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Equipe: Alinajara Souza Arionaldo Souza Ribamar Sousa Ednaldo Paulo Nassar HOLOCAUSTO “Selig sind die

przenaldo.com.brprzenaldo.com.br/.../2018/02/HOLOCAUSTO-TEXTO-APOIO.docx · Web viewFoto do documento original do “Tratado de Versalhes” Em 1921, fundou o Partido Nacional Socialista

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Equipe: Alinajara Souza

Arionaldo Souza

Ribamar Sousa

Ednaldo

Paulo Nassar

HOLOCAUSTO

“Selig sind die Friedfertigen,

denn sie

1-HOLOCAUSTO

O termo Holocausto tem origem nas palavras gregas holos (todo) e kaustos (queimado) e é, desde 1945, utilizado em referência ao assassinato em massa de cerca de 11 milhões de pessoas pelo regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Essas mortes foram consequência da perseguição do regime a grupos específicos, como comunistas, ciganos, homossexuais, deficientes físicos e mentais, e, majoritariamente, judeus. Do número total, estima-se que 1,5 milhões eram crianças e 6 milhões, judeus.

Holocausto é o termo em hebraico(shoar) reservado à significação do sacrifício animal que era oferecido a Deus no Antigo Testamento. Entretanto, esse termo, após o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945, recebeu uma nova acepção: associa-se diretamente ao genocídio perpetrado pelos nazistas

2-INTRODUÇÃO

A chegada do Partido Nacional Socialista (Nazista) ao poder na Alemanha, em 1933, criou o chamado Terceiro Reich, ou Terceiro Império, e tinha Adolf Hitler como líder. A ideologia nazista defendia que os judeus eram os grandes culpados pela difícil situação econômica em que se encontrava o país desde a derrota na Primeira Guerra Mundial, e, em 1935, deu início a políticas de perseguição e segregação social desta população com as chamadas Leis de Nuremberg.( As Leis de Nuremberg fazem parte de um texto elaborado por Adolf Hitler para ser adotado pelos nazistas. Os nazistas acreditavam que existia uma “raça” superior, a ariana, e

desejavam alcançá-la em sua perfeição. Um dos slogans nazistas dizia: “ein Volk, ein Reich, ein Führer”, ou seja, “um povo, um império, um líder”. O povo em questão deveria ser ariano e  “puro”, isto é, sem que houvesse mistura entre arianos e outros grupos; e livre de imperfeições, o que fez com que homossexuais e pessoas com deficiências físicas e/ou mentais fossem alvo das políticas de perseguição, encarceramento e eliminação junto com judeus e ciganos, consideradas “raças” inferiores.

A política nazista de eliminação dessas populações chegou a seu extremo com a chamada “solução final”, que consistia no aprisionamento em campos de concentração e no uso de câmaras de gás, uma tecnologia desenvolvida para otimizar o assassinato em massa, visto que matava por asfixia com a liberação de gases em um determinado ambiente em que eram colocadas centenas de pessoas.

Nazismo contra a população judaica de países europeus, como Alemanha, Polônia e Holanda.( O termo nazismo advém da abreviatura “nazi” que sintetiza o nome do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. Esse partido foi fundado logo após o término da Primeira Guerra Mundial em 1918. Aquele que viria a ser seu principal articulador e líder absoluto, Adolf Hitler, entrou para o partido em 1919. Com Hitler, o partido nazista começou a defender posicionamentos políticos que se tornaram uma das ideologias mais perversas da história.

A situação da Alemanha no contexto de ascensão do nazismo caracterizou-se pelas tentativas de reorganização política e reestruturação econômica com a chamada República de Weimar, que se ergueu logo após a derrota alemã na Primeira Guerra e as pesadas resoluções do Tratado de Versalhes. Dessa forma, nos anos 1920, a Alemanha chegou a conseguir uma recuperação econômica que se tornou estável até o ano de 1929, quando o mundo sofreu o grande abalo econômico decorrente da quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque.

3-AÇÕES NAZISTAS

3.1- LEIS DE NUREMBERG: No dia 15 de setembro de 1935, Adolf Hitler estava reunido com os demais membros do Partido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores em Nuremberg por ocasião de seu sétimo congresso anual. Em uma sessão extraordinária foram adotados alguns textos que Hitler sugeriu, entre eles estavam: a Lei da Bandeira do Reich, a Lei da Cidadania do Reich e a Lei da Proteção do Sangue e Honra Alemães. Esse conjunto de leis formava o que ficou conhecido como as Leis de Nuremberg.

A adoção das Leis de Nuremberg fundamentavam toda a ação e a ideologia do nazismo, o que inclui a perseguição aos judeus na sociedade alemã. As leis determinavam a segregação racial, a proibição da união matrimonial, da coabitação, de relações sexuais e qualquer outro tipo de relacionamento do povo alemão com os judeus. Estes eram qualificados como indivíduos de segunda categoria.

As Leis de Nuremberg refletiriam em uma das consequências mais desastrosas da história da humanidade. Ainda antes da eclosão da

Segunda Guerra Mundial, a caça aos judeus já faria parte das ações nazistas. Mas, além disso, essa segregação racial seria absorvida e realmente praticada pela população germânica. Ao invadir a Polônia em 1939, Hitler e seu exército nazista eram motivados por questões estratégicas de guerra e também pela crença na limpeza étnica. Durante a Segunda Guerra Mundial, os chamados campos de concentração receberiam milhões de judeus para executarem trabalho escravo, servirem como cobaias de experiência e, sobretudo, para serem exterminados. A morte de mais de seis milhões de judeus, chamada de Holocausto ou Shoah, foi um dos eventos mais trágicos da humanidade. Com o fim do conflito armado e a derrota do nazismo, as consequências das Leis de Nuremberg e os crimes contra a humanidade cometidos pelos nazistas foram julgados na mesma cidade em que suas ações foram regulamentadas, no Tribunal de Nuremberg.

A cidade de Nuremberg, capital simbólica do III Reich, sediou, entre 20 de novembro de 1945 e 1 de outubro de 1946, o que a imprensa mundial chamou de o “Julgamento do século”. Os líderes aliados levaram perante o recém-estabelecido Tribunal Militar Internacional proeminentes membros da liderança política, militar e econômica da Alemanha Nazista. O Julgamento de Nuremberg mostrou ao mundo a verdadeira natureza das atrocidades cometidas pelos alemães antes e durante a 2ª Guerra Mundial, mostrando as entranhas da conspiração criminosa que pretendia subjugar e escravizar os povos da Europa e exterminar todo e qualquer judeu.

Para o Povo Judeu, o julgamento foi de suma importância. Apesar das limitações, das críticas e do fato de a “Solução Final da Questão Judaica” não ter sido o ponto central do julgamento, como os judeus queriam, pela primeira vez os representantes oficiais das forças aliadas apresentaram uma documentação abrangente, a um público não judeu, sobre a perseguição e massacre do Judaísmo Europeu durante a 2ª Guerra Mundial – o que viríamos a chamar de Holocausto, em hebraico, Shoá.

3.2- ANTI-SEMITISMO

A palavra anti-semitismo significa preconceito ou ódio contra os judeus. O Holocausto, ou seja, a perseguição e assassinato dos judeus europeus promovidos pelo governo alemão e seus colaboradores, é o exemplo mais radical de anti-semitismo na história da humanidade. O anti-semitismo e a perseguição aos judeus eram os princípios centrais da ideologia nazista. Nos 25 pontos do programa do Partido Nazista, publicado em 1920, era publicamente declarada a intenção de segregar os judeus da sociedade "ariana" e de revogar seus direitos civis, políticos e legais. O fato é que o antissemitismo é tão antigo quanto o povo hebraico e sua história, vitimando-os em tantos momentos históricos, sendo usados como bode expiatório em momentos de crises regionais, ou mesmo quando esses povos semitas entram em conflito entre si. Mas precisamos entender que, assim como todo esteriótipo, o antissemitismo se constrói sobre os preconceitos e a ignorância daqueles que se rendem ao seu ódio.) isto é, a aversão aos descendentes de Sem, filho de Noé (segundo a Bíblia), que, para os nazistas, eram considerados uma

raça inferior e responsável pela degradação moral e econômica da Europa e, em especial, da Alemanha. Toda uma política de propaganda maciça foi elaborada pelo governo de Hitler para persuadir a população alemã da causa antissemita.

Tão logo chegaram ao poder, os líderes nazistas iniciaram a cumprir sua promessa de perseguição aos judeus alemães. Durante os seis primeiros anos da ditadura hitlerista, de 1933 até o início da Guerra em 1939, os judeus sentiram os efeitos de mais de 400 decretos e regulamentações, de escopo nacional, que restringiam todos os aspectos de sua vida pública e privada. Além desta legislação discriminatória autorizada pelo governo central, existiam também outras criadas por autoridades estaduais, regionais e municipais, todas restringindo e dificultando ainda mais a vida dos judeus. Assim, centenas de indivíduos em todos as escalas governamentais, em todo o país, participaram diretamente da perseguição contra os judeus, seja na concepção e discussão das idéias anti-semitas, na elaboração, adoção, uso da força ou apoio ao anti-semitismo. Nenhuma parte de Alemanha deixou de participar de tais perseguições

1933-1934

A primeira enxurrada de leis, de 1933 a 1934, limitavam a participação judaica na vida pública alemã. A primeira lei de importância a restringir os direitos dos cidadãos judeus foi a "Lei para a Restauração do Serviço Público Profissional", de 7 de abril de 1933, segundo a qual os judeus e outros servidores públicos e os funcionários "não-confiáveis politicamente" deveriam ser despedidos de seus cargos no governo alemão. Esta nova legislação foi a primeira formulação do chamado Parágrafo Ariano, um tipo de regulamentação utilizada para excluir os judeus e outros “não-arianos” das organizações, do exercício de determinadas profissões e de outros aspectos da vida pública.

Em abril de 1933, foi promulgada outra lei restringindo o número de alunos judeus nas escolas e universidades alemãs. Naquele mesmo mês outra legislação afetou drásticamente as assim chamadas "atividade judáicas", medicina e direito. Lei e decretos subseqüentes limitaram o pagamento devido aos médicos judeus pelos fundos públicos de seguros de saúde. O governo da cidade de Berlim proibiu advogados e notários judeus de exercerem suas profissões; Munique proibiu os médicos judeus de tratarem pacientes não judeus; e a Secretaria do Interior da Bavária proibiu que judeus estudassem medicina.

No nível nacional, o governo nazista revogou a licença dos contadores judeus; restringiu o acesso dos judeus à educação, criando nas universidades e escolas públicas uma quota de apenas 1.5% para ingresso de estudantes “não-arianos”; despediu os judeus servidores públicos; e no início de 1934 proibiu os atores judeus de atuarem no teatro ou no cinema.

Os governos estaduais, regionais e municipais também criaram regulamentações que afetavam ainda outras áreas da vida judaica: na Saxônia os abatedores judeus não mais podiam seguir os preceitos religiosos de purificação ritual durante o abate dos animais, impedindo assim que os judeus pudessem manter a observância das

leis dietéticas judaicas ditadas pelo Levíticos, um dos cinco livros de Moisés.

1935

Durante o congresso anual do Partido Nazista em setembro de 1935, em Nuremberg, seus líderes anunciaram novas leis que institucionalizavam várias das teorias racistas. Estas leis, conhecidas como “Leis de Nuremberg”, excluíram os judeus da cidadania alemã e os proibiam de casar ou manter relações sexuais com “alemães ou alguém de sangue alemão”. As ramificações derivadas de tais leis deprivou os judeus da maior parte de seus direitos civís. Os judeus não podiam mais votar ou ocupar cargo público.

As Leis de Nuremberg não definiam quem era “judeu” por sua crença religiosa. Pelo contrário, a primeira emenda a estas leis definia como “judeu” qualquer pessoa que tivesse três ou quatro avôs judeus, mesmo que esta pessoa não se auto-identificasse como tal e não participasse da vida cultural e religiosa judaica. Muitos alemães que nunca haviam praticado o judaísmo, ou que não o praticavam há anos, viram-se subitamente prisioneiros da rede de terror nazista. Mesmo as pessoas cujos avós judeus houvessem se convertido ao cristianismo, e que também fossem cristãs, eram consideradas judias.

As Leis de Nuremberg em 1935 anunciavam uma nova leva de legislação anti-semita que criava uma segregação imediata e concreta: pacientes judeus não mais eram aceitos em hospitais municipais em Dusseldorf; os juízes nas cortes alemãs não podiam citar comentários legais ou opiniões de juristas judeus e os estudantes universitários judeus não mais poderiam fazer seus exames de doutoramento.

Outras regulamentações reforçaram a mensagem de que os judeus eram forasteiros na Alemanha: por exemplo, em dezembro de 1935 o Ministério da Propaganda proibiu que soldados judeus tivessem seus nomes colocados nos memoriais dedicados aos veteranos da Primeira Guerra Mundial, mesmo que muitos deles tivessem recebido medalhas do próprio governo alemão como prova de seu valor na luta contra os inimigos da Alemanha.

Arianização

Todas as agências governamentais excluíram os judeus da esfera econômica alemã impedindo-os de ganhar a vida. Os judeus passaram a ser obrigados a registrar todos seus bens, no país ou no exterior, já um prelúdio para a expropriação gradual de tudo que tinham. Da mesma forma, as autoridades nazistas resolveram “arianizar” todos os negócios judeus, em um processo que envolvia a demissão de trabalhadores e administradores judeus, bem como a transferência de companhias e negócios de propriedade judaica para alemães não-judeus, os quais compravam aquelas firmas por um preço fixado oficialmente bem abaixo de seu valor de mercado. De abril de 1933 a abril de 1938, a “arianização” reduziu de forma eficaz o número de negócios de propriedade de judeus na Alemanha em quase 70%.

1936

Nas semanas que antecederam e naquelas em que se realizaram os Jogos Olímpicos de Inverno e Verão,em Garmisch-Partenkirchen e Berlim respectivamente, o regime nazista suavizou muito sua retórica e atividades anti-semitas. O governo mandou remover dos locais públicos os cartazes que diziam “Judeus não são bem-vindos”. Hitler não queria uma crítica internacional a seu governo pois ela poderia levar os Jogos para outro país e, se isto acontecesse, seria um sério golpe ao prestígio alemão. Por outro lado os líderes nazistas não queriam desencorajar o turismo internacional e a renda por ele gerada durante o ano das Olimpíadas.

1937-1938

Em 1937 e 1938, as autoridades alemães iniciaram uma nova etapa na perseguição legislativa aos judeus daquele país exigindo que os mesmos registrassem seus bens, em uma campanha para empobrecê-los e impedir sua participação na economia alemã. Antes mesmo das Olimpíadas o governo já havia iniciado a prática de “arianizar” os negócios de propriedade judáica. Em 1937 e 1938, o governo proibiu os médicos judeus de tratarem pacientes não-judeus, a também revogou as licenças dos advogados, impedindo-os de trabalhar em suas profissões.

Após o pogrom ocorrido na Kristallnacht, comumente conhecida como “A Noite dos Vidros Quebrados” ou "Noite dos Cristais", na noite entre 9 e 10 de novembro de 1938, os líderes nazistas aumentaram seus esforços para cada vez mais isolar e segregar físicamente os judeus dos não judeus. Os judeus passaram a ser barrados de todas as escolas e universidades públicas, assim como foram impedidos de entrar nos cinemas, teatros e locais esportivos. Em várias cidades os judeus eram proibidos de entrar em zonas classificadas como “arianas”. Os decretos e as leis expandiram o boicote contra os judeus profissionais; em setembro de 1938 os médicos judeus foram definitivamente proibidos de tratar pacientes “arianos”.

O governo exigiu que os judeus se identificassem como tais, o que permitiria separá-los permanentemente do resto da população. Em agosto de 1938, as autoridades alemãs decretaram que a partir de 1º de janeiro de 1939 os homens e mulheres judeus que tivessem o primeiro nome de origem "não-judaica" deveriam adicionar "Israel" e "Sara", respectivamente, aos seus próprios. Todos os judeus foram

obrigados a carregar cartões de identificação que indicavam sua herança judaica e, no outono de 1938, todos os passaportes judeus foram marcados com a letra "J". Enquanto os líderes nazistas intensificavam as preparações para desencadear uma guerra de conquista da Europa, as leis anti-semitas na Alemanha e na Áustria preparavam o terreno para perseguições ainda mais radicais contra os judeus.

Imagens da “noite dos cristais”-“ Kristallnacht”

3.3- CAMPOS DE CONCETRAÇÃO:

Os campos de concentração nazistas foram usados pelo governo alemão para aprisionar milhares de pessoas entre as décadas de 30 e 40. Ao menos 20 mil campos foram utilizados entre 1933 e 1945, na Alemanha e em outros 12 países que foram ocupados pelos nazistas durante o período da Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945).

Muitos desses locais eram utilizados como campos de extermínio em massa. A estimativa é de que 11 milhões de pessoas tenham sido assassinadas nos campos de concentração nazistas. Os campos de concentração eram usados como centros de trabalho forçado, trânsito e prisão. Antes do início do conflito eram utilizados para receber presos políticos, mas ao longo da guerra foram ampliados para abrigar toda a massa de prisioneiros. O trabalho de seleção, de recolha de pertentes e, até, da condução às câmaras de gás era feito pelos próprios prisioneiros em um destacamento que ficou conhecido como Sonderkommandos (comando especial em tradução livre).

Os sonderkommandos foram utilizados nos campos de extermínio de Auschwitz, Treblinka, Birkenau, Belzec, Chelmno e Solibor. Eram grupos de judeus jovens, em bom estado de saúde a quem cabia o trabalho de limpeza das câmaras de gás após os assassinato, retirada de dentes de ouro dos cadáveres e condução dos mesmos aos fornos crematórios.

O trabalho ocorria sob a supervisão dos nazistas e, à chegada dos prisioneiros, os integrantes dos sonderkommandos eram obrigados a mentir sobre seu destino. Quem não obedecia às ordens também era eliminado. Os destacamentos eram trocados periodicamente e os antigos levados para as câmaras de gás.

3.3.1-CAMPO DE CONCENTRAÇÃO- DACHAU

O primeiro desses campos foi estabelecido em Dachau e aberto em 22 de março de 1933. O segundo comandante de Dachau, Theodor Eicke (1899 - 1945) elevou o local a modelo de tratamento de prisioneiros e coube a ele administrar o complexo sistema de campos de concentração nazistas durante toda a Segunda Guerra Mundial .

Os locais ficaram conhecidos não somente por serem o destino de milhares de vítimas da guerra, mas pela aplicação de execuções de prisioneiros em escala industrial por meio das câmaras de gás.

Após Dachau, que funcionou durante 12 anos, foram abertos seis campos com a finalidade específica de extermínio em massa: Auschwitz-Bikernau, Belzec, Chelmno, Majdanek, Sobibor e Treblinka.

A construção do primeiro projeto, Chelmno, começou em 1941 e o restante já estava adicionado no ano seguinte. As mortes ocorriam também pelos trabalhos forçados a que eram submetidos os prisioneiros, bem como doenças, fome e frio.

Os prisioneiros dos campos de concentração eram deportados da Europa, sendo, principalmente judeus. Havia, contudo, homossexuais, ciganos e testemunhas de jeová.Os campos foram construídos na Áustria, Bielorrússia, Croácia, Estônia, França, Itália, Noruega, Países Baixos, Polônia, República Tcheca e Ucrânia

As experiências médicas estão entre as principais marcas da crueldade dos campos de concentração nazistas. Os experimentos médicos eram aplicados de maneira ostensiva e tinham, entre outras justificativas, a melhoria das taxas de sobrevivência dos soldados alemães e o aperfeiçoamento do conhecimento de tratamentos e procedimentos clínicos.

Muitos dos experimentos foram considerados dolorosos, desnecessários e cruéis, não raro levavam os prisioneiros à morte. No campo de concentração de Dachau, prisioneiros foram submetidos a câmaras de pressão, congelamentos para analise da hipotermia ou obrigados a beber água salgada para estudar a potabilidade da água.

Foram conduzidas, ainda, pesquisas para o desenvolvimento de vacinas contra a malária e a tuberculose em Dachau.

3.3.2-AUSCHWITZ

O maior e mais conhecido dos campos de concentração nazistas foi Auschwitz, onde 1,1 milhão de pessoas foram assassinadas. Construído em 1942, próximo a Oswiecin, na Polônia, ficou conhecido símbolo da morte dos judeus da Europa. Incluía três grandes acampamentos e 45 sub-campos.

O campo de concentração e extermínio de Auschwitz foi o maior acampamento de prisioneiros da Alemanha nazista e o maior centro construído para matar pessoas em toda a história da humanidade. Durante a Segunda Guerra Mundial, 2,5 milhões de pessoas foram executadas por envenenamento de gás e outras 500 mil morreram de doenças e fome.

Auschwitz foi fundado em maio de 1940 e funcionou até 27 de janeiro de 1945, quando as tropas aliadas ocuparam o local e libertaram os prisioneiros. Sob o comando de Rudolf Höss (1894 - 1947), o campo foi o palco das mais conhecidas e intoleráveis atrocidades nazistas, como os assassinatos em escala industrial nas câmaras de gás, torturas, experimentos médicos e trabalho escravo.

O campo de concentração foi instalado próximo à cidade de Oswiecim, na Polônia, a cerca de 60 quilômetros da capital Cracóvia. Muito rápido, tornou-se o maior centro de concentração e extermínio de pessoas na Segunda Guerra Mundial. Além de três grandes

acampamentos, Auschwitz era composto por mais 45 sub-campos. Auschwitz I era o acampamento principal, onde estavam localizadas as clínicas para experimentos médicos, câmaras de tortura e execução.

A entrada exibe a irônica frase, "Arbeit Macht Frei", que significa "O Trabalho Liberta". Até o momento da sua libertação, Auschwitz tinha crescido para incluir três grandes acampamentos e 45 sub-campos.

Além de judeus, também foram para os campos de concentração, como o da cidade de Auschwitz (um dos maiores), na Polônia, comunistas, poloneses, ciganos, deficientes físicos, povos de etnias eslavas, entre outros. Nesses campos, essas pessoas eram obrigadas a executar trabalhos forçados até o exaurimento. Depois eram terminantemente “descartadas” e encaminhadas às câmaras de gás venenoso, sendo posteriormente cremadas em centenas de fornos, que tinham a função de “apagamento total” dos indivíduos.

3.3.2.1-Birkenau

O obra do acampamento Auschwitz II, também chamado de Birkenau foi entregue no início de 1942 e estava localizada a cerca de 3 quilômetros Auschwitz I.

Birkenau era o palco das seleções promovidas por médicos nazistas à chegada no campo, no local conhecido como rampa. Também neste local ficavam a maioria dos prisioneiros e havia uma área destinada a mulheres e ciganos.( Josef Mengele)

O acampamento Auschwitz III, chamado ainda de Monowitz, era o destino daqueles que seriam submetidos ao trabalho escravo, bem como os 45 sub-campos do complexo.

3.3.2.2-Chegada e Seleção

O transporte dos prisioneiros até Auschwitz ocorria em trens de carga de gado. A massa de presos era formada por judeus, ciganos, homossexuais e outros desafetos do regime nazista. À chegada, eram saqueados. Seus bens permaneciam nos vagões e integravam uma fila onde seriam separados entre aptos ou não ao trabalho por médicos nazistas.

Em geral, mulheres grávidas, crianças, deficientes e idosos eram enviados diretamente à câmara de gás. Os demais seriam conduzidos ao trabalho forçado ou às temíveis experiências médicas. Cada uma das quatro câmaras de extermínio de Auschwitz tinha a capacidade para executar 2 mil pessoas. As vítimas eram informadas que passariam por um processo de desinfecção, onde se livrariam de piolhos. Por isso, entravam voluntariamente nas câmaras.

Após o processo de asfixia por gás, os corpos das vítimas passavam por mais um saque. Dessa vez, equipes de prisioneiros eram obrigadas a retirar alianças, joias e os dentes de ouro dos cadáveres. Os pertences eram enviados para a Alemanha e os corpos levados para o conjunto de crematórios. As câmaras de gás de Auschwitz operara entre 1941 e 1944.

Quando os soviéticos chegaram ao campo, a fim de libertar as cerca de 7 ou 8 mil pessoas prisioneiras, encontraram muita resistência do exército nazista, a SS – guarda de Adolf Hitler e vários soviéticos morreram.

Antes, e com a aproximação dos soviéticos, o exército nazista havia começado a destruir as câmaras de gás a fim de eliminar os vestígios de terror daquele local e a evacuar cerca de 60 mil prisioneiros. Obrigados a caminhar durante quilômetros, na conhecida “marcha da morte”, cerca de 15 mil prisioneiros morreram.

4.-ADOLF HITLER

Adolf Hitler nasceu no dia 20 de abril de 1889, na localidade de austríaca de Braunaun Am Inn. Foi filho de um funcionário da alfândega e passou sua infância em Linz. Em 1900, ingressou na Realschule, mas não conseguiu ser aprovado no exame final (1905). Três anos depois, mudou-se para Viena, onde pretendia ser pintor, mas não foi aceito na Academia de Belas Artes. Mesmo tendo fracassado ao ingressar na academia, decidiu ficar vivendo em Viena com grandes dificuldades econômicas. Neste período, adquiriu as idéias nacionalistas e anti-semitas que mais tarde o levariam ao poder.

Em 1913, partiu para Munique (Alemanha), a fim de enganar o serviço militar do seu país. O início da I Guerra Mundial, em 1914, fez com que Hitler resolvesse se alistar voluntariamente no exército alemão. Logo passou a ser cabo e, como fruto de suas feridas em combate, foi condecorado com a Cruz de Ferro.

Em setembro de 1919, Hitler afiliou-se ao Partido Trabalhista Alemão, onde rapidamente ganhou liderança ao conclamar seus correligionários à criação de uma grande Alemanha, à abolição do Tratado de Versalhes e à luta contra os judeus. ( O Tratado de Versalhes (1919) foi um tratado de paz assinado pelas potências europeias que encerrou oficialmente a Primeira Guerra Mundial, sendo que a Alemanha o classificou como diktat (imposição). Após seis meses de negociações, em Paris, o tratado foi assinado como uma continuação do armistício de Novembro de 1918, em Compiègne, que tinha posto um fim aos confrontos.[1] O principal ponto do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que, sob os termos dos artigos 231-247, fizesse reparações a um certo número de nações da Tríplice Entente.Os termos impostos à Alemanha incluíam a perda de uma parte de seu território para um número de nações fronteiriças, de todas as colônias sobre os oceanos e sobre o continente africano, uma restrição ao tamanho do exército e uma indenização pelos prejuízos causados durante a guerra. A República de Weimar também aceitou reconhecer a independência da Áustria. O ministro alemão do exterior, Hermann Müller, assinou o tratado em 28 de Junho de 1919.[1] O tratado foi ratificado pela Liga das Nações em 10 de Janeiro de 1920. Na Alemanha o tratado causou choque e humilhação na população, o que contribuiu para a queda da República de Weimar em 1933 e a ascensão do Nazismo.No tratado foi criada uma comissão para determinar a dimensão precisa das reparações que a Alemanha tinha de pagar. Em 1921, este valor foi oficialmente fixado em 33 milhões de dólares. Os encargos a comportar com este pagamento são frequentemente citados como a principal causa do fim da República de Weimar e a subida ao poder de Adolf Hitler, o que inevitavelmente levou à eclosão da Segunda Guerra Mundial apenas 20 anos depois da assinatura

do Tratado

Foto do documento original do “Tratado de Versalhes”

Em 1921, fundou o Partido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores, também chamado de Partido Nazista, do qual Hitler passaria rapidamente a ser o chefe absoluto.

Com o apoio do ex-militar Erich Ludendorff, Hitler liderou um golpe de estado conhecido como o putsch (golpe) da cervejaria de Munique. O movimento fracassou e Hitler foi condenado a cinco anos de prisão, dos quais cumpriu somente nove meses de pena. Durante este período escreveu Mein Kampf (Minha Luta), livro no qual, entre outros tópicos, apresenta sua visão da conquista do espaço vital alemão. Já em liberdade, em 1925, Hitler reconstruiu o partido e o preparou para a conquista do poder por via eleitoral. Nesse entretempo, Hitler já havia dado início às suas articulações dentro do partido nazista, procurando penetrar a estrutura do Parlamento de Weimar via eleições. No entanto, a representação nazista não chegava a 4% das cadeiras ocupadas. No ano de 1923, Hitler tentou tomar o poder no estado da Baviera, em Munique. Foi preso e condenado junto a seus acólitos. No seu julgamento, suas palavras expressavam o ódio às sanções do Tratado de Versalhes e o ressentimento nacionalista e racista que daria o tom da sua ideologia.

Nos seis meses em que ficou preso, Hitler desenvolveu sua ideologia no livro intitulado “Minha Luta (Mein Kampf, em alemão), que se tornou política do Estado totalitário quando os nazistas tomaram o poder em 1933. Entre as ideias defendidas pelos nazistas, estava o antissemitismo, isto é, aversão aos judeus e atribuição da culpa da decadência econômica alemã a esse povo, além da atribuição da “degenerescência moral e física” da população alemã também à presença dos judeus e de outros povos (como poloneses, ciganos, negros etc.) na Europa e, em especial, nos países germânicos (Alemanha e Áustria).

A eugenia (a ideologia da raça superior e perfeita) também era marca do nazismo e estava diretamente associada ao arianismo, isto é, à eleição da raça branca como uma raça superior às demais. A política do “espaço vital”, ou seja, um espaço geográfico que comportasse a expansão da raça ariana, também estava prevista nos planos de Adolf Hitler. A construção dos campos de concentração, onde os trabalhos forçados e o extermínio de povos considerados inferiores eram gerenciados, expressou toda a perversidade dessa proposta política.

No livro “Minha Luta”, Hitler desenvolveu todas as ideias que deram corpo à ideologia nazista*

No início da década de 1930, Adolf Hitler assumiu a liderança política da Alemanha, país que passava por uma grave crise econômica e moral em função das consequências da Primeira Guerra Mundial e da Crise de 1929. Hitler foi considerado pela população alemã como um grande líder que seria capaz de resgatar o prestígio e a grandeza dos germânicos, o que o fez receber grande apoio da população. O regime estabelecido pelo novo líder do país era autoritário, tudo estava submetido ao seu controle. Se por um lado ele conseguiu reorganizar o país e oferecer esperança à população, por outro lado sua política aumentou a instabilidade no continente europeu e suas decisões conduziram o continente à Segunda Guerra Mundial.

Com a crise econômica de 1929, todo o esforço de reestruturação econômica da Alemanha arrefeceu. O partido nazista, nesse período de crise, conseguiu agremiar simpatizantes de todos os nichos da sociedade alemã, desde veteranos de guerra e trabalhadores até intelectuais e grandes industriais atraídos pela proposta econômica nacionalista e corporativista dos nazistas. Já nas eleições de 31 de julho de 1932, os nazistas conseguiram 37% dos votos, ocupando assim 230 cadeiras no Parlamento. Era o primeiro passo para a dominação total.

A pressão da presença nazista no Parlamento obrigou o então presidente Paul Von Hindenburg a nomear Hitler Chanceler da República. Com o incêndio do Reichstag (Parlamento), os nazistas puderam pressionar, mais uma vez, Hindenburg a assinar em fevereiro de 1933 um decreto de emergência, suspendendo assim os direitos civis da população sob a justificativa de que a Alemanha sofria de risco que provinha do próprio interior da sociedade.

Em março de 1933, Hindenburg aprovou a lei que permitiu ao Chanceler legislar independentemente do Parlamento. Começava

assim a ditadura nazista, propriamente dita, na qual o lider, Füher, tinha plenos poderes. A ditadura de Adolf Hitler teve como características a militarização da sociedade alemã, a máquina de propaganda intensiva em torno da figura do líder, bem como um cuidadoso culto de sua personalidade e dos ritos e símbolos que o partido desenvolveu.Em 1933, Hindenburg nomeou Hitler chanceler da Alemanha. Imediatamente, Hitler, sob uma série de manobras políticas, tornou-se ditador e instaurou o III Reich. Destruiu o regime constitucional e o substituiu por um regime totalitário. Assim, estabeleceu o nacional socialismo como o único partido e realizou uma sangrenta repressão contra os dissidentes. A perseguição contra os judeus, iniciada coma as Leis de Nuremberg (1935), culminou com o extermínio de judeus europeus, ciganos, comunistas e homossexuais, fato que ficou conhecido como a Solução Final. Ao mesmo tempo, organizou uma avançada indústria bélica, assim, armou fortemente a Alemanha e reativou sua economia.Consolidado no poder, Hitler dedicou-se à execução do seu sonho político: a expansão do III Reich pela Europa. Depois da anexação da Áustria (1938), da invasão da Tchecoslováquia (1938) e o ataque à Polônia (1939), a França e o Reino Unido reagiram declarando guerra à Alemanha. Começava a Segunda Guerra Mundial.

O desenvolvimento inicial deste conflito foi favorável a Hitler, mas a partir de 1944, a guerra muda com o ataque alemão à União Soviética. Isto se deve a abertura deste flanco, à resistência soviética e ao desembarque das tropas aliadas na Normandia, levaram os alemães a contemplar sua derrota. Leia mais sobre a Batalha da Normandia.

Desde janeiro de 1945, quando a invasão aliada da Alemanha era só questão de tempo, Hitler e sua mulher, Eva Braun, se abrigaram no bunker da chancelaria de Berlin. No dia 30 de abril, no dia seguinte ao do seu matrimônio, Eva e Hitler suicidaram-se.

Foi só com a derrota alemã que o mundo pode dimensionar o tamanho da violência empregada pelos nazistas. À medida em que avançavam sobre campos de concentração, as tropas Aliadas deparavam-se com câmaras de gás, com milhões de cadáveres e com sobreviventes vivendo em condições sub-humanas.

A derrota alemã, no entanto, não colocou fim ao drama vivido por aquelas pessoas. Centenas de milhares passaram a viver em campos de deslocados, pois não tinham para onde voltar.

Os principais líderes do regime foram julgados em um tribunal especial criado na cidade de Nuremberg, na Alemanha, entre 20 de novembro de 1945 e 1º de outubro de 1946. Dos 24 indicados, somente 22 foram de fato a julgamento, pois um deles cometeu suicídio e outro foi dispensado por problemas de saúde. As acusações eram: conspiração e atos deliberados de agressão; crimes contra a paz; crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Dos julgados, 3 foram absolvidos.