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Curso de Artes e Inclusão
Professora Graziela
Alunas:
Adriana Aparecida da Costa
Wanusa Barcelos Assumpção de Souza
Carlos
Título: Cubismo
É bom saber... (Mas não precisa dizer tudo isso para a criança.)
Este movimento artístico tem seu surgimento no século XX e é considerado o mais influente deste período. Com suas formas geométricas representadas, na maioria das vezes, por cubos e cilindros, a arte cubista rompeu com os padrões estéticos que primavam pela perfeição das formas na busca da imagem realista da natureza. A imagem única e fiel à natureza, tão apreciada pelos europeus desde o Renascimento, deu lugar a esta nova forma de expressão onde um único objeto pode ser visto por diferentes ângulos ao mesmo tempo.
Cubismo no Brasil
Somente após a Semana de Arte Moderna de 1922 o movimento cubista ganhou terreno no Brasil. Mesmo assim, não encontramos artistas com características exclusivamente cubistas em nosso país. Muitos pintores brasileiros foram influenciados pelo movimento e apresentaram características do cubismo em suas obras. Neste sentido, podemos citar os seguintes artistas: Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Rego Monteiro e Di Cavalcanti.
http://www.tarsiladoamaral.com.br/versao_antiga/images/JPG/CUCA50.JPG
A obra, além de ser uma representação de um famoso personagem do folclore brasileiro, também pode ser considerada como um prenúncio da Antropofagia na obra da artista. Ela mesma doou a obra para o Museu de Grenoble, na França.
Indicação de público especial
Adaptável para qualquer tipo de público especial.
Faixa etária
Educação infantil 4 e 5 anos, também para os anos iniciais do Ensino Fundamental
Tempo de execução
Uma aula para rodinha, música e vídeo; Uma aula para apresentação de algumas obras do Cubismo e
discussão; Uma aula para apresentação de algumas obras da Tarsila do Amaral
e discussão;
Duas aulas para execução das atividades propostas; Uma aula para releitura das obras feita por massa de modelar e
quebra-cabeça com as obras de Tarsila do Amaral; Uma aula para montagem do painel para fotos e releitura das obras, Uma aula para montagem da exposição; Uma aula para exposição e visitação de amigos, pais e funcionários
da escola; Uma aula para avaliação e registro (desenho ou escrita de acordo
com a idade).
Objetivos
Discutir com alunos portadores de necessidades especiais e seus colegas como as limitações físicas e intelectuais são relativas e podem ser superadas.
Refletir sobre como indivíduos portadores de necessidades especiais se tornam, com frequência, grandes artistas, com enorme destaque na sociedade.
Integrar atividades de artes, leitura, brincadeiras, jogos, músicas, desenhos e produção de texto em uma aula interdisciplinar.
Conhecer um pouquinho sobre uma artista famosa e despertar o artista que existe dentro de cada um de nós.
Refletir sobre a beleza das cores brasileiras, formas e histórias do povo.
Materiais
DVD - Vídeo tirado do You Tube
CD – Música Aquarela de Toquinho
Máquina fotográfica
Quebra cabeça http://www.tarsiladoamaral.com.br/criancas_cabecas.html (laboratório de informática)
Papel canção
Massinha de modelar
Ponta de lápis
Bandeja de isopor
Cola, lápis, canetinhas e tinta guache
Folha de sulfite para anotações
Desenvolvimento
1 – Na rodinha explicar sobre a importância do Cubismo.
Historicamente o Cubismo se dividiu em duas fases: Analítico, até 1912, onde a cor era moderada e as formas eram predominantemente geométricas e desestruturadas pelo desmembramento de suas partes equivalentes, ocorrendo, desta forma, a necessidade de não somente apreciar a obra, mas também de decifrá-la, ou melhor, analisá-la para entender seu significado. Já no segundo período, a partir de 1912, surge a reação a este primeiro momento, o Cubismo Sintético, onde as cores eram mais fortes e as formas tentavam tornar as figuras novamente reconhecíveis através de colagens realizadas com letras e também com pequenas partes de jornal.
Biografia
É bom sabem... (Mas não precisa dizer tudo isso para a criança.)
TARSILA DO AMARAL
INFÂNCIA E APRENDIZADO
Tarsila do Amaral nasceu em 1 de setembro de 1886, no Município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha do fazendeiro José
Estanislau do Amaral e de Lydia Dias de Aguiar do Amaral, passou a infância nas fazendas de seu pai. Estudou em São Paulo, no Colégio Sion e depois em Barcelona, na Espanha, onde fez seu primeiro quadro, 'Sagrado Coração de Jesus', 1904. Quando voltou, casou-se com André Teixeira Pinto, com quem teve a única filha, Dulce.
Separaram-se alguns anos depois e então iniciou seus estudos em arte. Começou com escultura, com Zadig, passando a ter aulas de desenho e pintura no ateliê de Pedro Alexandrino em 1918, onde conheceu Anita Malfatti. Em 1920, foi estudar em Paris, na Académie Julien e com Émile Renard. Ficou lá até junho de 1922 e soube da Semana de Arte Moderna (que aconteceu em fevereiro) através das cartas da amiga Anita Malfatti. Quando voltou ao Brasil, Anita a introduziu no grupo modernista e Tarsila começou a namorar o escritor Oswald de Andrade. Formaram o grupo dos cinco: Tarsila, Anita, Oswald, o também escritor Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Agitaram culturalmente São Paulo com reuniões, festas, conferências. Tarsila disse que entrou em contato com a arte moderna em São Paulo, pois antes ela só havia feito estudos acadêmicos. Em dezembro de 22, ela voltou a Paris e Oswald foi encontrá-la.
1923
Neste ano, Tarsila encontrava-se em Paris acompanhada do seu namorado Oswald. Conheceram o poeta franco suíço Blaise Cendrars, que apresentou toda a intelectualidade parisiense para eles. Foi então que ela estudou com o mestre cubista Fernand Léger e pintou em seu ateliê, a tela 'A Negra'. Léger ficou entusiasmado e até chamou os outros alunos para ver o quadro. A figura da Negra tinha muita ligação com sua infância, pois essas negras eram filhas de escravos que tomavam conta das crianças e, algumas vezes, serviam até de amas de leite. Com esta tela, Tarsila entrou para a estória da arte moderna brasileira. A artista estudou também com Lhote e Gleizes, outros mestres cubistas. Cendrars também apresentou a Tarsila pintores como Picasso, escultores como Brancusi, músicos como Stravinsky e Eric Satie. E ficou amiga dos brasileiros que estavam lá, como o compositor Villa Lobos, o pintor Di Cavalcanti, e os mecenas Paulo Prado e Olívia Guedes Penteado.
Tarsila oferecia almoços bem brasileiros em seu ateliê, servindo feijoada e caipirinha. E era convidada para jantares na casa de personalidades da época, como o milionário Rolf de Maré. Além de linda, vestia-se com os melhores costureiros da época, como Poiret e Patou. Em uma homenagem a Santos Dumont, usou uma capa vermelha que foi eternizada por ela no auto-retrato 'Manteau Rouge', de 1923.
PAU BRASIL
Em 1924, Blaise Cendrars veio ao Brasil e um grupo de modernistas passou com ele o Carnaval no Rio de Janeiro e a Semana Santa nas cidades históricas de Minas Gerais. No grupo estava além de Tarsila, Oswald, Dona Olívia Guedes Penteado, Mário de Andrade, dentre outros. Tarsila disse que foi em Minas que ela viu as cores que gostava desde sua infância, mas que seus mestres diziam que eram caipiras e ela não devia usar em seus quadros. 'Encontrei em Minas as cores que adorava em criança. Ensinaram-me depois que eram feias e caipiras. Mas depois vinguei-me da opressão, passando-as para as minhas telas: o azul puríssimo, rosa violáceo, amarelo vivo, verde cantante, ...' E essas cores tornaram-se a marca da sua obra, assim como a temática brasileira, com as paisagens rurais e urbanas do nosso país, além da nossa fauna, flora e folclore. Ela dizia que queria ser a pintora do Brasil. E esta fase da sua obra é chamada de Pau Brasil, e temos quadros maravilhosos como 'Carnaval em Madureira', 'Morro da Favela', 'EFCB', 'O Mamoeiro', 'São Paulo', 'O Pescador', dentre outros.
Em 1926, Tarsila fez sua primeira Exposição individual em Paris, com uma crítica bem favorável. Neste mesmo ano, ela casou-se com Oswald (o pai de Tarsila conseguiu anular em 1925 o primeiro casamento da filha para que ela pudesse se casar com Oswald). Washington Luís, o Presidente do Brasil na época e Júlio Prestes, o Governador de São Paulo na época, foram os padrinhos deles.
ANTROPOFAGIA
Em janeiro de 1928, Tarsila queria dar um presente de aniversário especial ao seu marido, Oswald de Andrade. Pintou o 'Abaporu'. Quando Oswald viu, ficou impressionado e disse que era o melhor quadro que Tarsila já havia feito. Chamou o amigo e escritor Raul Bopp, que também achou o quadro maravilhoso. Eles acharam que parecia uma figura indígena, antropófaga, e Tarsila lembrou-se do dicionário Tupi Guarani de seu pai. Batizou-se o quadro de Abaporu, que significa homem que come carne humana, o antropófago. E Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e fundaram o Movimento Antropofágico. A figura do Abaporu simbolizou o Movimento que queria deglutir, engolir, a cultura européia, que era a cultura vigente na época, e transformá-la em algo bem brasileiro.
Outros quadros desta fase Antropofágica são: 'Sol Poente', 'A Lua', 'Cartão Postal', 'O Lago', 'Antropofagia', etc. Nesta fase ela usou bichos e paisagens imaginárias, além das cores fortes.
A artista contou que o Abaporu era uma imagem do seu inconsciente, e tinha a ver com as estórias de monstros que comiam gente que as negras contavam para ela em sua infância. Em 1929 Tarsila fez sua primeira
Exposição Individual no Brasil, e a crítica dividiu-se, pois ainda muitas pessoas ainda não entendiam sua arte.
Ainda neste ano de 1929, teve a crise da bolsa de Nova Iorque e a crise do café no Brasil, e assim a realidade de Tarsila mudou. Seu pai perdeu muito dinheiro, teve as fazendas hipotecadas e ela teve que trabalhar. Separou-se de Oswald.
SOCIAL E NEO PAU BRASIL
Em 1931, já com um novo namorado, o médico comunista Osório Cesar, Tarsila expôs em Moscou. Ela sensibilizou-se com a causa operária e foi presa por participar de reuniões no Partido Comunista Brasileiro com o namorado. Depois deste episódio, nunca mais se envolveu com política. Em 1933 pintou a tela 'Operários'. Desta fase Social, temos também a tela 'Segunda Classe'. A temática triste da fase social não fazia parte de sua personalidade e durou pouco em sua obra. Ela acabou com o namoro com Osório, e em meados dos anos 30, Tarsila uniu-se com o escritor Luís Martins, mais de vinte anos mais novo que ela. Ela trabalhou como colunista nos Diários Associados por muitos anos, do seu amigo Assis Chateaubriand. Em 1950, ela voltou com a temática do Pau Brasil e pintou quadros como 'Fazenda', 'Paisagem ou Aldeia' e 'Batizado de Macunaíma'. Em 1949, sua única neta Beatriz morreu afogada, tentando salvar uma amiga em um lago em Petrópolis.
Tarsila participou da I Bienal de São Paulo em 1951, teve sala especial na VII Bienal de São Paulo, e participou da Bienal de Veneza em 1964. Em 1969, a mestra em história da arte e curadora Aracy Amaral realizou a Exposição, 'Tarsila 50 anos de pintura'. Sua filha faleceu antes dela, em 1966.
Tarsila faleceu em janeiro de 1973.
Música para trabalhar...
Aquarela
Toquinho
Numa folha qualquerEu desenho um sol amareloE com cinco ou seis retasÉ fácil fazer um castelo...
Corro o lápis em tornoDa mão e me dou uma luvaE se faço choverCom dois riscosTenho um guarda-chuva...
Se um pinguinho de tintaCai num pedacinhoAzul do papelNum instante imaginoUma linda gaivotaA voar no céu...
Vai voandoContornando a imensaCurva Norte e SulVou com elaViajando HavaíPequim ou IstambulPinto um barco a velaBrando navegandoÉ tanto céu e marNum beijo azul...
Entre as nuvensVem surgindo um lindoAvião rosa e grenáTudo em volta colorindoCom suas luzes a piscar...
Basta imaginar e ele estáPartindo, sereno e lindoSe a gente quiserEle vai pousar...
Numa folha qualquerEu desenho um navioDe partidaCom alguns bons amigosBebendo de bem com a vida...
De uma América a outraEu consigo passar num segundoGiro um simples compassoE num círculo eu faço o mundo...
Um menino caminhaE caminhando chega no muroE ali logo em frenteA esperar pela genteO futuro está...
E o futuro é uma astronaveQue tentamos pilotarNão tem tempo, nem piedadeNem tem hora de chegarSem pedir licençaMuda a nossa vidaE depois convidaA rir ou chorar...
Nessa estrada não nos cabeConhecer ou ver o que viráO fim dela ninguém sabeBem ao certo onde vai darVamos todosNuma linda passarelaDe uma aquarelaQue um dia enfimDescolorirá...
Numa folha qualquerEu desenho um sol amarelo(Que descolorirá!)E com cinco ou seis retasÉ fácil fazer um castelo(Que descolorirá!)Giro um simples compassoNum círculo eu façoO mundo(Que descolorirá!)
2 – Apresentar os vídeos http://www.youtube.com/watch?v=cVRQwpLzqCM
1.º Tarsila do Amaral2.º Tarsila do Amaral - Vídeo Biografia3.º Tarsila do Amaral – Obras4.º Tarsila do Amaral - Obras e Releituras5.º AQUARELA ORIGINAL TOQUINHO
3 – A hora de reflexão. O professor deve medir uma discussão que coloque em pauta questões como:
A deficiência física e/ou de qualquer outra espécie representa uma barreira definitiva para o desenvolvimento de um grande artista?
Falar sobre algumas deficiências e dar exemplo de alguns artistas que não deixaram suas deficiências serem barreiras.
4 – Após a discussão pedir que os alunos relatem, se eles sentem “diferentes” em relação aos outros colegas (no quê e por que). Podem abordar o preconceito e o bulling.
5 – Atividade artística. Os alunos devem expressar suas ideias através de montagens.
No 1.º momento releitura das obras;
No 2.º momento montagem de uma obra com
- massa de modelagem na bandeja de isopor,
- ponta de lápis,
- recorte de rostos de pessoas,
- recortes de formas geométricas,
- painel grande com cactos e um sol e cada criança e ficar na posição do Abaporu para tirar uma foto e lavar de recordação,
No 3.º momento apresentação de dança com a música Aquarela de Toquinho
.
6 – Montagem para exposição
7 - Visitação
8 – Autoavaliação
Ilustração
http://3.bp.blogspot.com/-LpdN6D05XE0/UK1bJ2zKJXI/AAAAAAAAACQ/UaPNmdxZkcQ/s1600/abapuru.bmp
Abaporu é um quadro em pincel sobre tela da pintora brasileira Tarsila do Amaral.Hoje, é a tela brasileira mais valorizada no mundo, tendo alcançado o valor de US$ 1,5 milhão, pago pelo colecionador argentino Eduardo Costantini em 1995. Encontra-se exposta no Museu de arte latino-americana de Buenos Aires (MALBA). Abaporu vem dos termos em tupi aba (homem), pora (gente) e ú (comer), significando "homem que come gente"1 . O nome é uma referência à antropofagia modernista, que se propunha a deglutir a cultura estrangeira e adaptá-la ao Brasil. Foi pintado
em óleo sobre tela em 1928 por Tarsila do Amaral para dar de presente de aniversário ao escritor Oswald de Andrade, seu marido na época. Tarsila do Amaral valorizou o trabalho braçal (pés e mão grandes) e desvalorizou o trabalho mental (cabeça pequena) na obra, pois era o trabalho braçal que tinha maior importância na época.http://pt.wikipedia.org/wiki/Abaporu
http://4.bp.blogspot.com/-6g6_kFDhfaw/T_zci0XK3cI/AAAAAAAAADY/WK5KDfHeEnU/s320/Foto0904.jpg
http://www.es.gov.br/Banco%20de%20Imagens/2012/Setembro2012/Aatarsila1.jpg
http://www.rioeduca.net/admin/_m2brupload/_fck/Renata/Sodre/20120408124955.jpg
http://www.smartkids.com.br/conteudo/especiais/artes/modernismo/tarsila-do-amaral/tarsila-obra1.jpg
Em 1931, vendeu quadros de sua coleção particular e viajou a União Soviética. Foi lá que começou a se envolver mais com questões sociais e com o proletariado. Como Tarsila tinha perdido toda a sua fortuna com a Grande Depressão, teve, inclusive, que trabalhar como proletária para pagar sua viagem de volta ao Brasil. Quando voltou ao País, ligou-se ao comunismo e pintou o quadro Operários. A pintura retrata o momento da industrialização brasileira, principalmente, a paulistana. Com Getúlio Vargas, o País passou a se industrializar a classe operária começou a surgir. O quadro mostra a diversidade cultural de um povo oprimido pelas elites, representada pela fábrica ao fundo. Embora as pessoas estejam em primeiro plano e todas tenham traços diferentes, não é fácil diferenciá-las. Elas parecem todas iguais, representando, portanto, um sistema que massifica o cidadão.
http://4.bp.blogspot.com/-v7wPEIVJva8/TjTXBYLkLrI/AAAAAAAAAWI/0oaPY31Osag/s1600/atividade14.jpg
http://veja.abril.com.br/assets/images/2012/8/90832/tarsila-do-amaral-sol-poente-1-original.jpg
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FONTES
http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/cubismo/
http://www.base7.com.br/tarsila/
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/cultura/artes/0015_02.html