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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA NÚCLEO DE BIOLOGIA EFEITOS DA PINEALECTOMIA SOBRE O TIMO DE RATOS Aluna: Maria Daniele da Silva Campos Orientadora: Prof a . Dra. Katharine Raquel Pereira dos Santos VITÓRIA DE SANTO ANTÃO/2011

EFEITOS DA PINEALECTOMIA SOBRE O TIMO DE RATOS · 2006 ; Konturek et al., 2007 ; Otálora et al., 2007 ; Martín-Renedo et al., 2008 ; Pizarro et al., 2008 ; Tam et al., 2008 ; Wu

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA

NÚCLEO DE BIOLOGIA

EFEITOS DA PINEALECTOMIA SOBRE O TIMO DE RATOS

Aluna: Maria Daniele da Silva Campos Orientadora: Profa. Dra. Katharine Raquel Pereira dos Santos

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO/2011

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

EFEITOS DA PINEALECTOMIA SOBRE O TIMO DE

RATOS

Trabalho apresentado ao Curso de

Graduação em Ciências Biológicas do

Centro Acadêmico de Vitória (CAV/UFPE)

como requisito para aprovação da Disciplina

Eletiva Trabalho de Conclusão de Curso

Autora: Maria Daniele da Silva Campos

Orientadora: Profª. Dra. Katharine Raquel Pereira dos Santos

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO/ 2011

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EFEITOS DA PINEALECTOMIA SOBRE O TIMO DE RATOS

Maria Daniele da Silva Campos

ORIENTADOR:

_____________________________________

Profª. Dra. Katharine Raquel Pereira dos Santos

(Núcleo de Biologia – CAV/UFPE)

EXAMINADORES:

_____________________________________

Prof. Dr. Francisco Carlos Amanajás de Aguiar Júnior

(Núcleo de Biologia – CAV/UFPE)

_____________________________________

Prof. Dra. Glaucia Maria Lopes Reis

(Núcleo de Nutrição - CAV/UFPE)

_____________________________________

Prof. Dra. Cristina de Oliveira Silva

(Núcleo de Nutrição – CAV/UFPE)

Vitória de Santo Antão,______ de ________________ de 2011.

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Dedico este trabalho a Deus,

familiares e Professores, por todo

amor e carinho que foi concedido, ao

longo desta trajetória de conquista e

oportunidades vivenciadas.

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AGRADECIMENTOS

A Deus por todas as coisas maravilhosas que me foram concedidas ao

longo desta trajetória que passei e das conquistas que obtive.

A minha mãe Josefa Maria da Silva, que em todos os momentos esteve

presente ao meu lado com muito zelo e carinho.

A minha orientadora Katharine Raquel pela atenção, paciência e horas

de dedicação.

A todos os professores por transmitir seus conhecimentos, suas

experiências, e apoiar-nos em nossas dificuldades.

Aos meus amigos pelo companheirismo que tivemos as dificuldades que

superamos e pelas conquistas que teremos.

Ao técnico André Pukey por sua ajuda e apoio dedicado em momentos

de dificuldades.

A todos que contribuíram de forma direta e indiretamente, e estiveram ao

meu lado em todos momentos.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Fotomicrografia do lobo (L) do timo de rata pinealectomizada com 45 dias. Zonas medular e cortical não diferenciadas. Coloração

H.E. 100x.

17

Figura 2: Fotomicrografia de timo de ratas pinealectomizada com 45

dias. Evidenciando vasos sanguíneos (V), Coloração H.E. ± 400x.

17

Figura 3: Fotomicrografia de timo de rata sham-pinealectomizada com

45 dias. Em cada lobo (L) as zonas: cortical (C) e medular (M)

diferenciadas. Coloração H.E. 100x.

18

Figura 4: Fotomicrografia de timo de ratas sham-pinealectomizada 45 dias. Evidenciando vasos sanguíneos (setas) e regiões cortical(C) e medular (M) diferenciadas. Coloração H.E. ± 400x.

18

Figura 5: Fotomicrografia de timo de ratas pinealectomizada com 45

dias. Mostrando atividade dos macrófagos contendo ferritina (Setas)

na região cortical do lóbulo tímico. Coloração Pearls ± 100x

19

Figura 6: Fotomicrografia do timo de ratas sham-pinealectomizada

com 45 dias. Mostrando atividade dos macrófagos contendo ferritina

entre as regiões cortical (C) e medular (M). Coloração Pearls ± 100x.

19

Figura 7: Fotomicrografia da região interlobular do timode rato

pinealectomizado com 45 dias. Observar grande quantidade de tecido

adiposo (TA) na região interlobula. Coloração H.E. ± 100x.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Médias dos pesos do timo por grupo analisado. Média,

Desvio padrão (DP) e número de casos válidos (N) com os níveis de significância do teste t para os pesos.

16

TABELA 2: Comparação das características microanatômicas entre os

grupos analisados. GI e GIII (Grupoo pinealectomizados); GII e GIV (Grupos Sham-pinealectomizados).

20

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SUMÁRIO

DEDICATÓRIA

iv

AGRADECIMENTOS v LISTA DE FIGURAS

vi

LISTA DE TABELAS

vii

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

6

MANUSCRITO

Resumo

12

Abstract

12

Introdução

13

Metodologia

14

Resultados

16

Discussão

21

Conclusões

22

Agradecimentos

22

Referências

23

ANEXO

Normas para submissão de trabalhos na revista Ciência Animal

Brasileira

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1

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A glândula pineal está localizada na extremidade posterior do terceiro

ventrículo, no teto do diencéfalo, com o qual está conectada por um curto

pedúnculo (Reiter, 1989; Latarjet, 2005). Esta glândula secreta principalmente a

melatonina, um hormônio não esteróide (indolamina) que dentre outras

funções, está relacionado na regulação do sistema neuroendócrino (Aires,

1999; Dangelo, 2007; Ferreira, 2010).

A síntese de melatonina (N-acetil-5-Metoxitriptamina) é realizada

principalmente na pineal e está sob controle do núcleo supraquiasmático e o

qual tem sua atividade rítmica endógena controlada pela luz ambiental. A sua

síntese se inicia com a captação do aminoácido triptofano, mecanismo que não

está totalmente elucidado (Suden, 1989 ; Moore, 2008), podendo ser de forma

ativa sob controle adrenérgico (Alonso-Solis, 1992). Nos pinealócitos, o

triptofano é transformado em 5-Hidroxitriptofano que por sua vez é convertido

por uma descarboxilase em 5-Hidroxtriptamina (serotonina). A norepinefrina

interage com os receptores a e ß-adrenérgicos, induzindo a conversão de ATP

em cAMP que causa ativação de N-Acetiltransferase (NAT), enzima esta que

atua na serotonina transformando-a em N-Acetilserotonina, e finalmente esta é

convertida em melatonina por ação da hidroxi-indol-O-metil transferase

(HIOMT) (Öcal-Irez et al., 1989; Reiter, 1991; Neto & Scaldaferri, 2005;

Ximenes, 2008).

A melatonina desempenha vários efeitos endócrinos no organismo,

como a atividade antitumoral, possui importante ação antigonadotrófica, visto

que inibe a produção de hormônio liberador das gonadotrofinas (GnRH), que é

essencial para o desenvolvimento das gônadas na fase da puberdade.

Antioxidante podendo reduzir a quantidade de radicais livres no organismo e

antidepressiva. Atua ainda como fator de indução do sono, alteração da

atividade elétrica na epilepsia, no metabolismo de carboidratos, no controle do

fenômeno de jet lag, no humor, no desempenho e como modulador de

respostas inflamatórias e imunológicas (Csaba et al.,1966; Rudeen et al., 1980;

Bartsch & Bartsch, 1981; Reiter, 1989; Wilkinson, 1991; Vanecek, 1998 ; Cos &

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Sánchez-Barceló, 2000 ; Seraphim et al., 2000 ; Lima et al., 2001 ; Adrián et al.,

2002 ; Markus et al., 2003 ; Neto & Scaldaferri, 2005 ; Gracía-Santos et al.,

2006 ; Konturek et al., 2007 ; Otálora et al., 2007 ; Martín-Renedo et al., 2008 ;

Pizarro et al., 2008 ; Tam et al., 2008 ; Wu et al., 2008).

Há múltiplos mecanismos de ação possíveis da melatonina, uma vez

que os sítios de ligação para este hormônio estão presentes em diversas

regiões do sistema nervoso central, em artérias cerebrais, em diversos tecidos

periféricos, nas adrenais, em órgãos linfóides primários e secundários, no

coração, nas glândulas mamárias, entre outros. Existem dois tipos de

receptores de membrana bem conhecidos: o ML1 com alta afinidade para

melatonina e o ML2 com baixa afinidade para este hormônio, entretanto, possui

alta afinidade com a serotonina (Dubocovich, 1999).

A glândula pineal tem conexões anatômicas e funcionais especialmente

com o sistema imunológico e, portanto, é hoje reconhecida como um

importante órgão imunoneuroendócrino no homem e nos animais. Uma série

de estudos experimentais tem relatado a melatonina influencia as funções

imunológicas devido a sua capacidade anfipática, pois pode atravessar a

membrana celular e ligar-se diretamente aos receptores ligados a órgãos

linfóides primários e secundários. Há relatos que este hormônio também tem

uma relação estimulante nos linfócitos T e macrófagos, e a sua ausência causa

atrofia no timo e no baço. Sendo observado ainda que a falta de melatonina no

organismo causa uma diminuição na produção de interleucina-2 e na atividade

das células natural killer (Oner, 2004; Gustavs, 2001; Ferreira, 2010).

Segundo Beskonakli (2001) existe uma relação entre o sistema

imunológico e o sistema nervoso central (SNC) particularmente, entre a

glândula pineal e o hipotálamo, os quais liberam neurotransmissores que

participam da modulação dos processos imunes com envolvimento do zinco, e

que a pinealectomia diminui os níveis plasmáticos de zinco. É conhecido ainda

que o principal alvo da melatonina é o timo, uma vez que, tanto a glândula

pineal como o timo são inervados pelo gânglio cervical superior. A deficiência

de zinco está associada à atrofia tímica, reduzindo a resposta imune a

antígenos T-dependente o que altera a imunidade celular, consequentemente,

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compromete a modulação das respostas imunológicas.

Há relatos contraditórios da pinealectomia em relação ao timo, visto que

de acordo com Vollrath (1981) o referido órgão, responde à pinealectomia com

aumento do peso e diminuição do número de mastócitos, enquanto Öner et al.

(2004) observou o inverso.

O timo situa-se imediatamente atrás da extremidade superior do

esterno, próximo do coração e de grandes vasos. Possui dois lobos envolvidos

por uma cápsula delgada composta por tecido conjuntivo denso não modelado,

a qual penetra no órgão através de septos de tecido conjuntivo trabecular,

dividindo o órgão em lóbulos. O estroma de cada lóbulo tímico é formado por

uma rede de células epiteliais com grande atividade mitóticas para renovação

dos tecidos, por macrófagos, células dendríticas, e pelos timócitos. Os

macrófagos são células pertencentes ao sistema mononuclear fagocitário e são

subdivididos em dois grupos de células, fagócitos e células apresentadoras de

antígeno. As células dendríticas apresentam como sua principal função

capturar e transportar os antígenos. Os timócitos são uma designação geral

das células em diferentes estágios de diferenciação que vão dar origem aos

linfócitos T maduros. (Lima, 2001; Lima, 2007; Junqueira & Carneiro 2004 ;

Gartner & Hiatt, 2007).

A porção periférica de cada lóbulo é denominada de córtex e está

constituída por tecido linfóide denso contendo a maioria dos timócitos

relativamente imaturos em proliferação, enquanto a porção central ou medular

é formada por tecido linfóide frouxo e contém as células T maduras. A

maturação dos timócitos avança simultaneamente com a migração destas

células do córtex para a medula tímica (Junqueira & Carneiro 2004; Ross,

2008).

Este órgão se forma a partir de células epiteliais derivadas do

endoderma do terceiro par de bolsas faríngeas e do mesênquima embrionário.

O seu primórdio é circundado por uma camada fina de mesênquima, este

tecido deriva de células da crista neural juntamente com as células epiteliais do

timo, este tecido mesênquimal é essencial para o seu desenvolvimento.

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(Moore, 2000; Aires, 1999).

Durante a ontogenia ocorrem modificações seqüenciais intensas das

moléculas expressas na superfície dos timócitos. Estas alterações fenotípicas

caracterizam os diferentes estágios de diferenciação da célula e permite o

estudo do desenvolvimento de linfócitos T. As células T são responsáveis pelo

reconhecimento imune-específico dos patógenos e pelo desencadeamento das

respostas imunes adaptativas. Estas células são derivadas de células-tronco da

medula óssea, entretanto, os linfócitos T sofrem um processo de maturação no

timo. A maturação e a diferenciação das células-troncos em células T

imunocompetentes denomina-se instrução das células tímicas, esse processo

se caracteriza pela expressão e deleção de antígenos de superfície CD

específicos. Em seguida as células T passam por estágios de seleção positiva

no córtex e se sobreviverem passam pelo outro estágio de seleção negativa na

medula. (Junqueira & Carneiro, 2004; Almeida, 2006; Sanches, 2006; Lima,

2007 ; Gartner & Hiatt, 2007).

Quando chegam ao timo, determinados linfócitos já estão

comprometidos com a diferenciação para linhagem T, posto que expressam,

nesse estágio, o antígeno CD7 na membrana e o antígeno CD3 no citoplasma.

Essas células progenitoras no timo, podem transformar-se em células

dendríticas intratímicas, assim como em timócitos. As interações com o

estroma tímico levam à expressão dos marcadores específicos da linhagem T.

Esses linfócitos T maduros serão transformados na grande maioria em células

auxiliadoras de memória, que ao deixarem o timo, entram na circulação e

migram para os órgãos linfóides periféricos. (Junqueira & Carneiro, 2004;

Almeida, 2006; Sanches, 2006; Lima, 2007; Gartner & Hiatt, 2007).

Ao nascimento, o timo pesa poucas gramas, na adolescência é bem

desenvolvido, mas no adulto é reduzido a uma massa fibro-adiposa, de tecido

conjuntivo amplamente infiltrado por tecido adiposo (Dangelo, 2007). Apesar de

no adulto ele diminuir, ainda continua sendo funcional e importante para

manutenção da saúde, além de secretar hormônios tímicos, como

timopoeintina e a timosina, que regulam a maturação dos linfócitos T (Guyton,

2002 ; Dangelo 2007; Moore, 2008 ).

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Foram realizados vários estudos com a pinealectomia e seus efeitos no

organismo. Um desses efeitos foi à influência da ausência da melatonina no

sistema imunológico, como exemplo o timo que é um dos órgãos central imune

celular (Beskonakli, 2001; Öner et al., 2004)

A pinealectomia elimina níveis detectáveis de melatonina, quebrando

seu ritmo diário de secreção, afetando consequentemente o sistema

imunológico, uma vez causa uma involução do timo, perda de elementos

linfóides do córtex tímico, e ocorre uma não diferenciação no limite córtico-

medular. (Öner, 2004 ; Naranjo, 2007). Naranjo (2007) demonstrou que a

pinealectomia traz como consequência um aumento no número de macrófagos,

e a presença da melatonina traz um aumento relativo no peso do timo e da

atividade mitótica dos linfócitos e células epiteliais.

Em estudos realizados por Rai (2003) com esquilos adultos do sexo

masculino, foi constatado que nos animais pinealectomizados, houve uma

diminuição significativa na quantidade de células timocíticas do timo. Já para o

grupo tratado com melatonina exógena, foi obtido resposta inversa com o

aumento de células tímicas, assim como, nos níveis de linfócitos da circulação

do sangue periférico e na medula óssea, melhorando assim o estado

imunológico.

Diante do exposto acima, o referido estudo tem por objetivo descrever os

efeitos da pinealectomia sobre o timo de ratos adultos, visando fornecer

subsídios para entender a relação entre a melatonina e o sistema imunológico.

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MANUSCRITO A SER SUBMETIDO À REVISTA CIÊNCIA ANIMAL

BRASILEIRA

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EFEITOS DA PINEALECTOMIA SOBRE O TIMO DE RATOS

Maria Daniele da Silva Campos¹; Katharine Raquel Pereira dos Santos²

¹Graduandas do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas – CAV/ Vitória de Santo Antão – UFPE;

[email protected],;² Docente do Núcleo de Ciências Biológicas – CAV/ Vitória de Santo Antão –

UFPE; E-mail: [email protected]

Resumo: A glândula pineal esta localizada no teto do diencéfalo, e participa do sistema

neuroendócrino, sintetizando um hormônio dependente de fotoperíodo chamado

melatonina, este hormônio desempenha vários efeitos endócrinos no organismo,

funcionando como modulador de respostas imunológicas. Estudos relatam que a

pinealectomia causa fortes alterações morfofisiológicas e histológicas do timo. Desta

forma, o presente estudo busca uma descrição histológica do timo em ratos machos e

fêmeas pinealectomizados, visando fornecer subsídios para entender a relação entre a

melatonina e o sistema imunológico. Portanto, foram utilizadas ratos machos e fêmeas

com 45 dias de idade. Os animais foram divididos em quatro grupos: machos e fêmeas

pinealectomizados e sham-pinealectomizados. Ao final do período de sete meses, os

animais foram anestesiados, eutanasiados e necropciados para remoção do timo. Os

timos coletados, pesados, fixados em NBF a 10% e processados seguindo a técnica

histológica de rotina. Os cortes obtidos foram corados por H.E. e analisados em

microscopia de luz. Os resultados revelaram que o timo das ratas pinelactomizadas,

apresentaram-se com uma desorganização estrutural não ocorrendo uma distinção

macroscópica das zonas, teve um aumento do número e tamanho de vasos sanguíneos, e

aumento no número de macrófagos.

Palavras – chave: Pineal; sistema imune; morfologia.

Abstrac: The pineal gland is located on the roof of the diencephalon, and participates in

the neuroendocrine system, synthesizing a hormone called melatonin photoperiod-

dependent, this hormone plays several endocrine effects in the body, functioning as a

modulator of immune responses. Studies have reported that pinealectomy causes severe

morpho-physiological and histological changes of the thymus. Thus, this study seeks a

histological description of the thymus in pinealectomized male and female rats, to

provide data to understand the relationship between melatonin and

imunológico.Portanto system, we used male and female rats 45 days old. The animals

were divided into four groups: male and female sham-pinealectomized and

pinealectomized. At the end of the period of seven months, the animals were

anesthetized and euthanized necropciados for removal of the thymus. The loans

collected, weighed, fixed in 10% NBF and processed following the routine histological

technique. The sections obtained were stained with hematoxylin and eosin and

examined under light microscopy. The results revealed that the thymus of rats

pinelactomizadas, presented with a structural disorganization occurring not distinguish

macroscopic areas, had an increase in the number and size of blood vessels and

increased numbers of macrophages.

Keywords: Pineal; immune system; morphology.

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INTRODUÇÃO

A glândula pineal participa do sistema neuroendócrino, secretando a melatonina,

hormônio que dentre outras funções, está relacionado com a regulação de um biorritmo

(Bartsch, 1981; Dubocovich , 1999; Adrián, 2002; Maksimovich, 2002; Gayton, 2002;

Markus, 2003; Junqueira & Carneiro, 2004).

A síntese de melatonina é dependente do fotoperíodo, e presumivelmente é mais

alta à noite do que durante o dia. Em todos os vertebrados, e possivelmente em muitos

invertebrados um rítmo circadiano de produção de melatonina em níveis mais altos é

sempre associado com a noite. Ocorrem múltiplos mecanismos de ação possível da

melatonina, pois tem receptores específicos como ML1 e ML2 espalhado pelo sistema

nervoso central, órgãos linfóides primários e secundários, entre outros órgãos(

Dubocovich , 1999 ; Öner, 2004 ).

Atualmente, sabe-se que a glândula pineal tem conexões funcionais com o

sistema imunológico principalmente com o timo uma vez que ambos são inervados pelo

gânglio cervical superior. E que a melatonina funciona como um modulador do sistema

imune, portanto, a pineal é hoje reconhecida como um importante órgão

imunoneuroendócrino no homem e nos animais. Sabe-se que a pinealectomia, elimina

níveis detectáveis de melatonina, quebrando seu ritmo diário de secreção, afetando

consequentemente o sistema imunológico, diminuindo a resposta primária de produção

de anticorpos e aumentando a resposta secundária causando também alterações na

histologia e morfologia do timo (Csaba et al., 1966; Vollrath, 1981; Beskonakli, 2001;

Öner et al., 2004; Ferreira, 2010).

Muitos estudos realizados comprovam que a melatonina está diretamente

relacionada com o timo. Estudos realizados por Rai (2003) e Öner et al. (2004),

observaram que a pinealectomia causa a desorganização na estrutura do timo, não sendo

diferenciadas as regiões cortical e medular. Öner et al. (2004) demonstrou ainda que a

pinealectomia acelera o processo de involução do timo.

Há ainda relatos de que a pinealectomia diminui significantemente o número de

elementos linfóides do timo, aumento no número de macrófagos fagocitários, dilatação

dos vasos sanguíneos, acúmulo de colóide nos lóbulos do timo e diminuição

significativa da quantidade de timócitos no órgão. Enquanto a administração de

melatonina em condições normais aumenta o peso relativo do timo de ratos e das

glândulas supra-renais. O peso relativo do baço também tendeu a aumentar após o

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tratamento com melatonina (Öner, 2004; Pertsov, 2006; Naranjo, 2007). Para o timo, os

estudos são contraditórios, visto que Vollrath (1981) encontrou resultados contrários.

Diante do exposto, o referido estudo tem por objetivo descrever os efeitos da

pinealectomia sobre o timo de ratos adultos, visando fornecer subsídios para entender a

relação entre a melatonina e o sistema imunológico.

MATERIAIS E MÉTODOS

1. MATERIAIS

Para o estudo foram utilizados 20 animais (Rattus norvegicus albinus), sendo 10

machos e 10 fêmeas. Os animais foram mantidos em gaiolas com alimentação e água

ad. libitum, à temperatura 22 ºC e ciclo claro/escuro 12/12h, sendo divididos em quatro

grupos com 5 animais cada:

Grupo I: ratas pinealectomizados com 45 dias de idade;

Grupo II: ratas sham-pinealectomizados com 45 dias de idade;

Grupo III: ratos pinealectomizados com 45 dias de idade;

Grupo IV: ratos sham-pinealectomizados com 45 dias de idade;

2. MÉTODOS

2.1. PINEALECTOMIA

Para realização do procedimento cirúrgico foi inicialmente administrada

medicação antibiótica (Ampicilina sódica) 20mg/kg por via intraperitoneal 10 minutos

antes da cirurgia. A pinealectomia seguiu a técnica descrita por (Kuszak e Rodin, 1977)

e adaptada por Santos et al., (2003), e foi realizada com os animais pertencentes ao

grupo I previamente anestesiados, utilizando inicialmente 0,1 ml de xilazina (20mg/ml)

e quetamina (50 mg/ml) por 100 gramas de peso, por via intraperitoneal. Após

tricotomia e assepsia da área dorsal da cabeça, foi realizada abertura da pele e do tecido

subcutâneo até a exposição da calota craniana, onde o periósteo foi afastado com o

auxílio do bisturi. Com um micromotor de baixa rotação e uma broca de dentista no 05,

foi retirado um fragmento circular da calota de aproximadamente 4 mm de diâmetro,

tendo como ponto central de referência o lambda, e colocado em solução fisiológica a

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0,9%. Em seguida, foi feita a ligadura do seio venoso e com o auxílio de pinças

adequadas, a glândula pineal foi removida sob microscópio estereoscópico.

Posteriormente, o encéfalo foi recoberto com o fragmento ósseo e suturados os planos

cirúrgicos. No período pós-operatório os animais foram colocados em gaiolas isoladas

para a recuperação anestésica e admistrado ácido acetil salicílico (AAS) 120 mg/Kg por

via oral a cada 4 horas por um período de 24 horas.

Após o período pós-operatório, os animais foram acomodados em gaiolas e

separados nas condições fotoperiódicas acima estabelecidas, onde permaneceram por

um período de 7 (sete) meses.

2.2. SHAM-PINEALECTOMIA

Os animais sham-pinealectomizados passaram pelos mesmos procedimentos

cirúrgicos descritos acima, porém os mesmos não sofreram a remoção da glândula

pineal.

2.3. EXAME MACROSCÓPICO

Ao final do período de sete meses, os animais foram anestesiados, em seguida

eutanasiados com Pentobarbital sódico (30mg/ml) na dosagem 50mg/Kg intraperitonial

e então necropsiadas. Para tanto, foi realizada uma toracotomia simples mediana por

incisão vertical para a coleta do timo, o qual foi pesado e evidenciado se havia variações

na coloração e tamanho entre os grupos analisados.

2.4. EXAME MICROSCÓPICO

Após análise anatômica, o material coletado foi clivado e fixado em NBF

(formalina a 10% neutra tamponada) e conservado no álcool a 70% e glicerinado a 5%.

Posteriormente foi processado no Laboratório de Biotecnologia e Fármacos –

CAV/UFPE, seguindo a técnica histológica de rotina descrita por (Behmer et al.,1976 ;

Rieder & Schmidt, 1987), sendo desidratados em soluções crescentes de álcool etílico

(70%, 80%, 90% e dois banhos a 100%), diafanizados em dois banhos de xilol,

impregnados e incluídos em parafina. Os blocos obtidos foram cortados com 5 µm de

espessura e em seguida corados por hematoxilina e eosina para caracterização geral da

microanatomia do timo. Foram realizada ainda a coloração de Perls para visualizar a

atividade no metabolismo do ferro celular pelos macrófagos. As lâminas obtidas foram

analisadas através da microscopia de luz.

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2.5. ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os pesos dos timos foram analisados estatisticamente através do software biostat

5.0. As médias foram comparadas entre os diversos grupos através do teste t de student.

A diferença entre os dados foram consideradas significativas quando p < 0,05.

RESUTADOS

A análise macroscópica revelou que o timo apresentava coloração mais

acentuarda nos grupos sham-pinealectomizados. Visualmente, não foram evidenciadas

diferenças no tamanho dos timos dos animais entre os grupos considerados. No entanto,

os resultados mostraram que os grupos pinealectomizados apresentaram uma menor

média dos pesos do timo quando comparado com os grupos sham-pinealectomizados

(Tabela 1), sendo estas variações estatisticamente significantivas, quando realizado teste

t comparando os grupos machos e fêmeas juntos com p < 0,02 .

Tabela 1: Médias dos pesos do timo por grupo analisado. Média, Desvio

padrão (DP) e número de casos válidos (N).

GRUPOS MÉDIA DOS PESOS + DP N

GI 0,16538 + 0,0438613 5

GII 0,18566 + 0,015276 5

GIII 0,17182 + 0,014264 5

GIV 0,20842 + 0,0306963 5

Os resultados obtidos com a análise histológica revelaram que o timo dos grupos

considerados apresentou-se revestido por uma cápsula de tecido conjuntivo, o qual

envia septos que dividem o órgão em lóbulos. No entanto, a organização lobular e a

quantidade do infiltrado de tecido adiposo interlobular diferiram entre os grupos (Tabela

2). Os grupos I e III não exibiram diferenciação entre as zonas cortical e medular (Fig.

1), entretanto, foi evidenciada uma maior densidade e dilatação dos vasos sanguíneos

lobulares (Fig. 2) quando comparado com os grupos II e IV (Figs. 3 e 4).

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Figura 1: Fotomicrografia do lobo (L) do timo de rata

pinealectomizada com 45 dias. Zonas medular e cortical não

diferenciadas. Coloração H.E. 100x

Figura 2: Fotomicrografia de timo de ratas pinealectomizada com 45

dias. Evidenciando vasos sanguíneos (V), Coloração H.E. ± 400x.

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Figura 3: Fotomicrografia de timo de rata sham-pinealectomizada

com 45 dias. Em cada lobo (L) as zonas: cortical (C) e medular (M)

diferenciadas. Coloração H.E. 100x.

Figura 4: Fotomicrografia de timo de ratas sham-pinealectomizada 45

dias. Evidenciando vasos sanguíneos (setas) e regiões cortical(C) e

medular (M) diferenciadas. Coloração H.E. ± 400x.

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Foi observado ainda um maior número de macrófagos contendo ferro celular

concentrados na região cortical do timo dos grupos I e III (Fig. 5), enquanto nos grupos

II e IV, estas células ocuparam principalmente a região cortico/medular (Fig. 6)

Figura 5: Fotomicrografia de timo de ratas pinealectomizada com 45

dias. Mostrando atividade dos macrófagos contendo ferritina (Setas)

na região cortical do lóbulo tímico. Coloração Pearls ± 100x.

Figura 6: Fotomicrografia do timo de ratas sham-pinealectomizada

com 45 dias. Mostrando atividade dos macrófagos contendo ferritina

entre as regiões cortical (C) e medular (M). Coloração Pearls ± 100x.

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O tecido adiposo interlobular foi mais abundante nos animais pinealectomizados

(Fig. 7).

Figura 7: Fotomicrografia da região interlobular do timode rato

pinealectomizado com 45 dias. Observar grande quantidade de tecido

adiposo (TA) na região interlobula. Coloração H.E. ± 100x.

Não foram observadas variações microanatômicas entre machos e fêmeas do

mesmo grupo. A tabela 2 mostra um resumo das diferenças microanatômicas observadas

entre os grupos pinealectomizados e sham-pinealectomizados.

TABELA 2: Comparação das características microanatômicas entre os grupos analisados. GI e GIII

(Grupos pinealectomizados); GII e GIV (Grupos Sham-pinealectomizados).

CARACTERÍSTICAS GI e GII GII e GIV

Região córtico/medular Não diferenciada Diferenciada

Densidade de vasos

sanguíneos

Maior Menor

Diâmetro dos vasos

sanguíneo

Maior Menor

Corpúsculo de Hassal Pouco Pouco

Macrófagos Região cortical Região cortiço/medular

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DISCUSSÃO

Os estudos recentes indicam que a melatonina desempenha vários efeitos no

organismo e que a pinealectomia elimina quase que totalmente os níveis circulantes

deste hormônio, acarretando alterações importantes no sistema imunológico. Visto que o

mesmo age nos receptores de membrana e que seus sítios de ligação são encontrados em

órgãos linfóides primários e secundários, assim, possuindo um papel importante na

regulação da função imunitária (Dubocovich et al., 1999; Beskonakli, 2001; Öner,

2004).

Alguns anos após a puberdade, o timo começa a involuir e torna-se infiltrado por

células adiposas, sendo este um processo fisiológico normal da glândula. Estas

alterações afetam diretamente a produção de células T e, conseqüentemente, a

capacidade de desenvolvimento de uma resposta imune eficiente (Lima, 2007).

As alterações observadas no timo dos animais pinealectomizados como a

diminuição do peso e o aumento do infiltrado de tecido adiposo interlobular,

corroboram os estudos realizados por Csaba (1966), Öner (2004) e Naranjo (2007), os

quais demonstraram que a pinealectomia acelera o processo de atrofia tímica, reduzindo

consequentemente o peso do mesmo, enquanto o tratamento com melatonina estimula a

sua hiperplasia. Do ponto de vista funcional, este hormônio tem um papel importante na

regulação da função imunitária, visto que o timo atrofiado diminuirá o processo de

formação e maturação das células.

Os linfócitos T são responsáveis pelo reconhecimento imune-específico dos

patógenos e pelo desencadeamento das respostas imunes adaptativas (Lima, 2007). A

organização estrutural do lóbulo tímico é importante no processo de maturação dos

linfócitos, uma vez que os linfócitos passam por uma seleção positiva no córtex em que

se reconhecem as moléculas do MHC da própria pessoa, além de antígenos próprios

como estranhos. Posteriormente a esta etapa, os linfócitos sobreviventes que passaram

pelo teste de seleção positiva saem do córtex e seguem em direção a medula, no qual

passam por outro processo de seleção em que se reconhecem outros antígenos próprios,

consistindo na seleção negativa (Ross, 2008). Desta forma a desestruturação básica do

lóbulo tímico observada nos grupos pinealectomizados, pode comprometer o processo

de instrução dos linfócitos T.

Observou nesse estudo que ocorreu um aumento no número de macrófagos

fagocitando o ferro nas regiões cortical dos grupos pinealectomizados em relação ao

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grupo controle que apresentou macrófagos fagocitando o ferro em menor quantidade,

principalmente na região cortico/medular. Estes resultados ainda devem ser melhor

investigados para interpretações mais concretas.

A gliproteína (VEGF) consiste no fator de crescimento endotelial, sendo um

potente e seletivo fator mitogênico para o endotélio. De acordo com Fuchs (2010) a

pinealectomia eleva os níveis de VEGF e consequentemente, aumenta a atividade celular

do endotélio, além de promover a dilatação dos mesmos. No presente estudo foi

observado uma maior vascularização dos lóbulos tímicos dos grupos pinealectomizados.

Resultados semelhantes já foram observados uma variedade tecidos e órgãos de animais

pinealectomizados, no entanto, no timo este fato ainda não tinha sido relatado.

CONCLUSÃO

Os resultados obtidos através deste estudo confirmam que a diminuição dos

níveis de melatonina, através da pinealectomia provoca alterações na estrutura

histológica do timo, acelera o processo de involução, causa desestruturação das camadas

cortical e medular do órgão, diminuição nos níveis de linfócitos, aumento no número de

células fagocitárias e dilatação dos vasos sanguíneos e estas modificações influenciará

na fisiologia do timo consiste em um dos órgãos centrais do sistema imune.

AGRADECIMENTOS

Dedico este trabalho:

A professora orientadora Katharine Raquel Pereira dos Santos, por todo apoio,

dedicação e paciência prestada.

Ao professor colaborador Francisco Amanajás, por toda ajuda dedicada.

Ao técnico André Pukei pela colaboração durante o processo.

A Universidade Federal de Pernambuco- CAV pela oportunidade do desenvolvimento

do trabalho.

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ANEXO

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NORMAS PARA SUBMISSÃO DE TRABALHOS NA REVISTA CIÊNCIA

ANIMAL BRASILEIRA

SISTEMA ELETRÔNICO DE EDITORAÇÃO DE REVISTAS/OPEN JOURNAL SYSTEMS

Ajuda do sistema/Journal Help

U S U ÁR I O / U S E R

DIRETRIZES PARA AUTORES

Os trabalhos podem ser redigidos em português, inglês ou espanhol. Os textos devem

ser organizados da seguinte forma: 1- Título; 2- nomes dos autores (por extenso); 3-

filiação científica (informar departamento, instituto ou faculdade, universidade,

CEP,cidade, estado país e e-mail) -Atenção: os nomes de todos os autores do trabalho

devem ser cadastrados nos campos apropriados na hora da submissão, e retirados

do arquivo para preservar o sigilo editorial; 4- Resumo (na língua principal do texto

e Abstract (em inglês), com um máximo de 200 palavras); 5- Palavras-chave (máximo

de cinco, apresentadas na língua do texto e em inglês - Keywords); 6-Introdução; 7-

Material e Métodos; 8- Resultados e Discussão (separados se necessário);9-

Conclusões; 10- Agradecimentos (se necessário) e 11- Referências, em ordem

alfabética pelo sobrenome do primeiro autor, seguindo a NBR 6023, da ABNT.

A revista Ciência Animal Brasileira sugere que o número máximo de autores por artigo

seja de 6 (seis). Artigos com número superior a 6 (seis) serão considerados exceções e

avaliados pelo Conselho Editorial e, se necessário, solicitada a correção. O não-

atendimento de tal proposta pode implicar em recusa de sua publicação.

Artigos do tipo Nota Científica, Relato de Caso e similares não estão sendo aceitos para

submissão. Artigos de Revisão de Literatura somente serão publicados quando

solicitados por convite do Conselho Editorial.

A utilização de referências a partir de resumos simples ou expandidos e trabalhos

completos em anais de eventos é, em muitas ocasiões, de difícil recuperação.

Solicitamos que os autores reduzam ao máximo o número desse tipo de citação e,

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quando o fizer, obrigatoriamente, citem as páginas eletrônicas para recuperação desses

documentos.

Com relação às teses, dissertações, monografias e documentos semelhantes também

deve ser seguido o mesmo procedimento, pois existe o cadastro nacional de teses da

CAPES e os bancos locais das universidades que publicam esses documentos no

formato pdf. Documentos dessa natureza com mais de cinco anos de conclusão

costumam ser de difícil resgate. Além do mais, costumam gerar artigos em revistas

cientificas e técnicas, cujo acesso, normalmente, é mais fácil.

Solicita-se, também, priorizar referências de periódicos, e não de livros-texto.

O editor científico pode solicitar essas informações no momento de sua editoração. Seu

atendimento agilizará a sua publicação. O processo de resgate fácil das informações é o

ponto principal de uma referenciação bibliográfica, técnica ou eletrônica.

CONDIÇÕES PARA SUBMISSÃO

Como parte do processo de submissão, os autores são obrigados a verificar a

conformidade da submissão em relação a todos os itens listados a seguir. As submissões

que não estiverem de acordo com as normas serão devolvidas aos autores.

1. A contribuição é original, e não está sendo avaliada para publicação por outra

revista.

2. Os arquivos para submissão estão em formato Microsoft Word, OpenOffice ou

RTF (desde que não ultrapasse os 2MB). No arquivo da submissão, excluir apenas os

nomes e identificação dos autores, todos os outros elementos (título em português e em

inglês, resumo, palavras chave, abstract e keywords) devem permanecer no arquivo. O

preenchimento do cadastro inclui todos os autores envolvidos (máximo de 6 autores),

selecionando o contato principal. Atentar para o item 6 destas normas.

3. Todos os endereços de URLs no texto (Ex.: http://www.ibict.br) estão ativos e

prontos para clicar.

4. O texto está em espaço 1,5 com linhas numeradas; usa uma fonte de 12-pontos

Times New Roman; emprega itálico ao invés de sublinhar (exceto em endereços URL);

com figuras e tabelas inseridas no texto, e não em seu final.

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5. O texto segue os padrões de estilo e requisitos bibliográficos descritos

em Diretrizes para Autores, na seção Sobre a Revista.

6. A identificação de autoria deste trabalho foi removida do arquivo e da opção

Propriedades no Word, garantindo desta forma o critério de sigilo da revista, caso

submetido para avaliação por pares (ex.: artigos). Os nomes de TODOS os autores, com

sua respectiva identificação institucional, foi cadastrada nos metadados da submissão,

usando a opção incluir autor. Em caso de citação de autores, "Autor" e ano são usados

na bibliografia, ao invés de Nome do autor, título do documento, etc.

POLÍTICA DE PRIVACIDADE

Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os

serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras

finalidades ou à terceiros.