01 - O Herdeiro do Lobo que Mordeu Você [RevHM]

7/27/2019 01 - O Herdeiro do Lobo que Mordeu Voc [RevHM]

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O Herdeiro do Lobo Que Mordeu Voc

Wolf Haven 1

A vida de Matty Jackson foi de uma forma normal, para um filme de

terror de Hollywood s porque ele passou um fim de semana com o homem

dos seus sonhos.

Seria espetacular se o homem ainda estivesse por perto, mas Rico

Sullivan saiu sem dizer uma palavra. Agora, Matty deixado sozinho para lidar

com os efeitos secundrios do seu fim de semana juntos.

Arrastado para um mundo que ele no conhecia, Matty tem que

confiar em estranhos para mant-lo seguro. Quando ele finalmente encontra

Rico, a vida no pode ficar melhor.

Por um lado, Rico pensa que ele louco. E dois, as mesmas pessoas

que esto atrs de Rico colocaram Matty na sua lista para matar.

Matty e Rico esto fugindo de caadores que querem execut-los,

porque eles violaram a lei shifter por se apaixonarem.

Escapar seria muito mais fcil se eles soubessem em quem podiam

confiar ou onde poderiam encontrar um porto seguro. At que, eles s tm que

confiar em si mesmos e... nas habilidades estranhas que Matty parece estar

desenvolvendo.


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Captulo Um

Positivo.

No era possvel. Matty Jackson passou a mo trmula pelo cabelo

castanho curto, e olhou para o basto branco, mais uma vez, com um olharestpido, deu positivo.

Duas linhas. No uma, mas duas.

Matty agarrou as instrues que vm com a caixa e leu novamente,

sabendo que ele tinha que ter bagunado o teste de alguma forma. Era a nica

explicao, pois qualquer outro resultado no era foda possvel.

Nunca.

Uma linha significava negativo. Duas linhas significavam positivo.


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Matty olhou para o basto branco novamente, esperando que umadas linhas de repente desaparecesse ou que algum iria saltar no quarto e

gritar pegadinha! Sim, no havia ningum, exceto ele. Ele fechou os olhos e

chamou cada desejo de aniversrio que ele j tinha feito.

Quando abriu os olhos novamente, ele ainda viu as duas linhas finas

e rosadas.

Droga!Matty gemeu e jogou a vara na lata de lixo junto com os cinco

primeiros testes que ele tinha feito, tudo tinha dado positivo. Olhando para as

suas mos por um momento, ele pressionou os dedos enquanto tentava aceitar

o que ele estava vendo com os seus prprios olhos.

Ele descartou a nusea no ms passado como um problema

estomacal que estava acontecendo ao redor do supermercado aonde

trabalhava. Quando ele comeou a vomitar ao menor sopro de quase tudo,

fazia sentido estar doente. Todo mundo estava ficando doente.

Quando ele comeou engordar um par de quilos, algumas semanas

depois, seu apetite se renovou depois de estar doente, foi a explicao

perfeita.

Mas as borboletas esvoaantes, que comearam no seu estmago, na

semana passada no poderiam ser explicadas pelo excesso de alimentao ou

o problema estomacal.

Matty no tinha uma nica explicao para isso. Nem uma. E que o

fez ficar com mais medo do que ele jamais se lembrou de estar.

Inferno, ele estava completamente apavorado.

Talvez fossem clculos biliares?

Ou um tumor?


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Ele ficou esperando um aneurisma cerebral agora mesmo.

Tinha que haver uma explicao razovel porque o que estava

acontecendo com ele simplesmente no era possvel. Ele tinha feito o estpido

teste s porque ele tinha necessidade de respostas. Matty tinha plena

confiana de que no poderia ser esta a resposta.

Foda se ele no tivesse estado errado.

Matty levantou e saiu do banheiro e foi para a cozinha. Ele pegou alista telefnica e comeou a olhar atravs das pginas amarelas por uma

clnica popular, na Cidade Velha.

Talvez fosse hora de chamar os especialistas.

Uma vez que ele encontrou o que estava procurando, Matty escreveu

o endereo ento foi procurar a sua jaqueta. Ele comeou a pegar a sua

carteira em cima da mesa depois teve um segundo pensamento sobre isso.Ser que ele realmente queria que algum soubesse quem ele realmente era,

dadas as circunstncias?

Na Cidade Velha aonde essa clnica gratuita ficavam tinha um monte

de pacientes indigentes.

Talvez ele pudesse fingir dizendo que era um sem-teto e no tinha

nenhuma identificao.

Era melhor do que a alternativa, mais provvel de ele obter uma

carona para o asilo de malucos local.

Matty agarrou a passagem de nibus, algum dinheiro, as chaves da

sua casa, e o seu casaco com capuz marrom. Ele deixou tudo para trs quando

saiu pela porta da frente e foi para a parada de nibus mais prxima. Seu

estmago estava em ns e ameaando se rebelar, mas desta vez, Matty tinha

certeza de que era devido aos nervos.


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Isso no quer dizer que ele no queria correr para o banheiro maisprximo, ele desceu do nibus e vomitou.

Enjoar era a pior parte de todo este calvrio, mas ele estaria

mentindo atravs dos seus dentes. Nem mesmo o caos iminente que ele tinha

certeza de que a sua vida estava prestes a cair era o pior.

No, no saber o que diabos estava acontecendo com ele era a pior

parte.Pelo menos se ele soubesse, ou tivesse algum aviso, do que devia

esperar. Em vez disso, ele estava achando tudo muito difcil, como aconteceu e

depois pirando porque merda, isso no era possvel.

A viagem de nibus pareceu durar uma eternidade, e Matty poderia

jurar que cada pessoa suada no planeta sentou bem ao lado dele.

No momento em que o nibus parou no mesmo quarteiro da clnica,Matty praticamente saiu correndo do nibus. Ele ignorou os assobios de um

casal de homens de aparncia estranha parado na esquina, parou o tempo

suficiente para soltar um casal de dlares no pote que o homem sem-teto

estava segurando, e em seguida, fez o seu caminho para dentro da clnica.

Eu... Uh... Preciso ver um mdico disse Matty quando chegou

ao balco de registro.

Ele bateu os dedos nervosamente na bancada, enquanto esperava

para a enfermeira v-lo.

Preencha isto. A mulher estendeu uma prancheta com um

formulrio para ele e uma caneta ligada a prancheta com uma corrente

pequena de prata.

Obrigado Matty sussurrou virou-se e caminhou at uma das

cadeiras vazias. No demorou mais de dez minutos para Matty preencher o

formulrio, principalmente porque ele no tinha certeza de que algum iria


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verificar o seu endereo.

Enjoado... sim.

Dores de estmago... certo.

Cansao... sim.

Dores de cabea... certo.

Ganho de peso... sim.

Mico frequente... sim.

Desejos estranhos... certo.

Mamilos doloridos, sim, ele ficou entusiasmado com essa verificao.

Deus! Matty inclinou a cabea para trs e olhou para o teto. Ele era

um idiota. Ele sabia disso. E no segundo, em que ele virou esse maldito

formulrio, Todos eles saberiam tambm. Mas Matty precisava de respostas.Ele precisava saber se ele estava realmente louco ou no.

Ele tinha certeza de que ele estava.

Levantando-se, Matty colocou a prancheta de volta na mesa de

inscrio, depois ele foi se sentar e esperou. Por que ele se sentia como se

estivesse esperando pelo seu castigo?

Sente-se e a enfermeira vai cham-lo, disse a mulher atrs dobalco, sem sequer olhar para ele.

Ele estava passando por uma crise de propores picas, e tudo o

que ela podia dizer era para sentar-se? Por que no havia um sinal piscando

acima da sua cabea afirmando que a sua situao era uma situao de

emergncia? Eles deveriam coloc-lo em um carro e sair gritando para todo

mundo sair do caminho.

Mas a senhora atrs do balco apenas parecia entediada.


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Matty assentiu distraidamente e voltou para a sua cadeira, querendorastejar dentro do seu casaco com capuz e esconder-se de todos na sala de

espera.

Ele olhou em volta para as pessoas, enquanto esperava, no

realmente interessado em tudo o que estava acontecendo, mas ainda menos

interessado nas coisas que flutuavam pela sua cabea.

Ele meio que desejava que ele pudesse voltar cinco semanas ecomear de novo quando ele conheceu o homem dos seus sonhos e passou um

fim de semana inesquecvel com ele, para apenas acordar sozinho quando a

segunda-feira chegou.

Ele no tinha ouvido falar de Rico novamente, mas ele estava

comeando ter a sensao de que eles sempre teriam uma conexo. Matty

estava pensando que ele no tinha o maior o tumor do mundo crescendo no

seu intestino.

Depois de se sentar l metade do dia, uma enfermeira finalmente

saiu e disse: Sr. Jackson, o mdico ir v-lo agora. Matty engoliu em

seco, ficou com as pernas trmulas, e seguiu o bonito, enfermeiro para uma

das salas de exame. Seu peso foi tirado 70 quilos, ento l se foram os seus

habituais 65 quilos.

Sua altura foi medida, 1,77 metros de altura. Sim, elemilagrosamente no cresceu alguns centmetros.

E ento foi entregue a ele um vestido e dito para ele se despir. O

mdico estaria aqui em breve. Matty quase saiu correndo do quarto, quando

ele deu uma boa olhada no vestido.

Um ele, era feito de papel. Dois, havia uma abertura enorme na parte

de trs, ou talvez fosse a frente. Matty no tinha ideia.Lentamente ele se despiu at a cueca, dobrou as suas roupas e as


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colocou ordenadamente na cadeira. Ele segurou o vestido de papel para cima,tentando descobrir como ele deveria vesti-lo.

Finalmente desistiu, ele colocou o vestido na sua frente, o que

deixava a sua bunda exposta e sentou-se na mesa de exame.

Suas pernas comearam a balanar enquanto ele se sentava l e

olhava para as fotos coloridas nas paredes e as folhas de informao mdica.

Para uma clnica gratuita, o lugar era surpreendentemente limpo ebem decorado. Ele estava esperando ver toalhas ensanguentadas,

equipamentos imundos, e at, possivelmente, um sinal que dizia que uma

pessoa pode fumar se quisesse.

No, a clnica era impecvel e brilhante.

Os olhos de Matty se arregalaram e o seu corao comeou a bater

fora de controle quando a porta se abriu e um homem de casaco de mdicobranco entrou, Era isso. Ou ele estava realmente grvido ou insano.

Honestamente, Matty estava esperando para a loucura neste

momento.

Sr. Jackson, o que parece ser o seu problema? Matty engoliu

nervosamente.

Se ele soubesse a resposta a essa pergunta, ele no estaria aqui. Eu no ando me sentindo bem, doutor. Eu acho que poderia ter esse problema

estomacal que est acontecendo ao redor. Ou clculos biliares.

Por favor, deixe serem clculos biliares.

Foda-se ele estava praticamente dizendo ao cara que ele poderia

estar grvido.

Deixe o homem descobrir por conta prpria. Ento, ele poderiadesmaiar junto com o mdico.


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Por que voc no deita na cama e vamos dar uma olhada. Omdico pegou o arquivo na sua mo e tirou um par de luvas de borracha.

Quando ele se aproximou da mesa de exame, ele tinha um sorriso no rosto,

que no alcanava os seus olhos.

Eles no eram frios, necessariamente, apenas distantes, como se ele

estivesse fazendo este trabalho por um longo tempo e havia se acostumado a

ver milhares de pacientes por dia.

Isso fez Matty se sentir mais como um nmero do que uma pessoa.

Voc vomita?

Sim, senhor.

Bebe muitos lquidos? O mdico verificou os ouvidos de Matty.

Sim, senhor.

Matty quase engasgou quando um abaixador de lngua foi colocado

na sua boca. Para algum que disse que estava vomitando, ele no entendia

por que o mdico estaria fazendo isso.

Quaisquer outros sintomas? Dores de cabea? Febre?

Eu tive dores de cabea sem febre.

Uh-huh.

Matty estremeceu quando o mdico levantou o vestido e comeou a

apertar o seu estmago com os dedos. A respirao nos pulmes de Matty

pareceu ficar presa quando o mdico de repente franziu o cenho. Ele s sabia o

que estava por vir, e ele no tinha uma resposta para a pergunta que ele podia

ver se formando no rosto do mdico.

Seu abdmen est dolorido?

Um pouco.


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Quaisquer problemas para urinar?

Matty encolheu os ombros. Estou bebendo muita gua e suco, por

isso estou fazendo muito xixi.

Qualquer dor nas costas ou entre as omoplatas?

No, senhor.

E nas suas costelas? Qualquer dor ali?

No, senhor.

Voc ainda tem o seu apndice?

Sim, senhor.

Muito bem, Sr. Jackson disse o mdico, quando ele se inclinou

para trs e tirou as luvas de borracha em suas mos, jogando-as no lixo.

Eu vou pedir-lhe um ultrassom. Eu quero dar uma olhada no seuapndice e verificar se tem clculos biliares.

Sim! Matty quis se levantar e danar. Clculos biliares. Ele realmente

queria que fossem clculos biliares.

Ele mal educou as suas caractersticas antes do mdico olhar para ele

novamente. Ok.

Vou escrever a ordem, ento, a enfermeira vir acompanh-lo ata sala de ultrassom.

No segundo, em que a porta se fechou atrs do mdico, Matty caiu de

volta contra o pequeno, travesseiro na cama de exame. Ele tinha ouvido falar

que clculos biliares podem ser extremamente dolorosos, quase como se uma

mulher estivesse em trabalho parto.

Ele estava to ansioso para o prognstico, clculos biliares, elepoderia lidar com isso.


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Essa outra coisa, nem tanto.

Quando a porta se abriu e o mesmo bonito, enfermeiro, loiro entrou,

Matty no pode fazer nada, s sorrir para o homem. O enfermeiro olhou para

Matty curiosamente, mas sorriu e fez um gesto para a cadeira de rodas do lado

de fora da porta que ele trouxe com ele.

Sr. Jackson, o mdico ordenou um ultrassom para voc, sente-se

na cadeira de rodas, eu vou lev-lo. Sim, senhor Matty pulou da mesa e andou para a porta.

Oh, pegue as suas roupas, Sr. Jackson disse o enfermeiro.

Esta sala pode no estar disponvel quando voc voltar.

Matty rapidamente pegou a sua pilha de roupas e apertou-as em seu

peito enquanto se sentava na cadeira de rodas.

Pode levar isso para mim?

Matty olhou para trs e viu o enfermeiro segurando o seu arquivo.

Ele sorriu e pegou, segurando-o contra o peito, juntamente com as

suas roupas. O enfermeiro cantarolou enquanto empurrava Matty pelo corredor

at o elevador.

Eles o levaram para o segundo andar e depois desceu outro corredor

at o enfermeiro parar diante de uma porta com o nome ultrassom penduradona porta.

A enfermeira abriu a porta e empurrou Matty para a pequena sala de

espera.

Ele pegou o pronturio dele e o colocou em uma mesa prxima a uma

porta do outro lado da sala. O enfermeiro sorriu para Matty quando ele se

virou. O tcnico vai estar com voc em um minuto.


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Obrigado disse Matty.

Ele esperou por, provavelmente, dez minutos antes da porta se abrir

e um homem entrar e pegar o pronturio. Ele o abriu e leu sobre ele por um

momento e depois o fechou e colocou-o debaixo do brao.

Muito bem, Sr. Jackson, vamos lev-lo para a sala de exame. Voc

j fez um ultrassom antes? O homem perguntou agarrando as alas da

cadeira de rodas e empurrando Matty para o outro quarto. No, senhor.

Bem, no h nada a temer. Ultrassons so muito mais seguros do

que raios-X.

Como funciona um ultrassom?

A ultrassonografia abdominal usa ondas sonoras para produzir

imagens dos rgos internos. As ondas sonoras so enviadas para o abdmenatravs de uma sonda de mo que eu vou deslizar sobre a sua rea abdominal.

Eles saltam para fora da vescula biliar, fgado, pncreas e outros rgos e

retornam para a sonda. A mquina converte os 'ecos', dessas ondas sonoras

em imagens que podem ser vistas no monitor. Os clculos biliares

normalmente produzem um eco forte e so claramente visveis no monitor.

Parece simples o suficiente.

Sim. O tcnico bateu na mesa de exame. Suba em cima e

ns vamos acabar com isso feito em apenas alguns minutos. Matty estava

muito ansioso para acabar com isso.

Ele subiu na mesa de exame, ele estremeceu quando o seu vestido

foi empurrado para cima em torno das suas axilas e o tcnico aplicou um gel

muito frio no estmago.

Voc pode ver o que estamos vendo aqui no monitor. O tcnico


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apontou para o grande monitor na frente dele, inclinando-o ligeiramente nosentido de Matty. Ele pegou um pequeno dispositivo porttil que tinha um cabo

longo anexado base da tela e comeou a pression-lo ao longo do abdome de

Matty.

Veja aqui, o seu corao e os pulmes disse o homem

enquanto corria a sonda sobre o peito superior Matty. Este o seu

estmago, um rim, e sua bexiga.

Como eles esto?

Eles todos parecem bem.

No h clculos biliares?

O tcnico sorriu para Matty. Nada, ainda.

Droga!

Este o seu... O tcnico franziu a testa quando sua voz sumiu.

Mudou a sonda para o abdmen de Matty de um lado para o outro

depois voltando novamente.

O que h de errado?

Eu... uh...

Matty comeou a ficar preocupado quando o rosto do homem ficou

sem cor. O que h de errado? Ele perguntou de novo, seus medos

anteriores voltando em uma corrida de flego em pnico.

Eu preciso buscar o mdico e obter uma segunda opinio. O

tcnico saltou to rpido que a cadeira tombou para trs. Ele foi para a porta,

sem tirar os olhos da tela at que ele passou atravs dela, e ento ele virou-se

e correu como se os ces do inferno estivessem atrs dele.

Matty olhou para o monitor com um sentimento de horror que no

sentia desde que ele foi pego por sua av se masturbando na despensa


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quando ele tinha 15 anos de idade.

Bem, isso podia ser pior. Ele agarrou a sonda e moveu-a sobre o seu

estmago, mantendo os olhos grudados na tela.

Ele no tinha ideia do que ele estava olhando at que a imagem

pequena e escura na tela de repente se moveu. Matty respirou fundo e soltou a

sonda. Ele agarrou as bordas da mesa de exame e olhou para o teto, rezando

para que o que tinha visto, ele no tinha visto.Engolindo em seco, Matty deslizou as pernas para o lado da mesa de

exame e se levantou. Ele se aproximou para estar diretamente na frente da

tela, em seguida, estendeu a mo para a sonda mais uma vez. Desta vez,

quando ele moveu o pequeno dispositivo porttil, sobre o seu estmago, ele

achava que estava preparado para o que ele estava indo ver.

Ele no estava.

Matty suspirou e deixou cair a sonda novamente quando a pequena

imagem aninhada no seu abdmen se moveu. Ele esfregou as mos trmulas

sobre o seu rosto. Ok, ele poderia lidar com isso. Ele tinha que fazer. Ele no

tinha outra escolha.

Puxando o vestido para baixo, Matty comeou a andar para trs e

para frente da sala de exame. Ele queria respostas. Ele queria encontrar Rico e

bater a merda fora dele, e ento ele queria respostas. Rico tinha que t-las.

Ele era o nico homem que Matty j tinha ficado, e se o que Matty suspeitava

estava crescendo em seu abdmen, a culpa era toda de Rico.

Ele apenas no entendia como.

Matty olhou para o relgio e percebeu que o tcnico tinha ido embora

h mais de dez minutos. Ele revirou os olhos, exasperado.

Certamente quanto tempo demora para ir buscar o mdico para uma

segunda opinio?


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Matty saiu da sala de exames para a porta que dava para o corredor.Ele girou a maaneta e comeou a puxar a porta aberta quando ouviu vozes

agitadas vindo pelo corredor.

Ele abriu a porta apenas o suficiente para espreitar e olhou para fora,

o tcnico estava de p no final do corredor com o mesmo mdico que havia

examinado Matty.

O tcnico estava torcendo as mos com tanta fora que Matty ficousurpreso que ele ainda tivesse pele sobre eles.

O mdico, no entanto, estava falando em seu telefone celular,

gesticulando com a outra mo.

Eu estou dizendo o que eu vi disse o mdico. Ele estava bem

ali ao vivo e a cores Os lbios do mdico estavam apertados com fora.

claro, eu mesmo vi. Meu tcnico vai transferir as imagens para o meu

escritrio. O mdico balanou a cabea. Certo. Ele acenou com a

cabea novamente. Certo. Ok, s se apressem. Eu no tenho certeza de

quanto tempo ns podemos mant-lo at ele descobrir que algo est errado.

O mdico desligou o celular, e se virou para o tcnico. Volte l e o mantenha

ocupado. A ajuda lidar com a situao.

Merda!

Matty fechou a porta to silenciosamente como pde e correu de

volta para a sala de exame. Ele andou por toda a extenso da sala, que

consistia de cerca de quatro passos, depois seus olhos caram em suas roupas.

Matty agarrou-as e se vestiu o mais rpido que podia. At que ele

comeou a puxar o seu casaco com capuz foi que percebeu que ainda estava

com o vestido de papel. Ele puxou o capuz para baixo sobre o vestido, sabendo

que ele no teria tempo de se despir.Ele precisava dar o fora de l.


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Ele no sabia quem o mdico chamou, mas no estava na sua lista decoisas a fazer hoje.

Matty se dirigiu para a porta novamente. Agora, ele s tinha que

descobrir como sair da clnica sem ser visto.

Matty colocou o ouvido na porta, mais uma vez. Ele podia ouvir o

mdico e tcnico discutirem no corredor e sabia que ele no poderia sair

assim. Ele foi at a janela. Ele estava no segundo andar. Se ele pulasse, eleestava quase certo de que iria se ferir, se no pior.

O que no deixou Matty com outras opes. Ou era a janela ou o

corredor.

Ele caminhou de volta para a porta que dava para o corredor e espiou

a tempo de ver o tcnico andar de volta pelo corredor em direo ao quarto

que ele estava, Matty fechou a porta e, em seguida, correu para fechar a porta

da sala de exame. Ele correu para trs e apertou-se contra a parede atrs da

porta aberta.

Matty prendeu a respirao quando o tcnico foi at a porta da sala

de exame e virou lentamente a maaneta da porta. No segundo em que a

porta comeou a se mover, Matty saltou atravs do quarto e empurrou o

tcnico para dentro, ele ouviu um estrondo quando ele agarrou a maaneta da

porta e a puxou para fech-la.

Isso deu-lhe alguns segundos, mas poderiam ser o suficiente.

Matty correu para a porta, ele parou o tempo suficiente para

empurrar uma cadeira na frente da porta da sala de ultrassom, e em seguida,

correu para o corredor.

Em vez de ir para o elevador, Matty virou para as escadas, suas mos

bateram na porta, abrindo-a com um barulho alto.

Ele desceu as escadas to rpido que ele teve de agarrar o corrimo


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para no cair. At o momento em que ele chegou ao fundo, ele estavaofegante.

Ele no achava que todos viriam atrs dele.

Ele estava em modo de pnico total, e ele sabia disso. Sua vida tinha

acabado de deixar de ser levemente chata, para ir ao inferno catico sem

rodeios.

Ele estava fodido, e se ele visse Rico novamente, ele estava indobater a merda fora do homem.

Matty parou no fundo das escadas e apertou as suas mos contra o

peito, tentando acalmar o seu corao acelerado.

Msica suave tocava no sistema de som. Enfermeiros andavam,

alguns mdicos estavam lendo grficos, alguns outros carregando medicao.

Pacientes caminhando pelos corredores.Tudo parecia to repugnantemente normal.

Matty engoliu em seco e puxou o capuz para baixo, ento comeou a

descer o corredor em direo sada. Quando chegou ao balco de check-out,

ele fez uma pausa. Ele no poderia simplesmente sair. Eles iriam det-lo, com

certeza.

Desculpe-me disse ele para a mulher atrs do balco,interrompendo o telefonema que ela estava. Disseram-me para esperar o

mdico me chamar sobre os resultados do meu teste. Matty apontou para a

sala de exame que tinha estado antes dele ser levado para o ultrassom.

Devo esperar l?

A mulher acenou com a cabea, mas sem sequer olhou para cima.

Matty tomou isso como um sinal de entendimento e caminhou direto e saiu

pela porta da frente. Ele tentou manter a calma enquanto caminhava pela


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calada, mantendo a cabea inclinada para baixo e o seu capuz puxado paracima com firmeza sobre o seu cabelo.

Assim quando ele chegou esquina, dois SUVs pretos pararam em

frente a clnica, vrios homens muito grandes desceram e correram para

dentro do prdio. Matty esperou at virar a esquina, e ento ele correu para

salvar a sua vida.

Captulo Dois

Matty no tinha ideia do que ele iria fazer, mas sabia que precisava

fazer isso rpido. Qualquer coisa no inferno que estava acontecendo com ele

tinha algo a ver com Rico. Matty sabia disso at os ossos. Rico era o

responsvel... e ele podia muito bem ajudar Matty a lidar com isso.

Fosse o que fosse.

Matty enfiou as mos nos bolsos do casaco com capuz quando ele

desceu do nibus e comeou a descer para a calada em direo ao seu

apartamento. Ele tinha uma sensao muito ruim de que para onde Rico o

tinha arrastado havia mudado a sua vida para sempre. A realidade que elehavia conhecido quando ele acordou esta manh tinha ido embora, e ele


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estava caindo de cabea no Alm da Imaginao.

E o que realmente o afetava era que ele no via nenhuma maneira de

sair disso. No era como se ele pudesse ir dormir e acordar de repente sem

saber o que ele j sabia, no que ele soubesse exatamente algo.

Sua mente ainda estava girando no pesadelo catico. Ele se sentia

como se estivesse se afogando, fora de controle, sem fim vista. Ele sabia o

que sentia, o que ele viu naquela maldita tela. Ele sabia que algo estava vivodentro dele.

Vises de um aliengena saindo do seu peito e matando-o

brevemente cintilou na sua mente. Isso parecia errado. Isso ainda era uma

possibilidade, mas isso se sentia mal. Ele no sabia o que estava crescendo

dentro do seu corpo, mas no era um aliengena.

Matty deu um suspiro e apertou a sua mo contra o seu estmago.

Ele no conseguia sentir nada contra o tecido do seu casaco com capuz, mas

ele ainda sentia um movimento responder no fundo do seu abdmen.

Asas de borboleta.

Essa era a nica maneira de descrever a sensao. Sentia-se como

asas de borboleta roando suas entranhas. No doa, mas ainda era uma

sensao estranha, uma sensao que fazia o corao de Matty bater um

pouco mais rpido.

Cada passo que dava parecia mais pesado e mais precrio. No

porque ele estava caminhando para o seu castigo, mas porque ele no tinha a

menor ideia de para onde ele estava indo. O mundo como ele conhecia tinha

ido embora, e um novo mundo foi aberto para ele.

E no havia nenhum guia de merda.

Matty apertou as suas mos, desejando que ele pudesse envolv-las

em torno da garganta de Rico. No importa o quo sexy o cara era ou o


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quanto ele fez Matty rir ou sentir-se querido e cuidado, nem mesmo o caminhoque Rico fez Matty se sentir especial quando se aconchegou na cama at as

primeiras horas da manh. Nada disso importava quando o homem tinha

obviamente feito algo a ele, e depois partido.

Matty ia plantar o joelho nas bolas de Rico na primeira chance que

tivesse, e ento ele iria plantar o seu punho no rosto do cara e exigir saber o

que no inferno estava acontecendo, porque com certeza no era normal.

Matty tinha certeza que normal, no fazia mais parte do seu

vocabulrio. Bizarro tinha sido acrescentado, no entanto. Bizarro, esquisito,

maluco, estranho, peculiar, fora do comum, fodidamente louco essas eram

as novas palavras que ele tinha para explicar a sua situao. Mas elas eram as

nicas.

Quando Matty chegou no seu apartamento, ele se apressou a subir as

escadas para o segundo andar e rapidamente fez o seu caminho pelo corredor

at o seu pequeno apartamento de um quarto. No era muito, mas era seu.

Era seu lugar para escapar do mundo quando o seu dia era difcil. Hoje era um

exemplo brilhante de um dia difcil.

Ele trancou a porta atrs dele, uma vez que ele chegou ao seu

apartamento e entrou em seguida, e se aproximou da janela. Surpreendeu-o

que o trfego continuasse seu caminho e as pessoas caminhassem subindo edescendo as ruas como se nada no mundo houvesse mudado e ainda no

tinha.

Tudo havia mudado.

Matty de repente percebeu que nem tudo no mundo estava certo e os

aspectos mais bizarros de Hollywood poderiam ser verdade. Certo, Matty no

sabia exatamente o que esses aspectos eram, mas ele sabia que eles estavam

l.


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Matty empurrou a mo pelo cabelo. Ele no sabia o que fazer. Ele nosabia o que falar. Ele tinha conhecido Rico em um bar. Certo, ele no tinha uma

prtica de levar para casa qualquer um, mas Rico tinha chamado a ele em um

nvel mais profundo, que ele tinha sido incapaz de ignorar.

Infelizmente, a sua libido furiosa o fez esquecer qualquer coisa, alm

de obter as informaes bsicas sobre o cara como o seu nome. Claro, eles

conversaram sobre um monte de coisas diferentes nesse fim de semana, mas

nunca tinha sido sobre casa ou trabalho, ou at mesmo nmeros de telefone.

Matty no tinha ideia de onde encontrar o homem.

Depois de acordar sozinho na sua cama, e do fato de que ele no

tinha ouvido falar de Rico nas cinco semanas desde ento, Matty duvidava que

Rico sequer se lembrasse dele, se ele quisesse encontrar o idiota. Rico

provavelmente tinha o fim de semana em jogos em uma base regular. Matty

era mais do que provvel ser apenas um das centenas de homens que Rico

tinha fodido e depois deixado.

Matty limpou o seu nariz quando ele fungou. Ele no sabia por que

pensar nisso fazia a sua dor no peito to grande, mas fazia. Isso era

provavelmente um sintoma de tudo o que estava acontecendo com ele. Essa

era a nica explicao porque Matty certamente no se importava com quem

no inferno Rico tinha fodido.O homem poderia ter uma longa fila fora de um cais por tudo o que

Matty se importava.

Srio.

Matty no precisava dele.

Ele s precisava... Oh, inferno. Matty no tinha ideia do que ele

precisava, mas ele sabia que no era do Sr. Alto e sexy e parto de manh.

Qualquer coisa que no inferno estava acontecendo com ele, ele iria


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lidar com isso a sua prpria maneira. Ele s precisava descobrir exatamente oque era, e ento ele iria ficar bem.

Ele sempre ficava bem.

Ele tinha estado bem quando o seu pai partiu para lugares

desconhecidos, quando ele tinha cinco anos. Ele tinha estado bem quando a

sua me teve uma overdose de drogas dadas a ela por um dos seus clientes

pagantes quando ele tinha dez anos. E ele tinha estado bem quando os seuspais adotivos o chutaram para fora no dia em que ele completou dezoito anos.

Eu vou ficar bem Matty sussurrou para si mesmo. Ele enxugou

as lgrimas nos seus olhos novamente, ento olhou para o seu abdmen

quando ele passou a mo sobre o pequeno monte arredondado. Ns vamos

ficar bem. Matty inalou uma respirao profunda e tentou se lembrar de que

o mundo no tinha chegado ao fim. A necessidade profunda que parecia com-

lo por dentro para sentir os braos fortes de Rico envolvidos em torno dele e

dizer que ele no estava sozinho era apenas suas emoes hiperativas.

Isso no queria dizer nada.

Isso certamente no queria dizer que ele realmente precisasse de

Rico ou... Matty tomou uma respirao longa e profunda que tinha estado

presa na garganta quando viu dois SUVs negros parando fora do seu prdio.

Ele estava com uma sensao de pavor de que eram os mesmos homens queele tinha visto na clnica, que saram e foram para o seu prdio.

Matty ficou l congelado por um momento quando a sua mente saltou

de cenrio para cenrio, e nenhum maldito deles tinha um bom final.

Ele no entendeu muito bem por que esses homens foram atrs dele,

mas ele tinha muita maldita certeza de que tinha algo a ver com a pequena

borboleta crescendo dentro dele.E Matty no podia permitir isso. Ele sabia disso, tanto quanto ele


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sabia que ele estava respirando.

Matty morava em um prdio seguro, ento os caras atrs dele

precisariam quebrar uma janela ou ir ao escritrio do supervisor se quisessem

entrar. Isso daria a Matty apenas alguns minutos o que podia ser o suficiente

para dar o inferno fora do seu apartamento.

Matty entrou em ao. Ele correu para seu quarto e remexeu no

armrio at que ele encontrou a sua mochila. Ele pegou algumas roupas eempurrou dentro da mochila depois correu em volta do seu apartamento

agarrando qualquer coisa que ele no queria deixar para trs, uma fotografia

antiga dos seus pais antes que eles se separassem, uma dele e da sua me

quando ele era um beb , seu desodorante, escova de dentes, um casaco mais

pesado, e o dinheiro que ele guardava no seu cofre. Pela primeira desde que

ele poderia se lembrar, ele estava grato de que ele no confiava em bancos.

A ltima coisa que ele pegou foi a caixa de biscoitos de que ele

estava vivendo nos ltimos dias e as nicas trs latas de cerveja de gengibre

que ele havia deixado. Matty empurrou isso em seu bolso de trs, pendurou a

ala da sua mochila por cima do ombro, e depois caminhou at a porta.

Ele abriu a porta apenas o suficiente para ver o corredor. Uma vez

que ele estava certo de que ambos os lados estavam vazios, ele deslizou para

fora e comeou a fazer o seu caminho o mais rpido que podia pelo corredorem direo porta de trs.

Matty tinha passado muito tempo vagando pelos corredores noite,

quando estava muito frio para ir l fora. Ele conhecia cada canto e recanto do

lugar. Ele provavelmente sabia sobre lugares no prdio que nem sequer o

supervisor conhecia.

Matty correu pelas escadas quando ele as alcanou. Quando ele

chegou ao primeiro andar, ele continuou, indo direto para o poro. Ele no

perdeu tempo tentando acalmar os seus movimentos. Se ele os ouvisse, ento


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eles o ouviram. Sua preocupao era somente colocar distncia entre eles,tanto quanto pudesse.

E isso s aconteceu quando o tnel de manuteno no poro foi para

a direita sob a rua para o prdio do outro lado do caminho.

Matty sabia que se ele pudesse ir para o outro edifcio, ele poderia

fugir por trs, e ningum o veria sair.

Ele s no tinha ideia de para onde ele estava indo.

Matty no ouviu ningum o seguindo ao descer a escada, ento ele

esperou que isso significasse que eles ainda estavam tentando entrar no

apartamento ou eles estavam procurando por ele no andar de cima. Por mais

que Matty no gostasse da ideia de ter um estranho dentro do seu

apartamento, ele esperava que eles ficassem no andar de cima mais tempo,

assim ele poderia fugir.

O corao de Matty martelava em seu peito quando ele puxou a

pesada porta de ao, para o poro e seguiu por ela. Ele a empurrou com as

mos, quando se fechou lentamente, sabendo por experincia quanto rudo

fazia quando fechava. Talvez ele pudesse diminuir o som um pouco se ele no

a deixasse bater.

Clank!

Ok, nem tanto. Matty estremeceu quando o som ecoou pela pequena

rea do poro, ele estava dentro de um lugar cimentado, ele sabia que o som

era ainda pior no outro lado. A escadaria fazia um tnel de rudo indo para

cima. Se algum estivesse ouvindo, eles saberiam exatamente aonde ele

estava.

Matty rapidamente olhou ao redor at que ele viu os pesados

contineres de lixo destinados a reciclagem. Ele sabia que o supervisorcoletava as latas e garrafas e os transformava para o centro de reciclagem,


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embolsando o dinheiro, mas pelo menos eles estavam sendo entregues aalgum e no caindo em um aterro sanitrio em algum lugar.

Ele empurrou a lixeira mais na frente da porta, em seguida, saiu

correndo do outro lado da sala para o arco que levava para o tnel de

manuteno. Neste ponto, ele s queria correr. Ele no se importava se algum

o ouvisse.

Bem, ele se importava. Ele orou com tudo o que ele tinha que fossemencontrar o seu apartamento vazio e simplesmente desistissem. Ele s no

achava que ele teria esa sorte. Correndo, e ficando to longe quanto podia,

parecia o seu melhor curso de ao.

O tnel entre os dois edifcios parecia muito maior quando ele estava

correndo por sua vida. Matty sentiu como se ele tivesse correndo no corredor,

cinza de cimento para sempre antes de chegar grossa porta de ao, na outra

extremidade.

Ele inclinou o seu ombro contra ela e empurrou com porta, fazendo

uma careta quando ela fechou atrs dele. Sim ningum, que no fosse surdo

iria ouvir isso. Matty mentalmente se censurou por no estar mais tranquilo

como ele estava quando tentou fugir, logo em seguida repreendeu a si mesmo

por repreender a si mesmo. No era como se ele fizesse uma prtica usual do

que fazer ao estar sendo perseguido. Ele no fez essa merda.Ele no conhecia algum que o fizesse tambm.

No era como se houvesse um manual l fora, na internet sobre

como escapar de bandidos, e mesmo se houvesse, ele no tinha internet.

Essas coisas custam dinheiro, e ele tinha um tempo duro o suficiente

tentando se alimentar. Luxos como isso s no acontecia.

Matty fez o seu caminho at o primeiro andar do edifcio, em seguida,indo direto para a porta dos fundos. Este edifcio era um edifcio seguro assim


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como o seu era. As pessoas podiam sair, mas eles precisavam de uma chavepara entrar.

Matty no era brinquedo de ningum. Assim que chegou porta, ele

espiou atravs de um vidro antes de empurrar a porta aberta. Seria apenas

sorte escapar todo o caminho at este ponto e ser pego esgueirando-se pelas

costas.

E isso foi exatamente o que Matty fez passando pela porta para opequeno estacionamento atrs do edifcio. Seus apartamentos no tinham

estacionamento privativo como este edifcio, o que estava bem, considerando

que ele no tinha um carro. Transporte de massa era seu amigo.

Matty puxou o capuz por cima da sua cabea e deslizou as mos nos

bolsos. Ele manteve a cabea inclinada para o peito e caminhou pela calada

com passos rpidos o mximo que podia ao tentar parecer que no estava

correndo.

O espantava que os carros ainda dirigiam pela rua e as pessoas

continuaram a subir e descer as caladas, passando por ele enquanto

conversavam com os amigos ou se apressando para chegar ao seu destino, e

todo o tempo, o mundo inteiro, estava desabando ao redor dos ouvidos de

Matty.

Ele queria gritar, gritar com algum para lhe dizer o que estavaacontecendo e como a sua vida de repente se tornou um filme de terror de

Hollywood. Ele queria algum para lhe explicar o que estava acontecendo com

o seu corpo e por que ele sentiu esta necessidade imperiosa de manter a vida

que estava se movendo dentro dele a salvo de todo mal. Ele queria algum

para lhe dizer que tudo ficaria bem.

Ele continuou andando.

Matty tinha bastante certeza de que se ele comeasse a jorrar o que


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estava acontecendo com ele, no s ele iria acabar em uma sala acolchoadapara toda a vida, mas que sua vida iria durar apenas o tempo suficiente para

que algum manaco cientista do governo o colocasse no poro dele.

Seja qual for esta coisa que ele tinha dentro dele no era normal,

talvez nem mesmo para os padres de Hollywood. Matty nunca tinha ouvido

falar de um filme de terror em que o heri ficou grvido. Talvez isso

significasse que ele no era o heri. Ele s no sabia o que fazer. Ele tinha

certeza de como a merda ele no era a mocinha, mesmo que ele estivesse em

perigo.

Matty olhou para cima quando ouviu uma buzina soar. Ele estava a

seis quarteires do seu prdio. Isso ainda no era longe o suficiente na sua

mente.

O outro lado do mundo estava parecendo muito bom agora. Pena que

ele no tinha dinheiro para comprar uma passagem de avio.

Ele continuou andando para onde quer que fosse que ele estava indo,

e ele no tinha ideia de para onde era. Matty no tinha um monte de amigos.

Ele certamente no era amigo de nenhum idiota que trabalhava com ele, na

mercearia aonde ele abastecia as prateleiras. E os amigos que ele tinha no

eram aqueles que ele iria em uma crise.

Isso definitivamente se qualificava como uma crise.

Isso significava que Matty estava praticamente por conta prpria. Sair

da cidade soava como um bom plano. Ele tinha certeza de que ele tinha o

suficiente para comprar uma passagem de nibus para fora da cidade. Isso s

poderia lev-lo a algumas centenas de quilmetros de distncia, mas era

melhor do que ficar por aqui.

Com esse plano em mente, Matty atravessou a rua e comeou a ir emdireo ao centro de estao de nibus. No era mais do que 20 quarteires.


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Ele podia andar isso rapidamente. Ele s esperava que ele no fosse pegonesse meio tempo.

Ele no tinha ideia de quo duro as pessoas que estavam procurando

ele seriam, e ele s podia esperar que eles no descobrissem que ele tentaria

sair da cidade. Sair da cidade era sempre o que o fugitivo fazia quando est

sendo perseguido.

Felizmente, eles no assistiam televiso.Os nervos de Matty estavam desgastados quando ele chegou ao

terminal de nibus. Ele pulou em cada buzina e cada cantada de pneus.

viso de qualquer SUV preto enviava o seu pulso em uma corrida.

Seu estmago estava amarrado em ns pelo tempo que ele virou a esquina do

outro lado da rua da estao de nibus que ele pensou que estava tendo

alucinaes quando viu o pequeno grupo de homens que estavam em frente ao

prdio.

Matty parou por uma frao de segundo, ento se virou e deu um

passo para trs da esquina do edifcio que estava ao lado. Ele se apertou o

mais prximo do tijolo marrom que ele poderia obter e fechou os olhos,

ofegante, enquanto olhava para o cu nublado acima dele.

Ele estava to incrivelmente fodido.

Talvez fosse apenas um grupo de caras realmente grandes? Talvez

eles no estivessem procurando por ele? Talvez ele realmente estivesse tendo

alucinaes? Matty respirou profundamente e inclinou a cabea ao virar da

esquina, s para verificar.

To rapidamente ele fez isso, ele se afastou.

No.

Dois SUVs preto pararam em frente das portas principais. Matty no


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podia jurar que eles eram mesmos os SUVs que tinha visto antes, masconsiderando as circunstncias, ele tinha muito maldita certeza que eles eram.

Quantos SUVs negros poderia haver a caa dele? Matty virou de cabea para

baixo na calada do jeito que ele havia chegado. Era bvio que pegar um

nibus para fora da cidade no ia acontecer. Ele teria que encontrar outra

maneira de escapar. Ele s tinha que descobrir o que rapidamente porque ele

estava ficando sem opes.

Correndo pela calada, Matty se dirigiu longe do terminal de nibus.

Quando ele comeou a atravessar a rua, um carro de repente derrapou a uma

parada em frente dele, impedindo-o de atravessar todo o caminho para o outro

lado da rua.

Matty sentiu o seu corao voar em sua garganta quando a porta do

passageiro se abriu e uma voz masculina de dentro gritou com ele para ele

entrar.

Matty se inclinou e olhou dentro do pequeno veculo. Qualquer que

seja o sangue que poderia ter estado dando ao seu rosto um pouco de cor

instantaneamente foi drenado quando ele reconheceu o bonito, enfermeiro,

loiro da clnica.

Matty comeou a tremer quando ele deu um passo para trs.

O enfermeiro amaldioou, abriu a porta, e se levantou para olhar paraMatty por cima do seu carro. Entre no maldito carro, Matt.

Como voc sabe o meu nome?

D! O cara revirou os olhos de um azul-plido. O seu

histrico de sade. Ele deu um tapa no topo do carro prata com a mo.

Agora, entre no maldito carro para que possamos dar o fora daqui antes que

eles nos peguem. Os olhos de Matty quase saltaram da cabea. Voc sabequem est atrs de mim?


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Sim. Os lbios do loiro ficaram tensos, e o seu rostoempalideceu como se ele estivesse prestes a vomitar os seus biscoitos E

acredite em mim quando eu lhe digo que voc no quer uma introduo.

Agora, entrar no carro, porra! Matty no sabia se podia confiar no cara ou

no. Ele trabalhava na clnica depois de tudo. Isto tudo poderia ser um enorme

plano para peg-lo. O grito repentino de pneus e uma freada atrs dele decidiu

as coisas para Matty. Ele pulou para dentro do carro e bateu a porta.

O enfermeiro teve o carro em movimento antes da sua porta, mesmo

ter fechado todo o caminho. Os pneus do seu carro derraparam quando ele

disparou mais rpido do que Matty pensava que fosse seguro, mas eles tinham

um quarteiro de distncia do terminal de nibus em meros segundos. Eram

dois quarteires de distncia, em seguida, trs e quatro, em seguida, indo para

baixo em uma rampa para a rodovia e se dirigindo para longe da cidade, antes

que Matty pudesse mesmo comear a respirar normalmente.Quando os grandes edifcios desbotados ficaram atrs deles e as

reas de cada lado da rodovia se transformaram em campos e uma quinta

ocasional, Matty virou para olhar para o motorista do carro de fuga. O

enfermeiro era realmente bonito, mas ele no era Rico, e por alguma razo, o

corao de Matty s chamava pelo homem que o deixou nesta posio.

Falando nisso...

O que diabos est acontecendo? Matty estalou. Quem eram

aqueles homens, e porque eles esto atrs de mim?

Eu sou Ollie. O homem estendeu a mo. Prazer em conhec-

lo tambm.

Matty enrolou o seu lbio para trs quando ele apertou a mo do

homem. Matty.

Sim, eu sei. Ollie agarrou o volante com as duas mos


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novamente. E voc, meu amigo, est em uma porrada de problemas.

Matty bufou quando ele se inclinou para trs no seu assento. Diga-

me algo que eu j no saiba.

Voc esta gravido.

Ah, no, eu sei disso. Matty rolou a cabea para olhar para Ollie

novamente. Agora, me diga algo que eu realmente no sei.

A mandbula de Ollie bateu no seu peito quando ele se virou para

olhar para Matty. Voc sabe que voc est grvido?

Matty riu no espanto que ele podia ver no rosto de Ollie.

Os cinco testes de gravidez positivos foram meio difcil de ignorar.

Voc fez um teste de gravidez? Ollie gritou quando suas

sobrancelhas subiram at o topo da sua testa. Droga. Eu nunca teria

pensado em fazer isso.

Matty encolheu os ombros e olhou para a janela da frente. Eu

sabia que algo estava errado. No incio, eu pensei que eu tinha gripe. E ento

eu pensei que eu estava comendo como um manaco e ganhando peso, porque

eu estava me recuperando de uma gripe. Mas as asas de borboleta eram uma

espcie de um sinal de que algo no estava bem.

Asas de borboleta?

Matty quase riu de como confuso Ollie parecia. Ele estendeu a mo e

a colocou sobre o monte minsculo crescendo no seu abdmen. como

asas de borboleta roando minhas entranhas quando ele se move.

um hbrido de lobo-humano.

Matty engoliu em seco. Lobo?

Ele no explicou nada disso para voc? Ollie perguntou quando

ele acenou com a mo para o estmago de Matty.


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Quem? Matty perguntou embora ele estivesse muito certo deque ele sabia de quem Ollie estava falando.

O cara que engravidou voc.

No. Matty rangeu os molares juntos para no gritar a palavra.

Ele no explicou nada para mim. Nenhuma maldita coisa. Ele simplesmente

me comeu e saiu. Eu tive que descobrir isso tudo por minha conta.

Cara!

Eu nem sei quem ele .

Ele no disse o nome dele?

Ah, no, ele me deu o seu nome. Matty gentilmente acariciou o

seu pequeno estmago arredondado e aparentemente um pouco maior. Mas

isso foi tudo o que ele me deu.

Ento, qual o seu nome?

Os olhos de Matty se estreitaram, os cabelos na parte de trs do

pescoo ficaram de p. Por que eu te diria?

Porque, se eu souber quem ele , eu poderia ser capaz de te

ajudar a encontr-lo. Ollie tomou uma respirao profunda e olhou

atentamente para Matty. Eu sou um lobo.

Matty sentiu a garganta comear a se fechar, e um grito arranhando

para sair.

Ele engoliu em seco e tentou passar o n de medo que estava

entupindo a sua respirao. Voc um lobo?

Ollie olhou para Matty como se ele tivesse medo de que repente

Matty no acreditasse nele e tentasse machuc-lo por sua confisso. Sim.

Matty suspirou quando ele esfregou as mos pelo rosto depois as

deixou cair de volta no seu colo, apertando os punhos quando ele se virou para


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olhar pela janela. Tudo bem, meu pesadelo est completo.

Eu no vou te machucar Ollie disse rapidamente.

E eu tenho que acreditar em voc? Matty perguntou quando ele

se virou para olhar Ollie novamente. Minha vida foi totalmente a merda

desde o momento em que conheci Rico. Isso s faria sentido que...

Merda! Ollie rapidamente endireitou o carro quando, de

repente, ele desviou.

Rico o lobo que engravidou voc?

Matty franziu a testa. Bem, at onde eu sei, ele o nico lobo com

quem eu estive, ento sim. Sua carranca se aprofundou quando o rosto de

Ollie ficou plido. Por qu? Voc o conhece?

No pessoalmente, mas ouvi falar dele. Suas mos apertaram o

volante quando ele balanou a cabea e soltou um suspiro lento. Homem,quando voc escolhe, voc realmente sabe como escolhe-los.

Que diabos isso quer dizer? Matty estava to confuso que no

sabia de que lado estava. Ollie estava fazendo parecer que Matty havia

encontrado uma estrela do rock ou algo assim.

Rico uma lenda. Ele est na lista dos mais procurados do

Senado.As sombrancelhas de Matty se ergueram. O Senado? O Senado?

O Senado dos Lobos.

Os lobos tm um Senado?

Ah, sim... Ollie riu, mas no era um daqueles risos felizes que

fizeram Matty ter vontade de rir junto com ele. Em vez disso, ele fez Matty se

perguntar como ele ainda estava respirando. No s eles tm um Senado,mas eles so cruis sobre como reforar as leis que regem todo os lobos Loup-


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Garou.

Loup-Garou?

Isso como chamamos a minha espcie, Loup-Garou. Loup

francs para o lobo, e Garou do Garulf franco, semelhante ao lobisomem no

Ingls. Isso significa um homem que se transforma em um animal. Ollie deu

um rpido olhar para Matty Isso o que est caando voc, voc sabe,

executores do Senado Loup-Garou.Enquanto isso foi um pouco mais do que ele queria saber sobre o por

que eles eram chamados loup-garou, Matty queria saber por que ele estava

sendo caado. O Senado Loup-Garou est atrs de mim? Ollie assentiu.

Por qu? O que eu fiz?

Voc ficou grvido.

Captulo Trs


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O vidro estava frio contra o seu rosto quando Matty se inclinou para

ele, olhando pela janela, enquanto observava a paisagem passa voando. Ele

no estava realmente prestando ateno para onde eles estavam indo. Ele s

sabia que ele no tinha visto um edifcio ou uma luz h muito tempo. Eles

estavam to profundamente no interior do pas que ele no achava que jamaisencontraria o seu caminho para fora mesmo se quisesse.

Isso era um pouco enervante.

Inferno, era muito enervante. Matty realmente no conhecia Ollie, e o

homem havia parado de falar to logo Matty mencionou que era Rico que o

tinha engravidado, no importa quantas vezes Matty perguntou sobre o que

estava acontecendo.

Ollie simplesmente disse que Rico iria explicar tudo, e foi isso. O

homem ficou silencioso novamente. Ele no tinha falado uma nica palavra em

mais de trs horas. Isso estava dirigindo Matty fora da porra da sua mente.

Ele poderia estar dirigindo para o seu castigo por tudo o que ele

sabia.

Ele estava indo em um pequeno duas portas prata em vez de rodeado

por grandes homens volumosos em um SUV preto. De alguma forma, no fez

Matty se sentir mais seguro. Ele tinha pensado seriamente em correr na

primeira vez em que eles parassem exceto que eles no tinham parado.

Ollie continuou dirigindo, durante toda a noite.

Matty tinha certeza de que tinham de parar em algum momento,

mesmo que fosse apenas para reabastecer. O maldito carro era muito pequeno

para ter um tanque grande o suficiente para lhes permitir continuar. Ir ao

banheiro em algum momento seria bom, tambm. Matty praticamente tinha


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que fazer xixi constantemente hoje em dia.

Matty levantou a cabea e olhou ao redor quando Ollie desacelerou o

carro e saiu da estrada principal para outra menor, estrada de mo nica.

Eles haviam deixado a estrada h algumas horas atrs e pareciam

pegar outras estradas para onde quer que estavam indo, mas esta estrada

nem sequer qualifica-se como uma.

Era apenas um caminho.

No era nem asfaltada.

Aonde... ns... estamos? Matty perguntou, esperando que

neste momento ele pudesse ter algum tipo de resposta de Ollie. Se ele no

fizesse, no segundo que parassem, Matty prometeu a si mesmo que ele ia

pular do carro e correr por sua vida.

Vamos nos encontrar com alguns amigos.

Matty engoliu em seco. Amigos?

Bem... Ollie encolheu os ombros. Algo como isso.

Algo como amigos. Matty riu. Oh, isso me faz sentir muito

melhor.

Olha, eu no sabia de onde eles pegaram voc. Estas pessoas

podem ajudar voc a encontrar Rico.

Quem disse que eu quero encontrar Rico? Matty estalou. Ele

ainda estava chateado que Rico o tinha colocado nessa situao sem avis-lo

de que isso poderia acontecer. Rico deveria ter pelo menos dito a ele que ficar

grvido e ser jogado em um filme de monstro poderia ser uma possibilidade.

Mas ele o pai, Ollie protestou.

E? O que diabos isso tem a ver com alguma coisa? Rico era a

razo que Matty estava nesta baguna em primeiro lugar. Matty provavelmente


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poderia ter seguido direto e viver a sua vida simplesmente alheio a isso, se elenunca tivesse dormido com o sexy homem e s porque Rico era fantstico na

cama no significa que Matty queria ter algo a ver com o imbecil.

Srio.

Ele o nico que pode proteg-lo.

Proteger-me de qu? ele perguntou, tentando manter o

confronto fora do seu tom.

Os caadores, respondeu Ollie, raiva comeando a apertar a

sua voz.

E novamente, por que exatamente eles esto atrs de mim?

No que Ollie havia informado, isso em primeiro lugar. Estar grvido, enquanto

totalmente bizarro, no era uma explicao boa o suficiente para o caos que a

vida de Matty tinha se tornado.Ollie deu um suspiro profundo e esfregou a sua tmpora. Por que.

Matty cruzou os braos. No bom o suficiente, Ollie. Eu quero

uma explicao real neste momento, ou estou fora daqui.

contra as nossas leis, por isso.

Matty rangeu os dentes. O que exatamente contra as leis?

Ser gay.

Matty piscou, seus clios tremulando enquanto ele olhava para Ollie

em choque. contra a lei dos lobos ser gay?

Os olhos de Ollie brilhavam com fria quando ele se virou para olhar

para Matty.

No faa piada sobre isso, Matty. Mais homens do que voc pode

contar foram condenados morte por causa da suas preferncias sexuais.

uma sentena de morte imediata para um homem que tem relaes sexuais


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com outro homem. Os braos de Matty caram quando ele colocou as suasmos no seu colo. Voc esta falando serio?

Rosto de Ollie estava com uma expresso viciosa quando ele olhou

para Matty. Estou falando srio, Matty.

Ento por que Rico... Matty no poderia terminar o que ele

estava dizendo. Ele mal podia conceber o que ele estava pensando. Por que

diabos Rico ficou com ele se ele sabia que era uma sentena de morteinstantnea?

Eu no sei respondeu Ollie quando olhou para fora da janela da

frente. Eu s posso supor que ele viu algo em voc que chamou o seu lobo.

Seu lobo? A boca Matty caiu. Alguma coisa em mim chamou

o seu lobo?

Ollie encolheu os ombros. Isso acontece.Matty olhou Ollie decima a baixo, nervosismo, rolando atravs dele.

Eu no chamo o seu lobo, no ?

No Ollie riu Meu lobo no conheceu o homem que o chama.

Mas eu vou saber quando acontecer. Todos ns sabemos.

As sobrancelhas de Matty se uniram, enquanto ele considerava as

palavras de Ollie e mais perguntas surgiram. Como?

No faria sentido para um ser humano.

Um ser humano. Matty bufou quando ele fechou os olhos e

esfregou a ponte do seu nariz. Deus! Voc tem alguma ideia de como

estranha essa frase e quanto o significado por trs dela mudou nas ltimas

cinco semanas?

Eu tenho uma ideia muito boa.

No Matty sacudiu a sua cabea, ele piscou rapidamente,


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tentando manter o seu desespero trancado atrs das suas plpebras. No,Ollie, voc no. Voc no tem a menor ideia do caralho. Voc no humano.

Matty no era de sentir pena de si mesmo muitas vezes. A vida no tinha

sido to boa at agora, mas ele conseguia lidar. A nica coisa que o fazia sair

da cama todas as manhs era a esperana de que o novo dia traria algo

melhor.

Na maioria das vezes, isso no aconteceu.

Mas de vez em quando, alguma coisa acontecia, como passar o fim

de semana na cama com Rico, que mostrava a Matty o lado positivo da vida.

E, ento, geralmente, chovia no seu desfile de felicidade, como

quando ele acordou sozinho e no tinha ouvido falar de Rico desde ento,

Matty mais uma vez teve que duramente encontrar uma razo para sair da

cama.

Mas ele continuou tentando. Ele tinha que acreditar que havia algo

melhor l fora, algo mais. Ele s no tinha ideia de que esse algo mais era

outra espcie.

Os filmes na maioria erram sobre as coisas dos lobos, disse

Ollie, surpreendendo Matty, pois o homem no parecia disposto a falar sobre

isso antes. Ao contrrio dos filmes, no somos capazes de cheirar melhor

em nossa forma humana ou ouvir coisas que os seres humanos normais noconseguem. Somos um pouco mais forte, mas isso s porque ns ganhamos

msculos por correr na nossa forma de quatro patas.

E sobre a lua? Matty perguntou. Voc tem que mudar em sua

forma de lobo com a fases da lua, como nos filmes?

Sim e no.

Bem, isso explica tanto.

Ollie riu. Ns nascemos humanos, mas passamos por nossa


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transio, quando atingimos a puberdade, geralmente em torno dos 14 anos. quando mudamos pela primeira vez. Depois disso, ns estamos ligados pelas

fases da lua at acasalarmos, por isso que todos ns procuramos os nossos

companheiros to duro. Uma vez que acasalamos, isso nos liberta do abrao

da lua e podemos mudar sempre que quisermos.

Voc acha que por isso que Rico no entrou em contato comigo?

Matty mal conseguia murmurar as palavras que rasgavam o seu corao.

Voc acha que ele encontrou o seu companheiro?

Ollie olhou Matty com uma expresso calculista que o fez tremer de

medo. Ele no ia gostar do que Ollie tinha a dizer. Ele s sabia disso.

Cara, voc o companheiro do Rico.

Rico manteve as suas caractersticas tranquilas quando ele entrou na

taverna da estrada atrs dos seus amigos, Graham e Flaco. Ningum olhando

para ele seria capaz de ver a raiva mal disfarada sob a sua pele.

Ele no queria estar aqui.

E se Graham e Flaco no tivessem insistido para ele estar aqui, ele

no estaria. No era seguro sair em pblico. Se houvesse um executor do

Senado num raio de 80 km, Rico e seus amigos estariam em perigo de serem

capturados.

E ser capturado levava morte, mas apenas depois de horas,


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possivelmente dias, de tortura.

O Senado Lobisomem estava em toda parte. Eles tinham olhos, nos

mais profundos, escuros e estranhos lugares, como este estupido bar, por

exemplo. Encontrar um lugar aonde pudessem se esconder das sentenas de

morte que pairavam sobre as suas cabeas porque preferiram ficar com os

homens em vez de mulheres era um trabalho em tempo integral.

E um que Rico realmente no queria.At agora, ele e os seus amigos tinham tido sorte. Os executores

chegaram perto de capturar os trs em algumas ocasies diferentes, mas eles

sempre fugiram, geralmente por um tris.

Andar em um bar para se encontrar com um desconhecido no era o

mais inteligente a fazer. Rico podia cheirar isso e queria ir embora.

Graham e Flaco insistiram que ele ficasse e se encontrasse com quemqueria tanto falar com eles.

Rico pensou que eles estavam loucos.

As instrues sobre esse encontro vieram atravs do irmo caula de

Graham, o nico irmo que ainda se importava com Graham e estava em

condies de falar com ele, mesmo que tivesse de fazer em segredo. Algum

tinha perguntado por eles, mais especificamente, sobre Rico.

Ele parou ao lado da porta e esquadrinhou o bar mal iluminado. Havia

vrias pessoas no interior do local, principalmente os moradores pela forma

como estavam vestidos. Jeans e camisetas parecia ser a norma nesta rea

pouco povoada. Melhorar o visual consistia em colocar uma camisa de flanela

por cima da sua camiseta.

Ento, disse Rico quando ele inclinou a cabea para Graham,

aonde esta esse cara que supostamente vamos encontrar?


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Eu no acho que ele no est aqui ainda, Graham respondeu. Ele disse que no seriamos capazes de no nota-lo. Ele tem cabelo loiro

espetado e um piercing na sobrancelha. Nenhum dos caras aqui seriam pegos

com um piercing em qualquer lugar.

Isso era verdade. Os caras do bar pareciam ser homens que

trabalhavam duro, mas eles eram homens simples. A maioria das pessoas

nesta rea era. Algum com um piercing em sua sobrancelha se destacaria.

Rico acenou para as mesas vazias na parte de trs. Vamos

encontrar uma mesa e pedir algo. Precisamos nos misturar.

Misturar. Flaco bufou. Certo, como se pudssemos nos

misturar. Rico revirou os olhos. Eles estavam vestidos da mesma forma

como os outros no lugar, de jeans e camisetas. Eles at tinham barba por fazer

como um monte de homens.

Mas era aonde as semelhanas terminavam.

Rico, Graham, e at mesmo Flaco era maiores do que quase qualquer

pessoa na sala. Seus msculos eram claramente evidentes em suas camisetas.

Enquanto muitos dos homens na sala e estranhamente, algumas das

mulheres eram musculosos, eles no estavam bem tonificados como Rico e os

seus amigos estavam.

Vamos encontrar um canto tranquilo e esperar por quem quer que

seja que o irmo de Graham enviou at aqui para falar conosco. Eu quero sair

deste lugar o mais rpido possvel. Ele muito aberto para o meu gosto.

Alm disso, Rico ainda no tinha certeza se isso era uma armadilha feita pelo

Senado, mas ele queria estar preparado no caso se fosse. Ele queria ser capaz

de manter um olho na porta e ainda vigiar a sala. Uma mesa na parte de trs

era o lugar perfeito.No que ele suspeitasse que o irmo caula de Graham iria denuncia-


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los, porque ele no faria. Owen tinha sido muito bom para eles, desde queestavam fugindo, enviando dinheiro quando precisavam, alertando-os dos

movimentos do Senado quando podia, e at mesmo ajudando-os a encontrar

lugares para se esconder.

Mas Rico no duvidava que algum tentasse enganar Owen para

chegar at eles. O Senado Lobisomem queria a cabea de Rico em uma

bandeja, especialmente seu pai, o senador Snior.

Rico tinha certeza de que o homem tinha ordenado uma longa tortura

para ele antes que ele implorasse para morrer. Seu pai o odiava com uma

paixo que beirava a obsesso.

E s porque Rico preferia homens do que mulheres.

Sim, era contra a lei dos lobo que um homem se envolvesse

intimamente com outro homem. E sim, Rico tinha quebrado essa lei.

Mas era uma lei estpida.

As pessoas no podiam escolher por quem eles eram atradas.

Somente aconteceu de Rico ser apenas mais atrado por um pau grosso do que

por vaginas. E da? No deveria ser um crime, e certamente no deveria ser

uma sentena de morte instantnea.

Mas isso era exatamente o que era. E j que Rico tinha quebrado

essa lei, ele agora tinha um premio sobre a sua cabea. Como o filho do

senador snior no Senado Lobisomem, todos estavam procurando por ele,

especialmente aqueles que queriam receber o dinheiro que o seu pai estava

oferecendo por sua captura. A grande quantia iria arrumar a vida de algum.

Rico no pretendia deixar ningum receber.

Assim que Rico deu um passo a frente, longe da porta, ela se abriu e

bateu diretamente nas suas costas. Rico resmungou e se virou para rosnar

para quem no olhava por onde estava indo, mas o rosto que olhou para ele


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congelou-o em seu lugar.

Matty?

Rico viu choque e reconhecimento preencher os olhos castanhos de

Matty uma frao de segundo antes da dor explodir em seu rosto. Rico teve a

cabea jogada para trs, e ele sentiu um fio de sangue no canto da boca aonde

o punho de Matty o acertou.

Rico limpou o sangue, ento olhou para a mancha vermelha em seusdedos por um momento antes de olhar para o homem que ele no tinha visto

em mais de cinco semanas, o que ele no tinha sido capaz de esquecer.

Por que voc fez isso?

Foda-se, Rico, Matty rosnou antes de balanar ao redor e voltar

para a porta por onde ele entrou.

Atordoado, Rico ficou l olhando a porta se fechar. Ele no sabiaquanto tempo ficou l, antes de perceber que Matty, o homem com quem ele

tinha sonhado desde que deixou ele dormindo na cama que tinham

compartilhado por um fim de semana estava aqui e andou para longe dele.

Rico rosnou e saiu do bar, com a inteno de localizar Matty e exigir

respostas. Ele estava totalmente confuso a respeito de como Matty o tinha

encontrado. E ele estava morrendo de medo tambm.

Rico abandonou Matty de propsito para mant-lo seguro.

E agora, l estava ele, no meio da confuso.

Droga, Matty! Rico gritou quando viu o cara subir em um

pequeno carro de duas portas prata. Pare!

Rico alcanou o pequeno carro quando Matty fechou e trancou a

porta. Rico esperou, batendo o p com impacincia. Quando Matty se recusoua abrir a porta, ele bateu no vidro. O leve movimento do corpo de Matty foi o


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nico sinal de que ele tinha ouvido Rico falar.

Ento, voc Rico, hein?

O olhar de Rico estalou at o homem, loiro de p no lado oposto do

carro dele. Quem diabos voc? E por que diabos voc est com Matty?

Sou Ollie. O homem calmamente uniu as mos e as colocou no

teto do carro. Eu sou o cara que est procurando por voc.

Rico ficou tenso, seu olhos estreitando. Por qu? ele rosnou.

Apenas porque o nome de Matty se juntou ao seu na lista dos

mais procurados do Senado.

Captulo Quatro

Matty estava lvido. Ele estava to chateado que as lgrimas

encheram os seus olhos e o cegou. Ele no sabia que estava chateado com

Rico at que viu a surpresa no rosto do homem. Ficou claro que Rico no

esperava v-lo. Rico provavelmente nunca esperava v-lo novamente.

E considerando o estado que Matty se encontra atualmente, isso era

totalmente uma merda.

Ele podia ouvir Ollie e Rico falando sobre a parte superior do carro. O

timbre de voz profundo de Rico podia ser ouvido dentro do carro atravs do

metal. Cada estrondo lembrou a Matty o fim de semana que passou sonhando

pela maneira que a voz de Rico havia despertado ele uma e outra vez.

Isso fez o corpo de Matty doer.


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E isso o deixou ainda mais irritado que Rico o tinha deixado, no ocontrrio. Rico chegou, bateu boca e o arrastou para ver um filme de monstro

muito ruim.

E Rico teve a ousadia de ficar chateado com ele? Matty no... porra...

pensava assim. Ele no tinha pedido esta merda. Ele s queria ter um encontro

com um cara sexy. Ele no pediu um nmero de telefone, muito menos um

compromisso. Ele no pediu nada.

Mas ele estava indo para pedir alguma coisa neste momento. Ele

queria uma explicao de merda, e ele queria agora. E ento o Senhor Alto e

Sexy que me abandonou na manh poderia tomar uma passagem de ida pro

inferno.

Matty destrancou a porta e abriu-a. Ele sentiu que bateu em Rico, em

seguida o homem deu um passo para trs, permitindo a Matty sair do veculo.

Matty levantou-se e bateu a porta atrs ele. Ele cruzou os braos sobre o

peito, enquanto enfrentava o homem que o tinha abandonado quando mais ele

precisava dele.

Voc tem muito para explicar, senhor.

As sobrancelhas de Rico se reuniram na carranca zangada. Eu

tenho muito para explicar? E voc? Que diabos voc est fazendo aqui? Levei

voc de volta cidade onde estaria seguro. Matty enrijeceu.

Seguro? ele perguntou com sua voz entrecortada. Voc

chama ser caado por um grupo de fanticos sedentos de sangue como

seguro? Voc enlouqueceu porra?

Se voc tivesse ficado aonde eu o deixei, no estaria em perigo.

Realmente? os olhos de Matty se estreitaram. Porque maldita

certeza parecia que eu estava em perigo quando dois SUVs cheios de carasmaus me perseguiram pela rua. E maldita certeza parecia que eu estava em


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perigo quando eles me perseguiram fora do meu apartamento.

As sobrancelhas escuras de Rico se inclinaram em uma carranca. O

perseguiram no seu apartamento?

Sim. Matty respondeu honestamente. O que mais ele poderia

dizer?

Os lbios de Rico se apertaram antes dele se virar. Ele deu vrios

passos a distncia e depois parou, esfregando a parte de trs do seu pescoo,como se fosse o centro de toda a sua tenso. O tom de Rico era plano,

inexpressivo, quando ele respondeu. Eu no quis que isso acontecesse,

Matty. Eu realmente pensei que voc estaria seguro se eu te deixasse na

cidade.

Voc acha que pode olhar para mim enquanto fala comigo?

Matty perguntou, lutando contra a tentao de andar e tocar Rico e acarici-lo.

Ele no tinha visto o homem em mais de cinco semanas, e estranhamente,

apesar da baguna que a sua vida se encontrava no momento, Matty sentia

falta de Rico.

Sinto muito, Matty. A voz de Rico estava comeando a perder a

raiva que tinha antes. Havia tristeza e arrependimento nos olhos de Rico,

quando ele se virou e olhou para trs, para Matty. Eu tentei te manter longe

do meu mundo.

Pois . Matty passou os braos em volta da cintura para

manter-se de estender a mo para Rico. Ele desesperadamente queria sentir

os braos do grande homem em torno dele novamente, mas Rico parecia to

acessvel quanto uma parede de tijolos de seis metros. Isso no funcionou

to bem. Porra!

O estmago de Matty comeou a apertar quando Rico voltou aesfregar o seu pescoo. De repente, ele sentiu como se estivesse em algum


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lugar aonde ele no era desejado. Rico obviamente o deixou por uma razo. Ohomem disse que era para manter Matty seguro, mas ser que ele pensava em

algo assim? Todo mundo que supostamente era especial na vida de Matty tinha

deixado ele de uma forma ou de outra. Por que deveria ser diferente com Rico?

Matty se virou e abriu a porta do carro. Ele acenou para Ollie, em seguida

entrou e fechou a porta. Um momento depois, Ollie entrou no veculo e olhou

para Matty.

Para onde?

Matty deixou escapar um som que era metade risada, metade soluo.

Se eu soubesse, no estaria nessa confuso. Ele acenou com a mo em

direo estrada.

S dirija.

Tem certeza que isso o que voc quer fazer?

Claro que no.

Eu no tenho outra escolha. respondeu ele, entristecido mais

do que ele poderia suportar. Mesmo ele no sabendo como Rico iria reagir

quando ele aparecesse, uma pequena parte dele esperava que o homem fosse

receb-lo de braos abertos.

Isso certamente tinha explodido no seu rosto.

Rico estava chateado que Matty tinha aparecido. Ah, claro, ele tinha

razes, boas razes, mas o fato era o mesmo, Rico no o queria l. Ento,

Matty iria para outro lugar.

Ele s tinha que descobrir aonde era esse lugar.

Quanta gasolina ns temos? ele perguntou olhando para o

medidor.

Um pouco menos de um quarto de um tanque.


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Existe um posto de gasolina aqui perto?

Ollie encolheu os ombros. O inferno se eu sei.

Eu tenho 300 dlares. disse Matty enquanto agarrava a sua

mochila do banco de traz. Ele puxou a bolsa no seu colo e abriu o zper,

cavando dentro o dinheiro. Ele estendeu-o para Ollie.

At onde isso nos leva?

Longe o suficiente. Ollie ligou o motor e colocou o carro na

estrada.

Conforme saiam do estacionamento, Matty olhou por cima do ombro.

Rico ficou ali, com os braos cruzados sobre o peito largo enquanto observava

o carro se distanciando. Qualquer esperana que Matty nutria afundou quando

Rico nem sequer levantou a mo para impedi-lo de sair.

O lbio inferior tremeu e Matty se virou em seu assento.

A reao de Rico ou falta dela lhe disse aonde eles estavam, ou seja,

que era exatamente nada. Ele estava totalmente sozinho, grvido de uma

criana hibrida de lobo e humano e totalmente por conta prpria.

Ele estava fodido.

Ns estamos sendo seguidos.

O corao de Matty saltou em sua garganta enquanto ele se virava no

banco de novo e olhava para fora da janela traseira. Com certeza, faris

podiam ser vistos, atrs deles, e eles estavam se aproximando rapidamente.

Mais rpido.

Isso to rpido quanto um pedao de lixo consegue! Ollie

gritou de volta.

Os olhos de Matty estalaram para frente e para trs entre a janela da

frente e a janela traseira. O veculo atrs deles estava rapidamente se


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aproximando. E quanto mais perto, maior parecia. Quando ele parou logo atrsdeles, Matty bateu no painel com a mo.

Quem quer que seja, significa problemas.

Mal essas palavras saram da sua boca o veculo os ultrapassou.

Dirigiu vrios metros abaixo da estrada na frente deles, de repente, virou-se

bruscamente e parou, no encostamento da estrada.

As mos de Matty seguraram no painel se preparando quando Olliepisou no freio. O carro desviou e virou para o lado. Quando a poeira baixou,

Matty olhou e tossiu, o veculo que o seguia era, na verdade, um caminho, e

estava a meros metros dele. O corao de Matty trovejou em seu peito

enquanto ele apenas ficou l, olhando para o caminho de lama em choque.

Puta merda!

Ele no poderia ter ficado mais chocado quando a porta do passageirodo caminho abriu e Rico saiu. O homem no disse uma coisa, mas seus lbios

estavam apertados em uma linha fina e com raiva enquanto se aproximava,

abriu a porta do carro e estendeu a mo para Matty.

A mo de Matty tremia quando ele a tirou do painel e a colocou na de

Rico. Inferno, todo o seu corpo tremia. Ele estava com medo que a sua mente

estivesse pronta para estourar devido a adrenalina isso poderia mandar ela

para a lua com o seu prprio vapor.

Quando Rico puxou a sua mo, Matty saiu do carro. Ele foi levado

para o caminho e o colocado no banco da frente. Matty deslizou para o centro

do assento do banco. Assim que ele estava no lugar, Rico subiu ao lado dele e

bateu com fora a porta. Rico estendeu a mo e colocou o cinto em Matty, em

seguida, olhou para o motorista.

V. rosnou Rico.

Matty piscou com surpresa e o caminho imediatamente comeou a


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se mover. Espere... Ollie. Matty sussurrou. Eu no posso deixar Ollie.

Quem ele para voc? Rico estalou.

Apenas um amigo. Matty engoliu em seco pelo tom de raiva

que ele podia ouvir na voz de Rico. Ele no tinha ideia do que estava

acontecendo aqui ou porque Rico veio atrs dele. Parecia que o homem estava

com raiva suficiente pela chegada de Matty para for-lo a sair. Ele no

entendia por que Rico tinha vindo atrs dele.Rico olhou por um minuto, em seguida, sacudiu a cabea. A porta de

trs do caminho abriu, e o homem grande no banco traseiro saiu. Matty olhou

pela janela e o viu abrir a porta do motorista, falar algo para Ollie, depois, em

seguida, o seu amigo se sentou do lado do passageiro enquanto o grando se

sentou no lugar do motorista. Assim que o caminho de grande porte entrou

em movimento, o carro virou e comeou a nos seguir.

Onde estamos indo?

Rico deu a Matty um rpido olhar que dizia que provavelmente no

deveria estar fazendo perguntas. Voc vai descobrir quando chegar l.

Bem, isso era reconfortante como o inferno. Matty sentia a dor perfurando o

seu corao por causa de Rico tudo de novo. O cara estava mais prximo de

uma cascavel e muito diferente do homem amoroso e carinhoso que passou o

fim de semana com Matty.

Matty no gostou desta verso mais spera. Este no era o mesmo

homem que o tinha prendido e o acariciado enquanto sussurrava palavras

doces em sua cama. Este no era o mesmo homem que tinha fodido ele no

chuveiro at que Matty no sabia o seu prprio nome. E isso definitivamente

no era o mesmo homem que tinha rido com ele, conversado com ele, e fez

Matty se sentir ser mais do que apenas uma noite.

Rico se sentou rigidamente ao lado de Matty, como se no pudesse


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suportar a ideia dos seus corpos realmente se tocarem ou roarem. No havianenhuma suavidade no seu comportamento inteiro. Este homem era frio e

inflexvel, e francamente assustador.

Matty no sabia o que aconteceu ao homem.

E ele no tinha certeza se queria saber.

Matty manteve as mos entrelaadas no seu colo, os ombros e os

braos puxados para ele no tocar Rico, ou o estranho sentado ao lado dele.Tantos homens o fizeram se sentir frio e solitrio... tipo... como ele estava se

sentindo nestas ltimas semanas.

Ollie tinha sido o seu ponto luminoso, um raio de esperana no meio

de todo esse caos acontecendo na sua vida. E, no entanto, Ollie no o atraia.

Ele poderia estar olhando para uma mulher por toda a excitao que Ollie

trouxe para ele. Nem mesmo o gigante sexy dirigindo o caminho o atraiu

como teria feito semanas antes.

Mas, um olhar em direo a Rico, um cheiro do seu perfume

masculino, e Matty estava pronto para bater pregos com o seu pnis. Quanto

mais ele se sentou ao lado de Rico, mais ele queria. No momento em que eles

entraram em uma velha estrada de terra, os nervos de Matty estavam ligados,

ele poderia ter saltado para a lua, e ainda ele s queria saltar em Rico.

Ele queria voltar para o tempo que passaram juntos h cinco

semanas e reviver tudo de novo. Voltar para quando o homem sentado ao lado

dele tinha sido o amante que Matty sonhou quando se sentia solitrio, como

agora.

Matty sabia que o estranho olhar que Rico lhe deu ele deveria estar

surpreso, e talvez at mesmo revoltado, enquanto parava com uma freada em

frente a um hotel de dois andares. Mas ele no estava. Por um lado, se Ricorealmente estava fugindo, ficar em um hotel de estrada provavelmente no era


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a sua melhor opo. Dois, Matty tinha visto pior.

Inferno, ele tinha vivido pior.

Pelo menos o velho lugar estava perto do mato e no na pior parte da

cidade. Se ele mal tinha condies de lutar para manter a sua casa de cair em

torno das suas cabeas, ele preferia no ter que lutar para se manter longe

das gangues, traficantes de drogas, e os loucos.

Embora, aps os recentes acontecimentos, Matty no tinha tantacerteza de que ele no se encaixava com os loucos. A vida tinha tomado uma

qualidade definida de insanidade. E ele tinha um sentimento muito forte de

que no ia mudar to cedo.

Isso no ruim. disse Matty enquanto seguia Rico pelos

degraus frgeis da frente.

Rico lhe lanou um olhar por cima do ombro que claramente dizia quepensava que Matty havia perdido os seus neurnios. Matty apenas deu de

ombros e entrou na casa atrs dele. O que ele tem que reclamar? Se ele no

estivesse correndo para salvar a sua vida, ele estaria muito feliz.

Assim, o interior era to ruim quanto o exterior. Pintura desbotada e

descascando nas paredes. Um par de janelas tinha o vidro quebrado.

Matty chutou o cho arranhado, se perguntando qual era a cor que o

carpete costumava ter antes de ter sido obviamente detonado por algum que

no sabia o que estava fazendo. Pedaos de carpete remanescentes ainda

presos ao cho de madeira.

Tendo vivido em alguns dos lugares perigosos ao redor da cidade,

Matty teve de se contentar com o que tinha. Ele tinha aprendido a tomar os

srdidos e midos e transform-los em hospitaleiros e acolhedores. Este lugar

seria um monte de trabalho.

Como est o encanamento e a eletricidade? Matty perguntou


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enquanto se virava para Rico. Se a fundao da casa fosse boa, incluindo aeltrica e hidrulica, todo o resto pode ser corrigido.

O que diabos voc est falando, Matty?

A casa. Matty respondeu, abrindo os braos para o lado dele.

Como est o encanamento e a eletricidade nesse lugar?

O que que isso importa? Ns no vamos ficar aqui o tempo

suficiente para fazer qualquer coisa sobre isso.

Ah! Matty olhou em volta, querendo saber aonde estava tudo.

No havia nem mesmo uma cadeira na sala Eu pensei que este era o lugar

aonde voc se hospeda.

, mas voc no pode ficar.

As sobrancelhas de Matty se ergueram. Mas por que no?

No, no seguro para voc aqui.

Ento por que voc me agarrou?

Porque no seguro para voc l fora tambm.

Matty tinha o desejo insano de rir. Se no seguro para mim

aqui... Matty apontou para o cho E no seguro para mim l fora...

Matty apontou para a janela Apenas aonde voc planeja que seja segura

pra mim? A Lua.

A expresso de raiva de Rico apertou e um tic pulsou na sua

mandbula.

Voc no est ajudando, Matty.

Eu no tenho certeza se eu deveria.

Matty...

Olha, bvio que voc no me quer aqui, ento...


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Matty, voc j olhou para isso, quero dizer, realmente olhou? Rico acenou com as mos no ar enquanto girava em um crculo. Este lugar

uma reserva. Est na iminncia de cair. A eletricidade vai e vem, o

encanamento questionvel, e mais frio aqui do que teta de uma bruxa em

um suti de bronze. E se isso no o suficiente, eu estou sendo perseguido

por pessoas que querem a minha cabea em uma bandeja. Essa a minha

realidade Matty. Este no lugar para voc.

Matty puxou a sua camisa e apontou para a sua barriga inchada pelo

beb. E esta a minha realidade. Isso no me deixa muito espao para ser

exigente.

O que isso?

A voz de Rico estava to plana, to sem emoo que Matty deixou

cair a sua camisa e deu um passo rpido para trs. Sabe o que e isso? Ele

tinha que saber. Rico foi o lobo que f

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01 - O Herdeiro do Lobo que Mordeu Você [RevHM]