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E os cientistas soviéticos no momento se empenham (veja no- ticiário e fotos da Agência Tass na última página, exclusivas para NOVOS RUMOS) no treinamento cuidadoso de cães para a viagem (de ida e volta) à Lua. /¦'^[ ²_. WÊMÊBWM' m ¦ w^r^WJ-r-W-pfi-w ^^fjjMÊM ^Kt^nMMtli^^^^mmmr^^*^^^^^.- ¦¦¦¦. f,ti#x--' yy: .,..-. r ¦-,"í**v^5''\ \ > ; ^^.m^^fl^^^^^^^^^^^^^^^m^^^W^ÊÊEmmm ^_6i^^*Í»^*^ÍCT^_l_P^'l^,^^^%^'â^''<' *'"' "f- xpp p -.••'. %WsSÊSMÊmmm^^^^^^^^^^^^ y ^v^ÊÊ^m, VmmWSVw'-' ¦ ¦'¦¦ •'¦'''¦' ' : à^m^KK^^I^^M St"';''¦'*'•'<-¦ ¦'"'¦"¦'"'•'i;'•• ':'^¥^^\i(ÊmT^¦ '' -: J m^m mm?í^ 5f^>'->^_______m_______m-'- ¦ ..¦V.-v -^Mm^mã %^7^x^:p:v'7;^#ml0l^i,h_________m X" x'¦ ¦¦ v-*-' 'v * ¦¦''•' - vj-t x ,.- :V<7^ ' " - -mBl__^aT*r^'___________™f_?M_w^:*'"'J'l »-^-^"^^t^rrff^m-rrf^^T-f-yiíif ;:^;-'•'-•''¦'¦ '"'V-«__™_ÉtÀWÊmm%Jl ãÊÊÊMÊ. - p ¦ - ™HK_^^P^ ^SIm _1few Cósmica Soviética FOI ALUA E VOLTOU! ANO I - RIO, SEMANA DE 9 A 15 DE OUTUBRO DE 1959 - N.° 33 i (TEXTO NA 2.» PAGINA) RfWiÇAO: AVIWDA RIO KANCP, N.«W S 1AÍAS l7l!/tT12 NACIONALISTAS VENCEM EM SÁO PAULO SAO PAULO (Do Corres- pendente) Os resulta- dos parciais das eleições municipais realizadas nes- ta cidade * em mais 369 municípios, assinalam ex- pressira vitória dos candi- datoi da Frente Democra- tica Nacionalista- As contradições locais não permitiram a uniiicacão dat forças situacionistas na maioria dos municípios onde foram realizadas elei- ções, apesar da pressão exercida pelo Governo e o sr. Jdnio Quadros. Os candidatos apoiado** pelos comunistas e outras forçai progressista-- estão vencendo em importantes cidades como Campinas, Santo André, São Bernar- do, Ribeirão Preto, Botuca- tu, Araçatuba, Marilia, Jaú, Mogi das Cruzes, Santo Anastácio, Batatais, Andra- dina, Presidente Wences- leru, Taubaté e São Roque. estão eleitos dezenas de vereadores apoiados pelos comunistas. Nesta Capital, as lôrças janistas estão sendo frago- rosamente derrotadas. En- tre os candidatos a verea- dor mais votados, encon- tram-se Justamente aquê- les candidatos que tive- rara. Inicialmente os seus registros negados sob a acusação de comunistas: Mário Câmara, Rio Branco I-aranhM- João Louzada Mettldt Carvalho. ¦<™*vm i - ' "' ____-_____•>•: _______________________K -B__B^^^v^tI__ ____kp _P--;;*"'i__w __- ______________________________i_^- •"fH__?*í__B -Bb" •¦ ____!___K % ' *ll% '"^_P^____I æ__P*t- ly mm M - I _kt- !_¦ æmm^wrn^ II ——mestttiesBSm Padre Católico deu aula sobre: 1 ¦ . SENTIDO ETERNO BO MARXISMO \ LEIA. NA KP PaCINA, os principais trechos da con- FERÉNCIA PRONUNCIADA PELO PADRE HUMBERTO CAVAL- CANTI NA FACULDADE DE FILOSOFIA DE ALAGOAS' FRIGORÍFICAS OBEDECEM AO GOVERNO AMERICANO lli." pcgm-3,' + 4 4 4 GOVERNO PROTEJE LADRÕES DA CAPFESP (5.a página) CHINA: DEZ ANOS DE SOCIALISMO Com gigantescas manifestações o povo chinês festejou o décimo aniversário da criação da Repúbli" ca Popular. Nesses dez anos de socialismo, mudou a face da China milenar. Hoje, o velho país do Oriente se converte numa grande potência industrial e o seu povo, antes oprimido e faminto, ingressa numa nova vi- ,da, livre e próspera, a vida do socialismo. A foto, dis tribuída pela agência Atlântica News, é de manifesta ções populares na praça Tienanmen. (Noticiário na Seaunda Páflina). O BOI PELOS CHIFRES Intervindo acintosamente n«* assuntos Internos do Brasil, o governo dos Estados Unidos mandou di- ler ao presidente KubitscheK, através do embaixador brasileiro em Washington, que não admite a inter- venção dos órgãos do abastecimento nos frigoríficos estrangeiros. Dias atrás, os embaixadores dos Es- tados Unidos e da Inglaterra em nosso pais haviam protestado Junto ao Itamarati contra as medidas de intervenção planejadas pelo general Ururai Maga- lhães a fim de normalizar o mercado da carne. Não pode haver exemplo mais claro e humilhante de vio- lação de nossa soberania. A exploração econômica do povo brasileiro pelos trustes é agora assegurada ostensivamente, por via diplomática. Os quatro grandes frigoríficos que operam no Bra- «11 Wilson. Arraour, Swift e Anglo são iniludi- velmente os principais responsáveis pela crise do abastecimento da carne. Dispondo de vultosos capi- tais e tendo adquirido enormes extensões de terra, mantêm grandes invernadas que lhes permitem in- fluir decisivamente na formação dos preços do gado. São também os monopolistas da distribuição, contro- lando mais de dois terços dos fornecimentos nos mer- cados do Rio e de São Paulo. Com a faca e o queijo na mão, promovem a seu bel prazer a manobra da sonegação para foirçar o aumento dos preços. Esfo- meiam o povo para obter lucros ainda maiores. Esta manobra criminosa vinha se repetindo perlò- dicamente, sem que os Irigoriiicos encontrassem re- sistência séria. Desta vez, porém, a situação mudou. Os protestos populares contra a carestia obrigaram o governo a demitir o famigerado Mindello e a no- | mear para a COFAP o general Ururai que se dispôs í a pegar o boi pelos chifres e ameaçou com a inter- j venção os monopolistas da carne. Acuados contra a | parede alegam os frigoríficos que a escassez de ga- Ú do exige a elevação dos preços. Entretanto, o argu- jj mento da falta de reses para abate acaba de ser des-1 mascarado. Mal a COFAP íêz a ameaça de lnterven- W ção, o governo americano instruiu os frigoríficos no sentido de restabelecerem o abastecimento de carne, como concessão temporária para «amaciar» as auto- ridades do abastecimento. O resultado é que, num dia apenas, o.s frigoríficos entregaram 500 toneladas de carne aos açouguc3 do Rio. Para combater os açambarcadotes da catne não pode o governo limitar-se a meias medidas nem a soluções provisórias. O abastecimento de um produ- to vital para o povo não deve continuar nas garras de vorazes monopólios estrangeiros. A solução ur- gente é a intervenção nos frigoríficos, como passo Ini- ciai para a sua nacionalização. Está travada a bata- lha das forças nacionalistas e populares contra mais um poderoso grupo monopolista, que conta com a proteção aberta e descarada de Mr. Cabot e do pró- prio Departamento de Estado. Agarrar êste boi pelos chifres não é apenas uma reivindicação do estômago. Tornou-se uma questão de honra nacional. 'ú&tp^mmss* mmmmwaTBmt- «V

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0 extraordinário éxi-

to dos cientistas etécnicos soviéticos como lançamento do Lu-nik III, revela que jáestão resolvidos os últi-mos problemas ligadosao vôo do homem aoCosmos. Tudo indicaque, mais cedo mesmodo que se esperava, aprimeira nave siderai(na foto ao lado,

cepção de um dês-ículos do espaço-

eu tripulante)ntástica via-

aro que serãolizados todos

udos necessáriosa que seja garantido,conforme declarouKruschiov nos EstadosUnidos, o regresso se-guro do astronauta àTerra. E os cientistassoviéticos no momentose empenham (veja no-ticiário e fotos daAgência Tass na últimapágina, exclusivas paraNOVOS RUMOS) notreinamento cuidadosode cães para a viagem(de ida e volta) à Lua.

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_1few Cósmica Soviética

FOI ALUAE VOLTOU!

ANO I - RIO, SEMANA DE 9 A 15 DE OUTUBRO DE 1959 - N.° 33

i

(TEXTO NA 2.» PAGINA)RfWiÇAO: AVIWDA RIO KANCP, N.«W S 1AÍAS l7l!/tT12

NACIONALISTASVENCEM EMSÁO PAULO

SAO PAULO (Do Corres-

pendente) — Os resulta-dos parciais das eleiçõesmunicipais realizadas nes-ta cidade * em mais 369municípios, assinalam ex-

pressira vitória dos candi-datoi da Frente Democra-tica • Nacionalista- Ascontradições locais não

permitiram a uniiicacãodat forças situacionistasna maioria dos municípiosonde foram realizadas elei-ções, apesar da pressãoexercida pelo Governo e osr. Jdnio Quadros.

Os candidatos apoiado**

pelos comunistas e outrasforçai progressista-- estãovencendo em importantescidades como Campinas,Santo André, São Bernar-do, Ribeirão Preto, Botuca-tu, Araçatuba, Marilia, Jaú,Mogi das Cruzes, SantoAnastácio, Batatais, Andra-dina, Presidente Wences-leru, Taubaté e São Roque.

Já estão eleitos dezenas devereadores apoiados peloscomunistas.

Nesta Capital, as lôrças

janistas estão sendo frago-rosamente derrotadas. En-

tre os candidatos a verea-dor mais votados, encon-tram-se Justamente aquê-les candidatos que tive-rara. Inicialmente os seusregistros negados sob aacusação de comunistas:Mário Câmara, Rio Branco

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—— mestttiesBSm

Padre Católicodeu aula sobre:

1 ¦ .

SENTIDO ETERNOBO MARXISMO \

LEIA. NA KP PaCINA, os principais trechos da con-

FERÉNCIA PRONUNCIADA PELO PADRE HUMBERTO CAVAL-

CANTI NA FACULDADE DE FILOSOFIA DE ALAGOAS'

FRIGORÍFICAS

SÓ OBEDECEM

AO GOVERNO

AMERICANOlli." pcgm-3,'

+4 4

4

GOVERNOPROTEJELADRÕESDACAPFESP

• (5.a página)

CHINA:DEZ ANOS DESOCIALISMO

Com gigantescas manifestações o povo chinêsfestejou o décimo aniversário da criação da Repúbli"ca Popular. Nesses dez anos de socialismo, mudou aface da China milenar. Hoje, o velho país do Orientese converte numa grande potência industrial e o seu

povo, antes oprimido e faminto, ingressa numa nova vi-

,da, livre e próspera, a vida do socialismo. A foto, distribuída pela agência Atlântica News, é de manifesta

ções populares na praça Tienanmen. (Noticiário na

Seaunda Páflina).

O BOI PELOSCHIFRES

Intervindo acintosamente n«* assuntos Internosdo Brasil, o governo dos Estados Unidos mandou di-ler ao presidente KubitscheK, através do embaixadorbrasileiro em Washington, que não admite a inter-venção dos órgãos do abastecimento nos frigoríficosestrangeiros. Dias atrás, já os embaixadores dos Es-tados Unidos e da Inglaterra em nosso pais haviamprotestado Junto ao Itamarati contra as medidas deintervenção planejadas pelo general Ururai Maga-lhães a fim de normalizar o mercado da carne. Nãopode haver exemplo mais claro e humilhante de vio-lação de nossa soberania. A exploração econômicado povo brasileiro pelos trustes é agora asseguradaostensivamente, por via diplomática.

Os quatro grandes frigoríficos que operam no Bra-«11 — Wilson. Arraour, Swift e Anglo — são iniludi-velmente os principais responsáveis pela crise doabastecimento da carne. Dispondo de vultosos capi-tais e tendo adquirido enormes extensões de terra,mantêm grandes invernadas que lhes permitem in-fluir decisivamente na formação dos preços do gado.São também os monopolistas da distribuição, contro-lando mais de dois terços dos fornecimentos nos mer-cados do Rio e de São Paulo. Com a faca e o queijona mão, promovem a seu bel prazer a manobra dasonegação para foirçar o aumento dos preços. Esfo-meiam o povo para obter lucros ainda maiores.

Esta manobra criminosa vinha se repetindo perlò-dicamente, sem que os Irigoriiicos encontrassem re-sistência séria. Desta vez, porém, a situação mudou.Os protestos populares contra a carestia obrigaramo governo a demitir o famigerado Mindello e a no- |mear para a COFAP o general Ururai que se dispôs ía pegar o boi pelos chifres e ameaçou com a inter- jvenção os monopolistas da carne. Acuados contra a |parede alegam os frigoríficos que a escassez de ga- Údo exige a elevação dos preços. Entretanto, o argu- jjmento da falta de reses para abate acaba de ser des-1mascarado. Mal a COFAP íêz a ameaça de lnterven- Wção, o governo americano instruiu os frigoríficos nosentido de restabelecerem o abastecimento de carne,como concessão temporária para «amaciar» as auto-ridades do abastecimento. O resultado é que, numdia apenas, o.s frigoríficos entregaram 500 toneladasde carne aos açouguc3 do Rio.

Para combater os açambarcadotes da catne nãopode o governo limitar-se a meias medidas nem asoluções provisórias. O abastecimento de um produ-to vital para o povo não deve continuar nas garrasde vorazes monopólios estrangeiros. A solução ur-gente é a intervenção nos frigoríficos, como passo Ini-ciai para a sua nacionalização. Está travada a bata-lha das forças nacionalistas e populares contra maisum poderoso grupo monopolista, que conta com aproteção aberta e descarada de Mr. Cabot e do pró-prio Departamento de Estado. Agarrar êste boi peloschifres não é apenas uma reivindicação do estômago.Tornou-se uma questão de honra nacional.

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PÁGINA 2 NOVOS RUMOS 9 a 15 • 10 - 1959

Delegações Do Mundo InteiroNas Festas DaRenúhiien Popular Da China

A República Popular da China comemorou festlvamen-te a 1" de outubro o décimo aniversário de sua fundação.

Em Pequim, reuniram-se delegações de quase todos ospaíses do mundo: delegações sindicais, culturais, das nu-merosas sociedades de amizade com a China, existentes emmuitos pulses. Estiveram presentes também representamtes de mais de GO Partidos,Comunistas e Operários de to-dos os Continentes inclusive uma numerosa delegação doPartido Comunista da União Soviética, chefiada por Súslov.

As vésperas dn grande festa chegou á Capital chinesao Presidente do Conselho de Ministros da União Soviética,Niklta Kru3chlov, que acabava de regressar de sua visitaaos Estados Unidos.

Pela primeira vez, compareceu legalmente às festascomemorativas da Revolução chinesa um dirigente comu-nista brasileiro: Luís Carlos Prestes.

PARADA MILITAR E DESFILE POPULAR

Os festejos do décimo aniversário da República Popularda China se prolongaram por vários dias e estenderam-sea todo o Pais, Náo só em Pequim, mas também em Nan-quim, Xangai, Cantão, Hanrhou e outras rias principais ci-dades tiveram lugar solenidades e festas assinalando ogrande feito histórico do povo chinês.

Mas foi em Pequim, a capital tradicional da velha Chi-na, que as comemorações tiveram um brilho excepcional,deslumbrando até mesmo jornalistas estrangeiros habitua-dos a festejos semelhantes em outros países, particular-mente na União Soviética,

A data de 1° de outubro foi marcada em Pequim comuma grande parada militar, a maior desde a fundação daRepública Popular. Nessa parada, a nova China mostrou,através de seu preparativo defensivo, o crescimento de suapotência econômica, particularmente industrial. A Chinaapareceu não como o país dividido, pobre, impotente doregime foiidal-burguÊs anterior a 1949, mas como uma na-ção renovndn, quo pesa cada vez mais decididamente nosassuntos internacionais.

Um correspondente norte-americano. Christopher Dos-son. que se encontrava em Pequim, não oculta sua admi-ração pelas realizações da República Popular da Climaneste breve período de 10 anos. Ante seus olhos passaramos tanques rio guerra, os carros anfíbios, os aviões milita-res a jato. do último modelo — tudo construído na China.

Este material moderno pressupõe a existência de nmaIndústria metalúrgica já importante, de uma indústria me-cíiniea que não podo ser subestimada, de cientistas, enge-nhelros, mão-de-obra técnica que jamais surgiram tão rá-pidamente em qualquer país capitalista. São um testemu-nho de quanto pode uma organização econômica e socialsocialista,

O NOVO HOMEM

Dosson confessa ter assistido há dez anos às festas davitória da Revolução, na mesma Pequim onde esteve agora.E escreve:

«As diversas unidades militares desfilavam com garboe precisão impressionantes — especialmente paia quem as-sisüu ao desfile organizado em Pequim há dez anos, quan-do os guerrilheiros mal ajambrados de Mao Tse-Tung cru-zaram a Capital, seguidos por cavaleiros mongóis que malcontrolavam seus cavalos quase selvagem;.

«Agora, acrescenta o correspondente americano daUPI, a guarda de honra marchou a passo de ganso. Asunidades militares apresentadas deram-nos a impressão deserem modernas e poderosas*.

Mas o homem novo não estava apenas nas unidades mi-litares que salvaguardam o trabalho pacífico d0 grandepovo chinês na construção de nma nova vida. Encontrava-seprincipalmente na massa imensa de 700 mil pessoas quedesfilaram cantando, dançando ao snm de músicas e ileinumeráveis bandas rio tambores coloridos e de mútiplosfoi matos, carregando balões multicores, dragões gigantes-co.s de borracha.

O de: file civil era precedido por crianças. aos milha-res, seguidas de camponeses e operários, empurrando gran-dos carros alegóricos, simbolizando suas atividades emrada setor da produção. Desfilou toda uma -Comuna Po-pular» camponesa, inclusive sua milícia de trabalhadoresarmados. Estas representações eram intercaladas de ban-rias de tambores e pífaros, executando as músicas de cadaregião de onde procediam.

Participaram do desfile, com seus trajes típicos re-presentantes das minorias nacionais chinesas: mongóis, ti-betanos, delegados de tribos que antes da Revolução viviamuma vida de servos ou escravos dns grandes latifundiários

e dos chamados (senhores de guerra», os chefes militareslocais, verdadeiros príncipes medievais, que hoje são apenasuma remlniscência histórica da «velha China».

Da correspondência dc Dosson, a que nos referimouinicialmente, é digno de destaque este trecho:

«Os «capitalistas reformados» marchavam num grupoespecial. Eles sáo os Industriais cujos estabelecimentos fo-ram nacionalizados pelo governo, mas que continuam a r*-ceber 5% do valor de suas propriedades, durante cinco anos.Monges budistas passaram também, envoltos em suas tú-nicas côr de açairão. Assim também, para nossa estupefa-ção, passaram em frente ao palanque freiras católicas comseus hábitos negros»,

A GRANDE FORÇA DA NOVA CHINA

A esta simples descrição, a imagem que se tem aanova China, da China que constrói aceleradamente o so-cialismo, é de uma unidade perfeita como jamais existiuem toda a sua história milenar. Esta uma das grandes vi-tórias do regime socialista: ter posto termo, neste breveprazo histórico, à divisão secular que minava o gigantescoorganismo da China, tomando-a presa fácil dos imperlalls-tas estrangeiros, Esta unidade é hoje o melhor penhor dafortaleza da China Popular. Graças a ela é possível levara cabo neste grande país de mais de 10 milhões de quilo-metros quadrados um plano econômico único, objetivandotransformá-lo numa das. principais potências mundiais.

Este o «milagre» que só o socialismo poderia realizare que assegura a marcha ascendente do povo chinês paraum futuro de felicidade e bem-estar.

A China que os governantes reacionários de alguns pai-ses pretendem desconhecer é a China que se impõe na are-na mundial, em plena ralização de seu segundo Plano defomento econômico, e que a levará, dentro de alguns anos,a superar uma das principais potências capitalistas, a In-glaterra. E' a China das Comunas Populares que coroam areforma agrária empreendida pelo regime socialista paratransformar a agricultura chinesa numa agricultura soda-lista. E' a China que se industrializa rapidamente e queantes da Revolução produzia 400 mil toneladas de aço ehoje produz cerca de 10 milhões, num salto jamais con-seguido por qualquer país capitalista, E' a China onde amilenar cultura chinesa se funde e revigora ao sopro dadoutrina marxista.

Esta a nova China, que ingressa no seu décimo-prlmciroano de existência, depositária ria confiança Oos povos co-loniois e semicoloniais, dos quais ela será. cada vez mais,uma força quo pesará em favo,- dc suas lutas pela inde-pendência e a liberdade.

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Um Homem(Mao) Estimado

Por Milhões

Todos os anos a cena se repete. Centenas de mi"lhares de pessoas desfilam pelas ruas de Pequim, co-memorando, em meio à mais esfuziante alegria, avitória do Exército Popular de Libertação, a 1.° de ou"tubro de 1949, vitória que modificou totalmente a vi-da chinesa, abrindo caminho à felicidade de 650 mi-Ihões de seres. A frente das forças libertadoras, comoegora à frente dos esforços pacíficos de edificação so-cialista, destacou-se Mao Tse-Tung, o grande líder detôdas as nacionalidades da China. A foto apresenta-nos um flagrante das comemorações do X Aniversá-rio da Revolução, vendo-se Mao Tse-Tung acenar paraos manifestantes que desfilvam na Praça Tier.-anmen.

KRUSCHIOV EM PEQUIM: China e HESS:CONSEGUIR UMA SITUAÇÃO EM MunÇÜ 6Ãmküúüque a paz seja garantida Inqúehrantáveis

Ao chegar a Pequim, procedente deMoscou, o Presidente do Conselho de Mi-nistros da URSS e Primeiro Secretário doComitê Central do Partido Comunista daUniáo Soviética, Kruschlov, pronunciou umbreve discurso no aeródromo da capital chi-nesa, no qual disse, entre outras coisas:

'Nossos partidos estiveram unidos nosmomentos mais difíceis, marchamos juntospara nosso grande objetivo e nos encontra-remos juntos ao concluirmos a edificaçãoda sociedade comunista, que coroará os cs-forços comuns dos povos para transformarrevolticionàriamente a sociedade .

Referindo-se á sua recente viagem aosEstados Unidos, o chefe do governo da URSSdisse:

«Minha viagem aos Estados Unidos daAmérica e as conversações qtie mantive fo-ram úteis e deverão, sem dúvida, conduzirao melhoramento das relações entre nossospaises e ao alívio da tensão Internacional.E' necessário tudo fazer para purificar real-mente a atmosfera e criar condições propl-cias á amizade entre os povos. Unindo todos

os nossos esforços, devemos conseguir umasituação tal que a paz seja garantida nomundo»

Kntschiov acrescentou:«Devemos pensar cm termos realistas e

compreender bem a situação atua'.. O latode sermos fortes, como somos, nào significaabsolutamente que devamos experimentarpela força a estabilidade do regime capita-lista. Isto não será razoável: ,,s povos nãocompreenderão aqueles que pensarem agirdessa maneira*

¦ Os marxistas — prosseguiu Kruschlov— nào reconhecem como jn^tus senáo asguerras de libertação e condenam as guer-ras de conquista, as guerras imperialistas.Nào necessitamos de guerras em geral. Nãose pode impor pela força das armas,quando o pov0 não o quer. mesmo um re-ginie tão nobre e tão progressista como osocialismo. Náo é senão pelo exemplo que osocialismo Ilumina 0 coração dos homens.Somente ' <*> povo decide em que mo-mento seu pais deve empreender o caminhodo socialismo»,

NAVEBnL mafl^ cCÜ r.mrã

CÓSMICA SOV1E?LUA E VOLTO

O terceiro foguete lunarsoviético cumpriu o feu obje-tlvo: passou parto da Lua efotografou a sua face invlsí-vel d*. Terra.

No «Tia 4 de futubro — Jus-tamente dois anos após o lan-çamento pela URSS do pri-melro satélite artificial daTerra, o primeiro Sputnlk —era lançado aos espaços oLunlk III.

Fazia menos de um mês(14 de setembro) que atingiraa Lua o Lunlk II.

O Lunlk III é mais umpasso à frente para a con-qulsta dos espaços Interpla-netárlos. uma nova etapa nosaudaciosos estudos rios sá-blos soviéticos para os voasdo homem pelo Cosmos.

DADOS SOBRE O LUNTK ITT

A última fase do fogueteagora lança/': o pela URSSpesa, sem o combu: tivel, 27Bquilos. Nela está Instaladauma estação Interplanetáriaautomática, que emiti- sinaispara a Terra acionará pelaenergia solar c baterias qui-micos. Essa ertação automá-tica tem por objetive a ob-tençáo de dados científicosos mais diversos O focrueteestava munido também decâmaras especiais para foto-grafar a face desconhecidaéa Lua.

Oa apanlhoe da estação

automática são comandadospor uma estação central te-lemétHca localizada em ai-guma parte do território ciaUnião Soviética.

O comando do foguete àdistância pelos cientistas so-vléticos permitiu que êle se-gulrse uma trajetória q u e oaproximou da Lua no mo-mento exato calculado parapassar a uma distância Infe-rlor a 7.000 quilômetros rionosso satélite natural e foto-grafar sua face Invisível.

O foguete, ao contrário doanterior, não desceu na Lua,mas voltou a uma órbita eintomo da Terra, onde contl-nuará girando, como satélitede nosso planeta.

O sistema d-e controle dofoguete deve ser o mais pc:-feito possível, por quantoé muito mais difícil colocarum satélite em torno do Luado que fazê-lo projetar-secontra a Lua. Os cientistasfoviéticos possuem um slste-ma de controles que impedeque a atração lunar se exer-ça sobre o foguete a fim deque éle possa voltar a umaórbita da Terra.

RADIOCOMUNICAÇAOTERRA-LUA

Um cientista soviético es-peoialista em focuetes, Bo-goíavlenskl, declarou que oprograma de projéteis slde-

rais da URSS marcha comtal rapidez que multo embreve poderá estabelecer-seum sistema de radlocomunl-cações entre a. Terra e a Lua."A eriaçfto da primeira esta-ção lunar automática —acrescentou o cientista — édesde JA um problema reali-zável para os cientistas so-vléticos".

O CINTURÃO DE RA-DIAÇ0E8

lOs anteriores foguetes so-

vléticos atravessavam o cln-turfto de radiações que exls-tem em torno da Terra ape-nas quando do seu lança-mento, quer dizer, uma sóvez. Agora, 0 Lunlk III,com seus aparelhos de trans-missão de Informações, atra-vessará esse cinturão intime-ras vezes, tantas quantas semovimentar na órbita elítlcaem que se movimentará en-tre a Terra e a Lua,

O NOVO PASSO

O primeiro Lunik (lançadonos primeiros dias de janeirocie 1959) náo atingiu a Lua;passou distante desse saté-lite, tornando-se planetótdeem torno do Sol. Nfto havia,portanto, ainda um controleeficiente para projetá-lo naLua ou transformá-lo em sa-

téllte lunar.

O Lunik II, lançado a 12de setembro, chegou comtoda precisão à Lua no dia14. Foi teleguiado por umcentro científico na URSS.

O Lunik III, lançado a 4de outubro corrente, passou acurta distância dn Lua, maspôde rer controlado de talforma que já não caiu nasuperfície lunar: voltou auma órbita em torno daTerra.

Isto significa que, numespaço de menos de um anoos sábios soviéticos alcança-ram progressos maravilhososnos projéteis siderais. Antetais progressos, vamos caml-nhando para o dia em que ohomem descerá na Lua. E,vencida ersa grande provada aventura mais audaciosaJá empreendida pela numa-nldade, os espaços cósmicosestarão abertos diante do ho-mem. Este já nfto será prlslo-neiro ria lei ria gravictarie. Co-nhecerá outros planetas, e. —quem sabe? — os seres quehabitam esses corpos ceies-tes, talvez em grau de clvl-llzaçfto ainda mais elevado doque o da Terra.

NSo é mais um ronho, umafantasia, narrativas encanta-doras da clència-ficçáo. fi aprópria realidade que estamos•dvendo. Não sao projetos

para os nossos filhos ou ne-tos. fi para as gerações atuais.

Depois de contornar a Lua,a uma distância de 7 milquilômetros, Inicia sua via-gem de regresso á Terra anave espacial lançada do-mingo último pelo» sábiossoviéticos,

VELOCIDADE

Vltall Bronsteln, cientistado Planetário de Moscou,declarou que aa velocidadesdo Lunik III variam cons-tantemente segundo as ln-fluênclus que exercem a Ter-ra i>. a Lua. Em sua viagemrumo â Lua, o Lunlk III dl-niliiuiu sua velocidade apouco menos de um quilo-metro por segundo, disseBronsteln, acrescentando «seguir que quando êle esti-ver em seu (Minto mais pró-xlmo da Terra — 2 mil qui-I Am et ros — sua velocidadeserá de 10 quilômetros porsegundo.

TEMPERATURASegundo bolei im riistri-

buíilo pela Agência TASS,«o foguete se desloca estri-tament-o ao longo da órbitapredeterminada. A interpre-iaçáo preliminar dos resul-tudo*, das medições telemé-tricôs, a temperatura a bor-do da estação Interplanetá-ria era Av 25 a 80 grauscentígrados.

A primeira grande solenlda-de oficial comemorativa do10.° aniversário da fundaçãoda Republica Popular da Chi-na teve lugar em Pequim nodia 28 de setembro Precisa-mente no mesmo dia, em 194!).era desfraldada na antiga ca-pitai da China a bandeiravermelha das 5 estréias. Eraum símbolo da vitória finalde mais de 20 anos de guer-ra civil e lutas revoluciona-rias da classe operária e docampeslnato chinês contra areação interna e contra o do-minto estrangeiro, A classeoperária munúlai podia orgu-lhar-se de sua maior vitóriacm âmbito Internacional riepois da Revolução socialistade outubro na RUssla de 19)7.

Os dez anos transcorridosda vitória da Revolução chi-nesa foram um gigantescopasso á frente ae todo o cnm-po do socialismo. O seu for-falecimento significou o for-falecimento do movimentooperário e comunista munriial. Significou 0 avanço evitórias espetaculares do mo-vimento de libertação nacio-nal dos paises coloniais e de-pendentes, sobretudo na AMae na África.

PALAVRAS DE LIUCHAO-TSI

Na solenidade dedicada ao10." aniversãno da fundaçãoda RPC, seu Presidente, LiuChão tsi-,- disse com- razão, rc-corriando o triunfo memora-vel; "Iniciou-se com éle umanova época na história daChina, a época do socialis-mo".

E acrescentou:"Nos dez anos transcorridos,

em ritmo rápido alcançamosuma grande vitória na re-volução socialista e liberta-mos completamente as forçasprodutivas cia sociedade emnosso pats Nossa produçãoindustrial, em dez anos, mui-tiplicou-se por mais de onzevezes e a produção agrícolacresceu em mais de duas vê-zes e meia. Foi alcançada umaelevação geral do nivel devida da população. Desenvol-vem-se impetuosamente a ins-trução, a cultura, a ciência ea saúde publica".

Em outra passagem de seudiscurso. Liu Cliao-tsi disse:"No cur.so do decênio passa-do recebemos fraternal aju-ria da grande União Soviétl-ca e de outros países soc:a-listas, encontramos simpatiae apoio do proletariado de to-dos os países do mundo. Agra-decemos sinceramente a nos-sos amigos estrangeiras porsua grande ajuda e apoio".

Referindo-se à situação, lnt-ternacional, o Presidente daRepública Popular da Chinaafirmou que "todos oa pai-ses do campo socialista, enca-beçados pela União Soviética,empenham firmemente as má-xlmos esforços em favor doalívio da tensão Internado-na', pela consecuçfto d» umapa/. solida em todo o mundo".

FALA SÚSLOVO chefe da delegação do

Partido Comunista da UniãoSoviética. Mikhail Súslov, di-r.ciu uma calorosa saudaçãoao povo chinês através do seugoverno do Partido Comu-nista dn China. A certa ai-tura de seu discurso, Súslovdisse:

"Nossas adversários Impe-rialistas e seus porta-vozes,os revisionistas, conhecemperfeitamente a enorme fôr-ça da unidade e da coeão dospaíses socialistas. Freqüente-niente, tem elas tentado econtinuarão a tentar, sem dú-vida. ainda, meter uma cunhaentre os países socialistas e,em primeiro lugar, minar aaliança e a amizade da UniãoSoviética e da República Po-pular da China. Entretanto,sáo vãos os esforços dêsswsenhores. A aliança e a ami-7ade das dtns crandes po-tênclas, a am":ade de todos oipaises socialistas torna-sscada dia mais sólida e inque-brantftvel".

NOVOS RUMOS

Diretor — Mário AlvttGerente — Guttembwg

CavalcantiKedator-chefe — Orlando

Bomfim Jr.Secretário — Fragmoa

BorgesREDATORES

Almir Matos, Rui Faço,Paulo Motta Lima, Mariada Graça, Luis Ghilardini,

MATRIZRedação: Av. Rio Bran-

co, 257, 17.» andar, S/1712— Tel: 42-7344

Gerência: Av. Rio Bran-co, '257, 9.' andar, S/905Endereço tolo gráfico —

«NOVOSRUMOS»ASSINATURAS

Anual .... Cr$ 250,00Semestral . " 130,00Trimestral . " 70,00

Aérea ou sob registro, dei-pesas à parte

ÍI. avuls» .. CrS 5,00N.' atrasado . " 8,00..

/ I

9 a 15 - 10 - 1959 TMOVOS RUMOS PACINA 3

Começa a Ganhar As Ruasa Candidatura De L

cpocaoo

IOE30I aocaoc aoao;

ijii

Ot!As recentes manifestações

prestadas ao marechal Tei-xeira Lott em São Paulo eno Rio Grande rio Sul e aintensificação, que se obser-va sobretudo nesta capital,na criação de comitês popu-lares pró-Loit são .sinais quelevelam haver saido a candi-«atura do atual ministro daGuerra da fase das articula-ções de bastidores para a damovimentação de massas, pa-ra a conquista das ruas epraças pública.». E já nestaaltura desfazem-se as dúvi-das qup ainda restavamquanto à estabilidade e amarcha para a definitivaconsolidação da candidaturacni torno de qual vèm seaglutinando as torças nacio-nalistas e populares.

Em Sâo Paulo foi o marc-elidi Lott aclamado por mi-lhares de pessoas, numa ma-infestação qne excedeu aexpectativa de iodos o.» lide-res polítlfbs e jornalistas queo acompanharam. No KmGrande do Sul, onde esteiecom o objetivo especifico deuma rotineira inspeção aunidades militares ali seúia-rias. o marechal Teixeira Lottfoi alvo Igualmente de talo-rosas homenagens, phrticu-larmente dos ferroviários (iesanta Maria e, em seguida,da população de Santana duLivramento.

PSD e PTB

Isio nào que" dizer quetenham sido já superados to-rios os obstáculos a uma ver-riadelra campanha em que seconjuguem a» diferentes tói-eu que. de uma ou outramaneira, parti.ipani no e>-qiiema da candidatura Lott.Alguns desses obstáculos per-justem ainda. Na área duPSD. especialmente, é visívelh existência de tocos que tei-niHin em resisti:', ora deixan-da-.-e ficar na passividade,

ura anuandu verdadeiras ei-ladas. Exemplo de passivida-tle e o retardamento em le-var à prática uma série deiniciativas favoráveis á can-didatura Lott. algumas mes-mo há bastante tempo anun-ciadas, como é o caso da re-cepção oficial do PSD aucandidato. Uma autêntica

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prática desenvolvida pelosdirigentes pessedistas estalonge ainda de contribui.'jjara essa consolidação, quese verifica apesar deles.

Quanto ao PTB, emborasurjam em suas fileiras al-gumas voaes discordantes,é mais clara a tiosiçáo deapoio efetivo à candidaturaLott. Duas manifestações re-centes confirmam essa jxisi-ção: a viagem do sr. JoãoGoulart juntamente com omarechal Lott ao Rio Grandedo Sul e «ji declarações fei-tas nesta capital pelo gover-nador Leonel Brizola. segun-do a.» quais o caminho doPTH |á «Má traçado; mar-

(¦liar com oatè a vitória

marechalcm 10BO.

Un I

cilaúa seria, por sua vez, oadiamento Indefinido daConvenção do PSD de MinasGerais, manobra do sr. Bene-dito Valadares contra a can-dida tura estadual do sr. Tan-credo Neve? que se refleti: ia(¦(- a-trosainent? •- ô b r e acampanha do marechal Lott.

Procurando/ contrabalançaia persistente frieza de certoscírculos da direção pessedista,o ministro Armando Falcãoafirmou enfaticamente, im-últimos dias, que se podiaconsiderar d et initivamenieconsolidada a candid-atura ci<>marechal Teixeira Lou. Olalo, porém, rj (|iie a ação

Fora De Ruína

RAYMUNDO NONATO \\

V

llVI Un noticias dnlinlu da Lua mm-•a.» noticias que acin tiinii) dn Lua

Jornais e emissoras de rádviagem do Lunik III, já ein busca ¦ ¦-ca visto pelu homem Lê-se numa deestação planetária daria uma volta. muito similar à empregada por um automóvel liuniacurva fechada . Naturalmente conservando n direita,sem levantar poeira e <cm guineho de pneiimrtth-u

\: * il

ungiu niiii-.iic;;r.!l,, Alili- ilo Lunik

i e-ide.III.

Em meio a tamanha expectativa .-vista o pronunciamento du sr, An Imembro dn Academia de Letras. Diz c-.Surpreende e embevece, mas não ucrcsccntii uma li-nha no desvendamento dos mistérios que cercam u uni-verso. Chegaremos sempre ao paredão intransponível,além do qual só a Fé dirime e conduz

i, <¦ ri

Disseram a Austregésilo, nu Ceara, quniidu meni-no: «Anteg de Deus criar o mundo tudo era vas es-curo . Essas palavras foram oomn que uni paredão, coi -tando a perspectiva do futuro imortal. Nr- tempo deColombo ou Vasco da Gama, Austregésiln Ataidp du-vidaria dos que se orientavam eni Copérnieo e guarda-ria, com certo orgulho, a crenQn de que a teira ei tichata e coberta por uma abóbodn azul.

Recuemos uni pouco mais o nosso acarièmii.-o emdireção ao começo do Mundo, Teríamos então o bomAustregésilo, indignado com o atrevimento dus argo-nautas, o clamar, na lingiia tic Camões, (pu é a inesnínda Casa de Machado de Assis;

Vistes, que com grandiH_sUiU4--oH'.--tt':i:iForam já cometei' o Céu supi iino;Viste* aquela insana, fantasiaJir- Lenlareni o mar com vela e icmo,

Chegaremos sempre ao paredão intransponível, alemdo qual só a le dirime e conduz, diz o acadêmico Noentanto, nào dispondo desse paredão para ocultar aosolho.» dos turistas o espetáculo das favelas, n Prcfeitinrideterminou a pintura dos barraco.-. Artista.» ertm'nmcombinações de core». O comércio de tinia.» encara comsimpatia a lembrança genial.

Ií as vedetes cariocas'.' Não querendo tentai o iiiaicom vela e reino, embarcam de Skyniastci para Sa!-vador. Uni cronista especializado acrescenta detalhes:«•Levam muita disposição (vão jogar futebol i. sorrisosbonitos e outros complementos», Os complementos ap.-i-recém num clichê de três colunas.

Ern face desses complementos, Austregésilo, já bei-rando a idade provecta, dissertaria, com experiência:«Surpreendem, embevecem, mas náo acrescentam uma li-nha no desvendamento dos mistério,, que cercam o uni-verso -

AMPLITUDE DA

CAMPANHA

A.» manifestações popularescom que íoi recebido o ma-rechal Teixeira Lott em SáoPaulo e no Rio Grande doSul. o interesse com que osdirigentes operários têm pro-curado discutir os problemasc'ío movimento sindical, e osurgimento dos comitês po-pulares indicam um aspectoessencial da campanha pelacandidatura Lott: a sua am-plitude. Pelo seu próprio ca-ráter, tendendo a reunir di-

fcrentes forçai nacionalistase populares, a campanhapró-Loti deverá ultrapassaros limites do.» partldi s íwli-ticos e revestir a forma cteum amplo movimento patrtó-tico e democrático.

fi de as:Inalar-se, enfim,que enquanto n candidaturanacionalista ganha uma pe-neiração e uma amplitudedia a dia maiores entre ascamadas populares, a candi-clalura do .entreguista JânioQuadro» não só enfrenta aincontrolável cisão na UDN,mas se submete Igualmentea um con.'tante desgaste: odesgaste a que. rtepols decerto tempo, não podem es-(apur os demagogos,

| HIPÓTESES EMTORNO DE JURACI

Tendo eoncorduclo com a ícallzaç&o da convenção \uilenista no dia ¦ de novembro o que representa uma 0derrota'do sr. Carlos Lacerda o sr. Jnnicl Magalhães [e seus paltidárlos vèm se lançando numa atividade ri- fdobrada nas últimas semanas, O próprio sr. Juracl de-verá estar rio Rio no próximo dia 20, procurando in-fluir pessoalmente na arreg/imentaça-u de forças para aconvenção. .

Embora apresentando-se com os títulos de iunda-,1o, e ex-presidente da UDN, tudo indica que o gover- fnador du Bahia está intimamente convencido dc que terá io seu nome recusado pelos convencionais da - eterna vi- Jgilánciii". numa proporção que se espera atingirá os t70-; A direção atual da UDN acusada abertamentede traição pelo governador da Bahia - preparou o ter-reno pura. que seja lançadosi. Jânio Quadros.

Confirmando-se esta previsão, surge o problema!que atitude, tomarão o sr, Juracl e demais governado-res udenistas do Nordeste, que lançaram formalmente a

Juraci

do

sua candidatura na reunião de João Pessoa.. B quase

viesse a figurar como vicepor outro lado, nenhuma vial

ATM MS pi mildefinido: oestranho fí

JÂNIOoao

unanimemente rejeitada a hipótese de que o stnn chapa rle Janto, .Nao tei ia,

.blliçJado a sua candidatura.. Presidência sem o apoio de ponderáveis forças poli-ticas todas elas então polarizadas em torno de U«

de Jânio. Seria destituída de sentido nesse cas0 a mia

candidatura. .., „ ,,.:_,«„O que parece mais provável é que ^

a movtajm-tação feita pelos juracisiatas tem uni objetivodeixar bem claro qne. ao sacrificá-lo por umao partido, foi a própria UDN que o afastou da. «W fl

l,i,U B o sr- Juraci se sentira então à vontade paraoi,. (, rumos que melhor entende,- ou que mais h

convenham em face da sucessão, sem que possa.serapresentado como responsável pela cfcao da

^ ^68si caso, prevê-se que o sr. Juraci e posslvelmcnte outros

governadores udenistas do Nordeste venham a marchai

nara n candidatura Lott.' As coisas ficarão mais claras, enfim, depois que

ae realize a Convenção da UDN.

0C30 IOE30I

i-u em ciiauc-, or-no úl.iimo domingo,

manilesto assinado porde supostosançando i.m

Apa" .li

unme-a dj:ianacionalistas.'.ham-irio Movimento Na-(iotalista Popular e cone-: /'.do 0; carioca:- ao apoio

•r candidatura do ir. Jâmo

Quadro: à Presidência n-íRepública

O propósito oo cii.'o-eio manifesto, vacado co•f-rme d ei mai • cínica de-maqoaia, " ccifur.du o e-• -ne nacionalista1", e a ot:. -

!ão pública, procurandofazer passar o preto po-'branco. Aasim e que, eu-o..anto pede o apoio pfl'':iJânio, poi ier nacionalista,icndena a ca-ididaruici ri.

marechal Teixeira Lottipresentando-a como a ti -

preferência dos rrusre es-tr-inqeifos E . tome :e ve,

um truque excessivamente

qro.-seiro para que pos-o

iLciii i quem quer aue e|a.Afinal, o Jânio Quadrosoue esse manifesto exibe•.omo nacionalista é o mes-mo que, há cerca de doisnnos, em São Paulo, afir-mou aue se eleito presiden-le da República adoraria,omo primeira medida doeu governo, a liquidação-i.i Petrobrás. E que. ainda

e te ano, enquanto ^e acha-va na E..ropa, declarouaos jornalistas ser amiqo docito de Nels.on Rcci-efe!''5'o -00:)/ cia S'andard Ocujos problemas — segun-oo confessou — «conhececirteitamenre». í O' mes-n<c Jânio Quadro;, que. ementrevista c-letiva à im-

prensa brasileira, no Copa-cabana Palace Hotel, an-is- cio empreender a uoviagem de turista miliona-

rio, fêz veemente defesa ao----ão ministro Lucas Lope

e e pronunciou a tavor aa

UM FILÓSOFO SEM RABICHOE SEM PÁTRIA

O sr Un Vulanp, cheu.au-do no Brasil, lc/ declaraçõesã imprensa. Declarações cou-tra rios ao espirito dominamte, hoje cm dia, no pais em(pie nasceu e do qual se atas-lou há muitos anos. para seconverter numa e pede dccidadão cosmopolita, .adica-do na America c-o Norte..

t.in Yutani! falou ainarya-mente da paz. "Coexistência

pacifica, palavra q ue dele—to", afirmou ele. Confundiu-dn a competição ceonòmba ecultural entre os sistemas ca-pitalista e socialista eomuma guerra, disse cpie nuncahaverá paz. somente porqueo^ paises socialistas rivaliza-:áo cada vez mal. com os ca-pitalistas, jogando artigos dcconsumo. nj,..,Jiier.eado- imui—-"d.:ii" "

Ao mesmo lempo que pre->.p uma guerra eterna entreo capitalismo e o social! moo sr. Lin Yutung afirma queo capitalismo já não existe,pois "o poder populai nosF. lados Unidos é quase as-sustacíor", tanto assim quequalquer cidadão pode sera ionisia cio Bank of Ame-rica. Êle mesmo c capitalis-ia ino mundo onde o capi-taü.-niü deixou de existir),

.pois tem uma ação no Bankoi America. .

Km meio a 'auto conlu»io-nisiiio o sr. Lin Yutang nãoencobre seu ódio a revoluçãochinesa. A educaçáo na Chi-na, diz éle, segue a orienta-ção pedagógica soviética.Transforma-se em catequesepolítica. A doutrinação pre-juciica o ensino rJa física oude matemática.

O sr, Lin Yutang. pensan-do encontrar-se num audito-rio de bafbaques, fêz essaafirmação tciln. • quarenta •

reforma cambial sitçjida cc-lc Fundo Monetário Inter-nacionaL

O autores do manifp '"¦sabem muito bem, apes-srdo seu palavreado que aeleição oe J㦠• io Quadros,c.'':a a viíóiia do- moMO-oóiios norte-americanos ecio-, grupos entreguisfas a seuerviço em nos o pai f

isto mesmo, a'iás, •.io.Qro,.r-,• o !al inoniíesto s j cc -

ci{."iã' .omo um Munestoequívoco» : movimenro

pairióiico cie I I oe no-vemoiü oe 1955, que con-tra a; pretensões ,dci, goi-pistas do 2-4 de agosto, a -

equrou a posse dos can-

oito horas depois o Lunik Ulrasgaria o espaço cósml u.demonstrando que a instru-ção, nos países socialistas,náo faz muito pouco caso doensino da física, da materna-lira e de outras ciênciasexalas ..

Escritor chinês, filosofo chinêsassim vem sendo apresentadoo sr. Lin Yutang, principal-mente aos que ignoram queseus livros sempre se crivai-ciaram da literatura chinesa.em tudo por tudo.

Vémo-lo ~hoje aqui a elo-

giar o capitalismo e ao nus-mo tempo tentando negar aexistência do capitalismo,que brindou n China com aCiiier.a do ópio e com outrasinfâmias. Vemo-lo hoje a ..in-..

Ju.riar. -a • -Gliivur, 'quando o.»lato.'', dez anos depois cia ri-volução chinesa, confirmampalavra» de Mao Tsc Tuug,escritas em l!Ml): "Nos. co-niunista.»:, lutamos há muitosanos não só pela revoluçãopolítica e econômica da Chi-na, mas também pela revu-luç.io cultural".

O fatos confirmam a.- pa-lavras re Mao Tse Tung. AClima : caliza sua revoluçãoeconômica, política e cultural.

Enquanto que as palavrascie amargo pessimismo e ciemesquinha provocação do sr.Lin Ytitanp demonstram quehoje, de chinês, êle não temmnis nem o sapato que clefor-mava o pé nem o rabichocortado no curso ria revolu-cão rie Sun Yat-sen, quandoo.s melhores homens da Chi-na já pregavam as "três te-ses políticas fundamentais"para a libertação nacional:aliança com a União Sovié-tica, aliança com os comu-nistas de todo o mundo eapoio interno entre os opera-rios f camponeses.

d.d.iro:. ele.ic- pelo pc.\ o.

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reveltá!

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aelançam-

seutn f n

ira desmascn-rente Movi-

¦•aiis-a Popu-i da escrupu-

pelo, redú/o-manifesto cie

Ma: não eria possível passar poi alio:;mn particularidade, talvezmais signiíicativa ainda: ode que o primeiro icr ito-rio cio manifesto ó Wi!Leiie Passos, lanteineno e

p-evocador cuja, avcuna.o povej r.urio!:.;i c nhe- ?mui'-; oem.

CandidaturaTancrado

Não encontrou solução ain-da o problema ira escolha docandidato do PSD mineiro a<eleições estaduais. Dada a na-lura! projeção que lem essaescolha, particularmente emfunção das eleições presiden-ciais,' o "affaire" mineiro éuni dos acontecimentos quecentralizam a atenção doscírculos políticos do psi-

Apesar de todas a.s maqui-nações do sr. Beneciio Vala-daics e alguns outros (lini-.cu-tes pessedistas. o sr. TancredoNeves continua a ser conside-r.ido o melhor c o mais pro-vável candidato. Além de cou-tar com uma profunda pene-

tração nas bases de seu pró-prlo partido, tem como cer-to. caso venha a ser Ináicadn,o apoio maciço do PTB e doPR. Além do mais, poi sua.»tendências nacionalistas, o ex-ministro da Justiça rio govêr-uo de Vargas está perfeita-menti identificado com a c-.ii.-ilirialura do maiechal Teixel-ia Lott,

O principal adversário <ia.r. Tancredo Neves e ,, velho

rMioivzo Benedito Valadares.presidente do diretório mine;-ro do PSD. que ameaça inclu-

. sive retardar ate marco ouabril dc lflfiO a convocação d.iConvenção, o que seria. Ho ca-•ri de sc confirmar, um ií >lpecontra a candidatura Lott.

Ao qiie tudo indii a. porem.h.- desesperadas resistências

O PASSEIO DE29 MILHÕES

Leitores de Ponta Grossaescrevem-nos pedindo queseja esclarecido quanto gas-lou o sr, Jânio Quadros emum nababesca viagem emvolta ao inundo.

Segundo uma ampla repor-lagem publicada pelos nossosconfrades clu "O Semanário",a fabulosa viagem de Jânio

- que se fêz acompanhar,riurante todo o tempo, deesposa, filha, mãe e dois se-cretárlos — custou a bapu-ida de vinte e nove i29". mi-Ihóes de cruzeiros. Assinale-»e. aliás, que esta foi aquarta viagem ao estrangeirofeita pelo candidato entre-gui-ta com a sua tamilia, Eque até há poucos anos, nosc eleger vereador em SáoPaulo, Jânio era um homempobre, mal tendo podido la-zer sua própria campanhaeleitoral.

2') milhões de cruzeiros!Onc.v Jânio conseguiu tantodinheiro para gastar cm via-cens cc nababo, às vésnerasde uma campanha eleitoralque custará muitos outrosit ilhões? As coisas talvez fi-quem mais claras se ni -lembrarmos da recente riecla-ração de Jânio a re»nrilo rieseu umiiro Nelson Rockefel-ler: ''.Conhecemos mnilo bemos seus problemas, asíiin co-mo éle conhece os nossos". .

• o nome do .>r. Tancredo Ne-ves tendem a ser eliminadas,sendo afinal aprovado o seunome como o candidato i'í.i co-ligação PSD-PTB-PR ao go-vêrno de Minas.

Homenagem à China

A cronista Eneida realizou no dia

2, no ABI, uma conferência a respeito

da China, país que visitou recentemente.

A assistência à criança, a alfabetização

dos velhos e o funcionamento das pre-feituras de bairro foram os principais

problemas abordados pela conferencis-

ta.'Eneida ressaltou que a irossa litera-

tura é conhecida na China, através de

traduções russaj e inglesas. Jorge Ama-

do e Érico Verísiimo são os autores bra

sileiros mais conhecidos naquele poi*.

Dentro em breve, segundo esclareci"mento da cronista, será editada uma

tradução chinesa de "Os Sertões", doEuclides da Cunha. i

Organizada pela Associaçáo SlncBrasileira de Intercâmbio Cultural, aconferência foi uma homenagem ao XAniversário da Libertação da China.

Na foto, um aspecto do ato, vendo-se parte da assistência que superlotouo salão da AtV.

i

¦ PAGINA 4 NOVO* RUMOS $ a 1? - 10 - 1959

A "Revolução

Arma PeC

D m liola - NOTAS SOBRE MVKOSLibera «Çit

Mordes0 VOTO 00 CAMPONÊS

amponesesJÉL

A POESIA POPULAR DOS VIOLEIROS E REPENTIS-TAS AJUDA O ESCLARECIMENTO DAS MASSASCAMPONESAS — JOÀO MARTINS DE ATAIDE, JOSÉPACHECO, JOSÉ CORISCO E "ANDORINHA" — OS"HERÓIS" DOS FOLHETOS DE POESIA — A ELEiÇÀODO DIABO E A POSSE DE LAMPIÃO NO INFERNO —A LUTA CONTRA O "SENHOR DE ENGENHO" E O

"CORONEL"

Reportagem de CLODOMIR MORAIS

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¦»

iscniTon pnofn.er»Rio"ANDORINHA"

Ninguém poderá, futtiramen-te, escreVer sôbre n luta de 11-hertação dos camponeses nor-destinos sem atribuir nos can-tadores, violeiros e folhetis-tas populares tima pondera-vel parcela de contribuiçãono trabalho de esclarecimentodas populações rurais.

No Nordeste eles são nota-•eis na propaganda contra acarestia de vida e na líitapela pela Reforma Agrária.E' que, dada a alta pereenta-gem (90"O de analfabetos,nas populações rurais, nemsempre o jornal ou a revista,o orador de comícios ou oconferencista exímio da cida-de consegue fazer se compre-entler por homens que jamaisleram um AfeC. A linguagemdestes é simples, pobre e qua-se figurativa. Admite-se que,em media, o Vocabulário usa«do pelo camponês não alcan-ça três mil palavras. E pnrao gasto das conversações dodia a dia êle se utiliza deuma.s poucas centenas de vo-eábulos. Tal é a pobreza, amiséria do homem £o campodo Nordeste. Daí a riqueza desua imaginação no criar com-paracões que tanto lhe áju-dam tn sua e-or s*r. adjetiva-cào. Nesse momento êle rea-

lira n ênfase em toda n suaplenitude. O homem que nâoestá dentro da discussão êleconsidera "mais fora do quebandeira de "ni(4a-moKqul-to"; fita de chapéu ou cintu-rão de soldado". O que se achamuito dentro da questão, "cs-tá mais dentro do que badalode sino" ou "talo de maça-xelra". Ao homem suaren-to o matuto diz que "sua maisdo que tampa de chaleira ougarrafa de água gelada". Equando a coisa está muitofeia êle diz que é "mais feiado que voz de prisão, do quanecessidade ou, ainda, maisfeia do que briga de cegos".

UMA LÓGICA ESPECIAL

Mos nesse português pobrede vocábulo.", porém rico emimagens e si^ibollsmo, o cam-ponês promove com sua poe-sia popular a sua mais apu-cada compreensão. Pois e apoesia dos violeiros, dos can-tadores e das folhetistas po-pulares o que mais lhe atraio o que mais a sua mente apre-de ou assimila. A rima, a ca-déncia dos versos popularespromovem ainria à mente ciocamponês a lógica rio argu-monto contido no provérbio,no adágío. no riff.o. Senão ve-jamos o poder da argumenta-ção de João Martins de Atai-de. há pouco falecido em Li-moelro:"Você disse que é peitudo,Mas isso náo me ameaça;Mais peito do que você

TEATROHouve duos eSiieiaá na semana passada E rá*nas outrts se anunciam para os próximos dias Nãotendo iMo'dMitata* à critica, aguardamos a'opor-tunídade de vê-las para comentá-las. Hoje à noiteassistiremos « uma delas: «O MACACO DA Vlfcl-NHA». de Manoel de Macedo, encenada pela Cia.tíe Teatro do Rio, que ocupa o Teatro São Jorge, noCateto. Amanha teremos pela CTCA (Cia Tônia*-Ccü-Autran) a peca do jovem autor Clcber RibeiroFernandes «A TORRE DE MARFIM». A primeira já-a conhecemos através da montagem do «Tablado»,

com direção de Alfredo Souto de Almeida Quantoà segunda mereceu 0 primeiro prômio no concursede peças instituído pela CTCA, no ano passado.Em entrevista a Pcircoal Carlos Magno, disse o au-tor: cComo autor ambiciono inclusive uma carreirabem sucedida Con o pessoa, co escrever uma peça,gostaria de incentivar essa ternura que nos enver-gonha e que vivemos ansiosos por empregar emalgo que valha a pen=. Quc dois seres que amarame que hoje estão à beira de uma rutura resolvam vol-ter atrin, depois de assistir «A TôRflE DE MAR-FIM»... talvez iseja crebição demais. Mas eu gosto depensar que isto pode acontecer», Como vêem, uma be-la declaração de príncinios. Que deveria aliás seradotada por todos aquiles çue se dedicam à artec à literatura — incentivar ternuras —, Uma pe-drinha humilde na construção de um mundo demaior compreensão e frríernfdcde entrr? as crlatu-ras. Foi o que Clebor fh, também, em sua peci-conjunto do Teatro do Rio e aoresantada, domingonha infantil «A ONÇA E O BODE» encenaJa peiopassado, no Teatro João Caetano, no Festival doTeatro Infantil. Sõbrs ela falaremos mais detida-mente, quando comentarmos o festival, cuja úHimapeça será levada à cena no dia 15 de Novembro. Atélá, assistiremos ainda a mais 6 nerer. A de domingopróximo st»* «PAULINHA NA GRUTA DO ALI-BABA». Os espetáculos se iniciam àr; 10 horas, aosdomingos. Algumas entradas são distribuídas àsescolas, pelo Serviço Nacional de Teatro. A vendana bilheteria é a preço muito conveniente: vintecruzeiros. . .

Outras estréias de grande Importância estãoSendo anunciadas para os próximos dias: o conjuntopaulista do «TEATRO DE ARENA» no dia 10 — parainstituições e depois para a crítica, iniciará suasatividades com a peça de Gianírancesco Guarnieri,autor de fGimbct», «Eles não usam Black-Tle».Inaugurarão o teatro do Centro Comercial de Copa-cabona, sito à Run Siqueira Campos, entre BarataRibeiro e túnel Vilho Foi representada 400 vezesconsecutivas em São Pnulo. Um recorde de cartazQuem tivei curiosidade do ler, tanto esta como aoutra peça do autor (Gimb?) roderá adquirir arevista da SBAT, na sede da Sociedade Brasileirade Autores Teatrais: Rua Almirante Barroro, 97,3.» andar.

Também o «TFATRO NACIONAL DE COME-DIA», companhia oficial urganizada, subvencionadaô orientada pelo Service Naci-nal de Teatro, anun-cia sua estréia para breve, com dois grandes lança-mentos: *A BEATA MARIA DO EGITO» de Raqueldc Queiroz, com Glauce Rocha no papel titulo e "ASTRES IRMÃS» de Anton Tchekov Direção do JoséMario Monteiro na primeira e do Zlembinsky nasegunda

Enquanto '.sso, o ^Compadecida» voltou ao Tea-tro de BôUo. lu Praça General Osório, restauradodopois do incêndio enquanto ensaio peço nova asei lançado brevemente Convérr, prertigia* *, Jo-vem emoresárit fturirr.cn Rocha esforcctdç bata-lhadoi dc moviment» teatral sòrlamentn atingidtpelos prejuízos decorrentes âe IncGndte j ^unl i»-gunde consta nã' merecer » menoi au\í!i„ oíiclalacusa emorgâncU'»

tBEATRI5 BANDEIM ?

Tem uma porca de raçaTem logo duas fileirasMas de uma porca não passa."

F.III..I fííip I"JO MSf ¦*'!.* •

o MRint.tn mmtAntônio Cobra Choca

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H1Ç0 - Crt 6.M

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INDÍCIOS OEAMADURECIMENTO

Através aa poesia populardn,* violeiros e repentlstas queem milhares de lolhotos hojese espalham por todo o Nor-deste, se observam indíciosrie ain.Hiuiminenln políticodas mossas camponesa.'', Vainão vai. o camponês semlerra lutando contra o 'corottel" c o senhor cie cupê-nho, lutando connr, n emetia de vida aparece comotema da iwcsin popular.

O folheio de João JoséSilva, "ü Coronel Mangangáe o Seringueiro do Norte",editado pela Folhcteria Cru-zciro do Norte ó um eloqüen-te exemplo dessa nossa as-sertiva. O 'coronel" Man-ganga depois rie expulsarmultas famílias de suas ter-ras, depois d« assassinar oude expulsar cehten j de ho-1'mens pobres, dá de testa comum camponês que resiste ederrota os seus capangas,dardo cabo, por fim, ao re-ginic de servidão do Enge-nho Cananá". Ao fim da he-róica luta. o Seringueiro doNorte distrlbue as terras esalva o povo da miséria.

Ai disse o (Seringueiro:— Pois o Mangangá morreuE tudo quc ti r.i aquiEstá no domínio meu.Quem trabalhou sem ganhasVai receber o que e seu.

De manhã o SeringueiroAjuntou to.io o habitanteAvaliou a fazendaDo Mangangá dominanteE cada um recebeuUma parte interessante.

E depois de repartidoTodos bens de MangangáUns Íoram embora daliE outros ficaram láNunca mais houve misériaNa Fazenda Cananá.

Temas eomo esse se repe-tem nu outros folhetos deFrancisco 8ales: "O Negrãocio Paraná e o Seringueirodo Norte"; "Verdadeiro En-contro do Antônio CobraChoca com ¦ Sertanejo doNorte"- No "Encontro c!eDuas Fera.',", o latifundiáriolevou a pior;"José disse; — Este sujeitoJá está enchendo-me o sacoDeu-lhe oito punhaladasDeixou somente o cavaco;Depois juntou-o com o negroEnterrou os num sô buraco.

Voltaram os dois á FazendaLibertaram os desgraçados.Depois só houve alegriaPara os escravlsadosQue passaram a possuirTodos êlcs os seus plantados"

A batalha contra o escor-cho fiscal travada em Per-nambuco em 1056, quando daredação do novo Código Trl-bullírio, não deixou de tam-bém influir na poesia popu-'ar, sugerindo-lhe assuntosnovos já que se enquadra-vam na luta contra a caies-tia de vida. Assim é que Ma-nuel Campina, no folheto''Discussão de um Fiscal comuma Fateira" descreve:"Disse o fiscal: —minha donaNOo me Interessa questão;Me pague quinze e quinhentosQue eu passo o seu talão.Disso fl vellia; —Tu és tolo!Pegue a reta e queime o cino!

Aonde você Jà viuPagar s-, imposto d< trlpatHoje aqu' eu brlgi multeT nftt pagi msi "sv.Hpa'Prv paga' *' na cariei»Depol' & passar-lhe t rlpfc''

POESIA CONSEQÜENTE11 Coriscc tic folhetc

"Discussão fle um Doutorcom urr. Matuto" demonstraa eficiênola da poesia popu-

liosti nos

lar como instrumento de es-clarecimento das m assa scamponesas. A discussão sedá na feira dc Ingá (Parai-ba)."Causava dó e compaixãoVendo-se aquela pobrezaHomens barbados e sujosSe acabando de fraquezaEra o retrato flâ fomeMiséria, dor e nueza

Cadeia nem violênciaEnche barriga de pobreQue luta contra a miséria:uma luta honesta e nobreContra a ganância do ricoQue tanta miséria encobre

Se a pobreza tivesseTerra pra trabalharE o auxilio do governoPara a terra culthfirGaranto que a misériaHavia de se ncabar.

Foi Juntando multa genteTodo munúo adn iradoVendo aquele homem pobreFalando tào acertadoUns gritavam: —Muito bemOutros diziam: —Apoiado."

E "Andorinha" 0 «fumado

repentistn das "Ligas Cam-ponesas" do Nordeste, come-ça um de seus folhetos "oVoto do Camponês" eom oseguinte chamamento;

Despertai -vos camponesesSegui na trilha do bemQue to trevas do latifúndioNáo cega mais a ninuuémEf>tou vendo a claridadeüo dia da liberdadeO Sol da Justiça vem.

LA no céu da consciênciaUm ;v.'ande sinal já temUm S, um A c um pNn frente do sinal vem.Cabe uma derivaçãoQuem conhecer da razãoJia sair-se muito bem.

i.i S que tem primeiroQuer ciizn "Sociedade"O A quer dizer ''AgrícolaDigo com sinceridadeE o P é "Pecuária"Derivação necessáriaQue faz nossa liberdade.

t a conheeda SociedadeAgrícola Pecuária «le Per-nambuco, a cuja.s dezenas dedelegacias hoje espalhadaspor todo, o Estado se apelt-dou de "Ligas Camponesas".

O CAMPONÊS —O MÍSTICO

Em melo a toda essa lite-ratura, curiosa pela pobresado material gráfico, e formasgramaticais; pela enorme pe-netraçáo nas massas campo-nesas, há t .mbém outros as-pectos que sugerem análisesociológica. Observa-s.t que ocamponês é, por excelência,um aiístico e como tal ad-nilte o messianismo, mesmona sua mais grotesta formaou origem. Êle aprecia umlider, um homem sem medo,um Zp.p.sla, um vim, umTchapaiev, um Davy Crocket,um Pfeifhanslcin, um Pou-gachev, um Antônio Conse-lheiro ou um Lampião, nãoobstam os motivos que o le-vam à liderança. O que im-poria e a existência do líder.

Dai talvez o grande nú-mero de folhetos narrandoas peripécias de Lampião.Vlrgollno Ferreira mesmolido como um t mdoleiro,aparece, quase sempre, comoum (l»l"!io|- dns mais fra-cos, ( i lutando contra o se-nhor do engenho, o iazendel-ro, o 'coronel" desalinado.fí cobra engolindo cobra —aeiescenta satisfeito, i^-lns 6também êle (Lampiáol quemdlstorda dos resultados darleieão fraudulenta e resolvetomar o poder ã força. O seuadversário político é Lucifero. o Inferno descrito pelopoeta popular não é outracoisa senão o próprio enge-nho com mercado, depósitodc algodão, vigia, vidraças,terraço da casa grande, casada ferragem e do armamen-to e ainda os "negros" e ca-pangas, ft a "Eleição do Dia-bo n a Posse de Lampião noInferno", escrita por Seve-rlno Gonçalras de Oliveira:"Um cabra de Antônio Sil-

tvlnoPor nome d* ZelaçfloMorto há 24 anosBaixou em uma sessãoContou um drama modernoDizendo qtiQ o InfernoEstava em Revolução.

Deu-se essa revoltaNo dia da eleiçãoSatanaz no trono deleFez uma reuniãoQuando Capataz falouO Juiz candidatouLucifer e Lampião."

Essa mesma paisagem *apresentaria nor José Pa-chneo em "A Chegada daLampião nc inferno":"O vísi» fo; ?• dissi/ Satana» no salãoPalbf, Vossi, SenhoriaA' chegoi LampiãoDlzenric qut quer entfarF eti vim lh« perguntarS< lhe dou Ingresso ou nfto."

Satanaz (como o senhorde engenhol evidentementínáo permito a entrada do lf-(ter bandoleiro. O vigia o ad-

i

Quando apareço um Doutor Jivago ou uma Lolitft,nfio faltam editores sôfregos por fazer dinheiro a custado escândalo publicitário ou da industria anticomunista.Não faltam, igualmente, erohistas mais ou menos lite-rários c colunistas n\ais ou moim.s políticos movidostambém por semelhantes motivos, MaR quando apaívceum Ywnnnee do alto teo!" no mesmo tempo literáiio cideológico, como é o caso de La Semaine Sainto, do Ara-pon, o giande escritor comunista, ni os editores se enco-lhom, e os cronistas e colunistas nem sequer tomam eo-hhwimetito da obra. Tudo isso, afinal, é muito compro-onsívcl, e sc o lembro aqui é apenas para r.eonUiár u fíít-nifiéação tio silêncio òbSevvndo, entre nós, no tocante aoúltimo iximanée de Afagon.

Li A Semana Santa há uns três meses, cm dias moro-sos de convalescença —• e foi unm leitura tambe-m moro-sa e inicialmente nada fácil, tal a extraordinária denri-dade da atmosfera em i|ue o romance se desenvolve eem que so movimenta a massa compacta dos seus l"'i'-Sõbítfròns. São per'.,) do (100 páginas de pvosu cerrada,om o,\ie a maneira do Arngon, rica, inventiva, nmlaeio-s«, atíngti os íp\i« melhores momentos do plasticidade o,força perauasíva. Sáo <>0() págiliftè ehehavoadaR do seivaromanesca, uma evocação cm grando estilo da sociedadefrani-es» durantx} a «Semana Santa» do 1815 — do domin-go de Ramos ao nAI>ado do Aleluia — durante a qual acorte de Luís XYlll fugiu do Tafis, eaòtieamonto, apa-vomita com a npiox-imnção dè Napolóao, que desombar-caia no jrolfo Juan, escapo da ilha do Klba. O romance.í>. preéisanuMito isso — a história dessa fugn^ da famíliareal a caminho da fronteira ao NoHo da França.

Nàn é nm voifinfieo históiMeo — e Arag-on o declaratextualmente om advertência iniciai, K' obra de puraimaginação romanesca — e que poderosa imagina-ção --

'mas imaginação que so nutro favtnmonto da

venlidarie de um momento dramático da história francesa.Houve o acontecimento histórico — h volta do Napo-leão o a fuga do Luís XYlll: á imaginação do roman-fiista recriou livremente os múltiplos, presumíveis e tre-mondo-; pomwnoVes do acontecimento. Muitos ftortiesverdadeiros de duques, marqueses, rondes, marechais,damas da nobreza, o de alguns osevitóres o artistas, etc.,aparecem em suas páginas encarnando personagens dodrama tais quais foram eles imaginados peto romaneis-tn _ nlas isto sem conferir earÁter histórico è obra.liá aí uma distinção a primeira vista especiosa, criandoum difícil problema dc transposição literária, que entre-tanto iVragon soube resolver com excepcional mestrin,«em o menor sacrifício dos direito» da imaginação o nome-mm tompo sem qualquer deformação da realidade.

Outra característica do A Semana Santa consiste emnue o romance, além do uma centena ou mais de perro-nagrtn-i d" pvoa, põe em movimento a própria populaçãoda* províncias francesas por onde seguem os fugitivos,

formam um imenso e desordenado cortejo do earrua-o tropas militares, rom todo um posado trem deque

acompanhamento, abalando seres e coisas por onde passa,eomo um terremoto de modo o de ódio.

*;- AStffOlIlDO Ptt-IRA

fibra di- vasUí propor-ções - não •-'''' P'''11 rlu''in-lidado dc páginas, comoprincipalmente prin coYn-plexiilndo da sun ostmlti-i-a o pi-la qualidade desSUftrealização artística — ASemana Santa nos sugo-.)v> numerosos pontos docomentário, o que tenta-í-rn-ios fazer em notas sub-scqiionte-.

k

REGISTROMuitos e muitos livros

apareceram durante osi'iiiati'0 meses de nossaausência destas colunas.Na impossibilidade domais detalhada notícia,deeada um, limitar-nô#-emosao simples registro bihlio-gráfico daqueles do quotomamos eot.hepra.ent».

Agripino Gfieco —Maíhado do A«?sis. Oitica. José Oiympio r.ditôva.

Afránio Coutinho — Tn*tradução à LiteraturaHrasilrira. Críti.-n o liis-tória. Livraria São José.

Afrânio Coutinho -—Eu-clides. Capislrano e Ara-ripe. Crítica. Serviço ileInformações do Mínislé-rio da Educa.ão o Cul*tura.

Olivio Montonogro —Retratos e Outros En-saios. Crítica — J°-,('Oiympio Edilôrt.

Mello Nóbrega — _ <>»Sonetos do Soneto. Histó-ria literária. Li\ faria Sii°Jiijé.

II

V BIENAL lll

VÀNGOGH-À Grande ÀiraçaoEVA FERNANDES

A grande atração da Bienaldeste ano é a exposição VimGogh enviada pela Holanda,constando de 15 diseahos e15 telas do mestre pós-lm-piessionlsta.

A pequena mostra foi esco-Ihida de manrlra documentartrajetória da expressão piás-tica do artista, desde a fasesombria de seus itjfclos, naHolanda, até a última fas?,das paisagens explosivas.

Dos pintores modenuw, artgura de Van Gogh 6 umndas mais conhecidas entre ogrande público. A sua obra.a sua vida têm sido obj :ode estudos eruditos e blogra-fias romanceadas, filmes do-cumentárlos e de ficção fo-ram projetados em milharesde salas de exibição nn mundointeiro, todavia, na maioriadas vêze*. o artista é apresen-tado sob um ângulo defor-mador; é apresentado comoum doente e a sua arte comoconseqüência direta de suamoléstia.

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O fMegrâo do Pctraoâ

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verte dn agitação que Lam-pião poderá fazer. Mas Ka-tana?, o tranqüiliza:"Leve três dúzias dc negrosEntre homem c muihcrVá na loja da ferragemTire as armas que quiser.15 bom escrever tambémPra virem os negros que t*mO cumpadr» Lucifer."

Al fechou-se o tempo até.esgotar a munição dos doislados em luta."Lampião pegou um "selxo"E rebolou n'um "cão"A pedrada arrebentouA vidraça do oltãoSaiu um fogo asuladoIncendiou-se o mercadoE o armazém de algodão

HtAiv» granai prtjnl^Nt lntern» nessi dia <Quetmou-H C dinheiro todflQut Satanai possuíaQueimou-se o livro dos pontosPerderam seiscentos contosSòmenU em mercadoria."

A eleição descrita por Se*verlno de Oliveira ô daque-Ias que se realizam na Zon&do Açúcar, níff efíeenhos. Otrabalhador vota, mas ó bs-

Na realidade, Van Gogh foi\tm grande amante da vida,do homem. Abraçara, em suajuventude, a profissão depastor para ficar Junto dascámnflas mate explorada* esofredora» de sue t-o*o, osmineiros. Como se« Wn<w »vida e à humanidade queriaajudar àquela gente espolia-da e pisada e, tanto com êkase identificou que a Igreja odespediu.

A escolha de obras apre-sentadas na V Bienal dãobem Idéia dessa fase — ho-mens e mulheres endurecidaspeia vida difícil, gente no tra-balhò, a0 tear, cavando ateria, fc uma pintura som-briá, de tons de terra escura,marrons e beges e, apesar daexpressão concisa, de mes-tria do artesão, da clareza dopensador que sabe dftr formaàs suas idéias, Van Gogh nãoteria, provavelmente, alcan-çado a fnma que goza, (ln-fi lizmente slcançada lòmente

nhor de engenho * qn» «em-pre sei vitorioso. Lampiãodiscordou do resultado fran-dulento do pleito e ai novo-mente fechou-se o tempo;"Zelação trouxe » noticiaDesta tenebrosa cena

, Dizendo: —Lá no Inferno' Ninguém termina a quinwmaA grande RevoluçãoTem matado tanto "C6o"Que quem ouvir contar faz

[pena."

Vitorioso, Lampião como-çou a administrar com a ex-pulsâo do.s capangas de Lu-clfer:"E lá dent.ro do InfernoPé;', uma separaçãoExpulsou Diabos que «nchem.Setenta mil caminhõesE mandou soltar no sulüe Cat.ende a CucníiDe Escada 4 Ribeirão."

Esta ver«ão parece verda-deira porque é. precisamente,na Zona tiul de Pernambucoonde o latiüindiãrio reacto-nário mata 7*ais camoonesesde fome; onde a exploraçãoé mnis acentuada e onde o»capangas e os vigias diis usl-nn,s e engenhos sáo mnisdoíiumanos.

0 Co»onol Manganqâ e aSeringueiro do Norte

«pós sua morte' sr nfio HvM-se encontrado «• côr.

Em 1886 o artista foi' morarem Paris, capital da arte sCentro dà grande reviravolta.que, em oposiçfco â* formasesgotadas de uma pintura quenada mais tinha em comumcom a vida, ia procurar suainspiração na natureza. Eraa grande época das lmpressi-onistas, aos quais, i mbornposterior, pertence Van Gogh.Pintavam a luz, paisagensbanhadas em luz e alegria.No domínio formal isto cor-respondia à volta para a côr,ao abandono dos tons vindos,dos quadros escuros onde. dorico colorido ria natureza,sobra apenas i» marrom, 0cinza, o esverdervlo.

O gênero de sua pintura ro-freu uma brusca modificação,parece ter mudado do espíri-to Todavia, mesmo im novafast-, embora no novoambi-*nte a sua pintura se dediquea outros temas, o fator hu-mano continua sendo ,a suapreocupação Sentimos emsuas paisacetu 0 trabalho hu-mano qmndo eomo no casodo muitos de-enhos, as pai-sãgehs não existem ape-insem função dn hohV m. Eraprofundo admirado» rio M'-elt qtie, nas sua.s préprlns pa-lavras "deu a sintcsi do carn-ponês" Durante toda a suavida pintava os homena trn-balhfthdõ, não como um sim-plot "motivo", mas para ex-prlmlr seus sentimentos maiialtos. "Na pintura queria ex-prlmlr algo de eonsolndor,como a música pode ser,Queria pintar homens e mu-lheres com um não-sel-qulde eterno, do que, antiga-ment", a auréo n era símbolo,e que agora procuramos pelaIrradiação, pela vibração decolorido".

Com * mostra especial deVan Oogh e Holanda fêz maisdt> qut comemorar o primeirodecíndlc de existência daBlinal de São Paulo. Ofete-cende ao público brasileiro aoportunidade de admirartoda uma coleção de obrasoriginais do grande mestre,temos, no conjunto da Bienal,um ponto de referência paraapreciar as obras e tendên-elas ali apresentadas e nestemomento em que muitos cri-ticos e artistas antes convlc-to« da validade da arte nãoobjetiva estão sentindo a ne-cesMdnde de um enriqueci-mênto da expressão plásti-ca, a presença de Van Gogh.a llçfio de seu humanismo li-•fttfo-ftos «ikceijonmlg, «

miei -*«»».» de Inestimável significaçãopara o pübllc-o e cs açüsés*

9 a 15 • 10 - 1959 NOVOS RUMOSPÁGINA 5

Conspiração Contrao Movimento mX£fff mf^Tt erário

A política atual do go*?*rno oo Sr. JuscelinoKubitschek v.m detcrmi-nando unia elevação semprecedentes nos preços dosgêneros de primeira neccs-.lidade. Basta dizer que ocusto de vida, somente nomês de agá.to, segundo arevista , Conjuntura Eco-nômica», subiu mais 5,23por cento; o custo de vida,no ano, mais 33,71 70; ocusto da alimentação, só*mente em agosto, mais8,06 7o,* o custo da alimentação, no ano, mais .41.34 «7..

Essa situação vem tor*nando insuportável a vidado povo, principalmenteda classe operária, e e oque explica o crescimentodas lutas dos trabalhado-res por aumento do.s saia-rios, e a luta de todo opovo contra a care-.tia davida.

Atualmente, mais de 1milhão de trabalhadoresestão empenhados na lutapelo reajustamento sala-rial. Cresce o movimentogrevista no pais, queabrange milhares de ope*rários. Lutas espontâneasdas massas, que muitasvezes degeneram em . que-bra-quebra», vêm sucedendo*se em todos os Estadosande também se verificampasseatas e comícios contra a carestia da vida.

A frente de todos essesmovimentos organizados,está a classe operária, queatravés de movimento sin*dical e de sua vanguardapolítica, vem exercendo.cada vez mais um papeldecisivo nos acontecimen-tos. Na luta contra os ai-pectot antinacionai. e anti-populares da atual politica executada pelo govêr*no do Sr. Juscelino Kubi*tschek, contra a explora-ção patronal e em defe-s_ das libwdades democrá

tica» e sindicai.*. novospa.sos são dados, pelo pro-letariado, no sentido defortalecimento de sua uni-dade e organização sindi-cal, bem como de estreita-mento dos vínculos do mo-vimento operário com ou-tros setores de povo, prin*cipalmente com os estu-dantes e camponeses.

Diante do a.censo daluta das massas, o govêr-no iniciou medidas de in-tervenção no setor do co-márcio e da distribuiçãode gêneros. Esse o conteú*do da Portaria da COFAPque permite ao governo aintervenção nos frigoríficossonegadores da carne, bemcomo o projeto de Lei en-viado pelo governo à Cámara e que visa substituira COFAP pela Superinten-dência da Produção e doAbastecimento, e dar maio-res possibilidades legais aogoverno para agir contrao poder econômico.. Essas medidas, como énatural, vêm contando comamplo apoio dos trabalha-dores e do povo.

Simultaneamente, ceden-do à pressão des reacio-nários entreguisters, en-quistados no aparelho doEstado, o governo tem.através de notas governa-mentais, de nolas da Chefia de Policia e de outrasmedidas de repressão po*licial, tentado amedrontarmais as massas. Ültimamcn-te urde-se, entre as forcasmais retrógradas da naçãoos fios de uma conspira-ção antidemocrática coitrao movimento oosráno. Continua a pender sóbre ostrabalhadores u por.ariado Chefe de Policia quetenta revigorar o famige-rado e já suDerado atesta-do de ideologia. O Minis-tério do Trabalho acabade bailar a Portaria 158,proibindo que pessoas es-

tranhas, trabalhadores o

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dirigentes sindicais, pos-sam participar de atos quese realizem em organiza-ções sindicais de outrasprofissões. Pretende, as-sim, dificultar ou mesmo,impedir a solidariedade ea unidade que, entre ostrabalhadores, as massaspopulares, os estudantes etôdas as forças patrióticasvêm se forjando na lutacontra os imperialistasnorte-americanos, por umdesenvolvimento indepen-dente da economia do pais,e pelo melhoramento da*condições de vida do povobrasileiro.

Peça importante dessaconspiração contra o--, di-reitos dos trabalhadeier. éo substitutivo Jefferson dcAguiar ao projeto que rc*gulamenta o direito cons*titucional de greve, com oqual se tenta anular aquê-le direito, rejeitar o pioieto de Lei aprovado pelostrabalhadores e substituiro nefasto decreto antigieve 9 OVO, por nã0 menosnociva L*i que, se aprova*da, constituirá uma novacamisa-de-lórça sóbre omovimento operário.

Em face do perigo repie-sentado pelo substitutivoJefíerson de Aguiar, o Sr.João Goulart, juntamentecom um grupo de assessô-res. entre os quais algunsdirigentes da CNTI, tesol*veu oferecer, através doSenador Attilio Vivacqua,e, a título de subsidio, umsubstitutivo a0 que apre-sentou o Senador Jefíersonde Aguiar.

Mas o substitutivo Attllio Vivaqua, se bem quemais democrático do que oapresentado por aquele Se-nador, apresenta gravesdefeito» e é restritivo aodireito constitucional degreve, nega esse direitoaos servidores públicos, li*mita a duração da greve

a 30 e a 60 dias, discrimi*

T'.''?*'»**,- '-W»

nmvWtmm -•'-• 'Wmm-l^l''''fl V'* 111•»>:__v-;l_r ^111¦__P____. __jr^ UI

Correspondência para Rua São José,50

DoméStlCO Aqueles que1/UniCSUVU prestam ser-

viços de natureza nào econômica àpessoa, no âmbito residencial destaou em atividades sem fins lucrativos,são considerados domésticos, e estão,assim, fora de proteção da legisla-ção do trabalho. E' o caso, por exem-pio, das empregadas cm casas fami-liares, dos motoristas de carros par-ticulares, dos trabalhadores em si-tios cuja produção se destine exclu-sivamente ao uso do proprietário esua família E' lamentável que seconserve no mais completo abando*no, — tanto trabalhista como previ-denciário. — os que se empregam emtais atividades. Mas a verdade é quesó com lei-; específicas, estendendo,pelo menos, alguns do.s dispositivosda legislação trabalhista à essasclasses de servidores, poderiam osmesmos sei retirados da situação demarginais em que são mantidos. AConsolidação das Leis do Trabalhojá abriu exceção para os emprega-dos em instituições de beneficênc.a,associações recreativas e aná!or;as,ampaiando-os apesar de nâo teremtais entidades fins lucrativo:,. Cum-pre, pois, ampl;ar alguns desses pre-ceitos aos servidores que continuarasem qualquer proteção das leis so-ciais.

Duração do trabalho— O limite máximo da jornada detrabalho é de oito horas diárias, ha*vendo atividades em que essa dura-ção é ainda inferior, tais como jor-nalistas (5 horas), bancário (6 ho*ras), cabineiros (6 horas), telegrafis-tas (6 horas). Entre duas jornadasde trabalho haverá um período mi-nimo de orze horas para descanso,^assegurado, ainda, a todo emprega-'do um recouso semanal de 24 horasconsecutivas, que deverá recair nosdomingos, salvo nos caso- expressa-mente previstos em lei. Nas emprô-sas que exijam serviços nesses diasdestinados ao descanso, o trabalhoserá efetuado medianle escala de rc-vesamento, com prévia autorizaçãodo Ministério do Trabalho. Em todotrabalho cuja duração exceda de seishoras, é obrigatória a concessão de,no mínimo, uma hora para rcoousoou alimentarão, não podendo, porém,esse intervalo ultrapassar de duashoras. Se o trabalho continuo fôr in-lerior a seis horas, mas superior a

quatro, o empregador é obrigado aíerioB qual

assegurar ac empregado um descan*so de quinze minutos, sempre que secompletar metade do horário de tra*balho. O empregado, normalmente,não está obrigado a piestar serviçosnas horas destinadas a repouso oualimentação. Ar, horas e^traardiná*nas trabalhadas, entendidas comotais aquelas que excederem de suajoinada de trabalho, são remunera-rias, pelo menos, com o acréscimo de_0°o sobre o valor da hora normal.Remuneração superior a essa pelotrabalho extra só é possível se setratar de serviço noturno (257o) ou seas partes tiverem feito acordo esti-pulando expressamente, para essefim. percentagem maior. Náo pode oempregado exigir que o empregadorlhe dê serviços extraordinários. Damesma forma, não pode o empregadoser obrigado a prestar serviço alémde seu horário normal, a não ser emcaso de ..necessidade imperiosa», pa-ra i.aicnder à realização ou conclu-são de serviços inadiáveis cuja ine*xecução possa acarretar prejuízo ma-nifesto». Já nesses casos, isto é,quando a prorrogação do expedienteé de aceitação obrigatória pelo em-pregado, a remuneração da hora se-rá, pelo meios, 25% superior à dahora normal, e o trabalho não pode-rá e-cceder de doze horas. Diz a lei,ainda, que sempre que ocorrer inter*rupeão do trabalho. resultante decausas acidentais, ou de forca maior,que determinem a impossibilidade desua realização, a duração do traba-lho poderá ser prorrogada pelo temponecessário até o máximo de duas ho-ras, durante o número de dias indis-pensáveis à recuperação do tempoperdido. Nos tempos de racionamen-to de energia, os Tribunais autoriza-vam as empresas, que tiveram de pa-ralisar ou reduzir suas atividades, ae-;igir, uma ve:; normalizado o fome-cimento de enemici elétrica, a prorro-gação do trabalho diário até o limi-te de duas horas por dia. para com-pensacão dn temno em que o s em*nreqaclos permaneceram inativos.Nulo é o acordo entre empregador eemprenado, se feito com inobservân-cia dns disposições legais relativas àduração do trabalho. Não tem vali*dade, — só nara dar um exemplo —o ajuste pelo qual o emprectado seobrigue a trabahar toda a jornadadc trabalho sempre que a duraçãodesta seja superior a quatro horascontínuas, sem qualquer intervalopara descanso.

JOVER TELLESnando, assim, os trabalha-dores que exercem «ativi-dades fundamentais». Ain*da há pouco, os operáriostêxteis do Santo André,para alcançarem a vitóriadiante da intransigênciapatrona!, n e c e s sitarammanter-se em greve pormais de 90 dias. O mesmoaconteceu, recentemente,com os portuários da cida-de de Santos. Esse do-cumento prevê, também quea greve cessará «por sen-tença judicial, na aprecia-ção do conflito». Quer di*zer: se os trabalhadores de

. uma categoria profissionalreivindicam 50 7o de eu-mento e se a justiça deci-de conceder somente 25 7-, <aqueles são obrigados aaceitar a decisão judicial• a cessar a greve, sobpena de ser esta considera-da ilegal e sofrerem, ostrabalhadores, as conseqüências que disso advêm.

Como se vê, o substitu*tivo Attilio Vivacqua é,também, uma espécie do9 070, com a única vanta-gem de que, com esse ca-ráter, só será aplicado após30 dias de greve em ai-guns casos, 60 dias nou-u.s. t em todos os casosapós decisão judicial. Na-da se diz, nesse documento, sobre o direito à grevede solidariedade; sobre aresponsabilidade das auto-ridades que violarem a Lei,etc. A.sim, a_ invés de re-gulamentar o direito cons-titucional de greve, o substitutivo que analisamosrestring» esse direito econstitui um retrocesso emrelação às conquisias queo movimento 'indicai jáobteve na prática, bemcomo em relação ao pro-jeto original, do DeputadoAurélio Viana, emendadoe aprovado pelos trabalha-dores em 1958 na Confe-rência Sindical Nacional,aprovado, também, por to-dos os Congressos, Conle-réncias e Assembléias Sin-dicais desde então rsali-;ados e. inclusive, aprova-do unanimemente pela Cá-mara dos Deputados.

Assim o projeto que orase pretende contrapor aosubstitutivo Jefferson dcAguiar significa uma capi-tulação diante da pressãodas forças reacionárias.Não por acaso, este Se-nador declarou que «¦ °trabalho original era seu-O outro é apenas uma có*pia», e exigiu que, assimsendo, se desse prioridadepara a aprovação de seuprojeto. É o mais lamen-tável é que, segundo ain-da o sr. Jefferson deAguiar, o sr. João Goulartconcordou em aprovar osubstitutivo daquele Sena-dor, ao qual apresentaráapenas três alterações: Aprimeira diz respeito à in-dicação das atividades queinteressam à segurança

((',niclui mi ?.* I',*.;*)

GARANHUNS

O Governo Proífcje OsLadrões Ila CAPFE SPENQUANTO OS ASSOCIADOS PASSAM PRIVAÇÕES, AS EMPRESAS (COM

APROVAÇÃO DO GOVERNO) SE APROPRIAM CRIMINOSAMENTE DE

CONTRIBUIÇÕES E PAGAMENTOS DOS TRABALHADORES

NILSON AZEVEDO

Knqtianto n Governo protege oslndiòe.s ria CAPFESP, milhares de apu.-sentados e pensionistas dessa nutai-qiiia continuam vivendo como mendi-gos, chegando aipins n apelar paia acaridade pública, juntando, paia poderviver, as esmolas cio povo ao*; miscrii-veis benefícios qu» recebem (Ia Caixa.

Na Capital da República ainda exis-tem aposentados recebendo "*'• cruzei-ros mensais. A CAPFESP (Caixa 'leAposentado)ia e Pensões dos Ferrovia-rios e Empregados no Serviços Públi*-cos) qnc possui cerca de 400 mil con-Lribuintes, não iea justou até hoje aiaposentadorias e pensões ao novo sala-rio mininio. conforme manda a Lei. Omais grave, porém, é que nâo ?e sabei|iinndr> o reajustamento será feito. ACAPFESP lem mais de 11 biliõcs decruzeiros para receber das entidadesgovernamentais e particulares, mas.porque não os recebe _ porque não (lis-pòe de 15.4 milhões de eru/.ciros men-sais paia reajustar us benefícios dosseu» segurados,

A siliiii.ào cia CAPFESP t de seu*segurados é tão séria (pie as entidadessindicais (em número de 131 cujos as-sociados são vinculados a ela. uniram-se e organizaram, liá mais de um ano,¦a Comissão [ntersindir.nl de Defesa «IosSegurados da CAPFESP, Kssn Comis-sáo. presidida pelo comandante ErnestoFonseca vem desenvolvendo intensaatividade junto íl.s autoridades, visandoh garantia dos interesses dos trabalha-dores e de suas famílias, e a moraliza-(,'ilo ila sua instituição de Previdência,

Assembléias e manifestações públi-.•a**, vêm sendo realizadas cm todo opai.-, im campanha pela recuperaçãodn CAPFESP. Graças a essa imensamovimentação d. massas rlgumas vi-tória.. já foram conquistadas, dentierins u aumento du veiba do Fundo Oni-rn da Previdência Social de 3S pnra 1""milhões dc cruzeiros, n melhoria do s* r-viço de assistência nn*"lica c hospitalarno Distrito Federal, o acordo paia pa-gamento das dividas de algumas *''!i-piêsas dp aviação, e os S0 milhões decinzeiro, que serão pagos pelo TesouroFederal íissos fatos foi ani citado.-* pc-Io comandante Fonseca, na grande ma-nifestação que se realizou na semanapa-sada no auditório do Ministério doTrabalho. Ncs?a mesma oportunidadeo ministro Fernando Núbregn, fnl-inrionms aposentados e aos diligentes s-mli-ruis. prometeu-lhes assegurar mais iuiuiverba de 20 milhões de (luzeiros, a fimde ,e, efetuai o o reajustamento d"-0benefícios

A verdade, entielanto, é que nsmedidas nle agoiu tomarias pela.- auto-ridades ainda não permitem o rea.lit--tiiinento dns aposentadorias e pensões.Caia tanto, segundo no., informou ocomandante Ernesto Fonseca, aCAPFESP necessitaria de ter a suareceita acrescida de lõ-t milhões ¦ *¦ cm-zeiros, e os recursos que lhe foiam con-cedidos não chegam u isso. Pa velhado Fundo 'l'11, milhões dc cruzeiros»apenas cerca de 30 milhões poderãosp,. destinados ao reajustamento daspensões, Este. com mais os SO milhõesilo Tesouro Xacional e ns 20 milhõespi elido,, pelo Ministro, dariam umtotal dp K50 milhões, o que ainda c in-suficiente. Além do mnis. como a au-Uiiização paia pagamento dos 80 mi-lhões não é muito clara, alguns diri-gentes sindicais lém dúvida se c-síiquantia será pngn mensalmente, como

parte d,* total de mais de 800 milhõesdc cruzeiros que a CAPFESP tem paiareceber do Tesouro Nacional, ou se éapenas um pagamento, sem compro-iiii.so do recolhimento de idêntica*, co-tas mensais, até a cobertura total dadivida. Contudo, os recursos atuais nãoili»gam para reajustar os beneficio.**, eninito menos para fazer face ao papa-mento dos atrasados desde janeiro cor-rente,

ONDE ESTÁ O DINHEIRO

Como já assinalamos, a. CAPFESPlem mais de 11 bilhões de cinzeiros pa-ra receber. As empresas de aviação co-mercia] devem mais de um blliào dei luzeiros â referida autarquia. A Cru-zeiio do Sul, por exemplo, no pei iodotio novembro de 3948 a novembro deI9..7. acumulou uma dívida de. cerca de100 milhões de cruzeiro... Destes, Cr$ .8,80Ü. 000,00 são referentes a emprés-limos simples, Cr$ ltí.l«6.7(iT,80 rete-rentes a empiéstimos imobiliátios; *CrS :}._:*7.1õ8.00 referentes a emprés-timos de fiança. Os trabalhadores fi-zeram esses empréstimos à CAPFESP,. ns pagaram em parcelas mensais, emdescontos na folha de pagamento. ACruzeiro do Sul.- que cia apenas inter-mediaria, ficou com o dinheiro, empie-jími em sons negócios, *. deixou a CAP-FESP a. ver navios. Aliás, a quantia dedinheiro de empréstimos, que as com-panhlas de aviação receberam dos seu-*empregados e não entregaram à- CAP-FESP, vai a mais de 90 mifhões de cru-•/•-lios. As demais empresas, inclusiveas da P-ède Ferroviária, agem de ma-neirn idêntica, isto é: não pagam assuas pióprias cotas, e ainda se apto-pi iam do dinheiro descontado dos tra-balhadores que é destinado aos cofresda CAPFESP. E' um verdadeh-o casoiie policia.

Mas o Governo, para evitai* que asempresas faltosas fossem processadaspor crime de apropriação indébita, con-cedeu-lhes prazos sòbr. prazo, pnraque as mesmas saldassem as suas di-vida*; A atitude criminosa do Govêr-nn levou a CAPFESP às poUas da fa-leneia, e poderá de.tei minar a eclosão•le uma greve nacional, se dentro df)miito prazo não foicm tegulnrizadas aslunçõ"; as.-istenciais (.a entidade.

Üs dirigentes* sindicais, que há maisrie um ano vêm procurando soluciona:-n problema através de entendimenlorom as autoridades, e..tão chegando aconclusão de que conversa não é su-lu ienie. A campanha de esclarecimen-tos que vern sendo desenvolvida pe'*romisíão Intersindical, através da rea-lização de assembléias e de atos públi•co? em todo o pais. tem como objetivopreparar os trabalhadores paia a even-lualidade de uma greve nacional de pio-testo. Xa. Comissão Intersindical estãoicpiesentadas 13 entidades, entre asquais a Federação Nacional dos Ferro-viários, Federação Nacional dos Radio-lolcgmfistas, Federação Nacional dosTrabalhadores em Canis Urbano-, Fe-dei ação Xacional dos Empregados emEmpresas Urbanas, e os Sindicatos Na-cionais dos Aeronatitas e dos Acroviá?nos, Estas entidades e seus filiados seencontram empenhados na recuperaçãoda CAPFESP e uão escondem a suadisposição de promover s. paralisaçãorie suas atividades ern todo o territórionacional, como sinal de protesto conlrao descaso do Governo P*el°s direitos do.itrabalhadores.

Trabalhadores PreparamSemana De ReivindicaçõesCÍARANHUNS Í'K 'Do

Correspondente! A, en-(idades sindicais de-'*.i cida-de eslão desenvolvendo in*tensa at-lvidud visando ,irealização du sua "Semanade Reivindicações", cuia ti-nalidade principal e exigir upagamento do salário mini-mo de 3.200 cruzeiros, em vi-gor d sde janeiro, mas cpieaté agora náo tom sido pago,

A "Semana" terá inicio nasegunda quinzena rie outubroou na primeira de novembro,i« ,m torno dela já s movi-mentam iun;.«. d,, cinco mltraba'luidore.- ria cidadeatravés tla> assembléias pre-parntórias «ue vém scudnrealizadas rm suas rnlidad-ssindicais

o movimento é lideradopeles Smdiciuos do.s Traba-lhadores em Fibras Vc .ela ¦-",Construção Civil, Sapateiros,Padeiros. Bancários p Empregados no Comércio, vconta com a solidariedade dn-entidades sindicais do Reci-le e dos municípios vizinhos.

LUTA CONTRA FOMEA "Semana dc Reivindica-

cões" :-e apresenta como uniI movimenlo dc protesto contra

a Tunie que assola os lares' dos trabalhadores, sujeitos, a

Os patrões não pagam o salário mi-nimo e se recusam assinar as car-

feiras profissionaisuma exploração desuni.ma. nados de dos mil cruzeiro*Kmijora o salai o mínimo ''<*- mensais O.-, q v níio têm p:o-gíorial Urilin sido fixado em lissão recebem muno menus,;• -joo cruzeiro.-, há uni:*".* A viria nos trabalhado) .-,trabalhadores especInlu.uU.* que lá era niurcaaa poientre os tuials pedreiros, pa- inandes ditictfdadcs, tornou-deiros, ele, reccb nrio orete- c anula mais difícil, unia

I Congrasso dos Trabalhadoresdo Maranhão

l.-i.i programado para reali/ar m* dc Ul a I"' -h" ""-leiiiltru próximo " I ( ""•_i e. su dn- 'I rahalliador.sdn Maranhão, l( i'1" '' *'onmk*.nin por •Ic/.riiii.N dc enlidades sindicais inaranlicn-ses, e eslii destinado a (le*seinpenhar importante pa*pei na atividade organizaii'\a e reiviiulieatória di»-* tra-balhadores daquele Kstado.

O Congresso obedeceráao seiíuinte leniário: Salário. ('n-iii dc Vida a que-*lãu salarial. problema*- .doabastecimento e controle riospreços: Orgailizaçào Sindi-eal — liberdade sindica.

forlalcciiiieiiln da unidade-indicai*. Legislação Traba-Ihisla reforma da Ciiiimilidarão das I.oi*- du Iraba-llm, direilii 'l<* ítreve, .lu-lu.ado I ra bal lio; Previdência °\--i-icncia Lei Organi*

ca da Previdência Social,situação dos lnstilutos eCaixas do Kstado. o SAPSc o SANDl" no Maranhão,construção da rasa própria;Siluacão Econômica do Ma-ranlião - amparo e assis-leneia á lavoura e à pecuá-iia, reforma agrária, defesa«In babaçu e de mil ras 1'iqlie-/.as nativas,

vez qup tudo foi aiinientaciodepois da decretação do novomínimo, _ os seus salárioscontinuam o-* mesmos ne ao-¦es oe janeiro.

A sllnacáo do* trabalha-dores Oe Garanliuns se tom*ainda mais difícil em virtudeoa sistemãüca negativa oonpatrões em recontiecer osdispositivos das Leis Traba-lliistas. As carteiras prof!.*.-.-:onais náo sã_ s^slnadü?.üs descontos para os Insti-tuio.l uüo sãr. feitos. Nestasi Irctiiistãricias. os operárioslicam completamente dr-satnparados. Há patrões qu*»*chegam ao absurdo dP iog?i':.a rua ledos o«* se is ¦ inp'***-uados que reclama»! a tissi-

: ati ia nn Carteira 1'rofis-sioral

Para reclamar das aidori-ri,,iie,s municipais, ¦ .«i.ui-ia*,^ »

federais medidas enércicasdestinadas a assegurar <»cumprimento das I.eis Ti's-balhistas em Garanhuns, epara exicir dos '.latrflis n pa-gamento do salário mínimorlc 3'200 cni7eiroi, . qilo estrabalhadore,* se preparamnara as grandes wanifesla*»cões oue srrão t-eali?adas diwjante a sua 'Semana dp R«_. kvindicaçôes",

.rM-6+NA 6 NOVOS RUMOS 9 j 15 - 10 - 1959 -

Medida D*** Salva<;Ao

BORRACHA NACIONALI 1* P^^^^^li mJ I ' / -^^-^feI If il.f I W |-^L f / / ' I í V

INDUSTRIA NACIONALTodo um ramo da in-

drtstria nacional — ceu-tenas de fabricai» • nii*lha res de operário**está atravessando gra-víssLma crise, em conseqüència da ofensiva con-jjugada de elementos en-Jreguistas do governo edos trustes estrangeiro»da borracha. Se medidasadequadas não forem ime-diatãmente tomadas pe-lo governo, é certo que oexército de desemprega-dos será engrossado pormilhares de trabalhado-res e o capital imperia-lista fincará ainda maissuas garras num impor-tante setor da economianacional.

O.S DOIS SKTORKS¦ A indústria da b'ira-

cha no Brasil acha-se di-virlida em dois setoresnitidamente delimitados.De um lado estão cincugrandes fábricas depneurháticos e câmarasde ar, das quais trêsamericanas, uma iuglè-sa e unia ílalo-nint rica-na, (pie absorvem 8ó porcento da borracha anual-mente consumida pelaindústria de transforma-ção no pais; do outro.cerca de 29U empresas,médias e pequenas queconstituem a chamadaindústria leve, cujo con-sumo de Ixirracha nãovai além de lõ por cmrto do consumo anual.

Ivstas perceiitageii.1».]>('!• si sós, evidenciamo caráter monopolista daindústria da borrachano Brasil e a situarão ciecompleta desvantagemda indústria leve — na-cional — em face da in-dus;ria pesada. Destaúltima, voltaremos aocupar-nos em outra rc-portagem. V ej a ni n s.aqui, mais de perto, a si-ttiação da indústria leve.INDrSTKIA ('O.MIMí-

TITIN AO.s entreguishis costu-

.niitm alegar contra a in-dúslria nacional seu ca-ráicr supostamente mar-

Ofensiva Conjugada Dos Trustes e Dos Entreguis-tas do Governo Criou Grave Crise em ImportanteSetor da Economia do País — De um Lado, CincoTrustes Estrangeiros; do Outro, Mais de 290 Pe-quenas e Médias Empresas Nacionais — A Extin-çâo do Monopólio Das lm portações — Unida a In-

J''-*«rl~ Ceve em Defesa Dos Seus Direitos

ginal. Km outras pala-vias: afirmam que nu-merosas empresas nacio-uais nào produzem emcondições econômicas,nào podem concorrercom indústrias congène-res estrangeiras e porisso só se mantém arli-ficialmenle, graças ássubvenções governameiitais. Kntretanlo. uo quesc refere às empresasnacionais dc artefatos dcborracha, lal argumentoé falso. Sabe-se, comefeito, que as empresasestrangeiras de ptieiimá-ticos lambem possuemlinha.-, de fabricação deartefatos. Dadas as pro-porções dus .-eus' invés-linieulos, -ei ia de espe-rar que pudessem vel.-dei' seus produtos a me-notes preços qlle as \)f-quenas e médias iudús."Irias nacionais. Tal, po-róm, nào sucede: ai iixusconio correias para venlilador de automóveis,solados e saltos de boi-racha, adesivos, colas.cabos elétrico.'», materialpara recatichtilagem emuitos outros produ-/.idos pelas pequena-e grandes e in p résas— não raio <;'to sou-didos mais barato pelasprimeiras.

Assim, mesmo do pou-to-de-vista apenas decusto de produção e dopreço de \ endas, é de lndo interesse para o paismanter c fotiienlar essaspequenas fábricas.

Km pouco mais de de*/anos, o setor nacional daindúslria da borrachai resccti o prosperou, pos-stiindo hoje um capilalregistrado de mais deum bilhão dc ei uzeiros e

realizando um movimen-to anual de vários biIhões. Ue mais de vintemil operários ocupadosn.n indústria da borra-cha, uns I- mil — maisde metade — trabalhamnas fábricas media.-» cpequenas,

1'or esses números potle-se ver a gravidade dasituação que se criaria.caso os trustes conseguissem seu intento delivrar-se da indústrianacional.

NAKCIMKNTO DKl'MA INDlSTKIAQuando lermiiiou .1

Segunda (Itierra Mundiale cessaram as exporiações da borracha ama-7.oiii<a paia os Kslado-

AmIS-MõlíMt;19171918IH'1.1l.lôu

1'or esse i|iiaiiro \ en-licirse que etupianlo aprodução permanecia •¦»

(acionária oti decrescia,processo inverso davase com o consumi). Já emIttõll, « produção era ul-trapassada e o residia-do foi que em lílõl stir-gili a necessidade da im-portação de borrachapara complementar aprodução nacional. Km

1 .'•">-. com a lei 1.1 SI, erao Banco de frédilo daBorracha transformadoem Banco de < 'rédito daAmazônia S.A., ao qualfoi conferido o nionopó-lio das operações finaisde compra e venda daborracha, no Brasil, in-

I indo.-, o Banco de <~'rédilo da Borracha, enli-dade criada para incre-inenlar a produção, viu-<c de posse de elevadosestoques do produto. Buressa época, as fábricasein fiiiu ionaiiiento imBrasil liiihaiii um con-suíno muito inferior àprodução ah ançada naAma '.unia, Kiifreiitandon pi ulileiiia, o Banco daBorracha foiiienloti porIodos os nieins o Mil j,:i-inenlo de fábricas nacio-nals de ai lclalos de boi -radia, ao mesmo tempoi i.u '.io- adulava uma polltica de conlencão daprodução. Km re I'1 lõ elílõO, ii qiliiilrn (pie »caprcsciila e o segtiiirc:

Bioduçãu i ( on»!ii,io Ioll •"-:•! 7,7||

•"iu.uT:! IM.liSKMü..i:;i i:,. -_'s:i'.*...",i!i; iti.õiií-li.TTn 'lu.'-Si'_'.".. i:l'J •.':•', !i,v i

rlilsiVe u nioliupoliu da»inipurlacões,DKSKNVOIA |«] SK A

INDfSTKIAA politica seguida pc-

!o sucessor Io P.anro daBorracha continuou amesma: de estimulo àindustrialização do piodiilu, r.sluipies erammanl idos pelo banco nosmaiores i enli os cuiisti-midúivs do pais, dispeu--ando os iudiislriais daihiubili/.ação il,. capitaisna maniilençáu do» eslo-quês, Ao mesmo tempo,ilado o fato da produçãonacional ser inferior auconsumo, furam fixadascolas de borra •ha para:; indúslria,

I Iperaudo cot nu inter-

mediário único na c rnuvialização da borra-

dia, o banco obtinliagrande lucros, siibstati-¦inl parte dos quais |ia--

Mil! a destinar ao fomen-u da heveactillura nuAma/.onia.

Todavia, pur unia íerie de fatores, o alliueu-tu da" produção da boi-ractta brasileira nãoacompanhou o increineu-io iiuh.istriitl: ao contrariu, d i s l a n c inram-.semais e mais. I' com aentrada em cena da in-dústria aiiloinobilíslica,a siluaçàu agravou-sesobremaneira, Para esteano de lüõ.l, |(or exem-pio e previslo um cot.-.mm» talai de mais deti11 mil toneladas, dasqliais apenas limas '-'-

mil produzidas no Brasil,COTAS 1'AKA A

INDrSTHIAA medida qtie a pro-

dtiçàu nacional e o cui -stiniii se distanciavam,foi-se agravando o pro-blema das cotas para aindúslria, fixadas .it-acoido com uma penemlagem sobre o cousuniude cada empresa. Assim,se a produção nacionalatingisse apenas ti" porcento do consumo, tam-bom e-sn -cria a pereeirtagein de borracha nu-cional designada paracumpur a cola total decada indúslria. Us -Io poroeiilo restantes seriamcompletados pelo produ-io importado, fulimamente a perceiitagein deborracha nacional fuiconsideraselnieiile redu-/.ida: passmi de -Pi', pa-ra 20,'1', . 1'ara i-loCoiiiribiii em mande me-dida a entrada tio paisde otitru poderoso trus-te americano de borracha, a * < iiiodricli , comlinha de produção pneu-lliálicos, câmaras dear .• arlefaios, em geral.

OS DOIS COI.BKSTal siluitção foi agra

sada ao extremo cumduas medidas aduladas àepoea em que o entre-

Lucag Lopes pequenas e mediai tni-ocupava o Ministério da presa-, que consomem os

lõ p,,r cento restantes,teriam t|tie importar di-ri tam níé a borracha es-

Fazenda. A primeiradessas medidas cuitsís-liu em rei irar a borra"cha da relação de pro-diltos com direito aocambio de ctislo (câmbiopelo qual são compradosprodutos de alta esscircíalidacle, como o i rigo, opetróleo, ele), Km con-seqüência, o Baiu-o daAmazônia viu-se em fa-co de uni sério proble-ma: onde obter cruzei-ros para pagamento deágios elevadíssimos paraa compra de borracha noexterior, ftste problemapersiste sem solução,

irai,.".'ira de i|iiu neces-suassem. .. Ksia "icdi-da, de que voltaremos anus ocupar, representaum golpe de larga e |»'o-funda repercussão con-11;. a economia nacionale é n .poiisáve! diretapela.- atuai.- dificuldades.1'ode-sc, mesmo, afirmarque, sem o restabeleci-iiuiiio \\u monopólio, naohá solução para o pro-blcma.FALTA DK RKCLKSOS

Aparentemente, tantocom ot< piores reflexos os Irusles colllo as ni"

dústriits nacionais estãoigualmente situados emrelação a possibilidadede importação. .Dc falo,i ilo não sucede: enquan-

solire a economia nacio-nal.

A segunda medida, daqual a primeira não foisenão a preparação, con-sisliu na supressão do to os primeiros dispõemmonopólio para a imporlaçáo, (pie foi liberada.

de vultosos recursos e detoda unia série de facili-

legalmente, através do dades para importar odecreto 44 .728, de olltu- produto, os industriaisbro de 1 í-."»S. foi revoga- brasileiros, salvo, talvez,do uni dispositivo essen- duas dezenas, não estãociai da lei 1 .184, soladapelo < 'otigrersu e saneio-nada pelo enlão presi-dente Ketúlio Vargas.

A abolição do inoiiu"poliu, em duas palavras,significava o seguinte:lauto os cinco grandes

cm condições de faze-lo.1'nia indústria de São1'auio, para comprovar adificuldade que através-sa. facilitou-nos o se-guinle quadro, pelo qualse pode ver a imobiliza-ção de capital exigida

irusles. que consomem p^ra dotar a empresa da8,)' i da borracha indus- niateria-prinin necessá-triahzada lio pais, como ria para seu Juncioiia-as ilu/.eutas e noventa inenlo:

Cr? 1 ,õ(55.0()<>.1)0

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livre) Dólar e despesas de fechamen-

lo de câmbio ( i S 281 . I8!M0Alfândega e frete para SãoBaniu Cr$ 1 I l.t.iMi.nl)

TOTAI t rs 2.o.")."..Õ8IÍ.ÍHI

¦\ssim, para comprar viiidicando do governoltí mil dólares de Ixirra- que atenda ai cotas es-

i lia estrangeira tapro.xi- labeleeidas para elesinadanienle lõ tonela- com a borracha produzi-das), esse industrial le"Se que despender maisde dois milhões de cruZeiros, dos (piais cenade I milhão e lilin milficaram imobilizados du-

da no pais. Quanto a in-dústria pesada, estran-geira, receberá a parleda produção nacional ex-eedelite das necessida-des da pequena indús-

raule selenia dias, isto iria. complementandoe, desde o pagamento dus seu consumo com a bor-ágios, «''., até ,, recebi-iiieiitu do pruiliilii em

racha importada.De imediato, esla se-

sita einpresa. I'miras »au rá uma solução. 1'or elaa* indúslrias etn condi-ções de arcai enni lai.»despesas. (I resultado cque a grande maioria oufunciona intiitu aliaixode sua capacidade, ou r-e-•olse cerrar as portas

a espera de melhore.»dias.

r.si,», i n •¦': uacái. einS 1'ai.in, i ,. Dislrilo \-'<-deral e no Itio t Irande doSul,

i5()KKM'lt\ NACIONAI BABA A INI.rS-

TBIA I.KVM1'ara ,i'ver frente, ih

Imedialc, ¦' presenteconiunlura, os indus-

Iria1» "»• ioiiai ¦ uslãu n !

já »e manifestaram ofi-ciidmenle |K situlicatosth- industriais do Rio eS Baniu e a Associaçãodas Indúslrias de Boi-racha de S Paulo, sen-it. cerlo (pie os fabri-cmili s gaúchos comun-gani du iiie-iiin potilii-de-s i-la.

Fsta medula de bom-senso tirará das dificul-dades atilais a indús-iria nacional. Kntre o.»industriai.*», a expectati"sa é de que f) govéiT.i:. 'lotara a medida, comoprimeiro passo parauma solução de fundo doproblema,

*.************«*****«**»»?*»****»***********»###**##***»******»****•»#

K' cerio i|ii'« os iriii),, ü.oioi, » não precisa niespcnir a publicação de dados estatístico*,para saber (pie e^tão sendo \iihniis de uni no.\o -uno Ue ea réstia, que o- -mi» Jilillfjuadnssalários

perdem subsiãncia O ipie oeon-n éexatamente o com rário. (i- »cn icos de estu.Iisticas existentes do Covóino ou de pailii ula-res, porque refletem os it.i.--¦.- —.«- — tia» cia» c-1'asoiei ul.i- pela inilação <• u,'io se deixam li»-calizar poi ie| enlatiie» da ¦ l:i--.»e Iraballni-doi.i. lendeni •cniliii" .( i i '1,'nii'

da tless. lm i/, c:uim medida ((lll'

K creilosi- »,i ..- ,lcll«-','illl

nlus de icote-lodos Iraballlailoii.. II ,-. l.>i ii.i iinuo'..-i\ ei e--condé-los

i:.-le é o , ,im, .-.,, |.,,|i i, oi,,; n ,. ».].. unci» mais ullli -.nl i» |.e|ii. r ..ii- .ii l In' ei nu.

laboiiola» o iii.d.i.+ h'.: llla I nieii le piililicnia-I lidade, o 11 ¦ \ i.»'. i i 11 u i 11* liol 1- ii lm-- chi' lll ei es»-.

ililh S'.i:.',c-. eil",,,' dessa -fiKi onomica Kc-isliat o.» d.»

dos rmi . . ido» poi ,-i, K-.iimI.ic iii ,|ii.,. ili elesindiiaiil nu. aiuav .uneni, il.i.-iiianlc d.i» ¦midlçõcs Ui .nui l.i impujti o, '.--, -i [ u i s a \e kcouslaliii .o oi ci.il o . ie ,•¦" ¦ ••• IA -«-: iUeiillHII; ,ii|(i n I": o

Ul.i-M ll- »f". il; .,, • l 'llll

Itllll IU .1

l*>l ,» «" ' . 'if i' ';¦'("!: 11 .ít'---.*- | |^i).o.c ll;.,- .- lado» ela IP o» /i.

més de aiíúMo i> e\i>ln íi is^ ,,mi >\\n uo»primeiros Dito neses lo •;-.«. »• 11.«• ii",no custo .Ia tlinieniaeão ¦ l> :ua.i '•¦• „.»preços do onjunin I. >en» - ¦••" •¦ '.• 'oisumo forçado para a uopuliiçao ]*¦¦ •or:*».«

ponde a médias nu usais superiore.*», respeclivãmente, a " c '

* Kcoiiõmica+ Incluindo

-endo inaniidn esia mediu

B.kJL. 9*. WêiSm*Í%-*<imlB ÜLüJL ' ,P %mm%m *.****< •*•• «***«.*»»**** ?*******«***** + ?**** + + *»»

O SALÁRIO MÍNIMOE O CUSTO DE VIDA

M-ilü '! ¦ '-.M.,. II. .'•• :'<r,t,.Inl, ,,,• líTifi\,n ilo Ifif.í.'sn, Jr ::«'"VI,ii, ii. :".',;

*- *s .' ci l'"ii,'"> .»,r.!á'-lfi Iml. ili *iniiili,'!'' M" 1'iiilu niiiilmi. snliulu *)i'iii'in •'" «lon real m, leal *

.¦ hi !i«i J '100 | liifi *'.' ."'»• I tu ! -'-,'.¦'

| r.s *.-' Ti 11(1 2 5.1-t llll *' 'TiKI .ili I

,"it* rs ?¦j :«i(i | ii«:i

*

mentos de salário sem- *

,-iié Irvi-nioro. Iiu.inle Indu o iiuo o 'C-.lo ¦'-.alimentação leri •"iicaiecidii Je mai.- «li ••<e o .'haciado cu-lo millini" Vi 1!-.i ¦ nua caleil.,|e õll' , ( ) rpie ;'- ll mínimo | :c pod,"* ¦¦ pei aipoi» cííih.» «(•melhanies á são indicadas pai

n ilo/e inc-e- deco: i idos ellll'1 iiu^isli |.' '»

e .ifoS-lo dc .Ml. e o slirto inflaclunái io »e ai ei'u« .ni da m.ti.- lesle fim de ano.

K-ia» ilia.» ¦nricspondem io l)i.-»li|ic !¦'•jei.il mus é sabidii que • carestia nos iíoui.u-ciiiii..» urbanos li Pais «.-enipre iicompai !i., le

pein íi Capilal da llepúlilicu Kis o Irisie tj11.i• lu ri- sr ¦oti.»!íol com ela»'

Alimentação I"'..

Janeiro a^ô-n li ¦•'•¦ >•*. i'\cm:.su *;'!'• VIMedi,', nellsa! ).l.'-« I -'!'ic\ isfic pari» -i» 12 iiip

-c« P !!).7 lil.ü' "'. I; .t Hjiòsti cl» lüõs a

«Eosio dr lHãíi I ¦^¦¦''' ' II.'1'

ii coiitronii Ofi! i-ií.-iw :.« «...ui.'iiniiii * hrt'u...iiiu.1» relalIVdi. í. ('«pila, ;;-,u!I.Ma «llij fi prov» fftcil df |u< r. p.inoiaiii» d» carestia

: ,ii ,'Oii.sllllli "xcei/ãu 1o Dislrilo KetleiHl. K"Ias podem -ei ibsersadai sol. un. oui ro «»

peciu: o ta relaçài pulr*: u -alaiio ininimo e ci-iislo ili- x i<1.i S'ei se h enlão, irconlipcirio ifl-

ialnienle pu a» alias do síiláiio uiininio con•

ui uam Heòmpiiiiliiiiido niiiilo mui o cusio ile

sida, pois o salário real dos Imbiilhudoie.-

"--i,i »eui|iie decrescendi'. Kis o ijui- re.sidla, poi

exerujdo, se coiisiilerunno.'- como base ildtli o

podei dc coinpni dn cruzeiro em lHü-l, «• « par-

lir dé!e construirmos o salário ícal dos traba-

lhadores paulista», secundo (is dados d» •Con-

iuuluia Econòmicii :

Como it • «"¦ '¦

prt '.¦liegatn :illasado- "ii iclai.ãu ao custo de J¦ula. e logo sao desolados e uiliapa-sados por >?•'•.»'r U •*iuT,.'iii() di- laneiro ilêsle ano apenas íve. on-tiluiu o salário de li-lõ-l, mas |á no més *de mau; esta1..1 siipi radn Plsle dado de maio 5

('• o liliiiuo icuisliadi pc! i levisla, piiin a cida- •?de dc São Paulo Slas se consideramos conio *s ilida para São 1'auln una média mensal de i*l'i c.e Hiuncnlo - ,ii::.|a infetinr à nbseivnrin *nn Rio— para os «piaiio meses decorridos desde 4enlão, ale ^eteinbio, seremos uue o salário mi- *

s alor de ianei.ro, »dc ."11 i- inferior *

CrS 1 suo. ¦' a |)ci(la l.« iihsiàiieiii do aluai sa 1

llitr.n i.i peiileu 'o , do

salário real. am ;. I. ¦•;".. 1

Ia: io inu in,'.superior a

"iic o d., ali ::.<i lm pio, sei á *+

1'ara lecompui o podei de compra dos JCrS d.Dou ciiiifeiidos cm janeiru, |á no lim de *setembro era necessáiio uni salário mínimo não ?infeiioi a CrS S.iãuU. Isto é o que esiá impli- *cito nas cifra» oficiosas da Coniunlura Kconfl- ínuca l').« trabalhadores já sabem disso, hj >muito tempo. *

***

RENATO ARENA

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9 a 15 - >6 - 1999 NOVOS RUMOS FAGINA 7.-

As Eleições MunicipaisNo Rio Grande Do Sul

RADIOT TV

OTTO ALCIDES OHLWEILER

No próximo (ha 8 de no-venibro, reallzar-se-ào, emtodo.- os municípios do RioGrande do Sul, eleições paraa escolha de novos prefeitost vereadores. A campanhaeleito:nl cm curso represei!-ta, indubitavelmente, uni iin-poitanie acontecimento navida política do Estado. Oeleitorado será convocado pu-ra escolher seus representa»-les as funções públicas ele-Uva.s de mais dueto conluiocom o povo. O.* diversos par-tidos e agrupamentos poliu-cos desenvolvem Intensa hu-vielado para manter ou asse-nhorear-sc de posições no*municípios, certos rie que taisposições .*ào de grande im-portância eomo pontos deapoio para a obJetiVHÇfio tlüsiis.s pretensões hegemônicasna esfera estadual, Uni ou-tro n.spcclo altamente mkiiíIi-cativo da campanha eleitorale que ela se realiza concoinl-tantemente com o processo riopolarização elas forças polfli-i-a.s estaduais com relaçãoao pleito presidencial de1960,

O quadro pulIUco estadualdentro rio qua1 .*e vão ferir a.ieleiçóe.s iniiiiieipnls o ba.*lnntecomplexo. Hn, entretanto, de-terminadas características v.<-:»!.* que precisam ser devi-damente consieivradn.*-, Naseleições de outubro de 1 «»fSKascendeu a governança iluEstado o sr. Leonel Brizolii

candidato do P'l B. que con-tou com o apoio do PSP, doPRP o do.- comuiiistKs. Eniconsequên :la riu derrola mi-frida, a Frente Democráticaaliança de partidos integradapelo PSD, PL e UDN, eillrutlem desagregação

O reagrupamentii it.i* lor-ça- políticas no K lado ven,sendo também iniliieiiciaducom a aproximação da ciuupanhn ria siice*são presiden-ciai. Uma ala chi P'I B, a nlaFerrari-Loureiru, ,-e desloci.caria vez mal*, pura posiçõesreacionárias tudo Indicandoque terminará apoiando, noplano nacional, u eandidati,ua* fu ças entiegui.*la>, JânioQuadros a Presidência ila.República. Alem di-.*.,. „ P'I lieu: li::ii.f!ii-ii.- inuni ipiús tcenário úe sérias riis*irién-i i.i . umas surgidas com re-belriia a prática ilu uiaiiriu-nisino nas .ii ei m-- lm ais coutra? slinplesmeuie inotha-das por interé ses ile si upo-Ni i*. ile qualquer muni i::i oPTB i - niiir.ia seuri i .- pai •tiiiu mnis forti r.n li tado,o pari .«iu rir miiinr iniliiéiici»,nus urain vs iiui.smií irabiillia-<:o a* t populares. I ie 0111:1»parte, ii!:;i-. forie.* nla; sc iii-gladiam dentro rio P.SD, umndoi.-c. a que pretende odeputado estadual Hélio Cm-lomagiK), Inclinada a dar seuapoio á candiriau.ua ci,. Mal.

Lou. lançada iiM.loiialuw.il*pelo P6D, t a outra, a alaPeracchi, vinculada ao lacei*d bmo e sabidamente JanUtaO PDC vem ganhando ai-Kiima força especialmente de-vido ao apoio dos setores maisdireitistas, tanto leigos conit,eclesiástico*, da Igreja Ca-Uillca, e, em grande parte, acusta do PRP. O PDC, o PL,a UDN t a ala peraqulst* doPSD constituirão, no EstaciMo agrupamento reacionáriot-ui que se apoiará a cândidatura Jânio quadros. O PSPcontinua na coligação popu-lista, mas vem perdendosubstância --- uma íecenlt-dissidência custou a perda dauma rias duas cadeiras querie;liiha na Assembléia Legis-Intua — à meeiida' em qu».se vai apagando a estréia rieAdemar dc Barros. Tanto oPSP como o PRP nio têmposição fixada no tocante à.sucessão presidencial, o PRsegue .sc estruturando emnovos municípios • oongre-gando elementos progressistasvinculados ao movimento na-uionalista.

As próxima-- eleições muni-clpal.*. representarão um lm-portame teíte para o governotrabalhista do sr. Leonel Bn-Mila, K, rie certa forma. parao movimento nacionalista,dadas as posições que o sr,Leonel Brlzola lem tomaííl'¦om iclação à questão clu rn-pitai estrangeiro e á políticai'' •iiióiiiieo-linaneelia rio go-vériiu federal predominante-mente voltada para o.s intr-ie*-e* dos grupos financeirosestrangeiros.

O sr. Leonel Brizola toleleito por uma ampla frentepopular, que lhe garantiuuma diferença a seu favorue quase -.ou mil votos, Umadas quesióo.. que está rmjogo é h de saber se a co-ligação popular vitoriosa emhi.ík vai ou náo manter apreferência maciça do elei-lorario gaúcho. Na decisão doeleitorado, vào pc-ar forte-inenie as realizações e posl-ções políticas rin atual jovér-n.i estadual t:abalhi.-ta e a.»cre.*ceiues dificuldades lm-postas ao povo com a caies-tia dn vida.

Eni .seus poucos meses ileHtuíiçãu, o governo rio sr. Leu-nel Brixola tomou alguma.-nu ciicV..* tic real interesse pú-i:!n u como a encíinipnção riai'í.I-:rc. i iibsiriinria ria Bondmui Sharei, a defesa dos fer-loviá m- na reversão dn Via-

' :iu Férrea a Rede Nacional,,i ampliação il a s matrículaspuni ns crianças em Idadei- ii Ia: eti M.-.* ii- i?i\ ei -'i-einre.s ila produção c a po-

pulaçáo em geral, especial-mente os- tiabalhadoro.*, en-IrenlHin enormes dificuldadesAs administrações inunidipai*i nem cm lula permanente pe-

U. UberáçAo das verb« cor-rwpondenles ás taxas de re-torno. A falta de crédito à in-dústria determinada p«la er-rônea política ec.onômlco-íl-nanceira do governo federalcria obstáculos Insuperáveisa um grande número de eni-

presas fabris, que .são obriga-da* a reduzir seu ritmo de

produção ou mesmo fechar,surgindo o d**emprégo. Final-mente, a carestia da vidaaunge toda a população e afalta av medidas concretas daparte do poder público paradeter a alia vertiginosa dospreços gera o descontenta-menio mais generalizado.

O sr. Leonel Bri7.ola se *<•-[orça por demonstrar à opl-niáo publica que a responsa-bilidade maior pela situaçãocabe ao governo central, exl-glniio energicamente unia re-formulação da política eco-iiómico-financeiifv rio governo

federal, embora náo preciseclaramente as linhas mestrasa qua deveria obedecer umaisl reformulação e, mesmo, notocante a certos problema.*tundameittais, nfto tomandoposição definiria, eomo no cn-.so das relações com todos as

países, que é. alias, um pon-to rio próprio programa duPTB Ainda, enbe salientar acorajosa atitude adolada pelosr. Leonel Brlzola garantindoo direito c'íc livre manifesta-çáo. quando recentemente o,*r Juscelino KubitscheK, pre.s-slonado pelos setores rcaeio-nários interessados cm quet-ma: a candidatura Lolt apou-lou com medida; de restriçõesà legalidade democrática sobii su; rada pretexto de amoa-çn.* a ordem pública.

Em compensação, a opost-ção estadual faz o máximo es-lórço por identificai o FIHcom a política do governo re-deral, apresentando-o como„ responsável pela situaçãoque atravessa o pai.* e respon-.-avel direto pula situação nuEstado. O objetivo dos parti-dos da oposição e capitalizar idescontentamento popular t.assim, atrair as simpatia; doeleltoiado, não somente comvista.* á* próximas eleiçõesmunicipais mn* lambem árleiçüe.* presidenciais,

Excep: ionalincnte inipurtuiiii no conjunto ihi campanhueleitoral é o pleito na capital,que reúne mnis de 210 mileleitores e tnulc u sr. LeonelBrizola venceu rum inaigem.superior a 71 mil votos, UcHiielielato clu PTB c o riepu-lado Wll-on Vargas, que rie-empenhou deslacario papol

nu encnmpnnçáo ria CEERCi evem fazendu sun i ampanhann bn*" da pregação naciona-lista. Tem o apoio rta l'.SI'.PR e PRP Hn ainda, rioi ou-i-ros candidatos l in, o :.Loureiro riu Silva suicl i deuniu nla díssideiile rio PTB,que concorre sob u legenda

Qbicjto \

? *iverGENNYSON AZEVEDO

¦ ••¦ '.'¦ am 11,-ilin- |),i\ nl W . iii il'| ii irhnii,.. .i a aí-ii-..' pi.ii, a ii ui-iilmli- ilu pi-na rir murle, noepi.-oiii lt-* mi iii Intolerância i liituleiiince I. Kstávamos.então, nu infância ilu eim-nia, Km i|tiase iiii anos decorridos(Iii H-ali/ai ,i.i rie lllldlelillicia o eiiieiiin aprendeu u falai eatingiu n sun iMiituriiluile. Váii".* .*:iu n.s filmes que volta-rum ao 'i-iiiu ile (ii'ii'1'illi e, entre ns mui- sõlius, figlll'11Somos Tuiliis Assassino.-.-, ilu arivoguiln André Cayate, Parno cineasta fiaiiocs, . ¦ • is 11.-¦-•¦¦ i<.i ila ongiimagem judiciária, a[leilll ile morte é o iissn-i.*iniii legal cum re(|UÍI)tes (le smlis-ih" pintii-nili) pelo Kstailu, Kxpiiiiilo " :i.*.*iiii!u em |'uiiçàuilu res-piiiisnliiliiluile coletiva, curiiii tose judiciária, 1'iiyntlcfui eliiimiiilu ile puiitletái io poi corto*! críticos mai* preo-CU|ill'|os cum u pine/.u ria art«-.

(lucro \i\cr il Wunl To I.i'. i. ii. i.ii-liiiiuiii. um cii.sureal vultii ii expur, eni minúcias, m tintura ilu* cuiiilenailus

n lllnrte, (I filme, i|;ii"iil,i mitgislralmeiite imi- Uiiheit Wise,biiseia-se iiuiii;i séiie ije ,-irii«n> ilu joiiinlisia F.ri Mnutgo-niery, O.s eenarisias Nelsun (!illhi}> o Dou Mankiinvicz descerniu nus inenmi-,*. detalhes i|tie iiiilecedein n cntrudn ri"cuiiil'-ii:iii" nu làinaia ,1- j-ás, fazendo antes mun recnpitulu-Ção (ln-( llllteeeilelile.* i|r lllllburu (illllllllil r lios métodospoliciais empresário* para eiireilà-la como autoiii de uniiissiissiiiiu, 1'uiicas •cv-'- ii eineniu iioi-te-nmci iciuio ousoucrilii-ar lãu iluiameiiie us niéluilus puliciais, baseado.* uupresença ile '.ira* truculentos ¦¦ delatores prol'i.*.-i uiniá.

(i cliumailu aniciican \vn\ oi' life <¦ mostruilo emtini".- , >s -i II. II.-|n-, lu- negai i\ ii.- l-ill aelel isl ieiis. Huihniillirnliiim vivei,du eniie tuxicómanus, juguiloro.*'. ii.-*ul'.uiili'.*.cnnl i ali;i';il ':.*, i'." i iliiiiiilo-.*e e lielieiirio passa, ainda )ovem, pina ". ficha rins polieiui-. Cínicu >• ilumiiimla pe!.,l|i'.*e,in ile ii\,-i iiiteli.-uinellti-, prucui'aili|u ilgressiviimeiue

islruil in-1 luuiiilu it piazer e feliciilaile a sua luaiieiia.(¦"'lllei-i-llj. Cl il" ii lefiulliatól iu '• Ií.- pli-uc- leu illillU*. 1'nlll

ê.stes Uliteei-ilelili-.* i .-I;. Illllis fácil ri" que respuiisaliilizá-lapor mn violeiiiu ciinie l'e mula adianta u -nu firnu.' nega-liva — ' ('• iiiuii uiillnáiia puni i|tii' perder tempo investigações demoiariiis e ilispeniilosas'.' A cdiiilonnçiio e obárbaro rilun riu.- que espernin n linrii ria execução são,-iilVeiitaili.; aitniieirumeiite pela mulliei que no mundo il"

Ppi, Per (lesein imli-nlomonto a vi.In. Os últimos minutos úe

viria (porioríamu.* chamai ile agoniai são |>u.**ail".* suh us

vislas rie umn enfeiineirii solícita, farta? o suh sus sim

,,<: refeiciie*. ate mu rádio paia iliniiiuiii a t.i.-i.-za riu cola

4a morte 'In- c' cunceriiilu. Paralelamente, a prepataçno ria

do PDC com o apoio do PLe cK\ dissidência nilenistn. Alercena candidatiiia e n dosi. Ari Delgado, do PSD, quetem o apoio dá UDN e doPSB, mas que fortes gruposdesses partido-, procuram rc-tirar em favor de Loureiro daSilva.

E' evidente que uma cvcit-mal derrota d* candidaturaWilson Vargas seria apresén-lada pelos porta-vozes do lm-perlallsmo norte-americano co-mo uma inova de deconfian-ça rio esclarecido eleitoradoporto-alegrenst náo apenas ãadministração do atual govér-no estadual trabalhista, masparticularmente ãs posiçõesdemocráticas • naclonalista-ipor éle assumidas. Além t'íls-so significaria a perda rieum Importantíssimo bastiãopolítico, a prefeitura rie Pôr-to Alegre, para a mãos rin-quelas forças que. nu Estado,apoiarão o candidato rio en-tregulsmo a Presidência riaRepública, sr Jániò Quadros.A Uirefa rins corrsntes popu-lnres e nacionalistas dn capi-inl é. pois. Impedir que IssoYonhu a ocorrer.

Não obstante a.» <t!.-crlml-nações antidemocráticas lm-postas ao movimento cuinu-iii.-ia, o.s comunistas parilci-pavão n!ii :• mente ria campa-nha pie: * 1. cumprindo umdever cívico e còiisei,, ilaoportunidade que se abre pn-rn um melhor esclarecimento

político do povo e uma mnlorIntegração deste r.n* lutaspela emancipação nacionaldo jugo riu Imperialismo nor-le-amc Icano. O.s ronuinlsta.-iapoiarão os canrHdntos a pie-leito capuz».- ile coulribuli'para o encontro úr .-rincõesnus problemas mm* nngiisii-ante.* rias populações rios nu;-nicípio.s e que. rio ponto-di -vista da política nacional, ,-cdispunham a marchar i nm ocandidato das forças inicio-nalistas au pleito presidi ncinlEm geral esta cn n lei l/iicáocarresponde aos cnneíidaiosapresentado: pelo PTB Nctocante ns eloiçõe- |i ru vereii-dores, o.s comiinl ias terím boporlunldade dc votar, nniiiiui! ipios mnis Impoi uiiitcse (le inalcr coiiccnl uçaii ope-i.iriu. em candidatos que. rie. --le muitos ano-, vêm pnrticl-pando das lutas upuini-a- pclumovimento comunista, A cie:-cão riês.*es candidaios e umatnrclu riu mai- alia iinpoi 'a:,-i iu luiiio purn u fona lei luien-iu d0 trabalho de frente um-ca coma pnra linpiil ionui .inossa atividnde iiolitieu ge:alíi,, Esindo

Pnrn obter êxito nu cninpn-!ii".:i eleiioral e iiirilspcnsui11n renlizaçáo iii um Intensotrabalho junto an e|eilcrai"iiA propaganda eleitoral eu.-ciiniliriatos por nu- npolnri ¦-deve dar ênfase espi cinl n.questões mnis sei;-ai:,- Ucp

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Susan Haywcirel 8, "tiras". A violência policial éigual em toda a parte.

cllliinill o» y.i..-. "- ciiiriailns com ".- plepuiutlu.* imii t il"iu-,II .*i i ¦¦ i ¦'¦;." ilu nm ii pura que o cuinleiinilu nãn .--ja inurlulllll .segiiinlii seipier nulos uu ilepois 'In lima upiuzailn, apii-M'iiçn riu telefuiie In-in a máu, nu expectativa uu eiuiiulação riu pena, Kinaluionio, a hora fntíilicu é clioginla, exteiide se um lapéle-ria cela até n eàmurii puiu uu p-.'-.-- nãnloquem a* laje- frias ila piisãu. 1'in cuiijuutu ii" .iuinalislas,autoriiluile.*', miuiria- ¦¦ iiieru.» cuiin*us |)u.*lam .*e iliunle ii.!jillllil ila mnlle el|i|i!Uiiln leiilaii 'lite :i litima uspiiu ;i mi.*-luia iiiml ifera, Tiniu ci iiiiuioet i ali", anntailu, i eniific,- uterenlizndu.

(juern \ iver é ue-.i-.- lime» uue iiicumuiluiii, angustiam,1't'viiltum. ((nero Viver provoca lágriinu.s em huiiieii.- e nmIheies, é um belo filme. Sob u frieza ilucunientill ia ila pintefinal "ti ri" ritmo pnrnxistieu ila ilescriçãu ilu aniliieii.te queengellrilou ['lllharn (iinhnin existi: uniu nieiisngem ii'- repinviicãii uo hoiniciilio premeilitnrio que é n pena 'ie iimrto.Kllbelt Wise e llqili ':i" plll fletiirill CUIIlu " í'"'. Alullé ('il.Víltteem Somos Tikíok As.sn-isinos. V. mu- belo pnnfletu e (Juern\'iver! 'iu- excelenti- Harharn tira liam é Susan llaywnrri!

destacar os problemas iclaclo-nados com a carestia da viria,o desemprego, a falta fa gé-neros, as dificuldades rietransportes, ele. e. uo mesmotempo, assegurar que os nos-sos vereadores tomarão, nasCâmaras, Iniciativas no seu ai-cance capazes rie beneficiar apopulação e o município, qucexercerão constante vigilâncianu aplicação rios recursospúblicos e que lutarão incan--àvelmrnte no sentido dc queu administração municipalrealize unia política propre.s-.slsin e popular, Mas. o preci-.so emprestar á campanha elei-total uni cunho político maisamplo, popularizando as con-signas rio movimento patriu-tiro e uiitiimpcriuliMii, Odescontentamento ou povo eo desejo generalizado em la-vor da Implantação rie umanova política no pai.-, o cies-cimento rio movimento nnclo-nnlistu, a existência rie líber-riarie.1 democrática? e a crês-conte força rie atração da.sírieins rio socialismo eis uniasérie (i-e fatores nllnmçntc 'a-vorávcls que precisamos sabercapitalizar no sentico ria ob-lençno rie expressiva votaçãopnra os candidatos apolndospeiu.s rnnuinistas nu pleito dcnovembro.

0 ÔVO E EULombramo-nos do filme, estrelado, se nào nos fa-

lha a memória, por Kred Mac Murray c d-. «ucMfofeito pela obra americana, completamentado poloêxito comercial da película. Não conheeeinof a obia.

mas do filmo podemos dizer quo ora ele fato ongr^-

cado, (om situações bom achadas c magnifleamentoInterpretadas, Procuramos resquícios dos-:^ gr.iça naversão que nos deu o Teatro Moinho elo Ouro e. U-

inontàvclmonte, não encontramos. Defeito dn adap'tação'.' Som dúvida. Agravado por uma direto fi-

lha, elo poticii sensibilidade o pouco pulso na cindu-

çáo dos atores. O resultado foi um espetáculo mono-

lono, arrastado, incolor. Cilo Costa (no papel criadonu cinema por Frod Mae Muriav I, Auri Cahet. K1m

domes (esla defendendo bem a sua parlei .* MA rin

Luro .nos papéis principais, Bons cenáriori •¦ boa ¦ ¦ - -

recfio do TV.*

AINDA O CASO DA RADIO NACIONAL

('um o i pelo monos aparentei recuo do go\<»mo emvou propósito de transferir os canais e transmissoresdu Nacional paia Brasília, os funcionários daquela

emissora não cessaram sua lula. Ao contrário, deram-

lho mais vigor, visando aporá dois objetivos' a> a en

nega dn náelio a uma Sociedade Anônima (em orga-

niüiieAoi formada pólos próprios empregado*, con

forme' inunda o Doeioto-loi tr 04115: b' ohter.eao das

divisas necessárias á compra de maioria 1 pn.a ins-

lalacáu da-TV-Nacional, Canal 2. E no que toca a

ostu'segunda parle realmente não se ron--ehe queuma Rádio Globo, estação elo segunda categoria, ou

uma Rádio Continental, qw Ut. um radio extrema-

menio limitado, possam montar siiris emissoras de

televisão o tnl não soja permitido A maior estaco

rio rádio da América do Sul. E Cinicamente porque o

si. Chaleaubriand uno quer.

PERO VA7

• •t»«l<ttt*Mt->t-l«t« •«••>••*<.«'

»«"!>

Conspiração Contra o Movimento Operária(Conclusão ria 5." pngina)

nacional, que deverão serdefinidas em decreto doPresidente da Hepública; asegunda visa reduzir dedois terços para um têrcodo tolal dos associados desindicato o "quorum» pa-ra que a assembléia pos-sa decretar a qreve; íinr.lmente, a terceira alteraçãoestabelece que a qrove sópoderá ter a duração cievinte dins nas atividadesfundamentais e cie qua-renta dias nas atividadesace-ssórias, pr -ando a serconsiderada ilcyal depoisdn decorrido é-,s(, prazo».

Tica claro qus as novasconcessões do sr, JoãoGoulart significam novacapitulação. Assim ó aluta: quando no camoo <\abatalha uma fôtçn betoem retirada, cedo terreno,o ava:fj do inimigo é ine-vitável

Os trabalhadores ostra-nham c. atitude do vice-presidente da Rcpublicc,diante do atentado evidenteque se pietende levar a e/oito contre o sagrado princir ioda liberdade sindical, a'so-gurc-do pola ConstituirãoSua atitude contradiz oPrograma do Partido quepre-ide o o, compromissosque assumiu diante do movimento oporário o de todoo povo brasileiro. Nc-oprocede o argumento doque é preciso rcriet paraconquistar rapidamente oLei de Greve Os trabalha-dores nào de.cjam qual-quer lei e sim uma Lei queo.ssegure do fato *eus direi tos Também não pro-cede o argumento d.? quco movimento operário éfraco, a coirolacão de fôr-ça.s é desfavorável, etc Omovimento o;*erário ja -bastante vigoroso, P o routro ledo o sr. loáo Gou-lart é chefe de um dc,mais prestigiados Partidospolíticos existentes n oBrasil, possui ooriero abancada parlamentar, cmc0 governos estaduais, doi*Ministcrioi*. a direção - dasInstituições de previdênciasocial, conta com ícite-.aliados, etc O que so torna prcci .o r: ov.idoi suaposição firmo, não c^p:iu-lar, oooter se nas incisos,contrapor, c co, eíores re-trógrades que desejam íe-rir direito* elementares daclasse oneraria, v:-.c:nJoneutralizar a a:a0 positiva que c movimento operário vem exercendo, juntamento cem as lórç.-,s na-cionalistas, em prol da to-tal cir.ancioo-io econômicae política f'o oais

Os trabalhadores conti-miam a sustentar n lutapala aprovação rio projetoque regula o direito con*.litucional de greve adota-do pela Confsténcia Sindical Nacional L-.Uair. centra a aprovação do '-ubstituto Jefferson cie Aguiar.Não aceitam o projeto daborado nela assessoria dovice-presidente ria Ropúbli-ca. sem aue antes sofradiversas modificações

Os trabalhadores, cm ca-da Estado o nacicnalrr.cn-to, se preparam para intensificar seus esforços jun

to ao Senado e. posterior-monte, Junto à Câmarades Deputados (que terá dnpronunciar-se sôbre o quefòr aprovado no Senado),objetivando impedir toda equalquer restrição ao di-reito constitucional dc gre-ve c obter a anrovnçào riouma Lei que consigne oidireitos inseridos no projf-

to original aceito p*\n O*?.-ferôncia Slndlcil Naetonr!-ruallzada em 19S8 Ou Un-bathadorof comprronde^que é necessário e urgeni»revigorar sua luta unitária,Mip?rar a vnciliç-io quidomina certos SPtotes "d«sbnrntar n coo-pi"";'"-rntHnmocrntica « cintioperáiia

MINEIROS DlSANTA CATARINAVÂO COBRAR

PROMESSADO PRESIDENTE

1'nui numerosa o representativa delegação doilovònui, dos iraballiadoro.'- o dos patrões da. indtis-iria <ie carvão dc Sania Catarina trouxe para oI.i". ua semana passada, o debate sôbre è&fe. pro-blema quo ó muito esquecido nos planos c decisõesdn (Inverno Federal; mas que aíela d irei amem r a\;il;i di- "ri111 mil catarinenses: o problema dn ear*vão (veja a Xoi;i l']conómica l. A dele^arán vricchefiaria |)elo próprio (íovernador do Eriado, •Ileriberlo lliilse: a ela aderiram, ne$,a CapitalIodos o* dcpulados pm- Santa ('alarina na Cã-mara Kcderal.

Com uma paleslrM pruuuiiciada pelo Lnwah"''ro Anibal tíastos, Direlor executivo do riiriri dcCai--.ai, Nacional, lòrça-feira, no Clube de Eur;'"nharia, a delegação catarinense iniciou o ?pu pro-;:i.!i:ia im Ki". A palestra, dc informação aôt¦ r=i' problema, fui seguida de uma intei'veni;ào dn S-v.Aliln (.'alda.*' Franco, Prefeito de Crisciuma — acapital ilu carvão c dc nm debate aprofundadosôbre a qtieslão, para o qual haviam Siido covm-dado.* economistas c responsas eis pelo GovernoFixloral.

Nu ilu .*( g".iinte, incorporada, a delegação çnro-pareceu ao Palácio do Cateto, paia entregar aoPresidente da Kopúbliea o memorial contendo aareivindicações que, satisfeitas, afastaríio as amea."ças que pc.sam sôbre centenas de milhares de. bra-sileiros, numa rica região do País. O? catarinenj-e;-;re.trislraraiii devidamente a promessa do Pve-iilcnle, ile (pie determinaria o urgenle oítudo damatéria, para medidas imediatas que s soluciona*-sem.

(| programa seguiu-se no decorrer da somara,i mn \ isitas a Câmara e ao Senado, c a outro.*, órgãosi nm possiliilidtide dr influencia na questão, Alemilu governador, compunham a delegação o- depu-tados estaduais Walmor de Oliveira, Rui Hüise,Pnilino Htirigo, Fernando \'ieg-as, Valdemar Sal'--,Ivo Montenegro e Wolney de Oliveira; o.*; menvtiros da Comis.-ãu Executiva d" lll Congresso riosTrabalhadores dr Santa Catarina, e os Presiden lesdu* sindicatos dc mineiros dc Crisciuma, rio 1 rus--auga c ile Lauro Muller e os prefeitos dessas rida-des, bem conto o Presidente 'I" Sindicato dc- cm-prieláriu.s Ac minas do Estado, representante- >h* md ica in.-- dc estivadores c outras entidadea inl o-ressádas, alem do pniprin Pispo de Tuharân - -otit ra cidade mineira.

FAGfHA I NOVOS RUMOS 9 a 15 - 10 - 1959 —

M^mW' ¦> '¦ "¦miíJii.¦'-"'¦Í*' or'¦ .'¦•'¦ '^fHF<í$S-1/çí>^mm\ mm^jOifôi^mT&È&iXr. O*

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fll BÉkÜ Btrf^^HilBfcj; <^B H -;A'í';:}'' :''*,*$«*g^B ^B

10.° ANIVERSÁRIO DA RDA

0 Mais Ocidental BaluarteDo Campo Socialista

A 7 .Ir tiiilnliiu nui.|ilí'loii *-(• «I (Ire .uni aniversárioda li.iul.ii.ui cia licpiililii a DctiuHialici Alemã.

A I.l3.\ ('• a mais ocidental região du iiiundci ondersl.i em iiii.sliiu .io o socialismo, eom u.rn.i ròoiioinia

predoiniiiiiiileiiieiile mk ialisla, orgiiiiizando t...... soeie*dade socialista,

R.sle luto iiosmií nina ciiuriue inipurlaucia paru.. I'.iiiii|iii. O novo aleinài) e conhecido Iradicioiialnieiilcconio tiin povo cheio tio energia criadora, tlr vitalidadeexcepcional <¦ 'lc enorme capacidade ile organização.O KsUuIii socialista alemão poderá. assim, não oh.stanlea.s sitas peculiaridades, ser nin exemplo, sob muitosaspectos, para outros países socialistas",

\,i situarão internacional presente, a liepúlilicaUeiuocrálica Alemã ('• um baluarte ila paz no centro daKuropa. I'' èsle falo é lainlicui inédito na sua história,embora a' llepública l'ederal Alemã - :i AleinanhaOcideitlal venha se liiinslonii.inilo uniu novo lococh* «riienn e ile agressão, A RDA criou sólidas bases

para tornar-se nin Fator de paz: eliminou o poder eco-

iiciiuien dos antigos barões leudais. dos grandes lati*

fundiários, confiscou as grandes empresas dos mono

polisías que sempre lizeriv.ii da guerra um negocioiilhunfiile vantajoso, Nessa parle tia \lemaiiha criou-

M. mu i-fiiinie veiiladeirauieule deuiocniticn devido

justamente as medidas de caráler econômico poslas em

prática em proveito dos trabalhadores e do povo. Sãoestes os beneficiários das formidáveis lraiisloruia(,'ôi.s

por (pie passa a Alemanha Oriental, a República De-

mocrática Alemã.

Ao mesmo tempo, cuuipriudo as disposições dosaliados na guerra conlra o fascismo, levou-se a cabonessa parle da Alemanha a desnazilicaçáo: os crimino-.os dc guerra, os colaboradores de Hitler foram afasta-dos dos postos de mando, ciiquanlo na Alemanha üci-dental são precisamente eles que delem o Poder, tantoeconômico como político e os generais hitlei islãs vol-

Ia mm a comandar as forças armadas alemãs.

\ Republica Democrática Alemã é i garantiadc mie na l:',oropa os iimperialislas ocidoTital-alemãcs eseus aliados iinperialislas dos listados Unidos. Ingla*lerra e França jamais conseguirão inipuncinenle voltaias anuas contra seus vizinhos, empreender novasinarclias para o Leste", lançar-se impunemente a guer-ias i-evanchislas, Uma parcela consiilr-rável do gritndepovo ali .não está (liando uma mentalidade novaj'|u<

possibilita a vitória do socialismo t.o coração cia Fnrn,., i-i • • >•• s |o"iJailores do socialismo cientilico.os rjciiiai s alemães qne foram Mais e Ellgcls.

Características Econômicas

Indústria naRDA

A RDA está realizando um grande plano de fom«nto econômico. Em 1958, sua produção irfdustrialbruta era Ires vezes maior do que em 1949, ano de suafundação. Neste período, mais de 1.000 empresas in"dustriais foram construídas ou restauradas. A produti-vidade do trabalho na industria aumentou em maisdo dobro entre 1949-1958.

COMPETIÇÃO PACIFICAO atual plano dc fomeii*

to econômico que está sen-do executado pela República Democrática Alemãtem um objetivo central:melhorar eonsideràvelmoii*re o nivel de vida dos ln<-bitmiles da RUA. Sob vá*vios aspectos, esse nívelera inferior ao da Alemã*nha Ocidental, rp,«;ião maisrica do pais e mais desen*\olvida tanto na indústriacomo na agricultura. Mas.;jà em 1fl"o havia ultrnpns-¦sado a Alemanha Ociden*tal no consumo por linbi-lantes de gêneros alimeu-ticios que o clima frio rinEuropa exige imperiosa-m^nto: manteiga, Rordtirnsanimais <» açúcar. A pioporção naquele ano já eraa seguinte:

RDA Alemanha«'quilos) Ocidental

Manteiga 10.4 7 7

Gord, animais RJ 5.9

A?uear branco '-Í8.7 .'K :t

A difeienva vem aumen-tando nu favor da RDA,Por outro lado. a Repúbli-ca Democrática Alemã ai-rançou a Alemanha Oci-dental no consumo de cailti; e este alio C'llft{,r.'lli'l mui -to porlo do seu consumoem ealçados cie couro <¦ iecidns rie sérta. f-lstão senrlocriadas condições para supfrnr a Alemanha Ocidental no consumo per capitade outros ptodulos e ai lirgos industriais.

Em outros setores, a*-vantagens evidentes sãopata os hábil antes da RDA.como. por exemplo, riosaluguéis, nos serviços publicos enquanto que a ,,-sisfèr.ei.1 médica na RDAé gratuita, bem como aInstrução,

Um recPtite dei ipio ciogoverno da Repúblii a De

mocráliea Alem." aumenlou este aiiii o salário realdr quase 2 milhões dc- ope-ti.rios, Há alguns meses,

foi n limenladi) ri salál ir. demais de l 200.01)0 liahalliadores ci» Alc-inai.li.i

. i.ieill.il,

A oi-«iii«i.i.ia «Ia Rcpublia 1'lwnoi .átii-aU.-iiiã -,' i'M(-iiiili:i uo período de iraii.-ãi-nn

il,, capitalismo ao r-iii-iiilisiliu. So eslailn.\isirni trcs .s«'l'o.i,í liá.-ii-os da ei-riiuuiiia: n.-..i-ialistii'. «I 'In peinieno i-iuuêri-iii e u ..phiilUa piiviiclu.

i) pi iiii-ipal lugar c o ni-upadn pe»1 -•',,;¦ suiialistii, qu» su icloiça dia a dia. nm.-

|i|-t'iMl<li'lllli' ii- ellipiésas estatais O i-rmpr--lativa? \,i- ii.ã". flti F.stailo si- eiii-oiiliiiu;i- ii,|ii,-/::- il,, sulis.ilo. i.i grandes 1'iiinjia-i luas ii.dil.-tliais, de Inilisprirte. a.* liiiiin-

• :-.<. u rllllUMviu 1-Xtl'lÍOI' I- II dl' Hrl.n,,,. aliniiMitiriiis iiiti-r.io. assim i-oinii ns piiin-ipii^|i,isiru,'s im riiini-iriii a varejíi e nn .'ii;11cultura,

A priipi-ieiliide ila.« uoopeiativas è for-• ula pin- i-inipi'i-ntiva5 agriciilaí d» priniu-

can, ii'1 artesãus <- dc i-onsunin,o mii-leo da iiuhÍ5tiia popula:' na !!«•-

póblii-a DeiiHicrática Alemã <¦ constituído pur,-iiipií-sa-i ciiiifisi-ailas .i'V- inonopólius r.li'-inãcs-, !iu.« nazista.* u ;in< i riminosoi du guer-¦a Nu primeiro triincslre de I0.11 o mnin»

i-„ do gianiles i-n.pi«'-.-:«- cinifisc-adas atingiaa i.:,.i:'.. (.'pren de 'J'"1 grande? eiiipiésasipiu depois da gui'1'l-a haviam sido trausíirida.-i a sociedades soviéticas de aitòea foranipnti-p.cupf pelo governo cia IKSS ás aulo-riiladc.s alp.nãs. Km 11>.">4 essa transfeiêiiciaestava terniinada.

(Irancle importância ptita o desenvolvi-nir-nto com êxito da economia da RppfibueaDpii riitica Alemã teve a reforma agráriainiciada ainda em IfM" p luida em lílãt),',,„, ;, n.foi-nui, 2.1KO.ÍI0O heclaips de te.ra.- HMtr-< p«'i leiii-piitPS .'ms junkers l baiõesfeudais! ¦- lalifuiidiá.iiis passaiam às mání

,|,. MiO.miii i'aii.iha> de camponeses tiaba-lliail.ufs. uppiáiios iigiícnlas o dusloi-iidoxda çuiM-i-a. rriaiam-se cúiva de 210.000 im-m,< (icoiinniias cnmpouPsas. De acordo comn ailigi. -•! da funstituiivão da Repúblicali,-in,ii latim Alemã. \o\ liquidada a pio-piiuilarle piivada sôbre a lerra de nuii? deInii lieclaie? '• distribuídii gi-aluilaiiUMile eu¦

i c ttji S-**é) 1 t "' i ;i

(. si-tru ilo peipien i.iléicio coilipi*-,..,,.. ,, ¦ . -.^ i>ni)iiTsas d'1 piopiiedade pri-\a«líi, basuadiis piii rpisI uo Itaballio ii.fli-

\ idiial. fy-te setor abiiiiig? a.- economiasii.i- ppi|ueii«is p médio? .caniponPS',s p ">•ciiiiMMciaiites varejistas, N'n entanto, a meilida que SP desenvolve ,, jcHOl' tt 11 ec HI iüsiiciiilisla, eom todas as suas imensa,-: vau-tagiuis, o selor do pequeno eouiéieio tende,i iIpi-i-pscpi e p.\tiiiguii--se, Km gpial, uiir-m-...- em coopprativas de tipo socialista.

(i setor capitalista <íe economia da R«-pública i.-onipiepiido as enipvésns indusliiaisprivadas de carátiu capitalista, econoinias<ic camponeses ticos (nãn latifundiários),miiprésas capitalistas do coméicio (Ip t'-iipios aliine.it.''io-. empresas capitalistas deiriiiispovtp (aquático e rodoviário).

A política econômica seguida pela R<-~publica Democrática Alemã impede o d»-seiivolvimento do «ptor capitalista privadopequeno e médio e exclui a possibilidadedu foi inação de grandes emprega* capita-listas e sociedade-! monopolistas.

A passagem a? mãos do listado do»meios básicos da pioduçáo garantiu a poe.Vibilidade de planificaçâo da ei-onon ia pu-pulai', o que 1'avoi'Pcu u frulalpcimPiilu naOrOlKimiíl -nriilí l-í H

Próximos Obietivos: Marte eVenusB. KUKARIN

(Vice-Presidente do Conselho cie Astronomio do Academia de Ciências da URSS, Doutor em Ciências Físicos e Matemáticas».

ASSINE"NOVOS

RUMOS"

At grandes vitórias da ciência soviéticaabrem novas perspectivas para a conquistado cosmos

Todos os processos biológicos na Terra,as particularidades climáticas e os recui.-rosenergéticos esteio, em última instância, li-gados ao corpo central de nosso sistemaplanetário — o Sol Para se prever comacerto a grande quantidade de fenômenosque ocorrem na Terra, é necessário conhe-cer e compreender bem os processos qi.e severificam no Sol, que direta ou indireta-mente exercem influência sôbre muitos (a-tos terrestres A atmosfera da Terra é, po-rém, barreira intransponível para a.s irtci-diações ultravioletas, raios X e várias ou-trás, que as absorve e as dissipa complcla-mente ou as transforma em fenômenos se-cundãrios O estudo dessas irradia-rôes éparticularmsnte importante para se com-preender os processos que ocorrem no Sol.Por isso, é perfeitamente claro ser indispen-sável utilizar as naves cósníicas para se es-tudar as irradiações solares inatingíveis naTetra

E' provável não estar longe o dia emque se poderão instalar na superfície daLua aparelhos automáticos de acuo p.inna-nente, que observarão o Sol e transmitirãoinformações à Teria

Ainda de grande Interesse do ponto devista da compreonsco dos complexos pro-cessos nucleares que ocorrem no cosmos é oestudo das chamadas estrelas não estacio-nárias. Essas estréias se distinguem de nos-sas estrelas comuns do tipo do Sol pele falode nelas ocorrer, em grandiosas proporções,comolexos processos físicos ligados à liber-tação, praticamente Instantânea, de_ imen-sas energias. A potência desses fenômenossupera, centenas de milhões e de bilhões devezes, a potência das labaredas solares, quesão explosões repentinas, que explicammuitos fenômenos na Terra

A dificuldade em estudar as estrelasnão estacionárias se explica pelo seu consi-derâvel afastamento e íraaueza de suas ir-radiações A luz da estrela não estaciona-ria mais brilhante no* chega 1 milhão tlebilhões de vezes mais fraca do que a doSol Compreende-s», por isso, toda a difi-culdade em pesquisar esses corpos celestes,embora seu estudo no âmbito das irradia-ções inacessíveis no Terra seja particular-niente importante e valioso

No entanto, também aqui há todo mo-tivo para supor não estar muite longe odia em que aparelhos automáticos instala-dos na superfície da Lua ou em satélite pe-sado estável possibilitarão encontrar peque-nas estrelas estacionárias de interesse paranós, e realizar pesquisas sistemáticas das

mesmas pelos métodos mais modernosApesar de estarmos cercados de todos

os lados, por organismos vivos, a começarpelos microrganismos e a terminar pelosanimais, ainda sabemos muito pouco da ori-gem da vida E' de todo evidente que o es-tudo da Lua e dos planetas mais próximos— Marte e Venus — ampliará considerável-mente nossas idéias sôbre as formas de ma-nifestação da vida no Universo, e permiti-rão abordar, de maneira nova e à base defatos novos, o problema da origem da vida.Compreende-se a precaução que se deve terao se preparar o envio dos foguetes cósmi-cos a outros astros Não deve ser neles in-troduzido nada da Terra que possa desfi-gurar nossas idéias quanto às condiçõesprimitivas vigentes em outros planetas. Orecipiente lançado à superfície da Lua Íoi,por isso, cuidadosamente esterilizado Asmesmas medidas de precaução serão toma-das no futuro, quando se enviar outras na-ves cósmicas

Pode-se acreditar que o komem voe atéoutros planetas?

Sim, e esse sonho, evidentemente, setornará realidade, embora, provavelmente,muito antes se pesquise esses corpos ceies-tes por meio de aparelhos automáticos, jáque não se poderá enviar o homem ao cos-mos enquanto não estiver garantida suavida durante o vôo em volta da Terra semacidentes Também nesse sentido é indis-pensávcl superar muitas dificuldades

EM PRIMEIRO LUGAR, o homem nãodeve estar sujeito à ação prejudicial dasirradiações cósmicas Segundo as pesquisasrealizadas por meio dos satélites e do pri-meiro foguete cósmico, no espaço interpla-netário esse perigo é diminuto porque a den-sidade dos raios cósmicos é extremamenteinsignificante. Constatou-se, porém, que onosso planeta está cercado por um anelde partículas extremamente densas • do-tadas de altas energias E' perigoso atra-vessar esse anel Por conseguinte, a traje-tória da futura nave que transporte um ho-mem precisa ser calculada de maneira aevitá-lo

EM SEGUNDO LUGAR, o homem nãodeve estar sujeito ac perigo de perecei aoencontro de corpos meteóricos As observa-ções já feitas nesse domínio dão resultadosanimadores. E' relativamente fácil defen-der-se dos micrometeoros, ac passo que emcondições normais, está praticamente ex-cluída a possibilidade de choque com me-teoritos maiores. E' verdade que no espaçointerplanetário se movem aglomerações me-teóricas mais densas, sendo, por isso, neces-sárias maiores pesquisas para se evitar cho-que indesejável

EM TERCEIRO LUGAR, a nave deve bai-xar na superfície da lua — ou de outro pia-neta — com a velocidade de alguns metrospor segundo, e não de alguns quilômetrospor segundo, o que fatalmente provocariasua destruição. Por conseguinte, freios es-peciais se tornam necessários Trata-se. po-rém, de um problema de técnica, e sabemosque em nossa época problemas técnicos atémesmo consideravelmente mais complexossão resolvidos com êxito

Para o vôo o homem terá também desuprir a «ave cósmica com uma reserva decombustível, indispensável para que possadeixar a Lua — ou outro planeta — e voltarà Terra, E' preciso ter em vista, nesse sen-tido, que em outros planetas, pelo menos aprincipio, não haverá foguetódromos, comona terra. Por conseguinte, para se ter exa-tidão de trajetória será necessário corrigiro movimento na trajetória, o que exigirá, porsua vez, maiores recursos energéticos

Será necessário, finalmente, garantiruma aterrissagem segura na superfície daterra Felizmente, a terra possui uma den-sa atmosfera e aqui se podem combinar osmétodos de freio a jato com os aerodinámi-cos

Como se vê, r problema de o homemvoar ao cosmos é muito complexo, mas nãohá nenhum motivo para duvidar-se da pos-sibilidade de sua realização

Há ainda uma questão essencial — avida do homem em outros planetas. E' maisprovável que, uma vez chegados a outrosplanetas, os homens terão que penetrar nacrosta desses corpos celestes, criar ai am-bientes herméticos e enchê-los de ar, cujadensidade corresponda à da terra. Só sepoderá viajar na superfície dos planetas emaparelhos herméticos especiais. Não há dú-vida de que também este problema serátecnicamente resolvido.

A exploração do espaço cósmico e dosplanetas mais próximos proporcionará, semdúvida alguma, uma grande quantidade dedescobertas das mais interessantes, que re-presentarão papel substancial ao progressodo humanidade. Já aqora os satélites arti-íiciais e os foguetes fornecem tanta infor-inação nova, que teremos que rever as con-cepções estabelecidas a respeito da essén-cia de muitos processos.

O futuro nos reserva possibilidades ili-mitadas para a pesquisa de novas leis, pa-ra a solução dos problemas básicos da ci-éncia, relativos ao desenvolvimento da ma-teria, à origem e evolução da vsda, e parao estudo das entranhas dos planetas maispróximos e utilização dos minerais úteisali existentes.

CALENDÁRIODA RDÁ

7-X-194P — Fundação ci*

Rrpública Democrática Ale-má,

lu-X-iy-iü —• Transferênciaoa- lunçõe.*: ua »clmiiiistrai;Aomilitar soviétka an governolia RUA.

Outubro cie 1949 Fis.abe-lecimcnio cie relações d.pio-mancas ente a RDA e uURSS

l-Xi-]sf>0 — Aprovada *lei do Platai qüinqüenal ciuí.jinr.íto da economia cmRepública para o permeio rie1951-55.

2n III-1954 — Declaraeàocio governo govièüco SÔbfC nreconhecimento ria soberania

i**a RDA.

6-VIII-1&54 — Liquidaçãori* Comissão de Controle so-mc.tco na Alemanha.

25-1 -1955 — C».*.-hobo riop. tado de guerra tresiilunieo» .sppnncia guerra mundial.enl:e a URSS • a RDA.

18-1-195H — formação n»KxeiTllo nacional e rio Mitlls-teno lia l>p|C'a lia RDA.

DEBATESENTREMARXISTAS

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PRÒBIJiMAS WW,. no socialismo.n.-i- debute* '""•• ''f*

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PROBLEMASDA FAZ E DOSOCIALISMO

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9 I lf " W - W$> ímmbmm NOVOS rçUMOS PAGINA.9:

TOGLIATTI DA RESPOSTA A TRtS PERGU NTASi

Por Que a Guerra Fria Vai Aeabar?Qual o Significado Dessa Modificação?O Que Devem Fazer Os Comunistas?

No Festival da imprensa italiana recentementerealizado na província de Alexandria, Palmiro To-gliatti pronunciou um discurso em que analisou asituação internacional, as causas da dimensão, seusignificado e conseqüências. Do discurso do secre-tário do PCI publicamos o resumo abaixo, extraídode «UUnitíH:

M«fe

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Wfl

A guerra mundial riu, de-pois da agreísRo hlllerista àUnião Soviética, formar-se aunidade de Estados, de na-ções e de povos que conduziui\ derrota das potências fas-cistos. Esta unidade criou naspovos a esperança de que apaz abrisse íim nov0 caminhode liberdade e de democraciae que fi guerra se seguisseum período de paz pcrmanen-te. Esta esperança se teriarealizado se ft unidade fossemantida no após-guem o reparticipassem da coisa pú-blica aquelas amplas cama-das da população que tinhamcombatido e vencido. Os po-vos esperavam que se che-gasse por esse caminho, ftregimes sociais novos, ba-seados na democresla e. notrabalho.

COMO NASCEU AGUERRA FRIA

Nesse sentido foram dadosprandes passos: parte da Eu-ropa conquistou regime.» so-ciallslas, a grande China setransformou em RepúblicaPopular, e outras populações,na África e na Ásia, rompe-ram as cadeias 3 colonlalis-mn. Mas este progresso encheude medo as velhas classes bur-RUfisas que sP apressaram r-lndefender-se. Só haviam pas-sado dois anos quando come-cou o qup velo n s.r chamadoa "guerra fria". A sua con-seqüência fòl a rutura daunidade" contra 0 fascismo, arenúncia a qualquer progra-ma de reformas sociais. Rea-HzouHte assim uma po'Itícaque impUlRl6nflvt., o mundo '

para ta-ás. para uma lacem-çáo entre os Estados e parauma nova guerra mundial.

Para mudar a orientaeíloque os povos teriam queridoseguir, foi desencadeada umacampanha de enganos, fun-dada na mentira da acres?!-vldade dos países socialistas,nas falsar afirmações dp quecies pensavam somente emenviar as próprias forças ar-madas para Impor ans outrospaíses reglmei semelhantesuns seus. Pelo teltior dasclasses burguesas de perdi-rem os próprios privilégiosforam deformadas todas asrelações entre as Estados rlíííibclecidns rfelnçcVs novasna base das agressões pre-meditadas ao mundo do so-ciálistno.

Nasceu assim aquela alian-ca atlântica qtip não foi min-ca defensiva, mas somenteafiresslva-i como prova aameaçadora erlnçfin de umasérip tic bsses contra um únl-co Pafs.

Dessa maneira, o inundo foienvolvido por umn. trama de

continuas agressões, t- issoaconteceu no período cm queos grandes Estados capitalis-tns eram os únicos que pos-sulnm novas armas terríveis,que brandiam para fazerprevalecer sua vontade. Omundo, segundo a frase deum Secretário d,- Estadoamericano, já falecido, foiatirado á borda do abismo;esta situação, que durou de11)4* ate hoje, pod--Se dizer,custou enormes sacrifícios atonos os países, centenas dcbilhões gastos em despesasimprodutivas, além de sacrifí-cios hiornis; d" modo quemuitas vezes estivemos bas-tante próximos de um novoconflito, como us época daguerra da Coréia, cia guerrana Indochina da guerra perIa conquista do Canal deSuez.

Durante ftssfa mios, te a'-gtténi, como nós, denunciavaessa política como dementee reivindicava o contrário,uma política de dlstensão ede paz, rra apontado comoinimigo da pátria e agente der.âo se sabo qual potênciaestrangeira.

OS ENCONTROSIKE-KRUSCHIOV

Pois bem. Exatamente nCs-tis últimos meses, nestas se-manas, o mundo deveu cons-tatar que nesse caminho nfiose pode mais prosseguir. Operíodo da guerra fria estápor acabar.

Partindo dessa constata-çfio, pret.ndo responder a al-gumas perguntas. Primeira,:Por-.que tndo isso aconteceu?Por que chegamos ¦ n. umponto em que ft orientação dapolítica mundial está pararoodlfienr-sr? Segunda: Oqtin significa c*»n modifica-ção? Tereplra: O que deve-mos fazer nós comunistas,nós membros dos partidos devanguarda? O que dever fa-?er todo-; aouMcs quf, estãoligados a nav;, A democraciae a liberdade?

A resposta á primeira per-guiila é simples. E' inútilpôr-se a fantasiar sôbre asocultas intenções deste oudaquele homem de Estado.Chegamos a nm ponto emque, Se a guerra fria con-Unhasse, tornar-se-ia quaseinevitável um terceiro con-fltln mundial com armas taisque provocariam o extermi-nio da maior parte d'à '1,:"mnnidade. Os dirigentes dosEstado- imperialistas percé-berfliri agora que deixaramde srr os mais forte." Hoje,são os mnls débeis, e. n'''-mdisso, o desenvolvimento dnsrelações entre os povos , dneconomia mundial e ns \f-laçõpj politlcai do rmirrlf

Inteiro ts* desenvolvem demodo a tornar de ano a anomais manifesta essa fraqueza.

O AVANÇO DOS PAISESSOCIALISTAS

Os países socialista.;, tive-ram, é verdade, suas dificul-dades depois tia guerra. En-frentaram uma tarefa pe-sada que ás vezes levam aruturas e conflitos; mas hojeessas dificuldades foram su-peradas e esses países alcan-çaram uma superioridadetécnica e científica que setornará bem cedo tambémsuperioridade econômica.Hoje, não é "mais possívelolhar eom suficiência ft ês-se.» pní»cs, conduzir uma po-litica d^ provocação nas suasfronteiras, esperar uma criseem s'ii seto para se apro-veitar dela. Ho.1» os imperia-listas sabem que se tentassemlançar o mundo em nm novoconflito, o pior tocaria aêle.» Eis por q\ij se abriramperspectivas nôtfts de disten-são e de paz.

A verdade * <ru", «e hoieSp abre tima n«va perspecll-va dn dislensaò e de pw- nasituação internacional, 6 por-que a humanidade eolhe ofruto do trabalho tenaz detodos nós do trabalho quenós comunistas conduzimos áfrent* de grandes massaspopulares pela pa?, Hoje secolhe c fruto d» política enut-librada, razoável e pacíficalevada * prática pelos diri-gentes da União Soviética nascondições mais difíceis; de-Vemos sentir uw . profundereconhecimento «os homensque. s\ frente da União So-vié-tica, soubera»! conduziressa política, nesses difíceisdez anos, Mas colhemos ho-Je também 0 fruto do quefizemos juntos «em todos ospartidos eomunist.is da Eu-ropa ocidental, chamando nsmassas a expressar stia von-tade dP paz, defendendo nsconquistas dn democracia, lè-vnndo h frento e movinrntoonerário, popular e

'democra-tico, que reivindica uma pro-fuhdn reforma das estruturaseconômicas e dns estruturaspolíticas do nosso pafs.

E eis-nos no segundo pon-to: Que significa rs»n situn-çii-i nova. pssn dlstensão''Tra ia-se de alguma coisa úemulto profunde-.

Trata-se. em substância, decolocar de modo novo todosas grandes problemas inter-nacionais que se acumularam110 curso dos últimos tic?.anos. Tudo se põe em movi-mento v todas ss questões sãode novo abertas, Por isso secolocam de modo novo tam-bc-ni ns relações Interna» doggrandes países capitalistas.

Nós compreendemos que«¦11a p^rt- dn classe dirigenterirVses pntscí se recusa a se-gulr c novo caminho O chán-ee'er Adenauer, que seguiusomente uma política de re-conquista, dc provocação con-tra ot Estados socialistas] quert.-on somente ft relncorpo-

raçSo da República popularalemã, não pode abandonaruma semelhante perspectivae convida Elsenhòffer a er,-tar atento e ser prudente.Analogamente na França o.sdirigentes não querem de-sistlr de uma política deguerra porque eles são umaforça de guerra.

A ITÁLIA NÃO TEM UMAUMA POLÍTICAESTRANGEIRA

'K a Itália? A Itália, no pe-ríodo dn guerra fria não se-guiti mais uma política ex-terna nacional. Os nossos go-vemos seguiram servllmenteas instruções americanas.Aceitaram — quando a pazdava os primeiros pnssos - -as basrs para mísseis. Porisso, também r.o nosso paissão fortes as resistências adlstensão por pnrte dos go.vernantes da DemocraciaCristã e das autoridadeseclesiásticas. A revista dosj .siiítas p o Cardeal I.ercirodeclaram que a guerra friadeve contintiar:Nãj)^e_-Feefi-^nhece mais^fiéTís^õs homensde fé que servem a uma re-giãe. de amor; ê'es st hnb!-tnaram a conquistar com sguerra fria um poder sempremaior — e cora 0 poder, ariqueza — coisas que vollin-tartament. sã-, itbandonndascom dificuldade.

Contra tis resistências stt-vas dos velhos dirigente» daguerra fria. devemos ter emmenti! bem claro quais sãoos objetivos que o mundodeve perseguir; não somenteas visitas, embora úteis, deliohvns dp Estado, ma» umamodificação da situação in-ternaeionnl e a realização dealguns princípios fundamen-tais Já fixados na Carta dasNações Unidas: O direito rVindependência dos povos eu-lonlais, o reconhecimento deque os Estados socialistas de-vem ter uma dignidade Igualà dos outros Estados, o fimdo esbanjamento de centfiiasdp bilhões em armamentospara a defesa lontra a agres-são Inexislnte. Todos esse-problemas dev^m ser reso'vl-dos. Deve ser enfrentado eresolvido o problema do de-sarmamertto, o da proibiçãodas nrmns atômicos, dn 11-quidaçân dos blocos militaresc das bases estrangeiras es-palhadas em todo o mundo;devp ser restitulda plena-mente a soberania a todos ospovos. Todo povo deve terreconhecido o direito de avan-çnr 110 caminho dn democra-cia segundo a sua propensão,o seu Interesse, e. o modo pe-lo qual concebe o progressopolítico e o progresso social.

E' Isso que ná-: entende-mos por uma virada no cam-Po das relações internado-nais. Uma virada que nâo se-rá completada nem em umdin. nem em um nno.

Re êste é o significado nocampo Internacional, nocampo das relações internasnós consideramos qiip o ini-

cio de um processo cb di.»ten-são deverá significar umamudança dns relações- rxis-lentes piitre os diícrntespaíses, num p.ií.s como oI! osso,

Sabemos perfeitamente oueexistem estreitas limiçóe.s en-tre a situarão IntornncoiVnl oa situação internn. Sabemosqne o monopólio político de-mocrnla-crlstão nasceu daguerra fria c do nniicomu-nlsmo,

Compreendo multo b'm,por Isso, os dirigentes da de-mocracla cristã quando fileslevantam n voz contra n dis-tensão, pois n tensão in-ternacloual 6 a componenteessencial do seu poder. fi'-sse agitam porque o fim daguerra fria deverá repercutirinevitavelmente no ânimo dápopulação t levará à quedados -cnstelot de mentiras edl-ficados em tantos anos.

Nôi». pois não esperamos atransformação miraculosa dnsituação do nosso país comorepercussão direta dos acór-dos oue s'rã-) estabelecidosentre ns grandes países doocidente p o mundo socialista.

Ma» esperamos profundasmodificações no espirito damaioria dos cidadãos, e, atra-vês destes novos profundosdeslocamentos dn opinião de-mocráttea italiana, o começode situações novas. N' nãoesperamos, isto é, rios acór-dos que possam surgir entreo camnriids Kruschiov t> opresidente Elsenhower, umamodificação da política daDemocracia Cri: \. mns es-tnmo.s seguros cnie consegui-remos atingir profundas mo-dificações através da lutarrnl rins massas, dp todosnq"êles que estão interessa-do em repelir a sombra elareação, a despedaçar o podi rdos monopólios, n retomar, naunidade das forças populares,a marcho para a frente nosentido dn renovação social edemocrática da Itá'la, comod" resto prevê a nossa Cons-titufçao-. '

AS NOSSAS TAREFASNA ATUAL SITUAÇÃO

Com isso Já 6 dada ft res-posta i\ terceira questão: quedevemos fazer na nt 1 si-tuação internacional? E' ev!-el-nte que devemos contribuirpnra a pacificação, a cii»fen-são, n luta pela pnz; e Issosignifica que levantemos «-maenérgica acusação ao atualgoverno italiano no qual pre-Vf-ii-cem — e partieula-Tirntndn parte do r.tunl ministro doexterior — os inimigos da dis-tensão.

Acusamos êste governo denão ter compreendido os d'--.«envolvimentos dn r-itunenointr-rnncinnnl, dr ter ficado ãretaguarda dos acotilecimen-tos e d" ter-se movimenta-do somente — quando semovimentou — pnra praticaratos contrários aos interês-ses dn pnz e do nosso pafs.Nmln dn espernnças mirneulo-sns. pois. p nfldn de quictlsmci.de nossa parto.

EyHF ^^WmÈmvLIMT-cA T\ i^m^^B^mmmmmyz?M\í twTT "r''t 6 tííI^i wmmmmMm',

WÈ I K ' I I 1J Wl r^mÊ^^mt^^^fímm^ÊSWí^ÊmW^&{ /^TlL^^SSmwwWiiti

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COEXISTÊNCIA PACÍFICA (I)A Tecente. visita de Niltiia Kruschiov aos Esta-

dos Unidos e 03 animadores resultado-; de suas con-versações cem o presidente Eisenhower, condensa-sados no ccmunlccdo de Camp David. fazem comque o problema da coexistência pcr.-ífica entre Es-tados dc cUfcrcnte regime social adquira um inte-rêrse par'icu!c:r. Mais do quo em qualquer ou-tra época, a quos'ão da coexistíncia pacífica consrtitui agora a^utito de discuncão obrigatória: entretodos cs qv.s so nrcecupam com a situação políticainternacional e as perspectivas de seu ¦ desenvolvi-mento.

A coexistôn-.:a pacífica constitui a base de todaa politica e:cíorior da Unido Soviética e demeis pai-ses socialistas não é como procuram faier crer osincondiúrioj de ç;uorra e; em geral, os inimigos dosocialismo — u:na «invenção» do atutrl ÇSb'.-noda Uri-S ou tr "i «manobra tática» dos comüniías.A verde::!.} hi.:.'.::ca, que não podo ser centéstada,é que o Eila^o soviético, desde os primeiros dias \de sua &:~À":rr'.<i, proclamou a cccxistínéia pacifica como o prna.pio fundamentei ds sua pelíticaex.erna O pr "-iro ato ectatal do Poder BtJTléticofoi o Decreto s"ire a Paz. E já em 1920, rjespon-dendo a urnn perrunta do corrcrponden.e do jor-nal nort2-amcr:-.«-!o «New Yorlt Évening Journal»sôbre as ba-es rí"a uma paz entre a Rússia sovié-tica e o- Estft^oi Unidos. V. I, Lônía declarou:(Que c eani.rV-tcB norte-americanos nã© nos to-quem. Nái não tocaremos nêlcs»,

E i períoito-nente compreensível que seje. estaa baso da r.o'. lira exterior dos países socialistas.É uma ej.~rcc-?.i An própria natureza da sociedadesocialista, c'- cr 'o feram banidas as classes ou ongrupos ín-cre '-¦ em obter lucros através do civ-r-ra ou dei co- — -' '- o escravização de territórios alheios.Nos pais?- S"'r"~ta-, governados pelos ttabalha-dores, pelos c.'.rrloros diretos de todos os ¦ valoresmateriais e eT'"ítnals da sociedade, a defesa da pazincumbe piríCP.N aos nróprios governantes. A-guerranão podo hínef.tíar aos trctbalbcdores, aos homenssimples, ps'-, rò—onte lhes traz o sofrimento, a mor-te e as des.ruicões,

Em que con%isto, concretamente, a política docoexistência pas'í-ca? Em seu sentido mais elemen-tar, significa a ronúncia à guerra como meio de dl-rimir os problDma-3 em litígio. A coexistência pa-cifica pre-supeo basicamente, portanto, 0 compro-misso de não a^resão e, em seu lugar, o primadodas negocicrüos e entendimentos pacíficos — talcomo ficou e~'ci!;-rleçido no comunicado, dei. CampDavid;,, Ma-, jãn é'. sòmcinté Istt». Ao 4nes»io tírmpo,para que ncio rc.ra apenas uma rehúnciq farmaià agre são, a crc:':stência pacífica presSupSe tam-bém a obri~-"-i ('c todos os Estados de não violara intc^rl-.1.-. -.3 t-r-:.6rial e a soberania mútuas, denenhuma lorma r.om sob nenhum pretexto. Assim,para que "o -~< «•»> cíirmar efetivamente, a coexis-téncia pc- '—• e".'ie a não intromissão nos assun-tos iníorr.'3; d* c.tíros países com o propósito ciemude: o seu r--'—s estatal, o modo de vida exis-tente ou n^r r''ivo- de qualquer oulra natureza.Atenta, por 'o, centra o princínlo da coexis-

a recente iniciativa do. governoJ-i-, Instituindo uma eSerhann: dosi-rosreira forma de intervenção vi-

'—•r.ites contra-revolucionários nos-.-'.a popular da Europa.

téncia nr:'1'--dos Estr-V". r-povos ca""c~ • -sando cs" — "'••»países de de*"".»"

A doutrina C- coexistência pacifica prtivê Igual-men*e qu^ e»s r»'-~Res nolíticas e econômicas entre

os po'.ses deve~i p-'ri'.turar- se sôbre a base da abso-luta inurVcT;'- r- ventegem recíoroca entre as nar-tes. Os diver""" r-ordes firmados entre a URSS eoutros tv7:""s r"^ sem dúvida, um exeninlo de queos Estados resididas agem do feto segundo êsteprincípio.

A ccextsTí«'-!a pacifica, arslm, não ê sé a sim-pies convivo:-":.a c-.bro a ombro sem a guerra, masa emulação pnrTca entre Estados de sistemas so-ciais diversos visando satisfazer melhor as exigín-cias de pro-^ros o o bcm-et-tcr des povos.

HISTÓRIA DO MOVIMENTO OPERÁRIO XXX!II):.5»'

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O resurgimento do sócia-lismo na Inglaterra teve oseu prenuncio eom a cTia-ção. em 1884, de duas or-ganizaçôes de caráter po-lítico: a Federação Social--Democrática e a Socleda-de Fabiana. A primeirasurgida em base marxista,foi fundada por iniciativade Tom Mann, ativista des-laçado do movimento ope-rário inglês, um dos me-lhores de sua época, se-gundo Engels. Entre osfundadores contavam-selambem uma das filhasdo Marx, Eleonora (tinha., apelido de Tussy) e seumarido Êveling, A Fo-deração Social Democra-tica teve a mérito dedifundi» «, idéies maneis-tas entr» o» operários ln-glêses Ytr tinha porén)coráte' <2» mnssr < cidntbi;.desd- < Inicie umn poslção sectáriot con-loerovíquo a lute. petci, relvlndl-cações imediatas d» prolotariado (jornada de oite ho-ras, aumentos d« salários,etc.) era assunte semmaior Importância qui de-via flcat a cargo do?sindicatos, as trade-iiniohs,E também não se ligavacom estes. Isolou-se, as-eim.. das massas operáriau

e acabou caindo nas mfiosdum rematado sectário fldogmático, Hyndman, ti-po além do mal<< sem es-Cfúpulo que chegou até apublicar capítulos de «OCapitaln com sua assina-tura... Tom Mann e osEvellng que, apesar desuas debllidades políticas,valorlíavam o movimentode massas (Eleenera tevedestacado papel com0 agi-tadora durante às lutasdos «East Enders»), retira-ram-ne da Federação Nãoobstante as falhas que acaracterizaram,, esta foiuma da? primelro.s orga-nitaçoes políticas da cias-se operária inglesa. Ade-riu à II Internacional e oPartido Comunista da In-glaterro conslderá-a comoponto d« partido do pro-cesse d* sua formação.

te c Sociedade Fabiana,dc-clarand, emborv te;tomWn. com( cb.let.'v( -.propagand, do, lt-étas dosocialismo, tevt desde c,origem carátet Irancamen-t» reformista Fundadap»n intelectuais burgueses[Sidhe-í ! Beatriz Webb, 'Bernard Shav» H (1 Welbe outros), a deslgnaçãc doSociedade Inspirou-se nonome dum chefe militar da

Roma antiga, Fáblc Cutic-tator, cognominade «oTemporizãdor», que *e tor-nou conhecido na lutacontra Anibal, pela sua tá-tica de expectativa, de re-núncio às batalhas decisl-vas. E o nome, é precisodizer, foi multo bem dado,pois foi esta sempre (e éaté hoje) a tática dos fa-bianos: «chegar» ao sócia-lismo sem revolução, pelasimples propaganda, poucoa pouco, quando todos,operários e burgueses, es-tiverem convencidos das

tomaram parte Tom Manne muitos ativistas das «no-vas trndo-unions.i Forma-do à base dc movimentosindical, esse Partido, aomesme tempo que se pro-punha transformar a so-ciedade capitalista em so-cialista, dava grande aten-ção ao trabalho nos sindi-catos. Engels, que duranteanos seguidos insistiu, semêxito, aliás, em criticar aFederação Social-Democrá-tica encabeçada por Hynd-mann por seus erros sectá-rios, pela sua incapacidade

Lénln disse do Partido In-dependente do Trabalho,que era «independente dosociali-mo, mas dependen-te do liberalismo»... En-tretanto, nem por isso dei-xou de votar, em 1908, nasua qualidade de membrodo Birâ Socialista Interna-cional, em favor do ingres-so do Partido Independen-te na II Internacioral. Lê-nin considerava que, ape-sar de toda a traição deseus chefes, as tradc-iiiiiniistinham passado ,1 aproxi-inar-se do socialismo, pou-

RESSURGE .0 SOCIALISMO NA INGLATERRAnsvas idéias .. Partidáriosda colaboração aberta coma burguesia, inimigos fer-renhos de t»>da luta demassas, que procuram im-pedh através de métodosdiverslonlstas ot fablanoscausara», desdt qu« sur-giram sério, prejuízot acmovimente operárii inglês.

En 1893 depdl» da? lu-tas grevistas dós cEas» En-ders». surge come organi-zaçãc política d« massasdo class» operária Inglesao Partido Independente doTrabalho. Na sua criação

de ligar-se ao «instinto dcclasse inconreiente, maspoderoso das tradc-unlonsi(Lênin), teve esperançasde que o Partido Indepen-dente do Trabalhe se con-vertesse nurr, partide operárle autenticamente sócialista Issc entretanlo, nãoaconteceu. A organização,qüe chegou o representarno Parlamente inglês cen-tenas de milhares de ope-rários sindicalizados, ficousoh a influência do Parti-do Liberal, caindo no re-formlsmo parlamentarista.

co importava que «de for-ma sinuosa, inconseqüen-te. desajeitada» (Lónin.em seu artigo «A reuniãodo Birô Socialista Interna-cional»), e que isso era«um passe à frente enor-me do movimento opera-rio de massas na Ir.glaterra»,

Não foi assim poi aca-so que, nos fins do decô-nio de 90 do século passa-do, a burguesia inglesalançou-se contra os sindi-certos, contra o direito deslndicallzação dos opera-

rios. Algumas ferroviaschegaram a ameaçar osempregados de de\ni-.sí:o,Se não abandonasssci osseus sindicatos. Mas ostrabalhadores revidai-rnas ameaças com ri ç;re-/oe a burguesia, a contra-gdsto, recuou. Mas nã0 sedou por vencida. Em 1GS9.em seguida ao movimentogievista dos ferroviários daregião de Taff, as co:npanhios do estradas c'e ferroentraram com uma causana justiça ingló a. orcigin-do que os sindicatos as ln-denizassem pelos oreiuízosresultantes da greve Ò tri-bunal deu ganho na cuos-tão aos patrões e o sindi-catos de ferroviário- forermobrigado:-, a pa^ai 23.000libras esterlinas de inde-nizaçâo.

Oo trabalhadores apela-ram até para a Câ-rtcrados Lerdos, contra a ini-qua sentença que tãa gra-vemente atentava contra odireito de grov?. Em vero.fl sentença foi confirma-da; as «perdas., dos com-panhias deveriam ser co-bertas pelos fundos dossindicatos e tambím áscustas dos recursos pes-soaii; dos funcionários sin-dicais...

A Iniqüidade teve po-rém, o mérito de arrastar03 burocratas empederni-des dos sindicatos à vidapolitica. Em 1900 realizou-se uma conferência de ro-pre-sentantes de organiza-ções operárias que criouo Comitê de Representa-ção Operária, com a se-guinte composição: 41 re-presentantes da.s rrftilc!uiilons, um da FederaçãoSocial-Democrática, um doPartido Operário Indepen-dente. um da SociedadeFabiana.

O objetivo do Comitê eraorganizar a participaçãodirela dos operários naieleições p a r lamentares,com vistas à criação deurna numerosa fiação par-lamentar operária. Até on-lão, os operários que etamparlamoniarcs pertenciamàs bancadas dos Par tidosConservador e Liberal» Afrecão operária no Parla-njento deveria 'utat con-tra a *bprovação de .leisanfioperárias e em prolele leis que beneficiassemo proletariado.

Em 1906, o Comitê d*Representação Ope ráriatpa sou a chamar-se Parti-rio Trabalhista Inalei.

\

«PAGINA 10 -NOVOS RUMOS 5 I 15 10 - 1959 mmmsMmem

Padre Hmterto Cavalcanti

SENTIDO ETERNO DO MARXIS,O padre H.mbtrto Cavalcanti pronunciou ne

Faculdade de Fiioso.ia de A'agoa_. .mo' aulainaugural subordinada ao temo "Sentid, eternodo marxiimoj). O assunto da aula • a maneiropela aual foi aborria.o, além da repercussão que amesmo alcançou, revelam, inegavelmente, que tam*bém em nos. o país a doutrina dos comunistas jápenetro em amplo, setores do per.-.amonto t dacultura. Por isso mesmo e embora divergindo de ai-auns pontos-de-vista do padre Humberto Cavai*conti, reproduzimos a -eguir os principais trechosde seu trabalho, que foi pub'icado na íntegra no«Jornal de Alagoas». Os subrítulos t _nti.ii.uloi

sèo dt nossa responsabilidade.

— O Marxismo é a encarnação de grandes verdades«Marx reavivou a verd adeira e autêntica noção

do tra balho»- «Não pode o cristão, po r conta de um aquartela-

mento na fé rejeitar o diagnóstico sociológico dasestruturas do mundo contemporâneo ventilado por

Marx»O diálcgo entre marxi stas e cristãos é um diálo-

go não só possível, mas necessário».. Se pensarmos bem, 0 tempo e sempre nossoa-tiado, Mu., dei,., ruim, „ __n*,pu trubaih.u d;- uan-«ido comigo me_nm, pois j..u. nos foi possível muÍà'Wi"!d?,,a í'su''' e"t'-""»*«i uma aula',i,.fosse, iniciiilmente, «,„_ atitimc de lespcito ã cul-ura » ao «lua de cultura que leinam na Kae.il-<l-.de de 1'ilosofiH de Alagoas

* ume'..'l.n}_ntü "'"" S'" imP,wi?« e """' cullurn

C-ultm» ÍP •" "vulll'li" ":l dialética Ua pala,,a.-ulti a e coisa que exige reflexão, aproltindame,,-«et,«m • ;a" ,i" "l"'H" P "">Wtudo unidade 'ie?.._.. f.t0 lJ':t' '""'^ e '""'-amenta a unida-(ie de vida

De qualquer mam Mcolegas e o espúicu scaríssimo Pmlie Teoínne-¦ruzilhada e a<

a bondade doa niciii¦pailcamente totalitário dome meteram nes!_ en-*l'ii rslou paru vos dizer uma pala-

w-g-em. a consciência da nossa responsabilidade•niface do num,,, d.i cultura e a posição cie |,o-maíí dían,

in,rei'Ídn,1° d,ant« ^ *¦*"«» í,,mano. diante desta concepção de vida, diante de,-ta concepçío do mundo e do homem, diante d»«ehumanismo - o marxismo.K muito fácil c muito cômoda uma.-..,..,-..., rm ,acc tio problema novo colocado p*-Io marxismo, e em raee sobretudo das _Im •••¦oca assumidas p0l- éle através dos tempos, pola-"-amou com,, vem uma multidão de seres hu-manos que como nos têm inteligência e têm co-ração,•'m„ atitude de condenação -**._ pnori condennçao funriamenuda ,-,, ignmànej., c no

'pavo,pânico provocado pelo comunismo condenar**:--)«loentia, esta então é a dé uso mais comum e n*--ia maignidade qnc «U encena nem merece anossa consideração,

Iv.tnmo. diante ,<e u„, rato novo. diante _.lima concepção ra vida. (io homem e do universo,diante dc um humanismo, que se apresenta co-mo a solução dos problemas humanos e tem lc-vario uma multidão a verdadeiras atitudes he-rou.as. Não podemos desconhecer este novo fa-to, nem apenas considerá-lo como alucinação co-letiva ou, coisa semelhante, pois -Me tem sido a«ima, o ideal. „ motivação, a irá, de sei* dlvida tle ri.mi,,., qu,. se entres i.i de alma _ com,,que se sacrificam intairamente em beneficio dacausa que abraçaram.

Marxismo: magníficarealidade existencial

Nào podamos esquece, que o iriai.wmo r***-presenta hojo em dia uma realidade de tal me*.-Bltude »o '¦¦'¦¦'¦. n saber e rlfl atividade hum:-.-nos. na enciuzJlIvuln ria**- energias hislóiieas quenão podo .-cp postei«adn como coisa r'e -•¦"gunchordem ou como literatura barata, .-*. m nenhumfundamento na lealidadc s.-m nenhum aspectoexistencmj. a coisa se proc.eK.sa muito pelo con-trario. O que cnmrteri**:* o maixismo . ser èleuma magnifica realidade existencial, è ser êl_uma tciUativa dc vivência autentica _ um e-.t*ói-c« inteligentemente orientado para a descob itàde uni homem nov. . paia un*. encontro com unihumanismo qu. vcirdntleiifinienie se projete nasmedida., «o homem: um humanismo que realize

plenamente a sua definição, s.ndo ,, desabrochartotal de todas as fnciild-.de*. do homem, e desen-Tolva as virlualidnde.s nele contidas, sua. .__._..criadoras e a vida '.'a lazã . e trabalhe poi f--y."\ das forcas do mun !„ fi*;,-,, in tnim<*mo d»sua liberdade >.N'ão so trata d ,::*;,;,, p„ln e simule.-1,-..««.-¦>. -Muita gente que s. n le a , ii:.i,.H|. Mar; ja-mais teve a c-ora'.<*ni r ,, fôlego da lei seque,-* umade suas obras. (',!•;,-,. ,,„, üllvi). .,•„,. ,.';,;,. .

bassadjis_em comentado, e . -,,. vezes inescnipulo-sos, desonestos . sM*r-:-:„, ...;,„ ,li;if.ís |nfantl>ipaia. não dizer criticas indigivi-. que não se coadu-ftam d/> maneira a.lguma com .('propalada noçãoü> homem de bem. de homem sério, rie homem in-telectual e muito e mui-,,, mono.*- com a realidrdede cristão, amigo daquela liberdade qu. no** li-Heita exatamente po, „, ,.-, adesão á verdade<et veiitns liberabii vos» ,. a veiVade v*- li-berlarã

""¦ara «•criticai¦-. n miirxisinu não m- tratapois. de'arrancar dn <-riiit --:;:,, pioposiçõe,- isoladasO marxismo é um lodo; su,, d ui tina apresentaum„ surpreendente coerência, uma unidade dcnstas. Tudo ter*, nele eu lugar, Quando, em pie-ftença de uma filosofia <!,, homr-m que engloba atotalidade do.s problemas humanos, inclusive "spropostos pela existém-ia rui não existência deDeus, reduzimos... defesa o«, ,, ataque só a em-ramuças, é reconhei -,, que no.*- falta o golpe cl»vista sintético do e-.ir.-itejji.-t.a. qu» de um sóolhar envolve lodo „ ,**'u>p., ri. batalha.

Tal método sc arrisca po: certo a nào fome-cer aos que só pensun em téinms de polêmicasde rua, urna sul 'isiu, nbim(l'\nc:a dr sloga.ns ¦far-e:.;. Jí?. irrita-se |.icí*isan'enti de sab**1*- setemo-, vigor intelcc.iia! paia nã,, no., contentai-mos com a t'-*-.-:!-.;.=,j.-. _n,- in^an... . ,. mia alwr-darmos de fiei*,;- ,, estudo dj uma doutrina dohomem. m.;a envergadura desconcerta espirito.--•etreitos habituados somente ao? malabarismo,oratórios de comicios fleitorais 1'rna vez que hajio marxirmo urna doutrina do homem, é misterempreender-lhe o exame dc um ponto-de-vistabastante elevado, a fim de perceber toda sua coo-rèneia Interna

Ou entramos numa rase de realismo cristãoTivido, fase d» seriedade ausência dr ingenui-dades. discussões honestas, espirito de cultura¦***._<¦(uisa sincera ria verdade, ou então seremos«ternamente vitima.? de um "ídículo acabmnh*.-

dor e de uma operosidade o. >-ii*nttlr*,i)OM o. areiaua praia,

Não nos conduzem nesta aula inaugural _evidente nenhum espirito de destruição, nc-nhunia atitude de zombaria, ma.- simplesmentea vontade sincera de transmitir uma inquistacáo- de localiza, com sinceridade <• honestidade muKrande problema 0 marxismo naturalinen.•o dentro das nossa, limitações de lemn,) . decompetência.

A humilda*»» <¦ . ,-iu,,, naiurn, unne -», de«envolve « viu& ¦}.•. -aóruem que estuda, Caila vezque nos aprofundamos mau e que vlsliimbmmo,o mundo da nossa ignorância e no. extasiamosdiante do mundo da culturaPois bem. meus caros amigo*? ¦• dentro destahumildade que penetramos na amilis , nossotema: cDimensao eterna, do MarxismoQueremos dizer com ôsse tema, naturalmcn-te generoso e sumamente ousado, que 0 marxis-mo tem uma dimensão eterna perdurável un,valor pennnnente qne não pode sumariamente seidesprezado por conta de seu atei. mo. Rie encer-ia uma problemática original do homem e domundo e e unia tentativa formidável de soluçãodo problema do homem na sua projeção nu hiato-ria. Sobretudo se olharmos pata o plano exislen-ciai do homem inserido na história ,|,, homemconcreto, constatamos que o marxismo tem sidoa idéia força, tem sido « _oncopçã0 d. vida deuma grande parto da humanidade. Sabemos que-. erro não subsiste , que se „ marxismo náof"-sse uma concepção que tivesse suns raizes narealidade de há muito que teiia sido banido porf-rca_ de sua «nppificiaJidade

Apoi tecer considerat.ves « respeita nniminência do malerktluiho de Fenerbaeli t>.da dialétic» de Heye.l na obra _*« Man. o1'arlre Humberto Cavalcanti assim prosse-auill .sita auln

r ..indo do idealismo de Hegcl e si* aprd-lindando no niaterialismo de Feuerbach, Mmx'firmava que a atividade primordial c|0 homem•ia a .atividade fisica concreta . f;le toma otomem concreto, o homem com o seu trabalho,• homem na história, em suas relações com a na-tu reza e cum os seus semelhantes.

l-'ai. conseqüentemente, negai |,„|_ p,.-is..,.rnentò puramente teórico, toda especulação des-iy-ada da ativiilade prática. Xã., admite umaluzào contemplativa, mas a verdadeira razão èconquistadora, é trabalhadora, c urna razão trans-formadora do mundo.Escreve ela em suas tese.- sóore Fenerbaeli:? A questão do .-abei .-.,. pode o pensamento hu-"ia.no atingi, uma verdade objetiva não ê mim

questão teórica, poi cm prática. E' n-, pra.•,*,-•i.-ie o homem tlove demor.i rã,- a verdade, i.-ir, ".a realidade, a força, a piecisão s\e seu pensa-monto. K' urna questão puramente escolástica tcontrovérsia sobre a realidade ou a não i «alicia-de do pensamento isolado da praxis . ¦*•*¦*¦•, fi-/.eram os filósofos ate aqui mai,. do que o: •*,,,!¦lo mundo d!'>i'**n'»« interpretações; o que im'aorta c transformá-los

A praxis- c o liuuiamcnto da argumontaçáude Marx. Ela é a atitude do homem concreto, queraciocina a cada instante com o seu ser total, eu-quanto pensa e enquanto realiza. E' a atitudedo homem jogado na existência concreta. 11comunismo autêntico nã() pode pensar sem atuar,nem atuar sem pensar*.. Será assim unia uniãointima entre a teoria e a prática.

Aqui se insere a ¦.•matéria* no pensamentode Marx. fclsta atividade fisica concreta ê a rea-lidade histórica sepaiada de qualquer elementotranscendente, E a marca fundamental da rea-lidade histérica c a matéria«. Para Mara, nhomem vem da matéria, e todo o pensamentohumano com tôdas as suas criações se reduzema uma. supevestrutura*.-, condicionada pela evo-lução da --infra-estrutura .

Como vedes meus caros amigos, a coisa es-tá se complicando, poi- o pensamento de Mmxnão é brincadeira e está a exigi,- muito fôlegopara que seja penetrado analisado e compreen-lido.

Vamos dai a palavra ao próprio Marx, pc-ia que possamos entender melhor o seu voca-bulário.

No prefácio da Critica da Economia Políli-.a". Marx nos ciiz como é que .surgiu esta concep-ção materialista da história: Minhas pesquisasconduziram a este resultado; qu,- as relaçõesjurídicas, bem como as formas do Estado, nãopodem sei compreendidas por si próprias, nempela pretensa evolução geral do espirito huma-no, mas, no contrário, deitam Mias raízes nascondições materiais de existência, cujo con jun-to Hegcl. a exemplo dos ingleses e franceses rioiéctilo XVIII, compreende sob o nome rie "socíe-dade civil>. Marx vai mais longe ainda e proemarnalisar quais as causas determinantes dessa .o-ciedade civil, ou melhor, quais são as ¦ condiçõesmateriais da existência onde a sociedade civillei'.*i a= suas raizes,

Plekhanov, um dos maiores teóricos no mar-'•; liro, ?õbre quem I.ên:n escrevia: pcn.-i, quenão é demais observar aos jovens membros rioPartido que «mão é possivel; tornar-se um ver-('adeiro*.- comunista, dotado dc consciência declasse, sem estudar friso estudai , — turlurnie Plekhanov escreveu sóbre filosofia, puis ,.o que há de melhor na literatura inte.rnacicnalrio marxismo:*. Plekhanov explica o texto cieMarx. há pouco citado: .Assim, é o estado eco-nómico de um povo que determina seu estado -"-ciai, e o estado social de um povo determina por-ua vez. seu estado político, religioso e assimsucessivamente. Mas, perguntareis, o estado "ru-

nónt*«_. _»„ ktk ojvj.-.v por sua vo..'.' Sem dúvida,como lòcia. a. coisas do mundo, tem sua causa,e esta causa, causa fundamental de toda evo-lução social e, portanto. de todo movimento his-tórico, é a luta que o homem trava com a na.tu-reza paia aauegunir sim própria existência*.

Se quiséssemos exiiniinar o pensamento <••Marx como força ascendente, diríamos que uabase desse imenso edifício se encontram a.s -tói-ças produtivas materiais.. Estaa forças produ-tlvas num determinado grau de seu desenvolvi-mento determinam as «relações de produção^. Oconjunto destas relações de produção constitui,i estrutura econômica da sociedade. Esta estru-tura econômica, que é a «infra-estrutura:*., é abase real sobre a qual se erguem as .supcrestiii-.'iras-, isto é. a família, 0 Estado, o direito, aciência, a arte. » filosofia, a religião, ou sejaindo aquilo que são foi mas dc consciência so-dal, Tudo depende das condições materiais daexistência ou seja do modo tle produção.

Km -ec/idí/íi. o Padre Humberto Cavalcáit-ti cita longo trecho de Marx sóbre o eondi-eiouamento do processo de vida social, pt,-litica e intelectual ao modo dc produção _sóbre o mecanismo das, Iransjorinações evo-ii.tivas nos sistemas *ori_i*. e prossegue-

Kesumindo o pensamento de Mara. diríamos:o estado das forças produtivas determina as re-laçõe.s de produção, e estas determinam tôdas asoutras relações quP existem entre os homena navida social. Segundo Mara, as forças produtiva»sao a resultante ela luto que o homem trava coma natureza para assegurar sua própria exis-téncia.

Como se nota, é determinante r importan-cia que Marx oferece à» forças produtivas

Tentaremos explicitar melhor o nosso pen--amento. Toda a vida social e conseqüeniemen-te a.s suas stipercstnituras l Estado, Direito, Ar-le, Ciência, Filosofia e Religião) são determina-das por um certo estado de desenvolvimento dasforças produtivas. os fatos decisivos no proces-so histórico não são as idéias; são o estado dr*di senvolvimento rios meios tle produção, o mo-do de produzii Se este sc transforma, transiu,-innm-se também as relações da produção n m*-rl*ni social c as superestriituras ideológicas. "l*'-';i'in. o Direito .*¦ Arte a Filosofia u a l>li-

Efapas históricas dasrelações de produçãol'or isto que as diferentes einicas historiei'*»

das relações ria produção, que .-ao po, sua vezdeterminadas por um certo estado de desenvolvi-mento das forças produtivas, com as suas super-estruturas, isto c. formas politico-jttridicas ecorrentes ideológicas correspondentes, formam nmlodo fechado, um sistema único, ou seja Um si*-!-icma de «formação da sociedade:. liste sistemacie "formação da sociedade" obedece a cinco fases,isto c, se desenvolveu em cinco etapas atravê.-da história: l'i a sociedade primitiva sem ela.'-es. onde o Marxismo distingue três períodos: asociedade anterior ao aparecimento dos tronco."étnicos, o matriarcado c atinai o patriarcado. '<?'' a¦sernvatura que foi iniciada eom o patriarcado.i'i o feudallsmo, no qual o hoinern é propriela-

rio dos seus instrumentos de trabalho, mas ain-Ia e escravo da terra, não pode se libertar « «terra. *t'i o capitalismo, a parti,* do século VI.Essa etapa Marx a caracterizou por dois fatos:,-, concentração cios nieios de produção nas mãosd, um pequeno número e o aspecto comunitárioda organização do trabalho. Surge, então, a con-tradição entre o caráter comunitário do Trabalhoe a propriedade privada, desencadeanclo-se as-sim a luta de classe, a luta do proletariado con-Ira a burguesia, .Vi com n revolução proletáriasurge a quinta fase: o comunismo, que está emgestação desde a revolução de outubro de 1917 naRússia. Esta última fase tem dois momentos:im momento de transição onde se estabeleceu aditadura, do proletariado, e a abolição dns elas-ses que lhe são hostis. E' o socialismo. Nesteprimeiro momento, a grande norma é esta*. Acada um sc exige segundo as suas possibilida-rlcs. e se retribui segundo o seu trabalho.*.

Surgirá, depois, o segundo momento: o co-iiunismo propriamente dito, no qual Ee ultrapas-sa a divisão do trabalho, que escraviza os homens.Haverá unia tal abundância das riquezas coleti-.'as, que a grande norma será a seguinte: "Tra-balhe cada nm segundo as suas possibilidade?rl.ir-se-lhc-á segundo as suas necessidades.. Uaia famosa expressão de Marx: •O comunismo.sendo um naturalismo acabado, coincide com ohumanismo, '' o verdadeiro fim da qucrela un-ire a existência e a essência**entre a liberdade«. a necessidade, entre o indivíduo e a espécie.l'.r*.olve o mistério da história e sabe que o re--olvo . Estaria criada, assim, a Sociedade, ondeo trabalho é a Única medida tio valor dos homens.

Marxismo: humanismodo trabalho

O humanismo marxista .»e realiza pelo tia-bnlho o homem se compjeta a si mesmo pelo

trabalho, liste' pleno e livre de.-tciivulviiiienlo delòdas as suas facilidade, _ vlrtiiulidatle.s ç na-lizado por este poder demiúrgico, que é ^'\\ pri-viléglo exclusivo: o trabalho

O trabalho é a raiz de tôdas as atividade-*propriamente humanas, éle se situa no centio davida humana e po,- êle o homem domina « nnlureza. Deixemos Marx falar: A primeira vista. "trabalho é um ato que se processa entre " ho-mem e a natureza, o homem que trabalha c co-mo que um gesto da. natureza. Movimenta fôr-ças e membros a fim de assimilar a maléria edar-lhe uma forma útil à vida», (O Capilal, lifará o homem socialista, toda a pretensa his-tória universal é apenas n história da criação nohomem pelo trabalho humano". (Manuscrito. 18841,•Ao me.smo tempo que o homem age, modificai--d0 a natureza exterior, êle modifica sua própnanatureza e desenvolve as ¦.-irlualiclaclos nela ador-meadas". (O Capital. II.

Pelo trabalho, o homem hii.iA-úza a nata-reza e se humaniz-i a si mesmo

Marx reavivou a verdadeira . autentica noçao do trabalho. f.ste aspecto criador e renova-dor do trabalho muitas véze.s na história foi co-locado em segundo plano e ãs vezes esquecidopor uma Teologia e unia meu ai que fazem lem-biar quase que exclusivamente a maldição queDeus fêz pesar sóbre „ trabalho do homem de-pois d0 pecado original.

Encontramo-nos, meus amigos, diante de umverdadeiro humanismo do trabalho. Muito teria-mos ainda que dizer sóbre ,*¦ trabalho, sobre anoção de Marx a respeito da . Inde sem cias-ses, que não é absolutamente cm igualltarismo,um nivelamento. Mas. este n góeio

'já, vai mui-

lo longe e c preciso chegar iu, fim.

A necessidade do diálogoentre marxistas e cristãos

Num esforço do siuir... muda que suniamen-te superficial, vejamos quais os pontos pelos quaispoderíamos afirmar ter o marxismo unia dimen-•são eterna, um valor permanente e ser uma en-eaiTiação de grandes verdades.

Não ê tempo nem hora (j. rios aprofundar-mo* numa critica d<, marxismo. Bastam a suanegação da transcendência, n sua negação deDeus. o seu atcisnío militante para que éle ap.a-"*ça claiidicanle no campo mesmo da filosofia,na órbita da razão natural,

Mas. nao será simplesmente por conta disso,que lhe negaremos nm valo,- duradouro, capaz deser uma totalitária concepção dc vida. A sua aná-lise do plano econômico, polilico, cultural o alemesmo as suas perspectivas dc redenção do ho-mem pelo trabalho são valores que, que, queira-mos que,- não. continuarão batendo na nossaface ale que os nossos olhos se aluam paia a rea-lidade (- nos joguemos na redenção .Io, nossos ir-mao. sobretudo os nossos irmãos trabalhadores,vitimas de uma onli-ni social estabelecida iiiii-'"¦nia e injllstii

Nao pode n crisiàr,. po, coma d,, uu, aqiiar-"'ainenln na le. rejeiia, „ diagniisl:,,, sociológi-•"* das estruturas d,, mundo contemporâneo ven-I liado po,. Ma ix.E mnis ainda. s,. nlluirnios paia o b'*,n i-o-liioiu temporal que - ,,.,: i,„i cn .-i mesmo, nãoobstante ser um fim infrav nte, mu fim in-'".mediano* ,„ olhar, pni.a a órbita sio tem-

I' Il CO,n :, sllli iillliinumÍM e. p, eifj,*,, ,. ,,, | ,,, ,.mola. o dialogo enlr,. marxistas e cristãos é mu¦¦•'•":." nao -o possível, m;,s neeessárici,a ..instante d., fato, econômico na* rela-\*""s humana.-. ,-, revivescêncin da causalidade ma-""iu lassunto magnifieo, mas sobre o qual nao

podemos mais falar por emita da ixidadeias perspectivas geniais da era -Ia máquina, ..processo de alienação humana no regime capi-talista, a concepção de trabalho, são valores qimpermanecem em toda a duração ria história liu-mana.

Dizíamos qu,* „ diálogo s-oU(. marxistas «-cristãos era não só possivel. maR necessário Ka convivência pacifica ai está como a maio,- afir-miiçfio de homens livres e para nós cnnio umaexigência da Caridade, d,, amor mútuo.

Liquidar a exploração, amiséria e o sofrimento

A promoção humana é um falo. A promo-çao da classe operária é um fato, contra o qualnao valem argumentos, nem tampouco reaçõesdoentias, medrosas, simples frutos de uma igno-rantia clenchi, o„ mesmo dc um,*, preguiça iu-telectual congênita.O que pode preocupar o cristão é o modo'•radical» como esta, promoção é feita pela revo-lução, segundo H concepção marxista.Inquieta-nos a necessidade marxista da lutade classes, porque temos uma esperança cristana promoção do homem realizada pelo tamor•Mas. para aqueles que não entendem ou não que-rem entender a obrigação do amor aos irmãos •ns necessárias conseqüências, nós gritaremos coma -justiça*.. Nas condições históricas em que. vi-vemos, não lutassem os trabalhadores e conti-nuanam a ser explorados por esta gente qne• paic.ee so possuir estômago' e ruindade no cora-çao. Nao gritassem os trabalhadores c teríamosh legalização cio legítimo direito dc greve'.' Não

gritassem os trabalhadores e teríamos uma le-gislaçao trabalhista, coisa ainda muitíssimo re-duzida segundo as exigências da Justiça e daLandade? Q„e eles gritem, sim, e nós réfor--.'.'remos a sua grita ato que sejam abalada, a.,colunas do templo dos deuses mignons, 0 di-nheiro, a ambição. a miséria. a,s atitude., me.,-erupulosas. as perseguições, o paternalism-,'.vejamos ruir um mundo de injustiças para .advento de unia nova era.Qu. vos fiquem oslas palavras, meus anil-gos. como o teslenmnho de uma inquietação d»cultura e uma vontade séria de que a nossa men-talidade se abra pelos quatro horizonte*; da terrase perca pela imensidade do infinito e Sp en.on-Ire com o noswi Deua, fonte perene da Verdad.e do Bem,

9 i 15 - 10 - 1959 m.., i I.V- NOVOS RUMOS .PAGINA 11.

FRIGORÍFICOS EXPLORAMPRODUTOR E CONSUMIDOR

FRIGORÍFICOS SO OBEDECEMAO GOVERNO AMERICANOCom a Interferência diretaa das embaixadas amerlca.

na e Inglesa e, posteriormente, as Instruções enviadaspelo Governo de Washington aos frigoríficos norte-ame-ricanos (Wilson, Armour e Swift), ficou amplamente ca-racterlzado o que sempre afirmamos sobre o abasteci-mento de carne no Brasil: é controlado pelos frigorifi-cos estrangeiros que, operando como monopolistas nosprincipais centros consumidores, sonegam o produto di-tam os preços e Impõem privações à população.Como foi noticiado pelos jornais e estamos segura-mente informados, o ministro Horácio Lafer, em fins dasemana passada, foi procurado pelo embaixador americn-no, mr. Moors Cabot, que solicitou oficialmente ao Go-vérno brasileiro o reexame da questão da intervençãonos frigoríficos. Essa Intervenção, decretada depois queo general Urural Magalhães assumiu a presidência daCOFAP, não foi efetivada, ficando em suspenso, à esperade que os trustes da carne cumprissem os compromissosassumidos com as autoridades. Foi em face da intervémção iminente que o embaixador ianque interveio e comosua impertinência não tivesse surtido o efeito desejado, oDepartamento de Estado apressou-se em aconselhar osfrigoríficos a um recuo temporário, até que passe a fa-se aguda atual, quando, então, eles voltarão à política desonegação para forçar a alta do alimento básico.

Por outro lado, em face de divergências que surgiramno seio do Governo, o general Urural Magalhães de-clarou que pedirá demissão caso as autoridades recuemdiante dos frigoríficos.

A descarada ingerência de governos estrangeiros numassunto puramente doméstico do nosso pais está suscl-tando indignação. A Câmara Municipal d0 Distrito Fe-deral votou uma moção de protesto contra a intromis.são dos embaixadas americana e Inglesa, e o PartidoTrabalhista Brasileiro anuncia que lutará pela naciona-lização dos frigoríficos.

Depois de uma semana deavanços e recuos sobre a in-tervençáo efetiva nos frlgo-rificos, começa a ficar claroque estes conseguiram maisuma vez escapar do controlee continuar realizando seusfabulosos negócios- Desta vez,como a ameaça fosse maior,estando o presidente daCOFAP disposto a não se 11-mltar aos açougueiros, osfrigoríficos apelaram até pa-ra os embaixadores dos Es-tados Unidos e da Inglaterraem busca de socorro.

Apesar dos desmentidos depraxe, está mais do que pc-sltlvado que os representou-tes diplomáticos dos mono-pólios 'no caso os frigorifi-cos Armour, Wilson, Swift eAngloi não hesitaram em"chamar às falas" o sr. Ho-rácio Láfer, ministro do Ex-terior, lembrando que o Bra-sil não poderia contar coma "boa vontade" dos EstadosUnidos e da Inglaterra se seconcretizasse a Intervençãocontra seus protegidos.

Também o coronel DaniloNunes, transformado por umpasse de mágica em economis-ta e grande defensor da "ini-ciativa privada", foi convo-cado imediatamente para co-locar o mecanismo da Co-missão Coordenadora doAbastecimento, da qual é di-retor, para torpedear os es-forços do presidente da CO-FAP. Na última hora, os fri-gorlficos de São Paulo man-daram para o Rio quantidadede carne suficiente para o

consumo racionado de algunsdias e o general Ururaí retl-rou o seu ultlmatum.

PORQUE i NECESSÁRIA ANACIONALIZAÇÃO

A necessidade da naclonall-zação dos frigoríficos vemsendo defendida pelos téc-nicos nacionalistas há mui-to tempo. Durante uma dasmaiores crises, em 1854, o co-mandante da Policia Militarde São Paulo, convencido dequc era inútil continuar pren-dendo açougueiros juls usmaiores responsáveis pelo pro-bleina erum as frigoríficos,pediu carta branco ao entãogovernador Jânio Quadros,comprometendo-se a resolvera crise em pouco.; dlns. A res-posta do entreguista Jânio

veio no dia seguinte, afastan-do o comandante de seu põs-to,

O que o governo sempresoube, mas que só o.s naciona-listas denunciam, é que os fri-gorlficos, embora só tenhamconcessão para explorar a in-dustriallzação da carne, en-gordam em suas invernados40r'r do gado abatido. Alémdisso, diante do atraso de nos-sa pecuária e da falta de ns-sistência técnica e financcl-ra, controlam outra parte con-slderáve! do gado graças aosempréstimos a que os peque-nos produtores tém que recor-rer. Dessa maneira, conser-vam o~ preços p:>"os ao pro-ri"'or em nível muito baixo,

Durante 15 horas conse-cutivas, Recife pratica-mente parou. Das 10 horasdo dia 29 até às 2 horasda madrugada do dia 30de setembro, não havialuz nem energia, t. fácilimaginar o que Isto sig-nifiea numa grande cida-de. Hospitais às escuras,centenas de elevadores pa-rados (alguns fora dos an-dares), o pânico. Milharesde pessoas subindo e des-cendo as escadas de ele-vados edifícios. Jornaissem circular, emissorasradiofônicas fora do ar.Sorveterias, teatros, eine-mas, frigoríficos, tudo pa-rado. Os telefones do Re-cife, já ruins, emudeceramde todo. Por falta de bom-beamonto, poucas horasdepois de ter faltado ener-gia entrava em colapso oabastecimento dágua. Pior,muito pior: *Se, na atualemergência, o curte deenergia durasse <!8 horas— disse o diretor do Oe-partamonto de Saneamen-to do Estado — os efluen-tes (distritos de esgotos!ficariam na rede rie esgn-tos sem movimentação e acidade porieria tornar-sede vivência insuportável».

VELHACARIA DA"TRAMWAYS"

Logo que as emissorasvoltaram ao ar e os jor-nais puderam ser feitos,começou a ser divulgadoo seguinte «Aviso ao Pú-blico», distribuído pela fi-liai da «Bond & Share»,

MPAIO RESPONSABILIZARECIFE SEM LUZ E SEM FORÇA

CID SATRAMWAYS POR NEGLIGÊNCIA

Apanhada em flagrante por não cumprir uma dascláusulas do contrato de concessão, a filial do trus-te americano procura eximir-se de culpa, em notamentirosa ao público — Reportagem de HIRAM PEREIRA

neste Estado, a Pernambu-eo Tramways: «A Peruam-buco Tramways & PowerCo. Ltd., comunica aos se-nhores consumidores quea interrupção no supri-mento de energia elétricaa esta Capital, entre as10.52 horas de ontem, dia29-9 e 02,10 horas de hoje,foi devida a uma falha nalinha de transmissão riaCia. Hidroelétrica do S.Francisco.

'Nenhum» annrmalida-de ocorreu n« seu sistemade distribuição, o qual seencontra em perfeitas con-dições de continuar ofere-cendo aos senhores ennsu-midores o serviço normal-mente prestado. Recife. 30de setembro de 1959. A Ad-ministraçáo*.

GOVERNADOR PÕE OSPONTOS NOS ii

Entretanto, as coisas náosáo exatamente como dose-

jaria quo fossem a empré-sa imperialista, £ bastan-te elucidativo este ofícioenviado á companhia pelogovernador do Estado, sr.Cid Sampaio:

"limo. Sr. Superintenden-te da Pernambuco Tram-ways and Co. Ltd. — Nes-ta.

Tendo em vista a faltade energia elétrica nestaCapital, por mais de 12(doze) horas seguidas,ocorrida ontem, criando aoEstado dificuldades dc tô-da ordem, indago o se-guinte:

Qual a razão pela quala Pernambuco Tramwaysnão pôs em funcionamentosua estação térmica, paracasos de emergência, quan-de a CHESF deixou de for-neeer o suprimento prima-rio de energia de que éencarregada ?

Saudações. Cid Sam-paio, governador do Esta-do».

CARTA DO SERTÃOLajc-sêca de seu Termo,Cumpade Mane Nastaço:Ti dô nutiças d'aquiNessa carta qui li faço.

ZÉ PRAXÉDI — o poeta vaqueiroSe o Brasi tivesse duzasDe hoines daquela ispeça,Ninguém passava mais fomeNuma terra coma essa

Pur farta chuva e dinhêroO Norte tá terra morta.Nas rua num tem mais fera,Você vê nessas rebêraUm pidinte im cada porta.

O douto José GouveiaEra o pai dessa pobreza.Bastava a gente tê fomeSe ia lá na certezaDe se trazê quarqué coisaQui sobrava im sua mesa.

[Mandava casa os pobeE batisá os cristão.No dumingo im casa deleSe juntava um bataiãoDe gente das redondeza:Os infiliz, a pobreza,iam lá pidi o peão.

Parecia sê terra nossaAs terra de Zé Gouveia.Se trabaiava de terçaAdonde os outo é de meia.

Trazia da capitaFarinha, mio, fejão,E alegue e discançadoMandava vende fiadoA toda população.

Tinha iscola na fazendaPrus fi dos pobe aprende.Curava os duente todosSem dinhêro arrecebê.Matava um boi pru sumanaPá pobreza fornece.

Num sei pruquê a puüçaNum laigava sua pista.O douto viu-se forçadoMuda de ponto-de-vista.Os coroné das ardeiaDiziam qui Zé GouveiaEra um puro cumunista.

Na nossa terra madrastaO qui é bom já num dura.Abençôi meu afiado:Cumpade Mane Ventura.

O OUE DIZ O CONTRATO

Tem toda razão a soli-citação de esclarecimentosfeita pelo governador àempresa norle-americana.Efetivamente, reza a elAu-sula rie número 21 rio con-trato de concessão firma-do eom o Estado:

«A concessionária pode-rã, também, mantida en-tretanto a sua responsabi-lidade para todos os efei-tns desta concessão, utili-zar-se de energia elétricarie terceiros por estes for-necida para iluminaçãopública e particular (...)Se a enncessionãria apro-veitar-se do direito rie sesuprir de energia elétricade terceiros para a ilumi-nação pública, se obriga-i:i a construir e entregarnn Governo, no fim do pra-vo ria concessão, uma usi-na em condições de produ-zir a necessária e sufieíen-te energia elétrica parailuminação pública, etc-

INDIGNAÇÃO NACIDADE

Prova de que está ca-ractorizada a responsabili-dade ria empresa imperia-lista no acontecido é aenérgica nota divulgadapelo conservador -Jornaldo Coméreio>-, sob o titulo

Incúria e Inépcia». Diz, acerta altura: *\ Pernambuco Tramways. enquantoisto, prepara o seu legadofúnebre ao Estarlo: umasucata imprestável, queante a falta de fiscalizaçãodas autoridades, lhes seráentregue em condições ca-da vez mais precárias. Aestação subsidiária, condi-ção imnosta á eoncessio-pária para o bom cumpri-mento rie suas obrigações,não existe-.

Desse tnnrlo, foi precisoque houvesse ocorrido talacidente para que se viés-se a saber, por informaçãodo governador rio Estado,que repartições federais, árevelia rin Governo e riopovo rie Pernambuco, estãopreparando o caminho pa-ra assegurar a renovaçãorio contrato ria Tramways,que termina em 1902. Paraos recifenses, a não reno-vação riésse contrato é pon-to pacífico, mas o que aca-ba rie suceder mnstr;i cln-ramonte que essa legitima.Tjni-.içMn " ¦ '-erá alem-i ': poderosacar- ... ;... ; pular.

Impedindo o crescimento e amelhoria da produção.EXPLORAM O PRODUTOR

E O CONSUMIDORComprando o boi a preços

baixos, os frigoríficos estãoem condições de vender acarne também por preços re-'ativamente baixos, inelho-rando a situação do consumi-dor. Entretanto, como elescontrolam mais de 70% dacarne vendida aos utacadlstnse retalhlstas dos grandescentros, forçam os preços quequerem. E' por isso que o P»'e-ço da carne aumentou'quasetrinta vezes de 1937 até hoje.

Os matudouros municipais,que poderiam fazer concorrèn-cia aos frigoríficos, contribu-indo parn aumentar os preçospagos ao produtor, ou diml-nulr os preços pagos pelo con-sumidor, não estão aparelha-dos para aproveitar todos osprodutos e subprodutos do boi.Disse modo, não podem pa-gar mais do que os grandesfrigoríficos estrangeiros, e~osprodutores preferem venderpara os trustes.

O BOI EXISTEO coronel Pedro Rodrigues

da Silva, interventor da CO-FAP em São Paulo, percorreuo interior do Estado e partede Mato Grosso, comprovamdo a existência de grande nú-mero de cabeças de boi gor-do. em condições de ser aba-tido. As boiadas pertencemaos frigoríficos estrangeiros,ou a agentes e fregueses dé-Íes. Apesar de ainda não terterminado o periodo da entre-safra, que vai até novembro,não há motivo para 0 regimede racionamento que os fri-gorlficos realizam para con-seguir o aumento ou a libe-ração da carne antes do Ini-cio da próxima safra. Paramostrar que não há falta doboi basta assinalar todavez que os frigoríficos sãoameaçados a carne aparece.Além disso, a concessão aosfrigoríficos para que exploremo abastecimento de carne con-tém cláusulas que obriguema manter normal o abasteci-mento e a guardar gado parao período de entre-safra.

Desse modo, a cantilena sfl-bre a necessidade de defendera "Inic.ativa privada" náopassa de máscara para evitarque sejam postos em perl-go as lucros e a posição mono-polista dos frigoríficos.

APOIO DA UNEEm nota distribuída á Im-

prensa, a União Nacional dosEstudantes sc .solidariza comas medidas de intervenção nosfrigoríficos determinadas pologoverno e repele a pressão tiasembaixadas estrangeiras, sa-ilcntondo o seguinte: "O queexi;:e a nação é a inteira con-sermão da iniciativa. Prossi-ga se na intervenção militaraté o povo ter carne em seuslares, a um preço compatívelcom o poder aquisitivo do tro-balhador nacional. Nãn recueo governo dlonte dos grupospoderosos, entre os quais sedestacam, agora, como intran-slgentes porta vozes, exercen-do coação sobre o nosso Minis-térlo das Relações Exteriores,os chefes das legações diplo-mátlcas dos Estados Unidos eda Grã-Bretanha em nossopaís".

DEZ ANOSEm dez anos, milhões de homens nfto conseguem

construir o seu próprio lar. Não conseguem criar parans suas famílias a segurança do presente, quantomais a do futuro, Nfto conseguem criar as condiçõesdentro das quais possam satisfazer suas necessidadesbásicas. Em dez anos muitos prédios nfto chegam aser construídos. Nem ruas. Nem cidades. E quempoderá afirmar que conquista a sua próprln foliei-dade, em dez anos? Por isso. os olhos do mundo sevoltam comovidos para a China Popular, que emdez anos de revolução, de trabalho, de educação,de sacrifícios, de sonhos realizados numa plnnifica-ção diária, construiu uma vida nova para seiscentosmilhões de habitantes. Foram barragens de rios,que antes levavam de roldão campos o camponeses,casas e moradores. Foi a Indústria pesada. Foi oaço. Foram as máquinas. Foram as escolas. As fa-zendas coletivas. Foi a llbertaaçflo de velhos precon-ceitos através do reconhecimento dos direitos da mu-lher na família e na sociedade. Em dez anos foramenterrados séculos de exploração e sobre as lajes da-quelcs séculos construída uma outra vida. A vidaque desceu das montanhas para os vales, do campopara as cidades. De aldeia em aldeia, com os gucrrl-lheiros, com os soldados do 8' Exército, com o povo,na Guerra da Resistência. E as meninas, agora, témo.s pés livres, para caminharem até as portas das es-colas. E os homens deixaram de carregar os turistascuriosos. Mas o que nos comove, particularmente, nes-ses dez anos, é o carinho, sfto os cuidados dispensadosàs crianças. Onde estfto aquelas crianças que espe-ravam o prato de sopa, nas portas das missões? Sftopassados dez anos sobre a humilhaçfto, a miséria, ovício, a caridade. Hoje, as crianças nfto precisam dasopa das missões religiosas. Não têm tempo de sepostarem diante das casas dos missionários. EstSomuito ocupadas: aprendem o que desejam.

E queiram ou nfto os Inimigos do socialismo, em,apenas, um decênio, a China Popular vem realizandonáo somente os sonhos de seu povo, mas os velhos eos novos sonhos de toda a humanidade.

LANA MONTENIGRO \t

120 Mil MarítimosCansados De EsperarMarcam Prazo: Greve

Cerca de 80 reivindicaçõesvêm sendo pleiteados hálongo tempo pelos marítimos.lYata-se, em sua maioria, dedireitos Já conquistados, masque vem sendo negados, tan-to pelo Governo como pelasfirmas particulares, aos tra-balhadores marítimos de dl-versas categorias proflsslo-nais. A protelação Indefinidada solução desses problemaslevou a que a última reuniãodo Conselho da FederaçãoNacionai das Marítimos, quecongrega mais de 120 mlltrabalhadores, decidisse darum prazo ao Governo, até odia ri rie novembro, pura queatenda às suas reivindicações,ca,so contrário entrarão emgreve como sinal rie protesto.

ASSEMBLÉIAS

Para que toda a corporaçãotome conhecimento da Im-pnrtante resolução tito Come-lho. e se manifeste sobre ela,estfto se íallzando assembléiasgerais em todos os sindicatosmarítimos do pais. As atasdessas assembléias, segundoficou deliberado, serão enca-mlnhadas à sede da Federa-ção até o dia 30 do corrente,quando o Conselho deverávoltar a se reunir, a fim de

AGRADECIMENTODE RECCHIA

uo Hospital dos Marítimos, nesta Capital, onde esteveInternado, o lider operário Antônio Recebia enviou-nos,pedindo que lhe déssemos divulgação, a seguinte carta:"Desejaríamos poder transportar para o papel tudo o quesentimos, a fim de fazer chegar nosso agradecimento acada lar, a cada coração dos queridos camaradas e ami-gos que tivemos a oportunidade e a felicidade de conhe-cer. Não temos palavras para exprimir nosso agradeci-mento e nossa gratidão aos queridos companheiros e com-panheiras que, durante nossa estada aqui, nos tém tra-zido sua solidariedade e seu carinho. Agradecemos a to-dos os comunistas que nos visitaram e procuraram cercardo maior contôrto nossa permanência no hospital. Es-tendemos também ésse agradecimento ás organizaçõessindicais e àqueles que nas visitaram individualmente, acomeçar pelo camarada Prestes — a primeira visita querecebemos — e depois sua filha Anita, suas irmãs Clotilde,Heloísa e Ligia e tantas outros pessoas de quem semprenos recordaremos.

Muitos das que me visitaram dlziam-me, ao retirar-se: "Sairemos daqui estimulados, camarada Recchia!"Mas, meus amigos, eu também me sinto estimulado e commuito mais vontade de viver para continuar a nossagrande luta, de cuja justeza ficamos cada dia mais con-vencidos, haja vista os êxitos dos nossos camaradas so-viéticos, que construíram o socialismo e oue demonstra-ram an mundo a capacidade e o valor dos comunistas.Fizeram os inimigos da humanidade engolir as calúniasque viviam vomitando contra o socialismo, o regime maisprogressista que 0 homem Jamais conheceu.

Quero aproveitar a oportunidade para agradecer tam-bém ao competente dr. Wilson Chaves, que sempre nosatendeu com todo o carinho e presteza, demonstrando suasolidariedade e sua capacidade profissional, como tam-bém ao rir. Loredam, às enfermeiras e funcionários.

Nosso abraço, por fim, ao povo carioca e, ainda, aocamarada Manoel Lino da Silva, que nos recebeu em suacasa, quando nqul chegamos".

Além de Antônio Recchia, assinam também r cartasua esposa Irvalmlra Recebia e seu filho Luiz CarlosRecchia.

apreciar o texto das atas «tomar conhecimento da posi-çáo dos diversos setores pro-fissionals que compõem acombativa corporação dostrabalhadores do mar.

REIVINDICAÇÕESEntre as principais reivln-

dicações cios marítimos des-tacam-se as seguintes; 1) in-corporação ao salário cioabono provisório de 30%; 2)extensão rios qüinqüênios aostrabalhadores das empresasparticulares; 3) pagamentodo salário família; 4) ronjus-tamento das etapas; 5) con-tlntmção do regime de equi-paração salarial entre os ma-rítimos das empresas autár-qulcas e particulares.

O atendimento cias reivln-dicações pleiteadas pelos tra-balhadores do mar está nadependência dos Ministériosdo Trabalho, Vloçfto e ObrimPúblicos, e Fazenda; da Co-mlsfão rie Marinha Mercan-te, do IAPM, da Procurado-ria Geral da República, e doSindicato Nacional das Em-presas de Navegação Marl-Uma, Da conduta dessas en-tidades, face às reivindica-ções dos trabalhadores, se-gundo declarou o sr, Thau-maturgo da Silva Gayo, pre-sidente da Federação Na-cional das Marítimos, dc-penderá a paralisação ou nãodos transportes marítimos efluviais, em todo o territórionacional, a partir de 11 denovembro.

IAPI CONSTRÓIPÁRA RICOSSAO PAULO (Da Sucur-

sal» — N0 dia 25 de setem-bro último encerraram-se nsInscrições para Iocaçáo dosapartamentos do IAPI, si-tundas na Rua CatarinaBraida, 479, no bairro dnMnóca, em São Paulo. Mi-lhares de trabalhadores, naesperança de resolver seuproblema de habitação, cor-reram nas guichês da autar-quia. Mas uma surpresa cho-cante 'hes estavn reservaria:as casas sà seriam cedidasao trabalhnrior cujo média desalários, nos últimos 24 me-ses. tivesse atingido a Cr.$8.500.00 mensais. Essa discri-minaçfto do IAPI jogou porterrn as pretensões da maio-ria esmagadora dos operáriospaulistas cujos salários nãovão n'ém de 6 mll cruzeirosmensais, e que por isso nãopuderam se habilitar a alu-gar as casas do IAPI, reser-vadns npanas pnra um peque-no número de contribuinte».

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Nno sc pode quali-ficai senão conio voi"'.'jfinoso o progressoda ciência e da técnl-ca soviéticas na con-ipiisia do espaço si-deral. Km menos dcdois anos — desde o'attçainento do pri-meiro satélite arliíi-dal da Torra, a I deoutubro de lítõT —objetos leitos pelamão dos homens queconstruíram o sócia-lismo ultrapassarama Lua e a atingirame, agora, uma esta-c. ã o interplanetáriacircunda o satélitenatural, retornandoaos espaços do nossoplaneta!

Os fatos tem mo.--Irado (pio os cienlis*Ias da União Sovié-tica, prosseguem comseus projetos ambiciu-sos. Xesia página,NOVOS RUMOS temoportunidade de mos-irar aos seus leitoresos cães e Ko/.iavka» e«Otvajnaia» (foto ciebaixo à esquerda) eou iro cão (tple a foto,lambem da AgênciaTASS, limita-se achamar de «Viajantedo espaço >, em baixoa direita), ftstes ani-mais estão sendo in-tensamente treinadospara serem enviadosá Lua dentro de mui-to pouco tempo, pos-sivelmente dentro demeses on de dias. Fi-xem-se nele.*» o.s leito-res. pois em breve es-

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H'o publicado estaimana no jornal «So*vietskaia Rossia» pe-lo acadêmico A. Stern-JVhl. Prêmio Interna-cional de Aslronáuli-ca. 0 en\'io de cães agrandes altitudes, queos cientistas soviéti-cos vêm realizando háanos, tem fornecidoinformações valiosase de importância de-cisiva para a prepa-ração do vôo do pru-prio homem. Tanto osanimais enviados emf o tf ti eles «-('ofisico.-.como nus satélites ar-liluiais, têm propor-cionado elementos arespeito da maneirapela qual seres vivo-adaptam-se às inusi-tadas condições vi-gentes no Cosmo. Kmlaboratórios especiais,esses autênticos pio-ii ei ros da astronáuticasão submetidos a umaserie de provas: su-portam um barulhoensurdecedor, o terri-vel ritmo da acelera-ção etc. Alguns deles.Veteranos dus altosvôos, passam conio senada tivesse havido:comporlam-sfi comoantes reprodtr/.em-scnormalmente, enfim,mostram que o ca-minlio está quaseaberto ao homem.conquistador do uni"verso. As outras fotosdesta página repro-dtizem o foguete A-.í.rapaz de conduzir1 .520 quilos de apa-relhamentu (à esquer-da) e lim dispositivode foguete cósmicopara alojar seres vi-vai no." > oos a gran-des altitudes (à direi-ta).

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