entrelinhas dos cultivos de roseiras e

aspargos, constituindo um sistema de produção integrado (Figura 14).

Figura 14 – Cultivo integrado de leucena e aspargos

Fonte: Autora, São Gabriel – RS, 2013.

O plantio das mudas de leucena nestes locais justifica-se na fixação de

nitrogênio que a espécie apresenta. Portanto, a poda destas árvores realiza-se de

forma drástica, de modo a permitir que a insolação das culturas citadas seja a

máxima possível. Desta forma, as leucenas encontravam-se com muitos galhos

laterais, e a poda objetivou a permanência do ramo mais desenvolvido (Figura 15).

Figura 15 – Leucena antes da realização da poda

Fonte: Autora, São Gabriel – RS, 2013.

32

Desta forma, o corte dos galhos laterais das leucenas foi realizado com o

auxílio de um tesourão de poda, de modo que sua lâmina estivesse situada na parte

superior dos mesmos (Figura 16).

Figura 16 – Corte dos galhos das leucenas com o tesourão de poda

Fonte: Autora, São Gabriel – RS, 2013.

Após a realização da poda, os respectivos resíduos das árvores foram

depositados ao solo, com o intuito de abafar a matocompetição e disponibilizar

nutrientes ao solo (Figura 17).

Figura 17 – Leucenas podadas (A) e deposição dos resíduos ao solo (B)

Fonte: Autora, São Gabriel – RS, 2013.

A B

33

4.4 Condução do experimento

O objetivo do experimento realizado foi avaliar a germinação de sementes e

desenvolvimento da espécie Schizolobium parahyba (Vell.) Blake (guapuruvu) em

relação a diferentes quebras de dormência e formulações de substrato orgânico.

Conforme Vieira e Fernandes (1997), a quebra de dormência de sementes de

guapuruvu pode ser realizada com a imersão das sementes em água a uma

temperatura de 90°C durante um minuto, ou escarificação mecânica. Deste modo,

as técnicas de quebra de dormência das sementes de guapuruvu utilizadas no

experimento foram às citadas anteriormente, além da imersão das sementes em

água à temperatura ambiente pelo período de 24 horas.

Além disso, para cada tratamento de quebra de dormência, quatro

formulações de substratos orgânicos foram utilizadas, para avaliação do

desenvolvimento das futuras mudas (Tabela 1).

Tabela 1 – Composição da formulações de substratos utilizados no experimento

Tratamento

Casca de arroz carbonizada (%)

Húmus de minhoca (%)

Solo (%)

Composto de rúmen bovino (%)

1 30 10 60 -

2 33,3 33,3 33,3 -

3 33,3 - 33,3 33,3

4 30 25 20 25

Assim, uma bandeja com 54 tubetes, com o respectivo volume de 175 cm³,

representava um tratamento de substrato orgânico, e, uma mesa com 04 bandejas,

e 216 tubetes, representava um tratamento de quebra de dormência das sementes

de guapuruvu.

4.4.1 Preparação do substrato

Os componentes das formulações de substrato citadas foram primeiramente

peneirados em uma peneira rotativa, onde somente o componente peneirado na

malha fina foi utilizado. Desta forma, os componentes para cada formulação de

substrato foram homogeneizados em uma betoneira (Figura 18).

34

Figura 18 – Peneira rotativa (A) e betoneira utilizadas para a preparação do

substrato (B)

Fonte: Mariele Alves Ferrer, São Gabriel, RS, 2013.

4.4.2 Quebra de dormência

A quebra de dormência das sementes de guapuruvu por escarificação

mecânica foi realizada em uma lixadeira para madeira, localizada na marcenaria da

propriedade. Assim, encostava-se a semente na lixa, que se movimentava

rapidamente, de modo a retirar somente o tegumento da semente (Figura 19).

Figura 19 – Processo de lixamento da semente (A) e semente lixada (B)

Fonte: Autora, São Gabriel – RS, 2013.

Para a quebra de dormência por imersão em água quente, a água foi

aquecida em chaleira até atingir uma temperatura de 90°C, e para monitoramento da

A B

A B

35

sua temperatura, utilizou-se um termômetro com amplitude térmica - /+ 150°C. A

água quente foi despejada nas sementes que estavam em uma vasilha, e estas

permaneceram de molho por um minuto. Após o período de molho, as sementes

foram resfriadas com água a temperatura ambiente e transferidas para um pano, de

modo a absorver o excesso de umidade (Figura 20).

Figura 20 – Monitoramento da temperatura (A), resfriamento das sementes em água

a temperatura ambiente (B) e secagem das sementes (C) no processo de quebra de

dormência por imersão em água quente

Fonte: Autora, São Gabriel – RS, 2013.

Além disso, para a quebra de dormência à temperatura ambiente, as

sementes foram colocadas de molho em água à temperatura ambiente, durante 24

horas. Após o período de molho, as sementes foram escorridas, e postas em um

pano de modo a absorver o excesso de umidade (Figura 21).

A B

C

36

Figura 21 – Imersão das sementes em água à temperatura ambiente e secagem das

sementes (B) no processo de quebra de dormência por imersão em água à

temperatura ambiente

Fonte: Autora, São Gabriel – RS, 2013.

4.4.3 Plantio

Para o plantio das sementes de guapuruvu, os tubetes foram preenchidos

com substrato, que logo após foram apiloados, de modo a acomodar melhor o

substrato. Após a acomodação do substrato, foi realizado o plantio das sementes,

onde a parte do embrião foi posicionada para cima. Por último, foi adicionado

substrato aos tubetes, de modo a cobrir as sementes que estavam expostas (Figura

22).

Figura 22 – Preenchimento dos tubetes (A), apiloamento do substrato (B),

semeadura das sementes (C) e finalização da semeadura (D)

A B

A B

37

Fonte: Mariele Alves Ferrer, São Gabriel, RS, 2013.

Logo após o plantio, as mesas foram alocadas em uma estufa com irrigação

sistematizada por aspersores, onde foram irrigadas uma vez por dia, de modo que o

substrato permanecesse sempre úmido (Figura 23).

Figura 23 – Estufa utilizada para alocação das mesas e irrigação dos tubetes

Fonte: Autora, São Gabriel – RS, 2013.

4.4.4 Observações realizadas

Cinco dias após o plantio, as sementes correspondentes ao tratamento de

quebra de dormência por escarificação mecânica iniciaram seu processo de

germinação (Figura 24).

C D

38

Figura 24 – Germinação das sementes tratadas por escarificação mecânica

Fonte: Autora, São Gabriel – RS, 2013.

No tratamento de quebra de dormência por imersão em água a temperatura

ambiente, as sementes iniciaram seu processo germinativo 17 dias após o plantio

(Figura 25). Até o último dia de realização do estágio, as sementes correspondentes

ao tratamento de quebra de dormência por imersão em água quente não haviam

iniciado seu processo germinativo.

Figura 25 – Processo germinativo das sementes tratadas por imersão em água à

temperatura ambiente

Fonte: Autora, São Gabriel – RS, 2013.

39

5 CONCLUSÃO

Ao longo da realização do estágio supervisionado na empresa ATEAGRO, foi

possível aprender métodos básicos e fundamentais para a produção de plantas,

tanto ornamentais, quanto nativas, além da importância do cuidado e da

manutenção destas.

Em relação ao manejo de uma produção integrada, observou-se a

necessidade de união de espécies que sejam benéficas, tanto para a qualidade do

solo, bem como para as plantas de interesse comercial, como a espécie Leucaena

leucocephala (Lam.) de Wit (leucena).

Na produção de substratos orgânicos foi possível constatar a escassez de

manuais relacionados, de modo que a maioria do material encontrado para produção

de substratos recomendava a utilização de materiais sintéticos. Desta forma, torna-

se importante o desenvolvimento de estudos relacionados à produção de mudas

nativas com substratos orgânicos, e posterior publicação destes.

Sendo assim, pela criação da Universidade Federal do Pampa ser recente, e

pelo fato da autora ter ingressado na terceira turma de Engenharia Florestal, o

número de aulas práticas realizadas foi muito escassa, o que torna o

desenvolvimento das atividades citadas neste relatório de grande valia, ao passo

que estas nunca haviam sido realizadas pela autora.

40

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