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04 de agosto de 2006 1 Desafios Enfrentados pelos Agregados Reciclados, da Produção à Comercialização Prof. Dr. Salomon Levy Grupo de Pesquisa: “Desenvolvimento Sustentável e a Reciclagem na Construção Civil”- UNINOVE. Presidente do Comitê Técnico do Meio Ambiente- CT MAB do Instituto Brasileiro do Concreto - IBRACON

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Desafios Enfrentados pelos Agregados Reciclados,

da Produção à Comercialização

Prof. Dr. Salomon LevyGrupo de Pesquisa:

“Desenvolvimento Sustentável e a Reciclagem na Construção Civil”- UNINOVE.

Presidente do Comitê Técnico do Meio Ambiente- CT MAB do Instituto Brasileiro do Concreto -

IBRACON

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Agregados reciclados encontrados em São Paulo.

Figura 1 Vista geral das Instalações de Campinas ( D’ LUCCA-2005)

Areia

PedriscoBrita 1 ou Brita 2

Brita

corrida

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Produto Características Principais usos

Areia D máx < 4,8 mm

Provém de blocos concreto e concreto

Argamassas assentamentoContra-pisosBlocos de vedação

Pedrisco D máx < 6,3 mm

Provém de blocos concreto e concreto

Artefatos de concretoPisos intertravadosGuiasBlocos de vedação

Brita 1 ou 2 D máx < 39,0 mm

Provém de blocos concreto e concreto

Concretos sem funções estruturaisObras de drenagem

Agregados reciclados de São Paulo.

Tabela 1 Características e usos dos agregados reciclados de São Paulo

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Agregados reciclados de São Paulo.

Produto Características Principais usos

Bica Corrida D máx < 63,0 mm

Provém de resíduos de Construção Civil

Sub-base e base de pavimentos rodoviários.

Regularização de vias não pavimentadas

Rachão D máx < 150,0 mm

Provém de resíduos de Construção Civil

Substituição de soloTerraplenagensDrenagens

Tabela 2 Características e usos dos agregados reciclados de São Paulo

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Figura 2 Agregados reciclados produzidos individualmente em laboratório, situação ideal.

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Figura 3 Areia Reciclada produzida em Campinas ( D’ LUCCA-2005)

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Figura 4 Brita Reciclada produzida em Campinas ( D’ LUCCA-2005)

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Figura 5 Brita reciclada produzida ATT Base Ambiental

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Figura 6 Rachão produzido na URBEM ( MIRANDA, 2006)

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Um breve panorama das recicladoras existentes em São Paulo

• Usinas com capacidade de produção diária até 20 t (Usinas privadas operando comercialmente)– Base Ambiental ( Município de São Paulo).– Usina Irmãos Preto (Município de Socorro).

• Usinas com capacidade de produção diária até 120 t (Usinas privadas operando comercialmente)– ( Município de Jundiaí).

FONTE: PINTO, 2006.

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Recicladoras existentes em São Paulo.

• Usinas com capacidade de produção diária superior a 100 t (Usinas privadas operando comercialmente)– URBEM TECNOLOGIA AMBIENTAL. ( Município de São

Bernardo).– ECOFORTE BENEFICIAMENTO DE RESÍDUOS LTDA.

(Município de São Bernardo).

• Usinas privadas em fase de aprovação nos municípios– Guarulhos (Capacidade 120 t)– Americana (Capacidade 360 t)– Araraquara (Capacidade 360 t)

FONTE: PINTO, 2006.

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Recicladoras existentes em São Paulo.

• Usinas com capacidade de produção diária superior a 100 t (Usinas públicas, por município)– SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (funcionando a plena carga,

capacidade de produção 360t)– CAMPINAS (operando com capacidade normal, pode processar

até 800t).– GUARULHOS (operando com capacidade reduzida, pode

processar até 120 t).– SÃO PAULO (paralisada, pode processar até 800 t)– VINHEDO (operando em capacidade reduzida, pode processar

até 120 t) – PIRACICABA (operando com capacidade normal, capacidade

até 170 t)FONTE: PINTO, 2006.

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Áreas de Transbordo e Triagem e aterros de resíduos da construção civil

existentes em São Paulo.

• No município de São Paulo:– Gerenciados pela a administração pública existem:

2 ATT e 1 Aterro operando na Zona SUL.– Gerenciados pela iniciativa privada 7 ATTs e 7 aterros.

• No município de Guarulhos:– Gerenciados pelo poder público 2 ATTs e 1 aterro.– Gerenciados pela iniciativa privada 6 ATTs e 6 aterros.

• No município de São José do Rio Preto:– Gerenciados pela iniciativa privada 4 ATTs e 4 aterros.

FONTE: PINTO, 2006.

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Legislação e Normalização

• A resolução 307 do CONAMA.– Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para

a gestão dos resíduos da construção civil (inclui Demolição).

– Publicada: 05 de julho de 2002 – Vigora: 02 de janeiro de 2003.– Art. 4º Os geradores deverão ter como objetivo

prioritário a não geração de resíduos e, secundariamente, a redução, a reutilização, a reciclagem e a destinação final.

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Formas de destino

Art. 10. Os resíduos da construção civil deverão ser destinados das seguintes formas:

• I - Classe A : deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados, ou encaminhados a áreas de aterro de resíduos da construção civil, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura;

• II - Classe B : deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir sua utilização ou reciclagem futura;

• III - Classe C : deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade com as normas técnicas especificas.

• IV - Classe D : deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e destinados em conformidade com as normas técnicas especificas.

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Normas Brasileiras• O texto básico das normas brasileiras para

manejo, disposição e utilização de resíduos sólidos da construção civil, NBR 15112 a NBR 115116 cujo objetivo é auxiliar a sociedade e o setor da construção, no atendimento da resolução 307 do CONAMA, resultou de um trabalho conjunto entre o SindusCon-SP o CB 18 da ABNT e do CT-MAB do IBRACON.

• Estas normas são apresentadas a seguir:

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Normas Brasileiras• NBR 15112/04 Resíduos de construção civil e resíduos volumosos-

Áreas de transbordo e triagem - Diretrizes para projeto, implantação e operação.

• NBR 15113/04 Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes- Aterros - Diretrizes para projeto, implantação e operação.

• NBR 15114/04 Resíduos sólidos da construção Civil - Áreas de reciclagem - Aterros - Diretrizes para projeto, implantação e operação.

• NBR 15115/04 Agregados reciclados e resíduos sólidos da construção civil - Execução de camadas de pavimentação – Procedimentos.

• NBR 15116/04 Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil - Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural – Requisitos

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Mercado de reciclados

• O que impede a iniciativa privada de produzir agregados reciclados para serem largamente consumidos na produção de concreto?

• Quanto se deve gastar para implantar uma usina de agregados reciclados?

• Qual será o retorno financeiro?• Em quanto tempo isto ocorrerá?

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Concreto com agregados reciclados

• A alternativa de produzir concreto com esses resíduos é, sem dúvida, uma solução que vem sendo largamente pesquisada. A sua viabilidade técnica para substituição de agregados graúdos em teores de até 20% já foi demonstrada em diversas pesquisas desenvolvidas em universidades nacionais, bem como nos 208 trabalhos técnicos apresentados nos VII seminários realizados pelo Comitê Técnico do Meio Ambiente - CT MAB do Instituto Brasileiro do Concreto -IBRACON (1997, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003 e 2006).

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Alternativas para incremento do consumo de reciclados em concreto

• Para alcançar esta meta há três alternativas:– 1ª) Solução diminuir a relação: preço do agregado

reciclado/ preço do agregado natural. – 2ª) Solução criar condições para incremento da taxa

de substituição de naturais (20%) aceita no meio técnico e adotada como exemplo neste trabalho.

– 3ª) Solução produção de concreto sem fins estruturais, atendendo as prescrições da NBR-15116/04

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A 1ª Solução!!!!

• A primeira solução, pode ser obtida, via aumento do preço do natural ou redução do preço do reciclado.– Aumento do preço do natural a escassez de matéria prima se

incumbira.– Redução do preço do reciclado, como fazer? – Técnicas de reciclagem como maior produtividade ou garantia de

qualidade da matéria prima.

• Quem seriam os candidatos naturais que atenderiam essas necessidades?– Pedreiras, uma vez que as mesmas possuem toda infra estrutura

necessária, já utilizam areia artificial na elaboração de concreto e dispõem da frota para transporte de concreto.

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A 2ª Solução!!!! (incremento da taxa 20%)

• Neste caso, haveria necessidade de garantir um padrão de qualidade, ou seja diminuir a variabilidade dos agregados reciclados.Garantir o fornecimento de matéria prima homogênea.

• Mas isto é contraditório, pois eleva o custo do material reciclado,uma vez que exige maior rigor no controle da produção do agregado.

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3ª Solução

• Produção de concreto sem finalidade estrutural de acordo com as prescrições da NBR 15116-04– Item 7.2.1da NBR 15116 requisitos de emprego “em

concreto sem função estrutural, sem função estrutura , admite-se o emprego de agregado classe A, substituindo parcial ou totalmente os agregados convencionais.”

– Na tabela 3 desta mesma norma são apresentados os requisitos para agregados reciclados destinados ao concreto sem função estrutural.

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Redução de custo com a substituição de 20% agregados naturais por reciclados.

• EM VOLUME:– 300kg de cimento * R$ 0,30 = 90,00– 0,62 m³ de areia * R$ 40,00 = 24,80– 0,82 m³ de brita * R$ 32,00 = 26,24 Total R$ 141,04

– 300kg de cimento * R$ 0,30 = 90,00– 0,496 m³ de areia * R$ 40,00 = 19,84– 0,124 m³ de RCD * R$ 16,00 = 1,98– 0,656 m³ de brita * R$ 32,00 = 20,99– 0,164 m³ de RCD * R$ 16,00 = 2,62 Total R$ 135,44

Diferença em (%) ~ 4% com relação ao material

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Redução de custo com a substituição total de agregados naturais por reciclados de acordo com o preconizado pela NBR

15116/04.• EM VOLUME:

– 200kg de cimento * R$ 0,30 = 60,00– 0,65 m³ de areia * R$ 40,00 = 26,00– 0,90 m³ de brita * R$ 32,00 = 28,80 Total R$ 139,60

– 200kg de cimento * R$ 0,30 = 60,00– 0,65 m³ de RCD * R$ 16,00 = 10,40– 0,90 m³ de brita * R$ 16,00 = 14,40Total R$ 84,80

Diferença em (%) ~ 26% com relação ao material

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Dimensão do mercado para os reciclados ?

• Produção de cimento em 2005 (SNIC -2006)– 4,772 Milhões de toneladas Concreteiras– 24,575 Milhões de toneladas Distribuidores– 6,076 Milhões de toneladas Outros– 0,922 Milhões de toneladas Exportação

• Massa de naturais que poderia ser substituída em concreto estrutural.– 4,772Mt /0,30t de cimento/ m³ de concreto = 15, 9 M m³

concreto.– 15, 90* {1,44 m³/m³ * 1,5 t /m³ } = 34,34 M t

agregados. (utilizáveis na produção de concreto estrutural)– Massa de agregados que poderia ser substituída por agregados

reciclados na produção de concreto estrutural 20% * 34,34 = 6,86 Mt.

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Dimensão do mercado para os reciclados ?

• Massa de agregados naturais que poderia ser substituída por agregados reciclados, em concreto sem função estrutural.– Admitindo-se que 20% 30,6 M t sejam para produção de

concreto sem função estrutural:– 6,12 Mt/ 0,20 t de cimento/ m³ de concreto = 30,6 M m³

concreto– 30,6 M m³ * (1,55 m³ * 1,5 t/m³) = 71,14 M

t agregados utilizáveis em concretos sem função estrutural, de acordo com a NBR 15116/04 poderiam ser substituídos integralmente.

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Dimensão do mercado para os reciclados ?

• Massa de agregados naturais que poderia ser substituída na confecção de argamassas.– Admitindo-se que os 80% 30,6 Mt sejam utilizados na

produção de argamassas, ter-se-ia– 24,48 Mt/ 0,25 t de cimento/ m³ de argamassa = 97,92 M m³

de argamassa para as mais diversas finalidades, admitindo-se que para cada m³ de argamassa se utilize aproximadamente 1,1 m³ de agregados, nesse caso se teria a possibilidade de 107,71 m³ de agregados utilizados na produção de argamassas, com massa unitária em tono de 1,5 t/m³ teria-se: 161,56 Mt de agregados naturais utilizados em argamassas.

– Adicionado-se as três parcelas: 6,86 + 71,14 + 161,56 = 239,56 Mt.

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Dimensão do mercado para os reciclados ?

• Considerando-se a quantidade de RCD gerada no país O,5 t/ hab (ANGULO, 2004)

– Para 180 milhões de habitantes, no Brasil teríamos disponíveis → 90 Mt anuais de RCD.

– Considerando-se que 30% deste montante não possa ser reaproveitado, pois se trata de vidros, plásticos, madeira (reciclada em larga escala), gesso e outros materiais.

– Teríamos apenas 63 Mt anuais de RCD disponíveis para produção de agregados, contra uma necessidade de 239,56 Mt, é fácil ver que o mercado para os reciclados é promissor.

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Obras com agregados reciclados

• Figura 7 Novo centro de operações para tratamento de água: nesse projeto, foi preparado concreto usinado com agregados reciclados, produzidos a partir de concreto de dormentes ferroviários. 4.000 m³ utilizado em toda estrutura 1999 – 2000 (COLLINS, 2000)

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Obras com agregados reciclados• Figura 8 Edifício do meio

ambiente BRE; 1º Edifício do Reino Unido a incorporar a tecnologia de concreto usinado com 500 m³ de agregados reciclados. Fundações, C-25 slump = 75 ± 10 mm Lajes tipos e pilares, C-35 slump = 75 ± 10 mm. Norma BRE DIEGEST 363 C. min.= 330 kg/m³, a/c max. = 0,50. Cimento utilizado C 25 com 70% escoria de alto forno e C 35 com 50% escoria de alto forno 1996 (COLLINS,2000)

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Obras com agregados reciclados

• Figura 9 Na Bélgica Eclusa de Berendrecht, ampliação do porto de Antuérpia, totalizando, 650.000 m³ concreto com 80.000 m³ agregados reciclados provenientes de demolição das paredes da antiga eclusa. (ROUSSEAU, 2000)

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Obras com agregados reciclados

• Figura 10 Numa vila militar em Itzehoe, a empresa Plate e Patner desenvolveu um projeto pioneiro para conversão e reciclagem de materiais de construção. Na área de 200.000 m², foram construídas, 550 unidades residenciais, comerciais e escritórios com infra-estrutura para realização de eventos e convenções Na vila militar, 500.000 t de resíduos de alvenaria e 20.000 m³ de resíduos de concreto processados e reutilizados no próprio canteiro. 1996 – 1997 (KROPP, 2000)

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Obras com agregados reciclados

• Figura 11 Reconstrução das cidades alemãs. Milhares de condomínios e conjuntos residenciais em Berlim e em outras grandes cidades Foram reciclados concretos normais,concretos leves para produção de blocos para alvenaria – 2000 (KROPP, 2000)

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Obras com agregados reciclados

• Figura 12 e Figura 13 No Brasil, um dos casos que pode ser citado como exemplo de produção em escala industrial. Ocorreu no período de 2003 a 2004, no Rio de Janeiro. Para a construção do edifício “Torre Almirante”, houve a necessidade da demolição do esqueleto de um prédio de nove pavimentos que produziu cerca de 5000 m³ de entulho que foram transformados em 600.000 blocos de 14x14x39 e utilizados na construção de 600 casas populares (CAMPANILI, 2005).

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Obras com agregados reciclados

Figura 14 e Figura 15 Outro caso que pode ser citado como exemplo brasileiro de reciclagem para produção de blocos a partir de agregados reciclados, Ocorreu em Guarulhos SP, par construção do condomínio horizontal “Villagio Maia” com a demolição de 12 500 m³ de piso, a economia resultou em apenas 1%, evitando um enorme impacto ambiental (CAPELLO, 2006).

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Considerações Finais

• O mercado para agregados reciclados é amplo e promissor.

• Revistas especializadas como a “Construção Mercado” já apresentam cotação dos agregados reciclados.

• O volume de RCD gerados no território Nacional não poderá suprimir a demanda potencial existente. (63 M t x 239,56 Mt.)

• As pedreiras despontam como as empresas do setor privado em melhores condições de executar a reciclagem dos RCD. Pois são as que necessitariam de menor investimento.

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Considerações Finais

• Um dos maiores dos desafios enfrentado pelos agregados reciclados é o preconceito por parte dos usuários ainda não suficientemente esclarecidos sobre o manuseio dos reciclados e de suas reais qualidades.

• A iniciativa privada ainda reluta em investir no negócio, pois não consegue enxergar o tempo de retorno financeiro para atividade econômica, “implantação de uma recicladora”. Embora já existam trabalhos técnicos que dão embasamento ao assunto.

• O outro grande desafio que enfrentam os agregados reciclados é a garantia de homogeneidade no fornecimento da matéria prima.

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Agradecimentos!!!!!!!!