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9 B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012 resumo O conceito de “Rede Temática” originou-se em 2005 no âmbito do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), aparecendo como solução técnico-administrativa para viabilizar a implementação de vultosos investimentos nas Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) nacionais de maneira otimizada, tendo por foco os desafios tecnológicos da Petrobras e visando promover a sustentabilidade do processo de parceria indústria-academia. À luz da legislação vigente (Resolução Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP 033/2005, publicada no Diário Oficial da União - DOU em 25/11/2005), as empresas concessionárias em Exploração e Produção no país que estiverem sujeitas à tributação de Participação Especial devem investir anualmente determinados montantes nas universidades brasileiras. Como mecanismo de gestão de investimentos, num primeiro momento as Redes Temáticas Petrobras- Universidades buscaram uma superação das dificuldades inerentes às ICTs em termos de infraestrutura, patro- cinando a implantação/atualização de laboratórios-chave aos processos demandados pelo setor petróleo. Ao mesmo tempo, num salutar e construtivo processo de parceria técnico-científica, Petrobras e instituições passaram a compartilhar a responsabilidade na busca de soluções para os desafios enfrentados pela Empresa via execução em parceria de projetos de pesquisa em temas relevantes aos interesses da Petrobras, nas suas diversas vertentes de atuação. O modelo de relacionamento via Redes Temáticas vive o seu sétimo ano, e já são perceptíveis os avanços obtidos e os ganhos para a ciência e a tecnologia no País. Palavras-chave: Redes Temáticas em Geociências | investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento | relacionamento Petrobras-Universidades Redes Temáticas em Geociências Edison José Milani | Gilmar Vital Bueno | Oscar Strohschoen Júnior | Marco Antônio Schreiner Moraes | Viviane Sampaio Santiago dos Santos | Ramsés Capilla | Ricardo Silva Nunes de Bragança | Anelise Friedrich | Cecília Cunha Lana | Alípio José Pereira

06-Milani et al

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Boletim da Petrobras -Milani

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  • 9B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

    resumo

    O conceito de Rede Temtica originou-se em 2005 no mbito do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), aparecendo como soluo tcnico-administrativa para viabilizar a implementao de vultosos investimentos nas Instituies de Cincia e Tecnologia (ICTs) nacionais de maneira otimizada, tendo por foco os desafios tecnolgicos da Petrobras e visando promover a sustentabilidade do processo de parceria indstria-academia.

    luz da legislao vigente (Resoluo Agncia Nacional do Petrleo, Gs Natural e Biocombustveis - ANP 033/2005, publicada no Dirio Oficial da Unio - DOU em 25/11/2005), as empresas concessionrias em Explorao e Produo no pas que estiverem sujeitas tributao de Participao Especial devem investir anualmente determinados montantes nas universidades brasileiras.

    Como mecanismo de gesto de investimentos, num primeiro momento as Redes Temticas Petrobras- Universidades buscaram uma superao das dificuldades inerentes s ICTs em termos de infraestrutura, patro-cinando a implantao/atualizao de laboratrios-chave aos processos demandados pelo setor petrleo. Ao mesmo tempo, num salutar e construtivo processo de parceria tcnico-cientfica, Petrobras e instituies passaram a compartilhar a responsabilidade na busca de solues para os desafios enfrentados pela Empresa via execuo em parceria de projetos de pesquisa em temas relevantes aos interesses da Petrobras, nas suas diversas vertentes de atuao. O modelo de relacionamento via Redes Temticas vive o seu stimo ano, e j so perceptveis os avanos obtidos e os ganhos para a cincia e a tecnologia no Pas.

    Palavras-chave: Redes Temticas em Geocincias | investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento | relacionamento Petrobras-Universidades

    Redes Temticas em Geocincias

    Edison Jos Milani | Gilmar Vital Bueno | Oscar Strohschoen Jnior | Marco Antnio Schreiner

    Moraes | Viviane Sampaio Santiago dos Santos | Ramss Capilla | Ricardo Silva Nunes de Bragana |

    Anelise Friedrich | Ceclia Cunha Lana | Alpio Jos Pereira

  • 10 Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

    abstractThe Thematic Network concept originated in 2005 at the Centro de Pesquisas da Petrobras

    (Cenpes), and provides a technical and administrative solution that enables, in an optimized manner, the implementation of large investments in national Science and Technology Institutions, with a focus on the technological challenges of Petrobras and on the promotion of the sustainability of the industry-academia partnership process. In the light of the prevailing legislation (ANP Resolution 2005/033, published in the DOU November 25, 2005), those concessionary exploration and production companies in Brazil subject to Special Participation taxation, are required annually to invest a certain amount in Brazilian universities. As an investment management mechanism, initially the Petrobras - Universities Thematic Networks sought to overcome difficulties inherent in ICTs in terms of infrastructure, sponsoring the establishment/update of key laboratories demanded by the oil sector. At the same time, in a positive and constructive process of technical-scientific partnership, Petrobras and the institutions began to share responsibility in the search for solutions to the challenges faced by the Company, through the implementation of research project partnerships on themes relevant to the interests of Petrobras, in its various segments. The relationship via Thematic Networks model is now in its seventh year, and is already demonstrating it has achieved noticeable progress and gains for science and technology in the country.

    (Expanded abstract available at the end of the paper).

    Keywords: Geosciences Thematic Networks | Research and Development investments | Petrobras-Universities relationship

    Sistema Tecnolgico da PetrobrasA atuao da Petrobras em seus diversos processos da cadeia de valor no setor petrleo (do poo ao

    posto) inclui uma importante vertente de desenvolvimento tecnolgico, fundamental ao alcance de seus objetivos empresariais. A busca de respostas para as diversas questes tecnolgicas que se apresentam Companhia tem sido direcionada ao Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes) desde a criao deste rgo em 1963, e os resultados reiteradamente positivos obtidos pela Petrobras ao longo de sua trajetria empre-sarial se devem em grande parte ao investimento permanente em tecnologia e inovao.

    Com equipe prpria e instalaes laboratoriais adequadas s necessidades da Companhia, funcionando na Ilha da Cidade Universitria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desde o incio dos anos 1970, o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Amrico Miguez de Mello tm provido solues focadas nas demandas tecnolgicas inerentes aos negcios da Petrobras: Explorao, Produo, Refino e Petroqumica, Transporte e Comercializao de petrleo e derivados esto representadas numa robusta carteira de projetos de pesquisa, cujo alinhamento s necessidades da Companhia permanentemente monitorado e periodicamente ratificado pelos tcnicos e executivos das reas de negcio.

    Este alinhamento do portflio de projetos com os desafios tecnolgicos que se apresentam Companhia a cada momento, no mbito do planejamento estratgico e do plano de negcios que regem sua atuao e direcionam seus investimentos, garantido pelo Sistema Tecnolgico da Petrobras (fig. 1), um processo de anlise e deciso que envolve todos os segmentos da Empresa. A partir dos direcionadores gerais do seu Plano Estratgico definidos pela alta direo da Companhia em articulao com o Governo Federal, estabelecido um Plano de Negcios de mbito quinquenal e so ento alocados os recursos necessrios viabilizao dos empreendimentos ali definidos.

    O conjunto de premissas derivado de tais mecanismos de planejamento plurianual serve de insumo para a atuao de comits tecnolgicos, em trs nveis: corporativo, instncia onde so definidos os macrodirecio-nadores tecnolgicos para o perodo que se inicia e so avaliados os resultados do ciclo anterior; o Comit

  • 11B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

    Tecnolgico Estratgico (CTE) que atua por segmento de negcio, desdobrando os direcionadores empresariais para cada uma das reas da Companhia na forma de desafi os tecnolgicos especfi cos; e o Comit Tecnolgico Operacional (CTO), que, luz da orientao emanada do Comit Estratgico, consolida as demandas, defi ne as prioridades e delega a carteira de projetos planejados ao Cenpes, que trata de sua execuo.

    Plano Estratgico

    Plano de Negcios

    ComitTecnolgicoCorporativo

    Comits Operacionais

    Portflio de Projetos de P&D

    Pro

    spec

    o

    e M

    onito

    ram

    ento

    Tec

    nol

    gico

    Comits Estratgicos

    Upstream Gs e Energia Downstream

    Do portflio consolidado de projetos, um subconjunto realizado internamente ao Cenpes: ali desen-volvem-se os mais desafi adores, os de contedo sigiloso e que representem vantagem competitiva aos negcios da Petrobras e os que demandam instrumentao e conhecimento especfi cos, requisitos conso-lidados no Centro de Pesquisas durante dcadas de atuao continuada em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Uma signifi cativa parcela do portflio de projetos de P&D da Petrobras executada externamente, em parceria com empresas ou instituies de pesquisa, no Brasil e no exterior. As Redes Temticas apa-recem atualmente como um importante mecanismo de gesto dos projetos da carteira da Petrobras que so endereados para execuo no ambiente das instituies externas de pesquisa.

    Redes Temticas - conceito e implementaoA Petrobras tem uma longa histria de relacionamento com as universidades e instituies de pesquisa

    nacionais. A partir da publicao pela Agncia Nacional do Petrleo, Gs Natural e Biocombustveis da Resoluo ANP 033/2005 e do Regulamento ANP 005/2005 disciplinando a obrigatoriedade de inves-timentos em Pesquisa e Desenvolvimento nas Instituies de Cincia e Tecnologia (ICTs) nacionais pelas concessionrias de Explorao e Produo no Pas implementou-se um ritmo mais intenso nas parcerias com as ICTs em funo dos montantes fi nanceiros envolvidos nessa obrigao contratual.

    Informada pelo seu rgo tributrio acerca dos novos patamares de valores de investimento obrigatrio em P&D nas instituies nacionais implcitos no Regulamento 033/2005 da ANP muito superiores aos pra-ticados pela Petrobras at ento a Companhia direcionou ao Centro de Pesquisas a anlise da questo e a proposio de um novo modelo de relacionamento com as ICTs.

    O conceito de Rede Temtica surgiu no fi nal de 2005 no mbito do Cenpes, e sua implementao foi aprovada pela Diretoria Executiva da Companhia no incio de 2006. A Rede Temtica pode ser defi nida como associao Petrobras-Universidades em torno de questes cientfi cas e tecnolgicas de comum interesse. O conceito inclui

    Figura 1O Sistema Tecnolgico da

    Petrobras.

    Figure 1Petrobras Technological

    System.

  • 12 Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

    a possibilidade de investimentos em infraestrutura nas Instituies de Cincia e Tecnologia quando necessrios e a disponibilizao de recursos para formao e/ou aperfeioamento de pessoal (fig. 2). Sob a perspectiva da Petrobras, o foco de atuao das redes na Pesquisa e Desenvolvimento em temas considerados importantes para os processos conduzidos pela Companhia, e a base tcnico-cientfica para cada tema reside nos nichos de conhecimento existentes nas ICTs nacionais.

    As instituies foram ento convidadas a associar-se Petrobras em torno desse novo modelo de rela-cionamento, juntamente com fundaes de apoio estas para atuarem como intervenientes nos trmites burocrticos e na movimentao financeira relativa aos projetos.

    Operam atualmente 49 Redes Temticas que envolvem 129 instituies brasileiras e cobrem o amplo espec-tro de atividades do setor petrleo; este dinmico processo de interao tcnico-cientfica da Petrobras com a academia movimentou recursos da ordem de R$3,85 bilhes no perodo 2006-2012. Desse total, as sete redes da rea de Geocincias administraram no mesmo perodo investimentos em torno de R$350 milhes junto s universidades do pas.

    As redes foram estabelecidas e ancoradas, em sua grande maioria, nas reas disciplinares de atuao das diversas gerncias tcnicas do Cenpes, onde esto seus gestores diretos. Realizou-se um amplo mape-amento de competncias das universidades brasileiras, buscando-se identificar os ncleos de conhecimento especfico e os pesquisadores de referncia para os diversos temas. Nas Geocincias, estabeleceram-se as redes de Estudos Geotectnicos (Regeotec), Sedimentologia e Estratigrafia (Sedestrat), Geoqumica (Regeoq), Geofsica Aplicada (Regeof), Micropaleontologia Aplicada (Repaleo), Modelagem de Bacias (Remob) e Caracterizao e Modelagem Geolgica de Reservatrios (Carmod). A seguir, apresentam-se de maneira resumida as iniciativas mais relevantes de cada uma das Redes Temticas em Geocincias no tocante aos projetos de infraestrutura e de pesquisa dirigida; um conjunto de trabalhos completos prepa-rados pelas universidades, ilustrativos de resultados j alcanados nos projetos de P&D suportados pelas redes em Geocincias, constitui o corpo deste Boletim.

    2012Tempo

    Investimentos

    62%

    38%Projetos de P&D eservios tecnolgicos

    Infraestrutura e recursos humanos

    Figura 2Perfil de investimento das

    Redes Temticas ao longo

    do tempo.

    Figure 2Thematic Networks

    Investments profile

    along the time.

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    Rede de Estudos Geotectnicos (Regeotec)A Regeotec tem como proposta de atuao o entendimento da estrutura crustal e litosfrica do con-

    tinente sul-americano, sua geocronologia e neotectnica; a origem e evoluo de bacias sedimentares e sua dinmica tectonossedimentar. Desenvolve prioritariamente projetos em escala regional bacias sedimentares, provncias geolgicas do Pr-Cambriano, grandes lineamentos tectnicos e patrocina a implementao de infraestrutura adequada a este foco de atuao.

    Gestores: Jos Guimares Rizzo (2005), Edison Jos Milani (2006-2008), Joo Batista de Lellis Franolin (2009), Gilmar Vital Bueno (2010-).

    Instituies: UFRN, UFMG, UnB, UFOP, UFF, UFRJ, UERJ, ON, INPE, Unesp, USP, Unicamp, UFPR, UFSC e UFRGS (fi g 3).

    Rede Sismogrfi ca e GNSS Brasileira (fi g. 4). Infraestrutura composta por 60 estaes sismogrfi cas (fi g. 5) instaladas e operadas setorizadamente pela USP na Regio Centro-Sul (Coordenao: Prof. Marcelo Assumpo); UnB na Regio Centro-Norte (Coordenao: Prof. George Sand); UFRN na Regio Nordeste (Coordenao: Prof. Joaquim Mendes Ferreira) e Observatrio Nacional na Regio Costeira Sul-Sudeste (Coordenao: Prof. Sergio Luiz Fontes); e 90 estaes Global Navigation Satellite Systems (GNSS) (fi g. 6) instaladas e operadas pelo INPE

    Figura 3 - Instituies participantes da Rede de Estudos Geotectnicos. Figure 3 - Geotectonic Studies Network.

    Infraestrutura

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    (Coordenao: Prof. caro Vitorello). Esta infraestrutura visa propiciar comunidade geocientfi ca nacional o ne-cessrio instrumental para a realizao de pesquisas aplicadas que melhorem o conhecimento crustal-litosfrico e o comportamento dinmico da Placa Sul-Americana. Compe, ainda, a infraestrutura que ir prover o pas das sries histricas de dados imprescindveis para a caracterizao e o mapeamento do risco ssmico no territrio brasileiro. Foi implementado um comit, constitudo por representantes das instituies envolvidas, e que gerencia as premissas e os interesses desta atividade no mbito do pas.

    70W 60W 50W 40W

    0

    N

    W

    S

    E

    10S

    20S

    30S

    RSISGL

    Legenda

    REDESISMOGRFICA

    BRASILEIRA

    RSISSERSISNERSISBRRSISCN 0 300 600 1.200km

    Figura 4Mapa com a localizao

    das estaes sismogrfi cas

    (representadas por

    tringulos). Cores indicam

    a regio geogrfi ca

    administrada por cada uma

    das quatro instituies

    que constituem a Rede

    Sismogrfi ca Brasileira: UnB

    (lils), USP (vermelho), UFRN

    (verde) e ON (azul). Em preto,

    aparecem as estaes da Rede

    Sismogrfi ca Global (USGS).

    Figure 4Situation map of the

    seismographic stations in the

    Brazilian territory, managed

    by UnB (purple), USP (red),

    UFRN (green) and ON (blue).

    Represented in black are

    the stations erected by

    the Global Seismographic

    Network (United States

    Geological Survey).

    Estao PMNBPatos de Minas, MG

    abrigo do sensor

    cabine do registrador,com painis solares no teto

    Figura 5Instalaes da estao

    sismogrfi ca de Patos de

    Minas - MG, implanta-

    da pela USP. Em primeiro

    plano observa-se a cabine

    do registrador com painis

    solares e atrs a estru-

    tura que abriga o sensor

    sismogrfi co.

    Figure 5Patos de Minas - MG

    seismographic station.

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    Figura 6 - Estao GNSS ins-talada no INPE, So Jos dos

    Campos - SP. Esta servir

    como padro a ser replicado

    nos stios escolhidos para abri-

    garem as demais estaes no

    territrio brasileiro.

    Figure 6 - Standard GNSS station at the National

    Institute of Space Research.

    Figura 7 - Laboratrio da Microssonda Eletrnica no

    Departamento de Geologia

    da UFRJ, dedicado atividade

    rotineira de anlises da qu-

    mica quantitativa de minerais.

    Figure 7 - Electron probe Microanalyser Laboratory at

    the Federal University of Rio

    de Janeiro.

    Laboratrio de Microssonda Eletrnica no Instituto de Geocincias da UFRJ. Recomposio da infraestrutura incluindo melhorias no espao fsico e aquisio de equipamentos (fi g. 7), visando ampliar a capacitao da universidade na realizao de pesquisas em Petrologia e Geotectnica particularmente em efetuar anlises quantitativas precisas da composio qumica de minerais e determinar sua origem, sendo aplicvel no estudo da evoluo tectnica de bacias sedimentares. Favorece tambm a realizao de pesquisas em microtectnica de zonas de falha, no intuito de evidenciar seu comportamento como cami-nhos ou barreiras migrao de hidrocarbonetos. Este laboratrio tem servido como fundamental apoio na realizao de diversas dissertaes e teses no mbito da UFRJ e no apoio analtico a outras instituies em projetos de investigao geolgica (Coordenao: Prof. Rudolph Allard Johannes Trouw).

    Figura 8 - Espectrmetro de massa para Carbono e

    Oxignio ( esquerda) e

    microtomgrafo ( direita)

    no Laboratrio de Istopos

    Estveis da UFPR.

    Figure 8 - Mass spectrometer for C and O (left) and

    microtomographer (right)

    operating at the Federal

    University of Paran.

    Laboratrio de Istopos Estveis no Departamento de Geologia da UFPR (fi g. 8). Implantao de infraestrutura analtica com aquisio de espectrmetro de massa (Carbono e Oxignio) e microtomgrafo,

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    objetivando desenvolver o conhecimento avanado dos processos de brechao, dolomitizao e dissoluo de rochas carbonticas, fenmenos muito comuns nas sucesses calcrias existentes tanto nas bacias sedimentares fanerozoicas brasileiras quanto em terrenos pr-cambrianos (Coordenao: Prof. Jos Manoel dos Reis Neto).

    Laboratrio de Paleomagnetismo do Instituto Astronmico e Geofsico da USP (fi g. 9). Recompo-sio de infraestrutura com a construo de sala magneticamente blindada e aquisio de instrumental para consolidar a atuao do IAG no campo dos ensaios paleomagnticos, cujos resultados so dados fundamentais em estudos de reconstruo paleogeogrfi ca; e para subsidiar investigaes pioneiras no Brasil em magne-toestratigrafi a, tcnica de datao absoluta com potencial para estabelecer marcos estratigrfi cos temporais, de importante papel no entendimento da evoluo de bacias sedimentares (Coordenao: Prof. Ricardo Ivan Ferreira da Trindade).

    Figura 9 - Magnetmetro para anlise de testemunhos

    ( esquerda) e forno

    paleomagntico ( direita)

    na sala magneticamente

    blindada do Laboratrio de

    Paleomagnetismo da USP.

    Figure 9 - Core magnetometer (left) and paleomagnetic

    heater (right) at Astronomy

    and Geophysics Institute of

    the University of So Paulo.

    Figura 10 - Espectrmetro de massa (U-Th)/He no

    Laboratrio de Geocronologia

    da Unesp.

    Figure 10 - (U-Th)/He mass spectrometer at the So

    Paulo State University, Rio

    Claro Campus.

    Laboratrio de Espectrometria a Gs no Departamento de Geologia da Unesp (fi g. 10). Implantao de infraestrutura pela aquisio de espectrmetro de massa (He/He), visando complementar a capacitao daquela universidade na realizao de modelagens termocronolgicas tanto em regies de embasamento cristalino quanto em bacias sedimentares, com foco na histria tectnica evolutiva e datao de eventos tectnicos (Coordenao: Prof. Peter Christian Hackspacher).

    Laboratrio de Geocronologia do Instituto de Geocincias da UnB. Ampliao do espao fsico e aquisio de equipamento ICP-MS (fi gs. 11 e 12) visando capacitar aquela universidade na preparao de amostras e na realizao de anlises geocronolgicas pelo mtodo Ar-Ar, tcnica altamente demandada pela indstria do petrleo para a datao absoluta de rochas gneas e que, atualmente, s est disponvel em alguns laboratrios no exterior (Coordenao: Prof. Elton Dantas).

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    Pool de Equipamentos Geofsicos do Brasil - PEG-BR, sediado no Observatrio Nacional - RJ. Im-plantao de infraestrutura pioneira, que constitui o primeiro empreendimento do gnero na Amrica Latina (fi g. 13). Visa disponibilizar comunidade geocientfi ca nacional, de modo compartilhado, instrumentos de sismologia, gravimetria, geoeletricidade e geoposicionamento que viabilizam a execuo de campanhas de aquisio de dados no campo, no intuito de detalhar e aprofundar o conhecimento da Geologia do Brasil.

    Figura 11 - Desintegrador de amostras por descarga el-

    trica. Primeiro equipamento

    dessa natureza em atividade

    na Amrica Latina, o mesmo

    possibilita a desagregao

    de rochas preservando a

    integridade mineral, o que

    eleva a confi abilidade dos

    resultados das anlises de

    provenincia sedimentar e

    geocronolgicas.

    Figure 11 - High voltage pulse power fragmentation

    equipment for sample

    disagregation. It preserves

    mineral integrity, allowing

    better provenance and

    geochonological analysis.

    Figura 12 - ICP-MS do Laboratrio de

    Geocronologia da UnB,

    operando para suporte ao

    mtodo de datao Ar-Ar.

    Figure 12 - Inductively Coupled Plasma-Mass Spectrometer at

    Braslia National University,

    supporting Ar-Ar rock age

    dating.

    Figura 13 - Almoxarifado onde fi cam acondicionados os

    diversos instrumentos geofsi-

    cos do PEG-BR nas instalaes

    do Observatrio Nacional. Em

    primeiro plano, um sismme-

    tro do conjunto de equipa-

    mento do Pool.

    Figure 13 - Warehouse of geophysical instruments at

    the National Observatory, Rio

    de Janeiro.

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    Lineamento Transbrasiliano, origem, evoluo e infl uncia na sedimentao e estrutura de bacias fanerozoicas (fi g. 14). O Lineamento Transbrasiliano interpretado como sendo uma zona de sutu-ra mesoproterozoica de blocos crustais antigos, com recorrente atividade durante o Fanerozoico. O estudo objetiva refi nar o conhecimento do controle desta importante feio da Geologia brasileira tanto na estrutu-rao do embasamento Pr-Cambriano quanto na evoluo fanerozoica das bacias do Paran e do Parnaba, com foco na investigao da presena de feies estruturais potenciais trapas petrolferas nas reas sob a infl uncia do lineamento (UnB, Coordenao: Prof. Reinhardt A. Fuck).

    O PEG-BR dispe tambm de seis OBSs (sismmetros de fundo ocenico), que sero posicionados em locais especfi cos da margem continental brasileira (Coordenao: Prof. Darcy do Nascimento Junior).

    Ncleo de Pesquisas Geolgicas (NPG) do Departamento de Geocincias da UFSC. Projeto de infraestrutura laboratorial que visa dotar a universidade dos meios adequados para a realizao de pesquisas na rea de Geologia do Petrleo. A UFSC abriu seu curso de graduao em Geologia no ano de 2010 res-paldada pela tradio de pesquisa de seus docentes, e esta infraestrutura aparece para consolidar e ampliar este perfi l de atuao da instituio (Coordenao: Prof. Breno Leito Waichel).

    Pesquisa e Desenvolvimento

    Figura 14Regio do territrio bra-

    sileiro que constitui o

    domnio geotectnico do

    Lineamento Transbrasiliano.

    PB - Bacia do Parnaba e PR -

    Bacia do Paran.

    Figure 14Geotectonic domain

    under the in uence of the

    Transbrasiliano Lineament.

    PB - Parnaba Basin, PR -

    Paran Basin.

    Feixe de Lineamentos Colatina (fi g. 15). Por meio do levantamento detalhado no campo, o trabalho determinou a natureza cinemtica e dinmica e a cronologia deste notvel elemento tectnico da margem leste brasileira, evidenciando uma atividade predominantemente distensional seguida por transcorrncia dextral em tempos ps-cretcicos. Estas observaes servem como subsdios para um entendimento do papel deste

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    lineamento na evoluo tectonossedimentar das bacias de Campos e do Esprito Santo (UFOP, Coordenao: Prof. Fernando Flecha de Alkmim e UFMG, Coordenao: Prof. Antonio Carlos Pedrosa Soares).

    Figura 15 - As estruturas que compem o Feixe

    de Lineamentos Colatina

    apresentam direo

    dominante N15W e

    frequentemente esto

    preenchidas por diques de

    diabsio.

    Figure 15 - Diabase dike along the structural framework of

    the Colatina lineament.

    Figura 16 - Estrias horizontais em falha normal no embasa-

    mento Paranaense eviden-

    ciando uma variao no

    campo de esforos ao longo

    do tempo geolgico.

    Figure 16 - Horizontal slickensides on an originally

    normal fault surface,

    evidencing changes in the

    stress fi eld during the time.

    Falhas, campos de esforos e fl uxo de fl uidos (fi g. 16). Tendo por objeto de pesquisa o Lineamento de Lancinha, esta investigao visa uma integrao multiescalar dos fenmenos observados nos terrenos pr-cambrianos afetados pela feio e seus efeitos na estruturao da Bacia do Paran (UFPR, Coordenao: Prof. Alberto Pio Fiori).

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    Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

    Rochas mantlicas do Arquiplago So Pedro e So Paulo (fi g. 17). Estas ilhotas, localizadas na interseco da zona de fratura de So Paulo com a cordilheira mesoatlntica, constituem uma singulari-dade no Oceano Atlntico posto que ali afl oram rochas do manto, cisalhadas e soerguidas desde a plancie abissal. Por meio de detalhamento estrutural e petrolgico, o projeto tem por objetivo elaborar um modelo evolutivo deste arquiplago no domnio ocenico profundo do Atlntico Equatorial (UFF, Coordenao: Profa. Susanna Sichel).

    Figura 17Situado na Regio Central do

    Oceano Atlntico Equatorial,

    o Arquiplago So Pedro

    e So Paulo dominante-

    mente constitudo por rochas

    mantlicas, constituindo uma

    singularidade no contexto

    desta margem transformante.

    a) frica e b) Brasil.

    Figure 17Saint Peter and Saint Paul

    Rocky Islets situated in the

    transform domain of the

    Equatorial Atlantic Ocean.

    Figura 18Em vermelho, destaque

    para as reas da Regio

    Sudeste onde ocorrem

    manifestaes de extensas

    estruturas de direo

    noroeste conhecidas como

    Lineamento Capricrnio (LC)

    e Zona de Transtenso de

    Volta Redonda (VR).

    Figure 18 Continental topography

    along SE Brazilian margin.

    Red Lineaments correspond

    to Capricornio (LC) and Volta

    Redonda Transtensional

    Zone (VR).

    Termocronologia de baixa temperatura e reconstruo cinemtica na margem continental do Sudeste Brasileiro ao longo do Lineamento Capricrnio e da Zona de Transtenso de Volta Redonda (fi g. 18). Estudo pretende alcanar uma caracterizao cinemtica e cronolgica de falhas de transferncia afl orantes na margem continental do Sudeste Brasileiro, para subsidiar a interpretao de sua continuidade na Bacia de Santos, onde tais lineamentos tm marcante expresso geofsica (Unesp, Coordenao: Prof. Peter Christian Peter Hackspacher).

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    Calibrao isotpica de alta resoluo de eventos tectonoestratigrfi cos de bacias sedimen-tares (fi g. 19). Projeto visa desenvolver e calibrar tcnicas analticas de geocronologia absoluta e geologia isotpica aplicadas a eventos tectnicos e a horizontes estratigrfi cos especfi cos, como forma de aprimorar o conhecimento de bacias sedimentares e gerenciar adequadamente os riscos geolgicos implcitos no pro-cesso exploratrio (UnB, Coordenao: Prof. Roberto Ventura Santos).

    Figura 19Estudo integrado de ferra-

    mentas geocronolgicas e

    isotpicas aplicado Bacia do

    Recncavo.

    Figure 19Integrated geochronological

    and isotopic study applied to

    the Recncavo Basin.

    Figura 20Mapa do registro da ativi dade

    ssmica no territrio nacional,

    informao-base para o

    desenvolvimento do Mapa

    Neotectnico do Brasil.

    Figure 20Seismicity map of the

    country, a basis for

    the compilation of the

    Neotetonic Map of Brazil.

    Neotectnica do Brasil (fi g. 20). Projeto multi-institucional que visa compilar mapa em base digital geor referenciada representando o estado da arte do conhecimento do cenrio deformacional neotectnico do territrio brasileiro (Unesp, Coordenao: Prof. Norberto Morales).

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    Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

    Sistema Geotec (fi g. 21): desenvolvimento de geotecnologias para armazenamento, acesso e integrao de dados geolgicos georreferenciados dos projetos de pesquisa da rede. Possui trs interfaces de trabalho: Caderneta Geolgica Digital, para entrada padronizada de dados de campo e laboratrio, possibilitando a transmisso e sincronizao segura de dados a um servidor central, via conexo por internet; Interface Administrador, para apoiar a coordenao de equipes de pesquisa e gerao de relatrios; e WebMapa, interface web personalizada, que permite a visualizao das informaes, operaes de consulta, edio, anlise e construo automatizada de mapas integrados aos dados da Caderneta Geolgica Digital (UFPR, Coordenao Prof. Claudinei Taborda da Silveira).

    Figura 21Trip de ferramentas que

    suportam o Sistema Geotec -

    Caderneta Geolgica Digital;

    Interface Administrador e

    WebMapa, desenvolvidas

    para armazenar, integrar

    e gerenciar dados geol-

    gicos de projetos de pes-

    quisa da Rede de Estudos

    Geotectnicos.

    Figure 21Geoscientifi c tools

    supporting the research

    activities of the Geotectonic

    Studies Network teams.

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    Infraestrutura

    Figura 22 - Instituies participantes da Rede de Sedimentologia e Estratigrafi a.

    Figure 22 - Sedimentology and Stratigraphy Network.

    Rede de Sedimentologia e Estratigrafia (Sedestrat)A Rede Sedestrat promove pesquisas em Sedimentologia e Estratigrafi a e tem como objetivos comple-

    mentar as investigaes da Petrobras nessas reas do conhecimento, promovendo e articulando o desen-volvimento de projetos com as universidades brasileiras; formar e capacitar equipes de pesquisa e fomentar o intercmbio de pesquisadores, projetos e resultados entre as instituies participantes, patrocinando a implementao da infraestrutura necessria a sua rea de atuao. As principais linhas de pesquisa da Rede Sedestrat so a caracterizao estratigrfi ca e sedimentolgica das bacias brasileiras; estudos da Geologia do recente; estudos de sistemas porosos; reservatrios no convencionais; argilominerais; provenincia de arenitos, e estudo de afl oramentos anlogos visando a parametrizao de elementos arquiteturais e reconhecimento das superfcies-chave e heterogeneidades deposicionais e diagenticas.

    Gestores: Maria Dolores de Carvalho (2005-2008), Marco Antonio Schreiner Moraes (2009), Viviane Sampaio Santiago dos Santos (2009-).

    Instituies: UFAM, UFRN, UFPE, UnB, PUC-RJ, UFRJ, UERJ, UFF, Cetem, USP, Unesp, UFPR, UEL, UFSC, UFRGS e Unisinos (fi g. 22).

    Laboratrio de Geologia Sedimentar da UFRJ. O projeto Lagesed (fi g. 23) objetiva aumentar a capa-cidade analtica e operacional dos Laboratrios de Sedimentologia e Petrologia e de Petrofsica. Recebeu

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    Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

    recursos de infraestrutura, com os quais reformou as salas de Petrologia Sedimentar e de Sedimentologia Analtica. Juntamente com as reformas, o laboratrio foi equipado com o que h de melhor em termos de microscopia petrogrfi ca (luz polarizada, refl etida, fl uorescente e imageamento), anlises granulomtricas (analisadores por RX e laser) e caracterizao do espao poroso por tcnica de microtomografi a de RX. Tais ganhos em termos de melhoria de espao fsico e de equipamentos permitiram avanar em estudos de rochas carbonticas microbiais, atravs de projetos de P&D, trabalhos de concluso de curso de graduao, dissertaes de mestrado e teses de doutorado. Ressaltam-se tambm as parcerias de caracterizao geolgica de reservatrios carbonticos, estabelecidas com as universidades britnicas Heriot Watt e Edimburgo, e o estudo de carbonatos continentais com a Universidade Complutense de Madrid (Espanha). Outro aspecto importante o apoio do Lagesed a estudos acadmicos de Petrologia gnea e de Paleontologia de Vertebrados atravs da microtomografi a (Coordenao: Prof. Leonardo F. Borghi de Almeida).

    a b c

    Figura 24 - a) Equipamento de ablao a laser para preparo de amostras para nanotomografi a de raios X; b) viso interna do

    equipamento microtomgrafo de raios X - VersaXRM-500,

    X-Radia e c) microtomgrafo de raios X do Laboratrio de

    Tomografi a Multiescalar do LMPT/UFSC.

    Figure 24 - a) Laser ablation equipment that provides samples prepared for X-ray nanotomography; b) internal view of the

    X-ray microscanner VersaXRM-500, X-Radia and c) X-ray

    microscanner of the Multi-scale Tomography Lab of the Federal

    University of Santa Catarina.

    Laboratrio de Meios Porosos e Propriedades Termofsicas (LMPT) da UFSC. Projeto de infra estrutura para a implantao do laboratrio (fi g. 24). O projeto contribui para o desenvolvimento de pesquisa nas reas de caracterizao multiescala de sistemas porosos das rochas-reservatrio e visualizao quantitativa de processos de

    a b c

    Figura 23 - a) Microtomgrafo Sky Scan 1173; b) microscpios do Laboratrio de Petrologia Sedimentar e c) analisador de

    partculas por RX Sedigraf do Laboratrio de Geologia

    Sedimentar da UFRJ - Lagesed.

    Figure 23 - a) Microscanner Sky Scan 1173; b) microscopes of the Sedimentary Petrology Laboratory and c) XR particle analyser

    Sedigraf of the Sedimentary Geology Laboratory of the Federal

    University of Rio de Janeiro.

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    interao rocha-fl uido. O sistema de tomografi a computadorizada composto por dois equipamentos X-Radia; um microtomgrafo de raios X (VersaXRM-500) e um nanotomgrafo (UltraXRM). O laboratrio assume grande importncia no cenrio de P&D no Brasil, viabilizando a caracterizao de sistemas com mltiplas porosidades a partir de imagens 3D com resolues espaciais desde 50m at 50nm. A primeira utilizao deste laboratrio ser no escopo do projeto UFSC-Petrobras reservatrios no convencionais, visando a caracterizao de amostras de carbonatos, folhelhos e areias de baixa permeabilidade portadoras de gs (Coordenao: Prof. Celso Peres Fernandes).

    Laboratrios de Difrao de raios X (DRX), Micropaleontologia, Mineralogia Aplicada, Laminao e Geoqumica da UnB. Projeto de infraestrutura dedicado s Geocincias (fi g. 25), visando ampliar e modernizar os Laboratrios de Difrao de raios X (DRX), Micropaleontologia, Mineralogia Aplicada, Laminao e Geoqumica, de forma a adequar as anlises laboratoriais s novas tecnologias, atender demandas de P&D e, juntamente com as demais instituies, formar um pool integrado de laboratrios capaz de suportar pesquisas matriciais nas reas de Sedimentologia e Estratigrafi a. O projeto contribuiu signifi cativamente para a ampliao da capacidade analtica do Departamento de Geocincias da UnB, que conta agora com uma infraestrutura completa nesses laboratrios para desenvolver pesquisas e promover a formao de recursos humanos (Coordenao: Prof. Carlos Jose Souza de Alvarenga).

    a b c

    Figura 25 - a) Laminadora automtica Astera; b) Espectrmetro de fl uorescncia de raios X (Rigaku) e c) Difratmetro de raios X

    (Rigaku) nos laboratrios do Instituto de Geocincias da UnB.

    Figure 25 - a) Automatic equipment for thin section preparation (Astera); b) X-ray uorescence spectrometer and c) X-ray

    difractometer (Rigaku) at Braslia National University.

    Figura 26 - Prdio do Unespetro - Centro de Excelncia em Petrologia Carbontica Aplicada, inaugurado em 23/11/2010. a) Vista externa;

    b) vista interna do prdio e c) Laboratrio de Petrografi a.

    Figure 26 - Unespetro building - Excellency Centre in Applied Carbonate Rock Petrology, founded on 23/11/2010. a) Outside

    view; b) inside view and c) Petrography Laboratory.

    a b c

    Centro de Excelncia em Petrologia Carbontica Aplicada Indstria do Petrleo (Unespetro) da Unesp (fi g. 26). O projeto teve como objetivo estabelecer condies fsicas e instrumentais que assegurem

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    Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

    Figura 27 - a) e b) Sequncia de imagens mostrando: a aquisio de dados no campo; c) e d) os produtos computacionais gerados

    a partir desses levantamentos, pelo Laboratrio do

    Ncleo de Estratigrafi a Aplicada (NEAP) da Unisinos.

    Figure 27 - a) and b) Data acquisition in the fi eld; c) and d) resultant products by the Laboratory of Applied Stratigraphy at

    Vale do Rio dos Sinos University.

    a realizao de projetos de P&D e de capacitao em petrologia carbontica, visando a investigao de rochas, sistemas e sequncias carbonticas nas bacias sedimentares brasileiras. Rene num espao de 2.000m instalaes para o desenvolvimento de pesquisa e atividades de educao. Est preparado para congregar geocientistas de diferentes reas (estratgrafos, sedimentlogos, geofsicos, micropaleontlogos, estruturalistas), em estmulo integrao do conhecimento (Coordenao: Prof. Dimas Dias-Brito).

    Laboratrio do Ncleo de Estratigrafi a Aplicada (NEAP) da Unisinos (fi g. 27). O projeto teve como objetivo adequar as anlises laboratoriais s novas tecnologias, bem como atender s demandas de projetos de Pesquisa e Desenvolvimento nas reas de interpretao e modelagem estratigrfi ca e de reservatrios. Atravs da implantao de um ncleo de interpretao e modelagem, permitir realizao de pesquisas nas seguintes reas: anlise regional e estratigrfi ca de potenciais reservatrios atravs de interpretao de sees ssmicas; modelagem geolgica e ssmica visando a caracterizao e parametri zao multiescalar de corpos sedimentares (escala explo-ratria e de reservatrios); modelagem volumtrica de reservatrios; defi nio da arquitetura externa de reserva-trios atravs da inverso e mapeamento de dados de resistividade (Coordenao: Prof. Ubiratan Ferrucio Faccini).

    Figura 28 - a) e b) espao fsico com rea total de 542m2; c) e d) cluster de computao cientfi ca e visualizao do Laboratrio

    de Modelagem Numrica e Grfi ca em Sedimentologia e

    Estratigrafi a no Tecgraf / PUC-RJ.

    Figure 28 - a) and b) offi ces with total area of 542m2; c) and d) cluster of scientifi c computing and visualisation of the Numerical and

    Graphic Modelling in Sedimentology and Stratigraphy Laboratory at

    Catholic Pontifi cal University of Rio de Janeiro.

    a b dc

    Laboratrio de Modelagem Numrica e Grfi ca em Sedimentologia e Estratigrafi a no Tecgraf, PUC-RJ. Projeto de infraestrutura (fi g. 28) que visa adequar e atualizar os recursos laboratoriais

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    B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

    existentes s demandas de simulao numrica e grfi ca de processos sedimentares. Destacam-se nesse projeto a expanso do espao fsico e a atualizao dos equipamentos, objetivando o uso de grade de computadores, colaborao distncia e visualizao 3D de alta resoluo, alm da adaptao e atualizao dos softwares existentes e o desenvolvimento de novas ferramentas (Coordenao: Prof. Luiz Fernando Martha).

    Laboratrio Analtico Avanado para Rochas Calcrias - Labocal/UFPR (fi g. 29). O projeto capacitou o Laboratrio de Minerais e Rochas (Lamir) da UFPR para a execuo de anlises de minerais e rochas em geral. Modernas tcnicas analticas esto disponveis para as empresas de minerao, bem como para as operadoras da rea de petrleo. Essa realidade pode ser compreendida pela demanda analtica por cerca de 300 empresas de todo o Brasil, e pelas inmeras anlises realizadas para alunos de graduao, ps-graduao e professores de instituies de ensino e pesquisa de todo o Brasil (Coordenao: Prof. Jos Manoel dos Reis Neto).

    a b c

    Figura 29 - a) Microscpio eletrnico de varredura (MEV) JEOL 6010 LA; b) viso interna do prdio do Labocal na UFPR e c) siste-

    ma de catodoluminescncia.

    Figure 29 - a) Scanning electron microscope (SEM) JEOL 6010 LA; b) internal view of the Carbonate Rocks Analytical Laboratory and

    c) cathodoluminescence system. Federal University of Paran.

    Pesquisa e Desenvolvimento

    Detalhamento estratigrfi co do Neoproterozoico da Bacia do So Francisco. O projeto teve como objetivo a integrao de dados sedimentolgicos, bioestratigrfi cos e quimioestratigrfi cos visando aprimorar o conhecimento da bacia (fi g. 30). Foi realizada uma reviso atualizada e integrada da estratigrafi a da bacia ao longo da Serra de So Domingos (Grupos Bambu e Parano), que teve como foco de trabalho a anlise tecto-noestratigrfi cos das sucesses afl orantes, incluindo uma tentativa de estabelecer a equivalncia dessas rochas com os dados de subsuperfcie publicados (ssmica e poos 1-RC-1-GO e 1-RF-1-MG). Descries petrogrfi cas foram feitas em alguns intervalos com o intuito de avaliar as litologias e os intervalos de maior potencial como reservatrio. A identifi cao de minerais de argila teve como meta avaliar mudanas de reas-fonte ao longo da estratigrafi a. Determinaes dos istopos 13C, 18O e 87Sr/86Sr foram utilizadas, por se tratar de uma impor-tante ferramenta no estabelecimento das correlaes estratigrfi cas. Estudos paleontolgicos e palinolgicos foram feitos na tentativa de ampliar as escassas informaes existentes. Estes resultados foram importantes na

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    Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

    qualifi cao de potenciais rochas-reservatrio e intervalos geradores de petrleo na seo neoproterozoica da Bacia do So Francisco. Durante esse projeto foram realizadas duas dissertaes de mestrado e apresentados trs trabalhos no 46 Congresso Brasileiro de Geologia, Santos-SP; dois trabalhos no 44 Congresso Brasileiro de Geologia, Curitiba-PR e um trabalho no 12 Simpsio de Geologia do Centro-Oeste em Pirenpolis-GO. Trs trabalhos foram apresentados em fruns internacionais: Fermor Meeting of the Geological Society, The Neoproterozoic Era: Evolution, Glaciation, Oxygenation - Geological Society of London, Londres, Inglaterra, 2012.; Conference of Trofi muk Institute of Petroleum Geology and Geophysics, Novosibirsk, Sibria, Rssia, 2011 e 18th International Sedimentological Congress - IAS, Mendoza, Argentina, 2010 (UnB, Coordenao: Prof. Carlos Jose Souza de Alvarenga).

    a b c

    Figura 31 - a) Vista do afl oramento mostrando o contato da For-mao Santana/Membro Romualdo (superior) com as camadas

    Ipubi (na parte inferior), constitudas por gipsita e anidrita,

    Bacia do Araripe - PE; b) calcrios laminados do Membro Crato

    da Formao Santana na Serra do Ton - Bacia do Tucano e

    c) estromatlitos da Formao Cod - Bacia do Parnaba, s

    margens do Rio Tocantins, Imperatriz (MA).

    Figure 31 - a) Outcrop showing the contact between Santana Formation and upper Romualdo Member, with the Ipubi

    layers of gypsite and anhydrite, Araripe Basin (PE); b)

    laminated limestone of Crato Member of Santana Formation

    in the Serra do Ton - Tucano Basin and c) stromatolites

    of Cod Formation - Parnaba Basin, along Tocantins River

    margins, Imperatriz City (MA).

    Anlise estratigrfi ca do Andar Alagoas nas bacias do Araripe, Tucano/Jatob, Parnaba e So-Franciscana. O projeto visou realizar o estudo do Andar Alagoas nas bacias interiores do Nordeste do Brasil (fi g. 31), com os objetivos de: prospectar, catalogar, fotografar e descrever afl oramentos; descrever e

    a b c

    Figura 30 - a) Vista panormica do plano de falhas em dolomitos do Grupo Parano, localizado na zona da Falha de So Domingos,

    Bacia de So Francisco (GO); b) detalhe da camada com constru-

    es estromatolticas intercaladas em dolarenitos e c) fotomicro-

    grafi a mostrando a porosidade inter-cristalina produzida pelo

    processo de dolomitizao.

    Figure 30 - a) Fault planes in the dolomites of the Parano Group, located in the So Domingos Fault zone, So Francisco Basin

    (GO); b) interbedding of stromatolite and doloarenite layers

    and c) photomicrograph showing the intercristaline porosity

    related to dolomitization.

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    B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

    interpretar fcies e associaes de fcies; levantar perfi s estratigrfi cos verticais representativos; reconhecer superfcies-chave e sequncias deposicionais; correlacionar sees levantadas nas diferentes bacias; medir paleocorrentes e interpretar a paleodrenagem continental; reas-fonte e sentidos de incurso marinha, estabelecendo correlaes geolgicas e confi guraes paleogeogrfi cas para este importante intervalo da estratigrafi a brasileira. Foram tambm amostradas sees de interesse da Petrobras para estudos de micro-paleontologia, geoqumica e petrografi a, e elaborado roteiro geolgico na Bacia do Araripe para seminrio de campo (Unesp, Coordenao Prof. Mrio Luis Assine).

    Mapeamento 3D georreferenciado de afl oramentos com uso da tcnica Lidar (Light Detection and Ranging). O projeto teve como objetivo principal avaliar o potencial de uso da tcnica Lidar para a mo-delagem digital de afl oramentos atravs de: a) defi nio de procedimentos de aquisio para o mapeamento 3D georreferenciado; b) anlise do nvel de exatido das cenas imageadas, tomando-se como referncia a distncia do equipamento (Laser Scanner 3D Terrestre ILRIS, da Optech) em relao aos afl oramentos a serem estudados e a quantidade de pontos coletados e c) teste dos procedimentos de correlao entre imagem e litofcies/superfcies, visando o mapeamento/defi nio automtica de fcies sedimentares e sua arquitetura deposicional. Durante esse projeto foram realizados trs trabalhos de concluso de curso (graduao), trs dissertaes de mestrado e uma tese de doutorado. Foi publicado um trabalho no peridico Geocincias (So Paulo. online) e apresentados dois trabalhos nos congressos International Federation of Surveyors (Marrocos, 2011) e no XXIV Congresso Brasileiro de Cartografi a (Aracaju-SE, 2010) (Unisinos, Coordenao: Prof. Maurcio Roberto Veronez).

    Parametrizao de sistemas deposicionais com nfase em sistemas turbidticos. Construir um banco de dados qualitativo e quantitativo para subsidiar estudos e modelagens geolgicas, contribuindo para o desenvolvimento e produo de reservatrios turbidticos; analisar a correlao entre parmetros sedimento-lgicos que infl uenciam propriedades de qualidade de reservatrio dentro dos distintos elementos arquiteturais estudados; gerar um atlas de afl oramentos com a coletnea, interpretao e correlao de dados arquiteturais quantitativos de sistemas deposicionais, com nfase em depsitos turbidticos (fi g. 32) que possam ser usados como modelos de reservatrios (Unisinos, Coordenao: Prof. Paulo Sergio Gomes Paim).

    Figura 32 - Vista geral dos depsitos arenosos turbidticos, Bacia de Neuqun, Argentina.

    Figure 32 - Overview of sandy turbidite deposits, Neuqun Basin, Argentina.

    Microtomografi a de raios X para a determinao de propriedades petrofsicas de rochas-reser-vatrio e determinao computacional de propriedades petrofsicas de rochas-reservatrio. Trata-se de projetos vinculados que objetivam a obteno de imagens 3D de rochas-reservatrio (fi g. 33) com a tcni-ca de microtomografi a de raios X no sistema SkyScan 1172, para serem utilizadas como dados de entrada na

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    Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

    carac terizao da geometria do sistema poroso e na determinao computacional de propriedades petrofsicas. Durante o projeto foram realizadas uma dissertao de mestrado e duas teses de doutorado. Foram publicados quatro trabalhos em revistas nacionais: Revista de Cincias Exatas e Naturais, Materials Research (So Carlos. Impresso) e Revista Brasileira de Ensino de Fsica (Impresso) e quatro trabalhos no exterior: Avances en Anlisis por Tcnicas de Rayos X, Micro-CT User Meeting, 2011, Leuven, Blgica e AIP Conference Proceedings (UEL, Coordenao: Prof. Carlos Roberto Appoloni e UFSC, Coordenao: Prof. Celso Peres Fernandes).

    a b

    Figura 34 - a) Foto macroscpica e imagem ao Microscpio Eletrnico de Varredura (MEV) de amostra de rocha selante e

    b) Distribuio de tamanho de poros total, obtida pela combi-

    nao das tcnicas de adsoro gasosa de nitrognio (AGN2) e

    porosimetria por intruso de mercrio (PIM).

    Figure 34 - a) Macroscopic and Scanning Electron Microscope (SEM) images of a seal rock and b) Total pore size distribution

    obtained by combination of gas adsorption of nitrogen

    (AGN2) and pore measurement by mercury percolation (PIM).

    Figura 33 - Imagens tomogrfi cas de rocha carbontica ooltica com o histograma da distribuio de tamanho de poros.

    Figure 33 - Tomographic images of oolitic limestone with the pore size distribution diagram.

    Caracterizao petrofsica de rochas de baixa permeabilidade. O objetivo desse projeto foi a de-terminao experimental de propriedades petrofsicas e a caracterizao da estrutura do sistema poroso (porosidade, distribuio de tamanho de poros e de gros; rea superfi cial especfi ca) de rochas de baixa permeabilidade (fi g. 34), tanto capeadoras quanto reservatrios do tipo tight gas sands, permitindo obter correlaes empricas entre permeabilidade e parmetros da geometria do sistema poroso. Nesse projeto

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    tambm foi feita a padronizao dos ensaios experimentais de permeabilidade com a tcnica transient pulse decay, utilizando o equipamento PDP-200 da Corelab e da tcnica de obteno de isotermas de adsoro/dessoro, utilizando o equipamento ASAP-2020 da Micrometrics, de modo a se tornarem ensaios de rotina no Cenpes. Alm disso, foi criado um banco de dados de propriedades petrofsicas das rochas estudadas, tais como: presso capilar, presso de percolao, altura da coluna de hidrocarbonetos e permeabilidade absoluta. Nesse projeto, foi realizada uma tese de doutoramento, publicado um artigo na revista Marine and Petroleum Geology e apresentado um trabalho no 20th International Congress of Mechanical Engineering (Gramado-RS, 2009) (UFSC, Coordenao: Prof. Celso Peres Fernandes).

    Caracterizao geolgica e geoqumica de argilominerais contidos no intervalo evaportico (Formao Ipubi) da Bacia do Araripe. Visa a obteno de dados para auxlio na modelagem de siste-mas evaporticos, estudo da origem e a natureza dos depsitos siliciclsticos (folhelhos e argilitos) asso-ciados ao intervalo evaportico (fi g. 35), com investigao da origem (deposicional e/ou diagentica), das propriedades e caractersticas fsicas e qumicas dos folhelhos e argilitos encontrados em associao aos depsitos de gipsita e anidrita da Formao Ipubi. Neste projeto esto sendo realizadas quatro monogra-fi as de concluso de curso e uma tese de doutoramento. Foi aprovado um trabalho para ser apresentado no Congresso Anual da AAPG-2013 e outro j foi apresentado no 46 Congresso Brasileiro de Geologia (Santos-SP, 2012) (UFPE, Coordenao: Prof. Joo Adauto de Souza Neto).

    a b c

    Figura 35 - a) Modelo de dissoluo em cunha entre fraturas subverticais (gipsita fi brosa (branco) e argilito cinza esverdeado

    (verde escuro), provocando solapamento dos argilitos (verde

    claro) da Formao Romualdo, estratigrafi camente acima, e

    desenvolvendo abaulamento no topo da camada de evaporito

    (azul). Escala vertical 10m, horizontal 2m (Mina Campevi,

    Araripina, PE); b) Evaporitos (Formao Ipubi) cortado por

    fraturas sub-horizontais interligando fraturas verticais, todas

    preenchidas por gipsita fi brosa e argilito cinza esverdeado

    (erodido), em um padro do tipo bridges (Mina Puluca, Ipubi, PE)

    e c) Folhelho negro pirobetuminoso rico em ostracodes da base

    da Formao Ipubi (Mina Puluca, Ipubi, PE).

    Figure 35 - a) Wedge dissolution scheme between subvertical fractures with collapse of Romualdo Formation mudstones,

    stratigraphically above of the Ipubi Formation evaporites.

    Vertical scale 10m, horizontal scale 2m (Campevi quarry,

    Araripina, PE); b) Evaporites (Ipubi Fm) with sub-horizontal

    fractures connecting vertical fractures with a bridges type

    pattern (Poluca Quarry, Ipubi, PE) and c) Pirobituminous black

    shale with a rich fauna of ostracods, making the basal portion of

    Ipubi Fomation at Puluca Quarry, Ipubi, PE).

    Lagunas fl uminenses: caracterizao estratigrfi ca, sedimentolgica e geoqumica das lagunas Salgada, Vermelha e Brejo do Espinho. Trata-se de dois projetos vinculados e complementares que visam ao desenvolvimento de modelos anlogos de ambientes carbonticos recentes (fi g. 36) que

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    podem ser aplicados na caracterizao dos reservatrios do pr-sal das bacias brasileiras. Os sistemas lagunares do litoral fl uminense, incluindo as lagunas Vermelha e Brejo do Espinho, na Regio dos Lagos, e a Lagoa Salgada, no litoral de Campos, so reconhecidos pela ocorrncia de microbialitos carbonticos com desenvolvimento de estruturas trombolticas e estromatolticas. As lagunas Vermelha e Brejo do Espinho fazem parte de um sistema de barreira-laguna em um contexto de litoral tipicamente retrogradante, associado atual transgresso marinha. Por outro lado, a Laguna Salgada (fi g. 37) foi formada em um contexto de litoral progradante, associado ao complexo deltaico do Rio Paraba do Sul, onde o suprimento de sedimentos fl uviais e as correntes de deriva litornea foram fundamentais para o avano da linha de costa. O estudo tem por objetivo compreender as modifi caes ambientais (condies paleoclimticas locais e de paleotemperatura e paleossalinidade das guas) que culminaram com o desenvolvimento destes sistemas lagunares e, particularmente, quais os fatores que levaram formao dos depsitos carbonticos recentes (UFF, Coordenao: Prof. Cleverson Guizan Silva e UFRJ, Coordenao: Prof. Joo Graciano Mendona Filho).

    Figura 36 - a) Esteiras microbianas da Lagoa Vermelha - RJ; b) Estromatlito da Lagoa Salgada - RJ e c) Matria

    orgnica com aspecto lamelar em lmina petrogrfica,

    modo fluorescncia.

    Figure 36 - a) Microbial mats from Lagoa Vermelha - RJ; b) Stromatolite from Lagoa Salgada - RJ and c) Petrographic

    slide (fluorescence mode) showing organic matter with

    lamellar aspect.

    a b c

    Figura 37 - Vista da Lagoa Salgada - Rio de Janeiro, e detalhe de uma linha de GPR adquirida no entorno dessa lagoa.

    Figure 37 - View of Lagoa Salgada - Rio de Janeiro, and detail of a GPR line acquired at the edge of this lagoon.

    Modelos anlogos para as rochas-reservatrio da Formao Juru (fi g. 38). O objetivo deste projeto foi a parametrizao (dados qualitativos e quantitativos) dos elementos arquiteturais e a caracterizao de

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    a b c

    Figura 39 - a) Microbialitos em rochas carbonticas do Proterozoico da Bacia do So Francisco; b) Estromatlitos

    colunares do Grupo Passa Dois na Bacia do Paran (PR) e

    c) estromatlitos colunares da Formao Salitre na Chapada

    Diamantina (BA).

    Figure 39 - a) Microbialites in carbonate rocks from the Proterozoic of So Francisco Basin; b) Columnar stromatolites

    from the Passa Dois Group in the Paran Basin (PR) and

    c) Columnar stromatolites from the Salitre Formation in the

    Chapada Diamantina (BA).

    heterogeneidades deposicionais (superfcies) em escalas macro e megascpica, com nfase nos parmetros geomtricos de corpos arenosos, sua continuidade e conexo entre camadas e, eventualmente, a distri-buio da permeabilidade. A caracterizao de heterogeneidades deposicionais facilita o entendimento da distribuio de zonas de permeabilidade e barreiras ao fl uxo de fl uidos. Trabalhou-se com os reservatrios elicos e fl uviodeltaicos dos campos do Rio Urucu e Leste do Urucu (Bacia do Solimes) visando contri-buir com a modelagem geolgica destes reservatrios. Para esse estudo foram utilizados afl oramentos anlogos na Bacia do Parnaba, e associada ao projeto foi desenvolvida uma tese de doutorado (UFRN, Coordenao: Prof. Francisco Pinheiro Lima Filho).

    Carbonatos do Brasil (fi g. 39). Pesquisa que visa construo do Atlas de Microbialitos do Brasil e Rochas Carbonticas do Cretceo do Brasil, dentro de uma contextualizao paleoambiental e estratigrfi ca em diferentes escalas; reconhecimento e documentao das mais signifi cativas ocorrncias de microbialitos em rochas carbonticas afl orantes no Brasil (Unesp, Coordenao: Prof. Dimas Dias-Brito).

    a b c

    Figura 38 - a) Mensurao de pontos de controle a partir de dados de Laser Scanner para correlao e ajuste das escalas verticais e

    horizontais nos fotomosaicos. Detalhe para mensurao feita no

    Afl oramento Biblioteca - Parque Sete Cidades (PI); b) e c) Modelo

    Slido Digital a partir de linhas imageadas pelo GPR.

    Figure 38 - a) Measurement of control points from Laser Scanner data for correlation and adjustment of vertical and horizontal

    scales in photomosaics. Detail of measurement performed on the

    photomosaic of Biblioteca Outcrop - Sete Cidades National Reserve

    (PI); b) and c) Digital 3D model based on imaged GPR lines.

    Reservatrios no convencionais. Caracterizao de sistemas porosos multiescalas com tcnicas de tomografi a de raios X. (fi g. 40). Trata-se de dois projetos vinculados e complementares que visam carac-terizao dos sistemas porosos de rochas carbonticas, shale gas / oil shale e arenitos argilosos (tight gas sands) em suas diversas escalas de porosidade com a aplicao de tcnicas de tomografi a computadorizada

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    Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

    Figura 40 - Ilustrao, para um carbonato, da metodologia de caracterizao de sistemas porosos multiescalares. Em a) sees

    microtomogrfi cas 2D com resolues espaciais de 20m, 5,9m

    e 1,29m; em b) regies de interesse para anlise (associadas aos

    quadrados vermelhos em a); em c) a rede de poros composta das

    escalas de 20m e de 5,9m; em d) a rede de poros da escala de

    1,29m; em e) a rede de poros total composta a partir das redes

    mostradas em c) e em d).

    Figure 40 - Illustration of the methodology of multi-scalar porous system characterization, applied to a carbonate rock. In

    a) microtomographic 2D sections, with spatial resolution of

    20m, 5,9m e 1,29m; in b) regions of interest for analysis

    (associated with the red squares in a)); in c) network of pores

    composed of the 20m and 5,9m scales; in d) network of pores

    in the 1,29m scale; in e) total pore network composed of the

    networks shown in c) and d).

    Pixel size: 20m5mm (500 x 500 pixels)

    (500 x 500 pixels)

    (500 x 500 pixels)

    Pixel size: 5,9m 5mm

    5mm

    Pixel size: 1,29m1mm

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    c

    b

    d

    e

    b

    a

    a

    de raios X conjugada com processamento e anlise de imagens 2D e 3D. O sistema poroso de reservatrios no convencionais bastante complexo e composto de, pelo menos, duas escalas espaciais de descrio. A tomografi a uma tcnica no destrutiva, em geral no sendo necessrias preparaes nas amostras, as quais podem ser fragmentos de formato geomtrico irregular. O Cenpes foi pioneiro no Brasil em adquirir imagens de sistemas porosos com resoluo espacial da ordem de 1m, utilizando o microtomgrafo Sky Scan 1172, o que se demonstrou adequado para a descrio monoescala de rochas como arenitos limpos. Dada a impor tncia da caracterizao dos reservatrios no convencionais, e no sentido de manter a continuidade de pesquisa nesta rea, a criao do Laboratrio de Tomografi a Multiescalar da UFSC/LMPT (Universidade Federal de Santa Catarina/Laboratrio de Meios Porosos e Propriedades Termofsicas) assume um papel rele-vante para equiparar o Brasil a outros centros de renome internacional nessa linha de pesquisa. Neste projeto esto em andamento cinco teses de doutorado e uma dissertao de mestrado. Apresentado um trabalho no 20 Congresso Brasileiro de Engenharia e Cincia dos Materiais (Joinvile-SC, 2012) (UEL, Coordenao: Prof. Carlos Roberto Appoloni e UFSC, Coordenao: Prof. Celso Peres Fernandes).

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    Rede de Geofsica Aplicada (Regeof)A Regeof tem como proposta de atuao fomentar a realizao de atividades de pesquisa e desenvolvi-

    mento na forma de projetos tecnolgicos alinhados s demandas da Petrobras, bem como apoiar a forma-o de recursos humanos que atendam crescente necessidade de profi ssionais qualifi cados em Geofsica.

    Gestores: Eduardo Lopes de Faria (2005-2008) e Ricardo Silva Nunes de Bragana (2009- ).Instituies: IMPA, INPE, ON, PUC-RJ, UENF, UFBA, UFC, UFF, UFPA, UFRN, UFPR, UFRJ, UnB, Unicamp,

    USP, UFPE, UFCG, UFES e PUC-RS. (fi g. 41).

    Infraestrutura

    Figura 41 - Instituies participantes da Rede de Geofsica Aplicada. Figure 41 - Applied Geophysics Network.

    Cluster de computadores Netuno no Ncleo de Computao Eletrnica da UFRJ. Implantou-se um supercomputador composto de 2.048 ncleos de processamento (fi g. 42) e com um total de 4.096 Gbytes de memria RAM e poder computacional de 16.2 Terafl op/s. O equipamento foi adquirido em conjunto com a Rede de Modelagem Oceanogrfi ca do Cenpes. Na data de sua inaugurao (2009), era o maior super-computador acadmico da Amrica Latina, ocupando ento a posio de nmero 139 no ranking mundial de supercomputadores. O equipamento destinado realizao de processamento numrico intensivo comum aos projetos de pesquisa na rea de Petrleo e Gs especialmente os que envolvem processamento de dados ssmicos, e tem sido utilizado amplamente pelas instituies que compem a Rede de Geofsica (Coordenao: Prof. Gabriel P. Silva).

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    Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

    Perfi lagem de poos e ressonncia nuclear magntica na UFRJ. Adequao e homologao do espao fsico laboratorial e aquisio de equipamentos nucleares de perfi lagem de poos, bem como a instalao de um equipamento de gerao de imagens por Ressonncia Magntica Nuclear - Maran II Ultra (fi g. 43). Projetado para analisar e caracterizar rochas e podendo estimar grandezas como visco-sidade de fl uido, porosidade da rocha, quantidade de fl uido livre entre outras medidas, alm de possi-bilitar a visualizao tridimensional da rocha e o estudo de difuso em uma, duas ou trs dimenses, o Maran II o mais completo equipamento do tipo j adquirido pela Rede de Geofsica e permitir a avaliao das propriedades hidrodinmicas dos reservatrios, promovendo maior integrao entre a geofsica de poo, a petrofsica e a engenharia de petrleo. As sondas adquiridas tambm contribuem signifi cativamente para a criao e manuteno de uma equipe de perfi lagem altamente especializada, capacitada a auxiliar as demais instituies em suas investigaes nas bacias sedimentares brasileiras (Coordenao: Prof. Jorge M. de Mendona).

    Figura 42 - Supercomputador Netuno na UFRJ.

    Figure 42 - Netuno supercomputer at Federal

    University of Rio de Janeiro.

    Figura 43 - Equipamento de Ressonncia Magntica Nucle-

    ar Maran II Ultra no Instituto

    de Geocincias da UFRJ.

    Figure 43 - Maran II Ultra Nuclear Magnetic Ressonance

    equipment at Geosciences

    Institute of the Federal

    University of Rio de Janeiro.

    Laboratrio de Geofsica Computacional (LGC) da Unicamp. Construda em parceria com outras Redes Temticas no Campus da Unicamp, a nova sede do Centro de Estudos de Petrleo - Cepetro (fi g. 44) promo-veu uma grande melhoria nas condies para a realizao de projetos de pesquisa do Grupo de Geofsica Computacional. Incluindo estaes de trabalho (fi g. 45), rede de alto desempenho e servidores, promoveu um signifi cativo aumento da capacidade de processamento de dados ssmicos, benefi ciando a pesquisa e desen-volvimento de novos algoritmos com a migrao pr e ps-empilhamento cinemtica e com preservao de

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    amplitude, a converso tempo-profundidade e a utilizao de parmetros CRS para diversas aplicaes tais como: eliminao de mltiplas, correo esttica residual e obteno de modelos de velocidade por tomografi a ssmica (Coordenao: Prof. Martin Tygel).

    Figura 44 - Edifcio do Centro de Estudos de Petrleo

    (Cepetro) na Unicamp.

    Figure 44 - Building of the Petroleum Studies Center at

    Unicamp.

    Figura 45 - Sala do Laboratrio de Geofsica Computacional da

    Unicamp.

    Figure 45 - Computer room at the Computational Geophysics

    Laboratory of Unicamp.

    Figura 46 - Ampliao da Sede do CPGG da UFBA.

    Figure 46 - Expansion of CPGG Headquarters, under

    construction.

    Centro de Pesquisa em Geofsica e Geologia - CPGG/UFBA. A infraestrutura predial com 900m2 (fi g. 46), recm fi nalizada, abrigar os laboratrios de Explorao Ssmica de Petrleo. Sero implantados o Laboratrio de Propriedades Fsicas de Rochas, o Laboratrio de Geologia Marinha e Costeira e o Laboratrio

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    de Hidrogeologia e Meio Ambiente, alm de um auditrio, sala de pesquisadores de Geologia e Geofsica e secretarias administrativas do Centro. Tal infraestrutura rene em um nico espao os pesquisadores ora dispersos em dois institutos, gerando grande melhora nas condies de trabalho, fortalecendo e ampliando as atividades no setor de petrleo e gs e aumentando a colaborao com grupos de outras instituies nacionais e internacionais (Coordenao: Prof. Olivar A. Lima de Lima).

    Laboratrio de Geofsica Aplicada da UFRN. Infraestrutura predial com o objetivo de consolidar a rea de Geofsica na universidade, aumentando a participao de pesquisadores em temas de leo e gs e ampliando a capacidade de formao de recursos humanos nestas reas. Alm do prdio (fi g. 47), foram adquiridos equipamentos geofsicos tais como um Gravmetro Scintrex CG-5 e um Resistivmetro Syscal Pro (Coordenao: Prof. Walter E. de Medeiros).

    Laboratrio de Pesquisa Aplicada Explorao de Petrleo e Gs - Lapaex/UFPA (fi g. 48). Infraestrutura que tem por objetivo atender a todas as reas de pesquisa em Geofsica de Petrleo na UFPA, agrupando reas de conhecimento em geofsica do petrleo hoje dispersas pelo campus. Abriga os seguintes laboratrios: de Processamento Ssmico (Prosis), de Processamento de Dados Geofsicos de Poo (Prolog), de Modelagem Eletromagntica (Proem) e de Mtodos Potenciais (Labmagrav). Estes laboratrios iro contribuir para o desenvolvimento de estudos, algoritmos e softwares e assim benefi ciar as pesquisas nas reas de mtodos eltricos e eletromagnticos, mtodos ssmicos, mtodos potenciais e geofsica de poo (Coordenao: Prof. Welby Silva).

    Figura 47 - Fachada do Labo-ratrio de Geofsica Aplicada

    da UFRN.

    Figure 47 - Applied Geophysics Laboratory at Federal University

    of Rio Grande do Norte.

    Figura 48 - Fachada do Laboratrio de Pesquisa

    Aplicada Explorao de

    Petrleo e Gs.

    Figure 48 - Oil and Gas Exploration Applied Research

    Laboratory at Federal

    University of Par.

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    Laboratrio de Desenvolvimento de Software Cientfi co e Aplicado - LDSC/UENF (fi g. 49). Trata-se da ampliao do poder computacional do setor de geoinformtica do Lenep, com a adequao do espao fsico por meio da instalao de mesas de trabalho e de mdulos individuais dotados de estaes de trabalho Unix. Este projeto cria condies para atender s demandas dos projetos de pesquisa e desenvolvimento em termos de modelagem fsico-numrica e desenvolvimento de algoritmos e softwares multiplataforma nas diversas reas de explorao e caracterizao de reservatrios. (Coordenao: Prof. Viatcheslav Priimenko).

    Figura 49 - Sala do Laboratrio de Desenvolvimento de

    Software Cientfi co e

    Aplicado.

    Figure 49 - Computer room, Software Development

    Laboratory at Norte

    Fluminense State University.

    Figura 50 - Fonte ssmica do tipo minivibrador adquirido

    para o Laboratrio de

    Aquisio, Processamento e

    Interpretao Ssmica da UFF.

    Figure 50 - Mini-vibrator seismic source equipment

    acquired for the Seismic

    Laboratory at Federal

    Fluminense University.

    Laboratrio de Aquisio, Processamento e Interpretao Ssmica da UFF. Infraestrutura aplicada indstria do petrleo, permitindo realizao de projetos de pesquisa em planejamento, aquisio, proces-samento e interpretao de dados ssmicos. Foram adquiridos: vibrador ssmico (fi g. 50) capaz de produzir ondas P e S; 240 acelermetros de trs componentes; um sismgrafo Sercel, e vrios equipamentos auxiliares, alm de uma picape e cabine de campo para o levantamento de dados e de uma estao de trabalho para o processamento e interpretao dos mesmos. Tais equipamentos dotam o grupo da UFF com a capacidade de realizar levantamentos ssmicos terrestres rasos mono e multicomponentes, permitindo a obteno de dados relevantes para o entendimento de efeitos ssmicos associados a camadas pouco espessas, anlise de propagao em meios anisotrpicos, aplicao de atributos ssmicos e extrao de parmetros elsticos, alm de embasarem o estudo especfi co do ciclo de aquisio, processamento e interpretao de ondas S. Alm dos equipamentos adquiridos, uma edifi cao com 800m2 (fi g. 51) est em construo e contemplar reas para a guarda e manuteno dos equipamentos bem como todo o ambiente necessrio realizao das pesquisas (Coordenao: Prof. Adalberto Silva).

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    Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

    Figura 51 - Prdio que sediar o grupo de Geocincias da

    UFF, em construo.

    Figure 51 - Geoscience group headquarters at Federal

    Fluminense University, under

    construction.

    Figura 52 - Cmara ultrassnica adquirida para o Laboratrio

    de Petrofsica da UFCG (PB).

    Figure 52 - Ultrasonic chamber acquired for the Petrophysical

    Laboratory at Campina

    Grande Federal University.

    Figura 53 - Permoporosmetro adquirido para o Laboratrio

    de Petrofsica da UFCG-PB.

    Figure 53 - Permoporosimeter acquired for the Petrophysical

    Laboratory at Campina

    Grande Federal University.

    Laboratrio de Petrofsica da UFCG-PB. Contempla a adequao do espao fsico bem como a compra de equipamentos. O projeto tem como objetivo capacitar a UFCG na caracterizao das propriedades petro-fsicas de rochas sedimentares e no desenvolvimento de pesquisas relacionadas aquisio, processamento, modelagem e interpretao integrada de dados petrofsicos. Foram adquiridos uma cmara ultrassnica para a medio das velocidades de ondas ssmicas em corpos de rocha e sua atenuao (fi g. 52), um permoporo-smetro (fi g. 53) capaz de medir diversas propriedades de corpos de rocha tais como porosidade, superfcie especfi ca, alm de diversos equipamentos auxiliares (Coordenao: Prof. Jos Agnelo Soares).

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    Pesquisa e Desenvolvimento

    Mtodo Eletromagntico a Multifrequncia para uso na explorao de hidrocarbonetos e no imageamento de reservatrios. Estudo experimental (fi g. 54) e terico com o mtodo eletromag-ntico em reas de explorao e explotao de hidrocarbonetos. O mtodo foi desenvolvido pelo Prof. Carlos Alberto Dias, patenteado em 1973 e vem passando por diversas etapas de desenvolvimento. Foram construdos prottipos dos equipamentos de aquisio em multifrequncia e realizados levantamentos em Fazenda Alegre (ES) e Fazenda Alvorada (BA), com resultados promissores. O ltimo prottipo construdo incorpora signifi cativos avanos tecnolgicos, possui capacidade de varredura sobre 140 valores de frequ-ncia no intervalo de 0,2KHz a 1KHz, maior potncia no transmissor e mais sensibilidade nos receptores em relao aos prottipos anteriores, o que permite a investigao em uma profundidade de at 3km. Vinculada a este projeto de pesquisa, foi defendida uma tese de doutorado e realizada uma dissertao de mestrado. Uma tese de doutorado e uma dissertao de mestrado se encontram em desenvolvimento (UFBA, Coordenao: Prof. Olivar A. Lima de Lima).

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    )

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    f. (m

    )

    800

    900

    1.000

    1.100

    1.200

    1.300

    1.400

    1.500

    100

    0

    200

    300

    400

    500

    600

    700

    800

    900

    1.000

    1.100

    1.200

    1.300

    1.400

    1.500

    3.00

    0

    2.90

    0

    2.80

    0

    2.70

    0

    2.60

    0

    2.50

    0

    2.40

    0

    2.30

    0

    2.20

    0

    2.10

    0

    2.00

    0

    1.90

    0

    1.80

    0

    1.70

    0

    1.60

    0

    1.50

    0

    1.40

    0

    3.10

    0

    3.20

    0

    3.30

    0

    3.40

    0

    3.50

    0

    3.60

    0

    3.70

    0

    3.80

    0

    3.90

    0

    4.00

    0

    4.10

    0

    4.20

    0

    4.30

    0

    4.40

    0

    4.50

    0

    Dist. T-R (m)

    3.00

    0

    3.10

    0

    3.20

    0

    3.30

    0

    3.40

    0

    3.50

    0

    3.60

    0

    3.70

    0

    3.80

    0

    3.90

    0

    4.00

    0

    4.10

    0

    4.20

    0

    4.30

    0

    4.40

    0

    4.50

    0

    4.60

    0

    4.80

    0

    4.70

    0

    4.90

    0

    5.00

    0

    5.10

    0

    5.20

    0

    5.30

    0

    5.40

    0

    5.50

    0

    5.60

    0

    5.70

    0

    5.80

    0

    5.90

    0

    6.00

    0

    6.10

    0

    Estao12T-res

    Figura 54 - Seo de resistividade obtida pelo levantamento eletro-magntico a multifrequncia na regio de Fazenda Alegre, ES.

    Figure 54 - Resistivity section obtained by the multifrequency electromagnetic survey at Fazenda Alegre, ES.

    Imageamento ssmico pelo mtodo CRS. Projeto objetiva desenvolver algoritmos de extrao de atri-butos CRS aplicados ao imageamento de dados ssmicos 2D e 3D (fi g. 55). Trazendo a ampla experincia do consrcio Wave Inversion Technology (WIT), o mtodo CRS estudado neste projeto visa melhorar a razo sinal/rudo e aumentar a banda de frequncia do dado ssmico, o que pode trazer grandes benefcios para a investigao de reservatrios delgados, principalmente atravs do seu estudo em trs dimenses. Neste pro-jeto foram realizados estudos visando a utilizao do CRS para: a construo de campos de velocidades para migrao em tempo ps e pr-empilhamento 2D e 3D; a atenuao de estticas residuais e de superfcie em 2D; a construo de sees de AVO/AVA; a identifi cao e atenuao de mltiplas; a obteno de modelos de

  • 42

    RED

    E DE

    GEO

    FSICA

    APLIC

    AD

    A

    (REG

    EOF)

    Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

    velocidade em profundidade atravs da tomografi a ssmica e a migrao Kirchhoff em verdadeira amplitude. Vinculadas a este projeto de pesquisa foram defendidas seis teses de doutorado e realizadas 16 dissertaes de mestrado. Cinco dissertaes de mestrado se encontram em desenvolvimento (Unicamp/UFPA, Coordenao: Profs. Martin Tygel e Jess Costa).

    3.000

    0,5

    1,5

    Tem

    po (s

    )

    2,5

    2,0

    1,0

    4.000 5.000 6.000Xcmp (m)

    7.000 8.000

    Figura 55Seo empilhada obtida

    pelo mtodo Common

    Refl ection Surface.

    Figure 55Stacked section obtained by

    the CRS method.

    Figura 56 - Conjuntos de dados extrados a partir da classifi cao por multiatributos.

    Figure 56 - Dataset extracted through the multi-attribute classifi cation.

  • 43

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    E D

    E G

    EOF

    SIC

    A A

    PLIC

    AD

    A

    (REG

    EOF)

    B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

    Aprendizagem estatstica aplicada classifi cao multiclasses em multiatributos ssmicos - Kernelsis. Estudo de mtodos baseados em ncleos e mquinas de suporte vetorial para a classifi cao de dados ssmicos em reservatrios de petrleo a partir das vrias curvas que descrevem propriedades de rochas nos poos, guiados ou no pela estratigrafi a ssmica em seus diversos atributos (fi g. 56). Foi desenvolvido o software Kernelsis com implementao de multiclasses para determinao de estruturas geolgicas a partir de dados de poos. O software conta com a implementao de coordenao das estelares de forma interativa e permite determinar a continuidade estatstica das estruturas geolgicas a partir dos dados ssmi-cos e de poos. Vinculadas a este projeto de pesquisa foram defendidas duas teses de doutorado (PUC-RJ, Coordenao: Prof. Geovan Tavares dos Santos).

    Determinao dos parmetros de reservatrios delgados a partir da inverso ssmica multi-componente dinmica. Desenvolvimento de aspectos tericos e prticos para estimativa de parmetros fsico-geolgicos sob o ponto de vista da teoria da elasticidade (fi g. 57), direcionando a implementao para o processamento de dados ssmicos multicomponentes reais. Foram desenvolvidos procedimentos e programas de computador para a estimativa das propriedades elsticas de rochas conectadas com par-metros fsicos do reservatrio de petrleo, utilizando sistemas de observao multiondas e multicompo-nentes. Foram tambm desenvolvidas tecnologias para a determinao de parmetros elsticos em reas de interesse da Petrobras. Associadas a este projeto de pesquisa, foram defendidas uma tese de doutorado e uma dissertao de mestrado (UENF, Coordenao: Prof. Viatcheslav Priimenko).

    W-A 2.000

    100

    1.000

    1.250

    1.500

    1.750

    2.000

    2.250

    2.500

    2.750

    3.000

    3.250

    3.500

    3.750 3.750

    3.500

    3.250

    3.000

    AB

    200

    300

    400

    500Z (m)

    100

    AB

    200

    300

    400

    500Z (m)

    100

    AB

    200

    300

    400

    500Z (m)

    2.500 3.000 3.500 1.000 1.500 1.8 1.9 2.0 2.1 2.2 2.3Vp(m/sec)

    Vs(m/sec)

    ro(g/cm3)

    Figura 57 - Parmetros Vp, Vs e obtidos a partir de um modelo delgado.

    Figure 57 - Vp, Vs and parameters obtained from a thin reservoir model.

    Inverso Bayesiana de AVO (multicomponente e 4D). Desenvolvimento de metodologia de inverso e anlise de AVO para dados ssmicos multicomponentes (fi g. 58) e na perturbao da resposta ssmica 4D, sua implementao computacional e testes prticos em escala de processamento ssmico industrial.

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    E DE

    GEO

    FSICA

    APLIC

    AD

    A

    (REG

    EOF)

    Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

    Figura 58 - Seo empilhada PS antes e aps precondicionamento, com seus respectivos espectros de frequncia e perfi s snicos.

    Figure 58 - PS stacked section before and after preconditioning, with their frequency spectrums and sonic profi les.

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    E D

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    SIC

    A A

    PLIC

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    A

    (REG

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    B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

    Foi realizado o desenvolvimento terico e implementao computacional de metodologias para o proces-samento e inverso de dados ssmicos que incluem um pacote de aplicativos para anlise e fi ltragem de dados por meio da transformada de curvelet e implementao da metodologia de inverso de AVO 4D (componente PP). Foi desenvolvido o fl uxo de precondicionamento de dados para inverso de AVO e sua validao ocorreu por meio de testes utilizando dados ssmicos sintticos e reais aplicado a reservatrio carbontico. Vinculadas a este projeto de pesquisa, se encontram em realizao trs dissertaes de mes-trado (UENF, Coordenao: Prof. Fernando Moraes).

    Algoritmo para converso de refl etividades para propriedades intervalares e estimativas das incertezas. Desenvolvimento e implementao computacional de um algoritmo avanado para obteno de parmetros elsticos intervalares (Vp, Vs, Ip, Is, ) a partir das refl etividades correspondentes (fi g. 59), derivadas da inverso Bayesiana de AVO. O algoritmo em questo capaz tambm de levar em conta as incertezas presentes nos dados e no modelo inicial de maneira a produzir como sada uma funo de densidade de probabilidade a posteriori para os parmetros, possibilitando a anlise quantitativa de con-fi abilidade dos resultados da inverso. O cdigo resultante foi denomi nado Invtrace, implementado no Promax e se encontra disponvel para uso na Petrobras. Tambm como fruto deste projeto, foi publicado um artigo na Geophysics em 2009 (UENF, Coordenao: Prof. Srgio Adriano Moura Oliveira).

    Figura 59Detalhe de uma seo real

    invertida com diferentes

    fatores de qualidade Q.

    a) Q= e b) Q=110.

    Figure 59Detail of a real data inversion

    with two different quality

    factors Q.

    a) Q= e b) Q=110.

    Tcnicas de absoro em contornos artifi ciais no mtodo das diferenas fi nitas aplicado pro-pagao de ondas acsticas (fi g. 60). Tem como objetivo mapear o estado da arte, implementar e analisar o desempenho das tcnicas de absoro em contornos artifi ciais na propagao de ondas acsticas, visando o desenvolvimento de programas computacionais otimizados, com a considerao de contornos absorventes. Foi realizado um estudo detalhado das principais tcnicas numricas utilizadas para a simulao da propa-gao de ondas acsticas, com destaque para o tratamento dado s condies de contorno do domnio modelado. Como mtodo para implementao computacional foi adotado o das diferenas fi nitas e estu-dado o acoplamento deste com o mtodo dos elementos de contorno. As tcnicas ABS, DZ, PML, bem como suas combinaes, foram implementadas e comparadas, tanto em 2D como em 3D, permitindo um melhor entendimento dos mecanismos de absoro e sua infl uncia nas simulaes numricas de propagao de ondas acsticas. Vinculada a este projeto foi defendida uma dissertao de mestrado (UFF, Coordenao: Prof. Raul B. Vidal Pessolani).

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    FSICA

    APLIC

    AD

    A

    (REG

    EOF)

    Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

    1,0

    0,8

    0,6

    0,4

    0,2

    0,00,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0

    centrosFigura 1 - Funo de Franke

    1,5

    1,0

    0,5

    0,00,0

    0,0

    1,0 1,00,25

    0,25

    0,50,5

    0,75y

    x0,75

    pts de ajuste

    Figura 61Malha para ajuste com nfase

    nos maiores valores do gra-

    diente, obtida atravs do uso

    de funes radiais.

    Figure 61Fitted mesh based on high

    gradient values, obtained by

    radial functions.

    Formulao quase dual do mtodo dos elementos de contorno em problemas de propagao de ondas. Anlise das condies de completude na sequncia de funes radiais e implementao de um esquema iterativo de soluo (fi g. 61). O emprego desta classe de funes possibilita uma favorvel diminuio das dimenses das matrizes que representam as propriedades fsicas de um problema e pode gerar signifi cativa economia computacional na soluo de problemas de interesse da Geofsica. Neste tra-balho foram estudadas e implementadas 27 diferentes funes, sendo duas de Buhmann, 7 de Wu e 18 de Wendland. Os resultados indicam que as funes radiais se mostraram adequadas para representar as diversas funes-objeto testadas. Vinculadas ao presente trabalho foram desenvolvidas trs dissertaes de mestrado (UFES, Coordenao: Prof. Carlos Loeffl er Neto).

    Figura 60Comparao da atenuao

    nas bordas para diferentes

    tcnicas de absoro.

    Figure 60Comparison of attenuation

    for several edge absorption

    techniques.

    350.000

    300.000

    250.000

    200.000

    Ene

    rgy

    150.000

    50.000

    00 500 1.000 1.500 2.000 2.500

    Time step3.000 3.500

    ABC+Cer jan Source 5Hz

    Standard Cer jan Source 5HzCer jan Source 5Hz

    Energy Wave 5Hz

    ABC+Liu+Cer jan Source 5HzABC+liu Source 5Hz

    ABC Source 5Hz

    4.000 4.500

    100.000

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    E D

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    EOF

    SIC

    A A

    PLIC

    AD

    A

    (REG

    EOF)

    B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

    Figura 62 - Resultado da migrao 3D com o mtodo

    RTM-REM (seo cross-line).

    Figure 62 - 3D migration obtained by the RTM-REM

    method (cross-line section).

    (x,y)=(10;10)(dx,dy)=(0,02;0,02)dt=0,01

    v1=2,0

    v2=1,0

    a b

    c d

    e f

    F igura 63Simulao da propaga-

    o de ondas ssmicas com

    malha hbrida.

    Figure 63Simulation of seismic wave

    propagation in a hybrid mesh.

    Migrao por extrapolao de ondas em 3D. Objetiva investigar mtodos rpidos para a migrao de d