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AGÊNCIA GOIANA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA, EXTENSÃO RURAL E PESQUISA AGROPECUÁRIA COLETÂNEA DE SINAIS DE PONTUAÇÃO .,;!?: -“’’ * [ ] ( ) / ?!... 1 Rua 227A, Número 331 – Setor Leste Universitário – Goiânia / GO – CEP 74610- 060. Fone: (62) 3201 8700 – www.emater.go.gov.br Gplan/mmb

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AGÊNCIA GOIANA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA, EXTENSÃO RURAL E PESQUISA AGROPECUÁRIA

COLETÂNEA DE SINAIS DE PONTUAÇÃO

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Uma colaboração da Gerência de Planejamento e Tecnologia da Informação/Supervisão de Modernização Institucional

Maio/2016

1Rua 227A, Número 331 – Setor Leste Universitário – Goiânia / GO – CEP 74610-060.

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SINAIS DE PONTUAÇÃO

Os sinais de pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita para tentar recuperar recursos específicos da língua falada, tais como: entonação, jogo de silêncio, pausas, etc.

Usamos os sinais de pontuação para fazer pausas (mais ou menos longas) e formas de entoação que são próprias da fala.

SINAL DE PONTUAÇÃO CONCEITO/QUANDO EMPREGARPONTO FINAL (.) Ponto Final - é uma pausa longa e termina uma frase

declarativa. Exemplo: Vou à escola fazer o teste.

Usa-se no final da frase e obriga o leitor a uma paragem;

a) indicar o final de uma frase declarativa.

Ex.: Lembro-me muito bem dele.

b) separar períodos entre si.

Ex.: Fica comigo. Não vá embora.

c) nas abreviaturas

Ex.: Av.; V. Ex.ª

O ponto final é um sinal de pontuação que marca uma pausa total, absoluta. É usado:

- No final das frases declarativas e imperativas, indicando que o período frásico está finalizado, com sentido completo.

Exemplos:

Hoje de manhã acordei com dor de cabeça. O aluno já estudou toda a matéria da prova. Prestem especial atenção à próxima parte da

apresentação.

- Na escrita de palavras de forma abreviada, sendo chamado de ponto abreviativo e indicando que houve

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eliminação de letras.

Exemplos:

V.Ex.ª chegará a Brasília dentro de minutos. Meu irmão mora no 1.º andar.

Nota: Abreviaturas utilizadas internacionalmente devem ser escritas no singular, sem ponto abreviativo.

Exemplos:

h (hora); s (segundo); kg (quilograma); l (litro);

VÍRGULA (,) Vírgula – É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que os termos por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam uma unidade sintática.

- É uma curta pausa no interior da frase e usa-se em várias situações. Exemplos:

Ó Joana, vai comprar o pão, que a mãe precisa para o jantar! (depois de um chamamento)

Fui às compras e trouxe pão, leite, chocolates, carne e azeite. (para enumeração de elementos)

Vale do Paraíso, 24 de Fevereiro de 2010 (entre um nome de um lugar e uma data)

Dicas:Podemos concluir que quando há uma relação sintática entre termos da oração, não se pode separá-los por meio de vírgula.

NÃO SE SEPARAM POR VÍRGULA:

a)predicado de sujeito;

O predicativo do sujeito representa aquele termo que confere uma qualificação ao sujeito, em se tratando do

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predicado nominal. Ex.: Marina continua alegre.

b) objeto de verbo;

É o termo que completa o sentido de um verbo transitivo direto:

DICA: para achar o objeto direto, basta perguntar O QUÊ? ou QUEM? ao verbo. A resposta para a pergunta, quando NÃO exprimir uma circunstância, será o objeto direto.

Desenvolvi uma nova tecnologia.pergunta: Desenvolvi o quê? / resposta: uma nova tecnologia = objeto direto.

Encontrei meus amigos na festa.pergunta: Encontrei quem? / resposta: meus amigos = objeto direto.

Ele bebeu da água envenenada.Pergunta: Ele bebeu o quê? / resposta: da água envenenada – objeto direto preposicionado

Atenção: funcionam como objeto direto na frase os pronomes oblíquos O(S), A(S), LO(S), LA(S), NO(S) e NA(S).

Encontrei-o na festa. / Eles encontraram-no. / Vamos encontrá-la

OBJETO INDIRETO

É o complemento do verbo transitivo indireto.

DICA: para achar o objeto indireto, basta perguntar (DE) QUÊ? ou (DE) QUEM? ao verbo. A resposta para a pergunta, quando NÃO exprimir uma circunstância, será o objeto indireto.

Observação: a preposição DE das perguntas DE QUÊ? ou DE QUEM? pode ser substituída por outras preposições: A. POR, COM, EM. Mas não se esqueça de que só será objeto indireto quando a resposta para a pergunta feita ao verbo não exprimir uma circunstância.

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Os garotos zombaram de seus companheiros.pergunta: Zombaram de quem? / resposta: de seus companheiros = objeto indireto.

Um homem estranho atentou contra a vida do rei.pergunta: Atentou contra o quê? / resposta: contra a vida do rei = objeto indireto.

Deparei com um estranho.pergunta: Deparei com o quê? / resposta: com um estranho = objeto indireto.

Nunca desobedeci a meu pai.pergunta: Desobedeci a quem? / resposta: a meu pai = objeto indireto.

Atenção: Funciona como objeto indireto na frase o pronome oblíquo LHE(S)

O pai batia-lhe / Devolva-lhe o dinheiro / Disse-lhe tudo.

c) adjunto adnominal de nome;

É o termo que determina, especifica ou explica um substantivo. O adjunto adnominal possui função adjetiva na oração, a qual pode ser desempenhada por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, pronomes adjetivos e numerais adjetivos. Veja o exemplo a seguir:

O poeta inovador enviou dois longos

trabalhosao seu amigo de infância.

SujeitoNúcleo do Predicado Verbal

Objeto Direto Objeto Indireto

Na oração acima, os substantivos poeta, trabalhos e amigo são núcleos, respectivamente, do sujeito determinado simples, do objeto direto e do objeto indireto. Ao redor de cada um desses substantivos agrupam-se os adjuntos adnominais:

o artigo" o" e o adjetivo inovador referem-se a poeta;

o numeral dois e o adjetivo longos referem-se ao substantivo trabalhos;

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o artigo" o" (em ao), o pronome adjetivo seu e a locução adjetiva de infância são adjuntos adnominais de amigo.

Observe como os adjuntos adnominais se prendem diretamente ao substantivo a que se referem, sem qualquer participação do verbo. Isso é facilmente notável quando substituímos um substantivo por um pronome: todos os adjuntos adnominais que estão ao redor do substantivo têm de acompanhá-lo nessa substituição.

d) complemento nominal de nome;

É o termo que completa o sentido de uma palavra que não seja verbo. Assim, pode referir-se a substantivos, adjetivos ou advérbios, sempre por meio de preposição.

Exemplos:

Cecília tem orgulho da filha. substantivo complemento nominal

Ricardo estava consciente de tudo. adjetivo complemento nominal

A professora agiu favoravelmente aos alunos. advérbio complemento nominal

e) predicativo do objeto do objeto;

Chamamos “predicativo do objeto” o termo da oração que faz uma atribuição ao objeto por meio de um verbo. O predicativo pode ser expresso por um adjetivo ou substantivo.

Veja a seguir um exemplo em que o predicativo indica uma qualificação do objeto:

“O diretor nomeou Elisa primeira bailarina”.

Neste exemplo, “bailarina” é a atribuição dada ao objeto direto do verbo nomear (Elisa). Logo, classificamos como

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predicativo do objeto.

Geralmente, o predicativo do objeto aparece com objeto direto. Raramente aparece com objeto indireto. Alguns gramáticos até consideram que o verbo chamar é o único verbo que admite predicativos do objeto. Vejamos neste exemplo:

“A vizinha chamou-lhe ladrão”.

f) oração principal da subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça na ordem inversa)

As orações subordinadas se dividem em: substantivas (quando exercem a função de substantivo); adjetivas (quando exercem a função de adjunto adnominal) ou adverbiais (quando desempenham a função de adjunto adverbial).

As orações subordinadas substantivas podem ser:

1. Subjetivas - funcionam como termo essencial (sujeito) da oração principal: "É imprescindível que você participe do evento."

2. Objetivas Diretas - exercem a função de objeto direto do verbo presente na oração principal: "O prefeito disse que o prazo para as licitações será prorrogado."

3. Objetivas Indiretas - cumprem a função de objeto indireto do verbo que as antecede: "Eles gostaram de que fosse feita a pesquisa."

4. Completivas Nominais - complementam o nome (substantivo) contido na oração principal: "Tenho convicção de que ele retornará o mais brevemente."

5. Predicativas - desempenham a função de predicativo do sujeito: "O problema da monografia é que você não cumpriu com todos os objetivos traçados."

6. Apositivas – funcionam como aposto (termo explicativo da oração principal): "Desejo-lhe uma coisa: que tenhas um abençoado 2016!"

A vírgula no interior da oração

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É utilizada nas seguintes situações:

a) separar o vocativo. Exemplos:

Maria, traga-me uma xícara de café.A educação, meus amigos, é fundamental para o progresso do país.

b) separar alguns apostos. Ex.: Valdete, minha antiga empregada, esteve aqui ontem.

c) separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado. Exemplos:

Chegando de viagem, procurarei por você.As pessoas, muitas vezes, são falsas.

d) separar elementos de uma enumeração.

Ex.: Precisa-se de pedreiros, serventes, mestre-de-obras.

e) isolar expressões de caráter explicativo ou corretivo.

Ex.: Amanhã, ou melhor, depois de amanhã podemos nos encontrar para acertar a viagem.

f) separar conjunções intercaladas.

Ex.: Não havia, porém, motivo para tanta raiva.

g) separar o complemento pleonástico antecipado.

Ex.: A mim, nada me importa.

h) isolar o nome de lugar na indicação de datas.

Ex.: Belo Horizonte, 26 de janeiro de 2001.

i) separar termos coordenados assindéticos.

Ex.: "Lua, lua, lua, lua,por um momento meu canto contigo compactua..." (Caetano Veloso)

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j) marcar a omissão de um termo (normalmente o verbo).

Ex.: Ela prefere ler jornais e eu, revistas. (omissão do verbo preferir)

Dicas:Termos coordenados ligados pelas conjunções: e, ou, nem dispensam o uso da vírgula.Exemplos:

Conversaram sobre futebol, religião e política.Não se falavam nem se olhavam.Ainda não me decidi se viajarei para Bahia ou Ceará.

Entretanto, se essas conjunções aparecerem repetidas, com a finalidade de dar ênfase, o uso da vírgula passa a ser obrigatório.

Ex.: Não fui nem ao velório, nem ao enterro, nem à missa de sétimo dia.

Atenção:Há três casos em que se usa a vírgula antes da conjunção e:

1) quando as orações coordenadas possuírem sujeitos diferentes.

Ex.: Os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres.

2) quando a conjunção “e” vier repetida com a finalidade de dar ênfase (polissíndeto).

Ex.: E chora, e ri, e grita, e pula de alegria.

3) quando a conjunção “e” assumir valores distintos que não retratarem sentido de adição (adversidade, consequência, por exemplo)

Ex.: Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi aprovada.

Dicas:

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Essas orações poderão ter suas vírgulas substituídas por duplo travessão.

1) separar as orações intercaladas.

Ex.: "- Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em estar plantando-a...”

Ex.: "Senhor - disse o velho - tenho grandes contentamentos em estar plantando-a...”

PONTO E VÍRGULA (;) Ponto e Vírgula - é uma pausa mais longa do que a virgula e mais curta que um ponto final. Utiliza-se geralmente para enumerar fatos.

Exemplo: A Joana é uma boa aluna: faz os trabalhos de casa e estuda para os testes; ajuda os colegas com mais dificuldades e vai para a biblioteca estudar; é pontual e assídua.

- usa-se para separar orações coordenadas; obriga a uma pausa mas não termina a frase; a) separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de uma sequência, item enumerados, etc.

Ex.: Art. 127 – São penalidades disciplinares:I- advertência;II- suspensão;III- demissão;IV- cassação de aposentadoria ou disponibilidade;V- destituição de cargo em comissão;VI- destituição de função comissionada. (cap. V das penalidades referentes ao Direito Administrativo)

b) separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já tenham utilizado a vírgula.

Ex.: “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto tenso (...) " (O visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay)

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O ponto e vírgula (;) é um sinal de pontuação intermediário entre o ponto e a vírgula. Indica uma pausa ao mesmo tempo que indica que o período frásico ainda não acabou. É usado nos seguintes casos:

Conjunções adversativas

É também usado na separação de conjunções adversativas, podendo, assim, substituir a vírgula.

Exemplos:

Pensei que conseguiria terminar o trabalho esta semana; porém, só o terminarei semana que vem.

Estarei presente na reunião; contudo, não concordo com as decisões que serão comunicadas.

Orações sindéticas

O ponto e vírgula é usado ainda na separação de orações sindéticas, quando o verbo estiver antes da conjunção.

Exemplos:

Nunca fui boa aluna a matemática; esperava, contudo, passar de ano.

Sempre acreditei em você; esperava, portanto, que você cumprisse o combinado

DOIS PONTOS (:) Dois pontos é uma pausa longa e usa-se

- Para introduzir uma fala em discurso direto

Exemplo: A Rainha perguntou:

- Espelho meu, quem no Mundo há mais bela do que eu?

- Depois de uma saudação inicial de uma mensagem como carta, postal, recado, entre outras

Exemplo: Querida Mãe:

As férias estão a correr muito bem (…)

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- Para anunciar uma enumeração

Exemplo: No meu roupeiro há: camisas, calças, meias, sapatos e casacos.

- Para transcrever uma frase de outra pessoa

Exemplo: Já dizia o poeta Luís de Camões: “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”

- usam-se antes de uma citação o usa-se no final da frase e obriga o leitor a uma paragem;ou de uma enumeração

a) iniciar a fala dos personagens:

Ex.: Então o padre respondeu:- Parta agora.

b) antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que explicam, resumem ideias anteriores.

Ex.: Meus amigos são poucos: Fátima, Rodrigo e Gilberto.

c) antes de citação

Ex.: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.”

PONTO DE INTERROGAÇÃO (?)

Ponto de Interrogação – é uma pausa longa e indica que há uma pergunta

Exemplo: Vais para a explicação?

- usa-se para fazer uma pergunta;

a) Em perguntas diretas

Ex.: Como você se chama?

b) Às vezes, juntamente com o ponto de exclamação

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Ex.: Quem ganhou na loteria?- Você.- Eu?!

PONTO DE EXCLAMAÇÃO (!)

Ponto de Exclamação– é uma pausa longa e indica uma frase exclamativa que exprime de forma intensa um sentimento, uma emoção, uma sensação ou uma ordem

Exemplo: Que calor! Queria tanto ir à praia!

- utiliza-se quando se deseja exprimir surpresa, receio, admiração, etc.;

a) Após vocativo

Ex.: “Parte, Heliel!” (As violetas de Nossa Srª. - Humberto de Campos)

b) Após imperativo

Ex.: Cale-se!

c) Após interjeição

Ex.: Ufa! Ai!

d) Após palavras ou frases que denotem caráter emocional

Ex.: Que pena!

Exemplos:

O quê?! Como foi isto acontecer?! O que será de nós?!

O ponto de exclamação pode aparecer duplicado ou triplicado, quando enfatiza e intensifica o sentimento que está sendo expresso.

Exemplos:

Sim!!! Sim!!! – gritaram as meninas, cheias de alegria.

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Amei!!! Contem comigo, que ideia fantástica!

RETICÊNCIAS (…) Reticências - é um sinal de pontuação que marca uma interrupção, indicando uma suspensão na melodia frásica. São usadas para:

- Indicar a suspensão ou interrupção de uma ideia ou pensamento.

Exemplos:

Está na hora de ir embora, porque … Às vezes, fico pensando que…

- Indicar que uma ação ainda não acabou.

Exemplos:

A chuva caia… Os dias passavam…

- Transmitir na linguagem escrita sentimentos e sensações típicas da linguagem falada, como hesitações, dúvidas, surpresa, ironia, suspense, tristeza, ironia,…

Exemplos:

Eu… eu não sei… não sei o que podemos fazer agora… Não a quero ver… nem falar com ela… não… nunca mais…

- Indicar uma ideia que se prolonga, deixando que a conclusão do sentido da frase seja feita conforme a interpretação pessoal dos leitores.

Uso de letra maiúscula ou minúscula depois das reticências

Deverá ser usada letra maiúscula se a ideia expressa antes das reticências estiver concluída, mesmo tendo sido concluída com um sentido vago, havendo novo início de frase, com transmissão de uma nova ideia.

Exemplos:

Não tive tempo de ver isso… Estavam todos esperando 14

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por mim, então fui embora. Heloísa fez de manhã as compras para o bolo: farinha,

açúcar, chocolate, ovos,… De tarde preparou os enfeites para a festa.

Deverá ser usada letra minúscula se a ideia expressa antes das reticências não estiver concluída, sendo retomada na continuação da frase.

Exemplos:

A mãe pensou, pensou, pensou,… mas continuou sem saber que decisão tomar.

Como eu estava dizendo… bem… infelizmente, você não foi o escolhido para representar a empresa.

TRAVESSÃO (—) Travessão - utiliza-se nos diálogos para indicar a fala das personagens;

a) dar início à fala de um personagem

Ex.: O filho perguntou:— Pai, quando começarão as aulas?

b) indicar mudança do interlocutor nos diálogos

Ex.: - Doutor, o que tenho é grave?- Não se preocupe, é uma simples infecção. É só tomar um antibiótico e estará bom

c) unir grupos de palavras que indicam itinerários

Ex.: A rodovia Belém-Brasília está em péssimo estado.

Dicas:Também pode ser usado em substituição à virgula em expressões ou frases explicativas

Ex.: Xuxa — a rainha dos baixinhos — será mãe.PARÊNTESES ( ) Parênteses são sinais de pontuação que marcam um

momento intercalado no texto, onde há acréscimo de informação acessória. Sendo acessória, a informação dos parênteses pode ser retirada da frase sem alterar o sentido da mesma, sendo assim dispensável. Contudo, quando

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presente, enriquece o conteúdo frásico com informação extra, bem como esclarece o que foi dito. Os parênteses são usados:

- Na introdução de explicações, comentários, considerações e reflexões sobre algo que foi mencionado na frase.

Exemplos:

Existe dois tipos de orações coordenadas: as sindéticas (ligadas através de uma conjunção) e as assindéticas (ligadas através da vírgula).

Ela disse que cumpriria sua parte do combinado. (Será?)

- Na separação de orações intercaladas com verbos declarativos, principalmente quando curtas. Além dos parênteses, também é possível a utilização da vírgula ou de travessões na separação de orações intercaladas.

Exemplos:

Há quem o faça (mas não o aconselha) por isso não o farei.

Eles dizem (embora ninguém acredite) que são de confiança.

- Na introdução de dados biográficos, bibliográficos e indicações cênicas. Os dados biográficos se referem ao período de vida de uma pessoa e ao seu local de nascimento, entre outros. Nos dados bibliográficos podemos incluir o nome do autor, o nome da obra e o ano de publicação da obra, entre outros. As indicações cênicas se referem às indicações que são dadas aos atores nas peças de teatro para contextualizar a ação dos mesmos em palco.

Exemplo de dados biográficos:

Maria Heloísa Magalhães (Paris, 1960 - Rio de Janeiro, 2012) foi a fundadora da empresa.

Exemplo de dados bibliográficos:

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“Agora eu quero contar as histórias da beira do cais da Bahia.” (Jorge Amado, Mar Morto, 1936.)

Exemplo de indicações cênicas:

Rogério – Você está vindo tão tarde hoje… Marília (entrado na sala) – Eu sei, fiquei presa no trânsito.

- Na indicação da possibilidade de leitura de uma certa palavra no gênero masculino ou feminino, bem como no singular ou no plural. Além dos parênteses, também é possível a utilização da barra na indicação dessas possibilidades de leitura.

Exemplos:

Avisam-se que os(as) alunos(as) não estarão presentes na reunião.

Todos(as) os(as) interessados(as) deverão se candidatar à vaga de emprego.

Pontuação dentro ou fora dos parênteses

Há sinais de pontuação que podem aparecer dentro ou fora dos parênteses, dependendo da situação. Se houver uma frase completa dentro dos parênteses, deverá ser pontuada autonomamente. Se houver apenas uma pequena palavra ou informação, pontua-se apenas a frase principal onde essa informação está inserida.

Exemplo de pontuação fora dos parênteses:

Vou viajar com familiares: Beth (minha irmã mais nova) e Cláudia (minha prima mais velha).

Exemplo de pontuação dentro dos parênteses:

Será que conseguiremos ir à praia? (E aproveitar este belo dia de sol?)

Parênteses ou parêntesis

Existe alguma confusão quanto ao uso da palavra parênteses ou da palavra parêntesis. Devemos privilegiar o

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uso da palavra parêntese, com plural parênteses, porque é a forma aportuguesada da palavra, enquanto parêntesis é a forma da palavra em latim. Contudo, ambas as formas são corretas.

Exemplos:

A frase deverá ser escrita entre parênteses.

A frase deverá ser escrita entre parêntesis

Dicas:Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão.

Parênteses quebrados ou angulares

Os parênteses quebrados ou angulares são sinais gráficos usados:

- Para indicar grafemas, os símbolos gráficos da língua portuguesa.

Exemplos:

< ´ > < m > < s >

- Para indicar a evolução fonética de uma palavra. Assim, o sinal > indica que a palavra anterior dá origem à palavra seguinte. Se for usado o sinal <, este indica que a palavra anterior teve sua origem na palavra seguinte.

Exemplos:

oculu > oclu > olho arena > area > areia ipsu > isso

- Para indicar, em bibliografias, consulta de textos e informações em sites da internet.

Exemplos:

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Adjetivos Pátrios, , com acesso em 25 de fevereiro de 2014.

Obrigado ou obrigada, < http://www.normaculta.com.br/obrigado-ou-obrigada/>, com acesso em 2 de março de 2014

A barra oblíqua é um sinal gráfico usado:

- Para indicar disjunção e exclusão, podendo ser substituída pela conjunção ou.

Exemplos:

Poderemos optar por: carne/peixe/dieta. Poderemos optar por: carne, peixe ou dieta.

- Para indicar inclusão, quando utilizada na separação das conjunções e/ou.

Exemplos:

Os alunos poderão apresentar trabalhos orais e/ou escritos.

As avaliações serão feitas com base nas notas dos testes e/ou trabalhos.

- Para indicar itens que possuem algum tipo de relação entre si.

Exemplos:

A palavra será classificada quanto ao número (plural/singular).

A professora de português explicou a relação hipertexto/hipotexto.

O carro atingiu os 220 km/h.

- Para separar os versos de poesias, quando escritos seguidamente na mesma linha. São utilizadas duas barras para indicar a separação das estrofes.

Exemplos:

“[…]De tanto olhar para longe,/ não vejo o que passa 19

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perto,/ meu peito é puro deserto./ Subo monte, desço monte.// Eu ando sozinha/ ao longo da noite./Mas a estrela é minha.” Cecília Meireles

- Na escrita abreviada, para indicar que a palavra não foi escrita na sua totalidade.

Exemplos:

a/c - aos cuidados de s/ - sem c/ - com

- Para separar o numerador do denominador nos números fracionários, substituindo a barra da fração.

Exemplos:

1/3 – um terço 1/2 – um meio 1/5 – um quinto

- Para separar números, como o dia, mês e ano nas datas; a parte final de números de telefone diferentes; o número do prédio e apartamento nos endereços; os dois anos consecutivos em que ocorre algum evento.

Exemplos:

Nas datas: 31/03/1983 Nos números de telefone: 3225 03 50/51/52 Nos endereços: Rua do Limoeiro, 165/232 Na indicação de dois anos consecutivos: O evento de

2012/2013 foi um sucesso.

- Para indicar fonemas, ou seja, os sons da língua.

Exemplos:

/s/ /x/ /o/

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ASTERISCO (*) O asterisco é um sinal gráfico usado:

- Para marcar uma palavra indicando que há uma nota de rodapé, uma remissão ou uma citação.

Exemplo:

A palavra gentileza é formada pelo adjetivo gentil mais o sufixo -eza*.

* O sufixo -eza é um sufixo nominal que se junta a um adjetivo para dar origem a um novo substantivo.

- Para indicar uma omissão ou lacuna num texto, quando repetido três vezes (***). É usado principalmente na omissão de um substantivo próprio.

Exemplos:

A testemunha*** preferiu permanecer anônima. O aluno*** será sujeito a um processo disciplinar.

- Antes de uma palavra para indicar que esta não se encontra documentada, sendo hipotética.

Exemplos:

Poder, do latim vulgar *potere Parecer, do latim *parescere

- Antes de uma frase para indicar que a mesma é agramatical.

Exemplos:

*Eu fizemos tudo.

*Ela sai tua na casaASPAS (“) Aspas são um sinal de pontuação cuja principal finalidade é

destacar alguma parte de um texto, distinguindo-a do restante. Esse destaque pode se dever a várias razões. Assim, as aspas são usadas:

- No início e no fim de citações ou transcrições de outros

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textos.

Exemplo de uma citação:

Como afirmou Descartes: “Penso, logo existo”.

Exemplo de uma transcrição:

“Agora eu quero contar as histórias da beira do cais da Bahia.” (Jorge Amado, Mar Morto, 1936.)

- No início e no fim de palavras e expressões que não se enquadram na norma padrão e culta do português, como estrangeirismos, neologismos, arcaísmos, gírias e expressões populares.

Exemplos:

Faremos tudo “asinha”. Meu filho é um verdadeiro “cibernauta”, vive na Internet. Os alunos já receberam o “feedback” das apresentações?

- No início e no fim de palavras e expressões que se pretendem destacar, conferindo-lhes ironia ou ênfase.

Exemplo de palavra irônica:

Que “belo” trabalho! Você conseguiu estragar tudo o que já estava feito!

Exemplo de palavra enfatizada:

O filho levou um “não” redondo do pai.

- No início e no fim de nomes de obras literárias ou artísticas, como títulos de livros, de obras de arte, de filmes, de músicas,... Nestes casos, as aspas podem ser substituídas por uma escrita em itálico, levemente inclinada para a direita.

Exemplos:

Estamos lendo e estudando “Capitães de Areia” nas aulas de português.

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Ver ao vivo “Guernica” de Picasso foi sensacional.

Uso de aspas simples

Aspas simples deverão ser usadas quando a parte do texto que se quer destacar com aspas já se encontra dentro de um trecho destacado com aspas.

Exemplo:

O aluno explicou à professora o que aconteceu: “Ela foi chamada de 'quatro-olhos' e ficou muito triste”.

COLCHETES [ ] Colchetes, também chamados de parênteses retos, são um sinal de pontuação de uso mais restrito do que os parênteses, sendo usados em linguagem científica e técnica, como textos filológicos, linguísticos, matemáticos, didáticos,… São usados:

- Em construções previamente separadas por parênteses.

Exemplos:

Existe dois tipos de orações coordenadas: as sindéticas (ligadas através de uma conjunção) e as assindéticas (ligadas através de uma pausa [normalmente simbolizada pela vírgula]).

21 x [36: (6 + 2)]

- Quando uma citação está incompleta, havendo partes da mesma que não foram transcritas.

Exemplos:

“ Houve momentos de alegria e de tristeza, havendo também […] experiências inesquecíveis […]”

“[…] estaria para sempre esperando por mim.”

- Quando há acréscimo de informação numa citação, bem como quando há acréscimo de comentários em textos, alterando sua forma original.

Exemplos:

Como afirmou Descartes: “Penso, logo [eu] existo”.

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“Agora eu quero contar as [verdadeiras] histórias da beira do cais da Bahia.” (Jorge Amado, Mar Morto, 1936.)

Passaremos então a estudar as poesias de Fernando Pessoa [um ilustre poeta português].

- Com a palavra latina sic, em transcrições, para identificar erros no texto original. Além de aparecer entre colchetes, a palavra sic também costuma aparecer em itálico, levemente inclinada para a direita.

Exemplos:

“Todos queriam saber se concerto [sic] da televisão era fácil.”

"Foi quando el [sic] rei chegou ao Brasil.”

- Nas transcrições fonéticas que aparecem em alguns dicionários, que representam os sons da fala através do alfabeto fonético internacional.

Exemplos:

cada [kada] vê [ve]

- Nas referências à etimologia das palavras que aparecem em alguns dicionários.

Exemplos:

loja [do fr. loge] alface [do ár. al-hassa(t)] território [do lat. territorium]

HÍFEN (-) O hífen é um sinal gráfico complementar de união semântica. É usado:

em substantivos compostos; em palavras formadas por derivação prefixal; em locuções; na colocação pronominal; na divisão silábica e translineação; em encadeamentos vocabulares.

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Hífen em substantivos compostos

O hífen é usado na formação de substantivos compostos através de justaposição. Segundo o Novo Acordo Ortográfico, o hífen se mantém nas palavras compostas por justaposição sem elementos de ligação, cujos elementos formam uma unidade com significado próprio.

Exemplos: matéria-prima, arco-íris, decreto-lei, ano-luz, guarda-chuva, segunda-feira, …

Além disso, mantém-se em alguns topônimos (iniciados por grã, grão ou formas verbais); em nomes de espécies botânicas e zoológicas; em palavras formadas com os advérbios mal e bem; em palavras formadas com além, aquém, recém e sem.

Exemplos:

Topônimos: Grã-Bretanha, Grão-Pará, Passa-Quatro,… Espécies botânicas e zoológicas: bem-te-vi, erva-doce,

andorinha-do-mar, capim-açu,… Palavras com advérbios mal e bem: mal-estar; bem-estar;

mal-humorado; bem-humorado,… Palavras com além, aquém, recém e sem: recém-nascido,

além-fronteiras, sem-vergonha,…

Contudo, o hífen foi abolido nas palavras compostas por justaposição quando já se perdeu esta noção de composição.

Exemplos: girassol, madressilva, paraquedas, paraquedista, paraquedismo,…

Hífen em palavras formadas por derivação prefixal

O hífen é usado na formação de palavras por derivação prefixal. Segundo o Novo Acordo Ortográfico, a regra base é que o hífen é utilizado quando o prefixo/elemento não autônomo/falso prefixo termina com a mesma letra que começa a segunda palavra ou quando a segunda palavra começa com h.

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Exemplos – segunda palavra começa com a mesma letra: micro-organismo, micro-ondas, contra-ataque, contra-atacante, anti-inflamatório, sobre-exaltar, sobre-erguer, extra-amazônico, extra-alcance,…

Exemplos – segunda palavra começa com h: micro-história, contra-habitual, anti-higiênico, sobre-humano, extra-humano, extra-hospitalar,...

Em todas as outras situações, o prefixo é escrito junto à palavra já existente. Salienta-se que nas formações em que o prefixo termina em vogal e a segunda palavra começa com as consoantes r ou s, estas consoantes deverão ser duplicadas.

Exemplos – sem hífen: microbiologista, micronutriente, anticoncepcional, contracheque, contraproposta, sobrenome, sobrenatural, sobremesa, sobreaviso, extrajudicial, extragalático, extranormal,…

Exemplos – com consoantes r ou s duplicadas: microrregião, microssegundo, antissocial, antirrugas, contrassenso, contrarreforma,...

Casos específicos

Nos prefixos sob- e sub-, além do h e do b, também se utiliza hífen quando a segunda palavra começa pela letra r.

Exemplos: sub-bibliotecário, sub-base, sub-região, sub-reino, …

Com o prefixo co- apenas se utiliza o hífen quando a segunda palavra começa com h. Em todas as outras situações, o prefixo é escrito junto à palavra já existente, mesmo quando a segunda palavra começa com a mesma letra com que termina o prefixo.

Exemplos: cooperar, coordenar, coadjuvar, coprodutor, copiloto, ...Nota: No entanto, verifica-se que esta regra não se aplica à palavra coabitar.

Com os prefixos pró-, pós- e pré- se utiliza o hífen quando

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os prefixos forem tônicos e autônomos da segunda palavra.

Exemplos: pós-graduação, pré-fabricado, pró-vida,…

Quando os prefixos pro-, pos- e pre- forem átonos e não forem autônomos da segunda palavra, não se emprega o hífen. Ocorre a aglutinação do prefixo com o outro elemento, ou seja, formam uma só palavra.

Exemplos: predeterminar, pospor, propor, prever,…

Com os prefixos circum- e pan- se utiliza o hífen quando a segunda palavra começa por vogal, m, n ou h.

Exemplos: circum-navegação, pan-americano, circum-murado,...

Com os prefixos ex-, vice-, vizo-, soto- e sota- se utiliza sempre o hífen.

Exemplos: ex-diretor, vice-presidente, vizo-rei, soto-mestre,...

Hífen em locuções

O hífen é usado em locuções consagradas pelo uso, com significado próprio.

Exemplos: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará e à queima-roupa.

Contudo, não deverá ser utilizado hífen nas locuções substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais.

Exemplos: dia a dia, fim de semana, sala de jantar, cão de guarda, cor de vinho, café com leite, à toa, à vontade, …

Hífen na colocação pronominal

O hífen é usado na ligação de pronomes pessoais oblíquos átonos aos verbos, proporcionando a colocação pronominal em mesóclise (intercalado no meio do verbo) e

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ênclise (depois do verbo). Os pronomes oblíquos átonos são: me, te, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes.

Exemplos:

oferecer-nos-ão (mesóclise); oferecer-te-emos (mesóclise); ofereceram-me (ênclise); ofereci-lhe (ênclise).

Hífen na divisão silábica e translineação

O hífen é usado na divisão silábica e na translineação. Na translineação, o hífen deverá ser escrito no fim da linha, antes da mudança das restantes sílabas da palavra para a outra linha. Caso seja uma palavra hifenizada e o fim da linha coincidir com o hífen, este deverá ser repetido no início da outra linha.

Exemplos de divisão silábica:

mar-ga-ri-da; tro-vo-a-da; ca-ri-nho; hi-po-té-ti-co.

Exemplos de translineação:

al- moço; corte- sia; disseram- -me; couve- -flor.

Hífen em encadeamentos vocabulares

O hífen é usado na ligação de palavras que se juntam em algumas situações, formando encadeamentos vocabulares, com significados distintos.

Exemplos: a ponte Rio-Niterói, a rodovia Rio-Santos, a divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade, a ponte aérea São

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Paulo-Manaus,…

Atenção!Não confundir o hífen com o travessão. O travessão é um sinal de pontuação e é mais longo do que o hífen, que é um sinal gráfico complementar.

Meia-risca ou meio-traço

Muito confundido com o hífen e com o travessão, a meia-risca ou meio-traço é um sinal gráfico usado para unir elementos enumerados em série, como letras ou números, separando as extremidades de um intervalo e indicando ausência.

PARÁGRAFO ( §) Um parágrafo é formado por um ou mais períodos frásicos cujas orações se prendem pelo mesmo grupo de ideias e centro de interesse. A primeira linha do parágrafo é iniciada um pouco à frente da margem da folha, ponto onde se iniciam as restantes linhas do parágrafo. É finalizado por um sinal de pontuação.

Sempre que se termina um grupo de ideias e se passa para outro centro de interesse, é utilizado o ponto parágrafo, que indica o fim de um parágrafo. Indica também a necessidade de mudança de linha para o início de um novo parágrafo.

Exemplos:Meu dia começou como habitualmente. Acordei, me arrumei, tomei o café da manhã e fui trabalhar.Chegando ao trabalho, algo inesperado aconteceu: o escritório estava alagado. Todos os funcionários foram dispensados, porque não havia condições para que fizéssemos nosso trabalho.Voltei para casa e descansei o resto do dia.

A utilização de parágrafos permite uma boa estruturação do texto por assuntos e possibilita a criação de uma mancha gráfica que facilita a leitura e o entendimento do texto.

O sinal gráfico representativo do parágrafo é §, sendo

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formado por ss estrelaçados que se referem às iniciais das palavras em latim signum sectionis, que significam sinal de separação. Este sinal gráfico é pouco utilizado, aparecendo maioritariamente na designação de artigos de leis.

ALÍNEA A alínea é um tipo de estruturação da linguagem escrita que indica a divisão de um tema ou assunto, enumerando vários subtópicos do mesmo. É representada por letras minúsculas ordenadas alfabeticamente ou por números por ordem crescente, seguidos de um parêntese curvo. Cada alínea deverá ser escrita numa nova linha.

Exemplos:

Existem seis tipos de orações subordinadas substantivas:

As funções desse funcionário são:

1) Manter os clientes informados sobre novas promoções;2) Angariar novos clientes e estabelecer novas parcerias; 3) Verificar diariamente a correspondência da empresa.

E/OU — valor da barra inclinada

Prezado professor: assim como no futebol todos se consideram técnicos, muitos se consideram especialistas no nosso idioma, principalmente no ambiente acadêmico. A discussão comeu solta em nossa universidade a respeito da seguinte frase:

Serão considerados docentes permanentes os professores que desenvolvam atividades de ensino na graduação E/OU pós-graduação.

Por causa deste e/ou, um grupo defende que o professor, para ser considerado docente permanente, terá de estar obrigatoriamente ligado à graduação, sendo opcional seu vínculo com a pós-graduação. Outro grupo, no entanto, entende que o artigo acima permite que um professor seja classificado como docente permanente mesmo que esteja ligado apenas à pós-graduação. Sem entrar no mérito da questão, mas exclusivamente dentro da visão lingüística, qual dos dois grupos faz a interpretação correta?

Jacob W. – Campinas (SP)

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Meu caro Jacob, o emprego do E/OU sempre traz esse perigo; apesar de ser um operador muito útil, acho que ainda não está suficientemente

difundido para ser usado sem causar discórdia. Há, inclusive, quem o considere uma invenção pedante e desnecessária, mas me atrevo a dizer, com base na experiência que acumulei na minha página da internet, que a maior parte dos que se opõem a ele mudaria de ideia se soubesse exatamente para que  finalidade ele foi criado.

Sua origem se explica por uma daquelas diferenças bem marcantes que existem entre a linguagem da Lógica Formal e a linguagem humana, principalmente no valor de conectores como E, OU e MAS. Onde usamos nosso OU, o Latim usava duas palavras diferentes, vel e aut. O primeiro era um OU fraco, inclusivo, significando “um ou outro, possivelmente ambos“; o segundo era um OU forte, exclusivo, significando “ou será um, ou será outro“.

1 – OU inclusivo (qualquer um dos dois):

É uma flor delicada; o frio OU o calor excessivos podem fazê-la morrer.

Ele aceita trocar o carro por ações OU por mercadorias.

2 – OU exclusivo (ou um, ou outro):

O cargo de presidente, que está vago, será ocupado por João OU Pedro.

Esta chave deve pertencer a Pedro OU àquele professor visitante.

A Lógica Formal resolveu o problema criando dois símbolos diferentes, um para cada tipo de OU. Uma língua natural como o Português, porém, não pode “criar” conjunções ou preposições; por causa disso surgiu a prática (adotada por alguns, mas não por todos os usuários) de usar uma barra entre o E e o OU para indicar que se trata do OU fraco (o vel do Latim), isto é, o OU inclusivo. A frase abaixo é um bom exemplo:

O calor acima dos 50 graus e/ou a umidade acima de 70% podem alterar esta substância.

Esta frase contém três afirmações diretas:

(1) o calor acima dos 50 graus pode alterar a substância,

(2) a umidade acima dos 70% pode alterar a substância,

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(3) o calor e a umidade juntos podem alterar a substância.

A frase que vocês discutiram — “serão considerados docentes permanentes os professores que desenvolvam atividades de ensino na graduação E/OU pós-graduação” — afirma, claramente, que será classificável como docente permanente

(1) o professor que só atua na graduação,

(2) o professor que só atua na pós-graduação e

(3) o professor que atua em ambas.

Como acontece em qualquer disjunção inclusiva (este é o nome técnico empregado pela Lógica), só ficará excluído o professor que não se enquadrar em nenhuma dessas três hipóteses.

Se o burocrata que escreveu esse texto sabe usar o E/OU, foi isso o que ele disse. Se tivesse escrito “na graduação E na pós-graduação”, teria dado margem à interpretação, por parte de alguns leitores, de que só seria enquadrado aquele que atuasse nas duas áreas, excluindo-se aqueles que atuassem em apenas uma delas. Por outro lado, se tivesse escrito “na graduação OU na pós-graduação”, teria dado margem à interpretação, por parte de outros, de que só se enquadraria nesta classificação aquele que lecionasse ou na graduação, ou na pós-graduação — excluindo-se o que lecionasse em ambas. Ao usar o E/OU, matou a questão: só fica excluído aquele que não leciona em nenhuma das duas.

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