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Desigualdade nas mesorregiões nordestinas: uma análise multidimensional dos anos 2000 Resumo: O objetivo do artigo é analisar a evolução da desigualdade socioeconômica ao longo dos anos 2000, a partir de uma abordagem multidimensional, enfocando as diferenças entre as mesorregiões nordestinas. Inicialmente foi realizado um estudo da dinâmica da economia e do mercado de trabalho das grandes regiões nos anos 2000, com o intuito de situar a região Nordeste no contexto das demais bases produtivas regionais. Em seguida, realiza-se uma abordagem multidimensional da desigualdade entre as mesorregiões nordestinas, a partir da análise dos coeficientes de variação de diversos indicadores socioeconômicos. Nesse sentido, os dados demostram uma melhoria da maioria dos indicadores socioeconômicos em todas as dimensões estudadas, indicando uma redução da desigualdade intra- regional no Nordeste entre 2000 e 2010. Palavras-chave: Desigualdade, Brasil, Nordeste, mesorregiões, crescimento econômico. Abstract: The aim of this paper is to analyze the evolution of socioeconomic inequality over the 2000s, from a multidimensional approach, focusing on the differences in the northeastern meso regions. Initially, it was realized a study of the dynamics of the economy and labor market of the major regions in the 2000s, in order to situate the Northeast region in the context of the others regional production bases. Besides that, it was performed a multidimensional approach to measure the inequality among Northeastern meso regions, analyzing the coefficients of variation of some socioeconomic indicators. Finally, the paper demonstrates an improvement in most socioeconomic indicators in all the studied dimensions, indicating a reduction in intra-regional inequality in the Northeast between 2000 and 2010. Keywords: Inequality, Brazil, Northeast, meso regions, economic growth. Introdução

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Desigualdade nas mesorregiões nordestinas: uma análise multidimensional dos anos 2000

Resumo: O objetivo do artigo é analisar a evolução da desigualdade socioeconômica ao longo dos anos 2000, a partir de uma abordagem multidimensional, enfocando as diferenças entre as mesorregiões nordestinas. Inicialmente foi realizado um estudo da dinâmica da economia e do mercado de trabalho das grandes regiões nos anos 2000, com o intuito de situar a região Nordeste no contexto das demais bases produtivas regionais. Em seguida, realiza-se uma abordagem multidimensional da desigualdade entre as mesorregiões nordestinas, a partir da análise dos coeficientes de variação de diversos indicadores socioeconômicos. Nesse sentido, os dados demostram uma melhoria da maioria dos indicadores socioeconômicos em todas as dimensões estudadas, indicando uma redução da desigualdade intra-regional no Nordeste entre 2000 e 2010.

Palavras-chave: Desigualdade, Brasil, Nordeste, mesorregiões, crescimento econômico.

Abstract: The aim of this paper is to analyze the evolution of socioeconomic inequality over the 2000s, from a multidimensional approach, focusing on the differences in the northeastern meso regions. Initially, it was realized a study of the dynamics of the economy and labor market of the major regions in the 2000s, in order to situate the Northeast region in the context of the others regional production bases. Besides that, it was performed a multidimensional approach to measure the inequality among Northeastern meso regions, analyzing the coefficients of variation of some socioeconomic indicators. Finally, the paper demonstrates an improvement in most socioeconomic indicators in all the studied dimensions, indicating a reduction in intra-regional inequality in the Northeast between 2000 and 2010.

Keywords: Inequality, Brazil, Northeast, meso regions, economic growth.

Introdução

Uma das heranças mais marcantes do desenvolvimento brasileiro é a intensa

desigualdade regional. De acordo com Hoffmann (1978), esse processo de concentração

econômica no Sudeste/Sul se intensificou durante o período da ditadura militar, quando o

crescimento da indústria brasileira entre 1960-1970 ocorreu com o aumento do grau de

concentração tanto da renda como de poder econômico, em um país que já apresentava

historicamente um padrão de distribuição bastante concentrado. Esse movimento também já

tinha sido ressaltado pelo Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do Nordeste - GTDN

(1967), que destacou o aumento da disparidade no nível de desenvolvimento entre o

Nordeste a o “Centro Sul” do país, reflexo do processo de concentração industrial que

ocorreu na região Sudeste.

Para Guimarães Neto (1989), o início do processo de integração inter-regional da

estrutura produtiva brasileira se deu nos anos 1960 e ocorreu a partir da transferência de

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frações do capital produtivo nacional e internacional localizado nas áreas mais

industrializadas do país em direção a outras regiões, em especial o Nordeste, a partir de

meados dos anos 1960, como identificou inicialmente Moreira (1976) e confirmou

Guimarães Neto (1989).

Entre o final da década de 1970 e final da década de 1990, o grau de desigualdade

de renda medido pelo Coeficiente de Gini manteve-se estável, em torno de 0,60, para o

Brasil. Apenas no final da década de 1980 observa-se um aumento do indicador, atingindo

0,64 em 1989, mas caindo no início dos anos 1990 – retornado, assim, para o patamar de

0,60 (BARROS, HENRIQUES E MENDONÇA, 2001). A região Nordeste segue a mesma

tendência, mas permanece apresentando um patamar maior do índice de Gini, o que indica

a permanência de uma maior concentração de renda na região.

Em termos de estrutura produtiva, o Nordeste do final da década de 1990

apresentava uma importante diversidade produtiva sub-regional, com crescente

heterogeneidade intra-regional. Como afirma Araújo, foram criadas "(...) novas áreas de

expansão que abrigam, hoje, estruturas modernas e dinâmicas, as quais convivem com

áreas e segmentos econômicos tradicionais, contribuindo, assim, para tornar a realidade

regional muito mais diferenciada e complexa" (ARAÚJO, 2000, p. 194).

Nos anos 2000, o Brasil apresentou sinais de recuperação econômica, com

importante geração de empregos e crescimento da renda nacional. A partir de 2004, a

expansão do crédito e do consumo das famílias, a manutenção do crescimento das

exportações, decorrente do movimento favorável do crescimento internacional (até a crise

financeira de 2008/09), e a reativação do investimento produtivo e em infraestrutura

econômica e social permitiram que o País mantivesse um ritmo sustentado de crescimento

do PIB.

Neste ambiente de retomada do crescimento em que o mercado interno registrou

um peso relativamente maior do que o do mercado externo observou-se que as regiões

mais atrasadas economicamente (Norte e Nordeste) apresentaram um forte dinamismo do

produto e da geração de emprego, em especial do emprego formal, além de um crescimento

médio da renda acima das outras regiões. Nesse processo, também merecem destaque a

implementação e consolidação de programas sociais de transferência de renda, a política de

reajuste real do salário mínimo, além da expansão do crédito para o consumo, que se

mostraram elementos dinamizadores para essas regiões.

Outro reflexo importante desse novo momento da economia brasileira é a queda da

desigualdade de renda, medida pelo Coeficiente de Gini, que passa de um patamar de 0,60,

em 2001, para 0,54, em 2009, de acordo com os dados da PNAD (IBGE).

Como destaca Dedecca et al.:

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“As reduções do Índice de Gini nos anos 80 e 90 ocorreram em um

contexto de elevada instabilidade econômica, caracterizada por

declínio do nível de atividade, redução do nível de emprego,

incremento expressivo do desemprego e uma situação de fortes

tensões inflacionárias. Ademais, o movimento foi significativamente

mais circunscrito a um curto espaço de tempo.

A tendência atual de redução apresenta características bastante

distintas. Ela começa em um ambiente de instabilidade econômica,

correspondente ao período 2000-2002, mas vai se consolidando, a

partir de 2003, em outro marcado pela recuperação econômica com

recomposição do nível de emprego, queda do desemprego e baixa

inflação. Ademais, ela vem perdurando durante todos os anos da

década, mostrando uma duração significativamente mais longa que

aquela observada para as quedas da desigualdade ocorridas nos

anos 80 e 90” (DEDECCA et al., 2008, p.2).

Na região Nordeste, soma-se a esse cenário positivo nacional e internacional: a

retomada do investimento produtivo e em infraestrutura realizados, sobretudo, no âmbito do

Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que possibilitou grandes investimentos

produtivos, como refinarias de petróleo, obras de infraestrutura, como a Transposição do Rio

São Francisco e a ferrovia Transnordestina. Dessa forma, espera-se que ocorram mudanças

importantes na estrutura produtiva da região, além das transformações que já estão

acontecendo com os investimentos privados, a exemplo da indústria naval, indústria de

papel e celulose, agronegócio, entre outros.

Em relação aos indicadores sociais, as informações disponíveis revelam, para o

Nordeste, um ritmo mais acelerado de queda da pobreza extrema (pessoas com rendimento

familiar per capita inferior a ¼ do salário mínimo) e da melhoria do IDH. Apesar disso, a

região segue liderando os piores indicadores sociais do País (GUIMARÃES NETO, 2010).

A partir do entendimento da desigualdade como um fenômeno complexo e

multidimensional, extrapolando os problemas associados a concentração da renda, o

presente trabalho busca analisar a evolução desse processo, em um contexto de

crescimento econômico com redução da concentração de renda no Brasil. O objetivo, pois, é

entender se esse processo recente teve reflexo sobre a desigualdade intra-regional no

Nordeste. Para tanto, a abordagem proposta parte da elaboração de diversos indicadores

socioeconômicos, em distintas dimensões, de forma a entender as diferenças entre as

mesorregiões nordestinas.

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As mesorregiões representam uma forma de organização regional/territorial no

interior de cada unidade da federação. Elas são determinadas pelo processo social,

condicionadas pelo quadro natural e articuladas, em termos espaciais, por elementos como

as redes de comunicação e de lugares. A utilização das mesorregiões como unidade de

análise permite o diagnóstico de identidades regionais construídas pela sociedade ao longo

do tempo. Também possui vantagens ligadas ao norteamento de políticas públicas e

contribui para o sistema de decisões permitindo um exame mais detalhado das questões

associadas à localização das atividades econômicas, sociais e tributárias, além de subsidiar

o planejamento e os estudos regionais, identificando as especificidades das estruturas

espaciais das regiões metropolitanas e/ou de outras formas de aglomerações urbanas e

rurais (IBGE, 1990).

A partir do Mapa 1 é possível identificar as 42 mesorregiões que compõem a região

Nordeste, segundo o bioma que pertencem.

Mapa 1 – Nordeste: Mapa das mesorregiões segundo biomas

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Para realizar essa discussão, o trabalho está divido em três seções, além desta

introdução. Na primeira seção, apresenta-se a dinâmica da economia e do mercado de

trabalho das grandes regiões nos anos 2000, com o intuito de situar a região Nordeste no

contexto nacional. Para, em seguida, realizar uma abordagem multidimensional da

desigualdade entre as mesorregiões nordestinas a partir da observação dos coeficientes de

variação de diversos indicadores socioeconômicos. Por fim, as considerações finais buscam

retomar e articular a discussão feita ao longo do texto.

1. Dinâmica da economia e mercado de trabalho das grandes regiões brasileiras nos anos 2000

Como já ressaltado, o início dos anos 2000 se destaca pela retomada do

crescimento da atividade econômica e por um processo de reestruturação do mercado de

trabalho nacional, tendências que se reproduziram nas grandes regiões do país. Em relação

ao produto interno bruto, constatam-se alterações muito reduzidas das participações

relativas das grandes regiões brasileiras, na trajetória recente. Ao longo dos anos 2000 não

ocorreram praticamente mudanças significativas de peso relativo das macrorregiões

brasileiras. Todavia, evidencia-se um modesto declínio na participação relativa da região

Sudeste e pequenos aumentos relativos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste

(Tabela 1).

Tabela 1 - Participação do Produto Interno Bruto. Brasil e Grandes regiões, 2000-2011Especificação 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Brasil 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100Norte 4,4 4,5 4,7 4,8 4,9 5,0 5,1 5,0 5,1 5,0 5,3 5,4Nordeste 12,4 12,6 13,0 12,8 12,7 13,1 13,1 13,1 13,1 13,5 13,5 13,4Sudeste 58,3 57,7 56,7 55,8 55,8 56,5 56,8 56,4 56,0 55,3 55,4 55,4Sul 16,5 16,7 16,9 17,7 17,4 16,6 16,3 16,6 16,6 16,5 16,5 16,2Centro-Oeste 8,4 8,5 8,8 9,0 9,1 8,9 8,7 8,9 9,2 9,6 9,3 9,6Fonte: IBGE - Contas Regionais. Elaboração própria

Na análise do crescimento real das economias regionais, observa-se que as

regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste apresentaram uma trajetória de expansão, entre

2000 e 2011, mais intensa que a média da economia nacional, com taxas médias anuais de,

respectivamente, 5,5%, 4,2% e 4,8%. A economia do Sudeste, que registrou uma expansão

anual de 3,4%, e da região Sul, com incremento do produto de 3,1% a.a., demonstraram

uma trajetória expansiva menos intensa que a da média do país (3,5%) – como pode ser

observado a partir do Gráfico 1.

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80

100

120

140

160

180

200

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Gráfico 1 - Evolução do Produto Interno Bruto (2000 = 100). Brasil e Grandes regiões, 2000-2011

Brasil

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

Fonte: IBGE - Contas Regionais. Elaboração própriaNota: Valores deflacionados pelo deflator implícito do PIB a preços de 2013.

Verifica-se, também, um decréscimo das taxas de crescimento populacional nas

macrorregiões brasileiras ao longo das últimas décadas. Nos anos 2000, apenas as regiões

Norte e Centro-Oeste, de ocupação mais recente, apresentaram um incremento

populacional acima da média nacional, o que representa também um aumento da

participação da população dessas regiões (Tabela 2). Todavia, destaca-se que a população

da região Nordeste detinha, em 2010, 27,8% do total do Brasil, enquanto que sua

participação no produto era de apenas 13,5%. Essa questão, isoladamente, já representa

uma disparidade importante entre as dinâmicas demográficas e econômicas, contudo, o

problema se agrava, ao se verificar que 47,8% da população rural viviam nessa região, em

2010.

1991 2000 2010 1991/2000 2000/2010 Urbana RuralBrasil 100 100 100 1,6 1,2 100 100Norte 6,8 7,6 8,3 2,8 2,1 7,2 14,1Nordeste 28,9 28,1 27,8 1,3 1,1 24,1 47,8Sudeste 42,7 42,6 42,1 1,6 1,0 46,4 19,0Sul 15,1 14,8 14,4 1,4 0,9 14,5 13,8Centro-Oeste 6,4 6,9 7,4 2,4 1,9 7,8 5,3Fonte: IBGE - Censos Demográficos. Elaboração própriaNota: Dados do universo.

Especificação Distribuição da população Taxa de cresc. anual (% a.a.)

Dist. populacional por situação de domicílio

em 2010

Tabela 2 - Distribuição da população residente e taxa de crescimento populacional. Brasil e Grandes regiões, 1991-2010.

Em relação ao mercado de trabalho, observa-se uma elevação mais expressiva da

taxa de participação1 das regiões Centro-Oeste e Sul, que passaram de 61,4% para 63,0% e

de 62,2% para 63,2%, respectivamente, entre 2000 e 2010, segundo os dados do Censo

Demográfico para a população com renda familiar per capita maior que zero. Em seguida 1 Taxa de Participação é definida pela relação entre a População Economicamente Ativa (PEA) e a População em Idade Ativa (PIA).

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aparece o Sudeste, com uma taxa de participação que se elevou de 59,9% para 60,6%. A

região Norte manteve estável sua taxa de participação, enquanto que o Nordeste

apresentou uma retração devido ao maior crescimento médio da PIA em relação à PEA. Ou

seja, nessa região houve um crescimento da inatividade maior que o crescimento da PEA,

fato decorrente do crescimento dos ocupados sem remuneração e do autoconsumo com

menos de 15 horas, que no presente estudo foram considerados inativos (Tabela 3).

Observa-se, ainda, que o desemprego caiu de maneira generalizada em todas as

macrorregiões brasileiras. A taxa de desocupação, ou desemprego aberto, passou de

14,0%, em 2000, para 7,1%, em 2010, no Brasil. No Sul essa taxa reduziu-se de 11,1% para

4,4%. No Sudeste passou de 14,9% para 6,9%; no Centro-Oeste de 12,5% para 6,2%; no

Norte de 14,0% para 8,1%; e no Nordeste de 14,5% para 9,3%. Enfim, observa-se que

houve um maior crescimento da população ocupada na região Norte, seguida pelo Centro-

Oeste, Sudeste, Sul e, por último, o Nordeste. Todavia, quando se analisa o emprego no

setor privado, maior responsável pelo dinamismo da geração de empregos nesse período,

verifica-se que a região Nordeste apresentou um crescimento médio de 4,7% ao ano,

ficando atrás apenas das regiões Norte (7,2% a.a.) e Centro-Oeste (5,1% a.a.).

Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste0,5 3,3 0,0 -0,3 1,3 0,54,4 7,2 4,7 3,9 4,2 5,12,4 4,2 2,0 1,7 2,8 3,72,3 4,5 1,9 2,0 2,1 3,7-1,0 1,1 -1,2 -1,6 0,2 -1,11,8 4,0 2,5 1,6 0,9 1,7-1,4 2,0 -0,5 -2,0 -6,0 1,12,9 5,1 2,5 2,7 2,6 3,6-4,6 -1,2 -2,5 -5,7 -7,1 -4,1

PEA 2,1 4,4 1,9 1,8 1,8 2,92,0 4,3 2,5 1,5 1,4 2,2-1,9 0,2 -1,8 -2,4 -2,9 -1,31,3 3,4 1,4 1,0 0,9 1,9

Taxa de participação 2000 58,3 55,1 53,5 59,9 62,2 61,42010 58,5 55,1 52,1 60,6 63,2 63,0

Taxa de desocupação 2000 14,0 14,0 14,5 14,9 11,1 12,52010 7,1 8,1 9,3 6,9 4,4 6,2

Fonte: IBGE - Censos Demográficos. Elaboração própria

Especificação (1)

Menor de 10 anosTotal

Inativo (3)

Empregado Setor PúblicoAutônomoEmpregadorEmpregado Doméstico

Ocupação AgrícolaEmpregado Setor Privado

Sem Remuneração e auto-consumo (2)

População OcupadaPopulação Desocupada

Nota: (1) Dados sem Renda Zero. (2) Trabalhadores sem remuneração ou autoconsumo com quinze horas ou mais de trabalho por semana. (3) Incluí os trabalhadores sem remuneração ou autoconsumo com menos de quinze horas de trabalho por semana.

Tabela 3 - Taxa de crescimento da população economicamente ativa (% a.a.) e taxa de participação e desocupação. Brasil e Grandes regiões, 2000/2010.

No que se refere ao segmento formal do mercado de trabalho entre 2000 e 2010,

percebe-se que, tanto pela criação de novos postos de trabalho como pela formalização de

postos existentes, as regiões Norte e Nordeste apresentaram as maiores taxas médias de

crescimento do emprego formal no período. Enquanto a Região Norte expandiu a geração

de postos de trabalho formal em 8,2% ao ano, o Nordeste cresceu 6,2% a.a. e o Centro-

Oeste 5,7% ao ano, ritmo este mais intenso que a média nacional (5,3% a.a.). As duas

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outras regiões registraram crescimento médio inferior à média do país, 4,8% ao ano e 5,0%

a.a. nas regiões Sudeste e Sul, respectivamente (Gráfico 2).

8,2

6,2

4,8 5,05,7 5,3

0,0

1,02,03,04,05,06,0

7,08,09,0

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil

Gráfico 2 - Taxa de crescimento média anual do emprego formal (% a.a.). Brasil e Grandes regiões, 2000/2010

Fonte: MTE - RAIS. Elaboração Própria

Esse maior crescimento do emprego nas regiões Norte e Nordeste se releva com

destaque na distribuição do emprego formal (Tabela 4). Verifica-se, no período de 2000 a

2010, um aumento da participação dessas regiões no total de ocupados formais, passando

de 4,2% para 5,5% e 16,7% para 18,2%, respectivamente. Todavia, a região Sudeste ainda

é responsável por mais de 51% do total de emprego formal e, se analisado a quantidade de

empregados gerados para cada 10 empregos no total, observa-se que cerca de 4,7 são

gerados nessa região. Em síntese, os dados da RAIS sobre o emprego formal registram o

fato de que o Norte e Nordeste apresentaram um crescimento mais intenso nesse período.

As regiões Centro-Oeste e Sul aproximam-se mais da dinâmica nacional e a região Sudeste

registrou uma expansão relativa menor. Entretanto, apesar da perda de peso relativo do

Sudeste, essa região ainda é a líder na geração de empregos formais.

Total de empregos gerados

Quant. de empregos gerados para cada

10 empregos no total

2000 2010Brasil 100,0 100,0 17.839.726 10,0Norte 4,2 5,5 1.313.817 0,7Nordeste 16,7 18,2 3.635.989 2,0Sudeste 53,5 51,0 8.418.177 4,7Sul 17,6 17,1 2.932.378 1,6Centro-Oeste 8,0 8,2 1.539.365 0,9Fonte: MTE - RAIS. Elaboração Própria

Distribuição do empregoEspecificação

2000/2010

Tabela 4 - Distribuição do emprego formal e quantidade de empregos gerados no período. Grandes regiões, 2000/2010.

A análise da evolução da participação da ocupação remunerada com contribuição

para a Previdência Social corrobora a tendência de formalização do emprego na economia

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brasileira nesse período (Gráfico 3). Há um expressivo crescimento da população ocupada

remunerada com contribuição, que no Brasil passa de 49,8% em 2000 para 61,8%, em

2010. Em termos regionais, seguindo a dinâmica do emprego formal, esse crescimento é

maior nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste. Por fim, observa-se a perda de peso

relativo tanto da ocupação remunerada sem contribuição quanto da não remunerada.

Entretanto, em 2010, a ocupação não remunerada ainda representava 8,6% dos ocupados

no Nordeste e 6,9%, no Norte. Essa ocupação não remunerada ainda era bastante

expressiva na região Nordeste, que detinha 1,7 milhões dos 3,2 milhões de não

remunerados do Brasil.

49,861,8

28,9

45,532,0

45,559,8

70,256,9

69,5

46,262,2

44,134,4

61,0

47,7

55,6

45,9

37,928,5

35,7

27,6

50,9

35,7

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2000 2010 2000 2010 2000 2010 2000 2010 2000 2010 2000 2010

Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Gráfico 3 - Evolução da participação da ocupação remunerada, por contribuição na previdência, e não remunerada. Brasil e Grandes regiões, 2000/2010.

Ocup. Remunerada com Contribuição Ocup. Remunerada sem Contribuição Ocup. Não Remunerada

Fonte: IBGE - Censos Demográficos. Elaboração própria

Observa-se, ainda de acordo com os dados dos Censos Demográficos (IBGE), que

o rendimento médio mensal de todos os trabalhos para a população ocupada apresentou

maior incremento nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte, no período de 2010/2000.

Guimarães Neto (2010) aponta também para o aumento relativo do poder de

compra das populações da região Norte e Nordeste que foram beneficiadas pela valorização

expressiva do salário mínimo e pela expansão das transferências governamentais de renda.

Observa ainda o forte crescimento do crédito a pessoa física nessas duas regiões, bem

como o papel exercido pelo financiamento à atividade produtiva, em especial, aos

investimentos de longo prazo realizados pelo BNDES. Ademais, destaca os grandes

projetos do PAC que tem trazido refinarias, siderúrgicas, infraestrutura econômica e

habitação, entre outros projetos, para essas regiões. Por fim, salienta o papel exercido pelas

aplicações dos fundos constitucionais, realizadas pelos Bancos Públicos, em especial para o

caso do Nordeste a partir de 2003.

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O autor acrescenta, no que se refere à qualidade de vida das populações regionais,

que o IDH estimado até 2007 mostra que embora o nível dos indicadores sociais do

Nordeste e Norte sejam inferiores ao do Brasil e demais regiões, a intensidade da melhoria

observada nessas duas regiões foi bem mais significativa. Ao analisar os outros

componentes ou dimensões do IDH (renda, longevidade e educação), constata-se que tal

evolução está associada a um conjunto de ações e políticas que se diferenciam de uma

região para outra. Finalmente, os indicadores usualmente utilizados para medir a pobreza

mostram que houve um declínio muito significativo da participação das famílias em situação

de pobreza extrema em todas as regiões, com a região Nordeste registrando declínio um

pouco mais intenso entre 2003 e 2008 (GUIMARÃES NETO, 2010).

Em síntese, essa mudança do cenário econômico se refletiu em um processo de

reestruturação do mercado de trabalho em todas as macrorregiões, com melhorias

importantes na distribuição de renda e redução das desigualdades de renda entre as regiões

brasileiras. Todavia, a redução da desigualdade tem que ser entendida de maneira mais

ampla. Para isso, pretende-se realizar a seguir um estudo mais detalhado, a partir de uma

abordagem multidimensional, de forma a contemplar indicadores de mercado de trabalho e

renda, condições de vida e consumo, educação, demografia, saúde e discriminação. O

objetivo é fornecer elementos capazes de produzir uma compreensão mais profunda da

evolução desse fenômeno, destacando as diferenças entre as mesorregiões nordestinas.

Ademais, através do estudo dos coeficientes de variação dos diversos indicadores

multidimensionais, buscar-se-á elucidar se os impactos positivos desse período

proporcionaram uma alteração no quadro de desigualdade entre as mesorregiões

nordestinas.

2. Desigualdade nas mesorregiões do Nordeste: uma análise multidimensional

Vários estudos vêm apontando para uma indiscutível redução da desigualdade de

renda, medida pelo Índice de Gini2, outros mostram que esse fenômeno também pôde ser

observado em nível regional.3 A Tabela 5 apresenta alguns indicadores de concentração de

renda que corroboram a ideia de uma tendência de redução da concentração de renda no

Brasil e no Nordeste, nos anos 2000. Destaca-se, entretanto, que apesar da expressiva

redução desses índices, o nível de concentração ainda se encontra em patamares elevados,

sobretudo, na região Nordeste.

2 Ver DEDECCA et al.(2008), PAES DE BARROS et al. (2007) e CEPAL (2010).3 HOFFMANN (2005) e HOFFMANN (2007).

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Tabela 5 - Indicadores de concentração de renda. Brasil e Nordeste, 2000/2010

2000 2010 2000 2010Índice de GINI 0,632 0,596 0,638 0,617T de Theil 0,888 0,775 0,961 0,815L de Theil 0,776 0,651 0,776 0,679Fonte: IBGE - Censo Demográfico. Elaboração própria

Indicadores Brasil Nordeste

Todavia, para o entendimento da questão da desigualdade econômica e social,

demonstra-se cada vez mais evidente a insuficiência de uma análise apenas da dimensão

econômica medida em especial em bases monetárias. Entendendo a necessidade de se

analisar, sob uma ótica multidimensional, os benefícios que o recente crescimento

econômico, a recuperação do mercado de trabalho e o incremento das políticas públicas

têm proporcionado para a questão da desigualdade, pretende-se, nessa seção, desenvolver

uma análise multidimensional da desigualdade entre as mesorregiões nordestinas nos anos

2000. Como apontado anteriormente, as mesorregiões são unidades espaciais que auxiliam

no entendimento das disparidades socioeconômicas no interior da região Nordeste.

Nesse sentido, Dedecca (2009) propõe uma metodologia para uma análise

multidimensional da desigualdade que além de considerar as dimensões estabelecidas pela

renda monetária de mercado, também considera aspectos relevantes de natureza não

monetária. Seu objetivo é compreender: i) as “transformações da estrutura produtiva e do

mercado e das relações de trabalho e suas implicações para a mudança na distribuição de

renda do trabalho” – com enfoque nas mudanças na estrutura ocupacional, processo de

formação das rendas do trabalho e alterações na distribuição de renda; ii) as

“transformações da estrutura produtiva e das instituições socioeconômicas e suas relações

com a distribuição da riqueza e a evolução do bem-estar” – com o foco nos demais

processos de distribuição do excedente econômico, principalmente os efetuados através das

políticas públicas e da propriedade de ativos. (DEDECCA, 2009 p.19)

A partir desse enfoque o autor desenvolve uma gama de indicadores divididos em

cinco dimensões: rendimento, educação e saúde, condições de vida, mercado de trabalho e

risco socioeconômico e discriminação, desenvolvendo vários indicadores apresentados na

Tabela 6.

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Tabela 6

Dimension Axes

Rendimento Bruto do TrabalhoRendimento Bruto do Trabalho mais Transferências MonetáriasRendimento Bruto do Trabalho mais Transferências TotaisRendimento Líquido do TrabalhoRendimento Líquido do Trabalho mais Transferências MonetáriasRendimento Líquido do Trabalho mais Transferências TotaisPosse de cartão de créditoParticipação da despesa com alimentação na renda disponívelRelação renda do trabalho e valor dos ativos

Incidência do ensino médioIncidência do ensino superiorEsperança de vidaAcesso a plano de saúdeDespesa com produtos farmacêuticos

Numero de banheiros Escoamento do esgoto por rede de saneamentoMoradores por dormitórioAcesso a energia elétricaFilhos nascidos mortosHoras destinadas ao afazeres domésticos (mulheres)Tempo de residência inferior a 3 anosDespesa com serviços domésticoPavimentação da Rua

Taxa de desempregoTaxa de informalidadeIncidência do trabalho infantilFiliação a sindicato ou associaçãoTempo de vínculo do trabalho atualIncidência do trabalho agrícolaIncidência do trabalho em jornada noturna

Rendimentos mulheres e homensRendimentos negros e brancosJornadas de trabalho no mercado de trabalho e de afazeres domésticos entre mulheres e homens

Fonte: DEDECCA, 2009 p.22.

Discriminação

Multidimensional Indicators of Inequality

Rendimento

Educação e Saúde

Condições de Vida

Mercado de Trabalho e Risco Sócioeconomico

Dedecca (2009, p.22) ressalta que: “A iniciativa amplia os esforços existentes,

mantendo a dimensão econômica, mas introduzindo explicitamente o papel das instituições

para a desigualdade, através das dimensões não associadas ao rendimento”. O autor vem

aprimorando o desenvolvimento de sua metodologia (DEDECCA, 2012) e, para o caso do

Censo Demográfico, os indicadores foram divididos em seis óticas: mercado de trabalho e

renda, condições de vida e consumo, educação, demografia, saúde (agravante da condição

social) e discriminação.

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A Tabela 7 traz o comportamento do coeficiente de variação, que representa a

relação entre o desvio-padrão de cada indicador, para todas as mesorregiões nordestinas,

em relação à média da região Nordeste. A redução percentual do coeficiente de variação

indica uma diminuição da dispersão, para cada indicador, entre as mesorregiões do

Nordeste, destacando-se, assim, uma alteração positiva na condição de desigualdade intra-

regional.

No sentido contrário, o aumento da variação percentual do coeficiente estudado

indica uma ampliação na dispersão e a consequente piora da desigualdade desse indicador

entre as mesorregiões nordestinas.

Os dados de mercado de trabalho e renda apontam uma redução da disparidade

entre as mesorregiões nordestinas. Merece destaque os indicadores de taxa de

desemprego, formalização e incidência de programas sociais. Em relação à incidência do

trabalho agrícola, apesar do aumento da desigualdade entre as mesorregiões, houve uma

melhora do indicador médio para o Nordeste e suas mesorregiões (ver tabela A1, em

anexo). A redução da incidência da renda do trabalho e da participação da renda do trabalho

na renda total foi acompanhada de um aumento da disparidade entre as mesorregiões para

esses indicadores.

O estudo das condições de vida e acesso a bens demonstra, em sua maioria, um

crescimento da desigualdade entre as mesorregiões nordestinas, apesar de ser possível

observar uma melhora individualizada das mesorregiões para maioria dos indicadores, tais

como a redução da proporção de famílias sem acesso à energia elétrica, água encanada e

banheiro exclusivo, por exemplo. Ressalta-se uma redução da disparidade entre as

mesorregiões apenas nos indicadores de densidade de morador por banheiro, proporção de

famílias com rede inapropriada de esgoto e proporção de famílias sem veículo particular.

Em termos educacionais, verifica-se uma redução da desigualdade entre as

mesorregiões estudadas nos dados de taxa de escolarização, defasagem escolar (6 a 14

anos) e incidência do ensino médio completo. Todavia, os indicadores de taxa de

analfabetismo e incidência do ensino superior, demonstram uma ampliação da desigualdade

dentro do Nordeste, ainda que individualmente as suas mesorregiões tenham apresentado

uma melhora nessa dimensão.

Os aspectos demográficos indicam uma redução da desigualdade entre as

mesorregiões do Nordeste, apenas o indicador de tamanho médio das famílias expressa um

aumento da disparidade.

Quanto aos indicadores de saúde que tentam observar alguns aspectos agravantes

para a condição social, nota-se, em todas essas perspectivas, uma diminuição da

desigualdade intra-regional.

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MERCADO DE TRABALHO E RENDATaxa de Desemprego 25,4 20,2 -20,2Taxa de Formalização 39,8 26,0 -34,6Taxa de Assalariamento 8,1 6,0 -26,0Incidência do trabalho agrícola 46,3 47,7 3,0Incidência da previdência social 13,5 11,5 -14,5Incidência de programas sociais 55,0 24,1 -56,2Incidência da renda do trabalho 7,5 8,9 19,1Participação da renda do trabalho na renda total 6,0 8,3 38,4

CONDICÕES DE VIDA / CONSUMODensidade de morador por dormitório 5,5 5,9 6,5Densidade de morador por banheiro 48,4 20,6 -57,5Proporção de famílias sem banheiro exclusivo do domicílio 47,9 70,1 46,4Proporção de famílias com rede inapropriada de esgoto 33,7 29,3 -13,2Proporção de famílias sem água encanada 59,7 61,9 3,7Proporção de famílias sem coleta lixo apropriada 45,3 53,0 16,9Proporção de famílias sem acesso à energia elétrica 87,6 150,9 72,3Proporção de famílias sem televisão 50,6 63,2 24,9Proporção de famílias sem máquina de lavar 6,2 10,9 77,5Proporção de famílias sem geladeira 36,1 46,2 28,0Proporção de famílias sem telefone (fixo, em 2000, e fixo e cel, em 2010)

14,4 49,0 239,6

Proporção de famílias sem computador 3,1 10,5 238,2Proporção de famílias sem veículo particular 32,6 10,6 -67,4

EDUCAÇÃOTaxa de analfabetismo 19,4 29,7 52,8Taxa de escolarização das crianças de 6 a 14 anos 2,4 0,6 -74,0Defasagem escolar (6 a 14 anos) 7,2 5,9 -17,4Incidência do ensino médio completo 34,7 23,6 -31,9Incidência do ensino superior completo 31,9 39,3 22,9

DEMOGRAFIARazão de dependência 11,6 11,3 -2,8Tamanho médio das famílias 4,9 5,6 15,3Proporção de famílias com chefia feminina 14,0 7,7 -45,0Proporção de famílias com residência inferior a 4 anos 33,3 33,0 -0,8Proporção de famílias com chefia de não brancos 10,4 10,1 -3,0

SAÚDE - AGRAVANTE DA CONDIÇÃO SOCIALProporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de enxergar

13,1 7,3 -44,5

Proporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de ouvir

14,4 9,7 -32,9

Proporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de caminhar ou subir degraus

12,1 10,1 -16,3

DISCRIMINAÇÃODiferença dos rendimentos entre mulheres e homens 7,7 6,3 -18,5Diferença dos rendimentos entre negros e brancos 17,0 15,7 -7,5Proporção de crianças negras em defasagem escolar 7,3 5,9 -19,4Proporção de crianças brancas em defasagem escolar 10,2 7,0 -31,8Taxa de analfabetismo de negros 18,9 28,6 51,8Taxa de analfabetismo de brancos 20,8 34,3 65,1

Fonte: IBGE - Censo Demográfico. Elaboração própriaNota: Coeficiente de variação = (desvio padrão / média) x 100

Tabela 7 - Coeficiente de variação dos indicadores multidimensionais de desigualdade. Mesorregiões Nordestinas, 2000/2010

Coeficiente de variação com média do NE

2010 Variação %2000

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Por fim, os dados relativos à discriminação também apontam para uma redução das

disparidades entre as mesorregiões nordestinas. A exceção encontra-se nos indicadores de

taxa de analfabetismo de negros e brancos, que apresentaram uma evolução desfavorável

do ponto de vista da desigualdade intra-regional.

Em síntese, observa-se uma redução da desigualdade intra-regional no Nordeste

entre 2000 e 2010. No entanto, é razoável se afirmar que a melhora de grande parte dos

indicadores em todas as dimensões, não se traduziu em uma transformação estrutural da

condição desigual entre as mesorregiões nordestinas. Isso ocorreu porque alguns

indicadores mostraram um aumento da desigualdade e porque o patamar de grande parte

deles ainda é bastante elevado.

Essas conclusões podem ser corroboradas a partir dos dados básicos que serviram

de subsídio para a composição dos coeficientes de variação, disponíveis nas Tabelas A2 e

A3, do anexo. A partir da análise desses indicadores por dimensão e mesorregião é possível

identificar espacialmente onde ocorreram as principais reduções das desigualdades intra-

regionais no Nordeste, bem como mostrar onde alguns indicadores ainda permanecem

elevados e/ou ampliam a dispersão.

Em relação ao mercado de trabalho e renda, três indicadores destacaram-se na

redução da disparidade: as taxas de desemprego e formalização e a incidência de

programas sociais. As maiores taxas de desemprego em 2000 eram observadas nas

mesorregiões metropolitanas de Salvador e do Recife e no Leste Potiguar, 22,0%, 21,0% e

18,0%, respectivamente. Essas mesorregiões continuaram apresentando as maiores taxas

em 2010, mas com uma redução expressiva (para 12,3% na metropolitana de Salvador,

12,7% na metropolitana do Recife e 11,4% no leste potiguar), sendo as três únicas

mesorregiões nordestinas com taxas de desemprego acima de dois dígitos. Ressalta-se,

ainda, que a queda do desemprego foi mais acentuada dentre as regiões que apresentavam

as maiores taxas.

Já no que se refere à taxa de formalização, sua ampliação foi maior entre as

mesorregiões que apresentavam menores índices de ocupação remunerada com

contribuição para a previdência, resultado da forte expansão do emprego formal e da

contribuição à previdência ao longo dos anos 2000 no país e, em especial, na região

Nordeste (Gráficos 2 e 3). Duas mesorregiões do Piauí e do Maranhão eram as que

demonstravam as mais baixas taxas de formalização em 2000: Centro Maranhense (9,9%),

Sudeste Piauiense (11,4%), Sudoeste Piauiense (11,5%) e Leste Maranhense (11,7%).

Essas mesorregiões exibiram uma importante melhora desse indicador em 2010, passando

para 26,3%, 27,9%, 31,7% e 29,9%, respectivamente. O Sertão sergipano, que apresentava

uma taxa de formalização relativamente maior que as já citadas (15,2% em 2000), foi por

elas ultrapassado e exibiu um indicador relativamente menor em 2010, de 23,2%.

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A incidência dos programas sociais4 expandiu-se seguindo a dinâmica de

consolidação e ampliação dessas políticas em termos nacionais. Também nesse caso, o

crescimento dos programas sociais foi maior entre as mesorregiões que exprimiam menores

incidências dos programas sociais, ou seja, em regiões extremamente pobres e que

precisam de uma atenção especial da política pública. A mesorregião do Sul Maranhense

apresentava uma participação de apenas 0,5% das famílias inseridas em programas sociais

em 2000, passando para 40,9% em 2010. Apesar do efeito positivo do alcance dos

programas sociais, ainda há, em média, um grande peso relativo de famílias que necessitam

desses benefícios na região Nordeste (38,4%).

Apesar do crescimento da desigualdade intra-regional expresso pela ampliação do

coeficiente de variação para a maioria dos indicadores de condição de vida e consumo, não

se pode desprezar que houve uma melhora generalizada em todos os indicadores dessa

dimensão entre 2000 e 2010. Merece destaque a redução da proporção de famílias sem

acesso à energia elétrica que, em média, era de 14,1% em 2000 e foi para 2,6% em 2010,

reflexo do programa luz para todos. No Sudeste Piauiense, 37,0% das famílias não tinham

acesso à energia elétrica em 2000 e caindo para 14,8% em 2010, porém, destaca-se que

essa mesorregião permaneceu com o menor acesso a esse tipo de bem público no

Nordeste. Ressalta-se, também, a democratização do telefone entre as famílias,

especialmente com a ampliação dos aparelhos celulares nos anos 2000. Todas as

mesorregiões detinham mais de 50% de suas famílias sem acesso a telefone em 2000,

enquanto que em 2010 todas apresentaram mais de 50% de acesso. Um exemplo da forte

expansão desse tipo de bem de consumo pode ser verificado no Sertão Sergipano, 94,6%

de suas famílias não possuíam telefone em 2000, caindo para 37,2% em 2010.

Em termos educacionais, observa-se a diminuição do coeficiente de variação entre

as mesorregiões nordestinas para três dos cinco indicadores estudados. Mas a ampliação

da desigualdade intra-regional referente à taxa de analfabetismo e à incidência do ensino

superior demonstram, para o primeiro caso, a persistência de altos índices de analfabetismo

na região, com é possível observar pela taxa do Sertão Alagoano que reduz de 49,1% em

2000 para 28,8% em 2010. Todavia, o Sertão Alagoano permaneceu sendo a mesorregião

nordestina com maior taxa de analfabetismo, o que representa que mais de ¼ de sua

população ainda era analfabeta. Já no segundo caso, apesar do crescimento e

interiorização da educação superior no país e no Nordeste, as mesorregiões metropolitanas

do Recife e Salvador, Mata Paraibana e Leste Potiguar continuaram concentrando os

maiores índices de acesso a esse nível educacional.

Os indicadores da dimensão demográfica apontam para uma redução da

desigualdade entre as mesorregiões nordestinas, com exceção do tamanho médio das 4 Bolsa Família, BPC, Previdência social e etc.

Page 17:  · Web viewAs mesorregiões representam uma forma de organização regional/territorial no interior de cada unidade da federação. Elas são determinadas pelo processo social, condicionadas

famílias. Ademais, destaca-se a existência de uma tendência de queda da razão de

dependência nas mesorregiões nordestinas. Esse movimento está diretamente relacionado

a transição demográfica que vem sendo observada no país e na região, decorrente da

diminuição das taxas de mortalidade e fecundidade da população e que se reflete em um

aumento gradual da população idosa e na redução significativa da participação de crianças

e jovens na população. O comportamento de queda da dependência é denominado de

Janela de Oportunidade ou Bônus Demográfico, e, seguindo a tendência nacional, verifica-

se entre 2000 e 2010 que o “processo de envelhecimento da população ocorreu de maneira

gradual e a Região (Nordeste) ainda apresentou manutenção do bônus demográfico” (BNB,

2014, p. 75). Esse movimento é importante porque ele se reflete na elaboração e no

financiamento das políticas públicas, especialmente de saúde, educação e previdência.

Intra-regionalmente é possível observar esse movimento especialmente nas mesorregiões

que apresentavam as maiores razões de dependência. O Sertão Alagoano, por exemplo,

tinha uma carga de dependência de 80,1% em 2000, passando para 65,9% em 2010, o que

fez com que este permanecesse como a mesorregião de maior índice e em patamar

bastante elevado.

No que se refere aos indicadores de saúde que pretendem captar algum aspecto

agravante para a condição social, constata-se uma diminuição da desigualdade intra-

regional, sem maiores especificidades em termos de mesorregiões. No entanto, é

importante ressaltar a necessidade da difusão dos equipamentos de saúde para além das

mesorregiões metropolitanas e/ou com capitais, onde há uma maior concentração dos

serviços de saúde.

Enfim, os indicadores relacionados à discriminação também apontam para uma

redução das disparidades entre as mesorregiões nordestinas, exceto para as taxas de

analfabetismo de negros e brancos. A taxa de analfabetismo caiu mais rápido entre os

brancos do que entre os negros, nesse período. As maiores taxas de analfabetismo para os

dois recortes de cor/raça em 2000 são observadas no Sertão Alagoano e, apesar da

importante queda entre 2000 e 2010, permaneceram as maiores e em nível bastante

elevadas – 30,5% entre os negros e 24,4% entre os brancos.

Conclui-se portanto que, apesar da redução da desigualdade entre as mesorregiões

nordestinas entre 2000 e 2010, não há indicativos de mudanças estruturais. Em termos

regionais, o Leste Maranhense e o Sertão Alagoano, por exemplo, ainda possuíam grande

parte dos piores indicadores estudados.

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Considerações Finais

As significativas mudanças do cenário econômico do país se refletiram em um

processo de reestruturação do mercado de trabalho na região Nordeste e em suas

mesorregiões, com aumento do emprego formal, redução do desemprego e melhorias

importantes na distribuição de renda e redução das desigualdades de renda. Todavia, não

se pode deixar de reconhecer que alguns indicadores da região ainda retratam que a

realidade social e econômica ainda é muito desigual entre as macrorregiões brasileiras, o

mesmo ocorrendo dentro da própria região Nordeste, como pode ser visto nos dados das

suas diversas mesorregiões.

O início dos anos 2000 apresentou um cenário econômico mais favorável (até

2008) que permitiu a recuperação e o incremento das políticas públicas. Diante desse

cenário, verificou-se uma melhora da maioria dos distintos indicadores das mesorregiões

nordestinas e uma queda da desigualdade intra-regional, em uma das regiões mais pobres

do Brasil, como é o caso do Nordeste.

Entretanto, em um contexto internacional menos favorável e com o dinamismo da

economia nacional apresentando dificuldades para uma retomada sustentada do produto

nacional, alguns desafios se apresentam. Em primeiro lugar, a continuidade do crescimento

econômico é condição necessária, embora não suficiente, para a manutenção e avanço dos

ganhos obtidos e estruturação de um mercado mais favorável aos trabalhadores. No que se

refere à questão regional, faz-se necessária uma política nacional de desenvolvimento

regional que parta de uma perspectiva centrada nos diferentes espaços e que explore os

desafios e as potencialidades de cada região, de forma a se reduzir as desigualdades

socioeconômicas inter e intra-regionais. Em paralelo, é importante que as principais políticas

nacionais setoriais levem em consideração as desigualdades regionais, como no caso da

política de ampliação das Universidades Públicas no país. Esta favoreceu o Norte e o

Nordeste, especialmente em suas porções não litorâneas, onde historicamente se haviam

concentrado os campi do Sistema Federal de Ensino Superior.

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Anexo

Tabela A1 - Indicadores multidimensionais de desigualdade. Mesorregiões Nordestinas, 2000/2010

MERCADO DE TRABALHO E RENDATaxa de Desemprego 12,4 3,7 13,5 7,4 22,0 8,4 1,9 3,5 5,6 12,9Taxa de Formalização 24,2 12,0 144,2 9,9 52,8 39,3 11,8 139,9 23,2 64,8Taxa de Assalariamento 66,5 5,6 31,1 55,9 77,1 71,5 4,4 19,5 58,8 78,1Incidência do trabalho agrícola 25,1 9,6 92,1 1,9 41,3 17,4 6,7 45,2 1,4 29,2Incidência da previdência social 37,7 4,9 24,2 27,4 47,3 35,0 3,9 14,9 26,7 42,4Incidência de programas sociais 2,0 1,2 1,3 0,5 6,9 38,4 8,2 66,8 18,3 51,8Incidência da renda do trabalho 74,7 5,8 33,3 65,2 87,1 71,2 6,6 43,7 57,9 86,5Participação da renda do trabalho na renda total 72,4 4,4 19,4 62,4 83,0 67,0 5,8 33,5 54,8 77,4

CONDICÕES DE VIDA / CONSUMODensidade de morador por dormitório 2,4 0,1 0,0 2,2 2,7 2,1 0,1 0,0 1,8 2,3Densidade de morador por banheiro 1,6 0,6 0,3 0,8 3,2 1,0 0,2 0,0 0,7 1,5Proporção de famílias sem banheiro exclusivo do 41,0 16,6 276,9 11,7 73,3 17,6 10,1 101,8 2,3 41,4Proporção de famílias com rede inapropriada de esgoto 41,2 13,1 172,8 14,7 74,9 52,8 13,7 188,6 17,9 81,0Proporção de famílias sem água encanada 19,7 9,5 90,2 3,6 40,9 16,2 8,1 66,1 2,5 37,3Proporção de famílias sem coleta lixo apropriada 44,3 16,9 287,1 9,7 73,9 30,1 12,9 167,1 4,5 54,8Proporção de famílias sem acesso à energia elétrica 14,1 9,8 96,9 0,3 37,0 2,6 3,1 9,4 0,1 14,8Proporção de famílias sem televisão 25,7 11,0 120,7 7,0 49,9 8,4 4,5 20,1 2,4 22,1Proporção de famílias sem máquina de lavar 92,5 5,5 30,4 75,3 97,9 84,8 8,8 77,1 61,6 93,1Proporção de famílias sem geladeira 39,8 12,4 152,9 10,5 56,2 14,3 5,8 33,9 3,8 26,5Proporção de famílias sem telefone (fixo, em 2000, e fixo e cel, em 2010)

82,6 11,0 121,8 50,8 94,6 25,8 10,6 113,4 6,5 47,4

Proporção de famílias sem computador 96,4 2,9 8,7 88,4 98,8 82,7 8,2 67,6 60,4 92,1Proporção de famílias sem veículo particular 14,0 5,3 28,0 5,8 26,8 60,7 6,7 44,6 46,6 73,8

EDUCAÇÃOTaxa de analfabetismo 37,1 6,6 43,1 19,7 49,1 20,1 5,2 26,7 7,1 28,8Taxa de escolarização das crianças de 6 a 14 anos 91,9 2,2 4,7 87,4 95,3 97,1 0,6 0,4 95,4 98,0Defasagem escolar (6 a 14 anos) 59,8 4,2 17,7 49,2 67,7 51,0 3,0 8,8 44,9 57,0Incidência do ensino médio completo 12,1 5,3 27,7 6,2 26,8 21,6 5,9 34,5 13,5 36,9Incidência do ensino superior completo 4,9 1,8 3,2 2,3 9,6 5,6 2,7 7,4 2,5 12,1

DEMOGRAFIARazão de dependência 66,2 7,3 52,6 47,6 80,1 54,2 5,8 33,6 39,8 65,9Tamanho médio das famílias 4,2 0,2 0,0 3,9 4,6 3,6 0,2 0,0 3,2 4,1Proporção de famílias com chefia feminina 23,9 3,7 13,5 19,3 35,0 38,4 3,1 9,6 31,7 45,5Proporção de famílias com residência inferior a 4 anos 3,9 1,2 1,4 1,6 6,0 3,1 0,9 0,9 1,2 5,4Proporção de famílias com chefia de não brancos 65,5 6,8 46,9 52,4 76,8 68,7 7,0 48,9 52,6 80,5

SAÚDE - AGRAVANTE DA CONDIÇÃO SOCIALProporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de enxergar

37,7 4,6 21,3 27,9 46,4 48,8 3,4 11,9 41,9 54,7

Proporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de ouvir

15,5 2,1 4,4 11,4 20,0 18,3 1,7 2,9 14,6 21,6

Proporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de caminhar ou subir degraus 19,4 2,3 5,1 15,2 23,7 23,1 2,3 5,3 18,2 26,9

DISCRIMINAÇÃODiferença dos rendimentos entre mulheres e homens 71,5 5,7 32,6 62,9 84,1 80,5 5,1 25,6 68,6 93,3Diferença dos rendimentos entre negros e brancos 58,1 8,7 75,6 37,7 76,9 64,1 9,0 81,7 41,7 80,3Proporção de crianças negras em defasagem escolar 67,6 4,8 23,4 55,5 75,2 53,6 3,1 9,5 47,5 59,5Proporção de crianças brancas em defasagem escolar 60,0 5,9 34,9 46,0 69,1 50,1 3,4 11,7 40,8 57,3Taxa de analfabetismo de negros 39,2 6,7 45,3 20,7 51,1 21,8 5,4 29,3 7,6 30,5Taxa de analfabetismo de brancos 33,1 6,3 39,2 15,8 43,6 16,4 4,8 23,2 4,8 24,4

Fonte: IBGE - Censo Demográfico. Elaboração própria

2000 2010

Média Desvio padrão Variância MáximoMínimo Máximo Média Desvio

padrão Variância Mínimo

Page 21:  · Web viewAs mesorregiões representam uma forma de organização regional/territorial no interior de cada unidade da federação. Elas são determinadas pelo processo social, condicionadas

Tabela A2 - Indicadores multidimensionais de desigualdade por mesorregião. Mesorregiões Nordestinas, 2000 (continua)

Norte Maranhense

Oeste Maranhense

Centro Maranhense

Leste Maranhense Sul Maranhense Norte

PiauienseCentro-Norte

PiauienseSudoeste Piauiense

Sudeste Piauiense

Noroeste Cearense

Norte Cearense

Metropolitana de Fortaleza

Sertões Cearenses Jaguaribe Centro-Sul

CearenseSul

CearenseOeste

PotiguarCentral Potiguar

Agreste Potiguar

Leste Potiguar

MERCADO DE TRABALHO E RENDATaxa de Desemprego 13,9 10,2 8,3 9,3 10,8 8,4 12,5 7,5 7,4 8,6 10,0 15,5 8,3 11,0 9,5 11,5 14,9 12,4 11,1 16,3Taxa de Formalização 24,6 15,8 9,9 11,7 16,6 14,4 29,2 11,5 11,4 16,5 17,9 45,7 13,4 19,3 16,4 21,9 32,3 27,4 21,5 46,6Taxa de Assalariamento 66,6 68,0 64,5 60,0 67,4 63,3 66,8 61,6 59,2 64,6 65,9 73,4 57,9 67,1 58,9 62,6 67,7 70,9 62,8 75,0Incidência do trabalho agrícola 25,7 36,2 41,3 31,9 30,1 33,3 15,1 35,7 33,8 31,0 26,1 3,1 30,5 29,2 22,1 20,3 16,7 19,0 21,0 8,5Incidência da previdência social 30,1 27,4 34,0 36,2 33,2 36,1 35,0 35,9 39,2 38,4 40,2 30,1 44,0 41,5 46,7 41,4 43,2 43,2 47,3 35,9Incidência de programas sociais 1,8 0,8 1,1 1,1 0,5 1,3 1,6 1,5 0,8 1,7 1,1 2,0 1,1 1,6 1,4 1,1 2,0 2,1 1,9 2,1Incidência da renda do trabalho 82,4 77,9 72,5 66,9 71,7 77,1 77,7 74,7 66,1 72,7 71,4 87,1 65,4 73,8 65,9 72,1 72,9 75,5 65,2 83,7Participação da renda do trabalho na renda total 77,8 83,0 74,3 70,9 79,9 70,1 73,6 72,9 70,7 70,2 69,1 75,7 65,1 70,7 65,4 70,5 71,5 69,5 64,0 72,2CONDICÕES DE VIDA / CONSUMODensidade de morador por dormitório 2,7 2,7 2,7 2,6 2,6 2,5 2,4 2,4 2,3 2,5 2,4 2,4 2,3 2,2 2,3 2,6 2,2 2,2 2,4 2,4Densidade de morador por banheiro 1,7 2,4 3,1 3,2 2,4 1,9 1,2 2,1 2,1 2,0 2,6 0,8 2,2 1,6 1,8 1,5 1,2 1,2 1,5 0,8

Proporção de famílias sem banheiro exclusivo do domicílio 56,7 65,4 71,2 73,3 63,8 57,6 40,7 60,3 57,4 58,8 67,6 15,8 60,3 49,5 50,6 44,0 34,7 33,1 41,1 13,5

Proporção de famílias com rede inapropriada de esgoto 39,1 42,3 29,2 30,3 34,3 16,1 14,7 19,2 29,8 46,0 53,6 35,1 37,8 51,7 56,0 48,3 54,4 49,2 70,2 39,3Proporção de famílias sem água encanada 16,5 13,4 20,7 15,7 9,2 19,3 11,0 29,2 33,7 21,8 29,1 6,3 32,4 23,7 18,4 20,2 16,7 17,1 26,2 3,6Proporção de famílias sem coleta lixo apropriada 60,6 59,4 66,5 71,8 63,9 64,4 39,4 73,9 67,4 62,0 58,6 9,7 61,1 50,6 50,1 41,9 31,9 26,4 38,1 15,2Proporção de famílias sem acesso à energia elétrica 14,8 16,1 19,9 27,0 25,9 27,2 11,4 36,3 37,0 17,8 16,1 1,1 21,7 10,7 10,9 10,9 7,0 6,9 10,1 1,3Proporção de famílias sem televisão 29,2 34,6 39,3 42,5 42,6 40,1 21,2 47,7 49,9 28,9 27,9 7,8 32,2 22,3 23,4 22,1 16,9 15,9 24,3 8,9Proporção de famílias sem máquina de lavar 90,9 94,3 96,2 97,1 93,7 96,9 93,2 95,7 96,4 97,0 97,9 84,5 97,5 95,6 97,3 95,7 87,8 91,0 95,4 79,2Proporção de famílias sem geladeira 36,8 43,6 49,6 52,9 44,8 48,9 28,9 53,1 55,0 50,3 50,7 16,5 50,6 38,1 42,8 46,1 28,7 30,6 45,1 15,6Proporção de famílias sem telefone (fixo, em 2000, e fixo e cel, em 2010) 73,9 85,9 90,9 90,5 87,0 89,4 67,3 87,6 89,9 88,6 88,7 50,8 90,5 86,8 84,4 81,6 82,0 85,4 94,1 60,9

Proporção de famílias sem computador 95,5 97,7 98,4 98,7 97,8 98,5 95,1 98,2 98,6 98,0 98,6 89,8 98,7 97,8 98,5 97,1 96,9 97,7 98,5 89,8Proporção de famílias sem veículo particular 10,6 7,7 6,2 5,8 10,5 9,1 17,7 10,4 12,0 9,4 9,4 25,2 9,7 12,0 10,0 13,3 17,6 16,7 13,0 26,8EDUCAÇÃOTaxa de analfabetismo 30,6 40,5 44,0 44,6 35,2 44,7 32,8 39,4 43,1 44,4 40,3 23,7 43,6 37,7 39,5 38,2 34,2 33,0 43,7 27,5Taxa de escolarização das crianças de 6 a 14 anos 93,2 90,0 88,2 88,6 90,4 92,0 94,1 91,4 91,3 93,4 94,0 94,9 93,0 94,5 91,6 92,7 94,7 95,3 92,0 94,3Defasagem escolar (6 a 14 anos) 55,1 62,9 63,0 62,6 62,6 67,7 58,7 66,1 66,6 61,8 58,6 49,2 59,1 53,6 56,1 58,9 57,5 57,6 59,5 51,8Incidência do ensino médio completo 22,5 9,3 8,2 8,8 9,8 8,7 17,0 8,5 7,0 6,8 7,8 22,7 7,4 10,5 10,0 11,4 13,9 13,6 9,8 22,2Incidência do ensino superior completo 4,4 2,5 2,3 2,9 2,5 5,2 6,2 3,5 5,7 6,6 4,8 7,6 5,1 5,4 5,3 6,3 5,5 4,6 3,8 7,8DEMOGRAFIARazão de dependência 66,9 74,5 75,8 75,8 77,1 71,9 58,9 69,5 64,3 78,0 74,1 55,3 72,2 65,0 64,6 69,1 59,6 60,8 73,7 56,6Tamanho médio das famílias 4,6 4,6 4,5 4,5 4,6 4,5 4,2 4,3 4,2 4,4 4,4 4,1 4,1 4,1 4,0 4,3 4,1 4,0 4,2 4,1Proporção de famílias com chefia feminina 28,0 20,1 21,2 23,4 21,6 20,8 26,5 20,2 20,0 19,3 20,4 30,3 19,8 22,0 21,3 24,1 22,5 22,0 20,9 26,3Proporção de famílias com residência inferior a 4 anos 2,1 4,5 2,3 2,7 5,3 4,7 4,7 5,1 5,0 4,1 1,6 3,6 4,2 2,9 4,5 5,5 3,0 3,3 2,6 5,5Proporção de famílias com chefia de não brancos 71,2 72,2 70,7 76,4 70,7 73,0 73,2 76,1 66,8 64,3 70,7 60,3 61,0 56,5 60,4 63,9 57,7 52,4 65,5 57,9SAÚDE - AGRAVANTE DA CONDIÇÃO SOCIALProporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de enxergar

35,1 38,7 41,7 41,8 38,2 41,6 37,7 38,4 43,0 41,0 43,5 27,9 45,4 46,4 43,4 37,7 40,0 42,4 43,4 30,1

Proporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de ouvir

12,1 15,1 16,1 16,2 15,2 15,5 14,5 15,3 17,6 16,5 17,1 12,5 18,8 20,0 18,5 16,5 17,1 17,4 17,8 12,9

Proporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de caminhar ou subir degraus 16,4 17,3 19,0 20,4 18,2 19,5 18,5 16,4 20,0 20,6 22,2 15,2 23,7 23,0 21,1 21,2 20,7 21,5 20,8 16,8

DISCRIMINAÇÃODiferença dos rendimentos entre mulheres e homens 73,0 70,6 69,4 74,7 63,5 68,8 79,0 71,6 68,8 73,3 82,8 67,8 75,5 71,6 84,1 78,4 73,7 77,7 79,7 69,5Diferença dos rendimentos entre negros e brancos 45,8 60,4 68,7 58,6 49,3 51,0 46,4 57,0 54,4 55,7 62,1 54,3 62,7 64,5 64,2 50,7 69,5 63,8 76,9 50,6Proporção de crianças negras em defasagem escolar 61,3 71,8 72,7 72,0 70,3 75,2 64,7 74,1 75,0 68,4 64,1 55,5 65,7 59,8 64,3 66,2 63,6 64,1 67,1 58,8Proporção de crianças brancas em defasagem escolar 52,6 63,4 67,5 65,8 66,1 68,3 55,4 65,7 68,4 61,9 58,4 46,0 59,8 52,7 55,8 58,5 56,7 56,6 60,6 49,3Taxa de analfabetismo de negros 32,0 41,8 45,0 45,8 37,0 47,1 34,4 41,1 45,2 47,2 41,5 25,1 46,4 40,4 41,8 41,1 36,4 36,2 45,3 30,0Taxa de analfabetismo de brancos 26,8 36,6 40,5 40,9 30,4 38,5 28,2 34,0 38,7 39,2 37,5 21,4 39,1 34,5 35,7 33,0 31,4 29,5 40,8 24,0Fonte: IBGE - Censo Demográfico. Elaboração própria

Descrição

2000

Page 22:  · Web viewAs mesorregiões representam uma forma de organização regional/territorial no interior de cada unidade da federação. Elas são determinadas pelo processo social, condicionadas

Tabela A2 - Indicadores multidimensionais de desigualdade por mesorregião. Mesorregiões Nordestinas, 2000 (conclusão)

Sertão Paraibano Borborema Agreste

ParaibanoMata

ParaibanaSertão

PernambucanoSão Francisco Pernambucano

Agreste Pernambucano

Mata Pernambucana

Metropolitana de Recife

Sertão Alagoano

Agreste Alagoano

Leste Alagoano

Sertão Sergipano

Agreste Sergipano

Leste Sergipano

Extremo Oeste Baiano

Vale São-Franciscano da

Bahia

Centro Norte

Baiano

Nordeste Baiano

Metropolitana de Salvador

Centro Sul

Baiano

Sul Baiano

MERCADO DE TRABALHO E RENDATaxa de Desemprego 9,8 9,9 12,7 16,6 11,8 13,5 10,0 19,0 21,0 9,4 10,4 18,6 9,7 9,6 18,0 12,0 14,3 13,7 12,3 22,0 13,1 16,8Taxa de Formalização 15,5 15,4 27,0 41,7 15,5 24,3 17,3 38,1 52,8 14,6 17,0 43,2 15,2 19,0 44,3 20,7 24,3 22,5 16,9 52,8 21,5 34,4Taxa de Assalariamento 61,9 63,5 60,7 74,0 60,9 67,8 59,5 75,3 73,8 55,9 61,4 77,1 66,9 64,4 74,1 68,2 67,4 66,1 66,0 75,2 71,5 75,5Incidência do trabalho agrícola 24,5 29,4 16,1 11,9 26,1 32,3 24,5 23,0 1,9 29,8 33,5 18,2 35,7 31,6 13,8 30,4 31,1 26,8 34,3 4,9 33,9 30,9Incidência da previdência social 42,1 45,3 43,6 37,2 43,9 32,7 42,7 40,1 37,2 39,5 34,9 33,9 32,5 34,2 33,2 33,6 37,4 38,5 39,5 32,3 39,1 29,6Incidência de programas sociais 2,0 2,2 2,9 2,1 1,4 2,3 2,2 6,9 2,1 3,4 2,5 1,2 2,5 2,6 3,0 2,9 1,3 2,5 5,5 1,9 2,0 1,5Incidência da renda do trabalho 74,7 69,4 70,0 81,9 67,5 81,0 71,7 74,7 82,2 66,0 71,9 80,9 72,8 79,3 81,8 73,6 74,1 75,9 72,8 84,5 75,0 82,4Participação da renda do trabalho na renda total 69,7 62,4 69,6 71,4 68,6 79,2 72,2 71,1 72,7 68,2 74,5 73,8 74,0 75,3 73,6 80,6 74,1 75,2 69,3 76,0 75,1 79,2CONDICÕES DE VIDA / CONSUMODensidade de morador por dormitório 2,3 2,3 2,3 2,3 2,4 2,6 2,3 2,5 2,3 2,6 2,4 2,5 2,4 2,3 2,4 2,3 2,5 2,3 2,4 2,4 2,2 2,5Densidade de morador por banheiro 1,4 1,5 1,1 0,8 1,5 1,2 1,3 1,3 0,8 1,7 1,5 1,0 1,3 1,2 0,9 1,4 1,4 1,3 1,6 0,8 1,4 1,3

Proporção de famílias sem banheiro exclusivo do domicílio 39,1 39,0 29,7 15,6 41,0 28,6 32,2 32,3 11,7 47,0 44,8 22,9 30,3 28,0 17,5 38,2 37,7 38,0 45,5 12,6 39,0 34,2

Proporção de famílias com rede inapropriada de esgoto 33,8 37,0 42,5 48,6 25,8 23,2 36,9 51,0 45,7 53,6 74,9 49,0 51,9 55,5 38,0 51,0 33,4 43,9 41,2 20,9 43,7 34,0Proporção de famílias sem água encanada 27,0 40,8 22,1 6,7 32,4 17,6 28,2 14,6 4,0 40,9 24,3 12,8 20,2 24,3 7,6 12,5 21,3 22,1 30,2 4,7 18,6 8,7Proporção de famílias sem coleta lixo apropriada 45,6 46,8 35,3 18,0 53,7 39,6 41,1 37,0 12,9 49,9 41,3 20,4 42,3 40,6 22,4 50,1 50,0 43,6 59,4 14,0 48,3 34,1Proporção de famílias sem acesso à energia elétrica 7,7 11,2 4,2 1,7 10,8 6,9 4,4 5,0 0,3 20,1 8,1 5,3 21,4 8,6 4,1 27,1 22,5 17,9 30,1 2,1 26,5 14,9Proporção de famílias sem televisão 21,4 21,6 14,2 10,9 24,7 21,4 16,9 21,5 7,0 34,2 22,2 16,9 33,4 19,4 12,9 38,2 33,4 26,6 35,2 8,9 34,0 28,2Proporção de famílias sem máquina de lavar 95,0 96,5 92,7 83,3 95,6 91,5 93,2 93,8 75,3 96,7 94,8 88,7 96,1 95,9 85,7 92,1 93,5 94,0 95,7 77,8 94,7 89,9Proporção de famílias sem geladeira 37,9 50,4 37,2 21,0 47,4 31,9 40,2 35,3 10,5 56,2 45,1 25,5 48,2 36,1 20,9 46,9 44,9 44,9 54,7 13,7 52,2 40,2Proporção de famílias sem telefone (fixo, em 2000, e fixo e cel, em 2010) 85,0 90,0 79,0 65,4 89,8 78,9 90,1 91,9 64,0 92,4 89,2 71,9 94,6 91,0 71,7 85,2 87,1 82,6 91,3 51,5 88,1 80,7

Proporção de famílias sem computador 98,1 98,8 96,1 91,0 98,2 95,1 97,6 98,1 88,7 98,3 97,6 93,6 98,4 98,1 91,9 96,5 96,8 96,8 97,8 88,4 97,1 95,4Proporção de famílias sem veículo particular 12,5 11,9 15,4 25,1 13,6 20,0 14,6 11,8 25,9 9,5 11,0 17,2 9,5 11,1 21,6 14,5 15,5 15,1 12,2 21,5 14,6 11,8EDUCAÇÃOTaxa de analfabetismo 38,9 36,8 37,8 30,1 39,4 34,1 41,6 38,5 21,1 49,1 45,5 37,8 45,3 40,2 29,6 34,8 36,1 32,7 39,7 19,7 36,0 34,7Taxa de escolarização das crianças de 6 a 14 anos 92,5 93,8 94,1 93,1 89,7 91,0 89,0 89,5 94,6 89,2 89,0 87,4 91,0 90,7 93,6 92,6 90,7 93,7 91,5 95,1 91,0 88,5Defasagem escolar (6 a 14 anos) 63,2 64,4 62,4 57,1 59,0 55,7 57,8 59,4 51,8 65,5 60,8 56,1 63,8 60,2 57,2 62,8 61,7 62,2 64,2 55,0 63,1 60,1Incidência do ensino médio completo 9,3 7,3 10,8 18,2 10,1 14,2 9,2 11,2 24,1 7,1 7,7 15,4 6,2 7,9 18,5 12,3 12,4 13,2 9,4 26,8 10,0 12,4Incidência do ensino superior completo 5,1 4,6 7,0 9,6 5,0 5,4 4,4 3,8 9,4 3,9 4,1 6,3 3,9 2,6 6,5 2,8 3,9 3,4 3,4 7,6 3,3 3,7DEMOGRAFIARazão de dependência 63,7 68,6 66,9 56,1 69,2 64,5 67,0 63,5 49,1 80,1 68,2 61,9 70,9 66,6 59,0 65,6 67,0 64,1 69,3 47,6 63,7 64,4Tamanho médio das famílias 4,2 3,9 4,0 4,0 4,2 4,4 3,9 4,3 3,9 4,5 4,3 4,3 4,1 4,0 4,1 4,3 4,4 4,1 4,2 3,9 4,3 4,1Proporção de famílias com chefia feminina 21,9 23,4 26,2 28,1 24,5 24,1 25,8 24,0 33,1 22,3 22,6 26,7 20,1 24,9 30,1 19,5 22,2 26,9 23,9 35,0 22,0 23,9Proporção de famílias com residência inferior a 4 anos 5,3 4,4 4,1 5,1 4,6 6,0 3,3 2,2 2,6 3,8 3,6 3,2 4,7 3,7 4,5 5,4 5,9 2,6 2,9 2,2 2,8 4,2Proporção de famílias com chefia de não brancos 55,7 55,1 58,3 58,2 63,2 64,8 54,0 63,8 57,5 71,5 63,0 64,3 67,9 64,2 69,1 65,9 70,6 74,5 71,6 76,8 65,3 76,0SAÚDE - AGRAVANTE DA CONDIÇÃO SOCIALProporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de enxergar

40,0 41,2 40,0 34,8 40,3 36,8 36,9 38,9 29,4 39,2 39,7 35,2 35,6 35,9 31,8 32,7 37,0 34,4 36,0 28,8 33,5 29,6

Proporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de ouvir

17,4 18,2 17,3 13,7 18,0 14,5 16,4 16,2 12,8 17,1 15,0 13,4 14,4 14,6 12,8 12,0 16,0 15,0 15,3 12,3 14,7 11,4

Proporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de caminhar ou subir degraus 21,0 21,8 23,6 19,6 21,4 17,6 21,4 21,6 18,2 20,4 20,4 19,6 17,8 17,2 16,3 15,6 19,1 18,5 19,5 16,1 18,4 15,5

DISCRIMINAÇÃODiferença dos rendimentos entre mulheres e homens 76,2 76,8 76,6 77,3 63,4 66,6 63,6 78,7 68,6 68,7 64,6 78,4 64,7 62,9 72,6 64,6 67,6 66,1 65,7 67,5 67,6 71,3Diferença dos rendimentos entre negros e brancos 62,5 71,9 51,4 54,7 62,7 58,4 63,7 66,0 47,0 53,2 61,9 49,4 74,0 71,2 52,9 49,9 64,9 51,3 63,7 37,7 57,3 47,6Proporção de crianças negras em defasagem escolar 71,4 71,7 70,2 65,2 68,5 63,9 67,9 68,4 58,6 74,8 71,5 67,4 71,6 68,2 63,8 70,1 69,7 68,1 71,9 60,3 71,6 70,1Proporção de crianças brancas em defasagem escolar 64,3 64,8 60,6 55,6 60,8 55,7 61,3 62,4 48,9 69,1 62,5 58,1 66,6 62,5 54,0 62,9 63,4 60,0 65,0 46,7 64,5 59,0Taxa de analfabetismo de negros 42,3 39,4 41,0 32,6 41,6 36,3 44,8 40,5 22,9 51,1 48,3 40,7 47,0 42,3 31,3 36,4 37,1 34,0 41,2 20,7 38,0 36,3Taxa de analfabetismo de brancos 34,8 33,8 33,5 26,4 35,5 29,5 38,0 34,9 18,7 43,6 40,6 32,4 41,7 36,4 25,4 31,7 33,3 28,6 35,2 15,8 32,2 29,0Fonte: IBGE - Censo Demográfico. Elaboração própria

Descrição

2000

Page 23:  · Web viewAs mesorregiões representam uma forma de organização regional/territorial no interior de cada unidade da federação. Elas são determinadas pelo processo social, condicionadas

Tabela A3 - Indicadores multidimensionais de desigualdade por mesorregião. Mesorregiões Nordestinas, 2010 (continua)

Norte Maranhense

Oeste Maranhense

Centro Maranhense

Leste Maranhense Sul Maranhense Norte

PiauienseCentro-Norte

PiauienseSudoeste Piauiense

Sudeste Piauiense

Noroeste Cearense

Norte Cearense

Metropolitana de Fortaleza

Sertões Cearenses Jaguaribe Centro-Sul

CearenseSul

CearenseOeste

PotiguarCentral Potiguar

Agreste Potiguar

Leste Potiguar

MERCADO DE TRABALHO E RENDATaxa de Desemprego 9,5 7,9 6,9 7,5 6,7 6,4 8,6 7,6 6,7 6,4 7,6 7,6 7,1 7,8 6,1 8,0 9,9 7,3 9,0 9,9Taxa de Formalização 44,7 33,4 26,3 29,9 40,0 33,0 49,7 31,7 27,9 32,6 32,1 59,2 25,5 35,4 31,0 35,6 46,2 43,2 35,3 63,4Taxa de Assalariamento 72,3 70,3 69,7 68,1 73,7 69,8 74,2 66,5 66,1 72,8 73,0 77,7 67,2 73,1 70,2 71,7 73,7 72,1 68,8 77,8Incidência do trabalho agrícola 13,1 21,6 26,2 19,0 19,5 20,5 9,9 17,5 21,5 22,1 21,4 2,6 19,7 22,5 18,7 16,0 13,2 14,2 16,9 5,4Incidência da previdência social 29,8 31,7 36,9 36,1 30,5 36,1 33,6 36,1 37,7 35,6 35,6 26,7 41,7 38,0 42,4 36,5 37,3 38,5 39,4 31,0Incidência de programas sociais 37,7 42,7 48,0 50,3 40,9 44,8 33,8 47,2 48,5 43,5 45,0 21,2 46,4 40,4 42,4 41,5 34,9 36,0 43,9 21,3Incidência da renda do trabalho 75,5 74,1 66,8 64,2 72,4 69,2 75,0 61,2 61,0 68,0 67,9 86,5 57,9 69,7 62,7 71,8 73,1 74,0 64,2 83,1Participação da renda do trabalho na renda total 74,0 73,3 67,0 63,4 77,4 63,2 72,0 65,5 62,3 62,3 61,1 75,9 54,8 62,8 56,9 67,0 69,2 66,0 59,1 72,1

CONDICÕES DE VIDA / CONSUMODensidade de morador por dormitório 2,3 2,3 2,3 2,3 2,2 2,1 2,0 2,0 2,1 2,2 2,2 2,1 2,1 2,0 2,1 2,2 2,0 1,9 2,2 2,1Densidade de morador por banheiro 1,1 1,2 1,4 1,5 1,2 1,2 0,9 1,2 1,2 1,1 1,2 0,7 1,2 1,0 1,1 1,0 0,9 0,8 1,0 0,7Proporção de famílias sem banheiro exclusivo do domicílio

31,0 30,9 38,4 41,4 29,3 32,7 16,2 30,2 29,9 23,4 31,5 2,8 26,3 18,3 19,4 16,5 9,5 6,0 12,3 2,3

Proporção de famílias com rede inapropriada de esgoto 51,7 70,2 66,0 58,9 72,2 54,6 43,9 61,2 57,3 59,5 69,7 31,8 53,7 75,3 61,8 57,9 61,6 38,6 67,0 47,0

Proporção de famílias sem água encanada 20,8 19,0 16,5 21,1 17,5 22,3 7,6 24,9 24,1 18,5 27,8 3,9 22,4 14,3 11,2 12,1 9,6 9,7 18,9 2,5Proporção de famílias sem coleta lixo apropriada 38,1 38,6 48,6 54,8 33,1 48,0 26,3 48,0 47,3 40,9 41,1 4,5 45,7 32,2 38,5 28,2 20,4 19,4 28,0 7,7Proporção de famílias sem acesso à energia elétrica 2,1 3,2 3,2 4,0 10,4 6,0 3,0 14,8 8,8 1,6 1,6 0,4 1,6 0,9 0,7 0,8 1,0 0,9 0,9 0,4Proporção de famílias sem televisão 8,7 10,1 10,7 11,8 18,2 13,0 7,0 22,1 18,7 7,9 8,6 2,7 8,2 6,5 6,8 5,4 4,8 4,4 6,5 3,0Proporção de famílias sem máquina de lavar 81,1 87,8 90,9 93,1 86,4 92,7 84,3 90,9 91,9 91,9 92,6 70,4 91,0 87,2 90,8 89,9 80,8 78,3 87,3 61,7Proporção de famílias sem geladeira 12,5 14,1 13,2 16,5 19,1 17,7 8,9 24,9 20,7 16,7 18,5 6,4 13,6 9,3 11,4 14,7 7,2 8,2 13,1 4,4Proporção de famílias sem telefone (fixo, em 2000, e fixo e cel, em 2010)

24,4 36,0 47,4 46,8 40,6 31,5 19,1 45,4 38,5 36,0 28,3 8,0 34,0 23,2 26,0 23,9 16,2 16,9 24,2 8,5

Proporção de famílias sem computador 80,6 85,9 91,5 92,1 86,6 89,3 77,8 90,1 90,4 88,4 91,1 68,6 90,7 87,1 89,5 84,7 78,5 81,3 89,7 65,4Proporção de famílias sem veículo particular 71,3 66,3 63,4 64,7 55,1 53,9 52,0 52,3 46,6 61,5 68,4 61,1 57,4 53,2 58,5 61,8 47,9 54,3 61,3 55,7

EDUCAÇÃOTaxa de analfabetismo 13,8 21,1 25,2 25,8 16,5 25,4 16,1 21,9 26,0 22,2 20,7 8,9 25,0 20,9 24,5 18,9 19,6 19,5 26,1 12,8Taxa de escolarização das crianças de 6 a 14 anos 96,7 96,9 96,6 96,6 96,1 97,1 98,0 97,9 97,5 97,7 97,4 96,6 97,4 97,8 97,1 97,4 97,7 97,7 97,4 97,0Defasagem escolar (6 a 14 anos) 47,2 52,3 53,0 53,5 51,1 56,4 47,9 54,5 54,0 47,9 49,4 48,1 48,3 49,7 51,5 52,3 52,0 50,9 55,5 49,0Incidência do ensino médio completo 32,4 20,4 16,9 17,4 19,8 16,1 25,8 17,2 15,0 18,4 20,6 34,4 17,0 21,2 19,7 24,2 23,6 22,7 18,0 31,9Incidência do ensino superior completo 7,6 3,9 3,5 3,4 5,1 4,6 9,5 5,5 5,0 4,3 3,5 10,6 3,4 4,2 3,8 6,1 6,0 5,0 3,2 11,3

DEMOGRAFIARazão de dependência 53,1 63,1 62,9 65,1 61,2 56,3 48,0 57,5 54,1 58,8 57,4 43,3 58,0 49,6 54,2 56,0 48,4 49,6 58,3 45,1Tamanho médio das famílias 4,0 4,1 4,0 4,1 4,0 3,9 3,7 3,7 3,6 3,8 3,8 3,5 3,5 3,4 3,5 3,7 3,5 3,5 3,7 3,5Proporção de famílias com chefia feminina 45,5 38,1 38,2 41,2 39,3 38,2 42,4 35,1 34,4 35,4 37,9 44,1 35,8 37,1 35,0 37,2 35,5 35,9 34,4 38,6Proporção de famílias com residência inferior a 4 anos 2,1 3,7 2,0 2,5 5,4 3,1 3,4 3,6 2,9 2,3 1,2 2,3 2,6 2,0 2,7 3,8 2,9 2,5 2,1 4,2Proporção de famílias com chefia de não brancos 74,7 75,7 74,2 80,4 74,7 73,8 75,0 77,3 67,7 70,2 75,1 64,8 66,6 62,2 63,2 69,3 57,9 52,6 65,3 59,4

SAÚDE - AGRAVANTE DA CONDIÇÃO SOCIALProporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de enxergar

49,6 50,6 53,3 53,3 47,9 54,1 51,3 51,6 50,6 52,6 52,7 44,2 54,7 53,4 50,9 48,4 50,0 51,4 52,1 44,5

Proporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de ouvir

17,1 19,2 20,1 18,8 16,2 19,3 18,3 18,9 19,7 19,4 19,0 16,9 21,6 20,3 21,2 19,4 19,7 20,4 19,6 16,5

Proporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de caminhar ou subir degraus

21,6 23,2 24,1 24,5 18,2 24,7 22,7 23,2 22,3 25,7 25,5 20,5 26,9 25,0 24,9 23,6 24,1 25,4 24,2 21,4

DISCRIMINAÇÃODiferença dos rendimentos entre mulheres e homens 82,1 80,2 77,6 85,0 73,3 78,7 84,7 86,3 80,4 85,3 90,5 75,0 93,3 79,8 89,6 78,2 78,5 78,2 88,8 79,3Diferença dos rendimentos entre negros e brancos 48,7 59,3 63,2 65,1 51,4 60,9 53,0 61,9 70,8 62,7 72,3 57,1 61,4 76,2 67,4 58,0 75,1 75,9 80,3 60,4Proporção de crianças negras em defasagem escolar 49,8 54,7 55,3 56,1 53,7 59,5 49,6 56,6 56,9 49,7 51,4 50,7 50,9 52,3 53,5 54,9 54,1 54,5 57,8 52,5Proporção de crianças brancas em defasagem escolar 45,3 51,0 53,2 52,3 51,1 53,9 46,4 52,7 52,0 47,1 49,1 48,0 46,6 48,5 52,2 51,1 52,1 49,6 55,4 47,4Taxa de analfabetismo de negros 15,0 22,4 26,3 26,9 17,7 27,4 17,6 23,1 27,9 23,9 22,1 10,2 27,1 22,8 27,1 21,0 22,4 23,3 28,1 15,3Taxa de analfabetismo de brancos 10,0 16,7 20,9 21,2 12,5 19,9 11,7 17,9 22,1 18,1 16,8 6,4 20,9 17,9 20,1 14,3 16,0 15,4 22,6 9,3

Fonte: IBGE - Censo Demográfico. Elaboração própria

Descrição

2010

Page 24:  · Web viewAs mesorregiões representam uma forma de organização regional/territorial no interior de cada unidade da federação. Elas são determinadas pelo processo social, condicionadas

Tabela A3 - Indicadores multidimensionais de desigualdade por mesorregião. Mesorregiões Nordestinas, 2010 (conclusão)

Sertão Paraibano Borborema Agreste

ParaibanoMata

ParaibanaSertão

PernambucanoSão Francisco Pernambucano

Agreste Pernambucano

Mata Pernambucana

Metropolitana de Recife

Sertão Alagoano

Agreste Alagoano

Leste Alagoano

Sertão Sergipano

Agreste Sergipano

Leste Sergipano

Extremo Oeste Baiano

Vale São-Franciscano da

Bahia

Centro Norte

Baiano

Nordeste Baiano

Metropolitana de Salvador

Centro Sul

Baiano

Sul Baiano

MERCADO DE TRABALHO E RENDATaxa de Desemprego 7,1 5,6 8,1 9,7 7,7 9,1 6,4 12,9 12,7 6,7 6,9 12,1 7,2 6,4 11,4 8,4 9,4 9,4 8,3 12,3 8,4 10,7Taxa de Formalização 33,1 28,3 40,7 59,4 31,1 43,5 29,0 51,0 64,8 23,2 29,9 58,1 29,0 30,8 58,4 39,8 37,4 35,9 28,0 64,8 34,5 44,7Taxa de Assalariamento 70,4 65,3 65,8 76,7 69,3 76,4 66,5 78,1 78,1 58,8 65,2 77,9 71,8 71,3 76,4 70,7 69,2 70,7 67,9 78,0 74,1 76,2Incidência do trabalho agrícola 16,7 22,3 12,9 7,0 19,8 28,1 18,8 15,1 1,4 19,1 20,8 9,9 29,2 25,3 9,7 19,4 21,5 19,4 23,6 3,4 23,8 22,1Incidência da previdência social 40,5 41,9 38,7 33,1 37,9 29,1 37,0 34,8 32,6 36,7 36,8 31,3 32,7 34,9 29,8 30,8 34,2 35,1 36,6 28,4 37,0 29,0Incidência de programas sociais 41,0 39,8 34,7 26,8 44,5 36,0 36,3 38,2 20,8 51,8 44,1 32,4 43,8 35,4 26,9 37,7 43,2 37,3 43,5 18,3 38,1 31,5Incidência da renda do trabalho 68,9 66,8 69,2 79,0 66,6 79,3 70,3 70,5 80,6 60,2 65,9 76,3 70,1 75,9 79,8 70,3 68,9 72,8 67,5 82,9 72,2 79,3Participação da renda do trabalho na renda total 63,1 56,3 65,1 71,7 62,7 77,4 67,0 66,8 69,2 59,0 65,7 71,9 64,9 67,8 71,5 75,3 67,3 66,9 61,8 73,8 67,8 74,7

CONDICÕES DE VIDA / CONSUMODensidade de morador por dormitório 2,1 1,9 2,0 2,0 2,1 2,2 2,0 2,1 2,0 2,3 2,1 2,2 2,1 1,9 2,0 1,9 2,1 1,9 2,0 2,0 1,8 2,1Densidade de morador por banheiro 1,0 1,0 0,9 0,7 1,1 0,9 1,0 1,0 0,7 1,2 1,0 0,8 1,0 0,9 0,8 1,0 1,0 1,0 1,1 0,7 1,0 0,9Proporção de famílias sem banheiro exclusivo do domicílio

16,5 16,3 12,6 4,2 20,4 12,1 13,2 12,0 3,0 24,6 19,3 7,9 12,7 9,0 5,7 14,2 19,8 15,6 19,8 3,2 14,1 14,1

Proporção de famílias com rede inapropriada de esgoto 40,4 46,0 44,1 48,1 33,6 28,1 37,0 51,5 40,5 63,0 81,0 54,4 56,9 59,8 40,5 70,9 41,7 56,8 55,7 17,9 53,6 36,4

Proporção de famílias sem água encanada 16,1 31,1 20,4 5,3 28,0 12,9 23,0 14,7 4,0 37,3 26,4 6,5 17,0 17,7 7,9 7,2 17,6 15,0 22,1 3,1 12,9 11,0Proporção de famílias sem coleta lixo apropriada 31,3 36,5 24,5 10,2 38,8 27,7 25,9 22,1 5,4 39,7 34,2 11,2 31,9 23,5 12,2 34,7 36,5 27,2 39,8 7,8 34,5 19,3Proporção de famílias sem acesso à energia elétrica 0,8 0,9 0,6 0,4 1,4 1,3 0,6 0,4 0,1 2,0 1,1 0,7 1,5 1,0 0,7 4,8 7,1 3,1 5,0 0,4 4,9 4,8Proporção de famílias sem televisão 5,2 5,6 4,3 3,3 8,1 7,6 5,2 6,3 2,4 10,1 6,5 5,0 9,1 6,2 4,1 11,9 15,3 9,3 12,9 3,4 12,0 11,6Proporção de famílias sem máquina de lavar 89,5 92,2 82,6 67,5 91,3 85,6 86,5 87,9 61,6 92,1 88,3 78,1 90,8 88,6 70,2 84,9 88,2 88,2 90,3 64,1 89,2 83,1Proporção de famílias sem geladeira 9,8 18,0 13,6 7,0 19,4 12,2 15,3 11,9 3,8 26,5 17,9 9,4 15,3 13,0 6,8 16,7 23,9 19,3 24,4 5,4 22,1 18,0Proporção de famílias sem telefone (fixo, em 2000, e fixo e cel, em 2010)

23,4 27,2 20,5 11,0 32,0 21,4 24,9 19,4 6,5 37,2 26,9 14,2 22,1 20,7 10,7 33,9 34,0 28,2 29,0 7,7 34,7 24,1

Proporção de famílias sem computador 86,0 89,0 79,6 68,6 87,0 79,4 84,9 85,8 62,6 89,8 86,0 74,7 88,6 84,7 69,4 82,7 84,3 81,3 87,3 60,4 83,4 78,8Proporção de famílias sem veículo particular 53,3 49,4 59,5 56,5 60,9 58,0 66,1 73,8 64,5 68,5 66,2 70,9 62,8 64,0 61,7 57,0 61,9 63,6 64,0 68,0 61,2 73,0

EDUCAÇÃOTaxa de analfabetismo 23,8 21,5 21,2 14,4 22,4 16,1 23,4 21,5 8,7 28,8 27,0 19,1 27,2 22,5 13,3 17,5 19,9 16,8 22,3 7,1 19,8 18,2Taxa de escolarização das crianças de 6 a 14 anos 97,1 97,7 97,5 97,2 96,3 97,1 96,1 96,2 97,3 96,1 96,2 95,4 97,3 97,4 97,6 97,6 97,0 97,5 97,5 96,8 97,2 96,4Defasagem escolar (6 a 14 anos) 53,7 51,8 52,6 50,8 50,7 48,0 51,0 50,6 44,9 55,7 54,4 50,1 57,0 54,6 51,5 46,0 49,8 48,7 52,6 45,5 49,1 48,1Incidência do ensino médio completo 17,7 17,1 20,8 28,1 17,9 25,2 16,6 20,8 33,9 13,5 15,6 23,6 13,5 15,5 29,4 23,8 21,5 23,1 18,3 36,9 18,6 22,8Incidência do ensino superior completo 4,8 3,9 6,4 11,8 4,7 6,8 4,2 3,9 12,1 2,5 4,1 8,4 3,5 4,1 10,5 4,6 4,0 3,8 2,8 11,2 3,7 5,0

DEMOGRAFIARazão de dependência 53,3 57,0 55,0 46,8 59,1 54,6 55,8 52,8 42,6 65,9 56,6 52,1 56,9 53,1 47,6 52,8 57,4 52,9 56,5 39,8 52,9 53,4Tamanho médio das famílias 3,6 3,4 3,5 3,5 3,7 3,8 3,4 3,7 3,3 3,9 3,7 3,7 3,6 3,4 3,5 3,6 3,8 3,5 3,6 3,2 3,6 3,4Proporção de famílias com chefia feminina 35,6 38,7 39,7 40,5 38,3 38,6 40,6 36,8 45,1 38,2 35,5 39,7 37,7 39,7 42,4 31,7 37,2 40,6 40,3 44,5 35,1 38,2Proporção de famílias com residência inferior a 4 anos 3,5 3,4 3,1 4,5 3,6 4,8 2,7 1,9 2,5 3,3 2,8 2,8 3,3 3,2 4,3 5,2 4,2 2,3 2,2 2,1 2,3 3,8Proporção de famílias com chefia de não brancos 58,4 58,5 61,6 60,1 66,8 69,1 58,0 67,6 61,7 74,5 67,4 67,3 68,6 68,0 72,7 70,6 74,8 77,7 74,3 80,5 69,0 79,4

SAÚDE - AGRAVANTE DA CONDIÇÃO SOCIALProporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de enxergar

49,7 50,8 46,6 47,7 49,6 43,5 47,4 50,9 46,1 50,8 51,4 49,8 47,5 45,2 44,5 45,2 49,0 44,1 44,9 41,9 44,2 43,5

Proporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de ouvir

20,0 19,1 18,6 17,0 19,6 16,1 18,4 18,3 16,6 20,4 18,9 17,9 16,3 17,6 16,0 14,6 18,4 17,5 17,9 14,8 16,9 15,6

Proporção de famílias com pelo menos uma pessoa com dificuldade permanente de caminhar ou subir degraus

25,5 24,7 24,3 23,6 24,0 18,3 23,7 25,5 23,7 25,8 25,6 25,6 19,7 20,8 19,8 18,5 21,9 21,1 22,0 19,5 21,7 21,8

DISCRIMINAÇÃODiferença dos rendimentos entre mulheres e homens 81,0 81,6 82,2 82,2 82,8 76,9 79,8 82,2 76,3 81,3 78,3 82,4 88,5 77,7 79,5 68,6 79,3 75,2 75,5 74,6 76,0 73,9Diferença dos rendimentos entre negros e brancos 66,6 74,7 63,0 56,1 67,2 51,4 73,1 76,7 52,9 70,2 65,0 59,9 79,6 72,8 60,6 54,8 65,4 59,3 71,8 41,7 71,0 55,7Proporção de crianças negras em defasagem escolar 56,7 54,7 55,0 54,1 53,5 50,0 54,4 53,4 47,5 58,5 57,6 54,0 59,2 57,0 54,1 47,8 52,0 50,8 54,9 48,2 51,4 50,7Proporção de crianças brancas em defasagem escolar 53,3 50,7 52,4 49,2 51,0 47,4 51,1 50,9 43,9 56,3 54,3 49,4 57,3 54,0 49,2 45,3 49,5 46,4 51,0 40,8 48,3 46,9Taxa de analfabetismo de negros 26,9 23,9 23,9 16,9 24,5 17,3 26,6 23,1 10,2 30,5 29,4 21,3 28,7 24,1 14,5 18,5 20,9 17,6 23,1 7,6 21,1 19,3Taxa de analfabetismo de brancos 19,6 18,3 17,2 10,6 18,2 12,3 19,2 18,3 6,2 24,4 22,2 14,7 24,2 19,2 10,5 15,2 16,8 13,9 19,8 4,8 16,9 13,6

Fonte: IBGE - Censo Demográfico. Elaboração própria

Descrição

2010