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02 Março 2012

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Guilherme ParanaibaO que boa parte dos moradores da Pampulha temia

aconteceu. Apesar da pressão da comunidade, em reunião na manhã de ontem o Conselho Municipal de Política Ur-bana (Compur) aprovou a construção de dois hotéis na Avenida Alfredo Camarate, no Bairro São Luiz. Agora, os projetos seguem para licenciamento da Secretaria-Adjunta de Regulação Urbana. Mesmo com o aval do Compur, os empreendimentos sofreram modificações, sendo a principal delas a redução da altura: ambos terão 40 metros, o que corresponde à elevação da casa mais alta da região, famosa por abrigar o complexo arquitetônico projetado por Oscar Niemeyer . O Hotel Go Inn foi projetado para ter 59 me-tros e o Bristol Stadium, para 48 metros. Durante a reunião houve tumulto e bate-boca, com direito a vaias e aplausos a cada intervenção.

Cada um dos empreendimentos foi apreciado separa-damente. Como a conselheira Cláudia Pires, do Instituto de Arquitetos do Brasil em Minas Gerais (IAB/MG), pediu vistas do processo na reunião de 26 de janeiro, os conselhei-ros ouviram a nota técnica produzida por ela e pelo suplen-te Hamilton Ferreira, que a representou ontem. Primeiro, Hamilton leu o parecer com vários argumentos contrários ao Bristol Stadium. O documento recomendava a marcação de audiência pública e de outros debates com a presença da população para dar mais subsídios ao Compur, antes de qualquer decisão.

O parecer foi apreciado, mas apenas dois dos 11 conse-lheiros foram favoráveis. Com isso, o presidente do Com-pur, Marcello Faulhaber, secretário municipal de Desenvol-vimento, prosseguiu com a votação do parecer da Prefeitura de BH, que recebeu apoio dos demais nove representantes.

CONSTRUTORES O advogado Adriano Maciel, da CMR Construções,

responsável pela obra do Bristol, garantiu que o projeto res-peita a legislação da cidade e que terá total harmonia com o entorno da Pampulha. “Todas as diretrizes aprovadas pelo Compur serão cumpridas e a construção será adequada aos 40 metros liberados pelo conselho”, diz o advogado. Ao fim da votação, o presidente do conselho recomendou que o Fó-rum da Área de Diretrizes Especiais (Fade) da Pampulha faça mediação entre o empreendedor e a comunidade para que as demandas da população sejam ouvidas.

Seguindo a mesma linha do Bristol, os conselheiros também ouviram as considerações do arquiteto Hamilton Ferreira, suplente de Cláudia Pires, sobre o Hotel Go Inn. Às 19 diretrizes do relatório da prefeitura, a norma técnica

acrescentou cinco e propôs a mudança da altura do empre-endimento para nove metros. Os conselheiros aprovaram o relatório com a inclusão das cinco diretrizes, mas mantive-ram o limite de 40 metros do documento da PBH.

Durante a reunião, representantes dos moradores sus-tentaram que a flexibilização dos lotes onde serão cons-truídos os hotéis foi feita observando apenas interesses comerciais, sem considerar a população. Já o presidente do Compur se declarou favorável à implantação dos em-preendimentos. “Todas as pessoas querem a evolução, mas ninguém quer incômodo em seu bairro ou sua rua. Está na hora de as pessoas fazerem um pequeno sacrifício para o crescimento da cidade em geral”, disse Marcelo Faulhaber.

Ao fim dos trabalhos, o conselheiro suplente Hamilton Ferreira deixou claro que a aprovação dos dois hotéis repre-senta um grande avanço no processo de verticalização da Pampulha. “Corremos o risco de essa situação virar regra, graças à pressão imobiliária em cima do Legislativo. O que podemos perceber é que os parâmetros urbanísticos estão ficando mais permissivos do que suportam os terrenos tom-bados”, conclui.

Para o presidente da Associação Amigos da Pampulha (Apam), Flávio Marcus Ribeiro, a votação foi um jogo de cartas marcadas. “Não temos dúvidas da competência dos técnicos da prefeitura, mas tudo já estava pronto há um cer-to tempo e foi apenas um teatro. Mandamos carta ao Minis-tério Público e também já fizemos um pedido de audiência pública à PBH. Agora, é ver se essas manifestações geram algum retorno positivo.” Procurados na audiência e por te-lefone para comentar o assunto, representantes do Hotel Go Inn não se manifestaram.

ENQUANTO ISSO...... REFORMA DA ORLA DÁ PRIMEIRO PASSO

A empresa GOS Engenharia Ltda. foi proclamada on-tem, no Diário Oficial do Município (DOM), vencedora da licitação para elaborar os projetos básicos e executivos de requalificação de trechos da orla da Lagoa da Pampulha. De acordo com o gerente de Desenho Urbano da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Tiago Esteves Gonçalves da Costa, será contemplada a Praça Dino Barbieri e seu en-torno, o mirante do Vertedouro, a calçada da barragem e a Praça do Aleijadinho. A prefeitura investiu cerca de R$ 170 mil na fase de projetos, mas ainda não tem estimativa do valor que será aplicado nas obras em si. Após a elaboração dos projetos, que tem prazo de seis meses, novo processo licitatório vai selecionar a empresa responsável pelas obras. A previsão é de que elas estejam concluídas em 2013.

ESTADO DE MINAS - P. 27 - 02.03.2012ESTRUTURA PARA A COPA

Pampulha de Niemeyer será também dos hotéis Apesar da pressão de moradores, conselho dá sinal verde a obras de

dois complexos. Um dos poucos limites impostos é restrição da altura: 40 metros

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PAMPULHA

Compur aprova construção de hotéisDIÁRIO DO COMéRCIO - P. 8 - 02.03.2012

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ESTADO DE MINAS - P. 16 - 02.03.2012GIRO ECONÔMICO

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