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    PATRCIA FERNANDA HOEPERS

    CRITRIOS DE MEDIDAS NA MODELAGEM FEMININA

    PARA PRODUO DO VESTURIO EM SRIE.

    FLORIANPOLIS, 2011.

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    UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC

    CENTRO DE ARTES - CEART

    DEPARTAMENTO DE MODA DMO

    PATRCIA FERNANDA HOEPERS

    CRITRIOS DE MEDIDAS NA MODELAGEM FEMININA

    PARA PRODUO DO VESTURIO EM SRIE.

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado abanca examinadora, como requisito obteno dottulo de Bacharel em Moda, do Curso de Moda,

    habilitao Estilismo, da Universidade do Estadode Santa Catarina.

    Orientadora: Prof. Luciana Dornbusch Lopes.

    Florianpolis, 2010.

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    PATRCIA FERNANDA HOEPERS

    CRITRIOS DE MEDIDAS NA MODELAGEM FEMININA

    PARA PRODUO DO VESTURIO EM SRIE.

    Trabalho de Concluso de Curso, apresentado como requisito parcial para a obteno dottulo de BACHAREL EM MODA, Habilitao Estilismo, do Curso de Bacharelado emModa, da Universidade do Estado de Santa Catarina.

    BANCA EXAMINADORA:

    Orientador: ____________________________________

    Professora Luciana Dornbusch Lopes

    Universidade do Estado de Santa Catarina

    Membro: ___________________________________

    Professora Eliana Gonalves

    Universidade do Estado de Santa Catarina

    Membro: ___________________________________

    Professora Maryneusa Clasen

    Universidade do Estado de Santa Catarina

    Florianpolis, novembro de 2011.

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    Dedico este trabalho aos meus Pais

    que nunca mediram esforos

    para dar o melhor possvel

    para mim e para minhas irms.

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    AGRADECIMENTOS

    Agradeo especialmente a minha Me,

    que sempre de um jeito ou outro

    me auxiliava nos trabalhos,

    na montagem de books,

    e at mesmo em pintar croquis !!

    Agradeo tambm a minha orientadora

    Luciana Dornbusch Lopes,

    pela imensa compreenso ao longo deste trabalho,

    e pelo incentivo de no desistir !!!

    Obrigada a todos meus professores, amigas e colegas

    que de uma forma ou de outra, participaram

    deste perodo especial de minha vida !!

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    RESUMO

    Este trabalho aborda os parmetros e critrios que a empresa de confeco do

    vesturio em estudo, do segmento feminino, adota para obter os valores quecompem a tabela de medidas na modelagem de seus produtos. Como referencialterico, ser utilizada a antropometria, ergonomia e as tcnicas de modelagemfeminina industrial a partir de diferentes abordagens. A metodologia empregada serqualitativa, descritiva, com base em fontes digitais, artigos cientficos, alm dapesquisa de campo, que ser feita atravs de entrevistas e/ou questionrios que seroaplicados a ABRAVEST, e a uma empresa de confeco do segmento feminino, daregio da Grande Florianpolis. A partir de anlise bibliogrfica e de anlisedocumental aborda a moda no vesturio como um produto, desenvolvido por umextenso mecanismo industrial, enfatizando o processo de modelagem e as tcnicas eprocedimentos de mensuraes de medidas para sua grade de produtos. Utilizarecursos da pesquisa exploratria, para descrever o processo de modelagem daempresa Dits, localizada em So Jos, Santa Catarina. Conclui que a empresa, noinicio de suas atividades, desenvolveu sua tabela de medida atravs de processo dedesconstruo de uma pea similar ao seu produto, sendo a modelagem de cada peafoi sendo aperfeioada, at que se chegou a uma modelagem que foi consideradacomo ideal para a consumidora Dits.

    Palavras-Chave: Medidas padronizadas, Antropometria, Modelagem, Vesturiofeminino

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    LISTA DE ILUSTRAES

    Figura 1 - Leonardo da Vinci e a simetria do corpo humano .................................. 07

    Figura 2 Pontos anatmicos para modelagem do vesturio ................................. 08

    Figura 3 Bitipos de acordo com estudo de Sheldon ........................................... 09

    Figura 4 Croqui da Coleo Doce Infncia de Katharina ..................................... 13

    Figura 5 Ficha Tcnica da Coleo Doce Infncia de Katharina ......................... 15

    Figura 6 Material para Modelagem Plana ............................................................. 18

    Figura 7 Material para Moulage ............................................................................ 18

    Figura 8 Modelagem Plana .................................................................................... 20

    Figura 9 Modelagem Plana moldes .................................................................... 21

    Figura 10 Modelagem Moulage ............................................................................ 22

    Figura 11 Modelagem plana software Audaces..................................................... 23

    Figura12 Tabela de medidas da empresa Uniformize Moda profissional ............. 36

    Figura 13 Tabela de medidas da marca Hermes para vesturio ........................... 37

    Figura 14 Tabela de medidas da empresa DAM .................................................. 38

    Figura 15 Body Scanner ....................................................................................... 39

    Figura 16 Medidas Anatmicas ............................................................................ 41

    Figura 17 Fita Mtrica Posthaus ........................................................................... 45

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    LISTA DE QUADROS

    Quadro 1 - Comparativo entre os benefcios da padronizao ................................ 25

    Quadro 2 - Comparativo entre manequins da linha fitness e linha praia ................. 49

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    SUMRIO

    CAPTULO I

    1. INTRODUO ................................................................................................. 01

    1.1. Contextualizao do Tema ............................................................................... 01

    1.2. Definio dos Principais Termos ...................................................................... 01

    1.3. Definio do Problema ..................................................................................... 02

    1.4. Objetivo Geral .................................................................................................. 03

    1.4.1.Objetivos Especficos .............................................................................. 03

    1.5. Justificativa ....................................................................................................... 03

    1.6.Delimitao da Pesquisa .................................................................................... 04

    1.7.Limitao da Pesquisa ....................................................................................... 04

    1.8.Procedimentos Metodolgicos e Estrutura do Trabalho .................................... 04

    CAPTULO II

    2. FUNDAMENTAO TERICA

    2.1. Antropometria com fins para o vesturio ......................................................... 07

    2.2. Ergonomia e o Vesturio .................................................................................. 10

    2.3. Tecnologia do Vesturio Criao, Modelagem e Ateli ................................ 13

    2.4. Tabela de Medidas ............................................................................................ 17

    2.5. Materiais para Modelagem .............................................................................. 17

    2.6. Tcnicas de Modelagem ................................................................................... 19

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    3.Padronizao do Vesturio ................................................................................... 25

    3.1.Normas tcnicas e rgos Regulamentadores ............................................... 26

    4.Escner de Corpo Body Scanner .................................................................... 39

    5.Padronizao do Vesturio no Brasil .................................................................... 40

    CAPTULO III

    6.RESULTADO DA PESQUISA

    6.1 Questionrio ABRAVEST ................................................................................ 46

    6.2 Vantagens em adotar a Padronizao ................................................................ 48

    6.3 Pesquisa de Campo empresa Dits ................................................................... 48

    7. CONSIDERAES FINAIS ............................................................................ 51

    8. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ............................................................ 53

    9. ANEXOS

    APNDICE A .......................................................................................................... 55

    APNDICE B .......................................................................................................... 56

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    CAPTULO I

    1. INTRODUO

    1.1. Contextualizao do Tema

    Diante da grande diversidade de marcas que se encontram no mercado e da vastadivergncia entre as tabelas de medidas dos produtos do vesturio das empresasconfeccionistas, transportou-se para este trabalho, vivncias prprias desta autora -

    como consumidora, com dificuldade para encontrar peas do vesturio, entre diferentesmarcas, que possussem mesma numerao e mesmas dimenses. Algumas marcasreduzem o nmero do tamanho que constar na etiqueta, porm, a medida real doproduto, de um manequim de tamanho maior.

    Como estilista, a razo que levou a escolha deste tema, foi a curiosidade emquerer estudar e analisar, quais so os fundamentos que algumas marcas considerampara definir os valores que compem a sua tabela de medidas e elaborar a modelagem

    de seus produtos.O presente trabalho tem como objetivo identificar os critrios adotados para a

    eleio dos valores nas tabelas de medidas de empresas confeccionistas do vesturiofeminino, e est baseado nos critrios de construes de produtos do vesturio, atravsda marca em estudo, respeitando as caractersticas individuais da mesma. Com umnicho de mercado amplo, e com a existncia de uma diversidade tnica em nosso pas, fundamental que a empresa saiba quem o seu consumidor, para que possa direcionar a

    sua produo s reais expectativas de seu pblico, apresentando produtos ergonmicos,confortveis, e que instiguem o desejo de consumo.

    1.2. Definio dos Principais Termos Antropometria; Ergonomia; Tabela de medidas;

    Modelagem; Padronizao;

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    1.3. Definio do Problema

    Na indstria da moda os conhecimentos da anatomia e do movimento do corpohumano, permitem que se possa criar uma roupa, modelandoa e deixando-a vestir ocorpo de forma elegante e confortvel.

    Considerando a diversidade de bitipos das mulheres brasileiras e com inmerasmarcas atuantes no segmento do vesturio, para um mesmo indivduo consumidor, asmedidas de uma pea de roupa de tamanho 42, por exemplo, divergem de uma marcapara outra, ou seja, no so medidas padronizadas. A padronizao nas empresas se dapenas em nvel de medidas para a prpria tabela de tamanhos, para a grade detamanhos. Ainda no se alcanou a to requerida padronizao nacional dos tamanhosdas roupas para toda e qualquer marca de produtos do vesturio.

    Existem Normas Tcnicas Brasileiras que regulamentam a padronizao demedidas, porm, ao contrrio dos Regulamentos Tcnicos, no h obrigatoriedade paraas empresas em adot-las. Em maio de 1995, surgiu a primeira norma referente a

    padronizao de medidas para o vesturio, NBR 13.377. Essa norma apresenta apadronizao dos tamanhos de artigos do vesturio em funo das medidas do corpohumano, para os trs segmentos: masculino, feminino e infantil.

    Para o segmento masculino, h trs pontos referenciais: Pescoo - para camisasocial e camisa esporte -, trax - para camiseta, blazer e similares -, e cintura - paracala, cueca e similares. Para o setor feminino, as medidas referenciais so duas: busto -para blazer, vestido e blusa -, e cintura, para cala, bermuda, saia e similares.

    J para o segmento infantil, a NBR 13.377, apresenta como medidas refernciasa circunferncia do trax, para as camisetas, jaquetas e para cala, saia, jardineira esimilares, apresenta a cintura como referencial.

    Em 30 de novembro de 2009, foi homologada a padronizao de medidas dovesturio beb/infantil, NBR 15.800. Aps muitas consultas com os mais variadosprofissionais como anatomistas, pediatras, confeccionistas e modelistas. Foi definidoum conjunto de 24 medidas corporais com o objetivo de melhorar a fabricao de

    qualquer pea do vesturio. At mesmo os uniformes escolares esto includos nestaregularizao.

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    A divergncia nas medidas das numeraes dos produtos do vesturio oproblema central deste trabalho de concluso de curso. Dentro deste contexto temos aseguinte questo de pesquisa:

    Quais so os critrios adotados em uma confeco do vesturio, para adeterminao dos valores que compem sua tabela de medidas?

    1.4. Objetivo Geral

    Identificar os critrios adotados em uma confeco, para determinao dosvalores que compem sua tabela de medidas para a produo em srie do vesturiofeminino.

    1.4.1. Objetivos Especficos

    Descrever aspectos e relaes anatmicas do corpo feminino; Identificar tcnicas para as medies antropomtricas do consumidor; Levantar o mtodo ABNT de determinao das medidas padronizadas para o

    vesturio; Verificar o mtodo de modelagem feminina da marca em estudo;

    1.5. Justificativa

    O estudo acerca da falta de padronizao de medidas, na modelagem do vesturio,

    relevante para os consumidores e para a indstria, ou seja, para a sociedade em geral.Um dos motivos que contribui para a divergncia de valores nas tabelas de medidas dasmarcas a diversidade tnica que h no Brasil.

    As empresas confeccionistas tm como grande desafio a criao e a elaborao deprodutos de moda que possuam alm de funes estticas, funes tcnicas, tais comocritrios ergonmicos, antropomtricos e tcnicas de modelagem, com a finalidade depromover a vestibilidade do seu produto.

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    A abordagem desta temtica no presente trabalho permitir ampliar a discussodos problemas e compreender os desafios que uma modelista se depara durante aelaborao da modelagem que no segue uma padronizao nacional ou regional.

    1.6. Delimitao da PesquisaA pesquisa de campo foi realizada na empresa Dits, que atua no segmento fitness

    feminino, localizada na Grande Florianpolis. Fundada em 1981, a fbrica estlocalizada no bairro Barreiros, em So Jos. Possui 06 pontos de lojas na regio daGrande Florianpolise, localizadas emshoppings centers e lojas de rua. Seu quadro decolaboradores diretos composto por: 35 costureiras, 25 vendedoras, 02 estilistas, 01modelista e 01 pilotista. Alm de sua prpria confeco, a Dits possui algumas facescomo parceiras, terceirizando parte de sua produo. Cria colees de moda praia,

    fitness e acessrios esportivos para o segmento feminino.

    1.7.Limitao da PesquisaPrimeiramente pretendeu-se investigar os critrios de padronizao de medidas de

    trs (03) empresas do setor, porm, foi difcil conseguir uma abertura por parte dosempresrios, em demonstrar todo seu procedimento de modelagem e fabricao das

    peas, alm, de se tornar um processo moroso. Desde o fato de se conseguir contatocom o responsvel pela empresas e/ou pelo setor de modelagem, at muitas vezes, opara efetivamente colher as informaes em si. No caso da tentativa de incluir aempresa Makenji que inicialmente seria uma das empresas a serem estudadas, no foipossvel inclu-la pois, o setor de modelagem foi transferido recentemente para SoPaulo, para ser coordenado pela equipe da empresa Zoomp. Por estes motivos apesquisa ficou limitada a uma empresa de confeco.

    1.8.Procedimentos Metodolgicos e Estrutura do Trabalho

    Para o desenvolvimento deste estudo, inicialmente fez-se o levantamento e adefinio dos aspectos significativos para os objetos de pesquisa. As fontesbibliogrficas consultadas foram de diferentes formatos, tais quais, livros, revistas,peridicos, sites, alm de fontes de arquivo particular.

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    Na tentativa de viabilizar a pesquisa, a anlise e os seus resultados, optou-se pelapesquisa qualitativa, com enfoque exploratrio e descritivo, que foi desenvolvido com ode estudo de caso.

    Para a efetivao do estudo foram adotados os seguintes procedimentos:identificao e localizao de fontes bibliogrficas, obteno de materiais, leitura comfichamento, coleta de dados atravs de aplicao de questionrio com Alexandre Melo,Diretor Tcnico Industrial da Abravest.

    A coleta de dados tambm foi efetuada atravs de entrevista com a Estilista daempresa Dits, Fernanda Badra, - complementada com a observao direta, - noparticipativa do processo -, atravs de visitain loco na fbrica, na regio da GrandeFlorianpolis. No decorrer do estudo, foram identificados nesta empresa, quais so oscritrios desta para a eleio das respectivas numeraes que compem sua tabela demedidas.

    Dentro da temtica de Padronizao de medidas para o vesturio em srie, esendo objeto de estudo os critrios adotados pela empresa do vesturio paradeterminao dos valores das tabelas de medidas de seus produtos, abordou-se nafundamentao terica quatro eixos: Antropometria, Padronizao de medidas,

    Tecnologia do Vesturio e Segmentos de Mercado.

    Para atingir o primeiro objetivo, Descrever aspectos e relaes anatmicas docorpo feminino, foi desenvolvido um mapa do corpo feminino, com suas proporesbsicas, observando as curvas do corpo humano e os principais pontos a serematenciosamente abordados na modelagem.

    Para o segundo objetivo, Identificar tcnicas para as medies antropomtricas

    do pblico consumidor, atravs de uma visita at a fbrica da empresa Dits, foirealizada entrevista e aplicao de questionrio, com a finalidade de se investigar quaise como so os mtodos praticados pela modelista, para se mensurar as medidas de seupblico consumidor.

    J para o terceiro objetivo, Levantar o mtodo ABNT/ABRAVEST dedeterminao das medidas padronizadas para o vesturio, foi elaborado umquestionrio de pesquisa, com a finalidade de conhecer o mtodo de mensurao das

    medidas que sero ditas como padres, e quais pontos consideram como determinantes.

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    Por fim, para atingir o quarto objetivo, Verificar o mtodo de modelagemfeminina da marca em estudo, foi avaliado atravs da visita tcnica, qual oprocedimento e a tcnica de modelagem que a modelista utiliza no segmento feminino,para a elaborao e confeco dos modelos a serem comercializados.

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    CAPTULO II

    2. FUNDAMENTAO TERICA

    2.1. Antropometria com fins para o vesturio

    Antropometria, palavra de origem grega,antro - homem, metry medidas.Segundo Petroski (1999), a determinao objetiva do desenvolvimento do corpohumano, ainda podendo determinar as relaes entre o fsico e suas performances.

    Entre 1273 e 1295 surgem os primeiros registros de observaesantropomtricas, atravs de Marco Plo, que a partir de suas viagens passa a relatar a

    existncia de uma variedade de raas e de dimenses corporais.Albrecht Drer (1471-1528) foi quem marcou o incio da CinciaAntropomtrica, atravs da classificao da diversidade de tipos fsicos humanos, deacordo com sua observao sistemtica e medies corpreas de inmeras pessoas.Durante o Renascimento (1300 -1650), perodo de grande valorizao esttica,Leonardo da Vinci (1452-1519) desenvolve um desenho de um homem inserido em umquadrado e em um crculo. Este desenho se referia simetria e a perfeio do corpohumano.

    Fig.1 - Leonardo da Vinci e a simetria do corpo humano.Fonte: www.areadetreino.com.br/?p=1697 acessada em 01/05/2011.

    A antropometria deriva das Cincias Biolgicas, com o objetivo de estudar os

    caracteres mensurveis e analisar quantitativamente as variaes dimensionais do corpohumano. O estudo do tamanho fsico de determinada populao pode ser feito atravs de

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    mensuraes de comprimento, circunferncias corporais, amplitude dos movimentos,enfim, classificados entre dados antropomtricos estticos e dados antropomtricosdinmicos.

    Dados estticos ou estruturais se referem s dimenses estruturais fixas do corpohumano, como por exemplo, a estatura. J os dados antropomtricos dinmicos oufuncionais, se referem medida de uma extenso de movimento de determinadaarticulao. Estes dados antropomtricos podem ser utilizados pelos mais variadossegmentos, como para a fabricao de mveis, de roupas, de equipamentos, postos detrabalho e outros. Para a indstria do vesturio, os seguintes pontos anatmicos so degrande importncia para se elaborar a modelagem da roupa:

    Fig. 2 Pontos anatmicos para modelagem do vesturio.Fonte: Acervo pessoal. HOEPERS, Patrcia F., 2011.

    Para Santos e Fujo (2003), a antropometria est subdivida em:

    A) SOMATOMETRIA estudo das dimenses corporais;B) CEFALOMETRIA estudo das medidas da cabea;C) OSTEOMETRIA estudo dos ossos cranianos;D) PELVIMETRIA estudo das medidas plvicas;

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    E) ODONTOMETRIA estudo das dimenses dos dentes e da rea dentria.

    Para se ter domnio das tcnicas antropomtricas, alm de treino, deve se tertcnicas pr-estabelecidas, tais como, quais instrumentos de medidas sero utilizados,pontos de referncia, minimizando, assim, a chance de se coletar dados errneos.

    As diferenas entre as populaes, os diferentes tipos fsicos e os vrios bitipos,existem at dentro de um mesmo pas, como por exemplo, no Brasil, caracterizadocomo um pas heterogneo, devido a uma maior variao inter-individual, causadapela miscigenao de raas.

    William Sheldon (1940) fez um levantamento antropomtrico de quatro milestudantes nos Estados Unidos, definindo trs tipos de caractersticas individuais(Lida, 1990, p.102):

    1. ECTOMORFO tipo fsico alongado, com corpo e membros longos e finos.Mnimo de gordura e de msculos. Pescoo fino e comprido, rosto magro equeixo recuado;

    2. MESOMORFO tipo fsico musculoso, com membros musculosos e fortes,pouca gordura subcutnea, peitos largos e abdmen pequeno.

    3. ENDOMORFO - tipo fsico com formas arredondadas, e com grandedepsito de gordura. Abdmen grande e cheio, braos e pernas curtos, comossos pequenos, e ombros e cabea arredondados.

    Fig. 3 Bitipos de acordo com estudo de Sheldon.Fonte: www.maisqualidadedevida.com.br acessada em 11/09/2011.

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    vesturio, visa melhoria do conforto da roupa, no s pela escolha do tecido comopela modelagem bem elaborada.

    Antes que se desenvolva uma pea do vesturio, importante saber para qualatividade essa roupa ir se destinar. Se for utilizada por um indivduo que irdesenvolver poucos movimentos corporais ao longo do dia, as medidas antropomtricasdevem ser retiradas com o corpo esttico. J se a roupa for destinada para ser usada ematividades com bruscos movimentos, as medidas antropomtricas devem sermensuradas com o limite mximo de extenso, e movimentao do corpo. Essas soinformaes importantes para serem utilizadas durante a elaborao da modelagem,com a finalidade satisfazer a necessidade do usurio, atravs do conforto e praticidade.

    A modelagem faz o desenho projetado em um plano sair do papel e se tornartridimensional, adaptando-a ao corpo que a veste. As propores do corpo e do modelodo produto devem ser estudadas com ateno, observando a anatomia, para que o corpopossa ser valorizado e estar vestido de forma confortvel. Arajo (1986) apresenta amodelagem como a arte de confeccionar moldes, a partir de um modelo previamenteestabelecido.

    O consumidor est exigente, busca produtos de qualidade, e a modelagem umsetor de grande importncia e que influi diretamente nos resultados finais de umproduto. A modelista responsvel pela produo e grande parte do sucesso do produtodepende da modelagem. No basta a roupa ser bonita, deve ter um bom caimento e serconfortvel.

    notria a evoluo dos trajes da antiguidade aos atuais, desde as tcnicas de

    execuo e confeco at a personificao das roupas.Do perodo da Antiguidade ao Sculo XIV, os trajes eram diversificados de

    acordo com as regies, e estavam relacionados com a classe social a que se pertencia,porm, as vestimentas no tinham caractersticas pessoais, somente sociais. Os trajeseram longos, com drapejados e a silhueta no era definida.

    Do sculo XIV metade do sculo XIX, os trajes encurtam e ficam mais justos.Devido ao comrcio entre os pases, as roupas passaram a ter caractersticas nacionais e

    tambm pessoais, surgindo a criao de estilo prprio, de acordo com o gosto e ocostume individual.

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    A partir do sculo XIX a velocidade das mudanas no vesturio no parou deaumentar. Em uma sociedade democrtica, onde a moda se tornou evidente, surge ento,uma necessidade complexa de distino, visando atender a afirmao pessoal, expressode idias e sentimentos, como at mesmo a identificao de um indivduo comomembro de determinado grupo. Com a efemeridade das roupas, surge o sistema deproduoPrt--Porter , do francs, pronto para usar. A produo passa a ser em srie,em tamanhos pr-definidos. Este advento tornou-se responsvel pela real difuso damoda para o varejo e para os consumidores.

    Aps a crise de 1929 os Estados Unidos passaram a taxar alquota de 90% sobreas roupas francesas. A partir de ento, s era permitido importar telas e moldes. Surgeum grande desenvolvimento da tcnica de reproduo desses moldes e telas. Osmodelos eram simples, a produo era em srie, podiam ser fabricados em vriostamanhos e em tecidos diversificados, at mesmo em tecidos sintticos.

    Agora, j era possvel criar roupas em grandes escalas industriais, com uma maiorqualidade, com grande praticidade, variedade de estilos e de preos. Este processo deproduo passa a ser mais acessvel ao grande pblico. Com uma inteno desofisticao do produto, - porm, no o tornando exclusivo, - as marcas de roupas

    passam a ter estilistas assinando suas peas. As colees da Alta Costura no so maisas que ditam tendncias, e sim, oPrt--Porter . Este, mesmo que possuindo o conceitode produo em srie, tornou as roupas com conceitos mais criativos e diferentes.

    Com muitos estilistas assinando essas criaes para as mais variadas marcas,acabou agregando valor aos produtos. Com esta rpida e evidente evoluo txtil,algumas marcas do vesturio passam a se destacar, tornam-se grandes grifes. Inicia-se o

    processo de publicidade e propaganda, tornando a grife associada ao estilista que assinapor ela, fazendo com que suas peas despertem em seu pblico um maior desejo deconsumi-las.

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    2.3. Tecnologia do Vesturio Criao, Modelagem e Ateli

    O produto de moda at tornar-se algo desejvel, percorre um longo percurso, quese inicia j no processo de pesquisa de tendncias, com oscoolhunters 1, e os chamadosde birs de estilos. preciso que este profissional tenha cincia de quem o pblicoconsumidor da marca, com a finalidade de pesquisar quais so seus gostos,hobbies ,viagens, livros, esportes, enfim, resgatar todas as informaes que iro auxiliar oestilista no processo de criao dos produtos, tornando-os conhecedores do perfil docliente.

    O estilista quem elabora o processo criativo de toda a coleo. Aps aelaborao dos vrios modelos de peas, o estilista escolhe quais deles iro compor aprxima campanha. Passa seus conceitos e idias sobre a coleo para a modelista. Estaser responsvel pelo desenvolvimento de produto, transformando a representao daidia do estilista em um objeto real, alm de tambm elaborar a modelagem e agraduao, - processo de ampliao e reduo dos moldes de cada modelo que serproduzido.

    Fig. 4 Croqui da Coleo Doce Infncia de Katharina desfile formatura.Fonte: HOEPERS , Patrcia F., novembro 2009.

    A etapa da modelagem, - seja atravs da tcnica da modelagem plana, ou demoulage , ou ainda atravs da modelagem digital, - tem um peso significante no tempo

    1Profissional que busca informaes sobre tendncias de moda, consumo, comportamento, e lugares.Para adquirir estas informaes, ocoolhunter deve participar do mesmo ambiente social do pblico a ser

    pesquisado, para entender seulifestyle (estilo de vida) e suas preferncias.

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    de desenvolvimento do produto, embora estejam disponveis vriossoftwares queauxiliam na elaborao da modelagem, preciso testar essa modelagem atravs daelaborao de um prottipo que ser analisado, e decidido se ser aprovado oureprovado. Se aprovado, esse respectivo molde dever ser graduado com medidasampliadas e reduzidas. Quando reprovado, ser ajustado e retificado o molde at que sechegue ao modelo criado pelo estilista, efetuado outro prottipo e submetido a umanova anlise.

    Conforme Silveira (2002), modelar consiste na interpretao e na concretizaodas idias dodesigner de moda, alm das informaes registradas na ficha tcnica deproduto.

    Arajo (1986) apresenta ficha tcnica, como um documento que constaminformaes importantes para a produo de produto, apresentando o que ser utilizado,tal qual, o tipo de tecido, aviamentos, mquinas e o desenho tcnico da pea, com osrespectivos detalhes de modelo.

    Desenho tcnico uma espcie de cdigo gentico da roupa, umavez que nele esto inseridas as informaes necessrias reproduode cpias idnticas. Atravs dele, os diferentes profissionais e setoresda cadeia txtil e da confeco tem preservadas as informaes, o quepossibilita uma comunicao clara e precisa, agilizando os processos

    de produo. (LEITE E VELLOSO, 2004, p.40)

    O modelo de ficha tcnica pode variar de uma empresa para a outra. A partir dasinformaes constantes na ficha tcnica, o setor de custos e o departamento comercialpodero calcular o preo de custo e estipular o preo de venda do produto.

    A seguir, modelo de ficha tcnica desenvolvido por esta autora, em sua coleo deformatura, em 2009.

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    Fig 5 Ficha Tcnica da Coleo Doce Infncia de Katharina desfile formatura.Fonte: HOEPERS , Patrcia F., novembro 2009.

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    O crescimento do setor do vesturio, tanto em dimenso nacional quantointernacional, evidente. E para que a empresa permanea no mercado competidor,alm de oferecer produtos novos, fundamental manter a qualidade do produto. E amodelagem das peas agrega um maior valor s mesmas, pois, est atrelada ao desejodo consumidor em adquirir um produto que seja confortvel, belo, de bom corte, comcaimento, enfim, que alm de vestir bem, deixe o corpo vontade.

    O estudo da modelagem envolve tcnicas e mtodos de aplicaes especficos,como a observao e compreenso do funcionamento do corpo humano, com noes debases anatmicas.

    2.4. Tabela de Medidas

    A modelagem necessita de uma preciso matemtica que represente as medidasanatmicas do corpo humano, o resultado dessa preciso matemtica representadopela tabela de medidas.

    Essa tabela com nmeros referenciais servir de apoio para a construo dasbases de modelagem. Pode ter como nomenclatura de tamanhos: letras ou algarismos

    numricos (P, M, G ou, 36-38-40). importante que os valores que constam na tabela de medidas estejam em

    consonncia com o bitipo do pblico consumidor da marca, por isso, a importncia deconhecer quem compra seu produto.

    2.5. Materiais para Modelagem

    Para o desenvolvimento da modelagem, a modelista dever ter ao seu alcance osseguintes materiais de apoio:

    Modelagem Plana (em papel craft) tesoura de papel, rgua milimetrada, rguade alfaiate, curva francesa, esquadros, alicate de pique, furador e/ou vazador, papelcraft, cola, fita crepe e/ou durex, borracha, lpis, carretilha.

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    1.Rgua milimetrada, 2. Rgua de cala, 3. Curva francesa , 4. Curva francesa (mini), 5. Tesoura depapel, 6. Alicate de pique, 7. Cola em basto, 8. Durex, 9. Fita mtrica, 10. Borracha, 11. Lapiseira,12. Carretilha, 13. Furador, 14. Borracha basto, 15. Caneta.

    Fig.6 Material para Modelagem Plana.Fonte: Acervo pessoal, HOEPERS , Patrcia F., outubro 2011.

    Modelagem Plana (emsoftware ) computador, software especfico de

    modelagem.

    Moulage tesoura de tecido, busto de modelar, tecido de algodo, alfinetes,soutache , fita mtrica, rgua de alfaiate, curva francesa.

    Fig.7 Material para Moulage.Fonte: Acervo pessoal, HOEPERS , Patrcia F., outubro 2011.

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    2.6. Tcnicas de Modelagem

    Para o desenvolvimento da modelagem, preciso saber qual o bitipo daconsumidora da marca. Como os padres antropomtricos variam de uma regio paraoutra, necessrio previamente fazer uma pesquisa para conhecer realmente quem opublico consumidor da marca, com a finalidade de adaptar a tabela de medidas com asreais propores das usurias.

    Para se construir os moldes, utilizam-se divises anatmicas, que facilitam areproduo das dimenses do corpo humano, atravs de medidas que serorepresentadas de maneira planificada nos moldes. As medidas so consideradas emcentmetros. Na modelagem as mais utilizadas so as medidas de largura ecomprimento.

    Em 1820, surgiu a fita mtrica, com a finalidade de mensurar as medidasanatmicas, mantendo a confeco dos trajes numa mesma proporo fsica.

    Para o desenvolvimento de produtos do vesturio, a tabela de medidas deve conterdados que representem, segundo Sabr (2009), medidas consideradas primrias, estas

    estabelecem o tamanho do manequim, so as maiores medidas de circunferncia docorpo,e so os pontos onde mais sofrem alteraes devido a serem regies em que seconcentram ossos, msculos e camada de gordura - circunferncia de pescoo, busto,trax, cintura e quadril. As medidas secundrias, - comprimento do brao, altura deentrepernas, largura posterior das costas, enfim, - servem diretamente como base parainterpretao de modelos variados.

    Nas peas superiores tops utiliza-se como referncia de medida a

    circunferncia do busto/trax. J nas peas inferiores bottons a circunferncia doquadril referncia principal e a circunferncia da cintura adotada como medidacomplementar.

    Ao se ter uma tabela de medidas padronizadas, importante que a empresa adoteum corpo ou modelo de prova este modelo ter suas medidas similares ao pblicoconsumidor da marca e tambm de acordo com a tabela adotada pela empresa. Omanequim de prova ir experimentar todas as peas piloto, para que se possa verificar o

    caimento da pea alm de se verificar os possveis ajustes a se fazer em cada pea.

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    Algumas empresas fazem o processo contrrio, escolhendo primeiramente umcorpo de prova, de acordo com o bitipo de seu consumidor, e depois ento, definindoos valores de sua tabela de medidas.

    A indstria do vesturio busca como forma de fator estratgico, implantartecnologias que tornem o processo de produo de seus produtos mais especficos eelaborados, com qualidade, de acordo com as expectativas dos consumidores.

    A modelagem da roupa pode ser executada atravs de duas tcnicas. Todas podemtrazer pea um resultado final satisfatrio. A modelagem plana o mtodo geomtricobidimensional, pode ser desenvolvida manualmente ou de forma computadorizada,atravs do sistema CAD. Tanto na tcnica manual quanto na informatizada, amodelagem plana feita atravs do traado de um diagrama geomtrico, que irrepresentar a morfologia humana. A partir dos valores da tabela de medidas so traadospontos e linhas que daro origem ao molde bsico.

    Fig.8 Modelagem Plana.Fonte: Acervo pessoal, HOEPERS , Patrcia F., outubro 2009.

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    Fig.9 Modelagem Plana-moldes.Fonte: Construo do Vesturio. FISCHER, Anette, 2010, p.27.

    Outra tcnica de modelagem amoulage (do francs, moldagem), mtodo

    tridimensional, que se visualiza rapidamente o caimento e o comportamento da pea.Neste procedimento, a modelagem feita diretamente sobre um manequim, com asformas e respectivas medidas anatmicas do corpo humano. Aps moldar a pea sobre obusto, o molde passado para o papel, para que a produo do modelo possa serproduzida em srie.

    Hoje, a indstria confeccionista j tem a sua disposio o sistema CAD, DesenhoAssistido por Computador (do inglsComputer Aided Design ), que auxilia e dinamizaos processos de modelagem e de corte, alm de fornecer uma maior qualidade epreciso modelagem (Silveira, 2003:17).

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    Fig.10 Modelagem MoulageFonte: Construo do Vesturio. FISCHER, Anette, 2010, p.126.

    Os softwares para desenvolvimento de modelagem facilitam e tornam o processode graduao e encaixe menos moroso. Os moldes so lidos por coordenadascartesianas, - x, y, z. A mesa digitalizadora, o quadro e a mquina digital, constituem osperifricos para CAD/CAM. Atravs da mesa digitalizadora, em formato de prancheta ecom ummouse especfico, so transportados para o computador moldes confeccionadosmanualmente. Com o quadro e a mquina digital, a fotografia do molde sertransformada em vetor, e tambm estar arquivado digitalmente.

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    Fig.11 Modelagem plana software Audaces.Fonte: www.sonostrinques.blogspot.com/2011/07/o-que-e-modelagem-para-um-roupa.html -

    acessada em 01/10/2011.

    A tcnica de alfaiataria uma das mais antigas. A modelagem era desenvolvidadiretamente sobre o tecido, e os ajustes eram realizados nas provas. Com a evoluo e

    com o desenvolvimento da sociedade, surgem novos postos de trabalhos que viram arequerer roupas formais, e a indstria passa a reproduzir o estilo alfaiataria. Pois no hna indstria uma real reproduo do que se pode afirmar como alfaiataria - tcnica queobjetiva a confeco de um traje de formas clssicas, a partir de medidas individuaise, no de medidas padronizadas.

    Independente de qual destas tcnicas a modelista ir adotar para trabalhar eelaborar a produo das roupas importante que ela tenha bases de modelagem, com otraado bsico do corpo humano, para que a auxilie na elaborao das modelagens dasfuturas colees. As bases de modelagem devem reproduzir fielmente as medidas de umdeterminado manequim, contendo pontos anatmicos e as linhas referenciais do corpo.Normalmente, nestas bases no esto inseridas as margens de costura nem as folgas, jque variam de acordo com cada modelo e tipo de tecido.

    importante que cada base seja montada e testada, para que o processo demodelagem prossiga e no apresente problemas futuros, j que as modelagens das

    colees posteriores tero como suporte essas mesmas bases de moldes.

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    Segundo Arajo (1996) h algumas vantagens em se trabalhar com moldesbsicos:

    Maior conscincia no ajustamento das medidas ao corpo do consumidor; Padronizao de medidas entre produtos e colees diferentes; Sistematizao do desenvolvimento de produtos para cada coleo.

    Na concepo de Castelltort (1988:02), o sistema informatizado quando dirigidopara uma determinada aplicao, tem de se converter em ferramenta ao servio dosprofissionais da rea, e no o contrrio. Essas ferramentas devem suprir as necessidadesdestes profissionais.

    O desenvolvimento da modelagem industrial inicia-se pela construo destasbases, que geralmente so de tamanho mdio, ou manequim nmero 38 para o vesturiofeminino. Essas bases estando de acordo com a tabela de medidas adotada pela empresa,so arquivadas, - de forma manual ou digital-, para serem utilizadas futuramente comomolde de trabalho ou tambm molde base para outros modelos de colees futuras.

    Aps a construo da base mediana, a modelista ir elaborar um prottipo2 paraverificar se o produto final est realmente como o estilista desenhou. O prottipo sendoaprovado significa que a base est correta, e a modelista poder prosseguir o processode graduao. A graduao o processo de escalonamento do molde para outrotamanho, atravs da ampliao ou reduo dos pontos importantes do molde, com baseem um conjunto de medidas conforme a tabela referncia.

    A modelista quem cria uma escala em proporo para graduar os tamanhos demanequins. Essa escala baseada na diferena entre as medidas do corpo de cadanumerao de manequim. Alteram-se as circunferncias, altura, largura e comprimento

    da pea.

    Para Porter (1986), a empresa alcana a diferenciao quando melhor satisfaz asnecessidades de um segmento de mercado, ou quando obtm custos menores, ou ambos.

    2Primeira pea confeccionada a partir de um determinado molde. Tem como objetivo verificar ocaimento do tecido, vestibilidade, viabilidade da produo e ainda, verificar se a pea est de acordo com

    o que foi criado pelo estilista. Caso necessrio, fazer os respectivos ajustes antes de produzir em srie.

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    O universo da moda muito diversificado e certamente muito enriquecido pelasinmeras propostas de inovaes que surgem rapidamente. A moda como fenmenosocial, precisa ter uma constante renovao da busca pelonovo,com a finalidade deatiar o eterno consumo de seus clientes.

    Mas diante deste vasto mercado competidor, algumas questes que servem de apoiopara estas indstrias, ainda esto em aberto: 1. Como obter medidas antropomtricasconfiveis para se aplicar na produo do vesturio em srie? 2. Quais so os pontosanatmicos do corpo feminino mensurados para serem considerados modelagem? 3.Qual critrio determinada empresa elege para aplicar os respectivos valores em suatabela de medidas?

    3. Padronizao do Vesturio

    A normalizao estabelece prescries destinadas utilizao em comum erepetitiva, com o objetivo de ordenar um dado contexto.

    A adeso normatizao, melhora a troca de informaes entre o fabricante e oconsumidor, melhorando a confiabilidade das relaes comerciais e de servios, alm,

    de evitar a existncia de regulamentos conflitantes sobre os produtos em diferentespases, facilitando o intercambio comercial.

    Os benefcios da padronizao dividem-se entre qualitativos e quantitativos:

    QUALITATIVOS QUANTITATIVOS Uniformizao da produo; Reduo do consumo de materiais

    e de desperdcio; Facilitao do treinamento da mo

    de obra;

    Melhoria das variedades deprodutos;

    Melhora do processo decontratao e venda de tecnologia.

    Melhoria da qualidade e docontrole de processos.

    Quadro 1 - Comparativo entre os benefcios da padronizao.Fonte: http://www.abnt.org.br/m3.asp?cod_pagina=931 - acessada em 01/07/2011.

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    Seguir uma norma tcnica implica em atender especificaes que foramanalisadas e ensaiadas por especialistas. A aplicao destas na confeco de seusprodutos ir agregar qualidade ao mesmo, aumentando o nvel de satisfao dosconsumidores, e conseqentemente mantendo-os fiis a marca e convencendo-os quesua marca atende aos nveis de qualidade, segurana e confiabilidade.Ao contrrio dos regulamentos tcnicos, as normas tcnicas no so obrigatrias, suaadeso voluntria. O atendimento s normas pode auxiliar no cumprimento deobrigaes legais, relacionadas, por exemplo, segurana do produto. As empresas queno adotarem as normas tcnicas relativas ao vesturio, no sero multadas, porm,quem aderi-las poder agregar um selo aos seus produtos, que indicar a conformidadedas peas aos padres. Mesmo que sua adeso no seja obrigatria, os consumidoresque se sentirem prejudicados estaro amparados pelo Cdigo de Defesa do Consumidorno artigo 39 - Inciso VII que lhe garante o direito de reclamar caso se sinta lesadoquanto pea de vesturio estiver fora das medidas padres, alegando estar emdesacordo com as normas vigentes.

    Art. 39- vedado ao fornecedor de produtos ou servios, dentreoutras prticas abusivasVIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou servioem desacordo com as normas expedidas pelos rgos oficiaiscompetentes, ou, se normas especficas no existirem, pela AssociaoBrasileira de Normas Tcnicas ou outra entidade credenciada peloConselho Nacional de Metrologia, Normalizao e QualidadeIndustrial - CONMETRO;

    3.1 Normas tcnicas e rgos Regulamentadores

    A Norma tcnica um documento elaborado por um rgo oficial, com afinalidade de estabelecer regras e diretrizes, acerca de um produto material, ou atmesmo de um servio.

    A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) o rgo responsvelpela normalizao tcnica no Brasil. A ABNT fornece a base necessria,ao desenvolvimento tecnolgico brasileiro, com conhecimentos tcnicos e cientficos,atravs de mtodos, materiais, ferramentas e processos usados para resolver problemas

    ou ao menos facilitar a soluo dos mesmos. Trata-se de uma entidade privada, sem fins

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    lucrativos e de utilidade pblica, fundada em 1940. Juntamente com a ABNT, aAssociao Brasileira do Vesturio (ABRAVEST) a legtima representante dosinteresses da indstria produtora de roupas em mbito nacional e internacional. Atuandodesde 1982, com sede na capital do estado de So Paulo.

    Atualmente existem somente duas normas especficas para o setor do vesturio,porm, h a norma 15.127 Corpo Humano, definies de medidas, - de 2004, quetambm serve de apoio para o segmento da confeco.

    As normas vigentes para este setor so:NBR 13.377: 1995 Medidas do corpo humano para vesturio Padres

    referenciais. Essa NBR serve de referncia para o segmento masculino, feminino einfantil, como segue:

    MASCULINO

    Camisa Social medida referncia: Pescoo.MedidaPescoo

    (cm)

    33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44

    Tamanhos 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44

    Camisa Esporte e similar medida referncia: Pescoo.MedidaPescoo

    (cm)

    33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44

    Tamanhos 0 1 2 3 4 5--- PP P M G GG

    Blazer, plo, camisetas medida referncia: Trax.MedidaTrax(cm)

    76 80 84 88 92 96 100 104 108 112

    Tamanhos 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56PP P M G GG

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    Cala, bermuda, cueca e similares medida referncia: Cintura.MedidaCintura

    (cm)

    68 72 76 80 84 88 92 96 100 104

    Tamanhos 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52PP P M G GG

    FEMININO

    Blusa, blazer, vestido, suti medida referncia: Busto.

    MedidaBusto(cm)

    78 82 86 90 94 98 102 106 108

    Tamanhos 36 38 40 42 44 46 48 50 52PP P M G GG

    Cala, bermuda, saia, jardineira medida referncia: Cintura.MedidaCintura

    (cm)

    60 64 68 72 76 80 84 88 92

    Tamanhos 36 38 40 42 44 46 48 50 52PP P M G GG

    INFANTIL

    Camisas, jaqueta, vestido medida referncia: Trax.MedidaTrax(cm)

    53 57 61 65 69 63

    Tamanhos 2 4 6 8 10 12P M G

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    Cala, bermuda, saia, jardineira, calcinha, cueca medida referncia: Cintura.MedidaCintura

    (cm)

    52 54 56 59 62 65

    Tamanhos 2 4 6 8 10 12P M G

    NBR 15.800: 2009 - Vesturio Referenciais de medidas do corpo humano Vestibilidade de roupas para beb e infanto-juvenil.

    OBJETIVO DA NORMA estabelecer um sistema de indicao de tamanho,que apresente facilmente as medidas corporais de crianas e de jovens, s quais sedestina a determinada pea do vesturio.

    Este sistema de tamanho est baseado nas medidas do corpo, ou seja, medidasanatmicas, e no das peas. As medidas sugeridas a seguir, foram obtidas por estudos eanlises de tabelas de vrias empresas, escolas de modelagem, alm de medies decrianas em escolas e creches.

    A nomeao de tamanhos em centmetros. Quando necessrio utilizar opictograma de acordo com a ISSO 3638. A etiqueta deve estar de forma clara e legvel.Pode-se utilizar um TAG como etiqueta adicional.

    A tabela a ser apresentada de acordo com a NBR 15:800, possui nomenclaturarelacionada idade, no sendo esta uma relao obrigatria, pois importanteconsiderar, por exemplo, fatores genticos e etnia.

    A) Idades Referenciais:PP P M G GG

    Idaderef.

    Recmnascido

    3meses

    6meses

    9meses

    12meses

    1 2 3 4 6 8 10 12 14Idade

    ref.

    01

    ano

    02

    anos

    03

    anos

    04

    anos

    06

    anos

    08

    anos

    10

    anos

    12

    anos

    14

    anos

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    B) Estatura: distncia vertical entre vrtice (ponto mais alto da cabea) a regioplantar (solo).

    PP P M G GGEstatura(cm)

    52 62 67 72 77

    1 2 3 4 6 8 10 12 14Estatura(cm)

    82 88 98 105 117 128 137 150 156

    C) Permetro Trax/Busto: permetro do trax passando pelas papilas mamrias.

    PP P M G GGPermetroTrax(cm)

    40 44 46 48 49

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    1 2 3 4 6 8 10 12 14PermetroTrax(cm)

    50 52 54 56 61 66 70 75 78

    D) Permetro da Cintura:PP P M G GG

    PermetroCintura(cm)

    39 41 43 44 48

    1 2 3 4 6 8 10 12 14PermetroCintura(cm)

    50 52 54 56 58 60 62 64 66

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    E) Permetro do quadril (maior permetro do quadril, passando pelos glteos):

    PP P M G GGPermetroQuadril(cm)

    43 44 46 48 50

    1 2 3 4 6 8 10 12 14PermetroQuadril(cm)

    52 54 56 61 65 70 76 82 87

    F) Extenso posterior do tronco (extenso entre a cintura e a 7 vrtebra cervical):

    PP P M G GGExtenso(cm) 16 18 19 20 21

    1 2 3 4 6 8 10 12 14Extenso(cm) 22 23 25 26 28 31 35 37 39

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    G) Comprimento do tronco anterior cintura:

    PP P M G GGComprimento(cm)

    16 17 18 19 20

    1 2 3 4 6 8 10 12 14Comprimento(cm)

    21 22 23 24 26 28 31 33 35

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    H) Extenso lateral entre a cintura e o baixo quadril:

    PP P M G GGExtenso(cm) 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5

    1 2 3 4 6 8 10 12 14Extenso(cm) 10,0 10,5 11,5 12,5 14,0 15,0 16,0 17,0 18,0

    I) Comprimento da papila mamria at a incisura jugular:

    PP P M G GGComprimento(cm)

    8,0 8,5 9,0 9,5 10,0

    1 2 3 4 6 8 10 12 14Comprimento(cm)

    10,0 10,5 11,0 12,0 13,0 14,5 15,5 17,0 18,0

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    J) Comprimento entre extremo do ombro, cotovelo e pulso:

    PP P M G GGComprimento(cm)

    20,0 22,0 23,0 24,0 26,0

    1 2 3 4 6 8 10 12 14Comprimento(cm)

    28,0 30,0 32,0 36,0 40,0 45,0 49,0 54,0 58,0

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    No h obrigatoriedade em se adotar as normas tcnicas, sendo este, um dosprincipais motivos pelos quais as empresas no as aderem.

    A seguir, apresenta-se a tabela de medidas de trs marcas, para anlisecomparativa:

    Uniformize Moda profissional empresa paulista que atua no segmento deuniformes, na linha masculina e feminina. Elabora os uniformes da rede Mercure eUnimed.

    As medidas que constam em sua tabela, referem-se medida do corpo, e no amedida da pea, como geralmente acontece no segmento de uniformes.

    Fig.12 Tabela de medidas da empresa Uniformize Moda profissional, para uniformes da rede Mercure eUnimed.

    Fonte: www.uniformize.com.br acessado em 15/05/2011.

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    Hermes empresa carioca, fundada em 1942, a maior empresa brasileira devendas, - dos mais variados produtos, - atravs de catlogo, inclusive roupas.

    Fig.13 Tabela de medidas da marca Hermes para vesturio.Fonte: www.hermesbigshow.com.br/tabelademedidas acessado em 11/09/2011.

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    DAM Roupas empresa pernambucana, fundada em 1991, tambm atua nosegmento de roupas profissionais. Apresenta em seusite , que os processos de produoe controle de qualidade so executados dentro das normas tcnicas garantindo asatisfao e a segurana do usurio. As medidas que constam em sua tabela, tambm sereferem medida do corpo.

    Fig.14 Tabela de medidas da empresa DAM para vesturio.Fonte: www.damroupas.com.br/tabelademedidas acessado em 11/09/2011.

    Considerando as trs tabelas acima, analisando a medida da cintura domanequim 38, por exemplo, pode-se constatar que a diferena dos valores chega aser de at 16cm.

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    4. Escner de Corpo Body Scanner

    O escner de corpo executa a leitura do corpo humano. Em apenas 10 segundospode fornecer aproximadamente 150 medidas antropomtricas; assim permitindo odesenvolvimento de tabelas de medidas com maior rapidez, eficincia e preciso.

    Algumas empresas j comearam a desenvolver seus produtos a partir do escnerde corpo, tal como a marca Levis. Em um painel, o cliente escolhe o modelo de suaroupa, com qual tecido quer que seja confeccionado, comprimento, aviamentos, enfim,o cliente customiza seu produto. As medidas, as informaes e as especificaes so

    enviadas via internet para a fbrica da Levis, em San Antonio Texas/EUA. Empoucos dias, o jeans customizado chega casa do cliente, por aproximadamente US$ 55(Cinquenta e cinco dlares).

    Esse tipo de produo sob medida em massa tem sido recorrente nas feirastecnolgicas. A vantagem em se adotar esse modo de produo a economia namanuteno de estoque tanto nas lojas, quanto na fbrica, j que a pea seria produzidasomente aps sua venda.

    Fig.15 Body Scanner.Fonte: www.terra.com.br/body-scanner-aparelho-vai-padronizar-as-medidas-dos-brasileiro -

    acessada em 01/10/2011.

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    5.Padronizao do Vesturio no Brasil

    O Brasil h mais de duas dcadas vem tentando regulamentar as informaes demedidas das peas do vesturio, com a finalidade de garantir uma maior uniformidade ecoerncia dos produtos nos seus mais variados pontos de vendas pelo pas.

    A primeira tentativa foi em 1995, com a norma NBR 13.377 Medidas do corpohumano para vesturio. Nesta norma, constavam medidas referenciais para o segmentomasculino (trax e pescoo), feminino (busto e cintura) e infantil (trax e cintura). Essanorma ficou desatualizada e tambm gerou certa confuso em torno de suainterpretao. Algumas indstrias entenderam que a norma, tratava de umapadronizao da roupa em si, o que no era verdade, j que a tabela de medidas tem queser trabalhada juntamente com o tipo de tecido que se ir utilizar, o modelo, verificaodo caimento, enfim, fatores que so de suma importncia para a modelagem aliada a suatabela de medidas referenciais.

    No ano de 2009, com a necessidade de atualizar a NBR 13.377, devido s grandesdivergncias de tamanhos entre as marcas do mesmo setor, surgiu um novo projetodenominado Vestibilidade, um conceito adotado no exterior atravs de normas ISO3,onde o consumidor se baseia em suas prprias medidas para adquirir o produto mais

    adequado com seu bitipo.Neste mesmo ano, a ABRAVEST juntamente com a ABNT, iniciou seus

    trabalhos no segmento infantil, originando a NBR 15.800 - Vesturio Referenciais demedidas do corpo humano Vestibilidade de roupas para beb e infanto-juvenil. Estanorma tem o principal objetivo de desassociar o tamanho da roupa/produto da idade dacriana. Apresenta vinte e quatro pontos de medidas do corpo infantil, medidasanatmicas, para auxiliar o modelista no traado de suas modelagens, sendo elas:

    - Estatura- Permetro do Trax/Busto- Permetro da Cintura- Permetro do baixo quadril- Extenso posterior do tronco

    3 Normas ISO -Os padres ISO so acordos documentados contendo especificaes tcnicas paraserem usadas constantemente como regras, ou definies de caractersticas, para assegurar quemateriais, produtos, processos e servios estejam de acordo com os seus propsitos.

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    - Comprimento do tronco anterior (frente) cintura- Extenso lateral entre cintura e o baixo quadril- Comprimento da papila mamria at a incisura jugular- Largura entre papilas mamrias- Comprimento consolidado entre o extremo do ombro, cotovelo e pulso- Comprimento ombro a ombro- Permetro do pulso- Permetro do bceps- Permetro da coxa- Permetro do joelho- Permetro da panturrilha- Permetro do tornozelo- Comprimento da cintura ao tornozelo- Altura do entre pernas- Comprimento da cintura ao joelho- Contorno do gancho da frente, passando pelo cavalo at a curvatura do ganchodas costas- Permetro horizontal da cabea

    - Permetro do pescoo- Contorno entre a frente do pescoo, passando pelo gancho at das costas dopescoo

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    Fig.16 Medidas Anatmicas.Fonte: Modelagem, tecnologia em produo do vesturio. SABR, Flvio, 2009, p.85-90 .

    As informaes bsicas que podem ser fornecidas ao cliente so medidas deestatura, trax/busto, cintura, quadril, entrepernas. A empresa pode agregar maisinformaes dependendo da necessidade do produto comercializado. Essas informaes

    devero estar anexadas ao produto, seja em forma detag , ou mesmo costurada na pea.

    O mesmo conceito est sendo utilizado para o segmento masculino, que darorigem a norma Vestibilidade Medidas de Corpo para Homens e Rapazes. Devidoaos variados tipos fsicos masculinos, e as mudanas que acontecem em seu corpo, esteprojeto contemplar medidas separadas para trs tipos fsicos: atltico, normal e especial(tamanhos grandes). Aps a implantao da norma de vestibilidade para o segmento

    masculino, ser a vez do setor feminino.

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    Fig.17 Fita Mtrica Posthaus.Fonte: www.posthaus.com.br acessada em 01/10/2011.

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    CAPTULO III

    6.RESULTADO DA PESQUISA

    6.1 Questionrio ABRAVEST

    Este questionrio teve a colaborao especial do Diretor do DepartamentoTecnolgico da ABRAVEST, Alexandre Gonalves de Melo.

    Ao ser questionado sobre como feita a padronizao de medidas para o setordo vesturio, no Brasil, devido a grande variao de bitipos, Alexandre responde queneste 1 passo a ABRAVEST est propondo uma tabela demedidas- referncia,baseada na experincia de vrias indstrias de confeco e de grandes redes de varejo.O foco principal da norma o conceito devestibilidade, que consiste em informar parao consumidor as medidas de corpo para a qual determinada pea de roupa foi feita,complementando a informao de tamanho.

    Melo afirma que, para a definio das medidas contempladas nas normas 13.377e 15.800, houve a colaborao de empresas, faculdades, profissionais das reas txteis e

    de confeco, que contriburam com suas tabelas de medidas j estabelecidas nomercado. Alm de amplos debates em reunies mensais coordenadas pelo ComitBrasileiro de Txtil e Confeco da ABNT (CB-17) para se chegar a uma tabela comuma todos os participantes desta reunio.

    Ainda, acrescenta que toda a norma comea com a idia de se atender umanecessidade do mercado consumidor. A partir disso, as entidades do setor que compemo CB-17 solicitam a formao de um comit de estudos para viabilizar um projeto de

    norma, que ser elaborado e estudado por representantes do setor durante reuniesperidicas para formular o contedo do projeto. Aps a finalizao, este projeto disponibilizado para consulta pblica no site da ABNT por um perodo que varia entre60 e 90 dias, para que toda a sociedade tenha acesso e expresse sua opinio sobre ocontedo e viabilidade de aplicao da norma.

    Todas as opinies so analisadas internamente pela ABNT e, em no havendoconsideraes relevantes que necessitem de anlise pela comisso de estudos, o projeto

    homologado como norma recebendo uma numerao precedida de ABNT NBR

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    (norma brasileira), ABNT NBR ISO (Norma Brasileira adaptada com contedo denorma ISO).

    Questionado se as fbricas tero uma grade mais extensa de tamanhos pormodelo, e se isso no ir dificultar adeso das empresas a essa padronizao, Meloafirma que confeces no tero uma grade maior de tamanhos, j que a proposta destasnormas que se agregue a informao de medidas de corpo ao tamanho j utilizado pelaempresa. Os tamanhos P-M-G deixaro de ser referncia para compra de roupas e comas medidas fica mais fcil acertar qual manequim provar e comprar.

    Foi questionado sobre o recebimento de um selo, caso as empresas venham aaderir normatizao e o que este selo indicar. E, da mesma forma, sobre quais osbenefcios que estes selos traro aos consumidores.

    O selo de qualidade ABRAVEST atesta que os produtos de uma confecoatende s normas ABNT/NBR aplicveis ao setor de vesturio em geral. Aconformidade a estas regras significa a garantia da qualidade do produto adquirido, emtodos os aspectos importantes do ponto de vista do usurio. Trata-se de um programa deauto-regulamentao de carter privado, sendo que todo o programa gerenciado por

    uma certificadora credenciada junto ao INMETRO (Instituto Totum), o que conferecredibilidade ao processo.

    Questionado sobre a adeso voluntria norma tcnica e a obrigatoriedade emseguir regulamentos tcnicos, Melo diz que No seria vivel tornar a norma demedidas do corpo obrigatria, pois como o prprio nome sugere, o que se estabelece uma referncia padro de medidas do corpo e no da pea de vesturio. No h como

    fiscalizar este tipo de informao, pois existem critrios como conforto, caimento,tendncias de moda, etc. que no so passveis de se aferir numa anlise ou medio. Oimportante ao se seguir a norma que as medidas de corpo sejam informadas aoconsumidor final, reduzindo a necessidade de provas de roupas e trocas de tamanhos.

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    6.2 Vantagens em adotar a Padronizao

    Alexandre Gonalves de Melo, diretor do Departamento Tecnologia do IBV, daABRAVEST em resposta ao questionrio direcionado a esta mesma instituio,apresenta as vantagens que a empresa ter ao se adotar a padronizao de medidas:

    Haver uma diminuio das provas de roupas para se encontrar o tamanhocorreto ao seu bitipo;

    O consumidor perder menos tempo na compra e o lojista conseguiratender a um maior nmero de clientes, reduzindo assim, seu custooperacional;

    A troca de roupas tambm ser feita em uma menor freqncia,principalmente quando estas so destinadas para presente. A compra dopresente ser baseada na real medida da pessoa, e o risco de errar otamanho ser bem menor.

    Outra vantagem, a venda de artigos do vesturio atravs da internet,medida pouco explorada no Brasil. Nos EUA, esse mercado tem sido cadavez mais explorado, gerando uma venda de aproximadamente US$ 27bilhes/ano. No Brasil, uma loja multimarca virtual, Posthausdisponibiliza odownload de uma fita mtrica que o consumidor imprime etira suas medidas:

    6.3 Pesquisa de Campo empresa Dits

    A pesquisa de campo foi realizada na empresa Dits, empresa localizada em So

    Jos, na regio da Grande Florianpolis. Foi fundada em 1981, trabalha com a linha fitness e praia, com nfase no segmento feminino. Possui 06 lojas, todas na regio daGrande Florianpolis, porm, os produtos Dits, so levados para outros Estados, atravsda loja por atacado, localizada no Shopping Point ARS, no centro de Florianpolis.

    O pblico catarinense consumidor da marca Dits muito amplo, desde adolescentesat senhoras. Para o pblico infantil, a Dits possui mai de helanca, e para linhamasculina, apresenta somente sungas.

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    Nos primeiros anos de atividades da empresa, o seu processo de modelagem erafeito baseado na desconstruo de uma pea similar, j existente. Na tiragem do moldedesta desconstruo eram feitas algumas adaptaes e melhorias, at que se chegasse auma modelagem base, que a empresa considerasse ideal, de acordo com o perfil de suaconsumidora. A partir deste principio, a marca passou a compor e elaborar sua prpriatabela de medidas.

    Hoje, a modelagem Dits feita pela tcnica da modelagem plana, com moldes-base,que servem de apoio para os modelos bsicos e tambm, para as peas lanamentos decada coleo, - observando a caracterstica de cada tecido. A empresa chama essesmoldes-base de caixas. Sendo cada tamanho de sua prpria tabela de medidas,correspondente a uma caixa.

    A estilista da marca, Fernanda Badra, esclarece que a linha fitness e linha praiaapresentam caixas diferentes:

    PRAIA FITNESS38(fio-dental) PP (corresponde ao tam.38 fio-dental,

    tabela medidas praia)40(tamanho mdio jovem) ---42(jovem senhora) P (corresponde ao tam.42, tabela medidas

    praia) 44(senhora) M (corresponde ao tam.44, tabela medidas

    praia)46(senhora) G (corresponde ao tam.46, tabela medidas

    praia)Quadro 2 - Comparativo entre manequins da linha fitness e linha praia.

    Fonte:Acervo Dits- entrevista em 07/11/2011.

    Nos produtos da linha praia, os tamanhos so referenciados por nmeros(38/40/42/44), j nos produtos da linha de ginstica, os tamanhos so referenciadosatravs de letras (PP/P/M/G/GG). Sendo que, nem todos os tamanhos so equivalentesentre si nas duas tabelas de medidas. Brada apresenta que um dos motivos para queessas duas tabelas de medidas no sejam iguais, a caracterstica do tecido em que se

    est trabalhando, alm do prprio bitipo da consumidora que usa determinado produto.

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    A estilista mesma exemplifica que, de acordo com seu bitipo, na linha fitness elaveste tamanho P e na linha praia veste tamanho 38.

    Questionada sobre a alterao ou reviso da tabela de medidas da marca, Badrainforma que as medidas da tabela so sempre constantes, no sofrem nenhumaalterao, somente os modelos que so adaptados conforme a tabela. Afirma tambmque no h uma amostragem, uma coleta de medidas de pblico consumidor. Diz que jpossuem uma tabela formada, que d certo e est de acordo com seu consumidor.

    Quanto aos pontos anatmicos mais importantes ou evidenciados para amodelagem do produto Dits, a estilista cita que so somente trs pontos: busto, cintura,e quadril.

    Informada sobre a NBR 15.800: 2009 - Vesturio Referenciais de medidas docorpo humano Vestibilidade de roupas para beb e infanto-juvenil, que j esta vigente,e sobre a atual elaborao da NBR para o setor masculino e posteriormente ao feminino,ambos tambm sero de adeso voluntria, Badra foi questionada se a Dits ir adotar asmedidas referenciais das normas ou se continuar com sua prpria tabela de medidas. Aestilista diz que a empresa no tem interesse em aderir s medidas que constaro nas

    normas, pois, a sua prpria tabela est devidamente de acordo com seu pblicoconsumidor e no v a necessidade em se adotar a tabela de medidas que constar nanorma de vestibilidade do segmento feminino.

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    7. CONSIDERAES FINAIS

    Manter-se competitivo um desafio dirio para as empresas, principalmentepara a indstria do vesturio. Os produtos gerados pela moda apresentam certadualidade entre a necessidade de se ter o que vestir, e o desejo de consumir um objetode sonhos.

    Esse fato ocorre, devido representatividade da roupa como forma decomunicao entre os seres humanos, tornando-se reflexo de status e de suas aspiraessociais. Pela importncia que o visual assumiu na sociedade moderna e a sua forteinfluencia na auto-estima dos indivduos, os negcios relacionados moda cresceram edividiram sua atuao nos segmentos mais variados.

    Segundo Gomes Filho, o desenvolvimento de produtos de vesturio no Brasilvem sendo tratado de uma forma mais profissional, com uma maior preocupao quantoao design, qualidade, e principalmente a competitividade de seu produto tanto nomercado interno quanto no mercado externo.

    O sucesso de uma empresa depende de seu posicionamento diante daconcorrncia, sendo alguns fatores determinantes: cumprimento de prazos de entrega,

    conformidade entre qualidade e custo do produto, diferenciao de produto,atendimento e modelagem. Esta ltima exerce grande influncia sobre o consumidor nomomento de compra. Com uma grande oferta de produtos muitas vezes semelhantes, oconsumidor ir optar pelo produto que lhe agrade no s pelo estilo, cor, masprincipalmente aquele que melhor lhe vestir, ou seja, o que tiver uma melhormodelagem.

    Assim sendo, o objetivo a que este estudo se props, - identificar os critrios

    para determinao dos valores das tabelas de medidas para a produo em srie dovesturio feminino, na empresa Dits, localizada em So Jos, na regio da GrandeFlorianpolis, - mesmo que com algumas limitaes de visita empresa e de entrevistacom a modelista, - associada aos dados coletados e a anlise comparativa entre a tabelade medidas das 03 empresas - apresentadas anteriormente, constatou-se que dentro deuma mesma marca pode haver uma confuso de manequins, e que a discrepncia de queh entre o manequim de uma marca para outra, muito evidente, conforme j

    mencionado anteriormente, com variao de at 16 cm.

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    Na Europa o comit da UE (Unio Europia), CEN/TC 248, trabalha a mais dedez anos em um sistema de codificao de tamanho nico, e props a modificao demanequins at o ano de 2008, fazendo com que todos os pases da Unio Europiautilizem a mesma tabela de medidas. O Brasil ainda tem muito a trabalhar na questo dapadronizao de medidas para a modelagem. Aqui, a grande variao de medidas deuma marca para outra, associada falta de exigncia/obrigatoriedade de cumprimentocom as normas, faz com que o problema de vestibilidade continue por mais algunslongos anos. Essa adoo de medidas seria melhor tanto para os consumidores, quantopara a prpria cadeia txtil.

    Mas, por enquanto no desta forma que as empresas confeccionistas visam

    essas normas e seus benefcios. Alm de no ter uma obrigatoriedade, e por no tercomo fiscalizar essas informaes, pois os critrios de caimento, conforto, tendnciasno so passiveis de uma medio, muitas empresas relutaro em adotar as medidasreferenciais que constam nas normas da ABNT, - referncia padro de medidas docorpo e no da pea de vesturio, pois as mesmas alegaro que j possuem sua prpriatabela de medidas, de acordo com seus prprios propsitos e direcionada para seupblico consumidor.

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    8. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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    APNDICE A

    QUESTIONRIO PARA ABRAVEST

    1. Como feita a padronizao de medidas para o setor do vesturio, j que oBrasil possui uma grande variao de bitipos?

    2. Quais so os critrios para definir as medidas referenciais do corpo humano,estabelecidas nas normas tcnicas para vestibilidade como a norma 13377 e anbr 15800?

    3. Qual o processo para a definio da norma tcnica?

    4. As fbricas tero uma grade mais extensa de tamanhos por modelo, isso no irdificultar adeso das empresas, para que padronizem seus produtos, j que ocusto de produo ficar mais elevado?

    5. As empresas que aderirem normatizao recebero um selo, o que este seloindicar? E quais os benefcios que estes selos traro aos consumidores?

    6. A NBR 13377 cita como medidas referenciais para as peas superioresfemininas e masculinas tops a circunferncia do busto e/ou trax. J para aspeas inferiores,- bottons a medida referencial a circunferncia da cintura.

    Neste novo processo de padronizao, sero includos novos pontos anatmicospara medida referncia? Quais sero?

    7. Por que a adeso Norma Tcnica voluntria, e ao Regulamento obrigatria?Para facilitar a padronizao do vesturio, e minimizar a diferena de medidasque h entre as tabelas das variadas marcas, no seria mais eficaz regulamentaressas medidas, ao invs de normatiz-las?

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    APNDICE B

    QUESTIONRIO PARA DITS.

    1. A Dits atua no mercado desde 1981. Como era o processo de modelagemnos primeiros anos da atividade da empresa, e como o processo de hoje?

    2. A marca Dits possui produtos para os segmentos masculino, feminino einfantil. Mas seu principal foco o segmento feminino na linha fitness, epraia, a Dits veste desde moinhas at mulheres maduras. Como que aprpria empresa v seu pblico consumidor?

    3. A NBR 13377 cita como medidas referenciais para as peas superioresfemininas -tops a circunferncia do busto. J para as peas inferiores,-bottons a medida referencial a circunferncia da cintura. Porm, asformas do corpo da mulher brasileira diversificam de regio para regio.Diante deste fato, como que a Dits elabora sua grade de tamanhos para

    definir as medidas referenciais do corpo humano das clientes da marca?

    4. Para o vesturio infantil, j est disponvel a NBR 15.800: 2009 - Vesturio Referenciais de medidas do corpo humano Vestibilidade de roupas parabeb e infanto-juvenil. A ABRAVEST juntamente com a ABNT, estelaborando a NBR para o segmento masculino, e posteriormente para osegmento feminino. Estas normas referenciais de medidas sero de adesovoluntria, porm, quem adot-las ter alguns benefcios, tais qual:apresentaro um selo de qualidade em seus produtos, estaro expostas no siteda ABRAVEST, etc. Diante deste fato, quando estiver disponvel a NBRcom referencial de medidas femininas, a Dits passar adotar as medidasconstantes na norma, ou continuar com sua prpria tabela de medidas? E nosegmento infantil, a Dits segue a NBR 15.800?

    5. A tabela de medidas Dits sofre alteraes/revises, com que intervalo de