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Município do Seixal Câmara Municipal Ata n.º 09/2012 Reunião Ordinária da Câmara Municipal do Seixal de 03 de maio de 2012 1/44 ATA DA REUNIÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA MUNICIPAL DO SEIXAL REALIZADA A 03 DE MAIO DE 2012 Aos três dias do mês de maio de dois mil e doze realizou-se pelas 15:15 horas, no Auditório dos Serviços Centrais da Câmara Municipal do Seixal, uma Reunião Ordinária da Câmara Municipal do Seixal. Presidiu e dirigiu a Reunião Senhor Vice-Presidente da Câmara Joaquim Cesário Cardador dos Santos e na mesma participaram os Senhores Vereadores Jorge Osvaldo Dias dos Santos Gonçalves, Joaquim Carlos Coelho Tavares, Vanessa Alexandra Vilela da Silva, Helena Maria Parreira Domingues, Eduardo Manuel Rodrigues e Luís Manuel Rendeiro Cordeiro. O Senhor Vereador Samuel Pedro da Silva Cruz e o Senhor Vereador Paulo Edson Carvalho Borges da Cunha, compareceram no decorrer dos trabalhos. Faltaram à presente reunião, por motivos justificados o Senhor Presidente da Câmara Alfredo José Monteiro da Costa e a Senhora Vereadora Corália Maria Mariano de Almeida Sargaço Loureiro, foi substituída por José Carlos Marques Gomes nos termos do art. 78° e 79° da Lei n° 169/99 de 18 de setembro, com as alterações introduzidas pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro e pela Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro. Secretariou a Reunião, a Técnica Superior, Maria João Paiva dos Santos, no uso das suas competências, designada pelo despacho nº 1587-PCM/2010, de 18 de novembro de 2010, e, nos termos da lei aplicável. I – PERÍODO ABERTO À POPULAÇÃO O Senhor Vice-Presidente, cumprimentou todos os presentes e começou por justificar as ausências de alguns eleitos municipais nesta reunião e em primeiro pelo Senhor Presidente que estava numa iniciativa da Associação de Municípios da Região de Setúbal, enquanto presidente da Associação, pelo que não iria estar presente. De seguida referiu que a Senhora Vereadora Corália Loureiro estava indisponível, estando em sua substituição o Senhor José Carlos Gomes e que os Senhores Vereadores Paulo Cunha e Samuel Cruz estavam em trânsito. Havendo quórum deu início ao período aberto à população. O Senhor Nelson Ramalho, morador na Avenida Luís de Camões, 24, Quinta das Pratas, 1685-910 Famões, cumprimentou todos os presentes e como primeira questão referiu-se às obras que neste momento se encontravam em curso na AUGI C8, C9 e C10, das quais não tinham tido conhecimento. Relembrou, mais uma vez, que estava prevista a receção das obras para o início, para a primeira semana, de junho e alertou para o facto de que essas obras, aparentemente da iniciativa do Município embora não por ele executadas, não viessem a protelar no tempo a receção prevista. De seguida referiu que tinha verificado que os postuletos que estavam a ser colocados ultimamente na sinalização rodoviária, não só do Município, eram de cor cinzenta ou então galvanizados, sendo que há coisa de dois ou três anos os tinham feito levantar uma série de postuletos e voltar a pintados. Observou que se tratara de uma exigência insensata porque o regulamento de sinalização não previa nenhuma situação dessas e era nacional, sendo que lhes tinha custado mais umas quantas centenas ou milhares de euros. Finalmente referiu que tinha ficado bem-disposto quando tinha entrado na Câmara porque tinha verificado que havia uma exposição sobre S. Tomé e Príncipe, sendo que numa das suas atividades profissionais tinha tentado montar uma rede, muito esquelética, de transportes públicos em S. Tomé e que a exposição lhe tinha permitido rever um pouco da sua história.

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ATA DA REUNIÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA MUNICIPAL DO SEIXAL

REALIZADA A 03 DE MAIO DE 2012 Aos três dias do mês de maio de dois mil e doze realizou-se pelas 15:15 horas, no Auditório dos Serviços Centrais da Câmara Municipal do Seixal, uma Reunião Ordinária da Câmara Municipal do Seixal. Presidiu e dirigiu a Reunião Senhor Vice-Presidente da Câmara Joaquim Cesário Cardador dos Santos e na mesma participaram os Senhores Vereadores Jorge Osvaldo Dias dos Santos Gonçalves, Joaquim Carlos Coelho Tavares, Vanessa Alexandra Vilela da Silva, Helena Maria Parreira Domingues, Eduardo Manuel Rodrigues e Luís Manuel Rendeiro Cordeiro. O Senhor Vereador Samuel Pedro da Silva Cruz e o Senhor Vereador Paulo Edson Carvalho Borges da Cunha, compareceram no decorrer dos trabalhos. Faltaram à presente reunião, por motivos justificados o Senhor Presidente da Câmara Alfredo José Monteiro da Costa e a Senhora Vereadora Corália Maria Mariano de Almeida Sargaço Loureiro, foi substituída por José Carlos Marques Gomes nos termos do art. 78° e 79° da Lei n° 169/99 de 18 de setembro, com as alterações introduzidas pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro e pela Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro. Secretariou a Reunião, a Técnica Superior, Maria João Paiva dos Santos, no uso das suas competências, designada pelo despacho nº 1587-PCM/2010, de 18 de novembro de 2010, e, nos termos da lei aplicável. I – PERÍODO ABERTO À POPULAÇÃO O Senhor Vice-Presidente, cumprimentou todos os presentes e começou por justificar as ausências de alguns eleitos municipais nesta reunião e em primeiro pelo Senhor Presidente que estava numa iniciativa da Associação de Municípios da Região de Setúbal, enquanto presidente da Associação, pelo que não iria estar presente. De seguida referiu que a Senhora Vereadora Corália Loureiro estava indisponível, estando em sua substituição o Senhor José Carlos Gomes e que os Senhores Vereadores Paulo Cunha e Samuel Cruz estavam em trânsito. Havendo quórum deu início ao período aberto à população. O Senhor Nelson Ramalho, morador na Avenida Luís de Camões, 24, Quinta das Pratas, 1685-910 Famões, cumprimentou todos os presentes e como primeira questão referiu-se às obras que neste momento se encontravam em curso na AUGI C8, C9 e C10, das quais não tinham tido conhecimento. Relembrou, mais uma vez, que estava prevista a receção das obras para o início, para a primeira semana, de junho e alertou para o facto de que essas obras, aparentemente da iniciativa do Município embora não por ele executadas, não viessem a protelar no tempo a receção prevista. De seguida referiu que tinha verificado que os postuletos que estavam a ser colocados ultimamente na sinalização rodoviária, não só do Município, eram de cor cinzenta ou então galvanizados, sendo que há coisa de dois ou três anos os tinham feito levantar uma série de postuletos e voltar a pintados. Observou que se tratara de uma exigência insensata porque o regulamento de sinalização não previa nenhuma situação dessas e era nacional, sendo que lhes tinha custado mais umas quantas centenas ou milhares de euros. Finalmente referiu que tinha ficado bem-disposto quando tinha entrado na Câmara porque tinha verificado que havia uma exposição sobre S. Tomé e Príncipe, sendo que numa das suas atividades profissionais tinha tentado montar uma rede, muito esquelética, de transportes públicos em S. Tomé e que a exposição lhe tinha permitido rever um pouco da sua história.

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O Senhor Vereador Jorge Gonçalves, cumprimentou os presentes e depois em relação às questões das obras prestou dois esclarecimentos independentemente da justiça das questões colocadas. Esclareceu estar em crer que as obras a que se tinha referido era obras que decorriam do IC32 e que não eram de iniciativa municipal, independentemente da Câmara tentar acompanhar, até tendo em conta o impacto que se colocava do ponto de vista das consequências em relação ao caminho que fora dialogado e definido em conjunto. Mais esclareceu que estas obras, do ponto de vista da gestão do processo e da sua conclusão, podiam causar alguma entropia, mas que o que se pretendia era manter o plano que estava agendado. Referiu que quando as obras do IC32 decorriam sobre territórios que já estavam intervencionados e sobre os quais já havia avaliação, competiria aos responsáveis por essas obras, depois, repor tal e qual como estava o território. Reconheceu as preocupações do Senhor Nelson, sendo que se faria um esforço para que se conseguisse concretizar, em junho, a receção conforme estava definido. O Senhor Vice-Presidente, agradeceu as intervenções e referiu que se tratava de uma matéria que iriam continuar a acompanhar, acrescentando que, no período antes da ordem do dia, iria falar mais um pouco sobre o IC32. Adiantou que as obras estavam em curso, existindo várias alterações relativamente ao projeto inicial, pelo que ainda existiam algumas questões em aberto com várias associações e com várias administrações de AUGI. Recordou que se tratava de uma obra do Estado Português onde a Câmara Municipal não tinha intervenção direta de responsabilização, mas que enquanto porta-voz dos interesses das populações do Concelho naturalmente que estavam muito interessados em poder acompanhar esta obra e tentar mediar todos os conflitos, resolvendo-os em benefício próprio das populações. O Senhor Fernando Duarte, morador na Avenida dos Aliados, lote 998-R/c, Boa Água, 1, 2975-310 Quinta do Conde, cumprimentou todos os presentes referindo de seguida que era proprietário de duas moradias nos Redondos, na freguesia de Fernão Ferro, estando já a obra concluída e apresentados todos os papéis para o processo ser licenciado, para ser emitida a licença de habitação, tudo entregue a vinte e dois de fevereiro de dois mil e doze. Acrescentou que até hoje ainda não tinha obtido qualquer resposta, ainda que se deslocasse à Câmara várias vezes para tentar saber o motivo pelo qual o processo não andava. Referiu que, entretanto, o tinham mandado falar com a engenheira Ana Tavares, sendo que lhe iam ligar, mas que até agora nada tinha acontecido. Observou que estas duas moradias estavam vendidas, uma delas já estava habitada e a senhora a quem a tinha vendido já o estava a pressionar porque queria fazer a escritura. Mais referiu que já se estava nisto há noventa dias, que era para ser feita a escritura no dia vinte de abril e tivera de se alterar para maio, estando os bancos também a apertar com a senhora. O Senhor Vereador Joaquim Tavares, cumprimentou os presentes e referiu que a informação que conseguira recolher sobre esta situação era de que o ramal estava feito e que o processo estava para digitalizar e para informação à DAU. Observou que a ser assim lhe parecia que seria uma situação rápida de resolver, mas que iria acompanhar o processo. O Senhor Vice-Presidente, agradeceu as intervenções reforçando que o Senhor Vereador iria acompanhar diretamente esta questão que estaria próxima do final para depois passar para a Divisão de Urbanismo, fazer-se a vistoria e emitir-se a licença de habitação. O Senhor Carlos Milheiriço, morador na Rua Dr. Patrício Gouveia, Quinta da Charnequinha, Foros de Amora, 2845-272 Amora, cumprimentou os presentes, referindo que o problema que o trazia à reunião era muito idêntico ao colocado pelo anterior munícipe, sendo que também já tinha solicitado uma licença de habitação há já algum tempo.

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Mais referiu que lhe tinham dito que tinha de mudar o contador de obra para contador definitivo, sendo que já tinha tentado marcar reunião com engenheira Ana Tavares, por três vezes, andando há um mês a tentar, sem sucesso. Salientou que fora sempre muito bem atendido pelas pessoas que lhe atendiam o telefone e que até tinha havido uma funcionária que lhe disseras: “olhe não sou eu que marco, mas vou marcar para a minha colega” e que passados dez minutos já lhe estava a telefonar novamente a dizer: “já disse à minha colega e ela vai contacta-lo”. Ainda assim referiu que até hoje continuava à espera, sublinhando que há trinta anos que trabalhava com esta Câmara e que até fugia das outras câmaras porque a Câmara Municipal do Seixal dava uma resposta que não encontrava noutras câmaras, mas que neste momento se passavam estas situações. Referiu que antigamente se tinham trezentos, quinhentos ou seiscentos processos de obra por ano e resolviam-se todos e agora o seu processo era o 56/B/2010, levantado no dia vinte de dezembro e se esperava seis ou sete meses. Observou que levava mais tempo a tirar os papéis na Câmara para legalizar uma construção, do que a construi-la. O Senhor Vereador Joaquim Tavares, sobre este assunto referiu que não o tinha conseguido identificar porque não tinha o número do processo, mas que iria pedir informação sobre ele aos serviços para saber em que ponto estava. Referiu que lhe tentaria dar informações ainda no decorrer da reunião. O Senhor Vice-Presidente, referiu que já tinha tomado nota do número do processo na folha de atendimento e que se iria tentar dar despacho urgente a esta situação, ficando o compromisso de tentar resolver a questão. O Senhor Júlio Nunes, morador na Rua das Aroeiras, 22, Belverde, 2845-489 Amora, cumprimentou os presentes e referiu que estava em representação da Nunometal, uma empresa metalúrgica, sedeada no Fogueteiro, nas antigas instalações da Filosela. Acrescentou que as instalações estavam situadas num terreno que tinha comprado à Filosela, em mil novecentos e setenta e nove. Esclareceu que, ao longo dos anos, lhe tinha sido solicitado pela Câmara Municipal, inclusivamente a apresentação de um projeto de obras para o local, em conjunto com a Filosela. Referiu que tinham gasto cerca de oito mil contos no projeto e que a Câmara, até hoje, o tinha ignorado, vindo ao longo do tempo a fazer novos projetos com o arquiteto Salgado e outras coisas mais sem dar a mínima credibilidade à situação da empresa. Mais referiu que, neste momento, tinham pavilhões que eram de origem, da altura da construção da Filosela, há mais de sessenta anos e que estavam em decadência, toda a estrutura do telhado que era de madeira estava apodrecida. Sublinhou que precisavam de fazer obras naquilo, mas que para isso precisavam de saber, na Câmara, qual era a situação de toda aquela parte do Fogueteiro, da Filosela e da Nunometal, até porque, em tempos, o senhor arquiteto Gabriel lhes tinha dito que quando arranjassem um comprador o trouxessem a Câmara. Referiu-se de seguida à outra parte do terreno, onde estavam as instalações das oficinas da Câmara sobre o qual fora sempre dito que não se podia vender, sendo que se tinha ficado neste impasse durante estes anos todos, sem saber o que fazer. Sublinhou que agora aquilo estava em decadência e precisavam de fazer obras, pelo que queriam saber concretamente o que a Câmara pretendia com aquele espaço, aqueles terrenos. Recordou que, em tempos, tinham entregue uma carta à Câmara a fazer uma proposta com uma alternativa àquilo que a Câmara pretendia e que, até hoje, não tinham obtido qualquer resposta. Referiu que naturalmente que queriam compensações para sair dali que e nunca se tinham oposto à Câmara, até sugerindo alternativas de compensações, precisavam era de ter uma resposta da Câmara para saber o que podiam fazer. Reforçou que tinham de reestruturar os telhados porque estavam em decadência e que tinham pessoas lá a trabalhar e um dia ainda havia ali um desastre.

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O Senhor Vereador Jorge Gonçalves, em primeiro lugar referiu-se ao ponto de situação sobre o plano de pormenor da Torre da Marinha/Fogueteiro, aprovado pela Câmara em outubro e, por isso, do conhecimento dos senhores vereadores. Mais referiu que sobre o plano e o seu conteúdo fora dada informação ao senhor Manuel Nunes em concreto sobre o que a Câmara projetara para aquela zona ou seja continuar a manter uma proposta que era afeta a atividades económicas. Acrescentou que, por isso, não estava em causa aquilo que era a utilização do espaço independentemente daquilo que pudessem ser os projetos, as intenções que os senhores tivessem para aquela zona. Depois e em relação às propostas mais antigas referiu que, nesta altura, não tinha o ponto da situação, até porque na reunião que fizera com os senhores não fora colocado nenhum projeto concreto, mas sim a preocupação em relação ao uso do solo. Quanto ao plano pormenor e como os senhores e os senhores vereadores sabiam, referiu que era um plano que, neste momento, ainda aguardava, por parte das entidades, da CCDR a da sua conferência de serviços, a aprovação final. Ainda assim referiu que os objetivos foram no sentido de manter aquilo que eram os direitos de todos os proprietários, no quadro do plano de pormenor, e utilizar aquilo que eram as mais- valias do desenvolvimento do plano para a recuperação daquilo que era uma zona determinante e estratégica para a entrada do Concelho, nomeadamente no que dizia respeito à questão viária, mas também à questão do corredor verde do Rio Judeu. Sublinhou que o plano de pormenor não podia ser encarado como impedimento, mas sim como uma mais-valia para aquilo que podia ser o desenvolvimento daquela zona, acrescentando que se existissem propostas concretas em relação à dinamização daquilo que era o existente hoje e que quisessem apresentar, naturalmente que a Câmara estava disposta para reunir. Reforçou que na reunião realizada não fora apresentado qualquer projeto concreto e que a Câmara Municipal estava disponível para aquilo que os senhores considerassem importante apresentar para a área, reiterando de qualquer das formas a disponibilidade para se agendar uma reunião. O Senhor Vereador Paulo Cunha, referiu que relativamente a esta situação em concreto sempre assumira uma posição de absoluta neutralidade, mais do que neutralidade, não tinha votado nada, porque desde o início, e era do conhecimento público ou pelo menos do conhecimento dos senhores vereadores e do Senhor Presidente da Câmara, que ele representava, como advogado, estes senhores em outro processo. Acrescentou que tinha abdicado de ser advogado neste processo por ser vereador, sendo que, apesar disso, nunca mais fizera nenhuma abordagem a este tema. Ainda assim referiu que hoje tinha resolvido intervir, não para falar do caso da Nunometal em particular, mas porque entendia que enquanto vereador não podia deixar de referir uma outra situação que lhe vinha a fazer alguma confusão ao longo dos tempos, em concreto a extensão de tempo que tinha decorrido em relação a esta situação. Referiu igualmente que no mandato anterior na Assembleia Municipal também não fizera qualquer intervenção e não votara em nada que tivesse a ver com esta questão, assim como não tinha participado na apresentação pública deste plano feita na Torre da Marinha, no Torrense, há dois ou três anos. Recordou que este processo tinha muito mais anos e que havia muito mais componentes relativamente a este processo do que simplesmente estas duas empresas aqui referidas, a Filosela e a Nunometal. Acrescentou que existiam muitos mais pequenos proprietários que estavam com a sua vida suspensa, ao longo destes anos todos, entendendo que era altura da Câmara Municipal perceber e dar a entender aos munícipes daquelas zonas o que queria verdadeiramente fazer, o que queria fazer relativamente a este plano de pormenor, se era para avançar ou não, e quando. Referiu que as pessoas tinham as suas vidas suspensas, não faziam obras de remodelação porque há anos que estavam à espera que tudo aquilo viesse abaixo, que o novo plano entrasse em ação. Observou que esta não era a única situação no Concelho.

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Esclareceu que fora por isso que tinha resolvido hoje quebrar o silêncio relativamente a esta situação, parecendo-lhe que estava na altura de se ser claro e da Câmara Municipal do Seixal assumir a sua responsabilidade e eventualmente fazer uma nova reunião, com todos os proprietários daquela zona para fazer o ponto da situação. Terminou dizendo que estas pessoas mereciam saber o ponto da situação exato. O Senhor Vereador Jorge Gonçalves, referiu que em abstrato e do ponto de vista teórico partilhava as preocupações do Senhor Vereador Paulo Cunha, sendo que era preciso que também houvesse o contributo por parte da administração central porque, de facto, em abstrato e do ponto de vista teórico concordavam com a questão do tempo de tramitação de planos de pormenor já para não referir a questão do PDM. Referiu que, do ponto de vista das entidades centrais, era perfeitamente inaceitável o tempo que demorava e que era verdade que, em relação aquilo que eram as mais-valias para o território, esse tempo era perfeitamente bloqueador desses modelos de desenvolvimento. Mais referiu desejar que este Governo conseguisse contribuir para que essa realidade fosse diferente, até porque do ponto de vista do Município a verdade era que essa estratégia já estava definida há muito tempo. Depois em relação à questão concreta, referiu que não lhe parecia que houvesse uma questão de suspensão, repetindo que se havia questões novas, se havia um projeto que quisessem apresentar, que se apresentasse e discutisse, até por uma preocupação de compatibilização daquilo que era a estratégia com aquilo que era a propriedade que estava no local. Em relação ao plano já aprovado pela Câmara Municipal referiu que, neste momento, ainda não estava aprovado por parte das entidades da administração central, mas que ele, por si só, não era bloqueador do que lá estava. O Senhor Vice-Presidente, considerou importante a vinda do Senhor Júlio Nunes à Câmara, aliás como todos os outros munícipes, mas neste caso em particular devido à importância estratégica desta área do território do Concelho. Valorizou o facto da Câmara Municipal ter avançado para um plano integrado que pretendia exatamente conferir a toda aquela área uma coerência global, em termos de acessibilidades, em termos de equipamentos, em termos de infraestruturas e espaços verdes. Recordou que se tratava de uma zona muito sensível e muito estratégica, desde o nó do Fogueteiro, passando pela zona onde se iria instalar o novo hospital do Seixal, acabando um pouco a sul com o próprio IC32. Acrescentou que era de facto uma área muito estratégica, de futuro e que se pretendia preservar em termos do seu planeamento e desenvolvimento. Referiu que existira a preocupação de se elaborar um plano de pormenor, um instrumento de planeamento que, infelizmente e como muito bem diziam os senhores vereadores, demorava tanto tempo, não só no que se referia ao tempo que os projetos demoravam a fazer, porque tinham de ser projetos bem pensados, bem planeados, mas depois também o tempo que a administração central demorava para aprovar estes projetos e estes planos. Sublinhou que era precisa uma maior agilização de todos estes processos de apreciação e de licenciamento de todos estes instrumentos de planeamento, ficando o desafio também para o Estado Português no sentido de conseguir dar esse passo, de descentralizar essas competências, que eram castradoras de iniciativas, do desenvolvimento. Terminou reforçando que, como dissera o Senhor Vereador Jorge Gonçalves, a Câmara estava disponível, se assim o entenderem, para se agendar uma reunião para fazer o novo ponto de situação e até perceber se há algum desenvolvimento em termos de dinâmica, algum investidor, alguém que quisesse pegar naquela área de território para depois se enquadrar e analisar. O Senhor Manuel Nunes, morador na Praça Luís de Camões, 30 R/c, 2840 Seixal, cumprimentou os presentes e referiu que tinha um problema, que estava à espera que lhe dessem uma resposta desde nove de setembro de dois mil e cinco acerca de um lote de terreno que tinha na Quinta do Cabral, na avenida. Acrescentou que tinha começado em dois mil e quatro.

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O Senhor Vereador Jorge Gonçalves, em primeiro lugar referiu que não tinha de cor o processo de dois mil e quatro, mas que se fosse o mesmo que o senhor já tinha colocado na reunião que tinham realizado, então já lhe tinha sido dada uma resposta. Mais referiu que sabia que a resposta não fora do agrado do munícipe porque se tratava de um lote na Quinta do Cabral que estava localizado dentro das medidas preventivas da passagem do corredor do espaço canal do MST e que tal justificava então este processo 104/B/2004, já que havia um pedido de viabilidade e na altura, por estar dentro do espaço canal, não fora deferido. De seguida esclareceu que sendo este o processo o Senhor Nunes já tinha essa informação, acrescentando que a questão que se estava a avaliar, tendo em conta a nova situação, ou seja um maior grau de definição devido aos calendários, tinha a ver com o facto de com a definição do projeto de execução o espaço canal ser reduzido automaticamente, podendo já não apanhar o terreno do senhor Nunes. Se tal acontecesse, se o metro não passasse por cima do lote, então já se poderia viabilizar esse terreno. Observou que esta não era a situação pior, tendo em conta o espaço que existia liberto, nesta zona não era a zona com mais constrangimentos, mas a verdade era que existia este constrangimento do espaço canal do metro. Terminou solicitando ao Senhor Vereador Joaquim Santos que informasse sobre o ponto de situação mais atual do metro, acrescentando que em relação ao senhor Nunes se tinha ficado de proceder à avaliação já referida e de transmitir esse ponto de situação. O Senhor Manuel Nunes, observou que em Corroios se tinha resolvido o problema e que aí era mais estreito e que tinha falado com um arquiteto que lhe dissera que a Câmara não resolvia o problema porque não queria, porque em Corroios o tinha resolvido e era mais estreito. O Senhor Vice-Presidente, apresentou uma breve explicação que pensava ser útil para todos perceberem, para os senhores vereadores e para os munícipes aqui presentes, começando por dizer que o Estado Português quando concessionara o MST o tinha feito em três partes: a primeira, a segunda e a terceira fase e que o espaço canal do metro, até à Baixa da Banheira, tinha sido preservado. Mais esclareceu que existia um decreto-lei, que pensava que era de mil novecentos e noventa e oito, que estabelecia o espaço canal do MST, ou seja um espaço que para construções futuras estava sempre condicionado por aquela servidão de domínio público ferroviário. Referiu que esta era uma questão que trazia sempre imensos problemas, dando o exemplo até do IC32 onde o estudo prévio definia um espaço canal de duzentos metros mas que depois da obra feita se reduzira para cento e cinquenta metros, acontecendo o mesmo no caso presente. Referiu ainda que fora por isso mesmo que se tinha resolvido em Corroios onde como se tinha aprovado o projeto de execução se tinha reduzido o espaço que devia estar preservado e depois da obra estar feita fora o que acontecera, podendo o resto ser alvo de licenciamento municipal. Quanto ao caso concreto referiu que a área estava incluída na terceira fase - Fogueteiro/Baixa da Banheira, sendo que no torço em apreço a Câmara Municipal tinha feito uma nova proposta para o traçado da segunda e terceira fases, proposta enviada ao Governo, em julho de dois mil e dez, há quase dois anos e ainda não tendo obtido qualquer tipo de resposta. Recordou que entretanto o Governo tinha extinguido o Gabinete do MST, estando neste momento a REFER com este dossier do MST. Informou que já se tinha remetido, em fevereiro deste ano, esse estudo onde se previa um novo traçado para a segunda e terceira fases. Sublinhou que no sítio onde o senhor tinha o terreno que era a Avenida Carlos Oliveira iria passar o traçado do metro, continuando a Câmara a propor que o metro passasse por aí, por essa via. Referiu que não obstante se podia sinalizar esta situação e colocar a questão junto da REFER, sendo que se teria sempre de falar com a REFER porque era a empresa que administrava este domínio público ferroviário ou esta servidão, no sentido de se perceber se era possível ou não, dentro daquela área, desenvolver algum tipo de projeto. Sugeriu que se agendasse uma reunião, até com a presença do Gabinete MST e se pudesse fazer uma avaliação do estado atual da situação para a colocar junto da REFER e ver se existia algum feedback positivo ou negativo. Acrescentou que assim o senhor também perceberia quem estava

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a empatar e perceberia que não era a Câmara Municipal e que seria, neste caso, a administração central. Terminou reforçando a sugestão de se agendar uma reunião conjunta para análise do problema com os técnicos da Câmara e para depois se tentar ajudar o munícipe nesse caminho. Observou que a Câmara tentaria fazer o papel de aproximar a administração local e central para que o senhor pudesse ver alguma luz para o seu problema. II – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA. • PELA GESTÃO PÚBLICA DA ÁGUA. TOMADA DE POSIÇÃO. O Senhor Vice-Presidente, sugeriu que se começasse este período pela tomada de posição pela gestão pública da água solicitando ao Senhor Vereador Joaquim Tavares que elucidasse sobre os motivos, objetivos e motivações da mesma. O Senhor Vereador Joaquim Tavares, cumprimentou os presentes esclarecendo que a proposta de moção que se trazia vinha no seguimento daquilo que consideravam que era o serviço público de abastecimento de água e saneamento e da situação era que se encontrava, ameaçado por esta estratégia neoliberal que tinha em vista privatizar estes setores. Mais referiu que a privatização da água não era uma intenção nova, mas que se tratava de um setor com elevado potencial de lucro e de um bem sem qualquer substituto, sendo que esta ação vinha a merecer a reprovação dos munícipes e dos cidadãos de muitos países da Europa e tinha tido recuos significativos em alguns países designadamente em Itália, França e Alemanha. Acrescentou que, ainda recentemente, a Câmara Municipal de Paris que tinha entregue os serviços de água os tinha voltado a chamar à sua responsabilidade. Recordou que em Portugal depois da revisão constitucional de mil novecentos e oitenta e dois tinham sido removidas as barreiras à privatização do serviço de água e saneamento e criadas condições para entregar, ao privado, a gestão deste bem. Sublinhou que as competências do poder local definiam a prestação de serviços de proximidade e que como era óbvio tal era o caso das questões ligadas à água e ao saneamento, que se inseriam num movimento mais geral de democratização da sociedade portuguesa e no reconhecimento da democracia que enriquecia com o movimento dos cidadãos. Referiu que defendendo o direito à água para todos e com um regime de tarifários revelador de profundas preocupações sociais a Câmara Municipal sempre tivera uma postura que considerava reveladora de grande atitude e compreensão relativamente a estas questões. Recordou que, nos últimos três anos, a água apenas tinha aumentado 3% pelo que se se considerasse aquilo que fora o aumento da inflação, nestes três anos, tal era bem elucidativo da postura da autarquia relativamente a esta matéria. Salientou que já as intenções do Governo prevendo, para dois mil e doze, o início do processo de privatização do grupo Águas de Portugal, eram bem elucidativas do que estava em causa, tratando-se de vender, por um preço muito mais baixo do seu valor real, um património que era de todos e entregar às multinacionais o controlo de componentes essenciais do abastecimento de água. Referiu que era uma política de privatização que naturalmente teria consequências sobre os consumidores portugueses de uma forma geral e que vinha ao encontro daquilo que eram as restantes políticas de austeridade. Acrescentou que iria permitir um aumento generalizado dos preços e tarifas daquilo que eram serviços públicos, incluindo a fatura da água. Mais referiu que, nesse sentido, se proponha com esta moção manifestar a oposição a esta intenção de privatização, expressando a oposição da retirada de competências aos municípios e afirmando a determinação de defender o direito do acesso à água para todos, dando continuidade a um serviço de abastecimento de água às suas comunidades de elevada qualidade, com controlo e gestão pública local. Terminou dizendo que se proponha ainda a adesão à campanha “A Água é de Todos”, subscrevendo o respetivo manifesto que fora distribuído em anexo aos senhores vereadores.

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O Senhor Vereador Paulo Cunha, começou por referir que para si esta era uma questão um pouco mais complicada, porque doutrinariamente não era a favor do que este Governo estava a fazer nesta matéria. Observou, aliás, que dentro do próprio PSD havia várias correntes de opinião, umas mais liberais, outras menos liberais, não sendo ele um dos que partilhava as correntes de opinião absolutamente liberais. Mais referiu que um dos bens que sempre defendera que o Estado deveria considerar e tutelar era a água, pelo que esta era quase uma questão de princípio, devia ser uma declaração de interesses. Em segundo lugar e não obstante afirmou que não concordava com a maior parte dos considerandos desta moção, sendo que estava idealizada com um conjunto de pré considerandos ou de argumentações, depois com três considerandos e finalmente a deliberação, com quatro pontos. Referiu que os pré-considerandos eram manifestamente ideológicos, nos quais ele não se revia em quase nada, existindo um conjunto de manifestos claramente ideológicos que também não iam de acordo com os seus princípios, com aquilo que defendia, apesar de não defender a privatização da água. Observou que não iria defender a não privatização da água com um conjunto de considerandos que não eram os seus, pelo que não iria certamente votar favoravelmente uma moção nesses termos, dando como exemplo o segundo parágrafo, onde se podia ler: “O serviço público de abastecimento de água e saneamento é um dos sectores que se encontra seriamente ameaçado por esta estratégia neoliberal” (…) “a coberto das políticas de saneamento das contas públicas”. Referiu que se deveria ter um bocadinho de cuidado com as palavras não se sabendo por exemplo da necessidade que efetivamente existia em termos do Estado de fazer esta privatização, não se sabendo se era por uma vontade ideológica ou por manifesta necessidade. Por outro lado e ainda sobre os considerandos recordou que se estava a falar de intenções que o Governo tinha manifestado e que até parecia que se estavam já a dar como assentes e que iria ser de determinada forma. Referiu que se se dissesse que não se era favorável à privatização da água por uma questão de princípio, por uma questão de assegurar um bem público essencial e que a melhor forma de assegurar esse bem público essencial era não haver privatização, encontrando-se outras medidas ou privatizando apenas um determinado setor, eventualmente até poderia votar de acordo, agora com este teor, dando como perfeitamente assente situações que ainda não estavam assentes, não. Finalmente e quanto à deliberação em si referiu que manifestava a sua oposição de princípio porque primeiro no ponto número dois onde se dizia: “Expressa a sua total oposição à retirada de competências aos municípios, nomeadamente em matéria de água e saneamento”, sendo que esta era uma afirmação genérica a aplicar a todos os municípios. Terminou dizendo que concordava integralmente com o número três: “Afirmar a determinação em defender o direito de acesso à água para todas as pessoas dando continuidade a um serviço de abastecimento de água às suas comunidades, de elevada qualidade, com controlo e gestão pública local”. Já tendo dificuldades em concordar com o ponto quatro: “Adere à campanha "ÁGUA É DE TODOS", subscrevendo o respetivo Manifesto”, já que o manifesto tinha uma carga ideológica, mas que não seria de todo o que mais o chocava. O Senhor Vereador Luís Cordeiro, cumprimentou os presentes e sobre a moção referiu que o Governo atual e não só, mas o Governo atual de forma mais incisiva tinha quase uma aversão aquilo que era público e de uma forma que ultrapassava tudo aquilo que era inimaginável. Observou que vinha a promover, nos últimos tempos, um conjunto de privatizações, tendo ido buscar como o grande mentor e o grande executor dessas privatizações um senhor, que nem fora eleito, o senhor António Borges. Reforçou que era de facto inqualificável até se se fosse fazer uma comparação daquilo que era um conjunto de setores estratégicos que qualquer país, que quisesse ter determinada autonomia e alguma capacidade de gerir o futuro e as condições de vida da sua população, não podia alienar completamente e países como a França e a Alemanha, por exemplo.

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Referiu que o conceito que muitas vezes era aplicado de que a proteção ou que a posição de defesa de setores públicos era uma posição de quem queria um Estado omnipotente e um Estado que intervinha completamente na vida económica não era real. Observou que um Estado devia existir claramente para defender os interesses das suas populações, referindo-se de seguida à questão concretamente da energia com a completa alienação da EDP não a um setor público, mas sim à República Popular da China, ao Estado chinês. Salientou que não era normal uma EDP nas mãos do Estado português, mas já era bom a EDP nas mãos do Estado chinês, situação que não conseguia perceber, tendo acontecido o mesmo com a REN, outro setor fundamental que era a distribuição da energia e que, por coincidência, também fora para uma empresa chinesa. Chamou a atenção para o facto de se querer vender à população a ideia de que era fundamental levar a efeito a privatização desses setores, sendo tal uma completa demagogia sobre a qual a população deveria ter perfeita consciência. Recordou e concretamente no caso da EDP e naturalmente depois no caso das águas, que se tratava de uma empresa que apresentava lucros e de onde o Estado recebia dividendos, em função da percentagem que detinha no seu capital social e que se se analisasse daqui a uns anos, o dinheiro que os chineses pagaram pela participação do Estado, estaria mais que coberto em termos dos dividendos que o Estado receberia, ao longo dos anos, se continuasse na posse dessa percentagem do capital da EDP. Sublinhou que essa percentagem do Estado não impedira nunca que a EDP funcionasse num mercado aberto, mais um argumento demagógico e que a questão da água era bem mais grave, porque se tratava de um bem único para a vida, o bem mais fundamental para o ser humano e um bem que, infelizmente, não tinha capacidade de se reproduzir, era um bem finito. Referiu que neste momento já começavam a existir alguns conflitos, até em termos internacionais, por causa da questão da água e que todos os países queriam ter a capacidade de gerir e ter a capacidade de apoiar as suas populações, tendo na gestão da água uma estratégia fundamental da sua autonomia e independência. Por outro lado referiu que haveria sempre o argumento de que a intenção não era privatizar a totalidade da Águas de Portugal, mas sim privatizar só 49% sendo que os outros 51% eram a maioria, pelo que os privados que comprassem os 49% não teriam peso nenhum na gestão da água. Sublinhou que tal era completamente falso, não havendo ninguém que viesse comprar 49% da Águas de Portugal para ficar refém de quem detinham os outros 51%, era completamente demagógico. Referiu que quem viesse investir, de uma forma factual compraria os 49%, mas teria um peso na gestão das águas quase total, como se dizia que já acontecia com os chineses que não tinham comprado, nem perto, 49% da EDP, mas já tinham um peso e uma influência brutal em termos da gestão da empresa. Observou que não era necessário ter a maioria do capital, pois faziam-se parcerias, traçavam-se influências para garantir isso mesmo e dizer o contrário era uma completa demagogia. Referiu ainda que a questão do ponto de vista ideológico devia ser colocada porque neste momento se estava a assistir a todo um desenvolvimento da implementação das políticas deste Governo, assentes num modelo ideológico claramente definido, ou seja retirar o Estado de todo o setor estratégico, a nível da economia. Para o colocar, cada vez mais como refém de grandes interesses privados que só viam o seu interesse no lucro. Mais referiu que era claro que a questão ideológica tinha de estar aqui vertida, até porque a intenção da parte do Governo também assentava numa questão ideológica, naturalmente que a posição era uma posição ideológica por parte do Governo, não poderia deixar de ser ideológica, caso contrário eram completamente hipócritas. Observou que não valia a pena branquear as situações ou definir quem estava de um lado e quem estava de outro porque a água era um bem fundamental e um bem que, na sua maioria, quase a sua totalidade estava no sobsolo de um país que não era pertença de ninguém, em privado, não podia ser, tinha de ser pertença do povo que habitava nesse território. Acrescentou que não era possível conceber a alienação de um bem que fazia parte do território, não era efetivamente propriedade privada, de ninguém, não podia ser nunca.

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Depois e sobre um dos argumentos do Senhor Vereador Paulo Cunha quando dizia que não havia uma garantia da privatização, observou que dizia um jornal semanal, no dia vinte e um de abril o seguinte: “o senhor Afonso Lobato Faria ocupou a Presidência do grupo Águas de Portugal há dois meses e meio com a missão de reorganizar o setor para o depois o concessionar a privados” e “o processo de concessões avançar em 2013 e o modelo de privatização do setor dos resíduos definidos nos próximos meses durante 2013 se possa realizar”. Repetiu que tinha sido nomeado um administrador para o Grupo Águas de Portugal com o objetivo muito claro de reorganizar os setores da Águas de Portugal, fundi-los e criar cinco grandes grupos a nível do Norte, Centro, Lisboa Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, para assim criar condições de o tornar mais apetecível à venda. Referiu ainda assim que existia o argumento das dívidas que tinham para com a Águas de Portugal porque, apesar da Águas de Portugal não ser uma empresa com problemas financeiros, até tendo tido lucros, no ano dois mil e onze, na ordem dos oitenta e nove milhões de euros e em dois mil e dez de cento e nove milhões de euros, tinha sim um problema de dívidas na ordem dos três mil milhões. Sobre esta matéria referiu ainda que depois se jogava com as dívidas que se argumentava que as autarquias tinham para com a Águas de Portugal, pelo que era fundamental também haver uma gestão rigorosa por parte dos serviços para que estes argumentos não fossem utilizados como arma de arremesso e para se dizer que não havia uma gestão correta. Acrescentou que a partir dai se argumentava sempre que o privado geria muito melhor que o público, o que não era verdade. Perante o exposto referiu que sem dúvida nenhuma que a situação da moção em si era claramente correta. Ainda assim referiu que tinha tido a curiosidade de ir ao site do www.aguadetodos.com para ver quem estava ligado ao site, as pessoas que estavam no site, sendo que acreditava que a questão da água devia ser uma questão transversal e que não aceitava e não lhe agradava muito ver que algumas forças políticas tentavam fazer esticar a bandeira como sendo elas as únicas defensoras da água como um setor impossível de alienar. Sublinhou que aquilo que lhe agradava era que estes grupos que se criavam, estas estruturas que se criavam fossem o mais abrangentes possíveis e o mais abertas possíveis e não tivessem a intenção de alguém se assumir como maior defensor do que outros. Terminou solicitando informação acrescida sobre um documento que tinha passado nas informações e que dizia respeito às águas e em concreto à Associação Intermunicipal de Águas, a AIA, até porque o Município do Seixal fazia parte dessa Associação. A Senhora Vereadora Helena Domingues, apresentou os seus cumprimentos a todos e começou por referir que esta moção, como não podia deixar de ser, era feita também no plano ideológico, até porque o que estava subjacente a toda esta moção era uma questão iminentemente ideológica, a privatização da água. Mais referiu que era neste contornos que se tinha de analisar este problema, não se podia analisa-lo sem índole de contornos ideológicos e que enquanto representante do PS, nesta Câmara não tinha pejo nenhum em afirmar que eram contra a privatização da água. Salientou que a água era um bem essencial, que até há alguns anos a esta parte se achava que era um bem abundante no planeta e não tinha grande importância em termos económicos, mas que hoje em dia se sabia que não era assim. Acrescentou que a água era essencial não só à vida humana, como a todos os seres vivos e era um bem finito, o que fazia com que, neste momento, já em algumas áreas do mundo a sua escassez fosse notória e que vários analistas, vários estudiosos, tivessem chegado à conclusão que a água seria, futuramente, um dos bens mais apetecíveis em termos comerciais. Referiu que não havia vida sem água, a água iria ser escassa e que tudo aquilo que era escasso e essencial era apetecível, pelo que o seu preço iria necessariamente aumentar, sublinhando que sendo um bem essencial devia permanecer sobre alçada do Estado, o Estado tinha que continuar a ter um conjunto de bens, um conjunto de setores estratégicos, para puder ter alguma soberania económica, tinha de poder assegurar aos seus cidadãos a fruição de bens essenciais, como a água.

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Observou que não era preciso ser muito eloquente nestas matérias para saber que quando um particular investia o fazia com um único fim, que era o lucro, que ninguém iria investir num setor que sabia que não iria dar lucro. Repetiu o já referido pelo Senhor Vereador Luís Cordeiro, sobre o facto da Águas de Portugal não ser uma empresa que desse prejuízos, ainda que com o problema das dívidas, nomeadamente as dívidas dos municípios. Referiu que se tinha de pugnar por uma gestão efetiva das empresas públicas e para que empresa pública em Portugal não fosse sinónimo de má gestão e despesismo, sendo que as empresas públicas tinham era de ser responsabilizadas, reorganizadas e convenientemente geridas. Pelo exposto referiu que estavam completamente de acordo e que como dizia o Senhor Vereador Paulo Cunha, apesar de ser uma questão iminentemente ideológica estavam completamente de acordo com o facto da se tratar de uma questão que devia ser mantida no setor público. Terminou repetindo que devia continuar a ser uma gestão pública e não devia haver qualquer privatização das águas, sob pena de se estar a alienar algo completamente essencial e ficar-se dependentes, no futuro, de quem quer que comprasse este bem, uma dependência muito maior que aquela que já existe do petróleo, pelo que iriam subscrever esta moção. A Senhora Vereadora Vanessa Silva, cumprimentou os presentes e referiu que este assunto que hoje aqui era proposto a debate e valorizando muito a forma como o Senhor Vereador Joaquim Tavares aqui o tinha colocado, era um assunto que poderia ser tema de uma conversa bem mais longa do que esta. Acrescentou que tal certamente traria, sempre, a cada um mais conhecimento sobre uma questão que era fundamental à vida como aqui já fora dito, não só à sobrevivência da espécie humana, mas também há vida com qualidade como a defendiam e a queriam construir. De seguida referiu que se tinham ouvido apreciações sobre as questões de caracter ideológico e que estava de acordo com aqueles que antes de mim se pronunciaram dizendo que esta era uma questão ideológica, não se devendo ter medo das palavras, porque as ideologias refletiam a vida concreta e real. Mais referiu que a questão da água era um problema concreto e real e portanto se havia setores da economia em que podia ser difícil ou menos unanime a identificação de setores fundamentais à vida, neste caso, no caso da água não havia essa dificuldade de identificação, sendo que todas as forças políticas representadas na Câmara tinham identificado a água como algo essencial à vida, um bem essencial à vida. Sublinhou que se podia dizer que as intenções do Governo português, intenções que neste caso estavam já plasmadas no quadro do seu programa eleitoral, ainda enquanto partido candidato à Assembleia da República, eram intenções mais do que anunciadas e que existiam também medidas concretas. Referiu que os eleitos enquanto representantes das populações tinham também o dever de tomar posição para que estas diferentes vozes chegassem junto do Governo e pudessem também levar os senhores ministros a uma reflexão no sentido que este não era um caminho. Repetiu que era uma questão ideológica e que o que se estava a passar relativamente à privatização da água era exatamente a subordinação do poder político ao poder económico, porque se pretendia entregar a uma entidade privada, não só a gestão de um bem público, mas a propriedade de um bem público. Reforçou que a privatização da Águas de Portugal não era só uma questão de gestão, era uma questão de propriedade de um bem que era público e fundamental à vida. Salientou que tirar este bem do controlo das populações significava uma total ausência de controlo popular e a perpetuação do sistema de exploração, do homem pelo homem, que era o capitalismo onde se vivia, questão também de caráter ideológico, mas que tinha reflexos concretos na vida de cada um. Observou que com palavras mais ou menos elaboradas, no dia em que não se tiver água nas torneiras, em que as fábricas não tiverem água para laborar, em que os postos de trabalho ficarem ainda mais em causa ou não se tiver água para o cultivo da terra, ai a questão não só da vida de qualidade, mas da própria sobrevivência ficaria em causa com certeza, pelo que pensava que se devia, de facto, tomar esta posição.

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De seguida referiu-se a mais uma questão colocado pelo Senhor Vereador Paulo Cunha em concreto sobre a gestão dos municípios, salientando que a história do país existia, enquanto povo, e que antes do 25 de Abril não se tinha acesso à água como se tinha hoje, em que em muitos localidades do país havia um único ponto de acesso à água, ou se tirava do rio diretamente para muitas tarefas domésticas e inclusive até para consumo humano. Continuando referiu que fora com o 25 de Abril e nos três anos a seguir, com o assumir de competências por parte dos municípios, que se tinham criado as redes de abastecimento de água para consumo humano e também as redes de saneamento. Pelo exposto afirmou que da experiência fora a gestão de cada um dos municípios, avaliando o conjunto, que tinha permitido não só a construção das primeiras redes de água e de saneamento, mas também a sua gestão, a sua valorização, o chegar ao conjunto dos lugares, das vilas, das localidades do país. Recordou que no Seixal se tinha um trabalho pioneiro não só do ponto de vista do acesso à água mas da própria qualificação de toda a rede e do meio, e uma qualificação permanente, sendo igualmente verdade que no conjunto do país os municípios tinham tido este papel, demostrando-se, ao longo destes anos que, em mil novecentos e setenta e sete, o legislador tivera razão quando tinha entregue esta competência aos municípios. Nesta sequência perguntou porque se tentava hoje “mandar” tantas competências para cima dos municípios, competências para as quais os municípios não tinham vocação, não tinham condições de assegurar e por outro lado se tentava retirar uma competência que estava demonstrada, na prática, que os municípios asseguravam e bem. Observou que só podia ter um objetivo que era retirar-se do controlo popular aquilo que era um bem essencial à vida, sendo esta a questão essencial, porque os municípios, os titulares dos órgãos, eram eleitos pelas populações, enquanto o administrador do conselho da administração da empresa era lá colocado pelo seu patrão, pelo proprietário da empresa. Referiu que era muito diferente, aquele que era o controlo público popular que se tinha sobre um sistema de água que era público, que era do Estado e aquele que era de uma empresa privada, sendo que a importância dos municípios era esta mesma. Acrescentou que pela proximidade que tinham com o cidadão, por já terem demonstrado serem capazes de fazer, porque garantiam este controlo popular sobre um bem que era essencial à vida de todos e não só de alguns e à vida do ponto de vista da sobrevivência humana e à vida com qualidade. O Senhor Vereador Joaquim Tavares, deixou duas notas sobre a discussão, uma primeira que tinha a ver com as dívidas à Águas de Portugal, sendo relativa essa questão aqui na Península. Recordou que 49% do capital das empresas eram dos municípios e portanto não eram dívidas à Águas de Portugal, eram dívidas às empresas nas quais a Águas de Portugal era representante do Estado e detinha 51% do capital, mas também aos municípios. Acrescentou ainda que havia outras nuances, sendo que por exemplo no caso da Simarsul, dez milhões de euros da dívida eram da responsabilidade do Estado, porque tinha apresentado uma candidatura a fundos comunitários com o tratamento das suiniculturas e assumindo a responsabilidade sobre isso e hoje estavam “presos” dez milhões precisamente por esse problema não estar resolvido. Referiu que o Estado dizia que assumia a sua responsabilidade, mas ainda não tinha postado, na empresa, os dez milhões de euros. Referiu-se ainda a outra questão, à adesão de Setúbal ao sistema que foi também o Estado que tinha empurrado para essa situação num momento em que já havia uma concessão e depois de aderir ao sistema o Estado tinha vendido a empresa concessionária do sistema das Águas do Sado, criando agora maiores dificuldades à empresa. Recordou igualmente que na Península se tinha tido apoios de 30% enquanto outros sistemas tinha tido 70% de fundos comunitários, pelo que tinham sido as autarquias a subsidiar toda esta obra. Referiu que viera a público, por várias vezes, e nas últimas semanas, que havia muitos dinheiros que não tinham sido investidos no QREN e que poderiam ser utilizados para resolver este problema. Reforçou que as dívidas eram relativas e que dependia também da vontade do poder central a resolução dessas mesmas questões.

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Depois e sobre a questão da AIA esclareceu que se tratava de mais um elemento que as autarquias sugeriram para dizer que preservavam a água como bem público e para rentabilizar a gestão da água, para construir uma rede em alta que permitisse servir toda esta área. Referiu que faltava ver se também nessa matéria o Estado iria ter coragem de impedir que este processo fosse para diante, até porque já tinha impedido aquando da criação de uma empresa, a Limarsul, sendo que na altura tinham sido confrontados com ou se integravam no sistema e a Águas de Portugal comprava 51% do capital, ou então não havia fundos comunitários para se fazer os aterros. De seguida referiu que o Senhor Vereador Paulo Cunha não dissera, mas possivelmente iria votar a favor da moção, porque estava esgotada a sua argumentação, para já porque era contra à privatização da água, pelo que sendo contra a privatização se votasse contra a moção estaria a ir contra ele próprio e depois porque, por alguma desatenção, não vira que as afirmações que se faziam não eram sobre os processos de intenção. Esclareceu que na página três, o ponto um clarificava essa situação de forma muito objetiva, e ainda que se dizendo-se: “Manifesta a sua total oposição à intenção de privatização da água em todas as suas componentes”, referiu que se falava relativamente à intenção, mas sabendo que o caminho estava a ser traçado. Mais esclareceu que participavam em reuniões, com os representantes do Governo, onde esta questão era abordada e que, na semana passada, estivera numa reunião na Águas de Portugal, com o Senhor Presidente da Câmara¸ onde este problema fora colocado em cima da mesa, aliás com a mesma clareza com que os municípios da Península de Setúbal também colocaram a oposição a esta mesma intenção. Terminou dizendo que não era esse o caminho não iriam seguir e pensando que estavam criadas todas as condições para, em defesa das populações e em defesa dos municípios, os senhores vereadores subscreverem a moção. O Senhor Vereador Paulo Cunha, respondendo ao repto lançado pelo Senhor Vereador esclareceu que evidentemente que não iria votar a favor, depois de tudo o que tinha dito e porque não se revia na maior parte dos considerandos que estavam expressos na moção. Mais esclareceu que por uma questão de princípio era contra a privatização da água, sendo que ainda não era o momento certo, não estando nada definido. Acrescentou que não estava definido como iria ocorrer esta privatização, até tendo em conta que esta privatização era de 49% e não de 51%. Referiu ainda que se o Estado tinha de vender era, obviamente, porque precisava de dinheiro, não sabendo o que seria melhor ou pior para o Estado. Repetiu que por uma questão de princípio era contra a privatização da água e que, nas circunstâncias específicas, na altura, se iria pronunciar, mas que com esta carga ideológica toda esta moção não contaria com o seu voto obviamente, mas que se iria abster. O Senhor Vice-Presidente, deixou duas ou três notas sobre esta matéria, dizendo que a Câmara Municipal do Seixal há muito que era uma das bandeiras a nível nacional sobre o tratamento da água, tendo sempre tido capacidade de progressão direta, gerindo bem este bem público e com preços muito favoráveis para a população. Observou que bastaria ver quantos municípios geridos pelo PS e pelo PSD tinham preços substancialmente superiores para o mesmo bem e para o mesmo serviço, através de modelos de gestão públicos, empresariais, semi-empresariais ou concessionados. Referiu que esta era, de facto, uma situação que os diferenciava em termos da abordagem a estas matérias, sendo que este Governo em especial tinha uma abordagem relativamente a tudo o que era público no sentido de haver privatização. Deu o exemplo dos transportes, das águas, dos resíduos, observando que parecia que tudo aquilo que o Governo pudesse vender, venderia. Mais referiu que seria interessante ver o que se passava na Europa onde esta veia liberal de privatização estava a avançar e onde os índices de qualidade de vida dos países, das populações decrescia e olhar depois para o que se passava no outro lado do Atlântico, na América Latina ou na América do Sul onde se davam passos exatamente ao contrário. Acrescentou que aí existiam por exemplo nacionalizações no setor petrolífero que consubstanciavam uma outra visão da forma

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como os recursos públicos deviam estar ao serviço das populações e não deste ou daquele senhor ou desta ou daquela empresa ou deste ou daquele país. Voltando à tomada de posição referiu que se pretendia manifestar por um lado a oposição à privatização e por outro lado sublinhar também a importância da ação dos municípios nesta matéria e que era histórica, tendo sido graças ao 25 de Abril e desde o 25 de Abril que os municípios tinham conseguido resolver o problema do abastecimento de água. Acrescentou que, infelizmente, se sabia que no norte do país, nas zonas interiores, dirigidas inclusivamente pelo PSD, não se tinha conseguido existindo ainda muitas aldeias com dificuldades de abastecimento onde eram os bombeiros que tinha que fazer esse abastecimento. Reforçou o conteúdo da tomada de posição no sentido de defender o direito à água como direito universal e das populações e não desta ou daquela entidade, pensando que se estaria em condições de avançar para a subscrição desta tomada de posição. Referiu que da parte da CDU, como era natural, todos os senhores vereadores a subscreviam, perguntando aos restantes senhores vereadores qual seria a posição, sendo que tratando-se de uma tomada de posição era subscrita ou não. A tomada de posição agendada, apresentada e debatida foi subscrita pelos senhores vereadores do PCP, PS e BE, sendo transcrita infra:

“Moção – Pela Gestão Pública da Água Portugal encontra-se perante uma profunda ameaça aos direitos sociais das populações com a implementação de políticas que conduzirão à desqualificação, desmantelamento e privatização de sectores produtivos estratégicos da economia nacional e dos serviços públicos prestados às populações. O serviço público de abastecimento de água e saneamento é um dos sectores que se encontra seriamente ameaçado por esta estratégia neoliberal a coberto das políticas de saneamento das contas públicas. A privatização da água não é uma intenção nova e tem como verdadeira razão a disponibilização ao grande capital, predominantemente internacional, de um sector de elevado potencial de lucro, por se tratar de um bem sem substituto e de um sector que atua por força da sua natureza, em situação de monopólio natural. Esta ação, alinhada com as políticas de privatização dos serviços públicos definidas pela União Europeia, tem merecido a reprovação dos cidadãos de muitos países da Europa, com importantes vitórias para a defesa dos serviços públicos e da gestão pública da água, nomeadamente em Itália, França e Alemanha. Em Portugal vêm sendo removidas, a partir da revisão constitucional de 1982, as barreiras legais à privatização dos serviços de água e saneamento colocando em causa o direito de acesso à água e de participação democrática de todos nas decisões de gestão deste bem, dificultando as condições para o exercício da sua gestão pública por parte das autarquias. Consagradas em lei em 1977 as competências do Poder. Local Democrático - entre elas a de prestação de serviços de proximidade, como é o caso das ligadas à água e ao saneamento - inseriram-se num movimento geral de democratização da sociedade portuguesa e no reconhecimento de que a democracia se enriquecia com o envolvimento dos cidadãos nas questões que lhes dizem respeito e de que deveria ser tratado pelas autarquias locais o que ao nível local diz respeito. As autarquias da Península de Setúbal, por escolha das populações e seguindo um projeto progressista ao serviço dos cidadãos, embora tantas vezes constrangidas pela administração central nas suas opções, têm vindo a desenvolver com empenho e elevado sucesso as competências neste serviço público, guiando-se pelo interesse coletivo das comunidades defendendo o direito de acesso à água para todos, com regimes tarifários reveladores de profundas preocupações sociais, numa estratégia e num esforço centrado nas reais necessidades das suas comunidades e compreendendo os compromissos intergeracionais para os recursos naturais, protegendo o ambiente.

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Neste quadro, e considerando que:

• as declarações de intenção efetuadas pelo atual Governo, prevendo para 2012 o início do processo de privatização do Grupo Águas de Portugal S.A. (AdP), reforçadas com as intenções expressas no "Documento Verde da Reforma da Administração Local” da retirada do sector da esfera municipal, atentam fortemente contra os interesses dos portugueses; • no processo de privatização do Grupo Águas de Portugal S.A. (AdP), para além de ser previsível que o Estado venha a vender por um preço muito abaixo do seu valor real um património de todos, entregará às multinacionais o controlo das componentes essenciais do abastecimento de água e saneamento - a AdP controla já as origens e captação de água da maior parte do País e numerosos sistemas completos de abastecimento de água e saneamento, tornando dependentes centenas de autarquias cujas competências nesse domínio foram já concessionadas em sistemas multimunicipais a empresas do grupo AdP, constituindo um monopólio supramunicipal com extensão nacional; • esta política de privatização trará consequências agravadas para os portugueses, rom a aplicação das restantes políticas de austeridade em curso decorrentes dos compromissos com o FMI/CE/BCE, em que se inserem o movimento de aumento generalizado dos preços e tarifas dos serviços públicos - fatura da água incluída - cumulativamente com a preparação do negócio de privatização e a sua subordinação ao objetivo de maximização do lucro; A Câmara Municipal do Seixal, na sua reunião pública de 3 de Maio de 2012: 1.Manifesta a sua total oposição à intenção de privatização da água em todas as suas componentes, e em particular no que se refere aos sistemas de abastecimento e saneamento, através da venda do Grupo Águas de Portugal, S.A, (AdP); 2. Expressa a sua total oposição à retirada de competências aos municípios, nomeadamente em matéria de água e saneamento, bem como a qualquer tipo de processos integradores impostos ao arrepio dos interesses das populações; 3. Afirma a sua determinação em defender o direito de acesso à água para todas as pessoas, dando continuidade a um serviço de abastecimento de água às suas comunidades, de elevada qualidade, com controlo e gestão pública local; 4. Adere à campanha "ÁGUA É DE TODOS", subscrevendo ó respetivo Manifesto -`DEFENDER JUNTOS A ÁGUA DE TODOS". A Senhora Vereadora Vanessa Silva, partilhou com os senhores vereadores algumas preocupações relativas àquilo que o Governo Português chamava de processo de agregação de escolas e de agrupamentos e da intenção de criar mega agrupamentos por todo o país. Referiu que da informação que disponha aparentemente não existiam quaisquer critérios pedagógicos, ou pelo menos o Senhor Diretor Regional Adjunto não os conhecia, e que o critério era meramente economicista. Mais referiu que qualquer reorganização da rede escolar devia defender a escola pública e o reforço da sua qualidade enquanto direito à educação, ou seja no sentido do sucesso educativo dos alunos. Sublinhou que assumir que se tratavam de critérios economicistas que advinham do memorando da Troika também não colhia porque se sabia que no memorando da Troika não estava colocada qualquer questão sobre mega agrupamento de escolas, estando sim um enunciado muito mais genérico que permitia várias outras soluções. Por outro lado referiu que por via deste despacho se tinha sabido que um dos critérios devia ser um critério de sequencialidade do percurso educativo, sendo este também um falso critério porque ao nível do ensino secundário essa sequencialidade era impossível de criar, tendo em conta que as escolas tinham ofertas educativas diferentes, a não ser que no pré-escolar as famílias fossem obrigadas a definir qual era o processo educativo das crianças. Continuando referiu que era também colocada a questão da racionalização da gestão de recursos humanos e materiais, sendo que tinham perguntado como iria ser feita essa racionalização e não tinham obtido resposta. Observou que desconheciam completamente como e o que era possível

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racionalizar, uma vez que a falta de funcionários já hoje se verificava na maior parte das escolas do país e do concelho também. Sublinhou que ao nível do pré-escolar, no âmbito das competências de acordo com o protocolo celebrado com o Ministério da Educação, a Câmara colocara funcionários acima do rácio estabelecido por lei, sendo que esse rácio previa um funcionário para quarenta alunos, ou seja um para cada duas salas de aulas de jardim-de-infância e a autarquia tinha colocado uma pessoa em cada sala de jardim-de-infância. Referiu ainda que este era também um entendimento comum na Área Metropolitana de Lisboa, sendo que no fundamental os municípios da Área Metropolitana também agiam desta maneira, havendo inclusive uma proposta, através da Área Metropolitana de Lisboa, ao Ministério da Educação no sentido dos rácios serem revistos já que os atuais não eram eficientes no que respeitava ao número de funcionários colocados. Por outro lado e falando agora dos professores salientou que se tinha de ter em conta a revisão curricular que tinha ocorrido recentemente e que resultara na diminuição do número de professores na escola, com despedimento maciço de professores e ainda alterações significativas ao nível do tempo não letivo das escolas tendo como consequência colocar menos professores nas escolas. Pelo exposto confessou que não percebia como era possível racionalizar toda esta ausência que existia, falando-se em racionalização como se houvesse algum tipo de “fartura” na escola pública e isto não era verdade. Depois e como já referido pela Associação Nacional de Municípios sublinhou a necessidade de ouvir toda a comunidade educativa, de envolver os agentes educativos, envolver os órgãos de gestão, envolver as associações de país, as associações de estudantes, as autarquias e envolver evidentemente os professores e os funcionários das escolas. Acrescentou que sabiam que esta discussão não tinha sido feita, tendo a Câmara e os diretores de agrupamento sido chamados à DREL para ser novamente informados. De seguida referiu que existia ainda a necessidade de observância das cartas educativas, criadas de acordo com critérios emanados do Ministério de Educação e por si homologadas, reforçando que as cartas educativas eram matéria da competência dos municípios, mas que não era verdade que fossem os municípios a definir os seus critérios nem a homologá-las. Esclareceu que os municípios faziam todo um procedimento de elaboração deste plano, que no fundo visava ordenar a rede educativa nos seus territórios, mas depois era o Ministério da Educação que as homologava e também fora o Ministério da Educação que definira quais os critérios. Recordou que este era o ano em que, praticamente todas as cartas educativas, da Área Metropolitana de Lisboa estavam a ser revistas e portanto se tinha de haver alguma alteração dos critérios, este era o momento para se definir e não violar as cartas educativas. Referiu que vinham a exigir que se assegurasse a observância das cartas educativas, porque eram um instrumento de planeamento e de gestão territorial, do território educativo, e tinham a participação da comunidade educativa na sua elaboração. Por outro lado referiu que consideravam que era fundamental que houvesse um parecer obrigatório e favorável do Município tendo em conta as competências que os municípios tinham ao nível da reorganização da rede escolar, bem como a necessidade de definir objetivos e critérios concretos de agregações e não definir-se como critério o número considerado adequado, ou melhor: “uma dimensão equilibrada e racional”, sem se saber o que era isto de uma dimensão equilibrada e racional. Referiu que era preciso objetivar critérios e que o Senhor Diretor Regional Adjunto tinha dito que na Direção Regional de Educação de Lisboa a Vale do Tejo se considerava que não se deveria ultrapassar os três mil e cinquenta alunos nestes mega agrupamentos, que era o topo máximo do mega agrupamento. Observou que se sabia que noutras zonas do país se estavam a definir os mil e quinhentos e noutras dois mil, questionando se os alunos do Seixal ou da Área Metropolitana de Lisboa não eram iguais aos alunos do Minho, de Coimbra, do Alentejo ou do Algarve, se a questão do sucesso educativo das crianças e dos jovens do país não era igual em todo o território nacional.

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Repetiu que eram precisos critérios objetivos, critérios que tivessem a ver com número de alunos, mas também com o número de estabelecimentos de ensino em cada uma destas novas unidades orgânicas que se pretendiam criar. Referiu ainda que tinham transmitido já à DREL, nessa reunião, que consideravam que os agrupamentos que existiam no território educativo do Município eram já mega agrupamentos, porque os agrupamentos e as escolas secundárias tinham já cerca de mil e tal alunos e o maior tinha mais de dois mil e quinhentos. Depois referiu que havia ainda uma outra questão que não fora clarificada que era qual a avaliação dos atuais agrupamentos verticais, desconhecendo qualquer estudo de qualquer entidade ligada à educação, relativamente a esta matéria. Considerou que antes de tomar qualquer medida deveria existir uma avaliação dos mega agrupamentos já constituídos, sendo que verificavam todos os dias, na gestão corrente, que este modelo de gestão, aplicado a esta realidade, criava enormes dificuldades. Mais referiu que implicava que a gestão escolar estivesse afastada do estabelecimento de ensino e dos problemas de gestão que todos os dias se colocavam, estando em causa escolas com muitos alunos e escolas muitíssimo usadas, com um conjunto de problemas que se colocavam todos os dias. Referiu ainda que a gestão era de duas ou três coordenadores nas escolas que, na maior parte dos casos, acumulavam turmas ou tempo de apoio ao estudo, pelo que hoje as escolas já viviam da boa vontade de muitos destes coordenadores e do trabalho voluntário de muitos profissionais da educação, porque um dia de trabalho não dava para tudo, para todas as tarefas. Reforçou que pelo exposto não conseguia ver nestas medidas qualquer sentido do ponto de vista pedagógico que garantisse o sucesso educativo dos alunos e que viesse reforçar a qualidade da escola pública. Referiu que continuavam a acreditar que se deveria ter uma organização da rede escolar centrada nestes objetivos de sucesso educativo dos alunos, com um modelo de gestão que fosse participado, colegial e com expressão em todos os estabelecimentos de ensino. Que não fosse um modelo centralizado e afastado dos estabelecimentos de ensino e da comunidade educativa. Informou ainda que o parecer da Associação Nacional de Municípios, ouvida no âmbito do despacho do Senhor Secretário de Estado fora um parecer desfavorável, sendo que relativamente à lei, à tal reorganização legislativa, àquilo que no fundo conformaria as ações futuras, se continuava sem ter qualquer tipo de informação institucional. O Senhor Vice-Presidente, aproveitou para introduzir um outro tema, também muito atual e que tinha a ver com o início do funcionamento do troço do IC32 no Concelho, tratando-se de uma obra que estava em curso, uma obra do Estado Português que fora concessionada a uma entidade que se chamava Autoestradas do Baixo Tejo. Referiu que no passado dia vinte e seis de abril, pelas dezasseis horas e trinta minutos tinha aberto uma parte dessa via, cerca de sete quilómetros e setecentos metros, dos doze quilómetros e oitocentos metros previstos no concelho do Seixal, fazendo a ligação entre os nós de Belverde e também o nó de Coina, passando pelo nó das Laranjeiras, sobre a 378, junto onde iria ficar o futuro hospital no Seixal. Mais referiu que a boa notícia era o facto da empresa estar a cumprir os prazos, sendo que para este trecho, o quatro, o prazo de conclusão era até final de abril, situação que se verificara. Esclareceu que até final de dezembro se previa a entrada em funcionamento de toda a via, ou seja entre os nós da Penalva, no Barreiro e o nó de Palhais. No entanto referiu que a parte negativa desta autoestrada, a A33, tinha exatamente a ver com a introdução de portagens, tal como estava definido no concurso que fora lançado pelo Governo, ainda do tempo do engenheiro José Sócrates. Referiu ainda que já na altura estava prevista a introdução dessas portagens, nesta área, situação que se viera a concretizar, já que a partir do dia vinte e seis de abril, quem circulasse entre o nó das Laranjeiras e o nó de Belverde, e vice-versa, ou seja um quilómetro e meio, tinha de pagar setenta cêntimos.

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Sublinhou que o entendimento era de que tal não fazia qualquer sentido, até porque em todo o IC32, ou a A33 se se quiser, que vinha desde a Ponte Vasco da Gama e no futuro até Almada, até à zona do IC20, à via rápida da Costa da Caparica, o único troço que seria portajado era no concelho do Seixal. Reforçou que mais nenhum troço da A33 tinha portagem, pelo que esta situação não fazia qualquer sentido, desde logo não fazendo sentido introduzir portagens numa área tão próxima da Área Metropolitana de Lisboa. Por outro lado referiu-se também à questão da racionalidade de portagens nesta via, sendo que num troço de sete quilómetros e setecentos metros, quem quisesse ir pela estrada das Laranjeiras para Belverde, para andar um quilómetro e meio tinha de pagar setenta cêntimos, sendo classe um e por exemplo um euro e oitenta cêntimos a classe quatro. Recordou que a Câmara Municipal e a Assembleia Municipal já tinham aprovado e por unanimidade uma tomada de posição sobre esta matéria, mas que manifestava uma vez mais a oposição e o facto de se estar contra a introdução de portagens. De seguida referiu-se a outro aspeto negativo, desta feita as anomalias verificadas neste troço, em concreto alguns aspetos relacionados com intervenções junto das populações que não estavam totalmente resolvidas. Concretizando referiu-se a passagens superiores que tinham áreas pedonais inferiores ao regulamentar, a intervenções realizadas pela Estradas de Portugal, a infraestruturas já executadas pelas comissões de administração e AUGI’s que não tinham sido ainda ressarcidas e também outros aspetos relacionados com taludes, inundações na estrada nacional 378, já junto ao viaduto, entre muitas outras questões. Referiu que a Câmara estava, neste momento, a fazer o levantamento, sendo que ele próprio, a pedido de uma comissão de moradores, em Pinhal de Frades, iria fazer uma visita com os técnicos, na próxima terça-feira, ao trecho quatro do IC32, por fora para observar algumas questões. Mais referiu que iria também avaliar a situação da Dona Sílvia Bento e da Dona Jesuína Silva, para além de estar já agendada uma reunião com a associação de comproprietários para se fazer o ponto de situação desta matéria. Observou que depois se iria ver também com a população se de facto a obra tinha correspondido às expetativas ajudando no sentido de estas entidades cumprirem e respeitarem os direitos das populações do Concelho. O Senhor Vereador Jorge Gonçalves, deixou uma nota breve sobre as questões da revisão do PDM, informando os senhores vereadores que a comissão de acompanhamento do PDM dera parecer final, no passado dia vinte e três de abril, tendo na sequência esta comissão sido extinta, com base neste parecer final. Mais informou que agora estava a decorrer, durante o prazo legal previsto de vinte dias úteis, a concertação com as entidades que levantaram questões sobre a proposta, questões que, em sede de concertação, seriam dirimidas. Sublinhou que a parte mais relevante era naturalmente o facto de haver um parecer final e que remeteria depois o processo para discussão pública, após este período de concertação, sendo vontade da autarquia que este processo decorresse o mais rapidamente possível, assim que fossem ultrapassadas as questões, em sede de concertação. O Senhor Vereador Paulo Cunha, perguntou se o PDM fora aprovado porque não tinha ouvido bem a intervenção do Senhor Vereador. O Senhor Vereador Jorge Gonçalves, esclareceu que a comissão de acompanhamento não aprovava nem chumbava propostas de plano, dera sim parecer favorável, ou seja globalmente favorável e remetera as questões que tinham de ser ainda resolvidas para a concertação. Esclareceu que a parte mais relevante era que, sendo globalmente aceite a proposta, se remetia para o processo de discussão pública ou seja a conclusão do próprio parecer era no sentido de se seguir para discussão pública e que fossem concertadas as questões levantadas no parecer.

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O Senhor Vereador Paulo Cunha, colocou três ou quatro questões, duas delas prévias e sobre duas intervenções anteriores, também posições políticas como não podia deixar de ser. Começando pela intervenção da Senhora Vereadora Vanessa Silva, referiu que estava globalmente de acordo com o que dissera, sendo que não dominava os dossiers, mas que podiam conta com a sua solidariedade pessoal e política nesta causa, porque entendia que a Câmara Municipal, de tudo o que fora expresso, tinha razão. Relativamente à questão apresentada pelo Senhor Vice-Presidente, referiu que também nessa questão em particular estava de acordo com o protesto que a Câmara Municipal apresentara relativamente a esta situação. Acrescentou que não fazia sentido nenhum, nem a si, nem certamente a ninguém neste Concelho, o troço ser portajado apenas no concelho do Seixal, ainda por cima, aparentemente, sem qualquer explicação. Perguntou em concreto se tinha havido alguma explicação, até porque se houvesse alguma explicação, do ponto de vista técnico, que pudesse responder a essa alteração ou a esta situação de exceção para o concelho do Seixal, até se poderia, eventualmente, compreender, podia-se não aceitar, não concordar, mas pelo menos compreender. Quanto às outras questões que queria colocar começou por referir que gostava de saber a opinião do Senhor Presidente, neste caso do Senhor Vice-Presidente e qual a opinião da Câmara relativamente às notícias quanto à redução de chefias que se previa até ao final de dois mil e treze para vigorar a partir de janeiro de dois mil e catorze. Observou que os números que vieram a público não eram concordantes, sendo que por algumas contas seria 30% e na comunicação social para o concelho do Seixal era de 67%, acrescentando que também viera na comunicação social que a Câmara Municipal do Seixal não tinha disponibilizado os dados para fazer os cálculos. De seguida perguntou concretamente quanto se tinha gasto com as comemorações do 25 de abril, sublinhando que entendia que não se deveria deixar de comemorar o 25 de abril, mas que face à situação económica que existia esta era uma questão que tinha de colocar. Acrescentou que já a tinha colocado anteriormente, mas de maneira absolutamente informal, tendo-lhe sido dito que fora gasto bastante menos, mas que o “bastante menos” ainda assim poderia ser o suficiente para evitar que se pagasse a muitas pequenas e médias empresas. Depois apresentou a proposta de celebração de um protocolo com as farmácias à semelhança do que fizera a Câmara de Gaia, tratando-se de uma proposta de apoio social, que visava tornar possível a cedência gratuita de medicamentos a munícipes com menores recursos sociais e económicos, em contexto de doença crónica, aguda, súbita, endémica ou relacionada com o processo de envelhecimento. Acrescentou que estes idosos deveriam ser identificados por uma entidade sinalizadora, sendo que as farmácias que aderirem disponibilizavam às Instituições de Solidariedade Social (IPSS), um plafond financeiro anual, convertido em medicamentos, sujeitos a receita médica e indispensáveis ao tratamento da doença diagnosticada, que seriam entregues gratuitamente aos beneficiários sinalizados, nos termos desta proposta. Terminou referindo que este projeto pretendia ajudar pessoas em situação de carência económica grave que cumprissem algumas condições, como por exemplo: a soma dos rendimentos do agregado familiar auferido com salários, pensões ou subsídios sociais, ser igual ou inferior a cem euros percapita, ou ainda, desemprego de um ou mais elementos do agregado familiar, famílias numerosas, famílias monoparentais, pessoas isoladas, famílias em que pelo menos um elemento do agregado fosse deficiente, acamado ou incapacitado permanente. Questionou ainda se os senhores vereadores presentes já tinham recebido as respetivas senhas de presença que estavam em atraso e se na Assembleia Municipal também existiam senhas em atraso. Recordou que fora lançado um repto pelo Senhor Vereador Samuel Cruz, numa das últimas reuniões, em que dissera a todo o executivo, que até poderia abdicar das senhas de presença se os restantes vereadores, que tinham ordenado, abdicassem no proporcional. Referiu que era normal, justo e legítimo que os senhores vereadores que estavam a tempo inteiro recebessem ordenado e que aqui não se tratava de uma questão de abdicar ou deixar de abdicar, mas sim de equidade e enquanto a situação não estivesse regularizada com os senhores

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vereadores da oposição então deveria aplicar-se a proporcionalidade a todos os outros senhores vereadores, ele incluído, que estava a meio tempo. Mais referiu que os senhores vereadores da oposição não tinham ordenado, porque não trabalhavam na Câmara, tinham o seu trabalho fora da Câmara Municipal, mas disponibilizavam o seu tempo e toda a sua capacidade em prol da defesa da população e na representação dos seus eleitores, pelo que achava perfeitamente legítimo que recebessem o que lhes era devido. Acrescentou que caso contrário então que deveria haver algum tipo de proporcionalidade nos sacrifícios, expressando a sua solidariedade para com os senhores vereadores no caso de ainda não terem recebido. O Senhor Vereador Luís Cordeiro, referiu que iria começar a sua intervenção lendo um pequeno texto simbolicamente para evocar a memória de Miguel Portas, um texto que fora publicado, do qual iria ler um trecho e que tratava de uma relação que muitas vezes não existia, mas da qual Miguel Portas fizera uma das suas grandes formas de vida, a relação entre a política e amizade: “deverão ser eternos essa esteira e polemicas entre as alegadamente difíceis relações entre a política e a amizade, diz-se que as divergências políticas separam os amigos, não é verdade. A amizade vive dos afetos, dos gostos e paixões partilhadas, do tempo das intuições por eles construídas, das experiências comuns e de coisas tão ténues, mas tão profundas como alegrias, tristezas e prazeres. A política vive das convicções amassadas em certezas, ideias, dúvidas, esforços, persistência. Se nessa política há opção pelo homem, pela ética, curiosidade e a honestidade, a paixão pela liberdade e a certeza do que o impossível vale sempre a pena, então é fácil de encontrar amigos na política, mesmo quando politicamente deles discordamos”. Referiu que este texto fora escrito por um dirigente do PCP chamado Ruben de Carvalho. Depois deste introito abordou os dois pontos apresentados pela Senhora Vereadora Vanessa Silva e pelo Senhor Vice-Presidente Joaquim Santos, começando por referir, no que dizia respeito aos mega agrupamentos, que não havia dúvida nenhuma que criticava fortemente essa política de organização, em termos das unidades orgânicas. Observou que era completamente impossível desenvolver um trabalho correto, em termos de gestão e em termos de direção, comando de uma unidade orgânica escolar, estando dispersa por um território tão vasto e tendo que cobrir níveis tão dispersos e diferenciados de ensino, desde o secundário até ao nível básico. Mais referiu que se tratava claramente de mais uma intenção economicista e de uma intenção que não iria contribuir em nada para aquilo que era já um dos grandes pontos maléficos do sistema de ensino, um nível de insucesso escolar que deixava Portugal na cauda da Europa. Acrescentou que práticas destas não iriam ajudar em nada a ultrapassar essa situação, talvez até a viessem agudizar, pelo que esta era uma questão que claramente criticava. No que dizia respeito ao dito IC32 ou A33, referiu que também criticava, ainda que continuasse a acreditar que aquele troço seria uma espécie de “elefante branco”, não serviria para nada, até porque sendo um troço que iria confluir para o IC20, estrada sempre cheia de trânsito da Caparica para o Centro Sul, não iria criar possibilidade de fluência de trânsito. Sublinhou que estando claramente contra essa questão das portagens, não deixava de manifestar a sua opinião de que esta via não fazia sentido nenhum, nem tinha nenhum interesse do ponto de vista do trânsito. De seguida referiu-se ao Fórum Seixal realizado no dia vinte e sete de abril, na Sociedade Filarmónica Democrática Timbre Seixalense, um encontro com a população no que dizia respeito ao desenvolvimento económico e a valorização da frente ribeirinha, situação muito importante. Ainda assim chamou a atenção para uma questão que achava fundamental para o desenvolvimento económico e valorização da frente ribeirinha, concretamente na zona do Seixal. Concretizando referiu que por mais passeios que se construíssem importantes e necessários, o desenvolvimento económico de toda aquela zona passava por voltar a ter gente a habitar no Seixal, pessoas a habitar no Seixal, porque eram elas, fundamentalmente, que iriam dar dinâmica e vida aquela zona e claramente permitir o desenvolvimento económico e sustentável na zona do Seixal. Referiu a este propósito que no dia 25 de abril de manhã, quando estava no Largo da Igreja, estando junto a si o Senhor Vereador Joaquim Tavares e o Presidente da Junta de Freguesia do

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Seixal tinham olhado em volta e constatado que aquele Largo da Igreja era um vazio completo. Existiam duas casinhas habitadas e o resto estava tudo vazio, sendo algo naturalmente constrangedor, um largo daqueles, um largo nobre, um largo com potencialidades enormes estava completamente vazio, até um pequeno restaurante que ali estava já tinha encerrado. Observou que os serviços da Câmara que ali estavam tinham desaparecido e que aquele Largo era um espelho muito claro daquilo que, neste momento, era a dura realidade do Seixal e que se se queria um desenvolvimento económico ele teria de passar por trazer pessoas para o Seixal. Ainda sobre esta matéria apontou duas ou três situações que infelizmente não tiveram a sua persecução, a primeira um projeto âncora para trazer gente para o Seixal que era o célebre projeto da Universidade Aberta, que como se sabia não se iria concretizar. Acrescentou que foram dez ou quinze anos perdidos, agarrados a uma perspetiva de um estabelecimento de ensino superior quando se poderia ter optado por outros, sendo que esta seria uma estrutura que poderia ser efetivamente um grande dinamizador na vida do Seixal, trazendo gente jovem para o concelho do Seixal. Referiu ainda que não conhecia a estratégia que estaria concebida para aquele espaço, lembrando que se estava numa situação de grande resseção e que o concelho do Seixal era dos poucos, desta zona, que não tinha nem um instituto politécnico, nem efetivamente uma dependência de um instituto politécnico, para permitir que grande parte dos jovens do concelho pudessem fazer os seus cursos superiores aqui e potencialmente atrair outros jovens. Como segunda situação que achava fundamental referiu-se à área da reabilitação urbana, sendo que concelhos vizinhos já tinham definidas mais que uma ARU e estavam a começar a avançar para as reabilitações urbanas, em zonas de núcleos urbanos antigos, criando condições a uma nova habitabilidade desses núcleos urbanos. Por último referiu que tinha constatado uma outra situação que também não estava concluída e que era também um elemento que permitiria o reconhecimento do núcleo urbano antigo do Seixal, ou seja o núcleo empresarial do Seixal, núcleo empresarial que continuava sem estar concluído e que, sem dúvida nenhuma, poderia ser uma possibilidade para jovens empresários poderem efetivamente terem um espaço, com algumas condições de apoio na fase mais crítica da criação de uma micro ou pequena empresa, nos seus primeiros meses de vida ou mesmo nos primeiros dois anos. De seguida referiu-se a um conjunto de obras que estavam paradas no concelho e que tinham uma certa ligação com esta zona dos núcleos urbanos antigos, em concreto o Museu Oficina Manuel Cargaleiro que estava parado e que, por isso mesmo, a sua conclusão demoraria bastante mais tempo do que o previsto, penalizando-se os munícipes que não podiam usufruir da Quinta; bem como o Museu da Medalhística também parado e também uma obra que decorria na mesma Quinta e que, naturalmente, também impediam a sua visita por parte dos munícipes, durante a semana. Acrescentou que o prazo de execução desta obra até já estava esgotado. Referiu ainda o Núcleo Empresarial do Seixal que estava igualmente parado, sendo que tinha um prazo de execução de noventa dias e que há muito que esse prazo de execução estava ultrapassado. Solicitou esclarecimentos sobre a justificação desta paragem, até tendo em conta que era uma obra que não envolvia, em termos de verbas, um valor tão grande quanto isso. Repetiu que a não conclusão desta obra impedia uma dinâmica que iria efetivamente contribuir para a regeneração do núcleo urbano antigo do Seixal. Referiu igualmente a segunda fase da náutica, com a reconstrução do Cais de Pedra e a instalação do fundeadouro, que não estava parada porque fora montado ontem um estaleiro para começar a obra, se bem que no placard se referia que a obra ia começar em março e teria uma duração de noventa dias. De seguida referiu-se à situação das verbas do QREN e às notícias que davam conta de uma operação de limpeza ao QREN que envolveria o congelamento de dois mil e duzentos projetos sem execução física há mais de seis meses ou com execução financeira inferior a 10%, num total de mil e quinhentos milhões de euros. Perante este facto solicitou esclarecimentos sobre todo um conjunto de projetos que a autarquia tinha no âmbito do QREN e se estariam ou não nestas situações, até porque um dos argumentos que se jogava era que o Governo, como tinha conseguido alterar a comparticipação nacional de

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25% para 15%, em algumas zonas, aquilo que queria fazer era praticamente anular todos os projetos anteriores, em que se previa uma comparticipação nacional de 25%, para serem feitos novos projetos, esses já com financiamento nacional simplesmente a 15%. Depois aproveitou para transmitir uma informação que dizia bem da situação do Concelho no presente momento, referindo que no final do mês de março tinham-se inscrito, ao longo dos três meses do ano de dois mil e doze, três mil e seiscentas pessoas no Centro de Emprego do Seixal. Repetiu que em três meses se tinham inscrito três mil e seiscentas pessoas no concelho do Seixal, uma média de mil e duzentas pessoas por mês o que perfazia, nos vinte dias úteis, a média de sessenta pessoas por dia, realidade que dizia bem da situação pela qual o país estava a passar e concretamente o Seixal. Por outro lado e como mostra da situação de quase inércia em que a atividade económica do Concelho estava referiu que, durante o mês de março, tinham sido apresentadas, como propostas de emprego, no Centro de Emprego do Seixal, setenta propostas de emprego. Sublinhou que para um valor de desempregados acima dos onze mil a economia do Concelho tinha apresentado setenta propostas de trabalho. Por último deixou um comentário sobre algo que acontecera no dia primeiro de maio e que fora um episódio triste de uma grande empresa distribuidora e uma atitude que nem conseguia qualificar. Referiu que a primeira reação que tivera fora de ficar possuído por uma enorme tristeza por no seu país trinta e oito anos depois do 25 de Abril, de mil novecentos e setenta e quatro, se assistir a atitudes daquele tipo, inqualificáveis, intencionais e com uma posição ideológica. Referiu que se tratara do consumar de todo um conjunto de medidas dos últimos tempos de degradação do fator trabalho e que visara, ostensivamente, provocar os trabalhadores e o movimento sindical. Acrescentou que, sem dúvida nenhuma, a atitude que fora tomada por aquele grupo empresarial, não tinha qualificação possível, era uma atitude de quem se achava, neste momento, possuidor de um poder de tal ordem que lhe permitia, de uma forma arbitrária e quase desumana, levar a efeito uma atitude daquelas. Referiu que quando se ouvia alguns políticos da praça a dizerem que se tinha de ter cuidado com as palavras quando se criticava os mercados, porque nos podiam ouvir lá fora e formular uma opinião negativa, perguntava quando foram passadas aquelas imagens nas televisões por toda a Europa o que teriam pensado de Portugal. Parecia no entanto que aí já não havia preocupação o que era inacreditável, acrescentando que aquela gente era uma gente que faltara de tal forma ao respeito que não merecia ser respeitada, porque quem não respeitava os outros não merecia ser respeitado. Referiu ainda que este comportamento dizia bem do baixo nível das nossas elites, neste caso das nossas elites económicas, porque o grande responsável de todo aquele grupo era uma das pessoas mais ricas deste país. Repetiu que fora uma das atitudes mais inacreditáveis a que tinha assistido desde há trinta e oito anos, não pensando que depois de mil novecentos e setenta e quatro fosse possível assistir-se a um gesto daqueles, que não tinha qualificação. Por fim referiu que outros grandes grupos internacionais tinham fechado às portas porque tinham uma noção clara que a relação entre o capital e o trabalho passava, naturalmente, por alguma confiança entre ambas as partes, mas que outra gente tinha chegado a um ponto que isso não contava porque se sentiam possuidores de um poder tal que nem precisavam de ter a confiança dos trabalhadores. Acrescentou que queriam esmagar e oprimir cada vez mais e se sentiam completamente protegidos para levar a efeito o ignóbil. O Senhor Vereador Eduardo Rodrigues, cumprimentou os presentes e deixou uma breve nota e uma nota de indignação dos senhores vereadores do PS que tinha também a ver como era lógico com a nova A33 ou IC32 como lhe quisessem chamar. Sobre esta matéria começou por dizer que discordava daquilo que o Senhor Vereador Luís Cordeiro referira sobre este troço não ser um troço necessário e que nunca teria uma grande utilização. Observou que não concordava porque achava que a evolução levava a que se

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encontrassem novas soluções de mobilidade e esse troço seria muito útil, bastando experimentar tirar-lhe as portagens para se ver crescer, com certeza, a fluidez do trânsito. Referiu que não iria ter muito uso precisamente por causa das portagens e que sem dúvida era uma situação para indignação sendo a única parte do troço que iria ser portajado, pelo que reiterava e reforçava a posição já assumida pelo Senhor Vice-Presidente a qual assumiam com toda a plenitude e solidariedade. Sugeriu que à semelhança de muitos outros desafios e campanhas que esta Câmara já fizera de indignação, se lançasse um movimento, algo que movimentasse a população para o bloqueio, para esta indignação, para mostrar ao poder central esta indignação e ver de que forma se conseguiria inverter esta situação de portagens. A Senhora Vereadora Helena Domingues, deixou breves palavras também de indignação e para não deixar passar em branco o facto de no primeiro de maio, data que devia ser condignamente comemorada, porque representava a luta de muitos trabalhadores e era uma data simbólicas que devia ser respeitada, se ter assistido a um episódio lamentável. Recordou que um grande grupo económico que tinha sido, há bem pouco tempo, notícia pelo facto triste de ter deslocado a sua sede social para a Holanda, tinha escolhido exatamente este dia para manter os seus supermercados abertos, forçando uma série de trabalhadores a trabalhar nesse dia e retirando-lhes a oportunidade de terem o seu descanso e de se juntarem às comemorações do primeiro de maio. Referiu que para além disso tinha decidido fazer uma campanha em que não só tinha demonstrado todo o seu desrespeito pelos trabalhadores, como tinha mostrado o seu poder económico sem limites e que tudo podia. Observou que fora uma demonstração de força inequívoca e realmente também constatava com tristeza que os trabalhadores portugueses tinham muito pouca consciência e muito pouca solidariedade. Salientou que se tinha assistido, pela televisão, a episódios lamentáveis e que também revelava muito daquilo que era alguma parte do povo português, um povo com muita falta de solidariedade, porque se juntava e aderia facilmente a estes apelos consumistas desenfreados. Observou que era bom que se dissesse que em abono da verdade, que não foram as pessoas necessitadas que tinha aproveitado a campanha até porque, no mínimo tinha de se gastar cem euros. Terminou reforçando a indignação por este lamentável episódio que não podiam deixar passar em branco aqui neste fórum. O Senhor Vereador Samuel Cruz, cumprimentou os presentes e começou por responder ao repto lançado pelo Senhor Vereador Paulo Cunha em relação às senhas de presença, dizendo como ponto prévio que não era uma questão de dinheiro, porque por uma questão de dinheiro não vinham aqui fazer nada, sendo que cobrava cem euros à hora no seu escritório e vinha para as reuniões de Câmara, uma data de horas, para ganhar sessenta euros. Esclareceu que a questão que se colocava não era do ponto de vista financeiro, era uma questão de princípios até porque os senhores vereadores do PS despendiam o seu tempo, tirando às suas horas de trabalho, era uma questão de respeito. Referiu que o PS já aqui tinha colocado a questão uma vez e iria voltar a coloca-la, mas pela última, dizendo que estavam disponíveis para ajudar nas dificuldades da Câmara, desde que ajudassem todos, que estavam disponíveis para abdicar da totalidade do dinheiro, seguramente mais de mil euros por cada um dos senhores vereadores do PS, acrescido das ajudas de custo, desde que se retirasse exatamente a mesma verba aos seus ordenados de cada um dos restantes senhores vereadores. Mais referiu que “ó comem todos ou há moralidade”, porque tinha que haver regras, as senhas de presença tinham de ser pagas no fim do mês tal e qual como os ordenados eram pagos, acrescentando que já se ia com cinco meses de atraso. Reforçou que era a última vez que os senhores vereadores do PS falavam nisto, achando que até era uma vergonha e que se ele fosse responsável, se fosse do Partido Comunista não se sujeitava a levar as “rebocadas” dos vereadores da oposição.

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Recordou que não era a primeira vez que a questão era colocada e que até parecia que o Senhor Presidente da Câmara andava a gozar com eles e que não tinha cara para ser gozado. De seguida referiu que se esta situação não estivesse resolvida até ao fim da semana, de certeza que na segunda-feira, entrava uma injunção e iria pedir a penhora da porcaria do tapete do Cargaleiro, para se ver a porcaria dos negócios que esta Câmara fazia, que tinha dado, por estes três tapetes, cem mil euros e não tinha dinheiro para pagar mil euros aos vereadores que aqui vinham trabalhar todas as semanas. Referiu que ainda a semana passada tinha comprado um Cargaleiro já com moldura, nos leilões de oportunidade, por quarenta euros, repetindo que podiam ter a certeza que segunda-feira entrava aqui uma injunção com o pedido da penhora do tapete. De seguida abordou a questão do Relatório de Atividades e Prestação de Contas de dois mil e onze da Associação Intermunicipal da Água da Região de Setúbal – AIA, uma coisa que para além de produzir documentos ainda não tinha percebido para que servia, confessando que sempre achara que se tratava de “jobs for the boys”, para o PCP e se tivesse dúvidas tinham desaparecido com este documento. Referiu que se tratava de uma associação que não produzira nada de proveito para a população, zero, e que ainda assim já tinha conseguido ter no ano de dois mil e onze só com despesas com o pessoal sessenta e sete mil euros, presumindo que estes como não eram vereadores, era malta do PC, recebia e se houvesse dúvidas, bastaria olhar para os membros dos órgãos socias e ver de onde vinham, vinham do Partido Comunista Português, assim como os trabalhadores porque o PCP só empregava a malta que era da mesma cor, eram boys. Repetiu que com o pessoal se tinham gasto sessenta e sete mil, duzentos e cinquenta euros e que não sabia para fazer o quê, porque não sabia o que esta associação fizera, sendo que tanto criticavam o Governo com os estudos, mas a verdade era que este pessoal não devia ter grande capacidade técnica porque a AIA tinha gasto mais mil e quatrocentos euros em publicações, duzentos e cinquenta para transportes e em estudos, pareceres, projetos e consultadoria, mais duzentos e cinquenta mil euros. Referiu que gostaria de conhecer e saber que estudo fora feito porque não tinha chegado nada à Câmara e eram as câmaras que pagavam isto tudo. O Senhor Vice-Presidente, em relação às questões colocadas e primeiro sobre a A33, para além da oposição às portagens referiu que a questão colocada pelo Senhor Vereador Luís Cordeiro tinha a ver com a função desta via, realçando que a mesma tinha um caráter estratégico em termos de estudos. Acrescentou que iria possibilitar fazer a ligação entre a CRIL e a CRIPS, isto com a quarta travessia do Tejo, tendo essa perspetiva de futuro, em termos macro. Já em termos regionais referiu que se tratava de uma via que estava no Plano Rodoviário Nacional de dois mil, sendo uma via que já estava programada desde os anos oitenta, pelas câmaras municipais de Almada e Seixal e que tinha um espaço canal definido no PDM de mil novecentos e noventa e três. Referiu ainda que visava também ter uma função inter-regional entre estes dois concelhos com ligação a sul da A2, uma área que na altura não estava urbanizada, que estava clandestina e hoje já qualificada, em concreto toda a Charneca da Caparica e também toda a zona de Vale de Milhaços, Quinta da Queimada, Marisol, Belverde, bem como toda a zona da Quinta das Laranjeiras, Flor da Mata e Foros da Catrapona. Observou que esta área estava, neste momento, já urbanizado e esta via tinha também essa função de deslocação, de mobilidade regional. Por outro lado referiu que acompanhavam não só as críticas à portagem, como também ao modelo de gestão que fora adotado pelo Governo porque, em vez de ser a própria Estradas de Portugal a avançar com a construção, com a obra através dos dinheiros do Orçamento de Estado se tinha recorrido a uma parceria público/privada onde o Estado, através da Estradas de Portugal, iria pagar pelo número de utilizações da via e as portagens eram receita da Estradas de Portugal. Sublinhou que havia aqui uma inversão no conceito, tinha aqui esta nuance, ou seja a Estradas de Portugal, uma sociedade anónima recebia o dinheiro das portagens e por sua vez pagava aos parceiros público/privados pela utilização dessa via.

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Depois e sobre uma outra questão também importante que tinha a ver com a redução de chefias que fora colocada pelo Senhor Vereador Paulo Cunha referiu que muito já se tinha dito sobre esta matéria, já se tinha falado em 15%, em 75%, agora em 30% e em 77%. Mais referiu que só valeria a pena ter-se uma posição quando se conhecesse a lei e quando estas questões ficassem definidas, acrescentando que a Câmara Municipal tinha uma estrutura orgânica que tinha como objetivo responder o mais qualificadamente possível às populações, dentro de um quadro de racionalidade e de autonomização de recursos. Reforçou que a Câmara não tinha serviços municipalizados e não tinha empresas municipais, pelo que em termos de estrutura orgânica comparada com outras câmaras de idêntica dimensão o Município estava abaixo dos números e dos rácios de outras câmaras de idêntica dimensão. Sobre a crítica de a Câmara não ter disponibilizado os dados esclareceu que o Regulamento de Serviços fora publicado em Diário da República e estava no site da Câmara Municipal para quem quisesse conhecer a estrutura orgânica. Sobre as questões das senhas de presenças referiu que compreendia e de certa forma acompanhava a posição e a indignação do Senhor Vereador Samuel Cruz, claro que já não poderia acompanhar a injunção, acreditando que era um elemento para dramatizar e acrescentando que tinha informação que o assunto seria brevemente resolvido. Quanto a uma outra questão colocada pelo Senhor Vereador Paulo Cunha e que tinha a ver com o 25 de Abril, referiu que continuavam a achar que valia a pena comemorar a liberdade, que valia a pena assinalar os dias que era, de facto, importantes para o povo português, o 25 de abril e o primeiro de maio entre muitos outros também importantes. Esclareceu que este ano se tinha feito um grande esforço para manter a qualidade com custos muito mais baixos, entendendo que esta não era uma questão para combate político. Observou que, em sua opinião, como autarcas de abril que eram, deste poder local democrático que tinha nascido com abril, não era positivo esse tipo de situação, de se dizer que com as verbas do espetáculo se poderia pagar a esta ou aquela empresa. Sobre a proposta de protocolo sugeriu que fosse colocada numa próxima reunião de trabalho que o senhor Presidente marcava, achando que era um bom tema para o Senhor Vereador apresentar ao Senhor Presidente. De seguida referiu que acompanhavam o Senhor Vereador Luís Cordeiro na evocação que fizera ao desaparecimento de Miguel Portas, de facto um político com um estatuto elevado, também com um lugar na história, na democracia portuguesa, ficando aqui mais uma vez a manifestação de profundo pesar pelo desaparecimento de Miguel Portas e naturalmente à família e também à família política a solidariedade da Câmara Municipal do Seixal pelo desaparecimento desta figura política portuguesa. Já sobre a questão da regeneração urbana do Seixal, salientou que no âmbito do Fórum Seixal estiveram todo o dia na freguesia do Seixal, contatando com as populações, com os comerciantes e visitando uma empresa a NavalTagus. Esclareceu que se tratava de uma empresa que tinha uma atividade muito importante na reparação e na construção naval de embarcações de média dimensão. Concordou que existiam uma série de fatores que a Câmara tinha de ajudar a desenvolver no sentido de se conseguir trazer mais população ao Seixal, sendo que a estratégia da Câmara Municipal tinha a ver com os investimentos, mas também com a regeneração e com os incentivos que poderão ser dados aos proprietários para avançarem nesse sentido. Referiu que ainda assim e tal como em qualquer zona histórica também aqui as áreas eram exíguas e de preço elevado, sendo tal um forte obstáculo para se poder avançar com uma regeneração com maior dinâmica. Mais referiu que a Câmara Municipal do Seixal estava a desenvolver estudos no sentido de se constituir uma área de regeneração urbana para se ver até onde se conseguia ir e quais os instrumentos de apoio que existiam para esta questão, sendo que as autarquias, neste momento, não estavam em condições de poder alocar grandes investimentos para os particulares. Quanto às obras paradas no Concelho e que o Senhor Vereador tinha referido três: o Museu Oficina, o Museu de Medalha Contemporânea e o Núcleo Empresarial, esclareceu que tal tinha a ver com diferentes empresas e com as dificuldades económicas do presente, sendo que neste

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momento se tinha em apreciação jurídica duas destas obras, excluindo o Núcleo Empresarial que estava numa fase final. Acrescentou que o próprio empreiteiro dependia do pagamento do último auto para poder concluir a obra, tendo sido pago há cerca de três dias para que ele pudesse concluir a obra. Referiu que a verdade era que as empresas viviam cada vez com mais dificuldades, cada vez mais com problemas para poderem fazer face aos investimentos que tinham de realizar, existindo este problema no Concelho. Referiu ainda uma outra obra parada a escola básica número um dos Redondos, também mais uma situação que tinha a ver com este momento, com esta conjuntura económica mais complicada. Observou que a Câmara estava a fazer todos os esforços para encontrar soluções com as empresas, com estas ou com outras, para poder concretizar as intervenções. Recordou que na segunda fase do Cais de Pedra o primeiro concorrente a quem se tinha adjudicado não tinha conseguido apresentar as garantias bancárias para se poder avançar com a obra, pelo que se tivera de adjudicar ao concorrente seguinte e dai a intervenção só ter agora começado. De seguida e sobre a questão do congelamento das verbas do QREN disse que esta era quase uma constatação, ou seja todas as medidas que eram tomadas iam no sentido de haver maior restrição ao investimento, maiores dificuldades no sentido de se conseguir fazer face a esse problema, onde os bancos não eram parte da solução, mas sim parte do problema. Sublinhou que neste quadro era claro que qualquer empresa, qualquer autarquia tinha dificuldades em poder utilizar estas verbas do QREN e também o próprio formato como estas verbas eram disponibilizadas, recordando que se há uns anos estas verbas eram disponibilizadas logo no início, ou seja com a adjudicação, pelo menos uma percentagem, hoje essas verbas só eram pagas ou disponibilizadas após o envio da fatura da empresa que fizera o trabalho. Referiu que sabiam que muitas vezes o pagamento das verbas do QREN demorava pelo menos seis meses pelo menos, ou seja após o recebimento da fatura ainda se tinha de esperar seis meses para se receber a verba, o apoio do QREN. Abordou ainda o facto de este financiamento ter um modelo pouco ágil, representando o perder de uma oportunidade para o país, uma vez que o QREN terminava em dois mil e treze, uma perda de oportunidade do país em termos de investimentos de milhões, desde o TGV, ao novo aeroporto, passando por muitos POR’s, das várias regiões. Continuando salientou que eram preocupantes os dados que o Senhor Vereador aqui colocara sobre o desemprego do Concelho, sendo esta uma questão que os preocupava todos os dias, pelo que todos os dias tentavam avançar com projetos e ideias para se ter investimento no Concelho, para se estar bem posicionados para receber qualquer tipo de investimento, em infraestruturas produtivas. Mais referiu que esse era um desígnio do Concelho bem plasmado no PDM, bem como o facto do Concelho ter uma vocação industrial também muito forte e para o emprego. De seguida e sobre o episódio do primeiro de maio referiu que gostaria de valorizar o facto de alguns eleitos terem estado presentes, com os trabalhadores do Município, no primeiro de maio, no grandioso desfile do primeiro de maio e que valorizou muito a luta dos trabalhadores. Lamentou que o primeiro de maio de dois mil e doze fosse relembrado não só pelo maior ataque de sempre aos trabalhadores portugueses, mas também pelo facto do Pingo Doce ter avançado com uma posição de força contra os direitos dos trabalhadores. Primeiro por estar a funcionar no primeiro de maio e depois por obrigar, pela necessidade, milhares e milhares de pessoas a dirigirem-se aos seus estabelecimentos para fazerem compras. Referiu que era uma atitude censurável e que esta censura era uma questão praticamente constante e unanime no panorama político português, sendo que mais uma vez e para além dos capitais estarem agora na Holanda, o Pingo Doce tinha uma posição nada condicente com aquilo que se pretendia das empresas portuguesas. Finalmente e sobre a Associação Intermunicipal de Águas – AIA e sobre a pergunta para que serviam os “jobs for the boys”, que o Senhor Vereador Samuel Cruz aqui tinha colocado, esclareceu que se tratava de uma tentativa dos municípios de combater esta ideologia de privatização. Acrescentou que seis municípios estavam a tentar ganhar escala, a tentar constituir

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uma entidade intermunicipal para conseguir fazer face a esta avalanche da privatização da Águas de Portugal. Referiu que, infelizmente, ainda não tinham tido o apoio necessário para poder avançar de forma mais célere com estes processos, sendo uma grande luta com um quadro mínimo de pessoas. Comparando com a Agência de Energia referiu que esta tinha três pessoas e se gastavam noventa mil euros por ano, estando em causa um assistente técnico, um técnico superior e um diretor. Referiu ainda que se tratava de um trabalho muito importante feito no sentido de se conseguir constituir, em termos técnicos, a estrutura futura em termos do abastecimento de água em alta e depois também em termos do próprio modelo de gestão. Salientou que se tentava procurar as melhores respostas para esta questão, pelo que mais que denegrir, achava que se deveria valorizar muito esta opção das autarquias do distrito de Setúbal que estavam integradas na AIA e que procuravam encontrar soluções que combatessem esta situação da privatização. O Senhor Vereador Paulo Cunha, solicitou em primeiro lugar que se precisasse quanto se tinha gasto com as comemorações do 25 de abril, ainda que tivesse registado o apelo para não levantar a questão nem do ponto de vista ideológico, nem de outro ponto de vista qualquer. Referiu que compreendia que não se quisesse fazer demagogia e que até podia compreender que em anos anteriores se pudesse cair na tentação de fazer algum tipo de demagogia com esta questão, mas que este ano não. Acrescentou que este ano a situação era muito mais aflitiva não só para a Câmara Municipal, mas também para todos os credores da Câmara Municipal pelo que, das duas, uma, ou se tinha uma gestão eficaz dos dinheiros públicos ou não, sendo essa a questão central. Esclareceu que, em momento nenhum, tinha referido que não se devia comemorar o 25 de abril, que não se devia fazer uma festa de comemoração, o que dissera era que se podia usar meios internos, meios da Câmara, meios mais baratos, mais económicos e que podiam na mesma dignificar a comemoração. O Senhor Vereador Samuel Cruz, em relação à intervenção do Senhor Vereador Joaquim Santos esclareceu que a questão da injunção não era para dramatizar, bastava ter tempo amanhã para fazer a injunção e manda-la para os jornais e pronto depois pagavam as senhas, os juros e a taxa de justiça. Reforçou que se tratava de uma questão de princípio e o contrário disso era falta de princípios, não havendo mais nada a fazer, não sendo uma questão de dinheiro, mas sim uma questão de atitude. Depois e sobre a AIA referiu que não havia nada de mais errado do que dizer que esta entidade era importante para lutar contra a privatização, porque o combate, a luta contra a privatização fazia-se no campo do combate político. Recordou que os senhores vereadores do PS tinham acabado de subscrever um documento, bastante duro e nos termos em que não seriam exatamente aqueles em que o redigiriam, mas porque concordavam com o princípio. No entanto referiu que consideravam que os fins não justificavam os meios. Acrescentou que os políticos discutiam essas questões o povo votava e uma estratégia era sufragada e posta em prática, sendo estas as regras da democracia. Referiu que as regras da democracia não era com o dinheiro dos munícipes criar entidades privadas, mas financiadas com dinheiros público, para lutar contra, neste caso, a privatização da água. Mais referiu que era muito hábito do PCP criar entidades que eram financiadas com o dinheiro público ao serviço de uma causa, realçando que as perguntas que colocara não tinham sido respondidas, em concreto sobre o estudo de duzentos e cinquenta mil euros e os sessenta e sete mil euros com despesas de pessoal. Observou que esta era uma questão que iria continuar em próximas reuniões, sendo que também já tinha visto o Relatório de Contas da Associação de Municípios, outra entidade que gostaria de perceber exatamente para o que servia sem ser para andar a colocar outdoors a preço de ouro.

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Referiu que já tinha estranhado o conteúdo e a frequência da mudança dos outdoors desta Associação, saudando o 25 de abril e o 1 de Maio, mas não servindo em nada a população, sendo que de uma rápida leitura por este Relatório tinha visto que a troca de seis lonas, sendo a trocar de uma lona uma coisa, no máximo dos máximos, para duzentos e cinquenta euros, tinha custado doze mil euros. Reforçou que voltaria a este assunto na próxima reunião e que esta entidade parecia uma quinta pedagógica a fazer estudos acerca da faturação e naquilo que interessava às câmaras a taxa de execução era zero, a única coisa para a qual tinha servido era para pagar ordenados e para pagar estas aquisições de serviços, mas de certeza que não estava ao serviço da população. Finalmente referiu que faltava ser presente à Câmara o Relatório de Atividades e Contas da Ferimo, uma empresa municipal e que devia estar integrada no Relatório de Contas da Câmara. Mais referiu que sabia que a empresa era para extinguir, mas que enquanto não era extinta a Ferimo recebia muito dinheiro desta Câmara e tinha funcionários, solicitando esclarecimentos sobre este facto. A Senhora Vereadora Vanessa Silva, respondendo ao Senhor Vereador Paulo Cunha referiu que o povo também gostava de ir ao restaurante, sendo evidente que a cultura popular local era muito importante para o Município e por isso as comemorações do 25 de abril não tinham sido só o espetáculo da noite de vinte e quatro, mas constituídas por um leque muito mais alargado de iniciativas. Acrescentou que muitas delas tinham sido promovidas pelas coletividades, pelo movimento associativo e por outras expressões culturais do Concelho. Relativamente ao valor gasto no espetáculo referiu que se tinha despendido cerca de sessenta mil euros, menos vinte mil euros do que estava previsto no orçamento, ou seja já com uma redução significativa. Sublinhou que o custo não era só dos artistas, mas de toda a logística, envolvendo o espetáculo, a PSP, a Sociedade Portuguesa de Autores, o palco, os camarins, os sanitários, a segurança, o fogo-de-artifício, as águas e todo esse conjunto de coisas. O Senhor Vice-Presidente, deixou também algumas notas, esclarecendo que quando dissera que era uma forma de combater a privatização, não estava a dizer que isso era um fórum político, mas sim uma unidade de ação técnica, para encontrar as melhores soluções. Mais esclareceu que se tratava de um fórum técnico para promover os estudos necessários para, de forma articulara, se conseguir gerir o abastecimento de água em alta, objetivo com que fora criada a AIA. Referiu que aqui não tinham todos os elementos, pelo que e até para esclarecer melhor solicitava ao Senhor Vereador Joaquim Tavares que, junto dos seus serviços, pudesse fazer uma informação sucinta sobre a atividade do último ano da AIA e as perspetivas futuras. Sobre Associação de Municípios referiu que tinha registado as questões colocadas pelo Senhor Vereador, acrescentando que a questão dos outdoors fazia parte de um projeto de comunicação da Associação que também achava de importância, como forma de afirmar a própria Associação, em termos regionais e as várias iniciativas que desenvolvia. Salientou que estavam em crer que se justificavam os investimentos realizados, quer nos projetos, quer depois nas comunicações, pensando que um outdoor em cada concelho não seria uma questão maior. III – PERÍODO DA ORDEM DO DIA Neste período foram apreciados os seguintes assuntos, constantes no Edital nº 057/2012, e arquivados em pasta anexa à presente Ata. 1.INFORMAÇÕES

Informação nº 140/2012 – Agenda

Quinzenal de Atividades - Destaques.

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Informação nº 141/2012 – Informação sobre a atividade da Divisão do Plano Diretor Municipal, referente ao primeiro trimestre.

Informação nº 143/2012 – Relatório de atividade da Divisão de Desenvolvimento Económico e Promoção do Turismo, referente ao mês de março.

Informação nº 144/2012 – Informação sobre atividade da Divisão de Desenvolvimento Económico e Promoção do Turismo, referente ao primeiro trimestre.

Informação nº 145/2012 – Informação sobre atividade do Gabinete de Candidaturas e Programas, referente ao primeiro trimestre.

Informação nº 146/2012 – Relatório de atividades do Gabinete de Candidaturas e Programas, referente ao mês de março.

Informação nº 147/2012 – Relatório de atividades do Departamento de Comunicação e Imagem, referente ao mês de março.

Informação nº 148/2012 – Informação sobre atividade do Departamento de Administração Geral (DEPAG), referente ao primeiro trimestre.

Informação nº 149/2012 – Relatório de atividades do Departamento de Administração Geral (DEPAG), referente ao mês de março.

Informação nº 150/2012 – Relatório de atividades do Departamento de Plano, Orçamento e Gestão Financeira, referente ao mês de março.

Informação nº 151/2012 – Informação sobre a atividade do Departamento de Plano, Orçamento e Gestão Financeira, referente ao primeiro trimestre.

Informação nº 152/2012 – Relatório de atividades da Divisão do Plano e Orçamento, referente ao mês de março.

Informação nº 153/2012 – Informação sobre atividade da Divisão de Administração Geral, referente ao primeiro trimestre.

Informação nº 154/2012 – Relatório de atividades da Divisão de Administração Geral, referente ao mês de março.

Informação nº 155/2012 – Informação sobre atividade da Divisão de Arquivo Municipal, referente ao primeiro trimestre.

Informação nº 156/2012 – Relatório de atividades da Divisão de Arquivo Municipal, referente ao mês de março.

Informação nº 157/2012 – Informação sobre atividade da Divisão de Atendimento Público, referente ao primeiro trimestre.

Informação nº 156-A/2012 – Relatório de atividades da Divisão de Atendimento Público, referente ao mês de março.

Informação nº 157-A/2012 – Informação sobre atividade da Divisão de Aprovisionamento, referente ao primeiro trimestre.

Informação nº 158/2012 – Informação sobre a atividade do Gabinete de Apoio aos Órgãos Autárquicos, referente ao primeiro trimestre.

Informação nº 159/2012 – Informação sobre a atividade do Gabinete de Imprensa e Relações Públicas, referente ao primeiro trimestre.

Informação nº 160/2012 – Relatório de atividades do Gabinete de Imprensa e Relações Públicas, referente ao mês de março.

Informação nº 161/2012 – Informação sobre a atividade do Serviço Notariado, referente ao primeiro trimestre.

Informação nº 162/2012 – Relatório de atividades do Serviço Notariado, referente ao mês de março.

Informação nº 163/2012 – Informação sobre a atividade do Gabinete Médico Veterinário, referente ao primeiro trimestre.

Informação nº 164/2012 – Relatório de atividades do Gabinete Médico Veterinário, referente ao mês de março.

Informação nº 165/2012 - Relação de despachos proferidos pelo Senhor Diretor de Departamento de Administração Geral e Finanças, Dr Carlos Mateus, decorrente do despacho n.º 221-PCM/2011 de 11 de março e nos termos do art. 70º, da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei nº 67/2007 de 31 de dezembro, no período compreendido entre 01/03/2012 a 31/03/2012, e arquivados em pasta anexa.

Informação nº 166/2012 – Relatório de atividades das seguintes unidades orgânicas: Departamento de Desporto; Gabinete de Apoio ao Movimento Associativo; Gabinete de Projetos Estratégicos de Mobilidade e Transportes; Departamento de equipamentos e de Gestão do Espaço Público e Gabinete do

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Metropolitano Sul do Tejo, referente ao mês de março.

Informação nº 167/2012 – Informação sobre a atividade das seguintes unidades orgânicas: Departamento de Desporto; Gabinete de Apoio ao Movimento Associativo; Gabinete de Projetos Estratégicos de Mobilidade e Transportes; Departamento de equipamentos e de Gestão do Espaço Público e Gabinete do Metropolitano Sul do Tejo, referente ao primeiro trimestre.

Informação nº 167-A/2012 – Pelouro da Mobilidade, Equipamentos Municipais e Desporto – Correspondência recebida – Junta de Freguesia de Amora - Agradecimento.

Informação nº 168/2012 – Relação de despachos proferidos pela Senhora Vereadora Corália Maria Mariano de Almeida Sargaço Loureiro, no âmbito da delegação/subdelegação de competências decorrente do despacho n.º 221-PCM/2011 datado de 11 de março de 2011, e nos termos do art. 65º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, no período compreendido entre 01/03/2012 a 15/03/2012, e arquivados em pasta anexa.

Informação nº 169/2012 – Relação de despachos proferidos pela Senhora Vereadora Corália Maria Mariano de Almeida Sargaço Loureiro, no âmbito da delegação/subdelegação de competências decorrente do despacho n.º 221-PCM/2011 datado de 11 de março de 2011, e nos termos do art. 65º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, no período compreendido entre 01/12/2011 a 30/12/2011, e arquivados em pasta anexa.

Informação nº 170/2012 – Informação sobre a atividade das seguintes unidades orgânicas: Divisão de Ação Social e Divisão de Informática, referente ao mês de fevereiro.

Informação nº 171/2012 – Informação sobre a atividade das seguintes unidades orgânicas: Departamento de Recursos Humanos, Divisão de Ação Social; Divisão de Migrações e Cidadania; Divisão de Desenvolvimento em Saúde; Gabinete do Conhecimento, Inovação e Qualidade e

Gabinete de Contratação Pública, referente ao mês de março.

Informação nº 172/22012 – Relatório de atividades das seguintes unidades orgânicas: Departamento de Recursos Humanos, Divisão de Migrações e Cidadania; e Gabinete de Contratação Pública, referente ao primeiro trimestre.

Informação nº 172-A/2012 – Informação sobre a atividade da Divisão de Desenvolvimento em Saúde, referente ao mês de janeiro.

Informação nº 173/2012 – Pelouro dos Recursos Humanos, Modernização Administrativa e Ação Social – Correspondência recebida – Paroquia de S. João Batista de Vale de Milhaços - Agradecimento.

Informação nº 174/22012 – Relatório de atividades das seguintes unidades orgânicas: Departamento de Recursos Humanos, Divisão de Migrações e Cidadania; Gabinete do Conhecimento, Inovação e Qualidade e Gabinete de Contratação Pública, referente ao mês de março.

Informação nº 175/22012 – Relatório de atividades das seguintes unidades orgânicas: Departamento de Recursos Humanos e Gabinete de Contratação Pública, referente ao primeiro trimestre.

Informação nº 176/2012 – Relação de despachos proferidos pelo Senhor Vereador Jorge Gonçalves, em matéria de contra ordenações ao abrigo do despacho n.º 768-PCM/2011, datado de 9 de setembro de 2011, e nos termos do art. 65º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro de 2002, no período compreendido entre 29/03/2012 a 11/04/2012 e arquivados em pasta anexa.

Informação nº 177/22012 – Relatório de atividades das seguintes unidades orgânicas: Divisão de Planeamento do Território; Divisão de Gestão Urbanística; Divisão Administrativa de Urbanismo; Divisão de Infraestruturas Urbanísticas; Divisão de Fiscalização Municipal; Divisão de Fiscalização de Operações Urbanísticas; Divisão de Contra Ordenações; Gabinete de Intervenção Veterinária e Gabinete de Informação Geográfica, referente ao mês de março.

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Informação nº 178/22012 – Relatório de atividades das seguintes unidades orgânicas: Divisão de Planeamento do Território; Divisão de Gestão Urbanística; Divisão Administrativa de Urbanismo; Divisão de Infraestruturas Urbanísticas; Divisão de Fiscalização Municipal; Divisão de Fiscalização de Operações Urbanísticas; Divisão de Contra Ordenações; Gabinete de Intervenção Veterinária e Gabinete de Informação Geográfica, referente ao primeiro trimestre.

Informação nº 179/2012 - Relação de despachos proferidos pelo Senhor Diretor do Departamento de Conservação e Segurança de Instalações, Engenheiro Jorge Didelet, decorrente do despacho n.º 221-PCM/2011 de 11 de março e para efeitos do art. 69º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei nº 67/2007 de 31 de dezembro, no período compreendido entre 01/10/2011 a 31/10/2011, e arquivados em pasta anexa.

Informação nº 180/2012 – Relatório de atividades do Departamento de Conservação e Segurança de Instalações, referente ao primeiro trimestre.

Informação nº 181/22012 – informação sobre a atividade das seguintes unidades orgânicas: Divisão de Equipamentos e Recursos Educativos; Gabinete de Planeamento e Gestão de Equipamentos e Parque Escolar; Divisão de Projetos Educativos e Ação Social Escolar; Gabinete de Gestão e Ação Social Escolar e Gabinete da Juventude, referente ao mês de março.

Informação nº 182/22012 – informação sobre a atividade das seguintes unidades orgânicas: Divisão de Ação Cultural; Gabinete de Gestão Cultural da Quinta da Fidalga; Divisão de Biblioteca; Divisão de Património Histórico e Museus e Gabinete de Gestão de Embarcações Tradicionais, referente ao mês de março.

Informação nº 183/22012 – Relatório de atividades das seguintes unidades orgânicas: Divisão de Ação Cultural; Gabinete de Gestão Cultural da Quinta da Fidalga; Divisão de Biblioteca; Divisão de Património Histórico e Museus e Gabinete de Gestão de Embarcações Tradicionais, referente ao primeiro trimestre.

Informação nº 184/22012 – Relatório de atividades das seguintes unidades orgânicas: Divisão de Equipamentos e Recursos Educativos; Gabinete de Planeamento e Gestão de Equipamentos e Parque Escolar; Divisão de Projetos Educativos e Ação Social Escolar; Gabinete de Gestão e Ação Social Escolar e Gabinete da Juventude, referente ao primeiro trimestre.

Informação nº 185/2012 – Relação de despachos proferidos pela Senhora Vereadora Vanessa Silva, no âmbito da subdelegação de competências decorrente do despacho n.º 221-PCM/2011 datado de 11 de março e, nos termos do art. 65º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro de 2002 e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro, durante o período de 01/03/2012 a 31/03/2012, e arquivados em pasta anexa.

Informação nº 186/2012 – Relação de despachos proferidos pela Senhora Diretora do Departamento da Cultura, Drª Teresa Ré, no âmbito da subdelegação de competências decorrente do despacho n.º 221-PCM/2011 datado de 11 de março e, nos termos do nº 3 art. 65º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro de 2002 e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro, durante o período de 01/03/2012 a 31/03/2012, e arquivados em pasta anexa.

Informação nº 187/2012 – Relação de despachos proferidos pela Senhora Diretora do Departamento da Educação e Juventude, Drª Maria João Macau, no âmbito da subdelegação de competências decorrente do despacho n.º 221-PCM/2011 datado de 11 de março e, nos termos do nº 3 art. 65º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro de 2002 e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro, durante o período de 01/03/2012 a 31/03/2012, e arquivados em pasta anexa.

Informação nº 188/2012 – Pelouro da Educação, Cultural e Juventude – Correspondência recebida – Centro Nacional de Cultura - Agradecimento.

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Informação nº 189/2012 – Relatório de atividades do Pelouro da Proteção Civil,

referente ao não de 2011.

O Senhor Vereador Luís Cordeiro, referiu que continuava a ver nas informações um conjunto de empresas unipessoais ligadas à área da arquitetura e da engenharia civil, aparecendo inclusivamente uma adjudicação, por ajuste direto, a uma entidade chamada Sofia Gaspar Arquitetura, no valor de vinte e seis mil, oitocentos e vinte e nove euros. De seguida solicitou esclarecimentos sobre uma outra questão que era a aprovação de autorização de procedimento de concurso público para a prestação de serviço para a gestão e organização do Parque de Estacionamento Subterrâneo Municipal de Miratejo, no valor de cinquenta mil euros e depois mais uma aprovação do pagamento relativo aos serviços contratualizados, também no âmbito do parque subterrâneo municipal de Miratejo, à Plenoacesso Unipessoal, no valor de quatro mil, cento e sessenta e um euros. Perguntou ainda qual era a situação em concreto daquele parque e de quem era a gestão. O Senhor Vice-Presidente, sobre a questão da Sofia Gaspar Arquitetura esclareceu tratar-se de um ajuste direto, um contrato com esta empresa para prestar serviços de arquitetura, sendo que a Câmara Municipal tinha ainda necessidade de tal prestação. Observou que se tinha entendido que era útil continuar com esta prestação, tendo em conta que se estava com alguns projetos em curso, sendo o contrato de doze meses e, salvo erro, esse valor era correspondente aos doze meses. Acrescentou que agora em fevereiro tinham rescindido com uma outra empresa também nesta área, a Terras de Vidro Unipessoal. Sobre o concurso do Parque Subterrâneo Municipal de Miratejo, esclareceu que a Câmara Municipal era proprietária do piso -2 do parque subterrâneo, mas não tinha as condições necessárias, em termos de pessoal, para assegurar a gestão e organização do parque, vinte e quatro horas por dia. Mais esclareceu que desde o início que se tinha encontrado uma empresa, contratada através do procedimento de ajuste direto, sendo que agora se tinha aberto concurso para a gestão do parque. Acrescentou que esse concurso estava agora em fase de reclamações, tendo existido sete propostas e a empresa que tinha ganho tinha apresentado o preço mais baixo, cerca de quarenta e seis mil euros. Referiu que se entraria agora numa fase de transição entre a empresa atual e a empresa futura, sendo que o despacho referido de cerca de cinco mil euros tinha a ver com o ajuste direto que prossuponha um valor mensal. Ainda sobre esta matéria e em termos de sustentabilidade económica do parque, referiu que a receita dos cento e sessenta e três lugares e mais dez de motociclos era de cinco mil e duzentos euros por mês e se pagava, à empresa, quatro mil e tal mais IVA. Mais referiu que se estava a fazer uns investimentos que ainda não se tinha conseguido concluir, em termos do sistema de acessos e sistema informático. Esclareceu que a receita era paga pelos utentes que tinham avenças mensais com a Câmara, cujo valor tinha sido aprovado e fazia parte do tarifário municipal desde dois mil e nove. Mais esclareceu que quando os investimentos estivessem concluídos e a funcionar se avaliaria a hipótese de se atualizar o preço porque estava muito baixo relativamente até ao que era praticado em parques deste género. Referiu que esta atualização seria no sentido de permitir ter mais algum conforto em termos dos gastos, mas sublinhando que existia, de certa forma, um equilíbrio entre o que se pagava à empresa e o que se recebia, não cobrindo depois a eletricidade, as reparações, as manutenções, o procedimento de cancelas que se tivera de implementar, os meios informáticos, etc. 2. Deliberação nº 085/2012 – ATA DA REUNIÃO ORDINÁRIA DE 08 DE MARÇO DE 2012 (ATA Nº 05/2012).

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O Senhor Vice-Presidente da Câmara, submeteu à aprovação a Ata da reunião ordinária de 8 de março de 2012, com dispensa de leitura, em virtude do respetivo texto ter sido previamente distribuído por todos os presentes, nos termos do disposto no art. 4º do Dec-Lei n.º 45362, de 21 de novembro de 1963, tendo a mesma sido aprovada por unanimidade e em minuta. 3. GRANDES OPÇÕES DO PLANO E ORÇAMENTO PARA 2012. 2ª ALTERAÇÃO. APROVAÇÃO. Proposta retirada da ordem de trabalhos. O Senhor Vice-Presidente, esclareceu que os pontos três e quatro seriam retirados da ordem de trabalhos por ainda não estarem em condições de ser apreciados e votados. 4. CONTRATO PROGRAMA CELEBRADO ENTRE O MUNICÍPIO DO SEIXAL E A AGÊNCIA MUNICIPAL DE ENERGIA DO SEIXAL. ALTERAÇÃO NO ÂMBITO DA IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO DE REDUÇÃO DO CONSUMO DE ELETRICIDADE NA ILUMINAÇÃO PÚBLICA NO CONCELHO DO SEIXAL. APROVAÇÃO. Proposta retirada da ordem de trabalhos. *Vide supra intervenção do Senhor Vice-Presidente da Câmara. 5.Deliberação n.º 086/2012 – CMS - CONTRATAÇÃO PÚBLICA. CONCURSO PÚBLICO PARA A CONCESSÃO DE LICENÇA MUNICIPAL DE USO PRIVATIVO PARA A IMPLANTAÇÃO DE QUIOSQUES E ESPLANADAS ESTIVAIS NA BAÍA DO SEIXAL. PROCESSO N.º DEGEP. 02.EF.2012 (080.01.22/2012). ABERTURA. Proposta: Departamento de Equipamentos e de Gestão do Espaço Público “Com base na informação do Diretor do Departamento de Equipamentos e de Gestão do Espaço Público de 13 de abril de 2012, propõe-se:

1. Ao abrigo do art.º 16º e 36º do CCP é de acordo com os dispostos nos art.ºs 16º a 22º e 29º do Dec.-Lei n.º 197/99, de 8 de junho, aplicável por força da alínea f) do n.º 1 do art.º 14 do Dec.-Lei n.º 18/2008 de 29 de janeiro, e do Regulamento de Ocupação do Espaço Público do Município do Seixal, deliberação favorável para início do procedimento de concursos público para: - Concessão de licença municipal de uso privativo para a implantação de Quiosques e Esplanadas Estivais – Baía do Seixal. 2. Aprovação ao abrigo do art.º 40º do CCP, das peças do procedimento, nomeadamente, Programa de Concurso, Caderno de Encargos e Memoria Descritiva. 3. Atendendo aos serviços envolvidos neste processo, delega-se no júri nos termos do n.º 2 do art. 69º do CCP a competência para prestar esclarecimentos e retificações das peças do procedimento de acordo com o art.º 50º do CCP.

4. Sugerindo nos termos do art. 67º do CCP, para constituição do júri, a nomeação dos seguintes elementos: - Eng.º Rui Melo (Presidente) - Arq.º Rodrigo Soares (Substitui o Presidente) - Eng.ª Tânia Pedrosa - Eng.ª Sónia Silva (Suplente) - Anabela Santos (Suplente)

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Foi feita a consulta às Juntas de Freguesia de Arrentela e de Amora sobre a localização e utilização dos quiosques. Documentos anexos a esta proposta: • Informação do Gabinete de Contratação Pública – 2012.04.18 – anexo n.º 196/2012. • Informação do Departamento de Equipamentos e Gestão do Espaço Público – 2012.04.13 – anexo n.º 197/2012.

O Proponente O Vereador do Pelouro da Mobilidade, Equipamentos Municipais e Desporto

Joaquim Cesário Cardador dos Santos.”

Submetida a votação, foi a proposta aprovada por unanimidade e em minuta, ficando os documentos mencionados arquivados no respetivo processo. O Senhor Vice-Presidente, esclareceu que não se tratava de uma novidade, sendo que no ano passado se abrira concurso público para a concessão de licença municipal de uso privativo para a implantação de três quiosques e esplanadas estivais na Baía do Seixal. Mais esclareceu que seria três quiosques, dois na Amora e um na Arrentela, na zona da Quinta da Fidalga e que o ano passado, infelizmente, só se tivera três concorrentes, dois qualificados, mas que depois nenhum tinha avançado com o quiosque. Referiu que os concorrentes tinham alegando falta de tempo ou seja o facto do concurso ter demorado muito tempo a chegar ao contrato, não sendo por isso lucrativo, ou que já não era pensando no ponto de vista da rentabilidade económica. Referiu igualmente que este ano se estava a lançar o concurso mais cedo para tentar ter o máximo de interessados para estes quiosques temporários, a funcionar entre junho e setembro ou outubro, cinco meses conforme previsto no caderno de encargos. O Senhor Vereador Samuel Cruz, referiu em primeiro lugar que os senhores vereadores do PS registavam com agrado que algumas das questões que tinham levantado na altura acerca disto e de outro tipo de concursos, tivessem sido levadas em conta, aparentemente pelo menos. Em segundo lugar referiu que saudavam esta iniciativa porque de facto era fundamental para a revitalização de toda aquela zona, pecando por ser curta, isto é poucos para uma área tão extensa, toda a frente ribeirinha do lado das cidades do Seixal e de Arrentela e do lado da cidade de Amora. Depois referiu que a proposta era boa, ainda que continuasse a ser tarde, porque os quiosques estivais eram, por referência à época balnear que começava a um de junho e o prazo de entrega das candidaturas e de toda a documentação quase que caía no fim de maio. Observou que estes procedimentos tinham sempre alguns atrasos e depois necessariamente o tempo de contratualização, pelo que a implementação já não seria no início de junho. Por outro lado referiu que os próprios promotores quanto mais tarde iniciasse a sua atividade, menos rentabilidade tirariam da mesma, o que podia ser também um obstáculo a que concorressem. Terminou dizendo que no global era uma boa proposta e que, naturalmente, o PS estava a favor. O Senhor Vereador Paulo Cunha, referiu que tinha pedido a palavra para dizer bem, mas com algumas observações, parte delas parecidas com as que o Senhor Vereador Samuel Cruz tinha colocado. Começou por dizer que não fazia muito sentido, pensando que carecia de alguma justificação, que este ano este concurso viesse tão tarde, porque na verdade se no ano passado fazia algum sentido porque era a primeira vez, este ano não. Como segunda observação referiu que estava na altura de se perceber qual era a opção para aquelas áreas, se era apenas para época estival ou não.

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Terminou dizendo que estava de acordo com abertura deste concurso, embora pensasse que viesse um bocado tarde. O Senhor Vereador Luís Cordeiro, referiu que também concordava com o procedimento, mas que existiam algumas questões que gostava de ver esclarecidas, nomeadamente na memória descritiva onde se falava no quiosque e se dizia: “este equipamento é de caráter amovível e não poderá ter ligação à rede de saneamento nem de abastecimento de águas”, perguntando como seria então resolvida esta questão do abastecimento de água e rede de saneamento. O Senhor Vereador Eduardo Rodrigues, ainda em relação a este concurso deixou a sugestão de a Câmara projetar a instalação dos quiosques, instalá-los e depois alugá-los ou rentabiliza-los. Referiu que tal solução poderia obviar à falta de interessados, tendo em conta o investimento inicial necessário, sendo caro e só por cinco meses. Mais referiu que esperava que este concurso tivesse o resultado esperada e que era bom para o bem da população, mas que tinha algumas dúvidas exatamente porque uma contratação para a época estival implicava um investimento muito grande no equipamento só para cinco meses. O Senhor Vice-Presidente, sobre a questão de futuro esclareceu que a Câmara Municipal estava a fazer um estudo sobre a potencialidade de rentabilização do ponto de vista económico, desses locais, exatamente com equipamentos de restauração, cafetarias ou esplanadas. Mais esclareceu que se tratava de uma questão que não estava fechada em termos da Câmara, ou seja a Câmara ainda não tinha definido, para os locais, o que pretendia exatamente, se um quiosque, se um restaurante, etc. Por outro lado referiu que o Regulamento Municipal de Ocupação do Espaço Público permitia a implantação de quiosques temporários com estas restrições, sendo que por agora o único modelo para que se podia avançar era para este tipo de quiosques temporários. Quanto à questão das ligações de água e ao saneamento a Câmara à partida restringia qualquer ligação para evitar modificação de pavimento, sendo que os candidatos sabiam, à partida, que tinham de optar por ter um WC dos portáteis e encontrar uma forma qualquer de transportar a loiça ou ter um reservatório dentro do próprio estabelecimento. Acrescentou que tinham também de ter um sistema próprio de encaminhamento dos efluentes, sendo uma das condicionantes. O Senhor Vereador Samuel Cruz, sobre a resposta do Senhor Vereador referiu que tinha ficado algo estupefato com a afirmação de que a Câmara ainda não tinha decidido exatamente o que fazer naqueles sítios. Concretizando referiu que a razão da sua estupefação tinha a ver com o facto de se lembrar que, em dois mil e seis, a Câmara Municipal, grosso modo com o mesmo executivo, ter apresentado na FIL, o projeto com memória descritiva, onde já se dizia o que se queria para aqueles sítios todos. Observou que já lá se dizia o que eram restaurantes, o que eram instalações de bebidas, etc., pelo que não compreendia como é que, passados seis anos, as mesmas pessoas, depois de terem gasto bastante dinheiro, vinham dizer, como se nada fosse, que não sabiam ainda o que fazer. De seguida referiu que à semelhança do que dissera no ano passado achava que este procedimento não iria funcionar nos termos pretendidos, já que não havia mercado de arrendamento de quiosques, pelo que das duas, uma, ou as pessoas arranjavam algumas barracas de contraplacado que depois mandavam fora ou então este modelo, do ponto de vista financeiro, não tinha sequência. Observou que uma das coisas que era exigida era uma casa de banho química, sendo que uma casa de banho química nunca custaria menos que quinhentos euros, por semana, reforçando que entendia que este não era de facto o modelo ideal, mas que por outro lado era bom que se rentabilizasse aquela área. Terminou referindo que também não se percebia o porquê desta proposta só vir em maio quando o estudo estava feito desde o ano passado.

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O Senhor Vice-Presidente, referiu que iria responder de uma forma muito cordial e muito breve, até porque o Senhor Vereador, de facto, era hábil em pegar nas palavras e discorrer, fazer cenários. Esclareceu que não dissera nada daquilo que depois o Senhor Vereador referira e que o que dissera fora que a Câmara Municipal não tinha ainda decidido o tipo de equipamento que pretendia para os locais e que estavam a ser feitos estudos e projetos para esse efeito. O Senhor Vereador Samuel Cruz, referiu que tinha algumas dúvidas, mas que à partida e de acordo com as novas regras que se aplicavam aos estabelecimentos de fornecimento de comidas e bebidas móveis, no quadro do licenciamento talvez até não fosse necessário este tipo de concurso, pelo menos da interpretação que fazia da lei. Acrescentou que a instalação deste tipo de equipamentos passaria apenas a depender de uma comunicação prévia ao Município. 6. Deliberação nº 087/2012 – CMS – SUSPENSÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL PARA A ÁREA ONDE SE PRETENDE IMPLANTAR O PROJETO DESTINADO À PRODUÇÃO DE ENERGIA FOTOVOLTAICA, SITO NO ARTIGO 1 DA SECÇÃO M DA FREGUESIA DE AMORA. APROVAÇÃO. Proposta: Pelouro do Urbanismo e Fiscalização Municipal “Na sequência do parecer da Assessoria Jurídica, de 27.04.2012, propõe-se que a Câmara Municipal do Seixal delibere propor à Assembleia Municipal do Seixal a aprovação da suspensão parcial do PDM, assim como o estabelecimento de medidas preventivas, nos seguintes termos: CONSIDERANDO QUE:

A) O consumo energético na sociedade em que vivemos cresce a uma tal proporção que provocará dentro de algum tempo o esgotamento dos recursos energéticos naturais disponíveis, tais como o carvão, o petróleo, etc., sendo necessário encontrar alternativas energéticas diferentes das que já existem; B) O Sol, e mais concretamente a radiação solar, é uma fonte inesgotável de energia, o que assegura a continuidade do seu fornecimento. A energia solar, e especificamente a energia solar fotovoltaica, constitui uma energia muito interessante para o futuro, pois permite obter energia elétrica diretamente a partir da radiação solar, por meio da utilização de células solares fotovoltaicas agrupadas em painéis que captam essa radiação; C) Este procedimento de obtenção de energia elétrica permite uma poupança económica significativa em termos estritamente monetários e uma redução considerável da emissão de agentes contaminantes, nomeadamente de dióxido de carbono, entre outros, em comparação com o processo de produção de eletricidade em centrais térmicas ou nucleares. Desta maneira, a energia elétrica produzida na central fotovoltaica e injetada na rede elétrica implicará igualmente uma importante contribuição para o desenvolvimento de novas formas de produção de energia através de fontes renováveis; D) Na confluência de todas estas preocupações, através da Resolução do Conselho de Ministros nº 80/2008, de 20 de maio, foi aprovado o Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética (2008-2015); E) Na sequência deste instrumento de política sectorial e no âmbito da Diretiva 2009/28/CE, de 23 de abril de 2009, relativa à promoção da utilização de energia proveniente de fontes renováveis (Diretiva FER), Portugal elaborou o seu Plano Nacional de Ação para as Energias Renováveis (PNAER) para o horizonte de 2020, fixando os objetivos de Portugal relativos à quota de energia proveniente de fontes renováveis no consumo final bruto de energia em 2020, tendo em consideração a energia consumida nos setores dos transportes, da eletricidade e do aquecimento e arrefecimento em 2020, identificando as medidas e ações previstas em cada um desses setores;

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F) Em outubro de 2010, o Estado Português lançou um concurso público para atribuição de 150 megavolts-amperes (MVA) de capacidade de injeção de potência na rede elétrica de serviço público para energia elétrica produzida a partir de centrais solares fotovoltaicas, incluindo a tecnologia solar de concentração e pontos de receção associados; G) Este investimento surgiu da Opção Estratégica Nacional configurada para o desenvolvimento e reforço da produção de energias renováveis e a atenção dedicada ao modo de produção de energia fotovoltaica no sentido de dotar o país de maior independência energética e melhor balanço energético; H) Na sequência deste concurso público, por Despacho do Diretor Geral de Energia e Geologia, foi atribuído à NEOEN, SGPS, S.A., o direito de injetar na rede elétrica de serviço público 58 MVA de energia produzida através de centrais solares fotovoltaicas; I) A NEOEN Portugal, apresentou à CMS pedido de informação prévia relativamente à implementação de um projeto de investimento direcionado à produção de energia fotovoltaica em Belverde, para uma área com cerca de 98,5 ha, integrada no prédio rústico inscrito sob o 1, da Secção M, da freguesia da Amora, Concelho do Seixal (cfr. Planta de Localização, em anexo); J) A implantação de um empreendimento desta natureza reflete os objetivos comunitários, em termos de diversificação de fontes energéticas, nomeadamente recorrendo a energias alternativas não poluentes, e concretiza as metas estratégicas definidas pelo Plano Energético Nacional; K) Analisada a Planta de Ordenamento do PDM do Seixal em vigor (ratificado por Resolução de Conselho de Ministros nº 65/93, de 14 de outubro, publicada na Iª Série-B do Diário da Republica de 11 de novembro de 1993), verifica-se que, a área pretendida para a implantação da futura Central Fotovoltaica, se encontra inserida na categoria de Espaços Agrícolas e Florestais – Matas e Maciços Arbóreos (cfr. Extratos da Planta de Ordenamento do PDM do Seixal, em anexo); L) Para esta categoria de solo, o artigo 39º do Regulamento do PDM Seixal determina que: “1 - Nas matas e maciços arbóreos é interdita a construção de qualquer edificação, excetuando-se aquelas que se destinam ao apoio da sua preservação e manutenção e a equipamentos de interesse municipal. 2 - Sem prejuízo do disposto na legislação em vigor para a RAN e REN, é possível a construção de empreendimentos turísticos e equipamentos de interesse municipal, mediante a elaboração de plano de pormenor que obedecerá às seguintes condições: A edificabilidade máxima é a que resulta da aplicação do índice de utilização da UNOP, em que a parcela se insere, a 30% da superfície da parcela. A área restante manter-se-á vinculada ao uso correspondente ao respetivo zonamento. 3 - Em caso de incêndio, o vínculo mantém-se, devendo a zona ser reflorestada.” M) De acordo com esta disposição regulamentar, a única atividade que se encontra interdita nesta categoria de solos é a construção de qualquer edificação, com exceção daquelas que se destinam ao apoio da preservação e manutenção desta categoria de espaços e dos equipamentos de interesse municipal. N) Aquando da elaboração do PDM, a noção de equipamentos de interesse municipal englobava todas as infraestruturas não viárias, porquanto só as viárias eram consideradas verdadeiras infraestruturas (v. artigo 16º do Decreto-Lei n.º 448/91, de 29 de novembro, e Portaria nº 1182/92, de 22 de dezembro; bem como Decreto-Regulamentar nº 9/2009, de 29 de maio); O) O PDM do Seixal prevê a instalação de equipamentos de interesse municipal na categoria de Espaços Agrícolas e Florestais – Matas e Maciços Arbóreos, sendo a respetiva edificabilidade definida em plano de pormenor; P) A implantação da Central Fotovoltaica apenas determina a execução de ações de regularização do solo nos locais de apoio, com a instalação de painéis suspensos sobre uma estrutura metálica própria, sem afetação direta de qualquer área de solo, por compactação ou impermeabilização, pelo que, só por si, esta atividade não integra o conceito de edificação (tal como se encontra definido no já citado Decreto-Regulamentar nº 9/2009 e no Regime Jurídico da Urbanização e Edificação (RJUE), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dez., recentemente alterado pelo Decreto-Lei nº 26/2010, de 30 de Mar., e pela Lei nº 28/2010, de 2 de Set.) nem, tão pouco, o

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de obra de construção civil (previsto no Regime de Licenciamento de Obras Particulares, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 445/91, de 20 de novembro); Q) Todavia, associada a esta atividade também podem existir obras de edificação que carecem de ser executadas para garantir a implantação da Central Fotovoltaica, o que, segundo o artigo 39º do Regulamento do PDM supra referido, depende de plano de pormenor; R) No âmbito do processo de revisão do PDM que se encontra em curso, em 18.11.2011, a proposta apresentada à Comissão de Acompanhamento para a emissão do parecer final previsto no artigo 75º-A do RJIGT, voltou a integrar a área delimitada na Planta de Localização em anexo na categoria de Espaços Agrícolas ou Florestais (Solo Rural) com a regulamentação constante do artigo 28º, que determina que, “sem prejuízo das servidões administrativas e restrições de utilidade publica e demais legislação em vigor, e após pareceres favoráveis das entidades competentes, em solo rural é permitida a implantação de infraestruturas, designadamente, de saneamento, de abastecimento de agua, de telecomunicações, de eletricidade, de gás e de aproveitamento e utilização de energias alternativas e renováveis, ecocentros e ainda infraestruturas viárias e obras hidráulicas” (nº 1), podendo ser exigidos estudos de incidências ambientais, “sempre que os projetos em causa possam apresentar riscos para a qualidade ambiental” e “sem prejuízo do disposto em legislação especial” (nº 2); S) Esta proposta de redação concretizou os princípios definidos pelo Decreto-Regulamentar nº 11/2009, de 29 de maio, que no seu artigo 15º, é perentório em afirmar que, nos espaços agrícolas ou florestais podem desenvolver-se outras atividades ou usos compatíveis com a utilização dominante, designadamente de aproveitamento de recursos geológicos e energéticos (cfr. nº 5, com sublinhado nosso); T) O avançado estado do processo de revisão do PDM e a conformidade do projeto destinado à produção de energia fotovoltaica com as regras ali definidas, justifica que se substitua o procedimento de elaboração de plano de pormenor exigido pelo artigo 39º do Regulamento PDM em vigor, pela suspensão deste instrumento de gestão territorial para a área delimitada na Planta de Localização, em anexo; U) Os fatores referidos nos considerandos anteriores consubstanciam circunstâncias excecionais que, do ponto de vista económico, social e ambiental, fundamentam e justificam a suspensão parcial do PDM do Seixal na parcela referida no Considerando G), nos termos do artigo 100, nº 2, al. b) do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Set., com as alterações introduzidas pelos Decretos-Lei n.º 316/2007 e 46/2009, de 19 de Set. e 20 de Fev., respetivamente; V) A suspensão parcial do PDM do Seixal implica, obrigatoriamente, o estabelecimento de medidas preventivas, em conformidade com o que determina o nº 8 do mesmo artigo 100º do RJIGT; W) A parcela referida no Considerando I), não foi abrangida por medidas preventivas nos últimos quatro anos, tal como exige o nº 5 do artigo 112º do RJIGT. NESTE SENTIDO, PROPÕE-SE, NOS TERMOS DO ARTIGO 100º, Nº 2, AL. B) DO RJIGT, QUE A ASSEMBLEIA MUNICIPAL DO SEIXAL DELIBERE O SEGUINTE:

1. Aprovar a suspensão parcial do PDM do Seixal, para uma parcela de terreno com a área aproximada de 98,5 ha, correspondente ao prédio rústico inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1, da Secção M, da freguesia da Amora, Concelho do Seixal.

2. Aprovar o estabelecimento das seguintes medidas preventivas:

Artigo 1º - Âmbito Territorial São estabelecidas medidas preventivas na área identificada na planta anexa com a área aproximada de 98,5 ha, correspondente ao prédio rústico inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1, da Secção M, da freguesia da Amora, Concelho do Seixal. Artigo 2º - Âmbito Temporal

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1.O prazo de vigência das medidas preventivas é de dois anos a contar da sua publicação em Diário da República, prorrogável por mais um ano, caducando com a entrada em vigor da revisão do Plano Diretor Municipal. 2. Durante o prazo de vigência mencionado no número anterior, fica suspenso o Plano Diretor Municipal do Seixal na área abrangida pelas presentes medidas preventivas. Artigo 3º - Âmbito Material 1 - Na área abrangida pelas presentes medidas preventivas apenas são permitidas as operações urbanísticas destinadas à construção de uma Central de Produção de Energia Fotovoltaica que sejam precedidas de um relatório ambiental objeto de parecer favorável da Câmara Municipal do Seixal. 2 – O relatório referido no número anterior, no contexto preventivo da política de ambiente, deverá conter a caracterização da situação de referência ambiental do local de instalação, de modo a permitir a identificação e avaliação dos impactes mais significativos para a zona direta de implantação do projeto e envolvente, nas fases de construção, exploração e desativação do projeto, apontando medidas de minimização associadas aos fatores com maior impacto. 3 – Para efeitos do disposto no número anterior, o relatório ambiental deverá compreender os seguintes elementos: a) Localização e descrição do projeto; b) Caracterização da situação de referência, com incidência nos seguintes vetores de análise (biofísicos e socioeconómicos): i. Paisagem ii.Solos e capacidade de uso do solo iii.Recursos hídricos iv.Valores naturais (fauna e flora) v.Clima vi.Ruído c) Identificação e avaliação dos impactes nas fases de construção, exploração e desativação (identificar as principais restrições/condicionantes que advêm da execução do projeto, na área e sua envolvente); d) Medidas de minimização e recomendações (descrição de medidas prévias, ações corretivas e mitigadoras que promovam atempadamente a manutenção do equilíbrio do ambiente referencial envolvente, bem como a valorização do projeto). 4 – Aos trabalhos de remodelação de terrenos e ao derrube de árvores em maciço ou destruição do solo vivo e do coberto vegetal, aplica-se o disposto no nº 1. Artigo 4º - Fiscalização A fiscalização do cumprimento das presentes medidas preventivas compete à Câmara Municipal do Seixal. ANEXOS À PROPOSTA: ANEXO I – Planta de localização; ANEXO II – Extratos da planta de ordenamento; ANEXO III – Extratos da planta de condicionantes.

O Proponente O Vereador do Pelouro do Urbanismo e Fiscalização Municipal

Jorge Osvaldo Dias Santos Gonçalves” Submetida a votação foi a proposta aprovada por maioria e em minuta com seis votos a favor, do Senhor Vice – Presidente Joaquim Cesário Cardador dos Santos e Senhores Vereadores José Carlos Marques Gomes, Jorge Osvaldo Dias Santos Gonçalves, Joaquim Carlos Coelho Tavares, Vanessa Alexandra Vilela da Silva, Luís Manuel Rendeiro Cordeiro e quatro abstenções dos

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Senhores Vereadores Samuel Pedro da Silva Cruz, Helena Maria Parreira Domingues, Eduardo Manuel Rodrigues e Paulo Edson Borges Carvalho da Cunha. O Senhor Vereador Jorge Gonçalves, em relação ao ponto sete esclareceu que se tratava do estudo de loteamento da Quinta das Laranjeiras, AUGI FF 156, freguesia de Fernão Ferro, no âmbito naturalmente do processo de reconversão desta zona. Já em relação ao ponto seis, fez um breve enquadramento referindo que não iria repetir aquilo que tinha colocado a vinte e seis de janeiro, quando se tinha aprovado o início do procedimento de suspensão, mas sim fazer o ponto de situação do que tinha sucedido até agora. Concretizando referiu que desde a deliberação de início do procedimento de suspensão do PDM, com vista à implementação deste projeto, tinham sido feitas consultas às entidades indicadas no âmbito do desenvolvimento regional e fora aberto um período de discussão pública, apesar de não ser obrigatório, apesar da legislação para procedimentos de suspensão não o prever. Acrescentou que se pretendeu assim permitir a todos os interessados pronunciarem-se neste âmbito. Terminou dizendo que, no âmbito do parecer que era dado como proposta desta deliberação, não tinham sido levantadas questões, pelo que depois desta deliberação seria apreciada a questão na Assembleia Municipal. O Senhor Vereador Luís Cordeiro, reforçou o que se previa no artigo terceiro, onde se lia: “Âmbito Material - 1 - Na área abrangida pelas presentes medidas preventivas apenas são permitidas as operações urbanísticas destinadas à construção de uma Central de Produção de Energia Fotovoltaica que sejam precedidas de um relatório ambiental objeto de parecer favorável da Câmara Municipal do Seixal”, perguntando se isto queria dizer que antes de se avançar para qualquer situação teria de existir um relatório ambiental prévio e que deveria ser objeto de parecer favorável desta Câmara. Referiu que gostava de reforçar esta questão pois tinha passado pela zona que ficava junto à estrada e a agressão visual, se não fosse feito nenhum envolvente, seria muito desagradável. Sublinhou que este relatório ambiental era para si importante para haver uma clara intenção de proteção paisagística que envolvesse este espaço, até porque havia zonas que ficavam mesmo em frente a habitações. O Senhor Vereador Samuel Cruz, pegando na intervenção do Senhor Vereador Luís Cordeiro, que subescrevia, deixou uma pequena nota que tinha a ver com a importância estratégica daquela zona para o concelho do Seixal. Referiu que o concelho do Seixal tinha definido a vontade de se assumir como um polo turístico e de atrair turistas, como forma de criar riqueza e de gerar emprego, sendo que, naturalmente, que essa atração nunca poderia ser feita de costa para as praias da Caparica, nomeadamente para a Fonte da Telha e também para o golfe da Aroeira. Perante o exposto referiu que, de facto, do ponto de vista visual um campo de painéis fotovoltaicos não era uma coisa agradável, sendo que depois do atentado brutal dos areeiros, este equipamento junto mesmo à principal faixa de rodagem, levava a que o PS tivesse muitas reservas no seu sentido de voto. Salientou que tal tinha a ver com a oportunidade estratégica da escolha daquele local para a instalação deste equipamento, ou seja não havia dúvidas acerca do mérito da instalação do equipamento, havia sim fundadas dúvidas acerca da localização escolhida. O Senhor Vereador Jorge Gonçalves, realçou em primeiro lugar que julgava que as questões levantadas demonstravam-se favoráveis à existência destas medidas preventivas no quadro do relatório ambiental. Em segundo lugar referiu que esse relatório não era, de todo, obrigatório nem tendo em conta o projeto, nem tendo em conta o enquadramento legal, tendo ainda assim sido logo colocado ao promotor, assim como todas as outras questões de enquadramento paisagístico e os condicionalismos quer do ponto de vista legal, quer as condicionantes que o próprio Município introduzia ao nível paisagístico.

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De seguida referiu que salvaguardadas as questões paisagísticas resultantes daquilo que era o essencial, as questões da habitação e das vias de comunicação, este projeto nada tinha a ver com um impacto de outro tipo de projetos sobre a população que estava à volta, ainda que percebendo que a questão fosse colocada. Mais referiu que salvaguardadas essas questões e com corredores verdes suficientemente significativos para a questão paisagística, nem se perceberia do desenvolvimento desta atividade. Esclareceu que se estava a referir a questões de ruído que não existia e a questões de solos que também não existiam, ao contrário do que acontecia com os areeiros. Em relação à localização, em primeiro lugar quis reforçar a importância estratégica que este tipo de projetos, que a produção de energias renováveis, tinha. Concretamente sobre a localização esclareceu que tinha como base também questões técnicas que permitissem responder a limitações no que respeitava à receção da luz solar e também de proximidade do sítio onde seria feita a injeção na rede, uma subestação na Aroeira, mesmo no limite do Concelho, isto para além, naturalmente, das questões do uso do solo. 7. Deliberação nº 088/2012 – CMS – ESTUDO DE LOTEAMENTO DA QUINTA DAS LARANJEIRAS. AUGI FF 156, FREGUESIA DE FERNÃO FERRO. REQUERENTE: COMISSÃO DE ADMINISTRAÇÃO CONJUNTA DA AUGI FF 156. PROCESSO Nº 3/G/2004. APROVAÇÃO. Proposta: Divisão Administrativa de Urbanismo “Considerando os requerimentos números 23764 de 2009.04.24, 19193 de 2010.03.16, 52005 de 2010.09.02, 6374 de 2011.01.31 e 20416 de 2012.04.17 e em conformidade com os pareceres da Divisão de Planeamento do Território de 2012.04.20 e 2012.04.23, propõe-se que a Câmara delibere: - Aprovar o estudo de loteamento da AUGI FF156, de acordo com a Lei nº 91/95 de 2 de setembro com a redação atualizada pela Lei nº 165/99 de 14 de setembro, com as alterações da Lei nº 64/2003 de 23 de agosto, alterado pela lei nº 10/2008 de 20 de fevereiro. - Aceitar a dispensa de vistoria de acordo com o disposto no art. 22º da Lei nº 91/95 de 2 de setembro com a redação atualizada pela lei nº 165/99 de 14 de setembro, com as alterações da Lei nº 64/2003 de 23 de agosto, alterado pela lei nº 10/2008 de 20 de fevereiro.

O Proponente O Vereador do Pelouro de Urbanismo e Fiscalização Municipal

Jorge Osvaldo Dias Santos Gonçalves”

Submetida a votação foi a proposta aprovada por maioria e em minuta com nove votos a favor, do Senhor Vice – Presidente Joaquim Cesário Cardador dos Santos e Senhores Vereadores José Carlos Marques Gomes, Jorge Osvaldo Dias Santos Gonçalves, Joaquim Carlos Coelho Tavares, Vanessa Alexandra Vilela da Silva, Samuel Pedro da Silva Cruz, Helena Maria Parreira Domingues, Eduardo Manuel Rodrigues, Luís Manuel Rendeiro Cordeiro e uma abstenção do Senhor Vereador Paulo Edson Borges Carvalho da Cunha. 8.Deliberação n.º 089/2012 – CMS - CONTRATO PROGRAMA A CELEBRAR ENTRE O MUNICÍPIO DO SEIXAL E A ASSOCIAÇÃO CULTURAL - KHAPAZ. COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA. APROVAÇÃO. Proposta de acordo com a alínea b) do n.º 4 do art.º 64 da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro coma redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro. Proposta: Gabinete de Juventude

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“Considerando o previsto na alínea b) do n.º 4 do art.º 64 da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro coma redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro, a informação do Gabinete de Juventude n.º 8679 de 11 de abril de 2012, e tendo em conta que o programa de desenvolvimento da área juvenil no âmbito do apoio ao movimento juvenil, que define formas de apoio a projetos e iniciativas apresentadas pelas organizações juvenis do Concelho, possibilitando uma maior colaboração da autarquia com os movimentos associados de juventude. Proponho a aprovação do contrato programa, bem como a atribuição de comparticipação financeira no valor global de € 6.300 (seis mil e trezentos euros) para apoio ao programa anual de atividades da Associação Khapaz a nível logístico. Documentos anexos a esta proposta: • Contrato programa de Desenvolvimento da Área Juvenil entre o Município do Seixal e a Khapaz – Associação Cultural – anexo n.º 198/2012. • Proposta do Gabinete de Juventude – 2012.04.11 – anexo n.º 199/2012. • Informação do cabimento n.º 72/CA/2012 – 2012.04.24 – anexo n.º 200/2012

O Proponente A Vereadora do Pelouro da Educação, Cultura, e Juventude

Vanessa Alexandra Vilela da Silva”.

Submetida a votação, foi a proposta aprovada por unanimidade e em minuta, ficando os documentos mencionados arquivados no respetivo processo. 9.Deliberação n.º 090/2012 – CMS - SEIXALMODA 2012. CONTRATO PROGRAMA E COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA. APROVAÇÃO. Proposta de acordo com a alínea b) do n.º 4 do art.º 64 da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro coma redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro. Proposta: Gabinete de Juventude. “Considerando o previsto na alínea b) do n.º 4 do art.º 64 da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro coma redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro, a informação do Gabinete de Juventude n.º 9622 de 20 de abril de 2012 e tendo em conta que o Seixalmoda é uma iniciativa municipal, cujos principais objetivos educativos e de animação cultural são criar instrumentos destinados à ocupação de tempos livres e de integração social dos alunos, fomentar o associativismo juvenil e incentivar a participação dos jovens no movimento associativo cultural concelhio. Proponho a aprovação do contrato programa, bem como a atribuição de comparticipação financeira no valor global de € 2.500 (dois mil e quinhentos euros) para apoio à produção do evento, conforme proposta do Gabinete de Juventude. Documentos anexos a esta proposta: • Contrato programa de Desenvolvimento da Área Juvenil entre o Município do Seixal e N Estilos – Associação de Criatividade do Seixal – anexo n.º 201/2012. • Informação do Gabinete de Juventude – 2012.04.20 – anexo n.º 202/2012. • Informação do cabimento n.º 73/CA/2012 – 2012.04.24 – anexo n.º 203/2012.

O Proponente A Vereadora do Pelouro da Educação, Cultura, e Juventude

Vanessa Alexandra Vilela da Silva”.

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Submetida a votação, foi a proposta aprovada por unanimidade e em minuta, ficando os documentos mencionados arquivados no respetivo processo. 10.Deliberação n.º 091/2012 – CMS - APOIO FINANCEIRO. SUBSÍDIO PARA PAGAMENTO DAS ASSINATURAS DE TELEFONE NOS EDIFÍCIOS ESCOLARES MUNICIPAIS DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO E EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR. 2º TRIMESTRE. 2012. APROVAÇÃO. Proposta de acordo com a alínea d) do n.º 4 do art.º 64 da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro coma redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro. Proposta: Divisão de Projetos Educativos e Ação Social Escolar. “Considerando o previsto na alínea d) do n.º 4 do art.º 64 da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro coma redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro, bem como a informação da Divisão de Projetos Educativos e Ação Social Escolar n.º 8879, de 13 de abril de 2012, em anexo. Proponho, a atribuição de uma comparticipação financeira no valor global de € 4.298,01 (quatro mil, duzentos e noventa e oito euros e um cêntimo) para pagamento do 2º trimestre das assinaturas de telefone nos edifícios escolares municipais do 1º ciclo do ensino básico e educação pré-escolar para o ano 2012, aos agrupamentos de escola referidos na proposta em anexo da Divisão de Projetos e Ação Social Escolar. Documentos anexos a esta proposta: • Proposta da Divisão de Projetos Educativos e Ação Social Escolar – 2012.04.13 – anexo n.º 204/2012. • Informação do cabimento n.º 74/CA/2012 – 2012.04.24 – anexo n.º 205/2012.

O Proponente A Vereadora do Pelouro da Educação, Cultura, e Juventude

Vanessa Alexandra Vilela da Silva”.

Submetida a votação, foi a proposta aprovada por unanimidade e em minuta, ficando os documentos mencionados arquivados no respetivo processo. 11.Deliberação n.º 092/2012 – CMS - APOIO FINANCEIRO. SUBSÍDIO PARA DESPESAS DE EXPEDIENTE E LIMPEZA DAS ESCOLAS DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO E EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR. 2º TRIMESTRE. 2012. APROVAÇÃO. Proposta: Divisão de Projetos Educativos e Ação Social Escolar “Considerando o art.º 23 da Lei n.º 159/99, de 14 de setembro e a alínea e) do n.º 1 do art.º 4º e 17º, ambos do Dec.- Lei n.º 399-A/84, de 28 de dezembro, bem como a informação dada pela Divisão de Projetos Educativos e Ação Social n.º 8881 de 13 de abril de 2012 em anexo e os apoios regulares concedidos às escolas do 1º ciclo e jardins-de-infância da rede pública. Proponho, o pagamento das verbas de expediente e limpeza aos agrupamentos de escolas indicados em anexo, relativas ao 2º trimestre de 2012, de acordo com o mapa constante na proposta da Divisão de Projetos Educativos e Ação Social Escolar, no valor global de € 18.819 (dezoito mil, oitocentos e dezanove euros). Documentos anexos a esta proposta:

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• Proposta da Divisão de Projetos Educativos e Ação Social Escolar – 2012.04.13 – anexo n.º 206/2012. • Informação do cabimento n.º 75/CA/2012 – 2012.04.24 – anexo n.º 207/2012.

O Proponente A Vereadora do Pelouro da Educação, Cultura, e Juventude

Vanessa Alexandra Vilela da Silva”.

Submetida a votação, foi a proposta aprovada por unanimidade e em minuta, ficando os documentos mencionados arquivados no respetivo processo. Nos termos do art. 5º do Dec-Lei n.º 45362 de 21 de novembro de 1963 (com a redação atualizada pelo Dec-Lei n.º 334/82 de 19 de agosto, e de acordo com uma interpretação extensiva), os documentos mencionados são arquivados, ora em pasta anexa à presente Ata, ora no respetivo processo. Sempre que se indicou ter sido tomada qualquer deliberação, dever-se-á entender ter sido aprovada nos termos e para o efeito do disposto do art. 92º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro.

O Vice-Presidente da Câmara Municipal

_____________________________________ Joaquim Cesário Cardador dos Santos.

A Secretária

____________________________________________________________ Maria João Paiva dos Santos.

Elaboração da Ata: Coordenação geral e Secretária da Câmara Municipal Maria João Paiva dos Santos. Apoio Administrativo Lídia Maria Andrade Rodrigues Magda Isabel da Fonseca Bastos Sargento Galandim Carla Maria Ribeiro Dias Campos Almas