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HISTÓRIA DO BRASIL PRIMEIRO REINADO 1) A manutenção da unidade territorial e do regime monárquico, no contexto da independência do Brasil, demonstra que a elite política A) possuía ideais políticos convergentes e comungava similares interesses econômicos. B) protegia o direito à autonomia regional e lutava contra a centralização política do poder. C) constituía uma classe política homogênea e propunha um projeto econômico industrializador. D) apoiava a livre escolha dos presidentes provinciais e garantia a liberdade política dos cidadãos. E) aceitava os princípios do liberalismo econômico e defendia o direito político de iniciativa popular. 2) A organização do Estado brasileiro que se seguiu à Independência resultou no projeto do grupo: A) liberal-conservador, que defendia a monarquia constitucional, a integridade territorial e o regime centralizado. B) maçônico, que pregava a autonomia provincial, o fortalecimento do executivo e a extinção da escravidão. C) liberal-radical, que defendia a convocação de uma Assembléia Constituinte, a igualdade de direitos políticos e a manutenção da estrutura social. D) cortesão, que defendia os interesses recolonizadores, as tradições monárquicas e o liberalismo econômico. E) liberal-democrático, que defendia a soberania popular, o federalismo e a legitimidade monárquica 3) Sobre aspectos sociais do processo de emancipação, assinale a única alternativa INCORRETA. A) A composição demográfica do Brasil foi alterada a partir da segunda metade do século XIX com a abolição do tráfico de escravos, em 1850, e da própria escravidão, já em 1888. A adoção da mão de obra livre trouxe os imigrantes europeus e asiáticos, que contribuíram fortemente para que o país mudasse suas feições. B) Um traço marcante da constituição do povo brasileiro é a cooperação entre as três raças (negro, branco e índio) no que ficou conhecido como a “mistura democrática das raças”. Mas essa cooperação era algo impositivo, na medida em que cada uma das etnias era consciente de suas fraquezas e limitações. C) No Império, a mulher brasileira tinha situação peculiar. Apenas as brancas podiam constituir famílias e legalizá-las. Eram privilegiadas em relação às mulheres escravas, mas não escapavam ao sistema patriarcal, que as submetia ao poder do chefe de família. D) Quando do processo de emancipação, calculava-se a população brasileira em tomo de quatro milhões de habitantes. Quase a metade era formada por escravos africanos e indígenas. Mas a outra metade não era formada exclusivamente por brancos portugueses. Neste contingente incluíam-se mestiços de todos os tipos, sobretudo os mulatos e os mamelucos. E) No Império, o catolicismo era a religião oficial do Estado brasileiro. Os padres eram funcionários públicos que recebiam ordenado do governo para cuidarem de tarefas administrativas como o registro de nascimento, casamento e óbito. 4) Art. 92. São excluídos de votar nas Assembleias Paroquiais: Os menores de vinte e cinco anos, nos quais não se compreendam os casados, e Oficiais militares que forem maiores de vinte e um anos, os Bacharéis Formados e Clérigos de Ordens Sacras. Os Religiosos, e quaisquer que vivam em Comunidade claustral. Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou empregos. Constituição Política do Império do Brasil (1824). Disponível em: https://legislação.planalto.gov.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (adaptado). A legislação espelha os conflitos políticos e sociais do contexto histórico de sua formulação. A Constituição de 1824 regulamentou o direito de voto dos “cidadãos brasileiros” com o objetivo de garantir A) o fim da inspiração liberal sobre a estrutura política brasileira B) a ampliação do direito de voto para maioria dos brasileiros nascidos livres. C) a concentração de poderes na região produtora de café, o Sudeste brasileiro. D) o controle do poder político nas mãos dos grandes proprietários e comerciantes. E) a diminuição da interferência da Igreja Católica nas decisões político-administrativas 5) A independência, porém, pregou uma peça nessas elites. Um ano após ser convocada, a Assembleia Constituinte foi dissolvida e em seu “NOSSA META É O SUCESSO DOS NOSSOS ALUNOS”

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HISTÓRIA DO BRASIL

PRIMEIRO REINADO

1) A manutenção da unidade territorial e do regime monárquico, no contexto da independência do Brasil, demonstra que a elite política

A) possuía ideais políticos convergentes e comungava similares interesses econômicos. B) protegia o direito à autonomia regional e lutava contra a centralização política do poder. C) constituía uma classe política homogênea e propunha um projeto econômico industrializador. D) apoiava a livre escolha dos presidentes provinciais e garantia a liberdade política dos cidadãos. E) aceitava os princípios do liberalismo econômico e defendia o direito político de iniciativa popular.

2) A organização do Estado brasileiro que se seguiu à Independência resultou no projeto do grupo:

A) liberal-conservador, que defendia a monarquia constitucional, a integridade territorial e o regime centralizado.B) maçônico, que pregava a autonomia provincial, o fortalecimento do executivo e a extinção da escravidão.C) liberal-radical, que defendia a convocação de uma Assembléia Constituinte, a igualdade de direitos políticos e a manutenção da estrutura social.D) cortesão, que defendia os interesses recolonizadores, as tradições monárquicas e o liberalismo econômico.E) liberal-democrático, que defendia a soberania popular, o federalismo e a legitimidade monárquica

3) Sobre aspectos sociais do processo de emancipação, assinale a única alternativa INCORRETA.

A) A composição demográfica do Brasil foi alterada a partir da segunda metade do século XIX com a abolição do tráfico de escravos, em 1850, e da própria escravidão, já em 1888. A adoção da mão de obra livre trouxe os imigrantes europeus e asiáticos, que contribuíram fortemente para que o país mudasse suas feições. B) Um traço marcante da constituição do povo brasileiro é a cooperação entre as três raças (negro, branco e índio) no que ficou conhecido como a “mistura democrática das raças”. Mas essa cooperação era algo impositivo, na medida em que cada uma das etnias era consciente de suas fraquezas e limitações.C) No Império, a mulher brasileira tinha situação peculiar. Apenas as brancas podiam constituir famílias e legalizá-las. Eram privilegiadas em relação às mulheres escravas, mas não escapavam ao sistema patriarcal, que as submetia ao poder do chefe de família. D) Quando do processo de emancipação, calculava-se a população brasileira em tomo de quatro milhões de habitantes. Quase a metade era formada por escravos africanos e indígenas. Mas a outra metade não era formada exclusivamente por brancos portugueses. Neste contingente incluíam-se mestiços de todos os tipos, sobretudo os mulatos e os mamelucos. E) No Império, o catolicismo era a religião oficial do Estado brasileiro. Os padres eram funcionários públicos que recebiam ordenado do governo para cuidarem de tarefas administrativas como o registro de nascimento, casamento e óbito.

4) Art. 92. São excluídos de votar nas Assembleias Paroquiais:Os menores de vinte e cinco anos, nos quais não se compreendam os casados, e Oficiais militares que forem maiores de vinte e um anos, os Bacharéis Formados e Clérigos de Ordens Sacras.

Os Religiosos, e quaisquer que vivam em Comunidade claustral.Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou empregos. Constituição Política do Império do Brasil (1824). Disponível em: https://legislação.planalto.gov.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (adaptado).

A legislação espelha os conflitos políticos e sociais do contexto histórico de sua formulação. A Constituição de 1824 regulamentou o direito de voto dos “cidadãos brasileiros” com o objetivo de garantir

A) o fim da inspiração liberal sobre a estrutura política brasileiraB) a ampliação do direito de voto para maioria dos brasileiros nascidos livres. C) a concentração de poderes na região produtora de café, o Sudeste brasileiro. D) o controle do poder político nas mãos dos grandes proprietários e comerciantes. E) a diminuição da interferência da Igreja Católica nas decisões político-administrativas

5) A independência, porém, pregou uma peça nessas elites. Um ano após ser convocada, a Assembleia Constituinte foi dissolvida e em seu lugar, o imperador designou um pequeno grupo para redigir uma Constituição “digna dele”, ou seja, que lhe garantisse poderes semelhantes aos dos reis absolutistas. Um exemplo disso foi a criação do Poder Moderador (...) (Mary del Priore e Renato Venancio, Uma breve história do Brasil)

Esse poder

A) ampliava os direitos das Assembleias Provinciais, restringia a ação do Imperador no tocante à administração pública e a ação do Senado. B) permitia que o Imperador reformasse a Constituição por decreto-lei e que escolhesse parte dos deputados provinciais. C) sofria de uma única limitação institucional, pois o Estado brasileiro não tinha direito de interferir nos assuntos relacionados com a Igreja Católica. D) proporcionava ao soberano poderes limitados, o que permitiu alargamento da autonomia política e econômica das províncias do Império. E) oferecia importantes prerrogativas ao Imperador, como indicar presidentes de províncias, nomear senadores e suspender magistrados.

6) Sobre a situação econômica e financeira do Brasil durante o Primeiro Reinado, é INCORRETO afirmar que

A) o Brasil passava por uma forte crise no comércio de exportação, devido à queda das suas vendas externas de açúcar no mercado Europeu. B) a situação brasileira se agravou na medida em que, depois do declínio da produção aurífera colonial, a Inglaterra perdeu o interesse de ser parceira comercial do Brasil. C) o imperador D. Pedro I fazia gastos excessivos e não voltados ao desenvolvimento econômico, como o financiamento da Guerra da Cisplatina, além de existirem problemas na arrecadação de impostos. D) o café, que seria o grande produto brasileiro de exportação no século XIX, ainda não ocupava espaço significativo no comércio exterior do país. E) havia grande carência em transportes que, aliada às dimensões continentais do território brasileiro, dificultava a integração econômica do novo país e o adequado aproveitamento de suas riquezas naturais.

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HISTÓRIA DO BRASIL

7) A crise política do I Império Brasileiro, que resultou na abdicação de D. Pedro I, teve como cerne a disputa entre a inclinação centralista-absolutista do monarca e a defesa do federalismo pelas elites econômicas regionais. A renúncia do imperador em 1831 resultou:

A) na transferência de poder às elites regionais e aos regentes, ordem política que se mostrou frágil e abriu caminho para levantes oposicionistas e populares. B) na transformação imediata de Pedro II em monarca do Reino Português na linha de sucessão da Casa de Bragança. C) no fortalecimento de movimentos separatistas regionais, em desacordo com a manutenção do regime monárquico e da escravidão. D) no surgimento de grupos políticos republicanos, que seriam embrionários do movimento que promoveu a Proclamação da República em 1889. E) na emergência de uma identidade nacional brasileira, em oposição a qualquer posição de mando de autoridades portuguesas em território nacional.

8) A crise política do I Império Brasileiro, que resultou na abdicação de D. Pedro I, teve como cerne a disputa entre a inclinação centralista-absolutista do monarca e a defesa do federalismo pelas elites econômicas regionais. A renúncia do imperador em 1831 resultou:

A) na transferência de poder às elites regionais e aos regentes, ordem política que se mostrou frágil e abriu caminho para levantes oposicionistas e populares. B) na transformação imediata de Pedro II em monarca do Reino Português na linha de sucessão da Casa de Bragança. C) no fortalecimento de movimentos separatistas regionais, em desacordo com a manutenção do regime monárquico e da escravidãoD) no surgimento de grupos políticos republicanos, que seriam embrionários do movimento que promoveu a Proclamação da República em 1889. E) na emergência de uma identidade nacional brasileira, em oposição a qualquer posição de mando de autoridades portuguesas em território nacional.

9) Após o retorno de uma viagem a Minas Gerais, onde Pedro I fora recebido com grande frieza, seus partidários prepararam uma série de manifestações a favor do imperador no Rio de Janeiro, armando fogueiras e luminárias na cidade. Contudo, na noite de 11 de março, tiveram início os conflitos que ficaram conhecidos como a Noite das Garrafadas, durante os quais os “brasileiros” apagavam as fogueiras “portuguesas” e atacavam as casas iluminadas, sendo respondidos com cacos de garrafas jogadas das janelas. VAINFAS, R. (Org.). Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008 (adaptado).

Os anos finais do I Reinado (1822-1831) se caracterizaram pelo aumento da tensão política. Nesse sentido, a análise dos episódios descritos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro revela

A) estímulos ao racismo. B) apoio ao xenofobismoC) críticas ao federalismoD) repúdio ao republicanismo. E) questionamentos ao autoritarismo.

10) A Confederação do Equador contou com a participação de diversos segmentos sociais, incluindo os proprietários rurais que, em grande parte, haviam apoiado o movimento de independência e a ascensão de D. Pedro I ao trono. A necessidade de lutar contra o poder central fez com que a

aristocracia rural mobilizasse as camadas populares, que passaram então a questionar não apenas o autoritarismo do poder central, mas o da própria aristocracia da província. Os líderes mais democráticos defendiam a extinção do tráfico negreiro e mais igualdade social. Essas ideias assustaram os grandes proprietários de terras que, temendo uma revolução popular, decidiram se afastar do movimento. Abandonado pelas elites, o movimento enfraqueceu e não conseguiu resistir à violenta pressão organizada pelo governo imperial.FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1996 (adaptado).

Com base no texto, é possível concluir que a composição da Confederação do Equador envolveu, a princípio,

A) os escravos e os latifundiários descontentes com o poder centralizado. B) diversas camadas, incluindo os grandes latifundiários, na luta contra a centralização política. C) as camadas mais baixas da área rural, mobilizadas pela aristocracia, que tencionava subjugar o Rio de Janeiro. D) as camadas mais baixas da população, incluindo os escravos, que desejavam o fim da hegemonia do Rio de Janeiro. E) as camadas populares, mobilizadas pela aristocracia rural, cujos objetivos incluíam a ascensão de D. Pedro I ao trono.

PERÍODO REGENCIAL

11) A maior preocupação vinha, porém, da base do exército, formada por gente mal paga, insatisfeita e propensa a aliar-se ao povo nas rebeliões urbanas. Uma lei de agosto de 1831 criou a Guarda Nacional, em substituição às antigas milícias. A ideia consistia em organizar um corpo armado de cidadãos confiáveis, capaz de reduzir tantos excessos do governo centralizado, como as ameaças das classes perigosas. Compunham obrigatoriamente a Guarda Nacional, como regra geral, todos os cidadãos com direito de voto nas eleições primárias que tivessem entre 21 e 60 anos. Fonte: FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Editora USP, 2007.

A Guarda Nacional foi uma força militar criada durante a Regência que expressava a

A) centralização do poder de repressãoB) incorporação das elites agrárias no controle da ordem local.C) tentativa popular de defender o Estado das inúmeras revoltas.D) tomada do poder pelos cidadãos de baixa renda, revoltados com o Exército.E) união do Exército com os cidadãos de alta renda na defesa do Estado.

12) Em 1835, a Regência Una foi assumida por Diogo Feijó. Foi eleito em votação apertada, com pouco mais da metade dos votos, numa demonstração clara de que enfrentaria grande oposição em seu governo. Logo explodiram rebeliões em várias províncias, alguma reivindicando mais poder, outras com objetivos separatistas e até mesmo tendência republicana. Todas com maior ou menor mobilização popular. VAINFAS, Ronaldo ET AL. História. São Paulo: Saraiva, v. 2, 2010, p. 207.

No clima de rebeliões do período descrito no texto, as maiores mobilizações populares ocorreram

A) na Cabanagem do Grão-Pará, na Balaiada do Maranhão e nos Malês, na Bahia. B) na guerra da Cisplatina, no quilombo dos Palmares e na guerra de independência na Bahia.

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HISTÓRIA DO BRASIL

C) na Revolução Pernambucana de 1817, na Confederação do Equador e na guerra dos Mascates. D) na campanha da Maioridade, na pressão pela abdicação de D. Pedro I e na declaração de guerra do Brasil ao Paraguai. E) em todas as províncias do Sul e do Sudeste, onde prevalecia a maioria da população rural, carente de atendimento por parte dos setores governamentais.

13) Durante o Período Regencial – 1831-1840 – o Brasil foi palco de diferentes tipos de rebeliões como a Farroupilha, a Cabanagem, a Balaiada, entre outras. Embora apresentem particularidades, esses movimentos apontam para pontos comuns como:

A) o questionamento da unidade territorial, apresentando projetos separatistas e republicanos. B) a proposta de antecipar a maioridade de D. Pedro, como forma de garantir um governo de base nacional. C) o estabelecimento temporário de um novo regime político, capaz de unir o país até a posse de D. Pedro II. D) a extinção imediata do sistema de escravidão e o estabelecimento do trabalho assalariado em todos os setores econômicos. E) a luta contra a grande propriedade e pela reforma agrária que permitisse uma reestruturação agrária no país.

14) As revoltas provinciais do período Regencial, que varreram o país de norte a sul, tiveram distintos atores sociais e propostas. “As províncias, desprezadas pela corte, curtindo o exílio dentro do país, e insatisfeitas com a Regência, reagem...”(FAORO, Raymundo. Os donos do poder. v.1, 5. Ed., 2012, p. 320)

Sobre essas revoltas, considere as afirmações a seguir.

I. A Cabanagem ocorreu no Pará e teve ampla participação de elementos de baixa condição social (índios, seringueiros, lavradores e caboclos), os quais não tinham um programa sistemático de reivindicações, mas demonstravam seu ódio aos portugueses.II. A Guerra dos Farrapos foi liderada pela elite dos estancieiros e teve como principal proposta a abolição incondicional da escravidão no Rio Grande do Sul e a defesa do trabalho assalariado.III. A Sabinada reuniu uma base ampla de apoio, incluindo integrantes da classe média e do comércio de Salvador. Uma de suas bandeiras de luta foi a adoção do federalismo.IV. A Balaiada caracterizou-se por sucessivos levantes, inclusive de escravos, sem unidade entre si, o que levou a ser vencida pelas tropas legalistas com relativa facilidade. O separatismo não foi proposto pelos rebeldes.

Está correto apenas o que se afirma em:

A) I e II. B) I, II e III. C) I, III e IV. D) II e III. E) II, III e IV.

15) Sobre as revoltas no Brasil na primeira metade do século XIX, é correto afirmar:

A) A Balaiada (1838-1840) manteve-se, até o final, dirigida pelas elites maranhenses. B) A Cabanagem (1835-1840) e a Sabinada (1837-1838) foram revoltas restauradoras. C) A Revolta dos Malês, em Salvador, (1835) é um exemplo de revolta popular.

D) A revolta dos Cabanos (1832-1835) foi uma revolta iniciada por populares e depois dirigida por restauradores. E) Todas as revoltas tinham como motivação a revogação da Lei de Terras e o livre acesso à propriedade fundiária.

SEGUNDO REINADO

16) O fato de ser a única monarquia na América levou os governantes do império a apontarem o Brasil como um solitário no continente, cercado de potenciais inimigos. Temia-se o surgimento de uma grande república liderada por Buenos Aires, que poderia vir a ser um centro de atração sobre o problemático Rio Grande do Sul e o isolado Mato Grosso. Para o império, a melhor garantia de que a Argentina não se tornaria uma ameaça concreta estava no fato de Paraguai e Uruguai serem países independentes, com governos livres da influência argentina. Francisco Doratioto. A Guerra do Paraguai, 1991.

Segundo o texto, uma das preocupações da política externa brasileira para a região do Rio da Prata, durante o Segundo Reinado, era

A) estimular a participação militar da Argentina na Tríplice Aliança.B) limitar a influência argentina e preservar a divisão política na área.C) facilitar a penetração e a influência política britânicas na área.D) impedir a autonomia política e o desenvolvimento econômico do Paraguai.E) integrar a economia brasileira às economias paraguaia e uruguaia.

17) Em 1840, com a criação do Clube da Maioridade, o projeto de antecipar a maioridade de D. Pedro II tomou forma. [...] Entretanto, já o pequeno príncipe, mantido no Paço e apartado da situação, parecia pouco entender as contingências. Em relato datado de março de 1840, Pedro Araújo Lima conta como foi sua conversa com o monarca. Segundo o regente, quando perguntado sobre a possibilidade da maioridade, D. Pedro teria dito apenas: “De fato, não tenho pensado nisso”. A versão oficial da mesma história é bem diferente. Conta que, consultado em 1840, o jovem de catorze anos teria dito: “Quero já!”, revelando uma maturidade emocional em que é difícil acreditar.” SCHWARCZ, Lilia Moritz. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

Em finais da década de 1830, consolidava-se cada vez mais a necessidade de coroar D. Pedro II, imperador do Brasil. O imaginário era que só o monarca conseguiria manter um poder centralizado e com alcance nacional. Para tanto, foi necessário um processo de

A) ratificar abertamente a incapacidade do menor em assumir o trono brasileiro.B) exposição de um rei com características divergentes aos monarcas europeus.C) construir a imagem de um imperador jovem e sábio politicamente.D) exaltação das capacidades militares e beligerantes do novo prodígio monarca.E) restringir aparições públicas que expusessem a verdadeira idade do herdeiro.

18) Decreto-lei 3.509, de 12 de setembro de 1865Art. 1º – O cidadão guarda-nacional que por si apresentar outra pessoa para o serviço do Exército por tempo de nove anos, com a idoneidade regulada pelas leis militares, ficará isento não só do recrutamento, senão também do serviço da Guarda

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HISTÓRIA DO BRASIL

Nacional. O substituído é responsável por o que o substituiu, no caso de deserção.Arquivo Histórico do Exército. Ordem do dia do Exército, n. 455, 1865 (adaptado).

No artigo, tem-se um dos mecanismos de formação dos “Voluntários da Pátria”, encaminhados para lutar na Guerra do Paraguai. Tal prática passou a ocorrer com muita frequência no Brasil nesse período e indica o

A) forma como o Exército brasileiro se tornou o mais bem equipado da América do SulB) Incentivo de grandes proprietários à participação dos seus filhos no conflito. C) solução adotada pelo país para aumentar o contingente de escravos no conflito. D) envio de escravos para os conflitos armados, visando sua qualificação para o trabalho. E) Fato de que muitos escravos passaram a substituir seus proprietários em troca de liberdade.

19) Durante o 2º Reinado, as relações entre o Brasil e a Inglaterra ficaram tensas. Nesse clima, a Questão Christie (1863) foi deflagrada pela

A) resistência das elites escravistas brasileiras em extinguir o tráfico de africanos, gerando descontentamento entre os diplomatas ingleses. B) decisão do governo brasileiro de não renovar o tratado de comércio com a Inglaterra, favorecendo a situação financeira do governo imperial. C) aprovação da lei Bill Aberdeen pelo Parlamento inglês, proibindo o tráfico de escravos no Atlântico, sob pena da apreensão de navios negreiros. D) pilhagem da carga de um navio inglês naufragado no Brasil e pelo aprisionamento, pela Inglaterra, de navios brasileiros no Rio de Janeiro. E) instabilidade nas relações comerciais do Brasil com a Inglaterra, decorrente da entrada de produtos industrializados, principalmente dos Estados Unidos.

20) Para o Paraguai, portanto, essa foi uma guerra pela sobrevivência. De todo modo, uma guerra contra dois gigantes estava fadada a ser um teste debilitante e severo para uma economia de base tão estreita. Lopez precisava de uma vitória rápida e, se não conseguisse vencer rapidamente, provavelmente não venceria nunca. LYNCH, J. “As Repúblicas do Prata: da Independência à Guerra do Paraguai”. BETHELL, Leslie (Org.). História da América Latina: da independência até 1870, v. III. São Paulo: EDUSP, 2004.

A Guerra do Paraguai teve consequências políticas importantes para o Brasil, pois

A) representou a afirmação do Exército Brasileiro como um ator político de primeira ordemB) confirmou a conquista da hegemonia brasileira sobre a Bacia PlatinaC) concretizou a emancipação dos escravos negros. D) incentivou a adoção de um regime constitucional monárquico. E) solucionou a crise financeira, em razão das indenizações recebidas

21) O Segundo Império brasileiro (1840-1889) realizou várias expedições na região do Prata. Entre os motivos dessas ações podemos destacar

A) O esforço brasileiro de diminuir a influência inglesa na região e assegurar o controle estratégico do comércio e da exploração mineral no Prata.B) A tentativa de impedir que a Argentina, logo após a independência, ampliasse seus domínios territoriais e anexasse parte do sul do Brasil.C) O projeto do Imperador brasileiro de estabelecer hegemonia militar e naval do Brasil nas Américas, rivalizando com os Estados Unidos.D) A reação ao acelerado crescimento econômico do Paraguai e à tentativa de seu presidente de construir o primeiro Estado socialista de toda a América.E) a intenção brasileira de ampliar sua influência política e comercial na região platina, expressa nas - intervenções no Uruguai, na Argentina e no Paraguai.

22) Observe as afirmativas a seguir, sobre o período em que ocorreu a Guerra do Paraguai (1864-1870).I. O Paraguai desenvolveu uma política econômica nacionalista e estatizante, voltada para o mercado interno e baseada no fortalecimento da agricultura, desenvolvida em pequenas e médias propriedades; na criação de fazendas estatais e fundições; e na construção de ferrovias e estaleiros.II. O Paraguai apresentava problemas para o desenvolvimento do comércio exterior, por não ter acesso ao mar, dependendo, assim, do Rio Paraná e do Rio da Prata - controlados por Brasil, Uruguai e Argentina.III. A Tríplice Aliança entre Argentina, Brasil e Uruguai foi facilitada pela longa convergência de interesses políticos e econômicos dos três países na Região do Prata.IV. A Guerra do Paraguai acelerou uma crise e, em consequência, o fim do Império do Brasil, ao aprofundar as contradições internas entre Exército e lideranças civis, aumentar o desequilíbrio das finanças e colocar em questão o pacto escravista.

Pela análise das alternativas, conclui-se que somente estão corretas

A) I e II B) I e III C) I, II e IV D) II e IV E) III e IV

23) A Lei do Ventre Livre foi uma lei abolicionista, promulgada, no Brasil, em 28 de setembro de 1871.

Sobre a Lei do Ventre Livre, assinale a alternativa correta.

A) Foi promulgada pelo Imperador Pedro II e concedia liberdade a todas as crianças e às respectivas mães que viviam sob a escravidão no território brasileiro. B) Essa lei encontrou forte resistência entre os senhores, visto que não previa indenização pelo fim da escravidão das crianças nascidas a partir da publicação da lei. C) Instituía a liberdade de todas as crianças nascidas a partir da publicação da lei, mas deixava a possibilidade dessas crianças permanecerem sob “os cuidados” do antigo proprietário até a idade de 21 anos. D) Como a lei libertava a criança, mas não libertava os pais, assim que nasciam essas crianças eram retiradas do convívio com os pais escravizados e eram destinadas a um abrigo mantido pelo Estado. E) De acordo com a lei, os senhores tinham a opção de manter as crianças libertas junto aos pais escravizados até a maioridade, mas os senhores não podiam usufruir da mão de obra delas.

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HISTÓRIA DO BRASIL

24) Um pensamento liberal moderno, em tudo oposto ao pesado escravismo dos anos 1840, pode formular-se tanto entre políticos e intelectuais das cidades mais importantes quanto junto a bacharéis egressos das famílias nordestinas que pouco ou nada poderiam esperar do cativeiro em declínio.(BOSI, Alfredo. Dialética da Colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992, p. 224)

Considere as seguintes proposições sobre a situação do escravismo no Brasil Império, na segunda metade do século XIX,

I. A Lei Eusébio de Queiroz, ainda que tenha determinado o fim do tráfico negreiro para o Brasil, não impediu o comércio interno de escravos, ativo até o final do século.II. Diversas rebeliões populares, algumas rurais, outras urbanas, como a Balaiada, a Revolta dos Malês ou a Revolta de Manuel Congo foram integradas por cativos e escravos foragidos, causando ações repressivas virulentas por parte das elites.III. A condenação moral da escravidão fez-se cada vez mais presente na imprensa, durante esse período no qual se fortaleceram os movimentos abolicionistas.IV. A abolição da escravatura foi decretada com a Lei Áurea, que não garantiu o direito à cidadania aos libertos e previu o pagamento de indenizações aos fazendeiros.

Está correto o que se afirma APENAS em

A) I, II e IV. B) I e IV. C) II e III. D) I e III. E) II, III e IV.

25) "Majoritariamente desprovidos de posses, [os imigrantes europeus] situavam-se, por um lado, como substitutos dos escravos nas fazendas e como empregados nas novas áreas pós-escravistas, atendendo assim às demandas dos fazendeiros. Por outro lado, como europeus e católicos, não destoavam do bloco cultural e demográfico formado pela classe dominante imperial, confortando as perspectivas culturalistas da corrente 'civilizatória' presente no aparelho do estado."(Luis F. de Alencastro e Maria L. Renaux, "História da Vida Privada no Brasil" vol. 2.)

O texto acima faz referência a duas correntes divergentes quanto ao rumo imigratório, em meados do século XIX, e ao futuro do destino brasileiro. Por trás dessas correntes se encontram os interesses de

A) Fazendeiros, que não queriam o fim da escravidão negra e tentavam escravizar pessoas de outras regiões do mundo; e da burocracia imperial abolicionista, que não mais queria a escravidão no Brasil, estimulando uma política imigratória europeia. B) Fazendeiros, que buscavam angariar proletários de qualquer parte do mundo e de qualquer raça, para substituir os escravos fugidos, mortos ou libertos; e da burocracia imperial, que tentava fazer da imigração um instrumento de "civilização". C) Uma burguesia pronta para receber proletários de todos os cantos do mundo, desde que católicos; e uma aristocracia cafeeira, que se encontrava no poder e preocupava-se com a criação de uma nação branca e de formação protestante. D) Fazendeiros escravocratas e comerciantes urbanos, que desejavam manter a escravidão e, para isso, incitavam a vinda de diferentes tipos étnicos; e dos estudantes abolicionistas, defensores incondicionais do trabalho assalariado.

E) fazendeiros do café, na região do novo oeste paulista, que estimulavam a vinda de chineses para substituir o escravo negro; e uma burguesia defensora da mão de obra assalariada, porém branca e católica.

26) A chamada “Era Mauá”, que marcou o Segundo Império Brasileiro, foi marcada por inúmeras iniciativas modernizantes como a construção de ferrovias e de companhias de comércio, a instalação do telégrafo e a disseminação de bancos na capital imperial e em grandes cidades da época.Esse surto de desenvolvimento interno resultou:

A) da aprovação das Tarifas Alves Branco, cujas diretrizes substituíram o livre-cambismo até então existente no país.B) da crise cafeeira, que obrigou o empresariado a buscar novas fontes de lucro em atividades até então desconhecidas no paísC) da disponibilidade de capitais advindos da extinção do tráfico negreiro, os quais atraíram alguns proprietários e comerciantes brasileiros no sentido de expandir seus negócios.D) do esforço britânico em desenvolver a industrialização tradicional no Brasil de forma a torná-lo subsidiário de seus produtos e equipamentos menos avançados.E) do vital apoio do governo imperial às iniciativas modernizadoras de Mauá por meio de uma rígida política protecionista em relação ao café.

27) Observe a tabela:

A mudança apresentada na tabela é reflexo da Lei Eusébio de Queiróz que, em 1850,

A) aboliu a escravidão no território brasileiro. B) definiu o tráfico de escravos como pirataria. C) elevou as taxas para importação de escravos. D) libertou os escravos com mais de 60 anos. E) garantiu o direito de alforria aos escravos.

28) Observe a tabela:

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Os dados apresentados na tabela se explicam, dentre outros fatores

A) pela industrialização significativa em estados do Nordeste do Brasil, sobretudo aquela ligada a bens de consumo.B) pela forte demanda por força de trabalho criada pela expansão cafeeira nos estados do Sudeste do Brasil.C) pela democracia racial brasileira, a favorecer a convivência pacífica entre culturas que, nos seus continentes de origem, poderiam até mesmo ser rivais.D) pelos expurgos em massa promovidos em países que viviam sob regimes fascistas, como Itália, Alemanha e Japão.E) pela supervalorização do trabalho assalariado nas cidades, já que no campo prevalecia a mão de obra de origem escrava, mais barata.

29) Ao lado do latifúndio, a presença da escravidão freou a constituição de uma sociedade de classes, não tanto porque o escravo esteja fora das relações de mercado, mas principalmente porque excluiu delas os homens livres e pobres e deixou incompleto o processo de sua expropriação. (Maria Sylvia de Carvalho Franco. Homens livres na ordem escravocrata, 1983.)

Segundo o texto, que analisa a sociedade cafeeira no Vale do Paraíba no século XIX,

A) a substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre assalariado freou a constituição de uma sociedade de classes durante o período cafeeiro. B) o imigrante e as classes médias mantiveram-se fora das relações de mercado existentes na sociedade cafeeira.C) o caráter escravista impediu a participação direta dos homens livres e pobres na economia de exportação da sociedade cafeeira.D) a inexistência de homens livres e pobres na sociedade cafeeira determinou a predominância do trabalho escravo nos latifúndios.E) a ausência de classes na sociedade cafeeira deveu-se prioritariamente ao fato de que o escravo estava fora das relações de mercado.

30) "A Tarifa Alves Branco (decreto de 12 de Agosto de 1844), criada por Manuel Alves Branco (2° Visconde de Caravelas), Ministro da Fazenda do gabinete liberal que assumiu em 2 de fevereiro de 1844". (KOSHIBA; PEREIRA, 2003)

Este decreto:A) reduzia os direitos alfandegários das mercadorias inglesas para 15% ad valorem.B) barateava os custos para a importação de mercadorias estrangeiras.C) extinguia as tarifas que favoreciam a Inglaterra e que prejudicavam o crescimento do setor industrial brasileiro.D) facilitava a exportação dos derivados da cana-de-açúcar, por deixá-los mais baratos no mercado internacional.

E) pouco afetava a arrecadação do País, tendo em vista a pequena participação das tarifas alfandegárias na composição da receita governamental.

31) Um dos fatores determinantes para a crise do Segundo Reinado foi a denominada "Questão Militar". Sobre essa questão e seus desdobramentos na política brasileira, são feitas as afirmações a seguir.

I - A "Questão Militar" foi uma clara demonstração da insatisfação de setores do Exército em relação às elites civis - os casacas -, que controlavam a política nacional.II - Os integrantes do Exército que participaram da derrubada da Monarquia eram influenciados pelas ideias positivistas, sendo defensores de um projeto de república autoritário.III Para seu projeto contrário à monarquia, o Exército contou com amplo apoio da Marinha e da Guarda Nacional.

Quais estão corretas? A) Apenas II. B) Apenas I e II. C) Apenas I e III. D) Apenas II e III. E) I, II e III.

32) O nome “positivismo” tem sua origem no adjetivo “positivo”, que significa certo, seguro, definitivo. Como escola filosófica, derivou do “cientificismo”, isto é, da crença no poder dominante e absoluto da razão humana em conhecer a realidade e traduzi-la sob a forma de leis que seriam a base da regulamentação da vida do homem, da natureza e do próprio universo. Com esse conhecimento, pretendia-se substituir as explicações teológicas, filosóficas e de senso comum por meio das quais – até então – o homem explicaria a realidade e a sua participação nela. COSTA, Cristina. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. São Paulo, 2005, p.72.

Sobre o positivismo podemos afirmar que:A) é uma teoria criada por Auguste Comte, que pregava a cientifização do pensamento e do estudo humano, visando à obtenção de resultados claros, objetivos e completamente corretos.B) não derivou de nenhum método de investigação das ciências da natureza e sim criou o seu próprio método investigativo.C) foi uma teoria criada por Émile Durkheim para explicar os fatos sociais.D) baseava suas afirmações nas explicações teológicas, filosóficas e de senso comum.E) não busca a certeza de nada e se baseia em explicações abstratas.

33) Observe a gravura a seguir.

A charge faz referência à chamada "Questão Religiosa", ocorrida durante o Segundo Reinado. Essa disputa entre o Estado Imperial e a Igreja Católica aconteceu devido à

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A) rejeição, pelo governo, dos dispositivos da bula 'Syllabus', baixada pelo papa Pio IX, que proibia a permanência de membros da maçonaria dentro dos quadros da Igreja. B) adesão do governo de Dom Pedro I aos tratados de livre comércio de escravos, o que era condenado pela Santa Sé, com base em argumentos de cunho moral. C) rejeição da encíclica 'Rerum Novarum', baixada pelo papa Leão XIII, que defendia a coexistência harmoniosa do capital e do trabalho, no sentido de evitar a luta de classes. D) adesão do governo imperial aos ditames do Tratado de Latrão, que limitava os poderes da Igreja expressos na instituição do Padroado. E) recusa do governo de Dom Pedro II em aceitar as manobras parlamentares dos deputados católicos, visando à extinção do direito do Padroado.

34) Considere as afirmações abaixo sobre o Período Imperial brasileiro (1822-1889).

i.O Primeiro Reinado caracterizou-se pelos constantes conflitos entre o Imperador e as elites do País, tendo em vista que D. Pedro I praticamente governou de forma autoritária, desconsiderando o Legislativo.ii. Durante o Período Regencial, os governantes deixaram de ser hereditários e passaram a ser selecionados por eleições, o que leva a historiografia a considerar essa fase como sendo a primeira experiência republicana no País, pois os regentes eram escolhidos pelo voto universal direto.III. O Segundo Reinado foi um período de grande estabilidade política da história imperial, pois o imperador D. Pedro II ficou quase 50 anos no poder, governando com o apoio de um só partido, o Partido Conservador.iv. Dentre os fatores que contribuíram para a crise do regime imperial, podemos elencar o conflito do Imperador com o Exército, a crise entre a monarquia e a Igreja e, por fim, a abolição da escravidão, que levou a elite cafeicultora fluminense a romper politicamente com a monarquia.

Estão corretas apenas as afirmativasA) I e III. B) I e IV. C) II e III. D) I, II e IV. E) II, III e IV.

35) Responder a questão com base nas afirmativas a seguir, referentes ao movimento abolicionista no Brasil.

I. As leis abolicionistas que antecederam a Lei Áurea (1888) são a Lei dos Sexagenários e a Lei do Ventre Livre.II. A campanha abolicionista, que se iniciou na década de 1870, associou-se à campanha republicana.III. Os latifundiários da cana de açúcar e os cafeicultores foram os principais defensores da abolição da escravatura.IV. A abolição da escravatura, em 1888, provocou a rápida absorção dos ex-escravos como mão de obra nas lavouras de café do Oeste Paulista.

Estão corretas apenas

A) I e II. B) I e III. C) II e III. D) II e IV. E) I, II e IV.

36) No século XIX, o Brasil envolveu-se em vários conflitos armados na Região Platina - entre eles, a Guerra do Paraguai (1864 -1870). A Tríplice Aliança - formada pelo Brasil, pela

Argentina e pelo Uruguai - entrou em conflito contra o Paraguai. A guerra impactou, de maneira significativa, a dinâmica interna dos países envolvidos.

Sobre as repercussões da Guerra do Paraguai em relação ao papel do Exército brasileiro no contexto nacional, nas duas décadas que se seguiram a esse conflito:A) Apesar da participação de escravos na Guerra (estes eram mandados em lugar de nobres), o Exército era majoritariamente escravista. B) O pouco reconhecimento da Coroa pelos militares criou neste um sentimento de oposição à essa monarquia. C) A Guerra trouxe diversos benefícios para o Exército, uma vez que se tornaram literalmente os “heróis da pátria”, e foram amplamente recompensado pela Coroa. D) O Exército pouco teve efetividade na Guerra do Paraguai, uma vez que fora um evento mais polarizado entre Argentina e Uruguai.E) A Guerra foi um empecilho ao sentimento republicano que nascia no Exército, uma vez que este fora recompensado por sua vitória, pela Coroa, o que criou uma ligação entre esta última e o Exército.

37) "O movimento resultou da conjugação de três forças: uma parcela do exército, fazendeiros do oeste paulista, e, representantes das classes médias urbanas, que para a obtenção dos seus desígnios contaram indiretamente com o desprestígio da Monarquia e o enfraquecimento das oligarquias tradicionais. Momentaneamente unidas em torno do ideal republicano conservavam, entretanto, profundas divergências, que desde logo se evidenciaram na organização do novo regime, quando as contradições eclodiram em numerosos conflitos, abalando a estabilidade dos primeiros anos da República”. (COSTA, Emília Viotti da. Da Monarquia à República. S.P. Ciências Humanas, 1979, pág 326.)

A crise que culminou com a derrubada da monarquia envolveu múltiplos fatores representativos dos interesses dos diversos grupos sociais. O interesse de um grupo social específico envolvido na Proclamação da República no Brasil está expresso em

A) a preservação do controle centralizado das políticas de aquisição de terras e de imigração para atender aos interesses das oligarquias. B) a defesa da escravidão necessária pelos grupos cafeicultores do sul em razão da expansão da lavoura cafeeira na região. C) a vinculação do Exército à monarquia, colocando os militares em conflito com os diversos grupos republicanos. D) a emergência de novos grupos oligárquicos ligados à lavoura do café baseada no uso de trabalho livre. E) a influência do movimento operário que sofria severa repressão do Estado Imperial.

38) Obedecendo, pois, às exigências do voto nacional, com todo o respeito devido à dignidade das funções públicas que acabais de exercer, somos forçados a notificar-vos que o Governo Provisório espera do vosso patriotismo o sacrifício de deixardes o território brasileiro, com a vossa família, no mais breve prazo possível. Para esse fim já vos estabeleceu o prazo máximo de 24 horas, que contamos não tentareis exceder.Mensagem do governo provisório da República, anunciando oficialmente o banimento de D. Pedro II em 16 de novembro de 1889. (In.: "Almanaque Abril", 2005. CD-Rom.)

O documento acima retrata um momento importante da história política do Brasil: a expulsão da Família Real. Acerca do banimento de Dom Pedro II, é CORRETO afirmar:

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A) Tornou-se uma questão urgente para os republicanos, por causa do elevado carisma que Pedro II desfrutava junto à população brasileira, principalmente entre os ex-escravos. B) Foi provocado principalmente pelas atitudes despóticas do imperador e por sua nacionalidade portuguesa, contrárias ao pensamento liberal e ao espírito lusófobo brasileiro do período. C) Foi uma exigência do movimento popular republicano, como garantia de manutenção da ordem, até que o Governo Provisório realizasse um plebiscito acerca do regime político para o país. D) Representou a nova atitude dos republicanos em romper definitivamente com a aristocracia do Império, formada por grandes proprietários de terras, substituindo-a pelos membros da classe média urbana. E) A expulsão da família Real foi um ato ilógico, devido à ampla aceitação das políticas de D. Pedro II por parte majoritária da população, o que gerou revoltas.

39) Na década de 1870, as relações entre o Estado e a Igreja se tornaram tensas. A união entre trono e o altar, prevista na Constituição de 1824, representava, em si mesma, fonte potencial de conflito.Boris Fausto

Identifique a causa fundamental do conflito mencionado pelo texto acima.

A) O Estado, durante o império, reconhecia a religião católica como oficial mas não interferia nas questões eclesiásticas. B) Na década de 1870, o clero não passou a exigir maior autonomia frente ao Estado. C) Em virtude do beneplácito, a proibição do papa do ingresso de maçons nas irmandades desencadeou um atrito entre Estado e Igreja, resultando na prisão de dois bispos pelo governo. D) Pelo fato de a maçonaria não ter nenhuma expressão na política interna do império, a proibição papal não trouxe repercussões. E) O Estado laico foi implantado logo após o conflito com a Igreja, para contornar a oposição do clero ao Imperador.

40) A dependência regional maior ou menor da mão de obra escrava teve reflexos políticos importantes no encaminhamento da extinção da escravatura. Mas a possibilidade e a habilidade de lograr uma solução alternativa – caso típico de São Paulo – desempenharam, ao mesmo tempo, papel relevante.FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2000.

A crise do escravismo expressava a difícil questão em torno da substituição da mão de obra, que resultouA) na constituição de um mercado interno de mão de obra livre, constituído pelos libertos, uma vez que a maioria dos imigrantes se rebelou contra a superexploração do trabalho. B) no confronto entre a aristocracia tradicional, que defendia a escravidão e os privilégios políticos, e os cafeicultores, que lutavam pela modernização econômica com a adoção do trabalho livre. C) no “branqueamento” da população, para afastar o predomínio das raças consideradas inferiores e concretizar a ideia do Brasil como modelo de civilização dos trópicos. D) no tráfico interprovincial dos escravos das áreas decadentes do Nordeste para o Vale do Paraíba, para a garantia da rentabilidade do café. E) na adoção de formas disfarçadas de trabalho compulsório com emprego dos libertos nos cafezais paulistas, uma vez que os imigrantes foram trabalhar em outras regiões do país.

GABARITO

1) Resposta: A2) Resposta: A3) Resposta: B4) Resposta: D5) Resposta: E6) Resposta: B7) Resposta: A8) Resposta: A9) Resposta: E10) Resposta: B11) Resposta: B12) Resposta: A13) Resposta: A14) Resposta: C15) Resposta: C16) Resposta: B17) Resposta: C18) Resposta: E19) Resposta: D20) Resposta: A21) Resposta: E22) Resposta: C23) Resposta: C24) Resposta: D25) Resposta: A26) Resposta: C27) Resposta: B28) Resposta: B29) Resposta: C30) Resposta: C31) Resposta: B32) Resposta: A33) Resposta: A34) Resposta: B35) Resposta: A36) Resposta: B37) Resposta: D38) Resposta: A39) Resposta: C40) Resposta: B

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