12

Click here to load reader

unipdireito2015.files.wordpress.com  · Web view- Título II - Direitos e Garantias Fundamentais - Título III - Organização do Estado ... ( Teoria ficcionista: com Savigny e Kelsen,

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: unipdireito2015.files.wordpress.com  · Web view- Título II - Direitos e Garantias Fundamentais - Título III - Organização do Estado ... ( Teoria ficcionista: com Savigny e Kelsen,

TRABALHO DE CIÊNCIA POLÍTICA

SISTEMA ELEITORALE PERSONALIDADE

JURÍDICA NO ESTADO

Ellen Amaro Rocha C71IJC-5

Page 2: unipdireito2015.files.wordpress.com  · Web view- Título II - Direitos e Garantias Fundamentais - Título III - Organização do Estado ... ( Teoria ficcionista: com Savigny e Kelsen,

1. Apresentação

“O ensino, como a justiça, como a administração, prospera e vive muito mais realmente da verdade e moralidade, com que se pratica, do que das grandes inovações e belas reformas que se lhe consagrem.”Ruy Barbosa.

2. Introdução

Independente e próprio como autonomia cientificam e didática, O Direito Eleitoral tem, mais do que as outras disciplinas, o Direito Constitucional como sede principal de seus institutos e fonte imediata e natural de seus principais preceitos. Ainda como fontes diretas do Direito Eleitoral aparecem a lei, exclusivamente federal (CF, art. 22. I) e a resolução do Tribunal Superior Eleitoral (CE, art. 1º., parágrafo único e art. 23, IX) que tem força lei ordinária. Embora não seja fácil conceituar qualquer disciplina jurídica pode-se dizer que o Direito Eleitoral é o ramo do Direito Publico que trata dos institutos relacionados com os direitos políticos e das eleições em todas as suas fases, como forma de escolha dos titulares dos mandatos eletivos e das instituições do Estado. Embora refletindo as peculiaridades e circunstanciam ditadas pelos respectivos momentos históricos as Constituições Brasileiras até aqui, sempre dispuseram sobre a matéria eleitoral típica, ficando mais fértil dos preceitos que regem esta disciplina.

3. Sistema Eleitoral

- Constituições: Constituição Imperial de 1824A Constituição do Império do Brasil (oficialmente denominada Constituição Política do Império do Brasil) de 1824 foi à primeira constituição brasileira. A carta constitucional foi encomendada pelo imperador Dom Pedro I (até então príncipe real do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves), proclamador da independência do Brasil(1822) do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e fundador do Império brasileiro. Tendo sido outorgada. Manda observar a Constituição Política do Império, oferecida e jurada por Sua Majestade o Imperador. Dom Pedro Primeiro, por graça de Deus, e unânime aclamação do povo, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil: Fazemos saber a todos os nossos súditos que, tendo-nos requerido os povos deste Império, juntos em câmaras, que nós quanto antes jurássemos e fizéssemos jurar o projeto de Constituição, que havíamos oferecido às suas observações para serem depois presentes à nova Assembleia Constituinte, mostrando o grande desejo que tinham de que ele se observasse já como Constituição do Império, por lhes merecer a mais plena aprovação, e dele esperarem a sua individual e geral felicidade política: Nós juramos o sobredito projeto para o observarmos e fazermos observar, como Constituição, que de ora em diante fica sendo deste Império, a qual é do teor seguinte: Em nome da Santíssima Trindade.

Constituição Republicana 1891A Constituição de 1891 foi a primeira da História do Brasil após a Proclamação da República. Sua elaboração começou em novembro de 1890, com a instalação da Constituinte na cidade do Rio de Janeiro. Ela foi promulgada em 24 de fevereiro de 1891. A primeira constituição republicana teve como função principal estabelecer no país os princípios do regime republicano, seguindo o sistema de governo presidencialista. Com algumas características liberais, apresentou grandes avanços se comparada com a Constituição do Brasil Império de 1824.

Constituição Republicana 1934O Brasil passou, durante quatro anos, por um governo provisório quando terminou a Revolução de 30. A constituição de 1891 e a República Velha foram extintas, e tenentes buscavam construir uma nova república. Júlio Prestes, presidente eleito em 1930, foi impedido de tomar posse, tornando em 3 de novembro de 1930 Getúlio Vargas o Presidente do Brasil. Getúlio Vargas instituiu a nomeação de interventores de confiança nos estados do Brasil, principalmente naqueles onde havia forte oposição ao seu governo. Diante dessas medidas e da insatisfação da população, em 1932 as tropas de São Paulo lutaram contra as forças do Exército Brasileiro durante a Revolução Constitucionalista de 1932. O estado exigiu, diante da preocupação com a questão do regime político, as eleições para a Assembleia Constituinte. Em maio de 1933 Getúlio Vargas elegeu a assembleia, e foi ela que aprovou a nova constituição, que vinha para substituir a estipulada no ano de 1891. De 1930 a 1934, Vargas tomou medidas emergenciais para combater a crise internacional, desde comprar e queimar sacas de café até organizar os sindicatos tornando-os subordinados ao governo. Essa prática é conhecida como populismo. No ano de1933, Getúlio Vargas instituiu, como uma forma de acelerar o processo de redemocratização, um Código Eleitoral que introduzia o voto feminino, voto secreto e justiça eleitoral e, além disso, os deputados classistas, ou seja, eleitos pelos sindicatos.

Constituição Republicana 1937Quarta constituição da história brasileira, outorgada pelo presidente Getúlio Vargas em 10 de novembro de 1937, no mesmo dia em que, por meio de um golpe de Estado, era implantada no país a ditadura do Estado Novo. Foi elaborada pelo jurista Francisco Campos, ministro da Justiça do novo regime, e obteve a aprovação prévia de Vargas

Page 3: unipdireito2015.files.wordpress.com  · Web view- Título II - Direitos e Garantias Fundamentais - Título III - Organização do Estado ... ( Teoria ficcionista: com Savigny e Kelsen,

e do ministro da Guerra, general Eurico Dutra. A essência autoritária e centralista da Constituição de 1937a colocava em sintonia com os modelos fascistizantes de organização político-institucional então em voga em diversas partes do mundo, rompendo com a tradição liberal dos textos constitucionais anteriormente vigentes no país. Sua principal característica era a enorme concentração de poderes nas mãos do chefe do Executivo. Do ponto de vista político-administrativo, seu conteúdo era fortemente centralizador, ficando a cargo do presidente da República a nomeação das autoridades estaduais, os interventores. Aos interventores, por seu turno, cabia nomear as autoridades municipais. A intervenção estatal na economia, tendência que na verdade vinha desde 1930, ganhava força com a criação de órgãos técnicos voltados para esse fim. Ganhava destaque também o estímulo à organização sindical em moldes corporativos, uma das influências mais evidentes dos regimes fascistas então em vigor. Nesse mesmo sentido, o Parlamento e os partidos políticos, considerados produtos espúrios da democracia liberal, eram descartados. A Constituição previa a convocação de uma câmara corporativa com poderes legislativos, o que, no entanto jamais aconteceu. A própria vigência da Constituição, segundo o seu artigo 187, dependeria da realização de um plebiscito que a referendasse, o que também jamais foi feito. Após a queda de Vargas e o fim do Estado Novo em outubro de 1945, foram realizadas eleições para a Assembleia Nacional Constituinte, em pleito paralelo à eleição presidencial. Eleita a Constituinte, seus membros se reuniram para elaborar o novo texto constitucional, que entrou em vigor a partir de setembro de 1946, substituindo a Carta de 1937.

Constituição Republicana 1946A Constituição Brasileira de 1946 substituiu a existente durante o governo ditatorial de Getúlio Vargas. Desde a Independência do Brasil, o país já apresentou várias constituições. A primeira do período republicano foi promulgada no ano de 1891, encerrando o governo provisório de transição e alterando características imperiais do Brasil para o novo formato, a República. Quando Getúlio Vargas chegou ao poder em 1930 através de um movimento revolucionário, o país passou novamente por transformação de suas estruturas tradicionais. Novos direitos foram incorporados à Constituição Brasileira e também novos deveres que alteravam de maneira progressista a realidade do país. Mas, em 1937, Getúlio Vargas, alegando ameaça comunista em dominar o Estado, decretou o Estado de Sítio e passou a exercer um governo ditatorial no Brasil. Em seguida, o presidente ditador adotou a chamada Constituição Polaca estabelecendo determinações fascistas para gerir o Estado de acordo com seus interesses. Tal carta constitucional permaneceu valendo até sua deposição, em 1945. Getúlio Vargas entrou em descrédito após entrar na Segunda Guerra Mundial e um movimento de oposição conseguiu retirá-lo do poder no ano de 1945. Com a queda do ditador, assumiu a presidência o general Eurico Gaspar Dutra. A Constituição de cunho autoritário não era mais adequada para o Brasil e precisava ser substituída. O então presidente convocou uma Assembleia Nacional Constituinte para que se pudesse promulgar uma nova carta constitucional. Vários intelectuais da época participaram da elaboração da nova Constituição. Pela primeira vez os comunistas também integraram as reuniões do Assembleia Constituinte. O resultado foi uma carta constitucional bastante avançada para a época, conquistando avanços democráticos e na liberdade individual de cada cidadão. As liberdades que o próprio Getúlio Vargas havia acrescentado à Constituição em 1934 e que foram retiradas por ele mesmo em 1937 voltaram a integrar a carta de 1946. A Constituição Brasileira foi promulgada no dia 18 de setembro de 1946, entre suas novas regulamentações estavam: igualdade perante a lei, ausência de censura, garantia de sigilo em correspondências, liberdade religiosa, liberdade de associação, extinção da pena de morte e separação dos três poderes. A Constituição de 1946 ficou em vigência até o Golpe Militar, em 1964. Nessa ocasião, os militares passaram a aplicar uma série de emendas para estabelecer as diretrizes do novo regime até ser definitivamente suspensa pelos Atos Institucionais e pela Constituição de 1967.

Constituição Republicana 1967Logo que os militares assumiram o poder no Brasil através de um Golpe de Estado, medidas foram tomadas para que o exercício do regime que estabeleciam fosse viabilizado através de aparatos legais. A Constituição de 1967 foi uma das medidas do novo governo, a qual reuniu todos os outros decretos do regime militar iniciado em 1964. O respaldo jurídico utilizado pelos militares no exercício da nova forma de governo aplicada no Brasil se deu através dos famosos Atos Institucionais. Nos primeiros anos com os militares no comando do país foram eles que determinaram as novas leis e as condições para que a oposição não conseguisse se organizar e oferecer ameaça ao novo sistema. Já no ano de 1964 foi publicado o Ato Institucional Número Um, que a princípio não recebia determinação numérica, pois acreditavam que seria o suficiente para controlar as movimentações da oposição. O tempo mostrou que não, e os Atos Institucionais foram se somando e ficando cada vez mais autoritários e opressores. O Congresso Nacional foi transformado então em Assembleia Nacional Constituinte e teve os membros da oposição afastados, os militares pressionaram para que uma nova Carta Constitucional fosse elaborada para definitivamente legalizar o Golpe Militar de 1964. Em 1966, no dia 6 de dezembro, ficou pronto um projeto de constituição que foi redigido por Carlos Medeiros Silva, Ministro da Justiça, e por Francisco Campos. O tal projeto foi criticado pela oposição, como era de se esperar, mas também por alguns membros do próprio partido do governo, a ARENA. O impasse foi resolvido através do Ato Institucional Número Quatro (AI-4), no dia 7 de dezembro, que convocou o Congresso Nacional para debater e votar a nova Constituição entre 12 de dezembro de 1966 e 24 de janeiro de 1967. O AI-4 determinou a função de poder constituinte originário, o qual é “ilimitado e soberano”, ao Congresso Nacional. A formulação de uma nova Constituição para o Brasil prosseguiu, já que a Constituição de

Page 4: unipdireito2015.files.wordpress.com  · Web view- Título II - Direitos e Garantias Fundamentais - Título III - Organização do Estado ... ( Teoria ficcionista: com Savigny e Kelsen,

1946 não era julgada mais como compatível para a nova fase pela qual o país passava. Enquanto a nova Constituição era debatida no Congresso Nacional, o governo tinha o poder de legislar através de Decretos-Lei para comandar a segurança nacional, a administração e as finanças do Estado. Para elaborar o texto da nova Carta Constituinte foram contratados por encomenda do presidente Castelo Branco juristas nos quais o regime militar depositava confiança, entre eles estavam: Levi Carneiro, Miguel Seabra Fagundes, Orosimbo Nonato e Temístocles Brandão Cavalcanti. O texto incorporava medidas já estabelecidas pelos Atos institucionais e por Atos Complementaresutilizados no regime militar.

No dia 24 de janeiro de 1967 foi votada a nova Constituição que, aprovada, entrou em vigor no dia 15 de março de 1967 estabelecendo a Lei de Segurança Nacional. A sexta constituição brasileira institucionalizou o regime militar, deixando o Poder Executivo em posição soberana em relação aos outros poderes e transformando-os junto com a população brasileira em meros espectadores das medidas tomadas pelos militares. Como foi debatida e votada pela Assembléia Nacional Constituinte, a Constituição de 1967, muito embora tenha sido amplamente elaborada de acordo com os interesses de quem estava no poder, pode ser considerada uma Carta Constituinte semi-outorgada. Desta forma, os militares garantiam a imagem na política internacional de um país de certo modo democrático, mas a prática mostraria que o regime estabelecido no Brasil se tratava mesmo de uma ditadura. No ano de 1969 a Constituição de 1967 sofreu algumas alterações por causa do afastamento do presidente Costa e Silva que passava por problemas de saúde. A Junta Militar que assumiu o poder em seu lugar baixou a Emenda Nº 1 acrescentando o Ato Institucional Número Cinco e permitindo o poder da Junta Militar, mesmo havendo um vice-presidente. A Constituição de 1967 vigorou durante o restante do regime militar como órgão máximo da antidemocracia. Só foi substituída em 1988, quando a ditadura já havia acabado.

Constituição Republicana 1969A de 17 de outubro de 1969, auge do regime militar brasileiro, a Constituição de 1967 recebe uma nova redação através da Emenda Constitucional número 1. Tal emenda, decretada pela Junta Militar que no momento governava o Brasil (composta por Augusto Hamann Rademaker Grünewald, Aurélio de Lyra Tavares e Márcio de Souza e Mello, ministros da marinha, exército e aeronáutica, respectivamente) mudou substancialmente a redação da esmagadora maioria dos dispositivos da Constituição de 1967, para adequá-los às medidas de exceção que o governo vinha decretando, dando assim um ar de legalidade a todo aquele cenário de perseguição, censura e repressão promovido pelo regime, com destaque para os infames Atos Institucionais. Por esse motivo, sempre há certa dúvida acerca da natureza da medida promulgada pelos militares em 1969: seria e Emenda 1 na verdade uma constituição nova, por reformar substancialmente àquela de 1967, ou na verdade uma "releitura" mais favorável à política dos militares, adaptando a lei às suas medidas arbitrárias? É praticamente pacífico entre a maioria dos especialistas que, o que foi promulgado em 1969 não foi uma nova constituição, mas apenas uma reinterpretação daquela em vigor. Assim, quando do estabelecimento da atual constituição, em 1988, o que foi revogado na verdade foi a Carta Magna de 1967 com sua "interpretação" de 1969.Há entendimento diverso deste, como por exemplo, aquele elaborado pelo professor José Afonso da Silva, que entende que, por se tratar de texto completamente reformado, incluindo aí até mesmo a denominação formal da carta (a constituição de 1967 recebeu o nome de "Constituição do Brasil", enquanto que na Emenda 1 de 1969, o nome do documento mudou para Constituição da "República Federativa do Brasil"), trata-se realmente de nova constituição, mesmo considerando-se que o instrumento que tornou isto realidade foi uma Emenda Constitucional, veículo completamente impróprio para a tarefa. De qualquer modo, merecem destaque três alterações promovidas pela citada emenda constitucional:

a. Estabelecimento de eleições indiretas para o cargo de Governador de Estadob. Ampliação do mandato presidencial para cinco anosc. Extinção das imunidades parlamentares.

Estes dispositivos, de um modo ou de outro deixam bem claro a intenção dos militares de "torcer" a letra da lei para que ela ficasse mais simpática aos seus objetivos, caso flagrante das disposições como a das eleições indiretas para governador de estado e a da supressão da imunidade parlamentar. A disposição do mandato presidencial, por exemplo, seria alterada posteriormente pelo presidente Ernesto Geisel, aumentando o mandato do presidente seguinte de cinco para seis anos, outra flagrante manobra política, procurando estender ao máximo possível o predomínio dos militares no círculo do poder, em especial do grupo simpático ao presidente Geisel, do qual o presidente seguinte, João Batista Figueiredo fazia parte.A Emenda de 1969 trazia ainda a manutenção do Ato Institucional número 5, que permitia ao presidente o fechamento do Congresso Nacional, Assembleias Estatuais e Câmaras Municipais, além de suspender direitos políticos e cassar mandados efetivos; admissão da pena de morte para casos de subversão; a disposição de que somente brasileiros ou estrangeiros residentes no país poderiam adquirir terras no Brasil; o estabelecimento da Lei de Segurança Nacional, que restringia as liberdades, além da Lei de Imprensa, que estabeleceu a Censura Federal, atuante em todas as mídias e manifestações artísticas e culturais no país.

Constituição Republicana 1988

Page 5: unipdireito2015.files.wordpress.com  · Web view- Título II - Direitos e Garantias Fundamentais - Título III - Organização do Estado ... ( Teoria ficcionista: com Savigny e Kelsen,

A Constituição Federal Brasil de 1988, também conhecida como a Constituição Cidadã, foi a sétima constituição do Brasil desde a Independência. Elaborada por 558 constituintes durante 20 meses, ela foi promulgada no dia 5 de outubro de 1988. Possui 245 artigos, dividida em nove títulos. Esta Constituição é considerada a mais completa, principalmente, no sentido de garantir os direitos a cidadania para o povo brasileiro. Títulos da Constituição de 1988 - Título I - Princípios Fundamentais- Título II - Direitos e Garantias Fundamentais- Título III - Organização do Estado- Título IV - Organização dos Poderes- Título V - Defesa do Estado e das Instituições- Título VI - Tributação e Orçamento- Título VII - Ordem Econômica e Financeira- Título VIII - Ordem Social- Título IX - Disposições Gerais Principais características:Restabeleceram eleições diretas para os cargos de presidente da República, governadores de estados e prefeitos municipais; Definiu o mandato presidencial de 5 anos; Estabeleceu o direito de voto para os analfabetos; Definiu o voto facultativo para os jovens de 16 a 18 anos de idade; Sistema pluripartidário; Colocou fim a censura aos meios de comunicação, obras de arte, músicas, filmes, teatro, etcEmenda da reeleiçãoEm 1997, foi elaborada uma emenda constitucional que abriu a possibilidade de reeleição para os principais cargos do poder executivo (presidente da República, governadores de estados e prefeitos municipais).

Partidos PoliticosAtualmente, a legislação eleitoral brasileira e a Constituição, promulgada em 1988, permitem a existência de várias agremiações políticas no Brasil. Com o fim da ditadura militar (1964-1985), vários partidos políticos foram criados e outros, que estavam na clandestinidade voltaram a funcionar. Na época do Regime Militar, a Lei Falcão estabeleceu a existência de apenas duas legendas: ARENA ( Aliança Renovadora Nacional ) e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro ). Enquanto a ARENA reunia os políticos favoráveis ao regime militar, o MDB reunia a oposição, embora controlada. Felizmente, esse sistema bipartidário não existe mais e desde o início da década de 1980, nosso país voltou ao sistema democrático com a existência de vários partidos políticos. Atualmente (até 13/10/15) existem 35 partidos políticos registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Veja abaixo a relação dos principais partidos políticos em funcionamento na atualidade e suas principais ideias e características. PDT - Partido Democrático TrabalhistaCriado em 1981, o PDT resgatou as principais bandeiras defendidas pelo ex-presidente Getúlio Vargas. De tendência nacionalista e social-democrata, esse partido tem como redutos políticos os estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Nestas regiões,  tem o apóio de uma significativa base eleitoral popular. A principal figura do PDT foi o ex-governador Leonel Brizola, falecido em 2004. O PDT defende como ideia principal o crescimento do país através do investimento na indústria nacional, portanto é contrário às privatizações.PC do B - Partido Comunista do BrasilFundado em 25 de março de 1922, o Partido Comunista do Brasil foi colocado na ilegalidade na época do regime militar (1964 a 1985). Mesmo assim, políticos e partidários do PC do B entraram nas fileiras da luta armada contra os militares. O PC do B voltou a funcionar na legalidade somente em 1985, durante o governo de José Sarney. Este partido defende a implantação do socialismo no Brasil e tem como bandeiras principais a luta pela reforma agrária, distribuição de renda e igualdade social. A principal figura do partido foi o ex-deputado João Amazonas.PR - Partido da RepúblicaCriado em 24 de outubro de 2006 com a fusão do PL (Partido Liberal) e PRONA (Partido da Reedificação da Ordem Nacional). O Partido Liberal entrou em funcionamento no ano de 1985, reunindo vários políticos da antiga ARENA e também dissidentes do PFL e do PDS. O partido tem uma proposta de governo que defende o liberalismo econômico com pouca intervenção do estado na economia. Outra importante bandeira dos integrantes do PR é a diminuição das taxas e impostos cobrados pelo governo.DEM - Democratas - Antigo PFL (Partido da Frente Liberal)O PFL foi registrado em 1984 e contou com a filiação de vários políticos dissidentes do PDS. Apoio e forneceu sustentação política durante os governos de José Sarney, Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso.

Page 6: unipdireito2015.files.wordpress.com  · Web view- Título II - Direitos e Garantias Fundamentais - Título III - Organização do Estado ... ( Teoria ficcionista: com Savigny e Kelsen,

Atualmente faz oposição ao governo Lula. Suas bases partidárias estão na região Nordeste do Brasil, embora administre atualmente a cidade de São Paulo com o prefeito Gilberto Kassab. Em 28 de março de 2007, passou a chamar Democratas (DEM).Os partidários defendem uma economia livre de barreiras e a redução de taxas e impostos.PMDB - Partido do Movimento Democrático BrasileiroFundado em 1980, reuniu uma grande quantidade de políticos que integravam o MDB na época do governo militar. Identificado pelos eleitores como o principal representante da redemocratização do pais, no início da década de 1980, foi o vencedor em grande parte das eleições ocorridas no período pós regime militar. Chegou ao poder nacional com José Sarney, que tornou-se presidente da república após a morte de Tancredo Neves. Com o sucesso do Plano Cruzado, em 1986, o PMDB conseguiu eleger a grande maioria dos governadores naquelas eleições. Após o fracasso do Plano Cruzado e a morte de seu maior representante, Ulysses Guimarães, o PMDB entrou em declínio. Muitos políticos deixaram a legenda para integrar outras ou fundar novos partidos. A principal legenda fundada pelos dissidentes do PMDB foi o PSDB.PPS - Partido Popular SocialistaCom a queda do muro de Berlim e o fim do socialismo, muitos partidos deixaram a denominação comunista ou socialista de lado. Foi o que aconteceu com o PCB que transformou-se em PPS, em 1992. Além da mudança de nomenclatura, mexeu em suas bases ideológicas, aproximando-se mais da social-democracia. Suas principais figuras políticas da atualidade são o ex-governador do Ceará Ciro Gomes e o senador Roberto Freire.PP - Partido Progressista (ex-PPB)Criado em 1995 da fusão do PPR (Partido Progressista Reformador) com o PP e PRP. Tem como base políticos do antigo PDS, que surgiu a partir da antiga ARENA. O PPB defende ideias amplamente baseadas no capitalismo e na economia de mercado. Seus principais representantes são o ex-governador e ex-prefeito Paulo Maluf de São Paulo e o senador Esperidião Amin de Santa Catarina.PSDB - Partido da Social-Democracia BrasileiraO PSDB foi fundado no ano de 1988 por políticos que saíram do PMDB por discordarem dos rumos que o partido estava tomando na elaboração da Constituição daquele ano. Políticos como Mario Covas, Fernando Henrique Cardoso, José Serra e Ciro Gomes defendiam o parlamentarismo e o mandato de apenas quatro anos para Sarney. De base social-democrata, defende o desenvolvimento do país com justiça social. O PSDB cresceu muito durante e após os dois mandatos na presidência de Fernando Henrique Cardoso. Atualmente, é a principal força de oposição ao governo Lula.PSB - Partido Socialista BrasileiroFoi criado no ano de 1947 e defende ideias do socialismo com transformações na sociedade que representam a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos brasileiros. Principal representante político : Miguel Arraes.PT - Partido dos Trabalhadores Surgiu junto com as greves e o movimento sindical no início da década de 1980, na região do ABC Paulista. Apareceu no cenário político para ser uma grande força de oposição e representante dos trabalhadores e das classes populares. De base socialista, o PT defende a reforma agrária e a justiça social. Atualmente, governa o país através do presidente Luis Inácio Lula da Silva. As principais metas do governo Lula tem sido : crescimento econômico, estabilidade econômica com o controle inflacionário e geração de empregos. PSTU  - Partido Socialista dos Trabalhadores UnificadoFundado em 1994 por dissidentes do PT. Os integrantes do PSTU defendem o fim do capitalismo e a implantação do socialismo no Brasil. Tem como base os antigos regimes socialistas do Leste Europeu. São favoráveis ao sistema onde os trabalhadores consigam mais poder e participação social.PV - Partido VerdeDe base ideológica ecológica, foi fundado em 1986. Os integrantes do PV lutam por uma sociedade capaz de crescer com respeito a natureza. São favoráveis ao respeito aos direitos civis, a paz, qualidade de vida e formas alternativas de gestão pública. Lutam contra as ameaças ao clima e aos ecossistemas do nosso planeta.PTB - Partido Trabalhista BrasileiroFundado no ano de 1979, contou com a participação de Ivete Vargas, filha do ex-presidente Getúlio Vargas. No seu início, pregava a volta dos ideais nacionalistas defendidos por Getúlio Vargas. Atualmente é uma legenda com pouca força política e defende ideias identificadas com o liberalismo.PCB - Partido Comunista BrasileiroFundado na cidade de Niteroi em 25 de março de 1922. Defende o comunismo, baseado nas ideias de Marx e Engels, e tem como símbolo a foice e o martelo cruzados. As cores do partido são o vermelho e o amarelo. É um

Page 7: unipdireito2015.files.wordpress.com  · Web view- Título II - Direitos e Garantias Fundamentais - Título III - Organização do Estado ... ( Teoria ficcionista: com Savigny e Kelsen,

partido de esquerda, contrário ao sistema capitalista e ao neoliberalismo, defendendo a luta de classes. É também conhecido como "Partidão".PSOL - Partido Socialismo e LiberdadeFundado em 6 de junho de 2004, defende o socialismo como forma de governo. Foi criado por dissidentes do PT (Partido dos Trabalhadores). É um partido de esquerda, contrário ao sistema capitalista e ao neoliberalismo. Tem como cor oficial o vermelho e como símbolo um Sol. PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro - obteve registro definitivo em 18 de fevereiro de 1997.PSD - Partido Social Democrático - fundado, por políticos dissidentes do Partido Progressista e Democratas, em 21 de março de 2011.PT do B - Partido Trabalhista do Brasil - obteve o registro definitivo em 11 de outubro de 1994.PTN - Partido Trabalhista Nacional - refundado em 1995.PTC - Partido Trabalhista Cristão - obteve registro definitivo em 22 de fevereito de 1990.PSL - Partido Social Liberal - obteve registro definitivo em 2 de junho de 1998. PSC - Partido Social Cristão - obteve o registro definitivo em 29 de março de 1990.PSDC - Partido Social Democrata Cristão - obteve registro definitivo no TSE em 5 de agosto de 1997.PMN - Partido da Mobilização Nacional - fundado em 1984.PCO - Partido da Causa Operária - teve sua criação aprovada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 30 de setembro de 1997.PRP - Partido Republicano Progressista - obtenção do registro definitivo em 22 de novembro de 1991.PHS - Partido Humanista da Solidariedade - fundado em 20 de março de 1997.PRB - Partido Republicano Brasileiro - fundado em 25 de agosto de 2005.PPL - Partido Pátria Livre - teve sua criação aprovada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 4 de outubro de 2011.SD - Solidariedade - fundado em outubro de 2012, o Solidariedade teve sua criação aprovada pelo TSE em setembro de 2013. PROS - Partido Republicano da Ordem Social - fundado em janeiro de 2010, o PROS teve sua criação aprovada pelo TSE em setembro de 2013. PEN - Partido Ecológico Nacional - teve sua criação aprovada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 19 de junho de 2012. NOVO - Partido Novo - teve seu registro deferido pelo TSE em 15 de setembro de 2015.REDE - Rede Sustentabilidade - o registro foi aprovado pelo TSE em 22 de setembro de 2015.PMB - Partido da Mulher Brasileira - registro deferido pelo TSE em 29 de setembro de 2015.

4. Personalidade Jurídica no Estado

Após se estudar e conhecer os elementos deve se passar à análise de possuir, ou não, o Estado uma personalidade jurídica. A discussão e sua conclusão interessam ao Direito, eis que somente aqueles entes dotados de personalidade jurídica podem ser sujeito de Direito. Questiona-se, pois, se o Estado é uma pessoa jurídica. Humberto Piragibe Magalhães1 anota que "personalidade jurídica é a qualidade das pessoas reconhecidas, pelo Direito e que não são pessoas físicas”. Hoje em dia é acatada a posição de ser o Estado uma pessoa jurídica, constituindo um avanço no estudo do próprio Estado e do interesse coletivo, pois impõe ao Estado direito e deveres, apartados de seus membros.

No transcorrer da história, várias teorias surgiram para explicar, aceitar ou negar a personalidade jurídica do Estado. Entre elas destacam-se: Teoria contratualista: com Hobbes, Locke, entre outros; Teoria ficcionista: com Savigny e Kelsen, entre outros; Teoria Realista: com Gerber, Gierke, Laband, Jellinek, entre outros; Teoria do Realismo Jurídico: com Seydel, Donati e Duguit, entre outros.

TEORIA CONTRATUALISTAOs cultores desta teoria podem ser tidos como os precursores da idéia do Estado como pessoa jurídica, através da própria noção de coletividade ou povo como unidade, dotada de interesses diferentes daqueles de cada membro. A própria teoria contratual da formação do Estado contribui para esta visão, a partir do momento que o concebe como uma seção de direitos individuais, que só poderia caracterizar uma pessoa própria.

TEORIA FICCIONISTA1

Page 8: unipdireito2015.files.wordpress.com  · Web view- Título II - Direitos e Garantias Fundamentais - Título III - Organização do Estado ... ( Teoria ficcionista: com Savigny e Kelsen,

Para os adeptos desta teoria o Estado deve ser reconhecido com personalidade jurídica própria, estando, basicamente, subdividida em dois ramos: Escola Histórica: com Savigny Escola Normativista do Direito: Kelsen Escola Histórica: Savigny concebe a personalidade do Estado como ficção, admitindo que os sujeitos de direito são apenas os indivíduos dotados de consciência. Porém, foi-se estendido o conceito aos grupamentos de interesses coletivos, como sujeitos artificiais, por criação da Lei. Escola Normativa do Direito: Kelsen elabora sua teoria, a partir da concepção normativa do Direito e Estado. O Estado é dotado de personalidade jurídica, personificação da ordem jurídica. Afirma que o Direito pode ou não conceder personalidade jurídica ao homem, o mesmo ocorrendo com as comunidades.

TEORIAS REALISTASSão as Teorias do Organicismo Biológico, que a partir da comparação de ser o Estado uma pessoa grande, união de vários indivíduos, passa a vê-lo sob o prisma de um organismo vivo, por isso teria personalidade jurídica. Teoria do Organicismo Ético: de Gerber, analisa o Estado como um organismo moral, que existe por si próprio e não fruto de uma criação conceitual, sendo a personalidade jurídica do Estado um meio de construção jurídica e não mera ficção jurídica, desligada da realidade. Teoria do Órgão: elaborada por Gierke, baseia-se no entendimento que o Estado é um organismo que através dos órgãos próprios (= pessoas físicas) faz atuar sua vontade, que se expressa e externa através das pessoas físicas. Teoria da Unidade Organizada: desenvolvida por Laband, anota que o Estado é um sujeito de direito, pessoa jurídica com capacidade de participar das relações jurídicas, baseando-se em que o Estado é uma unidade organizada, que tem vontade própria, a qual não se confunde com a vontade dos que participam da vontade estatal. Teoria da Unidade Coletiva: elaborada por Jellinek, entende que sujeito, em sentido jurídico, é uma capacidade criada mediante a vontade da ordem jurídica, nada exigindo que tal capacidade seja conferida somente aos indivíduos. Sendo o Estado uma unidade coletiva ele deve possuir a personalidade jurídica. Anota que “se o Estado é uma unidade coletiva, uma associação e esta unidade não é uma ficção, mas uma forma necessária de síntese de nossa consciência que, como todos os fatos desta, forma a base de nossas instituições, então tais unidades coletivas não são menos capazes de adquirir subjetividade jurídica que os indivíduos humanos". Teoria da abstração: de Groppali, anota que a idéia de abstração permite levar em conta os elementos reais, concretos, que existem em um Estado, sem o absurdo de compará-lo a uma pessoa jurídica.

TEORIAS DO REALISMO JURÍDICOOs cultores desta teoria negam a personalidade jurídica independente do Estado. Entre estas posições, destacamos: Posição de Seydel: não existe vontade do Estado, mas sim vontade sobre o Estado, o qual é somente objeto dessa vontade. Posição de Donati: a personalidade jurídica do Estado é a personalidade jurídica dos governantes. Posição de Duguit: O Estado é entendido como uma relação de subordinação entre os que mandam e os que são mandados.

5. Bibliografia

Sites:www.infoescola.com.brhttp://www.suapesquisa.com/partidos/

Livros:Direito Eleitoral Brasileiro / Joel J Cândido – 9º. Ed. – Bauru – SP: EDIPRO, 2001Direito Eleitoral: Lei 9.504/97: Doutrina e Jurisprudência / Luiz Antonio Fleury Filho, Itapuã Messias – São Paulo: SARAIVA, 2000.A evolução do sistema eleitoral brasileiro / Manuel Rodrigues Ferreira. – 2. ed., rev. e alt. – Brasília : TSE/SDI, 2005.Dicionário Aurélio Buarque de Hollanda Ferreira