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LEI COMPLEMENTAR Nº 10 DE 02 DE JANEIRO DE 2006 DISPÕE SOBRE O CONTROLE DE ESTABELECIMENTOS QUE PRESTEM SERVIÇO PÚBLICO, EXERÇAM ATIVIDADES ECONÔMICAS OU DESTINEM-SE À CONCENTRAÇÃO DE PESSOAS E INSTITUI AS NORMAS DE LICENCIAMENTO PARA O REGULAR FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS E ATIVIDADES PÚBLICOS E PARTICULARES NO MUNICÍPIO DE VILA VELHA, VISANDO GARANTIR AS CONDIÇÕES MÍNIMAS DE SEGURANÇA, CONFORTO, HIGIENE E SALUBRIDADE DAS EDIFICAÇÕES E OBRAS EM GERAL, INCLUSIVE AS DESTINADAS AO FUNCIONAMENTO DE ÓRGÃOS OU SERVIÇOS PÚBLICOS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. O PREFEITO MUNICIPAL DE VILA VELHA, Estado do Espírito Santo, Faço saber que o Povo, através de seus representantes, aprovou e eu sanciono a seguinte Lei: TÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º A prestação de serviços públicos, a execução de obras e o estabelecimento para exercício de atividades econômicas no território municipal submetem-se ao controle pelo Município nos termos desta Lei e seus regulamentos e, quanto à localização, ao Plano Diretor Municipal de Vila Velha. § 1° A prestação dos serviços públicos, a execução de obras e o estabelecimento para o exercício de atividades econômicas, observarão os princípios e normas do poder de polícia aplicáveis pelo Município, quando forem realizados e/ou localizados em todo o território municipal e atenderão:

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LEI COMPLEMENTAR Nº 10 DE 02 DE JANEIRO DE 2006

DISPÕE SOBRE O CONTROLE DE ESTABELECIMENTOS QUE PRESTEM SERVIÇO PÚBLICO, EXERÇAM ATIVIDADES ECONÔMICAS OU DESTINEM-SE À CONCENTRAÇÃO DE PESSOAS E INSTITUI AS NORMAS DE LICENCIAMENTO PARA O REGULAR FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS E ATIVIDADES PÚBLICOS E PARTICULARES NO MUNICÍPIO DE VILA VELHA, VISANDO GARANTIR AS CONDIÇÕES MÍNIMAS DE SEGURANÇA, CONFORTO, HIGIENE E SALUBRIDADE DAS EDIFICAÇÕES E OBRAS EM GERAL, INCLUSIVE AS DESTINADAS AO FUNCIONAMENTO DE ÓRGÃOS OU SERVIÇOS PÚBLICOS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O PREFEITO MUNICIPAL DE VILA VELHA, Estado do Espírito Santo, Faço saber que o Povo, através de seus representantes, aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO IDISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º A prestação de serviços públicos, a execução de obras e o estabelecimento para exercício de atividades econômicas no território municipal submetem-se ao controle pelo Município nos termos desta Lei e seus regulamentos e, quanto à localização, ao Plano Diretor Municipal de Vila Velha.

§ 1° A prestação dos serviços públicos, a execução de obras e o estabelecimento para o exercício de atividades econômicas, observarão os princípios e normas do poder de polícia aplicáveis pelo Município, quando forem realizados e/ou localizados em todo o território municipal e atenderão:

I - aos princípios e normas do poder de polícia incidentes em razão da localização, do tipo de atividade desenvolvida ou do tipo de material utilizado, mesmo que não haja necessidade de licenciamento;

II - aos princípios e normas de gestão do patrimônio municipal;

III - aos direitos de vizinhança.

IV - aos princípios e normas ambientais

§ 2° Na execução, direta ou indireta, de serviços públicos e atividades econômicas no Município, observar-se-á, no que couber, o disposto nesta lei, exceto se houver norma específica aplicável.

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§ 3° As medidas previstas nesta Lei deverão ser interpretadas e aplicadas sempre em consonância com o que estabelece a Lei Orgânica Municipal, o Plano Diretor Municipal, bem como outras leis e atos normativos relativos ao exercício do poder de polícia administrativa municipal.

§ 4° Para fins desta Lei, considera-se:

I - atividade econômica - toda produção e comercialização de bens e a prestação de serviços disciplinados pelo direito privado, sob responsabilidade de pessoa física ou jurídica, incluindo entidades da administração pública, de forma remunerada ou não;

II - obra - toda atividade voltada para construção e edificação em espaços públicos ou privados em área urbana ou rural do Município.

III - serviço público - toda execução de atividades disciplinadas por normas de direito público, sob a responsabilidade direta de entidade da Administração Pública ou de concessionária ou permissionária de serviço público, de forma remunerada ou não;

IV - imóvel público municipal - aquele de propriedade do Município;

V - imóvel sob gestão municipal - aquele que, embora não seja de propriedade do Município, esteja sob sua administração por força de contrato ou convênio.

§ 5° Submete-se a esta Lei qualquer estabelecimento destinado à concentração de pessoas, independentemente da prestação de serviço, exercício de atividade econômica ou venda de ingressos.

Art. 2º Qualquer serviço público ou privado, obras ou atividade econômica, ou não, somente poderão ser realizados no território municipal após a prévia aprovação pelo Município, nos termos desta Lei.

§ 1° Os serviços públicos e as atividades econômicas dependentes de licença ou autorização do Estado ou da União não estão dispensados da aprovação pelo Município, conforme o previsto nesta lei.

§ 2° As licenças, as autorizações e as permissões serão expressas por meio do respectivo “Alvará”, que para efeitos de fiscalização, deverão ser exposto em local próprio, facilmente visível ao público e à disposição da autoridade municipal.

§ 3° A concessão da licença ou autorização poderá ser condicionada à execução de reformas ou instalações no imóvel, que serão determinadas pelo Município, de forma a garantir as exigências legais.

Art. 3º O Município promoverá a cobrança de taxas correspondentes:

I - ao efetivo exercício do poder de polícia, nos termos do Código Tributário Municipal, fixando taxas de licenciamento, autorização e fiscalização, conforme a complexidade de Licenciamento e fiscalização da atividade econômica;

II - à utilização do patrimônio público, conforme o caso e a área da cidade.

§ 1° A cobrança poderá deixar de incidir nos casos previstos em lei, observado, sempre, o interesse público.

§ 2° A não incidência da cobrança não dispensa a regularização da atividade, evento ou estabelecimento.

Art. 4º Todos os serviços públicos, obras ou atividades econômicas, ou não, em geral, realizados em território municipal, são passíveis de fiscalização do Município no tocante a assegurar o constante respeito ao equilíbrio ecológico, à saúde pública, ao desenvolvimento

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urbano, à proteção do patrimônio histórico-cultural e natural e ao cumprimento das normas e legislação pertinente.

§ 1° O Município atuará segundo o que estabelece a legislação pertinente, exigindo a observância das condições gerais de funcionamento previstas no ato de aprovação para o exercício de serviço público ou de atividade econômica, ou não.

§ 2° Em caso de delegação de competência de fiscalização de legislação estadual ou federal o Município exercerá as atribuições conforme disposto nas normas legais correspondentes.

Art. 5º O controle e a fiscalização de que trata esta Lei deverão ser complementados por:

I - ações permanentes voltadas para a difusão da legislação municipal e dos procedimentos necessários ao seu cumprimento;

II - programas e ações preventivas voltadas para educação ambiental saúde pública, educação tributária e valorização da cidadania.

Art. 5º-A. Para os fins desta Lei, reserva-se o uso do termo “Alvará”, exclusivamente, para o ato administrativo, por meio do qual o Município expressa sua autoridade administrativa, de modo final, contendo ordem ou autorização para a prática de determinado ato ou atividade. (Incluído pela Lei Complementar nº 31/2013)

Parágrafo único. Havendo o concurso de diferentes órgãos para a conformação do “Alvará”, de que trata o caput deste artigo, os atos administrativos intermediários serão expressos por meio de “Certificado”, “Laudo conclusivo”, “Conclusão em Vistoria”, “Parecer Conclusivo” e Licenças diversas, conforme estipulado nas leis que os regem. (Incluído pela Lei Complementar nº 31/2013)

TÍTULO IIDO LICENCIAMENTO

CAPÍTULO IDO SISTEMA MUNICIPAL DE LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO

Art. 6º O Município controlará a prestação de serviços públicos, a execução de obras e o exercício de atividade econômica, ou não, no território municipal através do licenciamento e da efetiva e contínua fiscalização observados os limites da competência municipal e da delegação de competência legal e eventualmente existente.

Parágrafo Único. Os serviços públicos, as obras e as atividades econômicas quando executados diretamente pelo Município deixarão de se submeter ao licenciamento pelo órgão municipal competente, respeitadas as normas específicas sobre o procedimento para instalação e funcionamento dos correspondentes estabelecimentos.

Art. 7º Fica criado o Sistema Municipal de Licenciamento e Fiscalização, a ser implantado pelo Município com a finalidade de articular todas as unidades administrativas envolvidas no processo de licenciamento e fiscalização, visando o planejamento e o exercício do poder de polícia municipal e especificamente:

I - promover o inter-relacionamento de informações e ações entre os diversos segmentos da fiscalização municipal sobre atividades econômicas, constantes dos diversos instrumentos de polícia administrativa;

II - integrar ações de fiscalização municipal com os órgãos estaduais e federais, do executivo, legislativo e judiciário, quanto:

a) ao controle, à comercialização e exposição de produtos;

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b) ao direito de vizinhança;c) à preservação do meio ambiente;d) à melhoria da qualidade de vida da população; e) à saúde pública;f) à segurança e condições de trabalho.g) ao exercício da atividade econômica ou não;h) trânsito.

III - sistematizar informações e procedimentos que garantam maior eficiência, assegurando inclusive a complementaridade entre a consulta prévia, vistorias e licenciamento dos estabelecimentos;

IV - capacitar os recursos humanos para as atividades de orientação ao público e fiscalização;

V - garantir a manutenção e integração das bases de dados de interesse para o licenciamento e fiscalização;

VI - implantar estratégias de ação e rotinas eficazes que propiciem a integração das ações da fiscalização municipal, e inclusive, do contencioso administrativo.

§ 1° O Sistema Municipal de Licenciamento e Fiscalização será constituído pelas unidades administrativas do Município envolvidas com a coordenação das funções de:

a) planejamento e controle urbanístico;b) fiscalização de posturas;c) vigilância sanitária;d) planejamento, controle e licenciamento ambiental;e) gestão tributária;f) trânsito.

§ 2° O Poder Executivo criará e organizará a Coordenação de Licenciamento e Fiscalização, formada pelos representantes dos órgãos centrais encarregados no Município das funções mencionadas no caput deste artigo com os objetivos de:

I - exercer a coordenação executiva do Sistema Municipal de Licenciamento e Fiscalização;

II - julgar os contenciosos administrativos relativos ao licenciamento municipal;

III - gerenciar o Sistema de Informações de Licenciamento e Fiscalização de Atividades Econômicas;

IV - estabelecer rotinas e ações para o licenciamento e fiscalização.

Art. 8º O licenciamento para a execução de obras ou para o exercício de atividades econômicas será amparado por serviço de informações aos interessados, visando ao esclarecimento e especificação das exigências legais e outras informações necessárias ao processo administrativo, entre os quais:

I - a compatibilidade do empreendimento com o Plano Diretor Municipal e com o Código de Edificações Gerais;

II - a classificação da(s) atividade(s) econômica(s) - tendo como base o Código Nacional de Atividades Econômicas - CNAE - ou outro que venha substituir;

III - as condições impostas pela legislação para o exercício da atividade, inclusive quanto às condições ambientais e da edificação;

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IV - os documentos básicos para o licenciamento;

V - as unidades administrativas e esferas governamentais que estarão envolvidas no licenciamento e na fiscalização;

VI - as taxas e emolumentos correspondentes;

VII - os prazos do processo.

Parágrafo Único. A decisão administrativa emanada do setor municipal competente pelo licenciamento e fiscalização no decorrer da análise dos pedidos de licença ou dos procedimentos de fiscalização, deverá estar disponível para consulta do interessado, exceto nos casos de concessão de prazos para o cumprimento de exigências e encaminhamentos a órgãos da administração pública para consulta e parecer.

CAPÍTULO IIDAS NORMAS GERAIS DE LICENCIAMENTO

SEÇÃO I DAS LICENÇAS

Art. 9º Licença é ato administrativo municipal de controle prévio, pelo qual a autoridade municipal competente expressa a autorização de funcionamento quanto à execução de obras e construções, à localização, instalação e ao funcionamento de estabelecimento voltado à prestação de serviço público ou à execução de atividade econômica, ou não, no território municipal.

§ 1° A licença é intransferível.

§ 2° O exame da autoridade municipal competente será feito com base nas exigências da legislação pertinente incidente sobre os serviços públicos e atividades econômicas, ou não, apreciando as questões relacionadas a:

I - desenvolvimento urbano;II - meio ambiente e saneamento;III - saúde pública;IV - Posturas Municipal;V - trânsito VI - demais assuntos relacionados ao poder de polícia municipal originário, ou

delegado pelo Estado ou União.

§ 3° O licenciamento de atividades potencialmente causadoras de impacto ao meio ambiente urbano e rural deverá ser precedido de apresentação e aprovação de Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), a ser regulamentado.

§ 4° As exigências estabelecidas no ato de licença poderão ser decorrentes de outras análises técnicas especificas exigidas nos termos da legislação aplicável;

Art. 10 As licenças serão:

I - Provisórias - quando o preenchimento das condições exigidas por Lei, regulamento ou por análises específicas, ainda não estiverem atendidas, assegurado ao licenciado a possibilidade de instalação e funcionamento, pelo prazo de até 180 (cento e oitenta) dias.

II - Definitivas - quando o preenchimento das condições exigidas por lei, regulamento ou por análises específicas assegurar ao licenciado o direito de execução da obra ou de funcionamento em caráter definitivo, ainda que delimitado no tempo ou condicionado à manutenção constante de determinadas providências.

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§ 1º Ressalvadas as disposições do art. 22 desta Lei, a validade do documento municipal de licenciamento seguirá legislação específica.

§ 2º O documento municipal de licenciamento reservará espaço para a aposição de selo ou outro sinal público que ateste a regularidade anual do estabelecimento, relativamente à observação das condições fixadas para a localização, instalação e funcionamento, após a expedição anual dos certificados dos órgãos envolvidos, nos termos dos artigos 33 e seguintes desta Lei. (Incluído pela Lei Complementar nº 31/2013)

§ 3º A validade do alvará sanitário será de 03 (três) anos.

§4º Será firmado termo de compromisso caso haja a necessidade de complementação de documentos junto ao processo de licenciamento que não comprometem de forma crítica a manutenção das atividades autorizadas, sendo o prazo para cumprimento pactuado mediante Termo de Compromisso.

Art. 11 É de responsabilidade do Poder Executivo Municipal o licenciamento e fiscalização de obras, de construção, demolição ou reforma com modificação de área construída, de iniciativa pública ou privada, através do órgão competente, conforme esta Lei e o Código de Edificações Gerais.

§ 1° A aprovação do projeto e a emissão de licença de qualquer natureza não implicam responsabilidade técnica da Municipalidade quanto à execução da obra, salvo nos casos previstos em Lei.

§ 2° A inexigibilidade da licença não isenta o responsável do cumprimento de procedimentos que assegurem a segurança e o sossego da coletividade, nos termos da Legislação Municipal vigente.

Art. 12. A instalação de dispositivos ou engenhos publicitários, voltados para logradouro ou que se exponha ao público, bem como, a exploração de outras formas e veículos publicitários, regulados por leis municipais, em ambientes de uso comum e logradouros públicos, são atividades econômicas que dependem de licença municipal, a ser expedida pelo órgão de controle urbano e, conforme o caso, com anuência das autoridades de trânsito e de controle ambiental. (Redação dada pela Lei Complementar nº 31/2013)

§ 1º O Município, conforme as normas urbanísticas e ambientais, definirá as áreas de restrição à instalação de engenhos publicitários, considerando tipo, quantidade e dimensões, assim como estabelecerá as distâncias mínimas entre os mesmos.

§ 2° O detalhamento de processos administrativos, documentação exigida e outras exigências de licenciamento serão objeto de regulamento municipal.

§ 3° A licença incide sobre o veículo, engenho publicitário ou serviço de veiculação e não sobre a mensagem que poderá ser substituída a qualquer momento, a critério do anunciante, sem que para isso tenha de ser feito novo requerimento, desde que veiculada em engenho publicitário devidamente licenciado.

§ 4º Não constitui atividade econômica de exploração de publicidade a utilização de engenho ou dispositivo, nos limites do lote do estabelecimento ou do ambiente do exercício da atividade, desde que observadas as dimensões e formas, definidas em regulamento, sem prejuízo da necessária licença municipal e verificação das normas de postura para a preservação dos aspectos de interesses urbanísticos, históricos, culturais e de segurança pessoal e patrimonial de terceiros, quando usados, exclusivamente, para identificar: (Incluído pela Lei Complementar nº 31/2013)

I - estabelecimento por meio de ícone, logomarca, ou nome fantasia, conforme contrato social; (Incluído pela Lei Complementar nº 31/2013)

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II - profissional, por meio de ícone, logomarca, ou nome e profissão. (Incluído pela Lei Complementar nº 31/2013)

Art. 13 A instalação de veículos ou engenhos publicitários em logradouros ou áreas pertencentes à Administração Pública, bem como a exploração de mobiliário urbano para fins publicitários fica condicionada ao contrato administrativo de concessão de uso, a ser obtido a partir de processo licitatório, submetendo-se também às exigências regulamentares.

SEÇÃO II DAS AUTORIZAÇÕES

Art. 14 A autorização é ato administrativo discricionário de caráter definitivo ou provisório, sendo válida, conforme o caso e as disposições legais, pelo prazo nela estipulado, podendo ser revogado a qualquer momento de acordo com o interesse público e será concedida para exploração das atividades econômicas em logradouros públicos, de modo ambulante ou temporário.

§ 1° O requerente seja o proprietário ou possuidor, responderá pela veracidade dos documentos apresentados sempre que couber, não implicando o licenciamento ao reconhecimento do direito de propriedade sobre os imóveis envolvidos.

§ 2° A instalação de mobiliário urbano para o exercício de atividades econômicas em logradouro público ou áreas pertencentes à Administração Pública fica condicionada ao contrato administrativo de concessão de uso, a ser obtido a partir de processo licitatório e a devida publicidade do ato.

§ 3° A expedição do Alvará de Autorização será objeto de respectiva taxa, a ser calculada conforme a atividade econômica e a ser definida pelo Código Tributário Municipal.

§ 4° Sempre que o contribuinte descumprir as normas legais para a manutenção das atividades no Município ou ainda exercer atividades sem a previa autorização, a fiscalização notificará o contribuinte para que no prazo legal regularize a situação indevida e, caso não o fazendo, terá sua autorização cassada pela fiscalização competente e ainda não poderá exercer atividades até que as exigências legais sejam atendidas.

Art. 15 Caberá ao Município, de acordo com legislação específica, ao estabelecer normas de trânsito, acessibilidade e de preservação do patrimônio paisagístico e ambiental definir:

I - os setores onde poderá ser autorizado o exercício de atividade econômica em logradouros públicos;

II - para cada setor, o número máximo de ambulantes, barracas, quiosques, trailers, veículos utilitários ou qualquer outro mobiliário urbano similar.

Parágrafo Único. Nos períodos de festejos populares e datas comemorativas, o Município deverá elaborar plano especial visando à criação de área temporárias para o exercício da atividade ou ampliação das áreas existentes.

Art. 16 O mobiliário necessário ao exercício de atividades econômicas em logradouros deverá obedecer à regulamentação específica.

CAPÍTULO III - DOS ESTABELECIMENTOS

Art. 17 A ação municipal de controle dos serviços públicos e execução de atividade econômica terá como referência o licenciamento dos estabelecimentos e suas unidades auxiliares localizados em território municipal.

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Par 1º - Para os fins desta Lei, considera-se estabelecimento todo o complexo de bens organizados, de fato ou de direito, para o exercício de atividades não residenciais, em local privado ou público, edificado ou não, móvel ou imóvel, próprio ou de terceiros, em caráter temporário ou permanente, bem como, onde se encontram armazenadas mercadorias,

§ 2° excluído

§ 3º Considera-se unidade auxiliar o complexo de bens organizados, de fato ou de direito, destinada a servir apenas à própria empresa, exercendo, exclusivamente, funções de apoio administrativo ou técnico, ou de meio operacional, voltadas à criação das condições necessárias para o exercício das atividades operacionais dos demais estabelecimentos, não desenvolvendo atividade econômica de produção ou de venda de bens e/ou serviços nela própria. (Incluído pela Lei Complementar nº 31/2013)

Art. 18. Dependerá de nova licença: (Redação dada pela Lei Complementar nº 31/2013)

I - a modificação de atividade que configure nova classificação para fins de licenciamento, seja pelo porte, pelos materiais ou técnicas empregados; (Incluído pela Lei Complementar nº 31/2013)

II - qualquer acréscimo de atividade em estabelecimento já licenciado; e (Incluído pela Lei Complementar nº 31/2013)

III - a mudança de endereço.

Art. 19- São expedientes administrativos para o licenciamento de estabelecimentos serão regulamentados por decreto.

Art. 20- Nos casos de estabelecimentos de interesse à saúde, o licenciamento deverá contemplar as normas sanitárias vigentes.

Art. 21- Será emitido Assentimento Sanitário mediante requerimento quando o desenvolvimento de atividades de interesse à saúde por pessoa jurídica seja necessário por força de obrigação legal, sem que essas atividades estejam expressas em seu contrato social

Art. 22- A autorização ou licença para estabelecimento que preste serviço público ou execute atividades econômicas, de caráter eventual, será concedida em caráter provisório conforme legislação específica.

TITULO IIIDA FISCALIZAÇÃO

CAPÍTULO IDA ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO

Art. 23- A fiscalização do disposto nesta Lei, corresponde à atividade administrativa voltada para averiguar o exercício das atividades econômicas ou não e sua conformação com a legislação aplicável pelo Município, mantendo caráter educativo, preventivo ou punitivo a partir das constatações feitas durante a ação e verificações que podem assumir uma das seguintes modalidades:

Art. 24 Os agentes da fiscalização pública de caráter sanitário, ambiental, urbanístico ou tributário e de posturas, quando investidos do Poder de Polícia, serão competentes para fazer cumprir as leis e regulamentos municipais, advertindo, lavrando autos de infração e interditando atividades e estabelecimentos, respeitadas as habilitações legais que a situação exigir.

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§ 1° Nenhum agente da fiscalização municipal poderá exercer suas atribuições sem estar devidamente identificados.

Art. 25 As vistorias deverão ser realizadas, preferencialmente, em horário

comercial, na presença do proprietário, preposto ou responsável pelo estabelecimento ou atividade.

Art. 26 A fiscalização de estabelecimentos será exercida pelas unidades administrativas destinadas à:

I - controle urbanístico;II - vigilância em saúde;III - gestão patrimonial;IV - controle ambiental e saneamento.

§ 1° Compõem o controle urbanístico as fiscalizações de posturas, obras e transporte coletivo.

CAPÍTULO IIDOS INSTRUMENTOS DE FISCALIZAÇÃO

SEÇÃO I NOTIFICAÇÃO PRELIMINAR

Art. 27 A notificação preliminar é o instrumento descritivo no qual a fiscalização:

I - comunica alguma irregularidade verificada em relação a normas e regulamentos municipais, orientando o infrator à eliminação ou correção dentro de prazo determinado:

II - solicita apresentação de documentos prévios para fiscalização;

§ 1° A notificação preliminar será aplicada sempre com o intuito educativo.

§ 2°- A notificação preliminar precederá à lavratura de autos de infração, multas e interdições de estabelecimentos, serviços e atividades, exceto para os seguintes casos:

I - situações em que se constate perigo iminente ou insegurança para a comunidade;

II - infrações a legislação sanitária;

III - atividades de risco ao meio ambiente e ao patrimônio construído;

IV - em atividades de caráter eventual, ambulante, volante, transitório ou temporário;

V - em caso de reincidência em infrações graves;

VI - nos demais casos previstos em lei,

§ 3° verificada a ocorrência das hipóteses indicadas no parágrafo anterior será lavrado o auto de infração independentemente da notificação preliminar.

Art. 28 -Da notificação preliminar deverão constar as seguintes informações:

I - identificação do notificado, contendo sempre que possível nome e/ou razão social; ramo de atividade; CNPJ ou CPF; número e a data do alvará de licença; endereço e CEP;

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II - motivo da notificação, com a descrição da ocorrência que constitui infração, preceito legal infringido;

III - procedimentos e prazo para correção da(s) irregularidade(s);

IV - penalidade cabível em caso de descumprimento;

V - assinatura do agente da fiscalização e a indicação do seu cargo ou função;

VI - assinatura da pessoa notificada ou dos seus representantes, ou mandatários ou prepostos ou a menção da circunstância de que o mesmo não foi localizado, não pôde ou se recusou a assinar;

VII - local e data da notificação.

§ 1° As omissões ou incorreções da notificação não acarretarão sua nulidade quando do termo constarem elementos suficientes para a determinação da infração e do infrator.

§ 2° O prazo para a regularização da situação constatada será arbitrado pelo fiscal, segundo legislação pertinente, conforme a gravidade da infração ou risco que ofereça à população por período que não deve exceder a 15 (quinze) dias.

§ 3° O prazo referido no parágrafo anterior poderá ser prorrogado uma vez e em igual prazo por requerimento específico e justificado encaminhado ao chefe da fiscalização competente.

Art. 29 A notificação preliminar será entregue ao notificado, sempre que possível, no ato de verificação da irregularidade.

§ 1° Quando não for localizado o notificado no ato de verificação ou houver qualquer dificuldade para notificá-lo pessoalmente, a notificação far-se-á mediante remessa postal, com emissão de aviso de recebimento.

§ 2° No caso de recusa do notificado em assinar a notificação no local, o agente fiscalizador fará registro dessa circunstância, colhendo, quando possível, a assinatura de 2 (duas) testemunhas, não sendo necessária, nesse caso, a remessa postal.

Art. 30 Quando a regularização depender de procedimento junto a órgãos estaduais e federais, o notificado deverá apresentar, no prazo 15 (quinze) dias, documentos comprobatórios do encaminhamento da regularização.

SEÇÃO II DO AUTO DE INFRAÇÃO

Art. 31 O auto de infração será lavrado por ocorrência de irregularidade em relação às normas aplicáveis pelo Município:

I - após o vencimento do prazo estabelecido na advertência, ou notificação sem o cumprimento da respectiva regularização;

II - no momento da constatação da irregularidade, nos casos em que não se exigir advertência ou prévia notificação.

Parágrafo Único. Auto de infração é o documento fiscal com a descrição da ocorrência que por sua natureza, suas características e demais aspectos peculiares denote ter a pessoa física ou jurídica, contra a qual é lavrado o auto, infringido dispositivos legais e regulamentares que, por qualquer forma, se destinem à promoção do bem-estar da população.

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Art. 32 Será considerado infrator todo aquele que cometer, mandar, constranger ou auxiliar alguém a praticas infrações e, ainda os encarregados da execução das leis que, tendo conhecimento da infração, deixarem de autuar o infrator.

Art. 33 O auto de infração será lavrado, com precisão e clareza, pelo agente da fiscalização do Município e deverá conter as seguintes informações:

I - o local, a data e a hora da lavratura;

II - identificação do autuado, contendo, sempre que possível: nome e/ou razão social: ramo de atividade; documento de identificação; número e a data do alvará de licença de autorização; endereço e CEP e cadastro mobiliário;

III - a descrição clara e precisa do fato que constitui infração e, se necessário, as circunstâncias pertinentes;

IV - a capitulação do fato, com a citação expressa do dispositivo legal infringido;

V - a medida preventiva aplicável, quando for o caso;

VI - penalidade cabível, com citação expressa do local onde a mesma se encontra prevista;

VII - intimação para apresentação de defesa, dentro do prazo de 15 (quinze) dias;

VIII - a assinatura do agente autuante e a indicação do seu cargo ou função;

IX - a assinatura do próprio autuado ou infrator ou dos seus representantes, ou mandatários ou prepostos.

Art.34- O autuado será notificado da lavratura do auto de infração, pessoalmente, mediante entrega de cópia do auto de infração ao próprio autuado, seu representante, mandatário ou preposto.

§ 1° O auto será entregue mediante contra assinatura-recibo, datada no original, ou será lançada a informação da circunstância de que o mesmo não pode ou se recusa a assinar buscando-se duas testemunhas, quando possível.

§ 2° Caso não seja possível a entrega do auto de infração pessoalmente, ela será feita por:

I - via postal registrada, acompanhada de cópia do auto de infração, com aviso de recebimento a ser datado, firmado e devolvido ao destinatário ou pessoa de seu domicilio;

II - publicação, em Diário Oficial do Município ou do Estado, ou em jornal local, na sua integra ou de forma resumida, quando improfícuos os meios previstos nesta Lei.

§ 3° o coordenador da fiscalização agente autuante deverá anexar ao auto de infração o comprovante do envio postal ou da publicação.

Art. 35 Dará motivo à lavratura de auto de infração:

I - a verificação de irregularidades em relação às normas municipais bem como às normas estaduais e federais aplicáveis pelo Município;

II - o descumprimento de advertência, ou em relação a normas legais e regulamentares a cargo do Município;

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III - independentemente de advertência, ou notificação somente quando constatadas das irregularidades previstas em lei;

IV - os casos de funcionamento clandestino de estabelecimentos;

V - os casos de perigo iminente ou infrações flagrantes que coloquem em risco a integridade física de pessoas e bens, exigindo ação imediata por parte do Poder Público.

Art. 36 Constitui falta grave do servidor os casos de falsidade ou omissão dolosa no preenchimento dos autos de infração.

CAPÍTULO IIIDA DEFESA E DO RECURSO

Art. 37 A defesa contra o Auto de Infração far-se-á por impugnação, dentro do prazo de (30) dias corridos à data de recebimento da via do respectivo documento (exclusivo da data da lavratura), onde o interessado (representante legal ou procurador) alegará de uma só vez, toda matéria que entender útil, juntando os documentos comprobatórios das razões apresentadas.

§ 1° A defesa será feita por petição que deverá conter:

I - a autoridade julgadora a quem é dirigida;

II - a qualificação do interessado e o endereço para a notificação;

III - a descrição das atividades exercidas;

IV - os motivos de fato e de direito em que se fundamenta;

V - as diligências que o interessado pretende que sejam efetuadas, justificando as suas razões;

VI - o objetivo visado, com referência ao auto de infração, conforme o caso, que questiona;

VII – data e assinatura do interessado, representante legal ou procurador;

§ 2° A impugnação terá efeito suspensivo da sanção e instaurará a fase contenciosa do procedimento sem suspender medida preventiva eventualmente aplicada;

§ 3° A autoridade administrativa determinará, de oficio ou a requerimento do interessado, a realização das diligências que entender necessárias, fixando-lhe o prazo e indeferirá as consideradas prescindíveis, impraticáveis ou protelatórias.

§ 4° Se entender necessário, a autoridade julgadora poderá determinar a realização de diligência para esclarecer questão duvidosa, bem como solicitar o parecer da Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos.

§ 5° Preparado o processo para decisão, a autoridade administrativa prolatará despacho no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, resolvendo todas as questões debatidas e pronunciando a procedência ou improcedência da impugnação.

Art. 38 Uma vez decorrido o prazo para a apresentação da defesa, o processo será imediatamente encaminhado à autoridade encarregada de julgar.

Parágrafo único - Não apresentada defesa ou impugnação ao auto de infração, no prazo de 15 (quinze) dias após sua lavratura, o mesmo será considerado procedente e se comunicará ao infrator a penalidade aplicada através de notificação

Art. 39 O autuado será notificado da decisão da primeira instância:

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I - por via postal registrada, com aviso de recebimento a ser datado, firmado e devolvido pelo destinatário ou pessoa de seu domicilio.

II - por publicação no veículo oficial de comunicação, na sua íntegra ou de forma resumida, presumindo-se notificado 48 (quarenta e oito) horas depois da publicação,

Art. 40 Da decisão administrativa em primeira instância caberá recurso, interposto no prazo de 15 (quinze) dias corridos, contados da ciência da decisão de primeira instância.

§ 1° O recurso far-se-á por petição, facultada a juntada de documentos a ser anexada ao processo administrativo próprio, que deverá conter, ainda, a qualificação e endereço do peticionário.

§ 2° É vedado, em uma só petição, interpor recursos referentes a mais de uma decisão, ainda que versem sobre o mesmo assunto e alcancem o mesmo recorrente, salvo quando as decisões forem proferidas em um único processo.

§ 3° A interposição de recurso suspenderá a execução da decisão administrativa, excetuando as medidas inadiáveis destinadas a garantir a saúde do munícipe.

Art. 41 A decisão administrativa em segunda instância é irrecorrível cm sede administrativa.

Art. 42 A decisão definitiva, conforme o caso, produzirá os seguintes efeitos:

I - quando a decisão mantiver a autuação:

a) Obrigará o autuado a pagar a multa no prazo estipulado, sob pena de inscrição das multas não pagas em dívida ativa, com a subsequente cobrança, pelos meios que se revelarem mais econômicos para o Município, inclusive providências previstas no parágrafo único, do art. 1º, da Lei Nacional nº 9.492, de 10 de setembro de 1997, na redação dada pela Lei Nacional nº 12.767, de 27 de dezembro de 2012. (Redação dada pela Lei Complementar nº 31/2013)

b) manterá a interdição do estabelecimento ou suspensão de atividade até a correção da irregularidade constatada;

c) definirá a destinação dos bens apreendidos preventivamente;d) manterá as demais medidas aplicadas por meio do auto de infração.

II - quando a decisão tornar a autuação:

a) autorizará o autuado a receber a devolução da multa paga indevidamente, no prazo de 30 (trinta) dias após requerê-la;

b) levantará a interdição do estabelecimento ou a suspensão de atividade;c) ensejará a devolução dos bens apreendidos;d) revogará as demais medidas aplicadas por meio do auto de infração.

CAPITULO IVDAS MEDIDAS PREVENTIVAS

SEÇÃO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 43- O não atendimento à legislação vigente sempre que houver indício de irregularidade a esta Lei que possa causar significativa lesão à ordem urbana, ao direito do consumidor, à saúde pública ou ao meio ambiente, o agente municipal poderá adotar as seguintes medidas preventivas;

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I - apreensão de bens;

II - suspensão de atividades;

III - interdição de estabelecimento;

IV - embargo de obras.

§ 1° A escolha da medida preventiva a ser aplicada deverá recair na menos gravosa ao estabelecimento, desde que suficiente para eliminar o risco verificado ou para reduzi-lo a níveis aceitáveis.

§ 2° As medidas preventivas previstas no capta caput deste artigo serão também aplicáveis quando necessárias para apuração de irregularidade.

Art. 44 A adoção de medidas preventivas dar-se-á independentemente de notificação prévia, devendo ser declarada na lavratura de auto de infração ou em termo específico, assegurado o exercício do direito de defesa nos termos desta Lei.

SEÇÃO II DA APREENSÃO DE BENS

Art. 45 Poderão ser apreendidas as coisas móveis, inclusive equipamentos, mercadorias e documentos existentes no estabelecimento ou vinculados ao exercício de atividade, desde que ofereçam risco à coletividade ou constituam prova material de infração estabelecida nesta Lei ou regulamento infringido.

§ 1° Toda apreensão deverá constar de termo lavrado pela autoridade municipal competente com a especificação precisa da coisa apreendida.

§ 2° O agente municipal dará conhecimento imediato da apreensão à pessoa cujos bens foram apreendidos seguindo os ritos previstos nesta Lei.

§ 3° A defesa deve ser apresentada por petição, nos termos previstos nesta Lei, cabendo ao requerente solicitar preliminarmente a devolução dos bens apreendidos antes do julgamento da infração.

§ 4° Se a decisão do chefe do serviço, preliminar ou final, for favorável ao recorrente, ser-lhe-ão devolvidos os bens sem ônus para ele, desde que seja comprovada a origem lícita dos mesmos.

§ 5° Se a decisão concluir pela ocorrência de infração, a devolução das coisas apreendidas só se fará após o pagamento das multas e das despesas do Município com a apreensão, transporte e depósito.

Art. 46 No caso de não serem reclamadas e retiradas dentro de 5 (cinco) dias úteis, a contar da comunicação ao recorrente, os bens apreendidos serão encaminhados às instituições de assistência social, devidamente credenciadas pelo Município.

Art. 47 Quando se tratar de material ou mercadoria perecíveis, haverá doação imediata às instituições de caridade que sejam reconhecidas de utilidade pública, a critério do órgão fiscalizador.

Parágrafo Único. Se for verificada a deterioração do material este será recolhido pelo serviço de limpeza urbana.

Art. 48 As coisas apreendidas em decorrência de irregularidades insanáveis serão inutilizadas e destruídas pelo Município sem direito a indenização ao seu proprietário ou responsável.

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SEÇÃO III DA SUSPENSÃO DE ATIVIDADES E DA INTERDIÇÃO DO ESTABELECIMENTO

Art. 49 A suspensão de atividades ou a interdição do estabelecimento dar-se-á ante a constatação de uma das seguintes situações:

I - perigo iminente ou risco para a coletividade;

II - exercício de atividade diferente da requerida e aprovada pelo Município;

III - funcionamento em discordância das normas ambientais ou sanitárias;

IV - funcionamento sem a prévia aprovação pelo Município;

V - quando expirado o prazo para regularização nos termos desta Lei, em qualquer hipótese em que a ilegalidade somente possa ser coibida com as medidas previstas no capta deste artigo.

§ 1° Nas hipóteses previstas nos incisos II e IV do capta deste artigo, dar-se-á a advertência para regularização, salvo quando verificado outro motivo para suspensão de atividades ou interdição do estabelecimento.

§ 2° A defesa deve ser apresentada por petição, cabendo ao requerente solicitar preliminarmente o pleno funcionamento do estabelecimento antes do julgamento da infração.

§ 3° Se a decisão, preliminar ou final, for favorável ao recorrente, ser-lhe-á assistido desenvolver as atividades promovidas anteriormente ao auto de infração.

§ 4° Se a decisão concluir pela ocorrência de infração, o pleno funcionamento do estabelecimento só se fará depois de pagas as multas devidas e as demais despesas do Município eventualmente existentes.

§ 5° A suspensão de atividades ou a interdição do estabelecimento deverá ser informada no auto de infração ou em termo específico pela autoridade municipal competente, fixando-se o prazo de 30 (trinta) dias para o cumprimento das exigências que a motivaram.

§ 6° A interdição do estabelecimento poderá ser parcial ou total. Sendo parcial não implicará na suspensão de outras atividades no mesmo estabelecimento que não resultem nos riscos, danos ou irregularidades descritos nos incisos deste artigo.

Art. 50 A interdição de uma edificação deverá ocorrer para os casos de instabilidade e risco iminente para os ocupantes ou coletividade, devidamente verificada em vistoria pelo órgão competente.

§ 1° Tratando-se de edificação habitada, ou com qualquer outro uso, o órgão competente do Município notificará seus ocupantes sobre a(s) irregularidade(s) a ser (em) corrigida(s) e sua respectiva interdição, através de termo de interdição, não mais sendo permitida sua utilização enquanto não forem eliminadas as causas que motivaram a interdição.

§ 2° O Município, através de órgão competente, deverá promover a desocupação da edificação, compulsória, se necessária, se houver insegurança manifesta com risco de vida ou de saúde para os moradores ou trabalhadores.

§ 3° A interdição só será suspensa quando forem eliminadas as causas que a determinaram.

CAPÍTULO VDAS PENALIDADES

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Art. 51 A inobservância das leis de licenciamento, funcionamento, construção ou exercício de atividade econômica, autoriza o Município a aplicar ao infrator alternativa ou cumulativamente, as seguintes penalidades, conforme o caso:

I - multa;

II - apreensão ou inutilização;

III - cassação da licença;

IV - revogação da autorização;

V - retirada do veículo publicitário;

VI - demolição da edificação;

VII - Suspensão de venda ou fabricação;

VIII - Interdição;

IX - Proibição de propaganda e ou imposição de contrapropaganda;

X - Intervenção;

XI - Suspensão da atividade.

§ 1° As sanções a que se refere esta Lei não isentam o infrator da obrigação de reparar o dano resultante da infração nem mesmo a possíveis indenizações decorrentes do mesmo.

§ 2° Á aplicação de uma das sanções previstas não prejudica a de outra, se cabível.

Art. 52 Decreto municipal regulamentará as hipóteses de aplicação e a gradação das penalidades indicadas no art. 67 desta Lei.

TÍTULO VDISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 53 O Município tomará providências administrativas para promover a eficácia desta Lei, especialmente as seguintes:

I - revisão do sistema de organização administrativa do Município no sentido de interagir os setores de fiscalização componentes do Sistema Municipal de Licenciamento e Fiscalização;

II - realização de um programa de reciclagem do pessoal responsável pela tramitação de processos e pelas fiscalizações, com o objetivo de atualizá-los a respeito das disposições desta Lei.

Art. 53-A O encerramento e o consequente arquivamento do processo dar-se-á tanto pelo deferimento quanto pelo indeferimento do pleito.

§ 1.º Caberá o indeferimento do processo quando da desistência ou por omissão do requerente por mais de 180 (cento e oitenta) dias, reiterados descumprimentos de exigências, alteração de endereço, inscrição de pessoa jurídica baixada, inexatidão das informações prestadas, inexistência de execução de atividade de interesse à saúde ou de atividade não pactuada pelo município.

§ 2.º Os casos de indeferimento por omissão ou por descumprimentos de exigências poderão ensejar sanções previstas em legislação.

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Art. 54 Para efeito desta Lei, entende-se como autoridade fiscal competente, os titulares e substitutos dos cargos públicos do Município de acordo com a lei municipal.

Art. 54- A autorização será reconhecida pela emissão de Alvará, de certificado de imprensa contendo todos os elementos atinentes à atividade licenciada, e deverá obrigatoriamente ser afixado em local visível do estabelecimento.

Art.55 Nas omissões será admitida a interpretação segundo critérios da legislação vigente.

Art.56 Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Vila Velha, 16 de outubro de 2018.

MAX FREITAS MAURO FILHOPrefeito Municipal.

Este texto não substitui o original publicado e arquivado na Câmara Municipal de Vila Velha.