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06/05/2013
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FORMAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE PASTAGENS
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Pecuária brasileira está fundamentada na exploração de 170 milhões de hectares de pastagens.
INTRODUÇÃO
Gênero Brachiaria, ocupam mais de 60% desta área, constituindo-se no gênero de gramínea de maior área ocupada no país.
Cerca de 100 milhões de hectares (58 % do total) são ocupados com pastagens cultivadas ou artificiais.
3
O investimento na formação ou implantação de pastagem pode ser considerado uma das atividades mais importantes.
INTRODUÇÃO
Custo elevado!!! 4
4
Onerosa
INTRODUÇÃO
5
INTRODUÇÃO
6
INTRODUÇÃO
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Formação de pastagens: inclui planejamento e projeção da exploração.
INTRODUÇÃO
O sucesso da formação de uma pastagem depende muito mais do conhecimento do que de sorte.
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PLANEJAMENTO
Decisão
Recuperar
Renovar Estabelecer
Análise criteriosa: uso para a pastagem, atividade a ser adotada, nível tecnológico a ser adotado,
características do solo.
9
FORMAÇÃO DE PASTAGENS
Local para implantação da pastagem;
Escolha das espécies forrageiras;
Análise, preparo do solo, correção e adubação;
Cuidados no plantio e época de plantio;
Qualidade da semente;
Densidade de semeadura;
Profundidade de plantio e compactação;
Condições de umidade;
Controle de plantas invasoras;
Utilização da pastagem.
• Escolha da Área
10
10
• Topografia da região
11
11
• Topografia da região
12
12
Métodos adequados de preparo do solo, escolha da planta
forrageira.
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• Escolha da espécie forrageira
13
“Capim da moda”
“Capim milagroso”
????
14
FORMAÇÃO DE PASTAGENS
• Escolha da espécie forrageira
Tolerância à seca;
Tolerância a geadas;
Tolerância a inundação periódica;
Tolerância a pragas e doenças;
Tolerância a acidez, exigência quanto adubação;
Hábito de crescimento;
Capacidade de produzir sementes;
Potencial produtivo;
Período de estabelecimento;
Capacidade de rebrotação;
Preferência pelo animal.
15
• Escolha da espécie forrageira
16
• Escolha da espécie forrageira
17
• Escolha da espécie forrageira
18
• Escolha da espécie forrageira
Contra erosão do solo
< produção de forragem, desvalorização da terra e
assoreamento dos mananciais de água
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• Escolha da espécie forrageira
20
• Escolha da espécie forrageira
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FORMAÇÃO DE PASTAGENS
Coleta de amostras de solo para análise
O preparo do solo
• Amostragem e análise do solo
1ª Etapa: Subdividir a área em talhões ou glebas mais homogêneas possível
22
• Amostragem e análise do solo
23
Profundidade: 0 a 20 cm
• Amostragem e análise do solo
2ª Etapa: Antes da colheita da amostra de solo, deve-se remover toda a cobertura vegetal existente sobre o solo
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Caminhamento em zigue-zague
Mínimo 20 locais diferentes
Amostra composta
Caixinha ou saquinho de plástico identificado
Procedimento da amostragem • Amostragem e análise do solo
3ª Etapa: Em cada gleba ou talhão deve-se colher de 20 a 30 amostras
26
• Amostragem e análise do solo
4ª Etapa: As 20 a 30 amostras simples retiradas por talhão ou gleba homogênea, depois de rigorosamente misturadas, constituem amostra denominada de composta
27
• Amostragem e análise do solo
5ª Etapa: Após a conclusão da colheita das amostras compostas de cada gleba ou talhões, faz-se a identificação da amostras.
28
29
Análise do solo e Adubação
Amostragem do solo
Existem manuais para a
determinação das doses
dos corretivos e adubos
Permite: avaliar a fertilidade do solo;
definir as doses de corretivos e adubos.
30
Correção da acidez do solo Aplicação:
Dois a três meses antes do plantio
No início das chuvas
Incorporação
20 a 30 cm
aração
uma gradagem de nivelamento (antes do
plantio)
Tipo de Corretivo
Calcário
Cal virgem agrícola
Cal hidratada agrícola ou cal extinta
Calcário calcinado
Escória básica de siderurgia
Carbonato de cálcio
PRNT
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Adubação de correção
Micronutrientes
Leguminosas
Forrageiras mais produtivas recomenda-se:
80Kg/ha de FTE – BR.12 (9% -Zn, 1,8% - B, 0,8%
- Cu, 3% - Fe, 2% - Mn, 0,1% - Mo, 0% - Cu)
Aplicação: à época da correção do solo
Muito pouco se sabe sobre as exigências das
plantas nestes elementos.
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Adubação de correção
Macronutrientes
Cálcio e magnésio:
Formas disponíveis em pH acima de cinco
Correção da acidez fornece, normalmente,
as quantidades exigidas
Enxofre:
Normalmente o uso de superfosfatos e
sulfatos podem ser o suficiente para pastagem
O gesso
Eliminar o Al+3 trocável
Fornece Cálcio
Fornece quantidade apreciável de S ao
solo
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Adubação de correção
Micronutrientes
Leguminosas
Forrageiras mais produtivas recomenda-se:
80Kg/ha de FTE – BR.12 (9% -Zn, 1,8% - B, 0,8%
- Cu, 3% - Fe, 2% - Mn, 0,1% - Mo, 0% - Cu)
Aplicação: à época da correção do solo
Muito pouco se sabe sobre as exigências das
plantas nestes elementos.
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Adubação de manutenção
Anual, devido ao ciclo vegetativo das espécies
forrageiras
Análise de solo de amostras coletadas nos 10 cm
superficiais
Pastagens já formadas
Fósforo: fosfatos naturais reativos e em
cobertura
Nitrogênio: de 60 a 240 Kg de N por ano,
independente da análise do solo.
Economicidade
35
Limpeza da área
Áreas de agricultura ou pastagem
roçada geral e/ou aplicação de herbicida para
posterior semeadura
Áreas com vegetação natural
Correntão: para áreas maiores e planas e com
vegetação composta de arvoretas pouco densas
Lâminas frontais: áreas com vegetação mais
densa
Limpeza manual: recomendado para áreas
pequenas e/ou locais de difícil mecanização
Queima: menos recomendável
Uso de correntão
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Uso de
Lâminas
frontais
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• Sistema de cultivo convencional: uma aração e gradagens, após semeadura a lanço seguido de um rolo compactador ou gradagem;
• Sistema de cultivo direto: semeadura direta
por meio de uma semeadora sem sulcador
apenas com disco de corte;
• Sistema de cultivo mínimo: por meio de uma
gradagem ou escarificação, após semeadura a
lanço seguido de um rolo compactador.
SISTEMAS DE CULTIVO
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• Preparo do solo e práticas conservacionistas:
O preparo do solo → condições para o desenvolvimento do sistema
radicular → proporcionar produção de MS dentro das condições de
clima e nutrição de plantas.
a) Incorporar restos culturais
b) Controlar plantas daninhas
c) Eliminar camadas compactadas
d) Incorporar corretivos e fertilizantes
e) Deixar o solo o suficientemente solto e em condições adequadas
para receber as sementes ou mudas da espécie forrageira que será
implantada.
PREPARO DO SOLO
40
• Em áreas cobertas com vegetação baixas, como: cerrados
ralos, campos nativos e de pastagens degradadas, com pequeno
grau de declividade:
1. aração com arado tipo aiveca;
2. gradagem de nivelamento, antes do plantio;
3. nos arenosos recomenda-se fazer uma compactação do solo com
rolo compactador, antes e após a semeadura;
PREPARO DO SOLO
Arado de discos
Grade pesada ou aradora
PREPARO DO SOLO Implementos
41
O preparo do solo Grade leve ou
niveladora
PREPARO DO SOLO
Implementos
Cuidado:
Deficiência de preparo: terreno muito irregular, variação da profundidade das sementes.
Excesso de preparo: compactação e erosão mais fácil.
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Arar
Gradear
Preparo convencional Preparo convencional
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Forma incorreta de preparo de solo
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Cultivo mínimo
O cultivo mínimo: forma não convencional de preparo do
solo para receber mudas ou sementes de uma determinada
cultura
Consiste do preparo do solo e plantio ao mesmo tempo,
em um menor número de operações possível
Apenas as linhas em que haverá o plantio terão o solo
revolvido
Há o revolvimento mínimo do solo
Benefícios:
Menor revolvimento do solo
Conserva a estrutura a estrutura do solo
Mantém o solo coberto pelos resíduos da cultura
Economia de combustível.
Diminui a ação de processos erosivos
Cultivo mínimo
Conservação do Solo
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Conservação do Solo
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FORMAÇÃO DE PASTAGENS
Melhor época de plantio: novembro a janeiro;
Plantio
INÍCIO DO PERÍODO CHUVOSO
Boas condições para germinação
Facilidade para o preparo do solo
O método de plantio escolhido deve possibilitar a
distribuição uniforme das sementes ou mudas;
Final do período chuvoso: riscos para a formação do pasto;
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Semeadura manual
Matraca
Lanço
PLANTIO PLANTIO
MANUAL
Mudas - planta c/ raiz;
- estolão maduro
(100 dias);
- 8 a 10 gemas;
- até 10 dias;
58
Covas – planta c/ raiz;
- estolão cortado;
- 3 t/ha.
Sulco – planta c/ raiz;
- estolão inteiro;
- estolão cortado;
- 2,5 t/ha.
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PLANTIO
60
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61
62
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MECANIZADO
Plantadora
- Solo adubado (total);
- sulca e cobre;
- maior gasto – 4,5 t/ha;
- muito dependente do clima.
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PLANTIO MÉTODOS DE SEMEADURA
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Forma com que as sementes são distribuídas na área
Sulcos Aérea Lanço
MÉTODOS DE SEMEADURA A LANÇO
• Grande capacidade operacional
• Altamente dependente das condições ambientais
• Utilização de alta densidade de semeadura
• Menor contato da semente com o solo
• Demora no estabelecimento da pastagem
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SULCOS
Permite maior uniformidade de semeadura
Maior contato semente - solo
Distribuição da semente, adubo, cobertura e compactação na mesma operação
Linha de plantio.
70
MÉTODOS DE SEMEADURA
Aérea
Na semeadura aérea, que é um plantio de risco, recomenda-se aumento de 50 a 80% a quantidade de sementes.
71
71
MÉTODOS DE SEMEADURA
72
Sistema plantio direto (SPD) Plantio direto: processo de semeadura em solo não
revolvido, no qual a semente é colocada em sulcos ou
covas, com largura e profundidade suficientes para a
adequada cobertura e contato das sementes com a terra
Técnica de cultivo conservacionista
Considera-se uma técnica de cultivo mínimo
Objetivo: manter o solo sempre coberto por plantas em
desenvolvimento e por resíduos vegetais
Essa cobertura tem por finalidade:
Proteger o solo do impacto das gotas de chuva
Escoamento superficial
Erosões hídrica e eólica
O preparo do solo limita-se ao sulco de semeadura,
procedendo-se a semeadura, a adubação e, eventualmente,
a aplicação de herbicidas em uma única operação
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Sistema plantio direto (SPD)
Fundamentos
Eliminação/redução das operações de preparo do solo
Uso de herbicidas para o controle de plantas daninhas
Formação e manutenção da cobertura morta
Rotação de culturas
Uso de semeadoras específicas
Sistema plantio direto (SPD)
Sistema plantio direto (SPD) Sistema plantio direto (SPD)
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FORMAÇÃO DE PASTAGENS
Boa regulagem do equipamento de plantio
Qualidade das sementes/mudas
Taxa de semeadura
A compra da semente e a taxa adequada de
semeadura baseiam-se no valor cultural
Cuidados com o Plantio
Uma causa frequente de insucesso é o plantio de
quantidades insuficientes de sementes;
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Qualidade da semente
Diferentes processos de colheita e diversas origens
Teste de germinação e pureza das sementes
Simples e permite uma estimativa razoável do valor cultural (VC)
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Frequentemente é baixa
Taxa de semeadura
Estima-se que 10 a 20 plantas/m2 é um bom número
Varia muito em função da espécie, condições climáticas, método de semeadura adotado
Aumentar a taxa de semeadura para corrigir essas variações
80
Quantidade de sementes por unidade de área
81
FORMAÇÃO DE PASTAGENS
Taxa de semeadura
Q = kg de SPV x 100 VC VC= valor cultural (%)
Espécies com sementes pequenas necessitam de maior número de sementes viáveis por m2
É a quantidade de sementes, em percentagem, que
germinará em condições normais de umidade,
temperatura e oxigênio.
VALOR CULTURAL
Ex.:
Pureza = 50%
Germinação = 80%
82
83
FORMAÇÃO DE PASTAGENS
Recomendação da taxa de semeadura
Espécie forrageira Sementes puras viáveis (kg/ha)
Tanzânia-1 1,6
Mombaça 1,8
Vencedor 2,0
Tobiatã 2,5
Brizantão 2,8
Decumbens 1,8
Humidícola 2,5
Dictyoneura 2,5
Pensacola 1,5
ASPECTOS A CONSIDERAR NA FORMAÇÃO: Taxa de semeadura
Ex.: VC = 40 % ; Brachiaria
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ASPECTOS A CONSIDERAR NA FORMAÇÃO: Taxa de semeadura
Condições ideais:
85
ASPECTOS A CONSIDERAR ANTES DA FORMAÇÃO: ASPECTOS A CONSIDERAR NA FORMAÇÃO: Taxa de semeadura
Condições médias:
86
ASPECTOS A CONSIDERAR NA FORMAÇÃO: Taxa de semeadura
Condições adversas:
87 88
FORMAÇÃO DE PASTAGENS
Sementes graúdas (Braquiárias) – 1,5 a 2 cm
Sementes miúdas (Coloniões) – 0,5 a 1 cm
As sementes devem ser cobertas após a distribuição na
área
Compactação: após o plantio passa-se um rolo
compactador sobre o terreno, de tal forma que o mesmo
irá acomodar o solo sobre a semente.
Profundidade e compactação
Profundidade está acondicionaa a fatores como ar, umidade e temperatura para boa germinação
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Implementos para a incorporação das
sementes, quando a semeadura for feita a
lanço:
Grade niveladora fechada
logo após a semeadura
germinação e emergência das
plântulas.
Rolo compactador
sempre ser empregado em solos
arenosos
Compactação
Grade
niveladora
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Uso de rolo compactador
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• Compactação
Controle de plantas invasoras
Manual
Mecânico
Cultural
Químico (solicitar orientações técnicas sobre tipo de
herbicida e doses adequadas para minimizar danos ao meio
ambiente)
94
MANEJO PARA FORMAÇÃO DE PASTAGENS
95
96
FORMAÇÃO DE PASTAGENS
Manejo de formação
Chamado pastejo de uniformização;
Pastejo iniciado entre 60 - 90 dias;
Evitar o acamamento das plantas;
Eliminar a maior parte das gemas apicais,
estimulando emissão de novos perfilhos e raízes;
Propiciar mais rápida e completa cobertura do
solo;
Benefícios
100
RECUPERAÇÃO DE PASTAGENS
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Recuperação de pastagens
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Degradação: Fenômeno de abrangência global caracterizado pela diminuição da produtividade, do vigor,
e aparecimento de plantas invasoras
Principais causas Falha no estabelecimento
Prática inadequada de pastejo – não considera-se o ritmo
de crescimento das plantas
Práticas inadequadas de manejo da pastagem – falta da
adubação de manutenção, fogo...
Fatores bióticos
Fatores abióticos
- Limpeza e eliminação de macega
102
SOLO
PASTO
FOGO PÓS-FOGO
Perda de nutrientes por volatilização (C, N, P)
Maior mineralização
da matéria orgânica
devido ao calor
Calor + cinzas
aumentam o
pH do solo Aumento na
disponibilidade
de nutrientes
Nutrientes (N,
P, cátions, etc.)
provenientes
das cinzas
Perda de
nutrientes
por
erosão
das
cinzas e
do solo
Perda de nutrientes por lixiviação
103 104
Representação simplificada do conceito de pastagem degradada.
Decréscimo da produtividade ao longo dos anos de implantação
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Recuperação de pastagens
106
Processo de degradação Varia com cada situação
Mais de uma causa envolvida
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Degradação da pastagem
Menor disponibilidade de forragem
(queda na capacidade de suporte)
Áreas de solo
descoberto
Diminuição da
capacidade
competitiva da
forrageira
Plantas daninhas
Ciclagem nutrientes
(queda fertilidade solo)
Prática inadequadas de pastejo Ausência de adubação
Fatores bióticos
Fatores abióticos
Falhas no estalecimento
Uso excessivo do fogo
1
2
3
4
(1) Consequências primárias (2) secundárias (3) durante o processo (4) final do processo de degradação
108
Recuperação de pastagens
109
É importante identificar as principais causas e
processos envolvidos na degradação e como recuperar.
Recuperação: importante para o aumento da produção de carne, leite sem necessidade de
haver aumento de áreas plantadas
Estádio de degradação: diferentes intensidades e estratégias de intervenção para recuperar a produtividade.
Pastagem Degradada
Recuperação
(mesma espécie) Renovação
(substituição da espécie)
Direta Direta Indireta Indireta
Operações mecânicas
e químicas
Calagem e adubação
Processos mecânicos
e químicos
Calagem, adubação
e herbicidas
Rotação com lavouras
Operações mec.
e químicas
Calagem, adubação
e herbicidas
Operações mecânicas
e/ou químicas
Calagem e adubação
Culturas anuais
MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO / RENOVAÇÃO
110
Recuperação de pastagens
111
Estratégias de recuperação
Renovação
Implantação de sistemas agroflorestais e agrícolas
Pousio
A escolha estaria acondicionada a diversos fatores (econômico, agronômicos, ecológicos,
estádio de degradação)
Recuperação de pastagens
112
Estratégias de recuperação
Renovação
Quando proporção da gramínea ou leguminosa na pastagem é muito baixa ou inexistente
Novo processo de formação
Condicionada ao tamanho da área, percentual de infestação, estádio de desenvolvimento das plantas daninhas
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Recuperação de pastagens
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Estratégias de recuperação
Renovação
Pequenas propriedades, invasoras de porte baixo: renovação é prática simples
Plantio manual
Recuperação: competitividade do capim
Recuperação de pastagens
114
Estratégias de recuperação
Renovação
Área extensas, alto percentual de plantas invasoras de grande porte: renovação envolve enleiramento, gradagem do solo, adubação e a semeadura.
Recuperação de pastagens
115
Estratégias de recuperação
Renovação
Adubação: essencial para a recuperação da produtividade dos pastos degradados.
Adubação: complexa do ponto de vista econômico.
Importante: manejo pós-adubação
Práticas que diminuam perdas causadas pelo aumento na taxa de crescimento do pasto.
Recuperação de pastagens
116
Estratégias de recuperação
Renovação
Importante: Leva ao aumento da produção de carne e leite sem aumento de área plantada.
Sem incorporação de áreas naturais ainda inalteradas
Recuperação de pastagens
117
Estratégias de recuperação
Sistemas agroflorestais e agrícolas
Alternativa ecologicamente mais apropriada para recuperar a produtividade de áreas degradadas
Sistemas silvipastoris: combinação de árvores,
pastagem e gado numa mesma
área ao mesmo tempo e
manejados de forma integrada.
Recuperação de pastagens
118
Estratégias de recuperação
Sistemas silvipastoris
Benefícios:
Conservação do solo;
Conservação dos recursos
hídricos;
Promoção de sequestro de
carbono;
Aumento na biodiversidade.
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Recuperação de pastagens
119
Estratégias de recuperação
Sistemas silvipastoris
Suplementação da dieta animal durante período de baixa
produtividade do pasto.
Solo: melhorias na ciclagem de nutrientes e atividade
biológica do solo.
Animal: influência no comportamento.
Prática pouco comum: maior complexidade de
implantação, carência de informações tecnológicas,
maiores custos, mão-de-obra capacitada.
Viabilizar: fornecer
sementes e mudas
a baixo custo
Recuperação de pastagens
120
Sistemas silvipastoris
Não é simplesmente plantar árvore e gramínea
Necessita-se de conhecimento a respeito
Características desejáveis de uma árvore:
rápido crescimento, mercado, valor do
produto, não ser tóxica...
Características desejáveis de uma
gramínea: tolerante ao sombreamento...
Recuperação de pastagens
121
Estratégias de recuperação
Sistemas silvipastoris
Plantas utilizadas:
Gramíneas Árvores
Paricá Brachiaria humidicola Brachiaria brizantha Panicum maximum Mogno brasileiro Acácia mangium
Não há receita. Peculiaridades devem ser
compreendidas e referenciadas nas condições
regionais.
Recuperação de pastagens
122
Sistemas silvipastoris
Arranjo espacial: gerar sombra sem que o animal
tenha que caminhar grandes distâncias
Manejo:
- Desrama e desbaste (manejo do
componente arbóreo);
- Manejo do pastejo.
Recuperação de pastagens
123
Estratégias de recuperação
Sistemas agropastoris:
plantio de culturas anuais como a soja, o milho, o arroz sob
sistema de rotação ou de consórcio com as plantas
forrageiras.
Objetivo: Viabilizar economicamente.
Amortizar custos de
recuperação com
comercialização da produção
da cultura anual.
Recuperação de pastagens
124
Estratégias de recuperação
Sistemas agropastoris:
Duas formas de recuperação: 1. Plantio consorciado
1. Plantio exclusivo da cultura
anual e plantio da pastagem após
a colheita da última safra da
cultura (rotação)
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125
Set – Ago – Jul – Jun – Mai – Abr
Out – Nov – Dez – Jan – Fev – Mar
Rotação lavoura-pastagem
Milho + Braquiária
Milho + braquiária Colheita do milho
Pastejo da braquiária
125
Set – Ago – Jul – Jun – Mai – Abr
Out – Nov – Dez – Jan – Fev – Mar
Rotação lavoura-pastagem
Soja (ciclo curto) + Braquiarão
Soja precoce
Pastejo direto
Colheita da soja Plantio a lanço o do Braquiarão
126
Recuperação de pastagens
127
Estratégias de recuperação
Sistemas agropastoris
Solo: melhorias no nível de fertilidade e conservação da
MO do solo.
Apropriada para produtores
já envolvidos com produção
de grãos.
Produtores de carne ou leite:
arrendamento da terra
pode minimizar gastos com
equipamentos, infra-
estrutura.
128
Estratégias de recuperação
Integração lavoura-pecuária
O QUE É
INTEGRAÇÃO LAVOURA- PECUÁRIA (ILP)?
É a diversificação e rotação das atividades de
agricultura e de pecuária dentro da propriedade,
constituindo um mesmo sistema, com benefícios para
ambas
129
BENEFÍCIOS DA INTEGRAÇÃO
• A lavoura possibilita melhoria da fertilidade do solo
permitindo ganhos em produtividade.
• Adubação de manutenção mantém este novo
patamar de produtividade.
Para a Pastagem
130
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22
BENEFÍCIOS DA INTEGRAÇÃO
Para a Lavoura
A pastagem favorece:
• Melhoria da qualidade física e biológica do solo;
• Aumenta a matéria orgânica;
• Redução de pragas e doenças;
• Minimiza erosão;
• Com plantio direto reduz uso de agrotóxicos.
132
• Efeito no solo
• Efeito nas plantas
• Efeito nos animais
• Efeito econômico e ambiental
Integração Lavoura-Pecuária
133
Fertilidade do
solo corrigida
durante cultivos
anuais
Características
fisicas e
biológicas do
solo
melhoradas
com a
pastagem
Efeito no solo
134
Efeito sobre produção de milho, sorgo, soja e arroz
Adaptado: Embrapa (2001)
Efeito nas plantas
135
Período Águas* Secas**
P inicial (kg) 243 349,9
P final (kg) 381 473,2
GMD (kg) 0,730 1,03
Lotação (UA/ha) 3,0- 4,3 2,1- 3,0
Desempenho de animais durante o período da seca e das águas em
pastagens formadas pelo Sistema Santa Fé no ano 2001/02.
*Suplementação com mineral
** Suplementação de 2,0 kg/animal/dia (84% gérmen de milho , 12% de farelo de girassol,
2,2% uréia, 1,8% de calcário + suplemento mineral).
Efeito nos animais
136
Fonte: Adaptado de Magnabosco et al., (2003)
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Como pode ser feita a ILP?
Plantio Direto
Plantio Convencional
137
Milho em monocultivo sem capina – P. Convencional
Milho em monocultivo sem capina - Plantio Direto
PLANTIO CONVENCIONAL X PLANTIO DIRETO
138
0
5
10
15
20
25
30
Solo descoberto
Plantio convencional
Plantio direto
Pastagem bem manejada
Solo erodido (t/ha/ano)
Água perdida (% da chuva)
139
Resíduos(t/ha) Escorrimento Infiltração Perda
0 45,3% 54,7% 13,69t/ha
0,550 24,3% 74,7% 1,56t/ha
1,1102 0,5% 99,5% 0,33t/ha
2,205 0,1% 99,9% 0
4,410 0 100% 0
Fonte: Ramos (1976) citado por Ruedell (1998)
140
Modelos de ILP
• Sistema Barreirão
• Sistema Santa Fé
• Sistema de cultivo sequencial ou de sucessão
• Sistema de cultivo consorciado (usa-se reguladores de crescimento – evitar competição)
•
141
Sistema Barreirão
Tecnologia que consiste na recuperação/renovação de
pastagens degradadas em consórcio culturas anuais ( arroz,
milho, sorgo e o milheto) com forrageiras, principalmente
com as braquiárias, Andropogon gayanus , Panicum sp e/ou
com leguminosas, como Stylosantes sp.,Calopogonio
muconoides e Arachis pintoe.
Vantagens: Diminuição dos cupinzeiros e plantas daninhas;
Desenvolvimento das forrageiras por mais tempo na
seca;
Retorno parcial ou total do capital aplicado a curto
prazo pela venda dos grãos produzidos no consórcio.
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24
Sistema Barreirão
Atingiu 81 unidades de demonstração em 7 estados (GO, MT, MS,
TO, MG, SP e BA) entre 1991 e 1994.
Lavoura de 4 em 4 anos.
143
Sistema Barreirão
Índices zootécnico nas pastagens da Fazenda Barreirão
antes e após terem sido recuperadas/renovadas pelo
Sistema Barreirão. Médias de águas e seca.
Índice Antes Após
Idade primeira cria (meses) 40-42 30-36
Natalidade (%) 65 80-85
Mortalidade de bezerros (%) 2,5 2,5
Mortalidade de adultos (%) 1 1
Lotação animal (animal ha-1) 0,8 2,0
Idade de abate (meses) 46 24-30
Ganho de peso (g animal dia-1) 375 555
Produtividade do arroz (scs 60 kg ha-1) - 30-40
Produtividade do milho (scs 60 kg ha-1) - 60-70
Produtividade do sorgo (t ha-1 silagem) - 25-30
Fonte: Augusto Zaccharias Gontijo.
144
Sistema Santa Fé
Produção consorciada de culturas de grãos
especialmente milho, milheto, arroz e soja com
forrageiras do gênero Brachiaria principalmente, em
áreas de lavouras com solo parcial ou devidamente
corrigido.
Kluthcouski et al., (2000)
145
Formas de integração • Sucessão de culturas com forrageiras anuais
Estação chuvosa - culturas;
Estação seca - pastagens anuais (aveia, sorgo forrageiro
ou milheto) ou perenes (Brachiarias);
Propriedades que fazem apenas uma lavoura de verão por ano e deixam
a área ociosa no inverno.
Medeiros, (1978)
Pecuária opção de diversificação
renda adicional
- Produção forrageira na entressafra para pastejo ou
corte;
- Produção de palhada em quantidade e qualidade para o
SPD.
- Baixos custos e não exige equipamentos especiais na
sua implantação.
Objetivos:
Vantagens:
147
ARRANJOS DE SEMEADURA
• Uma linha na entrelinha do milho
• Duas linhas na entrelinha do milho
• A lanço no dia do plantio do milho
• A lanço na época de adubação de cobertura
148
06/05/2013
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ESQUEMA DE IMPLANTAÇÃO DO
CONSÓRCIO LAVOURA-PASTAGEM
15 a 30 dias subdose herbicida
Paralisar crescimento da gramíneas
3 - 4 cm
6 - 8 cm
Desejável linhas de capim
na entrelinha da lavoura
149
5,91 -------- Milho solteiro
--------
7,63 Braquiária solteira
5,77 0,45 A lanço
5,55 0,71 Na linha de plantio
5,57 1,15 Uma linha na entrelinha
5,03 2,66 Duas linhas na entrelinha
(t ha-1)
Milho Braquiária Arranjos de semeadura
Adaptada de Jakelaitis et al., (2004)
150
Milho + 2 linhas de braquiária Milho + braquiária a lanço
Milho + braquiária a lanço Milho + 2 linhas de Braquiária
151
DESAFIOS E TENDÊNCIAS
• Aceitação dos produtores;
• Adoção da atividade;
• Pecuaristas arrendando terras para a agricultura;
• Benefícios biológicos e financeiros;
• Incentivos e cursos.
Selecionar as alternativas tecnicamente corretas e
economicamente viáveis;
Decidir por aquela que melhor se ajuste a uma
situação em particular.
152
Recuperação de pastagens
153
Estratégias de recuperação
Pousio:
Processo natural de sucessão secundária.
Plantas que se estabelecem primeiro podem ter os
seguintes efeitos sobre as subsequentes:
Inibição – devido a competição por recursos
Facilitação – melhoria das condições adversas;
Tolerância – não tem efeito claro no estabelecimento ou
no desempenho dessas espécies
Recuperação de pastagens
154
Estratégias de recuperação
Pousio:
Processo natural de sucessão secundária.
Fenômeno observado
em pastagens
abandonadas em
regiões tropicais e
sub-tropicais.
Invasão de arbustos,
árvores...
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Recuperação de pastagens
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Estratégias de recuperação
Pousio:
Recuperar áreas que
não deveriam ter
sido desmatadas
(encostas, cursos
d’água)
Considerações
156
Degradação é um problema de caráter econômico e
ecológico de abrangência mundial;
Entender o processo de degradação e suas causas é
essencial para elaborar estratégias de intensificação ou
recuperação da produtividade;
Formação de pastagem é tão importante, que deve ser considerada como um plantio semelhante a outras culturas;
157
“Uma sociedade sustentável é aquela que satisfaz suas necessidades sem diminuir as perspectivas
das gerações futuras” Capra (1996)