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PROPOSTA
Expediente
JOSÉ WILSON SIQUEIRA CAMPOSGovernador do Estado do Tocantins
DANILO DE MELO SOUZASecretário de Estado da Educação
RICARDO TEIXEIRA MARINHOSecretário Executivo
CRISTIANE SALES COÊLHOSubsecretária de Gestão e Finanças
MARCIANE MACHADO SILVASubsecretária de Educação Básica
LEIDA MARIA ELIAS DE MOURA MENEZESSuperintendente de Desenvolvimento da Educação
LARISSA RIBEIRO DE SANTANADiretora de Ensino Médio
EDUARDO MARCIO RIBEIRO DE CARVALHOCoordenador de Currículo e Formação do Ensino Médio
LORENA SANTOS DA SILVACoordenadora de Programas e Projetos do Ensino Médio
Elaboração
CLAUDIA REGINA DE OLIVEIRA MIRANDA
ELENA CÂMARA PEREIRA
ÉLIDA SABINO DA SILVA
MARIA DE JESUS COELHO ABREU
Colaboradores
EDINA DE CASTRO MILHOMEM ALVES
KELMA TAVARES BARBOSA
LARISSA RIBEIRO DE SANTANA
LUCIANO ALVES DE OLIVEIRA
01- JUSTIFICATIVA
O Ensino Médio é a etapa final da educação básica, que segundo a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/1996, em seu art. 35, tem como
finalidades a consolidação e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no
ensino fundamental; a preparação básica para o trabalho e a cidadania; o
aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o
desenvolvimento da autonomia intelectual e a compreensão dos fundamentos
científico-tecnológicos dos processos produtivos.
A Constituição Federal, artigo 208 do capítulo III - Inciso VI - afirma que o
dever do Estado com a Educação será efetivado mediante a garantia da oferta de
ensino noturno regular adequado às condições do educando. Atualmente a oferta do
ensino médio em todos os turnos converge para o desenvolvimento de quatro eixos
norteadores considerados relevantes na construção de uma formação humana,
sendo: o trabalho, a ciência, a tecnologia e a cultura.
O Ensino Médio noturno sempre teve como característica atender o público,
que na maioria, é formado por alunos trabalhadores, sendo esta uma das razões
para sua existência: garantir os direitos equalizados àqueles que já estão no
mercado de trabalho. Ou seja, há uma relação íntima entre o ensino médio noturno e
a perspectiva a uma educação de acesso aos trabalhadores, sejam eles jovens ou
adultos, que podem, ou não, ter abandonado os estudos e queiram voltar a estudar.
Para atender essa demanda, é importante que se realize a unificação formal do currículo, uma vez que este não assegura a equalização das oportunidades educacionais, pois aulas no período diurno e aulas no período noturno, após uma jornada de trabalho, configuram situações bem diferentes, portanto, é imprescindível que se oferte a estes alunos, aulas condizentes com suas especificidades, pois o currículo, segundo Pacheco, 2003, p. 348, vemos que:
currículo é todo um conjunto de experiências, diretas ou indiretas, direcionadas para a revelação das capacidades do indivíduo, experiência esta que cada ser humano deve possuir. Currículo é o instrumento adequado de regulação não só para a formulação dos objetivos de aprendizagem, que se encontram nas diversas formas de seleção e
organização do conhecimento oficial, bem como para o estabelecimento de critérios de controle, onde comunidade não é uma questão de espaço, mas um corpo de tendências com vistas à ação e ao sentido e, sendo assim, o currículo deve ser construído de forma relacional e por meio de alianças efetivas, além de fazer parte do processo de construção da identidade coletiva.
Sabe-se que ofertar um ensino médio noturno com currículo adequado à
demanda é uma alternativa eficaz e viável para garantir a conclusão da educação
básica. Dessa forma, no Brasil houve uma grande reivindicação de grupos populares
acerca de estruturação do ensino médio no horário noturno como pleito capaz de
viabilizar o acesso ao mesmo e a permanência até o final d curso. Boa parte da
juventude que chegou a etapa final da educação básica fez isso pela porta do ensino
médio noturno. Isso gerou um padrão de expansão do ensino médio em que os
cursos noturnos tinham notável relevância.
O horário noturno para essa modalidade já foi antes uma opção, passou a ser
solução e, agora, volta a ser uma alternativa que deve preconizar a acessibilidade e
qualidade para o ensino médio no Brasil. Há 20 anos, os alunos que frequentavam
as salas do então 2º grau noturno eram cerca de 60%. As estatísticas mostram que,
hoje, o turno responde por cerca de 35% das matrículas na etapa final da Educação
Básica. Se estes percentuais indicam mudanças na oferta, os números absolutos e
outras estatísticas sobre a escolaridade dos brasileiros não deixam esquecer que a
opção diurna para os estudantes do ensino médio não exclui, absolutamente, a
necessidade de investir na qualificação da alternativa da noite.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (INEP), em 2010 havia mais de 2,9 milhões de estudantes
matriculados no ensino médio noturno - isso significa que um terço dos alunos
estuda à noite. Considerando, ainda, que há outros milhões de jovens por chegar ao
ensino médio e outros tantos que estão fora da escola e não completaram esta
etapa, muitos deles já envolvidos com o mundo do trabalho; a demanda por escolas
que abram suas portas à noite seguirá existindo por muitos anos, e aponta 80
milhões de pessoas que possuem mais de 18 anos, para quem o ensino noturno é,
em geral, a única opção.
Essa realidade foi fundamental para se olhar o ensino médio com uma visão
holística, com foco nas especificidades desse alunado que possui características
peculiares, e que para ser alcançado de forma igualitária deve-se propor um novo
formato nas políticas educacionais para o ensino médio noturno.
Sabe-se que o Ministério da Educação – MEC está atento a essa realidade e
tem procurado por meio das novas Diretrizes Curriculares Nacionais, as quais foram
homologadas em janeiro/2012, ofertar propostas alternativas para o ensino médio
noturno, com vistas à alteração do número de aulas diárias. As discussões apontam
que há quem defenda e quem conteste a proposta específica do CNE. Porém, a
necessidade de reorganização da estrutura curricular como busca de uma solução
específica para o ensino médio noturno é uma unanimidade entre educadores.
Após amplos estudos realizados pelo MEC, foi identificado que os problemas
inerentes ao período noturno, vão além do simples cansaço de estudantes e
docentes e das dificuldades que os jovens trabalhadores enfrentam para dar conta
das atividades escolares; a infraestrutura das escolas, em muitos casos, é precária,
em outros casos não oferta os mesmas oportunidades metodológicas do diurno para
os estudantes do noturno, como: utilizar os espaços de Bibliotecas e Laboratórios,
pois estes costumam estar fechados à noite.
Outra consideração importante é conhecer a realidade desta juventude e
reconhecer suas necessidades de aprendizagem para ofertar-lhes um currículo que
oportunize escolhas para ingresso no mercado de trabalho ou continuidade dos seus
estudos.
O estudo do MEC ressalta que algumas características podem definir o tipo
de relação que os alunos têm com a escola. Uma delas é a trajetória escolar
anterior, já que parte dos alunos são egressos do fundamental, ainda que, com
vários casos de repetência, e outros, estão retomando os estudos depois de alguns
anos fora da escola. A pesquisa mostrou que a maior parte dos alunos do noturno
possui expectativas de prosseguir seus estudos na universidade, mas o precoce
ingresso no mercado de trabalho e os estudos têm se tornado incompatíveis.
Essa realidade também está presente nas escolas do Estado do Tocantins, e
ainda com um agravante: nas turmas do ensino médio noturno do Tocantins são
observados os baixos índices de produtividade; os altos índices de desistência; a
frequência irregular nas aulas, apontando assim, que o tempo de organização igual
dos componentes curriculares dos cursos diurnos e noturnos não atende às
expectativas de aprendizagem para finalização da educação básica desses alunos
do noturno.
Esta evidência exige uma profunda reflexão convergindo para uma mudança
na realidade, a qual requer uma proposta flexível que atenda a demanda em suas
especificidades, principalmente, no que diz respeito a alimentação e horário de saída
das aulas.
Desta forma, o projeto que a Secretaria Estadual da Educação do Estado do
Tocantins propõe ao ensino médio noturno, possibilidades diferenciadas para o
horário da alimentação escolar, que será antes do início das aulas e saída em
horário de menor periculosidade, objetivando atender às necessidades dos alunos.
Ressalta-se que essa flexibilidade não compromete a carga horária já
utilizada no Estado, correspondente a 3.040 horas, pois 80% desse pleito serão
efetivados exclusivamente no formato presencial e 20% serão desenvolvidos no
formato de projeto interdisciplinar para atender a complementação da carga horária
obrigatória.
O projeto interdisciplinar será aplicado por meio de atividades curriculares tais
como: feiras de ciências e culturais, estudos dirigidos e atividades dos Guias de
Aprendizagens, pesquisas laboratoriais, atividades pedagógicas com interação
tecnológica, atividades dos macrocampos do Ensino Médio Inovador, dentre outras
atividades, incluindo a culminância do projeto.
Os Guias de Aprendizagens são apostilas ofertadas para todos os alunos do
ensino médio noturno. Elas contêm estudos dirigidos e acompanhados por meio de
atividades curriculares contextualizadas para os alunos responderem e os
professores assistirem, corrigirem e avaliarem.
Pretende-se, por meio dos Guias de Aprendizagens, metodologia disponível
no projeto interdisciplinar, não só atender à complementação da carga horária, como
também viabilizar ao aluno, momentos de leitura, estudos e aperfeiçoamento da
aprendizagem, possibilitando melhor qualidade ao ensino.
2- OBJETIVO GERAL
Proporcionar ao público do Ensino Médio Noturno condições de acesso e
permanência na escola, através de uma estratégia pedagógica diferenciada que
atenda as exigências da carga horária de 3.000 horas, sem prejuízos de
aprendizagem dos conteúdos necessários para essa etapa de ensino.
3- OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Propor diretrizes que contemplem alternativas organizacionais diferenciadas
de atendimento ao Ensino Médio Noturno;
Possibilitar estratégias para minimizar a evasão escolar no período noturno;
Adequar o horário escolar à realidade do aluno trabalhador;
Ofertar um currículo condizente com as especificidades do horário noturno;
Desenvolver 20% da carga horária total na modalidade projeto interdisciplinar
e sua culminância, por meio das atividades contidas nos Guias de
Aprendizagem, em pesquisas laboratoriais, feiras e outras atividades
curriculares.
4 - BREVE HISTÓRICO
O Ensino Médio é uma modalidade com caraterísticas diferentes conforme o
país. Em muitos países, corresponde à totalidade ou a parte do ensino secundário
ministrado a adolescentes com idades compreendidas entre os 10 e os 18 anos. Em
outros países, contudo, pode corresponder a um nível de ensino pré-secundário ou
pós-secundário.
No Brasil, o Ensino Médio é considerado a etapa do sistema de ensino
equivalente à última fase da educação básica, cuja finalidade é o aprofundamento
dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, bem como a formação do
cidadão para a vida social e para o mercado de trabalho, oferecendo o
conhecimento básico necessário para o estudante ingressar no ensino superior.
Até 1967, o Ensino Médio era dividido em três cursos e compreendia o curso
Científico, o curso Normal e o curso Clássico. Na sequência, mudou-se a
denominação para "colegial", também dividido, sendo que os três primeiros anos
eram iguais para todos e posteriormente quem quisesse fazer o antigo Normal e o
Clássico, tinha de fazer mais um ano.
O Ensino Médio Noturno foi criado para atender a população trabalhadora
que, aos poucos, conseguia chegar ao colegial nas décadas de 50 a 60. Nas
décadas de 70 e 80 o turno da noite foi transformado em solução para a oferta do
então 2º grau, especialmente na rede pública através dos programas para correção
de fluxo.
Nos anos 90, enquanto o número de matrículas no ensino médio aumentava
aceleradamente, mais que dobrando entre 1991 a 2001, o percentual de alunos
matriculados no noturno oscilava um pouco, mas terminava a década representando
cerca de 54% das matrículas. Neste período, o noturno dividiu com o diurno o
aumento da demanda, contudo, no turno matutino que foi evidenciado o aumento de
matrículas. A partir de 2002, o turno noturno deixou de ser responsável por atender
a maioria dos alunos, ao mesmo tempo em que o número de matrículas começou a
se estabilizar.
Durante a primeira década deste milênio, o ensino médio passou por
mudanças significativas, as quais vêm traçando um novo desenho para essa
modalidade de ensino. Para cumprimento das metas de investimentos do BIRD
(International Bank for Reconstruction and Development em português, Banco
Internacional Para Reconstrução e Desenvolvimento), que até o final da década de
90 eram consideradas baixas em relação a outros países latinos americanos de
renda per capta menor, foi necessária a ampliação da oferta de vagas do ensino
médio, uma vez que essa universalização em relação ao Ensino Fundamental já
apontava resultados significativos.
Diante disso, tivemos a valorização do Ensino Profissional, com investimos
em pessoal, modernização e abertura de intuições tecnológicas, trazendo
novamente a possibilidade de formação profissional para os jovens que ainda não
tiveram acesso ao Ensino Superior. Paralelo a isso, surgiram vários programas,
como o Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego (PNPE), o PROEJA
(Decreto nº 5.840/2006) e o Programa Adolescente Aprendiz (Lei nº 10.097/2000),
todos do Governo Federal que tem como principal objetivo ofertar oportunidade de
emprego articulado ao desempenho estudantil.
Segundo dados do Censo Escolar 2010, o turno vespertino foi responsável
em 2010, por 15,6% das matrículas, enquanto o matutino por 49,6%. Mas este
grande aumento no turno diurno não faz desaparecer a demanda do noturno. Se, de
um lado, a regularização do ensino fundamental diminuiu a idade dos adolescentes
que chegam ao médio, de outro ela parece ter batido em um limite. Hoje, apenas
50,9% dos jovens de 15 a 17 anos estão cursando o ensino médio. Segundo estudo
do Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Ipea) sobre a situação da
educação brasileira a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) de 2009, este fato se deve aos entraves observados no fluxo
escolar do ensino fundamental. Em outras palavras, o fundamental tem elevada taxa
de evasão e baixa taxa esperada de conclusão - o que compromete o acesso à
etapa seguinte. E ainda, deve se considerar que outros 14,8% dos jovens que
deveriam estar no ensino médio estão fora da escola.
Essa realidade comprova a necessidade de uma nova proposta para o ensino
médio noturno, responsável pela escolarização dos jovens que possuem acima de
18 anos e que necessitam concluir a educação básica.
5 – ESTRUTURAS CURRICULARES (ANEXO, FINAL DO PROJETO)
6 - ORIENTAÇÕES PARA O CURRÍCULO
O currículo enquanto instrumento da cidadania democrática deve
contemplar conteúdos e estratégias de aprendizagem que capacitem o ser
humano para a realização de atividades nos três domínios da ação humana: a
vida em sociedade, a atividade produtiva e a experiência subjetiva, visando à
integração de homens e mulheres no tríplice universo das relações políticas, do
trabalho e da simbolização subjetiva.
O currículo do ensino médio, conforme a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional - LDB art. 36 destacará a educação tecnológica básica, a
compreensão do significado da ciência, das letras e das artes; o processo
histórico de transformação da sociedade e da cultura; a língua portuguesa
como instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da
cidadania e ainda, adotará metodologias de ensino e de avaliação que
estimulem a iniciativa dos estudantes.
No que tange ao Currículo do Ensino Médio Noturno, necessita-se
propor diretrizes que contemplem alternativas organizacionais diferenciadas,
como a flexibilização curricular visando à promoção de trajetórias escolares
diferenciadas para os diferentes públicos do ensino médio noturno. A
proposição que ora se apresenta, adota um currículo que oferece ao educando
o ensino presencial acrescido de outras atividades curriculares, o que permite
ao educando perseguir trajetórias diferenciadas, atendendo as suas
disponibilidades e seus interesses.
Como forma de orientação pedagógica que garanta a sustentação
desse currículo flexível, orienta-se um trabalho pautado nos interesses e
necessidades dos alunos apoiado nos Parâmetros Curriculares para o Ensino
Médio e nas quatro premissas apontadas pela UNESCO como eixos estruturais
da educação na sociedade contemporânea que é o aprender a conhecer,
aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.
O currículo traduz a identidade da Unidade Escolar atendendo às
especificidades colocadas pela região, organizado por área de conhecimento,
dentro dos componentes comuns e diversificados, que em seus conteúdos
dialogam entre si, e, concomitantes aos projetos e programas propostos e
previstos no Projeto Político Pedagógico da escola.
Dentro desta perspectiva, as ações pedagógicas e culminância de
projetos realizados pela Unidade Escolar serão consideradas atividades
constantes do currículo. Assim, com conteúdos contextualizados significa-se o
que se ensina e que se aprende.
7 – METODOLOGIA
O Projeto Ensino Médio Noturno terá como inovação a oferta de
alimentação anterior ao período das aulas e o ensino desenvolvido em duas
etapas, sendo uma presencial e outra por meio de projeto interdisciplinar.
A oferta de alimentação anterior ao período das aulas tem como objetivo
garantir aos educandos, depois de um dia de trabalho, a alimentação exigida
pelo organismo para eles se sentirem dispostos para o estudo, tendo maior
concentração durante as aulas, menor indolência, economicidade financeira,
fatores estes que, segundo estudos já realizados, contribuem para elevar os
índices de aprendizagem e desempenho acadêmico. O educando ao chegar à
unidade escolar, já encontra a alimentação ao seu dispor, se alimenta e vai
para a aula.
O estudo presencial acontecerá de acordo com a estrutura curricular e
será ministrado seguindo a metodologia do professor com carga horária de
vinte horas semanais.
Quanto ao horário de entrada e saída na escola, apresenta-se a
seguinte proposta:
ENTRADA: 18h45min – servido alimentação
1ª Aula 19h
2ª Aula 19h45min
3ª Aula 20h30min
4ª Aula 21h15min
SAIDA: 22h
O estudo realizado por meio do projeto interdisciplinar, destinado à
complementação de carga horária dos alunos do ensino médio noturno, terá
como subsídios, além de outros recursos tecnológicos e metodológicos, os
Guias de Aprendizagem que são apostilas de apoio didático as quais visam o
fortalecimento da prática pedagógica. As atividades curriculares contidas nos
Guias de Aprendizagem são referentes às disciplinas de Língua Portuguesa,
Matemática, História, Geografia e Biologia e serão realizadas em horários
distintos aos das aulas regulares.
Os Guias de Aprendizagem, como material didático e pedagógico,
apresentam a identificação das aulas e dos conteúdos estudados. As matérias
apresentadas se encontram de forma teórica e contextualizada, e ofertam
exemplos vivenciados no cotidiano escolar e social dos educandos, as
atividades propostas são discursivas e de múltipla escolha.
A composição dos Guias de Aprendizagem foi fundamentada nas
Diretrizes Curriculares do Ensino Médio, já aprovadas pelo Conselho Nacional
de Educação e na Proposta Curricular do Ensino Médio, tendo como foco o
desenvolvimento de habilidades e construção de competências necessárias à
formação integral do educando.
As outras atividades curriculares a serem desenvolvidas no projeto
interdisciplinar, serão organizadas em consonância com o Projeto Político
Pedagógico da unidade escolar, dirigidas, acompanhadas e avaliadas pelo
professor da disciplina. A participação do aluno nessas atividades, além de ser
apreciada na avaliação, será contada como frequência, uma vez que
corresponde a 20% da carga horária.
8 - PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA - PROJETO ENSINO MÉDIO NOTURNO
ITEM QUANTIDADE VALOR TOTAL
GUIA DE APRENDIZAGEM PARA 5 DISCIPLINAS (APOSTILA 100 FOLHAS)
1ª SÉRIE 7.154* R$ 20,00 R$ 143.080,00
2ª SÉRIE 6.765* R$ 20,00 R$ 135.030,00
3ª SÉRIE 6.835* R$ 20,00 R$ 136.070,00
ACOMPANHAMENTO DIÁRIAS 1.080 R$ 157,50 R$ 170.100,00
TRANSP. 720 R$ 40,00 R$ 28.800,00
TOTAL R$ 613.080,00*Dados Censo 2010, atualizar de acordo com matrículas 2012.
9- AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO ENSINO MÉDIO NOTURNO
A avaliação deste projeto está voltada para o alcance dos objetivos
propostos os quais visam à melhoria da qualidade do ensino e a permanência
do aluno na escola, considerando as especificidades do público que será
atendido, prioritariamente, o aluno trabalhador.
A metodologia de trabalho do Ensino Médio noturno prevê aulas
presenciais e projetos interdisciplinares assistidos, dessa forma, a avaliação do
ensino deverá obedecer aos critérios que se seguem.
A avaliação presencial ocorrerá de forma contínua e processual, quando
serão observadas todas as produções dos alunos, participação nas aulas,
relacionamento interpessoal e avaliações bimestrais estabelecidas pela
unidade escolar. Por outro lado, a avaliação dos projetos interdisciplinares se
efetivará por meio da culminância do projeto, da realização das atividades
curriculares desenvolvidas nas feiras, nas pesquisas, nos Guias de
Aprendizagem e, em outras atividades estudadas e respondidas no formato
extraclasse.
Quanto à avaliação geral do projeto interdisciplinar, será feita por meio
da Diretoria Regional de Ensino, através dos técnicos que farão bimestralmente
monitoramentos in loco para averiguar o andamento das aulas e nível de
satisfação e permanência dos alunos atendidos por este novo modelo.
Semestralmente serão encaminhados à Diretoria de Ensino Médio, relatórios
com informações pedagógicas e operacionais para que a Secretaria Estadual
da Educação possa conhecer e fazer intervenções referentes à aplicabilidade
do projeto no que diz respeito às questões pedagógicas e de gestão.
10- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, “LEI n.º 9394, de 20.12.96, Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional”,in Diário da União, ano CXXXIV, n. 248, 23.12.96.
Ensino Médio Noturno: Democratização e diversidade/Coordenação nacional Sandra Zákia Lian Sousa, Romualdo Luiz Portela de Oliveira, Valéria Virginia Lopes. – Brasília:Ministério da Educação ,Secretaria de Educação Básica,2006.
Ensino Médio: mudanças e perspectivas/Márcia H.Kodoldt Cavalcante, rui Antônio de Souza (org.) – Porto Alegre:EDIPUCRS,2010.
Parâmetros Curriculares Nacionais, 3º ed. Brasília, 2000.
PACHECO, J. A. Políticas curriculares: referenciais para análise. Porto Alegre(RS) :Artmed, 2003.
PROETTI Amanda, Ronda Noturna. Revista Educação – Edição 175 Novembro. 2011