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Município do Seixal Câmara Municipal Ata n.º 25/2012 Reunião Ordinária da Câmara Municipal do Seixal de 15 de novembro de 2012 1/45 ATA DA REUNIÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA MUNICIPAL DO SEIXAL REALIZADA A 15 DE NOVEMBRO DE 2012 Aos quinze dias dias do mês de novembro de dois mil e doze realizou-se pelas 15:25 horas, no Auditório dos Serviços Centrais da Câmara Municipal do Seixal, uma Reunião Ordinária da Câmara Municipal do Seixal. Presidiu e dirigiu a Reunião o Senhor Vice-Presidente da Câmara Joaquim Cesário Cardador dos Santos e na mesma participaram os Senhores Vereadores Corália Maria Mariano de Almeida Sargaço Loureiro, Joaquim Carlos Coelho Tavares, Vanessa Alexandra Vilela da Silva, Jorge Osvaldo Dias dos Santos Gonçalves, Samuel Pedro da Silva Cruz, Helena Maria Parreira Domingues, Eduardo Manuel Rodrigues, Paulo Edson Carvalho Borges da Cunha e Luís Manuel Rendeiro Cordeiro. O Senhor Vereador Samuel Pedro da Silva Cruz, compareceu no decorrer dos trabalhos. Faltou à presente reunião, por motivos justificados Senhor Presidente da Câmara Alfredo José Monteiro da Costa substituído por José Carlos Marques Gomes, nos termos do art. 78° e 79° da Lei n° 169/99 de 18 de setembro, com as alterações introduzidas pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro e pela Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro. Secretariou a Reunião, a Técnica Superior, Maria João Paiva dos Santos, no uso das suas competências, designada pelo despacho nº 1587-PCM/2010, de 18 de novembro de 2010, e, nos termos da lei aplicável. O Senhor Vereador Joaquim Santos, verificado o quórum deu início à reunião de Câmara, cumprimentando todos os presentes e referindo que o Senhor Presidente da Câmara ainda não estava mas que chegaria entretanto e que a Senhora Vereadora Corália Loureiro e o Senhor Vereador Samuel Cruz estavam em trânsito. De seguida referiu que não se tinha registado qualquer inscrição para o período aberto à população pelo que se passaria para o período de antes da ordem do dia. I – PERÍODO ABERTO À POPULAÇÃO *Não houve intervenções neste período. II – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA. O Senhor Vereador Eduardo Rodrigues, pediu a palavra para colocar três situações, sendo que a primeira dizia respeito a uma notícia sobre outra câmara municipal que gostaria de ver reproduzida na Câmara Municipal do Seixal. Concretizando referiu que tinha a ver com a Câmara Municipal de Lisboa sendo que, ontem, o Económico anunciava um pacote de medidas por parte da Câmara Municipal de Lisboa, nomeadamente a redução de 2% do IRS na taxa de retenção aos munícipes de Lisboa. Mais referiu que, como se estava aqui sempre a falar em ajudar os trabalhadores e a população em geral, deixava este desafio de estudo da hipótese de no próximo orçamento eventualmente poder-se pensar nesta situação. Por outro lado referiu-se a mais um belo exemplo dado por António Costa, em concreto o lançamento do programa de emergência social, onde se proponha reforçar o orçamento em cinco vírgula seis milhões de euros visando, de alguma forma, devolver aos cidadãos da terceira idade aquilo que lhe fora retirado em termos do passe social, bem como a implementação de oferta dos pequenos almoços às crianças carenciadas das escolas públicas e a criação de uma linha de apoio ao pagamento da renda a famílias carenciadas.

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ATA DA REUNIÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA MUNICIPAL DO SEIXAL

REALIZADA A 15 DE NOVEMBRO DE 2012 Aos quinze dias dias do mês de novembro de dois mil e doze realizou-se pelas 15:25 horas, no Auditório dos Serviços Centrais da Câmara Municipal do Seixal, uma Reunião Ordinária da Câmara Municipal do Seixal. Presidiu e dirigiu a Reunião o Senhor Vice-Presidente da Câmara Joaquim Cesário Cardador dos Santos e na mesma participaram os Senhores Vereadores Corália Maria Mariano de Almeida Sargaço Loureiro, Joaquim Carlos Coelho Tavares, Vanessa Alexandra Vilela da Silva, Jorge Osvaldo Dias dos Santos Gonçalves, Samuel Pedro da Silva Cruz, Helena Maria Parreira Domingues, Eduardo Manuel Rodrigues, Paulo Edson Carvalho Borges da Cunha e Luís Manuel Rendeiro Cordeiro. O Senhor Vereador Samuel Pedro da Silva Cruz, compareceu no decorrer dos trabalhos. Faltou à presente reunião, por motivos justificados Senhor Presidente da Câmara Alfredo José Monteiro da Costa substituído por José Carlos Marques Gomes, nos termos do art. 78° e 79° da Lei n° 169/99 de 18 de setembro, com as alterações introduzidas pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro e pela Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro. Secretariou a Reunião, a Técnica Superior, Maria João Paiva dos Santos, no uso das suas competências, designada pelo despacho nº 1587-PCM/2010, de 18 de novembro de 2010, e, nos termos da lei aplicável. O Senhor Vereador Joaquim Santos, verificado o quórum deu início à reunião de Câmara, cumprimentando todos os presentes e referindo que o Senhor Presidente da Câmara ainda não estava mas que chegaria entretanto e que a Senhora Vereadora Corália Loureiro e o Senhor Vereador Samuel Cruz estavam em trânsito. De seguida referiu que não se tinha registado qualquer inscrição para o período aberto à população pelo que se passaria para o período de antes da ordem do dia. I – PERÍODO ABERTO À POPULAÇÃO *Não houve intervenções neste período. II – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA. O Senhor Vereador Eduardo Rodrigues, pediu a palavra para colocar três situações, sendo que a primeira dizia respeito a uma notícia sobre outra câmara municipal que gostaria de ver reproduzida na Câmara Municipal do Seixal. Concretizando referiu que tinha a ver com a Câmara Municipal de Lisboa sendo que, ontem, o Económico anunciava um pacote de medidas por parte da Câmara Municipal de Lisboa, nomeadamente a redução de 2% do IRS na taxa de retenção aos munícipes de Lisboa. Mais referiu que, como se estava aqui sempre a falar em ajudar os trabalhadores e a população em geral, deixava este desafio de estudo da hipótese de no próximo orçamento eventualmente poder-se pensar nesta situação. Por outro lado referiu-se a mais um belo exemplo dado por António Costa, em concreto o lançamento do programa de emergência social, onde se proponha reforçar o orçamento em cinco vírgula seis milhões de euros visando, de alguma forma, devolver aos cidadãos da terceira idade aquilo que lhe fora retirado em termos do passe social, bem como a implementação de oferta dos pequenos almoços às crianças carenciadas das escolas públicas e a criação de uma linha de apoio ao pagamento da renda a famílias carenciadas.

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Referiu que se tratava de um programa de emergência social com três vertentes reforçadas, terceira idade, crianças e rendas a pessoas carenciadas, mas que se repetia noutras câmaras, dando o exemplo da câmara socialista de Odivelas que oferecia todos os livros às crianças indiferentemente de ricas ou pobres, todos os livros do ensino primário eram ofertas. Desafiou a Câmara a colocar os olhos nestes exemplos, que eram muito bons exemplos e de alguma forma tentar replicá-los. Depois e falando de situações concretas do concelho referiu que os moradores de uma rua em Fernão Ferro lhe tinham pedido para que a Câmara pudesse avaliar a situação da Rua Florbela Espanca e dos sentidos de trânsito, uma vez que parte da rua estava com dois sentidos e outra apenas com um, isto porque os moradores sistematicamente deitavam os sinais abaixo. Acrescentou que na parte que tinha um só sentido existia um estabelecimento comercial que lhe pedira para ver se era possível resolver a situação, uma vez que alguns clientes já tinham sido multados. Finalmente colocou uma situação que já havia falado com o Senhor Vereador Joaquim Santos em concreto o eterno problema da 378, sendo que hoje só tinha chovido dez, quinze ou vinte minutos e a curva da 378, debaixo das obras do aqueduto, já estava cheia de água. Recordou que o ano passado, no inverno, aquela estrada estivera sempre cheia de água. O Senhor Vereador Paulo Cunha, cumprimentou os presentes e começou por colocar questões sobre a greve geral, dizendo que mais uma vez a Câmara Municipal se tinha pautado por um comportamento para o qual já tinha chamado a atenção, que não defendia os trabalhadores que não queriam fazer greve. Observou que era verdade e já aqui o tinha afirmado que estava consagrado constitucionalmente, que a greve era um direito consagrado na Constituição, um direito que todos tinham de defender independentemente de estar consagrado ou não. Ainda assim referiu que se estava consagrado um direito à greve, também devia estar consagrado exatamente o contrário, sendo que existiam muitas formas de pressionar, havia muitas formas de pressão sobre quem não queria fazer e uma delas era o facto de um trabalhador que quisesse vir trabalhar, ter muito pouca ou quase nenhuma possibilidade de vir trabalhar neste edifício, porque o edifício estava fechado, alegadamente por questões de segurança. Perguntou se nesta greve se tinha mantido a mesma metodologia das anteriores, sendo que este sistema levava a que a situação mais cómoda e mais fácil, até para não criar atritos ou quaisquer situações, era pedir um dia de férias ou simplesmente faltarem. Perante o exposto solicitou elementos sobre os dados objetivos destas férias, quantas pessoas tinham metido férias no dia de ontem, sendo que, do seu ponto de vista, era lamentável que as pessoas que queriam vir trabalhar tivessem que colocar férias, tivessem que utilizar esse estratagema, se assim acontecer. Depois perguntou ainda quantos autocarros a Câmara Municipal tinha disponibilizado não só para a manifestação de ontem como para as manifestações anteriores, não lhe parecendo razoável que a Câmara Municipal tivesse essa postura, até porque cada autocarro que saia daqui estava a ser financiado pelo Município e havia munícipes que politicamente não se reviam na posição de se manifestarem, sendo que um executivo municipal estava aqui para defender todos os seus munícipes e não só aqueles que defendiam as mesmas posições políticas. Referiu-se novamente ao PAEL, dizendo que amanhã seriam assinados mais cinco protocolos no âmbito do PAEL no distrito, sendo que recorrentemente vinha a perguntar como seria que a Câmara Municipal do Seixal iria proceder à sua consolidação orçamental. Observou que a cada questão que colocava repetida sobre o PAEL encontrava repetidamente a mesma resposta ou seja nenhuma. Sublinhou que não encontrava uma resposta que o satisfizesse enquanto vereador, acreditando que o preocupava o facto de também não satisfazer os munícipes e de assegurar a respostas adequadas. Reforçou que não encontrava uma resposta que o convencesse de como é que esta Câmara Municipal ia resolver o seu problema financeiro, sem o PAEL, sendo que todas as respostas iam no sentido de que não existia um problema, não lhe parecendo que fosse a resposta adequada.

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Referiu que iria continuar a insistir, dizendo que a Câmara Municipal do Seixal tinha um problema económico-financeiro superior a de algumas das câmaras que iam aderir ao PAEL, que iam protocolar, neste caso, com o Estado. Mais referiu que até compreendia que o PAEL não fosse um bom instrumento financeiro, sendo que em alguns aspetos até se pudesse considerar um contrato leonino, mas que era o que existia neste momento e ou se assinava o PAEL ou então se encontrava uma política alternativa. Referiu que a grande questão era que até se podia compreender que não se aderisse ao PAEL, mas que era preciso e queria saber quais eram as alternativas, pelo que continuava a insistir nessa questão. De seguida colocou uma outra questão, esta que tinha a ver com uma notícia publicada no jornal Sol há duas semanas sobre a Festa do Avante, sendo que na reunião de vinte de setembro já tinha colocado neste órgão uma pergunta relativamente aos ajustes diretos da Câmara para com a Festa do Avante, aliás como se podia verificar na respetiva ata, na página vinte e seis. Observou que a resposta do Senhor Presidente tinha sido e citou: “uma coisa era os apoios outra era a prestação de serviços”, sendo que ficara por esclarecer os valores e o enquadramento em que estes ajustes diretos tinham sido realizados. Acrescentou que não se sentira esclarecido. Referiu que o mesmo se tinha passado noutros municípios, nomeadamente o expresso na tal notícia do jornal Sol, de quatro de novembro de dois mil e doze, sobre a cedência de um quiosque para a Festa do Avante, por parte da Câmara Municipal de Lisboa. De seguida deu uma nota final informando que se tinha realizado um simulacro, no passado sábado, promovido pelo Serviço Municipal de Proteção Civil, com a CP, com a REFFER e com a Fertagus, relativamente às questões de segurança e em concreto um simulacro de um despiste de uma locomoção rodoviária. Acrescentou que contara com a participação de várias entidades e de vários agentes da proteção civil do concelho do Seixal, os bombeiros do Seixal e os bombeiros de Amora, a PSP e a GNR, sendo que atempadamente iriam apresentar os resultados. Por fim deixou uma palavra de apreço ao bombeiro que tivera um acidente, bombeiro da Associação dos Bombeiros Mistos do Seixal, desejando-lhe uma rápida recuperação na medida em que esteve a lutar pela vida e, neste momento, apresentava uma situação estabilizada. O Senhor Vereador Luís Cordeiro, cumprimentou os presentes e referiu que iria apenas abordar um tema neste período de antes da ordem do dia, sendo que o tema tinha duas vertentes, ambas sobre livros. Em primeiro lugar referenciou uma situação que fora abordada na última reunião de Câmara, há quinze dias, concretamente no dia dois de novembro por um munícipe do concelho o Senhor Fernando Fitas que viera aqui apresentar uma situação de uma obra que ele tinha preparado, elaborado para a autarquia, colocando algumas questões. Referiu que tinha ficado com curiosidade porque desconhecia a situação e perante a apresentação do munícipe tentara tomar um melhor conhecimento acerca da situação. Observou que a situação era, efetivamente, uma situação com um passado com alguma dimensão, sendo que este senhor tinha apresentado um projeto à autarquia para a elaboração de um conjunto de obras que tivessem por base a recolha de memórias e vivências de antigos dirigentes de coletividades deste concelho até do 25 de abril de mil novecentos e setenta e quatro. Salientou que era algo que achava fundamental porque se tratara de um período em que a população vivia completamente esmagada por uma ditadura e onde, naturalmente, tinha poucas possibilidades de exprimir as suas posições, de se organizar, de desenvolver atividades culturais, educacionais e desportivas. Acrescentou que sem dúvida nenhuma as associações associativas e culturais eram elementos fundamentais e estruturas fundamentais onde a população se reunia, onde a população desenvolvia efetivamente as bases da sua comunidade e onde tinham um apoio em todo um conjunto de estruturas que o Estado, na altura, não facultava de forma nenhuma. Deu o exemplo da educação, da cultura e de outras situações. Referiu ainda que como dizia a obra no seu título, as memórias da nossa memória, era sem dúvida algo fundamental porque somos a nossa memória e uma comunidade sem memória era uma comunidade sem futuro.

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Voltando à obra, referiu que fora feito um contrato de avença com este elemento que tinha durado uns anos, quase sete anos, sendo que esta pessoa se tinha prestado a fazer um trabalho de recolha importantíssimo, porque grande parte destas entidades não tinham na altura condições de fazer registos muito concretos de todas as situações que foram ultrapassando ao longo de décadas e de décadas no seu trabalho. Referiu que tinha sido quase um projeto de auscultação direta com as memórias ainda vivas, de gente com alguma idade e que ainda conseguira transmitir oralmente aquilo que fora efetivamente grande parte das atividades desenvolvidas por essas associações. Acrescentou que a recolha não fora só oral, mas também através do fornecimento de documentação, de fotografias, enfim um projeto de recolha importantíssimo do qual resultara um primeiro volume sobre as filarmónicas do concelho. Referiu que tinha conseguido que o autor lhe emprestasse um exemplar, achando que era, efetivamente, uma obra interessantíssima pois tratava aquilo que fora o percurso, durante várias décadas, desde dos anos vinte até ao 25 de abril de mil novecentos e setenta e quatro, das cinco filarmónicas que existiam no concelho. Observou que se tinha dedicado a ler durante alguns dias o livro e que verificara que, para além de todo um trabalho de desenvolvimento cultural e social, nas filarmónicas eram desenvolvidas muitas atividades e muitas atividades que efetivamente tinham por base uma luta de defesa da liberdade e de oposição à ditadura, sendo que muitas dessas sociedades tinham sido objeto de perseguição da PIDE, o que demonstrava que por trás destas comunidades, destas associações, destas associações artísticas estavam efetivamente um espirito comunitário de defesa das liberdades e defesas das condições do povo. Continuando referiu que fora feito este primeiro exemplar, no ano de dois mil e um, estando previstos outros dois exemplares que deviam ser publicados no ano de dois mil e dois e no ano de dois mil e quatro, um versando todo o passado das associações recreativas e culturais e depois um terceiro que iria também incidir sobre uma forma de organização que as comunidades na altura tinham que era à volta dos clubes de futebol que existiam aqui no concelho do Seixal. Referiu que o senhor Fernando Fitas fizera todo o trabalho de recolha de elementos, de dados, elaborara os textos necessários e os tinha entregue à autarquia, sendo que os anos foram passando e depois da apresentação da obra, no ano de dois mil e um, a verdade era que os outros dois volumes não tinham visto ainda a luz do dia, por mais que o senhor Fernando Fitas tivesse feito todas as démarches junto da autarquia. Reforçou que só faltava concretizar a edição desses dois volumes, até porque a Câmara já tinha despendido alguns milhares de euros em todo o trabalho que o dito munícipe tinha desenvolvido ao longo de anos, sendo que para além naturalmente da avença com esta pessoa a Câmara tinha pago todo um conjunto de reprodução de documentação, de fotografias. Acrescentou que a grande parte do investimento fora feito neste momento, sendo que o que lhe fora dito era que faltava editar as duas obras. Sublinhou que, inclusivamente, este munícipe tinha conseguido há um ano e tal encontrar uma empresa do concelho que se disponibilizava, perante a importância da obra, a financiar a edição da mesma, o que significava que editar as obras nem teria mais custo nenhum acrescido para a autarquia. Referiu ainda assim que o certo era que e segundo o munícipe, continuava a aguardar uma reunião com alguém do Município para conseguir dar uma resposta concreta e encontrar uma saída para esta situação, situação que achava extremamente desagradável, para não dizer grave. Terminou dizendo que era uma perda para o concelho o não publicar destas obras, perdendo-se a hipótese de transmitir a memória de um povo. De seguida referiu-se a uma outra situação semelhante mas que tivera um tratamento bastante diferente o que o levava, naturalmente, a questionar o executivo desta autarquia. Concretizando referiu que na agenda de atividades quinzenal fora divulgada, na anterior reunião de Câmara, uma sessão neste mesmo espaço, de apresentação e de lançamento de um livro acerca de Bento António Gonçalves vida e descendência em Portugal e Cabo Verde. Referiu que tinha manifestado imediatamente interesse em vir assistir a essa apresentação porque tinha algum conhecimento da história e em termos daquilo que fora a luta dos democratas e

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antifascistas neste país contra a ditadura e sem dúvida nenhuma que Bento Gonçalves era uma referência nessa matéria. Acrescentou que lhe interessava conhecer um pouco mais a vida de Bento Gonçalves, mas que sem colocar em causa a figura não deixava de ter em linha de conta que, comparativamente a todo o concelho, a recolha das memórias e da vivência das associações recreativas e culturais deste concelho não tinha nada a perder em relação a Bento Gonçalves. Referiu que Bento Gonçalves era uma figura, mas que não deixavam de ser figuras concretamente deste concelho, todas as pessoas que se empenharam, ao longo de décadas, em atividades das associações recreativas e culturais, filarmónicas e desportivas deste concelho. Pelo exposto referiu ter estranhado, depois de conhecer estas duas situações, que a obra de Bento Gonçalves tivesse tido um apoio da autarquia, perguntando qual fora o apoio concreto e objetivo que a autarquia do Seixal tinha dado para a elaboração da edição deste volume. Referiu ainda que tinha estranhado que a obra de Bento Gonçalves iniciada, de acordo com o que estava aqui escrito, a partir de dois mil e oito, tivesse tido imediatamente um apoio da autarquia e visse a luz muito antes dos outros dois volumes que estavam prontos desde dois mil e um. Mais referiu que a obra acerca das histórias associativas do concelho fora financiado pela autarquia, fora editado pela autarquia e naturalmente que a autarquia, e muito bem, fizera uso efetivamente dessa obra para divulgar aquilo que era o passado do concelho oferecendo esta obra a pessoas, a coletividades e a entidades que entendesse por bem. Observou que o surpreendente fora que quando chegara para assistir a apresentação da obra acerca de Bento Gonçalves se tinha deparado com o facto de não ter sido a Câmara Municipal quem editara o livro, mas sim as edições Avante. Referiu que nada tinha contra as edições Avante, mas que, até tendo em conta que no livro estava o símbolo das três entidades que apoiaram esta edição, concretamente a Câmara Municipal do Seixal, a Câmara Municipal de Almada e o Município de Boavista, em Cabo Verde, gostaria de saber de que forma a Câmara Municipal do Seixal tinha apoiado esta obra, porque a mesma não ficara disponível, na Câmara Municipal do Seixal, para ser objeto de oferta, à semelhança do outro livro. Referiu que o que tinha visto fora, à porta, uma editora privada como qualquer outra, acrescentando que viera assistir a uma apresentação de um livro editado por uma editora como quase todas as semanas neste país ocorrem apresentações de livros editados por editoras privadas. Sublinhou que nada tinha contra isso, mas que achava um bocado estranho que fosse dito que a Câmara Municipal do Seixal tinha apoiado esta obra e depois qualquer pessoa que quisesse obter um livro o tinha pago. Por fim referiu que, antes de tecer ou de fazer comentários, desejava ser informado cabalmente de qual fora o apoio da Câmara Municipal do Seixal, concedido pela Câmara Municipal do Seixal na edição desta obra, acrescentando que lhe causava muita estranheza que a autarquia apoiasse a edição de uma obra, porque as outras obras de que tinha conhecimento que a autarquia apoiava eram edição da própria autarquia. Reforçou que achava muito estranho numa obra de uma editora privada depois essa editora privada fizesse a exigência do pagamento dessa mesma obra, perguntando qual fora efetivamente o retorno que a autarquia tivera do apoio a uma obra destas e qual a justificação da intervenção da autarquia nesta edição, que poderia ser feita claramente entre o autor e a editora, como era normal. O Senhor Vereador Samuel Cruz, solicitou esclarecimentos sobre o facto de ter sido noticiada, pelos jornais na passada semana, uma revolta dos trabalhadores dos Espaços Verdes da Câmara, sendo que gostava de obter mais informações acerca do assunto. Aproveitou para solicitar ainda esclarecimentos sobre um mail enviado pelo Senhor Presidente onde se referia que a partir de janeiro iria existir uma alteração profunda nos horários da Câmara, perguntando em que sentido seria efetuada essa alteração.

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A Senhora Vereadora Vanessa Silva, cumprimentou os presentes e referiu que por uma questão de arrumação iria começar pelo fim, porque queria partir de questões mais relacionadas com o seu pelouro, para questões de carácter mais geral. Começou por dizer que tinha pena que o Senhor Vereador Luís Cordeiro tivesse ido procurar informação sobre uma situação aqui colocada pelo senhor Fernando Fitas na última reunião e não lhe tivesse perguntado a si alguma informação, até porque algumas das questões que colocara ela cabalmente as teria respondido. Tentando responder a todas as questões referiu que a Câmara Municipal do Seixal tinha entendido, há dez anos atrás, ser importante avançar com publicações na área da história do movimento associativo e nesse sentido fizera uma avença com o senhor Fernando Fitas, uma avença que pagara ao senhor Fernando Fitas e da qual resultaram textos e recolha de memórias ligadas ao movimento associativo do concelho, sendo que essa recolha constituía parte também dos arquivos históricos da Câmara. Mais referiu que de seguida a Câmara Municipal do Seixal tinha entendido fazer uma edição sua, uma edição da Câmara Municipal do Seixal, sobre este trabalho realizado, e tal como dissera o Senhor Vereador Luís Cordeiro, o Senhor Fernando Fitas tinha disponibilizado textos e um trabalho de recolha, mas que quem fizera a organização da edição fora a Câmara Municipal do Seixal. Sublinhou que a Câmara considerava importante este trabalho, sendo que entretanto, por via de condicionantes externas e internas, se tinham priorizado de forma diferente as edições posteriores que não se tinham chegado a realizar. Observou que, no quadro da preparação do orçamento, ainda se estava a analisar a possibilidade da Câmara Municipal do Seixal fazer sair mais uma obra em formato de papel, até porque podia haver outras formas de edição que se estavam também a estudar. De seguida esclareceu uma outra questão dizendo que o Senhor Fernando Fitas não tinha pedido nenhuma reunião à vereadora do pelouro, tendo sim sido abordada numa iniciativa pública, uma iniciativa da Associação de Municípios e que nessa altura o senhor não a tinha informado que havia algum tipo de apoio ou patrocínio de uma empresa para publicar a obra, sem qualquer custo para a Câmara. Mais esclareceu que pedira sim um contacto com uma técnica da Divisão de Ação Cultural à qual dissera que haveria uma empresa disponível para apoiar, não para apoiar a edição toda mas para dar algum apoio na edição. Acrescentou que os serviços da Câmara tinha contatado a empresa em questão para tentar perceber de que tipo de apoio e de que valor se estaria a falar, sendo que todo este trabalho estava a ser analisado. Referiu que havia uma coisa que devia ficar clara, que esta edição fora, de facto, uma edição da Câmara Municipal do Seixal e se a Câmara Municipal não lhe reconhecesse valor nem tão pouco tinha iniciado este trabalho. Mais referiu que situação diferente, ainda que sabendo que a Senhora Vereadora Corália Loureiro iria intervir sobre isto, eram outras formas de apoio a edições, que a Câmara prestava muitas vezes através da aquisição de livros. Esclareceu que relativamente ao último ano não se tinha previsto nenhum apoio a edição que não fosse aquisição de livros, sendo que as únicas edições próprias que se verificaram tinham sido no quadro de seminários que se tinham realizado no âmbito da Divisão de Património, edições próprias muito embora também em parceria com outras instituições. Sublinhou que o trabalho realizado pelo Senhor Fitas fora pago e portanto a edição era uma edição da Câmara Municipal do Seixal e que a Câmara Municipal do Seixal iria analisar o melhor momento, no quadro das prioridades nesta área e também das condicionantes, inclusivamente financeiras, para a publicação da obra que consideravam uma obra importante. Relativamente a outras questões referiu que, no quadro da Área Metropolitana de Lisboa, o conjunto dos municípios vinha a reivindicar junto do Governo que existisse um programa específico ou um alargamento do programa das refeições escolares para os pequenos-almoços, informação que já tinha trazido a uma anterior reunião.

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Recordou que no Seixal o que acontecia era que as crianças podiam repetir qualquer parte da refeição do almoço, fosse o prato principal, a sopa ou a fruta, considerando que tal era uma medida de carácter positivo. Referiu que vinham a usar todos os canais no sentido do programa de refeições escolares ser alargado, referindo-se ainda ao programa Dar de Volta que tinha por objetivo tornar disponível um conjunto de livros que eram usados nos vários níveis de ensino, sendo que também já tinha dado informação sobre o balanço deste programa em dois mil e doze. Mais referiu que a este nível a Câmara Municipal do Seixal fora pioneira, tendo sido depois um projeto acarinhado pela Associação de Municípios da Região de Setúbal e havendo, desde o ano passado, vários municípios que tinham desenvolvido esta iniciativa. Informou que este ano tinha tido a notícia de que o Ministério da Educação também tinha adotado um programa semelhante, abrangendo os segundo e terceiro ciclos e o ensino secundário. Já sobre a greve geral referiu que lhe pareciam muito interessantes os dados que lhe fora possível conhecer, através da comunicação social, até porque não conhecia nenhuns dados formais nem no que respeita à Câmara, nem em relação a outras câmaras. Por outro lado referiu que achava interessantíssima a intervenção do Senhor Vereador Paulo Cunha, sendo uma pena que não se pudesse ouvir em simultâneo. Observou que pela lógica do Senhor Vereador Paulo Cunha não havia cedência de autocarros a nenhuma organização, a nenhum clube, a nenhuma coletividade, pois não havia nenhum clube, nenhuma organização, nem nenhuma coletividade que reunisse o consenso dos cento e sessenta mil habitantes do concelho do Seixal. Referiu que na sua opinião esta era uma lógica absolutamente errada sobre o exercício da democracia, porque a Câmara Municipal do Seixal não atribui apoios de transportes a instituições porque tinham ou não o seu projeto aceite. Mais referiu que se o Senhor Vereador tivesse atenção àquilo que aprovava em reunião de Câmara perceberia que muitas vezes eram apresentadas propostas de apoio, através de transportes, a instituições muito diferentes entre si e pela lógica do Senhor Vereador não poderia ser dado qualquer apoio se não houvesse unanimidade dos cento e sessenta mil habitantes do concelho. Como segunda questão referiu que não valia a pena o Senhor Vereador fazer grandes intervenções sobre o problema de a maioria exercer de acordo com as lógicas que da sua ideologia e de acordo com o respetivo projeto porque era evidente que era isso que toda a gente fazia. Sublinhou que as forças políticas quando eram eleitas tinham programas, tinham projetos e eram esses programas a esses projetos que eram desenvolvidos, sendo que era o que o partido do Senhor Vereador, no Governo, estava a fazer e contra aquilo que as pessoas na rua estavam a lutar. Referiu que fora por isso que muitos trabalhadores, mesmo perdendo o seu dia de trabalho situação com a qual o Senhor Vereador devia estar preocupado, fizeram greve geral, custava-lhes mais a eles de certeza do que ao Senhor Vereador. Salientou que a ela lhe interessava muitíssimo pouco, não fazia ideia nem precisava de saber quais eram os trabalhadores que tinham feito greve, quem tinha metido férias ou quem estava doente. Referiu que, pessoalmente, lhe interessava saber se, do ponto de vista geral, tinha havido ou não adesão à greve, sendo que tinha a certeza absoluta que os trabalhadores que estavam em greve eram os mais prejudicados porque perdiam o seu dia de salário. Acrescentou que se faziam greve perdendo o seu dia de salário era porque sentiam que havia necessidade de fazer greve, sendo que ela sentia. Terminou dizendo que achava que era mesmo lamentável a abordagem do Senhor Vereador a este tipo de questões. Referiu por outro lado que o Senhor Vereador ainda conseguia ir buscar coisas da Festa do Avante, questões que lhe tinham sido respondidas e que, na altura, o Senhor Vereador achara que tinham sido cabalmente respondidas. Observou que agora vinha falar do quiosque da Câmara Municipal de Lisboa, não se percebendo porquê e achando que deveria perguntar à Câmara Municipal de Lisboa.

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Recordou que havia um conjunto de câmaras municipais que apoiavam a Festa do Avante, muitas delas que nem eram da força política da CDU, repetindo que devia colocar esta questão à Câmara Municipal de Lisboa, perguntar ao Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, ao Senhor António Costa ou a um dos senhores vereadores do PS ou então a algum do PSD que lá estivesse, acrescentando que no tempo do PSD, também havia apoios. Sugeriu que não se viesse agora misturar tudo para sacudir a água do capote e para não fazer intervenções a lembrar que era o partido do Senhor Vereador que estava no Governo e que estava a fazer esta política que dava cabo das pessoas. A Senhora Vereadora Corália Loureiro, cumprimentou os presentes e começou por dizer que pensava que todos se pautavam pelo respeito uns pelos outros e que uma das regras do respeito era quando estamos uns estavam a intervir os outros ouvissem ou pelo menos não falassem. Depois e em relação às questões colocadas pelo Senhor Vereador Paulo Cunha, tal como já fora dito pela Senhora Vereadora Vanessa Silva, qualquer trabalhador em dia de greve pode vir trabalhar, fazer greve ou então faltar ou por doença ou colocando um dia de férias, sendo que tal estava dentro do quadro legal, fazia parte precisamente dos direitos que o trabalhador tinha. Referiu ainda assim que embora não compreendesse o pedido do Senhor Vereador iria pedir para avaliar a sua adequação legal, sendo que concordava que o Senhor Vereador deveria esta era preocupado com as pessoas que passavam fome, com a miséria deste país, com o desemprego que aumentava todos os dias, com as fábricas que encerravam. Observou que o Senhor Primeiro-Ministro, no dia da greve, pensava que para realçar a sua oposição ao que era a luta dos trabalhadores fora visitar a Sicasal, como que querendo dizer: “aqui estamos para apoiar uma empresa que conseguiu sobreviver”, mas que se tinha esquecido de dizer que ao mesmo tempo quantas empresas estavam a encerrar e que graças a ele e ao seu governo este país estava a viver os momentos mais terríveis após o 25 de abril. Quanto há questão que colocou o Senhor Vereador Luís Cordeiro, referiu que o Senhor Vereador estava a comparar coisas que não eram comparáveis, porque comparar a edição que conhecia bem, já que fora desenvolvida no âmbito da sua competência enquanto vereadora da cultura com a outra obra, não era comparável. Realçou que o Senhor Fernando Fitas fora pago, bastantes anos, através de um contrato de avença com esta Câmara Municipal para realizar um trabalho, ou seja realizando o trabalho estava a cumprir o contrato firmado. Já quanto ao trabalho realizado pela professora Augusta Rodrigues e também pelo Senhor Policarpo, a Câmara Municipal não pagara nada, tudo fora feito às custas dos dois autores, repetiu que a Câmara Municipal não pagara nada aos autores, nem viagens, nem avenças, nada, tal como às edições Avante. Esclareceu que tal como a Câmara Municipal de Almada e a Câmara Municipal da Boavista o que tinha havido fora, como acontecia em relação a muitas edições, um apoio na compra de edições e neste caso livros por cada câmara municipal. Sublinhou que este era o único é o único apoio desta Câmara Municipal. Mais esclareceu que tal já se tinha verificado com muitas edições, em que a Câmara adquiria determinado número de exemplares quando os livros eram de interesse municipal, fazia parte das histórias do Município, tinham a ver com a cultura, com as tradições, com as raízes deste povo. Referiu que em relação a esta edição era quase que irrisória a comparticipação desta Câmara Municipal porque efetivamente o que tinha havido era um grande investimento pessoal dos dois autores, repetindo que a Câmara só comprar os livros, não participando em mais nada, contrariamente àquilo que fora feito com o Senhor Fernando Fitas situação na qual se tinha pago, durante anos, o trabalho que o Senhor Fernando Fitas tinha realizado. Em relação à emergência social, referiu que neste momento de crise, de grandes dificuldades, tudo o que aparecia parecia que era uma novidade, mas que se orgulhavam de neste concelho mesmo antes desta grande crise já existiam estes mecanismos. Observou que não era por acaso que o Senhor Presidente da República, no âmbito das suas visitas nesta área das questões sociais, tinha escolhido este Município e que outros presidentes da República e outros primeiros-

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ministros escolhiam este Município como exemplo no trabalho de intervenção social e também no apoio social. Mais referiu que o apoio social se verificava aqui com doze associações de reformados construídas única e exclusivamente com o esforço das associações e comparticipadas por esta Câmara Municipal, com refeitórios sociais que já há muitos anos estavam no terreno, numa parceria entre a Junta de Freguesia de Amora, a Câmara Municipal e o Centro Paroquial de Amora, com apoio aos centros paroquiais, com o apoio a creches, com apoio no âmbito do PARES. Recordou que ainda há pouco tempo fora dito pela Senhora Diretora da Segurança Social, que até era do partido do Governo que o Seixal era o concelho de todo o país que mais tinha investido e que mais apoiara no âmbito do programa PARES. Sublinhou que se tratava de matéria que não era da competência da Câmara, mas que sempre tinham considerado que se devia apoiar, até porque a intervenção social também era uma prioridade deste Município. Pelo exposto referiu pensar que a Câmara Municipal de Lisboa estava um pouco atrasada, referindo ainda o Espaço Cidadania, sendo que a Câmara Municipal de Lisboa estava agora a trabalhar numa disseminação do Espaço de Cidadania do concelho do Seixal que já funcionava há muitos anos e era também uma referência a nível nacional. Ainda assim referiu que era bom ouvir que outros municípios se preocupavam com a área social, sendo que neste concelho há muitos e muitos anos que tal vinha a ser sempre uma grande prioridade, há muito que se trabalhava a intervenção social com as instituições sociais, fossem associações de reformados, de deficiência, fossem também instituições religiosas, como os centros paroquias, com todos aqueles que intervêm na área social e que consideravam uma mais-valia para melhorar a qualidade de vida da população. O Senhor Vereador Joaquim Tavares, cumprimentou os presentes e em primeiro lugar referiu-se aos homens que no concelho se dedicavam à causa de ajudar os outros e nesses os bombeiros estavam na primeira linha, manifestando a sua solidariedade e os votos de melhoras ao José Manuel que era um resistente, um homem com uma grande generosidade, com uma alegria contagiante que esperava que em breve estivesse, outra vez, no convívio connosco. Como segunda questão disse ao Senhor Vereador Luís Cordeiro que sendo ele tão atento, lhe parecia no mínimo alguma desatenção não ter reparado que a obra do Bento Gonçalves era uma obra da editorial Avante, porque em todos os documentos, inclusivamente no convite que tinha recebido, isso estava claro. De seguida e sendo esta a primeira reunião após a greve geral saudou os trabalhadores que estiveram em greve e em particular os trabalhadores da Câmara, com um grande reconhecimento pela sua capacidade de, num quadro de tantas dificuldades, incluindo financeiras, terem a disponibilidade de se privar do seu dia de trabalho para participar nessa jornada de luta. Acrescentou que estavam a tentar conseguir que os governantes lhes dessem a atenção desejada e que fizessem aquilo que seria mais razoável, neste momento, ou seja demitirem-se. Referiu que existia realmente um grande problema, como dissera o Senhor Vereador Paulo Cunha, mas que não era um problema da Câmara, era um problema das câmaras, das populações, das micro e pequenas empresas, dos trabalhadores e que esse problema não era o PAEL, mas si o Governo e as suas políticas. Mais referiu que o importante não eram os autocarros, nem o número de trabalhadores que tinham estado em greve, sendo ainda assim importante referir a visita, do Senhor Primeiro-Ministro, à Sicasal também como limitação do direito à greve, a provocação do Senhor Primeiro-Ministro de, precisamente no dia da greve geral, marcar aquela visita, aquela inauguração da unidade que tinha sido reconstituída. Observou que pressões havia muitas, mas que não conhecia nenhuma pressão que tivesse sido exercida sobre os trabalhadores da autarquia. Ainda sobre o PAEL, observou que o Senhor Vereador dissera que partes do PAEL era um contrato leonino, pelo que os contratos leoninos não se assinavam e se se assinavam era para

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servir só uma das partes, até percebendo assim que o Senhor Vereador quisesse que a Câmara Municipal do Seixal assinasse o contrato, mas que eles não queriam. O Senhor Vereador Joaquim Santos, deixou também algumas notas sobre as questões que tinham sido colocadas e as respostas dadas pelos senhores vereadores. Começando pela questão dos dois sentidos na Rua Florbela Espanca, em Fernão Ferro, colocada pelo Senhor Vereador Eduardo Rodrigues, esclareceu que a Câmara tinha feito estas intervenções, se a memória não lhe falhava em dois mil e cinco e que sete anos depois ainda existiam questões, sendo que na altura tinham existido alguns problemas, algumas reclamações principalmente dos comerciantes. Acrescentou que não sabia se era o caso, mas que se lembrava que havia um café, no início, que dizia que tinha perdido muita gente por causa dessa opção. Ainda assim referiu que, tirando essa situação, pensava que em todo o território de Fernão Ferro as questões tinham sido bem resolvidas, as pessoas tinham aceite e percebido a mais-valia que se conseguia com a introdução de sentidos únicos, por um lado com a criação de estacionamentos e por outro lado também a fluidez de trânsito especialmente dos autocarros e dos pesados de recolha de resíduos sólidos urbanos. Referiu que tinha registado esta situação e que a iria analisar, deixando no entanto a nota de que analisava todas as reclamações que lhe chegavam ao pelouro e não tinha conhecimento último de nenhuma reclamação sobre esta rua, esta artéria. Observou que fosse qual fosse a situação, não era justificação para mandarem placas abaixo, cortar sinalização e degradar o património público, uma situação que era ilegal e com a qual não podiam concordar. Quanto à questão da acumulação de água na EN378 referiu que era uma realidade que se tinha agravado agora com a construção da A33, designadamente do viaduto das Laranjeiras, sendo uma questão que já estava colocada quer junto da concessionária, a Kombat, quer também junto da própria Estradas de Portugal (EP). Observou que já tinha reunido com o diretor regional da EP a propósito deste assunto, entre outros, e que este lhe tinha garantido que estavam a ser dados passos no sentido de se resolver definitivamente esta matéria que a Câmara Municipal estava a acompanhar, Aproveitou para informar que após a aprovação na Câmara do relatório de anomalias da A33, na altura cento e três anomalias, e após a remessa desse relatório ao Senhor Ministro, ao Senhor Secretário de Estado, ao Instituto Nacional de Infraestruturas Rodoviárias, à Estradas de Portugal e à Kombat, as reparações tinham conhecido uma dinâmica nova. Acrescentou que numa reunião que tinham feito com a população para ver as anomalias na A33, entre Belverde e Vale de Milhaços, já tinham contado com a participação da concessionária o que fora muito positivo, havia uma nova atitude de colaboração desta concessionária. Ainda sobre a acumulação de águas, referiu que a concessionária ia fazer novo atravessamento sobre a EN378 de forma a encaminhar as águas do tabuleiro que hoje escorriam para o talude, para uma vala específica e que essa vala depois iria ligar à vala do rio Judeu. Esclareceu ainda assim que esta era só uma parte da questão e que a outra tinha a ver com uma passagem hidráulica que estava sobre a 378, sendo essa obra feita pela EP e ainda sem calendário. Acrescentou que a Câmara iria continuar a insistir para a resolução de uma situação grave principalmente à noite, pela falta de sinalização, sendo uma situação que podia causar acidentes. Depois e sobre as questões relacionadas com a greve geral referiu perceber o nervosismo do Senhor Vereador Paulo Cunha e do PSD, aliás que acompanhava o nervosismo do Senhor Primeiro-Ministro e do Senhor Presidente da República. Observou que estas perguntas do Senhor Vereador Paulo Cunha tinham exatamente a ver com esse nervosismo, por um lado por preconceito, preconceito por quem trabalhava, preconceito ideológico por quem se manifestava nas ruas, por quem usava uma prorrogativa constitucional, uma liberdade, um direito. E por outro lado por nervosismo pelas políticas realizadas pelo governo PSD e CDS e claro por uma grande greve geral, a maior de sempre, com o maior número de participantes e também com manifestações nacionais, que tinham percorrido todo o país e tido uma grande participação em frente à Assembleia da República.

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Referiu que lamentavam, naturalmente, as cenas de violência que tinham ocorrido após a intervenção da CGTP, não era esse o espirito da tradição democrática de luta dos trabalhadores portugueses. Referiu no entanto que isso não retirava aquilo que era essencial e que era a grande greve geral que tivera lugar ontem. Realçou ainda o facto de outros sectores que normalmente não aderiam às lutas e às greves, não se manifestavam, estarem também na rua como era o caso da PSP, da GNR, dos comerciantes, dos vários empresários de restauração, dos professores, dos médicos, dos enfermeiros, dos empresários de farmácias, das forças militares, dos agricultores, dos estivadores. Referiu que tudo isto obrigava o Senhor Vereador Paulo Cunha e também o PSD a perceber bem o problema com que estavam confrontados, porque a verdade era que, independentemente da receita de austeridade que os senhores diziam que ia salvar o país, os números dizem claramente que o país estava continuamente a caminhar numa espiral recessiva. Sublinhou que bastava ver os últimos dados que diziam que a dívida pública portuguesa aumentara entre o segundo trimestre de dois mil e onze e o segundo trimestre de dois mil e doze, 10%, ou seja que os senhores que estavam no Governo desde essa altura o que tinham feito fora aumentar dez pontos percentuais à dívida pública portuguesa que já ia em 117% do PIB, a terceira mais elevada da União Europeia logo a seguir à Grécia e à Itália. Referiu que a resposta da população a esta austeridade e a estes resultados péssimos, que eram exatamente em sentido contrário àquilo que os senhores vinham dizer que era a solução para Portugal, faziam com que as pessoas se manifestassem e que este sentimento de injustiça e de luta estivesse cada vez mais estará presente, nas ruas, nos locais de trabalho, por todo o país. Depois referiu-se a mais um preconceito, mais uma perseguição política, quando recolocava a questões sobre a Festa do Avante, observando que quando não havia mais argumentos vinha novamente a Festa do Avante e os apoios da Câmara Municipal à Festa do Avante e já não era só da Câmara Municipal do Seixal, agora também era da Câmara Municipal de Lisboa. Referiu que como dissera e muito bem a Senhora Vereador Vanessa Silva teria que endereçar essas suas questões aos seus companheiros de PSD de Lisboa e também à autarquia de Lisboa. De seguida e sobre a questão colocada pelo Senhor Vereador Samuel Cruz acerca da revolta dos Espaços Verdes, referiu que curiosamente nas duas notícias que ouvi sobre o assunto haviam três palavras que eram comuns: “Seixal, jardineiros e Samuel Cruz”, pensando que tal diria bem sobre as notícias que supostamente teriam sido colocadas nos jornais. Quanto à questão em concreto, esclareceu que tinha a ver com o novo horário de inverno, a parte sazonal do horário que estava estabelecido pela Câmara Municipal do Seixal não só para a área dos Espaços Verdes, mas também para outros sectores e que tinha entrado em funcionamento a partir de um de novembro. Referiu que existia alguma insatisfação por parte dos trabalhadores não só dos Espaços Verdes, situação que a Câmara Municipal do Seixal estava a acompanhar e para a qual se tinha já uma proposta em fase de conclusão. Mais referiu que essa proposta seria lançada assim que existissem as condições, em termos formais, e que antes mesmo dessa questão se concretizar, naturalmente que esses horários, o regulamento de horários teria que ser aprovado em Câmara. Terminou dizendo que seria uma situação que se iria também discutir proximamente e, esperando que de forma a enquadrar esta insatisfação que existia nos trabalhadores do sector dos espaços verdes. O Senhor Vereador Samuel Cruz, ainda em relação à questão dos trabalhadores dos espaços verdes, esclareceu que a coincidência de palavras ou a coincidência da notícia tinha a ver com um único fator era um take da Lusa e os outros reproduziam o que queriam. Referiu igualmente que a manta era curta e quando a manta era curta, quando se puxava para tapar um lado, habitualmente se destapava o outro, pelo que estariam atentos, esperando que a bem do interesse dos trabalhadores se conseguisse resolver esta situação. Ainda assim referiu que a sua primeira perceção fora no sentido de se tratar de um problema, uma reivindicação dos trabalhadores dos espaços verdes, mas que neste momento não era só uma reivindicação dos trabalhadores dos espaços verdes era muito mais, diria praticamente de todos

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os trabalhadores da Câmara, pelo que seria conveniente que a solução encontrada fosse uma solução global. Em relação à greve referiu que o PS obviamente, aliás como todos aqui presentes, respeitava o direito à greve assim como respeitava o direito ao trabalho, sendo que a Senhor Vereadora Corália Loureiro dissera que podiam faltar por duas razões, podiam faltar por estarem doentes ou por estarem de férias. Sobre esta matéria esclareceu que a análise cuidada do Balanço Social da Câmara lhes dizia que um terço dos trabalhadores da Câmara, cerca de quinhentos, habitualmente estava de férias no dia da greve. Referiu que estes dias de férias tinham de ser autorizados pelas chefias e que entendia, apesar de não ser unanime, que não deviam ser autorizadas, não vir trabalhar, mas ganhar o dia e receber à mesma não lhe parecia correto nem sequer solidário com aqueles que efetivamente estando de greve deixavam de receber o seu dia de salário. Depois e sobre os autocarros começou por perguntar, como a adesão à greve no Seixal era praticamente de 100%, se os motoristas dos autocarros da Câmara que transportavam os trabalhadores para Lisboa, estavam ou não de greve. Referiu que a questão era simples, se estavam de greve não estavam a trabalhar e se não estavam a trabalhar não podiam conduzir os autocarros de propriedade do Município, agora se não estavam de greve então estava-se perante uma coincidência tremenda, sendo que numa autarquia em que 100% ou 99,9% dos trabalhadores faziam greve, os 0,1% que não faziam eram justamente os motoristas que levavam os trabalhadores para Lisboa. Mais referiu que a alternativa era esta se bem que tinha a impressão que a Câmara Municipal alugava autocarros, para além daqueles que eram propriedade do Município, sendo que deixava a pergunta bem clara: a Câmara Municipal do Seixal alugava ou não autocarros para além daquilo que era a frota municipal para levar os trabalhadores até às manifestações a Lisboa, nos dias de greve. Em relação ao livro e ao pagamento ao Senhor Fernando Fitas referiu que tinha trabalhado logo tinha recebido, era o normal quando se trabalhava recebia-se, sendo que o que lhe parecia anormal era pagar-se por um trabalho, para se executar um trabalho e depois não se dar andamento ao trabalho. Concretizando referiu que se tinha pago ao Senhor Fernando Fitas para escrever um livro sobre determinado assunto, o trabalho fora executado e fora pago e a partir dai não se editava o livro, sendo de perguntar que critério de gestão estaria subjacente a isto. Reforçou que se mandara escrever livros para se meter o original na gaveta, sendo que existia aqui no mínimo um desperdício de recursos municipais, que era mandar fazer um trabalho que não se pretendia prosseguir, não fazia sentido. Observou que só faria sentido quando se dissesse que havia intenção de publicar, mas não havia absolutamente dinheiro, parecendo-lhe a única explicação plausível. Agora comparando com o caso trazido pelo Senhor Vereador Luís Cordeiro, um apoio a um outro livro, observou que a Senhora Vereadora Corália dissera que quem escrevera o livro não recebera dinheiro, mas que até achava estranho como sabia disso. Ou seja era normal que soubesse que o Senhor Fitas tinha recebido dinheiro porque trabalhava para a Câmara, mas não achava normal que soubesse as condições em que os trabalhadores da editora Avante trabalhavam ou com os colaboradores da empresa Avante colaboravam. Referiu que até ao momento não sabia quem o tinha escrito, o assunto não lhe interessava, não tendo que saber quem escrevia todos os livros que eram editados neste país e mesmo que fossem livros que não tivessem interesse. Reforçou que não tinha interesse nem no livro, nem no seu conteúdo, nem queria saber quem o escrevera, estando a intervir só para se ver como era gasto o dinheiro desta Câmara, isso sim que o interessava. Salientou que não se podia dizer que a Câmara Municipal do Seixal não tinha gasto porque na verdade tinha comprado cinco mil euros destes livros, ou seja não apoiavam, mas depois tinham comprado o que era a mesma coisa.

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Referiu que provavelmente esses cinco mil euros dariam para editar esse livro que já existe acerca da história do concelho, sendo apenas uma ideia de como estas coisas se deviam passar e nada mais do que isso. O Senhor Vereador Paulo Cunha, respondendo ao nervosismo de que fora apelidado ou lhe tinham querido atribuir, disse que não existia nervosismo absolutamente nenhum a não ser na mente do Senhor Vice-Presidente, mas que aceitava o repto, respondendo que o habitual, a tradição era de responder uma ou duas pessoas no máximo, mas que quando o PCP ficava nervoso com alguma questão, por norma, respondiam os quatro ou os cinco vereadores ou mesmo os seis. Referiu ainda que de facto se iam ouvindo coisas que os iam deixando nervosos, sendo que por exemplo o Senhor Vice-Presidente mais uma vez tinha abordado a questão da dívida pública portuguesa, apesar de ser pouco relevante para esta reunião, ainda que muito importante para o país, mas se tinha esquecido de dizer que a mesma tinha a ver com os juros da dívida pública, que a dívida pública tinha crescido, essencialmente, por causa da questão dos juros. Acrescentou que todos o sabiam e que os números eram conhecidos e discutidos. Repetiu que um dos motivos que levam a dívida pública a continuar a aumentar era precisamente a questão dos juros que Portugal pagava à banca internacional, a terceiros países e até ao próprio FMI. Quanto à questão do PAEL reafirmou que o entendia como uma má proposta que o Governo apresentara às câmaras, uma má proposta e leonina no sentido até de obrigar as autarquias que assinarem a terem as taxas máximas, sobretudo do IMI e no tarifário da água. Referiu que entendia injusta e incorreta essa situação, apesar de conseguir compreender o conceito, esclarecendo que nunca dissera que a Câmara devia assinar o PAEL, dissera sim que a Câmara não assinando o PAEL tinha que apresentar alternativas, coisas completamente diferentes e que era bom deixar claras. Ainda assim referiu que cinco autarquias do distrito de Setúbal tinham assinado este documento, pelo que também não podia ser um documento assim tão mau ou pelo menos há de servir pelo menos cinco municípios, dois deles da CDU, salvo erro, ou seja Sesimbra, Barreiro, Grândola e Sines. Referiu que era preciso explicar porque não se aderia, mas também que alternativas, ficando até bastante satisfeito que não o fizessem, mas não podendo estar satisfeito em saber que não existia qualquer tipo de alternativa. Recordou que reunião de Câmara, após reunião de Câmara questionava e reunião de Câmara, após reunião de Câmara se voltava a falar das questões do Governo, da dívida pública, etc., sendo certo que não tinha conseguido obter resposta sobre como era que a Câmara iria sair deste aperto financeiro em que estava metida. O Senhor Vereador Luis Cordeiro, sobre algumas questões que tinha colocado e que foram objeto de resposta, em concreto no que dizia respeito à abordagem que fizera acerca da obra feita pelo Senhor Fernando Fitas, esclareceu que depois de ouvir o munícipe e desconhecendo a situação, quisera saber junto do munícipe o que se passava mais concretamente e que agora estava nesta reunião de câmara a colocar as questões para obter os esclarecimentos. Sublinhou que a sua estratégia fora de naturalmente primeiro ouvir o munícipe e depois colocar as questões à Senhora Vereadora. Repetiu que achava estranho que uma obra concluída em dois mil e dois, dez anos depois ainda não estivesse editada que, ao longo de dez anos a autarquia não conclui-se este projeto, dizendo-se agora que estaria, possivelmente, prevista que o próximo plano de atividades. Na questão do livro do Bento Gonçalves referiu que discordava completamente da afirmação da Senhora Vereadora Corália quando dizia que nada era comparável, sendo que em sua opinião tudo era comparável. Nesse sentido referiu que se estava a falar de duas obras literárias e deste ponto comparáveis, em segundo lugar de financiamentos da Câmara, pontos comparáveis, sendo que as outras questões

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que estavam por trás até podiam não ser comparáveis, mas os elementos factuais eram: dois livros e que a Câmara tinha financiado ambos. Quanto à intervenção do Senhor Vereador Joaquim Tavares sobre não ter lido no convite que estava lá escrito “edições Avante”, agradeceu a observação, dizendo no entanto que convinha também lerem aquilo que estava escrito no livro sobre Bento António Gonçalves, pelo Presidente da Câmara Alfredo José Monteiro da Costa que dizia: “apoiar esta edição”, pelo que era claro que a mesma fora apoiada e que apoiar uma obra não era adquiri-la, adquirir a obra era uma coisa posterior à sua edição e em termos de português apoiar uma edição era algo feito antes da obra ser editada. Para além disso referiu que nas informações constava uma proposta de adjudicação para a aquisição de livros Bento Gonçalves Vida e Descendência em Cabo-Verde, no valor de quatro mil, novecentos e vinte euros, montante despendido pela autarquia na aquisição de duzentos e cinquenta exemplares. Perante o exposto referiu que se fosse apresentar a todas as editoras deste país uma proposta em que dizia: “olhe tenho aqui um livro você edita mil exemplares e à cabeça eu compro-lhe setecentos e cinquenta, duzentos e cinquenta para a Câmara Municipal do Seixal, duzentos e cinquenta para a Câmara Municipal de Boavista e duzentos e cinquenta para a Câmara Municipal de Almada e se para além disso for vendido no ato, então muito bem estariam as editoras deste país. Referiu que neste caso o que acaba aqui de ser informado era que praticamente a totalidade da edição da obra, mil exemplares, fora à cabeça garantida a sua aquisição. Repetiu que esta era uma obra que tendo a sua importância, do meu ponto de vista, para os munícipes deste concelho tinha muito mais importância a obra das memórias da nossa memória, garantidamente, porque estas memórias da nossa memória são transversais a todos os munícipes, coisa que a obra de Bento Gonçalves que eu aprecio, não seria. Em relação ao PAEL referiu que aquilo que o preocupava era claramente uma situação gravosa, ou seja aquilo que estava consubstanciado no site da Direção Geral das Autarquias Locais em termos da dívida dos municípios e analisando a situação o Município do Seixal, referiu que apresentava, no final de dois mil e nove, uma dívida no seu global, somando dívida de médio e longo prazo e de dívida a curto prazo, de dívidas a fornecedores e de outras dívidas a terceiros, setenta milhões de euros. Já no final de dois mil e dez a dívida total do Município tinha descido para sessenta e oito milhões, mas no final de dois mil e onze a dívida total do Município tinha passado para cem milhões de euros. Mais referiu que o que era mais extraordinário era que a grande variação, entre final de dois mil e dez e final de dois mil e onze, a variação dos sessenta e oito milhões para cem milhões de euros, um aumento de trinta e dois milhões de euros, de praticamente mais 50% do total da dívida, resultava quase completamente da dívida a fornecedores que no final de dois mil e dez era de vinte milhões setecentos e setenta e cinco mil euros e no final de dois mil e onze era de cinquenta milhões, cento e trinta e oito mil euros. Sublinhou que esta era uma situação que o preocupava, ainda que entendendo que o PAEL de facto era um programa que não cumpria completamente as situações, um programa com condições leoninas como já fora dito, mas que se se tivermos que fazer algum empréstimo bancário, neste momento com spreads que a banca praticava, não sabia que leoninos se teriam do outro lado. Ainda no site da DGAL se podia verificar que os limites do endividamento de médio e longo prazo da autarquia do Seixal, para o ano de dois mil e doze era de quarenta milhões de euros e no final de dois mil e onze se tinha uma dívida de médio e longo prazo de quarenta e um milhões de euros e um limite de endividamento líquido de vinte e quatro milhões, novecentos e noventa e dois mil euros. Ora quando se tinha este limite líquido de endividamento de vinte e quatro milhões de euros e só a fornecedores se devia cinquenta milhões de euros, perguntava como se iria solucionar esta questão e que soluções seriam apresentadas. O Senhor Vereador Joaquim Santos, em relação às questões da greve geral, aproveitou a oportunidade para manifestar uma enorme solidariedade desta Câmara Municipal para com todos

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os trabalhadores do Município que tinham abdicado de um dia do seu vencimento para aderirem à greve geral e que não obstante o facto de muitos deles terem participado nas manifestações, os mesmos se tinham deslocado por meios próprios e não tinha havido qualquer autocarro do Município na greve geral. Uma segunda questão sobre a EN378 referindo que infelizmente que a EP não tinha resolvido o problema durante esse ano, reforçando que a EN378 era uma estrada nacional não era municipal, sendo a responsabilidade da sua gestão e exploração, conservação e melhoria, de beneficiação da Estradas de Portugal SA, neste momento uma subconcessionária do IMT, novo organismo de mobilidade e transportes. Referiu que era exatamente à EP que se tinha de pedir responsabilidades, sendo que a Câmara o vinha a fazer formalmente e que ele próprio tivera uma reunião, há cerca de duas semanas, com o senhor António Valente, o diretor regional que tinha a competência desta matéria e que o mesmo lhe tinha transmitido que estavam a trabalhar na solução. Quanto às questões do PAEL observou que teria de repetir a intervenção que fizera na reunião de dezoito de outubro, sendo que tinham analisado a proposta, tinham verificado que este programa de apoio à economia local seria mau por um lado para as finanças da Câmara Municipal e por outro lado para a população porque trazia mais austeridade para a população e não resolvia o problema da consolidação orçamental da Câmara Municipal do Seixal. Pelo exposto referiu que tinham decidido não aderir ao PAEL, recordando que também no XX Congresso Extraordinário da ANM fora aprovada, uma das conclusões desse congresso, fora a exigência da revogação das normas obrigatórias ao poder local, de ingerência com a obrigação por exemplo de passar para as taxas máximas de IMI, Derrama, IRS, etc., ou seja tudo aquilo que os senhores vereadores aqui defendiam que devia descer. Sublinhou que a adesão ao PAEL significava exatamente subir tudo ao máximo, acabar com os apoios às coletividades, acabar com apoios nos transportes, acabar com uma série de benefícios de apoios do Município quer às populações, quer às instituições. Ainda sobre esta matéria referiu que ia reverter a pergunta para o Senhor Vereador Paulo Cunha, dizendo que competia ao Governo perante a posição unânime dos municípios de revogação destas situações atentatórias da autonomia do poder local encontrar uma solução que fosse de encontro àquilo que era necessário fazer. Recordou que das duzentas e vinte e três câmaras com possibilidade de aderirem ao PAEL, cento e dezoito não o fizeram, quase metade. Referiu que continuavam a exigir um tratamento de respeito pela Constituição, pela autonomia do poder local e por isso não aceitavam uma nova Troika nas autarquias locais, sendo que a solução passaria exatamente por encontrar um quadro justo, equilibrado, respeitador da autonomia do poder local, no sentido de se encontrar uma solução com consolidação orçamental. Sobre a dívida, referiu que o PCP tinha uma proposta de solução que se chamava renegociação da dívida por um lado e por outro lado tomar uma decisão política ao nível da UE, ou seja que durante um determinado período de carência o Banco Central Europeu emprestasse ao Estado, de forma direta. Salientou que o BCE emprestava a 0,1% e a 1% à banca internacional e que depois a banca internacional, os ditos mercado, emprestavam a 6%, 7%, 8% ou 9% aos países que precisavam, sendo que se estava a pagar os lucros dessa banca internacional. Perguntou se o Senhor Vereador Paulo Cunha concordava com isso e que se acabasse com o apoio, que se avançasse no desemprego, que se aumentasse os escalões do IRS, de IRC, os aumentos dos fatores de produção, tudo para pagar à banca internacional. Para terminar deixou duas informações, uma para dizer que o grupo parlamentar do PCP tinha apresentado na Assembleia da República uma proposta de revogação da chamada lei dos dirigentes e também da lei dos compromissos, sendo a única força política que parecia estar atenta às resoluções do Congresso Extraordinário da ANM e ao poder local. A segunda referindo que se tinha reiterado na Assembleia Municipal a primeira posição sobre a reorganização administrativa e que a ANM estava a analisar a inconstitucionalidade do regime jurídico da reorganização territorial autárquica, havendo uma posição do Conselho Geral a aconselhar as câmaras municipais a avançar com processos judiciais contra o Governo nesta matéria.

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III – PERÍODO DA ORDEM DO DIA Neste período foram apreciados os seguintes assuntos, constantes no Edital nº 159/2012, e arquivados em pasta anexa à presente Ata. 1.INFORMAÇÕES

Informação nº 451/2012 – Agenda

Quinzenal de Atividades – Destaques. Informação nº 452/2012 – Informação

sobre a atividades da câmara nas seguintes unidades orgânicas – Departamento de Comunicação e Imagem; Departamento de Administração Geral; Divisão de Administração Geral; Divisão de Atendimento Público; Divisão de Aprovisionamento; Divisão de Arquivo Histórico Municipal; Departamento do Plano, Orçamento e Gestão Financeira; Divisão do Plano Diretor Municipal; Divisão de Desenvolvimento Economico e Promoção do Turismo; gabinete da valorização da Baía do Seixal; Gabinete de candidaturas e Programas; Gabinete de Apoio aos Órgãos Autárquicos e Gabinete de Imprensa e relações públicas, referente ao terceiro trimestre.

Informação nº 453/2012 – Relatório de atividades das seguintes unidades orgânicas – Departamento de Comunicação e Imagem; Departamento de Administração Geral; Divisão de Administração Geral; Divisão de

Atendimento Público; Divisão de Aprovisionamento; Divisão de Arquivo Histórico Municipal; Departamento do Plano, Orçamento e Gestão Financeira; Divisão do Plano Diretor Municipal; Divisão de Desenvolvimento Economico e Promoção do Turismo; gabinete da valorização da Baía do Seixal; Gabinete de candidaturas e Programas; Gabinete de Apoio aos Órgãos Autárquicos e Gabinete de Imprensa e relações públicas, referente ao mês de setembro.

Informação nº 454/2012 – Relação de despachos proferidos pela Senhora Diretora de Departamento de Desenvolvimento Estratégico, Drª Ana Paula Magalhães, decorrente do despacho n.º 221-PCM/2011 de 11 de março e nos termos do art. 70º, aplicável por remissão do nº 6 do art. 70º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei nº 67/2007 de 31 de dezembro, durante o mês de outubro, e arquivados em pasta anexa.

Informação nº 455/2012 – Relação de despachos proferidos pela Senhora Diretora do Departamento de Comunicação e Imagem, Drª Leontina de Sousa, decorrente do despacho n.º 221-PCM/2011 de 11 de março e nos termos do art. 70º, aplicável por remissão do nº 6 do art. 70º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei nº 67/2007 de 31 de dezembro, referente ao mês de outubro, e arquivados em pasta anexa.

Informação nº 456/2012 - Relação de despachos proferidos pelo Senhor Diretor do Departamento de Plano, Orçamento e Gestão Financeira, Dr. Fernando Castilho, no âmbito da delegação de competências de autorização de despesas do fundo de maneio, decorrente dos despachos nºs 01-PCM/2012, 02-PCM/2012, 03-PCM/2012, 04-PCM/2012, 05-PCM/2012, 06-

PCM12012, 07-PCM/2012, 08-PCM/2012, referente ao mês de outubro e arquivados em pasta anexa.

Informação nº 457/2012 – Relação de despachos proferidos pelo Senhor Vereador Joaquim Santos, no âmbito da subdelegação de competências decorrente do despacho n.º 221-PCM/2011 datado de 11 de março e, nos termos do art. 65º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro de 2002 e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro, referente ao mês de outubro, e arquivados em pasta anexa.

Informação nº 458/2012 – Relatório de atividades das seguintes unidades orgânicas – Departamento de Desporto; Gabinete de Apoio ao Movimento Associativo; Gabinete de Projetos Estratégicos de Mobilidade e Transportes; Departamento de Equipamentos e de Gestão do Espaço

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Público e Gabinete do Metropolitano Sul do Tejo, referente ao mês de setembro.

Informação nº 459/2012 – Pelouro dos Recursos Humanos, Modernização Administrativa e Ação Social – Correspondência recebida – Ordem dos Enfermeiros – Secção Regional do Sul – 1º Encontro de UCC – Agradecimento.

Informação nº 460/2012 – Relatório da Comemoração do Dia Mundial de dador de Sangue e 25º Aniversario da Associação de Dadores Benévolos de Sangue do Concelho do Seixal.

Informação nº 461/2012 – Relação de despachos proferidos pela Senhora Vereadora Corália Maria Mariano de Almeida Sargaço Loureiro, no âmbito da delegação/subdelegação de competências decorrente do despacho n.º 221-PCM/2011 datado de 11 de março de 2011, e nos termos do art. 65º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, no período compreendido entre 01/10/2012 a 31/10/2012, e arquivados em pasta anexa.

Informação nº 462/2012 – Relatório de atividades das seguintes unidades orgânicas – Gabinete da Contratação Pública; Gabinete do Conhecimento, Inovação e Qualidade e Divisão de Migrações e Cidadania, referente ao mês de setembro.

Informação nº 463/2012 – Relação de despachos proferidos pelo Chefe da Divisão de Informática, Senhor Engenheiro Alfredo Casal Ribeiro, no âmbito da delegação de competências de autorização da realização de despesas decorrente do despacho n.º 223-PCM/2011 de 11 de março e nos termos do n.º 3 do art. 65º, aplicável por remissão do n.º 6 do art. 70º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro, no período compreendido entre 01/10/2012 a 31/10/2012, e arquivados em pasta anexa.

Informação nº 464/2012 – relatório semestral do Espaço Cidadania.

Informação nº 465/2012 – Relatório de atividades da Divisão de Informática, referente ao 3º trimestre.

Informação nº 466/2012 - Relação de despachos proferidos pelo Senhor Diretor de Departamento de Administração Geral e Finanças, Dr Carlos Mateus, decorrente do despacho n.º 221-PCM/2011 de 11 de março

e nos termos do art. 70º, da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei nº 67/2007 de 31 de dezembro, referente ao mês do outubro, e arquivados em pasta anexa.

Informação nº 467/2012 – Despachos proferidos pelo Senhor Vereador Jorge Gonçalves, no âmbito da delegação/subdelegação de competências decorrente do despacho n.º 768-PCM/2011, datado de 9 de setembro de 2011, e nos termos do art. 65º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro de 2002, no período compreendido entre 25/10/2012 a 07/11/2012, no âmbito da Divisão Administrativa de Urbanismo, e arquivados em pasta anexa.

Informação nº 468/2012 – Despachos proferidos pelo Senhor Vereador Jorge Gonçalves, no âmbito da delegação/subdelegação de competências decorrente do despacho n.º 768-PCM/2011, datado de 9 de setembro de 2011, e nos termos do art. 65º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro de 2002, no período compreendido entre 10/10/2012 a 25/10/2012, no âmbito da Divisão Administrativa de Urbanismo, e arquivados em pasta anexa.

Informação nº 469/2012 – Relação de decisões proferidas, em matéria de contraordenações, ao abrigo do despacho de delegação de competências nº 768-PCM/2011, no mês de outubro.

Informação nº 470/2012 – Relatório de atividades da Divisão de Salubridade, referente ao 3º trimestre.

Informação nº 471/2012 – Relatório de atividades da Divisão de Logística e Apoio a Eventos, referente ao 4º trimestre.

Informação nº 472/2012 – Relatório de atividades das seguintes unidades orgânicas – Divisão de Projetos educativos e Ação Social Escolar; Gabinete de Gestão e Ação Social Escolar; Divisão de equipamentos e Recursos Educativos; Gabinete de Planeamento e Gestão de equipamentos e Parque Escolar e Gabinete de Juventude, referente ao mês de outubro.

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Informação nº 473/2012 – Relação de despachos proferidos pela Senhora Diretora do Departamento da Cultura, Drª Ana Cristina Silva, no âmbito da subdelegação de competências decorrente do despacho n.º 221-PCM/2011 datado de 11 de março e, nos termos do nº 3 art. 65º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro de 2002 e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro, durante o período de 01/10/2012 a 31/10/2012, e arquivados em pasta anexa.

Informação nº 474/2012 – Relação de despachos proferidos pela Senhora Vereadora Vanessa Silva, no âmbito da subdelegação de competências decorrente

do despacho n.º 221-PCM/2011 datado de 11 de março e, nos termos do art. 65º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro de 2002 e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro, durante o período de 01/10/2012 a 31/10/2012, e arquivados em pasta anexa.

Informação nº 475/2012 – Relatório de atividades do Gabinete da Proteção Civil, referente ao 3º trimestre.

Informação nº 476/2012 – Relatório de atividades do Gabinete da Proteção Civil, referente ao mês de setembro.

Informação nº 477/2012 – Relatório de atividades do Gabinete da Proteção Civil, referente ao mês de outubro.

O Senhor Vereador Paulo Cunha, solicitou esclarecimentos sobre uma reunião com a ACSDC sobre o funcionamento da incubadora de empresas do Seixal, em concreto o seu resultado e sobre a recorrente nota da necessidade de recursos humanos no Departamento de Administração Geral. A Senhora Vereadora Helena Domingues, solicitou algumas informações adicionais sobre a agenda quinzenal, nomeadamente sobre a atividade Casas da Família e uma outra a realizar, no dia vinte e um, na Escola Básica D. Nun’Alvares Pereira na Quinta do Rouxinol. O Senhor Vereador Luís Cordeiro, valorizou e enalteceu uma informação do Gabinete de Valorização da Baía do Seixal, referente ao mês de setembro, onde se dizia que se tinha efetuado uma visita a ARU de Cacilhas, concelho de Almada, com o objetivo de assimilar experiências em elevado estado de maturação tendo em conta a intenção da criação da ARU do núcleo urbano antigo do Seixal. A Senhora Vereadora Corália Loureiro, em relação à questão colocada pela Senhora Vereadora Helena Domingues, em concreto à primeira iniciativa esclareceu que se tratava da primeira vez que a Câmara aderira a esta iniciativa europeia que tinha a ver com o fomentar a vizinhança e o respeito por outras culturas. Mais esclareceu que no concelho seriam três famílias uma família guineense que iria receber uma família portuguesa, uma portuguesa que iria receber uma família de Cabo-Verde e outra que iria receber uma família de São Tomé. Observou que se tratava de um almoço de família com as tradições de cada um para também haver uma partilha de conhecimentos através das culturas diferentes e também começar a existir maior respeito, maior conhecimento, mais informação. Referiu que decorreria no dia dezoito e sairia um artigo na Visão, que iria acompanhar a iniciativa. A Senhora Vereador Vanessa Silva, em relação à outra questão colocada pela Senhora Vereadora Helena Domingues esclareceu tratar-se de um lapso de escrita, sendo sim um programa de visitas de trabalho. Mais esclareceu que ela enquanto vereadora da educação tinha entendido que, na sua planificação regular, devia visitar as escolas, conversar com as coordenadoras das escolas, saber se há questões a colocar e verificar algumas reclamações. Terminou dizendo que se tratavam de visitas de trabalho que fazia com os serviços no âmbito do pelouro.

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O Senhor Vereador Joaquim Santos, esclareceu que sobre a reunião referida com a Associação do Comércio do Distrito de Setúbal sobre o Núcleo Empresarial do Seixal não tinha a informação em concreto, mas iria diligenciar no sentido de que essa informação chegasse em concreto. Quanto à questão dos recursos humanos no Departamento de Administração Geral referiu que não se podendo dizer que fosse uma questão transversal a toda a Câmara, a verdade era que a falta de trabalhadores em determinados setores era evidente assim como o esforço da parte dos recursos humanos para conseguir dar resposta a esta situação, no sentido de se conseguir definir prioridades. Recordou que esta questão resultava do facto do Estado não permitir que se contratasse mais ninguém, obrigando sim a reduzir trabalhadores, sendo que para dois mil e treze o Orçamento de Estado consignava a redução de 2% no efetivo da Câmara Municipal. Referiu que era uma situação preocupante que se iria notar cada vez mais, não só nas informações, mas também em termos do próprio serviço que se prestava, situação contrária ao objetivo de prestação de um serviço público de qualidade. Mais referiu que num dos últimos estudos, publicado no Diário de Notícias, se verificava que o Seixal era dos municípios que tinha um menor rácio em termos de trabalhadores por habitante, contando com empresas municipais e serviços municipalizados. Sobre a questão da visita do Município à ARU de Cacilhas referiu que, efetivamente, o município de Almada, em algumas áreas, estava já muito à frente, sendo que o Município do Seixal também tinha muito bons exemplos e estava à frente noutras áreas e que o Senhor Vereador Luís Cordeiro e bem não ia buscar casos de Loures, Salvaterra de Magos, nem da Maia, ia buscar de Almada, município com políticas de grande valia, um município CDU que de facto estava muito à frente em vários setores e também na reabilitação urbana. A Senhora Vereadora Corália Loureiro, informou que se tinha realizado no Município, precisamente neste auditório repleto, durante um dia inteiro, o 4º Fórum da Rede Portuguesa de Cidades Saudáveis, uma rede que tinha neste momento cerca de vinte e nove municípios, o que até podia parece pouco, mas que no seu conjunto representavam 25% da população portuguesa. Referiu que este ano o Encontro, que era bianual, tivera como tema o poder local e a sua importância no desenvolvimento de uma cidade saudável e mais sustentável, contando com uma grande participação, estando presentes a maior parte dos municípios que integravam esta Rede Portuguesa de Cidades Saudáveis. Mais referiu que posteriormente traria à Câmara as conclusões deste Encontro, um encontro extremamente positivo, com muito boas participações a nível científico e com uma grande partilha de experiências de municípios, mas também de universidades. 2. Deliberação nº 240/2012 – CMS – ATA DA REUNIÃO ORDINÁRIA DE 18 DE OUTUBRO DE 2012 (ATA Nº 22/2012). O Senhor Presidente da Câmara, submeteu à aprovação a Ata da reunião ordinária de 18 de outubro de 2012, com dispensa de leitura, em virtude do respetivo texto ter sido previamente distribuído por todos os presentes, nos termos do disposto no art.º 4º do Dec. Lei n.º 45362, de 21 de novembro de 1963, tendo a mesma sido aprovada por unanimidade e em minuta. 3.Deliberação n.º 241/2012 – CMS - CONTRATO PROGRAMA A CELEBRAR ENTRE O MUNICÍPIO DO SEIXAL E A SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO SEIXAL. COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA. Proposta de acordo com a alínea b) do n.º 4 do art.º 64º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro coma redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro. Proposta: Pelouro dos Recursos Humanos, Modernização Administrativa e Ação Social

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“Considerando a importância social de que se reveste a atividade desenvolvida pela Santa casa da Misericórdia do Seixal, concretamente com a valência de creche familiar e atividade de tempos livres, e nos termos da alínea b) do n.º 4 do art.º 64º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro coma redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro. Propõe-se a atribuição de uma comparticipação financeira à Santa casa da Misericórdia do Seixal no valor de € 2.400 (dois mil e quatrocentos euros) para fazer face às despesas relacionadas com a creche familiar e com os ATL’s, conforme a proposta anexa da Divisão de Ação Social com o n.º 23479 de 11 de outubro de 2012. Mais se propõe, a aprovação do contrato programa anexo. Documentos anexos a esta proposta: • Contrato programa de Desenvolvimento Social entre o Município do Seixal e a Santa Casa da Misericórdia do Seixal – anexo n.º 513/2012. • Proposta da Divisão de Ação Social – 2012.10.11 – anexo n.º 514/2012. • Informação do cabimento n.º 138/CA/2012 – 2012.10.09 – anexo n.º 515/2012.

O Proponente A Vereadora do Pelouro dos Recursos Humanos, Modernização Administrativa e Ação Social

Corália Maria Mariano de Almeida Sargaço Loureiro.” Submetida a votação, foi a proposta aprovada por unanimidade e em minuta, ficando os documentos mencionados arquivados no respetivo processo. A Senhora Vereadora Corália Loureiro, em relação ao ponto três referiu tratar-se do contrato programa que habitualmente se celebrava com a Santa Casa da Misericórdia e que tinha a ver com o apoio que também esta instituição, já há muitos anos, dava na área da intervenção social e principalmente com crianças e jovens com bastantes dificuldades. Depois e sobre o ponto quatro esclarecer estar em causa um projeto que ia avançar neste momento chamado Redes para o Desenvolvimento, em concreto os estatutos desta Rede Intermunicipal de Cooperação para o Desenvolvimento que pretendia, acima de tudo, não sobrepor recursos, mas sim rentabilizar recursos de forma que, em vários países, se pudessem juntar esforços e recursos e chegar mais longe. Acrescentou tratar-se também de uma parceria com o Instituto Marquês de Vale Flor uma instituição que podia recorrer a financiamentos que as autarquias, por si, não conseguiriam. Terminou referindo que no caso do Seixal já se estava a trabalhar, ainda sem esta rede criada formalmente, no projeto de geminação com São Tomé e Príncipe, principalmente no distrito da Lobata, sendo que esta rede também permitiria apoiar, de forma integrada e articulada, os municípios com quem estes municípios portugueses tinham geminações. O Senhor Vereador Luís Cordeiro, referiu-se apenas à questão dos relatórios de execução de todos estes contratos programa, observando que a apresentação do relatório final era importante, devendo ser distribuído, mas não entendendo como necessário tirar cópias de todos os documentos comprovativos das despesas, das faturas, sendo documentos que querendo poderiam ser consultados no original. 4.Deliberação n.º 242/2012 – CMS - PROJETO “REDES PARA O DESENVOLVIMENTO”. ESTATUTOS DA REDE INTERMUNICIPAL DE COOPERAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO. APROVAÇÃO. Proposta de acordo com a alínea b) do n.º 4 do art.º 64º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro coma redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro.

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Proposta: Pelouro dos Recursos Humanos, Modernização Administrativa e Ação Social “Considerando a importância da criação de uma rede de municípios que operam no quadro da cooperação para o desenvolvimento, tendo em vista a partilha e rentabilização de recursos bem como o constante aperfeiçoamento do trabalho desenvolvido neste âmbito e sendo o nosso município um dos que aderiam a este projeto “Redes para o Desenvolvimento” e nos termos da alínea b) do n.º 4 do art.º 64º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro. Propõe-se a aprovação dos “Estatutos da Rede Intermunicipal de Cooperação para o Desenvolvimento”, conforme proposta da Divisão de Migrações e Cidadania em anexo com o n.º 22886 de 4 de outubro de 2012.

REDE INTERMUNICIPAL DE COOPERAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO

Estatutos Preâmbulo

O reconhecimento da importância crescente do modelo de cooperação assente em laços de parceria intermunicipal, enquanto instrumento potenciador de desenvolvimento humano, tende a conferir, com a otimização e partilha de recursos, maior alcance e significado a iniciativas conjuntas de melhoria das condições de vida das populações dos municípios dos países de língua oficial portuguesa. Os municípios da Amadora, Arraiolos, Cascais, Faro, Grândola, Loures, Maia, Marinha Grande, Miranda do Corvo, Moita, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal e Setúbal, tendo por base estes pressupostos, decidem aprofundar os laços que os unem e criar a Rede Intermunicipal de Cooperação para o Desenvolvimento nos termos dos presentes estatutos:

Capítulo I Princípios Gerais

Denominação, Sede, Composição, Duração e Objeto

Artigo 1.º Denominação

A Associação, pessoa coletiva de direito privado, sem fins lucrativos, tem a denominação de Rede Intermunicipal de Cooperação e Desenvolvimento.

Artigo 2.º Sede

A Associação tem a sua sede na Av. Elias Garcia, 7 – 1º, em Lisboa, podendo, por deliberação da Assembleia Intermunicipal, transferir a sua sede ou criar delegações na circunscrição administrativa territorial de qualquer um dos Municípios associados.

Artigo 3.º Composição

A Associação é composta pelos Municípios de Amadora, Arraiolos, Cascais, Faro, Grândola, Loures, Maia, Marinha Grande, Miranda do Corvo, Moita, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal e Setúbal, podendo ser alargada a outros Municípios.

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Artigo 4.º Duração

A Associação é constituída por tempo indeterminado.

Artigo 5.º Objeto

O objeto da Associação é a Cooperação Intermunicipal para o Desenvolvimento.

Artigo 6.º Fins

São fins da Associação:

a) Reforço do papel dos Municípios Portugueses enquanto agentes ativos de cooperação para o desenvolvimento; b) Promoção de sinergias entre projetos de Cooperação nacionais e internacionais como estratégia eficaz para a redução da pobreza e para alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio; c) Promoção da comunicação entre os Municípios a nível nacional e internacional, contribuindo para a boa governação a nível local; d) Troca de experiências e informações de natureza técnico-administrativa entre os seus membros; e) Promoção de Projetos de Cooperação conjuntos de natureza diversa; f) Promoção de Ações de Sensibilização e Educação para o Desenvolvimento.

Artigo 7.º Atribuições

Para a prossecução dos seus fins, a Associação desenvolve as seguintes atribuições:

a) Dinamização de Projetos de Cooperação para o Desenvolvimento; b) Promoção de Ações de Educação para o Desenvolvimento, nomeadamente de atividades em prol de uma Cidadania Global; c) Ações de Sensibilização das forças vivas do Município para uma participação mais ativa nos processos de desenvolvimento; d) Partilha de boas práticas a nível nacional e internacional, entre Municípios, Organizações Não Governamentais, Associações de Municípios; e) Ações de Formação e capacitação dos técnicos autárquicos dotando-os de instrumentos essenciais à elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação de projetos de Cooperação; f) Dinamização da Plataforma Virtual “Redes para o Desenvolvimento”.

Capítulo II Dos Associados

Artigo 8.º

Associados

1. Pode ser Associado qualquer Município, mediante proposta do Conselho Executivo, devidamente aprovada pela Assembleia Intermunicipal. 2. A adesão à rede será solicitada ao Conselho Executivo, por escrito, pela Autarquia proponente.

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3. É condição de admissão como Associado a aceitação plena dos compromissos e obrigações assumidas pela Associação anteriormente à sua admissão.

Artigo 9.º Direitos dos Associados

São direitos dos Associados:

a) Participar nas Assembleias Intermunicipais da Associação; b) Apresentar propostas e sugestões consideradas úteis ou necessárias à realização dos objetivos estatutários; c) Exercer o direito de voto nas Assembleias Intermunicipais da Associação; d) Eleger e ser eleito para os órgãos sociais da Associação; e) Participar nas atividades desenvolvidas pela Associação; f) Propor ao Conselho Executivo novos Associados; g) Exercer todos os poderes e faculdades previstos na lei, nos estatutos e nos regulamentos internos da Associação.

Artigo 10.º Deveres dos Associados

São deveres dos Associados:

a) Cumprir e fazer cumprir todas as normas estatutárias e regulamentares, bem como as deliberações dos órgãos sociais; b) Prestar à Associação toda a colaboração necessária para a execução dos seus objetivos e atividades; c) Desempenhar com zelo todos os cargos sociais para que foram eleitos; d) Participar nas atividades da Associação; e) Pagar as quotas que forem fixadas pela Assembleia Intermunicipal.

Artigo 11.º Obrigação de permanência

1. Após a integração na Associação, os municípios ficam obrigados a permanecer durante um período de três anos, sob pena de perderem todos os benefícios financeiros e administrativos e de não poderem integrar, durante um período de dois anos, outras associações com os mesmos fins. 2. Ao fim do período de três anos referido no número anterior, qualquer município pode abandonar da Associação, desde que a respetiva Assembleia Municipal delibere nesse sentido por maioria simples.

Artigo 12.º Condições de Saída

1. São causas de perda da condição de Associado: a) A renúncia, através de carta registada com aviso de receção, dirigido ao Presidente do Conselho Executivo; b) A exclusão por:

i. incumprimento das obrigações estatutárias; ii. faltas injustificadas a mais do que três Assembleias Intermunicipais consecutivas e cinco

interpoladas; 2. A saída produzirá efeitos a partir do décimo dia útil após a receção da comunicação prevista na alínea a) do número anterior.

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3. A perda de qualidade de Associado, pelos motivos indicados na alínea b) do número anterior, é determinada por deliberação da Assembleia Intermunicipal, mediante proposta fundamentada do Conselho Executivo, após facultar ao interessado a possibilidade de deduzir defesa. 4. A perda de qualidade de associado produz efeitos com a notificação da deliberação da Assembleia Intermunicipal.

Capítulo III Estrutura e Funcionamento

Secção I Disposições Legais

Artigo 13.º

Órgãos da Associação

1. A Associação funciona através dos seus órgãos. 2. São órgãos da Associação:

a) Assembleia Intermunicipal; b) Conselho Executivo; c) Conselho Fiscal.

Secção II

Da Assembleia Intermunicipal

Artigo 14.º Composição

1. A Assembleia Intermunicipal é o órgão deliberativo da Associação e é constituída pelos Presidentes de Câmara Municipal de cada uma das Autarquias Associadas. 2. Os Presidentes das Câmaras Municipais Associadas são, por inerência, membros da Assembleia Intermunicipal, podendo no entanto delegar a sua representação em qualquer Vereador ou Dirigente da autarquia a que pertençam. 3. A designação a que se refere o número anterior inclui obrigatoriamente a delegação ou subdelegação de competências dos poderes adequados para o efeito de vinculação dos Municípios representados, bem como a respetiva qualidade. 4. A duração do mandato dos membros da Assembleia Intermunicipal é igual à do mandato para os órgãos municipais, salvo se, por qualquer motivo, o membro deixar de pertencer ao órgão municipal que representa, caso em que será designado novo membro, que completará o mandato do anterior titular.

Artigo 15.º Mesa da Assembleia

1. Os trabalhos da Assembleia Intermunicipal são dirigidos por uma mesa, constituída por um Presidente, por um Vice-Presidente e por um Secretário. 2. Os membros da mesa são eleitos, no início de cada mandato, de entre os membros da Assembleia Intermunicipal, por meio de listas. 3. Nas faltas e impedimentos do Presidente é o mesmo substituído pelo Vice-Presidente e este pelo Secretário. 4. Na ausência do Secretário, deve o Presidente designar um membro da Assembleia para secretariar a reunião. 5. A designação para o cargo de Presidente da Mesa não pode recair sobre o Presidente do Conselho Executivo. 6. Compete ao Presidente da Mesa:

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a) Dirigir e moderar a Assembleia Intermunicipal de Associados; b) Assumir as atividades relativas ao processo eleitoral; c) Verificar a existência de quórum tanto no início da Assembleia Intermunicipal, com base

na contagem dos presentes e verificação da sua qualidade de Associado, como na altura de cada votação, com base no número de votos expressos;

d) Verificar em caso de delegação ou subdelegação o documento mencionado no n.º 3 do artigo anterior;

Artigo 16.º Competências da Assembleia Intermunicipal

1. Só os municípios associados podem exercer o direito de voto nas Assembleias Intermunicipais. 2. É da competência da Assembleia Intermunicipal deliberar sobre todos os assuntos que não sejam da competência específica dos outros órgãos da Associação. 3. É da exclusiva competência da Assembleia Intermunicipal:

a) Definir a política geral da Associação, em consonância com os fins consagrados nos presentes estatutos; b) Aprovar, sob proposta do Conselho Executivo, o plano de atividades, o relatório de atividades e a proposta de Orçamento e suas revisões, bem como apreciar e votar os documentos de prestação de contas; c) Aprovar a celebração de acordos de cooperação descentralizada com entidades terceiras, designadamente no âmbito da União Europeia e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa; d) Eleger os órgãos sociais de acordo com o regulamento interno; e) Aprovar o Regulamento Interno com vista a estabelecer regras de funcionamento interno da Associação, sob proposta do Conselho Executivo; f) Aprovar, sob proposta do Conselho Executivo, a adesão de outros municípios; g) Deliberar sobre as propostas apresentadas pelo Conselho Executivo; h) Deliberar, sob proposta do Conselho Executivo, a criação de uma quota e respetivo valor, de acordo com o n.º 4 do presente artigo; i) Aprovar, sob proposta do Conselho Executivo, a constituição de uma Comissão Científica, de acordo com os números 4 e 5 do presente artigo; j) Destituir os titulares dos órgãos da Associação; k) Deliberar sobre a alteração dos Estatutos, por iniciativa própria ou sob proposta do Conselho Executivo; l) Deliberar a exclusão de associados; m) Deliberar a extinção da Associação e definir o fim a dar ao património remanescente; n) Demandar os associados por factos praticados no exercício do cargo; o) Exercer as demais atribuições que lhe sejam cometidas pelos Estatutos ou pela Lei; p) Pronunciar-se sobre qualquer assunto de interesse para a Associação, emitindo as recomendações e tomando as decisões tidas por convenientes.

4. A deliberação de criação de uma quota anual, prevista na alínea h) do n.º 3 do presente artigo, e de fixação do respetivo valor, deve ser tomada por maioria qualificada de dois terços dos associados presentes. 5. A Comissão Científica, com carácter meramente consultivo, pode ser integrada por entidades coletivas ou pessoas singulares, que pelo seu reconhecido mérito profissional ou académico se distingam nas áreas em que a Associação atua. 6. As competências da Comissão Científica serão definidas através de regulamento interno.

Artigo 17.º Convocatórias

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1. A Assembleia Intermunicipal reúne ordinariamente duas vezes por ano, mediante convocação do Presidente da mesa. 2. A Assembleia Intermunicipal reúne extraordinariamente mediante proposta do Conselho Executivo ou a pedido de um conjunto de Associados não inferior a um terço da totalidade seus membros. 3. As reuniões da Assembleia Intermunicipal são convocadas com antecedência mínima de 10 dias úteis, por meio de ofício, ou relativamente aos membros que previamente comuniquem o seu consentimento para o efeito, por correio eletrónico com recibo de leitura, contendo a indicação do dia, hora e local da reunião e a respetiva ordem do dia.

Artigo 18.º Requisitos das deliberações

1. A Assembleia Intermunicipal funcionará, em primeira convocatória, quando estejam presentes a maioria do número legal dos seus membros. 2. Não se verificando na primeira convocatória o quórum previsto no número anterior, será convocada nova reunião, com intervalo de, pelo menos, trinta minutos, prevendo-se nessa convocação que a Assembleia delibere desde que esteja presente um terço dos seus representantes, em número não inferior a três municípios. 3. Qualquer Associado pode fazer-se representar por outro, mediante comunicação por escrito, acompanhada de credencial onde conste a verificação dos requisitos previstos no número 3 do artigo 14.º dos presentes Estatutos. 4. A comunicação do número anterior deverá ser dirigida ao Presidente da Mesa e recebida até ao dia da sessão, a qual será válida para uma única Assembleia, quer se efetue em primeira quer em segunda convocatória. 5. Salvo disposição legal em contrário, as deliberações da Assembleia Intermunicipal serão tomadas por maioria dos Associados presentes ou representados, com direito a voto, não contando as abstenções. 6. As deliberações sobre alterações aos Estatutos exigem o voto favorável de três quartos dos Associados presentes. 7. As deliberações sobre a extinção da Associação exigem o voto favorável de três quartos do número total de Associados. 8. De cada reunião deve ser lavrada ata que contenha um resumo do que de essencial nela se tiver passado, indicando, designadamente, a hora, a data e o local da reunião, os membros presentes e ausentes, os assuntos apreciados, as decisões e deliberações tomadas e a forma e o resultado das respetivas votações, bem assim o facto de a ata ter sido lida e aprovada. 9. As atas da Assembleia Intermunicipal serão elaboradas sob a responsabilidade do Secretário, que as assinará conjuntamente com os membros que compõem a Mesa. 10. As deliberações podem ser aprovadas em minuta, desde que tal seja decidido pela maioria dos membros presentes.

Artigo 19.º Deliberações Contrárias à Lei ou aos Estatutos

1. As deliberações da Assembleia Intermunicipal contrárias à lei ou aos estatutos seja pelo seu objeto, seja por virtude de irregularidades na convocação dos Associados ou no funcionamento da assembleia, são anuláveis. 2. A anulabilidade pode ser arguida, dentro do prazo de seis meses, pelo Conselho Executivo ou por qualquer Associado que não tenha votado a deliberação. 3. Tratando-se de Associado que não tenha sido convocado regularmente para a reunião da Assembleia, o prazo só começa a correr a partir da data em que ele teve conhecimento da deliberação.

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Secção III Do Conselho Executivo

Artigo 20.º

Composição

1. O Conselho Executivo, órgão executivo da Associação, é composto por 3 membros: um Presidente e dois Vice-presidentes. 2. O Conselho Executivo é eleito pela Assembleia Intermunicipal de entre os seus membros, mediante apresentação de lista. 3. A duração do mandato será de dois anos. 4. Os membros do Conselho Executivo cessam funções se, por qualquer motivo, deixarem de pertencer ao órgão do município que representam.

Artigo 21.º Competências

1. Compete ao Conselho Executivo praticar todos e quaisquer atos relativos à gestão da Associação, nos termos dos Estatutos ou de acordo com poderes conferidos por deliberação expressa da Assembleia Intermunicipal. 2. Compete-lhe, nomeadamente:

a) Representar e administrar a Associação; b) Gerir o património; c) Propor à Assembleia Intermunicipal o Regulamento Interno com vista a estabelecer regras de funcionamento interno da Associação; d) Elaborar e propor o Programa de Atividades e o Orçamento para o ano seguinte e dar-lhe execução após a aprovação em Assembleia Intermunicipal; e) Estabelecer contactos com vista à realização de protocolos de colaboração e acordos de cooperação ou propor a Associação com outras entidades de direito publico ou privado e dar-lhes a respetiva execução; f) Aprovar projetos com entidades terceiras no âmbito da União Europeia e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa; g) Elaborar o Relatório Anual e as Contas do Exercício e submetê-los à aprovação da Assembleia Intermunicipal, após parecer do Conselho Fiscal; h) Propor à Assembleia Intermunicipal a constituição de uma Comissão Científica; i) Submeter à apreciação da Assembleia Intermunicipal a admissão de Associados; j) Propor à Assembleia Intermunicipal a demissão ou suspensão de Associados, devidamente fundamentada; k) Propor à Assembleia Intermunicipal a criação de uma quota anual e respetivo valor; l) Constituir grupos de trabalho para a concretização de objetivos específicos no âmbito das atividades da Associação; m) Aprovar a constituição de um Secretariado técnico, de acordo com os números 4 e 5 do presente artigo; n) Indicar pessoas para execução de tarefas inerentes à concretização dos objetivos da Associação em regime de voluntariado ou remuneradas, desde que devidamente justificado; o) Propor à Assembleia Intermunicipal alterações aos estatutos; p) Aplicar as decisões da Assembleia Intermunicipal; q) Gerir a Associação em consonância com o Plano de Atividades e orçamento aprovados pela Assembleia Intermunicipal; r) Cuidar pelo cumprimento dos presentes Estatutos; s) Executar as ações inerentes à execução do Plano de Atividades.

3. Nos termos da alínea e) do número anterior, a Associação apoiará todos os seus membros em projetos de financiamento internacional, sendo que apenas os Municípios que apresentarem a candidatura /projeto ficarão responsáveis financeiramente.

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4. O Secretariado técnico terá como função a gestão corrente dos assuntos da Associação, sendo fixado expressamente no Regulamento Interno. 5. O Secretariado técnico apresentará ao Conselho Executivo, nos meses de Junho e Dezembro, um relatório sobre o modo como decorreu a gestão dos assuntos a seu cargo, podendo participar nas reuniões do Conselho Executivo e da Assembleia Intermunicipal, sem direito a voto.

Artigo 22.º Competência do Presidente do Conselho Executivo

1. É da competência do Presidente do Conselho Executivo:

a) Representar ou fazer-se representar por outro membro do Conselho Executivo, a Associação em juízo e fora dele; b) Convocar as reuniões do Conselho Executivo e propor a convocação da Assembleia Intermunicipal; c) Cumprir e fazer cumprir as decisões da Assembleia Intermunicipal e do Conselho Executivo e assegurar o bom funcionamento da Associação; d) Autorizar o pagamento de despesas aprovadas pelo Conselho Executivo; e) Exercer os demais poderes estabelecidos por lei, pelos presentes estatutos ou por deliberação do Conselho Executivo.

2. O Presidente do Conselho Executivo pode delegar o exercício das suas competências nos demais membros do Conselho Executivo. 3. A todos os membros do Conselho Executivo compete coadjuvar o Presidente na sua ação, sendo que o Presidente designa o vice-presidente, que o substitui nas suas faltas e impedimentos.

Artigo 23.º Reuniões

1. O Conselho Executivo reúne mediante convocação do seu Presidente, por iniciativa própria ou mediante requerimento dos Vice-Presidentes. 2. O Conselho Executivo reúne ordinariamente uma vez por trimestre, em dia e hora previamente acordados entre os seus membros. 3. A convocatória está dispensada sempre que o Conselho Executivo deliberar a fixação antecipada das datas das sua reuniões ou quando estejam presentes todos os seus membros. 4. O Conselho Executivo delibera sempre que estiverem presentes mais de metade dos seus membros, devendo essas deliberações ser tomadas por maioria de votos dos titulares presentes, não se contando as abstenções tendo o Presidente, além do seu voto, direito a voto de desempate. 5. Por cada reunião é lavrada uma ata e assinada por todos os que nela tenham participado

Artigo 24.º Vinculação da Associação

1. A Associação vincula-se com a assinatura de:

a) Presidente do Conselho Executivo e de um Vice- Presidente; b) Dos dois Vice-Presidentes, no impedimento do Presidente.

2. Nos atos de mero expediente, é suficiente a assinatura do Presidente ou de um dos Vice-Presidentes.

Secção IV Órgão de Fiscalização

Artigo 25.º

Conselho Fiscal

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A fiscalização da atividade da Associação compete a um Conselho Fiscal, constituído por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário, eleitos pela Assembleia Intermunicipal por um período de dois anos.

Artigo 26.º Competências do Conselho Fiscal

Compete ao Conselho Fiscal:

a) Dar parecer sobre os projetos de orçamento e das suas revisões, bem como sobre o relatório de contas;

b) Fiscalizar os atos dos órgãos e serviços da Associação nos domínios financeiro e patrimonial;

c) Pronunciar-se sobre assuntos que lhe forem apresentados pelo Conselho Executivo d) Assistir, a seu pedido ou mediante convocatória, às reuniões do Conselho Executivo, sem

direito a voto.

Artigo 27.º Reuniões

1. O Conselho Fiscal terá duas reuniões ordinárias anuais, nomeadamente para dar parecer sobre os projetos de orçamento e das suas revisões, bem como sobre o relatório de contas, devendo estas ter lugar em período prévio ao envio destes documentos para os membros da Assembleia Intermunicipal. 2. O Conselho Fiscal reunirá extraordinariamente sempre que necessário, devendo para o efeito ser convocadas pelo Presidente, a pedido do Conselho Executivo. 3. O Conselho Fiscal delibera por maioria absoluta de votos dos titulares presentes.

Capítulo IV Do Património

Artigo 28.º Património

1. Constitui património da Associação:

a) Os bens e direitos adquiridos ou transferidos para a Associação a qualquer título; b) O produto de serviços prestados pela Associação; c) O produto das atividades destinadas a arrecadar receitas; d) As receitas das quotas dos Associados, caso existam; e) As contribuições e donativos de qualquer organismo que deseje contribuir para a

Associação; f) O produto das transferências de receitas dos Municípios desde que aprovadas pela

Assembleia Intermunicipal; g) Quaisquer outras receitas permitidas por lei.

2. Um Associado que perca a condição de membro não terá direito a receber a sua participação no património da Associação, nem poderá solicitar o ressarcimento referente à sua parte no Património da Associação. 3. Constituem despesas da Associação os encargos resultantes da prossecução dos seus fins específicos que lhe estão confiados, assim como os decorrentes da manutenção e do funcionamento dos seus órgãos e serviços.

Capitulo V Da Extinção da Associação

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Artigo 29.º Causas de Extinção

A Associação extingue-se: a) Por deliberação da Assembleia Intermunicipal; b) Pelas causas estabelecidas na legislação vigente.

Artigo 30.º Efeitos da Extinção

1. Extinta a Associação, os poderes dos seus órgãos ficam limitados à prática dos atos meramente conservatórios e dos necessários quer à liquidação do património social, quer à utilização dos negócios pendentes. 2. Pelos atos restantes e pelos danos que deles advenham à Associação respondem solidariamente os associados que os pratiquem. 3. Pelas obrigações que os Diretores contraírem, a Associação só responde perante terceiros se estes estiverem de boa-fé e à extinção não tiver sido dada a devida publicidade.

Artigo 31.º Destino do Património Remanescente

Em caso de extinção da Associação, a Assembleia Intermunicipal nomeia uma pessoa ou entidade que liquide as contas da Associação com o património entretanto adquirido, podendo destinar o valor remanescente a uma Associação com fins não lucrativos que tenha uma finalidade idêntica ou similar.

Artigo 32.º Apreciação e Julgamento das Contas

1. As contas da Associação estão sujeitas a apreciação e julgamento pelo Tribunal de Contas, nos termos da respetiva lei de organização e processo. 2. Para efeitos do número anterior, devem as mesmas ser enviadas pelo Conselho Executivo ao Tribunal de Contas, dentro dos prazos estabelecidos para as Autarquias Locais. 3. As contas são ainda enviadas às Assembleias Municipais dos Municípios associados, para conhecimento destas, no prazo de um mês após a deliberação de apreciação e votação pela Assembleia Intermunicipal.

Capítulo VI Disposições Finais

Artigo 33.º

Regime jurídico aplicável

A Associação rege-se pelas disposições do direito privado e ainda pelas seguintes disposições:

a) Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas; b) Código dos Contratos Públicos; c) Lei de organização e processo do Tribunal de Contas; d) Regime jurídico da tutela administrativa. Documentos anexos a esta proposta: • Proposta da Divisão das Migrações e Cidadania – 2012.10.04 – anexo n.º 516/2012.

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O Proponente A Vereadora do Pelouro dos Recursos Humanos, Modernização Administrativa e Ação Social

Corália Maria Mariano de Almeida Sargaço Loureiro.” Submetida a votação, foi a proposta aprovada por unanimidade e em minuta, ficando os documentos mencionados arquivados no respetivo processo. *Supra intervenção da Senhora Vereadora Corália Loureiro. 5.Deliberação n.º 243/2012 – CMS - PROCESSO DISCIPLINAR N.º 13/DRH/2012. RELATÓRIO E DECISÃO FINAL. APROVAÇÃO. Proposta: Pelouro dos Recursos Humanos, Modernização Administrativa e Ação Social “Por meu despacho datado de 18 de maio de 2011, foi instaurado processo disciplinar à trabalhadora Magda Isabel Rafael Oliveira. Por meu despacho de 26 de março de 2012 foi apenso aquele o meu despacho de 16 de fevereiro de 2012 que ordenou a abertura do processo disciplinar por violação do dever de assiduidade contra a trabalhadora Magda Isabel Rafael Oliveira. Findo o processo, a instrutora elaborou o relatório final, que aqui dá por integralmente reproduzido, onde propõe a aplicação da pena de demissão, prevista no n.º 5 do art.º 10º da Lei n.º 58/2008, de 9 de setembro. Apreciado o processo, bem como o relatório final, junto a fls. 101 a 108 do processo disciplinar, e com ele concordando, adiro ao mesmo, pelo que nos termos do n.º 4 do art.º 14º do Estatuto Disciplinar dos Trabalhadores que Exercem funções Públicas, se submete à apreciação da Câmara Municipal a proposta de aplicação à arguida Magda Isabel Rafael Oliveira da pena de demissão, por violação do dever de assiduidade, e por se considerar que a infração disciplinar imputável à trabalhadora implica a inviabilização da manutenção da relação funcional.

O Proponente A Vereadora do Pelouro dos Recursos Humanos, Modernização Administrativa e Ação Social

Corália Maria Mariano de Almeida Sargaço Loureiro.” Submetida a votação, foi a proposta aprovada por unanimidade e em minuta com onze votos a favor, através de escrutínio secreto. 6. Deliberação Nº 244/2012 – CMS – APROVAÇÃO CONDICIONADA DE PROJETOS DE ARQUITETURA PARA CONSTRUÇÃO DE CENTRAL SOLAR FOTOVOLTAICA. REQUERENTE: CSNSP 371 – UNIPESSOAL, Lda., CSNSP 441 – UNIPESSOAL, Lda. E CSNSP 442 – UNIPESSOAL, Lda.. PROTOCOLO DE INVESTIMENTO A CELEBRAR ENTRE O MUNICÍPIO DO SEIXAL E CSNSP 371 – UNIPESSOAL, Lda., CSNSP 441 – UNIPESSOAL, Lda. E CSNSP 442 – UNIPESSOAL, Lda.. APROVAÇÃO DE MINUTA. PROCESSOS Nº 2/C/2012, 5/C/2012 E 6/C/2012. APROVAÇÃO. Proposta: Pelouro do Urbanismo e Fiscalização Municipal “Na sequência de parecer do DPTGU, ambos de 8.11.2012, propõe-se que a Câmara Municipal do Seixal delibere:

a) Aprovar os projetos de arquitetura apresentados no âmbito dos processos nº 2/C/2012, 5/C/2012 e 6/C/2012, condicionado ao cumprimento do referido nos pareceres acima indicados;

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b) Aprovar minuta de protocolo de investimento a celebrar no âmbito dos referidos processos;

c) Conceder poderes ao Senhor Presidente para assinar o referido protocolo. Documentos anexos:

• Protocolo de investimento – anexo nº 523/2012 • Parecer do DPTGU do proc. nº 2/C/2012 – anexo nº 524/2012 • Parecer do DPTGU do proc. nº 5/C/2012 – anexo nº 525/2012 • Parecer do DPTGU do proc. nº 6/C/2012 – anexo nº 526/2012.

O Proponente

O Vereador do Pelouro do Urbanismo e Fiscalização Municipal Jorge Osvaldo Dias dos Santos Gonçalves”

Submetida a votação foi a proposta aprovada por maioria e em minuta com sete votos a favor, do Senhor Vice - Presidente Joaquim Cesário Cardador dos Santos e dos Senhores Vereadores Corália Maria Mariano de Almeida Sargaço Loureiro, Joaquim Carlos Coelho Tavares, Vanessa Alexandra Vilela da Silva, Jorge Osvaldo Dias Santos Gonçalves, José Carlos Marques Gomes, Luís Manuel Rendeiro Cordeiro e quatro abstenções dos Senhores Vereadores Samuel Pedro da Silva Cruz, Helena Maria Parreira Domingues, Eduardo Manuel Rodrigues e Paulo Edson Borges Carvalho da Cunha, ficando os documentos mencionados arquivados no respetivo processo. O Senhor Vereador Jorge Gonçalves, cumprimentou os presentes e começou por fazer uma breve introdução em relação aos pontos do pelouro, dizendo que o ponto seis correspondia ao passo que se seguia em relação aos procedimentos que já se tinham desenvolvido referentes à construção da estação fotovoltaica. Acrescentou que o que se proponha era a aprovação dos projetos de arquitetura, assim como o protocolo de investimento que fora acordado entre as sociedades que iriam construir a central e a Câmara Municipal. Ainda sobre este assunto deixou mais duas notas, uma referente à questão da aprovação dos projetos de arquitetura, esclarecendo que esta aprovação condicionada refletia-se essencialmente por razões que tinham a ver com questões da legitimidade em relação à apresentação dos projetos, mas também com a delimitação das áreas de cada uma das centrais e dos contratos de direito de superfície que cada um deles tinha em relação ao privado. A segunda já em relação à questão do protocolo referindo que julgava que até pelos seus considerandos se percebia a pertinência da existência desse protocolo, principalmente tendo em conta alguma fragilidade de infraestruturas na envolvente da central. Acrescentou que esta fora uma questão que desde a primeira hora estivera em cima da mesa e que permitira que à data de hoje, juntamente com os projetos de arquitetura, se pudesse propor este protocolo. Referiu que o que se pretendia era que a empreitada que lhe estava subjacente acontecesse ao mesmo tempo que a construção das centrais. Quanto ao ponto sete referiu que, na prática, era uma aprovação referente ao reconhecimento de interesse público municipal e dispensa de pagamento de taxas em relação ao Centro Paroquial de Assistência Social de Fernão Ferro, no que dizia respeito à construção da creche e jardim-de-infância. Sobre o ponto oito esclareceu tratar-se da redução do valor da caução das obras de infraestruturas do Pinhal Conde da Cunha, nas zonas de reconversão e finalmente o ponto nove configurava a aprovação das condições para a emissão de alvará de loteamento, sito na Quinta das Laranjeiras. Recordou que as condições de alvará estavam de acordo com aquilo que também fora o estudo de loteamento já aprovado. A Senhora Vereadora Helena Domingues, relativamente a este ponto recordou que aquando da discussão da suspensão do PDM tinha levantado uma série de questões, referindo que o processo, sobretudo do ponto de vista ambiental não lhe parecia, suficientemente instruído.

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Mais recordou que lhe tinha sido respondido que se tratava da suspensão do PDM para se poder desenvolver o projeto e que essas questões seriam posteriormente estudadas, aprofundadas e seriam trazidas aqui. Nesse sentido quando fora consultar a documentação agora distribuída estava à espera que, sobretudo a questão ambiental, viesse realmente bem fundamentada, até porque achava que a questão de fundo que se levantava ou aquela que se poderá levantar com a implementação daquele projeto era a questão ambiental. A verdade era que se dúvidas tinha, com dúvidas ficara porque a fundamentação que aqui era apresentada, toda ela era elevada em dúvidas e portanto não servia para as dissipar, mas sim para as acentuar. Referiu que a primeira dúvida para começar era quem eram estas três entidades, as requerentes C.S.N.S.P. 371, Unipessoal, C.S.N.S.P. 441, Unipessoal, C.S.N.S.P. 442, Unipessoal, não existindo qualquer elemento que levasse à identificação de quem estava por detrás destas entidades, aliás no protocolo dizia que era procurador, mas não se dizia procurador de quem ou quem era o procurador. Por outro lado referiu-se ao relatório ambiental onde se dizia que a descrição do projeto era muito resumida, não apresentando elementos fundamentais para a caracterização da instalação fotovoltaica proposta, como por exemplo o número e o tipo de módulos fotovoltaicos, especificidades técnicas e o número de equipamentos associados, ou seja o documento não continha as especificações técnicas, elétricas e mecânicas, sendo que o restante conteúdo do documento continuava a adensar estas dúvidas, podendo ler-se por exemplo: “o uso do solo que face ao exposto e aos considerandos que vem considera-se que a avaliação das incidências do presente escritor foi desprezada no sentido em que a alteração é total e apenas reversível em face da central foto elétrica”. Observou que também em relação ao ambiente sonoro existiam algumas considerações interessantes, sendo que se proponha que toda a instalação fosse motorizada por um sistema de gestão ambiental, o qual nem no protocolo, nem nas posteriores informações se verificava que seria implementado ou sequer quais eram as entidades que o fariam. Referiu que se podia ainda ler neste relatório, em síntese e em jeito de conclusão, que: “os impactos positivos não foram enfatizados, nem quantificados, no âmbito da justificação do projeto e da viabilidade ambiental e socio económica do mesmo”. Perante o exposto referiu que as dúvidas que tinham inicialmente em relação a este projeto e que eram sobretudo do impacto ambiental que aquela zona por excelência arborizada do concelho iria sofrer, não tinham sido dissipadas, antes pelo contrário tinham aprofundado a convicção inicial de que este projeto ainda que sendo de interesse nacional, e aliás o PS enquanto fora governo tivera uma ação importante na implementação das energias renováveis, da energia verde, tinha consequências em concreto na sua instalação. Sublinhou que com a instalação deste projeto para produção de energias renováveis se estava a destruir uma zona verde nobre do concelho, recordando que na anterior reunião tinha sido aprovada, exatamente para o lado oposto, a implementação de um outro projeto de cabos para a instalação de uma central de transmissão de dados. Observou que o Senhor Presidente da Câmara dissera que eram só três mil metros, mas que de três mil metros, em três mil metros se ia destruindo a zona verde do concelho, sendo que era interessante perceber-se quais eram as vantagens desta instalação para o concelho, até porque no protocolo, na fundamentação constante da página dois se dizia: “que, em virtude das boas perspetivas de desenvolvimento económico e social para o Município do Seixal resultantes da construção e operação das Centrais Solares Fotovoltaicas”. Repetiu que pretendia saber quais eram estas boas perspetivas de desenvolvimento e o que trazia este projeto, de positivo, ao Município do Seixal. Depois e ainda sobre o protocolo referiu que também, em termos de mão-de-obra e sede das sociedades se liam algumas coisas curiosas, dando o exemplo do no ponto 5.1 onde se dizia: “Preferência de contratação – Durante a fase de operação das Centrais Solares Fotovoltaicas, as Sociedades comprometem-se a contratar preferencialmente trabalhadores residentes no Município do Seixal”, referindo que era algo apenas para ficar bem no protocolo porque em rigor isto não

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obrigava ninguém a nada, esta coisa do “comprometem-se a contratar preferencialmente”, era inócua, como qualquer jurista sabia. Mais referiu que a alteração das sedes também era curiosa prevendo-se que: “durante a fase de construção das Centrais Solares Fotovoltaicas, as Sociedades comprometem-se a alterar a sua sede para a morada no Município do Seixal”, perguntando o que aconteceria quando estivesse acabada a fase de construção. Terminou dizendo que, para já, ficava por aqui aguardando esclarecimentos. O Senhor Vereador Luís Cordeiro, sobre este ponto referiu que iria acrescentar algumas coisas que a Senhora Vereadora Helena Domingues não dissera porque algumas das questões que iria abordar já tinham sido colocadas. Começou por referir que na proposta apresentada se dizia: “aprovar os projetos de arquitetura apresentados”, mas que na documentação distribuída não constavam os projetos, tendo por isso alguma dificuldade em aprovar projetos que desconhecia. Por outro lado referiu que estes projetos estavam condicionados, nomeadamente à apresentação das respetivas escrituras, comprovativos e registos junto da conservatória do registo predial competente, até à emissão do respetivos alvarás de licença de construção para as operações urbanísticas em causa. Depois referiu que este relatório ambiental arrasava completamente isto, mas a todos os níveis, em todos os pontos, colocando muito em causa que a obra pudesse ser realizada desta maneira. De seguida realçou a existência de um outro elemento, esse sim que achava fundamental e poderia garantir que as apreciações feitas no relatório ambiental fossem minimizadas e implantada a obra com alguma garantia, que era a questão da implementação de um sistema de gestão ambiental, especialmente na fase da construção, momento de maior impacto. Pela importância deste elemento perguntou se a autarquia iria seguir esta orientação e se sim quem o iria fazer e gerir e que elementos seriam intervenientes neste sistema de gestão ambiental. Perguntou ainda se a Câmara já tinha feito um contacto com as populações envolventes, que habitavam lá naquela zona, até porque existiam concretamente implicações no ambiente sonoro e até no clima e uma alteração em termos do ruído provocado por um conjunto de equipamentos e de máquinas que estariam em funcionamento na execução da obra. Outra questão que considerava também importante era a questão das vantagens, para além naturalmente dos impactos positivos do fornecimento de energia elétrica através de uma fonte renovável, impacto positivo significativo no âmbito local, regional e nacional, tendo conta contribuirá para a produção elétrica nacional. Reforçou que existiria sempre impacto ambiental, que aquilo que estava ali naquele local iria deixar de existir, pelo que era preciso avaliar as mais-valias comparativamente aos impactos negativos. Sublinhou que iria existir movimentação dos solos, desmatação e, naturalmente, durante o período de construção iriam andar muitas poeiras no ar o que provocaria em termos de clima alguma alteração, acrescentando também a questão do ruído. Observou que tudo isso eram situações a ter em linha de conta, sendo fundamental este sistema de gestão ambiental que deveria ser desenvolvido por alguém externo, ou até por alguma organização de proteção ambiental que fizesse o acompanhamento deste sistema de gestão ambiental, alguém completamente alheio, nem o executor da obra, nem alguém da autarquia que a aprovara. O Senhor Vereador Jorge Gonçalves, primeiro deixou uma nota prévia esclarecendo que nunca se juntava as peças documentais de todos os projetos que eram apresentados, eles estavam no processo enviado ao GAOA, mas nunca se duplicavam, até porque se estava a falar de alguns volumes. Sublinhou que todos os documentos estavam disponíveis para serem consultados. Depois salientou que as preocupações aqui colocadas correspondiam a todas aquelas que a própria Câmara tinha colocado para a elaboração destes projetos, pelo que achavam que as preocupações eram legítimas.

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Quanto às questões em concreto esclareceu que em relação ao protocolo, não tinha referiu todos os pontos dos considerandos, mas que ele era clarificador, quer do processo desenvolvido no âmbito da Câmara, quer no que fora acordado com os promotores da central fotovoltaica e era muito específico. Mais esclareceu que no considerando número seis se podia ler que as sociedades tinham sido constituídas pela Neoen, exatamente aquela a quem o governo de Sócrates tinha vendido esta capacidade, não havendo nada a esconder, estava expresso. Por outro lado referiu que o que estava em causa na minuta deste protocolo eram também as preocupações, na prática, extra central fotovoltaica e que estavam no âmbito dos pareceres e foram sendo tratadas com os promotores. Observou que para que estas tivessem algum nível de execução eram protocolados, junto com a apreciação dos projetos. Depois em relação às preocupações dos senhores vereadores que tinham colocado referiu que eram todas legítimas, mas chamava a atenção para o facto das referências que tinham feito não serem do relatório ambiental, mas sim da apreciação da própria Câmara em relação às propostas sendo que a informação em causa era datada de vinte e um de setembro de dois mil e doze, sendo que posteriormente, a nove de novembro eram juntas informações a referir quais os aspetos que tinham sido resolvidos, sendo por isso que se considerava estarem verificadas as condições para aprovar os projetos de arquitetura. Referiu ainda que também se dizia quais os projetos de especialidades que deviam ser desenvolvidos, em concreto o desmatamento, árvores existentes a preservar, planificação e implementação do estaleiro, bem como os locais de depósito, projetos de integração paisagísticos, cronograma e execução da obra e acautelamento do acompanhamento com o tal sistema de gestão ambiental. Sobre este sistema referiu que naturalmente que devia ser feito por uma equipa técnica credenciada e entregue à Câmara para ser apreciado e que quem o tinha que apreciar em sede de projeto de especialidades era a própria Câmara, que tinha que estar de acordo com ele. Referiu que na própria proposta que vinha a reunião de Câmara se proponha aprovar os projetos de arquitetura apresentados no âmbito dos processos nº 2/C/2012, 5/C/2012 e 6/C/2012, sendo que a maior parte das questões que os senhores vereadores aqui colocaram eram questões, preocupações que a própria Câmara tinha levantado e que tinham sido respondidas entre o dia vinte e um de setembro e o dia nove de novembro. Acrescentou que tal estava refletido nas informações, sendo que também as questões sonoras, em relação à central, nas informações se dizia especificamente que tinham de ser acauteladas no quadro da construção da central. Salientou que no processo também se referia claramente a monotorização dos primeiros seis meses de exploração, sendo que em relação à questão do impacto paisagístico numa zona arborizada por excelência, uma zona nobre, esclareceu que se estava a falar de uma área essencialmente de eucaliptos, com alguns pinheiros e poucos sobreiros que eram todos mantidos no âmbito da proposta e tinham sido compatibilizados. Observou que a zona até mais arborizada do ponto de vista de interesse, que era a parte de pinheiros, nem sequer teria afetação de uso por parte da central fotovoltaica, sendo todo o eixo principal de ocupação precisamente a zona onde estavam os eucaliptos. Uma última nota para a questão da população, questão pertinente, sendo que o que estava pensado era, mesmo antes de estar aprovados os projetos de especialidades, mas já os tendo, realizar então esse contacto com a população. O Senhor Vereador Joaquim Tavares, realçou o facto da autarquia ter, desde logo, levantado uma série de questões, de preocupações e em especial as relacionadas com as questões ambientais. Realçou ainda o facto de terem sido essas questões colocadas pela Câmara que depois tinham motivado as intervenções dos senhores vereadores, questionando sobre as mesmas matérias e ajudando até a afirmar que se estava nisto de forma desinteressada, com o único interesse que era trazer energia limpa para o concelho e poder também contar com as mais-valias decorrentes deste negócio para o concelho.

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Referiu por outro lado que se tinham de separar dois tempos distintos, um primeiro tempo que era o tempo das obras e um segundo tempo que era o do funcionamento da própria central e no que dizia respeito ao funcionamento da central, referiu que na Quinta do Anjo existia uma urbanização que fora projetada pelo Senhor Nogueira, que era uma coisa de luxo e que estava separada por uma rua, de duas faixas, de uma central instalada, sugerindo que se visitasse esse espaço. Depois observou que já vira mais entusiasmo da parte dos senhores vereadores relativamente a esta central, entendendo que não se podia desassociar do contributo que esta central tinha para a redução de emissões de CO2, uma questão fundamental que se colocava quer no plano concelhio, quer regional e nacional e que faria do concelho um exemplo. Recordou que o Município tinha aderido ao Pacto de Autarcas e aos compromissos de Aalborg, tendo objetivos claros nesta matéria, sendo que esta central também iria contribuir para alcançar esses objetivos. Terminou dizendo que com a construção da central se teriam energias limpas produzidas no concelho equivalentes a trinta mil habitações e que se se considerasse que o número de contadores de água seriam, à volta, de oitenta mil, dava-se assim uma imagem da amplitude, da equivalência em habitações que seriam fornecidas por energias limpas. O Senhor Vereador Luís Cordeiro, respondendo de imediato ao Senhor Vereador Joaquim Tavares esclareceu que da sua parte não havia menos entusiasmo em relação a esta central fotovoltaica, sendo que também tinha feito referência à existência de fatores positivos na instalação deste equipamento. Referiu que em qualquer processo em que se intervinha numa situação ambiental havia sempre ganhos e perdas tendo de se fazer a avaliação dentro desses dois elementos que depois permitiria tomar a decisão de avançar ou não com determinado projeto. Acrescentou que não havia intervenção que o homem fizesse no ambiente que não provocasse alteração do mesmo, a questão era saber até que ponto a alteração que se fazia poderia, de alguma maneira, ser minimizada e ser compensada de outra forma. Por outro lado salientou que o Senhor Vereador Joaquim Tavares tinha dado uma informação que ele não tinha e não constava do relatório ambiental, acrescentando que o Senhor Vereador dissera que se iria abastecer trinta mil habitações, situação que desconhecia. Repetiu que era fundamental definir-se como seria “acautelado o acompanhamento ambiental da obra através de um sistema de gestão ambiental”, referindo que gostaria de ser informado melhor sobre em que consistia este sistema de gestão ambiental, quem o componha e que competências teria. Referiu que para si a parte ambiental mais intrusiva seria sem dúvida nenhuma a construção, não tendo dúvida que esse seria o grande problema da questão porque depois de estar construída e de estar a funcionar sabia que o ruído não existiria e que as condições climatéricas não seriam alteradas, ou a serem, seria pouco. Quanto à questão da envolvente da central e da agressão visual paisagística, referiu que era fundamental que o espaço da central fosse envolvido por uma situação arbórea para que não se tivesse a perceção direta daquilo que estava por trás de um conjunto de arvoredo mais visível e na própria zona de implementação dos painéis solares, seria importante uma zona de arborização térrea, uma vegetação do tipo mediterrânea, rasteira que na base inferior dos painéis solares permitisse fixar o solo. A Senhora Vereadora Helena Domingues, referiu que no fundo as questões que queria levantar já tinham sido colocadas pelo Senhor Vereador Luís Cordeiro, mas que relativamente ao entusiasmo ele era exatamente o mesmo e as suas dúvidas eram também exatamente iguais ao que tinha expressado na primeira intervenção. Referiu que no parecer de nove de novembro se dizia que deviam ser entregues uma série de elementos, tratando-se de propostas mas que não estavam concretizadas, sendo que o Senhor Vereador Joaquim Tavares dissera que se tratavam de trinta mil habitações, mas depois tinha acrescentado que a energia era produzida pelas três entidades envolvidas.

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Observou que no processo não se quantificava, pelo que se havia dados então era preciso saber quais eram. Salientou que compreendia a questão em termos nacionais, de desígnios nacionais e do plano estratégico de energia, mas que não era membro do Governo, não era deputada nacional, mas sim vereador deste concelho e que se preocupava com a população deste concelho e com as pessoas que ali viviam. Acrescentou que a preocupava o impacto que esta construção e a exploração e manutenção desta central iria ter sobre aquela população. Terminou dizendo que gostava de saber qual era o impacto, quais as medidas minimizadoras desse impacto e quais os benefícios para a população e para o concelho, acrescentando que continuava a ter muitas dúvidas sobre os impactos que aquela população residente iria ter. O Senhor Vereador Jorge Gonçalves, em relação à questão referente à produção de energia elétrica esclareceu que os números que o Senhor Vereador Joaquim Tavares tinha apontado tinham a ver com a capacidade de potência que em conjunto tinha em conta, naturalmente, os valores parciais, sendo que se perspetivava uma produção equivalente a dez mil fogos. Depois e em relação à questão do sistema de gestão ambiental, referiu que lhe parecia uma questão pertinente e que por isso mesmo fora colocada como algo que devia ser entregue, voltando a esclarecer que todas as questões referentes ao relatório ambiental que não faziam parte do parecer de nove de novembro tinham sido resolvidas de acordo com o parecer do dia vinte e um de setembro. Esclarecei ainda que as preocupações transpostas para o âmbito do parecer do dia nove de novembro tinham sido aquelas que deveriam ser pedidas em sede de projeto de especialidades, de onde vinha a questão do sistema de gestão ambiental associada ao período de obra. Sublinhou que o sistema de gestão ambiental estava bem regulado, quer do ponto legislativo, quer de normas a que tinha que responder, não sendo algo que tinham inventado mas que estava previsto na legislação e inclusive o acompanhamento de obras. Depois e por último colocou uma questão em relação aos impactos para que se tivesse a clara noção do que se estava a discutir e para não se falar de coisas que não tinham significado, referindo que as preocupações que a Senhora Vereadora colocara em relação aos impactos no âmbito da população envolvente e o próprio impacto eram ínfimos quando comparados com os efeitos que o despacho do Primeiro-Ministro José Sócrates tivera sobre a área de reserva de recursos hidrológicos que abrangia todo o resto, toda a envolvente daquela zona, toda a área que existia em solo rural. Recordou que se estava a discutir a implementação de uma central fotovoltaica que, voltava a dizer e que os senhores vereadores também já tinham referiram, não gerava ruídos ou impacto de poluição. Referiu ainda que outra das preocupações fora a questão do impacto paisagístico, que era real e a definição de medidas concretas de minimização. Referiu ainda que as preocupações colocadas até podiam ser legitimas, mas que esta central comparada com o resto da zona, com a área de reserva para recursos hidrológicos, de areeiros, desde a Verdizela e Marisol até Belverde, era comparar coisas da escala do micro para a escala do ano luz. Terminou dizendo que as preocupações eram legítimas e, por isso mesmo, tinham sido identificadas e salvaguardadas, registando que não tinham sido colocadas outras preocupações que não aquelas que também já estavam todas identificadas pela Câmara, considerando-as não só legítimas como respondidas. Acrescentou que o resto teria, naturalmente, que ser respondido em sede de projetos de especialidades. O Senhor Vereador Joaquim Santos, para concluir referiu que se tratava de um projeto estratégico para o Município, com mais-valias ambientais e que tinha os impactos negativos, de certa forma, condicionados, sendo que a Câmara acompanharia o processo em todas as suas fases.

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A Senhora Vereadora Helena Domingues, declarou que o PS, considerando as explicações apresentadas, mas também o adensar das dúvidas que todo este processo trazia, se iria abster. Referiu que apesar do Senhor Vereador Jorge Gonçalves dizer que todas aquelas questões levantadas da análise do relatório ambiental estavam resolvidas por este parecer dos serviços de nove de novembro, a verdade era que tal não lhes parecia. Observou que todos os elementos que deveriam ser entregues tinham muito a ver com as preocupações colocadas de impacto ambiental e portanto não estava resolvido. Como na estava resolvida esta questão do sistema de gestão ambiental, que entendiam de primordial importância no acompanhamento de todo este processo. Terminou dizendo que a única coisa que os movia a não votar contra era o interesse nacional que este projeto apresentava e o interesse no desenvolvimento da chamada energia verde em Portugal, como forma de minimizar os impactos ambientais das outras formas de energia. O Senhor Vereador Paulo Cunha, referiu que tendo em conta a aprovação condicionada, o designado como interesse estratégico municipal relacionado com questões ambientais e de poupança, neste caso de produção de energia limpa, tendo em conta ainda o interesse nacional também evocado no próprio projeto e os números transmitidos, os tais dez mil fogos que seriam servidos diretamente por esta central, seria levado a votar favoravelmente. Por outro lado referiu que, todas as dúvidas de impacto ambiental e sobretudo um impacto momentâneo durante o período da obra e também o impacto paisagístico que dai decorria, pesa embora as respostas aqui dadas, o levariam a votar contra. Perante o exposto considerando as duas situações, quer a positiva, quer a negativa manteria a sua votação anterior de abstenção. Justificou ainda esta abstenção pelo facto do Senhor Vereador Jorge Gonçalves ter referido que muitas destas questões seriam apenas respondidas com a entrega dos projetos de arquitetura na especialidade, estando-se por isso a passar um cheque em branco. O Senhor vereador Luís Cordeiro, voltou a referir a importância do sistema de gestão ambiental, sendo que era quando a obra estivesse, efetivamente, a ser executada que essas situações seriam concretizadas ou não. Observou que mais tarde gostaria de ter mais algumas informações acrescidas acerca deste sistema de gestão ambiental. Referiu igualmente que gostaria de ser informado previamente das datas e dos locais em que a reunião com a população se realizaria porque gostaria de acompanhar essas reuniões e ouvir as populações. Terminou dizendo que o seu voto final era favorável. O Senhor Vereador Joaquim Santos, colocou apenas à consideração uma correção de pormenor na deliberação que tinha a ver com a data do parecer jurídico e do parecer do DPGU, estando referido na proposta que eram ambos de oito de novembro quando, na verdade, o parecer jurídico era de oito de novembro e o parecer do DPGU era do dia nove de novembro. Estando todos de acordo deu a deliberação, com esta precisão, como aprovada por maioria. 7. Deliberação nº 245/2012 – CMS – CONSTRUÇÃO DO EDIFÍCIO DO CENTRO PAROQUIAL DE BEM-ESTAR SOCIAL DE FERNÃO FERRO, SITO EM REDONDOS, FREGUESIA DE FERNÃO FERRO. RECONHECIMENTO DE RELEVANTE INTERESSE PÚBLICO MUNICIPAL E DISPENSA DO PAGAMENTO DE TAXAS. REQUERENTE: CENTRO PAROQUIAL DE BEM-ESTAR SOCIAL DE FERNÃO FERRO. PROCESSO Nº 29/B/2009. Proposta: Divisão Administrativa de Urbanismo “Considerando os requerimentos números 16984 de 2012.03.28, 50408 de 2012.09.19 e 52260 de 2012.09.28, e em conformidade com o parecer da Divisão de Ação Social de 2012.05.04. Proponho que a Câmara delibere:

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1. Reconhecer interesse público municipal, na referida obra do Centro Paroquial de Bem-Estar Social de Fernão Ferro.

2. Conceder ao Centro Paroquial de Bem-Estar Social de Fernão Ferro, nos termos do art. 5º do Regulamento Municipal das Taxas de Edificação e Urbanização e do art. 4º do Regulamento Municipal das Taxas pela Realização e Reforço de Infraestruturas Urbanísticas, a dispensa do pagamento das respetivas taxas.

O Proponente O Vereador do Pelouro do Urbanismo e Fiscalização Municipal

Jorge Osvaldo Dias dos Santos Gonçalves”

Submetida a votação, foi a proposta aprovada por unanimidade e em minuta, ficando os documentos mencionados arquivados no respetivo processo. *Supra intervenção do Senhor Vereador Jorge Gonçalves. 8. Deliberação nº 246/2012 – CMS – REDUÇÃO DO VALOR DA CAUÇÃO DAS OBRAS DE INFRAESTRUTURAS DO LOTEAMENTO SITO EM PINHAL CONDE DA CUNHA (FASES I, II E III), FREGUESIA DE CORROIOS. REQUERENTE: ASSOCIAÇÃO DE PROPRIETÁRIOS DO PINHAL CONDE DA CUNHA. PROCESSO Nº 1/A/1997. APROVAÇÃO. Proposta: Divisão Administrativa de Urbanismo “Considerando o requerimento número 48986 de 2012.09.12 e em conformidade com a informação da Divisão de Infraestruturas Urbanísticas de 2012.09.21, propõe-se que a Câmara delibere, nos termos do artigo 54º do Dec – Lei nº 555/99 de 16 de dezembro, com a redação atualizada pela Lei nº 60/2007 de 4 de setembro e pelo Dec – Lei nº 26/2010 de 30 de março: - Aprovar a redução do valor da caução das obras de infraestruturas em Pinhal Conde da Cunha (Fases I, II e III) – Corroios, para o valor de € 5.798,65, (cinco mil setecentos e noventa e oito euros e sessenta e cinco cêntimos).

O Proponente O Vereador do Pelouro do Urbanismo e Fiscalização Municipal

Jorge Osvaldo Dias dos Santos Gonçalves”

Submetida a votação, foi a proposta aprovada por unanimidade e em minuta, ficando os documentos mencionados arquivados no respetivo processo. *Supra intervenção do Senhor Vereador Jorge Gonçalves. 9. Deliberação nº 247/2012 – CMS – CONDIÇÕES PARA A EMISSÃO DO ALVARÁ DE LOTEAMENTO SITO EM QUINTA DAS LARANJEIRAS, FREGUESIA DE FERNÃO FERRO. REQUERENTE: ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DA QUINTA DAS LARANJEIRAS. PROCESSO Nº 3/G/2004. APROVAÇÃO. Proposta: Divisão Administrativa de Urbanismo “Considerando os requerimentos números 23764 de 2009.04.24, 19193 de 2010.03.16, 52005 de 2010.09.02, 6374 de 2011.01.31 e 56446 de 2010.10.18 e em conformidade com o parecer da Divisão de Planeamento do Território de 2012.10.23, propõe-se que a Câmara delibere:

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- Aprovar as condições de emissão de alvará de loteamento, de acordo com o constante no artigo 29º da Lei nº 91/95 de 2 de setembro, com a redação atualizada pela Lei nº 165/99 de 14 de setembro, pela Lei nº 64/2003 de 23 de agosto e pela Lei nº 10/2008 de 20 de fevereiro. 1. CARACTERÍSTICAS DO LOTEAMENTO Área da propriedade - 5.006,00 m2 Área dos lotes - 4.777,00 m2 Área de construção - 2.232,00 m2 Área de cedência: Domínio Público: a)Arruamentos, passeios e estacionamentos - 229,00 m2 Efetuada fora do loteamento e no âmbito do processo de reconversão da Quinta das Laranjeiras: Área 600,72 m2 - (Prédio 4.385/050396, parte do Artigo 18º da Secção AM) esc. 12/97 de 15/01. Área 600,72 m2 - (Prédio 2.324/ 900810, Artigo 4º da Secção L) esc 57/95 de 27/06. Área 300,36 m2 - (Prédio 6.542, parte do Artigo 2º da Secção L-L1) esc. 218/11 de 16/12. Nº de lotes – 5 un. Nº de fogos – 10 un. 2. OBRAS DE INFRAESTRUTURAS Em conformidade com a informação da Divisão de Infraestruturas Urbanísticas, constante do Processo, a situação das infraestruturas é a seguinte: As obras de infraestruturas são da responsabilidade da Associação de Moradores da Quinta das Laranjeiras. Os projetos de infraestruturas, com exceção do referente à eletrificação, foram aprovados em reunião de Câmara nas seguintes datas: Rede de Abastecimento de Águas em 15/12/93; Rede de Esgotos Domésticos e Pluviais em 17/06/1996 e 31/01/2001; Arruamentos em 17/06/1996 e 09/05/2001; De acordo com o Despacho do Sr. Vereador do Pelouro do Urbanismo e Fiscalização Municipal de 13/07/2012 as obras de infraestruturas encontram-se praticamente todas concluídas, embora não recebidas, pelo que, até à receção, dever-se-á prever uma caução no valor de € 7.318,00 (sete mil trezentos e oito euros) por forma a ficar garantida a boa e regular execução das mesmas, e tendo sido fixado o prazo de 12 (doze) meses para conclusão das mesmas, de acordo com os números 1 e 2 do Artigo 54º, do DL nº 555/99, de 16 de dezembro, com a redação atualizada. Caberá à Associação de Moradores da Quinta das Laranjeiras assegurar até à receção provisória das obras de infraestruturas, que estas se mantenham em bom estado de conservação. Foi prestada informação pela Organização de Comproprietários através do requerimento nº 56446 de 18/10/12 em como se encontram em parte regularizadas, por parte dos requerentes do loteamento, as cedências de terrenos para zonas verdes e equipamentos, bem como as comparticipações com as despesas de infraestruturas. Deverá ser apresentada uma declaração da SLE - Eletricidade do Sul, SA, em como está garantida a execução da rede elétrica (incluindo os postos de transformação necessários). A aquisição de contentores individuais de detritos domésticos em modelo tipo a designar pela Câmara Municipal do Seixal, Departamento de Ambiente e Serviços Urbanos, a apresentar em sede de vistoria para emissão de licença de habitabilidade, de cada processo de obras, ou atribuição do estatuto de ma Aquisição e colocação de papeleiras em género e número indicado no projeto de Arranjos Exteriores e RSU, devendo ser entregues à Câmara Municipal do Seixal até à receção provisória das obras de infraestruturas. Aquisição e colocação de sinalização horizontal e vertical, bem como de placas toponímicas e números de polícia. No caso de se verificar que as condições do alvará não estão a ser cumpridas, será imediatamente cancelada a emissão de licenças de construção.

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Não se emitirão licenças de construção se não for possível definir com segurança as implantações e cotas de soleira das construções. As áreas de cedência ao domínio público municipal deverão encontrar-se desocupadas e livres de quaisquer ónus ou encargos. 3.CONDIÇÕES GERAIS

Considerando, a diferença de métodos de desenho adaptados para a elaboração do Plano de Pormenor da Quinta das Laranjeiras e do presente loteamento, analógico e digital respetivamente, e a diferença de escala dos dois instrumentos, poder-se-á verificar pequenos erros materiais que poderão ser avaliados e resolvidos em sede de projeto de obras. 4. MANUTENÇÃO TEMPORÁRIA DAS CONSTRUÇÕES EXISTENTES De acordo com a alínea a) do número 3 do artigo 24º da Lei n.º 91/95 de 2 de setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 165/99 de 14 de setembro e pela Lei 64/2003 de 23 de agosto e pela Lei nº 10/2008 de 20 de fevereiro, deverão ser reabilitadas, isto é reconvertidas ou demolidas de modo a respeitar o Plano de Pormenor, no prazo de 3 anos, renovado por igual período desde que justificado no ponto de vista sócio e económico, podendo ao longo desse período ser-lhe concedido o estatuto de manutenção temporária da construção e usufruto de infraestruturas, as seguintes construções existentes:

a) Construções principais existentes nos lotes: 1, 2, 3, 4, 5; b) Anexos existentes nos lotes: 1, 2, 3.

 5. TAXAS DE ALVARÁ DE LOTEAMENTO As taxas referentes à emissão do alvará de loteamento serão as constantes no Regulamento Municipal pela Realização e Reforço de Infraestruturas Urbanísticas e no Regulamento Municipal das Taxas de Edificação e Urbanização vigentes. 5.1.- RMTRIU número 1, do Artigo 10º Por cada fogo = € 1199,90 (€119,99 x 10 un) Pela área de construção = € 53.545,68 (€ 23,99 x 2.232,00m2) Total parcial - €54.745,58

5.2.- RMTEU Art. 21º Taxa geral = € 599,96 Por cada lote = € 91,45 (€ 18,29 x 5 un) Por unidade ocupacional = €148,50 (€ 14,85 x 10 un) Prazo (€ 12,57 x 12 meses) = €150,84 Total parcial = € 990,75 Total = 55.736,33 6. QUOTA DE COMPARTICIPAÇÃO DE CADA LOTE NOS CUSTOS DE OBRAS DE URBANIZAÇÂO E DA CAUÇÃO PRESTADA (ARTIGO 29º DA LEI 91/95 DE 2 DE SETEMBRO COM A REDAÇÃO ATUALIZADA PELA LEI 165/99 DE 14 DE SETEMBRO PELA LEI 64/2003 DE 23 DE AGOSTO E PELA LEI 10/2008 DE 20 DE FEVEREIRO).

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Os titulares dos lotes ficam obrigados a pagar à Câmara Municipal do Seixal e à Comissão de Administração da AUGI as quantias referidas no quadro em anexo que faz parte integrante do presente alvará. 7. LISTA DE FACTOS SUJEITOS A REGISTO PREDIAL [Alínea a) do Artigo 29º da Lei 91/95 de 2 de setembro, com a redação dada pela Lei 165/99 de 14 de setembro] pela Lei 64/2003 de 23 de agosto e pela Lei 10/2008 de 20 de fevereiro. 1.- Constituição da primeira hipoteca legal sobre os lotes resultantes deste loteamento, como garantia pelo pagamento da caução da boa execução das obras de urbanização, podendo essa hipoteca ser substituída por outro meio de caução admissível em Direito, tudo nos termos do Artigo 27º da Lei. 91/95 de 2 de setembro, com a redação dada pela Lei 165/99 de 14 de setembro, pela Lei 64/2003 de 23 de agosto e pela Lei 10/2008 de 20 de fevereiro. 2.- Manutenção temporária das construções existentes, referidas na cláusula 4, bem como o ónus de não indemnização pela sua eventual demolição, tudo nos termos dos Artigos 7º e 24º da Lei 91/95 de 2 de setembro, com a redação dada pela Lei 165/99 de 14 de setembro, pela Lei 64/2003 de 23 de agosto e pela Lei 10/2008 de 20 de fevereiro.

O Proponente O Vereador do Pelouro do Urbanismo e Fiscalização Municipal

Jorge Osvaldo Dias dos Santos Gonçalves”

Submetida a votação, foi a proposta aprovada por unanimidade e em minuta, ficando os documentos mencionados arquivados no respetivo processo. *Supra intervenção do Senhor Vereador Jorge Gonçalves. 10.Deliberação n.º 248/2012 – CMS - AÇÃO SOCIAL ESCOLAR. AUXÍLIOS ECONÓMICOS. SUBSÍDIO PARA ALIMENTAÇÃO. ESCOLAS DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO E EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR. 2012/2013. 1º PERÍODO. APROVAÇÃO. Proposta de acordo com a alínea d) do n.º 4 do art.º 64º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro coma redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro. Proposta: Divisão de Projetos Educativos e Ação Social Escolar “Considerando o previsto na alínea d) do n.º 4 do art.º 64º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro coma redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro, no art.º 23º da lei n.º 159/99 de 14 de setembro e alínea e) do n.º 1 do art.º 4e 15º do Dec. Lei n.º 399-A/84, de 28 de dezembro, o despacho n.º 11886-A/2012, com base na informação n.º 25836, da Divisão de projetos Educativos e Ação Social Escolar, em anexo, e dando continuidade à política municipal no âmbito do programa de Ação Social Escolar. Proponho a atribuição de uma comparticipação financeira no valor global de € 9.535,66 (nove mil quinhentos e trinta e cinco euros e sessenta e seis cêntimos) às instituições de ensino do município indicadas, conforme proposta em anexo da Divisão de Projetos Educativos e Ação Social Escolar, de forma a comparticipar nas despesas com o fornecimento de refeições (1º período – ano letivo 2012/2013) aos alunos das escolas do 1º ciclo e pré-escolar da rede pública do Município do Seixal. Documentos anexos a esta proposta:

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• Proposta do Gabinete de Gestão e Ação Social Escolar – 2012.1107 – anexo n.º 517/2012. • Informação do cabimento n.º 139/CA/2012 – 2012.11.09 – anexo n.º 518/2012.

O Proponente A Vereadora do Pelouro da Educação, Cultura e Juventude

Vanessa Alexandra Vilela da Silva”.

Submetida a votação, foi a proposta aprovada por unanimidade e em minuta, ficando os documentos mencionados arquivados no respetivo processo. 11.Deliberação n.º 249/2012 – CMS - AÇÃO SOCIAL ESCOLAR. AUXÍLIOS ECONÓMICOS. SUBSÍDIO PARA LIVROS E MATERIAL ESCOLAR. ESCOLAS DO 1º CICLO. 2012/2013. 2ª TRANCHE. APROVAÇÃO. Proposta de acordo com a alínea d) do n.º 4 do art.º 64º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro coma redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro. Proposta: Divisão de Projetos Educativos e Ação Social Escolar “Considerando o previsto na alínea d) do n.º 4 do art.º 64º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro coma redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro, no art.º 23º da Lei n.º 159/99 de 14 de setembro e na alínea e do n.º 1 do art.º 4º e alínea c) do n.º 1 do art.º 14º e 17º, Dec. Lei n.º399-A/84, de 28 de dezembro, com base na informação da Divisão de Projetos Educativos e Ação Social Escolar n.º 25838 de 7 de novembro de 2012, em anexo, e dando continuidade à politica municipal no âmbito do programa de Ação Social Escolar. Proponho, a atribuição de uma comparticipação financeira no valor global de € 36.590,90 (trinta e seis mil quinhentos e noventa e nove cêntimos) às instituições de ensino do município indicadas, conforme proposta em anexo da Divisão de Projetos Educativos e Ação Social Escolar, de forma a comparticipar as despesas com o subsídio de livros e material escolar (2ª tranche – ano letivo 2012/2013) aos alunos das escolas do 1º ciclo da rede pública, do Município do Seixal. Documentos anexos a esta proposta: • Proposta do Gabinete de Gestão e Ação Social Escolar – 2012.11.07 – anexo n.º 519/2012. • Informação do cabimento n.º 140/2012 – 2012.11.09 – anexo n.º 520/2012.

O Proponente

A Vereadora do Pelouro da Educação, Cultura e Juventude Vanessa Alexandra Vilela da Silva”.

Submetida a votação, foi a proposta aprovada por unanimidade e em minuta, ficando os documentos mencionados arquivados no respetivo processo. 12.Deliberação n.º 250/2012 – CMS - BOLSAS DE ESTUDO A ALUNOS DO ENSINO SUPERIOR. PAGAMENTO DA 1ª PRESTAÇÃO. APROVAÇÃO. Proposta de acordo com a alínea d) do n.º 4 do art.º 64º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro coma redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro. Proposta: Divisão de Projetos Educativos e Ação Social Escolar

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“Considerando o previsto na alínea d) do n.º 4 do art.º 64º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro coma redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro, em conformidade com as Normas de Atribuição de Bolsas de Estudo a alunos do Ensino Superior, aprovado por deliberação n.º 162/2009 –CMS de 15 de abril de 2009 e com base na base na informação da Divisão de Projetos Educativos e Ação Social Escolar n.º 25477 de 5 de novembro de 2012 em anexo. Proponho a aprovação do pagamento da 1ª prestação das Bolsas de Estudo a alunos do Ensino Superior – ano letivo 2012/2013, no valor de € 3.333,34 (três mil trezentos e trinta euros e trinta e quatro cêntimos) a ser distribuído pelos 10 bolseiros, sendo o valor de cada € 333,34 (trezentos e trinta e três euros e trinta e quatro cêntimos), conforme informação da Divisão de Projetos Educativos e Ação Social Escolar em anexo. Documentos anexos a esta proposta: • Proposta do Departamento da Educação e Juventude – 2012.11.05 – anexo n.º 521/2012 • Informação do cabimento n.º 137/CA/2012 – 2012.11.07 – anexo n.º 522/2012.

O Proponente A Vereadora do Pelouro da Educação, Cultura e Juventude

Vanessa Alexandra Vilela da Silva”.

Submetida a votação, foi a proposta aprovada por unanimidade e em minuta, ficando os documentos mencionados arquivados no respetivo processo. Nos termos do art. 5º do Dec-Lei n.º 45362 de 21 de novembro de 1963 (com a redação atualizada pelo Dec-Lei n.º 334/82 de 19 de agosto, e de acordo com uma interpretação extensiva), os documentos mencionados são arquivados, ora em pasta anexa à presente Ata, ora no respetivo processo. Sempre que se indicou ter sido tomada qualquer deliberação, dever-se-á entender ter sido aprovada nos termos e para o efeito do disposto do art. 92º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro.

O Vice-Presidente da Câmara Municipal

_______________________________________________________ Joaquim Cesário Cardador dos Santos.

A Secretária

____________________________________________________________ Maria João Paiva dos Santos.

Elaboração da Ata: Coordenação geral e Secretária da Câmara Municipal Maria João Paiva dos Santos.

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Apoio Administrativo Lídia Maria Andrade Rodrigues Magda Isabel da Fonseca Bastos Sargento Galandim Carla Maria Ribeiro Dias Campos Almas