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1 Boletim CONT-TRIB-JUR em 06.out.2014 "A esperança não é um sonho, mas uma maneira de traduzir os sonhos em realidade." (Suenens) Fcont volta a ser exigido no ano calendário de 2014 Valdir Amorim Abordamos nesta coluna, no dia 11 de setembro , a extinção do FCont a partir do ano calendário de 2014 para as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real. O FCont seria substituído pela ECF (Escrituração Contábil Fiscal), nova obrigação acessória da Receita Federal do Brasil, que permite a apuração do IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). Naquele momento, com base no texto da Instrução Normativa RFB nº 1.422, de 19 de dezembro de 2013, a partir do ano calendário de 2014, todas as pessoas jurídicas, inclusive as equiparadas, deveriam entregar a ECF de forma centralizada pela matriz. No caso de pessoas jurídicas que forem sócias ostensivas de SCP (Sociedades em Conta de Participação), a ECF deverá ser transmitida separadamente, para cada SCP, além da transmissão da ECF da sócia ostensiva. A Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014, extingue o RTT (Regime Tributário de Transição), a partir do ano calendário de 2015, mas possibilita ao contribuinte antecipar esta decisão para o ano calendário de 2014. A finalidade do RTT é neutralizar os efeitos das alterações introduzidas pela Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007, e pelos artigos 37 e 38 da Lei nº 11.941, de 2009, que modifiquem o critério de reconhecimento de receitas, custos e despesas computadas na escrituração contábil, para apuração do lucro real e da base de cálculo da CSLL. O fisco federal não aceitava o novo critério de reconhecimento IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Boletim CONT-TRIB-JUR em 06.out.2014

"A esperança não é um sonho, mas uma maneira de traduzir os sonhos em realidade." (Suenens)

Fcont volta a ser exigido no ano calendário de 2014 Valdir Amorim

Abordamos nesta coluna, no dia 11 de setembro, a extinção do FCont a partir do ano calendário de 2014 para as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real. O FCont seria substituído pela ECF (Escrituração Contábil Fiscal), nova obrigação acessória da Receita Federal do Brasil, que permite a apuração do IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).

 Naquele momento, com base no texto da Instrução Normativa RFB nº 1.422, de 19 de dezembro de 2013, a partir do ano calendário de 2014, todas as pessoas jurídicas, inclusive as equiparadas, deveriam entregar a ECF de forma centralizada pela matriz.

 No caso de pessoas jurídicas que forem sócias ostensivas de SCP (Sociedades em Conta de Participação), a ECF deverá ser transmitida separadamente, para cada SCP, além da transmissão da ECF da sócia ostensiva.

 A Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014, extingue o RTT (Regime Tributário de Transição), a partir do ano calendário de 2015, mas possibilita ao contribuinte antecipar esta decisão para o ano calendário de 2014.

 A finalidade do RTT é neutralizar os efeitos das alterações introduzidas pela Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007, e pelos artigos 37 e 38 da Lei nº 11.941, de 2009, que modifiquem o critério de reconhecimento de receitas, custos e despesas computadas na escrituração contábil, para apuração do lucro real e da base de cálculo da CSLL. O fisco federal não aceitava o novo critério de reconhecimento de receitas, custos e despesas que as normas internacionais de contabilidade trouxeram ao cenário nacional.

 Para as pessoas jurídicas que optarem pela antecipação dos efeitos da Lei nº 12.973/2014, através da DCTF do mês de agosto deste ano, o RTT deixa de existir a partir do ano calendário de 2014. Para quem não optar, o RTT continua existindo.

 Sendo assim, o fisco federal encontrou uma alternativa para quem não optou pelo fim do RTT em 2014. Publicou a IN RFB nº 1.492, de 17 de setembro de 2014, e no artigo 1º que altera o artigo 6º da IN RFB nº 1.397, de 16 de setembro de 2013, disse o seguinte:

 “Até o ano calendário de 2014, permanece a obrigatoriedade de entrega das informações necessárias para gerar o Controle Fiscal Contábil de Transição (FCONT) de que tratam os arts. 7º e 8º da Instrução Normativa RFB nº 949, de 16 de junho de 2009, por meio do Programa Validador e Assinador da Entrada de Dados para o Controle Fiscal Contábil de Transição, conforme disposto na Instrução Normativa RFB nº 967, de 15 de outubro de 2009, para as pessoas jurídicas sujeitas ao RTT.”

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 Assim, conclui-se que as pessoas jurídicas que só irão aplicar a Lei nº 12.973/2014 em 2015 entregam o FCont relativo ao ano calendário de 2014. Porém, se optarem pelo fim do RTT em 2014 deverão entregar a ECF relativa a esse ano calendário.

viaFcont volta a ser exigido no ano calendário de 2014 – Colunas – UOL Economia.

Informação dos Tributos: MEI, ME e EPP1) Pergunta:

O Microempreendedor Individual (MEI), a Microempresa (ME) e a Empresa de Pequeno Porte (EPP) estão obrigadas a informar nos documentos fiscais que emitirem o valor do tributos?

2) Resposta:

Primeiramente, cabe esclarecer que Decreto nº 8.264/2014 (1) determina que nas vendas a consumidor, a informação, nos documentos fiscais, relativa ao valor aproximado dos tributos Federais, Estaduais e Municipais que influem na formação dos preços de mercadorias e serviços, constará de 3 (três) resultados segregados para cada ente tributante, que aglutinarão as somas dos valores ou percentuais apurados em cada um.

Para esse fim, a informação deverá ser aposta em campo próprio ou no campo "Informações Complementares" do respectivo documento fiscal.

A carga tributária a ser informada, quando da venda ao consumidor final, pode ser aquela pertinente à última etapa da cadeia produtiva, desde que acrescida de percentual ou valor nominal estimado a título de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), substituição tributária (ICMS-ST) e outra incidência tributária anterior monofásica eventualmente ocorrida (PIS/Pasep e Cofins monofásicos, por exemplo). Além disso, a forma de disponibilizar ao consumidor o valor estimado dos tributos, relativamente a cada mercadoria ou serviço oferecido, poderá ser feita por meio de painel afixado em local visível do estabelecimento (2).

Adentrando a questão hora aventada, o Decreto nº 8.264/2014 também estabelece que é facultativo para o Microempreendedor Individual (MEI) a que se refere a Lei Complementar nº 123/2006, optante do Simples Nacional, a observância das regras previstas neste dispositivo regulamentar.

Já a Microempresa (ME) e a Empresa de Pequeno Porte (EPP) a que se refere a Lei Complementar nº 123/2006, optantes do Simples Nacional, é obrigada a observar as disposições do Decreto nº 8.264/2014, porém, fica a elas facultado informar apenas a alíquota a que se encontram sujeitas nos termos do referido regime (Simples Nacional), desde que acrescida de percentual ou valor nominal estimado a título de IPI, ICMS-ST e outra incidência tributária anterior monofásica eventualmente ocorrida.

Nota Tax Contabilidade:

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(1) O Decreto nº 8.264/2014 regulamentou a Lei nº 12.741/2012, que dispõe sobre as medidas de esclarecimento ao consumidor quanto a carga tributária incidente sobre as mercadorias e serviços, de que trata o artigo 150, § 5º da Constituição Federal/1988.

(2) Nos casos em que não seja obrigatória a emissão de documento fiscal ou equivalente, a informação também poderá ser prestada por meio de painel afixado em local visível do estabelecimento..

Base Legal: Art. 150, § 5º da CF/1988 (UC: 30/09/14); Lei nº 12.741/2012 (UC: 30/09/14) e; Arts. 2º, 3º, § 7º, 4º, 8º e 9º do Decreto nº 8.264/2014 (UC: 30/09/14). Informações Adicionais:

Este material foi escrito no dia 30/09/2014 e atualizado em 30/09/2014, pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade. Sua reprodução é permitida desde que indicada a fonte: Tax Contabilidade. Informação dos Tributos: MEI, ME e EPP (Area: Simples Nacional). Disponível em: http://www.tax-contabilidade.com.br/pergResps/pergRespsIndex.php?idPergResp=1029. - Acesso em: 05/10/2014.

Receita Federal intensifica combate à inadimplência com ameaça de exclusão do Simples Nacional30 set 2014 - Simples Nacional

Estão sendo notificadas as empresas inadimplentes com tributos administrados Receita Federal ou pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional

A Receita Federal do Brasil (RFB) está combatendo a inadimplência das micro e pequenas empresas, com ameaça de exclusão do Simples Nacional, sistema de tributação para essas empresas que simplifica o envio de informações ao fisco e que possibilita, na maioria dos casos, redução da carga tributária.

"Recentemente alguns dos nossos parceiros e clientes receberam 'notificações' da Receita Federal (através de Ato Declaratório Executivo - ADE) comunicando a exclusão do Simples Nacional a partir de 1º de Janeiro de 2015, pelo fato do contribuinte possuir débitos tributários com a Fazenda Pública Federal. Os débitos são do ano de 2013, o que mostra que o Fisco federal está agindo rápido", conta o diretor executivo da Confirp Consultoria Contábil, Richard Domingos.

Estão sendo notificadas as empresas inadimplentes com tributos administrados Receita Federal ou pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), ou seja, daqueles que possuam débitos do Simples Nacional, débitos de contribuições previdenciárias e/ou de outros tributos.

"Muitos falam que é uma forma do Governo recuperar receitas que perdeu com benefícios fiscais, porém, a verdade é que esta ação já era esperada, e até que demorou, pois, na lei do Simples já está prevista a exclusão dos devedores", explica Domingos.

No comunicado, a Receita Federal concede o prazo de 30 (trinta) dias para o contribuinte apresentar impugnação (defesa), caso o débito esteja pago. Se nesse prazo o contribuinte não apresentar impugnação, a exclusão será definitiva.

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Por outro lado, o mesmo comunicado informa que a "exclusão" será "sem efeito" (cancelada), caso a totalidade dos débitos seja "regularizada" no prazo de 30 (trinta) dias, contados da ciência da notificação. A regularização pode ser feita de duas formas:

a) através do "pagamento da totalidade dos débitos", dentro de 30 dias; oub) através do "parcelamento da totalidade dos débitos", dentro de 30 dias, pois o acordo de parcelamento suspende a cobrança (suspende a exigibilidade do crédito tributário).

“A Confirp recomenda para as empresas do Simples Nacional que possuam débitos tributários (na Receita Federal, Estados ou Municípios), que procurem regularizar os débitos o mais breve possível, mesmo sem ser notificado, mediante o pagamento integral ou o parcelamento integral, para evitar a exclusão do regime a partir de janeiro do ano seguinte”, explica Domingos.

Fonte: Portal Correio - PB

ECF - Minuta de Orientação do Leiaute da ECF atualizada em setembro de 2014

Postado por José Adriano em 3 outubro 2014 às 13:30 Exibir blog

Foi disponibilizada a Minuta do Manual de Orientação do Leiaute da ECF atualizada em setembro de 2014, revisada e com a inclusão das tabelas dinâmicas dos blocos X (Informações Econômicas) e Y (Informações Gerais).

Além disso, no arquivo de Alterações do Manual, são destacadas as alterações efetuadas em relação ao Manual disponibilizado em agosto de 2014.

Sugestões referentes à Minuta do Manual de Orientação do Leiaute da ECF podem ser enviadas para [email protected].

Fonte: Receita Federal

http://www.contabeis.com.br/noticias/20186/minuta-do-manual-de-orie...

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ECF - PVA BETA - Homologação - Versão 0.06.002

Postado por José Adriano em 1 outubro 2014 às 7:00 Exibir blog

Foi publicada uma nova versão para testes do programa da Escrituração Contábil Fiscal (ECF) com a correção dos erros reportados da versão anterior.

Nessa versão é possível criar uma ECF, importar dados da ECD (Escrituração Contábil Digital) e testar os blocos de 0 a N.

Versão 0.06.002_beta da ECF

(Como a estrutura de dados foi alterada, escriturações antigas devem ser excluídas e importadas novamente)

- Atualização das tabelas dinâmicas.

- Correção do erro na Importação Bloco K.

- Emissão de erro no caso de conta referencial inexistente.

- Alteração do Número do telefone no registro 0030, com a exclusão do campo DDD.

Utilize o email [email protected] para reportar erros do programa da ECF.

1 – Recuperação da Escrituração Contábil Digital (ECD) 

Os arquivos das ECD a serem recuperados na ECF devem estar validados e assinados. A recuperação da ECD pode ser feita após a criação da ECF (basta seguir os passos do programa) ou a qualquer momento, por meio do ícone disponibilizado no próprio programa (Recuperação da ECD).

 Para recuperar a ECD também é necessário que o período da escrituração seja de 2014 em diante. Portanto, no caso da versão de testes da ECF, o ideal é pegar uma ECD validada e assinada de anos anteriores e alterar as datas para 2014.

 2 – Recuperação dos dados da ECF anterior 

No primeiro ano de entrega (2015 referente ao ano-calendário 2014), o bloco E da ECF não será preenchido, pois ele se refere a recuperação de saldos da ECF anterior e, no primeiro ano, ainda não há ECF anterior.

 3 – Situações especiais ocorridas em 2014 

Para situações especiais (cisão, fusão, incorporação) ocorridas em 2014, deve ser entregue a DIPJ. A ECF só estará disponível para transmissão em 2015 e as situações especiais ocorridas de janeiro a junho de 2015 deverão entregar a ECF até o último dia útil do mês de julho de 2015, conforme disposto na Instrução Normativa no 1.422, de 19 de dezembro de 2013.

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Fonte: Site do Sped ( RFB)

http://www.spedbrasil.net/forum/topics/ecf-pva-homologacao-nova-ver...

Atenção: PTA/RET em MG, quem tem REGIME ESPECIAL, procedimentos – escrituração – SPED FISCALPrezado(a), boa tarde!

Segue o link do novo Manual de Orientações, aprovado pela Portaria Conjunta SUTRI-SUFIS-SAIF nº 01, de 16 de setembro de 2014, tem por objetivo instruir os contribuintes detentores de regime especial sobre os procedimentos a serem observados, visando ao correto cumprimento das obrigações acessórias relacionadas às operações beneficiadas com o tratamento tributário diferenciado concedido.

http://www.fazenda.mg.gov.br/empresas/legislacao_tributaria/portarias/2014/port_sutri_sufis_saif_001_2014.htm

Fonte: SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA DE MINAS GERAIS SUBSECRETARIA DA RECEITA ESTADUAL

MG - MDF-e prorrogado para Julho de 2015 Postado por Tadeu de Sousa Cardoso em 3 outubro 2014 às 11:26 Exibir blog

Através da publicação do DECRETO Nº 46.612, de 30 de Setembro de 2014, o fisco estadual de Minas Gerais (SEFAZ-MG) prorroga o prazo de início da obrigatoriedade de emissão do Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e). DECRETO Nº 46.612, DE 30 DE SETEMBRO DE 2014, altera o Regulamento do ICMS (RICMS), aprovado pelo Decreto nº 43.080, de 13 de dezembro de 2002.O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso de atribuição que lhe confere o inciso VII do art. 90 da Constituição do Estado e tendo em vista o disposto na Lei nº 6.763, de 26 de dezembro de 1975, e no Ajuste Sinief 21, de 10 de dezembro de 2010,DECRETA:Art. 1º O  inciso III do art. 87-H da Parte 1 do Anexo V do Regulamento do ICMS  (RICMS), aprovado pelo Decreto nº 43.080, de 13 de dezembro de 2002, passa a vigorar com a seguinte redação:“Art. 87-H. .........................................................................................................................III - os contribuintes elencados nos incisos I e II, a partir de 1º de julho de 2015, na hipótese de transporte intermunicipal de bens ou mercadorias.” (nr)Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.Palácio Tiradentes, em Belo Horizonte, aos 30 de setembro de 2014; 226º da Inconfidência Mineira e 193º da Independência do Brasil.ALBERTO PINTO COELHOMárcio Eli Almeida Leandro

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Maria Coeli Simões PiresRenata Maria Paes de VilhenaLeonardo Maurício Colombini LimaFonte: SEFAZ-MGhttp://www.fazenda.mg.gov.br/empresas/legislacao_tributaria/decretos/2014/d46612_2014.htm

REFIS Copa será reaberto e com a expectativa das empresas do SimplesÀ luz dos efeitos do período eleitoral, ou não, os empresários brasileiros voltam à gangorra de esperanças com relação ao REFIS da Copa, programa de parcelamento de débitos do Governo Federal.

À luz dos efeitos do período eleitoral, ou não, os empresários brasileiros voltam à gangorra de esperanças com relação ao REFIS da Copa, programa de parcelamento de débitos do Governo Federal. E o pacote anunciado pelos parlamentares pode contemplar os optantes pelo Simples Nacional.

No mês de dezembro, durante 15 dias, o Governo Federal reabrirá o prazo para adesão ao REFIS, encerrado no último dia 25 de agosto. A principal diferença nesta nova fase será a necessidade de pagamento de apenas uma parcela para entrar no programa. Antes, o valor de entrada estava dividido em cinco vezes. Contudo, mantêm-se os percentuais de 5%, 10%, 15% e 20%, que condicionam o número de parcelas futuras. Entram no programa as dívidas vencidas até dezembro de 2013.

Interesse

Para o Governo Federal, a reabertura significará mais dinheiro ao Tesouro Nacional, já que a expectativa de arrecadação de R$ 18 bilhões previstos para o REFIS Copa deve ficar somente nos R$ 2,5 bilhões.

Alento aos pequenos

Mas a principal mudança esperada é a inclusão das empresas do Simples Nacional no REFIS. Até o momento, 26 emendas foram feitas na Medida Provisória 651 para ampliar os benefícios do programa. De acordo com o contador Ronaldo Dias, da Brasil Price, por mais tardia que seja a decisão, os efeitos poderão ser positivos. “Finalmente alguém no Congresso enxergou que as micro e pequenas empresas do Simples Nacional precisavam que a justiça fosse feita. Elas já não têm tratamento diferenciado ou favorecimento nos parcelamentos federais, por isso pelo menos deveriam ter os mesmos direitos no REFIS”, diz Ronaldo.

Injustiça

Numa eventual crise econômica, as pequenas empresas são mais vulneráveis. Se as dívidas se acumulam, elas não têm ferramentas para o parcelamento. A Lei 11.941, de 2009, criou o REFIS Crise, versão anterior do atual REFIS da Copa, e, incialmente, não impediu a adesão das empresas do Simples Nacional. Contudo, uma Portaria Conjunta da Receita Federal e da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) trouxe essa restrição.

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A alegação da PGFN é que, como as cobranças dos impostos acontecem de forma unificada (tributos municipais, estaduais e federais numa única guia de recolhimento), não seria possível recolher separadamente os impostos, impossibilitando, portanto, a entrada destas empresas no REFIS, que contempla apenas as dívidas federais. Mas para Ronaldo, a explicação é infundada. “Em 2007, as empresas do Simples conquistaram o direito de parcelamento, mas isso nunca foi consolidado. Hoje, a imensa maioria dos empregos com carteira assinada vem das micro e pequenas empresas. É uma injustiça essa realidade”, afirma o contador. As emendas agora aguardam a avaliação da Presidência da República. 

Link: http://surgiu.com.br/noticia/171111/refis-copa-sera-reaberto-e-com-a-expectativa-das-empresas-do-simples.html

ICMS no comércio eletrônico: guerra fiscal perto do fim? 30 set 2014 - ICMS, IPI, ISS e Outros

Há três anos, alguns estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, em frontal desrespeito à Constituição Federal, celebraram o Protocolo ICMS nº 21, que impõe o pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas operações interestaduais com mercadorias comercializadas de forma não presencial, como internet e telemarketing, em favor do estado do domicílio do consumidor.

Felizmente, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou no último dia 17 de setembro a eficácia deste acordo e resolveu, por maioria, modular os efeitos da decisão. Ou seja, no entendimento da Corte, as regras do Protocolo não estariam mais valendo desde fevereiro desse ano, quando foram interrompidas por meio de liminar. Apesar da extinção dos efeitos do acordo, ainda é necessária uma regulamentação que disponha sobre o recolhimento de ICMS no comércio eletrônico para acabar de uma vez por todas com a insegurança jurídica sentida pelo setor atualmente.

A guerra fiscal inaugurada pelo Protocolo, a exemplo de todas as outras, acabou por prejudicar sensivelmente as atividades dos contribuintes. Neste caso, os comerciantes que utilizavam meios eletrônicos para comercializar suas mercadorias. Repentinamente, estes vendedores viram-se obrigados a ingressar com medidas judiciais porque, do contrário, teriam de optar entre recolher duas vezes o valor do imposto – uma, em favor do estado em que estão estabelecidos e outra, em favor dos estados signatários do famigerado Protocolo. Ou então teriam suas mercadorias apreendidas pelas repartições fiscais de fronteira.

Em meio a esse cenário conturbado, membros do Congresso Nacional, visando à revisão da distribuição do produto da arrecadação do ICMS entre os estados, iniciaram negociações no sentido de por um fim à guerra fiscal estabelecida. Como resultado desse trabalho, foi dado mais um passo no sentido da alteração da sistemática de cobrança do ICMS incidente sobre as operações interestaduais realizadas por agentes do comércio eletrônico. A comissão especial destinada a proferir parecer sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 197/12 aprovou o texto substitutivo elaborado pelo relator da matéria, deputado Márcio Macêdo (PT-SE).

Conhecida como PEC do Comércio Eletrônico, a proposta objetiva a alteração do artigo 155, parágrafo 2º, incisos VII e VIII da Constituição Federal. Segundo a redação desses dispositivos hoje em vigor, nas operações ou prestações que destinem mercadorias ou serviços a não contribuintes de outros estados, o

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ICMS devido deve ser recolhido integralmente para o estado de origem – o da localização do vendedor da mercadoria ou do prestador do serviço. Com a PEC, o ICMS incidente nas operações interestaduais realizadas por comércio eletrônico passaria, gradativamente, ao longo de cinco anos, a ser recolhido em favor do estado de destino – o do adquirente.

Não obstante o louvável esforço empreendido no sentido de solucionar essa questão pontual, é importante que nossos congressistas não percam de vista que somente a aprovação dessa proposta não basta. É imprescindível que a alteração no texto constitucional seja acompanhada de modificação da legislação complementar, visando a regular o sistema de créditos, de forma a evitar distorções no sistema de apuração do imposto devido que venham a onerar os custos dos produtos ou serviços. E, consequentemente, seus respectivos preços.

Em situações similares, a concepção de alterações precipitadas e incompletas gerou distorções que, até hoje, trazem insegurança jurídica. É o caso dos serviços de comunicação não medidos, como os de TV por assinatura e de provimento de conexão privada à internet, cuja Lei Complementar nº 102, de 2000, determinou o pagamento do imposto devido em partes iguais para os estados onde se encontram o prestador e o respectivo usuário.

Como essa mesma lei nada dispôs quanto à alíquota aplicável a tais serviços, à forma de registro dos créditos correspondentes e, ainda, aos procedimentos a serem adotados na hipótese de o prestador dos serviços e/ou de seus usuários serem estabelecidos em mais de um estado (como ocorre no caso de pessoa jurídica prestadora dos serviços que detêm estrutura física de comunicações em várias localidades diferentes para atender pessoa jurídica contratante que deve utilizar os serviços por suas filiais), são muitos os problemas enfrentados pelos contribuintes que se veem à mercê de interpretações diferentes em cada um dos estados onde são estabelecidos.

Assim, só nos resta esperar que a PEC do Comércio Eletrônico represente uma efetiva evolução para o sistema tributário e não mais um componente a ampliar o chamado custo Brasil.

Fonte: Segs

Receita esclarece acerca da tributação pelo Imposto de Renda do reembolso de viagem 29 de setembro de 2014 08:42

A norma em referência estabeleceu que a verba percebida a título de “reembolso de viagem” por professor de fundação municipal, para fazer face aos deslocamentos entre o município de residência e o de sua sede de trabalho, constitui rendimento tributável na fonte e na Declaração de Ajuste Anual.

(Solução de Consulta Cosit nº 251/2014 – DOU 1 de 26.09.2014)

via:: NETIOB ::.

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Receita esclarece acerca da informação, na Declaração de Ajuste, de bens adquiridos em condomínio por cônjuges 29 de setembro de 2014 08:40

A norma em referência estabeleceu que os bens adquiridos em condomínio, por cônjuges casados, obrigatoriamente sob o regime de separação de bens, devem ser informados na declaração de bens da Declaração de Ajuste Anual por condômino em relação à parte que couber a cada um.

(Solução de Consulta Cosit nº 256/2014 – DOU 1 de 26.09.2014)

via:: NETIOB ::.

Receita esclarece acerca de dedutibilidade no livro Caixa das despesas de participação de sacerdotes em congressos 29 de setembro de 2014 08:45

São dedutíveis as despesas escrituradas no livro Caixa relativas à participação de sacerdote, que percebe rendimentos de trabalho não assalariado, em congresso voltado às atividades de ordem religiosa. A dedutibilidade é extensiva às despesas incorridas pela companheira (figure ou não como dependente do participante) quando a natureza do evento torne obrigatória sua presença e esta seja inerente ao exercício da atividade profissional do sacerdote.

(Solução de Consulta Cosit nº 239/2014 – DOU 1 de 26.09.2014)

via:: NETIOB ::.

Perícia e Auditoria: CFC divulga alteração do Comunicado Técnico CTA 203 out 2014 - Contabilidade / Societário

A Norma Brasileira de Contabilidade CTA 20 (R1) - DOU 1 de 03.10.2014 alterou o CTA 20, que orienta os auditores independentes sobre os padrões técnicos e profissionais a serem observados pelo auditor independente, nomeado como perito ou como empresa especializada, para emissão de laudo de avaliação dos ativos líquidos a valor contábil ou dos ativos líquidos contábeis ajustados a preços de mercado, cuja sigla passa a ser CTA 20 (R1).

Fonte: IR-Consultoria

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Empresas ganham mais um ano para se adequar à entrega do Bloco K, que ficou para 2016 2 de outubro de 2014 23:47

Entre as mudanças e novas exigências fiscais com objetivo de diminuir a sonegação, está a entrega do Livro de Registro de Controle da Produção e dos Estoques da Escrituração Fiscal Digital, o denominado Bloco K do Sped Fiscal. Entretanto, a mudança só passará a vigorar em janeiro de 2016, isso porque grande parte do empresariado alegou  existir complexidade em realizar um controle efetivo da produção, pedindo adiamento da implementação do Bloco K.

 A Receita fará um cruzamento desses dados com os saldos apurados do inventário e, deste modo,  contará com mais uma ferramenta para dificultar e identificar sonegações. Empresas que não relacionadas em protocolo ICMS celebrado entre as Secretarias de Fazenda Estaduais e a Receita Federal, e ainda Indústrias que declaram lucro presumido estarão dentro da obrigação.

Com o Bloco K do Sped Fiscal, o Fisco disporá de todas as informações do processo produtivo e da movimentação dos estoques, que deverão ser informadas. Será preciso mencionar, por ordem de produção, todos os itens fabricados e os itens consumidos, com as respectivas quantidades e datas. Será necessário também que o empresariado informe o consumo específico, perdas normais do processo produtivo e substituição de insumos para todos os produtos fabricados e também de terceiros envolvidos na produção.

“Um grande benefício para as empresas será um bom controle do processo produtivo e conhecimento detalhado dos custos, planejar novas estratégias com a finalidade de projeções para o futuro, com crescimento e desenvolvimento da empresa. Isso pode contribuir para uma maior sustentabilidade dos negócios.”, destacou o Superintendente da Receita da SEFAZ Piauí, Antônio Luiz Soares.

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Conselho analisa dedução de juros sobre capital próprio 25 de setembro de 2014 09:02

Por Bárbara Mengardo

Uma turma do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) entendeu que não é possivel acumular juros sobre capital próprio (JCP) – uma forma de remuneração a sócios em substituição aos dividendos – e abater posteriormente os valores do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). O tema também está sendo analisado pela Câmara Superior, que unifica o entendimento do órgão. O julgamento, porém, foi suspenso por um pedido de vista.

No caso, uma empresa do ramo imobiliário optou por não distribuir juros sobre capital próprio entre 1996 e 2006, apesar de ter apurado lucro. De acordo com o advogado da companhia, Vinicius Branco, do escritório Levy e Salomão Advogados, a opção é comum, por exemplo, a companhias que precisam de recursos para novos investimentos.

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Somente entre 2007 e 2008, a empresa efetuou os pagamentos aos acionistas, adicionando ao total os valores apurados nos anos anteriores. A companhia, então, foi autuada por ter usado irregularmente o montante então distribuído para reduzir o Imposto de Renda e a CSLL a pagar. Constam ainda multas e juros no processo administrativo.

Para Vinicius Branco, não há nenhuma vedação legal para o acúmulo de juros sobre o capital próprio. Ele destacou que a Lei das Sociedades Anônimas – Lei nº 6.404, de 1976 – permite mecanismo semelhante para a distribuição de dividendos. E que o benefício pode ser estendido aos juros.

O tema dividiu os conselheiros da 1ª Turma da 1ª Câmara da 1ª Seção do Carf. A decisão a favor do Fisco foi dada por voto de qualidade. Como quem desempata os julgamentos são os presidentes das turmas e este são representantes da Fazenda, na maioria desses casos o resultado é desfavorável aos contribuintes.

Desta forma, foi vencedora a corrente que defendia que os juros sobre capital próprio são caracterizados contabilmente como despesa, devendo ser reconhecidos no ano em que foram gerados. “A empresa não pode decidir quatro anos depois que determinada verba era uma despesa”, afirmou durante o julgamento o presidente da turma, conselheiro Marcos Aurélio Pereira Valadão.

Já os conselheiros que votaram de forma favorável ao contribuinte entenderam que não há vedação legal para o acúmulo de juros sobre capital próprio. A relatora do caso, conselheira Edeli Pereira Bessa, destacou que existem decisões divergentes sobre o tema no conselho.

A discussão é antiga, mas deverá ser definida pela Câmara Superior, responsável por pacificar a jurisprudência quando há decisões divergentes entre as turmas do Carf. O processo sobre o tema, que começou a ser julgado no mês passado, foi suspenso por um pedido de vista, antes de serem proferidos votos, e deverá voltar à pauta em outubro.

No Judiciário, o debate já chegou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em 2009, a 1ª Turma decidiu que as empresas podem usar o valor de juros sobre o capital próprio pagos aos seus associados para reduzir os valores de Imposto de Renda e CSLL a recolher, mesmo quando esses juros tenham sido acumulados em períodos anteriores ao do pagamento. No caso, o contribuinte havia ajuizado um mandado de segurança preventivo para não ser autuado por ter abatido dos tributos juros acumulados de 1997 a 2000, que só foram pagos posteriormente, em 2002.

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Maioria deve deixar para 2015 novo regime fiscal 25 de setembro de 2014 08:49

Por Fernando Torres

A maioria das grandes empresas brasileiras deve deixar para 2015 a migração para o novo arcabouço regulatório, previsto na Lei 12.973, para calcular quanto de Imposto de Renda e CSLL terá de recolher sobre os lucros.

A partir do ano que vem a mudança é obrigatória, mas em relação aos resultados do exercício de 2014, as companhias têm até 21 de outubro para decidir.

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Segundo especialistas, será mais fácil para a maior parte delas usar por mais um ano o Regime Tributário de Transição (RTT), que está em vigor de maneira temporária desde 2008, quando se iniciou o processo de transição do modelo contábil brasileiro para o padrão internacional IFRS.

Essa visão foi reforçada após a regulamentação da nova lei, trazida pela Receita Federal por meio de duas instruções normativas publicadas na semana passada.

http://www.valor.com.br/empresas/3708088/maioria-deve-deixar-para-2015-novo-regime-fiscal

viaMaioria deve deixar para 2015 novo regime fiscal | IBRACON.

Nota fiscal trará tributo impressoExigência passa a valer depois que MP que adiava sanções para janeiro de 2015 caducar na sexta-feira

Abnor Gondim

Brasília - As empresas de todos os portes ficarão sujeitas, depois desta sexta-feira (3), a receber dos Procons multas de R$ 400,00 a R$ 7 milhões e até cassação de licença de funcionamento se não incluírem os impostos nas notas fiscais.

Outra opção é colocar em local visível os tributos federais, estaduais e municipais que incidem sobre produtos e serviços. Diante dessa ameaça concreta de punição, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) deverá hoje encaminhar à Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República o pedido de revogação da Lei 2.741/12, a Lei de Transparência Fiscal, que obriga à divulgação dos tributos.

A exigência ressurge com a perda de validade, nesta sexta-feira (3), da Medida Provisória 649, que estabeleceu fiscalização "exclusivamente orientadora" até 31 de dezembro sobre o cumprimento da Lei 2.741/12.

"Uma lei muito mal elaborada, que deveria ser educativa para a sociedade com a proposta de criar uma consciência fiscal, vai acabar se transformando em uma punição", disse ao DCI o consultor Roberto Nogueira Ferreira, da presidência da CNC.

Em caravana pelo interior de São Paulo para difundir os avanços da nova legislação dos pequenos negócios aprovada em agosto, o ministro da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, não foi localizado.

A assessoria da pasta informou que somente haverá pronunciamento após a perda de validade da matéria.

A MP 649 vai caducar porque o relator da matéria no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), não conseguiu colocar em votação em comissão especial seu parecer em que recomendava mais dois anos de fiscalização orientadora antes de a obrigatoriedade começar a

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valer.

Em seu parecer, ele havia proposto que esse prazo seja contado a partir da publicação, pelo Executivo, de um regulamento que especifique a forma de calcular os tributos que deverão constar na nota fiscal.

As entidades do comércio temem que as empresas que ainda não discriminam os impostos em embutidos nos preços dos produtos em suas notas fiscais arquem com o ônus das multas aplicadas desde junho de 2014 até os dias atuais.

Sem relação de consumo

Na avaliação do consultor da CNC, o primeiro erro fatal da lei questionada é atribuir à fiscalização da exigência aos Procons. "Descrever ou divulgar informações sobre tributos não é uma relação de consumo", apontou Ferreira, criticando o fato de o não cumprimento da lei ser tratada no escopo do Código de Defesa do Consumidor. Ao mesmo tempo, acrescentou o especialista, as empresas poderão colocar qualquer estimativa sobre os tributos que incidem no valor de produtos ofertados.

Nas palavras do consultor, os fiscais do Procon não sabem o que vão fiscalizar, porque não obrigação nem é competente para entender de tributos, e os empresários poderão colocar o que quiserem.

"Ou seja, em vez de ajudar a cidadania fiscal, a lei pode servir para desinformar", alertou. "É importante produzir uma cultura que desperte o sentimento de contribuinte nos cidadãos, mas essa não deveria ser uma obrigação dos comerciantes", afirmou.

A assessoria do Ministério da Justiça, que coordena os Procons no País, não retornou pedido do DCI para informar quais medidas serão adotadas em razão da caducidade da medida provisória.Fonte: DCI – SP

Carga tributária é a principal fonte de apreensão para 2015 Postado por José Adriano em 1 outubro 2014 às 9:00

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O que IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Modelo de fiscalização do Brasil está sujeito a falhas 3 de outubro de 2014 00:33

Por Zínia Baeta | De São Paulo

O Brasil tem um dos melhores sistemas de cruzamento de informações do mundo. Atualmente, cada passo dado pelo contribuinte pode ser monitorado pela Receita Federal e Banco Central, que têm condições de saber quanto gasta determinado indivíduo com seu cartão de crédito, número de viagens que faz ao exterior, empréstimos e financiamentos efetuados, depósitos e saques promovidos em sua conta corrente. Isso é possível pelo aparato tecnológico existente a favor dessas autoridades e pelas inúmeras declarações exigidas de pessoas físicas, empresas, cartórios e instituições financeiras.

O detalhamento de informações pode ir mais longe se consideramos que hoje grande parte dos consumidores requer notas fiscais eletrônicas com CPF nas compras que efetuam e, por consequência, deixam registrados nos sistemas dos Fiscos seu perfil de compras e gastos mensais.

Apesar desses dados estarem à mão das autoridades e a privacidade do cidadão estar cada vez menor, grandes esquemas de fraude e sonegação não deixaram de existir. Nesse contexto, a pergunta que se faz é se esse sistema, considerado um dos mais avançados do mundo, é falho.

A análise de quem lida diariamente com problemas dessa natureza, ou seja, advogados criminalistas e tributaristas, é de que do outro lado do aparato tecnológico estão as pessoas autorizadas (os funcionários) que vão avaliar, valorar os milhões de dados que entram diariamente no banco de dados do governo e gerenciá-los.

“Essa sensação de o sistema ser falho não corresponde à realidade”, avalia o presidente do conselho superior do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), Gilberto Amaral. Prova disso, segundo ele, é que em 2013 a Receita promoveu autuações fiscais que alcançaram R$ 191 bilhões. O que ocorre, em sua opinião, é que não há mão de obra suficiente para analisar todos os dados disponíveis e movimentações diárias que podem ou não ser atípicas.

Além disso, no caso da Receita, o papel do órgão não é evitar, mas constatar fraudes e erros. Do Coaf, é o de identificar movimentações financeiras atípicas e evitar a lavagem de dinheiro. As possíveis investigações, ficarão sempre a cargo das polícias e do Ministério Público. “Muitas vezes, para a configuração de um crime é preciso mais de um ano de acompanhamento”, afirma Amaral.

Para criminalistas que preferem não se identificar, falhas no sistema estão sempre relacionadas à quem o opera. Podem ser no tratamento das informações, na quantidade de pessoas disponíveis para fazer esse trabalho e mesmo no requinte de ocultação de quem comete uma fraude ou outro tipo de crime. “Além disso, há sempre a possibilidade da existência de corrupção e ingerência política na seletividade desses processos”, diz um criminalista.

viaModelo de fiscalização do Brasil está sujeito a falhas | Valor Econômico.

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Sucessão em vida é antídoto contra novos impostos Gestores de patrimônio e advogados têm receitado a antecipação da transferência da herança como remédio contra a incerteza tributária. É uma forma de se defender contra a regulamentação do imposto sobre grandes fortunas, que tem preocupado donos de grandes patrimônios desde que o tema ressurgiu no debate eleitoral. A doação em vida também é um caminho para se antecipar a um aumento do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), visto como ainda mais provável, sejam quais forem os vencedores das eleições, pelo baixo patamar relativo das alíquotas brasileiras.No caso da criação de um imposto sobre grandes fortunas, que dependeria da aprovação de uma lei complementar, a lógica é simples. Um pai que tem vários filhos e faz a doação dos recursos ainda em vida tem a fortuna fatiada, o que pode levar a patrimônios inferiores ao mínimo a partir do qual se exige pagamento do imposto ou pelo menos à incidência de uma alíquota menor, caso o projeto aprovado envolva faixas como em muitos dos países em que a tributação existe.É o que Roberto Justo, sócio do Choaib, Paiva e Justo Advogados, recomenda aos clientes preocupados com a nova lei. "É muito comum nesses casos que o patriarca fale: construí todo meu patrimônio e agora vou ficar dependendo do meu filho?", conta. O advogado indica que a doação seja feita com usufruto vitalício, que garante aos pais toda a renda gerada pelo patrimônio enquanto estiverem vivos.Fazer a doação agora também seria uma caminho, diz Justo, para garantir o ITCMD atual, que varia de um Estado para o outro, chegando ao máximo de 8% em Santa Catarina. Um estudo da EY (nova marca da Ernst & Young), referente a maio, mostra a alíquota máxima brasileira como a menor dentre 18 países pesquisados, empatada com a italiana. Nos Estados Unidos, ela chega a 40%; na França, a 45%; na Alemanha, no Japão e na Suíça, a 50%.A Constituição de 1988 determina que cabe aos Estados instituir impostos sobre transmissão por morte e doação, o que estende a preocupação sobre novas alíquotas à disputa política de governadores. O presidente e os congressistas também têm influência, entretanto, sobre o imposto, no que se refere à fixação do valor máximo permitido, atualmente em 8%.É fato que alguns outros países optam por tributar mais a sucessão, diz Ana Cláudia Utumi, especialista em tributos do TozziniFreire Advogados. Na prática, entretanto, afirma, poucas pessoas pagam impostos tão elevados, já que há maneiras previstas na lei para não arcar com o custo. Uma delas é transferir o patrimônio para um "trust", figura inexistente na lei brasileira.Ainda que não evite o imposto, Ana Cláudia também defende o caminho da sucessão em vida. "Se você está com medo de que o imposto no futuro possa ser muito mais alto, fazer a antecipação, direito garantido pelo Código Civil, é uma boa", diz, lembrando que é preciso respeitar a cota devida a cada herdeiro para não haver questionamento judicial.No caso da doação com reserva do direito do usufruto, alguns Estados cobram ITCMD completo no momento do processo. Em outros, como São Paulo, dois terços são pagos na hora da doação e o restante na passagem do usufruto, ou seja, com o falecimento do doador. Nesse caso, a alíquota atual seria garantida ao menos para o primeiro pagamento."Temos montado muitos planejamentos sucessórios via doação de cota com usufruto", diz Pedro Marcelo Luzardo, sócio do Modal. Ele conta que o formato funciona bem em fundos exclusivos, que têm uma única família como cotista. Nesse caso, os dividendos são recebidos pelo patriarca até seu falecimento.Justo, do Choaib, Paiva e Justo Advogados, lembra que em alguns Estados o imposto para doação é inferior ao que incide sobre herança, uma vantagem adicional para a antecipação. O estudo da EY mostra que é o caso de Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Maranhão, Ceará, Bahia, Amapá e Acre.Uma alternativa para fugir ao ITCMD, diz também Justo, é o plano de previdência do tipo Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). O imposto não incide sobre o patrimônio aplicado no plano, que nem passa por inventário. Não há contraindicação legal nem limite para, no fim da vida, aplicar recursos no VGBL, afirma o advogado, com o objetivo de sucessão. É bom somente lembrar que, no caso da opção pela tributação regressiva, a alíquota somente chega ao nível mínimo, de 10%, depois de dez anos, começando

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em 35% para níveis inferiores a dois anos. Em todas as demais aplicações financeiras, há incidência de IR e ITCMD.

Por Luciana Seabra | De São Paulo

Fonte: Valor Econômico

IRRF: pessoa jurídica pode ser devedora de tributos Brasília – A dispensa da retenção do imposto de renda na fonte sobre rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa ou de renda variável acontece quando o beneficiário do rendimento declarar à fonte pagadora, por escrito, sua condição de entidade imune.  “Numa análise superficial, parece incongruente uma pessoa imune sofrer quaisquer rendimentos, mesmo os decorrentes de aplicações no mercado financeiro”, afirma o conselheiro do CFC, Osvaldo Cruz.

Mas, avisa o conselheiro, a pessoa jurídica pode pagar os tributos caso ela pratique atividade não albergada pelo seu objeito social. “Quando a pessoa jurídica informa ao banco sua condição de imune, o banco não faz a retenção, mas a autoridade tributária se reserva no direito de verificar, por meio de fiscalização, se a operação se enquadra na imunidade”, avisa Osvaldo.

O Ato Declaratório Normativo COSIT nº 027, de 27 de março de 1993, dispõe sobre a tributação de rendimentos oriundos de aplicações financeiras efetuadas por entidades imunes.  O Ato afirma que “não estarão abrangidos pela imunidade os rendimentos de aplicações efetivadas com caráter especulativo, porque desvirtuadas as finalidades essenciais daquelas instituições” e “a verificação, quanto à aplicação da imunidade em relação a essas operações, será realizada caso a caso, mediante procedimentos de fiscalização”.

Por Fabricio Santos

Fonte: Conselho Federal de Contabilidade via Notícias Fiscais.

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Atualização de regras do ISS ainda depende de votação na Câmara02/10/2014, 18h22

As regras do Imposto sobre Serviços (ISS) já têm mais de dez anos e, por isso, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), autor do PLS 386/2012 - Complementar, entende que está na hora de atualizá-las. O objetivo é evitar a guerra fiscal, ampliar a lista de serviços tributáveis e uniformizar a base de cálculo do ISS. A proposta, já aprovada pelo Senado, aguarda votação em comissões e no Plenário da Câmara dos Deputados. Mais informações com o repórter Bruno Lourenço, da Rádio Senado.

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Receita intima quase 400 mil contribuintes a quitar dívidasObjetivo da ação é oferecer a oportunidade para que os devedores regularizarem as dívidas e possam continuar usufruindo dos benefícios

postado 01/10/2014 14:30 - 759 acessos

A Receita Federal intimou, em setembro, 396 mil contribuintes que devem ao Simples Nacional para que regularizem suas dívidas.

Segundo o Fisco, a medida está prevista na Lei Geral do Sistema Simplificado de Cobrança de Impostos e é um procedimento adotado anualmente. O número de intimados equivale a 9% do universo de optantes que têm dívidas com a Receita ou com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

O objetivo da ação é oferecer a oportunidade para que os devedores regularizarem as dívidas e possam, dessa forma, continuar usufruindo dos benefícios do Simples Nacional.

O contribuinte pode regularizar as pendências pagando à vista ou aderindo ao parcelamento de débitos em até 60 meses. O parcelamento pode ser requerido diretamente no site da Receita Federal na internet, não sendo necessário comparecer às unidades de atendimento. Com a intimação, a Receita espera que 90% dos devedores regularizem as dívidas.

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A Receita estima que a dívida total dos devedores intimados chegue a R$ 14 bilhões, porém, não há previsão de ingresso significativo de arrecadação, uma vez que as regularizações deverão ocorrer apenas na modalidade de parcelamento.

O contribuinte que não regularizar a dívida será excluído do Simples Nacional e, como consequência, perderá os benefícios do sistema simplificado a partir de 1º de janeiro do ano que vem, informou a Receita Federal.

Fonte: Agência Brasil

Receita Federal intensifica combate à inadimplência com ameaça de exclusão do Simples NacionalEstão sendo notificadas as empresas inadimplentes com tributos administrados Receita Federal ou pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional

Economia | Em 29/09/14 às 18h21, atualizado em 29/09/14 às 19h42 | Por RedaçãoReceita Federal

A Receita Federal do Brasil (RFB) está combatendo a inadimplência das micro e pequenas empresas, com ameaça de exclusão do Simples Nacional, sistema de tributação para essas empresas que simplifica o envio de informações ao fisco e que possibilita, na maioria dos casos, redução da carga tributária.

"Recentemente alguns dos nossos parceiros e clientes receberam 'notificações' da Receita Federal (através de Ato Declaratório Executivo - ADE) comunicando a exclusão do Simples Nacional a partir de 1º de Janeiro de 2015, pelo fato do contribuinte possuir débitos tributários com a Fazenda Pública Federal. Os débitos são do ano de 2013, o que mostra que o Fisco federal está agindo rápido", conta o diretor executivo da Confirp Consultoria Contábil, Richard Domingos.

Estão sendo notificadas as empresas inadimplentes com tributos administrados Receita Federal ou pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), ou seja, daqueles que possuam débitos do Simples Nacional, débitos de contribuições previdenciárias e/ou de outros tributos.

"Muitos falam que é uma forma do Governo recuperar receitas que perdeu com benefícios fiscais, porém, a verdade é que esta ação já era esperada, e até que demorou, pois, na lei do Simples já está prevista a exclusão dos devedores", explica Domingos.

No comunicado, a Receita Federal concede o prazo de 30 (trinta) dias para o contribuinte apresentar impugnação (defesa), caso o débito esteja pago. Se nesse prazo o contribuinte não apresentar impugnação, a exclusão será definitiva.

Por outro lado, o mesmo comunicado informa que a "exclusão" será "sem efeito" (cancelada), caso a totalidade dos débitos seja "regularizada" no prazo de 30 (trinta) dias, contados da ciência da notificação. A regularização pode ser feita de duas formas:

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a) através do "pagamento da totalidade dos débitos", dentro de 30 dias; oub) através do "parcelamento da totalidade dos débitos", dentro de 30 dias, pois o acordo de parcelamento suspende a cobrança (suspende a exigibilidade do crédito tributário).

“A Confirp recomenda para as empresas do Simples Nacional que possuam débitos tributários (na Receita Federal, Estados ou Municípios), que procurem regularizar os débitos o mais breve possível, mesmo sem ser notificado, mediante o pagamento integral ou o parcelamento integral, para evitar a exclusão do regime a partir de janeiro do ano seguinte”, explica Domingos.

Consolidação dos débitos de Simples Nacional parcelados na RFB20:30

03/10 - Secretaria-Executiva do Comitê Gestor do Simples Nacional

Informamos que os débitos de Simples Nacional, parcelados no âmbito da Receita Federal do Brasil (RFB), estão em fase final de consolidação.

O serviço “Emissão de DAS Parcela Mínima” não está mais disponível. Durante o mês de outubro/2014 não será exigido o pagamento de parcela mínima.

No portal e-CAC, o serviço “Parcelamento de Débitos do Simples Nacional”, utilizado para registrar o pedido de parcelamento, continuará disponível até o dia 30/10/2014.

Juntamente com a consolidação, será implantado novo aplicativo de parcelamento, que estará disponível a partir de 03/11/2014.

O novo aplicativo permitirá a solicitação de parcelamento de débitos de Simples Nacional, a emissão do DAS da parcela, o acompanhamento e a desistência do pedido de parcelamento.

A partir de novembro, os contribuintes que possuem pedido de parcelamento deverão acessar o aplicativo “Parcelamento – Simples Nacional”, no portal do Simples Nacional, para a emissão do DAS da parcela.

Informações adicionais serão divulgadas ainda este mês.

Fazenda unifica certidão negativa de débitos

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Medida, que vale a partir de 20 de outubro, consta no 'Diário Oficial'. Atualmente, há 2 certidões: uma para o INSS e outra para demais tributos.Do G1, em Brasília

A Secretaria da Receita Federal informou nesta sexta-feira (3) que a partir de 20 de outubro as certidões que fazem prova da regularidade fiscal de todos os tributos federais, inclusive contribuições previdenciárias, tanto no âmbito da Receita Federal quanto no âmbito da Procuradoria da Fazenda Nacional, serão unificadas em um único documento.

A unificação das Certidões Negativas está prevista na portaria 358, de 5 de setembro de 2014, informou o Fisco. Atualmente, o contribuinte que precisa provar sua regularidade para com o fisco deve apresentar duas certidões: uma relativa às contribuições previdenciárias, conhecida como certidão do INSS ou certidão previdenciária, e outra relativa aos demais tributos.

Com a unificação, o contribuinte poderá obter o documento que atesta sua situação fiscal perante a Fazenda Nacional, o que simplifica o procedimento para o contribuinte e diminui o custo da máquina administrativa; com apenas um acesso.

"Na impossibilidade de emissão de certidão por meio da internet, o contribuinte poderá consultar suas pendências no próprio e-CAC, no sítio da Receita Federal, sem a necessidade de se dirigir a uma unidade", informou o Fisco.

O órgão informou que, no e-Cac, estarão disponíveis dois serviços: Situação Fiscal e Situação Fiscal-Relatório Complementar, que poderão ser acessados por código de acesso ou por certificado digital, ou seja, de casa mesmo o contribuinte terá acesso às suas informações. "Uma vez regularizada eventuais pendências, a certidão será obtida na própria internet", acrescentou.

De acordo com a Receita Federal, não haverá mais a vedação para tirar uma certidão antes de 90 dias do término da validade de uma anterior, como existia na certidão das contribuições previdenciárias: uma nova certidão poderá ser emitida a qualquer momento.

Os contribuintes com parcelamentos previdenciários em dia poderão obter a certidão positiva com efeitos de negativa pela internet (atualmente quem tem parcelamento previdenciário, mesmo que regular, tem de comparecer a uma unidade da Receita para solicita a certidão), ainda de acordo com o Fisco.

Segundo o órgão, algumas outras situações que levavam o contribuinte para as unidades da Receita também foram resolvidas de forma que o contribuinte possa ter a certidão pela internet. Além disso, a certidão unificada deixa de ter finalidade específica, ou seja, uma vez obtida a certidão, ela vale para fazer prova de regularidade junto à Fazenda Nacional para quaisquer fins.

"As pessoas jurídicas que possuem muitos estabelecimentos poderão ter a emissão da nova Certidão no momento da solicitação pela Internet (para esses contribuintes a emissão da certidão previdenciária só ocorria no dia posterior ao pedido)", informou o governo.

A emissão de Certidão de Regularidade Fiscal do Imóvel Rural e de Obras não sofreram quaisquer alterações, acrescentou o Fisco.

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Contratos devem atender às novas obrigações e evitar riscosMarcio Minoru Garcia Takeuchi, alerta que os escritórios de Contabilidade devem adaptar seus contratos de prestação de serviços para atender às novas necessidades, oriundas das mudanças pelas quais a Contabilidade tem passado.

postado 26/09/2014 16:11 - 3369 acessos

Contador, advogado e especialista em Direito Tributário, o presidente pelo segundo mandato do Sindicato dos Contabilistas de Ribeirão Preto e Região – Sicorp, Marcio Minoru Garcia Takeuchi, alerta que os escritórios de Contabilidade devem adaptar seus contratos de prestação de serviços para atender às novas necessidades, oriundas das mudanças pelas quais a Contabilidade tem passado.

“O que nós temos observado é que cada vez mais estão aumentando as obrigações assessórias que devemos cumprir. Com o crescimento dessas obrigações, aumenta também a necessidade de exatidão no repasse da informação, o que exigirá uma melhor comunicação entre o profissional da contabilidade e o seu cliente. O contrato de prestação de serviço precisa acompanhar essa evolução, porque tem aumentado a responsabilidade do contabilista em relação ao que ele presta ao Fisco, o que observamos com o Sped ou com a escrituração fiscal digital, onde, se você manda o dado incompleto ou com erro, está sujeito a multa”, afirmou o renomado profissional, que também é coordenador geral do Centro de Estudos e Debates Fisco Contábeis da Casa do Contabilista de Ribeirão Preto, secretário geral do Grupo do Interior, e Presidente do Conselho de Administração do Observatório Social de Ribeirão Preto – OSRP.

Minoru explica que, se não houver a previsão especificada em contrato do cumprimento das novas obrigações, ou até mesmo das obrigações acessórias já existentes, elas dificilmente poderão ser cobradas à parte e o contabilista não vai conseguir receber por essas novas demandas, que além do custo extra, podem ocasionar a perda do cliente.

Dedução: Os escritórios precisam ficar atentos à elaboração dos contratos para os novos clientes e quanto aos antigos?

Com relação ao cliente antigo, é uma obrigação do profissional já ter o contrato. Muitos escritórios ainda não os utilizam, e percebo que muitas pessoas têm receio de perder o cliente caso exija o pagamento referente às novas obrigações e riscos. A Resolução CFC nº 1.457/13, que altera a Resolução CFC nº 987/03, dispõe sobre a obrigatoriedade do contrato de prestação de serviços, que é o que fornece garantia a ambas as partes.

Dedução: O contador consegue dimensionar o quanto essas obrigação exigirão dele?

Acredito que os profissionais da contabilidade que participam de palestras e cursos sobre as novas obrigações acessórias têm uma noção melhor acerca do crescimento da quantidade de informações exigidas. No entanto, apenas 30% dos contadores buscam essa atualização. Os demais alegam falta de tempo para não buscar esses dados. O que percebo é que o Fisco transfere aos poucos para o contabilista o trabalho especificar as informações de interesse e de entregar na forma eletrônica, acarretando em mais custo ao profissional da contabilidade, porque quando exige tantos detalhes, faz com que o contador mude todo o seu sistema para atender o órgão governamental. O custo do desenvolvimento desse novo sistema é repassado para área privada, o contabilista e o empresário acabam pagando por isso. Cada vez mais, o Fisco vem colocando isso como rotina.

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Dedução: Como o contador deve proceder em relação a essas novas responsabilidades?

O contador sempre deve se atualizar e atender da melhor forma possível os seus clientes, conhecendo o funcionamento dos sistemas para minimizar os riscos. Por outro lado, é importante que as entidades se unam com objetivos de apresentar propostas ao Legislativo acerca dessas demandas. Para o governo, é muito fácil simplesmente criar obrigações e jogá-las aos contabilistas.

No caso do eSocial, o próprio governo está tendo problemas com o desenvolvimento do sistema. Por outro lado, possibilitou uma maior participação dos contabilistas nas discussões com o governo. Precisamos de uma contra partida, com a diminuição de outras normas repetitivas.

Dedução: A classe deveria exigir uma mudança de paradigma?

É preciso sim que haja uma mudança. O governo exige que os empresários e contabilistas passem essas informações em um número cada vez maior, e dentro do prazo, sob a pena de multa em caso de atraso ou correção. Mas por outro lado, os órgãos responsáveis por essas novas obrigações também não estão totalmente prontos para fornecer o suporte necessário, principalmente em razão do curto espaço de tempo que a norma entre em vigor. Não há tempo hábil para capacitar todos os profissionais (da área pública e privada) em grande quantidade de casos.

Um exemplo do problema foi o parcelamento especial chamado Refis da Copa, que ocorreu entre primeiro a 25 de agosto, porém a regulamentação dele saiu somente após o dia 10 de agosto, restando apenas 15 dias para o contador entender como funcionava o programa e fazer a melhor opção. É um prazo muito curto para algo de tamanha relevância.

Dedução: Como você analisa a rigidez do governo no sentido de cobrar o cumprimentos das exigências fiscais?

O governo é bom para cobrar e exigir as obrigações assessórias e tributos, mas para prestar informações necessárias ele deixa muito a desejar. No entanto, isso não é regra geral, pois temos observado em Ribeirão Preto é que o delegado regional tem uma posição muito inovadora, criando uma aproximação com os contabilistas para discutir essa relação entre Contribuintes, Contabilistas e Fisco.

CarreiraMinoru nasceu em Ribeirão Preto, onde se formou em Direito e Ciências Contábeis, por indicação do seu pai. “Ele me disse que a Contabilidade caminha junto com o Direito e era indispensável para todas as empresas. Estudá-los seria uma forma de assegurar meu futuro e hoje vejo que ele estava certo. Eu gosto da relação que as duas possuem de forma a possibilitar um melhor planejamento”.

O presidente do Sicorp foi eleito destaque Dirigente Sindical de 2012 pela Federação dos Contabilistas de São Paulo.

Ao se formar, o paulista começou a participar das atividades da Casa do Contabilista, onde atuou como diretor jurídico. Trabalhou também com o Sebrae-SP como consultor na Unidade de Políticas Públicas, migrando posteriormente para o Sebrae Nacional, trabalhando na área de desburocratização.

“Eu nunca pretendi ser presidente do Sindicato, mas assumi após os dois candidatos da época em que fui eleito ficarem impossibilitados de assumir o cargo. O presidente da época (José Pires Roberto), a quem agradeço muito, me disse que eu era a pessoa certa para a função, por ter relacionamento com as entidades de classe. Relutei, mas não teve jeito. Eu aprendi muitas coisas, recebemos muitas críticas, mas é importante comunicar o que vem sendo feito e como essas ações valorizam o profissional da contabilidade. Nós temos trabalhado com os órgãos relacionados aos contabilistas e procuramos ter uma

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relação muito próxima para, caso haja problemas nessa rotina, possamos melhorar o mais rápido possível.”

Por Lenilde De León

Fonte: Revista Dedução

Não incide ICMS sobre importação por leasing, reafirma STFPublicado em 2 de outubro de 2014 por Marina Antunes

O plenário do Supremo Tribunal Federal reafirmou, nesta quarta-feira (1º/10), que não incide ICMS sobre operação de importação feita por meio de arrendamento mercantil. A corte assentou a questão em setembro, em Recurso Extraordinário que teve repercussão geral reconhecida.

Dessa vez, a corte rejeitou outro Recurso Extraordinário, ajuizado pelo estado de São Paulo contra decisão do Tribunal de Justiça paulista que favoreceu a empresa Caiuá Serviços de Eletricidade.

Ao apresentar voto-vista na sessão desta quarta, o ministro Teori Zavascki negou provimento ao recurso, contrariando entendimento adotado no julgamento da repercussão geral. Na ocasião, ele entendeu que o fato gerador do tributo se configura com a entrada do bem importado no Brasil, não importando a natureza do contrato celebrado no exterior.

O ministro Marco Aurélio, que também negou provimento ao recurso, relembrou que “não cabe cogitar no arrendamento mercantil da incidência de um tributo que é próprio à circulação de mercadoria qualificada pela compra e venda, como é o ICMS”. A decisão foi por maioria de votos, vencida a relatora, ministra Ellen Gracie (aposentada). Com informações da assessoria de imprensa do STF.

RE 226.899

Fonte: Conjur

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ISS também deve ser excluído da base de cálculo do PIS e da CofinsPublicado em 2 de outubro de 2014 por Marina Antunes

Por André Felipe Batista dos Santos

Tem-se noticiado sobre a possibilidade do retorno do julgamento no Supremo Tribunal Federal da famigerada matéria que discute a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins, embate antigo entre Fisco e Contribuintes.

Trataremos aqui de discussão análoga, mas que da mesma forma interfere no aspecto quantitativo das mencionadas contribuições: a inclusão ou não do ISS.

É de sabença geral que a base de cálculo das contribuições sociais em questão é o valor do faturamento mensal da pessoa jurídica, entendido este como o total das receitas auferidas. Assim, como de outra forma não poderia ser, para serem tributáveis, as receitas devem ingressar efetivamente ao patrimônio da empresa.

No caso da exclusão do ICMS, mesmo que ainda não concluído seu julgamento, o ministro relator Marco Aurélio já proferiu seu voto e ressaltou que o conceito de faturamento diz respeito à quantia que ingressa nos cofres de quem procede a venda de mercadorias ou prestação de serviços.

Desse modo, no entendimento do ministro, os valores pagos a título de ICMS revelam-se, obviamente, como um desembolso a fim de beneficiar os Estados e Distrito Federal e, assim, é ônus fiscal do contribuinte, não se enquadrando naquilo que estabelece a Constituição da República (artigo 195, inciso I, alínea “b”), a qual determina que as contribuições em tela devem gravar a receita ou faturamento da pessoa jurídica.

O voto do ministro relator já pode nos levar ao seguinte raciocínio equivalente: a também não inclusão do ISS na base de cálculo do PIS e da Cofins.

Sendo o ISS tributo municipal, conclui-se logicamente que ele é receita dos municípios e, consequentemente, jamais das empresas que o recolhem.

Partindo disso, podemos entender que, repita-se, sendo o ISS produto municipal diverso do faturamento dos contribuintes do PIS/Cofins, não se pode admitir a sua inclusão na base de cálculo destas contribuições, sob pena de violação ao dispositivo da Constituição da República.

No âmbito do Tribunal Regional Federal 1ª Região, já se colhem entendimentos lineares com o presente. Nesses precedentes selecionados, manifestou-se o TRF o juízo segundo o qual os valores de ISS e ICMS encontram-se embutidos nos preços dos produtos ou serviços exercidos pelos contribuintes, caracterizando-se, portanto, como despesas e não receita ou faturamento. São exemplos desses julgados os acórdãos proferidos na Apelação Cível 0002108-62.2013.4.01.3304/BA (publicado em 29/8/2014), na Apelação em Mandado de Segurança 0007990-11.2009.4.01.3800/MG (publicado em 29/8/214) e na Apelação Cível 0005882-79.2008.4.01.3400/DF (publicado em 16/5/2014).

Com isso, utilizá-los na base de cálculo do PIS e da Cofins, de acordo com estes acórdãos, é flagrante distorção dos conceitos de faturamento e receita bruta e, assim, excluí-los da base de cálculo destas contribuições é medida que se impõe.

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Apesar das mais hodiernas manifestações do TRF 1ª Região irem de encontro com a tese defendida pelos contribuintes há tempos, a discussão da inclusão ou não do ISS na base de cálculo do PIS/Cofins ainda encontra-se em aberto, de modo que, como todos sabem,podem tomar rumos ainda incertos.

Fonte: Conjur

O que é EBITDA ? 29 de setembro de 2014 07:57

O que é EBITDA ?

O EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization) também conhecido como LAJIDA (Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) é uma demonstração, não obrigatória, que visa apresentar a “saúde” da operação de uma empresa, sem impactos, principalmente dos efeitos financeiros, que afetam o resultado desta entidade possibilitando avaliar e clarificar a capacidade de geração de caixa da entidade. O EBITDA pode ser um balizador na medição da eficiência de um segmento, por exemplo.

Esta eficiência não era um cenário tão claro quando voltamos em uma época onde uma economia estável era um sonho distante no cenário brasileiro. Após a estabilidade da nossa moeda, o lucro das empresas passaram a ser convertidos ao Dolár para facilitar a análise, mas com uma crise, como a de 1999 onde houve uma alta da moeda americana, os níveis de lucro das empresas caíram drasticamente então a partir deste momento, o EBITDA passou a ser mais indicado para avaliar a capacidade de geração de caixa de uma empresa.

Esta demonstração hoje em dia é muito utilizada no movimentado mercado de fusões e aquisições, onde muito se lê em jornais e revistas sobre transações que foram precificadas sobre múltiplos de EBITDA, ou ainda, comentários sobre a margem de EBITDA em algum segmento específico.

Indo mais a fundo sobre como se obter o EBITDA, quando retiramos do lucro os juros financeiros e o imposto de renda, deve-se entender que estamos vendo a Empresa em um cenário sem os efeitos externos, seja por alavancagens tomadas, ou por ganhos oriundos de efeitos externos (variação cambial positiva, por exemplo). Tais juros gerados sobre empréstimos ou atrasos de pagamentos ou recebimentos as quais independem da operação da Empresa, mesmo que esta tenha obtido recursos através de alavancagens com terceiros.

Quanto ao Imposto de Renda e Contribuição Social, quando retiramos o efeito dos tributos sobre o lucro deixamos exposto o lucro sem a “retirada” do “sócio compulsório”, se assim podemos apelidar o governo. O imposto de renda e a contribuição social, são calculados em virtude da renda e não da operação da Empresa.

Adicionalmente para se chegar no indicador, são retirados do lucro líquido o efeito da depreciação e amortização auferidas respectivamente sobre o ativo imobilizado e intangível, pois tratam-se de lançamentos contábeis que não afetam caixa.

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Desta forma, o EBITDA mostra qual o potencial que a operação da Empresa tem de gerar caixa, ou seja, em uma Empresa que produz canetas, o EBITDA mostrará o quanto de caixa a operação de produzir, pagar os salários e encargos aos funcionários, pagar os tributos inerentes as compras de matéria-prima e posteriormente venda de canetas, gerará.

Artigo escrito pelo Gerente Contábil e especialista em Due Diligence Wiliam Bezerra.

Consultor Tributário Lucas Marques da Silva

CAE deve votar solução para guerra fiscal no dia 7 de outubro 26 de setembro de 2014 08:58

Vice-presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, o senador Luiz Henrique informou à Agência Senado que vai colocar em votação, no próximo dia 7, o projeto que oferece uma possível saída para a guerra fiscal (PLS 130/2014). Segundo ele, o maior obstáculo à proposta, a resistência da base governista, parece superada com declaração da presidente Dilma Rousseff, dada esta semana em Santa Catarina, a favor da votação.

Outro fator que pode acelerar a decisão da CAE e do Plenário do Senado, disse o senador, é a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) colocar em pauta, em novembro, a Proposta de Súmula Vinculante 69, que considera inconstitucionais os incentivos fiscais relativos ao ICMS concedidos sem prévia aprovação do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

O presidente da Comissão de Jurisprudência do STF, ministro Gilmar Mendes, manifestou-se em 8 de setembro pela “admissibilidade e conveniência” da edição da súmula. Conforme o magistrado, o verbete vinculante “espelha jurisprudência pacífica e atual” da Corte. Por fim, ele sugeriu sua inclusão na pauta do Plenário do STF.

Riscos

Com a edição da súmula vinculante, todos os órgãos do Poder Judiciário e a administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, ficariam obrigados a adotar essa jurisprudência consolidada do STF. Com isso, os incentivos fiscais cairiam automaticamente, sem necessidade de ação na Justiça com essa finalidade.

Para Luiz Henrique, seria a instauração de um verdadeiro caos jurídico e econômico, como demonstram as manifestações de empresas e entidades governamentais e de classe formalizadas no Supremo durante a discussão da proposta de súmula vinculante.

Ainda de acordo com o senador, os contribuintes poderiam ser obrigados a recolher os valores dispensados no passado e que, muitas vezes, foram empregados em empreendimentos financiados com os incentivos estaduais, ou repassados aos preços de produtos e serviços, reduzindo-os.

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– Grande parte das empresas não teria como pagar essa conta – acrescentou.

O parlamentar observou que projetos desenvolvidos em regiões distantes dos grandes centros consumidores com o auxílio de incentivos estaduais poderiam ser descontinuados, por falta de condições de competir com empresas estabelecidas em locais mais próximos ao mercado, em virtude dos maiores custos envolvidos.

Decisão

O texto que pode entrar na pauta no dia 7 é um substitutivo apresentado por Luiz Henrique e visa afastar o risco de inconstitucionalidade da proposta original, da senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), que previa a convalidação dos incentivos concedidos sem a unanimidade do Confaz.

A fórmula encontrada pelo relator transfere a decisão para os estados e reduz o quórum para deliberação do Confaz, hoje dependente da unanimidade dos 27 secretários estaduais de Fazenda. O convênio para a convalidação, de acordo com o texto, pode ser assinado com votos favoráveis de dois terços das unidades federadas e um representante do Sul, outro do Sudeste e um do Centro-Oeste, mais dois do Norte e três do Nordeste.

No substitutivo anterior, apresentado em 20 de maio, a exigência era de três quintos das unidades federadas e um terço dos estados integrantes de cada região.

Tanto no texto atual, como no anterior, a redução vale apenas para a convalidação de incentivos fiscais, a remissão (perdão) dos créditos tributários decorrentes da “guerra” entre os estados e a eventual reinstituição dos benefícios.

Conforme o substitutivo de Luiz Henrique, a concessão de remissão pelo estado de origem da mercadoria afasta as sanções previstas na Lei Complementar 24/1975. Entre elas, a ineficácia do crédito fiscal atribuído ao estabelecimento recebedor do produto.

viaCAE deve votar solução para guerra fiscal no dia 7 de outubro — Senado Federal – Portal de Notícias.

Sócio minoritário não manda, mas pode consignar contrariedade para se defender 29 de setembro de 2014 08:19

A 2ª Câmara de Direito Comercial do Tribunal de Justiça, em apelação sob a relatoria do desembargador Robson Luz Varella, manteve decisão da comarca de Pomerode que negou embargos à execução manejados por sócio minoritário de uma empresa daquela região, às voltas com credores por conta de dívida superior a R$ 180 mil.

Justamente pela condição de minoritário, o comerciante não admitia ser responsabilizado por uma série de atos que culminaram na aplicação da tese da desconsideração de personalidade jurídica contra os donos da empresa. Alegou ainda, em preliminar, que já havia deixado o corpo dirigente ao tempo da discussão

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travada nos autos. O desembargador Robson Varella, contudo, ao compulsar os autos, rechaçou tais argumentações.

No mérito, inclusive, esclareceu que, mesmo sem poder maior nas deliberações da empresa, cabia ao sócio minoritário consignar de alguma forma sua contrariedade às decisões que se tomavam naquele período. Não há qualquer prova neste sentido em todo o processo. Segundo o relator, as informações dão conta do encerramento irregular de sociedade empresarial, sem liquidação de passivo para prejudicar seus credores.

“(Um) artifício malicioso com o intuito de prejudicar terceiros”, anotou. Em determinado tempo, a empresa passou por alterações contratuais e mudanças de nome, razão social e ramo de atividade. Neste ínterim, entretanto, houve também migração de bens entre as sociedades, integradas pelos mesmos sócios. A decisão foi unânime (Apelação Cível n. 2011.045935-5).

viaSócio minoritário não manda, mas pode consignar contrariedade para se defender – Visualizar – Sala de Imprensa.

Nova regra global vai vigorar em 2017 29 de setembro de 2014 08:48

A partir de 1º de janeiro de 2017 entra em vigor, no Brasil, uma nova regra global para o reconhecimento de receitas. Divulgadas conjuntamente pelo International Accounting Standards Board (Iasb) e o Financial Accounting Standards Board (Fasb) em 28 de maio, as novas exigências compõem o “IFRS 15 – Receita de contratos com Clientes”, que substitui a maior parte da orientação sobre o reconhecimento de receita existente em IFRS e U.S. GAAP, adotado nos EUA. Com relação ao Brasil, que pratica o IFRS desde 2010, o ganho da nova regra são as orientações mais detalhadas e a definição de conceitos. Esse detalhamento ajuda as empresas a definir o momento do reconhecimento de suas receitas.

O tema é complexo e as empresas estão na fase de entendimento da nova regra. Como a publicação do IFRS 15 tem gerado muitas dúvidas sobre seus efeitos práticos, o Iasb e o Fasb criaram um grupo de discussão, o Joint Transition Resource Group, que tem a participação do brasileiro Carl Douglas. A meta é garantir que a adoção da nova regra seja uniforme.

http://www.valor.com.br/empresas/3710758/nova-regra-global-vai-vigorar-em-2017

viaNova regra global vai vigorar em 2017 | IBRACON.

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Compensação de IR sobre serviços prestados fora do Brasil nas empresas que optam pelo lucro presumido – Solução de Divergência COSIT nº 8 1 de outubro de 2014 08:18

Amal Nasrallah

A Coordenação-Geral de Tributação – COSIT examinou a

representação de divergência entre a Solução de Consulta SRRF10/Disit nº 429, de 22 de dezembro de 2004 e a Solução de Consulta nº 159 –  SRRF09/Disit, de 12 de agosto de 2013, que tratam de forma divergente a compensação de imposto de renda sobre serviços prestados fora do Brasil nas empresas que optam pelo lucro presumido.

De fato, a Solução de Consulta nº 159/2013 decidiu que “a pessoa jurídica optante pelo lucro presumido pode deduzir do imposto de renda  apurado no Brasil o imposto incidente no exterior sobre a receita decorrente da  prestação de serviços efetuada diretamente”.

Por outro lado, a Solução de Consulta nº 429/2004 decidiu de forma diametralmente oposta, afirmando que  “a pessoa jurídica optante pelo lucro presumido não pode deduzir do imposto de  renda apurado o imposto incidente no exterior sobre as receitas decorrentes da prestação  de serviços efetuada diretamente, por falta de previsão legal”.

Para unificar o entendimento, a COSIT – Coordenação-Geral de Tributação analisou a legislação sobre o tema e as suas alterações. Trata-se do seguinte.

Tradicionalmente os lucros, rendimentos e ganhos de capital auferidos pelas pessoas jurídicas domiciliadas no país, provenientes do exterior não eram tributados tendo em vista a adoção pelo Brasil do princípio da territorialidade.

Contudo, a partir de 1º de janeiro de 1996, com o início da vigência da Lei nº 9.249/95, o país passou a adotar o princípio da universalidade da tributação. O referido princípio, também denominado de Base Global, Princípio da Renda Mundial ou ainda “World-Wide Income” – é aquele segundo o qual toda renda passa a ser tributada, ou seja, a universalidade dos lucros, rendimentos e ganhos de capital auferidos nos mercados doméstico e exterior, por pessoas jurídicas domiciliadas no país.

Em outras palavras, todas as rendas obtidas por pessoas jurídicas sediadas nos países que adotam a base global, mesmo aquelas obtidas fora do território nacional, encontram-se dentro do âmbito da incidência do imposto de renda.

Pois bem, considerando a adoção pelo Brasil do princípio da universalidade da tributação, sobreveio a Lei 9.249/96 autorizando às pessoas jurídicas optantes do lucro real a compensação do imposto de renda incidente, no exterior, sobre os lucros, rendimentos e ganhos de capital computados no lucro real, até o limite do imposto de renda incidente, no Brasil.

Logo após, foi publicada a Lei nº 9.430/96 autorizando as empresas optantes do lucro real a realizarem a compensação em relação às receitas auferidas de fonte no exterior decorrente da prestação de serviços.

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Em verdade, as pessoas jurídicas que tivessem imposto de renda incidente, no exterior, não eram obrigadas a adotar o lucro real, no entanto, se quisessem compensar o imposto pago fora do país deveriam optar pelo lucro real.

Com a edição da Lei nº 9.718/98, passou a se obrigar as pessoas jurídicas com lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior a adotar o lucro real.

Considerando este histórico legislativo, a solução de divergência COSIT concluiu que deve prevalecer o entendimento de que a pessoa jurídica que presta serviços no exterior e que seja optante do lucro presumido não pode compensar o imposto de renda pago fora do país.

No entanto, a Cosit reconheceu que o art. 98 do Código Tributário Nacional estabelece a superioridade dos tratados face a legislação tributária do país.

Em vista disso concluiu “que a pessoa jurídica que exercer a opção pelo regime de tributação com base no lucro presumido e prestar serviço diretamente no exterior não poderá compensar imposto pago no país de domicílio da pessoa física ou jurídica contratante por falta de previsão legal, exceto se houver acordo ou convenção para evitar a dupla tributação entre o Brasil e o referido país que determine a compensação em um estado contratante do imposto pago no outro estado contratante como método para eliminar a dupla tributação, sem que se exija um regime de tributação específico. Na hipótese de ser permitida a compensação, esta ocorrerá nos termos do referido acordo ou convenção para evitar a dupla tributação”.

Em outras palavras, segundo a Solução de Divergência COSIT nº 8/2014, as empresas optantes do lucro presumido que prestarem serviço no exterior poderão compensar o imposto de renda pago fora do país se houver acordo ou convenção para evitar a dupla tributação entre o Brasil e o país onde o serviço foi prestado, que permita a compensação do imposto de renda pago.

viaCompensação de IR sobre serviços prestados fora do Brasil nas empresas que optam pelo lucro presumido – Solução de Divergência COSIT nº 8 | Tributário nos Bastidores.

Mudança nas notas explicativas vai tornar balanços mais acessíveis 1 de outubro de 2014 08:11

Por Alessandra Taraborelli

A Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) está alinhando com as empresas de capital aberto, auditores independentes e representantes do mercado de capitais mudanças na divulgação das normas explicativas nos balanços financeiros. O objetivo é tornar a publicação de mais fácil compreensão para o investidor, sem perda de informações relevantes. As alterações serão submetidas à aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que a divulgue uma orientação para que as empresas adotem o novo modelo. Até o final da semana as companhias abertas e os auditores independentes começam a receber a nova versão e a meta é que esteja totalmente pronta para ser usada na divulgação de resultados de 2014.

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De acordo com o presidente da Abrasca, Antonio Castro, as notas explicativas dos balanços publicados no Brasil são muito extensas e acabam trazendo informações não prioritárias para o investidor. “Para as empresas, do ponto de vista de gestão, às vezes é importante, mas para o investidor, não”, diz. Segundo Castro, um grupo de trabalho, coordenado pela Comissão de Normas Contábeis (Canc) da Abrasca, junto com várias empresas, pegou balanços que foram divulgados em 2013 e estudou quais notas poderiam ser extintas, reduzidas ou aumentadas. “Existem balanços que 50% são notas explicativas e tem coisas que não são prioritárias”, diz.

Com o projeto pronto, a Abrasca irá submeter à aprovação de analistas, representados na Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais (Apimec), e de auditores independentes. “Eles irão dar um feedback do que estão achando do trabalho. Uma empresa pode achar que o relevante é um conjunto de informações e os auditores podem achar que não precisa daquela informação. Por isso, vamos submeter o resumo para todos os envolvidos no tema”, explica.

Segundo Castro, após essa etapa, o trabalho será submetido ao Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que reúne representantes da Abrasca, da Apimec, do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), da BM&FBovespa e da FipeCafi, e posteriormente encaminhando à CVM. “Nosso objetivo é que esteja tudo pronto para quando as empresas forem divulgar os resultados de 2014. É um projeto ambicioso e complexo e de alta relevância,”, afirma Castro, ressaltando, no entanto, que isso não será uma lei e, sim, uma orientação para as empresas adotarem o novo modelo.

“É necessário que tudo seja feito com prazo viável para que as companhias possam incorporar a mudança. O objetivo é que esteja pronto em dezembro, mas se for no começo de janeiro, também não faz diferença, ainda dá tempo. A partir do momento que a CVM aprova, ela dá a orientação para as empresas. Não é uma obrigação, a CVM faz coisas que são obrigatórias e coisas que são no sentido de orientação”, explica.

Castro ressalta que não há necessidade de ser uma mudança obrigatória, pois as empresas buscam se adequar as regras e orientações que são sugeridas. Ele lembra que, quando saiu o marco legal para adoção da norma International Financial Reporting Standards (IFRS) como padrão de divulgação das demonstrações financeiras consolidadas, algumas empresas se adaptaram no primeiro ano e outras foram se adequando ao longo do período estabelecido.

“Obrigatoriedade não é uma ideia interessante, interessante é que se melhore a qualidade, então a expressão orientação é a melhor”.

Castro ressalta que as empresas estão sempre procurando melhorar a comunicação com seus interlocutores. Ele cita o exemplo do formulário de referência, outra publicação extensa, que as companhias estão trabalhando no sentido de compactar. “O importante é ter cada vez mais foco na informação. As empresas já estão trabalhando para melhorar e reduzir o formulário”, explica.

Fonte: Jornal Brasil Econômico-15/09/2014

viaMudança nas notas explicativas vai tornar balanços mais acessíveis | IBRACON.

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NFe do Brasil lança o Nota GrátisA NFe do Brasil, empresa brasileira especializada em inteligência fiscal eletrônica, anuncia o Nota Grátis, produto que permite a emissão de notas fiscais eletrônicas gratuitamente pela internet. Disponível para empresas de todos os portes a partir do dia 30/09, o serviço está alinhado às regras da Secretaria da Fazenda e é totalmente administrado pela computação em nuvem, o que facilita o gerenciamento e armazenamento dos documentos. 

“As crescentes fiscalizações e exigências governamentais demandam um rigor fiscal e tributário cada vez maior por parte das corporações. Por isso, elas precisam estar preparadas e atentas para evitar falhas, fraudes e extravios. Com o Nota Grátis, a empresa pode visualizar e gerenciar suas notas fiscais de qualquer computador com acesso à internet, anulando o risco de perda dos documentos. Além disso, o sistema permite a emissão de notas por mais de uma pessoa ao mesmo tempo, de forma sincronizada e simples, sem causar transtornos com a sequência dos números de identificação dos documentos emitidos”, explica Marco Antônio Zanini, diretor da NFe do Brasil.

Outras vantagens do serviço incluem um sistema de gestão e busca por critérios, como CNPJ, data e número da nota, e o armazenamento em banco de dados, que será feito de forma gratuita pelos primeiros 30 dias de utilização do sistema. Após esse período, o cliente tem a opção de contratar os serviços de gestão fiscal da NFe do Brasil com um pagamento anual de 20 centavos por nota.

Atualmente, três mil clientes já emitem notas fiscais eletrônicas pelos serviços da NFe do Brasil. A expectativa é de que cerca de 15 mil empresas se cadastrem no Nota Grátis até o próximo ano. “Com esta nova oferta, passamos a oferecer a automação fiscal mais completa do mercado. Ter um portfólio robusto de produtos e serviços integrados faz parte da estratégia da NFe do Brasil de se tornar uma empresa líder no mercado brasileiro de solução de inteligência fiscal eletrônica na plataforma cloud”, afirma Zanini.

Para utilizar o serviço, a empresa deve se cadastrar no portal www.notagratis.com.br. O acesso ao sistema é feito por meio de uma assinatura digital. Até o primeiro trimestre de 2015, a NFe do Brasil também disponibilizará o serviço na plataforma mobile para os sistemas Android e iOS.

Sócio pode ser cobrado por firma fechada irregularmenteDa redação

São Paulo - A dissolução irregular da pessoa jurídica é motivo suficiente para redirecionar contra o sócio diretor da empresa a execução fiscal de dívida ativa de natureza não tributária. A decisão é da Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao julgar recurso.

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De acordo com nota à imprensa, o recurso interposto contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) foi julgado nos termos do artigo 543-C do Código de Processo Civil. Processado como repetitivo, serve como paradigma para múltiplos recursos que tratam do mesmo tema na Justiça. Por unanimidade, a Seção entendeu que, em casos de dissolução irregular da sociedade, é possível a responsabilização do então sócio representante ou gestor da empresa.

No caso analisado, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) ajuizou execução fiscal para cobrar multa. Diante do fim da empresa, a Anatel solicitou o redirecionamento da execução para o sócio gestor à época da dissolução irregular.

Em nota, o STJ esclarece que, em primeira instância, o juiz indeferiu o pedido de redirecionamento. O TRF4 confirmou esse entendimento com a alegação de que, para responsabilizar os sócios pelo não pagamento do crédito inscrito, deve haver prova de que eles tenham tirado proveito da situação. A Anatel recorreu ao STJ sustentando que a existência de indícios de encerramento irregular das atividades da empresa executada, por si só, autoriza o redirecionamento da execução na pessoa do sócio, conforme decisões já proferidas anteriormente pela Corte.

O STJ já havia analisado o tema em relação à execução fiscal de dívida ativa de natureza tributária. De acordo com a Súmula 435, "presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio gerente". No dia 10 de setembro, a Seção analisou a execução fiscal em relação à cobrança de dívida ativa não tributária.

O relator do recurso, ministro Mauro Campbell Marques, afirmou que não é possível admitir que um mesmo fato jurídico seja considerado ilícito apto a permitir o redirecionamento da execução no caso de débito tributário e, ao mesmo tempo, não reconhecer que o seja também para a execução de débito não tributário.

Cuidados com fraudes contábeis !A fraude resulta da aplicação de inteligência (planejamento, organização, administração e execução) para cometer ato ilícito, reprovado pelas leis, pela moral e pela ética.

A fraude resulta da aplicação de inteligência (planejamento, organização, administração e execução) para cometer ato ilícito, reprovado pelas leis, pela moral e pela ética.

Logo, entende-se como tal o ato ou omissão decorrente da intenção planejada para omitir a verdade e, através da mentira, prejudicar o outro ou, então, leva-lo a errar.

Além do sentido de contravenção à lei, notadamente a fiscal, possui o significado de contrafação, isto é: clonagem de documentos, falsificação de qualquer artigo, marca e de dinheiro, adulteração de documentos e alteração indevida de uma coisa por outra, ou seja, tentar convencer alguém de que algo é verdadeiro ou provado quando, de fato, não o é.

É o ato lesivo aos interesses de outrem cometido com a intenção premeditada de causar mal ou prejuízo. IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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As fraudes administrativas, quanto à contabilidade, podem ocorrer de forma a buscar lesões ao erário (redução de forma ilícita de tributo devido), aos sócios (manipulação de resultados), fornecedores e bancos (balanços adulterados) e outros interessados direta ou indiretamente nas demonstrações contábeis (como auditores independentes, órgãos de regulação – BACEN, CVM, trabalhadores que recebem bônus por Participações nos Resultados, etc.).

De qualquer forma, há responsabilidade do contabilista e do administrador que assinam o balanço, bem como o auditor que o certifica, mesmo que venham alegar desconhecimento da prática dentro da organização.

Desta maneira, sugere-se que, preventivamente, as organizações, administradores e profissionais envolvidos com a contabilidade busquem práticas gerenciais regulares, coerentes e eficazes contra as fraudes, erros e incorreções, dentre elas:

- auditoria interna;

- controles internos;

- análises estatísticas para detectar desvios;

- conciliações periódicas de contas relevantes, como clientes, fornecedores, empréstimos bancários, aplicações financeiras, entre outras.

Link: http://boletimcontabil.wordpress.com/2014/10/01/cuidados-com-fraudes-contabeis/

Solução de Consulta Cosit nº 257, de 26 de setembro de 2014

(Publicado(a) no DOU de 02/10/2014, seção 1, pág. 30)

ASSUNTO: Obrigações Acessórias EMENTA: SISCOSERV. SERVIÇO DE TRANSPORTE DE CARGA 1) Prestador de serviço de transporte de carga é alguém que se obriga com quem quer enviar coisas (tomador do serviço) a transportá-las de um lugar para outro, entregando-as a quem foi indicado para recebê-las. A obrigação se evidencia pela emissão do conhecimento de carga. 2) O obrigado a transportar que não é operador de veículo deverá subcontratar alguém que efetivamente faça o transporte. Logo, simultaneamente, será prestador e tomador de serviço de transporte. 3) Quem age em nome do tomador ou do prestador de serviço de transporte não é, ele mesmo, prestador ou tomador de tal serviço. Mas é prestador ou tomador de serviços auxiliares conexos (que facilitam a cada interveniente cumprir suas obrigações relativas ao contrato de transporte) quando o faz em seu próprio nome. 4) Se tomador e prestador forem ambos residentes ou domiciliados no Brasil, não surge a obrigação de prestação de informações no Siscoserv. 5) O valor a informar pelo tomador de um dado serviço é o montante total transferido, creditado, empregado ou entregue ao prestador como pagamento pelos serviços prestados, incluídos os custos incorridos, necessários para a efetiva prestação. Já o prestador

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informará o montante total do pagamento recebido do tomador pelos serviços que prestou, incluídos os custos incorridos, necessários para a efetiva prestação. E ambos os casos, é irrelevante que tenha havido a discriminação das parcelas componentes, mesmo que se refiram a despesas que o prestador estaria apenas “repassando” ao tomador.6) Quando o tomador de serviço de transporte não puder discriminar do valor pago a parcela devida ao transportador daquela parcela atribuída ao representante ou ao intermediário por meio de quem foi efetuado o pagamento do serviço principal, o transporte deverá ser informado pelo valor total pago. 7) O conhecimento de carga é um documento admissível como comprovante do pagamento relativo ao serviço de transporte tomado diretamente de um transportador efetivo (daquele que, de fato, realiza o transporte) domiciliado no exterior. DISPOSITIVOS LEGAIS: §1º do art. 37 do Decreto-Lei nº 37, de 1966; arts. 730 e 744 do Código Civil; art. 25 da Lei nº 12.546, de 2011; Manuais do Siscoserv, 8ª edição, instituídos pela Portaria Conjunta RFB/SCS nº 1.895, de 2013; arts. 2º, II, e 3º da IN RFB 800, de 2007.

Regime Especial de Tributação – RET – Opção30/09/2014 Deixe um comentário

A Lei 10.931/2004 instituiu o Regime Especial de Tributação – RET aplicável às incorporações imobiliárias.

O RET tem caráter opcional e irretratável enquanto perdurarem direitos de crédito ou obrigações do incorporador junto aos adquirentes dos imóveis que compõem a incorporação.

A opção da incorporação imobiliária no RET será considerada efetivada quando atendidos os requisitos previstos no art. 2º da Lei 10.931/2004, e na Instrução Normativa da RFB vigente.

É possível a opção da incorporação imobiliária no RET, ainda que iniciada a obra, hipótese em que o recolhimento dos tributos, na forma do regime especial, deverá ser feito a partir do mês da opção.

Não existe previsão legal para opção retroativa pelo RET. Considerando que a opção pelo regime é irretratável enquanto perdurarem direitos de crédito ou obrigações do incorporador junto aos adquirentes dos imóveis da incorporação, o RET será adotado em relação às receitas recebidas após a efetivação da opção, referentes às unidades vendidas antes da conclusão da obra, as quais componham a incorporação afetada, mesmo que essas receitas sejam recebidas após a conclusão da obra ou a entrega do bem.

Não se sujeitam ao RET as receitas decorrentes das vendas de unidades imobiliárias realizadas após a conclusão da respectiva edificação.

Base: Solução de Consulta Cosit 244/2014.

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Dificuldade com Imposto Sobre Valor Agregado não é apenas do BrasilO IVA é restituído às empresas na maioria dos 65 países analisados pela KPMG. Mas só 40% o fazem de maneira eficiente

Patricia Büll [email protected]

São Paulo - O Brasil é um dos países com a maior carga tributária do mundo, mas oferece alguns mecanismos compensatórios. Um deles é a restituição para as empresas, em forma de crédito, do imposto sobre valor agregado (IVA). Mas essa não é uma exclusividade brasileira, assim como a dificuldade em receber o tributo. Pesquisa realizada pela KPMG com 65 países aponta que apenas 40% deles fazem o reembolso do IVA de forma eficiente, enquanto 15% sequer permitem o reembolso.

Além de avaliar a obtenção de reembolsos do IVA, o estudo também os classifica em quatro categorias: Eficiente; Pouco eficiente; Pode ser melhorado; e Limitado ou sem reembolso. O Brasil faz parte dos países que concedem o reembolso através da compensação ou a transferência do crédito acumulado, e nisso é considerado eficiente. Mas como ultrapassa 56 dias para o reembolso — prazo limite para que um país seja considerado eficiente pela pesquisa, foi classificado como “Pode melhorar”.

“Aqui no Brasil a questão é mais complexa do que em outros países, porque o IVA brasileiro é composto por quatro impostos de alíquotas de competência diferentes”, explica o sócio de Tributos da KPMG no Brasil Elson Bueno.

Os percentuais de cada um deles, diz Bueno, variam de acordo com a localidade onde são recolhidos: estadual, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS); ou federal, Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para Seguridade Social (Confins) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

“A Receita Federal fiscaliza de maneira muito detalhada o IVA, justamente por conta dessa particularidade de impostos que o compõem. Ocorre que não tem agentes suficientes para atender de forma rápida à demanda, que é muito grande. Isso torna o processo bastante moroso”, afirma Bueno. Segundo o executivo, em alguns casos pode levar meses até o crédito ser feito.

O levantamento avaliou ainda a possibilidade de concessão do reembolso para as empresas que não são domiciliadas no país de origem. Neste caso, 34% das nações processam os reembolsos do IVA de forma eficiente, ao passo que 29% não permitem tais reembolsos ou o fazem somente em determinadas circunstâncias.

De acordo com Bueno, os países considerados eficientes no reembolso têm uma tributação muito semelhante no conceito. Não por acaso, a pesquisa apontou que Europa, Oriente Médio e África processam os reembolsos do IVA de maneira mais eficiente, tanto para empresas domiciliadas localmente, como para aquelas que não são. Já nos países da Ásia-Pacífico e América Latina, o processamento é menos favorável.

O levantamento mostrou que há uma correlação geral entre a eficiência no pagamento de reembolsos e o nível geral de desenvolvimento econômico do país. “Mas não é uma regra, pois há países considerados desenvolvidos e que ainda assim podem melhorar o modelo de reembolso”, diz.

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Como exemplo ele cita países da União Europeia, como Itália, Portugal e Espanha, que estão enfrentando desafios fiscais e, por isso, têm dificuldades nos reembolsos. O mesmo ocorre com o resultado observado nos países que formam o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e Áfrical do Sul). Pela pesquisa, todos os países do bloco foram classificados como 3 (reembolsos podem ser melhorados) ou 4 (reembolsos são limitados ou sem reembolso concedido).

IRPJ e CSLL – Reintegra – Tributação30/09/2014 Deixe um comentário

O valor apurado pela empresa exportadora no REINTEGRA, objeto de ressarcimento em espécie ou de compensação com tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, constitui receita de subvenção para custeio ou operação, a qual integra o lucro sujeito à incidência do IRPJ e CSLL (Solução de Consulta COSIT 240/2014).

Entretanto, observe-se que este entendimento aplica-se ao REINTEGRA vigente até 31.12.2013, pois para o NOVO REINTEGRA (MP 651/2014 e Decreto 8.304/2014) cabe a não incidência do crédito na base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep, da Cofins, do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL (artigo § 6 do artigo 2º do Decreto 8.304/2014).

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ECF - PVA HOMOLOGAÇÃO - NOVA VERSÃO 0.06.002

Publicado por Jorge Campos em 29 setembro 2014 às 22:13 em e-ECF ( Escrituração Contabil Fiscal

Pessoal,

A RFB publicou uma nova versão da ECF:

Nova versão para testes do programa da Escrituração Contábil Fiscal...Foi publicada uma nova versão para testes do programa da Escrituração Contábil Fiscal (ECF) com a correção dos erros reportados da versão anterior.

Nessa versão é possível criar uma ECF, importar dados da ECD (Escrituração Contábil Digital) e testar os blocos de 0 a N.

Versão 0.06.002_beta da ECF

(Como a estrutura de dados foi alterada, escriturações antigas devem ser excluídas e importadas novamente)

- Atualização das tabelas dinâmicas.

- Correção do erro na Importação Bloco K.

- Emissão de erro no caso de conta referencial inexistente.

- Alteração do Número do telefone no registro 0030, com a exclusão do campo DDD.

Utilize o email [email protected] para reportar erros do programa da ECF.

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Grande parte dos erros na entrega dos Speds se dão pela falta de padronização21:00

03/10 - Magda Battiston e Elizete Schazmann para o Blog Contabilidade na TV

Segurança das informações para o mundo contábil pode estar no uso do código de barras

Um dos sinônimos dos tempos contemporâneos, o código de barras, faz parte da rotina de quem compra e vende em grandes lojas das metrópoles ou em pequenos mercados de cidades do interior. O código que veio para facilitar a vida dos empreendedores é utilizado na identificação de produtos e suas embalagens logísticas, porém há mais possibilidades entre as tradicionais barras pretas do que crê a maioria de nós.

Outra função importante do código, para a qual muitos administradores ainda não atentaram, é na administração de estoques e na geração de dados contábeis, além disso, existem inúmeras possibilidades para o futuro, como afirma o conselheiro do Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo, Mariano Amádio. Ao imaginar o que poderíamos criar para facilitar as informações de gestão e contabilidade, ele cita algumas ideias, como o código de barras indo direto para o sistema de ERP da empresa e abrindo uma série de possibilidades de leitura de dados que podem facilitar os lançamentos contábeis via integração de sistemas. “A leitura pode direcionar dados da mercadoria para um arquivo de receita, despesa, contas a pagar e mais alternativas, o que facilita o processo e vai ao sentido da desburocratização”, acrescenta Amádio.

O conselheiro também lembrou que, como hoje não existe obrigatoriedade na geração de dados através do código de barras o empresário só vai aderir à uma padronização se o estoque estiver necessitando de um melhor controle de administrativo. “Atualmente, para que esta atualização aconteça é preciso que o empresário esteja disposto a investir em tecnologia”.

O contador e diretor da M/Legate Soluções Empresariais, João Carlos Castilho Garcia, concorda que o principal uso do sistema de código de barras nas empresas para agilizar o processo contábil está na gestão de estoques. “Trata-se de um grande item para as empresas industriais e comerciais e sempre um grande problema para os escritórios contábeis.”

Ele acrescenta que, no estoque que trabalha com a gestão do código de barras a confiabilidade dos dados é muito maior e a agilidade nas informações para os escritórios contábeis ou para o setor de contabilidade que utiliza essas informações, é muito grande. “Isso tudo tem muito a evoluir e o prestador de serviços contábeis tem que acompanhar tal evolução.”

Caminho sem volta

Outro ponto importante levantado pelo Vice-presidentre de Administração e Finanças do CRCSP, Gildo Freire de Araújo, é que hoje a integração de dados é salutar e importante. “Tudo o que se possa utilizar com segurança para a transmissão de dados é um avanço, e o código de barras pode gerar a importação de dados de um documento sem um processo manual, com maior segurança e agilidade.”

Ele lembra que o sistema do fisco tanto nas esferas municipais, estaduais quanto federal, se utilizam muito de processos eletrônicos, e, é fundamental que o contador e as empresas tenham formas de acompanhar e

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atender tais demandas. Gildo acrescenta que o sistema de obrigações acessórias é de tal volume e tão repetitivo que, depender de qualquer processo manual gera dificuldade tanto no volume de trabalho quanto na questão da segurança na informação.

Para Gildo, neste contexto, uma padronização é importante para obter mais informações que cheguem de forma segura aos contadores. “Pelo nível de processamento que a Fazenda usa hoje e pelo grau de informação que exige dos empreendedores, ter um modelo de segurança como esse vai ser cada vez mais cobrado pelas Secretarias da Fazenda. É um caminho que não tem volta e que vai ser útil para todo e qualquer segmento” conclui.

O código de barras no setor público

A assessora de soluções de negócios da GS1 Brasil (Associação Brasileira de Automação), Karina Rocha, afirma que atualmente a utilização do código de barras padrão (GTIN / EAN-13) é voluntária e algumas empresas a realizam por exigência de mercado. Ela sugere que, uma vez detectada tal necessidade, qualquer setor ou categoria profissional que perceba o valor da identificação padronizada pode sugerir sua adesão junto aos órgãos competentes, já que qualquer obrigatoriedade neste sentido pode vir somente por parte do Governo.

Karina lembra ainda que o uso do código de barras padrão pode oferecer soluções não apenas para a iniciativa privada, mas para o setor público e que a adesão pode facilitar a sua administração. Ela dá o exemplo de prefeituras e municípios que são verdadeiros “compradores”, uma vez que há uma variedade e quantidade muito grande de materiais, que vão desde um alimento que será servido na merenda escolar até um computador, passando por medicamentos e materiais cirúrgicos que chegam até hospitais públicos. “Tudo precisa ser cadastrado partindo de fornecedores que usam padrões diferentes de identificação nos seus produtos. Uma padronização das identificações organizaria e tornaria mais ágil este trabalho, reduzindo os custos, melhorando processos administrativos e operacionais", analisa.

“Outra vantagem seria o melhor controle de estoque evitando a falta de produtos que, muitas vezes, obriga o órgão público a realizar compras de urgência,  de fornecedores que estão fora da licitação e cujo valor das mercadorias não estão negociadas, ou seja, com preço muito superior, gerando uma despesa que não estava planejada.”

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TRF da 4ª Região altera cálculo de contribuição previdenciáriaUma decisão inédita no Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, com sede em Porto Alegre, altera o recolhimento da Contribuição Previdenciária de uma Cooperativa Agroindustrial.

postado 01/10/2014 14:52 - 575 acessos

Uma cooperativa agroindustrial do Rio Grande do Sul conseguiu uma decisão considerada inédita no Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, com sede em Porto Alegre, para voltar a recolher contribuição previdenciária sobre a folha de salários pela alíquota de 20%. Desde janeiro de 2013, a cooperativa era obrigada por lei a pagar o tributo com base em sua receita bruta. Parte dos produtos industrializados pela cooperativa entraram no regime jurídico obrigatório de "desoneração da folha de salários".

Ao analisar o processo, o TRF entendeu que a intenção do governo federal ao realizar a alteração era estimular o crescimento da indústria nacional - segundo a exposição de motivos da Medida Provisória (MP) nº 582, de 2012, que alterou a Lei nº 12.546, de 2011. Com base nisso, os desembargadores permitiram que a cooperativa voltasse a recolher a contribuição previdenciária sobre a folha de salários.

O programa de desoneração da folha de salários foi benéfico para grande parte dos contribuintes. Porém, empresas com poucos funcionários ou que terceirizam parte de suas atividades e ainda pequenas prestadoras de serviço, com folha de pagamentos pequena e faturamento alto, foram prejudicadas pela medida. Na época, essas empresas pediram ao governo que a mudança na forma de recolhimento fosse facultativa. O pleito, porém, não foi atendido. Entre as principais prejudicadas estão as cooperativas, empresas das áreas de construção civil e de tecnologia da informação.

No processo, o advogado da cooperativa, Rafael Nichele, do escritório Cabanellos Schuh Advogados Associados, sustentou que os objetivos do governo federal de desonerar os contribuintes não foi alcançado no caso da cooperativa agroindustrial e que a empresa teve um aumento superior a R$ 220 mil por ano na carga tributária.

Como a cooperativa produz um mix de produtos derivados do leite e suínos, com a nova sistemática, passou a recolher sobre algumas mercadorias, presentes na lei, um percentual de 1% sobre sua receita bruta. Sobre os demais produtos, porém, permaneceu recolhendo 20% sobre a folha de salários. "Nessa decisão, a primeira que tenho conhecimento sobre o tema, o tribunal teve a sensibilidade de reconhecer que a lei gerou efeitos inversos ao que previa, no caso da cooperativa", afirma Nichele.

Além de ser um precedente importante, a decisão poderia ser usada em outras situações, de acordo com tributaristas. O raciocínio do TRF poderia ser aplicado a discussões judiciais nas quais for demonstrado de que a real intenção do legislador não foi levada em consideração. "Se o entendimento do TRF ganhar força, podemos ter vitórias em outros temas ao mostra que a intenção do legislador não foi aplicada ao caso", diz Nichele.

Ao analisar o processo, a primeira instância negou o pedido da cooperativa. Porém, os desembargadores da 2ª Turma do TRF da 4ª Região foram unânimes ao aceitar a argumentação do contribuinte. Da decisão, ainda cabe recurso.

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Para a relatora, desembargadora federal Maria de Fátima Freitas Labarrère, a alteração na forma de recolhimento da contribuição previdenciária, estabelecida pela Lei nº 12.546, não apresenta qualquer irregularidade e foi editada com base nas regras constitucionais.

Contudo, ao ver a exposição de motivos das medidas provisórias que instituíram a desoneração da folha de salários, a desembargadora entendeu que as normas tinham como objetivo fortalecer a indústria nacional e aumentar a produtividade.

A adoção da medida pelo governo, de acordo com a desembargadora, "foi favorável para grande parte das empresas contempladas pela substituição da base de cálculo da contribuição previdenciária, conforme as notícias veiculadas na mídia". Principalmente para os setores que utilizam bastante mão de obra, "pois quanto mais intensiva em mão de obra é a empresa, maior o efeito de desoneração". Entretanto, para outras que têm alto faturamento e poucos funcionários, que terceirizam parte de sua mão de obra e que produzem com alto valor agregado, "representou aumento de custo", segundo a magistrada.

Para a desembargadora, se os dispositivos não preveem situações em que sua aplicação produz o efeito inverso, contrário aos seus objetivos, "surge a lacuna, que deve ser integrada pelo julgador, no caso concreto". Nesse sentido, determinou que a cooperativa volte a recolher a contribuição sobre a folha de salários. Os demais desembargadores seguiram a relatora.

A decisão foi comemorada por advogados tributaristas. "A desoneração das folha cumpriu a sua finalidade em 98% dos casos. Porém há essas exceções, na qual essa decisão agora poderá servir de precendente", diz o advogado Christian Lisboa Rodrigues, do Carpena Advogados Associados. Para Fabio Calcini, do Brasil Salomão & Matthes Advocacia, "cabe ao Judiciário em uma interpretação finalística deixar de aplicar a lei em casos concretos, nos quais existe uma majoração de tributos e não redução". Segundo Calcini "a decisão é muito relevante ao corrigir distorções não pretendidas pela finalidade do texto da lei".

A Procuradoria Regional da Fazenda Nacional da 4ª Região informou que ainda não foi intimada e que " o feito está sob acompanhamento especial". Segundo a nota, "somente após a intimação, serão avaliados os procedimentos processuais a serem adotados".

Fonte: Valor Ecônomico 

Condomínio – Ação de Prestação de Contas – LegitimidadeCondômino não tem legitimidade para propor ação de prestação de contasO condômino, isoladamente, não tem legitimidade para propor ação de prestação de contas, pois a obrigação do síndico é prestar contas à assembleia, nos termos da Lei 4.591/64. A decisão é da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que, ao julgar recurso de um condomínio contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), restabeleceu sentença que extinguiu a ação por considerar que a autarquia não tinha legitimidade para propor a demanda.

Proprietário de lojas no prédio, o INSS ajuizou ação de prestação de contas na qual pediu que o condomínio fornecesse documentação relativa às despesas realizadas com aquisição e instalação de equipamentos de prevenção e combate a incêndios e com serviços de modernização de um dos elevadores.

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Ilegitimidade

Em primeiro grau, o processo foi extinto sem julgamento de mérito, ao fundamento de que a autarquia previdenciária não teria legitimidade ativa. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) anulou a sentença.

Segundo o TJRJ, toda pessoa que efetua e recebe pagamentos por conta de outrem tem o dever de prestação de contas, e “qualquer condômino detém legitimidade ativa para exigir do condomínio prestação de contas a ele pertinente”.

Inconformado, o condomínio recorreu ao STJ sustentando que o INSS, na qualidade de condômino, não tem legitimidade ativa para a ação.

Vedação legal

Ao analisar a questão, o relator, ministro Villas Bôas Cueva, destacou que a Lei 4.591 estabelece que compete ao síndico prestar contas à assembleia dos condôminos. No mesmo sentido, o artigo 1.348, inciso VIII, do Código Civil dispõe que compete ao síndico, entre outras atribuições, prestar contas à assembleia, anualmente e quando exigidas.

“Assim, por expressa vedação legal, o condômino não possui legitimidade para propor ação de prestação de contas, porque o condomínio, representado pelo síndico, não teria obrigação de prestar contas a cada um dos condôminos, mas a todos, perante a assembleia”, afirmou o relator.

Segundo o ministro, o condômino não pode se sobrepor à assembleia, órgão supremo do condomínio, cujas deliberações expressam “a vontade da coletividade dos condôminos sobre todos os interesses comuns”.

“Na eventualidade de não serem prestadas as contas, assiste aos condôminos o direito de convocar assembleia, como determina o artigo 1.350, paragrafo 1°, do Código Civil”, acrescentou o relator. Por essa razão, torna-se inviável ao condômino, isoladamente, exigir a prestação de contas, que deve ser apresentada à coletividade.

STJ – 02.10.2014 – REsp 1046652

Reforma tributária depende de solução para ICMSA falta de regras para desonerações no setor produtivo também foi alvo de críticas

postado 02/10/2014 08:06 - 431 acessos

Resolver o problema da guerra fiscal entre os estados para instituir a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de forma única é a prioridade para o País nos próximos anos, diante da necessidade de uma reforma tributária. A opinião é da advogada Betina Treiger Grupenmacher, pós-doutora em direito fiscal pela Universidade de Lisboa, que esteve essa semana em Londrina para ministrar palestra sobre o tema Justiça Fiscal e a Tributação sobre a Renda, na subseção da

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Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). 

Betina, que é professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e do Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET) no Estado, afirmou que algumas medidas foram adotadas nos últimos anos para a simplificação dos impostos, como a adoção do sistema Supersimples para micro e pequenas empresas. No entanto, disse que reduzir os custos envolvidos nas complicadas operações sobre o ICMS e reverter a regressividade na cobrança de tributos são os maiores desafios para os governantes que serão eleitos este mês. "Um ponto comum na fala de todos os candidatos à Presidência é que precisamos simplificar o sistema e diminuir a carga, mas ninguém explica como." 

Ela considerou necessário definir, por exemplo, se a cobrança do ICMS será na origem ou no destino do produto, ainda que considere que a opção de retenção já na indústria seja inconstitucional. "Mas muitos juristas e especialistas dizem que a tributação no destino levaria a alto índice de sonegação no Brasil." 

A falta de regras para desonerações no setor produtivo também foi alvo de críticas. Ela afirmou que, quando determinado setor paga menos impostos ao governo, a necessidade de recursos para cumprir o orçamento continua a mesma. "Alguém acaba tendo de pagar por isso e é a população com renda mais baixa", disse, ao lembrar que é esse o formato que leva à injustiça fiscal. 

Com até 70% da arrecadação no País oriunda da tributação sobre o consumo e 30%, sobre renda e propriedade, os trabalhadores de menor renda pagam mais em impostos do que os mais abastados, proporcionalmente ao salário que recebem. "Uma forma de diminuir a diferença seria municípios tornarem isentos de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) os donos de moradias de baixo padrão, nos quais não há valorização", sugeriu. 

Betina citou, porém, que a tributação no País é excessiva. "Temos de buscar uma sustentabilidade para o sistema, porque também não adianta tributar demais as empresas de forma que sejam obrigadas a fechar", disse. 

PosseO debate também serviu para marcar a posse da nova diretoria do Instituto de Direito Tributário de Londrina. Adriano Rodrigues Arriero assumiu como presidente, Maria de Fátima Ribeiro, como vice, Carlos Alberto Zanon é o novo tesoureiro e Cristian Rodrigues França, o secretário.

Por Fábio Galiotto

Fonte: Folha de Londrina – PR

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R$ 14 bilhões

396 mil estão em dívida com o Simples Nacional 02.10.2014

O contribuinte que não regularizar a situação será excluído do regime tributário diferenciado

Com a intimação aos devedores do Simples Nacional, a Receita Federal espera que 90% dos contribuintes em questão regularizem as dívidas Foto: kelly freitas

Brasília. A Receita Federal intimou, em setembro, 396 mil contribuintes que devem ao Simples Nacional para que regularizem suas dívidas. Segundo o Fisco, a medida está prevista na Lei Geral do Sistema Simplificado de Cobrança de Impostos e é um procedimento adotado anualmente. O número de intimados equivale a 9% do universo de optantes que têm dívidas com a Receita ou com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

O objetivo da ação é oferecer a oportunidade para que os devedores regularizarem as dívidas e possam, dessa forma, continuar usufruindo dos benefícios do Simples Nacional.

O contribuinte pode regularizar as pendências pagando à vista ou aderindo ao parcelamento de débitos em até 60 meses, que pode ser requerido diretamente no site da Receita Federal na internet (www.Receita.Fazenda.Gov.Br), não sendo necessário comparecer às unidades de atendimento. Com a intimação, a Receita espera que 90% dos devedores regularizem as dívidas.

Dívida total

A Receita estima que a dívida total dos devedores intimados chegue a R$ 14 bilhões, porém, não há previsão de ingresso significativo de arrecadação, uma vez que as regularizações deverão ocorrer apenas na modalidade de parcelamento.

O contribuinte que não regularizar a dívida, por sua vez, será excluído do Simples Nacional e, como consequência, perderá os benefícios do sistema simplificado a partir de 1º de janeiro do ano que vem, informou a Receita Federal.

Universalização

Parte da regulamentação da universalização do Simples Nacional, que já foi aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pela presidente Dilma Rousseff, foi publicada na última segunda-feira (8), pelo Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), no "Diário Oficial da União". O governo lembrou que as alterações terão validade somente a partir de 2015 e informou que o restante da regulamentação sairá até o final deste ano.

Com a universalização ao Simples Nacional, mais de 140 atividades, que não estão atualmente contempladas, poderão aderir a esse modelo de tributação no próximo ano. O critério geral para aderir ao Simples passará a ser o faturamento das empresas, que pode chegar a até R$ 3,6 milhões por ano.

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"Para ser do Simples, a empresa passa a ser vista pelo porte, e não pela atividade. Aumenta o potencial de criação e formalização de empresas", explicou o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos.

A ampliação do Simples Nacional deve alcançar mais de 450 mil empreendimentos, segundo estimativa do governo federal. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Simples pode gerar uma economia de até 40% no pagamento de tributos para as empresas. A opção de empresas dos novos setores ora autorizados (novas e já existentes) poderá ser feita a partir de janeiro de 2015.

A nova lei disciplina a substituição tributária para os pequenos negócios, isentando algumas atividades. Serão mantidos na substituição tributária, segundo o governo, um "número limitado de setores". Atualmente, as secretarias cobram antecipadamente o ICMS dos produtos adquiridos pelos empreendedores.

Resgates antecipados de contribuições da previdência complementar recebidos estão sujeitos à incidência do Imposto de Renda 2 de outubro de 2014 08:44

Nos termos da norma em referência, os valores percebidos por portador de moléstia grave a título de resgate das contribuições recebidas de entidades de previdência complementar, antes da data contratualmente prevista para início do pagamento do benefício, estão sujeitos à incidência do Imposto de Renda, tendo em vista não se configurarem como complemento de aposentadoria.

(Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 11/2014 – DOU 1 de 1º.10.2014)

via:: NETIOB ::.

Vídeo: Conheça investimentos isentos de Imposto de Renda 2 de outubro de 2014 19:21

As LCI (Letras de Crédito Imobiliário), LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) e a própria poupança são alguns dos exemplos de instrumentos isentos de Imposto de Renda, explica Amerson Magalhães, diretor da Easynvest Corretora, em entrevista em vídeo ao “Folhainvest”.

“Para o investidor, vai fazer pouca diferença investir em LCI ou LCA. Tanto a LCI quanto a LCA são instrumentos de captação. O banco faz uma captação junto ao investidor e vai direcionar os recursos para empréstimo.Se ele fez a captação através de uma LCI, tem que direcionar para empréstimo imobiliário. Se fez por uma LCA, tem que direcionar para o agrícola”, afirma.

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Caso o banco tenha prejuízo com a operação, não pode transferir essa perda para o investidor. “O risco do investidor é o da instituição, independentemente de quem tomou o empréstimo pagar o banco ou não”, afirma. As duas letras são garantidas pelo FGC.

Veja o vídeo com Amerson Magalhães abaixo:

Veja vídeo

viaVídeo: Conheça investimentos isentos de Imposto de Renda – Boa Informação.

Cartórios

TJ/GO declara válida incidência de ISS sobre serviços notariais e de registroCartorários pediam o retorno às antigas formas de tributação.

quarta-feira, 1º de outubro de 2014

A juíza Jussara Cristina Oliveira Louza, da 3ª vara da Fazenda Pública de Goiânia/GO, declarou legal a forma de incidência e tributação do ISS sobre os serviços notariais e de registro determinadas pelo art. 71, inciso VII do Código Tributário Municipal (lei 5.040/75), com nova redação dada pela LC municipal 256/13. A norma modificou a base de cálculo do imposto sobre serviços, passando a ser de 5% sobre o preço dos serviços prestados.

A ação declaratória de inexistência de relação jurídica foi ajuizada por um grupo de cartorários, que pediam o retorno às antigas formas de tributação, calculadas em alíquotas fixas, considerando-os como profissionais autônomos, que não visam ao lucro, nos termos do que determina o decreto-lei 406/68. Sustentaram, assim, que a mudança na legislação seria inconstitucional.

Contudo, a magistrada observou que o STF, no julgamento da ADIn 3.089, reconheceu ser constitucional a incidência do ISS na prestação de serviços notariais e de registro, reconhecendo, ainda, a competência municipal para tal matéria.

“No referido acórdão, afastou-se também a imunidade pretendida pelos tabeliães e cartorários ao analisar a natureza do serviço prestado e reconhecer a possibilidade de os emolumentos, que são taxas, servirem de base de cálculo para o ISS, afastando-se, assim, por imperativo lógico, a possibilidade da tributação fixa.”

A juíza explicou ainda que a sistemática de recolhimento de ISS prevista no artigo 9º, § 1º, do decreto-lei 406/68, “só se aplica aos casos em que há prestação de serviço especializado, com responsabilidade pessoal e sem caráter empresarial, nos quais, frisa-se, não se enquadra a situação dos autos”.

A magistrada citou também voto do ministro Benedito Gonçalves no REsp 1.185.119 para endossar seu entendimento: “na hipótese do médico, o paciente orienta sua escolha dentre vários profissionais da área, por aquele que mais lhe transmitir confiança e conhecimento. No caso dos serviços

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cartoriais, não se busca o profissional, mas o próprio serviço, visto que a procura da atividade não se dará tendo em vista a aptidão técnica ou científica do tabelião”.

Os cartorários também haviam sustentado que, na nova forma de recolhimento, haveria a bitributação, já que destinam 10%, do valor bruto de cada serviço prestado, ao Fundo Especial de Reaparelhamento e Modernização do Poder Judiciário (Fundesp-PJ). No entanto, a juíza esclareceu que a parcela destinada ao Fundo é calculada sobre o preço bruto recebido na prestação dos serviços, enquanto o ISS é calculado sobre o líquido, e não sobre o montante arrecadado, “havendo, assim, duas bases de cálculos diferentes”.

Processo: 122048-88.2014.8.09.0051

Confira a decisão.

Planejamento tributário com terceirização de serviços. O que é aceitável – CARF Posted: 28 Sep 2014 07:56 PM PDT

O fisco ao analisar o planejamento aceitou a terceirização apenas em relação a uma empresa controlada. Essa controlada não obstante estivesse no mesmo prédio da autuada, possuía diversas filiais no Brasil, que efetivamente existiam fisicamente, que tinha funcionários, e efetivamente prestava serviços à autuada. Em vista disso, as despesas geradas com a contratação dessa sociedade controlada não foram glosadas.

Por outro lado, o fisco glosou as despesas realizadas pela mesma empresa autuada, com outras controladas, glosa, aliás, mantida pelo CARF que, com base nas evidências, entendeu que houve artificialidade das operações e a prática de simulação, entendendo também, que a maioria das controladas existiam apenas formalmente (empresas de papel) e, na verdade, eram meros departamentos internos da empresa autuada.

As razões da não aceitação das despesas foram as seguintes:

- As empresas controladas tinham sede no mesmo prédio da autuada, apenas em andares diferentes. Na recepção do edifício onde se situavam as empresas não existia qualquer identificação ao público da existência das controladas. No painel fixado, constava apenas o nome da empresa autuada. Nos andares não havia identificação das sociedades controladas;

- Os carimbos utilizados pelos funcionários das controladas tinham as seguintes indicações: departamento financeiro, departamento de informática, controladoria, ou seja, não constava o nome das controladas prestadoras de serviços;

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- As sociedades controladas não conseguiram comprovar suas despesas com telefone, condomínio, aluguel, água e energia elétrica, alegando que não incorriam em tais despesas, que eram assumidas integralmente pela empresa autuada;

- Algumas das controladas não tinham funcionários e nem ativo permanente;

- Não havia infraestrutura nas controladas, capaz de suportar a realização dos serviços;

- Os contratos realizados entre a autuada e as controladas eram muito genéricos e com valores acima do mercado;

- Não havia prova de que as controladas efetivamente prestavam serviços;

- As controladas não tinham qualquer autonomia administrativa;

- As receitas das controladas era quase exclusivamente decorrente da prestação de serviços para a empresa autuada.

Segue a ementa do julgado:

CONSTITUIÇÃO DE EMPRESA COM ARTIFICIALISMO. DESCONSIDERAÇÃO DOS SERVIÇOS PRETENSAMENTE PRESTADOS. MULTA QUALIFICADA. NECESSIDADE DA RECONSTITUIÇÃO DE EFEITOS VERDADEIROS. Comprovado o artificialismo na terceirização de serviços a empresas controladas, cujo objetivo foi reduzir a carga tributária da recorrente mediante a tributação de relevante parcela de seu resultado pelo lucro presumido nas pretensas prestadoras de serviços, correto o procedimento de desconsiderar as despesas correspondentes. Todavia, se ao engendrar as operações artificiais, a empresa que pretensamente prestou os serviços sofreu tributação, ainda que de tributos diversos, há de se recompor a verdade material, compensando-se todos os tributos já recolhidos (Processo 10680.720698/201277, acórdão nº 1102000.820 – 1ª Câmara / 2ª Turma Ordinária)

Assim, aqueles que pretenderem fazer planejamentos com terceirização devem estar atentos para não incorrer nas hipóteses elencadas como não aceitáveis. Obviamente que cada caso deve ser analisado individualmente, e o mais importante é pensar na coerência da operação.

Fonte: Tributário no bastidores

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Multas do SPED x precificação dos serviços

As possíveis multas dos Sped’s assustam os contadores. Encontre tempo para se dedicar aos Sped’s com a precificação justa dos serviços.

postado 30/09/2014 08:01 - 2529 acessos

Na semana passada retornei à cidade de Maceió para um encontro com os contadores da região, que debatem sobre diversos pontos polêmicos da classe. Um deles foi o tenebroso SPED, que os contadores ainda têm dificuldades para digerir, pois as alterações não param de acontecer. A partir de janeiro deve começar mais um, o SPED da folha de pagamento. Esta nova dificuldade só será vencida se houver dedicação e, mais uma vez, com muito estudo, pois os contadores já venceram diversas barreiras, como o Simples Nacional, assinatura digital, nota fiscal eletrônica, SPED contábil e o SPED Contribuições.

O outro grande entrave que os profissionais da contabilidade enfrentam é para precificar os seus serviços e fazer a gestão da equipe. Nesta agonia entendo que já vencemos uma significativa etapa: o reconhecimento de que é preciso buscar ajuda. Neste evento tive a honra de falar para mais de 60 contadores sobre a valoração do honorário e observei a participação ativa e interessada de todos eles.

Uma das dificuldades apontadas por este grupo de empresários contábeis é não conseguir cobrar de seus clientes pelos serviços acessórios prestados, a exemplo da constituição e alteração de empresas, recálculo de tributos por falta de pagamento ou mesmo o serviço de parcelamento dos tributos.

Esta postura impacta diretamente na rentabilidade, pois é um trabalho que exige a dedicação de muito tempo. Naturalmente, os clientes, sempre que possível, querem o trabalho bem executado, mas nem sempre estão dispostos a remunerar. Será que alguém consegue que uma diarista vá duas vezes por semana na sua casa pelo valor de uma diária? O supermercado onde você gasta R$ 500 por mês lhe dará adicionalmente um pacote de arroz ou uma garrafa de vinho sem o necessário pagamento? A escola do seu filho que cobra a mensalidade dará gratuitamente um ou mais livro cuja leitura foi solicitada pela professora?

Por qual motivo o contador deve executar gratuitamente serviços que não fazem parte do pacote contratado? Ao refletir sobre isto encontrei algumas possíveis razões, abaixo elencadas:    . Não há contrato ou o que existe está mal elaborado e não estão claro quais serviços fazem parte do pacote contratado;    . O contador desconhece técnicas para argumentar junto ao cliente e mostrar a importância, responsabilidade e tempo necessário para fazer o serviço;    . Medo de perder o cliente;    . Não sabe como precificar o serviço.

Se não consegue cobrar pelos serviços acessórios prestados o profissional  continuará na vala dos pobres mortais que passarão por esta vida somente para trabalhar como "um burro de carga", sem conquistar nada de reconhecimento. É igual aos escravos que trabalhavam até o limite de suas forças e em troca recebiam comida e um pequeno espaço para dormir. Quando "faziam corpo mole" eram chicoteados.

Como o profissional que apenas trabalha terá tempo de sobra para investir na preparação para as novas IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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exigências? E pior, em serviços que não são remunerados? Às vezes ele se ilude e pensa que o cliente ficou satisfeito porque a alteração contratual foi de graça. Mas, ao contrário, normalmente ainda reclama, pois desconhece o tempo que a tarefa exige. Claro que a culpa não é do cliente, pois cabe a ao fornecedor informá-lo.

Para quem ainda costuma fazer todos os serviços de graça sugiro que reflita sobre esta postura. A dica para definir o valor a ser cobrado é a seguinte: apure o valor da hora vendida; estime o tempo que o serviço demandará; multiplique o tempo demandado pelo valor da hora. Este é o valor mínimo para prestar o  serviço.

Se recebe pelos serviços executados será possível contratar colaboradores e assim restará tempo para se dedicar ao estudo das novas exigências, como o SPED.

Qual a contribuição da contabilidade para o administrador de empresas?Tarcízio Leite, 29 de setembro de 2014

Durante algum tempo o Contador foi considerado guarda livro. Com o passar do tempo, veio à figura do Técnico em Contabilidade e depois o Contador graduado em Ciências Contábeis.

Para algumas empresas de pequeno porte, principalmente nas pequenas cidades, onde os empreendedores ainda montam o seu negócio sem uma prospecção de mercado, sem um planejamento adequado, o profissional da contabilidade ainda é considerado como sendo a pessoa que prepara impostos para sua empresa pagar.

Porém, esta realidade vem mudando em função de alguns cursos, palestras e outros instrumentos esclarecedores oferecidos pelo SEBRAE, CDL e outros órgãos ligados a área, para os empreendedores, capacitando-os e dando oportunidade de conhecer instrumentos que possam contribuir com o desenvolvimento do seu empreendimento.

Dentre estes instrumentos, está a contabilidade. Hoje já é possível, o empreendedor, perceber que é através da contabilidade que se produzem os relatórios contábeis e financeiros que servem de subsídios para o gerenciamento do empreendimento.

Podemos ainda dizer, que a contabilidade é a ciência que busca contar a história da empresa através dos registros dos atos e fatos contábeis.

Quando o empreendedor formaliza a sua empresa, através do registro do Contrato Social, no órgão competente, a contabilidade dá início ao registro da história deste empreendimento em um livro revestido das formalidades legais, chamado de livro diário.

No Contrato Social existe uma cláusula que trata do valor do capital social da empresa, sua composição e das divisões em quotas.

Este valor é lançado no livro diário na conta “Caixa ou Bancos” que pertence ao Ativo e em contra partida, na conta “Capital Social” que pertence ao Passivo e representa o Patrimônio da empresa.

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A partir deste registro, todos os Atos e Fatos que ocorrerem na empresa, ou melhor, todas as Compras, Vendas, Despesas, dentre outros, deverão ser registrados para composição dos relatórios contábeis e financeiros que servirão de subsídios para a tomada de decisão do administrador.

Dentre estes relatórios, podemos citar o Balanço Patrimonial, onde estão representados os bens, direitos e obrigações da empresa.

Para levantamento do Balanço Patrimonial, deverá ser elaborada a DRE – Demonstração do Resultado do Exercício, onde serão demonstradas as Receitas, os Impostos Incidentes sobre as Vendas, o Custo, o Lucro Bruto, a Despesas Operacionais e não Operacionais, dentre outras.

Na DRE, o Administrador já poderá analisar as Receitas, as Compras, os Impostos Incidentes sobre as Vendas, o Lucro Bruto, as Despesas Operacionais onde estão as Despesas Administrativas, Tributárias, dentre outras.

Verificar se os dados apresentados estão de acordo com o planejamento, se foi elaborado, se não foi, poderá analisar se estes são compatíveis com o porte e a movimentação da empresa, e encontrando alguma incompatibilidade, elencar as providências que deverão ser tomadas para adequação a situação que julgar compatível.

No Balanço Patrimonial, irá encontrar o Ativo onde deverão estar relacionados os Bens e Direitos e o Passivo onde deverão estar relacionadas às obrigações. Neste, deverá ser analisada a situação dos bens, direitos e obrigações, levando em consideração a situação patrimonial da empresa.

Isto demonstra que o administrador deverá ter conhecimento da contabilidade enquanto instrumento gerencial. Assim como a contabilidade é importante para o Administrador de Empresa como instrumento de tomada de decisão.

Dentro deste contexto, podemos observar que a contabilidade como instrumento gerencial, tem o objetivo de fornecer elementos e subsídios para que o administrador possa analisar a situação da empresa e tomar as decisões oportunas.

Assim como, fornecer subsídios para elaboração de um planejamento gerencial, buscando o bom funcionamento e o desenvolvimento da empresa. Diante deste relato, podemos então afirmar que esta, deverá ser considerada, uma das formas de contribuição da contabilidade para o Administrador de Empresas.

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Imposto de renda de participação dos lucros deve ser tributado na fonte2 out 2014 - IR / Contribuições

A participação de trabalhadores nos lucros ou resultados das empresas, ou simplesmente PLR, como é popularmente conhecida será tributada pelo Imposto sobre a Renda exclusivamente na fonte a contar de 1° de janeiro de 2013.

A alteração ocorreu em virtude da publicação da Lei nº 12.832, de 20.06.2013, que alterou a Lei nº 10.101, de 2000, que instituiu a PLR.   A tributação na fonte será em separado dos demais rendimentos recebidos, no ano do recebimento ou crédito, com base na tabela progressiva anual específica, e não integrará a base de cálculo do imposto devido pelo beneficiário na Declaração de Ajuste Anual.   Assim, se o trabalhador recebe rendimentos de salário e PLR, ao calcular o valor do Imposto de Renda devido desta pessoa, a empresa deverá elaborar dois cálculos em separado, um para o salário e outro para o PLR.   Na hipótese de pagamento de mais de uma parcela de PLR referente ao mesmo ano calendário, o imposto deve ser recalculado, com base no total da participação nos lucros recebida neste ano. Aplica-se, neste caso, a tabela progressiva sobre o montante recebido, deduzindo-se do Imposto de Renda apurado o valor retido anteriormente.   Os rendimentos pagos acumuladamente a título de PLR serão tributados exclusivamente na fonte, em separado dos demais rendimentos recebidos, sujeitando-se, também de forma acumulada, ao Imposto sobre a Renda com base na tabela progressiva específica.   Considera-se pagamento acumulado aquele referente à participação nos lucros e resultados da empresa relativa a mais de um ano-calendário.   Poderão ser deduzidas da base de cálculo da PLR as importâncias pagas em dinheiro a título de pensão alimentícia em face das normas do Direito de Família. Não há previsão de outras deduções.   Neste caso, só cabe a dedução quando o valor pago a título de pensão alimentícia for decorrente de decisão judicial, de acordo homologado judicialmente ou de separação ou divórcio consensual realizado por escritura pública, desde que correspondentes a esse rendimento.   É importante observar que o valor deduzido da base de cálculo da PLR não pode ser utilizado para a determinação da base de cálculo dos demais rendimentos.

Fonte: UOL

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O FORNECIMENTO DE MÃO DE OBRA COMO ATIVIDADE SUJEITA AO ISSQN: uma análise comparativa com o agenciamento de mão de obra e a terceirização de serviços 25 de setembro de 2014 17:03

O FORNECIMENTO DE MÃO DE OBRA COMO ATIVIDADE SUJEITA AO ISSQN: uma análise comparativa com o agenciamento de mão de obra e a terceirização de serviços

Márcia Zilá Longen[1]

RESUMO

O estudo busca elucidar pontos controversos da incidência do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN sobre o de fornecimento de mão de obra, identificando quais situações preenchem os requisitos do item 17.05 da Lista de Serviços, diferenciando-as do agenciamento, recrutamento e seleção, atividade prevista no item 17.04 e de outros contratos de prestação de serviços, também conhecidos como terceirização de mão de obra, com os quais podem ocorrer confusões propositais ou não pelo sujeito passivo e mesmo pela autoridade administrativa no exercício da função de lançamento. Neste contexto, propõe-se a desvendar os aspectos material, subjetivo, quantitativo e territorial ou espacial, viabilizando assim a correta exigência tributária.

Palavras-chave: ISSQN. Fornecimento de mão de obra. Trabalho temporário. Agenciamento. Recrutamento. Seleção. Terceirização.

 

1 INTRODUÇÃOO ISSQN sobre o serviço de fornecimento de mão de obra é questão pacificada quanto à incidência, no entanto, persiste inquietação sobre a respectiva base de cálculo.

Neste sentido, discute-se qual deve ser considerado o preço do serviço, se o total da operação ou o valor do diferencial entre a remuneração do empregado e o valor cobrado do tomador.

Outro ponto que suscita dúvida é o aspecto territorial ou espacial, que define a quem deve ser recolhido o tributo, porquanto a lei regente elegeu, para os serviços próprios de fornecimento de mão de obra, o município do tomador do serviço.

Deve-se considerar que não se confundem as figuras de tomador e contratante, embora possam ser, e na maioria das vezes é, a mesma pessoa.

Percebe-se que o esclarecimento destes pontos requer uma análise mais aprofundada da atividade de forma a desvendar quais são as operações efetivamente enquadráveis como fornecimento de mão de obra, e a partir deste entendimento, estabelecer com segurança os demais aspectos da tributação em conformidade com a legislação aplicável.

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No Judiciário o tema é bastante recorrente, encontrando-se muitas decisões onde se discute principalmente o aspecto quantitativo. Pretendem os prestadores abater da base de cálculo os valores referentes aos salários e aos encargos sociais e os municípios visam manter todos os valores envolvidos na operação.

Correto ou não, o Superior Tribunal de Justiça mantém posicionamento consolidado, decidido em 2010 sob a égide do artigo 543-C do Código de Processo Civil.

A proposta deste artigo é, analisando o conceito e requisitos da atividade de fornecer mão de obra, identificar quais situações se inserem no contexto do item 17.05 da Lista de Serviços, diferenciando-as do item 17.04 e de outros itens, desvendando os aspectos material, subjetivo, quantitativo e territorial ou espacial, e viabilizando assim o correto lançamento e exigência tributária.

Para alcançar estes objetivos será analisada a legislação tributária e também trabalhista, além da doutrina e jurisprudência aplicável.

 

2 FORNECIMENTO DE MÃO DE OBRA – ASPECTOS CONCEITUAIS E DIFERENCIAIS 

A caracterização do trabalho temporário, os requisitos da contratação e as características das empresas envolvidas são importantes para que o Fisco possa saber identificar aquelas operações em que efetivamente ocorre o fornecimento de mão de obra, diferenciando-as das outras operações que com ela se confundem.

 

2.1 FORNECIMENTO DE MÃO DE OBRA

As operações de fornecimento de mão de obra são também impropriamente chamadas de locação de mão de obra e muitas vezes são confundidas com terceirização de serviços e também com agenciamento, recrutamento e seleção.

Lembra Tauil (2014) que:

[...] nos tempos atuais a expressão “locação” só pode ser atribuída a coisas, nunca a pessoas. Não se aluga pessoas; pessoas prestam serviços. Não se admite mais, felizmente, equiparar o trabalho humano às coisas locadas, o que era comum em passado distante.

Fornecer implica em entregar, colocar à disposição de outra pessoa mão de obra contratada pelo próprio fornecedor, numa operação triangular, que envolve o contratante tomador do serviço, o contratado empregador e seu empregado.

Confira-se que de acordo com a mais balizada doutrina, são requisitos essenciais do contrato de trabalho a continuidade, a subordinação, a onerosidade, a pessoalidade e a alteridade.

Martins (2013, p. 107-108) ensina que o requisito da continuidade é contraposto pela eventualidade, não sendo empregado aquele que presta serviços eventualmente; quanto à subordinação, ensina o autor que o

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obreiro exerce sua atividade com dependência ao empregador, sendo por ele dirigido; a pessoalidade determina que o contrato de trabalho seja realizado exclusivamente com pessoa natural, certa e determinada, sendo infungível em relação ao trabalhador; e a alteridade do contrato significa que o empregado sempre presta serviços por conta alheia, sem a assunção de qualquer risco, podendo participar dos lucros, porém jamais poderá arcar com qualquer prejuízo do seu empregador.

O fornecimento de mão de obra, onde o empregador cede força laboral por si contratada para terceiro, que exercerá parcialmente os poderes daquele sobre o empregado, somente é possível para atender demanda transitória, ou seja, dentro do chamado regime de trabalho temporário, disciplinado pela Lei no 6.019, de 1974, regulamentada por sua vez pelo Decreto no 73.841, do mesmo ano.

É o que define o Enunciado nº 331, inciso I, do Tribunal Superior do Trabalho – TST:

A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974). TST Enunciado nº 331 – Revisão da Súmula nº 256 – Res. 23/1993, DJ 21, 28.12.1993 e 04.01.1994 – Alterada (Inciso IV)  – Res. 96/2000, DJ 18, 19 e 20.09.2000 – Mantida – Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003.

A Lei no 6.019, de 1974 define o trabalho temporário como “aquele prestado por pessoa física a uma empresa, para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou à acréscimo extraordinário de serviços” (Art. 2º).

Registre-se que o contrato de trabalho temporário pode ser realizado diretamente pela empresa que necessita da mão de obra com o empregado, sem intermediários, ou através de empresa especializada.

A empresa especializada no fornecimento de mão de obra temporária é nominada pela Lei no 6.019/1974 empresa de trabalho temporário, e definida no artigo 4º:

Art. 4º – Compreende-se como empresa de trabalho temporário a pessoa física ou jurídica urbana, cuja atividade consiste em colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores, devidamente qualificados, por elas remunerados e assistidos.

A lei também impõe à empresa de trabalho temporário, para seu regular funcionamento, registro específico junto ao Ministério do Trabalho e Previdência Social, hoje Ministério do Trabalho e Emprego – MTE (Art. 5º).

São então pressupostos do trabalho temporário, que sejam prestados por pessoa natural (física) a uma empresa, com o fim exclusivo de atendimento de:

necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente da empresa, por exemplo, em licenças médicas, auxílio maternidade, etc.; ou,

acréscimo extraordinário de serviços, por exemplo, aqueles ocasionados por demandas sazonais (camareiras em hotéis em cidades focadas em turismo de temporada, vendedores em período que antecede o Natal, etc.).

Como antes dito, o direito brasileiro não permite a locação permanente de mão de obra, prática conhecida como “marchandage”.

A Justiça do Trabalho tem condenado a prática, julgando-a fraude à legislação trabalhista e declarando vínculo empregatício direto com o tomador do serviço. É o que se depreende da decisão a seguir, escolhida dentre muitas com o mesmo conteúdo:

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TERCEIRIZAÇÃO E MARCHANDAGE. ILICITUDE DA CONTRATAÇÃO DE EMPREGADO POR EMPRESA INTERPOSTA PARA REALIZAÇÃO DE ATIVIDADES BANCÁRIAS. (…) As únicas relações triangulares, legalmente estabelecidas, em que se autoriza que uma empresa possa receber diretamente a força de trabalho de um empregado contratado por outra empresa, utilizando-se da atividade e da energia do trabalhador em seu próprio proveito, ocorre nos casos das contratações temporárias (Lei nº 6.019/74); da vigilância bancária (Lei nº 7.102/83) e das hipóteses de aprendizagem (art. 428 e segs. da CLT), já que a intermediação de mão de obra ou marchandage é expressamente repudiada pelo direito internacional e pelo pátrio, pois o homem e sua energia não podem ser objetos de comércio interempresas. 02. Na terceirização lícita, a relação interempresarial ocorre com absoluta independência na execução das atividades realizadas, de modo totalmente autônomo entre uma e outra empresa, pois o -objeto do comércio- é sempre um bem ou serviço especializado prestado por ente que detém total independência funcional; o labor não se integra às necessidades rotineiras e nem se apresenta em regime de conexão funcional com as atividades recíprocas. A relação é sempre trilateral, pois não há interpenetração dos contratos de emprego (entre o trabalhador e seu empregador) com o de prestação de serviços (entre as empresas tomadora e prestadora de serviços). (…).

(TRT-1 – RO: 00007419520125010283 RJ, Relator: Evandro Pereira Valadao Lopes, Data de Julgamento: 04/09/2013, Sétima Turma, Data de Publicação: 27/11/2013) (grifa-se)

Somente ocorrerá a contratação lícita de força de trabalho de forma indireta, quando a pessoa física ou jurídica urbana, especializada e devidamente registrada junto ao Ministério do Trabalho, colocar trabalhadores à disposição de outras empresas, tendo por fundamento a Lei no 6.019, de 1974, ou seja, observando os requisitos do trabalho temporário: necessidade transitória de substituição ou acréscimo extraordinário de serviço.

As únicas exceções à regra, admitidas pela Justiça do Trabalho, correspondem à vigilância bancária regulada pela Lei nº 7.102/83 e à aprendizagem tratada pelos artigos 428 e seguintes da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.

O assentamento deste entendimento é essencial para não se confundir fornecimento de mão de obra com o respectivo agenciamento e com a terceirização de serviços.

Relembrando, o fornecimento de mão de obra implica em uma operação triangular onde a empresa interessada na força de trabalho, por necessidade transitória de substituição de seu pessoal ou acréscimo extraordinário de serviço, contrata a mão de obra, não diretamente em seu quadro de pessoal, mas através de empresa especializada. Interessante notar que o objeto contratado é o fornecimento temporário de mão de obra, com base na lei nº 6.019/1974.

Exemplificando, o tomador (A) contrata empresa registrada junto ao MTE (B) para que esta disponibilize trabalhador ou conjunto de trabalhadores (C). O contrato de trabalho será firmado entre B e C. Entre A e B é firmado contrato de fornecimento de mão de obra.

Registre-se que as diretrizes e orientações sobre a realização do trabalho é da empresa tomadora do serviço (A), embora esta não tenha o poder de punir ou demitir o empregado (C), poderes estes que permanecem com o empregador direto (B).

Os contratos entre as partes envolvidas são igualmente regulados pela lei nº 6.019/1974, que estabelece os respectivos requisitos.

Entre a empresa de trabalho temporário e a tomadora de serviço, o contrato deve ser escrito e dele deve constar expressamente o motivo justificador da demanda de trabalho temporário, assim como as modalidades de remuneração da prestação de serviço (Art. 9º).

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Já o contrato de trabalho celebrado entre empresa de trabalho temporário e cada um dos assalariados colocados à disposição de uma empresa tomadora deve também ser escrito e dele devem constar os direitos conferidos aos trabalhadores (Art. 11).

 

2.2 AGENCIAMENTO, RECRUTAMENTO E SELEÇÃO OU COLOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA

No agenciamento, recrutamento e seleção ou colocação de mão de obra, aquele que necessita da força de trabalho (A) contrata agência especializada (B) para buscar no mercado os talentos visados (C) para posterior contratação diretamente por (A) mediante contrato individual de trabalho.

O serviço empresarial contratado é unicamente de recrutamento e seleção pelo qual a agência se compromete em buscar no mercado os empregados a serem contratados diretamente pela empresa interessada na mão de obra.

Neste caso não importa se os serviços a serem desenvolvidos sejam relacionados a atividades fins da contratante ou não, tampouco se o contrato for por prazo determinado ou indeterminado.

 

2.3. TERCEIRIZAÇÃO

A terceirização, por sua vez, consiste na contratação de serviços entre empresas legalmente constituídas, onde a contratante transfere para a contratada uma determinada atividade, buscando aumento de produtividade e da qualidade, além da redução de custos.

No contrato empresarial de prestação de serviços, notadamente uma terceirização, a empresa contratada é especializada na realização do objeto contratado, os serviços e respectivo preço são definidos por uma determinada quantidade, caracterizando uma empreitada.

Segundo Lima Neto (2006, pág. 279-280):

Não obstante a escassez de outros regulamentos e as limitadas possibilidades formalmente reconhecidas, o fenômeno da terceirização vem se expandindo de tal modo que passou a ser incorporado ao cotidiano das relações de trabalho. Antes poderia ser simbolizado apenas pelos serviços de limpeza e conservação, mas nas últimas décadas, a contratação triangular passou de exceção à regra e hoje constitui a forma comum das práticas trabalhistas nos mais variados segmentos empresariais.

Não se pode perder de vista então que na terceirização o que se contrata é a realização de determinado serviço pela empresa contratada, sem envolver diretamente os trabalhadores e sem levar em conta diretamente a remuneração destes, que representa apenas um dos elementos que compõem o custo da execução do contrato.

Quem admite, remunera, fiscaliza, pune e demite o empregado é sempre a prestadora dos serviços, que por sua vez, também não tem registro específico junto ao Ministério do Trabalho como fornecedora de mão de obra, por não ser este o seu objetivo social.

Além disso, não existe subordinação nenhuma entre os empregados da terceirizada e a empresa tomadora, sequer em relação à forma de realização do serviço. Ainda que possam ocorrer intervenções no sentido de ajustar o trabalho aos termos contratados, isso normalmente se dá através de pessoas responsáveis pela coordenação da execução das tarefas, não diretamente com o operador.

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O objeto contratado não se refere à força laboral, mas à realização de determinada tarefa, que pode ser qualquer atividade lícita, desde serviços de limpeza, vigilância, segurança, até atividades de industrialização para terceiros, como o beneficiamento, recondicionamento, acondicionamento, pintura, lavagem, secagem, tingimento, corte, recorte, polimento, etc.

A Justiça do Trabalho entende que pode ser objeto de terceirização apenas a atividade-meio do tomador de serviços, conforme o já citado Enunciado nº 331 do Tribunal Superior do Trabalho – TST:

II – Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.) (TST Enunciado nº 331 – Revisão da Súmula nº 256 – Res. 23/1993, DJ 21, 28.12.1993 e 04.01.1994 – Alterada (Inciso IV)  – Res. 96/2000, DJ 18, 19 e 20.09.2000 – Mantida – Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003). (grifa-se)

Existente a pessoalidade e a subordinação direta com o tomador de serviços, fica configurada fraude à legislação trabalhista com a declaração de vínculo de emprego entre o empregado e o tomador dos serviços.

Porém, não cabe ao Fisco, ao analisar os fatos geradores do ISSQN, decidir acerca da conformidade ou não das contratações com a legislação trabalhista. Cabe sim conhecer os contratos de prestação de serviços de forma a identificar qual o respectivo enquadramento na lista de serviços, para poder na sequência homologar os recolhimentos efetuados pelo sujeito passivo ou lançar o tributo eventualmente devido em conformidade com os requisitos do lançamento, em especial a perfeita delimitação do fato gerador e do fundamento da exigência fiscal.

 

3 O TRATAMENTO TRIBUTÁRIO DAS DIFERENTES ATIVIDADES 

As três atividades analisadas neste estudo estão sujeitas ao ISSQN, merecendo análise detalhada o seu enquadramento na lista de serviços, essencial que é à fundamentação jurídica do lançamento e ao deslinde das demais questões aqui propostas.

Da mesma forma, o aspecto quantitativo, especialmente a base de cálculo a ser considerada, merece análise no campo fático à luz do que vem decidindo a jurisprudência.

 

3.1. MATERIALIDADE E FORMAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO

A mais simples das situações analisadas com certeza é o agenciamento, recrutamento e seleção de mão de obra.

A previsão na Lista de Serviços é literal e cristalina, conforme se depreende da leitura do item “17.04 – Recrutamento, agenciamento, seleção e colocação de mão-de-obra”.

Nesta operação somente interessa para fins de tributação pelo ISSQN o preço avençado pelo trabalho da agência, não importando a remuneração do trabalhador.

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Ou seja, a base de cálculo será o valor cobrado pela intermediação e aproximação das partes, sem nenhuma dedução nem acréscimos.

A terceirização, por sua vez, receberá o tratamento tributário conforme a atividade realizada. Cada operação deve ser tributada de acordo com a sua natureza, suas características próprias.

Dentre as terceirizações que não se confundem com a atividade fim do tomador do serviço, são costumeiros os serviços de vigilância e segurança (item 11.02 – Vigilância, segurança ou monitoramento de bens e pessoas) e limpeza do ambiente de trabalho (item 7.10 – Limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres).

Porém, qualquer outro serviço contratado com terceiro sofrerá a tributação pelo imposto municipal, observando-se em cada caso qual o enquadramento na lista de serviços.

Desde 2008 o Superior Tribunal de Justiça tem entendimento consolidado no sentido da incidência do ISSQN sobre a também chamada “industrialização por encomenda”. É neste sentido a decisão a seguir transcrita do então Ministro do STJ, Luiz Fux:

A “industrialização por encomenda” constitui atividade-fim do prestador do aludido serviço, tendo em vista que, uma vez concluída, extingue o dever jurídico obrigacional que integra a relação jurídica instaurada entre o “prestador” (responsável pelo serviço encomendado) e o “tomador” (encomendante): a empresa que procede ao corte, recorte e polimento de granito ou mármore, de propriedade de terceiro, encerra sua atividade com a devolução, ao encomendante, do produto beneficiado. [...]

Destarte, a “industrialização por encomenda”, elencada na Lista de Serviços da Lei Complementar 116/2003, caracteriza prestação de serviço (obrigação de fazer), fato jurídico tributável pelo ISSQN, não se enquadrando, portanto, nas hipóteses de incidência do ICMS (circulação de mercadoria – obrigação de dar – e prestações de serviço de comunicação e de transporte transmunicipal).

(REsp 888.852/ES, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 04/11/2008, DJe 01/12/2008) (grifa-se)

Importante registrar mais uma vez que a tributação da atividade terceirizada deve encontrar fundamento específico na lista de serviços tributáveis, conforme é o caso analisado na decisão acima, onde os serviços são previstos no item 14.05.

Insiste-se nisto porque certamente fadado ao fracasso o tratamento tributário da operação como fornecimento de mão de obra.

Como visto anteriormente, o fornecimento de mão de obra exige que seja aperfeiçoado por critérios jurídicos bem definidos, que podem ser resumidos na contratação com fundamento na Lei no 6.019, de 1974. Qualquer operação realizada fora deste arquétipo jurídico não poderá ser com ele confundida.

A atividade de fornecimento de mão de obra é prevista na atual Lista de Serviços, aprovada pela Lei Complementar 116, de 2003, no item 17.05 – Fornecimento de mão-de-obra, mesmo em caráter temporário, inclusive de empregados ou trabalhadores, avulsos ou temporários, contratados pelo prestador de serviço.

Em retrospecto, registra-se que a antiga lista de serviços, aprovada pela LC 56/87, também continha a previsão no item 84, porém de forma unificada com o serviço de recrutamento, agenciamento e seleção:

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“84. Recrutamento, agenciamento, seleção, colocação ou fornecimento de mão de obra, mesmo em caráter temporário, inclusive por empregados do prestador do serviço ou por trabalhadores avulsos por ele contratados”.

Assim, inexistente qualquer dúvida quanto ao aspecto material, caracterizada que é a atividade com expressa previsão na lista de serviços, resta perquirir quanto ao aspecto quantitativo da tributação, questão esta que tem se apresentado de forma recorrente ao Judiciário, tanto que em 2010 o Superior Tribunal de Justiça decidiu sob a sistemática dos recursos repetitivos[2] ser incidente o ISSQN sobre o valor total da operação praticada pelas empresas fornecedoras de mão de obra, sem possibilidade de dedução do valor dos salários e encargos sociais pagos aos trabalhadores. A decisão vem sendo indistintamente aplicada desde então, nos seguintes termos:

[...] nos termos da Lei 6.019, de 3 de janeiro de 1974, se a atividade de prestação de serviço de mão-de-obra temporária é prestada através de pessoal contratado pelas empresas de recrutamento, resta afastada a figura da intermediação, considerando-se a mão-de-obra empregada na prestação do serviço contratado como custo do serviço, despesa não dedutível da base de cálculo do ISS.[...]

Destarte, a empresa recorrida encarta prestações de serviços tendentes ao pagamento de salários, previdência social e demais encargos trabalhistas, sendo, portanto, devida a incidência do ISS sobre a prestação de serviços, e não apenas sobre a taxa de agenciamento.

2. Recurso especial do Município provido, reconhecendo-se a incidência do ISS sobre a taxa de agenciamento e as importâncias voltadas para o pagamento dos salários e encargos sociais dos trabalhadores contratados pelas prestadoras de serviços de fornecimento de mão-de-obra temporária (Lei 6.019/74). Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução STJ 08/2008.

(REsp 1138205/PR, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/12/2009, DJe 01/02/2010) (grifa-se)

Por mais culta e prestigiada que seja, defende-se que há uma impropriedade nesta decisão, na medida em que a empresa que fornece mão de obra temporária não executa um serviço específico, determinado e especializado como é o caso das terceirizações, mas atua como uma intermediária entre o trabalhador temporário e o tomador da mão de obra, desde que existentes os pressupostos da necessidade de substituição de pessoal ou acréscimo extraordinário de serviço desta.

A empresa que fornece a mão de obra não é especializada em executar determinada tarefa como são as empresas de limpeza e de segurança, assim como as que trabalham com quaisquer outros serviços que possam ser objeto de terceirização. Sua especialidade é exclusivamente fornecer mão de obra por si contratada para atender demanda temporária dos seus clientes.

Os trabalhadores, embora firmem contrato de trabalho com a empresa fornecedora, obedecem a ordens diretas da empresa tomadora e tem sua remuneração disciplinada pela normativa desta, conforme disciplina a Lei no 6.019/1974, no Art. 12, alínea a:

Art. 12 – Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos:

1. a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional; [...] (grifa-se)

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A questão assim colocada permitiria, havendo dispositivo regulador na legislação, a não tributação dos valores representativos da remuneração dos empregados e demais verbas e encargos trabalhistas, considerando corresponder ao preço do serviço exclusivamente o valor do diferencial.

A doutrina defende fervorosamente a tributação exclusiva do valor do diferencial, não se computando na base de cálculo o valor da remuneração e respectivos encargos, ainda que colida frontalmente com a determinação que emana da decisão do STJ antes citada.

Assim concluído, obedecendo à decisão consolidada e considerando também que a Lei Complementar no 116, de 2003, reguladora do ISSQN no âmbito nacional e que teria competência para dirimir a questão[3], silenciou e não estabeleceu nenhuma exceção aplicável ao caso, conclui-se que o serviço de fornecimento de mão de obra deve ser tributado sobre a integralidade do valor cobrado da empresa tomadora, incluindo a remuneração dos empregados temporários e demais verbas e encargos trabalhistas.

 

3.2. ASPECTO TERRITORIAL DO FATO GERADOR

Determina a LC no 116, de 2003, art. 3º, inciso XX, que o serviço do item 17.05 considera-se prestado e o imposto devido no local do estabelecimento tomador do serviço.

Diante da clareza da lei, merece alguma consideração tão somente o que deve ser entendido como estabelecimento tomador.

Estabelecimento tomador do fornecimento de mão de obra não pode ser outro senão aquele onde forem alocados os trabalhadores, pouco importando se é deste estabelecimento que provém a remuneração paga à empresa prestadora e por consequência o próprio trabalhador.

Por exemplo, se uma empresa sediada em São Paulo contrata fornecimento de mão de obra para atuar em estabelecimento filial que mantém em cidade do interior, é este estabelecimento do interior onde a mão de obra é empregada que deve ser tido como tomador e, por consequência, em sua sede é que se materializa a hipótese de incidência tributária, com a consolidação do poder de tributar naquele município.

Note-se que a própria lei no 6.019/1974 trata o contratante da mão de obra como empresa tomadora ou cliente, obviamente referindo-se ao emprego da força laboral temporária que disciplina.

No agenciamento, recrutamento e seleção de mão de obra, serviço previsto no item 17.04 da Lista de Serviços, nenhuma dúvida persiste quanto ao aspecto espacial, sendo devido o imposto ao município sede do estabelecimento prestador dos serviços.

A Lei Complementar no 116/2003 assim definiu estabelecimento prestador:

Art. 4º Considera-se estabelecimento prestador o local onde o contribuinte desenvolva a atividade de prestar serviços, de modo permanente ou temporário, e que configure unidade econômica ou profissional, sendo irrelevantes para caracterizá-lo as denominações de sede, filial, agência, posto de atendimento, sucursal, escritório de representação ou contato ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas. (grifa-se).

Do conceito legal, extrai-se que não é qualquer local que poderá ser considerado estabelecimento prestador, para fins de definir a competência tributária, devendo ser observado no mínimo o seguinte: deve ser o local onde o contribuinte execute a prestação dos serviços, sendo irrelevante se de modo permanente

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ou temporário, porém este local deve necessariamente configurar uma unidade econômica ou profissional do prestador.

Configura unidade econômica ou profissional a permanência ou ânimo de permanecer, ainda que temporariamente, em determinado mercado consumidor, oferecendo serviços ao mercado, indistintamente, não apenas a um determinado contratante.

Quanto aos serviços terceirizados, que podem encontrar enquadramento em qualquer item da Lista de Serviços, defende-se que deve ser observada a disciplina da Lei Complementar no 116/2003 disposta em seu Art. 3º, respectivos incisos e parágrafos.

Nos exemplo citados, de limpeza e manutenção (item 7.10), vigilância, segurança e monitoramento (item 11.02), ambos têm o aspecto territorial definido respectivamente pelo local onde se concretizar a execução da limpeza ou onde estiverem os bens ou pessoas guardadas ou monitoradas. Estes locais podem ou não coincidir com o domicílio do contratante do serviço.

Na industrialização por encomenda (item 14.05) o imposto será devido no estabelecimento prestador, antes conceituado.

 

3.3. SUJEIÇÃO PASSIVA

Considerando que a sujeição ativa já foi delimitada quando da análise do aspecto territorial do fato gerador, resta verificar a sujeição passiva.

A legislação define que o contribuinte direto do ISSQN é o prestador do serviço (Art. 5° da LC no 116/2003), no entanto, podem os entes tributantes, mediante lei, atribuir a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, desde que vinculada ao fato gerador da obrigação, fazendo nascer assim a figura do responsável tributário[4].

A legislação municipal poderá determinar a responsabilidade do terceiro de duas formas distintas[5]: excluindo a responsabilidade do contribuinte ou mantendo a responsabilidade do contribuinte em caráter supletivo.

A diferença essencial entre as duas formas permitidas está na exclusão ou não do contribuinte natural (aquele que praticou o fato tributável) da relação jurídico tributária.

Na primeira hipótese, o contribuinte sai da relação, sendo substituído pelo responsável tributário. E na segunda hipótese, o contribuinte não sai completamente da relação jurídico tributária, ficando obrigado pelo recolhimento do tributo e acréscimos, na hipótese de o responsável não cumprir a obrigação.

A despeito dos municípios poderem atribuir a responsabilidade pelo crédito tributário a terceiros, a LC 116/2003, em seu Art. 6° e § 2o, já definiu ser responsável pelo ISSQN:

Art. 6°[…]

2oSem prejuízo do disposto nocaput e no § 1o deste artigo, são responsáveis: [...]

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II – a pessoa jurídica, ainda que imune ou isenta, tomadora ou intermediária dos serviços descritos nos subitens 3.05, 7.02, 7.04, 7.05, 7.09, 7.10, 7.12, 7.14, 7.15, 7.16, 7.17, 7.19, 11.02, 17.05 e 17.10 da lista anexa. (grifa-se)

Então, no serviço de fornecimento de mão de obra (item 17.05), deve o tomador responsabilizar-se pelo tributo, realizando o recolhimento ao município onde a mão de obra for empregada.

Da mesma forma, na terceirização de serviços de limpeza e conservação (item 7.10), a empresa tomadora será responsável pelo recolhimento.

Os demais serviços deverão observar exclusivamente as regras das respectivas legislações municipais às quais se submetem.

 

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Explanados os principais pontos que caracterizam e diferenciam o fornecimento de mão de obra dos serviços de recrutamento e seleção de pessoal e também das mais diversas hipóteses de terceirização de serviços, pode-se concluir que as empresas que necessitam da mão de obra poderão optar por contratar de diversas formas e que conforme se realizarem estes contratos será sentido os reflexos no campo tributário, especialmente, no que interessa ao presente estudo, à incidência do ISSQN.

Qualquer que seja a forma adotada haverá a incidência do imposto municipal sobre serviços, porque nas três modalidades estudadas verifica-se a presença de serviços tributáveis, no entanto, importa evidenciar com muita clareza qual o serviço prestado sob pena de não se sustentar o lançamento.

Fundamentar a exigência do ISSQN indicando erroneamente o item da Lista de Serviços no qual está a atividade prevista, pode fazer ruir o lançamento, por erro na determinação da matéria tributável, em ofensa ao artigo 142 do CTN.

Assim, conclui-se que nos serviços de agenciamento, recrutamento e seleção de mão de obra, o empregado será sempre da empresa tomadora, e a agência será contribuinte do imposto municipal conforme o item 17.04 da Lista de Serviços, incidindo sobre o valor exigido por realizar esta aproximação de partes entre o empregado e o empregador.

O serviço de fornecimento de mão de obra exige que seja aperfeiçoado por critérios jurídicos bem definidos, que se pode resumir na contratação com fundamento na Lei no 6.019, de 1974, exceção feita aos serviços de segurança bancária.

A atividade é prevista na atual Lista de Serviços no item 17.05 e o valor sujeito ao imposto municipal será o somatório exigido pela empresa fornecedora da mão de obra da empresa tomadora, sem qualquer dedução, ainda que relativa a remuneração dos empregados e encargos sociais. O contribuinte, neste caso, é substituído pelo responsável tributário, eleito pela lei o tomador do serviço.

Finalmente, a terceirização poderá encontrar enquadramento em muitos dos itens da Lista de Serviços, devendo receber o tratamento tributário conforme a atividade realizada, de acordo com a natureza dos serviços prestados, considerados em sua unidade, lembrando que incorreta a tributação dos serviços terceirizados como se fornecimento de mão de obra fosse, porquanto nesta modalidade de contrato o que

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as partem avençam não está relacionado diretamente à força laboral, mas sim à realização de determinado objeto.

 

REFERÊNCIAS

BRASIL. Código de Processo Civil. Lei nº   5.869, de 1973 . Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 28. maio 2014.

BRASIL. Código Tributário Nacional. Lei nº 5.172, de 1966. 31ª ed. São Paulo: Saraiva, 2002.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 28. maio 2014.

BRASIL. Lei Complementar nº 116, de 2003. Disponível em <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 28. maio 2014.

BRASIL. Lei do Trabalho Temporário nas Empresas Urbanas. Lei nº 6.019, de 1974. Disponível em <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 24. maio 2014.

BRASIL. Regulamento da Lei nº 6.019, de 1974. Decreto 73.841, de 1974. Disponível em <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 24. maio 2014.

MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 29ª ed. São Paulo: Atlas, 2013.

LIMA NETO, Arnor. Cooperativas de Trabalho: Intermediação de Mão-de-Obra e Subtração de Direitos dos Trabalhadores. 1ª ed. (ano 2004), 3ª tir./Curitiba: Juruá, 2006.

Tauil, Roberto. Artigo: O ISS e a “Locação” de Mão-de-obra. Disponível em <http://www.consultormunicipal.adv.br/novo/fizmun/0027.pdf> Acesso em: 24. maio 2014. 

[1] Auditora Fiscal Tributária da Prefeitura Municipal de Blumenau – SC.

[2] O julgamento na chamada sistemática repetitiva, introduzida no ordenamento processual pela Lei 11.672, de 2008, que, alterando o Código de Processo Civil, nele incluiu o Artigo 543-C, tem como efeito a pacificação do tema sobre o qual versar a decisão, de tal forma que não é admitido agravo de instrumento que vise o processamento de recurso especial para discussão de questão semelhante. Na prática, a decisão é irrecorrível se em segunda instância o julgamento for ao mesmo sentido da disciplina pacificada.

[3] CF. Art. 146. Cabe à lei complementar:

[...]

III – estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:

1. a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; [...]

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[4] O responsável tributário é conceituado pelo inciso II do parágrafo único do Art. 121 do CTN como a pessoa que, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorre de disposição expressa de lei.

[5] Nos termos previstos pelo Art. 128 do CTN e também pelo Art. 6° da LC no 116/2003.

Controle fiscal em subcontas contábeis 26 de setembro de 2014 07:56

Postado por: Edison Fernandes

Pelo menos desde 1976, a legislação contábil procura se desvencilhar da legislação tributária. Apesar da instituição do Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur), que pretendia ajustar o resultado contábil para efeito de cálculo dos tributos sobre o lucro – IRPJ/CSLL -, a legislação tributária exerceu forte influência nos lançamentos contábeis. Em diversas situações, a dedutibilidade de despesas, por exemplo, estava condicionada ao registro nas demonstrações contábeis.

Em 2008, com a implementação dos padrões internacionais de contabilidade pela legislação contábil, o divórcio parecia ter sido conseguido, o que ficou ainda mais claro com o Regime Tributário de Transição (RTT) e o seu controle por meio do chamado FCont, que, na prática, era (e ainda será para algumas empresas até este ano) a “contabilidade fiscal”. Tratava-se, pois, de outra escrituração contábil, obediente aos ditames tributários.

O RTT e o FCont serão definitivamente extintos em 1° de janeiro de 2015. Conquanto essa experiência transitória tenha valido como teste para a segregação dos controles (contábil e tributário), a regulamentação do novo IRPJ, que incorpora conceitos dos IFRS, resgatou em parte a influência da legislação tributária sobre a escrituração contábil. E isso se deu por meio da exigência de controles fiscais por meio da constituição de subcontas contábeis.

Estão sujeitos a esse controle – contábil para efeitos tributários –, principalmente, a adoção do valor justo e o ajuste a valor presente, recentemente regulamentados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. O controle fiscal por meio de subcontas contábeis será obrigatório a partir de 1° de janeiro de 2015 e, muito provavelmente, ficará restrito às informações destinadas ao Fisco, como é o caso da Escrituração Contábil Fiscal (ECF). A consequência para as empresas que não adotarem esse controle fiscal em subcontas contábeis é perder o efeito tributário dos ajustes relacionados aos IFRS, por exemplo: a receita relativa à mensuração pelo valor justo será tributada, o mesmo ocorrendo com a receita do ajuste a valor presente de passivos.

Como a lei tributária atual prevê a faculdade das empresas anteciparem os seus efeitos, isto é, que adotem o novo IRPJ para o ano de 2014, o controle fiscal em subcontas contábeis foi um ponto de atenção fundamental para o exercício de tal opção. Isso porque existia o receio de esse controle ter de ser implementado desde 1° de janeiro de 2014, o que poderia inviabilizá-lo. Esse receio não se concretizou: a regulamentação do novo IRPJ liberou as empresas que venham a fazer a opção da necessidade de constituir as subcontas contábeis já no ano corrente.

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