02 - Crime de Tortura - Lei 9 455-97 · 1 TORTURA PROFª. JOCIANE LOUVERA TEORIA LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997. Art. 5º, III da CF/88 → ninguém será submetido a tortura

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TORTURAPROFª. JOCIANE LOUVERA

TEORIA

LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997.

Art. 5º, III da CF/88 → ninguém serásubmetido a tortura nem a tratamentodesumano ou degradante;Com a CF/88 foi consagrado como direitofundamental do cidadão não ser submetido atortura.Esse inciso traduz‐se num mandadoconstitucional de criminalização, ou seja,quer que o legislador puna a tortura.Trata‐se e garantia absoluta, nãocomportando exceções.

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Obs.: Uma pessoa foi presa e admitiu quepôs uma bomba num shopping paraexplodir e a policia indagou em qualshopping e ele não confessou, a bancaperguntou, se nesse caso, se admitiria atortura? Trata‐se e garantia absoluta, nãocomportando exceções, porém, nessasituação, ocorrendo a tortura para salvar avida de milhares de pessoas se excluirá aculpabilidade por inexigibilidade deconduta diversa.

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→ 1º diploma a definir o crime de Torturafoi a Lei 8.069/90 (ECA) definiu a torturaquando a vítima fosse criança ouadolescente;→ 2º diploma legal foi a Lei 8.072/90 queequiparou a tortura a crimes hediondos;→ 3º diploma legal foi a Lei 9.455/97 quedefiniu a tortura no Brasil e revogou oartigo 233 do ECA;→ 4º diploma legal foi a Lei 12.847/2013que institui o sistema nacional deprevenção e combate a tortura, mas nãoprevê crimes e não comina penas.

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A Lei 9.455/97 que definiu a tortura noBrasil, destoa dos Tratados Internacionaisque trabalham o combate a tortura em doispontos:

1º→ No Brasil o crime de tortura é crimecomum e o sujeito ativo pode ser qualquerpessoa, não se exigindo a condição deautoridade do agente;

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Prof. Alberto Louvera

2º→ O crime de tortura, em regra, estárotulado nos tratados como imprescritível,enquanto na legislação brasileira, éprescritível. No Brasil só a CF pode prevê aimprescritibilidade, e o fez no art. 5º XLII(racismo) e XLIV (ação de grupos armadoscivis e militares contra EstadoDemocrático).

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Estatuto de Roma ratificado pelo Brasil,com quórum comum, preceitua que atortura é crime imprescritível.Obs.: → Tratado Internacional de DireitosHumanos ratificado com quórum de ECtem status de norma constitucional equando ratificado com quórum comumtem status de norma supralegal (STF).Há um aparente conflito entre a CF/88(tortura prescreve) e o TratadoInternacional de Direitos humanos(imprescritível).

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LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997.1ª Corrente→ Deve prevalecer a CRFB/88,pois tratado internacional de direitoshumanos, o Estatuto de Roma, ratificadopelo Brasil, com quórum comum, éinfraconstitucional, e o STF adotou esseentendimento quando julgou o pedido derevisão da Lei de Anistia.2ª Corrente → Deve prevalecer não anorma superior, mas a que for maisfavorável aos direitos humanos, Princípiodo pro homine, com isso, quer verprevalecer o Estatuto de Roma, que diz sera tortura imprescritível.

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Obs.: o que é mais favorável a proteçãode direitos humanos, a tortura serprescritível ou não? Bem criticado esseentendimento.3ª Corrente → Tortura prescreve, pois aimprescritibilidade prevista nos Tratados éincompatível com o direito penalmoderno e o Estado Democrático.

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Art. 1º→ Constitui crime de tortura:I → constranger alguém com emprego deviolência ou grave ameaça, causando‐lhesofrimento físico ou mental:a) com o fim de obter informação,declaração ou confissão da vítima ou deterceira pessoab) para provocar ação ou omissão denatureza criminosa;c) em razão de discriminação racial oureligiosa;

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II → submeter alguém, sob sua guarda,poder ou autoridade, com emprego deviolência ou grave ameaça, a intensosofrimento físico ou mental, como formade aplicar castigo pessoal ou medida decaráter preventivo.Pena→ reclusão, de dois a oito anos.

Obs.: A lei de tortura não a define, apenasdefine os comportamentos queconstituem o crime de tortura.

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Bem Jurídico Tutelado → é a dignidadehumana, a integridade física e psíquica eaté a vida das pessoas.Sujeito Ativo → a maioria doutrináriaentende que o delito de tortura é comum,já que a lei não previu tal qualidadeespecial, nem para o autor, nem para avítima.Obs.: Em algumas figuras típicas pode serfuncionário público.Sujeito Passivo→ qualquer pessoa.

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Tipo ObjetivoArt. 1º→ Constitui crime de tortura:I ‐ constranger alguém com emprego deviolência ou grave ameaça, causando‐lhesofrimento físico ou mental:a) com o fim de obter informação,declaração ou confissão da vítima ou deterceira pessoa; (Tortura Inquisitiva,Inquisitorial, declaratória, confissão,prova, institucional, probatória)b) para provocar ação ou omissão denatureza criminosa; (tortura Crime)

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Tipo Objetivo →Núcleo → Constranger,forçar, coagir, compelir;Com emprego de violência → viscorporalis. Violência física sobre o corpoda vítima, para afastar sua resistência.Grave ameaça → vis compulsiva, violênciamoral, exercida sobre o psiquismo davítima, viciando sua vontade.Elemento normativo do tipo→ Causando‐lhe sofrimento físico ou mental.

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Tipo subjetivo → Dolo → vontade livre econsciente de infligir sofrimento físico oumental na vítima, através de violência ougrave ameaça.

Especial fim de agir → é exigido nas duasprimeiras figuras que se classificam comocrimes de intenção ou de tendênciainterna transcendente, que o elementosubjetivo não se esgota no dolo, énecessária uma finalidade ulterior.

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Controvérsia quanto a alínea “b” –expressão de natureza criminosa,compreende CP?1ª corrente (‐) → incluem‐se ascontravenções penais em função dainexistência de diferença ontológica entrecrime e contravenção → configuraanalogia in malam partem (Mauro de FariaLima).

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2ª corrente (+)→ Só admite a práticade crime, em função da distinção legal(art. 1º, LICP).Se a conduta visar prática decontravenção penal, há crime deconstrangimento ilegal (art. 146 CP).


Consumação e TentativaAs duas primeiras hipóteses são crimesformais, em que o resultado previsto notipo não precisa ocorrer para que hajaconsumação, e a tentativa é possível.Consuma‐se com o constrangimentocausador de sofrimento físico ou mental.Trata‐se de crime de resultado cortado,pois a ocorrência do fim pretendido peloagente independe de sua vontade, estáfora da esfera de controle deste.

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Consumação e Tentativaa) Tortura Confissão → Exemplo 1: Júlio,policial, tortura Vitor para confessar o fatocriminoso; Exemplo 2: Elton, credor, torturaDaniel para que este confesse a dívida.b) Tortura Crime → Exemplo: Júlio torturaMarcelo para que ele mate Alice;Obs.: → Se Marcelo matar Alice, Júlioresponderá pela tortura e pelo homicídio emconcurso material, trata‐se de coação moralirresistível.

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c) em razão de discriminação racial oureligiosa;Observação – Não houve previsão de outrasmodalidades de discriminação, porexemplo.: orientação sexual, gênero, idade.→ É a chamada Tortura Preconceituosa,Discriminatória, Racista.→ Essa modalidade exige MOTIVODETERMINANTE, em razão de discriminaçãoracial ou religiosa.→ Consuma‐se com constrangimentocausador de sofrimento físico ou mental,sendo possível a tentativa.

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Ex.:→ Constranger com violência umjudeu motivado pelo preconceito emrelação a sua raça.→ Essa modalidade abrange ahomofobia? Não, pois como o legisladornão fez a previsão, aplicar a lei seriaanalogia incriminadora ( in malampartem).→ É possível a ocorrência de concursomaterial entre crime de tortura e racismo(Lei 7.716/89)

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II ‐ submeter alguém, sob sua guarda,poder ou autoridade, com emprego deviolência ou grave ameaça, a intensosofrimento físico ou mental, como formade aplicar castigo pessoal ou medida decaráter preventivo.Pena→ reclusão, de dois a oito anos.Submeter → é diferente de constranger;Submeter aqui é no sentido de subjugar avítima.

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É a chamada Tortura Punitiva, Castigo,Vindicativa ou Intimidatória.Sujeito ativo → só pode ser quem tem a vítimasob sua guarda, poder ou autoridade, nãoprecisa ser agente do Estado, por exemplo, ospais em relação aos filhos;Sujeito passivo → é a pessoa que se encontrasob guarda, poder ou autoridade do agente.Crime Bipróprio → exige‐se essa especialrelação entre os sujeitos ativo e passivo;

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Tipo Objetivo → Núcleo → Submeter →subjugar, sujeitar, tornar objeto de.Elemento Normativo do Tipo → IntensoSofrimento físico ou mental;Com emprego de violência→ vis corpolis –violência física sobre o corpo da vitima,para afasta sua resistência;Ou grave ameaça → vis compulsivaviolência moral exercida sobre o psiquismoda vitima, viciando sua vontade.

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Tipo Subjetivo → Dolo → vontade livre econsciente de impor intenso sofrimentofísico ou mental À vítima, através deviolência ou grave ameaça;Especial fim de agir → (animuscorrigendi) → como forma de aplicarcastigo pessoal ou medida de caráterpreventivo.Castigo→ reprimenda por alguma faltaMedida de caráter preventivo→disciplinar para evitar futuras faltas.

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Consumação e tentativaCrime material → consuma‐se com oresultado de intenso sofrimento físico oupsíquico suportado pela vítima em razãoda violência ou grave ameaça.É cabível a tentativa → se a prática daviolência ou grave ameaça não chega acausar o intenso sofrimento requeridopelo tipo.Exs.: babá que espanca/tortura criançaque sujou a cama; Enfermeira que batecom a cabeça da idosa na parede.

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Maus Tratos e Tortura CastigoTortura é crime de dano, de lesão (quercastigar) → pais que para castigar filhos,causam intenso sofrimento, por exemplo,acorrenta, arranca as unhas, chicoteia, etc,isso é tortura.Maus tratos, art. 136 do CP, crime deperigo concreto (quer castigar) → apessoa abusa dos meios de correção, eexpõe a vítima a perigo, causandosofrimento. Por exemplo, o pai põe o filhode castigo, sem comer o dia todo, ou seja,priva‐o de alimentos.

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Forma EquiparadaArt. 1º § 1º → Na mesma pena incorrequem submete pessoa presa ou sujeita amedida de segurança a sofrimento físicoou mental, por intermédio da prática deato não previsto em lei ou não resultantede medida legal.Exemplos: cela escura, solitária.Trata‐se de crime próprio.Aqui temos a tortura pela tortura.

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Sujeito Ativo → Crime próprio, só podeser praticado por quem tem a vítima sobcustódia, em razão de prisão ou medidade segurança detentiva (FP ou não, porex., agente penitenciário, médico,enfermeiro).Ex.: → A menina menor que no Estado doPará foi colocada para cumprir internaçãona penitenciária masculina.

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Obs.: → Rogério Sanches defende sercrime comum quanto ao sujeito ativo epróprio quanto ao sujeito passivo. Porexemplo, populares que ao prenderemum estuprador em flagrante, o lincha.Sujeitos Passivo → é crime próprioquanto ao sujeito passivo, a pessoa quese encontra sob custódia, presa,(qualquer modalidade de prisão) ousubmetida a medida de segurança.

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Tipo Objetivo →Núcleo – Submeter –subjugar, sujeitar, tornar objeto de.Elemento Normativo → ato não previstoem lei ou não resultante de medida legal.Tipo Subjetivo → Dolo e Não há especialfim de agir.Consumação → Crime material,consuma‐se com o sofrimento físico oumental e admite tentativa.Obs. → Não pressupõe, necessariamente,violência ou grave ameaça, embora geresofrimento físico ou mental.

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Tortura Imprópria, Omissiva ou Privilegiada

Art. 1º§ 2º → Aquele que se omite em facedessas condutas, quando tinha o dever deevitá‐las ou apurá‐las, incorre na pena dedetenção de um a quatro anos.Sujeito Ativo → Quem tem o dever deevitar e apurar. Só pode ser praticado porquem tem posição de garantidor (1ª figura– tinha o dever de evitá‐las) ou que estejaem posição funcional/hierárquica (2ª figura– tinha o dever de apurá‐las).

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1ª figura – tinha o dever e podia evitar,mas nada faz, se omite → o delegado depolícia percebe que seus agentespreparam a tortura de um preso e nadafaz para impedir. O delegado respondepelo §2º e os agentes pelo §1º.De acordo com o artigo 13, §2º CP, odelegado deveria responder pelo mesmocrime que os agentes, contudo o legisladoroptou pela exceção pluralística a teoriamonista do concurso de pessoas,contrariando, inclusive o artigo 5º XLIII daCF/88.

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Art. 5º, XLIII CF/88 → a lei considerarácrimes inafiançáveis e insuscetíveis de graçaou anistia a prática da tortura , o tráficoilícito de entorpecentes e drogas afins, oterrorismo e os definidos como crimeshediondos, por eles respondendo osmandantes, os executores e os que,podendo evitá‐los, se omitirem;Art. 13§2º CP → A omissão é penalmenterelevante quando o omitente devia e podiaagir para evitar o resultado. O dever de agirincumbe a quem: a) tenha por lei obrigaçãode cuidado, proteção ou vigilância;

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Conflito aparente entre a Lei 9.455/97 eos Arts. 5º, XLIII CF/88; Art. 13 §2º CP1ª → A pena de 1 a 4 anos para ogarantidor é inconstitucional, nãoobservando mandado constitucional decriminalização;2ª → A omissão descrita no §2º é culposa,sofrendo a dolosa a mesma pena doexecutor;Obs. → essa corrente peca, porque paraum crime ser punido na forma culposadeve haver previsão expressa na lei.

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3ª (+)→ O §2º é constitucional, peloprincípio da especialidade.2ª figura → tinha o dever de apurar e nãoo faz. Por exemplo, o delegado informadode que seus agentes torturaram o preso,nada faz para apurar, ou seja omiteinvestigação.Nesse caso, a tortura é um acontecimentopassado, diferente a primeira hipótese emque a tortura está acontecendo ou preste aocorrer.

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Sujeito Passivo → é a pessoa que sofre atortura;

Tipo Objetivo→ Núcleo – OMITIR‐SE – omissãoprópria.

Tipo Subjetivo →é o dolo e não tem especialfim de agir.

Consuma‐se → com a ocorrência da tortura ecom a inércia em não apurar. Não cabetentativa.

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→ Pena detenção de 1 a 4 anos.→ Admite‐se suspensão condicional doprocesso nos temos do artigo 89, da lei9.099/96;→ Cabe substituição da pena privativa deliberdade por restritiva de direitos (art. 44CP);→ Não há obrigatoriedade de regimeinicial fechado (exceção ao § º).→ Não é classificado como crimeequiparado ao hediondo.

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Tortura Qualificada pelo Resultado ‐Figuras Preterdolosas

Art. 1º§ 3º → Se resulta lesão corporal denatureza grave ou gravíssima, a pena é dereclusão de quatro a dez anos; se resultamorte, a reclusão é de oito a dezesseisanos.

Obs.: As lesões de natureza leve sãoabsorvidas pela tortura.

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Tortura Omissiva (§2º) X Qualificadora (§3º)

Segundo entendimento majoritário oparagrafo 3º, que qualifica o crime detortura, não se aplica ao omitente, porquefoi nítida a intenção do legislador em darum tratamento diferenciado, ou seja, aqualificadora só atinge a tortura por ação.

Obs.: Há entendimento que a qualificadorase aplica a todas as formas (‐).

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Conflito Aparente de NormasTortura seguida de morte X homicídioqualificado por emprego de tortura →(artigo121, §2º, III, CP).→ Tortura (dolo) qualificada pela morte (culpa)→ Preterdolo;→ Homicídio (dolo quanto a morte) qualificadopela tortura (meio cruel para o homicídio)→ Quer torturar (dolo) e decide matar (dolo)divergência doutrinária. 1ª → homicídio etortura; 2ª → Homicídio qualificado pelatortura pela progressão criminosa.

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Causas de Aumento de Pena (majorantes)Art. 1º§ 4º → Aumenta‐se a pena de umsexto até um terço:I → se o crime é cometido por agentepúblico (art. 327 CP);II → se o crime é cometido contra criança,gestante, portador de deficiência,adolescente ou maior de 60 (sessenta)anos; (Redação dada pela Lei nº 10.741, de2003)III → se o crime é cometido mediantesequestro.

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Obs.1 → se o crime é cometido contracriança, gestante, portador de deficiência,adolescente ou maior de 60 (sessenta)anos → as condições da vítima devem seralcançadas pelo dolo do agente, evitandoresponsabilidade penal objetiva.Obs.2 → se o crime é cometido mediantesequestro. Aqui abrange o cárcere privadoque nada mais é que o sequestro comconfinamento.

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Obs.3 → As causas de aumento incidemna tortura por ação e na hipótese daomissão imprópria, já que a omissãoprópria a tortura é passada.

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Obs.4 → a causa de aumento do §4º, I (sero agente público) incide no caso do crimeprevisto no inciso II, do artigo 1º (torturacastigo)?1ª→ Alberto Silva Franco diz que não incidea causa de aumento evitando o bis in idem;2ª (+)→ Nucci diz: sabendo que a condiçãode agente publico não é elementar do tipo,é perfeitamente possível e incidência damajorante.

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Efeitos da CondenaçãoArt. 1º§ 5º → A condenação acarretará aperda do cargo, função ou empregopúblico e a interdição para seu exercíciopelo dobro do prazo da pena aplicada.→ Deve haver nexo causal entre a práticada tortura e a função pública;

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Efeitos da CondenaçãoAqui o Efeito (extrapenal) é Automático,diferentemente do que está previsto noartigo 92 do I, “a” e p.ú., CP?1ª corrente (‐)→ A Lei não anuncia se oefeito é automático ou não, diante dosilencio do legislador, é possível aplicar oartigo 92, p.u. CP por analogia;Art. 92, p.ú.→ Os efeitos de que trata esteartigo não são automáticos, devendo sermotivadamente declarados na sentença.

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Art. 92 CP → São também efeitos dacondenaçãoI ‐ a perda de cargo, função pública oumandato eletivo:a) quando aplicada pena privativa deliberdade por tempo igual ou superior aum ano, nos crimes praticados comabuso de poder ou violação de deverpara com a Administração Pública;

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2ª Corrente (+)→ STJ, diante do silêncio dolegislador, conclui‐se que o efeito dacondenação é automático, dispensandofundamentação na sentença;

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VedaçõesArt. 1º § 6º → O crime de tortura é inafiançávele insuscetível de graça ou anistia.Obs. → É possível liberdade provisória semfiança.

É admissível o indulto???Para os crimes hediondos e equiparados, aCF/88 veda anistia e graça; a Lei 8.072/90 vedaanistia graça e indulto. A lei em comento sóveda anistia e graça, mesmo tratando‐se decrime equiparado a hediondo.

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Vedações1ª → É cabível o indulto para a tortura,benefício que deve ser estendido aosdemais crimes hediondos e equiparados,pelo Princípio da Isonomia (Alberto SilvaFranco);2ª → é cabível o indulto para a tortura,benefício que não se estende ao crimeshediondos e equiparados, pelo Princípio daEspecialidade (Júlio Fabrini Mirabete)3ª (+) → é insuscetível de indulto, na visãodo Supremo, é uma espécie de graçacoletiva. (Nucci)

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Art. 1º § 7º → O condenado por crimeprevisto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º,iniciará o cumprimento da pena em regimefechado.Obs.: O Plenário desta Corte, nojulgamento do HC 111.840/ES, Rel. Min.Dias Toffoli, declarou ainconstitucionalidade do §1º, do artigo 2ºda lei 8.072/90, que determinava ocumprimento de penados crimeshediondos e equiparados, no regime inicialfechado, por violar o princípio daindividualização da pena.

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Art. 2º → O disposto nesta Lei aplica‐seainda quando o crime não tenha sidocometido em território nacional, sendo avítima brasileira (no CP, art. 7º, §3º,extraterritorialidade hipercondicionada)ou encontrando‐se o agente em local sobjurisdição brasileira.

Vítima Brasileira → ExtraterritorialidadeIncondicionada.

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Polêmica quanto a segunda parte(encontrando‐se o agente em local sobjurisdição brasileira);1ª corrente → é o caso deextraterritorialidade incondicionada (Nuccie Gabriel Habib)2ª corrente → é o caso deextraterritorialidade condicionada, segundoCapez, Marcelo Azevedo, a uma porque alei exige que o agente se encontre em lugarsob jurisdição brasileira e, a duas, porqueas convenções condicionam a aplicação dalei à inocorrência de extradição.

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Art. 7º § 3º CP → A lei brasileira aplica‐setambém ao crime cometido porestrangeiro contra brasileiro fora do Brasil,se, reunidas as condições previstas noparágrafo anterior:a) não foi pedida ou foi negada aextradição;b) houve requisição do Ministro daJustiça.

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Art. 3→ Esta Lei entra em vigor na data desua publicação.

Art. 4º → Revoga‐se o art. 233 da Lei nº8.069, de 13 de julho de 1990 ‐ Estatutoda Criança e do Adolescente.

Brasília, 7 de abril de 1997;176º da Independência e 109º daRepública.

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1) Ano: 2016/Banca: CESPE/Órgão: PC‐PE/Prova: Agente de Polícia/A/ Rui e Jair sãopoliciais militares e realizamconstantemente abordagens deadolescentes e homens jovens nos espaçospúblicos, para verificação de ocorrências desituações de uso e tráfico de drogas e deporte de armas. Em uma das abordagensrealizadas, eles encontraram José,conhecido por efetuar pequenos furtos, e,durante a abordagem, verificaram que Joséportava um celular caro.

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Jair começou a questionar a quempertencia o celular e, à medida que Josénegava que o celular lhe pertencia,alegando não saber como havia ido pararem sua mochila, começou a receberempurrões do policial e, persistindo nanegativa, foi derrubado no chão ecomeçou a ser pisoteado, tendo a arma deRui direcionada para si.

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Como não respondeu de forma alguma aquem pertencia o celular, José foi colocadona viatura depois de apanhar bastante, eos policiais ficaram rodando por horas comele, com o intuito de descobrirem a origemdo celular, mantendo‐o preso na viaturadurante toda uma noite, somente levando‐o para a delegacia no dia seguinte.Nessa situação hipotética, à luz das leisque tratam dos crimes de tortura e deabuso de autoridade e dos crimeshediondos,


a)os policiais cometeram o crime detortura, que, no caso, absorveu o crime delesão corporal.b)os policiais cometeram somente crime deabuso de autoridade e lesão corporal.c)o fato de Rui e Jair serem policiaismilitares configura causa de diminuição depena.d)os policiais cometeram o tipo penaldenominado tortura‐castigo.e)caso venham a ser presos cautelarmente,Rui e Jair poderão ser soltos mediante opagamento de fiança.

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2) Ano: 2016/Banca: VUNESP/Órgão: TJM‐SP/Prova: Juiz de Direito Substituto/A/Considere a seguinte situação hipotética:João, agente público, foi processado e, aofinal, condenado à pena de reclusão, pordezenove anos, iniciada em regimefechado, pela prática do crime de tortura,com resultado morte, contra Raimundo.Nos termos da Lei no 9.455, de 7 de abrilde 1997, essa condenação acarretará aperda do cargo, função ou empregopúblico

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a)e a interdição para seu exercício pelodobro do prazo da pena aplicada.b)e a interdição para seu exercício pelotriplo do prazo da pena aplicada.c)e a interdição para seu exercício pelotempo da pena aplicada.

d)desde que o juiz proceda àfundamentação específica.e)como efeito necessário, mas não

automático.

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3) Ano: 2016/Banca: MPE‐GO/Órgão: MPE‐GO/Prova: Promotorde Justiça Substituto/B/De acordo coma Lei de Tortura, assinale a alternativacorreta:

a)Há crime de tortura quando oconstrangimento, exercido medianteviolência que causa intenso sofrimentofísico, se opera em razão de discriminaçãopela orientação sexual (art. 1º, inc. I, alíneac).

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b) Movido por instinto de vingança e

sadismo, Josef K., funcionário de um banco,

constrangeu, com o emprego de violência,

o juiz que outrora havia decretado sua

injusta prisão e causou‐lhe intenso

sofrimento físico. A conduta de Josef K. não

constitui crime de tortura.

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c) Conforme o § 5º do art. 1º da Lei deTortura, a condenação criminal transitadaem julgado, acarretará, automaticamente,a perda do cargo, função ou empregopúblico, a cassação da aposentadoria e ainterdição para seu exercício pelo dobrodo prazo da pena aplicada.d) Compete à Justiça Castrense oprocesso e o julgamento do crime detortura praticado por policial militar emserviço.


4)Ano: 2016/Banca: CONSULPLAN/Órgão:TJ‐MG/Prova: Titular de Serviços de Notase de Registros – Remoção/A/Segundo aLei nº 9.455/1997, que define os crimesde tortura e dá outras providências,aumenta‐se a pena de um sexto até umterço, se o crime é cometido contra maiordea)45 anos.b)50 anos.c)55 anos.d)60 anos.

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5) Ano: 2016/Banca: UFMT//Órgão: TJ‐MT/Prova: Analista Judiciário –Direito/A/Em relação aos crimes detortura, marque V para as afirmativas quecorrespondam ao tipo de crime descrito eF àquelas que não correspondem.( ) Constranger alguém com emprego deviolência ou grave ameaça, causando‐lhesofrimento físico ou mental, para provocaração ou omissão de natureza criminosa.

Lei 9.455/1997

Lei 9.455/1997

( ) Submeter alguém, sob sua guarda, poderou autoridade, com emprego de violênciaou grave ameaça, a intenso sofrimento físicoou mental, como forma de aplicar castigopessoal ou medida de caráter preventivo.( ) Constranger alguém com emprego deviolência ou grave ameaça, causando‐lhesofrimento físico ou mental, em razão dediscriminação racial ou religiosa.

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( ) Constranger alguém com emprego deviolência ou grave ameaça, causando‐lhesofrimento físico ou mental, com o fim deobter informação, declaração ou confissãoda vítima ou de terceira pessoa.

Assinale a sequência correta.a)V, V, V, Vb)F, V, F, Vc)F, F, F, Fd)V, F, V, F


6) Ano: 2016/Banca: VUNESP/Órgão: TJ‐RJ/Prova: Juiz Substituto/D/ Maximilianusconstantemente agredia seu filhoRamsés, de quinze anos, causando‐lheintenso sofrimento físico e mental com oobjetivo de castigá‐lo e de prevenir queele praticasse “novas artes". Na últimaoportunidade em que Maximilianusaplicava tais castigos, vizinhos acionarama polícia ao ouvirem os gritos de Ramsés.

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Ao chegar ao local os policiais militaresconstataram as agressões e conduziram aoDistrito Policial Maximilianus, Ramsés eTroia, mãe de Ramsés que presenciavatodas as agressões mas, apesar de nãoconcordar, deixava que Maximilianus“cuidasse" da educação do filho sem se

“intrometer".Diante da circunstância descrita, é corretoafirmar que

a) Maximilianus e Troia incorreram, nostermos da Lei n° 9.455/97, na prática docrime de tortura na qualidade de co‐autores.

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b) Maximilianus incorreu, nos termos daLei n° 9.455/97, na prática do crime detortura na qualidade de autor, e que Troia,porém, não poderá ser responsabilizada,pois não concorreu para a prática do crime.c)Maximilianus incorreu, nos termos da Lein° 9.455/97, na prática do crime de torturana qualidade de autor, assim como Troiatambém teria incorrido no mesmo crimemas com base na omissão penalmenterelevante prevista no Código Penal.

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d)Maximilianus incorreu, nos termos da Lein° 9.455/97, na prática do crime de torturana qualidade de autor, sendo que Troia seráresponsabilizada pela prática do crime deomissão em face da tortura praticada porMaximilianus, também previsto na Lei n°9.455/97, tendo em vista que tinha o deverde evitá‐la.e)Maximilianus incorreu, nos termos da Lein° 9.455/97, na prática do crime de torturana qualidade de autor, e que Troia tambémserá responsabilizada pela prática do mesmocrime, porém na condição de partícipe.


7) Ano: 2015/Banca: FGV/Órgão: TJ‐PI/Prova: Analista Judiciário ‐EscrivãoJudicial/B/Ressalvada a situação daqueleque se omite, quando tinha dever deevitar ou apurar, os condenados porcrime de tortura, na forma da Lei nº9.455/97, devem cumprir a pena emregime:

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a)integralmente fechado;

b)inicialmente fechado;

c)inicialmente semiaberto;

d)inicialmente semiaberto, no caso de

tortura vindicativa;

e)aberto.


8)Ano: 2015/Banca: FUNIVERSA//Órgão:Secretaria da Criança –DF/Prova: Atendente de ReintegraçãoSocioeducativo/A/Mara, atendente dereintegração socioeducativo, foi acusadade submeter um adolescente infrator sobsua autoridade, com emprego de graveameaça, a intenso sofrimento mentalcomo forma de aplicar medida decaráter preventivo e Dario, superiorimediato de Mara, tendo conhecimentodessa conduta, não tomou providências.

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A partir dessa situação hipotética e doque dispõe a Lei n.º 9.455/1997, assinale aalternativa correta.

a)Mara teria praticado crime detortura, sendo que a pena de reclusãode dois a oito anos deveriaser aumentada por ter sido o crimecometido por agente público e contraadolescente.


b) Dario teria sido omisso em relação àconduta a qual teria o dever de evitar ouapurar e deveria, por isso, responder pelomesmo crime e incorrer nas mesmas penasque Mara.c) A condenação criminal de Maraacarretaria sua interdição para o exercíciodo cargo pelo prazo da pena aplicada.

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d) O crime praticado por Mara seriainafiançável e, caso fosse condenada, ocumprimento da penaseria integralmente em regime fechado,sendo insuscetível de indulto, graça ouanistia.e)Na hipótese de o menor infratoratentar contra sua própria vidainfluenciado pela conduta de Mara, apena de Mara seria de reclusão de oito adezesseis anos caso houvesse lesãocorporal gravíssima ou morte.


9)Ano: 2015/Banca: IBFC/Órgão: EMBASA/Prova: Assistente de Saneamento ‐ Técnicoem Segurança do Trabalho/C/Assinale aalternativa correta considerando asdisposições da lei federal n° 9.455, de07/04/1997, que define os crimes detortura e dá outras providências.

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a)Constitui crime de tortura, punível comreclusão de dois a seis anos, constrangeralguém com emprego de violência ou graveameaça, causando‐lhe sofrimento físico oumental para provocar ação ou omissão denatureza criminosa.b)Constitui crime de tortura, punível comreclusão de dois a seis anos, submeterpessoa presa ou sujeita a medida desegurança a sofrimento físico ou mental,por intermédio da prática de ato nãoprevisto em lei ou não resultante demedida legal.

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c)Constitui crime de tortura, punível comreclusão de dois a oito anos, submeteralguém, sob sua guarda, poder ouautoridade, com emprego de violência ougrave ameaça, a intenso sofrimento físicoou mental, como forma de aplicar castigopessoal ou medida de caráter preventivo.d)O crime de tortura é afiançável pordecisão da autoridade policial.

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10) Ano: 2015/Banca: CESPE/Órgão: TJ‐PB/Prova: Juiz Substituto/E/Assinale aopção correta a respeito das penas eefeitos da condenação previstos na Lein.º 9.455/1997, que define o crime detortura;a)A condenação por crime de torturasomente importará na perda do cargo,função ou emprego público em caso deaplicação de regime semiaberto oufechado para cumprimento de pena.

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11)Ano: 2015/Banca: CESPE/Órgão: DEPEN/Prova: Agente Penitenciário Federal ‐ Área3/E/Com base na Lei Antitortura, julgue o itemsubsequente.

SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: Um servidor públicofederal, no exercício de atividade carcerária,colocou em perigo a saúde física de preso emvirtude de excesso na imposição da disciplina,com a mera intenção de aplicar medidaeducativa, sem lhe causarsofrimento. ASSERTIVA: Nessa situação, oreferido agente responderá pelo crime detortura.

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12)Ano: 2015/Banca: FUNIVERSA/Órgão: SEAP‐DF/E/Prova: Agente de Atividades Penitenciárias/No que diz respeito à legislação penalextravagante, segundo entendimento do STJ e doSTF, julgue o item.

Pratica crime de tortura o agente que expõe aperigo a saúde de pessoa sob sua autoridade, parafim de educação, ensino, tratamento ou custódia,sujeitando‐a a trabalho excessivo ou abusando demeios de correção ou disciplina.

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13)Ano: 2015/Banca: FUNIVERSA/Órgão: SEAP‐DF/E,E/Prova: Agente de AtividadesPenitenciárias/ No que diz respeito àlegislação penal extravagante, segundoentendimento do STJ e do STF, julgue ositens.I) Pratica crime de tortura o agente queexpõe a perigo a saúde de pessoa sob suaautoridade, para fim de educação, ensino,tratamento ou custódia, sujeitando‐a atrabalho excessivo ou abusando de meiosde correção ou disciplina.

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II) A condenação por crime de torturaacarretará a perda do cargo, da função oudo emprego público e a interdição, paraseu exercício, pelo triplo do prazo da penaaplicada.


14)Ano: 2015/Banca: CESPE/Órgão: DPU/Prova: Defensor Público Federal deSegunda Categoria/C/Em relação aoscrimes contra a fé pública, aos crimescontra a administração pública, aoscrimes de tortura e aos crimes contra omeio ambiente, julgue o item a seguir.

Caracteriza uma das espécies do crime detortura a conduta consistente em, comemprego de grave ameaça, constrangeroutrem em razão de discriminação racial,causando‐lhe sofrimento mental.

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15) Ano: 2015/Banca: VUNESP/Órgão: PC‐CE/Prova: Delegado de Polícia Civil de 1aClasse/E/Pode‐se afirmar sobre o crimede tortura, regulado pela Lei no 9.455/97,quea)será sempre de competência da JustiçaFederal, independentemente do lugar docrime.b)é crime equiparado ao hediondo, casoocorra o resultado morte.c)quando praticado pelo militar, ele serájulgado pela Justiça Militar.

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d) o condenado por crime de torturapoderá perder o cargo, função ou empregopúblico, desde que este efeito sejaexpressamente declarado na sentença.e) as lesões leves suportadas pela vítimaserão absorvidas pelo crime de tortura.

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16) Ano: 2015/Banca: VUNESP/Órgão: PC‐CE/Prova: Escrivão de Polícia Civil de 1aClasse/E/O crime de tortura (Lei no 9.455/97)tem pena aumentada de um sexto até um terçose for praticado

a)ininterruptamente, por período superior a24h.b)em concurso de pessoasc)por motivos políticos.d)contra mulhere)por agente público

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17) Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: PC‐CE Prova: Inspetor de Polícia Civil de 1a/Classe/E/ Sobre a Lei n o 9.455/97, quedispõe sobre a TORTURA, é corretoafirmar que

a)os casos de tortura com o fim de obterinformação, declaração ou confissão davítima ou de terceira pessoa e paraprovocar ação ou omissão de naturezacriminosa, o crime somente se consumaquando o agente obtém o resultadoalmejado.b)o crime de tortura é próprio, uma vezque só pode ser cometido por policiais civisou militares.

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c)privar de alimentos pessoa sob suaguarda, poder ou autoridade é uma dasformas de tortura previstas na lei, namodalidade “tortura‐castigo”d)se o agente tortura a vítima para com elepraticar um roubo, responderá por crimeúnico, qual seja, o crime de roubo, por esteter penas maiores.e)quando o sujeito ativo do crime detortura for agente público, as penas sãoaumentadas de um sexto a um terço

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02 - Crime de Tortura - Lei 9 455-97 · 1 TORTURA PROFª. JOCIANE LOUVERA TEORIA LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997. Art. 5º, III da CF/88 → ninguém será submetido a tortura