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Ariús, Campina Grande, v. 16, n.1/2, p. 123 - 127, jan./dez. 2010 Regina Coelli Gomes Nascimento Doutora em História pela Universidade Federal de Pernambuco. Professora da Universidade Federal de Campina Grande. Email: [email protected]. Revista de Ciências Humanas e Artes ISSN 0103-9253 v. 16, n. 1/2, jan./dez. 2010 Narrativa Histórica: olhares, lugares e sentidos RESUMO Este texto trata de uma reflexão sobre a prática de pesquisar na academia. Nosso interesse pela temática surgiu ao acompanhar o processo de elaboração de monografias e dissertações de alunos e alunas da graduação e pós-graduação em História da UFCG, e percebermos as angústia e as dificuldades deles ao se depararem com produção do trabalho acadêmico. Palavras-chave: Leitura . Escrita. História. Key words: Reading. Writing. History ABSTRACT REGINA COELLI GOMES NASCIMENTO This text deals with the reflection on academic research practice. The interest for the theme started after our experience monitoring the monographic and dissertation writing process from students of undergraduate and postgraduate History course at UFCG. We could see the anxiety and difficulties demonstrated by the students when they were exposed to the production of academic work. Universidade Federal de Campina Grande Historical Narratives: places, senses and images

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  • Aris, Campina Grande, v. 16, n.1/2, p. 123 - 127, jan./dez. 2010

    Regina Coelli Gomes NascimentoDoutora em Histria pela Universidade Federal de Pernambuco. Professora da Universidade Federal de Campina Grande. Email: [email protected].

    Revista de Cincias Humanas e ArtesISSN 0103-9253v. 16, n. 1/2, jan./dez. 2010

    Narrativa Histrica: olhares, lugares e sentidos

    RESUMOEste texto trata de uma reflexo sobre a prtica de pesquisar na academia. Nosso interesse pela temtica surgiu ao acompanhar o processo de elaborao de monografias e dissertaes de alunos e alunas da graduao e ps-graduao em Histria da UFCG, e percebermos as angstia e as dificuldades deles ao se depararem com produo do trabalho acadmico.

    Palavras-chave: Leitura . Escrita. Histria.

    Key words: Reading. Writing. History

    ABSTRACT

    REGINA COELLI GOMES NASCIMENTO

    This text deals with the reflection on academic research practice. The interest for the theme started after our experience monitoring the monographic and dissertation writing process from students of undergraduate and postgraduate History course at UFCG. We could see the anxiety and difficulties demonstrated by the students when they were exposed to the production of academic work.

    Universidade Federal de Campina Grande

    Historical Narratives:places, senses and images

  • Regina Coelli Gomes Nascimento

    Este texto discute questes relacionadas pesquisa, leitura e narrativa histrica. Nosso interesse pela temtica surgiu ao acompanhar o processo de elaborao de monografias e dissertaes de alunos e alunas da graduao e ps-graduao em Histria da UFCG, e percebermos as angustias e dificuldades para a produo do trabalho acadmico, em especial, questes como: Qual o papel da narrativa na histria? Por onde comear a pesquisa? Como articular pesquisa, metodologia e teoria no processo de construo do saber histrico?

    Essas e outras questes nos convidam a pensar sobre o que nos move ao pesquisar e escrever histria na contemporaneidade. Alguns autores nos auxiliaram nessa reflexo a exemplo de Nietzsche, Foucault, Paul Ricouer , Jorge Larrosa dentre outros que pensam a pesquisa e a escrita na contemporaneidade.

    Nessa caminhada nos chama ateno inicialmente o percurso para a escolha do tema. Como iniciar uma pesquisa? O que uma narrativa histrica? Na academia comum alunos e professores destacarem a necessidade de iniciar a pesquisar sobre o assunto que nos intriga, que nos deixa insatisfeitos com as respostas estabelecidas. Esse sentimento de desconforto, de inquietude diante de um problema e das respostas encontradas seria um dos primeiros sinais para iniciarmos uma pesquisa que dependendo do nosso investimento pode ganhar flego e resultar numa narrativa onde a ao humana recriada a partir de uma intriga.

    Ao buscar responder a primeira questo encontramos em Nietzsche (2000, p. 50) uma primeira indicao que pode evitar dissabores no futuro quando afirma que nunca refletiu a respeito de problemas que no so problemas. Sua afirmao nos remete a uma das primeiras preocupaes do historiador ao iniciar uma pesquisa, ou seja, realizar o mapeamento das fontes e da bibliografia para construir o objeto com clareza e objetivando evitando perder tempo. Essas consideraes so fundamentais para o historiador que pensa a leitura da bibliografia e da documentao utilizada enquanto um momento de problematizao, de reflexo em que a razo e sensibilidade estaro inquietando, fascinando e despertando o pesquisador a continuar pensando a aventura dos homens no tempo.

    Aps esse momento inicial de duvidas e incertezas em que so mapeadas fontes e bibliografia relacionadas ao tema escolhido, pois ningum inicia uma reflexo cientifica ou acadmica a partir do zero (BARROS, 2005, p. 54) o pesquisador problematiza as fontes e a bibliografia investigadas, estabelecendo dilogos para

    evitar repeties, suspeitando das respostas simplistas, segundo Corazza:

    O que funciona exercitar a suspeio sobre a prpria formao histrica que nos constituiu e nos constitui, e interrog-la sobre se tudo o que dizemos tudo o que se pode ser dito, bem como se aquilo que vemos tudo que se pode ver (CORAZZA, 2007, p. 116).

    A problematizao se constitui em um momento especial para pensar as diferenas, as discordncias, as discusses ou conflitos em relao temtica escolhida, tambm uma ocasio para se buscar respaldo acadmico atravs de um aprofundamento historiogrfico e terico, para poder delimitar o tema da pesquisa e situ-lo no tempo e no espao. Restringindo-o a um mbito especfico que no d margem a interpretaes muito amplas, mas que possibilite seu aprofundamento, permitindo destacar o ponto central onde reside a dvida que se pretende resolver atravs da pesquisa.

    A partir dessas preocupaes ser possvel recortar, construir um problema, estabelecer uma direo, tornando a pesquisa possvel, vivel e relevante. [...] O problema no mais a tradio e o rastro, mas o recorte e o limite; no mais o fundamento que se perpetua, e sim as transformaes que valem como fundao e renovao dos fundamentos (FOUCAULT, 1986, p. 6).

    pertinente assinalar que a construo da pesquisa tem se encaminhado no sentido de um processo de criao e no de mera constatao dos acontecimentos do passado. A singularidade da pesquisa est na originalidade do olhar, na sensibilidade para pensar sobre as particularidades que permeiam a histria. O historiador nesse percurso deve estar atento as suas intuies, as suas duvidas se comportando muitas vezes como o aventureiro deslumbrado diante dos documentos pesquisados ou indignado diante da falta de informaes. Sua persistncia e impetuosidade de detetive atrevido, incomodado com o silncio e a ausncia de informaes, tornam essa aventura inquietante e prazerosa.

    Aps ultrapassar essa fase de inquietudes e incertezas, de posse da pesquisa e das leituras indicadas o pesquisador se depara com uma certeza que os resultados so parciais e provisrios. E que ele no pode ter a pretenso de contar a verdade total e definitiva a partir dos documentos, uma vez que:

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  • O documento, pois, no mais, para a histria, essa matria inerte atravs da qual ela tenta reconstituir o que os homens fizeram ou disseram, o que passado e o que deixa apenas rastros: ela procura definir, no prprio tecido documental, unidades, conjuntos, sries, relaes (FOUCAULT, 1986, p. 7).

    O exerccio do pesquisador segue outras caminhadas, se no possvel encontrar a verdade nos documentos pesquisados, o que passa a motivar a produo do saber histrico so os rastros, as dvidas, os olhares, o desejo de atribuir sentidos aos eventos do passado e tecer novas teorizaes sobre o objeto.

    As interrogaes que interessam so aquelas que do sentido a pesquisa e esto relacionadas com os posicionamentos tericos e metodolgicos adotados, ou seja, de onde olhamos e pensamos, renunciando a uma origem secreta e a um j-dito. No preciso remeter o discurso longnqua presena da origem; preciso trat-lo no jogo de sua instancia (FOUCAULT, 1986, p. 28). Que no obedece a um destino previamente definido, mas casualidade dos acontecimentos.

    Nesse percurso de construo da narrativa histrica como articular teoria e metodologia e pesquisa? O caminho inicial seria estudar um autor e depois aplicar a teoria ao objeto? Nesse caminho alguns trabalhos so produzidos quando o autor vai intermediando teoria e exemplificao a partir das fontes pesquisadas. Partindo dessa premissa FICHER nos alerta sobre a os cuidados que devemos ter ao estabelecermos uma aproximao com os autores com os quais dialogamos:

    que possamos, diante dos livros, das palavras de alguns autores, dizer, escrever, pensar sobre aquilo que ali nos seduz, que nos faz vibrar, que nos encoraja a uma certa audcia de pensamento sobre o presente que vivemos, sobre o tema de pesquisa pelo qual nos apaixonamos, sobre a inquietao que nos mobiliza a realizar esta ou aquela investigao, sobre um determinado problema... (FICHER, 2005, p. 122)

    Assim, dependendo da capacidade argumentativa, alguns trabalhos seguem este caminho de forma articulada, demonstrando sensibilidade, harmonia e refinamento na escrita. A afirmao de FICHER nos remete a outra questo: o que trabalhar de forma sensvel e produtiva com um autor? Uma das possveis respostas est ligada a relao que temos com a leitura, se de dependncia ou independncia e autonomia, pois o mergulho em conceitos e teorias est relacionado forma como estamos estabelecendo sentidos para o mundo e como narramos s histrias que construmos. E a escolhas

    devem ser balizadas segundo Schopke tendo como referencial a originalidade do pensador que deve ser medida pela qualidade e intensidade de seus afetos e pela fora de conexo entre as suas idias e acrescentamos, as nossas e os pontos de aproximaes e distanciamentos que estabelecemos quando lemos (SCHOPKE, 2004, 25). Deleuze em uma conversa com Foucault cita uma afirmao de Proust sobre as preocupaes do pesquisador ao realizar suas escolhas tericas:

    Tratem os livros como culos dirigidos para fora e se eles no lhes servem, consigam outros, encontrem vocs mesmos os instrumentos, que forosamente um instrumento de combate. [...] uma teoria como uma caixa de ferramenta. Nada tem a ver com o significante (FOUCAULT, 1979, p. 71)

    Que os tericos nos permitam analisar situaes contemporneas e criar um espaos de dialogos entre o presente o passado e que as fontes, referncias historiogrficos, metodolgicos e tericos, possibilitem a construo de narrativas histricas pensadas a partir de cenrios, episdios, seqncias e argumentaes entrelaadas pela problematizao.

    Neste percurso no se pode perder de vista que a narrativa histrica permeada pela profuso de notas com a finalidade de comprovar sua argumentao e A prova s aceitvel se for verificvel (PROST, 2008, p.325). Ento o historiador no recorre ao argumento de autoridade, ele deve tornar sua narrativa aceitvel, convincente a partir das provas que fundamentam sua argumentao. Neste sentido, a nota de rodap:

    Por um lado, ela permite a verificao das afirmaes do texto que, deste modo, escapa ao argumento de autoridade. como se dissesse: 'no inventei o que afirmo; se conferirem as notas, vocs vo chegar as mesmas concluses' Mas, por outro lado, ela tambm indicio visvel de cientificidade e exposio do saber do autor, podendo funcionar, neste aspecto, como argumento de autoridade. (PROST, 2008, p. 24).

    Entretanto, que a necessidade da nota de rodap, no anule a criatividade e que nossa escrita no seja uma colcha de retalhos repleta de citaes, pesquisa e argumentao com breves aparies de ns mesmos, daquilo que pensamos, daquilo que nos mobiliza e nos faz tremer a voz, as vsceras, o olhar. (FISCHER, 2005, p. 121) Para que a leitura e escrita sejam menos automticas e mais transgressoras que tenham um carter de experincia como aquilo que nos passa, ou nos toca,

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  • ou nos acontece, e ao nos passar nos forma e nos transforma. (LARROSA, 2004, p. 163) S assim, poderemos produzir uma narrativa histrica pulsante, com enredos, cenrios e sujeitos questionadores das verdades estabelecidas. Tais escolhas remetem [...] a seleo do fato, sua construo, os aspetos selecionados e o valor que lhes atribudo, dependendo do enredo escolhido. (PROST, 2008, p. 220) Assim, a narrativa histrica no est pronta ela construda, modelada e significada a partir do lugar que o historiador se coloca.

    Neste momento do texto outra questo nos chama ateno: O que e como elaborar uma narrativa histrica? Dependendo dos autores com os quais estejamos dialogando vrios caminhos podem ser apontados. O filosofo francs Paul Ricouer, por exemplo, no livro Tempo e Narrativa, vai recolocar a narrativa como uma questo e como um problema para os historiadores e vai mostrar a articulao entre tempo, que a nossa categoria central e a prpria narrativa. Sua tese central a de que o tempo torna-se tempo humano medida que articulado de modo narrativo, e que a narrativa atinge seu pleno significado quando se torna uma condio da existncia temporal. Nesse sentido, considera que a nica forma de abordar o tempo pela narrativa. Para fundamentar a reciprocidade entre narratividade e temporalidade, o autor tomou por base as Confisses de Santo Agostinho e a Potica de Aristteles. (RICOEUR, 1994)

    Em sua anlise reafirma que o tempo totalmente dependente da narrativa para ser percebido, para ser significado. O tempo no tem ser e totalmente abstrato. O ser do tempo aquilo que vivido, que contado, que experimentado. O tempo vivncia, memria, narrativa. E uma categoria das mais abstratas com que lidamos, ele no tocvel, ele s visvel, ele s visto a partir das experincias, das aes, das marcas no corpo e atravs das narrativas.

    Ricouer considera que a percepo de temporalidade de Agostinho a mais radical ao perceber o desespero da finitude humana. Para Agostinho, os homens vivem eternamente no presente, que o vir- a- ser agora que j no mais e a cada vez que falamos no somos. Esse seria o drama da temporalidade humana que Agostinho apresentou e que Ricouer chama de aporia do ser e o no ser do tempo.

    Agostinho transfere para a espera e para a memria a idia de um longo futuro e de um longo passado. Tudo o que fugiu passado, tudo o que resta futuro. O tempo presente grita que no pode ser longo. A noo de

    presente est relacionada passagem, transio, e por isso que criamos a narrativa, que a forma de prevermos isso que passa, e com o qual ns no conseguimos lidar. Esse o drama da existncia humana.

    A narrao implica memria, a previso implica espera. Recordar ter uma imagem do passado e essa imagem deixada pelos acontecimentos e que permanece fixadas no sujeito. Ricouer utilizou a idia de intriga de Aristteles que concebe que obra de fico envolve primeiro uma imitao da ao humana. A intriga essa atitude de imitar a ao humana. Toda narrativa requer uma intriga. Se h intriga h narrativa, h experincia temporal. (RICOEUR, 1994, p. 59)

    A tese de Ricouer repousa na assero de um lao indireto de derivao pelo qual o saber histrico procede da compreenso narrativa sem nada perder de sua ambio cientfica. O mesmo afirma que Reconstruir os laos indiretos da histria com a narrativa , finalmente, trazer luz a intencionalidade do pensamento histrico pela qual a histria continua a visar obliquamente ao campo da ao humana e a sua temporalidade de base. (RICOEUR, 1994, p.134) Assim, o tempo torna-se humano medida que articulado de um modo narrativo, e que a narrativa atinge seu pleno significado quando se torna uma condio da existncia temporal.

    A partir das idias apresentadas por Ricouer, podemos compreender que narrar algo relacionar a experincia humana. Ou seja, ele parte da idia que o tempo humano um tempo recontado. Assim, a narrativa comporta trs semelhanas mimticas: o tempo de ao vivida, o de inveno (armao) da intriga e o tempo da leitura. Ao prefigurar uma trama, ns temos que prefigurar uma imagem do tempo que ns temos.

    Os historiadores ao elaborarem suas narrativas estaro intrigando com o tempo e com a experincia humana. Estaro sempre prefigurando, configurando e refigurando. A perspectiva ser sempre a de que a histria seja seguida, dar a ela um sentido para que o leitor possa compreend-la. Se h intriga h narrativa, h experincia temporal, h experincia humana.

    No entender de Brbara W. Tuchmam, o historiador ao elaborar uma narrativa histrica deve lembrar que O que a imaginao para o poeta, os fatos so para o historiador. Seu critrio exercido na seleo desses fatos; sua arte, em organiz-los. Seu mtodo narrativo. Seu assunto o relato do passado humano. Sua funo torn-lo conhecido. Em sua analise afirma que o historiador ao elaborar sua narrativa pode utilizar a linguagem cotidiana

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  • e, assim, Escrever histria de modo a encantar o leitor e tornar o assunto to cativante e emocionante para ele quanto para mim.... Nessa perspectiva, o segredo da boa narrativa histrica, ao contrrio do romance policial, no est na surpresa do desenlace e sim na conduo sensvel do leitor diante de um percurso sugestivo. (TUCHMAN, 1991. p. 24)

    De acordo com as normas acadmicas, que em nossa escrita os autores escolhidos estejam presentes de forma direta nas citaes ou de forma indireta atravs de nossa apropriao dos conceitos. Uma vez que as problematizaes construdas ao longo do processo de construo da narrativa que vo dar resignificao as teorias, ao 'aparato' conceitual. Tudo isso, vai depender da nossa relao com a leitura, da forma como nos deixamos transformar pela leitura, como aceitamos modificar nossas certezas e como a leitura pode ser uma experincia transformadora de nossas vidas e dos nossos trabalhos acadmicos.

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    Recebido em abril de 2010

    Revisado e Aprovado em outubro de 2010

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