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1 Pressclipping em 04.abril.2016 Você será recompensado pelas coisas boas que fizer, e tudo se reverterá em seu proveito. Pv 12:14 Rei Salomão Editorial da Folha Nem Dilma nem Temer 02/04/2016 17h00 A presidente Dilma Rousseff (PT) perdeu as condições de governar o país. É com pesar que este jornal chega a essa conclusão. Nunca é desejável interromper, ainda que por meios legais, um mandato presidencial obtido em eleição democrática. Depois de seu partido protagonizar os maiores escândalos de corrupção de que se tem notícia; depois de se reeleger à custa de clamoroso estelionato eleitoral; depois de seu governo provocar a pior recessão da história, Dilma colhe o que merece. Formou-se imensa maioria favorável a seu impeachment. As maiores manifestações políticas de que se tem registro no Brasil tomaram as ruas a exigir a remoção da presidente. Sempre oportunistas, as forças dominantes no Congresso ocupam o vazio deixado pelo colapso do governo. A administração foi posta a serviço de dois propósitos: barrar o impedimento, mediante desbragada compra de apoio parlamentar, e proteger o ex-presidente Lula e companheiros às voltas com problemas na Justiça. Mesmo que vença a batalha na Câmara, o que parece cada vez mais improvável, não se vislumbra como ela possa voltar a governar. Os fatores que levaram à falência de sua autoridade persistirão. Enquanto Dilma Rousseff permanecer no cargo, a nação seguirá crispada, paralisada. É forçoso reconhecer que a presidente constitui hoje o obstáculo à recuperação do país. IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Pressclipping em 04.abril.2016Você será recompensado pelas coisas boas que

fizer, e tudo se reverterá em seu proveito. Pv 12:14 Rei Salomão

Editorial da Folha

Nem Dilma nem Temer02/04/2016 17h00

A presidente Dilma Rousseff (PT) perdeu as condições de governar o país.

É com pesar que este jornal chega a essa conclusão. Nunca é desejável interromper, ainda que por meios legais, um mandato presidencial obtido em eleição democrática.

Depois de seu partido protagonizar os maiores escândalos de corrupção de que se tem notícia; depois de se reeleger à custa de clamoroso estelionato eleitoral; depois de seu governo provocar a pior recessão da história, Dilma colhe o que merece.

Formou-se imensa maioria favorável a seu impeachment. As maiores manifestações políticas de que se tem registro no Brasil tomaram as ruas a exigir a remoção da presidente. Sempre oportunistas, as forças dominantes no Congresso ocupam o vazio deixado pelo colapso do governo.

A administração foi posta a serviço de dois propósitos: barrar o impedimento, mediante desbragada compra de apoio parlamentar, e proteger o ex-presidente Lula e companheiros às voltas com problemas na Justiça.

Mesmo que vença a batalha na Câmara, o que parece cada vez mais improvável, não se vislumbra como ela possa voltar a governar. Os fatores que levaram à falência de sua autoridade persistirão.

Enquanto Dilma Rousseff permanecer no cargo, a nação seguirá crispada, paralisada. É forçoso reconhecer que a presidente constitui hoje o obstáculo à recuperação do país.

Esta Folha continuará empenhando-se em publicar um resumo equilibrado dos fatos e um espectro plural de opiniões, mas passa a se incluir entre os que preferem a renúncia à deposição constitucional.

Embora existam motivos para o impedimento, até porque a legislação estabelece farta gama de opções, nenhum deles é irrefutável. Não que faltem indícios de má conduta; falta, até agora, comprovação cabal. Pedaladas fiscais são razão questionável numa cultura orçamentária ainda permissiva.

Mesmo desmoralizado, o PT tem respaldo de uma minoria expressiva; o impeachment tenderá a deixar um rastro de ressentimento. Já a renúncia traduziria, num gesto de desapego e realismo, a consciência da mandatária de que condições alheias à sua vontade a impedem de se desincumbir da missão.

A mesma consciência deveria ter Michel Temer (PMDB), que tampouco dispõe de suficiente apoio na sociedade. Dada a gravidade excepcional desta crise, seria uma bênção que o poder retornasse logo ao

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povo a fim de que ele investisse alguém da legitimidade requerida para promover reformas estruturais e tirar o país da estagnação.

O Tribunal Superior Eleitoral julgará as contas da chapa eleita em 2014 e poderá cassá-la. Seja por essa saída, seja pela renúncia dupla, a população seria convocada a participar de nova eleição presidencial, num prazo de 90 dias.

Imprescindível, antes, que a Câmara dos Deputados ou o Supremo Tribunal Federal afaste de vez a nefasta figura de Eduardo Cunha –o próximo na linha de sucessão–, réu naquela corte e que jamais poderia dirigir o Brasil nesse intervalo.

Dilma Rousseff deve renunciar já, para poupar o país do trauma do impeachment e superar tanto o impasse que o mantém atolado como a calamidade sem precedentes do atual governo.

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Nuances políticas

Impeachment sem fato jurídico "transparece golpe", diz Marco Aurélio30 de março de 2016, 21h20

Para o ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio, se não há fato jurídico para justificar o impeachment, o processo pode "transparecer como golpe" e a melhor saída para a situação atual seria que o Executivo e o Legislativo conseguissem achar uma solução. "O ideal seria o entendimento entre os dois Poderes, como preconizado pela Carta da República, pela Constituição Federal para combater a crise que afeta o trabalhador", disse o ministro ao conversar com jornalistas antes da sessão desta quarta-feira (30/3).

Marco Aurélio afirmou ainda que um eventual afastamento de Dilma Rousseff não resolverá a crise política instalada no país. “Nós não teremos a solução e o afastamento das mazelas do Brasil apeando a presidenta da República. O que nós precisamos, na verdade, é de entendimento, de compreensão e de visão nacional.”

Sobre a afirmação feita pela presidente em cerimônia nesta quarta-feira (30/3), de que o impeachment movido contra ela seria um golpe por não haver crime de responsabilidade, o ministro disse que é preciso calma. “Agora, precisamos aguardar o funcionamento das instituições. Precisamos nesta hora é de temperança. Precisamos guardar princípios e valores e precisamos ter uma visão prognostica”, opinou.

Última trincheiraNo entendimento do ministro, se durante o processo de impeachment o Congresso decidir que a presidente cometeu crime de responsabilidade, o STF poderá discutir o caso se provocado. “O Judiciário é a última trincheira da cidadania. E pode ter um questionamento para demonstrar que não há fato jurídico, muito embora haja fato político suficiente ao impedimento", concluiu Marco Aurélio. Com informações da Agência Brasil. Revista Consultor Jurídico, 30 de março de 2016, 21h20

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'Pedaladas constituem crime grave', diz autor de pedido de impeachment Publicado por Anne Silva - 3 dias atrás

O jurista Miguel Reale Júnior, um dos autores do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, afirmou nesta quarta-feira (30), na comissão especial que analisa o processo de afastamento, que as “pedaladas fiscais” constituem “crime grave”.

Ele foi chamado pelo relator do processo, deputado Jovair Arantes (PDT-DO), para detalhar à comissão as denúncias que fez contra Dilma. Também falou à comissão a advogada Janaína Paschoal, outra signatária do pedido de impeachment.

“As pedaladas constituem crime e crime grave. Foram artifício malicioso para esconder déficit fiscal. E foi por via das pedaladas que se ocultaram despesas do superávit fiscal. [...]Crime aqui é eliminar as condições deste país de ter desenvolvimento, cuja base é a responsabilidade fiscal”, disse.

As chamadas “pedaladas fiscais” consistem na manobra de atrasar pagamentos do Tesouro Nacional a bancos públicos, para melhorar artificialmente a situação fiscal do país.

Por causa da demora nas transferências, Caixa Econômica e BNDES tiveram que desembolsar recursos próprios para pagar programas sociais, como o Bolsa Família.

Os depoimentos ocorreram após bate-boca entre deputados do PT, o presidente da comissão, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), e deputados da oposição (veja vídeo abaixo). Os petistas queriam adiar os depoimentos dos autores do impeachment para depois da apresentação da defesa de Dilma, o que foi negado por Rosso.

Em sua fala de abertura, Miguel Reale Jr. Afirmou que o fato de as pedaladas terem ocorrido em governos anteriores não invalida a denúncia. Ele destacou que a prática foi mais frequente e movimentou valores maiores no governo Dilma.

“Podem ter ocorrido no governo FHC e Lula, mas neste período [do governo Dilma] alcançaram volumes extraordinários e por longo tempo. Sem constar como dívida, falseou-se o superávit primário e a existência de um superávit que o país não tinha. E disse na eleição que o Brasil cresceria e manteria a meta fiscal”, argumentou o jurista.

Durante o depoimento de Reale Júnior, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), gritou: “Isso não está na denúncia!”. A intervenção gerou breve tumulto em plenário com gritos a favor e contra Dilma. O jurista retomou a palavra e continuou a discursar, após dizer que os argumentos citados fazem, sim, parte do pedido de impeachment.

'Golpe'

Após a fala de Miguel Reale Júnior, a advogada Janaína Paschoal, que também assina o pedido de impeachment, começou a depor na comissão.

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“Tenho visto cartazes com os dizeres de que impeachment sem crime é golpe. Essa frase é verdadeira. Acontece que estamos diante de um quadro em que sobram crimes de responsabilidade. Para mim, vítima de golpe somos nós”, declarou.

A advogada elencou trechos do pedido de afastamento que apontam, segundo ela, crime de responsabilidade por parte da presidente Dilma.

“Tenho visto críticas de que irresponsabilidade fiscal não justificaria impeachment. Vamos voltar no tempo, o que acontecia antes da lei de responsabilidade fiscal? Os estados usavam dinheiro dos bancos públicos sem ter arrecadação, quebravam os bancos e o povo é que pagava a conta”, afirmou, em referência à manobra de “pedalada fiscal”.

Janaína Paschoal também criticou a tentativa de defensores da presidente de classificar o processo de impeachment como golpe. Segundo ela, o pedido de afastamento tem base legal e contém denúncias de violações à legislação.

“Não é confortável esse sentimento que estão criando na população de que estamos criando um golpe. É necessário, independente do resultado desse processo, é importante que a população tenha a compreensão de que não estamos inventando nada. De que não estamos trazendo para vossas excelências apreciarem questões que não tem tipificação legal. As denúncias têm tipificação legal”, afirmou.

Para a advogada, os que defendem o governo pensam que instituições públicas pertencem à presidente e podem ser usadas para atender a benefícios pessoais.

“Acreditam que todos os órgãos são dela. Os bancos públicos são dela. Que o BNDES é deles, tanto é que só os amigos foram beneficiados esses anos todos. Que o Banco do Brasil é deles, que a Caixa Econômica é deles”, disse a autora do pedido de impeachment, o que gerou manifestações em plenário.

Por causa do novo princípio de tumulto, Rogério Rosso teve que pedir "respeito à liberdade de manifestação".

A advogada encerrou o discurso pedindo para que os deputados "repensem e pensem na importância do Congresso Nacional". "Estamos passando o país a limpo. As pessoas que vão às ruas esperam uma providência. Não é só para afastar a presidente Dilma, é para afastar tudo o que tem de ruim na política", disse Janaina Paschoal, sendo aplaudida de pé por parte dos deputados, enquanto manifestantes contrários ao impeachment vaiavam.

‘Comício político’

Primeiro deputado do PT a falar depois da exposição dos autores do pedido de impeachment, o deputado Wadih Damous (PT-OAB), ex-presidente da OAB no Rio de Janeiro, disse que Janaína Paschoal e Miguel Reale Júnior não souberam usar argumentos técnicos para defender o afastamento de Dilma. Para o petista, os dois fizeram um “comício”.

“Muito mais do que uma defesa jurídica, fizeram uma agitação política. O que se viu aqui foi um comício político. Os dois não definiram o que é operação de crédito. Operação de crédito não é adimplemento de obrigações sociais. Eles misturaram diversos conceitos jurídicos. Trata-se, sim, de um golpe”, sustentou o petista.

DepoimentosIPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Os autores do pedido de impeachment foram chamados a falar pelo relator do processo, deputado Jovair Arantes (PTB-GO). O governo, por sua vez, escalou para fazer a defesa de Dilma no colegiado os ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, e o professor de Direito Tributário da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Ricardo Ribeiro, que prestarão depoimento nesta quinta (31).

Jovair Arantes destacou que as oitivas não servem para produzir provas contra ou a favor de Dilma, mas apenas para esclarecer pontos do pedido de impeachment. Nesta fase de análise do processo, não cabe à comissão decidir sobre o mérito das acusações, mas apenas dar parecer pela instauração ou não do procedimento que pode resultar no afastamento da presidente.

Dilma Rousseff ainda poderá fazer sua defesa na comissão, o que deve ocorrer por meio do advogado-geral da União, Eduardo Cardozo.

Comissão do impeachment

A comissão do impeachment foi instalada em 17 de março, e o prazo para a presidente Dilma Rousseff apresentar a sua defesa começou a contar no dia seguinte.

A previsão é que esse prazo termine na próxima segunda-feira (4), dependendo da realização de sessões no plenário – são necessárias dez sessões no plenário da Casa.

Em seguida, o relator do processo, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), terá até cinco sessões para apresentar um parecer, que deverá ser votado pela comissão.

Enquanto estiver correndo o prazo da defesa, a comissão pode ouvir pessoas tanto da defesa quanto da acusação. No entanto, os deputados não entram no mérito da denúncia, pois apenas decidem se o processo deve ser aberto ou não. O mérito ficará a cargo do Senado.

Em sessão do dia 22 de março, o colegiado decidiu não incluir no processo as denúncias feitas pelo ex-líder do governo Delcídio do Amaral (sem partido-MS) em seu acordo de delação premiada.

Ex-líder do governo no Senado, ele acusa Dilma de tentar obstruir no andamento da Operação Lava Jato com a indicação de ministros para o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Fonte: G1

Não é somente o PT que é corrupto, mas todos...

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Esquema de propina da Odebrecht funcionava desde governo Sarney Publicado por Lauro Chamma Correia - 1 semana atrás

A 26ª fase da operação Lava Jato expôs, nesta terça-feira, a existência de um "departamento de propina" na empreiteira Odebrecht, que teria sido utilizado para movimentar altas somas de dinheiro em pagamentos ilícitos para agentes públicos e políticos principalmente em 2014. O esquema, no entanto, pode ser muito mais antigo. Documentos mostram que, durante o mandato presidencial de José Sarney (1985-1990), procedimentos bem semelhantes aos apontados pelos investigadores da Lava Jato envolviam 516 agentes públicos, empresários, empresas, instituições e políticos. Entre eles, há ex-ministros, senadores, deputados, governadores, integrantes de partidos como PSDB, PMDB e PFL (atual DEM).

Os quase 400 documentos internos da empreiteira, a maioria datada de 1988, detalhando remessas e propinas a diversos políticos. A documentação estava de posse de uma ex-funcionária da Odebrecht. Como no esquema divulgado pela Lava Jato na terça-feira (22), eram utilizados codinomes para os receptores dos pagamentos e as propinas eram calculadas a partir de percentuais dos valores de obras da empreiteira nas quais os agentes públicos estavam envolvidos.

A Odebrecht afirmou "que não se manifestará sobre o tema". Todos os políticos ouvidos negaram qualquer envolvimento em esquema de propinas com a construtora.

Chamada "Relação de Parceiros", a lista cita nomes de políticos com respectivos codinomes

Na documentação chamada "Livro de Códigos", havia uma lista, batizada de "Relação de Parceiros", que detalha os codinomes de políticos, agentes públicos e empresários relacionados às obras da Odebrecht nas quais teriam atuado.

Um dos nomes que aparecem é de Antonio Imbassahy, atual deputado federal pelo PSDB – que tinha o codinome "Almofadinha", e estaria relacionado à obra da barragem de Pedra do Cavalo, na Bahia. Imbassahy presidiu a Desenvale (Companhia do Vale do Paraguaçu) nos anos 1980, quando era filiado ao PFL. A Desenvale foi o órgão público responsável pela obra de Pedra do Cavalo.

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Anotações revelam pagamentos de propinas pela Odebrecht desde os anos 80, afirma ex-funcionária

Também do PSDB, Arthur Virgílio, atual prefeito de Manaus, recebe o codinome "Arvir". Do PMDB, são citados Jader Barbalho ("Whisky"), atualmente senador, ligado à obra da BR-163, no Pará, e o ex-ministro de Minas e Energia, senador Edison Lobão ("Sonlo"). Os filhos do ex-presidente José Sarney, Fernando e José Filho, aparecem com os codinomes "Filhão" e "Filhote"; Roseana Sarney, como seu nome de casada, "Roseana Murad", aparece como "Princesa".

Na lista, está também o ex-presidente e atualmente senador recém-desfiliado do PTB, Fernando Collor de Mello ("Mel"), relacionado a um emissário submarino construido na década de 1980, quando ele era governador de Alagoas. Há também o nome de Aroldo Cedraz, atual presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), de codinome "Toldo" e ligado à obra adutora do Sesal – ele ocupava na época os cargos de presidente da Cerb (Companhia de Engenharia Rural da Bahia) e de secretário de Recursos Hídricos e Irrigação da Bahia.

O já falecido ex-deputado federal e governador do Mato Grosso, Dante Oliveira (1952-2006), que ficou famoso como o autor do projeto que pedia eleições diretas para presidente nos anos 1980, tinha o apelido "Ceguinho" e estaria relacionado a obras de canais em Cuiabá, cidade onde foi prefeito por três mandatos.

"Esquema sempre existiu, sempre foi esse"

"O esquema naquela época era mais ou menos como esse divulgado essa semana, só não tão organizado assim. Esse esquema de propina, de fraudar licitações, sempre existiu na empresa. Aliás em todas as grandes, o esquema sempre foi esse", explica Conceição Andrade, ex-funcionária da empresa e que trabalhou no departamento responsável pelos pagamentos – a antecessora de Maria Lúcia Tavares, que delatou o esquema atual na Lava Jato.

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"Eram porcentagens de valores das obras. Era feito o fechamento, e determinava um percentual. A partir daí ocorria o superfaturamento e o pagamento. Tudo isso era feito através de transações bancárias e dinheiro. É bem semelhante ao que foi divulgado na Lava Jato, mas hoje tem um departamento específico para isso. Naquela época era feito em nível de gerência, mas acredito que tenha funcionado em diretoria e presidência também", completa Conceição.

Lista com 516 nomes cita políticos, a exemplo do senador Edison Lobão (PMDB-MA)

"Quando fui demitida e peguei os pertences pessoais, esses documentos estavam no meio da caixa, acabaram vindo junto. As pessoas recomendaram que me desfizesse, mas achei bom guardar. É preciso traçar um paralelo, mostrar que isso é antigo. Alguns desses crimes podem até estar prescritos, mas isso tudo mostra que o esquema vem de bem antes. A saída é reforma, não é demonizar o PT", explica a ex-funcionária.

Investigação

Em 2015, Conceição encaminhou toda a documentação detalhando as propinas para o deputado federal Jorge Solla (PT-BA). Solla apresentou tudo em dois âmbitos: na Polícia Federal e na CPI da Petrobras.

Os documentos foram entregues ao delegado Bráulio Galloni, que, por sua vez, remeteu tudo para Curitiba, sede da força-tarefa da Lava Jato. Atualmente, estão na Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da Polícia Federal.

Outro Lado

O deputado federal Antonio Imbassahy afirmou que é "um despropósito" a menção ao seu nome na "Relação de Parceiros" da Odebrecht. "Como homem público sempre tive uma relação baseada na decência com a Odebrecht e com qualquer empresa."

O prefeito de Manaus, Artur Virgílio Neto, disse:

"Meu pai, que tinha nome igual ao meu, era, nessa época, um simples senador cassado. Eu era um ex-deputado, prefeito de Manaus entre 1989 e 1992, distante dos governos federais desse período, que nunca se relacionou com a empresa Odebrecht.

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Não fui e não sou parceiro de empresas e, em meio a esse charco todo, sempre me mantive nos limites da seriedade pública.

Considero no mínimo precipitada a formulação da pergunta sobre" propina ". Equivaleria a eu perguntar ao jornalista se ele vende opinião em matérias ou artigos. Perdoe-me a dureza, mas sou cioso do patrimônio de honradez que herdei e que transmito aos meus filhos.

Desviar o foco dessa lama que vem cobrindo o Brasil pode terminar servindo de válvula de escape para os que têm culpa real nos desmandos éticos que desmoralizam o Brasil.

Nos meus dois mandatos de prefeito, não houve nenhuma obra dessa empresa [Odebrecht]. Espero, sinceramente, que um veículo do peso e da respeitabilidade de vocês saiba respeitar a honra de quem a possui."

Advogado responde por Lobão e Sarney

O advogado criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, negou que seus clientes, o senador Edison Lobão (PMDB-MA) e a ex-governadora Roseana Sarney, tenham cometido qualquer ato ilícito.

"O Brasil passa por um momento de criminalização da política. Isto é muito grave. Vamos afastar da atividade política, que é essencial para qualquer país, as pessoas de bem. E a delação passou a ser prova para incriminar, sem sequer investigar. Um país punitivo não serve para a democracia. A palavra do delator normalmente é falsa e estranhamente seletiva."

Collor, que informou não ter conseguido contato com o gabinete dele em Brasília. A reportagem ligou para os telefones do senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e de seus assessores, mas ninguém atendeu aos telefonemas. A assessoria do TCU não respondeu aos questionamentos da reportagem. Fernando Sarney e José Sarney Filho não se pronunciaram.

Fonte: UOL

Crime de improbidade

Ações contra ministros do governo FHC são desarquivadas pelo 27 de março de 2016, 18h01

O Supremo Tribunal Federal desarquivou ações movidas contra os ex-ministros do presidente Fernando Henrique Cardoso Pedro Malan (Fazenda), José Serra (Planejamento) e Pedro Parente (Casa Civil). Nas denúncias também são citados os ex-presidentes do Banco Central Gustavo Loyola, Francisco Lopes e Gustavo Franco, além de ex-diretores da instituição.

A decisão é tomada oito anos depois que o arquivamento das ações foi determinado pelo ministro da corte Gilmar Mendes. Nos processos, é questionada uma assistência financeira de R$ 2,9 bilhões feita pelo Banco Central ao Banco Econômico S.A., em dezembro de 1994.  A informação foi divulgada pela Folha de S.Paulo.

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Também são analisados outros atos decorrentes da criação do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer). O Proer foi elaborado pelo pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Para reabrir os processos, os ministros seguiram o voto da relatora do caso, Rosa Weber. Em 2008, Gilmar Mendes determinou o arquivamento do processo em uma reclamação dos ex-ministros. Eles argumentavam à época que a competência do STF foi usurpada. Segundo a defesa dos acusados, só o Supremo pode julgar ministros de Estado em "infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade".

Ao decidir pelo arquivamento dos processos, Gilmar Mendes apresentou entendimento do STF que determina ser competência exclusiva da corte julgar ministro de Estado, pois eles não estão sujeitos à Lei 8.429/1992, mas sim à 1.079/50, que define crimes de responsabilidade, além de regular o processo de julgamento.

Uma das ações foi ajuizada na 22ª Vara Federal de Brasília e não tinha sido julgada quando o arquivamento foi determinado. Era pedido na causa a condenação dos envolvidos, o ressarcimento ao erário e a perda dos direitos políticos. Na outra, que fazia os mesmos pedidos, foi determinado o

Revista Consultor Jurídico, 27 de março de 2016, 18h01

Veja, mentindo, de novo:

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Embaixada italiana desmente 'Veja' e nega plano de asilo a Lula "As informações referentes à embaixada e às supostas conversas do Embaixador Raffaele Trombetta são inverídicas", diz nota divulgada pela representação italiana.

A embaixada italiana no Brasil divulgou nota hoje (26) em que desmente reportagem de capa da última edição da revista Veja de que estaria participando de um plano para conceder asilo ao ex-presidente Lula, que, com isso, escaparia de prisão. Segundo a representação, os fatos são “totalmente inexistentes”.

A reportagem de Veja também foi ironizada pela página do ex-presidente Lula no Facebook. “Não satisfeita em virar piada no Brasil, Veja resolveu passar vergonha em escala internacional. Fez uma reportagem de capa fantasiosa, para dizer o mínimo, e inventou que o ex-presidente Lula estaria planejando fugir para a Itália para evitar ser preso, com a ajuda da embaixada daquele país”, diz o texto.

Confira a tradução da nota da embaixada italiana:

Em relação à matéria “O plano secreto” publicada na última edição da revista Veja, a Embaixada da Itália declara:

1. As informações referentes à embaixada e às supostas conversas do Embaixador Raffaele Trombetta são inverídicas.

2. Relativamente ao evento no Palácio do Planalto, a pessoa destacada na fotografia e sentada em uma das primeiras fileiras não é o Embaixador Trombetta, como pode-se constatar facilmente. O Embaixador Trombetta estava sentado, junto a todos os demais embaixadores, no espaço reservado ao corpo diplomático.

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3. Na conversa telefônica citada, foi dito ao jornalista que não se queria comentar fatos que, no que tange à embaixada, eram e são totalmente inexistentes.

Se o ritmo MORO (que pediu desculpas) prosseguir, castas intocáveis vão desMOROnar. Elas preferem, no entanto, o sistema da MOROsidade Publicado por Luiz Flávio Gomes - 3 dias atrás

Meus amigos, fiquemos antenados: três movimentos estão em curso:

(a) impeachment da Dilma/posse do Temer;

(b) Operação Lava Jato (que está investigando e encarcerando as castas intocáveis mais poderosas do país);

(c) Operação Abafa Tudo (surgida depois que mais de mil nomes graúdos de mais de 20 partidos foram divulgados pelas “planilhas” da Odebrecht).

O Poder Político nacional, no momento, só pensa nisso. A movimentação de qualquer peça tem algo a ver com esse complexo tabuleiro de xadrez.

O “herói nacional” (Moro) também tem seus momentos de humano mortal (como todos nós). Teori o repreendeu e pediu-lhe explicações, salientando a possibilidade de uma tríplice responsabilidade: civil, administrativa e penal.

Moro se desculpou ao STF (três vezes) pelas suas “polêmicas” e “possíveis equívocos interpretativos” cometidos com a aquela aloprada divulgação da interceptação do Lula. A interceptação foi legal (e vale como prova), sendo discutível apenas aquela feita às 13.32h (porque aí já havia cessada a autorização judicial). O problema não foi a interceptação, foi a divulgação atabalhoada, inclusive de diálogos que nada tinham a ver com a investigação.

Nesse ponto, ao violar flagrantemente os arts. 8º e 9º da Lei 9.296/96, Moro teria cometido o crime do art. 10 do mesmo diploma legal (punido com pena de dois a quatro anos de prisão). Teoricamente ainda

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poderia responder por crime contra a segurança nacional (mas há séria dúvida sobre a constitucionalidade desse entulho autoritário do tempo da ditadura civil-militar-norte-americana).

Doravante, as castas intocáveis já decretaram a tolerância zero contra o Moro e a Lava Jato (que somente lhes interessava enquanto se castigava o PT e seus aliados). Para o sucesso da nossa guerra contra a corrupção desses intocáveis, os juízes, promotores e policiais não podem praticar nenhum tipo de excesso. Tudo dentro da lei ou teremos novas Satiagrahas e Castelos de Areia. Se a Lava Jato lavar de qualquer jeito vai virar só conta-gotas (ou a Cantareira em seu pior momento).

Todas as castas unidas procurarão massacrar os operadores da Lava Jato. Foi assim que os empresários e políticos malandros na Itália (com Berlusconi na liderança) conseguiram deter os avanços da Mãos Limpas. Aqui farão tudo que foi feito na Itália.

E quando falamos de castas intocáveis, não estamos nos referindo a pessoas comuns (evidentemente). Estamos falando de Cunha, Sarney, Renan, Aécio, Lula, Jader, Lobão, Collor, Odebrecht, UTC, Andrade Gutierrez… tudo junto e misturado (ou seja: são milhares de anos de experiências acumuladas contra o erário).

Para as castas intocáveis (depois das planilhas da Odebrecht) já não interessa o sistema MORO (que atua em ritmo alucinante, para os padrões clássicos da Justiça brasileira). Preferível, para elas, é o sistema da MOROsidade, que vigora para o STF (e não por ausência de vontade, sim, por absoluta falta de estrutura). Em dois anos de Lava Jato, o STF, até agora, só conseguiu receber uma única denúncia (contra Cunha). Não está realizando nenhuma instrução criminal. Aliás, não tem estrutura para isso.

Qualquer organismo vivo pode ser morto por falta de alimentação ou por excesso. Estão tramitando na PF mais de 40 inquéritos contra autoridades com foro especial (9 deles contra Renan). Em cada nova delação brotam mais inquéritos. Se todas as planilhas e o DPO (Departamento de Propinas da Odebrecht) forem investigados, serão centenas de inquéritos. Se as mil contas bancárias secretas recebidas pelo PGR das mãos do Ministério Público da Suíça forem investigadas, talvez os inquéritos alcancem a casa dos milhares.

Quando tudo isso chegar ao STF em forma de denúncia haverá transbordamento. E isso é tudo o que as castas intocáveis querem. Entupir para “melar”. Matar (neutralizar) o organismo julgador pelo excesso (pela bulimia). No mínimo, os políticos vão se garantir como ficha limpa para a eleição de 2018.

A população (que quer ver os políticos processados e, eventualmente, condenados) ficará desapontada com o ritmo do STF (da MOROsidade), que não tem nada a ver com o sistema MORO (de Curitiba). O desapontamento do povo leva ao desânimo e à apatia. Assim morreu a Mãos Limpas.

Sistema MORO (PT e aliados) “versus” sistema da MOROsidade (PSDB)

O povo foi para as ruas dia 13/03/16 e pediu providências concretas contra os corruptos. Vangloriou o sistema Moro. “Trensalão”, “Furnas”, “MetrôSP”, “Merenda escolar”, ações de improbidade contra Serra, Malan e Parente, investigação de FHC (pensão para ex-amante): tudo isso não segue o sistema Moro, sim, o da MOROsidade[1]. No mensalão valeu o sistema Joaquim Barbosa; na Lava Jato vale o sistema Moro.

Como funciona o sistema da morosidade? Inquéritos estacionados, juízes arquivando investigações, lentidão e penas prescrevendo. No caso Furnas, 156 políticos (dentre eles alguns do PT) teriam recebido 40 milhões de “doações” e “caixa 2” (5,5 milhões para o Aécio). Alckmin e Serra aparecem na lista (ver Carta Capital). Esse assunto até hoje (desde 2002) não foi ainda passado a limpo. Youssef e Fernando

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Baiano delataram (novamente) esses fatos. Nada avançou. O inquérito está no RJ desde 2012, sem progressos conhecidos.

Desde 1997 a população está interessada em saber como funcionava o esquema de cartel no Metrô e na CPTM em São Paulo (nas gestões de Covas, Serra e Alckmin). Há várias denúncias, mas tudo caminha pelo sistema da morosidade. Nenhuma condenação até agora e praticamente nada ou muito pouco foi reparado (o prejuízo passaria de R$ 800 milhões). Alstom e Siemens já confessaram seus desvios e mesmo assim as coisas não andam. Nenhum político até agora foi denunciado. Uma das denúncias chegou até a ser rejeitada pelo juiz. Só em segunda instância determinou-se seu prosseguimento. Em 2015 o STF bloqueou a possibilidade de qualquer investigação contra os deputados Rodrigo Garcia e José Anibal.

O caso de desvio de dinheiro público no PSDB de Minas Gerais (caso impropriamente conhecido como mensalão tucano) também é emblemático. Eduardo Azeredo só foi condenado em 2015, depois de 17 anos. Crimes de 1998, com denúncia apenas em 2007 (9 anos depois). Quando ele estava na iminência de ser julgado pelo STF, renunciou ao seu mandato de deputado (e o STF aceitou a manobra, remetendo o caso para a 1ª instância).

A juíza do caso (que condenou Azeredo a mais de 20 anos de prisão) sublinhou: “Triste se pensar que, talvez toda essa situação, bem como todos os crimes de peculato, corrupção e lavagem de dinheiro, tanto do presente feito, quanto do mensalão do PT, pudessem ter sido evitados se os fatos aqui tratados tivessem sido a fundo investigados quando da denúncia formalizada pela coligação adversária perante a Justiça Eleitoral”.

Esse é o sistema da MOROsidade e da impunidade, do qual se valem as castas poderosas (o establishment) para perpetuar (tanto quanto possível) sua imunidade penal.

CAROS internautas que queiram nos honrar com a leitura deste artigo: sou do Movimento Contra a Corrupção Eleitoral (MCCE) e recrimino todos os políticos comprovadamente desonestos assim como sou radicalmente contra a corrupção cleptocrata de todos os agentes públicos (mancomunados com agentes privados) que já governaram ou que governam o País, roubando o dinheiro público. Todos os partidos e agentes inequivocamente envolvidos com a corrupção (PT, PMDB, PSDB, PP, PTB, DEM, Solidariedade, PSB etc.), além de ladrões, foram ou são fisiológicos (toma lá dá ca) e ultraconservadores não do bem, sim, dos interesses das oligarquias bem posicionadas dentro da sociedade e do Estado. Mais: fraudam a confiança dos tolos que cegamente confiam em corruptos e ainda imoralmente os defende.

[1] Ver http://brasil.elpais.com/brasil/2016/02/19/política/1455891750_478342.html, consultado em 22/02/16

*Artigo Livre para Publicação em Sites, Revistas, Jornais e Blogs

Próxima etapa da Lava Jato: Operação Abafa Tudo Publicado por Luiz Flávio Gomes - 6 dias atrás

Depois da divulgação das planilhas bombásticas do DPO (Departamento de Propinas da Odebrecht), as castas poderosas cleptocratas multipartidárias (as das pilhagens, corrupção e roubalheiras em geral do

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patrimônio público) sonham com duas coisas: (a) acelerar o impeachment de Dilma (que é algo quase unânime no país) e dar posse rapidamente a Michel Temer; (b) “melar” (tanto quanto possível) a Lava Jato (para preservar a carreira política de centenas de barões ladrões da República Velhaca – 1985-2016). Querem mandar para os ares mais uma vez a igualdade da lei penal para todos.

Enquanto o alvo da Lava Jato era o PT e aliados, as castas a suportaram, mas agora (com mais de mil nomes já divulgados e mais de 20 partidos envolvidos) a operação (que já foi longe demais) já não atende os “interesses gerais da nação” (!).

E se a Lava Jato incorrer nos mesmos erros que foram cometidos, na Itália, na Operação Mãos Limpas, realmente em breve veremos o grandiloquente insucesso (que não chega a se confundir com fracasso) da maior revolução desarmada aqui já promovida (que ainda conta, apesar dos seus graves problemas, com amplo apoio popular).

As castas políticas e econômicas (leia-se: todas as cúpulas dos grandes partidos e os poderosos econômico-financeiros) estão assustadas. Por isso que estariam costurando um grande “acordão” para obstruir a Lava Jato. Para elas o interessante é “legitimar” a corrupção, publicá-la seletivamente e nunca desvendá-la em toda a sua extensão.

Nesse contexto, é muito importante saber porque, depois de certa altura, naufragou a operação Mãos Limpas (apesar dos 5 mil investigados e das 1.300 condenações), para que não venhamos a cometer os mesmos erros. Eis algumas razões:[1]

(a) criou-se a imagem de que ela era “partidária”, isto é, de que alguns juízes (comunistas?) estavam atacando setores tradicionais da política; Berlusconi manipulou a opinião pública nesse sentido e o vento virou contra o Judiciário (como se vê, a Lava Jato não pode se “partidarizar” nem se “gilmarizar” e tem que investigar “todos” os envolvidos com firmeza e transparência ou se desmoraliza, leia-se, se “desmoroliza”, se “desmorona”);

(b) o Poder Judiciário italiano imaginou que poderia sozinho fazer a “revolução dos juízes” (na verdade, sem apoio popular, político e institucional a Lava Jato se aniquilará, porque as castas poderosas sabem se unir nos momentos de guerra contra elas); o isolamento dos juízes e investigadores é o começo do fim;

(c) na Itália toda carga punitiva foi jogada prioritariamente sobre os políticos (agentes do Estado), deixando a imagem de que os agentes financeiros e econômicos (do Mercado) eram vítimas e limpos (a podridão corruptiva está presente em todos os setores das castas influentes e reinantes – todos os envolvidos devem ser investigados, sem distinção); a corrupção é de mão dupla e envolve o Estado e o Mercado (ambos possuem amplos setores contaminados pela corrupção);

(d) atacou-se a corrupção e colocou-se outro corrupto (Berlusconi) no poder, ou seja, trocaram, na Itália, seis por meia dúzia (o PMDB no lugar do PT não fica longe disso; mas temos que nos livrar do projeto falido e corrupto do PT; o menos ruim seria a realização de “novas eleições”, cassando-se a chapa Dilma/Temer; mas com tantos nomes também da oposição envolvidos nas planilhas da Odebrecht, as castas não darão sinal verde para novas eleições agora);

(e) Berlusconi, com oposição fraca, usou todos os seus poderes para “melar” a Mãos Limpas: aprovou leis de anistia e reduziu os poderes dos juízes, destruindo-os midiaticamente;

(f) a operação italiana fracassou na punição de alguns políticos poderosos, como a do próprio Berlusconi (acusado de corrupção em 1994). Acusação (ou delação) não transformada em condenação dá força para o político; a união da classe política – e midiática – bloqueia o Judiciário;

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(g) a repressão das castas poderosas tem o efeito da ação de um predador (disse Davigo): ela melhora as habilidades das presas (os métodos da corrupção foram aprimorados – chegou-se hoje a uma corrupção 2.0, segundo Alberto Vannucci);

(h) muitas medidas importantes, paralelas à repressão, não foram implementadas (reforma política e eleitoral, avanços nas investigações, fim do foro especial, mais verbas para as investigações e os processos, medidas preventivas na administração, políticas preventivas e educativas etc.);

(i) se a opinião pública perder a esperança de dias melhores ela se desmobiliza (e aí a política dita suas regras, para abafar tudo que for possível); as pessoas precisam acreditar em mudanças; a desesperança as afasta e elas se tornam mais cínicas.

O resultado final da Mãos Limpas foi pífio: a Itália continua muito corrupta (em 2015 estava na posição 61ª no ranking da Transparência Internacional), não fez a reforma política necessária nem transformou sua cultura de tolerância à corrupção. A decretação do fim da Primeira República foi apenas uma mudança de rótulo. A renovação da classe política não modificou as práticas. Os novos partidos ostentam os velhos problemas. Os métodos da corrupção se sofisticaram (controles, compliance, auditores etc.).

Os políticos individualmente continuam corruptos. Pesquisa de 2005 revelava que 90% dos italianos achavam que a corrupção aumentou ou seria igual ao princípio da Mãos Limpas (1992) (ver Donatella Della Porta). Os envolvidos não se acham corruptos (falam em “doações”, não em propinas; falam em “amigos”, não em corrompidos). Quando o PT acusa Delcídio de “desonesto”, vê-se que até no sistema corrupto se espera “honestidade”.

É preciso encontrar uma saída para o Brasil. O impeachment do governo petista é necessário, mas a chegada do PMDB no poder nacional (pelo seu histórico de corrupção) representa alto risco de leopardismo político (muda tudo para que tudo fique como está). No campo político estamos fazendo tudo parecido com Berlusconi na Itália. O menos ruim talvez fosse a realização de novas eleições (via TSE, cassando-se a chapa Dilma/Temer). Mas as castas poderosas influentes e governantes não vão se interessar por isso, pelo alto risco que representariam nesse momento novas eleições, abrindo-se brecha para o surgimento de “novos salvadores da pátria” (que não sugerem garantias para elas).

CAROS internautas que queiram nos honrar com a leitura deste artigo: sou do Movimento Contra a Corrupção Eleitoral (MCCE) e recrimino todos os políticos comprovadamente desonestos assim como sou radicalmente contra a corrupção cleptocrata de todos os agentes públicos (mancomunados com agentes privados) que já governaram ou que governam o País, roubando o dinheiro público. Todos os partidos e agentes inequivocamente envolvidos com a corrupção (PT, PMDB, PSDB, PP, PTB, DEM, Solidariedade, PSB etc.), além de ladrões, foram ou são fisiológicos (toma lá dá ca) e ultraconservadores não do bem, sim, dos interesses das oligarquias bem posicionadas dentro da sociedade e do Estado. Mais: fraudam a confiança dos tolos que cegamente confiam em corruptos e ainda imoralmente os defende.

[1] Ver DELLA PORTA, Donatella. Veja edição 2471, 30/03/16, p. 13-17.

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Exame de suficiência, de MEDICINA:

Aluno reprovado em novo exame não fará residência médica, diz MEC Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 08:27 hs.

02/04/2016 - MEC prevê realizar em agosto o 1º exame nacional dos alunos de medicina.No 2º e 4º ano, nota será monitorada. No 6º, reprovação trava diploma.

O Ministério da Educação (MEC) anunciou nesta sexta-feira (1º) que prevê realizar em agosto o primeiro exame nacional dos alunos de medicina no Brasil. O objetivo é realizar o monitoramento progressivo da qualidade desse ensino no país. A cada dois anos, graduandos do segundo, quarto e sexto anos serão obrigados a fazer a prova, batizada de Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina (Anasem). A ideia é que o exame ocorra semestralmente.

A avaliação nacional a cada dois anos já havia sido anunciada em agosto de 2015 pelo então ministro Renato Janine Ribeiro. A criação do exame foi proposta pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) em 2014, como parte das alterações nas diretrizes curriculares de medicina.

Segundo o ministro Alozio Mercadante, as provas serão exigidas como critério para que o aluno possa se formar e será “condição essencial para entrada na residência médica”. “A cada dois anos vamos ter avaliação do progresso do aluno e das instituições”, disse. “Será um exame condicionante à sua formação, uma avaliação muito mais completa.”

De acordo com o ministro Aloizio Mercadante, no segundo e quarto ano, a prova será feita em modalidade semelhante a dos treineiros, na qual as notas serão apenas acompanhadas e servirão para o aluno verificar o próprio desempenho.

A última prova terá caráter eliminatório: o estudante que tiver resultado abaixo da nota de corte terá de refazer a prova por ser um exame criado para avaliar “condições mínimas e essenciais para se formar”. A reprovação vai significar veto ao diploma e impossibilidade de entrada na residência médica.

“A definição da nota de corte é feita por um painel de especialistas a cada prova”, disse o representante da subcomissão do Revalida, Henry Campos. “Durante dois dias eles se debruçam tanto sobre a prova escrita quanto sobre a prova de avaliação de habilidades, estabelecendo qual seria o percentual de acerto esperado para um aluno considerado médio.”

Estudantes que ingressaram na universidade em 2015 serão os primeiros a realizar o exame. O número corresponde a cerca de 20 mil estudantes.

RevalidaA Anasem será feita nos “mesmos padrões” aplicados no Revalida -- obrigatório para quem cursou medicina fora do Brasil, inclusive brasileiros, e deseja atuar como médico no país.

O exame foi criado em 2011 com o objetivo de unificar o processo de revalidação em consonância com as diretrizes curriculares nacionais dos cursos de medicina. Antes do Revalida, cada instituição de ensino superior estabelecia os processos de análise seguindo a legislação.

Enquanto o médico não for aprovado e não obtiver a revalidação do diploma pelas instituições do ensino público, ele fica impedido de atuar no país. O índice de aprovação na prova, em 2014, foi de mais de

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30%. Se um médico for reprovado no Revalida, ele pode se inscrever para fazer o exame do ano seguinte.

Em 2015, 1.683 médicos foram aprovados no revalida -- o que representa 50,3% dos inscritos. Ao todo, 54,7% desse total é de brasileiros que se formaram em medicina em outro país.

ContingenciamentoNa semana passada, o Ministério do Planejamento anunciou bloqueio extra de R$ 21,2 bilhões em gastos no orçamento. Nesta semana, o governo anunciou que o Ministério da Educação teve limite de empenho para gastos discricionários (excluindo o PAC e as despesas obrigatórias) diminuído em R$ 4,27 bilhões para todo este ano.

Segundo Mercadante, não se trata de corte, e sim de um “contingenciamento”. “Neste momento de queda de receita pública, é fundamenteal que o Congresso se debruce sobre educação e busque reverter esse contingenciamento. Se não tivermos nova fonte de receita, o que resta é o corte. E o corte prejudica a expansão e a qualidade da educação.”

Em nota divulgada nesta sexta, o MEC pede que parlamentares tomem “medidas urgentes e corajosas em defesa do financiamento da Educação”. “Temos a convicção de que neste momento delicado da economia e da política nacional, a educação tem que ser protegida para continuar avançando”. A pasta também garantiu fazer “mais com menos” e que analisa o cenário econômico atual.

Fonte: Portal G1 - Globo

Auditor da Receita terá aumento e até bônus Na contramão do ajuste fiscal, governo dará reajuste diferenciado para a categoria e incluirá também servidores aposentados

BRASÍLIA - Na contramão do discurso de ajuste fiscal propagado pela equipe econômica para reduzir as despesas obrigatórias e reequilibrar as contas públicas, o governo aceitou dar um reajuste diferenciado para os auditores fiscais da Receita Federal que inclui um “bônus” de eficiência atrelado à meta de arrecadação de impostos e contribuições federais. O acordo foi assinado na última quinta-feira.

Com remuneração variável, o bônus vai beneficiar até mesmo servidores aposentados e já causa preocupação de enfraquecer o discurso do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, que apresentou um projeto de limitar o crescimento das despesas do governo para diminuir o endividamento público.

Os termos do acordo, que foi negociado pelo Ministério do Planejamento, a qual o Broadcast - serviço de notícias em tempo real da Agência Estado - teve acesso, prevê inicialmente um bônus fixo mensal de R$ 3 mil entre agosto e dezembro deste ano. A partir de janeiro de 2017, o benefício salarial passará a ser vinculado às desempenho e metas da produtividade global da Receita. O nível em razão do tempo de sua permanência no acordo. O acordo também prevê um reajuste da remuneração básica de 21,3% em quatro anos.

Pesou na decisão a pressão feita pelo servidores que intensificaram, nos últimos meses, operação de redução das atividades diárias, o que tem afetado o esforço de arrecadação nesse momento de forte queda do recolhimento dos tributos. A categoria não quis assinar o acordo salarial feito com os demais servidores, no final do ano passado, e insistiu na operação padrão.

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Refém. Para uma fonte da área econômica, o governo ficou “refém” dos auditores e acabaram recebendo um adicional para “fazer o que é dever deles”. “Até aposentados estão no pacote. Se o bônus é de eficiência por que aposentados?”, disse uma fonte que teme que a medida dispare insatisfação geral em outras categorias do serviço público, que não ficaram satisfeitas com os reajustes recebidos.

O presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Sindifisco), Claudio Damasceno, discorda e defende os termos do acordo pela importância do órgão para o funcionamento do serviço público e do ajuste fiscal, já que é responsável pela arrecadação. A parcela do bônus para os servidores inativos diminui à medida que o tempo da sua aposentadoria aumenta. Segundo o dirigente sindical, merecem o bônus porque muitos autos de infração demoram anos para serem finalizados e como também os seus efeitos na arrecadação.

A Receita informou que o bônus é um modelo adotado em vários Estados e também já existiu, no passado, no Fisco com outros nomes. Ele terá como fonte os valores arrecadados em multas e leilões de mercadorias, que fazem parte do Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização (Fundaf).

A Receita admitiu que o movimento dos auditores-fiscais pode, também, ter contribuído para a queda da arrecadação dos meses recentes. Mas informou não há como mensurar esta contribuição.

Procurado, o Ministério do Planejamento defendeu o acordo e avaliou que não há contradição com o ajuste fiscal. Segundo o Planejamento, o objetivo é incentivar os servidores a melhorarem a produtividade e, consequentemente, a arrecadação. Não foi informado o custo para as contas públicas do reajuste aprovado.

Fonte: Estadão

Suspeito de fraudes na merenda escolar se entrega no interior de São Paulo Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 00:02 hs.

02/04/2016 - Também foram apreendidos em casa ou empresas de suspeitos documentos e outros recursos a serem avaliados como provas

Agência Brasil

Um dos suspeitos de envolvimento em fraudes de licitação para a compra de merenda escolar, Marcel Ferreira Júlio, que era considerado foragido, apresentou-se na Delegacia Seccional de Bebedouro, no interior paulista. Ele é filho do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) Leonel Júlio, preso com mais seis pessoas, na última terça-feira (29), na segunda fase da Operação Alba Branca.

Expedidos pela 3ª Vara Judicial de Bebedouro, os mandados de prisões temporárias e de busca e apreensão em casas e empresas de pessoas suspeitas de ligação com o esquema de fraude na compra de merenda escolar envolvendo a Cooperativa Agrícola e Familiar de Bebedouro foram cumpridos nas cidades de São Paulo, Campinas, Barretos, Bebedouro e Severínia.

Nessa etapa, além de Leonel Júlio e do filho que se apresentou ontem (31/3), foram presos como suspeitos: Sebastião Elias Misiara Mokdici (atual presidente da União dos Vereadores de São Paulo); Emerson Girardi (vendedor da Cooperativa Agrícola e Familiar em Bebedouro);

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Aluísio Girardi Cardoso (suposto lobista com atuação em órgãos públicos); Joaquim Geraldo Pereira da Silva (suposto lobista que intermediava contatos da cooperativa com agentes públicos); Carlos Eduardo da Silva (sócio-diretor da cooperativa agrícola e funcionário público da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado) e Luiz Carlos da Silva Santos (vendedor da Cooperativa Agrícola e Familiar em Bebedouro).

Também foram apreendidos em casa ou empresas de suspeitos documentos e outros recursos a serem avaliados como provas.

O delegado José Eduardo Vasconcelos, encarregado do caso, está tomando o depoimento dos presos desde o início da manhã de hoje (1º). Os suspeitos estão sujeitos a responder pelos crimes de organização criminosa, fraudes em procedimentos públicos, falsidade ideológica e de documentos, além de corrupção ativa e passiva e prevaricação.

Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Ribeirão Preto, as fraudes nas contratações, feitas entre 2013 e 2015, somam R$ 7 milhões, sendo R$ 700 mil destinados ao pagamento de propina e comissões ilícitas.

As investigações identificaram irregularidades em 20 municípios: Americana, Araras, Assis, Bauru, Caieiras, Campinas, Colômbia, Cotia, Mairinque, Mairiporã, Mogi das Cruzes, Novaes, Paraíso, Paulínia, Pitangueiras, Ribeirão Pires, São Bernardo do Campo, Santa Rosa de Viterbo, Santos e Valinhos.

A Cooperativa Agrícola e Familiar é suspeita de fraudar a modalidade de compra chamada pública, que pressupõe a aquisição de produtos de pequenos produtores agrícolas. Para isso, foram cadastrados mil pequenos produtores, mas apenas 30 ou 40 faziam os negócios. Havia também operações com grandes produtores e na central de abastecimento do estado.

A Agência Brasil tentou contato com o advogado de Marcel, Luiz Fernando Pacheco, mas não teve retorno até a publicação da matéria.

Fonte: Correio Braziliense/DF

General Motors consegue no Carf derrubar parte de autuação fiscal

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By Priscila Garcia | 21/03/2016 | Coluna Diária de Notícias | Autuação Fiscal, Carf, General Motors | 1 |

A General Motors (GM) conseguiu afastar no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) parte de uma autuação de cerca de R$ 350 milhões, lavrada em decorrência de operações de vendas de carros pela internet. A decisão é da 3ª Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais, que não chegou a analisar o mérito, apenas a decadência – período para cobrar o débito.

A autuação recebida pela General Motors se refere a vendas realizadas entre junho de 2000 e outubro de 2002. A Receita cobrava o recolhimento de Cofins em regime de substituição tributária. A empresa, porém, defendeu que se tratavam de vendas diretas, não afetadas pelo regime.

Para a Receita Federal, de acordo com o processo administrativo, “a maioria absoluta das pessoas não compra um carro sem vê-lo, sem sentar nele, sem verificar seu porta-malas, o espaço para os passageiros. Para isto é necessário que a compra seja realizada numa concessionária”.

Segundo a fiscalização, nas notas e nos arquivos magnéticos recebidos da empresa não é possível distinguir se as vendas foram feitas por meio das concessionárias ou efetivamente pela internet. Além disso, alegou que vendas de veículos realizadas em concessionárias – com pedidos encaminhados pela internet – deve ser consideradas “normais”, sobre as quais deveria ter sido recolhida a Cofins em substituição tributária.

A autuação por não pagamento da contribuição foi de R$ 350 milhões (incluindo juros e multa), conforme consta na decisão de turma ordinária, contrária ao pedido da empresa.

Na Câmara Superior, o recurso foi aceito em parte pelos conselheiros. A maioria dos conselheiros concordou que o paradigma apresentado no recurso na GM não se aplicava ao caso. De acordo com o relator, conselheiro Henrique Pinheiro Torres, representante da Fazenda, a decisão não era sobre vendas diretas, apenas de substituição tributária.

Apesar disso, a alegação de decadência de parte da autuação – até julho de 2001 – foi discutida e aceita pela maioria dos conselheiros. Ainda não é possível saber qual o valor da multa que foi mantido.

O advogado da General Motors, Tércio Chiavassa, do escritório Pinheiro Neto Advogados, pretende levar a discussão à Justiça. De acordo com ele, há outro processo no Carf em que a empresa discute autuação referente ao PIS recebida pelas mesmas operações – em turma ordinária foi concedida a decadência, mas o mérito foi negado.

Fonte: APET

Dois irmãos da família Schincariol são presos em Assis por crime tributário

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By Priscila Garcia | 24/03/2016 | Coluna Diária de Notícias | prisão, Schincariol, sonegação | 1 |

Dois irmãos da família Schincariol, donos de uma cervejaria em Assis (SP), foram presos na manhã desta quarta-feira (23) pela Polícia Federal de Marília. Eles foram condenados por crime tributário.

Fernando Machado Schincariol e Caetano Schincariol Filho são da família Schincariol mas, segundo a Justiça Federal, os crimes não têm relação com a cervejaria, que é do tio deles, e que foi vendida em 2011 para um grupo japonês. Eles são donos de outra cervejaria em Assis.

A polícia cumpriu um mandado expedido pela Justiça Federal de Assis. Eles são acusados de sonegação tributária e formação de quadrilha. Os sócios têm vários processos que correm na Justiça desde 2000, por crimes como alterar e/ou falsificar nota fiscal e duplicar fatura.

Fernando foi condenado a uma pena de quatro anos e nove meses de regime de reclusão em regime semi-aberto e foi encaminhado para penitenciária de Marília. Caetano foi condenado a uma pena de 9 anos e sete meses de reclusão em regime fechado e foi levado para penitenciária de Assis.

O juiz Luciano Tertuliano da Silva disse que os irmãos entraram com recurso no Supremo Tribunal Federal, porém o STF disse que condenados em segunda instância devem cumprir a pena antes de se esgotarem todos os recursos do caso.

O advogado dos sócios da cervejaria, Paulo Eduardo Chacon Pereira, disse que no momento prefere não se manifestar.

Fonte: G1

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STF desarquiva ações contra ministros de FHC por improbidade Entre os investigados estão Pedro Malan, José Serra, Pedro Parente e outros. Publicado por Lauro Chamma Correia - 1 semana atrás

Jose Serra, ex-ministro de FHC investigado por ação desarquivada pelo STF.

Quase oito anos depois de ter determinado o arquivamento de duas ações de reparação de danos por improbidade administrativa contra ex-ministros do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), o STF (Supremo Tribunal Federal) admitiu um recurso apresentado pelo Ministério Público Federal e reabriu as ações.

Entres os alvos estão os ex-ministros Pedro Malan (Fazenda), José Serra (Planejamento) –hoje senador (PSDB-SP)–, Pedro Parente (Casa Civil), além de ex-presidentes e diretores do Banco Central. A informação foi antecipada pelo jornal "O Estado de S. Paulo".

As ações questionavam assistência financeira no valor de R$ 2,9 bilhões pelo Banco Central ao Banco Econômico S. A., em dezembro de 1994, assim como outros atos decorrentes da criação, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer).

O caso chegou ao STF em 2002, mas uma decisão do ministro Gilmar Mendes, em 2008, determinou o arquivamento das ações ajuizadas pelo Ministério Público na Justiça de Brasília. O Ministério Público recorreu da decisão de Gilmar Mendes.

No último dia 15, a primeira turma do STF decidiu acolher o recurso da Procuradoria-Geral da República contra o entendimento de Gilmar.

Os ministros seguiram o voto da ministra Rosa Weber, relatora do caso. O ministro Luiz Fux não participou do julgamento. O caso está em segredo de justiça.

RECLAMAÇÃOIPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Em 2008, Gilmar Mendes admitiu uma reclamação dos ex-ministros do governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso que apontavam a usurpação da competência do STF pelos dois juízos federais em Brasília.

A defesa argumentou que cabe ao STF processar e julgar, originariamente, os ministros de Estado, "nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade".

A primeira ação, ajuizada na 22ª Vara Federal de Brasília, ainda não havia sido julgada e pediu a condenação dos ex-ministros ao ressarcimento, ao erário, das verbas alocadas para pagamento de correntistas de bancos que sofreram intervenção na gestão deles (Econômico e Bamerindus), bem como à perda dos direitos políticos.

Na segunda, que envolvia, além de Malan e Serra, Pedro Parente, relativamente a período em que foi ministro interino da Fazenda, assim como os ex-presidentes do Banco Central (BC) Gustavo Loyola, Francisco Lopes e Gustavo Franco e ex-diretores do BC, o juiz julgou o pedido do MPF parcialmente procedente.

Condenou os ex-ministros a devolverem ao erário "verbas alocadas para o pagamento dos correntistas dos bancos sob intervenção", porém não acolheu o pedido de perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, bem como de pagamento de multa civil e de proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente.

O juiz alegou que não fora provado "que os réus, por estes atos, acresceram os valores atacados, ou parte deles, a seus patrimônios".

Ao determinar o arquivamento dos dois processos, Gilmar alegou que o entendimento do STF deixou claro que os atos de improbidade descritos na Lei 8.429/1992 (dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional) "constituem autênticos crimes de responsabilidade", contendo, "além de forte conteúdo penal, a feição de autêntico mecanismo de responsabilização política".

Entretanto, segundo Gilmar Mendes, em se tratando de ministros de Estado, "é necessário enfatizar que os efeitos de tais sanções em muito ultrapassam o interesse individual dos ministros envolvidos".

O ministro chamou atenção para o valor da condenação imposta aos ex-ministros e ex-dirigentes do BC pelo juiz da 20ª Vara Federal do DF, de quase R$ 3 bilhões, salientando que este valor, "dividido entre os 10 réus, faz presumir condenação individual de quase R$ 300 milhões".

Segundo ele, "estes dados, por si mesmos, demonstram o absurdo do que se está a discutir". Ele observou, ainda, que esses valores "são tão estratosféricos" que, na sentença condenatória, os honorários advocatícios foram arbitrados em mais de R$ 200 milhões, sendo reduzidos pela metade, ou seja, quantia em torno de R$ 100 milhões.

Portanto, conforme o ministro Gilmar Mendes, os ministros de estado não se sujeitam à disciplina de responsabilização de que trata a Lei 8.429/1992, mas sim à da Lei 1.079/50, que define os crimes de responsabilidade e regula o respectivo processo de julgamento. E este julgamento, em grau originário, é de exclusiva competência do STF. Assim, à época em que os reclamantes eram ministros de Estado, não se sujeitavam à Lei 8.429/1992, pela qual foram processados e condenados.

Folha

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Transparência já! Processos desarquivados pelo STF: ministros da gestão FHC na berlinda Publicado por Leonardo Sarmento - 6 dias atrás

Vinte anos após o polêmico programa que injetou enorme quantia de dinheiro público em sete bancos privados, a guerra pode recomeçar. Três bancos ainda devem em torno de R$ 30 bilhões ao governo. Foram quase 20 bilhões injetados de dinheiro público em bancos privados que estavam sob o risco de colapso, o que poderia de fato ser catastrófico para economia que procurava estabilizar-se a partir de uma moeda mais forte e inflação baixa.

O Supremo Tribunal Federal desarquivou ações movidas em face dos ex-ministros do presidente Fernando Henrique Cardoso Pedro Malan (Fazenda), José Serra (Planejamento) e Pedro Parente (Casa Civil). Nas denúncias também são citados os ex-presidentes do Banco Central Gustavo Loyola, Francisco Lopes e Gustavo Franco, além de ex-diretores da instituição.

A decisão é tomada oito anos depois que o arquivamento das ações foi determinado pelo ministro da corte Gilmar Mendes. Nos processos, é questionada uma assistência financeira de R$ 2,9 bilhões feita pelo Banco Central ao Banco Econômico S. A., em dezembro de 1994. Também são analisados outros atos decorrentes da criação do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (PROER). O PROER foi elaborado pelo Conselho Monetário Nacional.

Para reabrir os processos, os ministros seguiram o voto da relatora do caso, Rosa Weber. Em 2008, Gilmar Mendes determinou o arquivamento do processo em uma reclamação dos ex-ministros. Eles argumentavam à época que a competência do STF foi usurpada. Segundo a defesa dos acusados, só o Supremo pode julgar ministros de Estado em "infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade".

Ao decidir pelo arquivamento dos processos, Gilmar Mendes apresentou entendimento do STF que determina ser competência exclusiva da Corte julgar ministro de Estado, pois eles não estão sujeitos à Lei 8.429/1992, mas sim a 1.079/50, que define crimes de responsabilidade, além de regular o processo de julgamento, o que revela-se incontestável. Hoje inobstante, não há que se falar em foro por prerrogativa com exceção do Senador José Serra, que deverá ser julgado perante o Supremo Tribunal Federal.

Assim, trata-se, substancialmente, de observância ou não de regra constitucional de competência originária dos tribunais, afetando diretamente a garantia do juiz natural, enquanto juiz competente predeterminado por lei. O art. 5.º, caput, inc. LIII, no traz: “ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente”. Haverá a questão da necessidade ou não de desmembramento (decisão que caberá ao STF), pois os demais investigados não possuem foro por prerrogativa. Vale ressaltar que, concorrendo para um hipotético crime uma pessoa detentora de foro no STF, com outra que deve ser julgada por um juiz de primeiro grau, o processo será, em regra, único, e perante o STF. Porém, o STF, visando não ampliar demasiadamente sua atuação, inclusive julgando quem a Constituição não lhe atribuiu competência para o fazer, tem se valido da amplíssima regra de separação dos processos, do art. 80 do CPP, para desmembrar os feitos em que há conexão e continência, ficando no próprio tribunal somente a investigação de quem detém foro por prerrogativa de função, e determinando o prosseguimento da persecução penal em primeiro grau, em relação a quem não ostenta tal prerrogativa.

Uma das ações foi ajuizada na 22ª Vara Federal de Brasília e não tinha sido julgada quando o arquivamento foi determinado. Era pedido na causa a condenação dos envolvidos, o ressarcimento ao erário e a perda dos direitos políticos. Na outra, que fazia os mesmos pedidos, foi determinado o ressarcimento o erário, mas os direitos políticos foram mantidos.

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Em valores da época, o Banco Central injetou nada menos do que R$ 16 bilhões em dinheiro público nos seguintes bancos: Nacional, Econômico, Mercantil, Bamerindus, Banorte, Pontual e Crefisul. Os bancos que não tinham salvação entraram em liquidação extrajudicial. Outros, com ativos como agências e clientes, foram vendidos sem que as dívidas e cobranças judiciais fossem no mesmo pacote. O Nacional – que foi o maior dos bancos a quebrar – teve sua parte boa vendida ao Unibanco (que depois, em 2008, seria vendido ao Itaú). O Bamerindus foi comprado pelo HSBC. O Econômico foi vendido ao Excel, depois incorporado ao Bradesco, que também tinha adquirido o Pontual. O programa de intervenção no sistema financeiro acabou acelerando o processo de concentração bancária no país, um fenômeno mundial. As partes podres de Nacional, Econômico e Crefisul existem até hoje e ainda devem quase R$ 30 bilhões ao Governo Federal.

Todo este processo que compreende uma série de fraudes bancárias que fomentaram as quebras e a intervenção do Governo precisa ser investigado profundamente e apurada as responsabilidades. Foram bilhões de reais de dinheiro público utilizados na tentativa de salvar o sistema financeiro de um colapso que mostrava-se iminente, nesta sendo, sempre que estamos diante do uso de dinheiro público a transparência e a publicidade tornam-se defesas inegociáveis.

O PROER manteve-se vivo até 2001, quando foi proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal que vedou aporte de dinheiro público para o saneamento do SFN (Sistema Financeiro Nacional).

Deve ser investigado pelos motivos relatados, mas o programa prestou serviço de grande utilidade a nossa economia, precipuamente em 2008 com a crise econômica mundial, quando os bancos brasileiros mantiveram-se saudáveis. Representou ainda um marco na forma como as instituições de controle, em especial o BC passaram a fiscalizar as instituições financeiras do país a partir das regras implementadas.

É preciso apurar se houve qualquer tipo de locupletação com dinheiro público de banqueiros, intermediários, e gestores deste dinheiro público. A utilização de dinheiro público para salvar instituições privadas por si só já gera certo arrepio à nós publicistas, assim com maior razão o que ficou obscuro no procedimento investigatório deve ser novamente investigado com as necessárias quebras de sigilos sempre que houver a necessidade de que o povo tome conhecimento dos fatos de outrora. É a mesma lógica do DAIP [direito de acesso a informação pública], que vínhamos abordando em relação aos escândalos do atual governo aplica-se aos governantes do passado. A limpeza, a aberturas de todas as caixas pretas que revelarem-se suspeitas devem ter solução de continuidade, independente da bandeira partidária que esteja ou estivesse no comando do país. Ponto para o MP Federal que trabalhou pelo desarquivamento.

Ainda com Moro

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Celso de Mello nega Habeas Corpus a mulher e filha de Eduardo Cunha30 de março de 2016, 18h27

Não cabe Habeas Corpus contra decisão monocrática de ministro do Supremo Tribunal Federal. Por isso, o ministro Celso de Mello, decano do STF, negou pedido da família do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para manter o inquérito contra elas em trâmite no Supremo. Celso também determinou o fim do sigilo do processo, que estava em segredo de Justiça.

Cláudia Cruz e Danielle Cunha, mulher e filha do presidente da Câmara, questionam decisão do ministro Teori Zavascki de mandar o inquérito contra elas à 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba. É lá que correm os processos relacionados à operação "lava jato" relacionados a quem não tem prerrogativa de foro. Elas também pediam a concessão de efeito suspensivo aos agravos interpostos contra a abertura do inquérito.

Para Cláudia e Daniell, o processo em que elas são investigadas deveria ficar junto ao de Eduardo Cunha, no Supremo, porque a conduta das duas e do deputado têm “ligação estreita”. Além disso, a imputação do uso da conta de Cláudia para ocultar bens do marido faz incidir a hipótese de conexão prevista no inciso II do artigo 76 do Código de Processo Penal (quando atos são praticados para facilitar ou ocultar outros).

Elas também argumentam que o fato de as provas contra Eduardo Cunha influenciarem nas acusações que as envolve se enquadra na situação do inciso III do mesmo dispositivo. Na denúncia que a Procuradoria-Geral da República apresentou contra a família Cunha, e embasou a decisão do ministro Teori, consta que o deputado recebeu pelo menos US$ 1,3 milhão no exterior.

O dinheiro viria de propina cobrada para viabilizar a compra de um poço de petróleo em Benin, na África, pela Petrobras. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, alega que o parlamentar cometeu os crimes de evasão de divisas, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral ao não declarar esses valores na prestação de contas eleitoral de 2014.

Espera angustianteNo questionamento apresentado ao ministro Celso de Mello, Cláudia Cruz e Danielle Cunha argumentavam “não ser possível aguardar o resultado dos agravos regimentais interpostos”. Porém, o relator apontou que o ministro Teori Zavascki “pauta seus julgamentos com celeridade e sem dilações indevidas”, lembrando que os agravos no INQ 4.146 foram interpostos nos últimos dias 16 e 17, portanto, não existe a alegada situação de injusta demora.

“Tenho ressaltado, em diversos julgamentos, a propósito do tema concernente à duração dos processos, que o direito ao julgamento em tempo oportuno, que não exceda nem supere, de modo irrazoável, os prazos processuais, qualifica-se como insuprimível prerrogativa de ordem jurídica, fundada tanto em norma de índole constitucional (Constituição Federal, artigo 5º, inciso LXXVIII) quanto em cláusula de natureza convencional (Pacto de São José da Costa Rica, artigo 7º, números 5 e 6; Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, artigo 14, número 3, 'c')”, disse Celso de Mello.

O ministro também negou o pedido para que o HC fosse transformado em mandado de segurança. Ele argumentou que o STF não tem admitido a impetração desse tipo de ação contra atos emanados dos órgãos colegiados da Corte ou de qualquer de seus ministros, proferidos em processos de índole jurisdicional, ressalvada a hipótese de decisão teratológica, o que, na sua avaliação, não ocorre no caso.

Defesa da publicidadeNo início da decisão liminar, Celso de Mello discorreu sobre a importância em dar publicidade aos atos do

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poder público. A argumentação serviu para suspender o sigilo da ação envolvendo Cláudia Cruz e Danielle Cunha. Segundo o ministro, o sigilo só pode ser concedido em casos excepcionais. “Nada deve justificar a tramitação, em regime de sigilo, de qualquer procedimento que tenha curso em juízo, pois, na matéria, deve prevalecer a cláusula da publicidade.”

“Não custa rememorar, tal como sempre tenho assinalado nesta Suprema Corte, que os estatutos do poder, numa República fundada em bases democráticas, não podem privilegiar o mistério [...] Ao dessacralizar o segredo, a Assembleia Constituinte restaurou velho dogma republicano e expôs o Estado, em plenitude, ao princípio democrático da publicidade, convertido, em sua expressão concreta, em fator de legitimação das decisões e dos atos governamentais”, exaltou o ministro.

O ministro também destacou que o tratamento concedido não pode ser diferente entre os cidadãos. “Nada pode autorizar o desequilíbrio entre os cidadãos da República. Nada deve justificar, em consequência, a outorga de tratamento seletivo que vise a dispensar privilégios a determinadas pessoas em virtude de critério de índole marcadamente particular.” Com informações da Assessoria de Imprensa do STF.

Clique aqui para ler a decisão do ministro Celso de Mello.HC 133.616

Revista Consultor Jurídico, 30 de março de 2016, 18h27

Lista que cresce

Renan Calheiros é alvo de mais dois inquéritos no Supremo29 de março de 2016, 10h41

Em uma semana, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), viu o número de inquéritos apresentados contra ele aumentar de sete para nove. As duas novas investigações contra o parlamentar vêm de outra investigação que já corre na Justiça. O pedido de desmembramento partiu do Ministério Público Federal e foi aceito pelo Supremo Tribunal Federal.

O inquérito que resultou nas duas novas investigações tem como suspeitos, além de Renan Calheiros, o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE). As ações foram desmembradas no último dia 22 de março e ficarão com o ministro Teori Zavascki por terem ligação com temas investigados na operação “lava jato”.

Em um dos inquéritos serão apuradas supostas irregularidades em contratações na Transpetro e, no outro, um suposto conluio entre Calheiros e Gomes para que uma empresa fosse contratada pela Petrobras. No último dia 21, o ministro Zavascki decidiu abrir o sétimo inquérito contra Renan Calheiros.

O ministro atendeu pedido da Procuradoria-Geral da República destinado a apurar supostos repasses para Renan Calheiros feitos pelo doleiro Alberto Youssef, um dos delatores do esquema de desvios na Petrobras. Com informações da Agência Brasil.

Revista Consultor Jurídico, 29 de março de 2016, 10h41

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Crise e queda de ‘commodities’ leva empresas a baixas contábeis recordesPosted By Redator on 1 de abril de 2016

Os efeitos da crise econômica não se refletem apenas nos resultados operacionais ruins que as empresas vêm apresentando em seus balanços. As dificuldades com perda de receita, seja por retração do mercado ou por conta da queda dos preços, caso das commodities, geraram também reduções bilionárias no patrimônio de muitas companhias. Petrobras, Vale, Gerdau, Usiminas e BM&F, por exemplo, efetivaram baixas contábeis que, juntas, somaram R$ 94 bilhões em seus balanços de 2015 — o equivalente a US$ 26 bilhões — por redução do valor recuperável de ativos (impairment, o termo inglês normalmente usado).

As baixas divulgadas por essas cinco empresas, segundo especialistas, são bastante expressivas e mostram a profundidade da retração da economia. Para efeito de comparação, o lucro acumulado das 294 empresas de capital aberto na Bolsa de Valores, em 2015, somou R$ 107 bilhões, segundo levantamento feito pela consultoria Economática.— Quanto mais a crise se prolongar, mais baixas contábeis as empresas vão contabilizar, pois o desempenho negativo das companhias se reflete diretamente na perda de valor de seus ativos — diz Michael Viriato, coordenador do laboratório de Finanças do Insper.

LAVA-JATO AINDA TEM IMPACTOViriato observa que as empresas ligadas a commodities apresentaram os números mais elevados de impairments em razão da queda no preço desses produtos no mercado internacional — especialmente petróleo, minério de ferro e aço —, atingindo em cheio Petrobras, Vale e siderúrgicas, como Usiminas e Gerdau. Na Vale, por exemplo, os ajustes, que haviam sido de R$ 2,7 bilhões em 2014, saltaram para R$ 36,3 bilhões. A mineradora atribuiu essa revisão à queda no preço do minério de ferro, que afetou o valor de seus ativos.— Acho que o mundo inteiro está revisando para baixo as suas expectativas de preço, e isso se reflete no valor dos ativos — afirmou, durante a teleconferência sobre resultados, Luciano Pires, diretor executivo de Finanças da Vale, que registrou prejuízo de R$ 44,2 bilhões, também devido ao impacto das baixas contábeis.

No ano passado, a Usiminas teve um prejuízo de R$ 3,68 bilhões, devido, principalmente, a baixas contábeis. Segundo a empresa, houve impairment de R$ 2,1 bilhões no setor de mineração, de R$ 357 milhões em siderurgia, e de R$ 56, 7 milhões na Soluções Usiminas, uma subsidiária de logística e corte de aço. Além do fato de o preço do minério de ferro ter caído para menos de US$ 40 a tonelada, menor patamar desde 2008, a Usiminas também encerrou sua produção de aço na usina da cidade de Cubatão (SP), o que se refletiu nas baixas.

A Gerdau, também do setor siderúrgico, teve baixas de R$ 4,9 bilhões, que contribuíram para o prejuízo de R$ 3,7 bilhões registrado em 2015. A menor demanda por aço no mercado doméstico e a paralisação de atividades em algumas unidades levaram a essas baixas contábeis, segundo explicou a empresa em sua demostração de resultados.

O caso mais emblemático, porém, é o da Petrobras, que contabilizou R$ 49 bilhões em baixas contábeis, maior valor entre as companhias de capital aberto. A queda de 50% no preço do barril de petróleo (para menos de US$ 50), no ano passado, levou a uma reavaliação do potencial comercial de vários campos de petróleo. “Outros fatores que levaram ao impairment foram a redução das reservas provadas e prováveis; a revisão de sua carteira de investimentos, com redução nos gastos previstos para os próximos anos; a

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revisão geológica do reservatório do campo de Papa-Terra; e o aumento da taxa de desconto decorrente do maior prêmio de risco para o Brasil, pela perda do grau de investimento”, acrescentou a empresa em comunicado. A Petrobras fechou 2015 com prejuízo de R$ 34,8 bilhões.

— Desde que começou a Lava-Jato, as baixas contábeis da Petrobras têm surpreendido o mercado. Nunca se sabe o valor que pode sair — diz Viriato, do Insper.

Em dois anos, desde que começaram as investigações de desvios de recursos em contratos da empresa, a petrolífera registrou baixas contábeis de mais de R$ 90 bilhões. Mas nem todas as empresas que declararam baixas contábeis tiveram prejuízo no ano passado.

A BM&FBovespa fez a redução do valor recuperável de seus ativos, o que levou a uma baixa de R$ 1,7 bilhão. Esse valor está atrelado a uma expectativa de rentabilidade menor na aquisição da Bovespa — a fusão ocorreu em 2008. “O teste de impairment revelou a necessidade de redução de R$ 1,7 bilhão do valor recuperável desse ativo, refletindo a redução da expectativa de rentabilidade futura do segmento Bovespa”, explicou a empresa, que encerrou 2015 com lucro de R$ 2,2 bilhões, um crescimento de 125,3% em relação ao anterior.

Levantamento da Economática mostra que empresas de outros setores, como varejo, energia e farmacêutico, também tiveram perdas ao ajustar contabilmente o valor de seus ativos. As Lojas Renner tiveram baixa contábil de R$ 281 milhões em 2015. A BR Pharma registrou impairment de R$ 66 milhões, enquanto a Celpa deu baixa de R$ 118 milhões em eus ativos.

BENEFÍCIO TRIBUTÁRIODesde fevereiro, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão que regula o mercado de capitais, vinha alertando as empresas para que fizessem testes de impairment antes de elaborar seus balanços. Esses testes devem ser feitos quando a empresa detecta que um ativo está avaliado por um valor muito diferente do que poderia ser vendido no futuro. Ou quando um investimento feito no passado não terá o retorno esperado mais adiante.

— Ao fazer esse ajuste, a empresa passa a retratar uma situação patrimonial mais correta para o mercado. Do ponto de vista da transparência, isso é o ideal — diz Paulo Zanotto, professor de contabilidade da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

Ele lembra ainda que, ao reconhecer perda do valor de ativos, a companhia pode ter um benefício tributário à frente:— Essas empresas trabalham com lucro real e fazem o pagamento de impostos ao longo do ano. Na declaração à Receita Federal, caso tenham tido um resultado menor que o previsto, ficam com créditos tributários para abater de demonstrações futuras.

O problema é que as empresas nem sempre fazem a revisão do valor de seus ativos com a periodicidade apropriada, já que não há uma regra para isso. Apenas as empresas do ramo financeiro com ações em Bolsa — que têm normas específicas, definidas pela CVM e pelo Banco Central — são obrigadas a declarar essas perdas periodicamente em seus balanços.

— As demais empresas acabam fazendo isso quando as consultorias que auditam seus balanços começam a pressionar, colocando ressalvas sobre o valor dos ativos. No limite, os auditores acabam se impondo, e a baixa contábil é feita — diz Paulo Bittencourt, consultor de investimentos, lembrando que as empresas relutam em fazer baixas contábeis para não revelar pontos fracos aos concorrentes. (Agência Globo)

Pesquisa Pronta

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STJ divulga entendimento sobre estupro e outros quatro temas29 de março de 2016, 16h27

As figuras jurídicas do estupro e do atentado violento ao pudor foram condensadas em um mesmo dispositivo. Assim, não há mais que falar em abolitio criminis, estando-se diante do princípio da continuidade normativa. Essa tese já foi estabelecida em diversos julgamentos pelo Superior Tribunal de Justiça, que agora organizou a jurisprudência sobre o tema dentro de seu projeto Pesquisa Pronta.

A corte disponibilizou material de jurisprudência sobre outros quatro temas para pesquisa. As teses são selecionadas por relevância jurídica e divididas por ramos do Direito a fim de facilitar o trabalho de advogados e de todos os interessados em conhecer os entendimentos pacificados no âmbito do STJ.

Juros compensatórios na desapropriação de imóvel improdutivoO STJ já decidiu que eventual improdutividade do imóvel não afasta o direito aos juros compensatórios, pois esses restituem não só o que o expropriado deixou de ganhar com a perda antecipada, mas também a expectativa de renda, considerando a possibilidade de o imóvel ser aproveitado a qualquer momento de forma racional e adequada, ou até ser vendido, com o recebimento de seu valor à vista.

Isenção de IR para servidoresO STJ tem decidido que os municípios e os estados têm legitimidade passiva para figurar nas ações propostas por servidores públicos municipais e estaduais a fim de reconhecer o direito à isenção ou à repetição do indébito de Imposto de Renda retido na fonte.

Direito PenalNa análise da manutenção da pena restritiva de direitos em caso de nova condenação à pena privativa de liberdade por crime anterior, o entendimento do tribunal é que se deve admitir a manutenção da pena restritiva de direitos no caso de superveniência de nova condenação, desde que haja compatibilidade no cumprimento de ambas, ou seja, desde que a nova pena seja também restritiva de direitos, ou, se privativa de liberdade, que o regime fixado seja o aberto, com a possibilidade de cumprimento da pena substitutiva.

Natureza jurídica do crime de estelionato previdenciárioO STJ já proferiu decisão no sentido de que o estelionato previdenciário praticado por terceiros, que não o próprio beneficiário, configura delito instantâneo de efeitos permanentes. Com informações da Assessoria

Revista Consultor Jurídico, 29 de março de 2016, 16h27

É possível pagar dívida tributária federal com imóvel – Lei 13.259/2016 IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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A dação é uma espécie de pagamento prevista no Código Civil no artigo 356 que dispõe: o credor pode consentir em receber como prestação diversa da que é devida.

O objetivo do instituto é a extinção de uma dívida. Pela dação o pagamento se perfaz por meio de uma substituição, por exemplo, em vez de pagar com dinheiro, o devedor entrega um imóvel para pagar seu débito.

No campo tributário, o art. 156, XI do CTN, incluído desde 2001, prevê que extinguem o crédito tributário a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. Contudo, somente agora, 15 anos depois, para atender interesse da Fazenda Pública, de receber os seus créditos tributários  e o interesse do contribuinte, de cumprir a sua obrigação, a Lei 13.259/2016 regulamentou a dação em pagamento.

Nos termos do art 4º, da mencionada lei, a dação em pagamento em imóveis, atenderá às seguintes condições: I – será precedida de avaliação judicial do bem ou bens ofertados, segundo critérios de mercado; II – deverá abranger a totalidade do débito ou débitos que se pretende liquidar com atualização, juros, multa e encargos, sem desconto de qualquer natureza, assegurando-se ao devedor a possibilidade de complementação em dinheiro de eventual diferença entre os valores da dívida e o valor do bem ou bens ofertados em dação.

Do teor da norma se conclui que o procedimento de avaliação do bem ofertado será judicial (passará pelo crivo do Poder Judiciário) e deve corresponder aos preços praticados no mercado considerado. Além disso, a dação deverá abarcar o valor total da dívida e, caso a avaliação do bem seja menor que o montante do débito, o contribuinte poderá pagar a diferença com dinheiro.

Essa norma beneficiará principalmente aqueles contribuintes que têm execução fiscal contra si com penhora de imóvel. Normalmente o imóvel acaba sendo arrematado em leilão por valor muito abaixo do real. Agora será possível garantir uma alienação mais equilibrada e justa pela entrega do bem ao fisco pelo valor real do imóvel.

por Amal Narallah

Fonte: Tributário nos Bastidores via Notícias Fiscais

Proporcionalidade e razoabilidade

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Multa por omissão de bens no Imposto de Renda é reduzida de 150% para 20%29 de março de 2016, 10h00

As multas aplicadas por omissão de rendimentos no Imposto de Renda não podem ser exorbitantes, devendo seguir os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, e a penalidade também não pode ter caráter confiscatório. O entendimento foi usado pelo ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça, ao reduzir para 20% multa de 150% aplicada a um contribuinte autuado pela Receita Federal por omitir rendimentos em sua declaração.

A defesa do réu, feita pelo advogado Augusto Fauvel, do Fauvel e Moraes Sociedade de Advogados, argumentou que o percentual definido afrontava os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. O pedido foi aceito em primeiro grau, o que motivou recurso da União ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região (SP e MS), que manteve a redução.

Em novo recurso, desta vez ao STJ, os argumentos da União foram novamente recusados. Em decisão monocrática, o ministro Herman Benjamin afirmou que a aplicação da multa sobre o débito em questão é tema constitucional, não podendo ser analisado em recurso especial. O julgador usou como argumento para a negativa o Recurso Especial 582.461, que teve como relator o ministro Gilmar Mendes.

No julgamento, o Supremo definiu que as multas moratórias têm como objetivo impor sanção ao contribuinte que não cumpre suas obrigações tributárias, e não atuar como mecanismo de confisco. “Assim, para que a multa moratória cumpra sua função de desencorajar a elisão fiscal, de um lado não pode ser pífia, mas, de outro, não pode ter um importe que lhe confira característica confiscatória, inviabilizando inclusive o recolhimento de futuros tributos”, disse Gilmar Mendes à época.

Clique aqui para ler a decisão monocrática.REsp 1.582.379

Revista Consultor Jurídico, 29 de março de 2016, 10h00

Operação contra fraude fiscal cumpre mandados em empresas de BHBy Priscila Garcia | 21/03/2016 | Coluna Diária de Notícias | BH, fiscalização, fraude, sonegação | 1 |

Auditores fiscais, oficiais de justiça e policiais militares realizam operação, nesta segunda-feira (21), para cumprir quatro mandados de busca e apreensão em empresas de Belo Horizonte suspeitas de sonegação fiscal. De acordo com a Secretaria de Estado de Fazenda, as empresas podem ter omitido de R$ 5 milhões a 6 milhões em Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

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O esquema de sonegação de impostos ocorria com a omissão de registros e informações ao Fisco Estadual, venda de mercadorias sem nota fiscal e constituição de empresas por meio de sócios-laranjas e documentação potencialmente falsa.

Após o recebimento de uma denúncia, foram identificados dois grandes depósitos de mercadorias das empresas envolvidas, funcionando sem inscrição estadual e promovendo vendas por telefone e também pela internet. A operação foi batizada de Carretel. O ramo de atividade e os nomes das empresas ainda não forram divulgados para não atrapalhar as buscas.

Fonte: G1

Venda de falsos créditos dá prejuízo de R$ 100 milhões no ESBy Priscila Garcia | 21/03/2016 | Coluna Diária de Notícias | crédito, falso crédito, imposto, tributo | 1 |

Seis empresas aplicaram golpes em 206 empresas capixabas.Valor deixou de ser recolhido em impostos pela Receita Federal.

Um golpe aplicado contra empresas capixabas e que gerou o não recolhimento de mais de R$ 100 milhões em impostos foi descoberto e divulgado pela Receita Federal no Espírito Santo, nesta quinta-feira (17). Por meio da Operação Pirita, a Receita constatou que seis empresas, a maioria de São Paulo, aplicaram golpes em 206 empresas capixabas.

O golpe se dava pela falsa venda de créditos do Tesouro Nacional que serviriam para quitar os impostos devidos pelas empresas vítimas da ação dos criminosos.

De acordo com o delegado da Receita Federal no estado, Luiz Antonio Bosser, a fraude acontecia com a falsa promessa de quitação de tributos.

Por exemplo: se uma empresa devia R$ 100 mil em impostos, empresas de assessoria contábil, em sua maioria, ofereciam créditos inexistentes para quitarem esses impostos no valor de R$ 75 mil. Mas os créditos eram de títulos falsos da dívida pública, que não serviriam para a quitação dos impostos.

Por meio de um documento falso, a empresa de consultoria forjava uma comprovação dos pagamentos e enganava as vítimas. Quem efetuou o pagamento, achava que estava obtendo vantagem ao pagar menos pelo tributo que devia. No entanto, não sabia que continuava com a dívida ativa e ainda pagava a essa empresa por um serviço falso.

Como agiam em nome das vítimas, os aplicadores do golpe é que recebiam as notificações da Receita Federal, fazendo com que os verdadeiros devedores nunca soubessem do débito.

“Essas empresas que dão o golpe têm procuração para agir em nome das outras, então elas fazem as declarações. Por causa dessa procuração, as empresas que aplicam os golpes é que são notificadas que os recursos não servem para quitar os impostos devidos e os verdadeiros contribuintes não ficam sabendo”, explicou Bosser.

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Após a descoberta, a Receita informou que ouviu as vítimas, que aparentaram desconhecimento da legislação e ingenuidade. A fraude foi aplicada contra pequenas e médias empresas, sem a devida assessoria contábil, avalia o delegado.

“Pirita”O nome da operação faz menção à pirita, uma pedra preciosa que aparenta ser ouro, mas não tem o mesmo valor do metal dourado. É uma alusão à sensação das vítimas, que achavam que estavam obtendo vantagens, mas, na verdade, estavam sendo fraudadas.

As investigações continuam e, agora, os R$ 100,1 milhões devidos serão cobrados e as infratoras estão sujeitas à multa. Os impostos não recolhidos há dois anos causam prejuízos à União, Estado e municípios, avalia a Receita Federal.

Fonte: Notícias Fiscais

Supermercado tem 5% das vendas por cartão de crédito bloqueados para pagamento de dívida

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) autorizou o bloqueio de 5% do faturamento das vendas efetuadas por meio de cartão de crédito de um supermercado de Santa Catarina (SC). Os valores deverão ser revertidos para o pagamento de uma dívida com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). A decisão da 4ª Turma foi proferida na última semana.

O pedido de liminar para autorizar a penhora dos créditos foi solicitado pelo Inmetro, após comprovar que o supermercado do município de Rio Negrinho, na região norte do estado, não possui outros bens ou recursos financeiros para saldar a dívida.

A Justiça Federal de Jaraguá do Sul negou o pedido, levando o Instituto a entrar com recurso no TRF4.

Por unanimidade, a 4ª Turma resolveu reformar a decisão e conceder liminar ao Inmetro. De acordo com a desembargadora federal Vivian Josete Pantaleão Caminha, relatora do processo, “existindo indício de que a executada utiliza tal sistemática de pagamento em seu dia a dia, é de ser deferida a medida postulada”.

A magistrada acrescentou que “o percentual não inviabiliza a continuidade de suas atividades, nem afasta a possibilidade de, a qualquer momento, saldar de imediato a dívida”.Nº 5046926-77.2015.4.04.0000/TRF

Fonte: Notícias Fiscais

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Trânsito em julgado em área tributária é tema de repercussão geral O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu, por meio do Plenário Virtual, a existência de repercussão geral do Recurso Extraordinário (RE) 949297, que trata do limite da coisa julgada em âmbito tributário, na hipótese de o contribuinte ter em seu favor decisão judicial transitada em julgado que declare a inexistência de relação jurídico-tributária, ao fundamento de inconstitucionalidade incidental de tributo, por sua vez declarado constitucional, em momento posterior, na via do controle concentrado e abstrato de constitucionalidade exercido pelo STF.

No caso concreto, trata-se de contribuinte que pretende obter ordem judicial que lhe assegure o direito de continuar a não recolher a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), instituída pela Lei 7.689/1988, com base em decisão proferida em mandado de segurança ajuizado em 1989 e com trânsito em julgado em 1992, cujo fundamento é a inconstitucionalidade da norma por ofensa ao princípio da irretroatividade.

No entanto, segundo o relator, ministro Edson Fachin, o STF declarou a constitucionalidade da CSLL, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 15. “Parece evidente a repercussão geral da presente matéria de índole eminentemente constitucional, na medida em que está em questão a própria arquitetura do sistema de controle de constitucionalidade pátrio, tendo em vista a imbricada relação entre as modalidades abstrata e concreta de fiscalização da constitucionalidade dos atos normativos”, disse.

Para o ministro Edson Fachin, sob o ponto de vista jurídico, o tema é relevante pois a decisão do Supremo no caso definirá os limites da garantia da coisa julgada em seara tributária, à luz do princípio da segurança jurídica. Além disso, deverá ser discutida a vigência e a aplicabilidade da Súmula 239 da Corte (“Decisão que declara indevida a cobrança do imposto em determinado exercício não faz coisa julgada em relação aos posteriores”).

“No âmbito econômico, o tema revela uma tese de significativo impacto nas finanças públicas da União, porquanto envolve a exigibilidade de tributos no curso de largo período de tempo. Ademais, a depender do deslinde da controvérsia, pode haver um desequilíbrio concorrencial em uma infinidade de mercados, visto que parcela dos contribuintes, com equivalente capacidade contributiva, estaria sujeita a cargas tributárias diversas, por atuação do Estado-Juiz”, aponta.

União

No RE 949297, a União contesta decisão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), a qual manteve sentença em mandado de segurança que deu ganho de causa ao contribuinte e declarou inconstitucional a Lei 7.689/1988. Alega que a coisa julgada formada em mandado de segurança em matéria tributária não alcança os exercícios seguintes ao da impetração, nos termos da Súmula 239 do STF.

Argumenta ainda que a coisa julgada em seara tributária pode ser relativizada, em decorrência da superveniência de novos parâmetros normativos ou de decisão do Supremo que considere constitucional a norma considerada inconstitucional pela decisão passada em julgado.

RP/CR

Fonte: STF – Supremo Tribunal Federal via Notícias Fiscais

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CEO da Microsoft prevê que próxima grande inovação terá impacto como telas touchscreen e a web

A próxima grande inovação tecnológica terá "um impacto tão profundo" na vida das pessoas e nos negócios como tiveram as telas sensíveis ao toque (touchscreen) e a web. A declaração foi feita nesta quarta-feira, 30, pelo CEO da Microsoft, Satya Nadella, durante apresentação na Build, conferência anual para anunciar as últimas novidades da fabricante de software, realizada em San Francisco, na Califórnia.

O executivo prevê que isso irá colocar em evidência os chamados chatbots, robôs que utilizam software de redes neurais para elaborar perguntas e respostas, bem mais complexas que seus antecessores. Ele coloca os chatbots na mesma categoria das mudanças de paradigmas provocadas pela interface gráfica do usuário (GUI), os navegadores de internet e as telas touchscreen do iPhone.

Nadella ressaltou que empresas, incluindo Facebook, Slack e a Microsoft, estão investindo pesadamente nesses chatbots, que ele chama de "conversas como uma plataforma", para o desenvolvimento de sistemas que tornarão a reserva de um voo ou a compra de uma camisa tão fáceis como enviar uma mensagem de texto. "É um conceito simples, mas muito poderoso em seu impacto. Trata-se de tomar o poder da linguagem humana e aplicá-lo de forma generalizada na computação", disse Nadella.

A Microsoft desenvolveu um chatbot na China, o Xioaice, software de inteligência artificial que tem sido empregado como um chatbot em serviços de mensagens chineses como o Weibo, Line e WeChat, e também usado por uma rede de TV chinesa, a Dragon TV, para interação dos telespectadores com seus programas.

Mais recentemente, a Microsoft desenvolveu o chatbot Tay, um sistema inteligente que rapidamente se transformou em polêmica depois de ter criado tuítes negando o holocausto. A empresa se desculpou pelo tuíte ofensivo, disse que não foi intencional e rapidamente desativou o sistema para fazer "ajustes".

Nadella acredita que iremos ouvir muito sobre chatbots e sistemas que permitirão conversas como uma plataforma.

Fonte: convergecom.com.br

Vai comprar um imóvel? Tire 8 Certidões Negativas para uma compra segura Publicado por Marcílio Guedes Drummond - 5 dias atrás

A compra de lotes, casas e outros imóveis é sempre escolhida como uma das opções de investimento, seja para moradia própria, para aluguel, ou simplesmente para ter um bem que se valorize com o tempo.

Esse tipo de aquisição não pode ser tratada como uma outra qualquer, pois requer algumas pesquisas prévias, para se certificar que o negócio não é uma “furada”. Ou seja, ao decidir comprar um imóvel, é necessário ter certeza de que a venda será segura, sem “dores de cabeça” futuras.

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Neste texto, ressalta-se a importância das certidões negativas do proprietário do imóvel que se pretende adquirir.

Essas certidões demonstram se o proprietário atual está com o nome sujo (nome protestado), ou se tem algum processo em andamento na justiça (pode ser civil, trabalhista, tributário/fiscal, dentre outras).

Por que essas certidões negativas são importantes?Veja bem: caso o proprietário tenha algum processo na Justiça e durante o andamento desse processo, comece a vender seu patrimônio (na maioria das vezes para tentar não quitar a dívida), a Justiça considera tais vendas como fraudes.

Isso quer dizer que se a justiça perceber essas vendas fraudulentas, ela anula todos os negócios de compra e venda que o proprietário fizer.

O resultado, para você que comprou o imóvel, é a possível perda dele, sendo que dificilmente recuperará o dinheiro que gastou na compra.

Dessa forma, verificar as certidões negativas antes de finalizar o negócio é uma medida muito importante para reduzir os riscos de perder, no futuro, o imóvel adquirido.

E se alguma das certidões for positiva?Isso significa que existem riscos de perda futura do imóvel. Entretanto, mesmo nesse caso, cabe ao comprador analisar se vale a pena ou não correr esse risco – já que empreender sempre está ligado a riscos.

Pois bem, onde tiro as certidões negativas?Existem pessoas/empresas que prestam esse serviço, mas cobram por ele. Você pode, por conta própria, buscar essas certidões. Veja como:

1. Certidão negativa de Ações Trabalhistas- Onde conseguir: você tira online aqui

2. Certidão negativa da Justiça Federal- Onde conseguir: procure o Fórum da Justiça Federal neste site.

3. Certidão negativa de Ações Cíveis- Onde conseguir: procure o Fórum da Justiça Estadual. Em Minas Gerais, neste link.

4. Certidão negativa das Ações da Fazenda Estadual - Onde conseguir: procure a Secretaria da Fazenda do seu estado. Em Minas Gerais, saiba mais neste link.

5. Certidão negativa das Ações da Fazenda Municipal - Onde conseguir: procure a Secretaria da Fazenda do seu município.

6. Certidão negativa das Ações em Família - Onde conseguir: procure o Fórum cível da sua cidade e pesquisa pelo nome da pessoa.

7. Certidão negativa do Cartório de Protestos -Onde conseguir: procure o (s) Cartório (s) de Protesto (s) da sua cidade.

8. Certidão negativa da Dívida Ativa da União/Negativa do Imposto de Renda -Onde conseguir: nos postos da Receita Federal. Encontre uma unidade aqui.

Munidos de tais documentos, adquira um imóvel de forma segura e consciente.

Danos permanentes

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Motociclista receberá R$ 30 mil por ter caído em buraco em rodovia26 de março de 2016, 10h20

A União terá que indenizar em R$ 30 mil um motociclista que se acidentou por causa de um buraco em rodovia federal. A decisão é da 5ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, que considerou que o poder público teve responsabilidade no episódio.

Segundo informações do processo, o motociclista perdeu o equilíbrio ao atingir um buraco que estava sobre um quebra-molas. Com isso, ele acabou invadindo a pista contrária e colidiu com um carro. Ele sofreu ferimentos com danos permanentes. O acidente aconteceu na BR-393, que liga a cidade fluminense de Barra Mansa à capixaba Cachoeiro do Itapemirim.

O motociclista entrou com a ação, e a primeira instância condenou a União a pagar R$ 20 mil por danos morais e outros R$ 4.693 por danos emergentes. O Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) recorreu com a alegação de que o acidente teria se dado por culpa do piloto, que teria passado pelo quebra-molas em alta velocidade.

A 5ª Turma negou o recurso e aumentou o valor da reparação por danos morais. O desembargador Aluisio Mendes, que relatou o caso, destacou que uma testemunha negou essa versão e contou que outros acidentes ocorreram no mesmo local, em razão da falha sobre o quebra-molas.

Para o relator, a vítima faz jus à indenização, por terem sido “violados os direitos relacionados à sua integridade moral, eis que, em razão do acidente sofreu lesões físicas graves, que culminaram com a sua submissão a procedimentos cirúrgicos, afastamento do trabalho e sequelas definitivas”.

O desembargador justificou ainda o aumento da indenização por danos morais. “Tal valor efetivamente concilia a pretensão compensatória, pedagógica e punitiva da indenização do dano moral com o princípio da vedação do enriquecimento sem causa, além de estar em consonância com os precedentes jurisprudenciais em casos assemelhados”, explicou. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-2.

Processo 0001925-24.2007.4.02.5002

Revista Consultor Jurídico, 26 de março de 2016, 10h20

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Propósito da lei

Juíza revoga Justiça gratuita e condena autor a pagar 10 vezes o valor das custas28 de março de 2016, 18h27

Só faz jus ao benefício da Justiça gratuita aquele que não pode arcar com o pagamento das custas sem o prejuízo próprio ou da família. Seguindo esse entendimento, a juíza Adriana Bertier Benedito, da 36ª Vara Cível de São Paulo, revogou o benefício concedido ao empresário Luiz Eduardo Auricchio Bottura — figura conhecida no Judiciário pelo gosto por litígios, sendo parte em mais de 3 mil ações em diferentes estados.

Além de revogar o benefício, a juíza condenou o empresário "a recolher o décuplo das custas e demais despesas processuais que deveria suportar desde o ajuizamento da ação". Bottura afirmou que vai recorrer da sentença.

De acordo com a juíza, manter o benefício no caso do empresário seria desvirtuar o propósito da lei. "Não se pode admitir que uma pessoa nessas condições pretenda permanecer, confortavelmente, com seu patrimônio intacto, litigando às custas daqueles que cumprem suas obrigações fiscais com correção", afirmou na sentença.

Ao se intitular sem condições financeiras para o recolhimento das custas processuais, Bottura alegou que há processos trabalhistas contra ele e que é isento de declarar imposto de renda, além de sequer possuir qualquer conta bancária.

Para a juíza, no entanto, os fatos apresentados não correspondem com os argumentos apresentados por Bottura. Ela inicia sua decisão explicando que o Imposto de Renda é ato unilateral e por isso sua presunção de veracidade não é absoluta. E, depois de analisar o histórico do empresário como o local onde mora e seus gastos, inclusive com estudos no exterior, ela afirma que Bottura não declara a realidade. "Em que pese possa não possuir nada em seu nome na atualidade, ou pelo menos assim declara, certo é que mantém um estilo de vida incompatível com seus informes; outrossim, do que vive não se sabe", diz na sentença.

E complementa: "Constato, ainda, que uma pessoa que mantinha gastos mensais nos patamares informados [R$ 100 mil a R$ 200 mil], tinha, com certeza, ganhos ainda maiores, os quais não desaparecem de um minuto para outro; porém, a parte não demonstrou a destinação destes valores".

A juíza questiona ainda o argumento da falta de condições financeiras de Bottura ao analisar a quantidade de demandas que ele ingressa na Justiça, todas com advogado constituído. Para ela, isto "demonstra claramente possuir condições de pagar as custas processuais".

Na sentença, Adriana Bertier Benedito lembra ainda que é preciso ter responsabilidade ao pedir e ao deferir o benefício de uma lei para evitar que ele seja banalizado. "Deve-se lembrar que, quando se concedem os benefícios da gratuidade, alguém paga a conta. Serviços judiciários, fato gerador da obrigação de recolher custas, não são graciosos", afirma.

Ela lembra ainda que a ausência de recolhimento de custas decorrência de concessões irrefletidas de pedidos de gratuidade priva o Poder Judiciário de sua receita e, por consequência, sucateia os serviços.

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Conta milionáriaApesar de negar possuir dinheiro para pagar as custas processuais, em um Habeas Corpus impetrado em São Paulo, buscando o trancamento de uma Ação Penal contra ele, Bottura afirma que "coleciona mais de R$ 130 milhões em indenizações" ao longo de sete anos de ações contra a família de sua ex-mulher e seus assessores de imprensa. Apesar disso, ele segue pedindo — e, muitas vezes, conseguindo — gratuidade de Justiça nas ações que promove.

Ao comentar a sentença que revogou o benefício, o empresário Eduardo Bottura afirmou que vai recorrer. Questionado sobre os argumentos contestados pela juíza e sobre o fato de já ter assumido que ganhou mais de R$ 130 milhões em indenizações, o empresário reafirmou que faz jus ao benefício.

"Enquanto existirem execuções trabalhistas contra a minha pessoa, como comprovado pela certidão do Tribunal Superior do Trabalho, é evidente que estou em situação financeira de autorização de concessão de benefício fiscal, sendo irrelevante minha renda no passado ou expectativa de recebíveis futuros", afirmou. 

Por divulgar algumas das centenas de condenações que Bottura sofre, a revista eletrônica Consultor Jurídico já virou um dos alvos do empresário. Assim, viu na prática as técnicas adotadas por ele, como usar longas petições iniciais e apontar endereços falsos dos acusados. No caso da ConJur, cujo endereço consta em diversos espaços no site (Rua Wisard, 23, Vila Madalena, São Paulo – SP), Bottura já disse à Justiça que um jornalista do site seria encontrado em Araçatuba (a 527 km da capital paulista).

Na última decisão favorável à ConJur, a Justiça de São Paulo concluiu, ironicamente, que o empresário tem, sozinho, ajudado a Justiça criminal paulista a construir uma jurisprudência. Suas seguidas derrotas nos processos que ajuíza contra desafetos e quem mais ouse noticiar seus lances já são citadas em bloco no Tribunal de Justiça do estado. Ao proferir seu voto no caso, o desembargador Augusto de Siqueira listou uma série de acórdãos proferidos pelo TJ-SP em casos similares.

Rei do golpeEm outra sentença recente da Justiça paulista foi negado o pedido de indenização feito por Bottura contra o jornal Correio do Estado, que circula em Mato Grosso do Sul. A notícia chamava o empresário de "Rei do Golpe" e narrava a história de Bottura, que já chegou a ser preso, e os mais de 900 processos que há contra ele. Segundo Bottura, a publicação teria lhe ofendido a honra.

No entanto, para a juíza Celina Dietrich Trigueiros Teixeira Pinto, da 15ª Vara Civel de São Paulo, não há ofensa na notícia pois trata-se de fatos verdadeiros. "A despeito de certo tom sensacionalista imprimido à matéria, não chegou a haver ato antijurídico praticado contra a honra do autor, nem abuso do direito de expressão, porque o conteúdo da notícia consiste em narrativa de fatos verdadeiros obtidos a partir de informação concedida por autoridade policial. De fato o autor fora preso e havia vários inquéritos aberto contra ele, além de ações penais e inúmeras outras ações judiciais em que figurava no polo ativo", registrou a juíza na sentença.

Para ela, houve uma exagero de linguagem por parte do jornal ao chamar Bottura de "rei do golpe", no entanto, segundo a juíza, "muitas vezes o exagero é próprio da linguagem jornalística e não se destina a ofender ou difamar, constituindo apenas técnica de redação que, embora não se louve, se não ultrapassa o limite do razoável, não é passível de gerar o dever de indenizar".

Nesta ação Bottura foi condenado a pagar as custas e os honorários advocatícios de 15% do valor da causa (definida em R$ 1 milhão). Porém, a execução desta parte da sentença foi suspensa pelo fato de Bottura ter conseguido nesta ação o benefício da Justiça gratuita.

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Durante o trâmite da ação, o jornal Correio do Estado chegou a pedir a revogação da gratuidade. Entretanto, a juíza Celina Dietrich entendeu que "não é requisito para a concessão do benefício que o requerente se encontre na mais completa miserabilidade". De acordo com ela, Bottura "comprovou ter ajuizado pedido de insolvência civil, demonstrando assim sua situação de necessitado".

Clique aqui e aqui para ler as sentenças.

Revista Consultor Jurídico, 28 de março de 2016, 18h27

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