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FOTOS VANESSA BRUINSMA A presença do pai é muito impor- tante para um bom desenvolvi- mento e equilíbrio emocional dos filhos. Fabiano Francio, 32 anos, fisiote- rapeuta e professor é pai de primeira via- gem. O susto do nascimento foi grande, já que Nicole Pastore Francio, agora com 4 meses, nasceu prematura de 8 meses. “Foi um momento de preocupação, apreensão e muita emoção”, lembra emocionado. Desde o inicio da gravidez Fabiano é bastante presente, auxiliando e ajudando em tudo que é necessário. “Muita coisa mudou com a chegada da Nicole, a rotina foi alterada, tudo está voltado para ela, a bebê é a razão de viver. Esse também é Fabiano Francio brincando com a filha Nicole Sábado, 2 de agosto de 2014 1 um período em que a gente se transforma, aprende e descobre coisas novas, se torna uma pessoa mais cuidadosa e afetiva, além de voltar a ser criança”, comenta Fabiano. O orgulhoso pai, que é presente e atu- ante em todos os deveres diários afirma que a presença paterna é importante para a formação do caráter e dos valores. “De- vemos ser bons exemplos, pois os pais acabam sendo herói para o filho. Também precisamos repassar o aprendizado, como os valores que trazemos de berço”. E ele complementa, “o pai deve realizar as ta- refas em conjunto com a mãe e também, dividindo os afazeres e essa é uma forma de fortalecer a relação pai e filha, principal- mente a parte afetiva”. Fabiano comenta que Nicole é muito calma e que as novidades com essa nova rotina não param de crescer. “A cada dia é uma emoção diferente, sempre me deparo com uma surpresa agradável. É um mun- do desconhecido, no qual a gente chora, sorri e se surpreende com cada detalhe”, ressalta Francio. O pai de primeira viagem já pensa em como será daqui para frente, com o cresci- mento da filha. É muito importante repas- sar valores como honestidade, sinceridade e ele acredita que um bom diálogo é essencial. “Precisamos proteger, educar, ensinar, mostrar, além de criar e preparar a criança para a vida, para a realidade fora de casa”, comenta. Ele ainda deixa um recado para os futuros papais e os de pri- meira viagem. “Aproveitem cada momen- to, tentem estar ao máximo por perto, cur- tindo a criança. É uma experiência única e maravilhosa. Nesse mundo de descobertas e emoções, tudo passa muito rápido”. A psicóloga/Psicoterapia Cogniti- vo Comportamental, da Clínica Espaço Equiliibrium, Mônica Vagliati, salienta que desde a gestação o pai tem um papel fun- damental no desenvolvimento do filho. “O pai contribui para uma boa autoestima e para a formação de um adulto que lida melhor com o estresse e as frustrações”. Mônica justifica que desde o momento em que o bebê nasce o ideal é que o pai participe dos cuidados com a criança. “Ele, o pai, deve assistir ao banho demonstrati- vo, que é realizado em diversos hospitais, conversar com os pediatras e enfermeiras, não ter vergonha de perguntar e arriscar, afinal nenhum filho vem com manual de instruções. A aprendizagem só vem com a prática, e as mães também passam por isso. A divisão de tarefas e responsabilida- des é muito importante. O pós-parto é um período muito complicado para o homem. A solução é tentar participar ao máximo, seja cantando uma cantiga de ninar, seja ajudando na troca de fraldas e no banho. E, além disso, ter em mente que essa fase vai passar”, ressalta. A psicóloga finaliza dando algumas dicas. “O pai precisa dispor de um tempo efetivo para o filho. Aquele tempinho para contar história, rolar no chão e contar as novida- des do dia. É preciso exercitar essas atitu- des para que efetivamente esse momento seja rico. Se o pai chega em casa, com a cabeça no trabalho, e coloca uma CD a para o filho ver e pensa que está fazendo um benefício, pois ele está entretido e feliz, se engana. Aqueles minutos de intimidade são essenciais para criar o vínculo e dar parâmetros de comportamento à criança. Sejam espontâneos e transparentes. Não é preciso recompensas materiais. Curtam os momentos em que estão juntos, riam e se divirtam. Não há melhor receita”. Vanessa Bruinsma - [email protected] Um mundo de dedica ção e descobertas

02/08/2014 - Caderno Pais - Edição 3050

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02/08/2014 - Caderno Pais - Edição 3050 - Bento Gonçalves/RS

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FOTOS VANESSA BRUINSMAA presença do pai é muito impor-tante para um bom desenvolvi-mento e equilíbrio emocional dos

filhos. Fabiano Francio, 32 anos, fisiote-rapeuta e professor é pai de primeira via-gem. O susto do nascimento foi grande, já que Nicole Pastore Francio, agora com 4 meses, nasceu prematura de 8 meses. “Foi um momento de preocupação, apreensão e muita emoção”, lembra emocionado.

Desde o inicio da gravidez Fabiano é bastante presente, auxiliando e ajudando em tudo que é necessário. “Muita coisa mudou com a chegada da Nicole, a rotina foi alterada, tudo está voltado para ela, a bebê é a razão de viver. Esse também é

Fabiano Francio brincando com a filha Nicole

Sábado, 2 de agosto de 2014 1

um período em que a gente se transforma, aprende e descobre coisas novas, se torna uma pessoa mais cuidadosa e afetiva, além de voltar a ser criança”, comenta Fabiano.

O orgulhoso pai, que é presente e atu-ante em todos os deveres diários afirma que a presença paterna é importante para a formação do caráter e dos valores. “De-vemos ser bons exemplos, pois os pais acabam sendo herói para o filho. Também precisamos repassar o aprendizado, como os valores que trazemos de berço”. E ele complementa, “o pai deve realizar as ta-refas em conjunto com a mãe e também, dividindo os afazeres e essa é uma forma de fortalecer a relação pai e filha, principal-mente a parte afetiva”.

Fabiano comenta que Nicole é muito calma e que as novidades com essa nova rotina não param de crescer. “A cada dia é uma emoção diferente, sempre me deparo com uma surpresa agradável. É um mun-do desconhecido, no qual a gente chora, sorri e se surpreende com cada detalhe”, ressalta Francio.

O pai de primeira viagem já pensa em como será daqui para frente, com o cresci-mento da filha. É muito importante repas-sar valores como honestidade, sinceridade

e ele acredita que um bom diálogo é essencial. “Precisamos proteger, educar, ensinar, mostrar, além

de criar e preparar a criança para a vida, para a realidade fora de casa”, comenta.

Ele ainda deixa um recado para os futuros

papais e os de pri-

meira viagem. “Aproveitem cada momen-to, tentem estar ao máximo por perto, cur-tindo a criança. É uma experiência única e maravilhosa. Nesse mundo de descobertas e emoções, tudo passa muito rápido”.

A psicóloga/Psicoterapia Cogniti-vo Comportamental, da Clínica Espaço Equiliibrium, Mônica Vagliati, salienta que desde a gestação o pai tem um papel fun-damental no desenvolvimento do filho. “O pai contribui para uma boa autoestima e para a formação de um adulto que lida melhor com o estresse e as frustrações”.

Mônica justifica que desde o momento em que o bebê nasce o ideal é que o pai participe dos cuidados com a criança. “Ele, o pai, deve assistir ao banho demonstrati-vo, que é realizado em diversos hospitais, conversar com os pediatras e enfermeiras, não ter vergonha de perguntar e arriscar, afinal nenhum filho vem com manual de instruções. A aprendizagem só vem com a prática, e as mães também passam por isso. A divisão de tarefas e responsabilida-des é muito importante. O pós-parto é um

período muito complicado para o homem. A solução é tentar participar ao máximo, seja cantando uma cantiga de ninar, seja ajudando na troca de fraldas e no banho. E, além disso, ter em mente que essa fase vai passar”, ressalta.

A psicóloga finaliza dando algumas dicas. “O pai precisa dispor de um tempo efetivo para o filho. Aquele tempinho para contar história, rolar no chão e contar as novida-des do dia. É preciso exercitar essas atitu-des para que efetivamente esse momento seja rico. Se o pai chega em casa, com a cabeça no trabalho, e coloca uma CD a para o filho ver e pensa que está fazendo um benefício, pois ele está entretido e feliz, se engana. Aqueles minutos de intimidade são essenciais para criar o vínculo e dar parâmetros de comportamento à criança. Sejam espontâneos e transparentes. Não é preciso recompensas materiais. Curtam os momentos em que estão juntos, riam e se divirtam. Não há melhor receita”.

Vanessa Bruinsma - [email protected]

Um mundo de dedicação e descobertas

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Sábado, 2 de agosto de 20142

Pais distantes, mas sempre presentesQuilômetros de distância se-

param o pedreiro Nelson da Silva, 35 anos, de parte da sua

família. Vivendo em Bento Gonçalves há seis anos junto com o filho Ederson, 3, ele deixou a mulher Rosângela Mo-reira Batista e a filha Andreline, 4, em sua terra natal, Soledade.

Apesar do papel paterno ter se trans-formado ao longo dos anos, muitos pais ainda são os “chefes da família”, responsáveis pelo sustento do lar. E foi justamente isso que pesou na decisão de Nelson, que veio para Bento Gon-çalves em busca de melhores condições de vida para dar aos filhos. Por proble-mas de saúde, a mulher Rosângela pre-feriu ficar em Soledade com Andriele.

Mas apesar da distância, Nelson é um pai superpresente na família, que busca acompanhar os momentos importantes de Andriele e Ederson e, quando pode, volta para Soledade para vê-los. “Penso na minha filha em todos os momentos do meu dia. Queria poder ver ela mais vezes, se não fosse tão caro, mas pelo menos uma vez a cada 40 dias eu vou para lá”, comenta Nelson.

Nesse Dia dos Pais, ele viaja no sábado e volta ainda no domingo. “A parte ruim é voltar para casa, a Andreline fica bem triste e quando

Nelson da Silva vive com o filho Ederson, mas só vê a filha Andreline a cada 40 dias

a gente chega, ela já liga para saber se está tudo bem”. Mas esse esforço, segundo o pedreiro, é gratificante:

“Acho maravilhoso ser pai. Saber que tu tem um filho do teu lado é a me-lhor sensação do mundo”.

SILVIA DALMAS

Silvia Dalmas - [email protected]

A saudade também incomoda e en-tristece Waldemar Edvino Seimetz, 73 anos, pois depois que ele se separou da mulher, seus três filhos foram mo-rar em Carlos Barbosa. “Mas sempre que me bate a saudade, eu vou para lá, pelo menos para almoçar com eles”, conta o aposentado.

Seimetz também é avô e conta que seus três netos são a segunda maior ale-gria de sua vida: “Me sinto pai de novo junto com eles. E é uma honra, eu não seria nada sem meus filhos e netos”.

Em todos os anos, o Dia dos Pais se transforma em um dia de festa na fa-mília. “E o melhor presente que ganho é o abraço deles. Penso neles o tempo todo e, mesmo com todas dificuldades, eu teria passado por tudo de novo para ser pai”, resume.

Não seria nada sem meus

filhos e netos

“”

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SILVIA TONON

Sábado, 2 de agosto de 2014 3

Educação baseada nos exemplosA educação vai além das

palavras e conceitos. Ela ultrapassa as bar-

reiras da casa da família e é for-mada na rua, durante a infância e adolescência. Paulo Caleffi, pai de dois filhos e avô de qua-tro netos, pensa desta forma, mas ele ressalta que os filhos serão sempre os exemplos que tiverem dos pais. Ele conta a sua trajetória como pai e relem-bra dos fatos que marcaram a história da família e a fizeram ser o que é hoje: unida e feliz.

Caleffi, casado há 41 anos, relata que quando era jovem tinha medos e receios de ter o primeiro filho, mas que es-ses sentimentos precisaram ser enfrentados para receber Edu-ardo. “Um ano depois que eu e Margaret estávamos casados, eu não estava preparado para este desafio. Morávamos em uma casa velha, tínhamos uma vida simples e nossa situação econômica não permitia que tivéssemos o nosso primeiro filho, mas Eduardo estava para chegar e precisávamos educá--lo da melhor maneira possí-vel”, relembra.

Apesar das primeiras dificul-dades, o pai de primeira via-gem e sua esposa já planejaram o segundo filho, que nasceria três anos depois. Raquel estava para nascer, e agora a casa sim-ples e as dificuldades enfrenta-das antes já não incomodavam mais. “Normalmente, a educa-

De geração para geração: a família Caleffi reunida em mais um encontro com netos, pais, avós e bisavó

ção dos filhos ocorre pelo que se aprende fora de casa e pelo exemplo que é dado pelos pais diariamente”, afirma.

Caleffi relata que na rua onde moravam haviam muitas crian-ças da vizinhança e que o filho mais velho cresceu brincando com os pequenos. “Eduardo virou um grande malandro, mas no bom sentido, é claro. Ele aprontava na escola e eu era chamado diversas vezes para ser notificado, mas eram brincadeiras de criança, situ-ações que não prejudicavam ninguém”, comenta.

O pai conta que Eduardo gostava de animais exóticos e criava uma aranha carangue-jeira: a Teresa. “Ele levava a Teresa pro colégio e isso cria-va muitos problemas, inclusi-ve com a minha esposa Mar-garete, porque ela tinha medo. Ela andava de pés descalços pela casa e, um dia, dona Te-resa saiu de sua caixinha. Já se pode imaginar que minha es-posa matou a pobre aranha e o tamanho da briga que houve entre ela e Eduardo”, relata. Mais tarde, Eduardo também tentou criar uma cobra, mas

foi vetado pela mãe.

As vantagens de ser avô

Há mais ou menos sete anos. Caleffi teve a notícia que Ra-quel, a filha mais nova, se casa-ria e daria o primeiro neto para ele, Bernardo. Mas a grande fe-licidade não parou apenas em Bernardo, em pouco tempo chegou o Fernando, a Cecília e o Rafael. O avô diz que não sabia que ser avô tinha ainda mais vantagens do que ser pai.

“Bernardo, o meu neto pri-

mogênito, tem muitos brin-quedos, mas ele insistia que a sua coleção do Hot Wheels não estava completa. É cla-ro que estava, mas ele insistia que faltava um último. Um dia estávamos assistindo o fil-me desses carrinhos, quando o personagem principal disse: ‘precisarei correr atrás do pre-juízo’ e então meu neto disse: é esse que eu não tenho, avô: o prejuízo. Como explicar para uma criança que prejuízo é um conceito, e não um nome de carro?”, conta.

Ele diz que ser pai e ser avô é quase a mesma coisa, mas ser avô tem uma vantagem. Quando a criança está suja, quem limpa são os pais. “Nós ficamos só com a parte boa”, comemora o avô coruja.

Hoje, para unir toda a famí-lia, eles organizam viagens e buscam estar sempre por per-to. Caleffi conta que há alguns dias a família alugou um ônibus para viajar, foram 17 pessoas, crianças e idosos. “Foi uma grande festa! Nós acreditamos que o convívio com a família é o mais importante, por isso buscamos estar sempre por perto. Nós somos um horizon-te para eles, se mantivermos a conduta que esperamos deles no futuro, então eles trilharão os seus passos com os nosso ensinamentos”, comenta.

Vitória Lovat - [email protected]

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ARQ

UIV

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ESSO

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Sábado, 2 de agosto de 20144

Os pilares de uma

Muitos são os relatos em que uma fatalidade destrói uma família e quem mais sofre são as crianças. Porém, Adilso Maito, comer-

ciante de 44 anos de São Valentim, não aceitou este destino e encontrou na união da família a força para superar a dor. “Nós tivemos uma perda muito grande. Eu perdi a minha mulher, minha amiga, minha par-ceira que juntos levantamos este

A família Maito aproveitando as férias de verão na Praia da Gaivota

mercado. Os meninos perderam a mãe, e mãe é uma só, não tem como substituir. Falta um pilar nesta famí-lia. Mas a casa não vai cair por causa disso. Os outros pilares vão manter esta família bem firme”, afirma.

Adilso se refere ao assassinato da esposa, Patrícia Anderle Maito, vítima da violência no dia 3 no-

vembro de 2009. Casados há sete anos, Adil-so e Patrícia cuidavam juntos do negócio da família, o Mercado Maito. Por volta das 16h,

enquanto ele realizava a entrega de um rancho, o estabelecimento foi alvo de uma dupla de assaltan-

tes. Patrícia, com 33 anos na época, estava no caixa e, apesar de entregar o dinheiro, foi atingida por um

tiro. Os ladrões fugiram em uma motocicleta, dei-xando para trás uma perda que não pode ser

calculada em bens materiais.

“Até aí era um estilo de vida. Eu ti-

nha o guri mais ve-lho com quatro anos

e os gêmeos que recém tinham feito um aninho.

É uma perda que não tem como explicar. Faço o que agora? Três filhos pe-quenos e um negócio para tocar sozinho. Te digo que foi difícil. Eu cheguei a levantar 12 vezes numa mesma noite. O meu sono não existia de tanta preo-cupação com os pequenos. E chorei muito. Até que uma noite um deles pegou

no meu rosto e pediu por que eu chorava. A partir daí prometi que até podia cho-

rar, mas nunca na frente de-les”, relembra emocionado.

Lorenzo Anderle Maito, 10 anos, e os gêmeos Fa-brizio e Vicenzo, de 5, são as forças que movem o co-merciante. E Adilso quer ser o mesmo para os filhos. Com amizade e carinho, a família Maito cresce forte. “Foi superação um dia após o outro, até aprender a nova vida. Mas todo o trabalho que um filho dá, isso passa, é só lembrança que vale a pena. E hoje os meus três meninos estão aí, dóceis, amáveis, carinhosos... a gente é apaixonado né?”, descreve todo orgulhoso.

Refeições e caminhadas em família

Não existe fórmula mágica para a felicidade dos Maito. Na verdade, os ensinamentos foram buscados no exemplo de Adilso, Ernesto Maito. “Qual é o tipo de educação que meu pai me deu? O princípio de fa-mília continua o mesmo, é respeito, educação e res-ponsabilidade. Por isso eu enfatizo as refeições. Tem que dar valor a família, sentar na mesa para comer juntos. Temos pouco tempo, então tem que aprovei-tar estes momentos. É ali, frente a frente, olhos nos olhos, que o teu filho vai saber que tu vai estar sempre com ele. Aí está o princípio de família. O mundo pode ter mudado muito, mas a relação entre pai e filho con-tinua a mesma”, avalia.

A diversão da família está na bagunça que a parceria entre quatro homens pode gerar. Seja explorando as belezas de São Valentim em trilhas com piquenique ou nas tarefas diárias. “Nós gostamos muito de fazer comida, como bons italianos, e cada um pede para fazer uma coisa. Um quer ajeitar o galeto, outro quer colocar o temperinho na panela. Fica uma bagunça, mas eles se sentem bem, se sentem úteis e eu fico feliz com a turminha toda ao redor”, relata.

Esta a história dos Maito, escrita a cada dia. O mer-cado segue ativo e os garotos crescendo. Apesar das dificuldades, o viúvo agradece os bons momentos. “Filho ainda é a melhor coisa que tem. Agora eles estão de férias e a bagunça deles faz uma falta que tu nem imagina”, conclui Adilso.

Leonardo Lopes - [email protected]

família