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INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

A MÚSICA NO DIA-A-DIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL

JANETE APARECIDA SILVA VIEIRA COSTA

São Tiago/MG2016

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INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINOCURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

A MÚSICA NO DIA-A-DIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL

JANETE APARECIDA SILVA VIEIRA COSTA

Artigo científico apresentado à FAVENI como

requisito parcial para obtenção do título de

Especialista em Educação Musical.

São Tiago/MG2016

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A MÚSICA NO DIA-A-DIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL

1Janete Aparecida Silva Vieira Costa

RESUMO

Em cada ser humano, a música com maior ou menor intensidade, é capaz de

despertar sentimentos e emoções únicas. Assim, a música não se configura

somente como uma associação de palavras, ritmos e sons, ela se perfaz em

um instrumento poderoso, capaz de despertar nos indivíduos prazeres,

emoções e satisfações pessoais. No tocante às instituições de ensino, a

música age como um mecanismo, um recurso pedagógico facilitador no

processo de aprendizagem, especialmente em relação com as crianças.

Percebendo-se então o quão importante é a musicalização na educação

infantil, é que o presente trabalho tem por objetivo apresentar a grande

importância que a música tem no processo de ensino aprendizagem, e o

quanto a sua aplicação e benefícios se fazem importantes no desenvolvimento

do indivíduo. Para tanto, a partir deste estudo foi possível observar que a

musicalização é um recurso de suma importância para aprendizado infantil,

podendo ainda ser utilizado pelos professores como um recurso pedagógico

eficiente e eficaz, facilitando a aprendizagem, o que sugere o quão importante

e indispensável é a utilização deste recurso para a aprendizagem na educação

infantil, foi possível ainda verificar a grande utilização de materiais pedagógicos

de som e imagem e que os a maioria dos alunos demonstram grande interesse

quando se trabalha com música.

PALAVRAS-CHAVE: Aprendizagem; Crianças; Desenvolvimento; Ensino-

aprendizagem; Musicalização.

1 Professora na rede estadual. Graduada em Normal Superior (UNIPAC), História (FINOM). Pós-graduanda em Educação Musical pelo Instituto Educacional ALFA/FAVENI. E-mail: [email protected].

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1 INTRODUÇÃO

A música e a musicalização são elementos que contribuem para o

desenvolvimento da inteligência, além de integrar o ser humano na sociedade.

A música pode contribuir na aprendizagem.

A música é um processo de suma importância para que a criança

construa o seu conhecimento, tendo como objetivo desenvolver e despertar o

gosto musical. Ela favorece o desenvolvimento criativo e sensível, estimulando

a memória, a imaginação, atenção, concentração. Auxilia também na

autodisciplina, no respeito com o outro, na afetividade, além de contribuir para

uma consciência corporal e de movimento. Ela permite que as crianças

conheçam melhor a si mesmas, permitindo a elas socializar-se e desenvolver

seu corpo.

A música pode contribuir no desenvolvimento cognitivo, linguístico,

sócio-afetivo e psicomotor da criança. Dessa maneira, além de aceitar os

limites estabelecidos, a música pode despertar através de estímulos o

desenvolvimento intelectual da criança, estabelecendo dessa maneira relações

com o ambiente em que vive.

Através do desenvolvimento sócio-afetivo a música estimula a auto-

estima e a auto-realização, fatores que desempenham papéis muito

importantes na infância. Ao desenvolver a auto-estima a criança aprende a

aceitar-se, levando em conta suas limitações.

O ritmo musical propicia várias oportunidades para que a criança

controle seus músculos movendo-se com desenvoltura e aperfeiçoando suas

habilidades motoras, que ajudam no desenvolvimento do sistema nervoso.

Algumas atividades permitem que a criança desenvolva o senso rítmico, como

por exemplo: dançar, cantar fazendo gestos, bater palmas e pés. Com isso,

pode ocorre o processo de leitura e escrita.

Dessa forma, a música tem como objetivo facilitar o processo de

aprendizagem e tornar o ambiente escolar mais agradável e receptivo, além de

ampliar o conhecimento do ser. Para tanto, a escola deve propiciar diferentes

estilos de música usando tais procedimentos para desenvolver no aluno um ser

crítico e autônomo.

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Diante dessas colocações, a pesquisa em questão se justifica pela

necessidade de levantar uma sustentação teórica consistente sobre as

possíveis vantagens de se trabalhar com a música na educação infantil e os

possíveis benefícios trazidos pelo trabalho com música em sala de aula no

ensino básico.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Musicalizar

Desde as primeiras civilizações, a música é uma linguagem universal,

tendo participação na história humana. Diversas definições para a música

existem atualmente, Bréscia (2003, p. 25) conceitua a música como

“combinação harmonizada e expressiva de sons e como arte de se expressar

através de sons, seguindo regras variáveis conforme a época, a civilização,

etc.” Segundo Oliveira (2002),

O musicalizar significa desenvolver nas crianças suas sensibilidades, expressão, ritmo, seu senso musical, no mundo sonoro musical. O objetivo do processo de musicalização é fazer com que a criança torne-se um sensível ouvinte de música, com o universo sonoro amplo. O principal fim da musicalização que devemos ter em mente, é desenvolver na criança a musicalidade que há nela, pois a música está presente na cultura humana e por isso todos devem ter acesso a ela por direito. Não se pode considerar a musicalização como uma “educação pela música” que utiliza a música para aperfeiçoar e desenvolver outras áreas do conhecimento. (OLIVEIRA, 2002, p. 99)

Esse processo acredita-se que deva ser realizado no meio escolar,

“sendo a escola a instituição responsável pela formação cultural da criança,

cabe a ela também proporcionar esse conhecimento" (SILVA, 1992, p. 88)

Para Bréscia (2003) a musicalização tem como objetivo despertar e

desenvolver o gosto pela música, pois é um processo de construção do

conhecimento, assim favorecendo o desenvolvimento criativo, sensível, senso

rítmico, memória, imaginação, concentração, a autodisciplina, o prazer de ouvir

música respeito ao outro, social e afetivo, contribuindo também para

consciência afetiva, corporal e movimento.

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As atividades realizadas através da música irão permitir que a criança se

conheça melhor e desenvolva uma noção de esquema corporal permitindo

também a sua socialização com as pessoas.

O papel da escola, então é proporcionar condições e incentivar as aulas

de música para que elas aconteçam desde um espaço favorável até a compra

de instrumentos para realizar as aulas ou também a confeccionar alguns

instrumentos. Segundo Oliveira (2001),

Não se pode esquecer de que as crianças ao brincarem, usam sons espontâneos, criam músicas e se por acaso não for incentivadas com o tempo podem desaparecer. Se a escola não incentivar essa prática, as crianças poderão ir para o ensino fundamental, elas passam a sentir vergonha de se expressar através de sons. Se o silêncio for priorizado a criança irá deixar de se expressar através dos sons. Não se pode dizer que o ensino da música nas escolas irá transformá-las em músicos, apenas devemos usar e criar sons para incentivá-las. (OLIVEIRA, 2001, p. 100)

Silva (1992, p. 93) "recomenda [...] que a música seja apresentada por

meio de histórias, dramatizações, jogos e brincadeiras que motivem a

participação”. Os bebês com menos de dois anos são capazes de distinguir o

som e o silêncio.

Mársico (1982, p. 26) comentou que nos dias atuais, se torna cada vez

mais reduzidas as possibilidades do desenvolvimento auditivo, ao predominar

os estímulos visuais sobre os auditivos e o excesso de ruídos que convivemos

no cotidiano são as principais causas dessa redução. Por essa razão, é

fundamental que as atividades musicais explorem o universo sonoro, fazendo

com que as crianças tenham atenção, comparem, analisem os sons

identificando as fontes diferentes.

A música pode ser usada na chegada dos alunos oferecendo a eles

tranqUilidade, reduzindo também a tensão nas atividades avaliativas e ser

também utilizada nas diversas disciplinas como um recurso no aprendizado.

Ao utilizar a dança ou a expressão corporal, ao ligar a música ao

movimento, pode contribuir para que a criança em uma situação difícil, possam

se adaptar e se interagir. Segundo Bréscia (2003, p. 81) “[...] o aprendizado de

música, além de favorecer o desenvolvimento afetivo da criança, amplia a

atividade cerebral, melhora o desempenho dos alunos na escola e contribui

para interagir socialmente o indivíduo”.

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2.2 A música e a aprendizagem da criança

A música se faz presente em todas as manifestações sociais e pessoais

do ser humano. Muito antes da descoberta do fogo, o homem já se comunicava

através de gestos e sons. A linguagem musical antecede a fala, pois não

raramente os pais embalam seus filhos pequenos ao som de cantigas de ninar.

Segundo Bonomi (2001),

Ainda intra-útero o feto [...] possui uma série de talentos e capacidades, que vão se desenvolvendo gradativamente durante sua jornada intra-útero; são capazes de ouvir, sendo que o principal barulho ouvido por ele é o batimento do coração materno, o que lhe dá tranqüilidade e segurança. As batidas do coração da mãe, os movimentos peristálticos do estômago e intestinos, são os primeiros sons ouvidos pelo novo ser. (BONOMI, 2001, p. 25)

De acordo com Pereira (1996, p. 121), a percepção desses primeiros

sons inicia-se por volta da vigésima semana de vida intra-útero, no qual o

sistema auditivo gradativamente amadurece, levando a escutar a voz de sua

mãe e demais vozes externas, como também músicas ambientes, estando a

mãe próxima da fonte sonora. Os bebês e as crianças interagem

permanentemente com o ambiente sonoro que os envolve, já que ouvir, cantar

e dançar são atividades presentes na vida de quase todos os seres humanos,

ainda que de diferentes maneiras.

Nesse contexto sonoro, a criança se vê inserida em um mundo de sons,

barulhos, com buzinas, sirenes e outros. As cantigas de ninar, as canções de

roda, e todo tipo de jogo musical têm grande importância, pois é por meio das

interações que se estabelecem que os bebês desenvolvem um repertório que

lhes permitirá comunicar-se pelos sons, os momentos de troca e comunicação

sonoro-musicais favorecem o desenvolvimento afetivo e cognitivo, bem como a

criação de vínculos fortes tanto com os adultos quanto com a música.

Segundo Koellreutter apud Kater (1997, p. 72), “a música é um meio de

comunicação, que serve-se de uma linguagem... para a tomada de consciência

do novo, ou do desconhecido”. Desta forma entende-se que a linguagem

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musical é um poderoso meio para transmitir valores, expressar juízos, reforçar

estereótipos ou preconceitos. Quanto mais cedo as crianças iniciam a

aprendizagem musical, mais cedo sua linguagem, coordenação motora,

compreensão, interação e aceitação de limites são estabelecidas.

A musicalização, além de transformar as crianças em indivíduos que

usam e apreciam os sons musicais, fazem e criam música, e finalmente se

expandem por meio dela, ainda auxiliam no desenvolvimento e

aperfeiçoamento da socialização, alfabetização, inteligência, capacidade

inventiva, expressividade, socialização, percepção sonora e espacial, raciocínio

lógico e matemático, entre outros. Para alguns autores, existem pelo menos

cinco valores sobre os quais a prática de educação musical tem sido

fundamentada ao longo dos anos, são os valores social, estético, multicultural,

psicológico e tradicional.

Considerando que a maioria dos professores de educação infantil não

têm formação específica em música, o Referencial Nacional para a Educação

Infantil, sugere que cada profissional se envolva reflexivamente no sentido de

entender e respeitar como as crianças se expressam musicalmente em cada

fase, para a partir daí, fornecer os meios necessários ao desenvolvimento de

sua capacidade expressiva. Sendo importante ressaltar que toda criança está

imersa em um contexto cultural que é formado não só pela sua família, mas

também por todo um grupo social, e com isso a música irá influenciar o

desenvolvimento de uma criança de diferente forma respeitando o processo

único e singular de cada uma.

De acordo com Santos (1997), um trabalho pedagógico-musical deve se

realizar em contextos educativos que entendam a música como processo

contínuo de construção, que envolve perceber, sentir, experimentar, imitar,

criar e refletir.

Nesse sentido, Loureiro (2003) afirmou que uma consistente reflexão

sobre a prática pedagógica, pode ajudar a perceber o valor da educação

musical no contexto escolar, pois, para que o ensino da música venha a ser um

veículo de conhecimento e contribua para uma visão intercultural e, alternativa

frente à homogeneização da atual cultura global e tecnológica, é necessário

partir de uma idéia clara, concreta, que viabilize ações conectadas à vida real.

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Pode-se dizer que a educação musical ultrapassa os limites dos muros da

escola, para se inserir no próprio contexto cultural onde está.

Para Júnior (1981, p. 22), "educar é o processo pelo qual se auxilia o

homem a desenvolver sentidos e significados que orientem a sua ação no

mundo".

2.3 Tipos, métodos e técnicas para trabalhar a música na educação infantil

O trabalho com a música deve ser desenvolvido nas escolas, dentro do

planejamento, envolvendo os conteúdos de acordo com o nível de escolaridade

do aluno. O professor através da criatividade pode fazer com que as aulas

sejam mais ricas e interessantes, com o intuito de fazer com que os alunos

consigam captar com mais facilidade os objetivos a serem atingidos. Criando

um ambiente musical na escola, é possível notar que o interesse das crianças

aumenta e a participação flui de maneira mais livre e solta, a sensibilidade e

atenção dos alunos crescem, e desenvolve sua capacidade de concentração,

raciocínio, memória. Para Lima (2010) os benefícios da utilização da música na

educação se estendem por todas as áreas de aprendizagem.

Pode-se realizar inúmeras atividades com a presença da música no

cotidiano escolar. Verificou-se em Brasil (1998) que para a criança, a vivência

musical pode proporcionar a integração de experiências que passam pela

prática e pela percepção, como por exemplo: aprender, ouvir e cantar uma

canção, realizar jogos de mão ou brincar de roda.

Pode-se inferir que os conteúdos musicais devem ser desenvolvidos nas

aulas de música para crianças, mas outras habilidades como a socialização, a

afetividade, a criatividade, a imaginação, a comunicação entre outros, também

estarão sendo trabalhadas simultaneamente.

2.4 As possíveis vantagens de trabalhar com música na educação infantil

Nesta etapa da educação infantil, a música é um componente muito

importante no sistema educativo. A criança começa a se expressar de outra

maneira e é capaz de integrar-se ativamente na sociedade, porque a música

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ajuda a ganhar independência nas suas atividades habituais para que possa

assumir o cuidado de si mesma e do meio, além de ampliar o seu mundo de

relações.

A música tem o dom de unir as pessoas. A criança que vive em contato

coma música aprende a conviver melhor com outras crianças, estabelecendo

uma comunicação mais harmoniosa. Na fase pré-escolar a música a encanta,

dá-lhe segurança emocional, confiança, porque se sente compreendida ao

compartilhar canções, e inserida num clima de ajuda, colaboração e respeito

mútuo. No dia-a-dia da vida infantil a experimentação, o estímulo, motiva o

desenvolvimento dos sentidos da criança vendo, ouvindo e tocando. Chiarelli

(2005) afirma que a criança,

Ao trabalhar com sons ela desenvolve sua acuidade auditiva, ao acompanhar gestos ou dançar ela está trabalhando a coordenação motora, fatores importantes também para o processo de aquisição da leitura e da escrita. (CHIARELLI, 2005, p.03).

Na etapa de alfabetização, a música é a melhor maneira de estimular as

crianças. Um ponto para que as crianças possam melhor a maneira de falar é

nas canções infantis, que as sílabas são rimadas e repetitivas, e

acompanhadas de gestos que se fazem ao cantar, dessa forma a criança

melhora sua fala e entende melhor o significado de cada palavra. E assim se

alfabetizará de uma forma mais rápida.

Este processo de inicialização das crianças na escola pode ser uma

etapa árdua para os pais e para os professores, pois é nesse momento que

muitas crianças se opõem a ir para a escola, e é aí que o professor pode usar a

música como instrumento para tornar a escola um lugar mais alegre e

receptivo, e também ampliar o conhecimento da criança, pois a música é um

bem cultural e seu conhecimento não deve ser privilégio de poucos. Sendo

assim, pode-se perceber o quanto à música é fundamental na inicialização do

sistema educativo. Para que as crianças se desenvolvam de maneira

espontânea, o que ajuda na parte afetiva.

Conviver com a música no seu dia-a-dia, pode fazer com que as

crianças mudem e interfiram em qualquer tipo de ambiente. Em momentos de

tensão dos alunos, como por exemplo, dias de avaliação ou ao voltarem de

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alguma atividade física em que o agitamento se torna presente, a música pode

ajudar a transformar o ambiente e os sentimentos, deixando a área mais

tranquila e alegre.

Sendo assim, a escola deve respeitar as habilidades de cada um e também proporcionar o contato com atividades que trabalhem a outras inteligências, mesmo porque todas as atividades que realizamos utilizam mais do que uma inteligência. (GARDNER, 1995, p.47).

Enfim, a música traz ao indivíduo inúmeras positividades para a sua

vida. A criança precisa ser sensibilizada para o mundo dos sons, pois, é pelo

órgão da audição que ela possui o contato com os fenômenos sonoros e com o

som. Quanto maior for a sensibilidade da criança para o som, mais ela

descobrirá suas qualidades. Por isso é muito importante exercitá-la desde

pequenos, para que ela desenvolva sua memória e atenção.

Faria (2001) define muito bem a questão da música quando diz que “a

música é um importante fator na aprendizagem, pois a criança desde pequena

já ouve música, a qual muitas vezes é cantada pela mãe ao dormir, conhecida

como cantiga de ninar”. Na aprendizagem a música é muito importante, pois o

aluno convive com ela desde muito pequeno.

No decorrer dos anos o professor pode ampliar o uso da música em

diversas matérias, cada um pode introduzi-la no seu conteúdo da maneira

como achar melhor. Isto vai favorecer aos alunos uma aprendizagem do

conteúdo de uma maneira mais gostosa e receptiva.

O professor pode selecionar músicas que estão ligadas ao conteúdo

sobre o qual será trabalhado, em sua área, isso vai tornar a aula dinâmica,

atrativa, além de ajudar a recordar informações. Aproveitando o auto poder de

concentração que a música traz aos alunos, o professor de matemática pode

trabalhar música na matemática, pois a música é a pura matemática, uma está

interligada na outra. Além de trabalhar outros idiomas, pois ela potencializa a

memória.

Snyders (1994) comenta que a função mais evidente da escola é

prepara os jovens para o futuro, para a vida adulta e suas responsabilidades.

Mas ela pode parecer aos alunos como um remédio amargo que eles precisam

engolir para assegurar, num futuro bastante indeterminado uma felicidade

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bastante incerta. A música pode contribuir para tornar este ambiente mais

alegre e favorável à aprendizagem, afinal, segundo Snyders (1994),

Propiciar uma alegria que seja vivida no presente é a dimensão essencial da pedagogia, e é preciso que os esforços dos alunos sejam estimulados, compensados por uma alegria que possa ser vivida no momento presente. (SNYDERS, 1994, p.14)

A escola é a maior responsável pela educação cultural dos alunos,

sendo assim as atividades musicais na escola não têm como objetivo a

formação de músicos, mas sim através da vivência, ampliar conhecimento,

cultura, abertura de canais sensoriais e o crescimento como formação integral

do ser.

Ligar a música e o movimento, utilizando a dança ou a expressão

corporal, pode contribuir para que algumas crianças, em situação difícil na

escola, possam se adaptar melhor a este novo tipo de didática. Por isso é tão

importante a escola se tornar um ambiente alegra, favorável ao

desenvolvimento.

As atividades de musicalização também favorecem a inclusão de

crianças portadoras de necessidades especiais. Pelo seu caráter lúdico e de

livre expressão, não apresentam pressões nem cobranças de resultado, é uma

forma de permitir que estas crianças juntamente com as outras extravasem,

vivam e sintam-se livres, alegres e felizes.

É importante que os professores sintam-se sujeitos mediadores da

cultura dentro do processo educativo, e que eles levem em conta que o

aprendizado de artes é importante no desenvolvimento cultural das crianças.

Pois apenas desta maneira eles vão começar a utilizar os meios que têm em

suas mãos para transmitir este conhecimento. A música é um instrumento

facilitador do processo de ensino aprendizagem, portanto deve ser possibilitado

e incentivado seu uso em sala de aula. Há várias vantagens de se ensinar

através do meio musical, vantagens estas para o aluno, e consequentemente,

para o professor.

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CONCLUSÃO

Na história da humanidade a música sempre esteve presente, desde os

tempos mais remotos, onde sempre fora utilizada pelas antigas civilizações,

sendo considerada fundamental para a formação dos cidadãos. Assim, a

música sempre foi percebida como uma arte.

A música sempre teve o condão de fazer com que as pessoas, sejam de

qualquer parte do mundo, se encantem com a criação de instrumentos que

através do som são capazes de compor uma melodia, seja tocando estes

instrumentos, utilizando a música como um meio de expressar e retratar idéias,

sentimentos e condutas sociais.

Porém, para a criança, a música tem um valor representativo muito

maior do que uma simples forma de expressão e/ou integração. Ela se constitui

em um elemento chave que possibilita à criança desenvolver suas habilidades,

conceitos e hipóteses, contribuindo de forma direta para com sua formação

integral. E é justamente por este motivo, que as escolas de educação infantil

têm ou precisam ter em seus conteúdos curriculares a presença garantida da

música.

Com isso, percebe-se que a música tem o condão de permitir uma

interação entre o professor e a criança, além de trazer inúmeros benefícios

para a aprendizagem, ela é capaz de transformar as vivências a fim de se

estimular ainda mais o desenvolvimento da criança. Isso se dá pelo fato de que

a música possui uma relação intrínseca com o ato de brincar.

Mesmo sendo a música um importante meio de interação e crescimento

no dia-a-dia da educação infantil, a presença da música nos currículos dos

cursos que formam professores ainda não é suficiente para fomentar a prática

da musicalização no contexto escolar. É preciso que a música seja tratada de

forma tão importante quanto às demais áreas do conhecimento.

Como principais pontos desta pesquisa, pode se destacar que: a

utilização da música no dia-a-dia em sala de aula é um recurso pedagógico que

é utilizado por todos os professores entrevistados, o que sugere o quão

importante e indispensável é a utilização deste recurso para a aprendizagem

na educação infantil; existe uma grande utilização de materiais pedagógicos de

som e imagem; a maioria dos alunos demonstra grande interesse quando se

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trabalha com música; a música é um excelente recurso pedagógico, uma vez

que através de sua utilização, os alunos se comunicam melhor, afloram suas

emoções e sentimentos, além de fazer com que suas aprendizagens sejam

facilitadas, onde eles compreendem melhor as regras e os comportamentos

sociais.

O papel da música no dia-a-dia da educação infantil apresenta-se como

elemento fundamental na formação integral da criança, objetivo fundamental da

educação da primeira infância.

Assim, o presente trabalho buscou entender qual o papel que a música

ocupa na Educação Infantil e, ao mesmo tempo pode ser entendido como um

germinar para que os outros estudiosos possam dar continuidade a um tema

tão significativo, e, ao mesmo tempo, pode, e, ao mesmo tempo, pode ser

entendido como um germinar para que os outros estudiosos possam dar

continuidade a um tema tão significativo para a educação infantil.

REFERÊNCIAS

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SNYDERS, Georges. A escola pode ensinar as alegrias da música? 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1994.