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01-07-2014
Revista de Imprensa01-07-2014
1. (PT) - Diário de Notícias, 01/07/2014, Código de ética 1
2. (PT) - Diário de Notícias, 01/07/2014, Testamentos vitais já são aceites nos centros de saúde 2
3. (PT) - Jornal de Notícias, 01/07/2014, USF de Santa Justa comemora o 2º aniversário 3
4. (PT) - Diário de Notícias, 01/07/2014, Estimulação ovárica sem maior risco de cancro 4
5. (PT) - Diário do Minho, 28/06/2014, Novas terapias contra o cancro unem Nanotecnologia a Santiago 5
6. (PT) - Correio da Manhã, 01/07/2014, Bolsa para projetos 7
7. (PT) - Correio da Manhã, 01/07/2014, Ordem os Médicos denuncia falhas 8
8. (PT) - Diário de Notícias, 01/07/2014, Ordem preocupada com demissões no S. João 9
9. (PT) - Correio do Minho, 01/07/2014, Hospital admite práticas menos aconselháveis por falta de médicos 10
10. (PT) - Jornal de Notícias, 01/07/2014, Falhas "graves" em hospitais do Norte 11
11. (PT) - Público, 01/07/2014, Por que será que se quer silenciar efeito da crise na saúde? 12
12. (PT) - Diário Económico, 01/07/2014, Contratados não escapam a regime de suplementos do Estado 15
13. (PT) - i, 01/07/2014, Baixas fraudulentas escondem dificuldades de acesso dos doentes 16
14. (PT) - Jornal de Notícias, 01/07/2014, Síndrome de negação do efeito da crise na saúde 18
15. (PT) - Negócios, 01/07/2014, Suplementos de enfermeiros e médicos também vão ser revistos 21
16. (PT) - Diário do Minho, 28/06/2014, Hospital de Viana reúne-se com PSP para reforçar segurança 24
17. (PT) - Público, 01/07/2014, Copo furado não enche 25
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Tiragem: 31363
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 47
Cores: Cor
Área: 21,17 x 11,68 cm²
Corte: 1 de 1ID: 54623701 01-07-2014
Página 1
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Tiragem: 31363
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 13
Cores: Cor
Área: 26,82 x 31,55 cm²
Corte: 1 de 1ID: 54623548 01-07-2014
Página 2
A3
Tiragem: 82688
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 19
Cores: Preto e Branco
Área: 4,95 x 6,90 cm²
Corte: 1 de 1ID: 54623892 01-07-2014
Página 3
A4
Tiragem: 31363
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 29
Cores: Cor
Área: 10,97 x 9,81 cm²
Corte: 1 de 1ID: 54623949 01-07-2014
Página 4
A5
Tiragem: 8500
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Regional
Pág: 11
Cores: Cor
Área: 17,93 x 23,76 cm²
Corte: 1 de 2ID: 54607618 28-06-2014
diagnóstico oncológico, técnicas de diagnóstico para neurologia e novas terapias contra o cancro. Os trabalhos estão direcio-nados para o lançamento das bases para criação de uma rede de inova-ção em nano-medicina, com o desenvolvi-mento de sis-temas de diag-nóstico até à fase de protótipo, com aplicações na luta contra o cancro e doenças neu-rológicas, com o propósi-to de atenuar os custos os cuidados de saúde e de de-pendência.
Entre os objetivos do
projeto destaca-se tam-bém o desenvolvimento de sistemas de seguimento “in vivo” de células chave para o diagnóstico e trata-mento de doenças comple-
xas, com o fim de obter novos agentes de controlo por imagem de res-sonância magné-tica (IRM). Para além de uma sig-nificativa redução dos custos com os
cuidados de saúde, o ob-jetivo é gerar novos pro-dutos e tecnologias, capa-zes de promover o empre-go qualificado e a criação de Empresas de Base Tec-nológica (EBTs), no espa-ço transfronteiriço Galiza-
-Norte de Portugal. O projeto visa transfor-
mar a região numa «refe-rência para a investigação em nanomedicina, capaz de liderar iniciativas em-preendedoras, e de com-petir na linha da frente a nível internacional». A transferência de tecnolo-gia e a atração do inves-timento da indústria tam-bém fazem parte dos de-safios imediatos dos par-ceiros impulsionadores do projeto InveNNta, de for-ma a apresentar candida-turas conjuntas nos con-cursos, a lançar no âm-bito do Horizonte 2020 – programa-quadro de in-vestigação e inovação da União Europeia.
INL e instituto galego desenvolvem projeto de três milhões
Novas terapias contra o cancrounem Nanotecnologia a Santiago
O Laboratório Ibérico Internacional de Nanotec-nologia (INL) e o Institu-to de Investigación Sani-taria de Santiago de Com-postela (IDIS) estão a de-senvolver cinco linhas de investigação centradas no diagnóstico oncológi-co, neurológico e em no-vas terapias contra o can-cro. O projeto “InveNNta – Inovação em nanomedici-na para o desenvolvimen-to sócio-económico da eu-ro-região Galiza-Norte de Portugal foi ontem apre-sentado em Braga, pelos responsáveis de ambas as instituições, tendo um or-çamento de quase três mi-lhões de euros.
O projeto de saúde com aplicação clínica “InveNN-ta” envolve mais de 30 in-vestigadores e arrancou em setembro de 2013, pre-vendo a obtenção de im-portantes resultados num prazo máximo de dois anos, nomeadamente a criação de empresas de base tecnológica e o em-prego qualificado.
O “InveNNta” pretende dar resposta a necessida-des médicas por resolver nas áreas da neurologia, cancro e dos novos mode-los assistenciais. Compre-ende o arranque de cinco projetos de investigação em três áreas concretas:
José Castilho (IDIS) e José Rivas (INL) esperam avanços na área oncológica e neurológica
DR
“InveNNta” en-volve 30 investi-gadores e espe-ra importantes resultados até final de 2015
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Tiragem: 8500
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Regional
Pág: 1
Cores: Cor
Área: 5,48 x 3,13 cm²
Corte: 2 de 2ID: 54607618 28-06-2014
BRAGA PÁGINA 11
Novas terapias contra o cancrounem Nanotecnologia a Santiago
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A7
Tiragem: 148956
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 17
Cores: Cor
Área: 4,46 x 4,12 cm²
Corte: 1 de 1ID: 54624337 01-07-2014
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Tiragem: 148956
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 17
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Tiragem: 31363
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 14
Cores: Cor
Área: 26,46 x 5,82 cm²
Corte: 1 de 1ID: 54623557 01-07-2014
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Tiragem: 8000
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Regional
Pág: 37
Cores: Preto e Branco
Área: 12,50 x 12,38 cm²
Corte: 1 de 1ID: 54626568 01-07-2014
BarcelosHospital admite “práticas menos aconselháveis”por falta de médicosO presidente do Conselho de Administração do Hospital de Barcelos, Fernando Marques, ad-mitiu que a “enorme escassez” de médicos com que aquela unidade se confronta, particular-mente nas áreas cirúrgicas, “poderá, eventualmente, levar a algumas práticas menos aconse-lháveis”. “A enorme escassez de médicos com que o Hospital de Santa Maria Maior seconfronta, particularmente nas áreas cirúrgicas, poderá, eventualmente, levar a algumas prá-ticas menos aconselháveis, mas o corpo clínico da instituição saberá, necessariamente, encon-trar o ponto de equilíbrio entre a satisfação das necessidades assistenciais dos seus doentes eas boas práticas que a segurança de doentes e profissionais aconselha”, refere Fernando Mar-ques, em nota enviada à agência Lusa. O responsável reagia, assim, às declarações proferidaspelo presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, queem conferência de imprensa denunciou que “a limitação nos quadros tornou prática habituala realização de cirurgias com apenas um cirurgião presente”.“O ajudante fica na consulta externa. Esta prática já se estendeu à cirurgia de ambulatório deortopedia e otorrinolaringologia”, lamentou Miguel Guimarães.Este responsável disse ainda que a urgência pediátrica do Hospital de Barcelos “está compro-metida”, porque, no início do mês, “ficou apenas com um médico pediatra”, mas FernandoMarques nega, acrescentando mesmo que aquela será a “única especialidade” que não temcarência de médicos. “Com toda a certeza que [a urgência pediátrica] não está comprometida,pois não há qualquer falta de médicos nesta especialidade. Diremos mesmo que será a únicaespecialidade médica neste hospital que não tem carência de médicos, face à procura dedoentes nas diferentes áreas de intervenção (urgência, consultas externas, hospital de dia einternamento)”, refere o administrador.
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Tiragem: 82937
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 9
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Área: 27,65 x 12,87 cm²
Corte: 1 de 1ID: 54623699 01-07-2014
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Tiragem: 34438
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 4
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Área: 27,28 x 30,54 cm²
Corte: 1 de 3ID: 54623140 01-07-2014
“Por que será que se quer silenciar efeito da crise na saúde?”
Uma fachada de uma casa com a
porta entaipada com tijolos. Esta é
a imagem escolhida pelo Observató-
rio Português dos Sistemas de Saúde
(OPSS) para ilustrar a capa do Re-
latório de Primavera, apresentado
ontem em Lisboa, e que traça uma
fotografi a da degradação do estado
da saúde em Portugal.
O documento, na 15.ª edição,
defende que a crise está a ter um
impacto muito signifi cativo em vá-
rios indicadores da saúde e acusa
o Governo de sofrer de “síndroma
de negação” ao rejeitar esta reali-
dade, contribuindo para que não se
trabalhem formas de “acautelar ou
minimizar os previsíveis efeitos” das
medidas tomadas. Na apresentação
do estudo, uma das coordenadoras,
Ana Escoval, considerou que pre-
valece em Portugal e na Europa “o
silêncio”, tentando-se demonstrar
que “não há impacto negativo da cri-
se” para a saúde: “Por que será?”,
questionou.
Para os autores do relatório, coor-
denado por Ana Escoval, Felismina
Mendes e Manuel Lopes, “parece ser
evidente, e à semelhança” de anos
anteriores, que se está “perante um
conjunto de dados que indiciam o
impacto negativo da crise sobre a
saúde das pessoas”: “Ou seja, está
a acontecer o que era expectável.
Apesar disso, não se vislumbram
sinais indiciadores de uma política
intersectorial de saúde que tenha
como objectivo monitorizar indi-
cadores de impacto e acautelar ou
minimizar os previsíveis efeitos da
crise, nomeadamente nos grupos
mais vulneráveis.”
Na apresentação, Ana Escoval fri-
sou que continua a haver dois mun-
dos sobre esta realidade: “O ofi cial,
dos poderes, onde, de acordo com a
leitura formal, as coisas vão mais ou
menos bem, previsivelmente melho-
rando a curto prazo, e um outro da
experiência real das pessoas.”
Ana Escoval também frisou que
o Plano Nacional de Saúde, publi-
cado sexta-feira, é “preocupante” e
mostra que é necessário desenvolver
“planos locais de saúde” que “consi-
derem as reais necessidades da po-
pulação”. As assimetrias regionais
no acesso à saúde, para além das
desigualdades sociais, foram denun-
ciadas por vários médicos, durante a
apresentação do relatório. A coorde-
nadora alertou para a existência de
“ iniquidades no sistema de saúde”
e, embora ressalvando que se trata
de uma primeira leitura, considera
que “a plausibilidade das metas” do
Plano Nacional de Saúde para 2016 é
“desastrosa em vários indicadores”.
“Este documento acentua a ideia que
temos defendido sobre a necessida-
de de operacionalizar a estratégia
nacional em planos locais de saúde
inteligentes e que considerem as re-
ais necessidades da população”, de-
fendeu, acrescentando que existem
relatos diários sobre “difi culdades e
sofrimento dos cidadãos”. Também
na coordenação deste observatório,
Manuel Lopes alertou para o facto
de haver diferenças entre o discur-
so político e a prática e frisou que
gostaria que houvesse uma “relação
adulta com quem está na posse dos
dados”.
Dos dados relacionados com a
saúde mental aos medicamentos,
diabetes e alimentação, são vários
os exemplos explicitados pelo Rela-
tório de Primavera, que resulta de
uma parceria entre a Escola Nacio-
nal de Saúde Pública da Universi-
dade Nova de Lisboa, o Centro de
Estudos e Investigação em Saúde da
Universidade de Coimbra e a Uni-
versidade de Évora, este ano refor-
çada com a Faculdade de Farmácia
da Universidade de Lisboa.
Na introdução, o OPSS reforça
que “os efeitos negativos da crise
económica e fi nanceira sobre a saú-
de são evitáveis”; para isso é preciso
“investir simultaneamente na pro-
tecção social e na saúde pública” e
que esse investimento pode também
ter um papel importante na recupe-
ração económica”.
Porém, segundo os autores, o cami-
nho tem sido precisamente o contrá-
rio: “Ao invés, parece ser evidente
um manifesto esforço quer da União
Europeia, quer do Governo portu-
Desigualdades no acesso aos cuidados prejudicam saúde dos mais “vulneráveis”
Relatório do Observatório Português dos Sistemas de Saúde denuncia aumento de reinternamentos, amputações de diabéticos e infecções respiratórias. Faltam “planos locais de saúde”
Relatório da PrimaveraRomana Borja-Santos
“Esconder [efeitos da crise na saúde]? É de rir”, responde ministro
Embora rejeite que o Governo esteja a esconder os efeitos da crise na saúde
dos portugueses, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, reconheceu ontem que as dificuldades económicas têm consequências na saúde dos cidadãos e que a área que tutela precisa de mais investimento. Em declarações aos jornalistas, difundidas pela SIC Notícias, Paulo Macedo lembrou que ainda recentemente falou sobre os efeitos da crise no sector da saúde no Parlamento e rejeitou as críticas do relatório de Primavera 2014: “Esconder? É de rir. Todos os dias falamos.
Se não fosse um assunto tão sério, teria de ser um comentário que merecia alguma ironia. Mas não me merece nenhuma ironia. Só nestes últimos oito dias concretos, reconheci na Assembleia da República mais uma vez aquilo que é evidente para todos: a crise tem consequências negativas na saúde”, disse, acrescentando que tal se deve ao “menor rendimento disponível das pessoas”, ao desemprego e ainda às “situações na área da saúde mental”. “Essas situações existem e não são, minimamente, escondidas”, sublinhou, frisando ainda que nunca se investiu tanto em
Saúde como nos últimos três anos. “Temos uma situação que deriva de problemas e de contenção orçamental em que tivemos, na Saúde como em qualquer outra área e qualquer português, restrições nestes últimos anos, mas ao mesmo tempo tivemos um conjunto de fundos para a Saúde sem paralelo nos últimos três anos”, realçou. Admitiu, porém, que é preciso investir “mais na Saúde” e em “diversas áreas”, como os recursos humanos, as infra-estruturas e ainda nos comportamentos relacionados com consumo de álcool, tabaco, exercício físico, e nutrição. São áreas “absolutamente decisivas”.
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Tiragem: 34438
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Área: 27,30 x 30,12 cm²
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dicionados”. Ainda que saúdem a
apresentação de alguns números
por parte do Ministério da Saúde,
os autores salvaguardam que “os
grandes números e a estatística das
médias camufl am o que se passa nas
franjas”. O documento refere o caso
da diabetes e das doenças respira-
tórias como exemplo concreto da
deterioração do acesso aos cuidados
de saúde. No caso das diabetes os
especialistas referem o “aumento
persistente dos reinternamentos”
e das amputações (mais 8,9%). A
“subutilização de medicamentos e
o fraco acesso a cuidados de saúde”
explicam o aumento da mortalida-
de; o internamento por doenças res-
piratórias subiu em 2012.
Outra área alvo de destaque é o sec-
tor do medicamento, que nos últi-
mos anos sofreu várias mudanças,
com a despesa do Serviço Nacional
de Saúde a cair em mais de 570 mi-
lhões de euros entre 2010 e 2013.
O OPSS assume que a redução do
preço dos fármacos foi inicialmente
benéfi ca, mas avisa que a situação
fi nanceira das farmácia tem con-
sequências “com falhas na distri-
buição, nomeadamente de alguns
medicamentos life saving”, isto é,
fármacos sem os quais o doente fi ca
em risco de vida em pouco tempo.
País realNo debate que se seguiu à apresen-
tação do estudo, vários especialistas
relataram alguns exemplos de difi -
culdades sentidos no “país real”. O
médico Francisco Amaral descreveu
a difi culdade que as pessoas da ser-
ra algarvia têm para se deslocarem
em determinadas áreas do país e
defendeu que “o verdadeiro Minis-
tério da Solidariedade Social são as
autarquias”: “As pessoas batem-nos
à porta para fi nanciar óculos, me-
dicamentos…” A endocrinologista
Isabel do Carmo alertou para “desi-
gualdades” e “defi ciências” no aces-
so aos serviços de saúde e defendeu
que, sobretudo desde 2011, há “altas
precoces” nos hospitais, devido à
“supressão de camas hospitalares”.
O psiquiatra José Fidalgo deixou o
aviso com ironia: “O acesso dos do-
entes é complicadíssimo. A maioria
não tem um amigo médico, enfer-
meiro, amigo do administrador para
ter acesso ao hospital.” Questiona-
do, o director-geral de Saúde, Fran-
cisco George, disse apenas que irá
analisar o relatório e que estão “em
contacto com os autores para ver
das eventuais difi culdades de acesso
a dados”: “Isso tem de ser corrigi-
do.” com Maria João Lopes
RUI F
25%é o aumento do número de mortes por pneumonia registado entre 2011 e 2012 e em Portugal esta taxa é o dobro da média europeia
62%dos portugueses não conseguem fazer planos para o futuro perante a incerteza e a dificuldade em dar resposta às despesas da família
guês, de negar a evidência do impac-
te da crise sobre a saúde das pessoas
e, negando-o, evitar a discussão e
consequentemente a adopção de
medidas de prevenção e/ou de com-
bate. Tal atitude poderia até ser ape-
lidada de ‘síndroma de negação’.”
O problema, prosseguem, “é que do
outro lado estão pessoas em sofri-
mento e com um desenvolvimento
cada vez mais hipotecado”.
No relatório de 2012, os especia-
listas do OPSS já alertavam para um
“país em sofrimento”, com indícios
de racionamento, e no de 2013 o do-
cumento referia-se a “duas faces da
saúde”. A falta de dados de acom-
panhamento da situação é uma das
principais críticas reiteradas pelos
autores nesta edição de 2014, que
alertam que fazer o relatório é “um
exercício crescentemente mais di-
fícil na exacta medida em que o
acesso e a transparência da infor-
mação estão, cada vez mais, con-
A saúde mental dos portugueses é
para o Observatório Português dos
Sistemas de Saúde (OPSS) um im-
portante termómetro das medidas
de austeridade e da crise que o país
tem atravessado. E os dados com-
pilados no Relatório de Primavera
feito por este organismo não sosse-
gam. Os autores do documento con-
sideram que estamos perante “uma
preocupante conjugação de factores
desfavoráveis à saúde mental das
pessoas, agravada por uma resposta
organizacional insufi ciente e susten-
tada por um sistema de informação
aparentemente medíocre”.
A forma como o sistema de saúde
português está concebido para dar
respostas na área das doenças men-
tais está de acordo com o que é feito
na Europa e existe o Plano Nacional
de Saúde Mental com áreas priori-
tárias defi nidas. O problema, diz o
OPSS, é que “subsiste uma imobili-
dade” que “põe em causa a capaci-
dade de resposta às necessidades
de saúde mental das pessoas num
momento em que vários factores de
risco se conjugam”.
No campo dos indicadores de saú-
de mental, o OPSS destaca a preva-
lência anual de perturbações psi-
quiátricas, com Portugal a registar
uma taxa de 22,9% no Mental Health
Survey Initiative de 2013, que con-
ta com dados de 34 países de cinco
continentes. O valor coloca os por-
tugueses em terceiro lugar, depois
dos Estados Unidos e da Irlanda do
Norte.
“Ao nível das perturbações de an-
siedade (16,5%) e do controlo dos
impulsos (3,5%), Portugal apresenta
a prevalência mais elevada da Euro-
pa, depois da Irlanda do Norte (23,1);
já quanto às perturbações do humor
(em que domina a depressão major,
com 6,8%), fi guramos em 3.º lugar
com 7,9%, antecedidos pela Fran-
ça (8,5) e a Irlanda do Norte (9,6)”,
prossegue o documento. Um pro-
blema a que acresce a carência de
profi ssionais de especializados, no-
meadamente enfermeiros e psicólo-
gos — em que o rácio português fi ca
muito aquém da média europeia.
Além disso, o OPSS considera que
Resposta na área da saúde mental não chega e preocupa
há desarticulação entre os vários ní-
veis de cuidados de saúde, que vão
dos serviços na comunidade aos cui-
dados de saúde primários, hospitais
gerais, instituições especializadas
e hospitais psiquiátricos. Isso vai
conduzir, segundo os autores, que
citam dados da Direcção-Geral da
Saúde, a que se verifi quem “eleva-
das taxas de pessoas sem nenhum
tratamento, embora seja igualmente
salientada a razoável percentagem
das perturbações graves com cuida-
dos médicos”.
Para reverter a situação, sugere-
se que se tenham em consideração
factos como o custo dos transportes,
as taxas moderadoras e a articula-
ção entre os médicos de família e
os especialistas. O trabalho esta-
belece um paralelismo entre a de-
gradação das condições mentais e
a adopção de outros estilos de vida
menos saudáveis. Esse facto está a
traduzir-se, por exemplo, no incre-
mento do consumo de bebidas al-
coólicas, sobretudo entre alunos do
3.º ciclo e do secundário, que ain-
da registam aumentos em relação à
cannabis. Verifi cam-se também subi-
das na prevalência de crimes contra
outras pessoas, como homicídios,
violações e ofensas à integridade
física. Os chamados “medicamen-
tos psicotrópicos” também estão a
ser mais procurados. Só nos medi-
camentos ansiolíticos, sedativos e
hipnóticos o consumo cresceu 16%
de 2012 para 2013.
Por fim, o documento salienta
ainda os casos de depressão no pa-
ís, socorrendo-se dos dados recolhi-
dos pela rede de médicos-sentinela,
e que apontam para que a taxa de
incidência desta doença tenha vindo
sempre a crescer desde 2004, sendo
“das mais elevadas do mundo e num
cenário em que a demora média en-
tre os primeiros sintomas e o início do
tratamento chega a ser de cinco anos
nos casos de depressão major”.
Romana Borja-Santos
o OPSS destaca a prevalência anual de perturbações psiquiátricas, com Portugal a registar uma taxa de 22,9%
Fontes: Relatório da Primavera, dados da MS; DGS;DSIA, 2013 citado por EC; EuroPoPP (2013)
Saúde mental
Medicina geral
Saúde mental
Cuidados médicos
Qualquer tipode tratamento
Nenhum tratamento
Graves
Graves Moderadas Ligeiras
Graves Moderadas Ligeiras
Moderadas Ligeiras
Tratamento por gravidadede perturbação, em %
47,1%
38,9
66,1
66,4
33,6
35,1
64,9
18,2
81,8
23,8
33,8
14,9
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Tiragem: 34438
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 48
Cores: Cor
Área: 5,20 x 3,79 cm²
Corte: 3 de 3ID: 54623140 01-07-2014
Observatório dos Sistemas de Saúde diz que a crise está a ter impacto na saúde p4/5
Governo sofre do “síndroma da negação” na Saúde?
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Tiragem: 17456
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 14
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Área: 13,79 x 7,45 cm²
Corte: 1 de 1ID: 54623442 01-07-2014
Os funcionários com contrato de tra-balho que desempenham funçõesnos serviços de saúde do sector em-presarial do Estado também vão serabrangidos pelas regras dos suple-mentos remuneratórios da FunçãoPública, embora estejam previstas“adaptações”.A proposta de decreto-lei referenteaos suplementos foi ontem enviadaaos sindicatos da função pública eapresenta poucas alterações face àversão já noticiada pelo Diário Eco-nómico. Acrescenta agora uma “dis-posição final”, que indica que o diplo-ma é aplicável, “com as necessáriasadaptações, aos trabalhadores emregime de contrato de trabalho, cele-
Hospitais EPEContratados não escapam a regime de suplementos do Estado
res dos hospitais EPE que tenhamum contrato celebrado ao abrigo doCódigo do Trabalho (sector privado).Em alguns casos já é assim, refere odirigente, acrescentando que istopode abranger médicos, enfermeirose pessoal auxiliar, por exemplo. ParaJosé Abraão, isto pode ser uma bar-reira na negociação de acordos nosector da saúde. A proposta do Go-verno, que define as condições deatribuição de suplementos a traba-lhadores abrangidos pela Lei Geralde Trabalho em Funções Pùblicas eque prevê uma Tabela Única de Su-plementos, deixa de fora polícias, mi-litares e magistrados, mas tambémaqui haverá uma revisão. C.O.S.
TOTAL ANUAL
700 milhõesO Estado gasta cerca de 700milhões de euros por ano com ossuplementos da função pública.
brado no âmbito dos estabelecimen-tos ou serviços de saúde, integradosno Serviço Nacional de Saúde, com anatureza de entidade pública empre-sarial”. Para José Abraão, da Federa-ção de Sindicatos da AdministraçãoPública (FESAP), isto significa que ossuplementos remuneratórios previs-tos para a Função Pùblica deverãoaplicar-se também aos trabalhado-
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Tiragem: 27259
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 20
Cores: Cor
Área: 24,39 x 32,89 cm²
Corte: 1 de 2ID: 54623953 01-07-2014
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Tiragem: 27259
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 21
Cores: Cor
Área: 24,44 x 32,69 cm²
Corte: 2 de 2ID: 54623953 01-07-2014
Página 17
A18
Tiragem: 82937
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 4
Cores: Cor
Área: 27,69 x 34,17 cm²
Corte: 1 de 3ID: 54623582 01-07-2014
Página 18
Tiragem: 82937
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 5
Cores: Cor
Área: 27,24 x 34,52 cm²
Corte: 2 de 3ID: 54623582 01-07-2014
Página 19
Tiragem: 82937
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 1
Cores: Preto e Branco
Área: 26,75 x 2,69 cm²
Corte: 3 de 3ID: 54623582 01-07-2014
Página 20
A21
Tiragem: 13045
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 20
Cores: Cor
Área: 26,79 x 31,60 cm²
Corte: 1 de 3ID: 54623434 01-07-2014
Página 21
Tiragem: 13045
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 21
Cores: Cor
Área: 26,56 x 34,23 cm²
Corte: 2 de 3ID: 54623434 01-07-2014
Página 22
Tiragem: 13045
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 1
Cores: Cor
Área: 13,50 x 5,77 cm²
Corte: 3 de 3ID: 54623434 01-07-2014
Página 23
A24
Tiragem: 8500
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Regional
Pág: 16
Cores: Cor
Área: 8,40 x 11,60 cm²
Corte: 1 de 1ID: 54608015 28-06-2014
Hospital de Viana reúne-se com PSPpara reforçar segurança
Responsáveis do hospital de Viana do Castelo vão reunir-se com o comando da PSP para reforçar a se-gurança no perímetro da unidade após roubo inédito de uma viatura com recurso a arma branca, informou ontem fonte da administração.
De acordo com a mesma fonte da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) o encontro foi solicitado pela administração do hospital distrital na sequência do assalto a uma enfermeira que saía do serviço, ocorrido na quarta-feira, à noite, no parque de estacionamento daquela unidade.
A fonte explicou que atualmente «parte» do parque de estacionamento reservado aos profissionais da unidade hospitalar está dotado de sistema de videovigilância.
Contatada pela Lusa a PSP adiantou que o roubo da viatura, inédito na cidade, perpetrado com recurso a arma branca, ocorreu na quarta-feira cerca das 23h30.
A vítima, enfermeira no serviço de pediatria da ULSAM, foi atacada por um homem quando já se encontrava no interior da viatura.
Sob ameaça de arma branca, foi coagida a abandonar o carro onde o individuo acabaria por fugir.
A enfermeira, residente em Viana do Castelo, não so-freu ferimentos. A PSP continua a investigar o caso.
Página 24
A25
Tiragem: 34438
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 46
Cores: Cor
Área: 13,61 x 30,32 cm²
Corte: 1 de 1ID: 54623336 01-07-2014
Copo furado não enche
Seis meses após o terceiro
enorme aumento da carga fi scal
sobre as bebidas espirituosas
no Orçamento do Estado
para 2014 e um ano depois da
entrada em vigor da lei do álcool
em Portugal, os resultados
alcançados refl etem a falta de
equidade e a incongruência das
opções feitas: lesivas para os
interesses das empresas, dos consumidores e
do próprio Estado português.
Os últimos três orçamentos são
testemunhas de opções que benefi ciam
uns sectores em detrimento de outros — o
das bebidas espirituosas (Ginginha, Licor
Beirão, Amêndoa Amarga e outras). Em vez
de reconhecer e retifi car as injustiças que
introduziu artifi cialmente neste mercado,
o Governo acrescenta mais discriminação
alimentada por mitos: alega, por exemplo,
que bebidas com maior teor alcoólico
encerram mais riscos do que as bebidas “mais
fracas” (esquecendo que os consumidores
não bebem as mesmas quantidades de umas
e de outras); e alega também que uma maior
carga fi scal resulta em maiores receitas para
o Estado, quando a única coisa que se passa é
que o “copo” das bebidas espirituosas já está
“furado” e qualquer aumento da carga fi scal
está, desse modo, apenas a alimentar os copos
das outras bebidas...
Fixemo-nos primeiro sobre a lei do álcool
e no facto de esta estabelecer maioridades
diferenciadas para o consumo de bebidas
alcoólicas (16 para a cerveja e para o vinho e
18 para as espirituosas). Além da mensagem
perigosa que parece transparecer — a de que
há bom e mau álcool —, o último relatório da
OMS sobre álcool e saúde indica claramente
que o vinho e a cerveja representam cerca
de 90% do álcool consumido entre nós e são,
ainda, as bebidas mais baratas.
Mais: com esta diferenciação, Portugal
integra um cada vez mais reduzido lote de
países onde esta discriminação existe. Os
últimos Estados da UE a harmonizarem a
maioridade para o consumo de bebidas foram
a Espanha e a Holanda, em linha com o que
é hoje consensual na comunidade médica e
científi ca — de que o fundamental é educar
para um consumo de baixo risco, ou, no caso
dos menores, para um não consumo.
Se é verdade que a lei do álcool supre em
aspetos não despiciendos alguns desafi os
com que as entidades que zelam pela lei se
deparavam, não é menos verdade que muitos
destes mesmos atores advogam a utilização
de instrumentos como uma fi scalidade
elevada para o combate ao consumo de risco.
Tal, a par com a necessidade de elevar a
receita do Estado devido ao ajustamento em
curso, tem levado as Finanças a anuir face às
propostas do Ministério da Saúde.
Ora, nem sempre os impostos elevados
levam a melhores padrões de consumo.
Basta olharmos para os países do Norte da
Europa, onde uma fi scalidade exorbitante
não impede muito maiores percentagens
de embriaguezes do que no Sul. Recorde-
se ainda que os portugueses, quando
consideramos o seu poder de compra
ponderado, já estão a pagar em impostos
sobre o álcool bem acima da média
comunitária e muito acima do nível médio
que estes produtos pagam no Sul da Europa.
Um olhar sobre os dados da evolução da
fi scalidade do álcool dos últimos dez anos não
deixa dúvidas quanto à impossibilidade de
se obterem mais receitas com aumentos que
incidam só sobre as bebidas espirituosas:
Desde 2003, a carga fi scal sobre estas
bebidas em Portugal registou um aumento de
43% (21% só nos últimos três anos!), mas as
receitas arrecadadas pelo Estado caíram cerca
de 15% nesse mesmo período.
Não deixa de ser estranho que apenas as
empresas do sector das bebidas espirituosas,
com uma forte componente familiar,
tradicional, com produtos identifi cados com
a nossa cultura e que representam cerca de
35% do sector, sejam chamadas a contribuir
para o ajustamento
fi nanceiro do Estado.
Mais estranho ainda
se torna quando
consideramos
que este sector,
responsável por
sensivelmente 10%
do álcool consumido
em Portugal, já paga
mais de 60% do total
das receitas que
o Estado angaria
com as bebidas
alcoólicas. Esta
política de aumentos
discriminatórios
a única coisa que
conseguiu foi um
esmagamento
das margens das empresas de bebidas
espirituosas, sem o crescimento proporcional
da receita fi scal, apesar dos 20% de aumento.
Entre os mitos em que o Governo se
fundamenta para defender as suas políticas
fi scais sobre o álcool e a realidade portuguesa,
há um fosso por onde, caso o caminho
não mude, se continuarão a esvair quer as
receitas de que tanto precisa o Estado, quer
o emprego, a inovação e o investimento que
as empresas poderiam estar a gerar. Urge
regressar a um sistema com método que,
com equidade para todos os operadores no
mercado das bebidas alcoólicas e, não só, das
bebidas espirituosas, preveja ou atualizações
iguais para todas as bebidas ou para
nenhumas. Para que o copo deixe de verter.
Secretário-geral da Associação Nacional das Empresas de Bebidas Espirituosas
Novas políticas sobre o álcool: dos mitos à (dura) realidade
Tribuna Lei do álcool e OE 2014Mário Moniz Barreto
Página 25