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Fatec SB Metodologia da Pesquisa Científica e Tecnológica Jacy Marcondes Duarte 1 ................................................................................... ................................................................................... ................................ Apresentação A disciplina Metodologia da Pesquisa Científica e Tecnológica (MPCT) tem por objetivo propiciar ao aluno conhecimentos sobre o papel da Ciência e da Tecnologia e sobre a especificidade do discurso científico e seus elementos; também objetiva desenvolver condições para que o aluno possa elaborar um projeto de pesquisa, visando a que ele se familiarize com a produção de textos científicos e possa depois desenvolver sua monografia de final de curso (TCC) com sucesso. Esta apostila contempla os principais tópicos e discussões que serão abordados ao longo do curso, selecionados a partir da bibliografia que norteia a disciplina e de outras contribuições, conforme referenciação bibliográfica ao final deste material. Nosso objetivo é apresentar de forma clara tais elementos, para que haja boa compreensão e aproveitamento do nosso aluno iniciante. Outros materiais serão utilizados durante o curso, para aprofundamento de itens específicos, conforme se faça necessário. O aluno poderá (e deverá) igualmente consultar os livros listados ao final desta apostila, e consultar o professor para obtenção de mais material, se julgar necessário para seus estudos. 1 Ciência e Tecnologia É tarefa muito difícil definir o que é ciência. Em princípio, pode-se afirmar que a ciência “busca compreender a realidade de maneira racional, descobrindo relações universais e necessárias entre os fenômenos, o que permite prever os acontecimentos e, consequentemente, também agir sobre a natureza. Para tanto, a ciência utiliza métodos rigorosos e atinge um tipo de conhecimento sistemático, preciso e objetivo” (MATIAS-PEREIRA, 2007, p.12). Mas não podemos esquecer que o conhecimento científico, apesar de rigoroso, não é certo e definitivo, não é a verdade. O conhecimento científico, como qualquer outro tipo de conhecimento, é histórico, depende da descoberta de novos fatos ou invenções, o que muda a “verdade científica”. Por exemplo, na Idade Média a concepção sobre o planeta era diferente da concepção atual, mas aquela era a verdade da época. Quando se dividiu o átomo, acreditava-se que a ciência havia descoberto a menor porção de matéria; depois se dividiram as partes do átomo, e a concepção científica sobre o assunto se modificou.

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Fatec SB Metodologia da Pesquisa Científica e Tecnológica Jacy Marcondes Duarte 1

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Apresentação

A disciplina Metodologia da Pesquisa Científica e Tecnológica (MPCT) tem por objetivo propiciar ao aluno conhecimentos sobre o papel da Ciência e da Tecnologia e sobre a especificidade do discurso científico e seus elementos; também objetiva desenvolver condições para que o aluno possa elaborar um projeto de pesquisa, visando a que ele se familiarize com a produção de textos científicos e possa depois desenvolver sua monografia de final de curso (TCC) com sucesso.

Esta apostila contempla os principais tópicos e discussões que serão abordados ao longo do curso, selecionados a partir da bibliografia que norteia a disciplina e de outras contribuições, conforme referenciação bibliográfica ao final deste material. Nosso objetivo é apresentar de forma clara tais elementos, para que haja boa compreensão e aproveitamento do nosso aluno iniciante.

Outros materiais serão utilizados durante o curso, para aprofundamento de itens específicos, conforme se faça necessário. O aluno poderá (e deverá) igualmente consultar os livros listados ao final desta apostila, e consultar o professor para obtenção de mais material, se julgar necessário para seus estudos.

1 Ciência e Tecnologia

É tarefa muito difícil definir o que é ciência. Em princípio, pode-se afirmar que a ciência “busca compreender a realidade de maneira racional, descobrindo relações universais e necessárias entre os fenômenos, o que permite prever os acontecimentos e, consequentemente, também agir sobre a natureza. Para tanto, a ciência utiliza métodos rigorosos e atinge um tipo de conhecimento sistemático, preciso e objetivo” (MATIAS-PEREIRA, 2007, p.12).

Mas não podemos esquecer que o conhecimento científico, apesar de rigoroso, não é certo e definitivo, não é a verdade. O conhecimento científico, como qualquer outro tipo de conhecimento, é histórico, depende da descoberta de novos fatos ou invenções, o que muda a “verdade científica”. Por exemplo, na Idade Média a concepção sobre o planeta era diferente da concepção atual, mas aquela era a verdade da época. Quando se dividiu o átomo, acreditava-se que a ciência havia descoberto a menor porção de matéria; depois se dividiram as partes do átomo, e a concepção científica sobre o assunto se modificou.

Difícil também é separar bem o que é ciência e o que é tecnologia. Tecnologia (tecno = ofício) é o termo que empregamos mais especificamente para aquilo que é a aplicação da investigação científica: trata-se de descobrir respostas e produtos que podem ser aplicados imediatamente à melhoria das condições da vida humana (um instrumento para arar o campo é tecnologia; fibras óticas são tecnologia). A investigação científica teórica descobriu como partir o átomo, e as aplicações dessa descoberta geraram diversas tecnologias: a bomba atômica, aparelhos médicos, energia nuclear etc. O melhor é não tentarmos dividir com rigor demasiado as duas concepções, pois elas na verdade interagem e muitas vezes andam juntas; é melhor usarmos o termo investigação científico-tecnológica, para nos referirmos às áreas do saber que se ocupam da descoberta de produtos e da aplicabilidade das teorias.

Outra observação importante é sobre a suposta neutralidade do discurso científico e sobre a suposta necessidade de distanciamento do pesquisador em relação ao seu objeto de pesquisa. Todo discurso (as pesquisas, descobertas científicas se traduzem em discursos também) é produzido por uma pessoa, que é o sujeito desse discurso, e traz as marcas desse sujeito, que vive num determinado tempo e espaço. Nós seres humanos somos frutos das ideias e valores vigentes na época e no espaço em que vivemos. O trabalho científico-tecnológico é trabalho humano, e traz as marcas da nossa humanidade. Não há neutralidade, todos estamos imersos na nossa história. E não é possível um “distanciamento” entre o pesquisador e o objeto da pesquisa: na verdade, estamos sempre envolvidos (temos de estar) com nossas investigações. A ideia de distanciamento científico, na verdade, vem da época do Iluminismo; é, portanto, uma criação humana como qualquer outra.

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Como afirma Gonsalves (2007), não é possível contrapormos atividade científica aos elementos subjetivos, afeto e emoção, como os positivistas acreditavam. Como poderíamos fazer uma pesquisa com empenho e dedicação, se não estivermos envolvidos emocionalmente no projeto?

2 O projeto de pesquisa

Mas afinal o que é projeto de pesquisa, e por que temos de fazê-lo?

O Projeto é a fase inicial, preparatória, para qualquer trabalho científico de investigação. Em qualquer situação em que seja necessária a pesquisa (para fazer um TCC, um doutorado, para uma empresa, para um órgão público etc) é necessário apresentarmos um projeto, que poderá ser aceito ou não. O projeto é um produto, uma redação em que apresentamos nossa proposta de pesquisa, seguindo os modelos e normas usuais para tal tipo de documento. O projeto não é imutável, pode ser modificado mais tarde, quando formos desenvolver a investigação. O projeto é um ponto de partida – um guia – para a futura pesquisa.

Embora haja diversas maneiras de se dividir um projeto de pesquisa, os seus componentes usuais, que adotaremos como modelo em nosso curso, são os seguintes:

TEMA

PROBLEMA

HIPÓTESE

REVISÃO DA LITERATURA

JUSTIFICATIVA DO PROJETO

OBJETIVOS

METODOLOGIA

CRONOGRAMA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANEXOS

Qualquer que seja a apresentação formal do projeto, suas divisões, todo projeto deve responder às seguintes indagações:

O que pesquisar? (Definição do tema e do problema, hipóteses e base teórica)

Por que pesquisar? (Justificativa da escolha do tema e do problema);

Para que pesquisar? (Propósitos do estudo, seus objetivos);

Como pesquisar? (Metodologia);

Quando pesquisar? (Cronograma de execução);

(observação: se o projeto tiver algum tipo de financiamento, devemos também incluir o item CUSTOS, detalhando os gastos que serão necessários).

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Lembrete: o projeto é um planejamento, não é a pesquisa. A pesquisa é a atividade de investigação, teórica ou prática; primeiro fazemos o projeto, depois desenvolvemos a pesquisa; por fim, apresentamos os resultados da pesquisa, em forma de relatório, monografia, dissertação de mestrado, tese de doutorado. No caso da Fatec, os alunos têm ao final do curso de apresentar um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que é uma monografia. O ideal é que o projeto que o aluno fizer na disciplina MPCT transforme-se depois no TCC.

3 O tema

A dificuldade inicial para um trabalho científico é a escolha e delimitação do tema. Não podemos demorar muito para decidir qual o nosso tema, para não comprometermos a feitura do projeto, e temos de decidir por um tema que seja possível de ser trabalhado, interessante para nós e que traga alguma contribuição para nós e para a sociedade.

O tema deve ter o tamanho (especificidade) adequado às nossas possibilidades de trabalho, ao tempo e recursos de que dispomos para realizá-lo. Há pesquisas que demoram anos, e envolvem vários pesquisadores; outras têm de ser feitas em pouco tempo, e individualmente (como é o caso do nosso curso). A delimitação do tema, então, é tarefa imprescindível.

Por exemplo, imaginemos a seguinte gradação, indo do assunto mais geral para o mais específico:

1. Poluição2. Poluição visual3. Poluição visual nas grandes cidades4. Poluição visual nas grandes cidades brasileiras5. Poluição visual em São Paulo6. Poluição visual no centro de São Paulo7. Poluição visual no centro de São Paulo causada pela propaganda

É claro que partimos, para escolher um tema, de algo que seja do nosso interesse, que tenha chamado nossa

atenção por algum motivo. Um primeiro passo, portanto, é escolher um tema que nos agrade.

Um segundo passo é pesquisarmos sobre o tema do nosso agrado. Temos de fazer um levantamento bibliográfico sobre o que já se falou ou se fez com relação ao tema que queremos escolher. Alguém já estudou isso? Escreveu sobre isso? Há publicações com posições e análises diferentes sobre o tema? Há documentos? É realmente possível pesquisar sobre isso?

Há três formas básicas de procedimentos investigatórios para se fazer nessa primeira fase do projeto, ou seja, para decidirmos se vamos realmente trabalhar com o tema que escolhemos. São: a pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental e os contatos diretos.

Por pesquisa bibliográfica entenda-se a consulta feita a livros, revistas, teses etc, publicados por autores diversos, sobre o assunto e o tema de que nos ocuparemos. É um levantamento do que se estudou e se analisou sobre o tema.

A pesquisa documental é a consulta feita em documentos. Por documento entenda-se imagens, textos, sons, fixados em algum suporte material. Um pergaminho é um documento, uma inscrição numa pedra, a gravação de um diálogo, um diário, uma foto, desenhos, filmagens etc são documentos.

Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos da pesquisa. (GIL, 2009, p. 45).

Os contatos diretos são a maneira de se conseguirem dados através de outras pessoas, diretamente, colhendo depoimentos ou sugestões sobre possíveis fontes de informação.

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Organização do material consultado

Todo o material bibliográfico que consultamos deverá ser fichado, para que possamos organizá-lo e não perder os dados. Por exemplo, lemos algo muito interessante num livro, mas não anotamos nada; possivelmente não seremos capazes de lembrar onde lemos a informação daí a pouco tempo. O fichamento do material consultado é fundamental.

Chamamos de fichamento a tomada de notas ou apontamentos sobre o que lemos. As fichas podem ser de cartolina, folhas de caderno ou mesmo armazenadas no computador; o importante é que funcionem para ajudar o pesquisador. Existem muitos tipos de fichas, por exemplo:

a) Ficha bibliográfica – em que fazemos pequeno comentário da obra estudada. Serve para identificarmos a obra e sua importância, na hora de redigirmos nosso trabalho.

b) Ficha de citação – em que transcrevemos ipsis litteris, isto é, fielmente, trechos ou frases da obra estudada. A transcrição deve ser feita entre aspas, e seguida do número da página. Se pularmos uma parte de uma frase, colocamos reticências entre parêntesis (...).

c) Ficha de resumo – em que fazemos um resumo da obra lida. Podemos resumir colocando os assuntos em itens, sem preocupação com a redação, ou então fazermos realmente um apanhado geral, ou resumo propriamente dito, com nossas palavras.

d) Ficha de dados – onde anotamos os resultados de respostas a questionários, ou quaisquer outros elementos obtidos através da pesquisa. Por exemplo, numa pesquisa sobre poluição do rio Tietê, um químico poderia anotar em fichas todos os elementos poluentes que encontrou, para depois tratar os dados, fazendo tabelas e figuras.

Toda ficha deve ser numerada, e conter um cabeçalho com os dados da obra de acordo com a ABNT. Vejamos os exemplos:

FICHA BIBLIOGRÁFICA 01

Indicado para: (colocar o tema da pesquisa)

SOBRENOME DO AUTOR, Nome. Nome da obra. Cidade de publicação:Editora, ano de publicação, nº de páginas.

Onde encontrar: (anotar qual a biblioteca e o número do registro catalográfico da obra)

REFERÊNCIAS IMPORTANTES / ANOTAÇÕES/COMENTÁRIOS

FICHA DE RESUMO 01

Indicado para (colocar o tema da pesquisa)

SOBRENOME DO AUTOR, Nome. Nome da obra. Cidade de publicação:Editora, ano de publicação, nº de páginas.

Onde encontrar: (anotar qual a biblioteca e o número do registro catalográfico da obra)

RESUMO

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4 O problema

Decidir qual o tema de uma pesquisa, entretanto, não é suficiente para podermos trabalhar. Na verdade, se vamos pesquisar algo, é porque temos uma indagação, um problema, uma dúvida sobre o assunto, que poderá ser solucionado através da nossa investigação. Para Gil (2009), um problema é uma questão não resolvida e que é objeto de discussão, em qualquer área do conhecimento. Além do tema, portanto, temos de formular um problema, colocado sob forma interrogativa.

Mas nem todo problema pode ser tratado cientificamente; temos de verificar se o problema em que estamos pensando se enquadra na categoria de científico.

Segundo Lakatos e Marconi (1986), o problema consiste num enunciado interrogativo formulado de maneira clara, compreensível e operacional, cujo melhor modo de solução é uma pesquisa científica. O problema se constitui em uma pergunta científica quando explicita a relação de dois ou mais fenômenos (fatos, variáveis) entre si, que podem ser investigados de forma sistemática, empírica e controlada. Perguntas retóricas, especulativas ou valorativas não são perguntas científicas. As autoras citam os exemplos seguintes (p.121):

“a harmonia racional depende da compreensão mútua”; “o método de educação religiosa A é melhor que o B para aumentar a fé?”; “a igualdade é tão importante quanto a liberdade”.

Não há maneira de testar empiricamente tais afirmativas ou perguntas, pois envolvem julgamentos de valor. Não constituem, pois, problemas científicos. Segundo Gil (2009, p. 26), as regras práticas para a formulação de problemas científicos seriam:

a) o problema deve ser formulado como pergunta;b) o problema deve ser claro e preciso;c) o problema deve ser empírico;d) o problema deve ser suscetível de solução;e) o problema deve ser delimitado a uma dimensão viável.

Exemplificando:

a) O problema do divórcio. Problema (em forma de pergunta): Quais fatores provocam o divórcio?b) Como funciona a mente? Problema (claro e preciso): Quais mecanismos psicológicos podem ser identificados

no processo de memorização?c) Deve a mulher camponesa estudar? Esse não é um problema que se pode testar empiricamente, pois é um

julgamento de valor.d) Um problema como ligando-se o nervo ótico à área auditiva do cérebro, as visões serão percebidas

auditivamente? não é passível de solução, pelo menos até que a neurofisiologia tenha tecnologia para responder a essa pergunta.

e) O problema, assim como o tema, deve ter um “tamanho” adequado, isto é, deve ser delimitado. Ex.: O que pensam os jovens? Delimitando: O que os jovens da cidade X pensam a respeito do assunto Y?

Lakatos e Marconi (1986, p.122) incluem outro ponto para formularmos um problema científico: Constitui-se o problema numa questão que relaciona entre si pelo menos dois fenômenos (fatos ou variáveis)? Ex.: Quais os fatores associados à intenção de voto em candidatos conservadores? Relacionamos aí dois fenômenos: intenção de voto x candidatos conservadores. Ex.: Quais os fatores que levam os jovens atuais à ingestão de bebidas alcoólicas? Relacionamos ingestão de bebidas x juventude atual.

5 Hipótese

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Hipóteses (hipo = abaixo, tese= proposição) são soluções possíveis para determinado problema científico, uma resposta “suposta, provável e provisória”.

De acordo com Gil (2009), existem 3 tipos de hipóteses:

a casuística: afirma que um objeto, uma pessoa ou um fato tem determinada característica; por exemplo, a hipótese de que Moisés era egípcio e não judeu;

a que se refere à frequência de acontecimentos: indicam se determinadas características ocorrem com maior ou menor intensidade; por ex., a hipótese de que a crença em horóscopos é muito difundida na cidade X;

a que estabelece relação entre variáveis: permite a classificação em duas ou mais categorias, como, por exemplo, sexo, classe social, idade, nível de escolaridade, estado civil; por ex., a hipótese de que o suicídio ocorre mais entre os solteiros que os casados.

Algumas hipóteses estabelecem relação de dependência entre variáveis: por ex., a hipótese de que a classe social da mãe influencia no tempo de amamentação dos filhos (variável independente x = classe social; variável dependente y = tempo de amamentação).

Para elaborar uma hipótese devem-se seguir alguns critérios, como, observar se ela é plausível, consistente, específica, clara, explicativa, simples, se se relaciona com as técnicas disponíveis e se se relaciona a uma teoria. E o mais importante, não existe obrigação de justificar a sua hipótese. O enunciado da hipótese é uma expressão da livre escolha, que mistura intuição, bom senso, experiência e competência. A resposta que você formulou ao seu problema é a sua hipótese.

Lakatos e Marconi (1986) afirmam que, embora haja várias maneiras de se formular uma hipótese, a mais comum é “se p, então q” (ou “se x, então y”), onde as letras indicam variáveis. Ex.: Se privação na infância (x), então deficiência escolar mais tarde (y). Ex.: Se incentivo positivo (x), então aprendizagem aumentada (y), dado sexo feminino (r) e classe média (s). No segundo exemplo, relacionam-se mais de duas variáveis.

As autoras afirmam que, mesmo que o enunciado da hipótese tome a forma de asserção, afirmação, é geralmente traduzível na forma condicional (se x, então y). Por ex., Os estudantes secundaristas que receberam orientação profissional têm maior certeza quanto à escolha do curso universitário (se receberam (x), então maior certeza (y)).

6 Revisão da literatura Essa parte do Projeto é dedicada às considerações teóricas relacionadas ao projeto, isto é, deve-se apresentar uma

discussão daquilo que já foi publicado a respeito do assunto e tema que pretendemos investigar. Toda investigação parte daquilo que já foi feito, não se trata de inventar a roda. É necessário, portanto, que indiquemos no projeto os autores, as teorias, as concepções que fundamentam o nosso projeto e a futura pesquisa.

Não é necessário apresentar resumos ou paráfrases dos textos consultados; o que temos de fazer é apresentar com nossas palavras, e criticamente, as posições e discussões já publicadas. É claro que podemos citar os autores, mas sem exagero. Há duas maneiras de se citar o texto dos outros:

Diretamente –literalmente (ipsis litteris), fielmente. Feita entre aspas, em itálico. Indica-se ao final da citação a página de onde foi retirada. Exs.:

“As citações são elementos retirados dos documentos pesquisados durante a leitura da documentação e que se revelaram úteis[...]” (SIMPSON, 2000, p.127).

“Não provém informação sobre os Falsos Positivos e os Falsos Negativos. São independentes da prevalência da doença”. (SILVA, 2004, p.34).

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Indiretamente - transcrição não-literal, em que se reproduz fielmente o conteúdo e ideias do documento original, mas com uma redação própria do citador. Sem aspas e sem itálico; não há obrigatoriedade de indicar no texto a página. Ex.:

Segundo Bueno (1999), citações são elementos extraídos do material consultado que denotam sua devida importância.

Citação apud (citação da citação) - citação direta ou indireta, retirada de uma citação feita por um outro autor. Ou seja, é uma citação de segunda mão, nos casos em que não tivemos acesso ao original. Colocamos o sobrenome do autor do trabalho original, seguido do sobrenome do autor consultado, antecedido pela palavra apud (através de), ano e página:

“a pesquisa-ação é um tipo de pesquisa com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema” (THIOLLENT, apud GIL, 2009, p.55).

(Entenda-se: o texto é de Thiollent, retirado da página 55 do livro de Gil, através de Gil. É uma citação direta apud).

Outro ex.: Segundo Goldenberg (apud Matias-Pereira, 2007, p.71), a pesquisa qualitativa se preocupa com o aprofundamento da compreensão de um grupo social ou problema.

(Entenda-se: a ideia é de Goldenberg, e tivemos acesso a ela através do livro de Matias-Pereira, página 71. É uma citação indireta apud).

Toda citação segue as normas da ABNT.

7 Justificativa do projetoDepois de escolhido e delimitado o tema da pesquisa, é necessário justificar tal escolha. A justificativa deverá

convencer quem for ler o projeto da importância e da relevância do estudo proposto; trata-se, portanto, de colocar razões e comentários que evidenciem a conveniência da proposta.

Não há um modelo para se escrever a justificativa, mas alguns pontos devem ser contemplados. A justificativa deve ser um texto dissertativo – ou seja, persuasivo – que inclua as seguintes discussões:

Como surgiu a ideia para a escolha do tema;

Por que se escolheu tal tema, ou seja, quais os motivos profissionais e pessoais que levaram o pesquisador a optar pelo tema;

Quais os pontos positivos que tal tema apresenta, quais benefícios e vantagens a pesquisa poderá proporcionar para a solução de problemas teóricos, sociais ou tecnológicos;

Ressaltar (se for o caso) os possíveis aspectos inovadores da pesquisa proposta;

Fundamentar a sua viabilidade de execução.

Obs: embora a justificativa não seja o lugar para uma revisão bibliográfica completa, devemos citar alguns autores e discutir suas ideias, como forma de argumentação para justificar nosso projeto (é o chamado argumento de autoridade – em que nos apoiamos no que pessoas de importância reconhecida na área que vamos pesquisar disseram a respeito do assunto).

8 Definição dos objetivos da pesquisa

Nessa etapa, registramos o que pretendemos com a investigação proposta, quais metas pretendemos alcançar. É essencial definir de forma clara o objetivo principal da pesquisa, bem como os seus objetivos secundários.

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Os objetivos devem ser iniciados com um verbo de ação, no infinitivo, como, por ex., identificar, verificar, descrever, analisar, determinar, definir, medir, propor etc e se dividem em:

Objetivo geral – que reflete uma visão abrangente do problema; é mais amplo, mais abstrato, é a questão principal da pesquisa.

Objetivos específicos - referem-se a aspectos mais concretos e específicos da pesquisa, detalham o objetivo geral e permitem sua aplicabilidade em situações particulares.

Damos abaixo um exemplo formulado a partir de uma proposta de Matias-Pereira (2007):

Imaginemos a seguinte situação: você conhece cursos de treinamento de pessoal que os bancos costumam oferecer e tem algumas ideias sobre como melhorar a eficiência desses cursos, pensa até mesmo em desenvolver algum software que ajudaria a gerenciar melhor esses treinamentos. Como poderia ser desenvolvido um projeto para tal pesquisa? Após a revisão bibliográfica sobre o assunto (para ver inclusive o que já se fez nessa área), você poderia desenvolver o projeto da seguinte forma:

O tema poderia ser Modernização de bancos em cursos de treinamento de pessoal; o problema poderia ser Qual metodologia poderia ser aplicada nos cursos de treinamento de trabalhadores em bancos a fim de tornar esses cursos mais eficientes?; e a sua hipótese seria justamente o software que você que poderia desenvolver. Após a justificativa do tema e do problema, você poderia propor os seguintes objetivos:

Objetivo geral - Desenvolver um modelo científico-tecnológico de gestão de recursos humanos para facilitar o processo de modernização de bancos em cursos de treinamento de pessoal.

Como você já pesquisou sobre o tema, sabe quais os aspectos que serão mais importantes levantar e analisar nessa investigação (primeiro, escolher um banco para estudar, segundo, verificar o que esse banco já tem de instrumentos de treinamento; terceiro, ver se a sua proposta se encaixaria na situação, quarto, ...). Cada aspecto pode ser traduzido em um objetivo específico, assim:

Objetivos específicos - a) analisar as características estruturais e funcionais do banco X; b) analisar a forma de atuação do banco X na área de gestão de RH; c) analisar os recursos tecnológicos disponibilizados pelo banco X para tais treinamentos; d) desenvolver uma metodologia aplicada ao processo de treinamento de pessoal no banco X; d) Traduzir essa metodologia em um produto (software); e) Verificar a aplicabilidade de tal metodologia a outros bancos.

Lembremo-nos sempre de que os objetivos têm de estar coerentes com o tema, o problema e a justificativa do tema.

9 Metodologia da pesquisa

Methodos = caminho; logos = estudo, investigação. Metodologia é, portanto, o caminho e o instrumental próprios para investigar a realidade, e inclui teorias, técnicas de pesquisa, procedimentos, critérios e modos de abordagem do problema.

a) Classificações dos métodosEm primeiro lugar, é necessário distinguir alguns tipos de métodos:

Indutivo do particular para o geral (da evidência

observacional para a generalização científica)

Ex.: O corvo 1 é negro

O corvo 2 é negro premissas

O corvo N é negro

Todo corvo é negro conclusão

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Dedutivo do todo para a parte (da generalização para

os casos concretos)

Ex.: Todo corvo é negro

O animal X é um corvo premissas

Logo, o animal X é negro conclusão

Hipotético-dedutivo (Karl Popper) “de tentativas e eliminação de erros”

Dialético (Karl Marx) “das contradições, da mudança contínua”

Em segundo lugar, eis as classificações mais comuns dos tipos de pesquisa:

Quanto à natureza da pesquisa

Quanto à forma de abordagem do

problema

Quanto aos objetivos da pesquisa

Quanto aos procedimentos

técnicos- Básica (teórica)

- Aplicada (prática)

- Quantitativa (com o uso de recursos estatísticos)

-Qualitativa (tratamento analítico-interpretativo, sem quantificação)

- Exploratória (busca se familiarizar com o problema)- Descritiva(descreve as características)- Explicativa (explica as razões)

- Bibliográfica- Documental- Experimental- Levantamento- Estudo de campo- Estudo de caso- Participante

b) Sujeitos e objetos O objeto de nossa pesquisa é o tema/problema que escolhemos para trabalhar; o sujeito são as pessoas (a

população-alvo, os entrevistados, por ex.).

Há na verdade, dois tipos de sujeito numa pesquisa: o sujeito-investigador (o pesquisador) e o sujeito-investigado (a população-alvo da pesquisa); é normal que haja interação entre os dois sujeitos durante o processo investigatório.

Conhecimento prévio

Problema Hipóteses, teoria

Falseamento/confirmação

SínteseAntíteseTese

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c) Procedimentos e critérios (como será feita a pesquisa)

Nessa etapa do projeto, temos de definir basicamente três itens:

A população e amostra (se for o caso) – informamos sobre o universo a ser estudado, a extensão da amostra e a maneira como será selecionada, além dos critérios que seguimos para fazer nossas escolhas.

A coleta de dados - definimos com clareza como será feita a coleta de dados, quais os instrumentos utilizados (questionário escrito, observação, entrevista, gravação de narração espontânea) e quais os critérios que nos levaram a escolher os instrumentos.

Os instrumentos utilizados para a coleta de dados dependerão dos objetivos da pesquisa e do universo a ser investigado. Um biólogo utiliza bastante a observação, por ex., dos animais em seu habitat; já o sociólogo ou o profissional de marketing pode utilizar diversos tipos de questionários; um linguista poderá utilizar a gravação de narrações espontâneas ou questionários.

A entrevista pode ser padronizada ou estruturada (com roteiro prévio) ou não-estruturada (sem roteiro rígido). Os questionários podem ter perguntas de vários tipos:

- abertas (tipo “Qual sua opinião?”);

- fechadas (respostas binárias, como “sim” ou “não”);

- de múltiplas escolhas (tipo “Assinale uma das alternativas abaixo”).

A análise dos dados - temos de descrever os procedimentos que iremos adotar em nossa pesquisa para a tabulação e análise dos dados.

10 CronogramaTodo projeto tem de deixar claro o tempo que consideramos necessário para desenvolver a pesquisa. É necessário

também planejarmos o tempo de acordo com o que efetivamente dispomos. No caso de um TCC na Fatec, por exemplo, o tempo legal é o da duração do último semestre letivo (menos de seis meses, o que é muito pouco). Aconselhamos, por isso, que o aluno faça um bom projeto no começo do curso, e comece a fazer o TCC no máximo a partir do quinto semestre.

Há várias formas de se fazer um cronograma, que indica mês a mês as atividades que serão realizadas. Podemos fazer uma lista de atividades mensais, ou podemos fazer um gráfico, como o exemplo abaixo, que é para seis meses:

Atividade/Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul1. Revisão bibliográfica2. Elaboração dos instrumentos de pesquisa3. Coleta de dados4. Tratamento do material coletado5. Análise dos dados6. Redação do trabalho final

11 Referências bibliográficasAo final do projeto, temos de listar em ordem alfabética os livros, revistas, sites ou qualquer outro material que

consultamos para fazer o projeto e que consideramos importante para o desenvolvimento da futura pesquisa.

As citações de obras obedecem às normas da ABNT e devem ser rigorosamente seguidas em qualquer trabalho acadêmico. Abaixo damos exemplos dos vários casos de referenciação (material retirado do Manual de TCC da Fatec).

M O D E L O S

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A seguir listamos exemplos de referências bibliográficas, ou seja, modelos para a referenciação ao final do trabalho das obras citadas ou consultadas durante o trabalho.

A - Elementos essenciais para a referenciação

São: autor (es), título (em itálico), edição, local, editora e data da publicação, com a pontuação utilizada conforme o exemplo abaixo. Lembramos que Júnior, Filho, Neto não são sobrenomes (ex. CAMARA JR., J.M. da).

GOMES, L.G.F.F. Novela e sociedade no Brasil. 2 ed. Niterói: EdUFF, 1998. BARBOSA FILHO, M. Introdução à pesquisa. 2ed. Rio de Janeiro:Livros Técnicos e Científicos, 1980

Às vezes, não temos a informação da edição e não a pomos. Quando não conseguimos saber a data, colocamos [s.d.]. Outras abreviações utilizadas:

- [s.n.] – sem o nome da editora (sine nomine)- [s.l.] - sem indicação do local (sine loco).

B - Elementos complementares

Quando necessário, acrescentam-se outros elementos para melhor identificar o documento, como, por exemplo:

HOUAISS, Antonio (Ed.). Novo dicionário Folha Webster’s. Inglês/português, português/inglês. Co-editor Ismael Cardim. São Paulo:Folha da Manhã, 1996. Edição exclusiva para o assinante da Folha de São Paulo.

MUSEU DA IMIGRAÇÃO (São Paulo, SP). Museu da Imigração. S.Paulo: catálogo. São Paulo, 1997, 16 p.

C – Modelos de citação a) obra com um autor

VOZIKIS, C. C. Delphi 4: proteção e segurança de banco de dados. São Paulo: Érica, 1999.

b) obra com dois autoresBOULOS, P.; ZAGOTTIS, D. L. Mecânica e cálculo: um curso integrado. São Paulo: Edgard Blucher, 1991. v. 1.

c) obra com três autoresBRICK, R. M.; PENSE, A. W.; GORDON, R. B. Structure and properties of engineering materials. 4.ed. New York: McGraw-Hill, 1977. 500 p. (McGraw-Hill Series in Materials Science and Engineering).

d) obra com mais de três autores - indicar somente o primeiro autor, seguido da expressão latina et al.)MAASS, A. et al. Design of water-resource systems: new techniques for relating economic objectives, engineering analysis, and governmental planning. London: MacMillan, 1962.

e) obra com responsabilidade intelectual diferente de autor (organizador, editor, coordenador etc.)POZO, J. I. (Org.). A solução de problemas: aprender a resolver, resolver para aprender. Porto Alegre: Artmed, 1998. 177 p. GALLO, C.; SALA, M.; SAYIGH, A. A. M. (Ed.). Architecture: confort and energy. Amsterdam: Elsevier, 1998. 234 p.

f) obra com outro tipo de responsabilidade (tradutor, revisor, ilustrador etc.)SKINNER, B. J. Recursos minerais da terra. Tradução de Helmut Born e Eduardo C. Damasceno. São Paulo: Edgard Blucher, 1970. 139 p. (Série Textos Básicos de Geociências).

g) obra com autores corporativos (entidades coletivas, governamentais, públicas, particulares etc.)

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BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. Exame nacional de ensino: relatório final 1999. Brasília: MEC/INEP, 2000. 231 p.ESTADOS UNIDOS. Environmental Protection Agency. Superfund innovative technology evaluation. 10th ed. Cincinnati: 1999. 3 v. (EPA/540/R-99/500a-c).

h) obra com autoria não expressa (a entrada é feita pelo título, com a primeira palavra em letras maiúsculas)DIAGNÓSTICO do setor editorial brasileiro. São Paulo:Câmara Brasileira do Livro, 1993. 64 p.

i) obra com diferentes locais de publicação e diferentes editorasNASH, W. A. Resistência dos materiais: resumo da teoria, problemas resolvidos, problemas propostos. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil; Brasília: INL, 1970. (Coleção Schaum).

j) obra com mesmo local de publicação e diferentes editorasSANTOS, M. C. L. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo: 1894-1984. São Paulo: RUSP/EDUSP/FDTE, 1985. 668 p.

k) norma técnica e especificaçãoASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos - apresentação. Rio de Janeiro, 2005. 6 p.

l) monografia, dissertação de mestrado e tese

OLIVEIRA, L. O. de C. A importância do zoneamento no comportamento de barragens de enrocamento com face de concreto. 2005. 172 p. Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.

DELBEM, M. F. Obtenção de nanocompósitos a partir de polipropileno e argilas esmectitas. 2005. 136 p. Tese (Doutorado) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.

CONTI, M. B. de. Algumas considerações sobre representação e estima de atributos de embarcações. 2004. 1 v. Tese (Livre Docência) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.

DI FRANCESCO, F. C. Planejamento estratégico em pequenas empresas construtoras de direção familiar: um estudo de caso. 2005. 100 p. Monografia (MBA em Tecnologia e Gestão na Produção de Edifícios) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, Programa de Educação Continuada em Engenharia Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.

m) relatórioHAYANO, R. H.; KAMINSKI, P. C. Curvas de flexibilidade. São Paulo: Escritório Técnico de Construção Naval, 1990. (Estudo Técnico, 1025-1990).

n) catálogoCASE. Escavadeiras série CX: CX130/CX160/CX210/CX240. Contagem: [2002]. 22 p. (03/02- BRCE 01401). Apresenta folhetos explicativos, com especificações, para cada tipo de escavadeira.

o) laudo/parecer técnicoSÁNCHEZ, L. E. Contribuição ao anteprojeto de lei sobre proteção do solo e gerenciamento de áreas contaminadas. São Paulo, 2003. 2 p.. Parecer técnico apresentado à Secretaria Executiva do CONSEMA, em 14/11/2003.

SÁNCHEZ, L. E. Degradação ambiental causada por extração de granito. Pedreira Anhanguera S/A, Ribeirão Pires - SP. São Paulo, 2006. 18 p. Parecer técnico apresentado a 3.ª Vara Cível do Foro de Ribeirão Pires - SP, em 07/02/2006.

p) material didático

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ALONSO-FALLEIROS, N. Mecanismos de corrosão de materiais metálicos . São Paulo: Epusp, 2001. 63 p. Apostila para disciplina de pós-graduação do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais, PMT-5827 - Mecanismos de Corrosão de Materiais Metálicos.

q) obra em meio eletrônico

HOUAISS, A. (Ed.).Enciclopédia e dicionário digital 98. Direção geral de André Koogan. São Paulo: Delta: Estadão, 1998. 5 CD-ROM.

SINGH, V. P. (Ed.). Computer models of watershed hydrology. Colorado: Water Resources Publications, 1995. 1 CD-ROM.

BRASIL, R. M. L. R. F.; JARDINI, J. A. (Org.). A pesquisa na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo: Epusp, 1999. 1 CD-ROM.

GASMAP: gallium arsenide model analysis programs. Norwood: Artech House, 1991. 3 disquetes, 3 1/2 pol. + user's manual. WHITE, C. Energy potential: toward a new electromagnetic field theory. New York: Campaigner Publications, 1977. 305 p. Disponível em: <http://www.wlym.com/pdf/iclc/energypot.pdf>. Acesso em: 01 ago. 2005.

SAUTCHUK, C. A. Formulação de diretrizes para implantação de programas de conservação de água em edificações . 2004. 308 p. Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-13122004-145038/>. Acesso em: 18 jan. 2006.

r) publicação periódica como um todo (jornal, revista, boletim) – os elementos essenciais são: título, local de publicação, editora, data de início e encerramento da publicação, se houver. Podem ser acrescentados outros elementos, se necessário para identificar o documento, como, por exemplo, se é mensal ou anual, e o seu número de indexação (ISNN).

BOLETIM GEOGRÁFICO. Rio de Janeiro:IBGE, 1943-1978. Trimestral.

SÃO PAULO MEDICAL JOURNAL. São Paulo: Associação Paulista de Medicina, 1941-. Bimensal. ISSN 0035-0362.

s) artigo e/ou matéria publicada em revista, jornal ou boletim – põe-se o nome do autor, o nome do artigo, o nome da revista em itálico, local, número do volume e/ou ano, fascículo, paginação inicial e final, data. Se não houver autor explícito, entra-se pelo nome do artigo, e a primeira palavra vem em maiúsculas.

COSTA, V.R. À margem da lei. Em Pauta, Rio de Janeiro, n.12, p.131-148, 1998.

AS 500 maiores empresas do Brasil. Conjuntura Econômica, Rio de Janeiro, v.38, n.9, set.1984. Edição especial.

t) parte de livro (capítulo, volume, fragmento) – com autor diferente (organizador). Põe-se o nome do autor do fragmento, nome do fragmento sem itálico, seguidos da expressão “In” e da referenciação completa da obra. No final, põem-se as páginas onde está o fragmento.

ROMANO, Giovanni. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI, G.; SCHIMIDT, J. (Orgs.). História dos jovens 2. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p.7-16.

PETTER, M.M.T. Morfologia. In: FIORIN, J.L.(org.). Introdução à linguística II. Princípios de análise. São Paulo: Contexto, 2003. p.59-79.

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u) parte de livro (capítulo, volume, fragmento) - do mesmo autor. Põe-se o nome do autor, nome do fragmento sem itálico, seguidos da expressão No seu e da referenciação completa da obra. No final, põem-se as páginas onde se encontra o fragmento.

BORBA, Francisco da Silva. Teoria da oração. No seu Teoria Sintática. São Paulo:T.A.Queiroz, 1979, p.25-46.

MEDEIROS, João Bosco. Noções sobre texto. No seu Português Instrumental. 3ed. São Paulo:Atlas, 1998, p.30-41.

v) Quando temos várias obras do mesmo autor, não repetimos o nome do autor, por ex:

MINAYO, M.C. de S. ) O desafio do conhecimento. São Paulo:Hucitec, 1993 _____________ . Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis:Vozes, 1994

12 Anexos

Se acharmos necessário para esclarecer ou justificar nosso projeto, podemos anexar a ele algum documento. Os anexos vêm depois das referências bibliográficas. Não é parte obrigatória do projeto.

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Referências bibliográficas desta apostila

GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 2009.

GOMES, Josir Simeone. O método de estudo de caso aplicado à gestão de negócios. Textos e casos. São Paulo: Atlas, 2006

GONSALVES, Elisa Pereira. Conversas sobre iniciação à pesquisa científica. 4ed. Campinas, São Paulo: Alínea, 2007

LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1988

MATIAS-PEREIRA, José. Manual de metodologia da pesquisa científica. São Paulo: Atlas, 2007

SOUZA, Paulo Roberto Schroeder e DUARTE, Jacy Marcondes. Manual de normas técnicas para trabalhos de conclusão de curso da Fatec São Bernardo. São Bernardo: Fatec SB. Apostila para as disciplinas TCC e MPCT e para orientação de TCC. 2009, 49 p. Disponível em

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7. RESUMO - RESENHA - FICHAMENTO

7.1.RESUMOResumir é condensar um texto, reduzindo-o às suas ideias essenciais. Num resumo, temos de ser fiéis ao texto, não

podemos expressar opiniões nem modificar as ideias ali colocadas. Um resumo não é uma colagem de trechos ou frases do texto, é uma redação com nossos próprios termos e frases das ideias mais importantes do texto.

COMO FAZER UM RESUMO

1. Uma primeira leitura, sem interrupção, deve ser feita para tomarmos um contato inicial com o texto, e captarmos seu assunto, sua mensagem. Uma segunda leitura, mais cuidadosa, servirá para nos “apropriarmos” do texto enquanto leitores. Devemos consultar o dicionário ou outros textos para tirar dúvidas, pois, se não conseguimos entender bem o texto, não conseguimos resumi-lo.

2. Anotar a lápis ao lado do texto dúvidas que não foram solucionadas individualmente, para perguntar ao professor ou discutir com os colegas; marcar também as partes que achou mais importantes (sublinhar no texto).

3. Redigir o resumo, com suas próprias palavras, tirando o que é repetição, e o que são informações secundárias. “Com suas próprias palavras” não significa que não podemos utilizar nenhum termo que aparece no texto (às vezes, é difícil substituir palavras técnicas); significa que a redação é nossa (as frases, a escolha e o arranjo das palavras, o arranjo das ideias).

4. Reler e arrumar o texto (verificar itens gramaticais, itens de redação como divisão em parágrafos, repetição de palavras, ideias confusas etc).

5. UM RESUMO é uma redação condensada, e com as próprias palavras do aluno, das partes mais importantes de um texto. Um RESUMO não é uma colagem de partes, frases e parágrafos do texto. Não é uma colcha de retalhos.

6. Podemos tomar como base para o resumo a divisão do texto em parágrafos. Se for um texto grande, então podemos resumi-lo a partir dos capítulos, itens etc.

7. Observações finais:

a) Quando resumimos, não podemos usar o ‘nós’ ou ‘eu’, pois não somos os autores do texto. Não podemos dizer: Nossa pesquisa demonstrou...’, pois a pesquisa é do autor. Temos de dizer ‘A pesquisa do autor Fulano demonstrou...’.

b) Não podemos dar opinião sobre o texto que estamos resumindo

c) Não é preciso fazer uma conclusão, já que é somente um resumo, mas devemos indicar no início que é um resumo da obra tal, de Fulano, páginas tais e tais.

d) No final, devemos fazer a citação bibliográfica completa da obra que resumimos, de acordo com as normas de citação da ABNT (autor, obra, edição, cidade, editora, data, páginas).

7.2. RESENHAUma resenha é a apresentação das características ou propriedades de um evento, ou livro, ou filme, ou jogo etc.

Não é exaustiva, isto é, não contém fielmente todos os detalhes do objeto resenhado. Na verdade, o resenhador faz uma escolha dos aspectos que considera interessantes mostrar para o seu leitor. Um filme, por exemplo, pode ser interessante somente pela fotografia, ou pela história, pela direção etc. O objetivo da resenha é informar o leitor sobre o objeto resenhado; a finalidade da resenha (o objetivo do resenhador) é que determina quais os aspectos que serão mostrados e descritos. Uma resenha de filme, por exemplo, não pode contar o final dele, o que levaria à perda de interesse em assistir a

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ele. Uma resenha não é um resumo, embora traga também um pequeno resumo da história contada. Um resumo é fiel e completo, uma resenha, não.

A resenha pode ser:

DESCRITIVA – sem julgamentos ou apreciações do resenhador sobre o objeto;

CRÍTICA – contendo opiniões e julgamentos de valor do resenhador sobre o objeto.

Partes da resenha:

a) parte informativa – se for filme, a ficha técnica (nome, nome original, ano, diretor, país de origem, atores, duração etc). Se for livro, nome dos autores, tradutores, título completo, editora, lugar e data da publicação, número de páginas.

b) resumo do conteúdo (sem detalhes, apenas o geral da história, sem contar o final, por ex.). Podemos aqui colocar também o ponto de vista adotado pelo autor, seu método e como ele divide a obra.

c) apreciação crítica da obra

d) indicação (a que tipo de público se destina, na opinião do resenhador)

<<<A resenha descritiva contém apenas as partes a) e b).>>

Exemplos de resenhas:1. O prisoneiro da grade de ferro Cultura, 23h10; classificação informativa não informada. Brasil, 2004, 123 min. Direção: Paulo Sacramento.Sabe-se o que pensam as pessoas “normais” sobre detentos. Mas o que pensam detentos sobre a sociedade, a cadeia, sobre sua vida e sobre si mesmos? O documentário lança essa questão com pertinência. Estreia muito promissora de Sacramento na direção. (FOLHA de São Paulo, Ilustrada, 9/2/2009, p.E6)

2. O curioso caso de Benjamin Button (The curious case of Benjamin Button) EUA, 2008. Direção:David Fincher. Com: Brad Pitt, Cate Blanchett e Tida Swinton.O filme acompanha a trajetória de um homem que nasceu em Nova Orleans, no fim da Primeira Guerra, com a aparência de um velho de 80 anos, mas que rejuvenesce com o passar do tempo do mesmo diretor de “Zodíaco” (2007). Indicado para o Oscar de melhor filme, direção, ator (Pitt), atriz coadjuvante (Henson), roteiro adaptado, fotografia, edição, direção de arte, figurino, trilha sonora, mixagem de som, efeitos especiais e maquiagem.159 min. Não recomendados para menores de 12 anos. (a seguir, a lista dos cinemas que estão exibindo o filme). (FOLHA de São Paulo, Ilustrada, 9/2/2009, p.E4).

3. CUNHA, Celso. Gramática do Português contemporâneo. 5ed. Ver. Belo Horizonte, Bernardo Álvares, 1975. Essa gramática se ocupa dos fatos da língua do ponto de vista normativo, nos seus vários componentes – fonética, morfologia, sintaxe - sendo uma das mais completas na descrição e no estudo desses elementos. A exemplificação incorpora expressões de uso cotidiano, o que a faz perder o ranço que muitas vezes assusta os estudantes de gramática. Recomendada para estudantes universitários e para todos os interessados no estudo da língua portuguesa a partir da NGB. (Jacy M.Duarte).

7.3. FICHAMENTO

Chamamos fichamento a tomada de notas ou apontamentos sobre um determinado assunto, sobre as leituras que estamos fazendo para preparar um trabalho de final de curso, uma tese, ou para estudarmos para provas e concursos. Quando fichamos, não somente organizamos nossas leituras, como somos obrigados a ENTENDER BEM o assunto, se não, não é possível fichá-lo.

Podemos fichar utilizando cadernos, folhas de papel, computador ou fichas de cartolina. As fichas de cartolina são úteis quando numeradas e guardadas num fichário. Um caderno especial só para fichamento é também muito útil, podendo

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ser depois guardado para futuras consultas. Podemos também guardar no computador nosso fichamento, só que isso nos obriga a depender do bom funcionamento da máquina.

A estrutura da ficha é a seguinte:

1. Cabeçalho, com título do assunto2. Indicação da fonte (livro) que estamos fichando, segundo as normas da ABNT: começar pelo último sobrenome do

autor, em maiúscula, depois o nome, em minúscula, depois o nome grifado (ou em itálico) da obra. Sem grifar: a edição, a cidade, a editora, o ano de publicação.

Ex: MEDEIROS, João Bosco. Português Instrumental. 3ed. São Paulo, Atlas, 1998

OBS.: Há uma norma específica para citar cada fonte: se é livro, se tem mais de um autor, se é jornal, revista ou site. É necessário consultar as normas da ABNT (www.abnt.br). Todo trabalho científico ou acadêmico tem de ter uma bibliografia, com a citação correta. No Manual de TCC da Fatec SB estão disponíveis as normas e exemplos de referenciação bibliográfica.

3. Corpo da ficha, constituído de anotações ou comentários.

Existem vários tipos de ficha, de acordo com a necessidade do pesquisador:

a) Ficha bibliográfica – em que fazemos pequeno comentário da obra estudada. Serve para identificarmos a obra e sua importância, na hora de redigirmos nosso trabalho.

b) Ficha de citação – em que transcrevemos ipsis litteris, isto é, fielmente, trechos ou frases da obra estudada. A transcrição deve ser feita entre aspas. Se pularmos uma parte de uma frase, colocamos reticências entre parêntesis (...).

c) Ficha de resumo – em que fazemos um resumo da obra lida. Podemos resumir colocando os assuntos em itens, sem preocupação com a redação, ou então fazermos realmente um apanhado geral, ou resumo propriamente dito, com nossas palavras.

Toda ficha deve ser numerada e identificada.

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Relatório de atividades – PIBIC 2005 (m o d e l o )

Bolsista: FaculdadeOrientador:

Dados da pesquisa:

a) Titulo do projeto:

b) Sujeitos da pesquisa:

c) Linha de pesquisa:

d) Vigência do auxilio:

e) Período a que se refere o relatório:

______________________ / /

Assinatura do Orientador Data

_______________________ / /

Assinatura do Acadêmico Data

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( e x e m pl o )

Relatório da Pesquisa –PIBIC 2005

Discente: .Orientador:

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Introdução

Este relatório refere-se à pesquisa ........

Resumo da pesquisa

A pesquisa consiste em .........

Atividades desenvolvidas

(detalhar aqui as atividades desenvolvidas durante o período a que se refere o relatório – geralmente se faz um

relatório a cada seis meses).

Outras atividades realizadas pelo acadêmico: disciplinas cursadas, notas obtidas, etc.

(Especificar aqui as atividades desenvolvidas)

Dificuldades encontradas:

(Especificar)

Próximas etapas da pesquisa:

Assinatura do Orientador

Assinatura do Acadêmico

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(O U T R O M O D E L O D E R E L A T Ó R I O – baseado numa pesquisa feita a partir da aplicação de um

amplo questionário informativo, para traçar o perfil do aluno na época, nos vários cursos da Universidade onde eu

trabalhava)

RELATÓRIO DE PESQUISA

TÍTULO DO TRABALHO DE PESQUISA

INTRODUÇÃO

Este relatório tem por objetivo apresentar as atividades desenvolvidas nos doze primeiros meses (pôr os meses) de

trabalho referentes à pesquisa supra nomeada, sob a responsabilidade das Profas. (pôr os nomes dos pesquisadores), junto à

Universidade Tal.

1. ATIVIDADES INICIAIS

Detalhar aqui os passos que foram dados antes de começar a pesquisa propriamente, como sorteio dos sujeitos, delimitação

da amostra, critérios de escolha etc

Relatar também se houve alguma dificuldade ou acontecimento relevante nesta parte do trabalho.

2. QUESTIONÁRIO INFORMATIVO

(Falar qual o objetivo do questionário informativo, por que vamos usá-lo, se for o caso da pesquisa usar

questionários informativos, que recolhem dados socioeconômicos e culturais sobre o sujeito, com o objetivo de traçar um perfil

dele, de caracteriza-lo).

3. TABULAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS DO Q.I.

(dizer como serão tratados os dados obtidos)

4. ANÁLISE DOS DADOS OBTIDOS

(colocar aqui os resultados obtidos, com tabelas e gráficos, e análises)

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5. OBSERVAÇÕES FINAIS

(colocar aqui quaisquer observações que considerar importantes, como próximos passos, dificuldades encontradas, etc)

BIBLIOGRAFIA

ANEXOS