03 _ Lei Nº 5819 de 07 de novembro de 2003 de Rio Grande

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06/08/2010

Lei 5819/03 | Lei N 5819 de 07 de nov

Lei 5819/03 | Lei N 5819 de 07 de novembro de 2003 de Rio GrandeINSTITUI O ESTATUTO DOS SERVIDORES PBLICOS DO MUNICPIO DO RIO GRANDE E D OUTRAS PROVIDNCIAS. O PREFEITO MUNICIPAL DO RIO GRANDE, usando das atribuies que lhe confere a Lei Orgnica em seu Artigo 51, Inciso III, Faz saber que a Cmara Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte Lei:

TTULO I

Das Disposies PreliminaresArt. 1 - Fica institudo atravs desta Lei, o Estatuto dos Servidores do Municpio do Rio Grande. Art. 2 - Para os efeitos desta Lei, servidor pblico a pessoa legalmente investida em cargo pblico. Art. 3 - Cargo Pblico o lugar institudo na organizao do servio pblico, com denominao prpria, atribuies especficas e estipndio correspondente, que provido e exercido por um titular, na forma estabelecida em Lei. Art. 4 - A investidura em cargo pblico depende de aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo, na forma prevista em Lei, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em Lei de livre nomeao e exonerao. Art. 5 - Funo Pblica a atribuio ou o conjunto de atribuies institudas por Lei que a Administrao confere a um determinado servidor para atender a encargos de direo, chefia e assessoramento observados os requisitos para o exerccio desta. Art. 6 - vedado cometer ao servidor atribuies diversas das de seu cargo, exceto em cargos de direo, chefia ou assessoramento e comisses legais.

TTULO II

Do Provimento e da VacnciaCAPTULO I

Do ProvimentoSeo I

Disposies GeraisArt. 7 - So requisitos bsicos para ingresso no servio pblico municipal: a) Ser brasileiro e que preencha os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; b) Idade mnima de 18 anos; c) Estar em dia com as obrigaes militares e eleitorais; d) Gozar de boa sade fsica e mental, comprovada mediante exame mdico; 1 - As atribuies do cargo podem justificar a exigncia de outros requisitos estabelecidos em lei. 2 - As pessoas com necessidades especiais assegurado o direito de se inscrever em concurso pblico para provimento de cargo cujas atribuies sejam compatveis com a deficincia de que so portadoras, para os quais so reservadas 10% (dez por cento) das vagas oferecidas no concurso. Art. 8 - So formas de provimento de cargo pblico: a) Nomeao b) Reconduo c) Readaptao d) Reverso e) Reintegrao f) Aproveitamento Seo II Do Concurso Pblico Art. 9 - As normas gerais para realizao de concurso sero estabelecidas em regulamento. 1 - Alm das normas gerais, os concursos sero regidos por instrues especiais, constantes no edital, que devero ser expedidas pelo rgo competente, com ampla publicidade. 2 - Aos servidores que forem nomeados por concurso pblico no mbito do Municpio, fica assegurado a continuidade da contagem de tempo de servio para todos os fins, bem como o percebimento no novo cargo ou emprego pblico, de todas as vantagens pessoais j incorporadas, conquistadas no exerccio do cargo ou emprego anterior. Art. 10 - Os limites de idade para inscrio em concurso pblico sero fixados em Lei, de acordo com a natureza e a complexidade de cada cargo, respeitadas as normas Constitucionais. Pargrafo nico - O candidato dever comprovar na ocasio da posse, que atingiu a idade mnima e no ultrapassou a idade mxima para o recrutamento, bem como preencheu todos os requisitos constantes na Lei e no edital. Art. 11 - O concurso pblico ter validade de dois anos, podendo ser prorrogado uma nica vez por igual perodo. Pargrafo nico - No se abrir novo concurso enquanto houver candidatos aprovados em concurso anterior, cujo prazo de validade ainda no expirou.

Seo III

Da NomeaoArt. 12 - A nomeao o ato de investidura em cargo pblico e ser feita: I - Em comisso, quando se tratar de cargo que em virtude de Lei, assim deva ser provido. II - Em carter efetivo, nos demais casos. 1 - A nomeao para cargo de provimento efetivo depende de prvia habilitao em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, obedecidos a ordem de classificao e o prazo de sua validade. 2 A nomeao para a funo de direo e chefia recair em servidor efetivo. 3 A nomeao para os cargos em comisso de livre escolha do Prefeito Municipal ou Presidente da Cmara de Vereadores, no respectivo mbito de seus poderes e no gera qualquer efeito para provimento efetivo.

Seo IV

Da Posse e do Exerccio do CargoArt. 13 - A posse a aceitao expressa das atribuies, deveres e responsabilidades inerentes ao cargo pblico, com o compromisso de bem servir, formalizada com assinatura de termo pela autoridade competente e pelo nomeado. 1 - A posse ocorrer atravs de ato de provimento no prazo de at quinze dias contados da publicao em jornal dirio de grande circulao e no mural do prdio da Prefeitura Municipal e Cmara de Vereadores. Este prazo poder ser prorrogvel por igual perodo a requerimento do interessado. 2 - O prazo ser contado do trmino do impedimento, nas seguintes situaes: I - Em se tratando de servidor do municpio em licena de sade ou gestante, ou afastado por qualquer outro motivo legal exceto licena de interesse. II - Em se tratando de no servidor do municpio, dever haver comprovao mdica. 3 - Ser exonerado o servidor empossado que no entrar em exerccio no prazo estabelecido no pargrafo primeiro deste artigo. 4 - Perder o direito o nomeado que por qualquer motivo de ordem mdica, no tiver sido considerado apto no prazo de 120 dias, sujeito ainda percia mdica do Municpio. 5 - No ato de posse, o servidor apresentar declarao de bens e valores e declarao quanto ao exerccio ou no de outro emprego, cargo ou funo pblica, os quais sero registrados no assentamento individual do servidor. Art. 14 - A posse em cargo pblico depender de prvia inspeo mdica realizada pela junta mdica municipal. Art. 15 - Exerccio do cargo o efetivo desempenho das atribuies do cargo pelo servidor e compete autoridade do rgo para onde for designado o servidor, dar-lhe o exerccio e a efetividade.

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Art. 16 - O incio, a suspenso, a interrupo e o reincio do exerccio do cargo sero registrados no assentamento individual do servidor. Pargrafo nico - Ao entrar em exerccio o nomeado apresentar, ao rgo de pessoal, os elementos necessrios ao assentamento individual.

Seo V

Da EstabilidadeArt. 17 - O servidor nomeado para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pblico adquire estabilidade aps trs anos de efetivo exerccio. Pargrafo nico - O servidor estvel s perder o cargo: I - Em virtude de sentena judicial transitada em julgado; II - Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurado ampla defesa; III - Mediante procedimento de avaliao peridica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. Art. 18 - Ao entrar em exerccio, o servidor nomeado para o cargo de provimento efetivo ficar sujeito a estgio probatrio por perodo de trinta e seis meses, durante o qual a sua aptido e capacidade devero ser objeto de avaliaes peridicas, observados: a) A aptido; b) A assiduidade; c) A disciplina; d) A responsabilidade; e) A produtividade; f) A iniciativa, g) A pontualidade, h) A eficincia, i) O relacionamento. 1 - A aquisio da estabilidade ficar condicionada a avaliao de desempenho, que ser procedida por uma comisso integrada por membros da rea de atuao do servidor a ser avaliado, com a cincia por escrito do mesmo. 2 - A avaliao ser realizada por trimestre e a cada uma corresponder um competente boletim, sendo que cada servidor ser avaliado no efetivo exerccio do cargo para o qual foi nomeado. 3 - Somente os afastamentos decorrentes do gozo de frias legais no prejudicam a avaliao do trimestre. 4 - Quando os afastamentos, no perodo considerado, forem superiores a 30 (trinta) dias, a avaliao do estgio probatrio ficar suspensa at o retorno do servidor ao exerccio de suas atribuies, retomando-se a contagem do tempo anterior para efeito do trimestre. 5 - Verificados resultados insatisfatrios em trs avaliaes em qualquer fase do estgio, ser processada a exonerao do servidor, aps regular processo administrativo disciplinar. 6 - O servidor no aprovado no estgio probatrio ser exonerado e reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, se era estvel, observados os dispositivos pertinentes. 7 - Sempre que se concluir pela exonerao de servidor em estgio probatrio, ser-lhe- assegurada vista do processo pelo prazo de cinco dias teis, para apresentar defesa e indicar as provas que pretenda produzir. 8 - A defesa, quando apresentada, ser apreciada em relatrio conclusivo, por comisso especialmente designada pelo Prefeito ou Presidente da Cmara, podendo, tambm, serem determinadas diligncias e ouvidas testemunhas. 9 - O servidor em estgio probatrio, quando convocado, dever participar de todo e qualquer curso especfico referente s atividades de seu cargo.

Seo VI

Da ReconduoArt. 19 - Reconduo o retorno do servidor ao cargo anteriormente ocupado. 1 - A reconduo decorrer de: a) Obteno de resultado insatisfatrio em estgio probatrio relativo a outro cargo; b) Reintegrao do anterior ocupante. 2 - A hiptese de reconduo de que trata a alnea "a" do pargrafo primeiro, ser apurada nos termos do artigo 18 e pargrafos, e somente poder ocorrer no prazo do estgio probatrio e em outro cargo. 3 - Inexistindo vaga, sero cometidas ao servidor as atribuies de origem, assegurado os direitos e vantagens decorrentes, at o regular provimento.

Seo VII

Da ReadaptaoArt. 20 - Readaptao a investidura do servidor efetivo em cargo de atribuies e responsabilidade compatveis com a limitao que tenha sofrido em sua capacidade fsica e mental, verificada em inspeo por junta mdica. 1 - A readaptao ser efetivada em cargo que no provoque alterao na remunerao correspondente ao cargo anteriormente ocupado. 2 - Inexistindo vaga, sero cometidas ao servidor atribuies pertinentes a um novo cargo, at o regular provimento.

Seo VIII

Da ReversoArt. 21 - Reverso o retorno do servidor aposentado atividade no servio pblico municipal, verificado, em processo, que no subsistem os motivos determinantes da aposentadoria. Art. 22 - Ser tornada sem efeito a reverso do servidor que, dentro do prazo legal, no entrar no exerccio do cargo para o qual foi revertido. Art. 23 - No poder reverter o servidor que na data da reverso estiver acima do limite de idade para o exerccio de cargo pblico. Art. 24 - A reverso dar direito a contagem do tempo em que o servidor esteve aposentado, exclusivamente para nova aposentadoria. Pargrafo nico - Somente poder ocorrer a reverso para o cargo anteriormente ocupado ou se transformado, no resultante da transformao.

Seo IX

Da ReintegraoArt. 25 - Reintegrao a investidura do servidor no cargo anteriormente ocupado, quando invalidada sua demisso por deciso administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens determinadas na sentena. 1 - Reintegrado o servidor e no existindo vaga, aquele que houver ocupado o cargo ser reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenizao, aproveitado em outro cargo idntico de atribuies similar ao anterior ou posto em disponibilidade. 2 - Na hiptese do cargo ter sido extinto, o servidor ficar em disponibilidade.

Seo X

Da Disponibilidade e AproveitamentoArt. 26 - Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estvel ficar em disponibilidade, com remunerao proporcional ao seu tempo de servio, at adequado aproveitamento em outro cargo. Art. 27 - O retorno a atividade de servidor em disponibilidade far-se- mediante aproveitamento em cargo de atribuies compatveis ao anteriormente ocupado. Art. 28 - O aproveitamento do servidor que se encontrar em disponibilidade h mais de 12 (doze) meses depender de prvia comprovao de sua capacidade fsica e mental, verificado por junta mdica oficial. Pargrafo nico - Verificada a incapacidade definitiva, o servidor em disponibilidade ser aposentado ou encaminhado para aposentadoria. Art. 29 - Ser tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor no entrar em exerccio no prazo de 30 (trinta) dias, salvo doena comprovada e verificada por inspeo mdica oficial.

Seo XI

Da PromooArt. 30 - As promoes obedecero as regras estabelecidas na Lei que dispuser sobre o Plano de Carreira.

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06/08/2010CAPTULO II

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Da VacnciaArt. 31 - A vacncia do cargo decorrer de: I - Exonerao; II - Demisso; III - Readaptao; IV - Reconduo; V - Aposentadoria; VI - Falecimento. Art. 32 - Dar-se- a exonerao: I - A pedido; II - De ofcio quando: a) se tratar de cargo em comisso; b) no satisfeitas as condies do estgio probatrio ou quando tomado posse, o servidor no entrar em exerccio. c) ocorrer posse de servidor em outro cargo inacumulvel, observado o disposto nos pargrafos 1 e 2 do artigo 146. Art. 33 - A abertura de vaga ocorrer na data da publicao que criar o cargo ou do ato que formalizar qualquer hiptese contida no artigo 32. Art. 34 - A vacncia de funo da direo e chefia dar-se- por dispensa, a pedido ou de ofcio, ou por destituio.

TTULO III

Das Mutaes FuncionaisCAPTULO I

Da SubstituioArt. 35 - Admitir-se- a substituio de titular de cargo em comisso ou de funo de direo e chefia durante o seu impedimento legal. Art. 36 - O substituto far jus ao vencimento do cargo em comisso ou do valor da funo de direo e chefia, se a substituio ocorrer por prazo superior a 15 (quinze) dias.

CAPTULO II

Da CednciaArt. 37 - Cedncia o deslocamento do servidor para outro rgo e poder ocorrer: I - A pedido, atendida a convenincia do pedido; II - De ofcio, no interesse da administrao; III - Com ou sem nus a critrio do concedente. Art. 38 - A cedncia ser feita por ato da autoridade competente. Art. 39 - A cedncia por permuta ser precedida de requerimento firmado por ambos os interessados e ficar a critrio da administrao.

CAPTULO III

Do Exerccio de Funo de ConfianaArt. 40 - A Funo de Confiana ser exercida por servidor efetivo e poder ocorrer sob a forma de funo gratificada. Art. 41 - A Funo de Confiana instituda por lei para atender atribuies de direo, chefia e assessoramento, que no justifiquem o provimento por cargo em comisso. Art. 42 - A designao para o exerccio da funo gratificada, que nunca ser cumulativa com o exerccio de cargo em comisso, ato expresso da autoridade competente. Art. 43 - O valor da funo gratificada ser percebido cumulativamente com o vencimento do cargo de provimento efetivo. Art. 44 - Ser tornado sem efeito a designao do servidor que no entrar no exerccio da funo gratificada no prazo de 2 (dois) dias a contar da publicao do ato de investidura. Art. 45 - O servidor ocupante de cargo efetivo de outra entidade pblica municipal posto a disposio do rgo sem prejuzo de seus vencimentos poder exercer funo de confiana. Art. 46 - Lei indicar os casos e condies em que os cargos em comisso sero exercidos preferencialmente por servidores ocupantes de cargos de provimento efetivo.

Seo I

Do Adicional Pelo Exerccio de Funo de Direo e Chefia.Art. 47 - Os servidores que j tiveram incorporado aos seus vencimentos, valores referentes a cargos em comisso ou funo de direo e chefia de acordo com legislao existente, e estiverem exercendo ou virem a exercer funo de direo e chefia, passam a perceber, pelo exerccio, o Adicional pelo Exerccio de Funo Direo e Chefia, em idnticos valores constantes na Lei que estabelece os valores das Funes de Direo e Chefia e Cargos em Comisso. Pargrafo nico - O referido adicional diz respeito somente a servidores que lograram incorporao de funo e chefia ou cargo de comisso e em nenhuma hiptese ser incorporado sob qualquer pretexto.

TTULO IV

Do Regime do TrabalhoCAPTULO I

Do Horrio e do PontoArt. 48 - Em relao jornada de trabalho, ficam assegurados os direitos adquiridos segundo a Constituio Federal. Art. 49 - A freqncia do servidor ser controlada: I - Pelo ponto; II - Pela forma determinada em regulamento aos servidores no sujeito ao ponto. 1 - Ponto o registro, mecnico ou no, que assinala o comparecimento do servidor ao servio e pelo qual se verifica, diariamente, a sua entrada e sada. 2 - Salvo nos casos do inciso II deste artigo, vedado dispensar o servidor do registro do ponto e abonar faltas ao servio.

CAPTULO II

Do Servio ExtraordinrioArt. 50 - A prestao de servios extraordinrios s poder ocorrer por expressa determinao do Prefeito Municipal ou Presidente da Cmara, no mbito de seus poderes, mediante solicitao fundamentada do chefe do servio ou de ofcio, respeitando o limite mximo de 3 (trs) horas por jornada de trabalho, exceto situaes especficas e extraordinrias.

CAPTULO III

Do Repouso Semanal jusbrasil.com.br//lei-5819-03-rio-gra

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06/08/2010 1 - A remunerao do dia de repouso corresponder um dia normal de trabalho.

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Art. 51 - O servidor ter direito a repouso remunerado, num dia de cada semana, preferencialmente aos domingos, bem como nos dias feriados civis e religiosos.

2 - Na hiptese de servidores com remunerao sobre servios extraordinrios, o valor do repouso corresponder ao valor total das horas extras trabalhadas no ms, dividido pelos dias teis e multiplicado pelos dias de repouso. 3 - O repouso semanal remunerado sobre servios extraordinrios deve ser considerado para incidncia em frias, gratificao de frias, gratificao de natal e licena prmio. Art. 52 - Perder a remunerao do repouso o servidor que tiver faltado ao servio, sem motivo justificado. Pargrafo nico - So motivos justificados, as concesses, licenas e afastamentos previstos em Lei, nas quais o servidor continuar com direito ao vencimento normal, como se em exerccio estivesse.

TTULO V

Dos Direitos e VantagensCAPTULO I

Do Vencimento e da RemuneraoArt. 53 - O vencimento bsico inicial a retribuio pecuniria pelo efetivo exerccio do cargo pblico, com respectivo valor fixado em Lei, o qual dever obedecer as normas preconizadas no artigo 7, inciso IV, e pargrafo 3 do art. 39, ambos da Constituio Federal, sendo que esta obedincia prevalecer para determinao do vencimento bsico inicial da categoria identificada pela Letra A, no Plano de Cargos dos Servidores, bem como sobre o primeiro nvel do plano de carreira do magistrio pblico municipal. Art. 54 - Vencimento Bsico o valor pecunirio atribudo para cada categoria e referncia, onde se enquadra o cargo do Servidor em funo de seu tempo de servio prestado a municipalidade. Art. 55 - Vencimentos a retribuio pecuniria constituda do vencimento bsico acrescido dos valores resultantes das vantagens fixas adquiridas em funo de leis pelo servidor. Art. 56 - Remunerao o vencimento bsico acrescido das vantagens pecunirias fixas e variveis auferidas pelo servidor pelo exerccio do cargo, estabelecidas em funo de lei. Pargrafo nico - A remunerao ou qualquer vantagem quando devida e no for percebida, esta dever ser paga desde a poca em que o mesmo teria direito, respeitada a prescrio, at a data de seu efetivo pagamento, monetariamente corrigida, utilizando-se para isso o ndice oficial do municpio para correo de seus tributos. Art. 57 - Proventos a remunerao integral ou complementar, pagos pelo municpio, ao servidor aposentado, em funo de direitos e vantagens regularmente adquiridas. Art. 58 - A remunerao bem como os proventos, no sero objetos de arrestos, seqestros ou penhoras. Art. 59 - Se o servidor na ativa vier a falecer fica assegurado aos dependentes a percepo dos saldos da remunerao mensal, da gratificao natalina, frias, gratificao de frias e a converso imediata em pecnia do saldo dos meses de licenas prmio por assiduidade que poderiam ser gozadas pelo servidor se vivo estivesse. Art. 60 - Nenhum servidor poder perceber mensalmente, a ttulo de remunerao ou subsdio, importncia maior do que a fixada como limite pela Constituio Federal. Pargrafo nico - Exclui-se do teto de remunerao as indenizaes com dirias de viagem e transporte, gratificao natalina, gratificao de frias, licena prmio por assiduidade e adicional de servios extraordinrios e seus reflexos. Art. 61 - O servidor no far jus; I - A remunerao dos dias em que faltar injustificadamente ao servio; II - A remunerao dos dias decorrentes de pena de suspenso; III - Ao repouso semanal remunerado em caso de suspenso de um dia ou faltas injustificadas; Art. 62 - Salvo para cumprimento de norma legal, ordem judicial ou autorizao individual do servidor, nenhum desconto incidir sobre a remunerao, provento, penso ou subsdio. 1 - Mediante autorizao do servidor, poder haver consignao em folha de pagamento em favor de terceiro, em at 20% (vinte por cento) do vencimento lquido. 2 - As reposies e indenizaes ao errio sero descontadas em parcelas mensais, no excedentes dcima parte da remunerao ou provento, excetuando-se aquelas decorrentes de dolo ou m f, quando apurada em processo disciplinar, ser reposta em uma s vez. 3 - O servidor em dbito com o errio que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, ter o prazo de sessenta dias para quitar o dbito, sob pena de inscrio em dvida ativa. Art. 63 - O servidor em dbito com o errio que for destitudo de cargo em comisso, ter que repor a quantia em uma s vez, sob pena de inscrio em dvida ativa.

CAPTULO II

Das VantagensArt. 64 - Alm do vencimento bsico, podero ser pagas ao servidor: I - Indenizaes; II - Gratificaes e adicionais; III - Progresso Horizontal. 1 - As indenizaes no se incorporam ao vencimento bsico, ou proventos para qualquer efeito. 2 - As gratificaes e os adicionais se incorporam ao vencimento bsico ou proventos nos casos e condies indicadas nesta Lei.

Seo I

Das IndenizaesArt. 65 - Como indenizaes, entendem-se: I - Ajuda de custo; II - Difcil acesso; III - Dirias; IV - Transporte.

Subseo I

Ajuda de CustoArt. 66 - Ajuda de custo destina-se a cobrir as despesas de viagem e instalao do servidor que for designado para exercer misso ou estudo fora do municpio, por tempo maior que quinze dias que justifique a mudana temporria de residncia. Pargrafo nico - A concesso da ajuda de custo ficar a critrio da autoridade competente que considerar, os aspectos relacionados com a distncia percorrida, o nmero de pessoas que acompanharam o servidor e a durao da ausncia. Art. 67 - A ajuda de custo no poder exceder o dobro dos vencimentos do servidor, salvo quando o deslocamento for para o exterior, caso em que poder ser at 4 (quatro) vezes os vencimentos, desde que arbitrada justificadamente.

Subseo II

Do Difcil AcessoArt. 68 - Aos servidores integrantes da rede municipal de ensino que trabalharem com habitualidade em locais de difcil acesso, devido uma indenizao, cujo valor e critrios so estabelecidos no plano de carreira do magistrio, conforme regulamentao.

Subseo III

Das DiriasArt. 69 - O servidor que a servio for autorizado a se deslocar para fora do Municpio ou para os Distritos fora da sede, far jus a dirias para cobrir as despesas que caracterizam a necessidade de pernoite e/ou alimentao. 1 - A diria ser concedida por dia de afastamento, sendo devida a metade quando o deslocamento no exigir pernoite fora da sede. 2 - Se o deslocamento do servidor constituir exigncia permanente do cargo, no far jus a diria. 3 - As dirias devero ser pagas no prazo mnimo de vinte e quatro horas antecedentes ao deslocamento. 4 - O servidor que receber dirias e no se deslocar, por qualquer motivo, fica obrigado a restitu-la integralmente no prazo de quarenta e oito horas, o mesmo ocorrendo na hiptese do servidor retornar em prazo inferior ao previsto para o seu afastamento, devendo devolver os valores recebidos em excesso.

Subseo IV

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06/08/2010 Do Transporte

Lei 5819/03 | Lei N 5819 de 07 de nov

Art. 70 - Transporte a indenizao de passagens para os deslocamentos do servidor a servio do municpio fora da sede ou municpio e somente ocorrer quando no forem feitos atravs de transporte pblico oferecido pelo Municpio.

Seo II

Das Gratificaes e AdicionaisArt. 71 - Alm do vencimento bsico e das vantagens previstas em Lei, sero deferidos aos servidores as seguintes gratificaes e adicionais: I - Gratificao pelo exerccio de Funo de Direo e Chefia - FDC; II - Adicional pelo exerccio de Cargo em Comisso ou de Funo de Direo e Chefia - AECCFDC; III - Gratificao Natalina - GN; IV - Gratificao de Frias - GF; V - Gratificao de Incentivo Funcional - GIF; VI - Adicional pelo Exerccio de Atividades com Risco de Vida ou Sade - ARVS; VII - Adicional pela Prestao de Servios Extraordinrios - HE; VIII - Adicional Noturno - ANOT; IX - Adicional pelo Exerccio de Direo e Vice-Direo de Unidades Escolares - ADVUE; X - Adicional pelo Exerccio de Atividades em Classes Especiais - ACE;

Subseo I

Da Gratificao Pelo Exerccio de Funo de Direo e ChefiaArt. 72 - Ao servidor investido em Funo de Direo e Chefia devido uma gratificao pecuniria pelo seu exerccio, cujos valores so estabelecidos em Lei; 1 - A gratificao prevista neste artigo no se incorpora remunerao dos servidores, com exceo dos atuais servidores, os quais tero respeitados seus direitos legalmente adquiridos, de acordo com artigo 257 desta Lei. 2 - No perder o direito de perceber a referida gratificao o servidor que se encontrar nas seguintes situaes: I - Frias; II - Licena Prmio por assiduidade; III - Recesso Escolar; IV - Licena para acompanhamento de pessoa doente na famlia; V - Licena para desempenho de Mandato Classista, observado o disposto no artigo 103 e seus pargrafos; VI - Licena para tratamento de sade; observado o disposto no artigo 212; VII - Licena gestante ou adotante e paternidade; observado o disposto nos artigos 115, inciso VI letra b, 221 e 222 e seus respectivos pargrafos; VIII - Licena por acidente em servio; 3 - No caso dos incisos II e IV do pargrafo segundo, o servidor perder o direito quando a mesma exceder a trinta dias. 4 - Quando mais de uma funo houver sido desempenhada no perodo, a importncia a ser incorporada ser a da funo exercida por maior tempo, de acordo com artigo 257 desta Lei. 5 - Na hiptese de nomeao de servidores efetivos para os Cargos em Comisso, Smbolo V, ou para os cargos de secretrios municipais, faculta aos mesmos a opo de percepo entre o valor do subsdio estabelecido e a Funo de Direo e Chefia smbolo X, cujo valor est estabelecido na respectiva tabela. Art. 73 - Caso haja impedimento do titular por perodo superior a quinze dias, admitir-se- substituio proporcionalmente remunerada.

Subseo II

Do Adicional Pelo Exerccio de Funo De Direo e Chefia.Art. 74 - Os servidores que j tiveram incorporado aos seus vencimentos ou salrios, valores referentes a cargos em comisso ou funo de direo e chefia de acordo com legislao existente, e estiverem exercendo ou virem a exercer funo de direo e chefia, passam a perceber pelo exerccio, o Adicional pelo Exerccio de Funo Direo e Chefia, em idnticos valores constantes na Lei que estabelece os valores das Funes de Direo e Chefia e Cargos em Comisso. 1 - No perder o direito de perceber o referido adicional previsto no caput deste artigo, o servidor que se encontrar nas condies previstas nos incisos do pargrafo segundo do artigo 72, desta lei, e o que possuir funo de direo e chefia ou cargo em comisso incorporados. 2 - No caso dos incisos II e IV do pargrafo segundo do artigo 72, o servidor perder o direito quando a mesma exceder 30 (trinta) dias. 3 - O adicional previsto neste artigo no se incorpora remunerao dos servidores.

Subseo III

Da Gratificao NatalinaArt. 75 - A Gratificao Natalina corresponde a um doze avos dos vencimentos que o servidor fizer jus no ms de dezembro, por ms de exerccio no respectivo ano, acrescidos da mdia fsica anual das vantagens variveis. 1 - Integraro a Gratificao Natalina, toda e quaisquer vantagens recebidas no decorrer do exerccio na proporo de um doze avos por ms de efetiva percepo, tomando-se por base os valores pagos no ms de dezembro do ano em curso. 2 - A frao igual ou superior a quinze dias considerada como ms integral. 3 - A gratificao ser paga at o vigsimo dia do ms de dezembro de cada ano, facultando-se ao municpio pagar de uma s vez ou antecipar uma primeira parcela no inferior metade dos vencimentos percebidos no ms do pagamento. 4 - Quando exonerado o servidor perceber sua gratificao natalina proporcionalmente aos meses de exerccio, calculada sobre os vencimentos acrescidos da mdia anual das vantagens variveis percebidas. 5 - devida a Gratificao Natalina a servidores aposentados e pensionistas.

Subseo IV

Da Gratificao de FriasArt. 76 - Ser assegurado ao servidor pblico a ttulo de gratificao de frias, a percepo do valor correspondente aos vencimentos acrescidos da mdia fsica das vantagens variveis no perodo aquisitivo do direito quando do gozo de frias. 1 - O valor da gratificao ser pago no ms anterior ao do gozo de frias e no ser inferior ao valor da ltima remunerao percebida pelo servidor. 2 - O gozo e a percepo da gratificao de frias sero simultneos e sujeitar-se-o escala previamente organizada pela administrao pblica, cuja cincia dar-se- num prazo mnimo de trinta dias. 3 - Quando aposentado ou exonerado, o servidor perceber sua gratificao de frias proporcional aos meses de exerccio. 4 - Quando o gozo de frias se der aps os doze meses subseqentes data em que tiver adquirido o direito frias, a gratificao deve ser paga em dobro.

Subseo V

Da Gratificao de Incentivo Funcional - GIFArt. 77 - Tem direito as Gratificaes de Incentivo Funcional - GIF, o servidor que possuir grau de escolaridade superior ao requisitado para o exerccio de seu cargo pblico, cujo conhecimento seja aplicado ao exerccio de suas atividades, exceto os professores. 1 - Para obteno da gratificao, dever ser apresentado requerimento a ser avaliado por Comisso Especial criada para tal fim, gerando efeitos pecunirios a contar do primeiro ms do exerccio seguinte ao de seu pedido. 2 - Os atuais servidores detentores do direito aos Graus II e/ou III, institudos pelas Leis 4.168/87 e 4.169/87, tm direito percepo da Gratificao de Incentivo Funcional na forma estabelecida no Plano de Cargos Empregos e Vencimentos dos Servidores Municipais. 3 - A Gratificao de Incentivo Funcional, independente do percentual, incorpora-se para fins de aposentadoria. 4 - Para obteno da Gratificao de Incentivo Funcional no poder se utilizar titulao que proporcionou a percepo de vantagem de idntico fundamento, ou que foi apresentada como ttulo em Concurso Pblico. 5 - O pagamento das Gratificaes de Incentivo Funcional ser realizado atravs de quantitativo autnomo.

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06/08/2010Subseo VI

Lei 5819/03 | Lei N 5819 de 07 de nov

Do Adicional Pelo Exerccio de Atividades Com Risco de Vida ou SadeArt. 78 - Compreende-se como atividades de risco a vida ou sade, as atividades que por sua natureza, condies ou mtodos de trabalho, expem o servidor insalubridade, periculosidade ou penosidade. Pargrafo nico - Os locais e condies insalubres sero definidos por avaliao de peritos da rea de segurana do trabalho. Art. 79 - O adicional de risco sade decorrente de insalubridade ser de 40 % (quarenta por cento) se no grau mximo, 20% (vinte por cento) se no grau mdio e 10% (dez por cento) se no grau mnimo, cujos percentuais sero incidente sobre o vencimento bsico inicial da categoria. Art. 80 - O adicional de risco de vida decorrente de periculosidade ser devido aos servidores cujas atividades impliquem em contato permanente ou habitual com inflamveis ou explosivos, equipamentos ou instalaes eltricas e atividade com agentes ionizantes, Raio-X, sendo devido no percentual de 30% (trinta por cento) do vencimento bsico inicial da categoria. Art. 81 - O adicional de risco de vida decorrente de atividades penosas, consideradas aquelas realizadas por quem estiver no exerccio das atribuies dos cargos de zelador, vigilante e agente de trnsito, ser de 30% (trinta por cento) sobre o vencimento bsico inicial da categoria. Art. 82 - Para definies de quais atividades e condies de trabalho, se caracterizam como insalubres e ou perigosas sero aplicadas as normas legais e regulamentares aos trabalhadores em geral e calculados com base nos percentuais supra mencionados. Art. 83 - Ao executar servios extraordinrios o servidor ou empregado far jus a percepo dos adicionais previsto nos artigos 79, 80 e 81, sobre a carga horria. Art. 84 - O servidor no exerccio simultneo de atividades com risco de sade ou vida, dever optar pelo adicional que lhe for mais favorvel, sendo vedada a percepo cumulativa. Art. 85 - Aos servidores em atividades com risco de vida ou sade, dever ser fornecido Equipamentos de Proteo Individual - EPIs adequados, caso contrrio estes ficam desobrigados do cumprimento dessas tarefas. 1 - O uso adequado de EPIs, poder reduzir ou eliminar o percentual correspondente ao adicional de risco sade, de acordo com laudo pericial especfico. 2 - Importa em crime de responsabilidade s chefias que obrigarem o servidor a exposio de risco de vida ou sade sem o fornecimento de EPIs. 3 - A servidora gestante ou lactante que atuar em locais considerados com risco de vida e sade, enquanto durar a gestao e a lactao, ser protegida por legislao especfica. Art. 86 - Quando constatado o direito de percepo do adicional, o pagamento contar da data do incio do exerccio na respectiva atividade. Art. 87 - Os locais de trabalho e os servidores que operarem com Raio-X ou substncias radioativas sero mantidos sob controle permanente, de acordo com legislao especfica.

Subseo VII

Do Adicional Pela Prestao de Servios ExtraordinriosArt. 88 - O servio extraordinrio ser remunerado com acrscimo de 50% (cinqenta por cento) em relao a hora normal de trabalho, com exceo dos sbados, domingos, feriados e pontos facultativos, cujo servio extraordinrio ser remunerado com acrscimo de 100% (cem por cento) em relao a hora normal de trabalho. 1 - O clculo do valor do adicional pela prestao de servio extraordinrio levar em conta o vencimento bsico acrescido do valor do cargo em comisso incorporado ou da Gratificao da funo de direo e chefia incorporada ou em exerccio, ou ainda o adicional pelo exerccio de funo de direo e chefia, sempre sendo considerados os maiores valores das referidas funes. 2 - A jornada extraordinria deve ser computada pela mdia aritmtica para fins de integrao em frias, gratificao de frias, gratificao natalina e licena prmio por assiduidade quando revertida em pecnia, observando os respectivos perodos aquisitivos, bem como os reflexos dos percentuais previstos nos artigos 79, 80 e 81. Art. 89 - Todo lapso temporal no rotineiro considerado como jornada extraordinria.

Subseo VIII

Do Adicional NoturnoArt. 90 - O servio noturno prestado em horrio compreendido entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte, far jus a um adicional de 25% (vinte e cinco por cento), computando-se para tal a hora do trabalho noturno em 52`30`` (cinqenta e dois minutos e trinta segundos). 1 - Em se tratando de servio noturno, o acrscimo de que trata este artigo incidir sobre o direito previsto nos artigos 79, 80, 81. 2 - O adicional noturno no poder ser incorporado em hiptese alguma aos vencimentos, devendo ser computado para fins de integrao em frias, gratificao de frias, gratificao natalina, licena prmio, repouso remunerado e para fins de aposentadoria. 3 - O Adicional Noturno ser calculado sobre a hora normal correspondente ao vencimento bsico.

Subseo IX

Do Adicional Pelo Exerccio de Direo e Vice-Direo de Unidades EscolaresArt. 91 - O referido adicional definido no plano de carreira do magistrio municipal.

Subseo X

Do Adicional Pelo Exerccio de Atividades em Classes EspeciaisArt. 92 - O referido adicional definido no plano de carreira do magistrio municipal.

Seo III

Da Progresso HorizontalArt. 93 - O servidor faz jus a progresso de forma horizontal no interstcio temporal de 3 (trs) em 3 (trs) anos, com uma elevao salarial no percentual de 10% (dez por cento) a incidir sobre o vencimento bsico inicial de cada categoria funcional, sendo que ao completar 30 (trinta) anos de servio pblico, ter o teto limitado a 100% (cem por cento) na forma da tabela expositiva de clculos dos vencimentos, integrante do Plano de Cargos, Empregos e Vencimentos dos Servidores Municipais. Pargrafo nico - Ao completar cada interstcio de 3 (trs) anos, o servidor ter fixado seu novo vencimento bsico, de forma automtica, independente de requerimento e sobre este incidiro todas as suas demais vantagens.

CAPTULO III

Das FriasSeo I

Do Direito a Frias e de Sua DuraoArt. 94 - O servidor far jus a 30 (trinta) dias consecutivos de frias, concedida em um s perodo, nos 11 (onze) meses subseqentes data em que tiver adquirido o direito, cuja remunerao definida pelos vencimentos acrescidos da mdia fsica das vantagens variveis percebidas referente ao perodo aquisitivo. 1 - A concesso das frias, mencionado o perodo de gozo, ser participada por escrito ao servidor com antecedncia mnima de 15 (quinze) dias, cabendo a este assinar a respectiva notificao. 2 - Aos membros do magistrio municipal com regncia de classe, no aplicar-se- o prazo de gozo previsto no caput, sendo-lhes garantido os regramentos definidos no plano de carreira prprio. 3 - Os membros do magistrio faro jus a frias proporcionais coincidentes ao primeiro recesso escolar posterior ao seu ingresso no servio pblico, iniciando-se novo perodo aquisitivo. 4 - Aps cada perodo de 12 (doze) meses de servio, o servidor ter direito a frias, na seguinte proporo: I - Trinta dias corridos, quando no houver mais de cinco faltas injustificadas ao servio; II - Vinte e quatro dias corridos, quando houver de seis a quatorze faltas; III - Dezoito dias corridos, quando houver de quinze a vinte e trs faltas; IV - Doze dias corridos, quando houver de vinte e quatro a trinta e duas faltas; V - A partir de trinta e trs faltas, perder o direito ao gozo de frias e percepo da respectiva gratificao; VI - Na hiptese dos incisos II a IV, o servidor receber um tero de acordo com a Constituio Federal da remunerao na proporcionalidade verificada, no fazendo jus a gratificao prevista no artigo 76. 5 - Aos membros do magistrio que exercerem regncia de classe, em caso de faltas ao trabalho, ser aplicado como critrio para perodo de gozo, a proporcionalidade em relao aos critrios adotados no incisos do pargrafo anterior. 6 - No sero consideradas faltas ao servio as concesses, licenas e afastamentos previstos em lei. Art. 95 - O servidor que permanecer em auxilio doena ou acidente, por mais de doze meses contnuos ou alternados no perodo consecutivo no far jus a concesso de frias. 1 - Prorroga-se por igual perodo o direito a frias do servidor que no perodo aquisitivo tiver gozado licena no que trata o artigo 96 inciso I, excedendo o prazo de trs meses alternados ou contnuos. 2 - No far jus a frias o servidor que no perodo aquisitivo tiver gozado, licena que trata o artigo 96, inciso II e VI, excedendo a trinta e trs dias.

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06/08/2010CAPTULO IV

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3 - As frias somente podero ser suspensas por motivo de calamidade pblica, comoo interna ou por motivo de superior interesse pblico, por ato devidamente motivado.

Das LicenasSeo I

Disposies GeraisArt. 96 - Conceder-se- ao servidor, licena: I - Por motivo de comprovada necessidade de acompanhamento de pessoa doente na famlia; II - Para tratar de interesses particulares; III - Para concorrer e exercer cargos eletivos; IV - Prmio por assiduidade; V - Para desempenho de mandato classista; VI - Por motivo do afastamento do cnjuge ou companheiro. 1 - O servidor no poder permanecer em licena por perodo superior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo nos casos dos incisos III e V. 2 - Somente sero concedidas novas licenas previstas nos incisos II e VI, depois de transcorridos 2 (dois) anos da anteriormente concedida. 3 - Somente ser concedida nova licena prevista no inciso I, depois de transcorridos 12 (doze) meses da anteriormente concedida.

Subseo I

Da Licena Por Motivo de Comprovada Necessidade de Acompanhamento de Pessoa Doente na FamliaArt. 97 - Poder ser concedida licena ao servidor por motivo de doena do cnjuge ou companheiro, ascendente ou descendente, at o primeiro grau da ordem sucessria civil, ou menor sob guarda ou tutela, desde que devidamente comprovada a doena e a necessidade de acompanhamento por laudos fornecidos respectivamente por junta mdica e assistente social, ambos do Municpio. 1 - A licena somente ser deferida se assistncia direta do servidor for indispensvel e no poder ser prestada simultaneamente com o exerccio do cargo o que dever ser apurado, atravs de acompanhamento pela administrao municipal. 2 - Quando se tratar de assistncia em outro municpio o servidor trar laudo mdico e apresentar junta mdica do municpio para homologao. 3 - A licena de que trata o caput deste artigo ser concedida com remunerao integral do ms anterior ao do afastamento, por um perodo de trs meses. Excedendo este prazo, at seis meses, com desconto de 1/3 (um tero) da remunerao, entre seis e doze meses, desconto de 2/3 (dois teros) da remunerao e sem qualquer nus para o Municpio, a partir do dcimo terceiro ms. 4 - A avaliao por junta mdica e assistente social ser procedida aps cada perodo de trs meses.

Subseo II

Da Licena Para Tratar de Interesses ParticularesArt. 98 - A critrio da administrao municipal, poder ser concedida, ao servidor estvel, licena para o trato de assuntos particulares, pelo prazo de at dois anos consecutivos, sem remunerao. 1 - A licena poder ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor. 2 - vedada a concesso ao servidor que esteja em estgio probatrio. 3 - No ser concedida nova licena antes de dois anos do trmino ou interrupo da anterior.

Subseo III

Da Licena Para Concorrer e Exercer Cargo PolticoArt. 99 - O servidor ter direito licena remunerada nas condies que a legislao eleitoral estabelecer. 1 - Salvo disposio diversa em Lei Federal, o servidor far jus a licena remunerada, com vencimentos integrais a partir do registro de sua candidatura a cargo eletivo perante a justia eleitoral, at o terceiro dia seguinte ao do pleito. 2 - O servidor candidato a cargo eletivo e que exercer cargo ou funo de direo, chefia, assessoramento, arrecadao ou fiscalizao, dele ser afastado a partir do dia imediato ao registro de sua candidatura perante a justia eleitoral, at o dia seguinte ao pleito. 3 - O servidor ter direito a licena nas condies que a lei eleitoral estabelecer.

Subseo IV

Da Licena Prmio Por AssiduidadeArt. 100 - Aps cada qinqnio ininterrupto de exerccio, o servidor far jus a trs meses de licena a ttulo de prmio por assiduidade, excetuando-se aquele servidor beneficiado pelo artigo 144. 1 - A licena poder ser gozada ou convertida em pecnia, com direito a remunerao calculada pela mdia das ltimas doze remuneraes do servidor anteriores ao gozo, ou se em pecnia, anteriores ao pagamento. 2 - Quando o servidor vir a aposentar-se por invalidez, o mesmo ter direito a licena prmio por assiduidade convertida em pecnia que deve ser paga no ato da aposentadoria. 3 - Caso o servidor no usufrua desta Licena at a sua aposentadoria, o total da ou das mesmas, sero convertidas em pecnia e pagas no ato da aposentadoria. 4 - A apurao do tempo de servio feita a partir do ingresso no servio pblico municipal. Art. 101 - No ser concedida a licena prmio por assiduidade a quem, no perodo aquisitivo afastar-se do cargo em virtude de: a) Licena para tratar de interesses particulares; b) Restrio de sua liberdade por ato judicial; c) Afastamento para acompanhar cnjuge ou companheiro. Pargrafo nico - As faltas ao servio retardaro a concesso da licena prevista nesse artigo na proporo de seis meses para cinco faltas injustificadas ou a cada 5 (cinco) dias de penalidades no perodo aquisitivo Art. 102 - O nmero de servidores em gozo simultneo de licena prmio por assiduidade no poder exceder a 1/5 (um quinto) da lotao da respectiva unidade ou setor do rgo ou entidade, cuja preferncia dar-se- pelo de maior tempo de servio.

Subseo V

Da Licena Para Desempenho de Mandato ClassistaArt. 103 - assegurado a licena para o desempenho de mandato em sindicato representativo da categoria ou entidade sindical de grau superior dos servidores municipais, garantida a remunerao, os direitos, a jornada de trabalho, a efetividade, os reajustes e as reposies salariais, as vantagens e reclassificaes do cargo e o tempo de servio, como se no efetivo exerccio estivesse. 1 - Podero ser licenciados servidores eleitos para cargos de direo e representao sindical at o mximo de cinco por entidade, na mesma base territorial. 2 - A licena ter durao igual a do mandato, podendo ser prorrogada no caso de reeleio.

Subseo VI

Por Motivo do Afastamento do Cnjuge ou CompanheiroArt. 104 - Poder ser concedida a licena, sem qualquer nus para o municpio, ao servidor, para acompanhar cnjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do territrio nacional ou para o exterior, pelo prazo mximo de 24 (vinte e quatro) meses.

CAPTULO V

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06/08/2010 Dos AfastamentosSeo I

Lei 5819/03 | Lei N 5819 de 07 de nov

Do Afastamento Para Servir a Outro rgo ou EntidadeArt. 105 - O servidor poder afastar-se para ter exerccio em outro rgo ou entidade dos poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, nas seguintes hipteses: I - Para exerccio de cargo em comisso ou funo de confiana; II - Em casos previstos em Lei especfica. 1 - Na hiptese do inciso I deste artigo, o nus da remunerao ser do rgo ou entidade para qual foi destinado, salvo a existncia de Convnio especfico entre as partes adequado a Lei Complementar No. 101/2000. 2 - A cesso faz-se mediante portaria. 3 - Mediante autorizao expressa do Prefeito, o servidor do Poder Executivo, poder ter exerccio em outro rgo da administrao municipal indireta e economia mista, para fim determinado e prazo certo. 4 - No ser concedido o afastamento dos servidores que estiverem em estgio probatrio, exceto no mbito dos Poderes Municipais e para o exerccio de seu cargo pblico, no interrompendo o perodo de estgio. 5 - Os servidores municipais podero ser cedidos nos casos de convnios, por relevante interesse pblico, com remunerao a conta do municpio.

Seo II

Do Afastamento Para Exerccio de Mandato EletivoArt. 106 - Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as disposies previstas no artigo 38 da Constituio Federal.

Seo III

Do Afastamento Para Estudo ou Misso EspecialArt. 107 - O servidor no poder ausentar-se do Municpio para estudo ou misso especial sem autorizao do Prefeito Municipal ou do Presidente da Cmara, respeitado o mbito de competncia. l - A ausncia no exceder a 4 (quatro) anos. Finda a misso ou estudo, somente decorrido igual perodo, ser permitido novo afastamento. 2 - Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo, no ser concedida exonerao ou licena para tratar de assunto particular, exceto sade prpria antes de decorrido perodo igual ao do afastamento, ressalvada a hiptese de ressarcimento da despesa, havida com seu afastamento. Art. 108 - O servidor ao se afastar de suas funes, ficam assegurados seus vencimentos para freqncia de cursos de formao, aperfeioamento ou especializao profissional no existente nesse municpio. Art. 109 - A licena de que trata esta Seo, somente poder ser concedida mediante prvia assinatura do termo de compromisso em que o servidor se obrigue a prestar servio ao Municpio na rea de qualificao obtida, por prazo mnimo igual ao da durao do afastamento, sob pena de restituir aos cofres pblicos a remunerao percebida.

CAPTULO VI

Das ConcessesArt. 110 - Sem qualquer prejuzo, ser facultado ao servidor ausentar-se do servio: I - Por 02 (dois) dias, em cada 12 (doze) meses de trabalho para doao de sangue; II - Por 09 (nove) dias consecutivos em razo de: a) - Casamento; b) - Falecimento do cnjuge, companheiro, ascendente ou descendente at o primeiro grau da ordem sucessria civil, irmos e menor sob tutela, bem como no caso de dependentes devidamente comprovado. III - Por 2 (dois) dias para renovao da carteira nacional de habilitao, para aquele que estiver no efetivo exerccio da funo de motorista ou operador de mquina. Art. 111 - Ser concedido horrio especial ao servidor, regularmente matriculado em estabelecimento de ensino fundamental mdio ou superior, bem como no ensino tcnico profissional, quando comprovada a incompatibilidade entre o horrio escolar e o da repartio, sem prejuzo do exerccio do cargo, mediante compensao de horrio. Art. 112 - Nenhum desconto sofrer em sua remunerao o servidor regularmente matriculado em estabelecimento oficial de ensino fundamental mdio ou superior, bem como ensino tcnico profissional, por motivo de afastamento do servio durante os dias de provas parciais e finais a que estiverem sujeitos nesses institutos e devidamente comprovados, mediante compensao de horrio. 1 - Tambm ser concedido o horrio especial ao servidor com necessidade especial, quando comprovada por junta mdica oficial, mediante compensao de horrio. 2 - As disposies do pargrafo primeiro so extensivas ao servidor que tenha cnjuge, filho ou dependente com necessidades especiais, exigindo-se, tambm, neste caso, compensao de horrio.

CAPTULO VII

Do Tempo de ServioArt. 113 - A apurao do tempo de servio ser feita em dias, que sero convertidos em anos considerando o ano de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias. Art. 114 - E contado para todos os efeitos, o tempo de efetivo exerccio no servio pblico municipal, com exceo no disposto no artigo 98 desta Lei. Art. 115 - Alm das ausncias ao servio, previstas no artigo 110 e na Constituio Federal, so considerados, como efetivo exerccio, os afastamentos em virtude de: I - Frias; II - Participao em programa de treinamento regularmente institudo; III - Desempenho de mandato eletivo Federal, Estadual e Municipal; IV - Jri e outros servios obrigatrios por Lei; V - Misso ou estudo quando autorizado afastamento; VI - Licenas: a) - gestante e a adotante; b) - Paternidade, por 08 (oito) dias; c) - Para tratamento da prpria sade, ou por motivo de acidente de trabalho ou doena profissional; d) - Para desempenho de mandato classista; e) - Licena prmio por assiduidade; f) - Gala 09 (nove) dias; g) - Nojo 09 (nove) dias; VII - Convocao para prestar servio militar VIII - Participao em competio desportiva nacional, estadual e municipal, ou convocao para integrar representao desportiva nacional, no pas ou no exterior, conforme disposto em Lei especfica. Art. 116 - Considerar-se- para efeito de aposentadoria, complementao de aposentadoria e disponibilidade: I - O tempo de servio pblico prestado Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios anteriores ao ingresso no servio pblico municipal; II - A licena para concorrer a cargo poltico; III - O tempo de servio em atividade privada, vinculada Previdncia Social. IV - O tempo de servio militar. V - O tempo que o servidor esteve em disponibilidade remunerada 1 - vedada a contagem de tempo de servio, prestado concomitantemente em mais de um cargo ou funo de rgo ou entidade dos poderes da Unio, Estados e Municpios, Autarquias, Fundao Pblica, Sociedade de Economia Mista e Empresa Pblica. 2 - Para efeito de disponibilidade ser computado o tempo de servio pblico Federal, Estadual ou Municipal.

CAPTULO VIII

Do Direito de PetioArt. 117 - assegurado ao servidor o direito de requerer, pedir reconsiderao, recorrer e representar, em defesa de direito ou de interesse legtimo. Pargrafo nico - As peties, salvo determinao expressa em Lei ou regulamento, sero dirigidas ao Prefeito Municipal ou Presidente da Cmara de Vereadores e tero deciso final no prazo de 30 (trinta) dias.

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Pargrafo nico As peties, salvo determinao expressa em Lei ou regulamento, sero dirigidas ao Prefeito Municipal ou Presidente da Cmara de Vereadores e tero deciso final no prazo de 30 (trinta) dias. Art. 118 - O pedido de reconsiderao dever conter novos argumentos ou provas suscetveis de reformar o despacho, a deciso ou ato. Pargrafo nico - O pedido de reconsiderao, que no poder ser renovado ser submetido autoridade que houver prolatado o despacho, proferido a deciso ou praticado o ato. Art. 119 - Caber recurso ao Prefeito ou Presidente da Cmara de Vereadores, como ltima instncia administrativa, sendo indelegvel sua deciso. Pargrafo nico - Ter carter de recurso o pedido de reconsiderao, quando o prolator do despacho, deciso ou ato houver sido o Prefeito ou Presidente da Cmara de Vereadores. Art. 120 - O prazo para interposio de reconsiderao ou de recurso de 30 (trinta) dias, a contar da cincia, pelo interessado, da deciso recorrida. Pargrafo nico - O pedido de reconsiderao e o recurso no tero efeito suspensivo e, se provido, seus efeitos retroagiro data do ato impugnado. Art. 121 - O direito de requerer prescreve: I - Em 05 (cinco) anos, quanto aos atos de demisso e de cassao de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e crditos resultantes de trabalho; II - Em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em Lei. Pargrafo nico - O prazo de prescrio ser contado da data da publicao do ato impugnado ou da data da cincia pelo interessado, quando o ato no for publicado. Art. 122 - O pedido de reconsiderao e o recurso, quando cabveis, interrompem a prescrio. Art. 123 - A prescrio de ordem pblica, no podendo ser relevada pela administrao. Art. 124 - assegurado o direito de vistas do processo ou documento ao servidor ou representante legal, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas da data da solicitao. Art. 125 - A representao ser dirigida ao chefe imediato do servidor que, se a soluo no for de sua alada, encaminhar a quem de direito.

Lei 5819/03 | Lei N 5819 de 07 de nov

Pargrafo nico - Se no for dado andamento representao, dentro do prazo de 5 (cinco) dias, poder o servidor dirigi-la direta e sucessivamente s chefias superiores. Art. 126 - assegurado o direito de vistas ou cpia do processo s expensas do servidor ou representante legal, pelo prazo de cinco dias. Art. 127 - A administrao poder rever seus atos, a qualquer tempo, quando derivados de ilegalidade, preservando sempre o direito a ampla defesa, quando tal ato atingir a vida funcional do servidor. Art. 128 - So improrrogveis os prazos estabelecidos neste captulo.

TTULO VI

Do Regime DisciplinarCAPTULO I

Dos DeveresArt. 129 - So deveres do servidor: I - Exercer com zelo e dedicao as atribuies do cargo; II - Ser leal s instituies a que servir ; III - Observar as normais legais e regulamentares; IV - Cumprir as normas superiores, exceto quando manifestamente ilegais; V - Atender com presteza: a) Ao pblico em geral, prestando as informaes requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; b) A expedio de certides, requeridas para a defesa de direito ou esclarecimento de situaes de interesse pessoal; c) As requisies para a defesa da fazenda pblica; VI - Levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver cincia em razo do cargo; VII - Zelar pela economia do material e conservao do patrimnio pblico; VIII - Zelar pelo carter pblico e social de seu setor; IX - Manter conduta compatvel com a moralidade administrativa; X - Ser assduo e pontual ao servio; XI - Tratar com urbanidade as pessoas; XII - Representar contra a ilegalidade, abuso de poder ou omisso pelo no cumprimento de dever ou obrigao oriunda de lei; a) A representao que trata o inciso XII deste artigo, ser encaminhada pela via hierrquica e apreciada pela Autoridade superior quela contra qual formulada, assegurando-se ao representado ampla defesa; b) Ser considerado co-autor o superior hierrquico que, recebendo denncia ou representao a respeito de irregularidade no servio ou da falta cometida por servidor, deixa de tomar as providncias necessrias a sua apurao. XIII - Apresentar-se ao servio em boas condies de asseio e convenientemente trajado ou com o uniforme que for determinado. XIV - Observar as normas de segurana e medicina do trabalho estabelecidas, bem como o uso obrigatrio dos equipamentos de proteo individual (EPI), que lhe forem fornecidos; XV - Manter o esprito de cooperao e solidariedade com os colegas de trabalho; XVI - Freqentar cursos e treinamentos institudos para seu aproveitamento e especializao; XVII - Sugerir providncias tendentes a melhoria ou aperfeioamento dos servios.

CAPTULO II

Das ProibiesArt. 130 - proibido ao servidor qualquer ao ou omisso capaz de comprometer a dignidade e o decoro da funo pblica, ferir a disciplina e a hierarquia, prejudicar a eficincia do servio ou causar dano Administrao Pblica, especialmente: I - Ausentar-se do servio durante o expediente sem prvia autorizao do chefe imediato, salvo necessidade imperiosa, devidamente justificada e comprovada em 24 horas; II - Retirar, sem prvia autorizao da Autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartio; III - Recusar f a documentos pblicos; IV - Opor resistncia injustificada ao andamento de processo ou execuo de servio bem como protelar injustificadamente a concluso de sindicncia ou processos administrativos do qual faa parte como presidente ou membro; V - Cometer, a pessoa estranha repartio, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuio que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; VI - Coagir, aliciar ou coibir subordinados no sentido de filiarem-se associao profissional ou sindical ou partido poltico; VII - Manter sob sua chefia imediata, em cargo ou funo de confiana, cnjuge, companheiro ou parente at segundo grau da ordem sucessria civil, exceto se servidor; VIII - Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da funo pblica; IX - Participar de gerncia ou administrao de empresa privada, de sociedade civil, ou exercer comrcio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou inativo; X - Atuar como procurador ou intermedirio, junto a reparties pblicas, salvo quando se tratar de benefcios previdencirios ou assistenciais de parentes at o segundo grau, ou de cnjuge ou companheiro; XI - Receber propina, comisso, ou vantagens de qualquer espcie, em razo de suas atribuies; XII - Aceitar comisso ou emprego de estado estrangeiro; XIII - Praticar usura sob qualquer de suas formas; XIV - Proceder de forma desidiosa no desempenho de suas funes; XV - Utilizar pessoal ou recursos materiais da repartio em servios, atividades particulares ou polticas, bem como influenciar empresas prestadoras de servio municipalidade no sentido de assim proceder; XVI - Cometer a outro servidor atribuies estranhas ao cargo que ocupa exceto em situaes de emergncias e transitrias; XVII - Exercer, mesmo fora do horrio de expediente, cargo ou funo em empresa, estabelecimento ou instituio que tenha relaes com o municpio em matria que se relacione com a finalidade da repartio em que esteja lotado ou exercendo suas atividades; XVIII - Participar de atos de sabotagem contra o servio pblico; XIX - Ingerir bebida alcolica ou drogar-se durante o horrio de trabalho, bem como se apresentar em estado de embriaguez ou drogado ao servio; Pargrafo nico - Na hiptese de violao do disposto no inciso XIX deste artigo, por comprovado motivo de dependncia, o servidor dever obrigatoriamente ser encaminhado a tratamento mdico especializado, a cargo da Secretaria Municipal de Sade. Art. 131 - E licito ao servidor criticar atos do poder pblico, respondendo porm, civil ou criminalmente na forma da legislao aplicvel, se de sua conduta resultar delito penal ou dano moral.

CAPTULO III

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06/08/2010 Da AcumulaoArt. 132 - vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos, exceto, quando houver compatibilidade de horrio: a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro tcnico ou cientifico; c) outras situaes previstas na Constituio Federal.

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1 - E vedada a percepo simultnea de proventos de aposentadoria decorrente dos artigos 40, 42 e 142 da Constituio Federal, com a remunerao de cargos, empregos ou funo pblica, ressalvados os cargos acumulveis na forma do caput, dos cargos eletivos e os cargos em comisso declarados em Lei da livre nomeao e exonerao. 2 - A proibio de acumular estende-se a empregos e funes e abrange autarquias fundaes, empresas pblicas, sociedades de economia mista suas subsidiarias e sociedades controladas diretas ou indiretamente, pelo poder pblico. 3 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, da Constituio Federal, soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulao de cargos ou empregos pblicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuio para o regime geral de previdncia social, e ao montante resultante da adio de proventos de inatividade com cargo acumulvel, cargo em comisso e de cargo eletivo.

CAPTULO IV

Das ResponsabilidadesArt. 133 - O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exerccio irregular de suas atribuies. Art. 134 - A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte prejuzo ao errio ou a terceiros. 1 - A indenizao do prejuzo dolosamente causado ao errio somente ser liquidada na forma prevista no artigo 62, 2, na falta de outros bens que assegurem a execuo do dbito pela via judicial. 2 - Tratando-se de dano causado a terceiros, responder, o servidor, perante a Fazenda Pblica em ao regressiva, sem prejuzo de outras medidas judiciais e cabveis. 3 - A obrigao de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles ser executada, at o valor da herana recebida. Art. 135 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenes imputadas ao servidor. Art. 136 - A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou funo pblica. Art. 137 - As sanes civis, penais e administrativas podero cumular-se, sendo independentes entre si. Art. 138 - A responsabilidade civil ou administrativa do servidor ser afastada no caso de absolvio criminal definitiva que negue a existncia do fato ou sua autoria.

CAPTULO V

Das PenalidadesArt. 139 - So penalidades disciplinares: I - Advertncia; II - Suspenso; III - Demisso; IV - Cassao de aposentadoria ou disponibilidade; V - Destituio de cargo ou funo de confiana. Art. 140 - Na aplicao das penalidades sero consideradas a natureza e a gravidade da infrao cometida, os danos que dela provierem para o servio pblico, as circunstncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais. Art. 141 - No poder ser aplicado mais de uma pena disciplinar pela mesma infrao. Pargrafo nico - No caso de infraes simultneas, a maior absorve as demais, funcionando estas como agravantes na gradao da penalidade. Art. 142 - A advertncia ser aplicada por escrito, nos casos de violao de proibio constante do artigo 130, incisos I VII e de inobservncia de dever funcional previsto em lei, regulamentao ou norma, que no justifique imposio de penalidade mais grave. Art. 143 - A suspenso ser aplicada em caso de reincidncia das faltas punidas com advertncia e de violao das demais proibies que no caracterizem infrao sujeita a penalidade de demisso, no podendo exceder de 60 (sessenta) dias. Pargrafo nico - Ser punido com suspenso de 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeo mdica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinao. Art. 144 - As penalidades de advertncia e suspenso tero seus registros cancelados, aps o decurso de 3 (trs) e 5 (cinco) anos de efetivo exerccio, respectivamente, se o servidor no houver, neste perodo, praticado nova infrao disciplinar. Art. 145 - A demisso ser aplicada nos seguintes casos: I - Crime contra a administrao pblica; II - Abandono de cargo; III - Inassiduidade habitual; IV - Insubordinao grave em servio; V - Incontinncia pblica e conduta escandalosa, na repartio; VI - Ofensa fsica, em servio, a servidor ou a particular, salvo em legtima defesa prpria ou de outrem; VII - Aplicao irregular de dinheiro pblico; VIII - Revelao de segredo do qual se apropriou em razo do cargo salvo quando se tratar de depoimento em processo judicial, policial ou administrativo disciplinar; IX - Leso aos cofres pblicos e dilapidao do patrimnio pblico, em razo do cargo; X - Corrupo; XI - Transgresso dos incisos VIII, X, XI, XIII, XIV, XV, XVI, XVII e XVIII do artigo 130; XII - Acumulao ilegal de cargos, empregos ou funes pblicas; XIII - Improbidade administrativa; XIV- Condenao em sentena transitada em julgado com pena de deteno ou recluso superior a 2 (dois) anos. Art. 146 - A acumulao de que trata o inciso XII do artigo anterior acarreta a demisso de um dos cargos, empregos ou funes, dando aos servidores o prazo de 5 (cinco) dias para opo. 1 - Se comprovada que a acumulao se deu por m f, no mbito municipal o servidor ser demitido e obrigado devolver o que houver recebido aos cofres pblicos. 2 - Na hiptese do pargrafo anterior sendo um dos cargos, emprego ou funes exercidas na Unio, nos Estados, no Distrito Federal ou em outro municpio, a demisso ser comunicada ao outro rgo ou entidade onde ocorre a acumulao. Art. 147 - A demisso nos casos dos incisos VII, IX, X, XI, XII e XIII do artigo 145, implicar a ao penal cabvel. Art. 148 - Configura abandono de cargo a ausncia intencional ou injustificada, do servidor ao servio por mais de trinta dias consecutivos. Art. 149 - Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao servio sem causa justificada, por sessenta dias, intercaladamente, durante o perodo de doze meses. Art. de="[ATO][0][][][][][150]" codeIdent="6278">150 - O ato de imposio de penalidade mencionar o fundamento legal e a causa da sano disciplinar. Art. 151 - Ser cassada a aposentadoria, disponibilidade ou complementao de aposentadoria do inativo que houver praticado na atividade falta punvel com pena de demisso, aps sentena judicial, transitada em julgado Art. 152 - A pena de destituio de funo de confiana ser aplicada: I - Quando se verificar falta de exao no seu desempenho; II - Quando for verificado que, por negligncia ou benevolncia o servidor contribui para que no se apurasse no devido tempo irregularidade no servio. Pargrafo nico - A penalidade no implicar perda do cargo . Art. 153 - Para aplicao das penas disciplinares so competentes, o Prefeito e o Presidente da Cmara de Vereadores e dirigentes de autarquias, podendo, nos casos de suspenso e advertncia, ser delegado aos Secretrios Municipais. Pargrafo nico - As penas superiores a 7 (sete) dias, necessariamente devero ser precedidas de processo disciplinar, as quais somente podero ser aplicadas depois de esgotadas todas as fases, e se cumprir por ato do Prefeito Municipal ou do Presidente da Cmara Municipal. Art. 154 - No poder retornar ao servio pblico, o servidor que for demitido por desrespeito ao artigo 145. Art. 155 - A pena de destituio de funo de confiana implicar na impossibilidade de ser investido em funes desta natureza durante o perodo de 8 (oito) anos a contar do ato de punio. Art. 156 - As penalidades aplicadas ao servidor sero registradas em sua ficha funcional. Art. 157 - A ao disciplinar prescrever: I - Em 05 (cinco) anos, quanto s infraes punveis com demisso, cassao de aposentadoria ou disponibilidade e destituio de direo e chefia; II - Em 45 (quarenta e cinco) dias, quanto a suspenso; III - Em 15 (quinze) dias, quanto a advertncia. 1 - O prazo de prescrio comea a correr da data em que o fato se tornou conhecido, o qual dever ser tornado a termo mediante denncia, com cincia do servidor. 2 - Os prazos de prescrio previstos na lei aplicam-se s infraes disciplinares capituladas tambm como crime.

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Os prazos de prescrio previstos na lei aplicam se s infraes disciplinares capituladas tambm como crime.

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3 - A abertura de sindicncia ou a instaurao de processo disciplinar interrompe a prescrio, at a deciso proferida por autoridade competente.

TTULO VII

Do Processo Disciplinar em GeralCAPTULO I

Disposies PreliminaresArt. 158 - A autoridade que tiver cincia de irregularidade no servio pblico obrigada a promover a sua apurao imediata, mediante sindicncia ou processo administrativo disciplinar, sob pena de tornar-se co-responsvel da irregularidade denunciada, assegurando-se ao acusado ampla defesa. Pargrafo nico - Quando os fatos indicarem pela prtica de crime, a autoridade competente oficiar ao Ministrio Pblico, e remeter cpia dos autos, independente da imediata instaurao do processo administrativo disciplinar. Art. 159 - As denncias sobre irregularidades sero objeto de apurao, desde que contenham a identificao e o endereo do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade. Pargrafo nico - Quando o fato no configurar evidente infrao disciplinar ou ilcito penal, a denncia ser arquivada por falta de objeto. Art. 160 - Sempre que o ilcito praticado pelo servidor ensejar a imposio de penalidade de suspenso por mais 60 (sessenta) dias, de demisso, cassao de aposentadoria, disponibilidade ou de destituio de cargo em comisso, ser obrigatrio a instaurao de processo administrativo disciplinar. Art. 161 - As irregularidades e faltas funcionais sero apuradas em processo regular com direito a plena defesa, por meio de: I - Sindicncia, quando no houver dados suficientes para sua determinao ou para apontar o servidor faltoso; II - Processo administrativo disciplinar, quando a gravidade da ao ou omisso torna o servidor passvel de demisso, cassao da aposentadoria ou da disponibilidade.

Seo I

Da Suspenso PreventivaArt. 162 - A autoridade competente poder determinar a suspenso preventiva do servidor, at 60 (sessenta) dias, prorrogveis por mais 30 (trinta) dias se, fundamentadamente, houver necessidade de seu afastamento para apurao de falta a ele imputada. Art. 163 - O servidor far jus a remunerao integral durante o perodo da suspenso preventiva.

Seo II

Da SindicnciaArt. 164 - A sindicncia ser cometida ao servidor ocupante de cargo efetivo, podendo esse ser dispensado de suas atribuies normais at a apresentao de relatrio. Pargrafo nico - A critrio da autoridade competente, considerando o fato a ser apurado, a funo sindicante poder ser atribuda a uma comisso de no mnimo 3 (trs) servidores. Art. 165 - O sindicante ou a comisso efetuar, de forma sumria, as diligncias necessrias ao esclarecimento da ocorrncia e indicao do responsvel, apresentando, no prazo mximo de 30 (trinta) dias, relatrio a respeito. 1 - Preliminarmente dever ser ouvido o autor da representao e o servidor implicado, se houver. 2 - Reunidos os elementos apurados, os sindicantes ou comisso traduzir no relatrio as suas concluses, indicando o possvel culpado, qual a irregularidade ou transgresso e o seu enquadramento nas disposies estatutrias. 3 - O sindicante ou a comisso abrir o prazo de 5 (cinco) dias para o indiciado ou seu representante apresentar defesa, antes de elaborar o relatrio. Art. 166 - A autoridade, de posse do relatrio, acompanhado dos elementos que instruram o processo, decidir, no prazo de 5 (cinco) dias teis: I - Pela aplicao de penalidade de advertncia ou suspenso que no poder ser superior a 60 (sessenta) dias; II - Pela instaurao do processo administrativo disciplinar; III - Arquivamento do processo. 1 - Entendendo a autoridade competente que os fatos no esto devidamente elucidados, inclusive na indicao do possvel culpado, devolver o processo ao sindicante ou comisso, para ulteriores diligncias, em prazo certo, no superior a 5 (cinco) dias teis. 2 - De posse de novo relatrio e elementos complementares, a autoridade decidir no prazo e nos termos deste artigo.

Seo III

Do Processo Administrativo Disciplinar PreliminarArt. 167 - O processo administrativo disciplinar ser conduzido por comisso composta de 3 (trs) servidores estveis designados pelo autoridade competente, a qual indicar dentre eles, o seu presidente, que dever ser ocupante de cargo efetivo ou de mesmo nvel ou ter nvel de escolaridade igual o superior ao do indiciado. 1 - A comisso ter como secretrio servidor designado pelo seu presidente, podendo a indicao recair em um de seus membros. 2 - No poder participar de comisso de sindicncia ou de processo administrativo disciplinar, conjuge, companheiro ou parente do acusado, consangneo ou afim, em linha reta ou colateral at o terceiro grau. Art. 168 - A comisso exercer suas atividades com independncia e imparcialidade assegurado o sigilo necessrio a elucidao do fato ou exigido pelo interesse da administrao. Pargrafo nico - As reunies e as audincias das comisses tero carter reservado. Art. 169 - O processo administrativo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases: I - Instaurao, com a publicao do ato que constituir a comisso; II - Processo administrativo que compreende instruo, defesa e relatrio; Art. 170 - O prazo para a concluso do processo disciplinar no exceder 60 (sessenta) dias, contados da data de publicao do ato que constituir a comisso, admitida a sua prorrogao por mais 30 (trinta) dias quando as circunstncias o exigirem. Art. 171 - A comisso processante, sempre que necessrio e expressamente determinado no ato de designao, dedicar todo o tempo aos trabalhos do processo, ficando os membros da comisso, em tal caso, dispensados dos servios normais da repartio. Pargrafo nico - As reunies da comisso sero registradas em atas que devero detalhar as deliberaes adotadas.

Seo IV

Do Processo Administrativo DisciplinarArt. 172 - O processo administrativo disciplinar obedecer o princpio do contraditrio, assegurada ao acusado ampla defesa, com a utilizao dos meios e recursos admitidos em direito. Art. 173 - Quando o processo administrativo disciplinar resultar de prvia sindicncia, o relatrio desta integrar os autos, como pea informativa da instruo. Pargrafo nico - Na hiptese do relatrio da sindicncia concluir pela prtica de crime, a autoridade competente oficiar ao Ministrio Pblico e remeter cpia dos autos, independente da imediata instaurao do processo administrativo disciplinar. Art. 174 - Ao instalar os trabalhos da comisso, o presidente determinar a autuao da portaria e demais peas existentes e designar o dia, hora e local para primeira audincia e citao do indiciado. Art. 175 - A citao do indiciado dever ser feita pessoalmente e contra-recibo, com pelo menos quarenta e oito horas de antecedncia em relao a audincia inicial e conter, hora, local e qualificao do indiciado e a falta que lhe imputada com descrio dos fatos. 1 - Caso o indiciado se recuse a receber a citao, dever o fato ser certificado, na presena de no mnimo, duas testemunhas. 2 - Estando o indiciado ausente do Municpio se conhecido o seu endereo, ser citado por via postal, em carta registrada, juntando-se ao processo o comprovante do registro e o aviso de recebimento. 3 - Achando-se o indiciado em lugar incerto e no sabido, ser citado por edital, divulgado como os demais atos oficiais do Municpio, com prazo de quinze dias. Art. 176 - O indiciado poder constituir procurador para fazer a sua defesa. Pargrafo nico - Em caso de revelia, o Presidente da Comisso designar de oficio, um defensor que dever ser um advogado do quadro de servidores do Municpio. Art. 177 - Na audincia marcada a comisso promover o interrogatrio do indiciado, concedendo-lhe, em seguida, o prazo de cinco dias para oferecer alegaes escritas, requerer provas e arrolar testemunhas at o mximo de cinco. 1 - Havendo mais de um indiciado, o prazo ser comum e de dez dias, contados a partir da tomada de declaraes do ltimo deles. 2 - O indiciado ou seu representante ter vistas do processo na repartio podendo ser fornecido copia de inteiro teor mediante requerimento. Art. 178 - A comisso promover a tomada de depoimentos, acareaes, investigaes e diligncias cabveis, o objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessrio, a tcnicos e peritos de modo a permitir a completa elucidao dos fatos. Art. 179 - O indiciado tem o direito de pessoalmente ou por intermdio de procurador, assistir aos atos probatrios que se realizem perante a comisso, requerendo as medidas que julgarem convenientes. 1 - O presidente da comisso poder indeferir pedidos considerados impertinentes, meramente protelatrios ou de nenhum interesse para esclarecimento dos fatos. 2 - Ser indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovao do fato independer de conhecimento especial de perito. Art. 180 - As testemunhas sero intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da comisso, devendo a segunda via, com o ciente do intimado, ser anexado aos autos. Pargrafo nico - Se a testemunha for servidor pblico, a expedio do mandado ser imediatamente comunicado ao chefe da repartio onde serve, com a indicao do dia e hora marcados para a inquirio.

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06/08/2010Art. 181 - O depoimento ser prestado oralmente e reduzido a termo, no sendo licito a testemunha traz-lo por escrito. 1 - As testemunhas sero ouvidas separadamente, com prvia intimao do indiciado ou do seu representante. 2 - Na hiptese de depoimentos contraditrios ou que se infirmem, proceder-se- a acareao entre os depoentes.

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Art. 182 - Concluda a inquirio de testemunhas, poder a comisso processante, se julgar til ao esclarecimento dos fatos, reinterrogar o indiciado. Art. 183 - Ultimada a instruo do processo, o indiciado ser intimado por mandado pelo presidente da comisso para apresentar defesa escrita, no prazo de dez dias, assegurando-lhe vista ou cpia do processo as suas expensas, a seu advogado ou procurador constitudo nos autos e sobre a responsabilidade deste. Pargrafo nico - O prazo de defesa ser comum e de vinte dias se forem dois ou mais indiciados. Art. 184 - Aps o decurso do prazo, apresentada a defesa ou no, a comisso apreciar todos os elementos do processo, apresentando relatrio no qual constar em relao a cada indiciado, separadamente, as irregularidades de que foi acusado, as provas que instruram o processo e as razes de defesa, propondo, justificadamente, absolvio ou punio do indiciado, e indicando a pena cabvel e seu fundamento legal. Pargrafo nico - O relatrio e todos os elementos dos autos sero remetidos autoridade que determinou a instaurao do processo, dentro de dez dias, contados do trmino do prazo para a apresentao da defesa. Art. 185 - A comisso ficar a disposio da autoridade competente, at a deciso final do processo, para prestar esclarecimento ou providncia julgada necessria. Art. 186 - Recebido os autos, a autoridade que determinou a instaurao do processo: I - dentro de cinco dias: a) Pedir esclarecimentos ou providncia que entender necessrio, a comisso processante, marcando-lhe prazo; b) Encaminhar os autos a autoridade superior se entender que a pena cabvel escapa a sua competncia; II - despachar o processo dentro de dez dias, acolhendo ou no as concluses da comisso processante, fundamentando o seu despacho se concluir diferentemente do proposto. Pargrafo nico - No caso do inciso I desse artigo, o prazo para a deciso final ser contado, a partir do retorno ou recebimento dos autos. Art. 187 - Da deciso final, so admitidos os recursos previstos nessa lei. Art. 188 - As irregularidades processuais que no constituam vcios substanciais insanveis, suscetveis de influrem na apurao da verdade ou na deciso do processo, no lhe determinaro a nulidade. Art. 189 - O servidor que estiver respondendo ao processo administrativo disciplinar s poder ser exonerado a pedido do cargo, ou aposentado voluntariamente, aps a concluso do processo e ao cumprimento da penalidade, acaso aplicada. Pargrafo nico - Excetua-se o caso de processo administrativo instaurado apenas para apurar o abandono de cargo, quando poder haver a exonerao a pedido, a juzo da autoridade competente.

Seo V

Da Reviso do ProcessoArt. 190 - Reviso do processo administrativo disciplinar poder ser requerida a qualquer tempo, a pedido ou de oficio, quando: I - a deciso for contrria ao texto de lei ou a evidncia dos autos; II - a deciso se fundar em depoimentos, exames ou documentos falsos ou viciados; III - forem aduzidas novas provas, suscetveis de atestar a inocncia do interessado ou de autorizar a diminuio da pena. 1 - Em caso de falecimento, ausncia ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da famlia poder requerer a reviso do processo. 2 - No caso de incapacidade mental do servidor, a reviso ser requerida pelo respectivo curador. Art. 191 - No processo revisional, o nus da prova cabe ao requerente. Art. 192 - A simples alegao de injustia da penalidade no constituir fundamento para a reviso, que requer elementos novos, ainda no apreciados no processo originrio. Art. 193 - O requerimento de reviso do processo ser dirigido ao Prefeito Municipal e/ ou Presidente da Cmara de Vereadores respeitado o poder. Art. 194 - Deferida a petio, a autoridade competente providenciar a constituio de nova comisso, designada segundo os moldes das comisses de processo administrativo disciplinar e correr em apenso aos autos do processo originrio. Art. 195 - As concluses da comisso sero encaminhadas autoridade competente, dentro de trinta dias, devendo a deciso ser proferida, fundamentadamente dentro de dez dias. Art. 196 - Julgada procedente a reviso, ser declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor. Pargrafo nico - Da reviso do processo no poder resultar agravamento de penalidade.

TTULO VIII

Dos BenefciosSeo I

Da AposentadoriaArt. 197 - Ficam mantidas as aposentadorias e complementaes j concedidas pelo Municpio e assegurados o direito aqueles que tenham ou venham a implementar os requisitos e critrios previstos no texto constitucional para a sua concesso. Art. 198 - A aposentadoria voluntria ou por invalidez vigorar a partir da data da publicao do respectivo ato. 1 - A aposentadoria por invalidez ser precedida de licena para tratamento de sade, por perodo no excedente a 24 (vinte e quatro) meses, salvo quando laudo de junta mdica concluir desde logo pela incapacidade definitiva para o servio pblico. 2 - Expirado o perodo de licena e no estando em condies de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o servidor ser aposentado, respeitado o previsto no artigo 198. 3 - O lapso de tempo compreendido entre o trmino da licena e a publicao do ato de aposentadoria ser considerado como de prorrogao da licena. Art. 199 - Os proventos de aposentadoria, por ocasio de sua concesso, sero calculados com base nos vencimentos do servidor no cargo em que se der a aposentadoria e, na forma da Lei, correspondero totalidade da remunerao. Art. 200 - Os proventos da aposentadoria e complementao sero revistos na mesma data e proporo, sempre que se modificar a remunerao dos servidores em atividade. Art. 201 - So estendidos aos inativos e pensionistas, quaisquer benefcios ou vantagens posteriormente concedidas aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes de transformao ou reclassificao do cargo ou funo em que se deu a aposentadoria, ou que serviu de referncia para a concesso de penso. Pargrafo nico - Quando proporcional ao tempo de servio, o provento no ser inferior ao valor do salrio mnimo nos casos constitucionalmente admitidos. Art. 202 - Alm dos vencimentos, integram o provento, com clculo realizado pela mdia dos ltimos doze meses anteriores aposentadoria: I - O adicional noturno e o adicional pelo exerccio de atividades em condies penosas, insalubres ou perigosas; II - O adicional pela prestao de servios extraordinrios. III - O valor da gratificao de funo de direo e chefia ou da gratificao de direo e vice-direo de escola, se o servidor se encontre em seu exerccio, na condio de titular por ocasio da aposentadoria, pelo prazo mnimo de dois anos. IV - O valor do adicional pelo exerccio de funo de direo e chefia ou do adicional de direo e vice-direo de escola, se o servidor se encontre em seu exerccio, na condio de titular por ocasio da aposentadoria, pelo prazo mnimo de dois anos. Art. 203 - Os servidores inativos faro jus aos benefcios da presente Lei, inclusive os de ordem pecuniria, a contar da vigncia desta.

Seo II

Da Complementao da Aposentadoria e PensoArt. 204 - O Municpio assegura queles que integram ou venham a integrar o Regime Geral de Previdncia, a complementao dos proventos e das penses. Art. 205 - Considera-se complementao dos proventos e das penses a que alude o artigo 204, a diferena a maior, quando houver, em qualquer tempo de aposentadoria, entre o valor da remunerao do servidor, como se na ativa estivesse, cujo clculo obedecer aos preceitos preconizados nos artigos 199, 202 e 227 deste Estatuto e os proventos ou as penses pagas pelo Regime Geral de Previdncia. Pargrafo nico - O servidor municipal aposentado por invalidez, oriunda de acidente em servio ou molstia profissional, no provocados, em qualquer tempo a complementao, quando houver, ser de 100% (cem por cento).

Seo III

Do Salrio FamliaArt. 206 - O salrio famlia devido ao servidor ativo ou inativo, conforme o regulamentado na Constituio Federal e leis posteriores, cujo valor de 10% (dez por cento) sobre o salrio mnimo, para cada dependente. Pargrafo nico - Consideram-se dependentes econmicos para efeito de percepo do salrio famlia: I - Os filhos, o enteado e os menores sob guarda judicial, at 18 (dezoito) anos de idade, ou, se estudante, at 24 (vinte e quatro) anos ou, se invlido, de qualquer idade; Art. 207 - No se configura a dependncia econmica, quando o beneficirio do salrio famlia perceber rendimento do trabalho ou de qualquer outra fonte, inclusive penso ou provento da aposentadoria, em valor igual ou superior ao salrio mnimo. Art. 208 - Quando ambos os cnjuges forem servidores do municpio, assistir, cada um, separadamente, o direito a percepo do salrio - famlia com relao aos respectivos filhos ou equiparados. Pargrafo nico. Ao pai e me equiparam-se o padrasto, a madrasta e, na falta destes, os representantes legais dos incapazes.

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06/08/2010

Lei 5819/03 | Lei N 5819 de 07 de nov

Art. 209 - O salrio - famlia no est sujeito a qualquer tributo, nem servir de base para qualquer contribuio, inclusive para a Previdncia Social. Art. 210 - assegurado o pagamento do salrio - famlia durante o perodo em que, por penalidade, o servidor deixar de perceber remunerao. Art. 211 - O salrio - famlia ser pago a partir do ms em que o servidor apresentar a repartio competente a prova de filiao ou condio de equiparado, e, se for o caso, da invalidez.

Seo IV

Da Licena Para Tratamento De SadeArt. 212 - Ser concedido ao servidor, licena para tratamento de sade a pedido ou de oficio, com base em percia mdica, sem prejuzo da remunerao cujo clculo ser efetuado obedecendo ao artigo 199 e 202 deste estatuto. Pargrafo nico - O disposto neste artigo somente se aplica aos servidores no contribuintes do Regime geral de previdncia Art. 213 - Para licena at quinze (15) dias, a inspeo ser feita por mdico do Municpio ou ratificada pelo mesmo e, se por prazo superior, por junta mdica oficial do Municpio e/ ou do SUS (Sistema nico de Sade). Pargrafo nico - Sempre que necessrio, a inspeo mdica ser realizada na residncia do servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado. Art. 214 - Findo prazo de licena, o servidor ser submetido nova inspeo mdica que concluir pela volta ao servio, pela prorrogao da licena ou pela aposentadoria. Art. 215 - No atestado e no laudo da junta mdica no ser referido o nome ou natureza da doena, salvo para fins de aposentadoria, quando se tratar de leses produzidas por acidentes em servio, doena profissional ou qualquer das doenas incurveis. Art. 216 - O servidor que apresentar indcios de leses orgnicas ou funcionais ser submetida a inspeo mdica. Art. 217 - Os atestados fornecidos por mdicos no pertencentes ao quadro da municipalidade devero ser apresentados ao servio mdico oficial nos 03 (trs) dias teis subseqentes ao incio da ausncia ao trabalho. 1 - O prazo aqui estipulado no se aplica aos casos encaminhados pelo setor mdico oficial a especialistas de fora do Municpio, nem aos servidores que, devidamente autorizados se encontrem em localidades distantes da sede a servio, em misso de estudos, frias, nojo, gala ou qualquer das licenas previstas em lei. 2 - Somente com autorizao expressa do servidor, poder o Cdigo Internacional de Doenas - CID, ser includo em atestado mdico. Art. 218 - O servidor vinculado ao Regime Geral de Previdncia, afastado de suas atividades por motivos de doena ou acidentes de trabalho por prazo superior a 15 (quinze) dias, comprovada por inspeo mdica, far jus complementao salarial a ser paga pelo Municpio, correspondente a diferena entre o valor recebido na Instituio Previdenciria e a respectiva remunerao cujo clculo ser efetuado obedecend