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Mini-Curso de Audiodescrição Apresentação de Slides – Primeira Aula Slide 01 Mini-Curso AD Descrição da Imagem: Ao centro, barra retangular contornada por linhas pretas, uma mais grossa e outra mais fina. Ao centro, em caixa-alta “AD”. Ao lado do “D” três linhas onduladas laranja. Abaixo, logotipo da Faders Acessibilidade e Inclusão e Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Slide 02 Objetivos Ofertar uma formação em audiodescrição que ajude na compreensão dos principais fundamentos, técnicas, conceitos, princípios do recurso assim como demonstrar sua aplicabilidade nos serviços públicos. Slides 03 Conteúdo Programático Conceito de pessoas com deficiência; Políticas Públicas e marco legal; Históricos e concepções da audiodescrição; Organizando eventos acessíveis e contratando a audiodescrição; 1

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Mini-Curso de Audiodescrição

Apresentação de Slides – Primeira Aula

Slide 01

Mini-Curso

AD

Descrição da Imagem: Ao centro, barra retangular contornada por linhas pretas, uma mais grossa e outra mais fina. Ao centro, em caixa-alta “AD”. Ao lado do “D” três linhas onduladas laranja. Abaixo, logotipo da Faders Acessibilidade e Inclusão e Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

Slide 02

Objetivos

Ofertar uma formação em audiodescrição que ajude na compreensão dos principais fundamentos, técnicas, conceitos, princípios do recurso assim como demonstrar sua aplicabilidade nos serviços públicos.

Slides 03

Conteúdo Programático

Conceito de pessoas com deficiência;

Políticas Públicas e marco legal;

Históricos e concepções da audiodescrição;

Organizando eventos acessíveis e contratando a audiodescrição;

Audiodescrição em sites de veículos de comunicação

O audiodescritor e o consultor;

Audiodescrição de imagens estáticas;

Audiodescrição de imagens dinâmicas;

Audiodescrição em atividades culturais;

Audiodescrição aplicada ao contexto da comunicação;

Atividades Práticas.

Slide 041

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Datas / Horários

30/06 – 8h30 às 12h

14/07

21/07

11/08

20h (16h presenciais e 4h com trabalho no próprio órgão)

Slide 05

Política da Pessoa com Deficiência no Brasil

Descrição da Imagem: Logotipo da Acessibilidade da Organização das Nações Unidas (ONU). Composto por um círculo, tendo internamente, a figura de um ser humano ao centro, composto por linhas, tendo os braços abertos e pernas abertos e os pés e mãos círculos menores cortando ao meio o círculo maior. A ideia da figura simétrica conectada serve para representar uma harmonia entre os seres humanos em sociedade. Esta figura humana universal com os braços abertos simboliza inclusão para as pessoas de todos os níveis, em todos os lugares.

Slide 06

1973 – Ano de fundação da Faders

Estado do Rio Grande do Sul

Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos

Descrição da Imagem: Na metade esquerda, mapa do Brasil, em bege com o Rio Grande do Sul em Vermelho. À direita, ao alto, logotipo da Faders Acessibilidade e Inclusão.

Slide 07

Política da Pessoa com Deficiência no Brasil: Qual é o Estado da Arte?

Slide 082

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De onde viemos?

Direitos x Políticas Públicas

Acessibilidade

Controle Social

Como chegamos ao Viver sem Limite?

Articulação

Financiamento

Dados Analíticos

Desafios

Contatos

Slide 09

De onde viemos?

Onde estamos?

Para onde vamos?

Slide 10

Sujeito de direitos humanos...

Ideia de cidadania...

Estado Moderno Francês: Igualdade, Liberdade, Fraternidade...

Slide 11

Contexto

Extermínio (Idade Média)

Segregação

Exclusão

Integração

Inclusão

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Descrição da Imagem: A palavra “Extermínio” está em letras maiores e em negrito. À direita, imagem de pintura, onde duas pessoas cegas com trajes medievais, roupas largas, cabeças cobertas caminham em uma paisagem rupestre.

Slide 12

Castelo Hartheim, um centro de extermínio por eutanásia onde pessoas com deficiências físicas ou mentais eram mortas asfixiadas por gás ou com injeção letal. Hartheim, Áustria, data incerta. US Holocaust Memorial Museum, courtesy of Andras Tsagatakis.

Descrição da Imagem: Detalhe do Castelo Hartheim em preto e branco. Prédio grandioso, com quatro andares, cor clara, com duas torres nas laterais, sendo que ao lado da esquerda, uma torre maior. As paredes, são repletas de janelas. A frente na imagem, detalhes de galhos de árvores.

Slide 13

Contexto…

Exclusão (século XIX)

Inclusão

Extermínio

Segregação

Integração

Rejeição Social

Descrição da Imagem: A palavra “Exclusão” está em letras maiores e em negrito assim como “Rejeição Social”. À direita charge onde homem em cadeira de rodas olha para frente, om cabeça levemente levantada, onde estã, em letras grandes, alto relevo, caixa-alta a palavra “Não”.

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Slide 14

Contexto...

Segregação (1910)

Exclusão

Integração

Extermínio

Inclusão

Assistencialismo

Descrição da Imagem: A palavra “Segregação (1910)” está em letras maiores e em negrito assim como “Assistencialismo”. À direita, foto em preto e branco de um homem, idoso, em cadeira de rodas, com uma menina ao seu lado.

Slide 15

Contexto...

Integração (1940)

Exclusão

Segregação

Extermínio

Inclusão

Modelo Médico

Descrição da Imagem: A palavra “Integração (1940)” está em letras maiores e em negritos assim como “Modelo Médico”. À direita, desenho de um homem em uma cadeira de rodas artesanal. O equipamento, de madeira, possui duas rodas traseiras grandes e uma central a frente dentro de uma caixa. O movimento da cadeira é feito com as mãos que movimentam uma manivela que gira a roda dianteira.

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Slide 16

Inclusão (1990)

Exclusão

Segregação

Extermínio

Integração

Modelo Social

Descrição da Imagem: As palavras “Inclusão (1990) está em negrito e letras maiores assim como “Modelo Social”.

Slide 17

Descrição da Imagem: Gráfico com linha do tempo. Na vertical, na ordem, os diferentes paradigmas, e na horizontal, o período em que cada um se relaciona na seguinte ordem de organização – Extermínio – Idade Média; Exclusão (Século XIX); Segregação (1910); Integração (1940); Inclusão (1990). Sobre a palavra “Inclusão”, que está em negrito, símbolo do acesso – em um quadrado, com contorno de bordas pretas, fundo azul, desenho estilizado de uma pessoa em cadeira de rodas em movimento.

Slide 18

Descrição da Imagem: Símbolos internacionais do acesso. Da esquerda para a direita, o primeiro, de 1969, composto por um quadrado, fundo azul escuro, desenho estilizado de uma pessoa em cadeira de rodas estática. A segunda, de 2013, em um quadrado, com contorno de bordas pretas, fundo azul, desenho estilizado de uma pessoa em cadeira de rodas em movimento. A terceira, de 2015, composto por um círculo, tendo internamente, a figura de um ser humano ao centro, composto por linhas, tendo os braços abertos e pernas abertos e os pés e mãos círculos menores cortando ao meio o círculo maior.

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Slides 19

A História não é um processo linear, mas sim dialético. Esses momentos (ou fases) acontecem simultaneamente: ainda hoje há notícias de pessoas com deficiência amarradas em suas casas; atitudes de integração convivem, com ações de inclusão.

Slide 20

Descrição da Imagem: Imagens de duas notícias da internet. A primeira tem como título “Estado Islâmico cria lei que autoriza o assassinato de crianças com síndrome de Down e outras deficiências. A segunda “Infanticídio de crianças indígenas com deficiência será discutido na ALE”.

Slides 21

Descrição da Imagem: Imagem de notícia da internet. No título “Sem acessibilidade no Fórum, juiz sugere troca de advogado cadeirante”. Abaixo, a foto do advogado, um homem com pele clara, cabelos pretos.

Slides 22

Brasil Império

1854 – Instituto Bejamim Constant

1856 – INES

Século XX

1926 – Pestalozzi

1950 – Surto de Poliomelite

1954 – APAE

Década de 70

Movimentos organizados diferenciam atuação (de e para)

1980

I Encontro Nacional de Pessoas com Deficiência7

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1981

AIPD

1983

III Encontro Internacional de Pessoas com Deficiência

1999

Criação do Conade

2005, 2008, 2012 e 2016

Conferências Nacionais

2006

Convenção da ONU

Slides 23

Linha do Tempo – Marco Legal e Políticas Públicas

1854 – Instituto Benjamin Constant

1856 - INES

1967 – Constituição Federal

1988 – Constituição Federal

1989 – Política Nacional de Integração da Pessoa Portadora de Deficiência

1991 – Lei de Cotas para Pessoa com Deficiência

1996 – PNDH01

1999 – Criação do CONADE

2000 – Leis da Acessibilidade

2002 – PNDH2 / LIBRAS

2003 – Política Nacional da Saúde da Pessoa com Deficiência

2004 – Decreto 5.296/2004

2006 – I Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

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Slides 24

Linha do Tempo – Marco Legal e Políticas Públicas

2007 – Agenda Social – Pessoa com Deficiência

2007 – Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva

2007 – Convenção da ONU sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência

2008 – II Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

2008 – Programa Brasileiro de Acessibilidade Urbana

2009 – PNDH3

2009 – Programa Turismo Acessível

2010 - Tradutor e Intérprete da LIBRAS

2011 – Plano Viver sem Limite

2012 – Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista

2012 – III Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

2013 – Aposentadoria Especial da Pessoa com Deficiência

2015 – Lei Brasileira da Inclusão – Estatuto da Pessoa com Deficiência

2016 – IV Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

Slides 25

- 1996 – Secretaria dos Direitos e Cidadania (SDC) - MJ

- 1996 – PNDH1

- 1997 - Secretaria Nacional de Direitos Humanos (SNDH) – MJ

- 1999 - Secretaria de Estado dos Direitos Humanos (SEDH) – MJ

- 2002 – PNDH2

- 2003 - Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH) / PR9

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- 2009 – PNDH3

- 2010 – Secretaria de Direitos Humanos / PR

- 2013 – Fórum Mundial de Direitos Humanos

- 2015 - Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos /MMIRDH

- 2016 – Conferências Conjuntas / Ministério da Justiça e Cidadania / MJC

E OS DIREITOS HUMANOS???

Slide 26

Conforme dados do IBGE (2010), crianças e adolescentes, representam 60 milhões da população brasileira e idosos, 23,5 milhões. Quanto aos povos indígenas, são 896 mil pessoas em 305 etnias e 274 idiomas. Some-se a isso as mais de 2,4 mil comunidades quilombolas. E mais de 45 milhões de pessoas com deficiência.

Descrição da Imagem: Capa do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH3), em azul, com letras brancas. À esquerda, desenho de uma mão em verde.

Slide 27

Estamos falando em inclusão há pouco mais de duas décadas...Estamos implantando políticas inclusivas há partir dos anos 2000...

Slide 28

DIREITOS X POLÍTICAS PÚBLICAS X BUROCRACIA

Slides 29

Política (Politic) x Políticas Públicas (Policies)

Descrição da Imagem: Sete bonecos estilizados, coloridos, representando a diversidade das pessoas com deficiência.

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O que é Política (Politic)

Política é a habilidade para tratar das relações humanas com o objetivo de obter os resultados desejados. Ainda, segundo Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, é a ciência dos fenômenos referentes ao Estado. Um sistema de regras relativas à direção dos negócios públicos.

É a forma como os seres humanos se organizam e como o poder é distribuído entre eles. É como decidimos conviver em sociedade!

Slide 31

Sistemas Políticos

Democracia: Sistema de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está com o povo. Regime de governo que se caracteriza pela liberdade do ato eleitoral, pela divisão dos poderes e pelo controle da autoridade.

Ditadura: Forma de governo em que todos os poderes estão na mão de um indivíduo ou de um grupo. Regime de governo que cerceia as liberdades individuais.

Monarquia: Regime de governo em que o chefe de Estado é o monarca. O poder é transmitido ao longo da linha sucessória, observados os princípios básicos de hereditariedade e vitaliciedade.

Parlamentarismo: Regime político em que o gabinete, constituído pelos ministros de Estado, é responsável perante o parlamento, que através dele governa a nação.

República: Sistema de governo em que um ou vários indivíduos, eleitos pelo povo, exercem o poder supremo, por tempo determinado.

Sociocracia: Forma de governo teórica, em que o poder cabe à sociedade como um todo.

Totalitarismo: Regime político baseado na extensão do poder do Estado a todos os níveis e aspectos da sociedade (“Estado Total”, “Estado Máximo”). Pode ser resultado da incorporação do Estado por

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um Partido (único e centralizador) ou da extensão natural das instituições estatais.

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O que é Política Pública (Policies)?

... criadas em resposta a demandas sociais e em formato que permita a conciliação entre interesse público e privado... A resolução de conflitos via políticas públicas ocorre quando um segmento social utiliza o poder econômico ou político que deriva de sua inserção na estrutura econômica, ou de poder, na forma de pressão organizada, visando conquistar suas reivindicações.

(ALLEGRETTI. 2008)

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As políticas públicas (policies) definem a dinâmica do processo político (politics).

Ex: Audiodescrição e Praia Acessível.

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Política (politic) seria, então, o conjunto de procedimentos que expressam as relações de poder entre os membros de uma sociedade e que se destinam à resolução pacífica de conflitos em torno dos bens públicos.

As políticas públicas (policies), por sua vez, seriam o resultado da própria atividade política na alocação de recursos e na provisão de bens e serviços públicos.

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Política da Pessoa com Deficiência são as regras, as leis, os conceitos e debates permeados por diferentes e complexos atores sociais...

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Políticas Públicas da Pessoa com Deficiência são as ações resultantes do processo político que possuem burocracias institucionais que garantem sua execução...

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O que é um direito?

"Eu tenho esse direito!“

Várias pessoas fazem essa afirmação sem nem sequer pensar na natureza e na fonte dos direitos.  O que são direitos?  De onde eles vêm?

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O que é um direito?

É o direito um sistema de disciplina social fundado na natureza humana que, estabelecendo nas relações entre os homens uma proporção de reciprocidade nos poderes e deveres que lhes atribui, regula as condições existenciais dos indivíduos e dos grupos sociais e, em conseqüência, da sociedade, mediante normas coercitivamente impostas pelo poder público. (VICENTE RAO)

Slide 38

O que é um direito?

Pode ser entendido como um conjunto de discursos, de comunicações linguísticas; discursos dos legisladores (as leis e os códigos), discursos dos juízes (as sentenças), discursos das pessoas privadas (os testamentos e os contratos realizados). Acrescente-se, ainda, que os advogados também produzem discursos, assim como os professores de direito, etc. (NORBERTO BOBBIO)

Slide 39

O que é um direito?

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1. Direito Constitucional - regula a estrutura fundamental do Estado e determina as funções dos respectivos órgãos. As suas normas referem-se à organização fundamental do Estado e regem a estruturação e o funcionamento dos seus órgãos, além das relações mantidas com os cidadãos. 2. Direto Administrativo - regula não só a organização como também o funcionamento da administração pública. As suas normas referem-se às relações dos órgãos do Estado entre si ou com os particulares. Esse direito‚ estabelece as bases para a realização do serviço público, isto é, da atividade estatal dirigida à satisfação das necessidades coletivas consideradas de fundamental importância. 3. Direto Penal - tipifica, define e comina sanções aos atos considerados ilícitos penais. As suas normas regulam a atuação do Estado no combate ao crime, sob as formas de prevenção e repressão. 4. Direto Processual (também chamado Direito Judiciário) -regula o exercício do direito de ação, assim como a organização e funcionamento dos órgãos judiciais. As suas normas disciplinam todos os atos judiciais, tendo em vista a aplicação do Direito ao caso concreto. É o ramo que se dedica à organização e que regula a atividade jurisdicional do Estado para a aplicação das leis a cada caso. 5. Direito Financeiro (também chamado Direito Tributário ou Direito Fiscal) - regula as finanças públicas, mediante disciplinamento das receitas e das despesas. Disciplina os recursos financeiros do Estado, provenientes dos impostos, taxas, contribuições, tarifas e demais meios de arrecadação, e as relações do Estado com os contribuintes. 6. Direito Canônico (apontado como sendo um ramo do Direito Público por Jellinek) - o que regula as relações da Igreja. Consiste em um conjunto de normas disciplinares que regulam a vida de uma comunidade religiosa ou as decisões dos seus concílios. 7. Direito Internacional Público - regula as relações dos Estados soberanos entre si. As normas tutelam as relações dos titulares de direitos subjetivos no plano internacional e estabelecem o regime jurídico da convivência dos Estados soberanos, regulando as relações dos países considerados como sujeitos de direito e de deveres, estabelecidos por acordo, ou pelo costume. 8. Direito do Menor - regula todos os aspectos e medidas à assistência, proteção e vigilância a menores de dezoito anos que se encontrem em situação irregular, segundo a definição legal, e a menores de dezoito a vinte e um anos de idade nos casos expressos em lei. 9. Direito Eleitoral - regula todos os aspectos pertinentes ao sufrágio. As suas normas destinam-se a assegurar a organização e o exercício do direito de votar e ser votado. 10. Direito Político - regula os direitos e os deveres do Estado no âmbito interno, abrangendo a denominada Teoria Geral do Estado (irmã

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gêmea da "Introdução ao Estudo do Direito") e a História das Idéias Políticas.

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Direitos Políticos

Direitos Civis

Direitos Sociais

Direitos Humanos

Slide 41

O que é um direito?

Os direitos humanos são os direitos e liberdades básicos de todos os seres humanos. Normalmente o conceito de direitos humanos tem a ideia também de liberdade de pensamento e de expressão, e a igualdade perante a lei.

Slide 42

O que é um direito?

A Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas afirma:

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

Slide 43

O que é um direito

Os Direitos civis são os direitos que todos os cidadãos tem de viver em sociedade como está descrito no artigo 5 da Constituição Federal, já os Direitos políticos são direitos de todos os cidadão a concorrer ao cargo público executivo da política quando se filiam a um determinado partido. Direitos sociais são direitos que as pessoas tem em viver bem como possibilidade de conviver com outras pessoas. Escola, Trabalho

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etc. Sobre os Direitos humanos são os direitos que as pessoas tem a vida, e viver dignamente.

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E a BUROCRACIA?

Burocracia é uma estrutura organizativa composta por regras e procedimentos determinados. O termo Burocracia é originário da fusão do termo latino burrus com o termo francês bure. A união dessas duas partículas criou a palavra bureau, usada inicialmente para definir um tipo de tecido escuro que era utilizado para cobrir as escrivaninhas de repartições públicas. Mais tarde, o termo bureau passou a ser utilizado para designar o escritório como um todo.

Slide 45

O uso preciso da palavra Burocracia foi utilizado pela primeira vez por um ministro francês do século XVIII chamado Jean-Claude Marie Vincent, que fez o uso do termo em francês bureaucratie de maneira crítica e debochada para se referir às repartições públicas. Jean-Claude criou um neologismo recuperando a partícula latina burrus e acrescentando a partícula grega krátos para formar o novo termo significando o exercício do poder por funcionários de escritórios.

Slide 46

E a BUROCRACIA?

Desde então, o termo Burocracia é muito utilizado na sociologia das organizações para abordar estruturas de organização compostas por regras, procedimentos, divisão de responsabilidades, especialização do trabalho, hierarquia e relações impessoais. Sua própria definição do modelo de aplicação é motivo para as críticas populares, que condenam o excesso de regras, divisões e as práticas que são redundantes e apenas atrasam o funcionamento de todo o sistema.

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E a BUROCRACIA?

Na linguagem comum a palavra burocracia assume, na grande maioria das vezes, uma conotação pejorativa. Burocracia usualmente é associada

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a ineficiência, ineficácia, atrasos, confusão, autoritarismo, privilégios e ainda a outros atributos negativos.

Slide 48

E a BUROCRACIA?

Segundo Max Weber, a burocracia se baseia na dominação legal em virtude de estatuto. A idéia básica é que qualquer direito pode ser criado e modificado mediante um estatuto sancionado corretamente quanto à forma. Obedece-se não à pessoa em virtude de seu direito próprio, mas à regra estatuída, que estabelece ao mesmo tempo a quem e em que medida se deve obedecer. Também quem ordena obedece, ao emitir uma ordem, a uma regra: à “lei” ou “regulamento” de uma norma formalmente abstrata. O tipo daquele que ordena é o “superior”, cujo direito de mando está, legitimado por uma regra estatuída, no âmbito de uma competência concreta, cuja delimitação e especialização se baseiam na utilidade objetiva e nas exigências profissionais estipuladas para a atividade do funcionário.

Slide 49

Direitos das Pessoas com Deficiência

Descrição da Imagem: Desenhos de diversas pessoas representado a diversidade humana. Jovens, idosos e crianças. Gestante, mães, amputados, cadeirantes, cegos e negros. Todos sorriem.

Slide 50

O Brasil está entre os 50 países do mundo que possuem legislação específica para pessoas com deficiência...

Slide 51

Descrição da Imagem: Gráfico da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) destacando como os direitos das pessoas com deficiência estão presentes nas constituições federais. Conforme os dados, segue os direitos e o número de constituições aos quais estão presentes - Saúde – 6; Reabilitação – 6; Serviços de apoio – 3; Acessibilidade – 4; Educação – 7; Trabalho – 9; Seguridade Social – 12; Cultura e Esporte – 3; Não Discriminação – 6; Moradia – 1;

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Participação Política – 1. O Equador, era o único país que possuía todos os direitos em sua Carta Magna.

Slide 52

AIPD – 1981

Ano Internacional da Pessoa com Deficiência

No Brasil, a política de inclusão social das pessoas com deficiência existe deste a CF/88, que originou a lei n° 7.853/89, posteriormente regulamentada pelo Decreto n° 3298/99. Esses documentos nacionais, junto a outros, com destaque para as Leis nº 10048 e nº 10098 de 2000 e o Decreto nº 5296/04, conhecido como o decreto da acessibilidade, nos colocam em igualdade com o ideário da Convenção da ONU.

Descrição da Imagem: À esquerda, foto em preto e branco de uma passeata de pessoas com deficiência.

Slide 53

A os inválidos

os incapacitados

os defeituosos

os excepcionais

pessoas deficientes

pessoas portadoras de deficiência

pessoas com necessidades especiais

portadores de necessidades especiais

pessoas especiais

portadores de direitos especiais

pessoas com deficiência origem do termo

Descrição da Imagem: Charge onde um homem, cadeirante, olha com ar de questionamento para um pódio, com cinco degraus, sendo o primeiro no topo, e sobre ele, ao alto, a palavra oportunidade.

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IMPORTANTES DOCUMENTOS DEFINIRAM CONCEITOS

CID (1980)

CIF (2001)

CONVENÇÃO DA ONU (2006)

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CID

Classificação Internacional de Doenças e Deficiências (modelo clínico-médico)

CIF

Classificação Internacional de Funcionalidade,

Incapacidade e Saúde (modelo social – contexto)

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Paradigma Inicial

1980 - Classificação Internacional das Deficiências, Incapacidades e Desvantagens – CIDID

Modelo Biomédico Linear

Distúrbio ou Doença – Deficiência – Incapacidade – desvantagem

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Novo Paradigma

Modelo Biopsicossocial, Dinâmico e Interativo

2001 - Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde – CIF

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O foco neste modelo não é apenas a doença em si e o tratamento delas, mas todos os aspectos que estariam diretamente relacionados ao fenômeno do adoecer, sejam eles fisiológicos, psicológicos, sociais, ambientais, dentre outros, os quais também devem ser considerados para que o tratamento seja eficaz.

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2001 - Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde - CIF8

Modelo Biopsicossocial, Dinâmico e Interativo

Incapacidade

Indica os ASPECTOS NEGATIVOS da interação entre um indivíduo (com uma condição de saúde) e seus fatores contextuais (ambientais e pessoais)

Funcionalidade

Indica os ASPECTOS POSITIVOS da interação entre um indivíduo (com uma condição de saúde) e seus fatores contextuais (ambientais e pessoais)

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Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência

- Aprovada, junto com o Protocolo Facultativo, por unanimidade em 02 de julho de 2008 no Senado Federal;

56 votos favoráveis*;

Promulgado pelo Executivo em 25 de agosto de 2009.

Primeiro tratado internacional com poder constitucional da história do nosso país.

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Descrição da Imagem: Mapa Mundi com dados sobre a adesão da Convenção. Not signed - não assinado; Signed Convention - Convenção Assinada (159); Signed Convention and Protocol - Convenção e Protocolo Assinados (92); Ratified Convention - Convenção Ratificada

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(156); Ratified Convention and Protocol - Convenção e Protocolo Ratificados (86).

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Quais as inovações da CDPD?

Descrição da Imagem: Capa da Convenção da ONU. Fundo branco. Pequenos quadrados com simbologias sobre acessibilidade e deficiência.

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ConceitoAcessibilidadeProtagonismo

Descrição da Imagem: Símbolo do acesso. Cadeirante em movimento em tons verdes.

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Declaração de Direitos do Deficiente Mental - 1971

Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes – 1975

Declaração de Cave Hill - 1983

Declaración de Cartagena de Indias - 1992

Declaração de Manágua - 1993

Declaração de Salamanca - 1994

Declaração de Washington - 1999

Declaração de Pequim - 2000

Declaração de Dakar - 2000

Declaração Internacional de Montreal sobre Inclusão - 2001

Declaração de Guatemala - 2001

Declaração de Sapporo - 2002

Declaração de Madri - 2002

Declaração de Caracas - 200221

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Declaração de Quito - 2003

Carta de Brasília – 2005

Década das Américas pelos Direitos e pela Dignidade das Pessoas com Deficiência (2006-2016)

Carta de Santos – 2008

Tratado de Marrakech – 2013

Protocolo Nacional Conjunto para Proteção Integral a Crianças e Adolescentes, Pessoas Idosas e Pessoas com Deficiência – 2013

América Acessível: Informação e Comunicação para TODOS – Brasil – 2014

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Descrição da Imagem: Baner da ONU, em inglês com resumo das ações da entidade em defesa dos direitos humanos.

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Década das Américas pelos Direitos e pela Dignidade das Pessoas com Deficiência (2006-2016)

Até 2016 os Estados membros deveriam conseguir avanços substantivos na construção de uma sociedade inclusiva, solidária e baseada no reconhecimento do gozo e exercício pleno e igualitário dos direitos humanos e liberdades fundamentais.”

Descrição da Imagem: Ao alto, à esquerda, logotipo da OEA, composto por um círculo sendo contornado onde está escrito em preto na borda inferior em caixa-alta – Organizacion de los Estados Americanos. Ao centro, as bandeiras de todos os países. Abaixo à direita, símbolo do acesso. Cadeirante em movimento em tons cinza.

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Programa de Ação para a Década das Américas pelos Direitos e a Dignidade das Pessoas com Deficiência (2006-2016)

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Objetivos

Conscientização da sociedade

Saúde

Educação

Emprego

Acessibilidade

Participação Política

Participação em atividades culturais, artísticas, desportivas e recreativas

Bem-estar e assistência social

Cooperação Internacional

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América Acessível

Informação e comunicação para todos

Evento Regional para as Américas

Descrição da Imagem: cartaz do evento, com pontos em Braille ao alto, e abaixo, simbologia da diversidade das pessoas com deficiência coloridas interligado por linhas que as conectam através de diferentes tecnologias.

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Carta América Acessível

Informação e comunicação para todos

Evento Regional para as Américas

Descrição da Imagem: cartaz do evento, com pontos em Braille ao alto, e abaixo, simbologia da diversidade das pessoas com deficiência coloridas interligado por linhas que as conectam através de diferentes tecnologias.

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Relatório Mundial sobre Deficiência23

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Governo do estado de São Paulo

Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência

OMS (2011)

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Recomendação 1: Permitir o acesso a todas as políticas, sistemas e serviços

Recomendação 2: Investir em programas e serviços específicos para pessoas com deficiência

Recomendação 3: Adotar estratégia e plano de ação para deficiência em âmbito nacional

Recomendação 4: Envolver as pessoas com deficiência

Recomendação 5: Melhorar a capacidade dos recursos humanos

Recomendação 6: Oferecer financiamento adequado e melhorar a acessibilidade econômica

Recomendação 7: Aumentar a conscientização pública e o entendimento das deficiências

Recomendação 8: Aumentar a base de dados sobre deficiência

Recomendação 9: Fortalecer e apoiar à pesquisa sobre deficiência.

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Descrição da Imagem: Imagem de notícia da internet com o título “Assinado Tratado que prevê a conversão de livros em formatos acessíveis para pessoas com deficiência visual”

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Conceito

“pessoa com deficiência é aquela incapacitada para a vida independente e para o trabalho um conceito restritivo que está na Lei nº 8.742/93, a Lei da Assistência Social (Loas)”

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“I - pessoa com deficiência: aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas;

II - impedimentos de longo prazo: aqueles que incapacitam a pessoa com deficiência para a vida independente e para o trabalho pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos". (Lei nº 12.435/2011)

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Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas. (CDPD, 2006)

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Incapacitada para a vida independente e para o trabalho (LOAS, 1993)

I - pessoa com deficiência: aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas;

II - impedimentos de longo prazo: aqueles que incapacitam a pessoa com deficiência para a vida independente e para o trabalho pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos. (Lei nº 12.435/2011)

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Lei Brasileira da Inclusão Estatuto da Pessoa com Deficiência (LBI)

Descrição da Imagem: Baner com fundo azul. Na parte superior em preto os elementos textuais. Abaixo, no rodapé, barra azul escura e de forma estilizada, desenhos representando a diversidade da pessoa com deficiência.

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A Lei…

Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015.

127 artigos

7 vetos

Descrição da Imagem: À direira, pequeno retângulo bege, tendo no seu interior alguns símbolos de acessibilidade – arquitetônica e sensorial (visual e auditiva). O mesmo compõe a maioria dos slides que tratam da LBI.

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Histórico

Descrição da Imagem: Capa de cinco estatutos já existentes anteriores a LBI – Estatuto do Índio (1973), Criança e do Adolescente (1990), Idoso (2003), Igualdade Racial (2010) e Juventude (2013).

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Histórico

Chegamos no Estatuto, mas para além disso, a um período em que a participação social das pessoas com deficiência nas instituições e nos conselhos produz novos idiomas na sociedade. O resumo serve para que lembremos do processo como um todo! É um pequeno resgate com enfoque nos conselhos, sobretudo do papel do Conade... Certamente, muitos outros aspectos podem ser acrescentados, mas a ideia aqui é dar uma ideia geral!

É um processo histórico, onde o protagonismo faz a diferença. Para não esquecer, muitos dos que “surfam na onda do Estatuto” votaram contra a participação social. A velha incoerência de parlamentares que mentem a si mesmos...

O tema Estatuto esteve presente nos debates do Conade e da rede de conselhos nos últimos anos. Alguns contra, outros a favor, mas um consenso - não retroceder em direitos historicamente conquistados, especialmente com o advento da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. 

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A primeira proposta de Estatuto do Portador de Necessidades Especiais (PL 3638/00) foi apresentada pelo então deputado Paulo Paim, do PT gaúcho, no ano 2000. Ela tinha 62 artigos que tratavam de direitos a vida, saúde, educação, habilitação profissional, trabalho, cultura, turismo e desporto. O texto foi aprovado em comissão especial da Câmara em 2006, mas sua tramitação não avançou por falta de acordo. Também em 2006, chegava à Câmara outra proposta de Paulo Paim, agora senador, instituindo o Estatuto da Pessoa com Deficiência (PL 7699/06). O texto mais amplo do que o primeiro: quase 300 artigos, nos quais aborda acessibilidade, tecnologias assistivas e algumas obrigações do Estado.

Em 2010, o Conade através de um Grupo de Trabalho emitiu relatório onde registrou os principais pontos polêmicos identificados nas diferentes minutas de estatuto já elaboradas, incluindo os subsídios dos seminários regionais que foram realizados de 28 de setembro de 2009 a 13 de novembro de 2009 (Os encontros foram resultado da Moção 34, aprovada pela plenária da 2ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência ocorrida em 2008, em Brasília. Belo Horizonte (MG), Manaus (AM), Brasília (DF), Salvador (BA) e Canoas (RS) foram as cidades escolhidas para sediar os Encontros Regionais aprovadas na plenária da 65ª), com base na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo. 

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Histórico

Integrantes do Grupo de Trabalho (“GT”) - 2010Alexandre Mapurunga (Conselhos Estaduais)Isaias Dias (CUT)Laís de Figueirêdo Lopes (OAB) - relatoraKellerson Viana (Conselhos Municipais)Maria do Carmo Tourinho (ABRA)Márcio Aguiar (CVI)Moisés Bauer (ONCB)Roberto Tiné (APABB)Rosangela Santos (FARBRA)Silvana Almeida (AMPID)Valdenora Rodrigues (Mohan)

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Sob coordenação da Secretaria de Direitos Humanos, através da Portaria 616/2012 foi instituído um Grupo de Trabalho do Estatuto da Pessoa com Deficiência, composto por representantes da SDH, que o coordenou, convidados da Frente Parlamentar Mista do Congresso Nacional em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, juristas convidados e representantes do Conade, através de entidades da sociedade civil – ONCB, AMPID e APABB.

As atribuições prioritárias do GT estiveram centradas em sistematização dos relatórios das Conferências Nacionais dos Direitos das Pessoas com Deficiência, realizadas nos anos de 2006 e 2008, no que concerne à incorporação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência no ordenamento jurídico nacional; na sistematização dos relatórios dos cinco encontros regionais realizados pelo Conade - no ano de 2009, cuja temática era o debate dos Projetos de Lei nº 3.638, de 2000 e 7.699, de 2006 à luz da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência; na análise da adequação dos Projetos de Lei nº 3.638, de 2000 e 7.699, de 2006 e da legislação vigente ao texto da Constituição da República Federativa do Brasil, emendada pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo; e por fim, no oferecimento de subsídios e contribuições ao Congresso Nacional sobre o tema.

Após conclusão dos objetivos pelo qual foi instituído, o GT apresentou a proposta de substitutivo à Câmara e ao Senado Federal, no prazo de dez meses, conforme acordado com a Frente Parlamentar Mista do Congresso Nacional em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência que abre agora, nova rodada de discussões, parte do processo democrático. 

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Em junho de 2013, a deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP) foi designada relatoria do Estatuto. Uma nova rodada de discussões é realizada e para dar possibilidade de novas contribuições ao Projeto de Lei, o Conade organizou em 2013 a Oficina Estratégia de Monitoramento do Estatuto da Pessoa com Deficiência, onde o colegiado aportou um conjunto de 64 propostas.Além disso, conselheiros e conselheiras do Conade participaram de diversas atividades em todo país, com grande atuação dos conselhos estaduais e municiais, que foram mobilizados para que pudessem apropriar-se do texto e oferecessem sugestões.

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Em 2015, o senador Romário (PSB-RJ) foi o relator do projeto no senado, aprovado por unanimidade.

A grande lição do Estatuto, o que na verdade não é nada novo – Protagonismo e possibilidade de participação são fundamentais para que tenhamos uma sociedade mais democrática. Parabéns ao Conade e todos que fizeram parte desta história de luta! 

Chegamos ao Estatuto por um conjunto de modificações que ocorrem na sociedade, onde os direitos da pessoa com deficiência avançam na agenda política. Agora, fortalecer a participação social e a rede de órgãos gestores é essencial para a materialização da lei na vida das pessoas... Apenas começamos... Que venha a sanção presidencial e possamos viver um tempo de mais direitos a todas as pessoas...

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Histórico

Descrição da Imagem: Na foto, organizadores de Seminário que a Faders Acessibilidade e Inclusão promoveu em 2011 no Ministério Público Estadual do Rio Grande do Sul.

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Histórico

Descrição da Imagem: Na foto, participantes do Grupo de Trabalho em reunião do Conade em 2013.

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Histórico

Descrição da Imagem: Na foto, oficin realizada no Conade em 2013 tratando do aprimoramento do Projeto de Lei.

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Histórico

Descrição da Imagem: Na foto, membros do Grupo de Trabalho que concluiu a minuta de texto.

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Histórico

Descrição da Imagem: Na foto, os senadores Romário (PSB/RJ), Paulo Paim (PT/RS) e a deputada federal Mara Gabrilli (PSDB/SP).

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Histórico

Descrição da Imagem: Ato de sanção da lei pela presidenta Dilma Rousseff.

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Os vetos...

1) No artigo 29, buscou-se reservar 10% de vagas para estudantes com deficiência, por curso e turno, em cada processo seletivo para ingresso, sem qualquer prejuízo aos demais estudantes pois há previsão expressa no parágrafo 1º de reversão de vagas não preenchidas. O percentual estabelecido inclusive está muito abaixo do percentual oficial de 23,9% pessoas com deficiência no Brasil.

2) No inciso II, do artigo 32 propunha-se que a definição de projetos de construção, em programas habitacionais públicos ou subsidiados com recursos públicos a pessoa com deficiência seja considerada e assim também seja considerado o princípio do desenho universal, em harmonia ao comando da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência. O desenho universal (Artigo 2, da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência) gera inclusive uma economia de recursos pois sua técnica uma vez bem aplicada evita a necessidade de adaptações ou projeto específica, gerando ao final economia financeira para o projeto.

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3) No artigo 109 buscava-se alterar o artigo 154, do Código de Trânsito para oferecer veículo adaptado para a pessoa com deficiência realizar sua formação de condutor, respeitado o princípio da igual oportunidade e não discriminação da pessoa com deficiência, conforme o comando da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência. Relegar tema de lei ordinária para norma do Contram é minimizar o direito constitucional da pessoa com deficiência. E mais, verifica-se a clara influência do setor econômico na decisão, posto que o veículo adaptado poderia gerar despesas para os centros de formação de condutores. 

4) No artigo 82 buscou-se dar prioridade à pessoa com deficiência na tramitação processual, nos procedimentos judiciais e administrativos em que for parte, interveniente ou terceira interessada e no recebimento de precatórios, em qualquer instância, de acordo com o que já ocorre com a pessoa idosa, sem que isso afronte comando constitucional.

Slides 93

Os vetos...

5) No artigo 100 buscou-se alterar o artigo 93, da lei no 8.213/91 que trata da reserva de cargos em empresas com cem ou mais empregados, incluindo as empresas com 50 ou mais empregados, de forma a assegurar que um maior número de trabalhadores com deficiência possam ser incluídos no trabalho. Os dados oficiais mostram que é maior a distribuição e maior é número de empresas com 50 empregados ou mais em todo o território nacional. A aferição do cumprimento somente ocorreria após três anos de vigência da lei, dando tempo suficiente para as providências de fiscalização. Verifica-se, mais uma vez, pelo próprio fundamento, a clara influência do setor econômico na decisão de veto presidencial.

6) No artigo 106 propôs igualar os direitos entre todas as naturezas das deficiências (pessoas com deficiência física, sensorial, intelectual ou mental ou autistas, diretamente ou por intermédio de seu representante legal) com a isenção de IPI na aquisição de veículo. O fundamento lançado de renúncia de receita sem estimativas de impacto é, no mínimo, falacioso. 

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§ 4º do art. 77 da Lei n o   8.213, de 24 de julho de 1991, alterado pelo art. 101 do projeto de lei: “§ 4o  A parte individual da pensão do dependente

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com deficiência de que trata o inciso II do § 2o deste artigo que exerça atividade remunerada será reduzida em 30% (trinta por cento), devendo ser integralmente restabelecida em face da extinção da relação de trabalho ou da atividade empreendedora.”

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Organização...

LIVRO I - PARTE GERAL

TÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO II - DA IGUALDADE E DA NÃO DISCRIMINAÇÃO

TÍTULO II - DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

CAPÍTULO I - DO DIREITO À VIDA

CAPÍTULO II - DO DIREITO À HABILITAÇÃO E À REABILITAÇÃO

CAPÍTULO III - DO DIREITO À SAÚDE

CAPÍTULO IV - DO DIREITO À EDUCAÇÃO

CAPÍTULO V - DO DIREITO À MORADIA

CAPÍTULO VI - DO DIREITO AO TRABALHO

CAPÍTULO VII - DO DIREITO À ASSISTÊNCIA SOCIAL

CAPÍTULO VIII DO DIREITO À PREVIDÊNCIA SOCIAL

CAPÍTULO IX DO DIREITO À CULTURA, AO ESPORTE, AO TURISMO E AO LAZER

CAPÍTULO X - DO DIREITO AO TRANSPORTE E À MOBILIDADE

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Organização...

TÍTULO III - DA ACESSIBILIDADE

CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

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CAPÍTULO II - DO ACESSO À INFORMAÇÃO E À COMUNICAÇÃO

CAPÍTULO III - DA TECNOLOGIA ASSISTIVA

CAPÍTULO IV - DO DIREITO À PARTICIPAÇÃO NA VIDA PÚBLICA E POLÍTICA

TÍTULO IV - DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA

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LIVRO II - PARTE ESPECIAL

TÍTULO I - DO ACESSO À JUSTIÇA

CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO II - DO RECONHECIMENTO IGUAL PERANTE A LEI

TÍTULO II - DOS CRIMES E DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS

TÍTULO III - DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

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Algumas inovações

 A minuta da Lei Brasileira da Inclusão da Pessoa com Deficiência – LBI é uma construção coletiva. Foi o primeiro Projeto de Lei da Câmara dos Deputados a ser traduzido para Libras – Língua Brasileira de Sinais durante sua discussão. Seu texto preliminar ficou sob consulta pública no E-democracia por cerca de seis meses, tendo recebido, entre contribuições vindas do portal, de e-mails e ofícios, cerca de mil propostas.

A LBI tem como base a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, o primeiro tratado internacional de direitos humanos a ser incorporado pelo ordenamento jurídico brasileiro com o status de emenda constitucional.

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Algumas inovações

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Conceito - Pela lei, uma pessoa com deficiência é aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que podem obstruir a sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Quem deve implementar? O Governo Federal sob coordenação da Secretaria Especial com participação do Conade.Saúde O FGTS poderá ser utilizado na aquisição de órteses e próteses Proíbe os planos de praticarem qualquer tipo de discriminação à pessoa em razão de sua deficiência.

Quem deve implementar? O Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, em conjunto com a Secretaria Especial, Ministério da Saúde e participação do Conade.

Educação Instituições de ensino são proibidas de cobrar a mais de alunos com deficiência. Obriga o poder público a fomentar a publicação de livros acessíveis pelas editoras. 

Mobilidade Reserva de 2% das vagas em estacionamentos 5% dos carros de autoescolas e de locadoras de automóveis adaptados para motoristas com deficiência 10% dos carros das frotas de táxi adaptados para acesso das pessoas com deficiência 

Slide 100

Algumas inovações

A Lei Brasileira de Inclusão se aplica à pessoa autista?

Sim. Conforme a Lei 12.764/12, a pessoa autista é considerada para todos os fins, pessoa com deficiência. (Art. 1o – Lei 12.764/12). Portanto, todos os direitos assegurados pela LBI se aplicam também às pessoas autistas.

Slide 101

Algumas inovações

Como é feita a avaliação da deficiência?

A avaliação, quando necessária, será biopsicossocial e realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar, considerando: os

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impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; os fatores socioambientais psicológicos e pessoais, a limitação no desempenho de atividades e a restrição de participação (§2o, Art. 2º)

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Algumas inovações

O que são barreiras?

Barreira é qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança, entre outros. As barreiras podem ser urbanísticas, arquitetônicas, em transportes, nas comunicações e na informação, atitudinais e tecnológicas. (Art. 3º, IV)

Slide 103

Algumas inovações

Moradia Reserva de 3% de unidades habitacionais em programas públicos ou subsidiados com recursos públicos 

Cultura Teatros, cinemas, auditórios e estádios passam a ser obrigados a reservar espaços e assentos adaptados. 

Turismo Cota de 10% de dormitórios acessíveis em hotéis 

Inclusão e cidadania 

A lei foi feita para garantir o direito das pessoas com deficiência de serem incluídas na vida social em todos os aspectos. Boletos, contas, extratos e cobranças devem ser em formato acessível. Direito a pessoa com deficiência de votar e ser votada, em igualdade de oportunidades. Permite que pessoas com deficiência intelectual casem legalmente ou formem união estável. 10% dos computadores de lan houses com recursos de acessibilidade para pessoa com deficiência visual Cadastro O texto também cria o Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa com

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Deficiência com a finalidade de coletar e processar informações destinadas à formulação, gestão, monitoramento e avaliação das políticas públicas para as pessoas com deficiência e para a realização de estudos e pesquisas. 

Slide 104

Algumas inovações

EsporteAgora, 2,7% da arrecadação das loterias federais devem ir para o esporte. Hoje esse percentual é de 2%. Dessa parte a ser destinada ao esporte, o Estatuto prevê que 37,04% devem ser repassados ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e 62,96% ao Comitê Olímpico (COB). Atualmente o CPB fica com a fatia de 15% e o COB, 85%. Para vocês terem uma ideia, ficamos em 7º lugar no número de medalhas de ouro nas Paralímpiadas de 2012. Em comparação, estamos em 22º nas Olimpíadas.

Slide 105

Algumas inovações

Habilitação e Reabilitação

Reconhecimento da habilitação e reabilitação com um direito da pessoa com deficiência, com vistas a sua autonomia e participação social em igualdade de condições com as demais pessoas;

Desenvolvimento de ações articuladas pelo SUS e pelo SUAS que garantam à pessoa com deficiência e sua família a aquisição de informações, orientações e formas de acesso às diversas políticas públicas existentes, com a finalidade de propiciar sua plena participação social;

Revisão dos critérios de elegibilidade para o acesso ao Benefício da Prestação Continuada;

Proibição de planos de saúde discriminarem a pessoa em razão de sua deficiência.

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Algumas inovações

Comunicação, Cultura e Lazer

Garantia de acessibilidade nos serviços de telefonia;

Teatros, cinemas, auditórios, estádios, ginásios de esporte, locais de espetáculo devem reservar espaços/ assentos para pessoas com deficiência em todos os setores, resguardado o direito de elas se acomodarem próximas a seu grupo familiar e comunitário;

Salas de cinema deverão garantir à pessoa com deficiência recursos de acessibilidade em todas as sessões;

Hotéis deverão oferecer dormitórios acessíveis;

Pronunciamentos oficiais, a propaganda eleitoral obrigatória e os debates transmitidos pelas emissoras de televisão devem ter acessíveis;

Telecentros públicos deverão oferecer no mínimo 10% de recursos acessíveis para pessoas com deficiência visual;

As editoras não poderão usar nenhum argumento para negar a oferta de livro acessível.

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Algumas inovações

Direitos Civis

Pessoas com deficiência intelectual terão direito ao voto e ser votado, ao casamento e a ter filhos, tendo vista que o processo de curatela somente poderá recair sobre direitos de natureza patrimonial e negocial;

Harmonização com o sistema penal de penas relacionadas ao preconceito, descriminação e abuso contra a pessoa com deficiência;

Garantia de acessibilidade no acesso à Justiça para todos os envolvidos em processos judiciais, sejam como partes, advogados, juízes, defensores, promotores, dentre outros.

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Algumas inovações

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Apenas quando necessário, a pessoa com deficiência será submetida à curatela. A curatela constitui medida protetiva extraordinária, proporcional às necessidades e às circunstâncias de cada caso, e durará o menor tempo possível. (Art. 84)

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Algumas inovações

Em casos de risco emergência ou estado de calamidade pública, como deve agir o poder público em relação à pessoa com deficiência?

A pessoa com deficiência será considerada vulnerável, e portanto, deve o poder público adotar medidas para sua proteção e segurança. A criança, o adolescente, a mulher e o idoso com deficiência são considerados especialmente vulneráveis. (Arts. 6o e 10)

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Algumas inovações Direitos Civis

Pessoas com deficiência intelectual terão direito ao voto e ser votado, ao casamento e a ter filhos, tendo vista que o processo de curatela somente poderá recair sobre direitos de natureza patrimonial e negocial;

Harmonização com o sistema penal de penas relacionadas ao preconceito, descriminação e abuso contra a pessoa com deficiência;

Garantia de acessibilidade no acesso à Justiça para todos os envolvidos em processos judiciais, sejam como partes, advogados, juízes, defensores, promotores, dentre outros.

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Prazos

Prazo para o instrumento de avaliação da deficiência ficar pronto e outros prazos da LBI

O Executivo tem até 24 meses para fazer o decreto do instrumento da avaliação da deficiência, como consta do Art. 2.o da LBI – Lei Brasileira de Inclusão:

Decretos não passam pelo Legislativo.

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Prazos

Art. 2o Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

§ 1o A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsicossocial, realizada por equipemultiprofissional e interdisciplinar e considerará:(Vigência)

I – os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo;

II – os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais;

III – a limitação no desempenho de atividades; e

IV – a restrição de participação.

§ 2o O Poder Executivo criará instrumentos para avaliação da deficiência.

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Prazos

A maior parte dos artigos da LBI já está em vigor desde 02/01/2016.

As exceções são os artigos que mencionam grau da deficiência, pois dependem do instrumento de avaliação, e aqueles mencionados a seguir – art. 124 e 125:

Art. 124. O § 1o do art. 2o desta Lei deverá entrar em vigor em até 2 (dois) anos, contados da entrada em vigor desta Lei.

Art. 125. Devem ser observados os prazos a seguir discriminados, a partir da entrada em vigor desta Lei, para o cumprimento dos seguintes dispositivos:

I – incisos I e II do § 2o do art. 28 – 48 (quarenta e oito) meses;

II – § 6o do art. 44 – 48 (quarenta e oito) meses;

III – art. 45-  24 (vinte e quatro) meses;39

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IV – art. 49 – 48 (quarenta e oito) meses.

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Regulametações

Decreto 8.725/2016: Institui a Rede Intersetorial de Reabilitação Integral e dá outras providências.

Decreto de 27/04/2016: Instituí o Comitê do Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa com Deficiência e da Avaliação Unificada da Deficiência, no âmbito do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos.

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Desafios

Revisar as leis dos Estados, Distrito Federal e Municípios

Divulgar a lei a sociedade como um todo

Ampliar a participação (Conselhos e entidades)

Ampliar os direitos (o que não foi previsto ainda)

Diagnósticos: quais os dados possuímos? Leis? Pessoas com Deficiência no serviço público? Acessibilidade nos espaços públicos?

Criar e fortalecer estruturas...

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Acessibilidade

Descrição da Imagem: Forca medieval. Um palco, com uma armação de três moirões de madeira sobre ele, dois em posição vertical e um sobre os dois horizontalmente. No meio, uma forca. No centro do palco, uma abertura. Na lateral direita, uma escada e ao lado, uma rampa, com o símbolo internacional do acesso.

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Descrição da Imagem: Charge. Um professor em pécom amão esquerda apontando em direção a uma árvore exclama - Para garantir uma seleção

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justa, todos vão fazer o mesmo teste – subir aquela árvore ali. Na sua frente, um do lado do outro, um sapo, uma ave, um macaco, um peixe no aquário, uma foca, um elefante e um gato. Atrás deles, uma frondosa árvore.

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Acessibilidade

Acessibilidade costuma ser associada apenas a questões físicas e arquitetônicas, mas expressa um conjunto de dimensões diversas, complementares e indispensáveis para que haja efetiva inclusão. Acessibilidade é a ausência de barreiras que garante a igualdade de oportunidades.

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Acessibilidade

Possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida;

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Acessibilidade

Existem seis tipos de acessibilidade:

1. Atitudinal

2. Arquitetônica

3. Comunicacional

4. Instrumental

5. Metodológica

6. Programática

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Desenho Universal

Desenho universal é uma forma de conceber produtos, meios de comunicação e ambientes para serem utilizados por todas as pessoas, o maior tempo possível, sem a necessidade de adaptação, beneficiando pessoas de todas as idades e capacidades.

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[email protected]

[email protected]

www.portaldeacessibilidade.rs.gov.br

(51) 9612-8261

Fim da Apresentação

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